aula 01 comunicação social

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SENADO 2012 – COMUNICAÇÃO SOCIAL PROFESSORAS: CINTIA MORENO E JANAINA CARVALHO Prof. Cintia Moreno e Janaina Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 1 Senado/2012 – Comunicação Social Aula 1 – Legislação I Olá, pessoal! Iniciamos hoje nosso curso para o cargo de Comunicação Social do concurso Senado/2012. O curso será iniciado com os assuntos de legislação. Sobre este tema, o conteúdo programático do edital é bastante sucinto e pouco claro, citando apenas: Legislação profissional em comunicação social e Ética profissional. No entanto, pela experiência de trabalho, definimos os assuntos principais relacionados ao tema, que vêm sendo cobrados nas últimas provas pelas bancas em geral, especialmente as principais delas. Trataremos de legislação em duas aulas: nesta primeira, priorizaremos a ética profissional, trazendo o estudo dos códigos de ética relacionados. Complementando com a legislação que regulamenta as profissões. Este edital vem sendo muito questionado por todos os especialistas envolvidos em concurso público: ele é acusado de ser uma cópia do edital do Cespe para o Senado em 2001. Por conta disso, muitos itens estão desatualizados, inclusive com cobrança de leis não mais em vigor. Houve pouca atenção da FGV neste quesito. Diante da pouca clareza do edital, nós preferimos priorizar a sobra que a falta, por isso oferecemos um curso mais completo em termos dos assuntos apresentados. Já fica um bônus para vocês em outras oportunidades. E um diferencial em relação aos seus concorrentes nessa prova. Como já dissemos na aula demonstrativa, por questões didáticas não seguiremos a ordem e a denominação exata dos itens do edital; assim, como observamos que a abordagem de cada item não se dá de forma estanque,

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Aula 2 do Curso teórico de comunicação social

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    Prof. Cintia Moreno e Janaina Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 1

    Senado/2012 Comunicao Social

    Aula 1 Legislao I

    Ol, pessoal!

    Iniciamos hoje nosso curso para o cargo de Comunicao Social do concurso

    Senado/2012.

    O curso ser iniciado com os assuntos de legislao. Sobre este tema, o

    contedo programtico do edital bastante sucinto e pouco claro, citando

    apenas: Legislao profissional em comunicao social e tica profissional. No

    entanto, pela experincia de trabalho, definimos os assuntos principais

    relacionados ao tema, que vm sendo cobrados nas ltimas provas pelas

    bancas em geral, especialmente as principais delas. Trataremos de legislao

    em duas aulas: nesta primeira, priorizaremos a tica profissional, trazendo o

    estudo dos cdigos de tica relacionados. Complementando com a legislao

    que regulamenta as profisses.

    Este edital vem sendo muito questionado por todos os especialistas envolvidos

    em concurso pblico: ele acusado de ser uma cpia do edital do Cespe para

    o Senado em 2001. Por conta disso, muitos itens esto desatualizados,

    inclusive com cobrana de leis no mais em vigor. Houve pouca ateno da

    FGV neste quesito. Diante da pouca clareza do edital, ns preferimos priorizar

    a sobra que a falta, por isso oferecemos um curso mais completo em termos

    dos assuntos apresentados. J fica um bnus para vocs em outras

    oportunidades. E um diferencial em relao aos seus concorrentes nessa

    prova.

    Como j dissemos na aula demonstrativa, por questes didticas no

    seguiremos a ordem e a denominao exata dos itens do edital; assim, como

    observamos que a abordagem de cada item no se d de forma estanque,

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    absoluta: ao tratar de um tema, necessariamente, pincelamos algo sobre um

    ou mais dos outros, visto que so contedos de um todo nico, listados

    separadamente no edital por questo de mtodo de apresentao. A legislao

    tem trocas entre si, um tema no se aparta totalmente dos demais.

    Ao longo de todo o curso, trabalharemos questes da FGV, banca responsvel

    por esse concurso, mas tambm trabalharemos questes de outras bancas, em

    especial do Cespe, que tem sido uma das principais, se no a principal, banca

    para provas de comunicao ultimamente, tanto pelo volume de provas

    realizadas por ela quanto pela forma de abordagem em volume e em

    didtica, seja por boas provas ou por problemas especficos, suas questes so

    importantes fontes de estudo.

    Nosso trabalho de hoje aborda:

    1. tica e deontologia jornalstica;

    2. tica e legislao de Relaes Pblicas;

    3. Cdigo de tica da Radiodifuso.

    Bom estudo!

    1. tica e Deontologia do Jornalismo

    O Cdigo de tica dos Jornalistas Brasileiros est em vigor desde 1987, depois

    de aprovado no Congresso Nacional dos Jornalistas. Em 2007, outro Congresso

    Nacional dos Jornalistas foi realizado em Vitria, no Esprito Santo, e aprovou

    um novo texto para o Cdigo, mais enxuto e atualizado. este que vigora

    desde ento.

    O cdigo de tica dos jornalistas brasileiros tem uma peculiaridade em relao

    aos cdigos da maioria dos pases, como Portugal, por exemplo, onde existe a

    separao entre tica e deontologia. Em seu texto, o cdigo brasileiro traz

    tambm obrigaes e deveres que fazem parte da deontologia profissional, por

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    isso considerado pela maioria como um cdigo com caractersticas

    deontolgicas. Mas, importante frisar que a completa deontologia

    jornalstica vem do somatrio de suas regulaes, inclusive do decreto n

    83.284/79.

    PARA SABER MAIS

    Deontologia = tratado de deveres. A deontologia de uma profisso refere-

    se a uma srie de obrigaes e deveres que regem tal profisso, inclusive

    sua regulamentao.

    tica = estudo dos juzos de apreciao referentes conduta humana

    suscetvel de qualificao do ponto de vista do bem e do mal, seja

    relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto

    (Dicionrio Aurlio). O cdigo de tica refere-se conduta desejvel

    esperada do profissional, norteando essa conduta por meio de suas

    orientaes.

    1.1. Cdigo de tica do jornalismo

    Para estudo dessa parte da aula, comece lendo e estudando o texto integral do

    cdigo, cujo link encontra-se nas referncias bibliogrficas da aula. Legislao

    no tem alternativa, tem que estudar o texto da lei, decreto, cdigo, o que

    seja. Em seguida, volte a esse material para praticar por meio das questes

    comentadas.

    Ao longo destas questes seguintes possvel observar que todas relacionadas

    a esse tema tm baixo grau de dificuldade, a maior parte apenas transcrio

    dos artigos, exigindo quase nenhuma interpretao. Buscando uma viso do

    perfil de cobrana, fizemos um agrupamento das questes por tema:

    colocamos os dispositivos referentes s questes de cada sequncia e em

    seguida as questes com os comentrios especficos; assim, possvel

    perceber a repetio dos pontos cobrados e as diversas formas de cobrar.

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    Aprovao do Cdigo

    Art. 19. Qualquer modificao neste Cdigo s poder ser feita em congresso

    nacional de jornalistas mediante proposta subscrita por, no mnimo, dez

    delegaes representantes de sindicatos de jornalistas.

    01) Ministrio da Sade (Comunicao e Editorao)

    Cespe/2008: O Cdigo de tica dos Jornalistas foi aprovado pelo

    Congresso Nacional, como lei delegada, durante o regime militar. ( )

    O Cdigo de tica dos Jornalistas Brasileiros vigora desde 1987. O novo texto

    foi atualizado 20 anos depois, em Agosto de 2007, no Congresso

    Extraordinrio dos Jornalistas, realizado em Vitria (ES). Foi aprovado por

    delegaes de jornalistas de 23 Estados. A elaborao do texto final ficou por

    conta de uma comisso eleita no Congresso. um texto mais enxuto, porm

    considerado mais completo que o anterior. O ltimo artigo o novo cdigo o

    transcrito acima, que determina que apenas um congresso nacional de

    jornalistas tem legitimidade para promover alteraes em seu texto, no no

    Congresso Nacional brasileiro, formado por deputados e senadores. A prova

    tentou fazer uma pegadinha com os candidatos, mas vocs no cairiam nesta,

    certo?

    Direito do cidado informao

    Art. 1 O Cdigo de tica dos Jornalistas Brasileiros tem como base o direito

    fundamental do cidado informao, que abrange seu direito de informar, de

    ser informado e de ter acesso informao.

    Art. 2 Como o acesso informao de relevante interesse pblico um direito

    fundamental, os jornalistas no podem admitir que ele seja impedido por nenhum

    tipo de interesse, razo por que:

    III a liberdade de imprensa, direito e pressuposto do exerccio do jornalismo,

    implica compromisso com a responsabilidade social inerente profisso;

    IV a prestao de informaes pelas organizaes pblicas e privadas,

    incluindo as no-governamentais, uma obrigao social.

    02) TJ/ES (Analista de Comunicao Social) Cespe/2011: O

    direito fundamental do cidado de informar e ser informado o princpio

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    que fundamenta a responsabilidade social do jornalista e a obrigao

    social das organizaes pblicas, privadas e no governamentais de

    prestar informaes. ( )

    Questo correta. Para esta questo, o Cespe fez um apanhado de informaes

    dos artigos 1 (direito a informao) e 2 (direito fundamental e

    responsabilidade social) para construir o enunciado, mas sem complicar a

    redao e o entendimento, tornando a questo simples.

    No toa que o direito a informao o primeiro artigo do cdigo mais

    ainda, lembremos que este um direito assegurado pela CF/88 em seu art. 5,

    XIV: assegurado a todos o acesso informao e resguardado o sigilo da

    fonte, quando necessrio ao exerccio profissional.

    03) Correios (Jornalismo) Cespe/2011: Segundo o CEJB,

    organizaes privadas, diferentemente das pblicas, no tm obrigao

    social de prestar informaes ao pblico. ( )

    Todas as organizaes tm a obrigao social de prestar informaes ao

    pblico; assim que determina o inciso IV do art. 2. Questo errada.

