aula 01 - desenho estrutural

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Aula 01 - DESENHO ESTRUTURAL

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  • DESENHO ESTRUTURAL

    Engenharia Civil

    Aula 01

    Introduo ao Desenho Estrutural

  • Introduo

    Objetivos da Disciplina:

    Analisar o comportamento dos elementos estruturais das construes;

    Elaborar e interpretar desenhos de estruturas de obras residenciais e

    industriais;

    Trabalhos prticos;

    Interpretao de projetos;

    Exerccios prticos de leitura e interpretao de projetos;

    Noes Bsicas do Tipo de Estruturas de Concreto Armado;

    Representao grfica e detalhamento dos elementos estruturais;

    Plantas de formas;

    Armaes de elementos estruturais;

    Desenho Estrutural

  • Foras que atuam na estrutura

    As estruturas funcionam como caminho das foras para lev-las ao solo.

    H dois tipos de cargas que agem na edificao:

    Cargas permanentes Para toda a vida til da edificao. So determinadas

    com boa preciso.

    Peso prprio da estrutura

    Peso dos revestimentos

    Peso das paredes

    Cargas Acidentais Acontecem eventualmente. Essas cargas so estimadas

    por normas (NBR-6120).

    Peso de ocupao das pessoas

    Peso dos mobilirios

    Peso de veculos

    Fora do vento (NBR-6123)

    Desenho Estrutural

  • Solues Estruturais

    Escolher entre os vrios tipos de solues estruturais a que mais convm.

    Deve-se levar em conta a disponibilidade de mo de obra para projetar e

    construir.

    Desenho Estrutural

  • Tipos de Solicitaes

    Desenho Estrutural

  • Desenho Estrutural

    Tipos de Solicitaes

  • Desenho Estrutural

    Tipos de Solicitaes

  • Desenho Estrutural

    Critrios de projeto

    Equilbrio

    Conceber um arranjo estrutural capaz de absorver s solicitaes externas e

    transmiti-las aos elementos de apoio, mantendo-se em repouso.

  • Desenho Estrutural

    Critrios de projeto

    Estabilidade

    A configurao de equilbrio do arranjo estrutural no pode ser alterado

    drasticamente na presena das imperfeies e das aes perturbadoras.

    X

  • Desenho Estrutural

    Critrios de projeto

    Resistncia

    O material das peas estruturais deve ser capaz de absorver o nvel de

    solicitao interna gerado pelas aes externas sem comprometer a sua

    integridade fsica.

  • Desenho Estrutural

    Critrios de projeto

    Rigidez

    As peas estruturais devem ser capazes de absorver as aes externas sem

    apresentar grandes deslocamentos que comprometam sua funcionalidade.

  • Desenho Estrutural

    Critrios de projeto

    Posicionamento dos elementos estruturais em funo de cada projeto e em

    consonncia com os demais projetos componentes de uma edificao, como por

    exemplo:

    Projeto arquitetnico;

    Projeto hidrulico;

    Projeto eltrico, etc.

  • Desenho Estrutural

    Critrios de projeto

    Voc gostaria de ter que se abaixar todas

    as vezes que desce uma escada para

    no correr o risco de bater com a cabea

    com a viga que cruza esta escada?

    Voc gostaria de estar sentado na plateia

    de um teatro em uma poltrona que fica

    bem atrs de um pilar?

    Conceber um arranjo estrutural capaz de absorver s solicitaes externas e

    transmiti-las aos elementos de apoio, mantendo-se em repouso.

    Seria interessante uma tubulao horizontal

    ter que desviar das vigas em cada piso de um

    edifcio?

  • Introduo

    Desenho Estrutural o desenho tcnico que d aos profissionais que

    trabalham no ramo as informaes necessrias para se compreender o tipo

    especfico de informaes das estruturas das edificaes.

    Desenho Estrutural

  • Concreto

    O que o concreto?

    um material de construo proveniente da mistura, em proporo adequada,

    de: aglomerantes, agregados e gua.

    Desenho Estrutural

  • Aglomerantes

    Unem os fragmentos de outros materiais. No concreto, em geral se emprega

    Cimento Portland, que reage com a gua e endurece com o tempo.

