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Engenharia Civil CEF 2013 Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli Aula 1 1 AULA 1: SONDAGENS SUMÁRIO PÁGINA QUESTÕES COMENTADAS DE FUNDAÇÕES 2 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 3 1. INTRODUÇÃO 3 2. POÇOS 3 3. TRINCHEIRAS 4 4. SONDAGEM A TRADO 4 5. SONDAGEM A PERCUSSÃO SPT 6 6. SONDAGEM ROTATIVA 16 7. SONDAGEM MISTA 22 8. QUESTÕES COMENTADAS 24 9. LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS 61 10. GABARITO 79 11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 79 E aí pessoal, animados! Essa é a nossa segunda aula com o assunto sondagens. O volume de informações é menor do que o da aula demonstrativa. Contudo, é uma importante matéria quase sempre objeto de cobrança do FCC. A grande maioria das questões anteriores do FCC cobraram sondagens à percussão do tipo SPT. Por isso, para evitar um grande desbalanceamento de questões entre os capítulos, nesta aula, apresento-as todas agrupadas após a apresentação da teoria.

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Engenharia Civil CEF 2013 - Teoria e Exercícios - Estratégia Concursos

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Page 1: Aula 01

Engenharia Civil – CEF 2013

Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli – Aula 1

1

AULA 1: SONDAGENS

SUMÁRIO PÁGINA

QUESTÕES COMENTADAS DE FUNDAÇÕES 2

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 3

1. INTRODUÇÃO 3

2. POÇOS 3

3. TRINCHEIRAS 4

4. SONDAGEM A TRADO 4

5. SONDAGEM A PERCUSSÃO SPT 6

6. SONDAGEM ROTATIVA 16

7. SONDAGEM MISTA 22

8. QUESTÕES COMENTADAS 24

9. LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS 61

10. GABARITO 79

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 79

E aí pessoal, animados!

Essa é a nossa segunda aula com o assunto sondagens. O

volume de informações é menor do que o da aula demonstrativa.

Contudo, é uma importante matéria quase sempre objeto de

cobrança do FCC.

A grande maioria das questões anteriores do FCC cobraram

sondagens à percussão do tipo SPT. Por isso, para evitar um grande

desbalanceamento de questões entre os capítulos, nesta aula,

apresento-as todas agrupadas após a apresentação da teoria.

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Contudo, antes de entrarmos nessa matéria, segue uma tabela

que dá uma pequena relembrada nos tipos de fundações que vimos

na aula passada.

Então vamos ao conteúdo que interessa !

www.fkct.com.br/dicas_de_fundacao.html

Bons estudos !

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SONDAGENS

1 - Introdução

As obras de engenharia requerem o conhecimento do subsolo

onde serão construídas.

Para este fim há diversos métodos de sondagem, que podem

ser indiretos ou diretos.

Nos métodos indiretos, a medida das propriedades das camadas

do subsolo é feita indiretamente pela sua resistividade elétrica ou

pela velocidade de propagação de ondas elásticas. Os índices

medidos correlacionam-se com a natureza geológica dos diversos

horizontes, podendo-se conhecer suas profundidades e espessuras.

Incluem-se nessa categoria os métodos geofísicos.

Os métodos diretos consistem em operações destinadas a

observar diretamente o solo ou obter amostras ao longo de uma

perfuração. Nessa categoria temos os poços, trincheiras, trados

manuais, sondagens à percussão, sondagens rotativas etc.

2 – Poços

Os poços são escavados com pá, picareta, balde e sarrilho, e

destinam-se ao exame das camadas do subsolo ao longo de suas

paredes, possibilitando a coleta de amostras deformadas ou

indeformadas.

Apesar da vantagem de se obter amostras indeformadas com

maior facilidade, o seu emprego encontra limitação no seu elevado

custo, pois exige onerosos trabalhos de proteção a desmoronamentos

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e esgotamento d’água quando a prospecção descer abaixo do lençol

freático.

3 – Trincheiras

A escavação de trincheiras permite obter uma exposição

contínua do subsolo ao longo de uma encosta natural, áreas de

empréstimo, locais de pedreiras etc.

As trincheiras facilitam a caracterização dos perfis geológicos

em função dos solos encontrados nas diferentes profundidades, assim

como também permitem obter amostras indeformadas mais

facilmente.

4 - Sondagens a Trado (NBR ABNT 9603)

A sondagem a trado é realizada com a utilização do trado

cavadeira ou do trado helicoidal.

Trata-se de processo mais simples, rápido e econômico para as

investigações preliminares das condições geológicas superficiais.

A finalidade dessa sondagem é a coleta de amostras

deformadas (amostras amolgadas), determinação da profundidade do

nível d’água, identificação dos horizontes do terreno, além de ser

adotado na etapa inicial da perfuração para o ensaio de penetração

(SPT).

Figura 1: Trado Cavadeira ou Concha (TC) e Trado Helicoidal (TH)

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A sondagem deve ser iniciada com o trado cavadeira,

utilizando-se ponteira para desagregação de terrenos duros ou

compactos, quando necessário. Quando o avanço se tornar difícil,

deve-se utilizar o trado helicoidal.

A sondagem a trado é dada por terminada nos seguintes casos:

- quando atingir a profundidade especificada;

- quando ocorrerem desmoronamentos sucessivos da

parede do furo; (grifei)

- quando o avanço do trado ou ponteira for inferior a 50 mm

em 10 minutos de operação contínua de perfuração.

Esta sondagem apresenta como limitações:

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- camadas de pedregulho;

- pedras e matacões;

- solos abaixo do nível d’água; e

- areias muito compactas.

5 - Sondagens a Percussão do tipo SPT (Standard Penetration

Test)

Antes de entrar nos detalhes desse método, os quais são

cobrados nas questões do Cespe, apresento a vocês um resumo para

melhor visualização ou lembrança desse importante processo para o

nosso concurso.

A sondagem a percussão é um procedimento geotécnico de

campo, capaz de amostrar o subsolo. Quando associada ao ensaio de

penetração dinâmica (SPT), mede a resistência do solo ao longo da

profundidade perfurada.

As sondagens de simples reconhecimento de solos, com SPT

(Standard Penetration Test), têm por objetivo:

a) a determinação dos tipos de solo em suas respectivas

profundidades de ocorrência;

b) a posição do nível d’água; e

c) os índices de resistência à penetração (N) a cada

metro.

Em resumo, o ensaio SPT consiste na cravação de um

amostrador padrão no solo, através da queda livre de um peso de 65

kg (martelo), caindo de uma altura determinada (75 cm).

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5.1 - Execução

Para se iniciar uma sondagem, monta-se sobre o terreno, na

posição de cada perfuração, um cavalete de quatro pernas

denominado torre. No topo da torre é montado um conjunto de

roldanas por onde passa uma corda, usualmente de cisal.

A sondagem deve ser iniciada com emprego do trado-

concha (TC) ou cavadeira manual até a profundidade de 1 m,

seguindo-se a instalação até essa profundidade, do primeiro

segmento do tubo de revestimento dotado de sapata cortante.

Deve ser coletada, para exame posterior, uma parte

representativa do solo colhido pelo trado-concha durante a

perfuração (amostra zero), até 1 m de profundidade.

Na profundidade de 1 m realiza-se o primeiro ensaio de

penetração SPT, acoplando-se na extremidade de um conjunto de

hastes de 1” o amostrador padrão.

Este é apoiado no fundo do furo aberto com trado-concha ou

cavadeira. Após o posicionamento do amostrador-padrão conectado à

composição de cravação, coloca-se a cabeça de bater e, utilizando-se

o tubo de revestimento como referência, marca-se na haste, com giz,

um segmento de 45 cm dividido em três trechos iguais de 15 cm.

Em seguida, o martelo deve ser apoiado suavemente sobre a

cabeça de bater, anotando-se eventual penetração do amostrador no

solo. A penetração obtida dessa forma corresponde a zero golpes.

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Não tendo ocorrido penetração igual ou maior do que 45 cm,

prossegue-se a cravação do amostrador-padrão até completar os 45

cm de penetração por meio de impactos sucessivos do martelo

padronizado caindo livremente de uma altura de 75 cm, anotando-se,

separadamente, o número de golpes necessários à cravação de cada

segmento de 15 cm do amostrador-padrão.

A soma do número de golpes necessários à penetração dos

últimos 30 cm do amostrador é designada por N.

Freqüentemente não ocorre a penetração exata dos 45 cm,

bem como de cada um dos segmentos de 15 cm do amostrador

padrão, com certo número de golpes.

Na prática, é registrado o número de golpes empregados para

uma penetração imediatamente superior a 15 cm, registrando-se o

comprimento penetrado (por exemplo, três golpes para a penetração

de 17 cm – 3/17).

A seguir, conta-se o número adicional de golpes até a

penetração total ultrapassar 30 cm e em seguida o número de golpes

adicionais para a cravação atingir 45 cm ou, com o último golpe,

ultrapassar este valor. Exemplo: 3/17 – 4/14 – 5/15.

Quando, com a aplicação do primeiro golpe do martelo, a

penetração for superior a 45 cm, o resultado da cravação do

amostrador deve ser expresso pela relação deste golpe com a

respectiva penetração. Exemplo: 1/58.