    04) Correios (Jornalismo) Cespe/2011: O caso de deputado que

    recentemente fez declaraes de carter racista e homofbico na

    televiso ganhou grande repercusso porque esse assunto eleva os

    ndices de audincia, ou seja, a repercusso do acontecimento deve-se

    ao sensacionalismo e no guarda nenhuma relao com a tica

    profissional dos jornalistas. ( )

    A repercusso do caso reflete, sim, a obrigao a informao exercida pela

    imprensa. O tema atual, polmico e o deputado uma pessoa pblica,

    portanto, o tratamento do assunto no se deve a sensacionalismo, mas

    acompanhamento, cobertura de um tema contextualizado num momento de

    aprovao de leis especficas e diversas discusses relacionadas. O racismo e a

    homofobia so formas de violncia social o racismo , inclusive, crime no

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    sistema legal brasileiro, mas o prprio cdigo diz que o jornalista deve ouvir

    todas as verses, concordando ou no com elas, isto imparcialidade na

    informao. Veja:

    Art. 13. Pargrafo nico. Esta disposio no pode ser usada como argumento,

    motivo ou desculpa para que o jornalista deixe de ouvir pessoas com opinies

    divergentes das suas.

    Alm disto, lembremos de outras determinaes do Cdigo:

    Art. 6. XIV - combater a prtica de perseguio ou discriminao por

    motivos sociais, econmicos, polticos, religiosos, de gnero, raciais, de

    orientao sexual, condio fsica ou mental, ou de qualquer outra natureza.

    Art. 7 O jornalista no pode:

    III - impedir a manifestao de opinies divergentes ou o livre debate de idias;

    Responsabilidade pela informao que divulga e suas alteraes

    Art. 8 O jornalista responsvel por toda a informao que divulga, desde que

    seu trabalho no tenha sido alterado por terceiros, caso em que a responsabilidade

    pela alterao ser de seu autor.

    05) DPF (Agente de Comunicao Social) Cespe/2004: De acordo

    com o Cdigo de tica do Jornalista, esse profissional responsvel por

    toda a informao que divulga. ( )

    A questo est errada porque considera essa responsabilidade de forma

    absoluta, enquanto o cdigo faz a ressalva de que para existir a

    responsabilidade necessrio que no tenha havido alterao de terceiros no

    trabalho.

    06) Ministrio da Sade (Comunicao e Editorao)

    Cespe/2008: Segundo o Cdigo de tica, o jornalista responsvel por

    toda informao que divulga, desde que seu trabalho no seja alterado

    por terceiros. Assim, no caso de uma matria substancialmente

    modificada por um editor, com provas concretas das mudanas, o

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    reprter no poder ser responsabilizado, mas sim o editor que fez as

    alteraes. ( )

    Questo correta. A edio pode ser apenas um enxugamento do texto por

    questo de espao ou objetividade, mas no alterao ou retirada de

    informaes que comprometam o texto e sua comprovao dos fatos, pois,

    neste caso, a interferncia transfere responsabilidade para o editor.

    07) DPU (Tcnico em Com. Social Jornalismo) Cespe/2010:

    Em uma empresa jornalstica, h vrios profissionais que podem

    modificar os contedos elaborados pelos reprteres. Essas alteraes, no

    entanto, podem ter implicaes deontolgicas. Com base no que

    estabelece o Cdigo de tica dos Jornalistas Brasileiros, assinale a opo

    correta, acerca desse assunto.

    (A) O terceiro que altera contedo de um texto o responsvel pela

    alterao.

    (B) Compete ao superior hierrquico imediato ao reprter responder

    solidariamente pelas alteraes editoriais que se fizerem necessrias.

    (C) As alteraes textuais promovidas pelo editor-chefe no tm

    implicaes deontolgicas negativas, uma vez que ele o responsvel

    natural por toda edio.

    (D) Quando um contedo alterado por terceiros, o crdito da matria

    deve ser dividido com o eventual coautor.

    (E) Quando um contedo alterado por terceiros, o leitor, mediante nota

    da redao, deve ser informado dessa alterao.

    De cara, a alternativa (A) nos traz a correta transcrio do cdigo que j

    vimos acima. A alterao no texto transfere a responsabilidade da autoria para

    quem o alterou. Por esse entendimento, j ficam claros os erros de todas as

    demais alternativas: no existe responsabilidade solidria neste caso, o cdigo

    claro quanto transferncia de responsabilidade, no sua diviso. A

    alternativa (E) ainda mais estranha, pois ao leitor no interessa esse tipo de

    informao, que faz parte do processo de produo do material veiculado.

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    Divulgao correta e precisa da informao

    Art. 2, I a divulgao da informao precisa e correta dever dos meios de

    comunicao e deve ser cumprida independentemente de sua natureza jurdica se

    pblica, estatal ou privada e da linha poltica de seus proprietrios e/ou diretores.

    08) Ministrio das Comunicaes (Jornalismo) Cespe/2008: A

    divulgao da informao precisa e correta dever dos meios de

    comunicao e deve ser cumprida de acordo com o direcionamento

    poltico de seus proprietrios e diretores, tendo em vista o compromisso

    com a responsabilidade social inerente profisso. ( )

    A questo est errada, pois sua afirmao um contra-senso. A informao

    fato, livre de opinio e ideologia. O compromisso dos profissionais e veculos

    com a imparcialidade e a verdade.

    09) MPU (Analista de Comunicao Social) Cespe/2010: Divulgar

    a informao precisa e correta dever dos meios de comunicao, que

    tem de ser cumprido independentemente da linha poltica de seus

    proprietrios e(ou) diretores ou da natureza econmica de suas

    empresas. ( )

    Repetindo o tema da questo anterior na prova do MPU/2010, o Cespe trouxe

    uma redao que pode gerar dvidas no candidato na hora de marcar o

    gabarito. O texto do art. 2, inciso I, do cdigo, fala em natureza jurdica (se

    pblica, estatal ou privada) do meio de comunicao; a questo fala em

    natureza econmica. No entanto, sabemos que o esprito do cdigo

    assegurar independncia total na divulgao de informaes em relao a seus

    proprietrios e/ou diretores, o que faz a afirmao correta de qualquer forma.

    Concordamos que se estivssemos fazendo a prova marcaramos correto,

    porque apesar da literalidade no ter sido observada, como dissemos, o

    esprito, a inteno do cdigo em priorizar a independncia da informao est

    sendo respeitada. Alm disso, nunca se deve responder prova pensando em

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    recurso, sempre melhor acreditar que no haver alterao de gabarito ou

    anulao, porque a maioria dos pedidos de recurso indeferida.

    Alterao de imagens

    Art. 12. O jornalista deve:

    V - rejeitar alteraes nas imagens captadas que deturpem a realidade, sempre

    informando ao pblico o eventual uso de recursos de fotomontagem, edio de

    imagem, reconstituio de udio ou quaisquer outras manipulaes;

    10) Correios (Jornalismo) Cespe/2011: O jornalista deve rejeitar

    alteraes que deturpem a realidade nas imagens captadas, informando

    sempre ao pblico o eventual uso de recursos de fotomontagem, edio

    de imagem, reconstituio de udio ou quaisquer outras manipulaes.

    ( )

    Perfeita transcrio do texto do Cdigo. A alterao/deturpao de imagem

    corrompe a veracidade dos fatos, que princpio fundamental para o

    jornalismo de credibilidade.

    Sigilo da fonte

    Art. 5 direito do jornalista resguardar o sigilo da fonte.

    Art. 6 dever do jornalista:

    VIII respeitar o direito intimidade, privacidade, honra e imagem do

    cidado;

    11) Ministrio das Comunicaes (Jornalismo) Cespe/2008:

    Resguardar a fonte dever do jornalista e configura seu direito respeitar

    o direito do outro privacidade. ( )

    A questo est errada, pois as situaes foram invertidas: a primeira

    (resguardar a fonte) direito e a segunda (respeitar o direito do outro

    privacidade) dever.

    12) Correios (Jornalismo) Cespe/2011: O CEJB dispe que dever

    do jornalista resguardar o sigilo da fonte. ( )

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    A questo est errada, pois repete a mesma troca da questo anterior.

    Lembre-se: resguardar a fonte um direito do jornalista.

    13) FIOCRUZ (Comunicao Institucional - Jornalismo)

    FGV/2010: Assinale a afirmativa que completa, corretamente, o

    fragmento a seguir.

    De acordo com a tica jornalstica, fontes de matrias produzidas por

    jornalistas de redao ou de assessoria de imprensa, sejam documentos,

    pessoas, autores ou mesmo os prprios veculos de comunicao, _____.

    (A) devem constar, obrigatoriamente, de qualquer material jornalstico,

    salvo em necessidade de omisso da fonte.

    (B) devem ser omitidas no caso de o veculo final no ser o produtor

    daquela matria: significa dizer que o texto enviado por uma assessoria

    de imprensa pode ser integralmente ou parcialmente reproduzido sem

    que neste produto final conste a indicao da assessoria como fonte

    primria.

    (C) devem ser omitidas no caso de o material ser refeito para impresso,

    web, televiso ou rdio por exemplo, o texto ou o udio produzido a

    partir de um release enviado por uma assessoria de imprensa ou a partir

    da leitura de uma notcia veiculada em um jornal da grande ou pequena

    imprensa ou de uma agncia como a Agncia Fiocruz de Notcias.

    (D) devem ser omitidas quando o contedo for retirado de grandes sites

    e se tratar de informao do conhecimento de todos, como eventos

    esportivos, desastres ou escndalos com celebridades artsticas e

    polticas, o que caracteriza domnio pblico.

    (E) devem ser omitidas quando o veculo original pertencer mesma

    organizao do veculo final, por exemplo, uma notcia feita pela Agncia

    de Notcias Fiocruz baseada no texto de um artigo cientfico da revista

    Revista Sade Coletiva (rgo cientfico da Escola Nacional de Sade

    Pblica da Fiocruz), ou pela MTV Brasil a partir de matria da revista

    Veja.

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    Essa a tpica questo feita para que o candidato menos atento perca tempo

    na prova, pois no apresenta grau de dificuldade mas longa, muito texto

    para ler. O candidato desatento vai l-la inteira, embora a resposta esteja j

    na alternativa (A). Em questes desse tipo, a inteno da banca exatamente

    premiar o candidato que alm de estudar o assunto mantm-se atento na

    prova e usa inteligncia para respond-la da forma mais correta e rpida

    possvel, enquanto o candidato inseguro se perde em longas leituras, mesmo

    tendo visto a resposta diante de si na primeira alternativa. Responder prova

    conhecimento do assunto, mas tambm ateno e inteligncia para fazer

    escolhas rpidas e seguras.

    funo do jornalista dar credibilidade notcia por meio de suas fontes, mas

    a ele assiste o direito de resguardar essas fontes quando isso se fizer

    necessrio essa a determinao do cdigo: resguardar as fontes quando

    isso se fizer necessrio. Um profissional de jornalismo, diante dessa prova,

    no estudou apenas o cdigo, mas tambm conhece sua profisso e sabe a

    respeito das regras de fonte, da importncia das fontes e sua outorga de

    credibilidade.