    Desenho Estrutural

  • Agregados

    So partculas minerais que aumentam o volume da mistura, reduzindo seu

    custo. Dependendo das dimenses caractersticas , dividem-se em dois

    grupos:

    Agregados midos: 0,075mm < < 4,8mm. Exemplo: areias.

    Agregados grados: 4,8mm. Exemplo: pedras.

    Desenho Estrutural

  • Pasta

    Resulta das reaes qumicas do cimento com a gua. Quando h gua em

    excesso, denomina-se nata.

    Desenho Estrutural

    Pasta = Cimento + gua

  • Argamassa

    Provm da pela mistura de cimento, gua e agregado mido, ou seja, pasta

    com agregado mido.

    Desenho Estrutural

    Argamassa = Cimento + Areia + gua

  • Concreto Simples

    Cimento + Areia + gua + Pedra

    Concreto simples

    formado por cimento, gua, agregado mido e agregado grado, ou seja,

    argamassa e agregado grado.

    Desenho Estrutural

    Depois de endurecer, o concreto apresenta:

    boa resistncia compresso;

    baixa resistncia trao;

    comportamento frgil, isto , rompe com pequenas deformaes.

    Na maior parte das aplicaes estruturais, para melhorar as caractersticas do

    concreto, ele usado junto com outros materiais.

  • Concreto armado

    a associao do concreto simples com uma armadura, usualmente

    constituda por barras de ao. Os dois materiais devem resistir solidariamente

    aos esforos solicitantes. Essa solidariedade garantida pela aderncia.

    Concreto Armado = Concreto Simples + Armadura + Aderncia

    Desenho Estrutural

  • Concreto protendido

    No concreto armado, a armadura no tem tenses iniciais. Por isso,

    denominada armadura frouxa ou armadura passiva. No concreto

    protendido, pelo menos uma parte da armadura tem tenses previamente

    aplicadas, denominada armadura de protenso ou armadura ativa.

    Concreto Protendido = Concreto + Armadura Ativa

    Desenho Estrutural

  • Argamassa armada

    constituda por agregado mido e pasta de cimento, com armadura de fios

    de ao de pequeno dimetro, formando uma tela. No concreto, a armadura

    localizada em regies especficas, Na argamassa, ela distribuda por toda a

    pea.

    Desenho Estrutural

  • Argamassa armada

    Desenho Estrutural

  • Concreto de alto desempenho CAD

    Pode ser obtido, por exemplo, pela mistura de cimento e agregados

    convencionais com slica ativa e aditivos plastificantes. Apresenta

    caractersticas melhores do que o concreto tradicional. Em vez de slica ativa,

    pode-se tambm utilizar cinza volante ou resduo de alto forno.

    Desenho Estrutural

  • Vantagens do concreto armado

    Suas grandes vantagens so:

    moldvel, permitindo grande variabilidade de formas e de concepes arquitetnicas.

    Apresenta boa resistncia maioria dos tipos de solicitao, desde que seja feito um

    correto dimensionamento e um adequado detalhamento das armaduras.

    A estrutura monoltica, fazendo com que todo o conjunto trabalhe quando a pea

    solicitada.

    Baixo custo dos materiais - gua e agregados grados e midos.

    Baixo custo de mo-de-obra, pois em geral no exige profissionais com elevado nvel de

    qualificao.

    Processos construtivos conhecidos e bem difundidos em quase todo o pas.

    Facilidade e rapidez de execuo, principalmente se forem utilizadas peas pr-

    moldadas.

    O concreto durvel e protege a armao contra a corroso.

    Os gastos de manuteno so reduzidos, desde que a estrutura seja bem projetada e

    adequadamente construda.

    O concreto pouco permevel gua, quando executado em boas condies de

    plasticidade, adensamento e cura.

    um material seguro contra fogo, desde que a armadura seja convenientemente

    protegida pelo cobrimento.

    resistente a choques e vibraes, efeitos trmicos, atmosfricos e a desgastes

    mecnicos.

    Desenho Estrutural

  • Restries do concreto

    O concreto apresenta algumas restries, que precisam ser analisadas Devem ser tomadas as

    providncias adequadas para atenuar suas consequncias. As principais so:

    Baixa resistncia trao, pode ser contornada com o uso de adequada armadura, em geral

    constituda de barras de ao, obtendo-se o concreto armado. Alm de resistncia trao,

    o ao garante ductilidade e aumenta a resistncia compresso, em relao ao concreto

    simples.