Quando retirado o amostrador do furo, é recolhida e

acondicionada a amostra contida em seu bico.

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As amostras colhidas devem ser imediatamente acondicionadas

em recipientes herméticos e de dimensões tais que permitam receber

pelo menos um cilindro de solo colhido do bico do amostrador-

padrão.

Nas operações subseqüentes de perfuração, intercaladas às de

ensaio (SPT – descrito acima) e amostragem, deve ser utilizado

trado helicoidal (TH) até se atingir o nível d’água freático.

Quando observadas mudanças de tipo de solo no material do

corpo do "amostrador", a parte que as caracteriza deve, também, ser

armazenada e identificada.

Durante a operação de perfuração, devem ser anotadas as

profundidades das transições de camadas detectadas por exame tátil-

visual e da mudança de coloração de materiais trazidos à boca do

furo pelo trado helicoidal ou pela água de circulação.

Quando o avanço da perfuração com emprego do trado

helicoidal for inferior a 50 mm após 10 min de operação ou no caso

de solo não aderente ao trado, passa-se ao método de perfuração por

circulação de água (CA), também chamado de lavagem.

A cada metro de perfuração, a partir de 1 m de profundidade,

devem ser colhidas amostras dos solos por meio do amostrador-

padrão, com execução de SPT.

A circulação de água é realizada com emprego de uma moto-

bomba, uma caixa-d'água com divisória para decantação e um

trépano.

Figura 2: Torre com roldana e sistema de circulação d’água

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Fonte: Prospecção Geotécnica do Subsolo – Prof.ª Maria José C. Porto A. de Lima

A água é injetada na composição de haste que, neste caso, leva

em sua extremidade inferior não o amostrador, mas sim, o trépano.

Esta água é injetada no solo por orifícios laterais ao trépano. A

pressão da água e movimentos de rotação e percussão imprimidos à

composição de hastes fazem com que o "trépano" rompa a estrutura

do solo. O solo misturado à água retorna à superfície e é despejado

na caixa d’água.

O material mais pesado decanta e permanece no fundo da

caixa. A água é novamente injetada no furo. Na verdade, cria-se um

circuito fechado de circulação com auxílio de tubos e hastes.

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Quando as paredes do furo não permanecem estáveis, auxilia-

se o processo de avanço contendo-as com a cravação de tubos de

revestimento de 2 ½” de diâmetro (eventualmente 3" de diâmetro) e

trabalhando-se internamente a este.

Atenção especial deve ser dada para não se descer o tubo de

revestimento à profundidade além do comprimento perfurado.

Quando necessária à garantia da limpeza do furo e da estabilização

do solo na cota de ensaio, principalmente quando da ocorrência

de areias submersas, deve-se usar também, além de tubo de

revestimento, lama de estabilização.

Em casos especiais de sondagens profundas em solos instáveis,

onde a descida ou posterior remoção dos tubos de revestimento for

problemática, podem ser empregadas lamas de estabilização em

lugar de tubo de revestimento, desde que não estejam previstos

ensaios de infiltração na sondagem.

Da maneira acima descrita, a sondagem avança em

profundidade, medindo a resistência a cada metro (N) e retirando

com o amostrador amostras do tipo de solo atravessado.

Com o valor de N pode-se correlacioná-lo com o estado de

compacidade dos solos arenosos e a consistência dos solos argilosos,

conforme a Tabela do Anexo A na NBR 6484 da ABNT:

Tabela 1: Estados de compacidade e de consistência

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5.2 - Critério de Paralisação

A cravação do amostrador-padrão é interrompida antes dos 45

cm de penetração sempre que ocorrer uma das seguintes situações:

a) em qualquer dos três segmentos de 15 cm, o número

de golpes ultrapassar 30 (Exemplo: 12/16 - 30/11);

b) um total de 50 golpes tiver sido aplicado durante toda

a cravação (Exemplo: 14/15 - 21/15 - 15/7); e

c) não se observar avanço do amostrador-padrão durante

a aplicação de cinco golpes sucessivos do martelo (Exemplo:

10/0). Nesse caso, após a retirada da composição com o

amostrador, deve-se, em seguida, ser executado o ensaio de

avanço da perfuração por circulação de água, durante 30 min,

anotando-se os avanços do trépano obtidos em cada período de

10 min. A sondagem deve ser dada por encerrada quando, no

ensaio de avanço da perfuração por circulação de água, forem

obtidos avanços inferiores a 50 mm em cada período de 10 min

ou quando, após a realização de quatro ensaios consecutivos,

não for alcançada a profundidade de execução do SPT. Deve

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constar no relatório a designação de impenetrabilidade ao

trépano de lavagem.

E o processo de perfuração por circulação de água, associado

aos ensaios penetrométricos, deve ser utilizado até onde se obtiver,

nesses ensaios, uma das seguintes condições:

a) quando, em 3 m sucessivos, se obtiver 30 golpes para

penetração dos 15 cm iniciais do amostrador-padrão;

b) quando, em 4 m sucessivos, se obtiver 50 golpes para

penetração dos 30 cm iniciais do amostrador-padrão; e

c) quando, em 5 m sucessivos, se obtiver 50 golpes para

a penetração dos 45 cm do amostrador-padrão.

Caso haja necessidade técnica de continuar a investigação do

subsolo até profundidades superiores, o processo de perfuração por

trépano e circulação de água deve prosseguir até que, durante 30

min, no ensaio de avanço da perfuração por circulação de água,

forem obtidos avanços inferiores a 50 mm em cada período de 10

min ou quando, após a realização de quatro ensaios consecutivos,

não for alcançada a profundidade de execução do SPT. Nesse caso,

deve-se, então, substituir a sondagem por penetração pelo método

de perfuração rotativa.

Dependendo do tipo de obra, das cargas a serem transmitidas

às fundações e da natureza do subsolo, admite-se a paralisação da

sondagem em solos de menor resistência à penetração, desde que

haja uma justificativa geotécnica ou solicitação do cliente.

Caso não se observe avanço do amostrador-padrão durante a

aplicação de cinco golpes sucessivos do martelo, antes da

profundidade estimada para atendimento do projeto, a sondagem

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deve ser deslocada, no mínimo, duas vezes para posições

diametralmente opostas, a 2 m da sondagem inicial, ou conforme

orientação do cliente ou seu preposto.

5.3 - Observação do Nível d’Água

Ao se atingir o nível d’água, passa-se a observar a sua elevação

no furo, efetuando-se leituras a cada 5 min, durante 15 min no

mínimo.

Sempre que ocorrer interrupção na execução da sondagem, é

obrigatória, tanto no início quanto no final desta interrupção, a

medida da posição do nível d’água, bem como da profundidade

aberta do furo e da posição do tubo de revestimento.

Sendo observados níveis d’água variáveis durante o dia, essa

variação deve ser anotada no relatório final.

No caso de ocorrer artesianismo (água sob pressão) ou fuga de

água no furo, devem ser anotadas no relatório final as profundidades

dessas ocorrências e do tubo de revestimento.

Após o término da sondagem, deve ser feito o máximo

rebaixamento possível da coluna d’água interna do furo com auxílio

do baldinho, passando-se a observar a sua elevação no furo,

efetuando-se leituras a cada 5 min, durante 15 min no mínimo.

Após o encerramento da sondagem e a retirada do tubo de

revestimento, decorridas no mínimo 12 h, e estando o furo não

obstruído, deve ser medida a posição do nível d’água, bem como a

profundidade até onde o furo permanece aberto.

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5.4 – Relatório de Sondagem SPT – DNER-PAD 111/97

Pessoal, para identificação das informações do relatório vale

verificar os comentários das questões.

5.5 – Número de furos no terreno – NBR 8036

As sondagens devem ser, no mínimo, de:

a) uma para cada 200 m2 de área da projeção em planta do

edifício, até 1200 m2 de área;

b) entre 1200 m2 e 2400 m2 deve-se fazer uma sondagem para

cada 400 m2 que excederem de 1200 m2;

c) acima de 2400 m2 o número de sondagens deve ser fixado

de acordo com o plano particular da construção.

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Em quaisquer circunstâncias o número mínimo de sondagens

deve ser:

a) dois para área da projeção em planta do edifício até 200 m2;

b) três para área entre 200 m2 e 400 m2.

Nos casos em que não houver ainda disposição em planta dos

edifícios, como nos estudos de viabilidade ou de escolha de local, o

número de sondagens deve ser fixado de forma que a distância

máxima entre elas seja de 100 m, com um mínimo de três

sondagens.

Quanto à profundidade, as sondagens devem ser levadas até a

profundidade onde o solo não seja mais significativamente solicitado

pelas cargas estruturais, fixando-se como critério aquela

profundidade onde o acréscimo de pressão no solo, devida às cargas

estruturais aplicadas, for menor do que 10% da pressão geostática

efetiva.

Nos casos de fundações de importância, ou quando as camadas

superiores de solo não forem adequadas ao suporte, aconselha-se a

verificação da natureza e da continuidade da camada impenetrável.

Nestes casos, a profundidade mínima a investigar é de 5 m.