    Denunciar corrupo

    Art. 6 dever do jornalista:

    VII combater e denunciar todas as formas de corrupo, em especial quando

    exercidas com o objetivo de controlar a informao;

    14) TJ/ES (Analista de Comunicao Social) Cespe/2011:

    Embora a corrupo seja tema frequente nas pautas jornalsticas,

    combat-la e denunci-la constituem aes que extrapolam o rol dos

    deveres dos jornalistas. ( )

    Questo errada, pois contraria o que, textualmente, diz o cdigo de tica.

    15) Correios (Jornalismo) Cespe/2011: O jornalista que trabalha

    na assessoria de imprensa de organizao pblica no pode denunciar

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    casos de corrupo interna de seu conhecimento porque est vinculado a

    tal instituio, devendo-lhe, por isso, lealdade. ( )

    Assim como a anterior, a questo contraria o que, textualmente, diz o cdigo

    de tica. Para soluo e perfeita justificativa dessa questo, podemos ainda

    buscar outro dispositivo do Cdigo:

    Art. 3 O exerccio da profisso de jornalista uma atividade de natureza

    social, estando sempre subordinado ao presente Cdigo de tica.

    Obteno de informao por meios escusos

    Art. 11. O jornalista no pode divulgar informaes:

    III obtidas de maneira inadequada, por exemplo, com o uso de identidades

    falsas, cmeras escondidas ou microfones ocultos, salvo em casos de

    incontestvel interesse pblico e quando esgotadas todas as outras

    possibilidades de apurao;

    16) Ministrio das Comunicaes (Jornalismo) Cespe/2008: O

    jornalista pode divulgar informaes obtidas, por exemplo, com o uso de

    cmeras escondidas ou microfones ocultos, desde que haja dificuldade

    em obter outra possibilidade de apurao. ( )

    A mera dificuldade na obteno da informao/apurao no justifica tais

    prticas. O cdigo abre ressalva apenas em caso de incontestvel interesse

    pblico e quando esgotadas todas as outras possibilidades. As duas

    situaes tm que estar presentes. Portanto, a questo est errada.

    17) Embasa (Jornalismo) Cespe/2009: Em funo do interesse

    pblico de sua misso social, o jornalista passou a ter o direito de

    incorporar s suas rotinas produtivas de apurao a ocultao de sua

    identidade verdadeira e o uso de cmeras escondidas e microfones

    ocultos. ( )

    Acabamos de ver que isto no permitido, exceto na situao especfica citada

    pelo cdigo e vista acima. A misso social do jornalismo inclui como valor

    indispensvel o compromisso com a licitude e a veracidade.

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    18) Correios (Jornalismo) Cespe/2011: O jornalismo investigativo,

    frequentemente, lana mo de expedientes como disfarces ou cmeras

    ocultas para obter informaes de interesse pblico. A tica da profisso

    no condena esse tipo de procedimento, desde que os fins o justifiquem.

    ( )

    No caso especfico de investigaes consideram-se presentes as duas

    condies exigidas pelo dispositivo do Cdigo. Ningum receberia suborno, ou

    admitiria que o recebeu, diante de um reprter e uma cmara ligada, certo?

    Portanto, qual outra forma de obteno? Mas, mesmo assim, segundo o

    Cdigo, as tentativas de obteno direta devem ser feitas.

    19) Senado Federal (Analista Legislativo Produtor para Reviso

    de Contedos Jornalsticos) FGV/2008: O Cdigo de tica dos

    Jornalistas Brasileiros, aprovado pela Federao Nacional dos Jornalistas

    em 2007, prope que identidades falsas, cmeras escondidas ou

    microfones ocultos:

    (A) sejam usados apenas em apuraes da editoria de polcia em que a

    fonte seja um criminoso.

    (B) somente sejam usados em caso de invaso de privacidade em nome

    do interesse do pblico.

    (C) sejam usados desde que a empresa jornalstica se responsabilize pela

    integridade das fontes.

    (D) sejam usados apenas em casos de incontestvel interesse pblico e

    quando esgotadas todas as outras possibilidades de apurao.

    (E) jamais sejam usados.

    A alternativa (D) a que transcreve de forma correta a determinao do

    cdigo, portanto, a que deve ser escolhida.

    Apurao e apresentao de diferentes verses sobre os fatos

    Art. 4 O compromisso fundamental do jornalista com a verdade no relato dos

    fatos, razo pela qual ele deve pautar seu trabalho pela precisa apurao e pela

    sua correta divulgao.

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    20) SEGER/ES (Comunicao Social) Cespe/2011: A

    apresentao de diferentes verses para um mesmo fato, exigncia da

    tica jornalstica, tem como objetivo principal representar a variedade de

    fenmenos da realidade emprica. ( )

    Questo correta. A investigao de diferentes verses visa mostrar todos os

    pontos de vista, todas as verses do fato real, para evitar um texto

    tendencioso, que, ao invs de retratar a realidade, apenas aponte um lado da

    histria. a imparcialidade e tica que esto em questo.

    Apurao e diferentes verses em Assessoria de Imprensa

    Art. 12. O jornalista deve:

    I ressalvadas as especificidades da assessoria de imprensa, ouvir sempre, antes

    da divulgao dos fatos, o maior nmero de pessoas e instituies envolvidas em

    uma cobertura jornalstica, principalmente aquelas que so objeto de acusaes

    no suficientemente demonstradas ou verificadas;

    21) Ministrio das Comunicaes (Jornalismo) Cespe/2008: O

    jornalista deve, ressalvadas as especificidades da assessoria de

    imprensa, ouvir sempre, antes da divulgao dos fatos, o maior nmero

    de pessoas e instituies envolvidas em uma cobertura jornalstica,

    principalmente aquelas que so objeto de acusaes no suficientemente

    demonstradas ou verificadas. ( )

    A questo est correta. Ela faz uma mera transcrio do texto do cdigo.

    22) Embasa (Jornalismo) Cespe/2009: Ressalvadas as

    especificidades da assessoria de imprensa, no dever do jornalista

    ouvir sempre, antes da divulgao dos fatos, o maior nmero de pessoas

    e instituies envolvidas em uma cobertura jornalstica. ( )

    Acabamos de ver que o cdigo determina exatamente o contrrio. Questo

    errada.

    23) Correios (Jornalismo) Cespe/2011: O jornalista que trabalha

    em assessoria de imprensa de determinada empresa pode optar, na

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    produo da cobertura jornalstica de um evento, por no ouvir todas as

    partes nele envolvidas. Por exemplo, se trabalha para uma mineradora,

    pode no ouvir a reclamao da comunidade sobre supostos danos

    ambientais por ela causados. ( )

    Com essa questo (fresquinha!! Maio de 2011) abrimos uma discusso

    promovida pelo Cespe em suas ltimas provas: uma interpretao do Cdigo

    que exime o jornalista de A.I. da obrigao de ouvir todas as partes, todas as

    verses do tema trabalhado. O Cespe vem considerando isto como correto,

    embora em outros tempos no tenha sido assim. Isso nos remete a outra

    observao: a importncia da apurao do jornalista de veculo quando recebe

    um release. Ele vai publicar uma matria para o pblico em geral, no

    defender o posicionamento de uma determinada organizao.

    Na questo seguinte, vamos mais a fundo nessa discusso.

    24) MPU (Analista de Comunicao Social) Cespe/2010: O

    jornalista deve ouvir o maior nmero de pessoas e instituies envolvidas

    em uma cobertura jornalstica antes da divulgao dos fatos,

    principalmente aquelas que so objeto de acusaes no suficientemente

    demonstradas ou verificadas. Tal condio no se aplica, contudo, aos

    profissionais que atuam em assessoria de imprensa. ( )

    Esta foi uma questo muito discutida poca da prova e que abriu a discusso

    dita no comentrio anterior. Profissionais da rea sugeriram recursos, mas o

    gabarito no foi alterado. O gabarito oficial considerou a questo correta. No

    entanto, ela parece ter feito uma redao infeliz a partir do texto do cdigo de

    tica e generalizado, de forma questionvel, a ressalva do art. 12, inciso I. Ou,

    pela repetio na prova Correios 2011, acima, parece ser uma interpretao

    bem prpria do Cespe.

    Como vimos no inciso I, o cdigo diz ressalvadas as especificidades da

    assessoria de imprensa. Essas especificidades no podem ser entendidas

    como o todo do trabalho de A.I., pois isso vai de encontro com a tradio dos

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    tericos da comunicao organizacional no Brasil, que abordam a

    complexidade das organizaes modernas e definem como uma das atribuies

    do assessor de imprensa encontrar a notcia institucional consultando vrias

    fontes organizacionais, sempre em busca da informao correta e precisa. A

    assessoria de imprensa no pode ser eximida da responsabilidade pela

    investigao e apurao da informao veiculada, mesmo que em defesa de

    seu assessorado. O prprio cdigo diz, mais a frente no mesmo artigo que:

    Art. 12. O jornalista deve:

    IV informar claramente sociedade quando suas matrias tiverem carter

    publicitrio ou decorrerem de patrocnios ou promoes;

    O prprio Cespe, em outras ocasies considerou essa responsabilidade como

    correta, necessria. Veremos isto em questes a seguir. Por enquanto, vamos

    ver outros trechos do cdigo que ajudam a confirmar tal linha de

    entendimento.

    Art. 2 (...)

    IV a prestao de informaes pelas organizaes pblicas e privadas,

    incluindo as no-governamentais, uma obrigao social.

    Art. 3 O exerccio da profisso de jornalista uma atividade de natureza

    social, estando sempre subordinado ao presente Cdigo de tica.

    Art. 4 O compromisso fundamental do jornalista com a verdade no relato dos

    fatos, razo pela qual ele deve pautar seu trabalho pela precisa apurao e pela

    sua correta divulgao.