    Fragilidade, o concreto de alto desempenho CAD apresenta caractersticas melhores

    do que o concreto tradicional como resistncia mecnica inicial e final elevada, baixa

    permeabilidade, alta durabilidade, baixa segregao, boa trabalhabilidade, alta aderncia,

    reduzida exsudao, menor deformabilidade por retrao e fluncia, entre outras.

    Fissurao, pode ser contornada ainda na fase de projeto, com armao adequada e

    limitao do dimetro das barras e da tenso na armadura.

    Peso prprio elevado. Associao do concreto simples com armadura ativa, formando o

    concreto protendido. A utilizao de armadura ativa tem como principal finalidade aumentar

    a resistncia da pea, o que possibilita a execuo de grandes vos ou o uso de sees

    menores

    Custo de formas para moldagem, A padronizao de dimenses, a pr-moldagem e o uso de

    sistemas construtivos adequados permite a racionalizao do uso de formas, permitindo

    economia neste quesito.

    Corroso das armaduras. Pode ser prevenida com controle da fissurao e com o uso de

    adequado de cobrimento, cujo valor depende do grau de agressividade do ambiente em que a

    estrutura for construda.

    Desenho Estrutural

  • Aplicaes Do Concreto

    o material estrutural mais utilizado no mundo. Seu consumo anual da ordem de

    uma tonelada por habitante.

    Entre os materiais utilizados pelo homem, o concreto perde apenas para a gua.

    Outros materiais como madeira, alvenaria e ao tambm so de uso comum e h

    situaes em que eles so imbatveis. Porm, suas aplicaes so bem mais restritas

    .

    Algumas aplicaes do concreto so relacionadas a seguir.

    Edifcios: mesmo que a estrutura principal no seja de concreto, alguns elementos,

    pelo menos, o sero;

    Galpes e pisos industriais ou para fins diversos;

    Obras hidrulicas e de saneamento: barragens, tubos, canais, reservatrios,

    estaes de tratamento etc.;

    Rodovias: pavimentao de concreto, pontes, viadutos, passarelas, tneis, galerias,

    obras de conteno etc.;

    Estruturas diversas: elementos de cobertura, chamins, torres, postes, moures,

    dormentes, muros de arrimo, piscinas, silos, cais, fundaes de mquinas etc.

    Desenho Estrutural

  • Estruturas de edifcios

    Estrutura a parte resistente da construo e tem as funes de resistir as

    aes e as transmitir para o solo.

    Em edifcios, os elementos estruturais principais so:

    Desenho Estrutural

  • Pilares

    So barras verticais que recebem as aes das vigas ou das lajes e dos

    andares superiores as transmitem para os elementos inferiores ou para a

    fundao.

    Segundo a NBR 6118, pilares so elementos lineares de eixo reto, usualmente

    dispostos na vertical, em que as foras normais de compresso so

    preponderantes. So tambm denominados como barras, pois a largura e a

    profundidade so muito menores do que a altura.

    Desenho Estrutural

  • Vigas

    So barras horizontais que delimitam as lajes, suportam paredes e recebem

    aes das lajes ou de outras vigas e as transmitem para os apoios;

    Segundo a NBR 6118, vigas so elementos lineares em que a flexo

    preponderante. So tambm denominados como barras, pois a altura e a

    profundidade so muito menores do que o comprimento.

    Desenho Estrutural

  • Lajes

    So placas que, alm das cargas permanentes, recebem as aes de uso e

    as transmitem para os apoios; travam os pilares e distribuem as aes

    horizontais entre os elementos de contraventamento.

    Segundo a NBR 6118, placas so elementos de superfcie plana sujeitos

    principalmente a aes normais a seu plano. As placas de concreto so

    usualmente denominadas lajes.

    Desenho Estrutural

    Laje nervurada Laje pr-moldada Laje alveolar

  • Lajes

    Desenho Estrutural

    Laje lisa Laje nervurada com

    frma de isopor

  • Fundao

    So elementos como blocos, lajes, sapatas, vigas, estacas etc., que

    transferem os esforos para o solo.