6 – Sondagens Rotativas

Geralmente, a sondagem rotativa ocorre após a sondagem a

percussão na camada de solo. Essa conjugação é denominada

sondagem mista.

A sondagem rotativa utiliza uma perfuratriz (sonda rotativa)

com coroa diamantada quando o furo de sondagem atinge uma

camada de rocha, solo de alta resistência, blocos, ou matacões. O

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objetivo desse ensaio é obter testemunhos (amostras cilíndricas de

rochas) que permitem a identificação das descontinuidades do maciço

rochoso, assim como realizar ensaios “in situ” no interior da

perfuração, tal como o ensaio de perda d’água, que mede a

permeabilidade da rocha ou localização de fendas e falhas.

6.1 – Execução

A execução da sondagem rotativa consiste na realização de

manobras consecutivas, em que a sonda imprime às hastes os

movimentos rotativos e de avanço transferidos ao barrilete provido

de coroa diamantada.

Os barriletes são tubos ocos destinados a receber o testemunho

de sondagem e são presos na primeira haste a penetrar na rocha.

A manobra consiste na operação de avanço do conjunto da

composição de perfuração com ou sem recuperação de testemunho,

qualquer que seja o comprimento do avanço, isto é, do trecho

perfurado.

O comprimento máximo de cada manobra é determinado pelo

comprimento do barrilete, que é em geral de 1,5 a 3,0 m.

Terminada a manobra, o barrilete é alçado do furo e os

testemunhos são cuidadosamente retirados e colocados em caixas

especiais com separação e obedecendo à ordem de avanço da

perfuração.

Figura 3: Caixa de testemunhos obtidos em sondagem rotativa

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6.2 - Resultados

Os dados colhidos são resumidos na forma de um perfil

individual do furo, ou seja, um desenho que traduz o perfil geológico

do subsolo na posição sondada, baseado na descrição dos

testemunhos.

A descrição dos testemunhos é feita a cada manobra e inclui a

classificação litológica (gênese da formação geológica – mineralogia,

textura, cor, tonalidade), o estado de alteração das rochas, índice de

fendilhamento, grau de fraturamento, percentagem de recuperação e

RQD (Designação Qualitativa da Rocha).

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6.2.1 – Estado de Alteração das Rochas: as designações

normalmente adotadas são: extremamente alterada ou decomposta,

muito alterada, medianamente alterada, pouco alterada, sã ou quase

sã.

a) Extremamente Alterada ou Decomposta: o material encontra-

se homogeneamente decomposto, podendo conter características da

rocha original, tais como: xistosidade, planos de fraturamento,

diaclasamento etc.

b) Muito Alterada: o material é predominantemente como acima

descrito, mas contém trechos ou porções em que a rocha se

apresenta menos alterada.

c) Medianamente Alterada: o material é dominantemente pouco

alterado ou são, mas contém trechos ou porções em que o material é

extremamente alterado.

d) Pouco Alterada: a rocha é predominantemente sã, mas

apresenta descoloração geral ou de alguns minerais.

e) Sã ou Quase Sã: não apresenta vestígios de ter sofrido

alterações físicas ou químicas dos seus minerais.

6.2.2 - Índice de Fendilhamento (IF): estado de fendilhamento

natural da rocha. Em cada manobra é contado o número de fendas

naturais existentes nos testemunhos de rocha, colocados na caixa, e

marcados no sistema de eixos do boletim.

6.2.3 - Grau de Fracionamento (IFr) ou Grau de Fraturamento:

é determinado através da quantidade de fraturas com que se

apresenta a rocha numa determinada direção. Não se consideram as

fraturas provocadas pelo processo de perfuração ou soldadas por

materiais altamente coesivos.

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Na prática, em cada manobra é contado o número de pedaços

artificiais de testemunhos (armazenados na caixa) e marcados no

sistema de eixos do boletim.

Tabela 2: Grau de Fraturamento

6.2.3 - RQD (Designação Qualitativa da Rocha)

Corresponde ao quociente da soma dos comprimentos

superiores a 10 cm de testemunhos sãos e compactos, pelo

comprimento do trecho perfurado, expresso em percentagem.

Tabela 3: RQD

Segue um exemplo de cálculo do índice de recuperação e do

RQD:

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O índice de recuperação é obtido pela soma do comprimento

das fraturas (25 + 6 + 6 + 8 + 10 + 13 + 8 + 10 + 15 + 10 + 5 +

13 = 129 cm) dividindo-a pelo comprimento do testemunho (150

cm).

E o RQD adota o mesmo procedimento considerando somente

os fragmentos de testemunho com comprimento ≥ 10 cm.

Segue abaixo a representação de perfis individuais de

sondagem a percussão e rotativa, segundo a norma DNER-PAD

111/97:

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7 – Sondagens Mistas

Entende-se por sondagem mista aquele que é executada à

percussão nas camadas penetráveis por esse processo e executada

por sondagem rotativa nos materiais impenetráveis à percussão.

Os dois métodos são alternados de acordo com a natureza das

camadas até que se atinja o limite de sondagem necessário.

Recomenda-se a sondagem mista em terrenos com presença de

blocos de rocha, matacões, lascas etc.

A figura a seguir representa um perfil de uma sondagem mista.

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8. QUESTÕES COMENTADAS

1) (41 – Sabesp/2012 – FCC) Em relação às sondagens a

percussão, considere:

I. São executadas somente como subsídios para o projeto de

edifícios.

As sondagens à percussão servem de subsídio a qualquer

estrutura apoiada em fundação que transmite as suas cargas para o

solo, tal como pontes, viadutos, barragens, muros, oleodutos etc.

Gabarito: Errada

II. Determinam e identificam o perfil das camadas do subsolo.

Exato, conforme descrito abaixo.

Gabarito: Correta

III. O amostrador do solo é cravado por quedas sucessivas do

martelo.

Exato, conforme descrito abaixo.

Gabarito: Correta

IV. Além de determinar o nível do lençol freático, pode-se

obter diretamente a umidade do solo.

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O ensaio SPT não mede a umidade do solo.

Gabarito: Errada

Está correto o que consta em

(A) I e II, apenas.

(B) II e III, apenas.

(C) I, II e III, apenas.

(D) I e IV, apenas.

(E) I, II, III e IV.

A sondagem a percussão é um procedimento geotécnico de

campo, capaz de amostrar o subsolo. Quando associada ao ensaio de

penetração dinâmica (SPT), mede a resistência do solo ao longo da

profundidade perfurada.

As sondagens de simples reconhecimento de solos, com SPT

(Standard Penetration Test), têm por objetivo:

a) a determinação dos tipos de solo em suas respectivas

profundidades de ocorrência;

b) a posição do nível d’água; e

c) os índices de resistência à penetração (N) a cada metro.

Em resumo, o ensaio SPT consiste na cravação de um

amostrador padrão no solo, através da queda livre de um peso de 65

kg (martelo), caindo de uma altura determinada (75 cm).

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Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli – Aula 1

26

Gabarito: B

2) (42 – Metrô/2009 – FCC) As informações relatadas no

relatório final de sondagem devem contemplar informações

sobre o subsolo, EXCETO

(A) determinação das condições de compacidade, consistência

e capacidade de carga de cada tipo de solo.

(B) locação dos furos de sondagem.

(C) determinação dos tipos de solo até a profundidade de

interesse do projeto.

(D) composição e quantificação das substâncias encontradas

no fluido do lençol freático.

(E) determinação da espessura das camadas e avaliação da

orientação dos planos que as separam.

Segue um modelo de Relatório de Sondagem SPT, da norma

DNER-PAD 111/97:

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27

A determinação das condições de compacidade, consistência e

capacidade de carga de cada tipo de solo encontram-se no trecho do

relatório sob o título “PENETRAÇÃO”.

A locação dos furos de sondagem encontra-se identificado como

“FURO Nº SP”. A partir dessa identificação faz-se a correspondência

com uma planta de locação dos furos de sondagem.

A determinação dos tipos de solo até a profundidade de

interesse do projeto e da espessura das camadas, com avaliação da

orientação dos planos que as separam encontram-se sob o título

“CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL”.

O relatório não apresenta informações sobre a composição e

quantificação das substâncias encontradas no fluido do lençol

freático, com exceção do Nível d’ Água do lençol freático.

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28

Ensaios químicos é que servem para avaliação da contaminação

do solo e da água subterrânea, visando o estudo de sua influência no

comportamento das fundações.

Gabarito: D

3) (41 – TCE/SE – 2011 – FCC) Considere as seguintes

afirmações sobre análise de sondagem:

I. Os perfis individuais de sondagem devem conter, entre

outras informações, tabela com leitura de nível d’água com:

data, hora e profundidade do furo, profundidade do

revestimento e observações sobre eventuais fugas de água,

artesianismo etc.

Exato, todas essas informações devem constar do relatório de

sondagem.

Gabarito: Correta

II. Quando o solo é tão fraco que a aplicação do primeiro

golpe do martelo leva a uma penetração superior a 45 cm, o

resultado da cravação deve ser expresso pela relação deste

golpe com a respectiva penetração.

Exato. Por exemplo, se com um golpe o amostrador penetra 50

cm, expressa-se o resultado dessa cravação como 1/50.