    Art. 7 O jornalista no pode:

    II submeter-se a diretrizes contrrias precisa apurao dos acontecimentos e

    correta divulgao da informao;

    Vamos, de certa forma, continuar essa discusso no tpico seguinte.

    A quem se aplica o cdigo

    Art. 3 O exerccio da profisso de jornalista uma atividade de natureza

    social, estando sempre subordinado ao presente Cdigo de tica.

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    25) Ministrio da Sade (Comunicao e Editorao)

    Cespe/2008: Conforme o cdigo referido, o exerccio da profisso de

    jornalista uma atividade de natureza social e de finalidade pblica. Esse

    princpio, contudo, no se aplica no caso de um jornalista que atua como

    assessor de imprensa de uma empresa privada. ( )

    O gabarito oficial dessa questo errado. Portanto, uma oportunidade de

    vermos como o Cespe j se posicionou anteriormente sobre o exerccio do

    jornalismo em assessorias de imprensa. A segunda parte da questo est

    errada por isentar o assessor de imprensa da responsabilidade social e

    finalidade pblica da profisso, mesmo que a exercendo em defesa de uma

    organizao.

    Art. 4 O compromisso fundamental do jornalista com a verdade no relato dos

    fatos, razo pela qual ele deve pautar seu trabalho pela precisa apurao e pela

    sua correta divulgao.

    Art. 12. O jornalista deve:

    IV informar claramente sociedade quando suas matrias tiverem carter

    publicitrio ou decorrerem de patrocnios ou promoes;

    26) Serpro (Analista de Comunicao Social) Cespe/2008: Ao

    jornalista concursado que, na condio de servidor pblico lotado em

    cargo efetivo, atue em uma instituio da administrao pblica federal,

    no se aplicam as normas disciplinares previstas pelo Cdigo de tica dos

    Jornalistas Profissionais, visto que, nesse caso especfico, prevalecem as

    normas internas da instituio para a qual o jornalista trabalhe. ( )

    Continuando na mesma linha de raciocnio da discusso anterior, vemos, mais

    uma vez, que o Cespe j defendeu a aplicao irrestrita das normas do cdigo

    em todas as situaes de exerccio profissional do jornalismo ao considerar

    essa questo como errada. Aqui, novamente, importante repetir que o cdigo

    de tica um instrumento orientador para o exerccio da profisso de

    jornalismo, portanto, onde quer que o jornalista exera seu trabalho,

    ele est submetido s normas do cdigo. Principalmente pelo fato de se

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    tratar de um cdigo de conduta tica, que deve ser uma conduta seguida em

    todos os setores, com o setor pblico dando o exemplo sociedade.

    Reveja o que diz o cdigo de tica:

    Art. 3 O exerccio da profisso de jornalista uma atividade de natureza social,

    estando sempre subordinado ao presente Cdigo de tica.

    Toda essa discusso para mostr-los que em concurso no existe frmula

    pronta, nica. possvel se deparar com situaes como essas. Portanto, no

    exijam uma resposta taxativa porque as bancas podem surpreender. Tambm

    no motivo para desespero: estude, domine o assunto, mas no exija dos

    livros, do professor ou de voc mesmo a frmula mgica da resposta infalvel.

    No existe.

    27) Correios (Jornalismo) Cespe/2011: A incluso digital, poltica

    pblica do atual governo federal, encontra suporte no CEJB. ( )

    Embora no esteja expressamente dito no texto do Cdigo algo sobre a nova

    realidade digital, podemos assegurar tal suporte, inclusive observando o texto

    do art. 3. Questo correta.

    Respeito ao direito autoral

    Art. 6 dever do jornalista:

    IX respeitar o direito autoral e intelectual do jornalista em todas as suas formas;

    28) Ministrio da Sade (Comunicao e Editorao)

    Cespe/2008: O referido cdigo fixa normas relativas atuao do

    profissional nas suas relaes exclusivas com as empresas de

    comunicao. Assim, no caso de plgio de matria de um jornalista por

    outro colega de profisso, o cdigo no tem aplicao. ( )

    A questo est errada, pois o plgio uma forma de desrespeito ao direito

    autoral e intelectual; e claramente combatido pelo cdigo de tica, como

    vimos nos dispositivos acima.

    Um reforo na idia geral que pode ser visto tambm no artigo 7, VIII.

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    Art. 7 O jornalista no pode:

    VIII assumir a responsabilidade por publicaes, imagens e textos de cuja

    produo no tenha participado;

    Mais uma vez, vamos frisar: o cdigo trata da conduta do jornalista no

    exerccio da profisso, portanto, nas suas relaes com todos os setores,

    sejam as empresas de comunicao, as entidades de Governo, a populao, os

    colegas, etc.

    Perfil do Cdigo

    29) INMETRO (Analista Executivo em Metrologia e Qualidade

    Jornalismo) Cespe/2009: O Cdigo de tica dos Jornalistas

    Profissionais estabelece critrios deontolgicos para a prtica e o

    exerccio profissional de acordo com critrios recomendados pela

    Organizao Internacional dos Jornalistas e expostos na Conveno de

    Budapeste. ( )

    A questo est errada, pois mistura referncias inexistentes ou erradas.

    Em primeiro lugar, no existe a Organizao Internacional dos Jornalistas, o

    que temos hoje a Federao Internacional dos Jornalistas.

    Em segundo lugar, o que ficou conhecido como Conveno de Budapeste foi,

    na verdade, a Conveno do Conselho Europeu sobre o Cibercrime, ocorrida no

    ms de novembro de 2001, na cidade de Budapeste, na Hungria. Nessa

    oportunidade foi firmado um documento para servir de base de ao mundial

    de combate aos crimes cibernticos. Vrios pases europeus so signatrios

    desse acordo. Fora os europeus, apenas os Estados Unidos (portanto, o Brasil

    no signatrio). Essa conveno muito polmica, pois foi aprovada no calor

    do susto do 11 de setembro e vista pelo mundo como uma forma de presso

    dos pases desenvolvidos para o combate desesperado do terrorismo. Seu

    texto acusado por muitos de ferir os princpios dos direitos civis e direitos

    humanos na Internet, em nome da luta anti-terrorista.

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    Deontologia = tratado de deveres. O cdigo de tica refere-se conduta

    desejvel esperada do profissional, norteando essa conduta por meio de suas

    orientaes. A deontologia de uma profisso refere-se a uma srie de

    obrigaes e deveres que regem tal profisso, inclusive sua regulamentao. O

    cdigo de tica dos jornalistas brasileiros tem a peculiaridade de trazer,

    tambm, obrigaes e deveres, por isso considerado pela maioria como um

    cdigo com caractersticas deontolgicas. Em outros pases, como

    Portugal, por exemplo, no assim: existe a separao entre tica e

    deontologia.

    Clusula de conscincia

    Art. 13. A clusula de conscincia um direito do jornalista, podendo o profissional

    se recusar a executar quaisquer tarefas em desacordo com os princpios deste

    Cdigo de tica ou que agridam as suas convices.

    Pargrafo nico. Esta disposio no pode ser usada como argumento, motivo ou

    desculpa para que o jornalista deixe de ouvir pessoas com opinies divergentes das

    suas.

    30) Embasa (Jornalismo) Cespe/2009: A clusula de conscincia

    passou a ser um direito do jornalista, podendo o profissional se recusar a

    executar quaisquer tarefas em desacordo com os princpios do seu

    Cdigo de tica ou que agridam as suas convices. ( )

    A questo est correta, repetindo o que diz o cdigo de tica. No entanto,

    atente para uma observao importante do cdigo no pargrafo nico do artigo

    13. A clusula de conscincia no pode ser desculpa para desrespeitar a

    imparcialidade: o jornalista escreve sobre fatos, informaes, no sobre suas

    opinies e convices a no ser em texto especfico com este fim, como os

    artigos, por exemplo.

    31) SERPRO (Analista Comunicao Social) Cespe/2010: Um

    reprter tem o direito de no executar pautas que agridam as suas

    convices. ( )

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    Como acabamos de ver, isto diz respeito clusula de conscincia, que

    direito do jornalista. Questo correta.

    32) Correios (Jornalismo) Cespe/2011: Jornalista que seja, por

    exemplo, contra o aborto ilegal pode-se recusar a fazer reportagem sobre

    o assunto, alegando impedimento por questo de conscincia. ( )

    Questo correta; traz um exemplo da invocao da clusula de conscincia. De

    quebra voc percebe como, realmente, no geral, as questes sobre o Cdigo

    so bastante simples.

    33) Senado Federal (Analista Legislativo Editor de TV)

    FGV/2008: Um jornalista age de acordo com as prescries do Cdigo

    de tica da classe quando:

    (A) usa a clusula de conscincia para no ouvir opinies divergentes das

    suas.

    (B) recusa a execuo de tarefas que agridam as suas convices.

    (C) aceita trabalho remunerado em desacordo com o piso salarial.

    (D) acumula funes jornalsticas que impliquem a supresso de cargos

    na empresa.

    (E) coloca em risco a integridade de suas fontes em nome da liberdade

    de expresso.

    As questes sobre este cdigo so to simples, literais, que parece at bobo

    comentar uma a uma, pois se repete a fala: transcrio do texto, simples troca

    de palavras, nenhuma dificuldade. Correta a alternativa (B).

    Obstruo de informao

    Art. 2, V a obstruo direta ou indireta livre divulgao da informao, a

    aplicao de censura e a induo autocensura so delitos contra a sociedade,

    devendo ser denunciadas comisso de tica competente, garantido o sigilo do

    denunciante.

    34) SERPRO (Analista Comunicao Social) Cespe/2010: As

    prticas de obstruo da informao, censura e induo a autocensura

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    so delitos contra a sociedade e ao denunciante dessas prticas

    assegurado o sigilo. ( )

    A questo est correta, perfeitamente de acordo com o texto do cdigo. Esta

    mais uma da seqncia de questes sem elementos complicadores, mas

    apenas transcries de artigos, incisos e pargrafos.

