aula 008 - direito de vizinhança

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  • 8/6/2019 Aula 008 - Direito de vizinhana

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    Aula 008 26.04.11

    Direito de vizinhana

    1. Conceito integra os direitos reais. Trata -se do direito real que faz gerar

    direitos e obrigaes entre os proprietrios ou legtimos possuidores de bens

    imveis vizinhos (confinantes). Que se situem de forma contgua (contnua) ou

    descontgua (descontnua).

    2. Natureza jurdica trata-se de um direito real.

    3. Escoro histrico nos primrdios da organizao social, as pessoas viviam de

    forma mais freqente nas zonas rurais. Com a migrao em direo as vilas e

    futuras cidades as pessoas passaram a conviverem de forma mais adensada,

    ou seja, com uma maior proximidade entre elas. O aumento da proximidade e

    das pessoas teve como conseqncia um incremento de conflitos de

    interesses. O filsofo Shopenhauer afirmava q ue os seres humanos eram

    como porcos espinhos que durante o inverno juntavam -se uns aos outros de

    modo a no morrerem de frio, no entanto, se chegassem a ficar muito prximos

    espetar-se-iam. O psicanalista Sigmund Freud seguia o pensamento de

    Shopenhauer e dizia que havia trs bices (obstculos) para a sobrevivncia

    humana duradoura sobre o planeta. A primeira so as intempries da natureza.

    A segunda so doenas humanas e terceiro so as relaes humanas.

    4. Do uso anormal da propriedade - ocorre quando a utilizao de um bem imvel

    causa danos sade, segurana, e paz de seus vizinhos, tendo os

    mesmos o direito de ajuizar a ao, demandando por uma indenizao por

    parte dos vizinhos que esteja gerando o dano, muitas vezes, inclusive, esses

    danos ocorrem em razo de construes e obras; caso essas obras estejam

    sendo efetuadas pelo poder pblico, o vizinho, ou melhor, a vizinhana dever

    suportar os seus transtornos, mas em caso de dano tambm far jus

    indenizao.

    5. Das arvores limtrofes quando uma arvore estiver plantada nos limites entre

    um prdio e outro, aplicar -se-o regras especificas a fim de serem resolvidos

    conflitos advindos dessa contingncia entre vizinhos. Dessas regras, h quatro

    que so principais:

    a. Quando uma rvore estiver plantada nos Dois terrenos vizinhos, cada um

    de seus proprietrios ter a propriedade da rvore correspondente ao

    tamanho do tronco que estiver em seu terreno (ocorrer a a comunho)

    b. Caso a rvore esteja completamente plantada em um dos terrenos

    limtrofes e os seus galhos avanaram por sobre o terreno vizinho, caso

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    nesses galhos estejam presentes frutos pendentes, a propriedade dos

    mesmos ser do dano da rvore, no entanto, se os frutos carem no solo do

    terreno vizinho, esses frutos ser de propriedade do dono do te rreno

    vizinho.

    c. Nas hipteses dos frutos carem em terreno vizinho que seja bem publico, a

    propriedade dos frutos cados ser da coletividade, ou seja, de qualquer

    pessoa que tome para si o fruto.

    d. Caso as razes de uma rvore plantada em um terreno limtro fe invadem o

    terreno vizinho, assim como os seus galhos tambm o faam, o proprietrio

    vizinho poder podar tanto os galhos, quanto as razes da rvore que

    invadam o seu terreno independentemente de indenizao.

    6. Da passagem ocorre quando um prdio encont ra-se imbricado no meio de

    outras de forma que as pessoas que nele vivam ficaram impedidas de ter

    acesso via pblica, porto ou nascente. Observao: a passagem forada

    diversa da servido de passagem, pois que enquanto aquela um direito real

    de vizinhana, est um direito real sobre a coisa alheia, enquanto na

    passagem forada o prdio que ser beneficiado no tem acesso via pblica,

    na servido de passagem, o prdio o tem.

    7. Das guas quando um prdio for superior a outro prdio e dele ocorre flu xo

    de gua de forma natural ou artificial, o direito regulamentar esse fluxo,

    exemplo: prdio superior no poder poluir as guas que desam do seu

    prdio para o prdio inferior quando essas guas forem para utilizao dos

    bens da vida para os que vivem n o prdio inferior.