Gabarito: Correta

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29

III. Quando não ocorre a penetração do amostrador, registra-

se o SPT em forma de fração. Por exemplo, 30/12, indicando

que para 12 golpes houve penetração de 30 cm.

Quando não ocorre a penetração, anota-se como 0/15.

Gabarito: Errada

IV. Os perfis individuais de sondagem devem conter, entre

outras informações, resultados dos ensaios de penetração,

com o número de golpes e avanço em centímetros para cada

terço de penetração do amostrador.

Exato. Cada terço é de 15 cm.

Gabarito: Correta

Está correto o que se afirma em

(A) I e II, somente.

(B) II e III, somente.

(C) II, III e IV, somente.

(D) I, II e IV, somente.

(E) I, II, III e IV.

Gabarito: D

4) (57 – TCE/PI – 2005 – FCC) Considere a figura abaixo.

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30

Os números correspondentes às colunas A e B constantes da

secção provável de um solo, determinados pela execução de

uma sondagem, conforme a figura, representam

(A) os índices de resistência à penetração do amostrador.

(B) os índices de vazios dos materiais pesquisados.

(C) o avanço da sondagem por trado.

(D) as taxas admissíveis do terreno.

(E) a espessura das camadas.

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Os números correspondentes às colunas A e B correspondem ao

NSPT (índice de resistência à penetração a cada metro), decorrente da

soma do número de golpes necessários à penetração dos últimos 30

cm do amostrador.

Gabarito: A

5) (56 – TCE/PR – 2011 – FCC) A Sondagem a Percussão −

Ensaio de SPT (Standart Penetration Test) é considerada,

dentre os métodos tradicionais mais utilizados, um dos mais

simples para o reconhecimento do subsolo, além de ser um

importante e eficiente teste executado nas diversas obras de

engenharia de fundações. A sondagem fornece subsídios

numéricos para o projeto, devido a sua simplicidade na

obtenção dos índices de resistências dos solos durante os

ensaios. A cravação do amostrador no solo é obtida por

quedas sucessivas do martelo (golpes) até a penetração de 45

cm. O NSPT pode ser descrito como o número de golpes

necessários para cravar os

(A) primeiros 45 cm do amostrador padrão.

(B) primeiros 15 cm do amostrador padrão.

(C) últimos 30 cm do amostrador padrão.

(D) últimos 45 cm do amostrador padrão.

(E) primeiros 30 cm do amostrador padrão.

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O NSPT, índice de resistência à penetração, decorre da soma do

número de golpes necessários à penetração dos últimos 30 cm do

amostrador padrão.

Gabarito: C

6) (23 – PMSP/2008 – FCC) Em relação às sondagens,

considere:

I. Devem existir, no mínimo, duas sondagens para uma área

de projeção em planta de até 200 m2.

II. Devem existir, no mínimo, três sondagens para uma área

de projeção em planta entre 200 m2 e 400 m2.

III. A distância máxima entre os pontos de sondagem será de

100 m, para os casos em que não existe área de projeção em

planta definida.

IV. Caso não exista área de projeção em planta definida,

exige-se um mínimo de três sondagens.

Está correto o que se afirma em

(A) I, II, III e IV.

(B) I e III, apenas.

(C) I e IV, apenas.

(D) II e III, apenas.

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33

(E) II e IV, apenas.

De acordo com a NBR 8036, as sondagens devem ser, no

mínimo, de:

a) uma para cada 200 m2 de área da projeção em planta

do edifício, até 1.200 m2 de área;

b) entre 1.200 m2 e 2.400 m2 deve-se fazer uma

sondagem para cada 400 m2 que excederem de 1.200 m2;

c) acima de 2.400 m2 o número de sondagens deve ser

fixado de acordo com o plano particular da construção.

Em quaisquer circunstâncias o número mínimo de sondagens

deve ser:

a) dois para área da projeção em planta do edifício até

200 m2;

b) três para área entre 200 m2 e 400 m2.

Nos casos em que não houver ainda disposição em planta dos

edifícios, como nos estudos de viabilidade ou de escolha de local, o

número de sondagens deve ser fixado de forma que a distância

máxima entre elas seja de 100 m, com um mínimo de três

sondagens.

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Quanto à profundidade, as sondagens devem ser levadas até a

profundidade onde o solo não seja mais significativamente solicitado

pelas cargas estruturais, fixando-se como critério aquela

profundidade onde o acréscimo de pressão no solo, devida às cargas

estruturais aplicadas, for menor do que 10% da pressão geostática

efetiva.

Nos casos de fundações de importância, ou quando as camadas

superiores de solo não forem adequadas ao suporte, aconselha-se a

verificação da natureza e da continuidade da camada impenetrável.

Nestes casos, a profundidade mínima a investigar é de 5 m.

Portanto, todos os itens estão corretos.

Gabarito: A

7) (56 – TRE/PI – 2009 – FCC) Em relação à programação

de sondagens, considere as seguintes afirmações:

I. As sondagens devem ser, no mínimo, de uma para cada 200

m2 de área da projeção do edifício em planta, até 1.200 m2 de

área. Entre 1.200 m2 e 2.400 m2 deve-se fazer uma sondagem

para cada 400 m2 que excederem 1.200 m2.

Conforme vimos na questão anterior, está correta.

Gabarito: Correta

II. Acima de 2.400 m2 o número de sondagens deve ser fixado

de acordo com a construção, satisfazendo ao número mínimo

de uma sondagem para área de projeção em planta do edifício

até 200 m2 e duas para área entre 200 m2 e 400 m2.

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São no mínimo duas sondagens para área da projeção em

planta do edifício até 200 m2 e três para área entre 200 m2 e 400

m2.

Gabarito: Errada

III. Em casos de estudos de viabilidade ou de escolha do local,

o número de sondagens deve ser fixado de forma que a

distância máxima entre elas seja de 100 m, com um mínimo

de três sondagens.

Conforme vimos na questão anterior, está correta.

Gabarito: Correta

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I.

(B) II.

(C) III.

(D) I e II.

(E) I e III.

Gabarito: E

8) (39 – TRE/AM – 2003 – FCC) Nas sondagens, o número

de furos, preestabelecido conforme a área de projeção em

planta de um edifício, deve ser de

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(A) 1, para cada 200 m2, até 1.200 m2.

(B) 3, para cada 400 m2, de 1.200 a 2.400 m2.

(C) no mínimo, 4, até 200 m2.

(D) no mínimo, 5, de 200 a 400 m2.

(E) no mínimo, 6, de 400 a 600 m2.

Conforme vimos na questão anterior, as sondagens devem ser,

no mínimo, de uma para cada 200 m2 de área da projeção em planta

do edifício, até 1.200 m2 de área.

Gabarito: A

9) (43 – TRE/BA – 2003 – FCC) O número mínimo de

sondagens de simples reconhecimento dos solos, para um

terreno com área entre 200 e 400 m2, de acordo com as

normas brasileiras, é

(A) 1.

(B) 2.

(C) 3.

(D) 4.

(E) 5.

Conforme vimos na questão anterior, as sondagens devem ser,

no mínimo, de três para área entre 200 m2 e 400 m2

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Gabarito: C

10) (24 – PMSP/2008 – FCC) Durante o processo de

sondagem de simples reconhecimento com o uso do método

SPT, ou Método de Penetração Padrão,

(A) a sondagem deve ser iniciada com emprego do trado

helicoidal e, nas operações subseqüentes de perfuração,

intercaladas às de ensaio e amostragem, deve ser utilizado

trado-concha até se atingir o nível d’água freático.

(B) a sondagem deve ser iniciada com emprego do trado

concha e, nas operações subseqüentes de perfuração,

intercaladas às de ensaio e amostragem, deve ser utilizado

trado-helicoidal até se atingir o nível d’água freático.

(C) o trado-concha, obrigatoriamente, deve ser cravado

dinamicamente com golpes do martelo ou por impulsão da

composição de perfuração.

(D) quando o avanço da perfuração com emprego do trado-

helicoidal for inferior a 10 mm, após 10 min de operação,

passa-se ao método de perfuração por circulação de água,

também chamado de lavagem.

(E) quando o avanço da perfuração com emprego do trado-

concha for inferior a 10 mm, após 5 min de operação, passa-se

ao método de perfuração por circulação de água, também

chamado de lavagem.

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38

A sondagem deve ser iniciada com emprego do trado-concha

(TC) ou cavadeira manual até a profundidade de 1 m, seguindo-se a

instalação até essa profundidade, do primeiro segmento do tubo de

revestimento dotado de sapata cortante.

Na profundidade de 1 m realiza-se o primeiro ensaio de

penetração SPT, acoplando-se na extremidade de um conjunto de

hastes de 1” o amostrador padrão.

Este é apoiado no fundo do furo aberto com trado-concha ou

cavadeira. Após o posicionamento do amostrador-padrão conectado à

composição de cravação, coloca-se a cabeça de bater e, utilizando-se

o tubo de revestimento como referência, marca-se na haste, com giz,

um segmento de 45 cm dividido em três trechos iguais de 15 cm.