    Cobertura para assessorados

    Art. 7 O jornalista no pode:

    VI realizar cobertura jornalstica para o meio de comunicao em que

    trabalha sobre organizaes pblicas, privadas ou no-governamentais, das

    quais seja assessor, empregado, prestador de servio ou proprietrio, nem

    utilizar o referido veculo para defender os interesses dessas instituies ou de

    autoridades a elas relacionadas;

    35) MPU (Analista de Comunicao Social) Cespe/2010:

    permitido ao jornalista realizar cobertura, para o meio de comunicao

    em que trabalha, acerca de organizaes pblicas, privadas ou no

    governamentais das quais seja assessor, empregado, prestador de

    servio ou proprietrio. Entretanto, -lhe vedada a utilizao do veculo

    de comunicao para defender os interesses de tais instituies ou de

    autoridades a elas relacionadas. ( )

    A questo est errada porque a realizao de cobertura jornalstica acerca das

    organizaes para as quais presta assessoria tambm proibida pelo cdigo. A

    questo transcreveu o texto do cdigo apenas fazendo essa alterao.

    36) Senado Federal (Analista Legislativo Produtor para Reviso

    de Contedos Jornalsticos) FGV/2008: O Captulo II do Cdigo de

    tica dos Jornalistas Brasileiros, aprovado pela Federao Nacional dos

    Jornalistas em 2007, delibera sobre a conduta profissional do jornalista.

    Segundo o Art. 7, a conduta que o jornalista no pode assumir :

    (A) permitir a manifestao de opinies divergentes das que o meio de

    comunicao em que trabalha divulga.

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    (B) expor pessoas ameaadas, exploradas ou sob risco de vida, sem

    identificao visual ou nominal.

    (C) realizar cobertura jornalstica para o meio de comunicao em que

    trabalha sobre organizaes pblicas, privadas ou no-governamentais,

    da qual seja assessor.

    (D) impedir o exerccio da profisso por pessoas no-habilitadas, pois

    estaria se opondo liberdade de expresso.

    (E) assumir a responsabilidade por publicaes, imagens e textos de cuja

    produo tenha participado.

    Essa questo tambm segue a linha de no complicar o texto, apenas abordar

    o conhecimento do candidato sobre as determinaes do cdigo. Correta a

    alternativa (C).

    (A) Exatamente o oposto: o cdigo prega a necessidade de compromisso com

    a notcia e sua verdade, mesmo que confronte opinio divergente.

    (B) O cdigo claro na necessidade de proteo a fontes e demais envolvidos

    nos fatos noticiados, nunca os expondo a riscos.

    (D) Essa uma discusso que j vai alm do cdigo em nossa sociedade. A

    postura da classe a defesa da habilitao dos profissionais de mercado.

    (E) claro que o profissional tem que receber o crdito por trabalhos que

    realizou, dos quais participou. O que lhe vedado assumir responsabilidade

    por trabalhos dos quais no participou.

    Independente do conhecimento do cdigo, o bom senso suficiente para

    acertar o gabarito dessa questo.

    37) Ministrio da Cultura (Comunicao Social) FGV/2006:

    Segundo o Cdigo de tica, no permitido ao jornalista:

    (A) exercer cobertura jornalstica em instituies pblicas e privadas

    onde seja funcionrio.

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    (B) divulgar fatos que dependam de despachos e sentenas ordenados

    por autoridades judiciais.

    (C) criticar as leis vigentes que tratem sobre a organizao do sistema

    judicirio brasileiro.

    (D) resguardar a identidade de suas fontes nos casos em que se trate de

    interesse nacional.

    (E) noticiar ou comentar projetos e atos de poder legislativo que ainda

    no tenham sido sancionados.

    Mais uma questo FGV sobre o tema que, novamente, no traz dificuldade:

    correta a alternativa (A) de cara d para marcar o X e seguir adiante na

    prova, sem perda de tempo. As demais alternativas atentam contra a liberdade

    de expresso e o dever de noticiar fatos de interesse geral.

    Preservao dos smbolos nacionais

    Art. 12. O jornalista deve:

    VIII preservar a lngua e a cultura do Brasil, respeitando a diversidade e as

    identidades culturais;

    38) ANS (Analista de Comunicao) Cespe/2005: Segundo o

    Cdigo de tica do Jornalista, esse profissional deve preservar a lngua e

    a cultura nacionais no exerccio da profisso. ( )

    Uma questo correta, de mera literalidade do texto do cdigo de tica.

    tica Jornalstica

    39) ANS (Analista de Comunicao) Cespe/2005: A tica no

    jornalismo necessria, porque a prtica da atividade jornalstica implica

    interveno, escolhas, opes e direes a seguir, o que pode ter as mais

    diversas conseqncias. ( )

    A questo est correta. O jornalista lida diretamente com fatos, com

    informaes que fazem parte do cotidiano das pessoas: economia, sade,

    poltica... assuntos que determinam rumos na sociedade. A obteno de

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    informaes, conhecimento de fatos e apresentao de pontos de vista alteram

    processos sociais. O uso indevido, antitico, de informaes gera

    conhecimentos distorcidos para a tomada de deciso de todos, porque todos

    usam essas informaes para formao de suas escolhas e decises. Fatos

    gerais, externos ao cotidiano direto da vida de cada um, mas que influenciam

    neste cotidiano, so sabidos por meio da imprensa, que precisa apresent-los

    de forma clara, imparcial, para que as pessoas decidam por si mesmas, sem

    influncia ou induo. Para conhecimento das opinies de jornalistas e

    formadores de opinio, existem os formatos especficos de exerccio do

    jornalismo.

    Isto tudo uma apreenso geral do entendimento da profisso, mas pode

    tambm ser apreendido de vrias determinaes do cdigo, quais sejam:

    Art. 2. (...)

    II a produo e a divulgao da informao devem se pautar pela veracidade dos

    fatos e ter por finalidade o interesse pblico;

    III a liberdade de imprensa, direito e pressuposto do exerccio do jornalismo,

    implica compromisso com a responsabilidade social inerente profisso;

    Art. 4 O compromisso fundamental do jornalista com a verdade no relato dos

    fatos, razo pela qual ele deve pautar seu trabalho pela precisa apurao e pela sua

    correta divulgao.

    Sindicalizao

    Art. 17. Os jornalistas que descumprirem o presente Cdigo de tica esto sujeitos

    s penalidades de observao, advertncia, suspenso e excluso do quadro social

    do sindicato e publicao da deciso da comisso de tica em veculo de ampla

    circulao.

    Pargrafo nico Os no-filiados aos sindicatos de jornalistas esto sujeitos

    s penalidades de observao, advertncia, impedimento temporrio e

    impedimento definitivo de ingresso no quadro social do sindicato e publicao da

    deciso da comisso de tica em veculo de ampla circulao.

    40) SERPRO (Analista Comunicao Social) Cespe/2010: O

    exerccio do jornalismo no Brasil, apesar da ampliao decorrente da

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    desregulamentao do diploma para registro profissional, permanece

    limitado em funo da obrigatoriedade de sindicalizao imposta por lei.

    ( )

    A questo est errada, pois no existe obrigatoriedade de sindicalizao, isto,

    inclusive, fere a Constituio, que determina:

    CF/88:

    Art. 8 livre a associao profissional ou sindical, observado o seguinte:

    V - ningum ser obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;

    No prprio cdigo de tica, ao tratar das punies ao seu descumprimento

    destacada a forma de punio aos jornalistas no-sindicalizados.

    Observe que o caput do artigo 17 trata da punio aos jornalistas que

    descumprirem as normas do prprio cdigo e cita quais punies so cabveis,

    dentre elas a suspenso e a excluso do sindicato. Portanto, no caput, o artigo

    est tratando das punies aos jornalistas sindicalizados. J no pargrafo

    nico, o cdigo prev as punies cabveis quando o jornalista no for

    sindicalizado. Veja que a, ao invs de suspenso e excluso, ele fala em

    impedimento temporrio e impedimento definitivo de ingressar no sindicato.

    Portanto, o cdigo no considera obrigatria a sindicalizao, nem poderia,

    haja vista a determinao constitucional que vimos acima.

    Gelia geral

    Para encerrar, trazemos este tpico com questes que englobam, cada uma,

    vrios e diferentes pontos do cdigo: uma gelia geral! (rs)...

    41) FIOCRUZ (Comunicao Institucional - Jornalismo)

    FGV/2010: A tica profissional diferenciada por categorias e diz

    respeito s prticas exercidas por aquele grupo profissional e sua relao

    com a sociedade. Significa dizer que a tica dos advogados diferente da

    tica jornalstica, que diferente da tica publicitria, que diferente da

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    tica do profissional de relaes pblicas que diferente da tica do

    engenheiro e assim por diante.

    Com base neste texto, analise as afirmativas a seguir.

    I. Nos Estados Unidos os jornalistas no executam tarefas de assessoria

    de imprensa, que so reservadas em princpio aos relaes pblicas.

    II. O novo Cdigo de tica dos Jornalistas Brasileiros (2007) credita ao

    jornalista a funo de assessor de imprensa, quando d destaque para a

    tarefa, e entende esta atuao, como coadjuvante, a aes de

    publicidade e propaganda.

    III. Os jornalistas que so assessores de imprensa devem resguardar os

    preceitos de seu cdigo de tica e no se identificar com os preceitos do

    cdigo dos publicitrios ou o dos relaes pblicas.

    Assinale:

    (A) se todas as afirmativas estiverem corretas.

    (B) se apenas a afirmativa III estiver correta.

    (C) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

    (D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

    (E) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

    Essa discusso sobre a habilitao necessria ao exerccio da assessoria de

    imprensa antiga no Brasil, somente aqui os jornalistas insistem em reserva

    de mercado para a funo, mas nos demais pases, como Estados Unidos, a

    funo normalmente exercida pelos profissionais de Relaes Pblicas,

    embora tambm possa ser exercida por jornalistas. Muitos tericos afirmam

    que as funes do assessor de imprensa contradizem os interesses do

    jornalismo, que no deve se comprometer com um cliente especfico, sua

    imagem, mas, sim, com os fatos e seu interesse pblico, mesmo que isso fira

    interesses de uma empresa, rgo ou o que seja. Essa discusso no nos

    interessa aprofundar no momento, mas fica a explicao (que j deve ser

    conhecida de vocs) para respondermos questo da FGV.