    Blocos - Conforme a NBR 6118, Blocos so estruturas de volume usadas para

    transmitir s estacas as cargas de fundao, e podem ser consideradas rgidos

    ou flexveis por critrio anlogo ao definido para as sapatas.

    Desenho Estrutural

  • Fundao

    Radier So Lajes de concreto armado em contato direto com o solo que

    captam as cargas dos pilares e paredes e descarregam sobre uma grande rea

    do solo.

    Desenho Estrutural

  • Fundao

    Sapata - definida como: elemento de

    fundao em que a carga transmitida ao

    terreno pelas tenses distribudas sob a base

    da fundao, e a profundidade de

    assentamento em relao ao terreno adjacente

    fundao inferior a duas vezes a menor

    dimenso da fundao.

    Desenho Estrutural

    Sapata Corrida Sapatas Isoladas Sapatas com viga alavanca

    Sapata Associada

  • Fundao

    Viga Baldrame - tipo comum de fundao para pequenas edificaes, considerada um tipo de

    fundao rasa. Constitui-se de uma viga, que pode

    ser de alvenaria, de concreto simples ou armado,

    construda diretamente no solo, que pode ter estrutura

    transversal tipo bloco, sem armadura transversal,

    dentro de uma pequena vala para receber pilares

    alinhados. mais empregada em casos de cargas

    leves como residncia construdas sobre solo firme.

    Desenho Estrutural

  • Fundao

    Estacas - so importantes e comuns elementos de fundao utilizados para transmitir as cargas atuantes na superfcie a uma certa profundidade do solo. So utilizadas em

    obras tanto de pequeno porte (onde temos as chamadas "brocas") como as de grande

    porte. Diversos tipos de estacas esto presentes no sistema e dependem, basicamente,

    da metodologia de execuo, intensidade da carga, tipo de terreno onde se localiza etc.

    A transio da carga do pilar s estacas feita por blocos de fundao. Estes blocos,

    dependendo de suas dimenses (altura especialmente), podem ser tratados como

    rgidos e/ou flexveis.

    Desenho Estrutural

  • Fundao

    Tubulo - um tipo de fundao profunda de concreto. Porm, diferentemente da estaca que mantm sua dimenso ao longo de

    todo seu comprimento, no tubulo a base alargada, isto , o

    dimetro da base maior que o dimetro do fuste. Deste modo, a

    maior parte de sua capacidade de carga provm do contato da

    base com o solo, enquanto que a estaca resiste aos esforos

    principalmente devido ao contato lateral com o solo.

    Desenho Estrutural

  • Prticos

    Pilares alinhados ligados por vigas formam os prticos, que devem resistir

    s aes do vento e s outras aes que atuam no edifcio, sendo o mais

    utilizado elemento de contraventamento.

    Em edifcios esbeltos, o travamento tambm pode ser feito por prticos

    treliados, paredes estruturais ou ncleos. Os dois primeiros situam-se, em

    geral, nas extremidades do edifcio. Os ncleos costumam envolver a escada

    ou da caixa de elevadores.

    Desenho Estrutural

  • Nos andares constitudos por lajes e vigas, a unio desses elementos pode ser

    denominada tabuleiro.

    Desenho Estrutural

  • Nos edifcios com tabuleiros sem vigas, as lajes se apoiam diretamente nos

    pilares, sendo denominadas lajes lisas.

    Desenho Estrutural

  • Nas lajes lisas, h casos em que, nos alinhamentos dos pilares, uma

    determinada faixa considerada como viga, sendo projetada como tal so as

    denominadas vigas-faixa.

    Desenho Estrutural

  • Se nas ligaes das lajes com os pilares houver capitis, elas recebem o nome

    de lajes-cogumelo.

    Desenho Estrutural

  • So muito comuns as lajes nervuradas. Se as nervuras e as vigas que as

    suportam tm a mesma altura, o uso de um forro de gesso, por exemplo, do a

    elas a aparncia de lajes lisas.

    Nesses casos elas so denominadas lajes lisas nervuradas. Nessas lajes,

    tambm so comuns as vigas-faixa e os capitis embutidos.