Em seguida, o martelo deve ser apoiado suavemente sobre a

cabeça de bater, anotando-se eventual penetração do amostrador no

solo. A penetração obtida dessa forma corresponde a zero golpes.

Não tendo ocorrido penetração igual ou maior do que 45 cm,

prossegue-se a cravação do amostrador-padrão até completar os 45

cm de penetração por meio de impactos sucessivos do martelo

padronizado caindo livremente de uma altura de 75 cm, anotando-se,

separadamente, o número de golpes necessários à cravação de cada

segmento de 15 cm do amostrador-padrão.

A soma do número de golpes necessários à penetração dos

últimos 30 cm do amostrador é designada por N.

Nas operações subseqüentes de perfuração, intercaladas

às de ensaio (SPT – descrito acima) e amostragem, deve ser

utilizado trado helicoidal (TH) até se atingir o nível d’água

freático.

Quando o avanço da perfuração com emprego do trado

helicoidal for inferior a 50 mm após 10 min de operação ou no caso

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Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli – Aula 1

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de solo não aderente ao trado, passa-se ao método de perfuração por

circulação de água (CA), também chamado de lavagem.

Gabarito: B

11) (77 – TJ/SE – 2009 – FCC) Sobre sondagens de solo a

percussão, considere:

I. A sondagem deve ser iniciada com emprego do trado-

concha ou cavadeira manual até a profundidade de 1 m,

seguindo-se a instalação até essa profundidade, do primeiro

segmento do tubo de revestimento dotado de sapata cortante.

Exato, conforme vimos na questão anterior.

Gabarito: Correta

II. Quando o avanço da perfuração com emprego do trado

helicoidal for inferior a 50 mm após 10 min. de operação ou no

caso de solo não aderente ao trado, passa-se ao método de

perfuração por circulação de água, também chamado de

lavagem.

Exato, conforme vimos na questão anterior.

Gabarito: Correta

III. Após a primeira lavagem com o trado oco, retoma-se o

uso do trado helicoidal, até a profundidade chamada de

impenetrável, voltando-se ao uso da água somente após a

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constatação da não perfuração ou remoção de amostras pela

sonda.

Quando o avanço da perfuração com emprego do trado

helicoidal for inferior a 50 mm após 10 min de operação ou no caso

de solo não aderente ao trado, passa-se ao método de perfuração por

circulação de água (CA), também chamado de lavagem.

Gabarito: Errada

Está correto o que se afirma em

(A) II, apenas.

(B) II e III, apenas.

(C) I e II, apenas.

(D) I e III, apenas.

(E) I, II e III.

Gabarito: C

12) (44 – TRE/BA – 2003 – FCC) Um solo arenoso com índice

de resistência à penetração de 5 a 8 é classificado, pelas

normas brasileiras, como

(A) muito compacto.

(B) compacto.

(C) medianamente compacto.

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(D) pouco compacto.

(E) fofo.

A NBR 6484 traz a tabela abaixo com a correlação entre os

valores de NSPT e o estado de compacidade dos solos arenosos e a

consistência dos solos argilosos:

De acordo com a tabela acima, um solo arenoso com índice de

resistência à penetração de 5 a 8 é classificado como pouco

compacto.

Gabarito: D

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13) (21 – TRE/MS – 2007 – FCC) O ensaio de campo que

melhor possibilita a montagem do perfil geotécnico com

classificação dos solos e identificação das camadas é

(A) o SPT.

A sondagem a percussão é um procedimento geotécnico de

campo, capaz de amostrar o subsolo. Quando associada ao ensaio de

penetração dinâmica (SPT), mede a resistência do solo ao longo da

profundidade perfurada.

As sondagens de simples reconhecimento de solos, com SPT

(Standard Penetration Test), têm por objetivo:

a) a determinação dos tipos de solo em suas respectivas

profundidades de ocorrência;

b) a posição do nível d’água; e

c) os índices de resistência à penetração (N) a cada

metro.

(B) o Deep Sounding.

O Deep Souding, ou Ensaio de Cone (CPT), ou ensaio do Cone

Holandês, ou ensaio de penetração estática, trata-se de ensaio de

penetração por cone, que consiste em cravar um cone solidário a

uma haste, protegida por um tubo de revestimento e medir o esforço

necessário a penetração (LIMA, 1998).

Ele consiste na cravação contínua de uma ponteira composta de

cone e luva de atrito. É usado para determinação da estratigrafia e

pode dar indicação da classificação do solo. Propriedades dos

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materiais ensaiados podem ser obtidas por correlações, sobretudo em

depósitos de argilas moles e areias sedimentares.

O ensaio de piezocone (CPTU) permite a medida da poro-

pressão gerada durante o processo de cravação e, eventualmente sua

dissipação.

Mais detalhadamente, o equipamento consiste de um conjunto

de hastes tendo na extremidade inferior um cone com ângulo de

vértice de 60º e uma base de 10 cm2. O conjunto de hastes atua

internamente a tubos de revestimento.

Quando se faz penetrar em conjunto o cone e o tubo mede-se a

força total (kg) igual ao esforço da ponta (kg) acrescido do atrito

lateral (kg). Fazendo-se penetrar apenas a ponta através da haste

interior, deduz-se a resistência de ponta (kg/cm2).

(C) a Sondagem Rotativa.

A sondagem rotativa utiliza uma perfuratriz (sonda rotativa)

com coroa diamantada quando o furo de sondagem atinge uma

camada de rocha, solo de alta resistência, blocos, ou matacões. O

objetivo desse ensaio é obter testemunhos (amostras cilíndricas de

rochas) que permitem a identificação das descontinuidades do maciço

rochoso, assim como realizar ensaios “in situ” no interior da

perfuração, tal como o ensaio de perda d’água, que mede a

permeabilidade da rocha ou localização de fendas e falhas.

Em se tratando de maciço rochoso, rocha alterada ou mesmo

solo residual jovem, as amostras coletadas devem indicar suas

características principais, incluindo-se eventuais descontinuidades,

indicando: tipo de rocha, grau de alteração, fraturamento, coerência,

xistosidade, porcentagem de recuperação e o índice de qualidade da

rocha (RQD).

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(D) o Vane Test.

Este ensaio é empregado na determinação da resistência ao

cisalhamento, não drenada, de solos moles.

De acordo com o livro “Fundações: Teoria e Prática”, da PINI, o

Vane Test ou ensaio de palheta consiste na rotação a uma velocidade

de rotação constante padrão, de uma palheta cruciforme em

profundidades pré-definidas, conforme ilustrado na figura seguinte. A

medida do torque T versus rotação permite a determinação dos

valores de resistência ao cisalhamento não-drenado do solo natural e

amolgado.

(E) o Ensaio Pressiométrico.

Este ensaio consiste na expansão de uma sonda cilíndrica no

interior do terreno, em profundidades pré-estabelecidas. Dependendo

do modo de inserção do pressiômetro no solo, pode ser classificado

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como pressiômetro em pré-furo (ou de Ménard), autoperfurante. O

ensaio permite a obtenção de propriedades de resistência e tensão-

deformação do material.

É usado para a determinação "in situ" das características dos

solos referentes a resistência e compressibilidade. Nos casos de solos

nos quais as amostras indeformadas não podem ser extraídas

facilmente para os ensaios de laboratório, o ensaio pressiométrico

costuma ser o mais econômico ensaio para a obtenção de um grande

número de valores que permitem um juízo criterioso de suas

características (LIMA, 1998).

O ensaio pressiométrico consiste em efetuar uma prova de

carga horizontal no terreno, graças a uma sonda que se introduz por

um furo de sondagem de mesmo diâmetro e realizado previamente

com grande cuidado para não modificar-se as características do solo.

Esta sonda é dilatável radialmente mediante a aplicação de uma

pressão crescente no seu interior. Determinam-se as deformações

correspondentes medindo-se a variação de volume da célula central.

A dilatação é obtida através injeção de água sob pressão na

célula de medida.

A sonda é colocada no interior da perfuração, normalmente de

metro em metro. Segue-se a aplicação das pressões ao terreno

através da sonda, em estágios crescentes, em geral em número de

dez, pelo menos até atingir-se a pressão limite do ensaio.

Em cada estágio são efetuadas leituras da variação de volume

∆V a intervalos de 15, 30 e 60 segundos da aplicação da pressão do

estágio.

Com os pares de valores pressão-variação de volume para o

tempo de 60 segundos traça-se um diagrama denominado curva

pressiométrica.

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Gabarito: A

14) (31 – TRE/SE – 2007 – FCC) Na prospecção geotécnica

de subsolos, existem vários métodos de investigação. O que

fornece amostras de solo com o menor grau de amolgamento

é

(A) Shelby.

(B) Deep Sounding.

(C) SPT.

(D) Sondagem rotativa.

(E) Vane Test.

O amostrador tipo "Shelby" é usado para a obtenção de

amostras indeformadas de solos coesivos com consistência de mole a

média.