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    Contraditoriamente posio mundial, mas de acordo com o entendimento do

    mercado brasileiro, o cdigo de tica, assim como o decreto que regulamenta a

    profisso de jornalismo, credita ao jornalista essa funo. No exerccio dela, o

    profissional deve estar atento aos preceitos ticos das demais reas da

    comunicao, pois nesta funo ele, mais que um jornalista, um profissional

    de comunicao completo.

    Portanto, todas as afirmativas esto corretas: alternativa (A).

    42) FIOCRUZ (Comunicao Institucional - Jornalismo)

    FGV/2010: Apesar de todas as tentativas de hibridizaes do jornalismo

    com a publicidade e as relaes pblicas, o conceito liberal original do

    Sculo XVIII permanece para os defensores das prticas ticas do

    jornalismo. Ele define, entre outras questes de rotinas produtivas, que

    o jornalismo est ligado cobertura das questes que dizem respeito

    cidadania.

    A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.

    I. Cidadania a condio de pessoa que, como membro de um Estado,

    se acha no gozo de direitos que lhe permitem participar da vida poltica

    (Houaiss online, 2010). uma condio que, do ponto de vista ocidental,

    a partir da Revoluo Francesa, passou a ser um objetivo perseguido por

    Estados e sociedades (inclusive do ponto de vista jurdico) no sentido de

    assegurar a cada sujeito os direitos sociais, civis e polticos.

    II. O jornalismo como prtica profissional tem como objetivo a cobertura

    sistemtica das questes que dizem direito cidadania, ou seja, aquelas

    ligadas aos direitos e deveres sociais, civis e polticos. Significa dizer que

    a cobertura da vida privada das pessoas s deve entrar em uma matria

    jornalstica se estiver relacionada com questes vinculadas cidadania.

    Neste sentido, revistas e sites de fofoca, por exemplo, so importantes

    veculos empregadores de profissionais de comunicao, mas fazem parte

    do setor de entretenimento e no de jornalismo.

    III. No existe separao entre entretenimento e jornalismo, do ponto de

    vista da tica jornalstica.

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    Assinale:

    (A) se todas as afirmativas estiverem corretas.

    (B) se apenas a afirmativa III estiver correta.

    (C) se apenas a afirmativa I estiver correta.

    (D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

    (E) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

    Essa questo corrobora o que dissemos no comentrio questo anterior: o

    papel de interesse pblico do jornalismo em sua concepo mais essencial.

    Apesar de visto, ou hibridizado como disse a FVG, com as demais reas da

    comunicao, o jornalismo tem uma conotao pblica, social que o diferencia

    das demais reas da comunicao, concebidas para defesa de interesses

    particulares: pessoas, produtos, empresas, rgos, governos...

    O jornalismo nessa essncia afasta-se do sensacionalismo, das apologia da

    celebridade e essas vertentes mais de entretenimento que de informao. Um

    bom texto a ser lido sobre o assunto, apenas como reflexo, pode ser

    acessado pelo link: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/jornalismo_publico_na_contramao_do_sensacionalismo

    Nisto j vimos, tambm, a posio da FGV sobre o tema, certo? Correta a

    alternativa (E), que considera como verdadeiras apenas as duas primeiras

    afirmativas da questo.

    Jean Manzon convenceu o deputado Barreto Pinto a posar de cueca para O Cruzeiro em 1946. Sua Excelncia ficou tambm sem o mandato. Fonte: ENC 2003 / MEC/ INEP / DAES (2006).

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    43) MPU (Analista de Comunicao) FCC/2007: Jornalista obscuro

    que fizera carreira poltica, Barreto Pinto era dono de um rendoso cartrio

    quando se elegeu deputado federal pelo PTB do Distrito Federal em 1945

    (foi de sua autoria a emenda que props a cassao do registro do

    Partido Comunista). A pretexto de escrever sua biografia, Nasser e

    Manzon conseguiram convenc-lo a posar para uma fotografia (publicada

    em pgina inteira), vestindo apenas casaca e cuecas. O escndalo

    ocasionado pela foto redundou em um processo na Cmara Federal que

    terminaria, pela primeira vez na histria do Brasil, com a cassao de um

    mandato por quebra de decoro parlamentar. (Fonte: Moraes, Fernando. Chat,

    o rei do Brasil. So Paulo: Companhia das Letras, 1994, p. 473).

    Os trechos grifados na citao sugerem trs princpios ticos importantes

    no jornalismo, de acordo com os quais seriam desaprovados os mtodos

    empregados pela dupla, assim como o enfoque dado ao tema. Identifique

    esses trs princpios.

    (A) dever do jornalista opor-se ao arbtrio, ao autoritarismo e

    opresso; o jornalista deve permitir o direito de resposta s pessoas

    envolvidas ou mencionadas em sua matria, quando ficar demonstrada a

    existncia de equvocos ou incorrees; o jornalista deve ouvir sempre,

    antes da divulgao dos fatos, todas as pessoas objeto de acusaes no

    comprovadas, feitas por terceiros e no suficientemente demonstradas

    ou verificadas.

    (B) a divulgao de informao dever dos meios de comunicao; a

    informao divulgada pelos meios de comunicao pblica ter por

    finalidade o interesse social e coletivo; o acesso informao pblica

    um direito inerente condio de vida em sociedade, que no pode ser

    impedido por nenhum tipo de interesse.

    (C) sempre que considerar correto e necessrio, o jornalista resguardar

    a origem e identidade das suas fontes de informao; dever do

    jornalista divulgar todos os fatos que sejam de interesse pblico; dever

    do jornalista combater e denunciar todas as formas de corrupo, em

    especial quando exercida com o objetivo de controlar a informao.

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    (D) dever do jornalista defender o livre exerccio da profisso; em

    todos os seus direitos e responsabilidades o jornalista ter apoio e

    respaldo das entidades representativas da categoria.

    (E) o compromisso fundamental do jornalista com a verdade dos fatos;

    respeitar o direito privacidade do cidado; o jornalista responsvel

    por toda a informao que divulga.

    A soluo da questo deve ser alcanada buscando qual das alternativas traz

    um princpio do cdigo que tenha relao com o primeiro trecho grifado e que

    tenha sido desrespeitado pela primeira ao dos dois jornalistas grifada no

    texto. Qual essa ao? Os jornalistas mentiram para conseguir a matria,

    para conseguir as informaes ou aes que queriam do entrevistado.

    Alternativa (A): a ao dos jornalistas no tem nada que ver com oposio ao

    arbtrio, ao autoritarismo e opresso. Portanto, alternativa errada.

    Alternativa (B): a ao dos jornalistas no tem nada que ver com o dever dos

    meios de comunicao de divulgar informao. Portanto, alternativa errada.

    Alternativa (C): a ao dos jornalistas no tem nada que ver com o direito de

    resguardar a origem e identidade das fontes de informao. Portanto,

    alternativa errada.

    Alternativa (D): a ao dos jornalistas no tem nada que ver com a defesa do

    livre exerccio da profisso. Portanto, alternativa errada.

    Alternativa (E): a ao dos jornalistas no respeitou o compromisso

    fundamental com a verdade dos fatos. Portanto, essa a alternativa correta.

    Alm disso, o segundo trecho grifado no texto tem relao com a questo da

    privacidade (embora achemos um pouco inadequada a abordagem da questo,

    pois a foto foi consentida) e o terceiro trecho realmente coloca os jornalistas

    como responsveis pelo escndalo na medida em que so responsveis pela

    informao (e imagens) que veiculam. Eles mentiram, afirmando produzir fotos

    para um livro, e produziram fotos para veculo de massa.

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    44) MPU (Analista de Comunicao) FCC/2007: Na dcada de

    1980, nos EUA, membros de uma famlia proprietria de uma escola

    infantil so acusados de abuso contra uma criana. Alm da justia, que

    joga pesado contra os McMartin, eles sofrem a fria histrica de sua

    comunidade. Apoiada nas supostas provas levantadas por uma falsa

    psicloga contra os que trabalhavam naquela escola, a promotora manda

    alguns para a cadeia. Inconformado, um advogado v que se trata de um

    caso de histeria coletiva insuflado pela imprensa e, uma dcada depois,

    consegue inocentar todos os acusados, mas vidas j tinham sido

    arruinadas. Essa histria, contada no filme Acusao (produo de

    Oliver Stone e direo de Mick Jackon), virou realidade em 1994, na

    Escola Base, localizada no bairro da Aclimao, em So Paulo (Lima,

    2006). Esse caso envolveu

    (A) duas mes de alunos, que se queixaram na delegacia do Cambuci de

    que seus filhos de quatro e cinco anos estavam sendo molestados

    sexualmente na escola e, talvez, levados numa Kombi para orgias num

    motel, onde seriam fotografados e filmados. Posteriormente, os

    acusados, depois de provarem sua inocncia, processaram os rgos de

    imprensa que noticiaram exclusivamente a verso das mes.

    (B) uma declarao falsa da imprensa, que, autoposicionada do lado do

    bem e da justia, fechou os olhos para o linchamento dos acusados,

    mas depois de ficar comprovada a inocncia dos mesmos, veio a pblico

    fazer autocrtica e confessar seu erro.

    (C) o dever da profisso. Os jornalistas so como vigias, registrando os

    fatos, os acontecimentos e relatando-os sociedade, no importando as

    conseqncias.

    (D) a denncia de dois jornalistas de uma emissora de So Paulo sobre a

    produo de material pornogrfico em escolas primrias da capital.

    (E) a denncia sobre pedofilia feita por um grupo de pais. Porm, o

    delegado do caso tomou como prova o depoimento das crianas e das

    mes. Ciente da fragilidade das provas que tinha em mos, agiu sem

    culpa, nas modalidades de imprudncia e impercia, uma vez que coletou

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    os depoimentos de todos os envolvidos, mas foi apoiado por jornalistas

    investigativos.

    A alternativa (A) a nica que sintetiza o episdio. Portanto, todas as outras

    opes esto incorretas.