    Desenho Estrutural

  • Nos edifcios, so considerados elementos estruturais complementares:

    escadas, caixas dgua, muros de arrimo, consolos, marquises etc.

    Desenho Estrutural

  • Rpida Histria do Concreto

    A cal hidrulica e o cimento pozolnico (de origem vulcnica) j eram

    conhecidos pelos romanos como aglomerante.

    Desenho Estrutural

  • Caementicium, o cimento romano

    era feito de cal, areia, materiais

    cermicos, calcrio, cascalho e

    pozolana (material vulcnico).

    Com isso obtinham uma pasta

    moldvel semelhante ao cimento

    atual.

    Isso facilita as obras por ser mais transportvel, moldvel e barato.

    Desenvolveram a Cofragem , molde de madeira para conter o concreto, e o

    Cimbramento, armao de madeira que molda os arcos.

    Rpida Histria do Concreto

    Desenho Estrutural

  • Desenho Estrutural

    Rpida Histria do Concreto

    O cimento Portland, tal como hoje conhecido, foi descoberto na Inglaterra por

    volta do ano de 1824, e a produo industrial foi iniciada apos 1850.

    A primeira associao de um metal a argamassa de pozolana remonta a

    poca dos romanos.

    No ano de 1770, em Paris, associou-se ferro com pedra para formar vigas

    como as modernas, com barras longitudinais na trao e barras transversais

    ao cortante.

  • Desenho Estrutural

    Rpida Histria do Concreto

    Considera-se que o cimento

    armado surgiu na Frana, no

    ano de 1849, com o primeiro

    objeto do material registrado

    pela historia sendo um barco, do

    francs Lambot, o qual foi

    apresentado oficialmente em

    1855. O barco foi construdo com

    telas de fios finos de ferro

    preenchidas com argamassa.

    Embora os barcos funcionassem,

    no alcanaram sucesso

    comercial.

  • Desenho Estrutural

    Rpida Histria do Concreto

    A partir de 1861, outro francs, Mounier, que era um paisagista, horticultor e

    comerciante de plantas ornamentais, fabricou uma enorme quantidade de vasos

    de flores de argamassa de cimento com armadura de arame, e depois

    reservatrios (25, 180 e 200 m3) e uma ponte com vo de 16,5 m.

    Foi o inicio do que hoje se conhece como Concreto Armado. Ate cerca do ano

    de 1920 o concreto armado era chamado de cimento armado.

    Em 1850, o norte americano Hyatt fez uma serie de ensaios e vislumbrou a

    verdadeira funo da armadura no trabalho conjunto com o concreto. Porem,

    seus estudos no ganharam repercusso por falta de publicao.

  • Desenho Estrutural

    Rpida Histria do Concreto

    Na Franca, Hennebique foi o primeiro apos Hyatt a compreender a funo das

    armaduras no concreto. Percebeu a necessidade de dispor outras armaduras

    alm da armadura reta de trao.

    Imaginou armaduras dobradas, prolongadas em diagonal e ancoradas na zona de

    compresso. Foi o primeiro a colocar estribos com a finalidade de absorver

    tenses oriundas da fora cortante e o criador das vigas T, levando em conta a

    colaborao da laje como mesa de compresso, (VASCONCELOS, 1985).

    Os alemes estabeleceram a teoria mais completa do novo material, toda ela

    baseada em experincias e ensaios. O verdadeiro desenvolvimento do concreto

    armado no mundo iniciou-se com Gustavo Adolpho Wayss que fundou sua

    firma em 1875, apos comprar as patentes de Mounier para empregar no norte da

    Alemanha (VASCONCELOS, 1985).

  • Desenho Estrutural

    Rpida Histria do Concreto

    A primeira teoria realista ou consistente sobre o dimensionamento das

    pecas de concreto armado surgiu com uma publicao, em 1902, de E.

    Mrsch, engenheiro alemo, professor da Universidade de Stuttgart

    (Alemanha).

    As fissuras (trincas de pequena abertura, 0,05 a 0,4 mm), causadas pela

    tenso de trao no concreto, atrasaram o desenvolvimento do concreto

    armado devido a dificuldade de como tratar e resolver o problema.