Gabarito: A

15) (54 – TRF2/2012 – FCC) Para elaboração do projeto de

fundações é necessário o conhecimento adequado do solo que

servirá de suporte à fundação, o que normalmente se faz,

primariamente, através de sondagens e ensaios para a

determinação da resistência do material. No Brasil, o ensaio

mais comum consiste na utilização de um cavalete que

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possibilita a cravação de um amostrador padrão no solo,

através da queda livre de um peso de 65 kg, caindo de uma

altura de 75 cm. O número de golpes (N) para o amostrador

penetrar 30 cm possibilita a avaliação da resistência do solo,

enquanto o tipo de material no interior do amostrador permite

a identificação do tipo de solo. Este ensaio é conhecido como

(A) VT − Vane Test.

(B) SPT − Standard Penetration Test.

(C) ST − Sondagem a Trado.

(D) ST − Shacking Test.

(E) CPT − Cone Penetration Test.

Conforme vimos nas questões anteriores, a descrição da

questão corresponde ao ensaio SPT.

Gabarito: B

16) (50 – Sabesp/2011 – FCC) Dentre os métodos diretos de

investigação a sondagem à rotopercussão é utilizada,

preliminarmente, para avaliar

(A) depósitos de argilas moles.

(B) a posição do topo da rocha e a homogeneidade de um

maciço rochoso.

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(C) áreas submersas, constituídas por materiais

inconsolidados.

(D) a heterogeneidade de bancos de areia ou cascalho.

(E) solos de baixa a média resistência.

A sondagem roto-percussiva tem a mesma finalidade da

sondagem rotativa, que se destina a verificar a posição do topo da

rocha e a homogeneidade de um maciço rochoso.

Gabarito: B

17) (43 – PMSP/2008 – FCC) Para fins de projeto e execução,

as investigações geotécnicas do terreno de fundação (solo ou

rocha ou mistura de ambos) abrangem:

I. Investigações locais: ensaios de penetração estática ou

dinâmica.

II. Medição de nível de água e de pressão neutra.

III. Investigação em laboratório: resistência, deformação e

permeabilidade.

IV. Realização de provas de carga.

De acordo com a NBR 6122/2010, devem ser considerados os

seguintes aspectos na elaboração dos projetos e previsão do

desempenho das fundações:

a) visita ao local;

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49

b) feições topográficas e eventuais indícios de instabilidade de

taludes;

c) indícios da presença de aterro (“bota fora”) na área;

d) indícios de contaminação do subsolo, lançada no local ou

decorrente do tipo de ocupação anterior;

e) prática local de projeto e execução de fundações;

f) estado das construções vizinhas;

g) peculiaridades geológico-geotécnicas na área, tais como:

presença de matacões, afloramento rochoso nas imediações, áreas

brejosas, minas d’água etc.

Para qualquer edificação deverá ser feita uma campanha de

investigação geotécnica preliminar constituída, no mínimo, por

sondagens a percussão (com SPT), visando a determinação da

estratigrafia e classificação dos solos, a posição do nível d'água e a

medida do índice de resistência à penetração NSPT.

Em função dos resultados obtidos na investigação geotécnica

preliminar, poderá ser necessária uma investigação complementar,

através da realização de sondagens adicionais, instalação de

indicadores de nível d’água, piezômetros, bem como de outros

ensaios de campo e de ensaios de laboratório. Em obras de grande

extensão, a utilização de ensaios geofísicos pode se constituir num

auxiliar eficaz no traçado dos perfis geotécnicos do subsolo.

Os ensaios de campo visam determinar parâmetros de

resistência, deformabilidade e permeabilidade dos solos, sendo que

alguns deles também fornecem a estratigrafia local. Alguns

parâmetros são obtidos diretamente e outros por correlações. Os

ensaios mais usuais na prática brasileira e outros disponíveis são:

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Engenharia Civil – CEF 2013

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50

- Sondagens mistas e rotativas

- Sondagem a percussão com medida de torque (SPT-T)

- Ensaio de Cone

- Ensaio de Palheta (Vane Test)

- Ensaio de Placa

- Ensaio Pressiométrico

- Ensaio Dilatométrico

- Ensaios Sísmicos

- Ensaio de Permeabilidade

- Ensaio de perda d’água em rocha

- Ensaios de laboratório (caracterização, cisalhamento direto,

triaxial, adensamento, expansibilidade, colapsibilidade,

permeabilidade, e químicos)

Está correto o que se afirma em

(A) I e II, apenas.

(B) I, II e III, apenas.

(C) I, II, III e IV.

(D) II, III e IV, apenas.

(E) III e IV, apenas.

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Gabarito: C

18) (74 – TCE/AM – 2012 – FCC) Considere o perfil

geotécnico a seguir.

Para a edificação de um depósito de material de construção,

cujos pilares possuem cargas de 750 kN, a fundação

economicamente mais adequada para o depósito é fundação

direta com tensão admissível do solo, em kPa, e área máxima

da sapata, em metros quadrados, respectivamente,

(A) 100 e 2,5

(B) 300 e 2,5

(C) 100 e 5,0

(D) 100 e 9,0

(E) 300 e 5,0

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52

De acordo com o livro “Fundações: Teoria e Prática”,

chamando-se de N, o valor da resistência à penetração (SPT) média

medida com o amostrador Raymond-Terzaghi, pode-se estimar a

tensão admissível como sendo:

σa = 0,02 N (MPa)

válida para qualquer solo natural no intervalo 5 ≤ N ≤ 20,

conforme a figura abaixo:

O intervalo de validade procura:

• não permitir o emprego de fundação direta

quando o solo for mole ou fofo (N<5);

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53

• limitar a tensão admissível máxima a 0,4 MPa; valores mais

elevados somente com ensaios complementares e/ou assistência de

especialista de fundações.

Se considerarmos uma sapata apoiada a 2 m de profundidade e

com o maior lado com 2 m de largura, o Nmédio = (10+15+20)/3 = 15

Com isso, teremos σa = 0,02.15 = 0,30 MPa = 300 kPa.

Considerando a carga do pilar de 750 kN, a área da sapata terá

que ser:

A ≥ 750 kN/300kPa ≥ 2,5 m2

Gabarito: B

19) (76 – TCE/AM – 2012 – FCC) Considere o perfil

geotécnico a seguir.

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A fundação técnica e economicamente mais adequada para a

construção de um galpão comercial em concreto armado com

pilares de cargas de 650 kN é

(A) fundação rasa com cota de apoio entre −0,50 m e −1,00

m.

O NA a 1 m de profundidade inviabiliza a execução de fundação

rasa. Além disso, os NSPT são muito baixos até 5 m de profundidade.

(B) tubulão com cota de apoio −11,00 m.

A execução de tubulão em subsolo com NA elevado torna-se

oneroso devido à necessidade de a escavação ocorrer com

pressurização por ar comprimido, tornando-se inviável.

(C) fundação rasa com cota de apoio entre −2,00 m e −4,00

m.

O NA a 1 m de profundidade inviabiliza a execução de fundação

rasa com cota de apoio entre - 2 a - 4 m.

(D) estacas pré-moldadas com cota de apoio entre −7,00 m e

−9,00 m.

As estacas pré-moldadas são indicadas para os casos de NA

elevado, caso da questão. Entre -7 m e -9 m o NSPT cresce

consideravelmente para a faixa de 17 a 21, apresentando uma carga

de ponta mais elevada a ser somada ao atrito lateral do fuste.

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55

As estacas pré-moldadas podem ser de concreto armado ou

protendido, vibrado ou centrifugado, com qualquer forma geométrica

da seção transversal, devendo apresentar resistência compatível com

os esforços de projeto e decorrentes do transporte, manuseio,

cravação e a eventuais solos agressivos.

Fazem parte do grupo denominado estacas de deslocamento.

(E) estacas Strauss com cota de apoio −5,00 m.

Relembrando a aula passada, a estaca Strauss apresenta

capacidade de carga menor que as estacas Franki e pré-moldadas de

concreto, assim como limitação quanto à presença de lençol

freático.

Portanto, por exclusão, só restou a viável a solução de

fundação profunda em estaca pré-moldada.

Gabarito: D

20) (69 – TCE/GO – 2009 – FCC) Considere o seguinte perfil

geotécnico:

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Pretende-se construir uma edificação em concreto armado,

cujos pilares terão cargas em torno de 700 kN. A fundação

técnica e economicamente mais adequada constitui em

(A) estacas pré-moldadas com ponta na cota de −7 m a −8 m.

(B) sapatas na cota −1,5 m.

(C) estacas Strauss, já que o solo é constituído de areia fina

submersa.

(D) estacas escavadas, pois não causam vibração.

(E) fundação em tubulões a ar comprimido, já que o solo é

constituído de areia fina submersa.

Pessoal, esta questão é similar à anterior, em que, por

exclusão, e pelos mesmos motivos, resta a estaca pré-moldada como

a mais viável técnica e economicamente.

Gabarito: A

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21) (23 – TRE/PB – 2007 – FCC) A figura abaixo representa o

perfil geotécnico de um solo.

A fundação mais adequada para apoiar uma construção nova

é:

(A) tubulão.

(B) sapata.

(C) broca.

(D) estaca mega.

(E) estaca pré-moldada.

O tubulão e a sapata são inviáveis pelos motivos já descritos na

questão anterior. O tubulão devido à onerosidade e a sapata devido

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ao NA elevado em conjunto com a baixa capacidade de suporte do

solo nas camadas menos profundas, até os 5 m de profundidade.