    Com base no cdigo de tica, podemos identificar algumas infraes cometidas

    pelo reprter no episdio, que se opem ao cumprimento dos seguintes

    artigos:

    O jornalista no foi imparcial na anlise dos fatos, conforme o Art. 4, que versa sobre a produo e divulgao da informao pautada na

    veracidade dos fatos;

    Os reprteres publicaram acusaes que denegriram a imagem dos acusados, em oposio ao Art. 6, VIII, que versa sobre o dever do

    jornalista em respeitar o direito honra e imagem do cidado;

    Os jornalistas no sofreram penalidade por calnia e difamao, conforme o Art. 8, que responsabiliza o jornalista por toda a informao

    que divulga, caso seu trabalho no tenha sido alterado por terceiros;

    Os reprteres no checaram as informaes com todos os envolvidos, dever expresso no Art. 12, que impe ao jornalista a busca por provas

    para fundamentar a informao.

    1.2. Regulamentao da Profisso de Jornalista: Decreto-lei n 83.284/1979

    Este decreto muito pouco cobrado em concursos, so pouqussimas

    questes; mas foi expressamente pedido no edital, alm de fazer parte da

    deontologia de jornalismo pois, como dissemos, a deontologia de d por meio

    da interpretao de toda a legislao da profisso. um texto curto e fcil, no

    deixem de l-lo na ntegra. Vamos l.

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    A profisso de jornalista passou a ser regulamentada no final da dcada de 60

    pelo Decreto-Lei n 972, de 17 de outubro de 1969. Nove anos depois, em 7

    de dezembro de 1978, foram introduzidas alteraes nesse Decreto pela lei n

    6.612. Ento, alguns meses depois, em 13 de maro de 1979, foi promulgado

    o Decreto n 83.284, dando nova regulamentao ao decreto inicial, em

    decorrncia das alteraes introduzidas pela lei, e o Decreto n 83.284 passou

    a dispor sobre o exerccio da profisso de jornalista.

    O Decreto n 83.284/79 trata das condies estabelecidas para o exerccio da

    profisso de jornalista em todo territrio nacional, bem como as condies de

    perda desse direito de exerccio, define as atividades inseridas no exerccio e

    as funes desempenhadas pelos jornalistas e conceitua empresas

    jornalsticas, para seus fins legais. Vamos s questes:

    45) DPF (Agente de Comunicao Social) Cespe/2004: Segundo

    a regulamentao da profisso de jornalista, esta compreende

    privativamente a execuo habitual e remunerada de desenhos artsticos

    ou tcnicos de carter jornalstico para fins de divulgao. ( )

    Correta. Esta foi uma mera questo de literalidade da lei, transcrio do texto

    do artigo 2, inciso XI.

    Art 2 A profisso de Jornalista compreende, privativamente, o exerccio habitual

    e remunerado de qualquer das seguintes atividades:

    XI - execuo de desenhos artsticos ou tcnicos de carter jornalstico, para fins

    de divulgao.

    46) ANATEL (Analista Administrativo) Cespe/2006: De acordo

    com o Decreto n. 83.284/1979, que regulamenta a profisso de

    jornalista, a prestao de servios profissionais gratuitos, ou com

    pagamentos simblicos, sob pretexto de estgio, bolsa de

    complementao, convnio ou qualquer outra modalidade, constitui

    fraude. ( )

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    Mais uma questo de mera literalidade da lei, transcrio do texto do artigo

    19.

    Art 19. Constitui fraude a prestao de servios profissionais gratuitos, ou

    com pagamentos simblicos, sob pretexto de estgio, bolsa de estudo,

    bolsa de complementao, convnio ou qualquer outra modalidade, em

    desrespeito legislao trabalhista e a este regulamento.

    47) Serpro (Analista de Comunicao Social) Cespe/2008: A Lei

    n. 5.250/1967 (Lei de Imprensa) exige que os profissionais de

    comunicao pblica sejam portadores de diploma de curso superior em

    jornalismo. ( )

    Questo errada. A lei de imprensa nunca tratou desse tema. Ele tratado no

    Decreto n 83.284/79, que regulamenta a profisso de jornalista.

    Art. 4 O exerccio da profisso de jornalista requer prvio registro no rgo

    regional do Ministrio do Trabalho, que se far mediante a apresentao de:

    I - prova de nacionalidade brasileira;

    II - prova de que no est denunciado ou condenado pela prtica de ilcito penal;

    III - diploma de curso de nvel superior de Jornalismo ou de Comunicao

    Social, habilitao Jornalismo, fornecido por estabelecimento de ensino

    reconhecido na forma da lei, para as funes relacionadas nos itens I a VII do

    artigo 11;

    IV - Carteira de Trabalho e Previdncia Social.

    Para saber mais, veja o que diz o Cdigo de tica dos Jornalistas Brasileiros:

    Art. 7 O jornalista no pode:

    VII permitir o exerccio da profisso por pessoas no-habilitadas;

    Mas, lembre-se, essa discusso est no ar por conta da deciso do STF. No

    final de dezembro foi decidido em votao de primeiro turno no Senado

    Federal pela manuteno permanente da exigncia de diploma especfico para

    exerccio da profisso. Leia mais em: http://camaraempauta.com.br/portal/politica/senado-

    aprova-exigencia-de-diploma-de-jornalista-em-primeiro-turno

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    2. tica e Legislao de Relaes Pblicas

    O estudo da tica e legislao de Relaes Pblicas feito atravs do cdigo de

    tica e da lei que regulamenta a profisso. Antes de adentramos ao seu

    estudo, por meio do comentrio a questes de prova, vamos fazer um

    apanhado histrico, que nos situa melhor neste assunto e contribui para

    complemento do estudo da histria da comunicao e seus veculos, tema de

    aula vindoura.

    1965 Ney Peixoto do Valle, Presidente do Conselho Nacional da ABRP, e de

    Domingos Arajo da Cunha Gonalves, Presidente da Seo Distrito Federal e

    de outros colaboradores iniciam esforos para criarem a regulamentao das

    RPs.

    1967 Em 11 de dezembro de 1967, a lei n 5.377 publicada e o Brasil

    conquista seu marco histrico na rea.

    1968 Em 26 de setembro publicado o Decreto n 63.283, que

    regulamentou a Lei n 5.377/67.

    1969 Em 11 de setembro foram criados os Conselhos Federais e Regionais

    de Relaes Pblicas pelo Decreto-Lei n 860.

    1971 Em 4 de maio o decreto acima tem sua regulamentao dada pelo

    Decreto n 68.582/71.

    1972 O Conselho Federal de Profissionais de Relaes Pblicas consegue

    aprovao do Cdigo de tica da profisso.

    O Cdigo de tica traz disposies reguladoras do comportamento a ser

    obedecido pelos que exercem a profisso, inclusive enfatizando o respeito aos

    princpios da Declarao Universal dos Direitos do Homem e no permitindo a

    subordinao da verdade aos interesses ilegtimos.

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    A regulamentao profissional de Relaes Pblicas no Brasil, em 1967, foi um

    ato de pioneirismo, pois, at ento, era fato incomum na histria. Isto deu

    profisso uma consolidao importante, consolidando tambm sua estrutura

    institucional por meio da ABRP.

    Nesse sentido, acredita-se que firmaram duas grandes lideranas na histria

    da profisso: Ney Peixoto do Valle, que surgiu na dcada de 1960, com as

    lutas iniciais de regulamentao, e Cndido Teobaldo de Souza Andrade, na

    dcada de 1970. Outros nomes importantes nessa histria so: Hugo Barbieri,

    Ubirajara Martins, May Nunes de Souza Rubio, Benedito Silva, Evaldo Simas

    Pereira, Florindo Villa Alvarez, Roberto Doring, Natalino Pereira de Souza,

    Vilma Vidal, Dante de Lima Vianna, Domingos Arajo Cunha Gonalves e To

    Pereira da Silva.

    Atravs dos links abaixo vocs podem acessar os textos na ntegra para

    estudo. Em seguida, voltem a esse material para praticar por meio das

    questes comentadas. No h muito que inventar, legislao no tem

    alternativa, tem que estudar o texto da lei, decreto, cdigo, o que seja; no h

    necessidade de decorar todo o texto, importante entender sua linha de

    regramento, seu sentido, o esprito das determinaes ali listadas, pois assim

    est-se seguramente preparado para as questes da prova.

    Lei n 5.377/67: http://www.conferp.org.br/?p=179

    Cdigo de tica: http://www.conferp.org.br/?page_id=35

    2.1. Lei n 5.377/67

    48) BR Distribuidora (Profissional de Comunicao Social Jnior

    Relaes Pblicas) Cesgranrio/2010: No tocante ao exerccio da

    profisso, segundo a Lei n 5.377, de 11 de dezembro de 1967, que

    disciplina a profisso de Relaes Pblicas e d outras providncias,

    afirma-se que

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    (A) a coordenao e o planejamento de pesquisas de opinio pblica,

    para fins institucionais, encontram-se entre as atividades especficas das

    Relaes Pblicas.

    (B) a designao de profissional de Relaes Pblicas, no Brasil,

    privativa dos bacharis formados nos respectivos cursos de nvel superior

    do Pas.

    (C) a divulgao de informaes de carter mercadolgico entre uma

    empresa e o pblico consumidor uma das atribuies dos profissionais

    de Relaes Pblicas.

    (D) o registro do profissional de Relaes Pblicas, embora institudo por

    lei, apenas obrigatrio para aqueles que j se encontram no exerccio

    da profisso h mais de 5 anos, em carter permanente.

    (E) qualquer pessoa que houver concludo curso similar no exterior, em

    estabelecimento legalmente reconhecido, pode exercer a profisso de

    Relaes Pblicas no Brasil, desde que esteja inscrito no Conselho

    Regional de Profissionais de Relaes Pblicas (CONRERP).

    (A) O captulo II da lei trata das atividades profissionais, listando em seu art.

    2 quais so elas. A alternativa traz corretamente a segunda das atividades

    listadas. J d para marcar essa e partir para outra questo; mas, isto na

    prova, pois aqui estamos estudando, por isso vamos analisar todas as

    alternativas.

    Art 2 Consideram-se atividades especficas de Relaes Pblicas as que

    dizem respeito:

    a) a informao de carter institucional entre a entidade e o pblico, atravs dos

    meios de comunicao;

    b) a coordenao e planejamento de pesquisas da opinio pblica, para

    fins institucionais;

    c) a planejamento e superviso da utilizao dos meios audio-visuais, para fins

    institucionais;

    d) a planejamento e execuo de campanhas de opinio pblica;

    e) ao ensino das tcnicas de Relaes Pblicas, de acordo com as normas a serem

    estabelecidas, na regulamentao da presente Lei.