    Como forma de contornar o problema da fissurao no concreto, M. Koenen

    props, em 1907, tracionar previamente as barras de ao, para assim

    originar tenses de compresso na seo, como forma de eliminar a trao

    no concreto e consequentemente eliminar as fissuras. Surgia assim o

    chamado Concreto Protendido. Porem, as experincias iniciais no

    lograram xito.

  • Desenho Estrutural

    Rpida Histria do Concreto

    NO BRASIL

    Em 1904 foram construdas casas e sobrados em Copacabana, no Rio de

    Janeiro.

    Em 1909 foi construda a ponte na Rua Senador Feij, com vo de 5,4 m.

    Em 1908, construo de uma ponte com 9 m de vo, executada no Rio de

    Janeiro pelo construtor Echeverria, com projeto e calculo do francs Franois

    Hennebique.

  • Em So Paulo, no ano de 1910, foi construda uma ponte de concreto armado com 28

    m de comprimento, na Av. Pereira Rebouas sobre o Ribeiro dos Machados.

    Segundo VASCONCELOS (1985), em 1913, a vinda da firma alem Wayss & Freytag

    constituiu talvez o ponto mais importante para o desenvolvimento do concreto armado

    no Brasil.

    Sua empresa no Brasil foi registrada somente em 1924, sob o nome de Companhia

    Construtora Nacional, funcionando ate 1974.

    Imagina-se que, de 1913 a 1924, Wayss utilizou-se da firma de um alemo, L.

    Riedlinger, para construir varias obras no Brasil, como 40 pontes de concreto armado.

    Riedlinger importou mestres de obras da Alemanha, e a firma serviu de escola para a

    formao de especialistas nacionais, evitando a importao de mais estrangeiros.

    O primeiro edifcio em So Paulo data de 1907/1908, sendo um dos mais antigos do

    Brasil em cimento armado, com trs pavimentos.

    A partir de 1924 quase todos os clculos estruturais passaram a serem feitos no Brasil,

    com destaque para o engenheiro estrutural Emilio Baumgart.

    Desenho Estrutural

    Rpida Histria do Concreto

  • Desenho Estrutural

    Rpida Histria do Concreto

    No sculo passado o Brasil colecionou diversos recordes, vrios mundiais, como

    os seguintes:

    Marquise da tribuna do Jockey Clube do Rio de Janeiro, com balano de 22,4 m

    (recorde mundial em 1926)

  • Desenho Estrutural

    Rpida Histria do Concreto

    Ponte Presidente Sodr em Cabo

    Frio, em 1926,com arco de 67 m

    de vo (recorde na Amrica do

    Sul)

  • Desenho Estrutural

    Rpida Histria do Concreto

    Edificio Martinelli em Sao Paulo em 1925, com

    106,5 m de altura (30 pavimentos recorde

    mundial)

  • Desenho Estrutural

    Rpida Histria do Concreto

    Ponte da Amizade em Foz do Iguau em 1962, com o maior arco de

    concreto armado do mundo, com 290 m de vo.

  • Desenho Estrutural

    Rpida Histria do Concreto

    Museu de Arte de So Paulo em 1969, com laje de 30 x 70 m livres, recorde

    mundial de vo, com projeto estrutural de Figueiredo Ferraz.

  • Desenho Estrutural

    Rpida Histria do Concreto

    Ponte Colombo Salles em Florianpolis em 1975, a maior viga continua

    protendida do mundo, com 1.227 m de comprimento, projeto estrutural de

    Figueiredo Ferraz.

  • Desenho Estrutural

    Rpida Histria do Concreto

    Usina Hidroeltrica de Itaipu em 1982, a maior do mundo com 190 m de altura,

    projetada e construda por brasileiros e paraguaios, com coordenao

    americano-italiana.

  • Desenho Estrutural

    Rpida Histria do Concreto

  • Desenho Estrutural

    Rpida Histria do Concreto

  • REFERNCIAS

    PINHEIRO, L. M. Fundamentos do concreto e projeto de edifcios. So Carlos.

    USP. 2007.

    DEIFELD, T. E. C. Estruturas de Concreto Armado I. Alegrete. Unipampa. 2013. SILVA, J. G. Desenho de estruturas.