A estaca broca, relembrando, é um tipo de fundação profunda

executada por perfuração com trado manual e posterior concretagem,

sempre acima do lençol freático, ou seja, é uma estaca escavada

mecanicamente (sem emprego de revestimento ou de fluido

estabilizante). Portanto, o NA elevado inviabiliza esta solução.

A estaca Mega, relembrando, são compostas por peças de

concreto armado vazadas ou perfis metálicos, cravadas com auxílio

de um macaco hidráulico que reage contra uma cargueira ou contra a

própria estrutura. Embora sua origem esteja relacionada com o

emprego em reforços de fundações, podem também ser usadas como

fundação inicial nos casos em que há necessidade de reduzir a

vibração ao máximo e quando nenhum outro tipo de estaca pode

ser feito. Portanto, seu uso típico é em reforço de fundações e se

adota quando outros tipos de estacas forem inviáveis, o que não é o

presente caso.

Portanto, restou a estaca pré-moldada que, pelos motivos já

expostos na questão anterior, é viável para o presente caso.

Gabarito: E

22) (52 – Sabesp/2011 – FCC) Considere o perfil geotécnico

a seguir:

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Pretende-se construir uma edificação em concreto armado,

cujos pilares terão cargas em torno de 650 kN. A fundação

técnica e economicamente recomendada para o referido perfil

é:

(A) sapata na cota −1,0 m.

(B) estaca pré-moldada com ponta na cota de −10 m a −11 m.

(C) estaca Strauss, pois o solo arenoso está submerso.

(D) estaca escavada, evitando qualquer problema com

possíveis vibrações.

(E) tubulão a ar comprimido, já que as camadas de areia estão

submersas.

Mesmo caso das questões anteriores, concluindo-se pela

viabilidade da estaca pré-moldada.

Gabarito: B

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23) (69 – TCE/GO – 2009 – FCC) Considere o seguinte perfil

geotécnico:

Pretende-se construir uma edificação em concreto armado,

cujos pilares terão cargas em torno de 700 kN. A fundação

técnica e economicamente mais adequada constitui em

(A) estacas pré-moldadas com ponta na cota de −7 m a −8 m.

(B) sapatas na cota −1,5 m.

(C) estacas Strauss, já que o solo é constituído de areia fina

submersa.

(D) estacas escavadas, pois não causam vibração.

(E) fundação em tubulões a ar comprimido, já que o solo é

constituído de areia fina submersa.

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Mesmo caso das questões anteriores, concluindo-se pela

viabilidade da estaca pré-moldada.

Gabarito: A

9. LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA

1) (41 – Sabesp/2012 – FCC) Em relação às sondagens a

percussão, considere:

I. São executadas somente como subsídios para o projeto de

edifícios.

II. Determinam e identificam o perfil das camadas do subsolo.

III. O amostrador do solo é cravado por quedas sucessivas do

martelo.

IV. Além de determinar o nível do lençol freático, pode-se

obter diretamente a umidade do solo.

Está correto o que consta em

(A) I e II, apenas.

(B) II e III, apenas.

(C) I, II e III, apenas.

(D) I e IV, apenas.

(E) I, II, III e IV.

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2) (42 – Metrô/2009 – FCC) As informações relatadas no

relatório final de sondagem devem contemplar informações

sobre o subsolo, EXCETO

(A) determinação das condições de compacidade, consistência

e capacidade de carga de cada tipo de solo.

(B) locação dos furos de sondagem.

(C) determinação dos tipos de solo até a profundidade de

interesse do projeto.

(D) composição e quantificação das substâncias encontradas

no fluido do lençol freático.

(E) determinação da espessura das camadas e avaliação da

orientação dos planos que as separam.

3) (41 – TCE/SE – 2011 – FCC) Considere as seguintes

afirmações sobre análise de sondagem:

I. Os perfis individuais de sondagem devem conter, entre

outras informações, tabela com leitura de nível d’água com:

data, hora e profundidade do furo, profundidade do

revestimento e observações sobre eventuais fugas de água,

artesianismo etc.

II. Quando o solo é tão fraco que a aplicação do primeiro

golpe do martelo leva a uma penetração superior a 45 cm, o

resultado da cravação deve ser expresso pela relação deste

golpe com a respectiva penetração.

III. Quando não ocorre a penetração do amostrador, registra-

se o SPT em forma de fração. Por exemplo, 30/12, indicando

que para 12 golpes houve penetração de 30 cm.

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IV. Os perfis individuais de sondagem devem conter, entre

outras informações, resultados dos ensaios de penetração,

com o número de golpes e avanço em centímetros para cada

terço de penetração do amostrador.

Está correto o que se afirma em

(A) I e II, somente.

(B) II e III, somente.

(C) II, III e IV, somente.

(D) I, II e IV, somente.

(E) I, II, III e IV.

4) (57 – TCE/PI – 2005 – FCC) Considere a figura abaixo.

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64

Os números correspondentes às colunas A e B constantes da

secção provável de um solo, determinados pela execução de

uma sondagem, conforme a figura, representam

(A) os índices de resistência à penetração do amostrador.

(B) os índices de vazios dos materiais pesquisados.

(C) o avanço da sondagem por trado.

(D) as taxas admissíveis do terreno.

(E) a espessura das camadas.

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5) (56 – TCE/PR – 2011 – FCC) A Sondagem a Percussão −

Ensaio de SPT (Standart Penetration Test) é considerada,

dentre os métodos tradicionais mais utilizados, um dos mais

simples para o reconhecimento do subsolo, além de ser um

importante e eficiente teste executado nas diversas obras de

engenharia de fundações. A sondagem fornece subsídios

numéricos para o projeto, devido a sua simplicidade na

obtenção dos índices de resistências dos solos durante os

ensaios. A cravação do amostrador no solo é obtida por

quedas sucessivas do martelo (golpes) até a penetração de 45

cm. O NSPT pode ser descrito como o número de golpes

necessários para cravar os

(A) primeiros 45 cm do amostrador padrão.

(B) primeiros 15 cm do amostrador padrão.

(C) últimos 30 cm do amostrador padrão.

(D) últimos 45 cm do amostrador padrão.

(E) primeiros 30 cm do amostrador padrão.

6) (23 – PMSP/2008 – FCC) Em relação às sondagens,

considere:

I. Devem existir, no mínimo, duas sondagens para uma área

de projeção em planta de até 200 m2.

II. Devem existir, no mínimo, três sondagens para uma área

de projeção em planta entre 200 m2 e 400 m2.

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III. A distância máxima entre os pontos de sondagem será de

100 m, para os casos em que não existe área de projeção em

planta definida.

IV. Caso não exista área de projeção em planta definida,

exige-se um mínimo de três sondagens.

Está correto o que se afirma em

(A) I, II, III e IV.

(B) I e III, apenas.

(C) I e IV, apenas.

(D) II e III, apenas.

(E) II e IV, apenas.

7) (56 – TRE/PI – 2009 – FCC) Em relação à programação

de sondagens, considere as seguintes afirmações:

I. As sondagens devem ser, no mínimo, de uma para cada 200

m2 de área da projeção do edifício em planta, até 1.200 m2 de

área. Entre 1.200 m2 e 2.400 m2 deve-se fazer uma sondagem

para cada 400 m2 que excederem 1.200 m2.

II. Acima de 2.400 m2 o número de sondagens deve ser fixado

de acordo com a construção, satisfazendo ao número mínimo

de uma sondagem para área de projeção em planta do edifício

até 200 m2 e duas para área entre 200 m2 e 400 m2.

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III. Em casos de estudos de viabilidade ou de escolha do local,

o número de sondagens deve ser fixado de forma que a

distância máxima entre elas seja de 100 m, com um mínimo

de três sondagens.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I.

(B) II.

(C) III.

(D) I e II.

(E) I e III.

8) (39 – TRE/AM – 2003 – FCC) Nas sondagens, o número

de furos, preestabelecido conforme a área de projeção em

planta de um edifício, deve ser de

(A) 1, para cada 200 m2, até 1.200 m2.

(B) 3, para cada 400 m2, de 1.200 a 2.400 m2.

(C) no mínimo, 4, até 200 m2.

(D) no mínimo, 5, de 200 a 400 m2.

(E) no mínimo, 6, de 400 a 600 m2.

9) (43 – TRE/BA – 2003 – FCC) O número mínimo de

sondagens de simples reconhecimento dos solos, para um

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terreno com área entre 200 e 400 m2, de acordo com as

normas brasileiras, é

(A) 1.

(B) 2.

(C) 3.

(D) 4.

(E) 5.

10) (24 – PMSP/2008 – FCC) Durante o processo de

sondagem de simples reconhecimento com o uso do método

SPT, ou Método de Penetração Padrão,

(A) a sondagem deve ser iniciada com emprego do trado

helicoidal e, nas operações subseqüentes de perfuração,

intercaladas às de ensaio e amostragem, deve ser utilizado

trado-concha até se atingir o nível d’água freático.

(B) a sondagem deve ser iniciada com emprego do trado

concha e, nas operações subseqüentes de perfuração,

intercaladas às de ensaio e amostragem, deve ser utilizado

trado-helicoidal até se atingir o nível d’água freático.