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    (B) A alternativa est errada porque a lei expressamente admite diplomas de

    cursos no exterior, desde que legalmente reconhecidos e aps validao do

    diploma no Brasil.

    Art 1 A designao de Profissional de Relaes Pblicas passa a ser privativa:

    a) dos bacharis formados nos respectivos cursos de nvel superior;

    b) dos que houverem concludo curso similar no estrangeiro, em estabelecimento

    legalmente reconhecido aps a revalidao do respectivo diploma no Brasil;

    c) dos que exeram a profisso, de acordo com o art. 6 do Captulo IV da presente

    Lei.

    (C) Alternativa errada por conta da expresso carter mercadolgico,

    enquanto a lei fala de carter institucional. Acabamos de ver isto na

    transcrio do art. 2 no comentrio da alternativa A.

    (D) Alternativa errada, pois o prazo de, no mnimo, 24 meses; no 5 anos,

    em carter permanente.

    A resposta para a questo precisa de uma combinao de dispositivos da lei.

    Vamos a eles:

    Art 3 O registro do profissional de Relaes Pblicas fica institudo com a presente

    Lei, e tornar-se- obrigatrio no prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da sua

    publicao, para aqueles que j se encontram no exerccio da profisso.

    Pargrafo nico. O registro referido neste artigo ser feito pelo Servio de

    Identificao Profissional do Ministrio do Trabalho e Previdncia Social, mediante

    comprovante ou comprovantes portados pelos profissionais nas hipteses das letras

    a a c do art. 1.

    Art 1 (...)

    a) dos bacharis formados nos respectivos cursos de nvel superior;

    c) dos que exeram a profisso, de acordo com o art. 6 do Captulo IV da presente

    Lei.

    Art 6 Fica assegurado o registro de que trata o art. 3 da presente Lei s pessoas

    que j venham exercendo funes de Relaes Pblicas, como atividade principal e

    em carter permanente, pelo prazo mnimo de 24 meses, conforme declarao

    do empregador e comprovao de recebimento salarial proveniente dessa

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    atividade, em entidades pblicas ou privadas que comprovem a existncia do setor

    especializado, e ainda que sejam scios titulares da ABRP Associao Brasileira de

    Relaes Pblicas, por idntico perodo.

    (E) Voltamos ao tema da alternativa B. Mais uma vez h erro, pois antes de

    registro e atuao preciso que o diploma seja validado no Brasil. Relembre o

    que diz a lei.

    Art 1 A designao de Profissional de Relaes Pblicas passa a ser privativa:

    b) dos que houverem concludo curso similar no estrangeiro, em estabelecimento

    legalmente reconhecido aps a revalidao do respectivo diploma no Brasil;

    49) Petrobrs (Profissional de Comunicao Social Jnior

    Relaes Pblicas) Cesgranrio/2005: De acordo com a legislao

    da profisso, regulamentada pela Lei n 5.377, de 11 dez. 1967, (so)

    atividade(s) considerada(s) especfica(s) de Relaes Pblicas:

    (A) planejamento e superviso da utilizao de meios audiovisuais para

    fins institucionais.

    (B) planejamento de tticas mercadolgicas utilizadas no lanamento de

    um produto.

    (C) montagem de peas grficas destinadas ao reforo da imagem da

    marca.

    (D) elaborao de ferramentas de marketing que visem a aumentar as

    vendas de produtos.

    (E) organizao de atividades relacionadas construo do brand-equity.

    Esta questo bem mais fcil, pois aborda apenas o art. 2 da lei, que trata

    das atividades especficas. Correta a alternativa (A).

    Art 2 Consideram-se atividades especficas de Relaes Pblicas as que

    dizem respeito:

    a) a informao de carter institucional entre a entidade e o pblico, atravs dos

    meios de comunicao;

    b) a coordenao e planejamento de pesquisas da opinio pblica, para fins

    institucionais;

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    c) a planejamento e superviso da utilizao dos meios audio-visuais, para

    fins institucionais;

    d) a planejamento e execuo de campanhas de opinio pblica;

    e) ao ensino das tcnicas de Relaes Pblicas, de acordo com as normas a serem

    estabelecidas, na regulamentao da presente Lei.

    50) Petrobrs (Profissional de Comunicao Social Jnior

    Relaes Pblicas) Cesgranrio/2008: Entre as opes abaixo,

    assinale a que NO faz parte das atividades especficas de Relaes

    Pblicas definidas pelo Art. 2, Captulo II, da lei que regulamenta a

    profisso.

    (A) Planejamento e execuo de campanhas de opinio pblica.

    (B) Planejamento e realizao de campanhas publicitrias.

    (C) Superviso da utilizao de meios audiovisuais.

    (D) Coordenao e realizao de pesquisas para fins institucionais.

    (E) Divulgao de informaes de carter institucional.

    Mais uma questo sobre as atividades especficas. Mas, desta vez, pede-se

    para indicar o que no atividade especfica, portanto, que no consta do art.

    2 da lei. Correta a alternativa (B), pois no funo das RPs o planejamento

    e a realizao de campanhas publicitrias.

    2.2. Cdigo de tica

    51) Petrobrs (Profissional de Comunicao Social Jnior

    Relaes Pblicas) Cesgranrio/2005: De acordo com o Cdigo de

    tica da profisso, VEDADO ao profissional de Relaes Pblicas:

    (A) assumir responsabilidades somente por tarefas para as quais esteja

    capacitado.

    (B) criar canais de informao que favoream uma comunicao

    inteligvel.

    (C) utilizar qualquer mtodo, meio ou tcnica para criar motivaes

    inconscientes.

    (D) apropriar-se de ferramentas de outras reas para execuo de

    programas de comunicao.

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    (E) manter o cliente atualizado com informaes concernentes ao seu

    trabalho.

    O cdigo de tica j comea trazendo os deveres e as vedaes do relaes

    pblicas no seu exerccio profissional. O art. 1 traz os deveres e o art. 2 traz

    as vedaes. A questo faz uma mistura de deveres, vedaes e invenes que

    no constam nem de um artigo nem de outro. Para a questo, nos interessa

    uma vedao:

    Artigo 2 Ao profissional de Relaes Pblicas vedado:

    a) Utilizar qualquer mtodo, meio ou tcnica para criar motivaes

    inconscientes que, privando a pessoa do seu livre arbtrio, lhe tirem a

    responsabilidade de seus atos.

    Observem que o erro da alternativa (C) est em desconsiderar a ressalva feita

    pelo cdigo: a vedao se coloca em circunstncias em que a pessoa seja

    privada de livre arbtrio e, com isso, perca a responsabilidade por seus atos.

    sempre importante ficar atento s ressalvas, pois elas fazem diferena no

    texto, na sua determinao. Algumas vezes as bancas so descuidadas com a

    observncia das ressalvas, mas isso raro.

    52) TSE (Relaes Pblicas) Cespe/2006: De acordo com o Cdigo

    de tica Profissional dos Profissionais de Relaes Pblicas, assinale a

    opo incorreta.

    (A) vedado o uso de qualquer mtodo, meio ou tcnica que crie

    motivaes inconscientes nas pessoas, privando-as de seu livre arbtrio.

    (B) O profissional de relaes pblicas no pode divulgar informaes

    inverdicas da organizao que representa.

    (C) O profissional deve assumir responsabilidades somente por tarefas

    para as quais esteja capacitado e deve reconhecer suas limitaes.

    (D) O profissional tem a prerrogativa de guardar sigilo profissional dos

    fatos que lhes forem confiados por seus clientes e no pode quebr-lo

    nem quando tratar de fato delituoso previsto em lei.

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    O contedo das trs primeiras alternativas ns j estudamos acima. A

    alternativa (D), que deve ser marcada por estar errada, trata do sigilo

    profissional necessrio e garantido ao profissional de RP. No entanto, o art. 27

    faz ressalva para os casos de fatos delituosos.

    Artigo 27 A quebra de sigilo necessria quando se tratar de fato delituoso,

    previsto em lei, e a gravidade de suas conseqncias, para os pblicos envolvidos

    de conseqncia de denunciar o fato.

    Mesmo desconhecendo o art. 27 no d para errar essa, no ? claro que

    guardar sigilo sobre fatos delituosos no pode ser aceito!

    53) MPS (Tcnico em Comunicao Social Relaes Pblicas)

    Cespe/2009: parte do trabalho dos profissionais de RP ajudar a criar

    padres de comportamento tico nas organizaes em que atuam. ( )

    Correto. Podemos depreender isto nos princpios fundamentais que abrem o

    texto do cdigo de tica:

    3. profissional de Relaes Pblicas, em seu trabalho individual ou em sua equipe,

    procurar sempre desenvolver o sentido de sua responsabilidade profissional,

    atravs do aperfeioamento de seus conhecimentos e procedimentos ticos,

    pela melhoria constante de sua competncia cientfica e tcnica e no efetivo

    compromisso com a sociedade brasileira;

    54) MPS (Tcnico em Comunicao Social Relaes Pblicas)

    Cespe/2009: Em RP, a transparncia, em determinadas situaes, deve

    ser evitada, visando evitar o uso das informaes por parte da imprensa.

    ( )

    A transparncia deve ser uma das metas do profissional de relaes pblicas

    ele lida com comunicao, informao. Mas, claro que certas informaes

    precisam, mesmo que momentaneamente, ser sigilosas, pois podem

    comprometer de alguma forma o cliente, ou aes que venham a ser

    implantadas. No nosso entendimento, a redao da questo no foi feliz e d

    margem para diferentes entendimentos: podemos questionar os conceitos de

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    sigilo, transparncia, obstruo de informao... No entanto, a banca

    considerou a questo errada.

    55) MPS (Tcnico em Comunicao Social Relaes Pblicas)

    Cespe/2009: Na comunicao, a bilateralidade no faz parte dos

    princpios de RP, na medida em que o profissional de RP atua como

    porta-voz da organizao. ( )

    Questo errada. exatamente o princpio fundamental n 4 da profisso que

    garante o gabarito, posto j no incio do texto do cdigo.

    4. profissional de Relaes Pblicas deve empenhar-se para criar estruturas e

    canais de comunicao que favoream o dilogo e a livre circulao de

    informaes.

    Dilogo sinni