(C) o trado-concha, obrigatoriamente, deve ser cravado

dinamicamente com golpes do martelo ou por impulsão da

composição de perfuração.

(D) quando o avanço da perfuração com emprego do trado-

helicoidal for inferior a 10 mm, após 10 min de operação,

passa-se ao método de perfuração por circulação de água,

também chamado de lavagem.

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(E) quando o avanço da perfuração com emprego do trado-

concha for inferior a 10 mm, após 5 min de operação, passa-se

ao método de perfuração por circulação de água, também

chamado de lavagem.

11) (77 – TJ/SE – 2009 – FCC) Sobre sondagens de solo a

percussão, considere:

I. A sondagem deve ser iniciada com emprego do trado-

concha ou cavadeira manual até a profundidade de 1 m,

seguindo-se a instalação até essa profundidade, do primeiro

segmento do tubo de revestimento dotado de sapata cortante.

II. Quando o avanço da perfuração com emprego do trado

helicoidal for inferior a 50 mm após 10 min. de operação ou no

caso de solo não aderente ao trado, passa-se ao método de

perfuração por circulação de água, também chamado de

lavagem.

III. Após a primeira lavagem com o trado oco, retoma-se o

uso do trado helicoidal, até a profundidade chamada de

impenetrável, voltando-se ao uso da água somente após a

constatação da não perfuração ou remoção de amostras pela

sonda.

Está correto o que se afirma em

(A) II, apenas.

(B) II e III, apenas.

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(C) I e II, apenas.

(D) I e III, apenas.

(E) I, II e III.

12) (44 – TRE/BA – 2003 – FCC) Um solo arenoso com índice

de resistência à penetração de 5 a 8 é classificado, pelas

normas brasileiras, como

(A) muito compacto.

(B) compacto.

(C) medianamente compacto.

(D) pouco compacto.

(E) fofo.

13) (21 – TRE/MS – 2007 – FCC) O ensaio de campo que

melhor possibilita a montagem do perfil geotécnico com

classificação dos solos e identificação das camadas é

(A) o SPT.

(B) o Deep Sounding.

(C) a Sondagem Rotativa.

(D) o Vane Test.

(E) o Ensaio Pressiométrico.

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14) (31 – TRE/SE – 2007 – FCC) Na prospecção geotécnica

de subsolos, existem vários métodos de investigação. O que

fornece amostras de solo com o menor grau de amolgamento

é

(A) Shelby.

(B) Deep Sounding.

(C) SPT.

(D) Sondagem rotativa.

(E) Vane Test.

15) (54 – TRF2/2012 – FCC) Para elaboração do projeto de

fundações é necessário o conhecimento adequado do solo que

servirá de suporte à fundação, o que normalmente se faz,

primariamente, através de sondagens e ensaios para a

determinação da resistência do material. No Brasil, o ensaio

mais comum consiste na utilização de um cavalete que

possibilita a cravação de um amostrador padrão no solo,

através da queda livre de um peso de 65 kg, caindo de uma

altura de 75 cm. O número de golpes (N) para o amostrador

penetrar 30 cm possibilita a avaliação da resistência do solo,

enquanto o tipo de material no interior do amostrador permite

a identificação do tipo de solo. Este ensaio é conhecido como

(A) VT − Vane Test.

(B) SPT − Standard Penetration Test.

(C) ST − Sondagem a Trado.

(D) ST − Shacking Test.

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(E) CPT − Cone Penetration Test.

16) (50 – Sabesp/2011 – FCC) Dentre os métodos diretos de

investigação a sondagem à rotopercussão é utilizada,

preliminarmente, para avaliar

(A) depósitos de argilas moles.

(B) a posição do topo da rocha e a homogeneidade de um

maciço rochoso.

(C) áreas submersas, constituídas por materiais

inconsolidados.

(D) a heterogeneidade de bancos de areia ou cascalho.

(E) solos de baixa a média resistência.

17) (43 – PMSP/2008 – FCC) Para fins de projeto e execução,

as investigações geotécnicas do terreno de fundação (solo ou

rocha ou mistura de ambos) abrangem:

I. Investigações locais: ensaios de penetração estática ou

dinâmica.

II. Medição de nível de água e de pressão neutra.

III. Investigação em laboratório: resistência, deformação e

permeabilidade.

IV. Realização de provas de carga.

Está correto o que se afirma em

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(A) I e II, apenas.

(B) I, II e III, apenas.

(C) I, II, III e IV.

(D) II, III e IV, apenas.

(E) III e IV, apenas.

18) (74 – TCE/AM – 2012 – FCC) Considere o perfil

geotécnico a seguir.

Para a edificação de um depósito de material de construção,

cujos pilares possuem cargas de 750 kN, a fundação

economicamente mais adequada para o depósito é fundação

direta com tensão admissível do solo, em kPa, e área máxima

da sapata, em metros quadrados, respectivamente,

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(A) 100 e 2,5

(B) 300 e 2,5

(C) 100 e 5,0

(D) 100 e 9,0

(E) 300 e 5,0

19) (76 – TCE/AM – 2012 – FCC) Considere o perfil

geotécnico a seguir.

A fundação técnica e economicamente mais adequada para a

construção de um galpão comercial em concreto armado com

pilares de cargas de 650 kN é

(A) fundação rasa com cota de apoio entre −0,50 m e −1,00

m.

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(B) tubulão com cota de apoio −11,00 m.

(C) fundação rasa com cota de apoio entre −2,00 m e −4,00

m.

(D) estacas pré-moldadas com cota de apoio entre −7,00 m e

−9,00 m.

(E) estacas Strauss com cota de apoio −5,00 m.

20) (69 – TCE/GO – 2009 – FCC) Considere o seguinte perfil

geotécnico:

Pretende-se construir uma edificação em concreto armado,

cujos pilares terão cargas em torno de 700 kN. A fundação

técnica e economicamente mais adequada constitui em

(A) estacas pré-moldadas com ponta na cota de −7 m a −8 m.

(B) sapatas na cota −1,5 m.

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(C) estacas Strauss, já que o solo é constituído de areia fina

submersa.

(D) estacas escavadas, pois não causam vibração.

(E) fundação em tubulões a ar comprimido, já que o solo é

constituído de areia fina submersa.

21) (23 – TRE/PB – 2007 – FCC) A figura abaixo representa o

perfil geotécnico de um solo.

A fundação mais adequada para apoiar uma construção nova

é:

(A) tubulão.

(B) sapata.

(C) broca.

(D) estaca mega.

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(E) estaca pré-moldada.

22) (52 – Sabesp/2011 – FCC) Considere o perfil geotécnico

a seguir:

Pretende-se construir uma edificação em concreto armado,

cujos pilares terão cargas em torno de 650 kN. A fundação

técnica e economicamente recomendada para o referido perfil

é:

(A) sapata na cota −1,0 m.

(B) estaca pré-moldada com ponta na cota de −10 m a −11 m.

(C) estaca Strauss, pois o solo arenoso está submerso.

(D) estaca escavada, evitando qualquer problema com

possíveis vibrações.

(E) tubulão a ar comprimido, já que as camadas de areia estão

submersas.

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Engenharia Civil – CEF 2013

Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli – Aula 1

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23) (69 – TCE/GO – 2009 – FCC) Considere o seguinte perfil

geotécnico:

Pretende-se construir uma edificação em concreto armado,

cujos pilares terão cargas em torno de 700 kN. A fundação

técnica e economicamente mais adequada constitui em

(A) estacas pré-moldadas com ponta na cota de −7 m a −8 m.

(B) sapatas na cota −1,5 m.

(C) estacas Strauss, já que o solo é constituído de areia fina

submersa.

(D) estacas escavadas, pois não causam vibração.

(E) fundação em tubulões a ar comprimido, já que o solo é

constituído de areia fina submersa.

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Engenharia Civil – CEF 2013

Teoria e Questões Prof. Marcus V. Campiteli – Aula 1

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10. GABARITO

1) B 7) E 13) A 19) D

2) D 8) A 14) A 20) A

3) D 9) C 15) B 21) E

4) A 10) B 16) B 22) B

5) C 11) C 17) C 23) A

6) A 12) D 18) B

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

- Lima, Maria José C. Porto de. Prospecção Geotécnica do

Subsolo. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora

SA. 1983.

- Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. NBR

9603/1986 - Sondagem a trado – Procedimento.

- Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. NBR

6484/2001 - Solo - Sondagens de simples reconhecimentos

com SPT - Método de ensaio.

- Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. NBR

8036/1983 – Programação de sondagens de simples

reconhecimento dos solos para fundações de edifícios.

- Brasil. DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre.

DNER-PRO 102/97 - Sondagem de Reconhecimento pelo

Método Rotativo.

- Brasil. DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre.

DNER-PAD 111/97 – Fichas – representação de perfis

individuais de sondagem a percussão.

- Vários Autores. Fundações: Teoria e Prática. 2ª Edição. São

Paulo. Pini: 1998.

- ALONSO, Urbano Rodriguez. Exercícios de Fundações. São Paulo.

Edgard Blucher: 1983.