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DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO 1 Prof. Edvaldo Nilo www.pontodosconcursos.com.br PROFESSOR EDVALDO NILO DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA FEDERAL Olá, prezado (a) amigo (a) concursando (a)! Bem-vindo (a) à aula demonstrativa do nosso maior Curso “Direito Tributário em Exercícios para a Receita Federal”. Meu nome é EDVALDO NILO. Sou Procurador do Distrito Federal, Advogado militante nas áreas de direitos autoral e direito tributário, Professor de Direito Tributário em cursos preparatórios para concursos públicos, Doutorando em Direito Constitucional pela Universidade de Buenos Aires (UBA), Mestre em Direito Constitucional pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), Sócio-administrador do escritório Edvaldo Nilo Advogados Associados (OAB/DF 1.703), tendo sido aprovado em diversos concursos e seleções públicas, a saber: Procurador do Distrito Federal (ESAF); Procurador do Município de Recife (FCC); Ministério Público de Contas do Mato Grosso (FMP/RS); Procurador do Município de Belo Horizonte (FUNDEP/UFMG); Técnico de Nível Superior do Ministério da Saúde (CESPE/UNB); Técnico de Nível Superior do Ministério das Comunicações (CESPE/UNB); Técnico de Nível Superior do Ministério do Turismo (ESAF); Professor Substituto de Ética Geral e Profissional da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA); Professor de Direito Tributário do Centro Universitário da Bahia (CUB/FIB); Mestrado Acadêmico em Direito Constitucional pelo IDP; Doutorado em Direito pela Universidade de Brasília (UNB); Doutorado em Direito Constitucional pela UBA. Possuo também quatro pós-graduações e um curso de extensão na área do Direito: Especialização em Direito Tributário pelo Instituto

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DIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS P/ A RECEITA FEDERAL PROFESSOR: EDVALDO NILO

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PROFESSOR EDVALDO NILODIREITO TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS PARA A RECEITA

FEDERAL

Olá, prezado (a) amigo (a) concursando (a)!

Bem-vindo (a) à aula demonstrativa do nosso maior Curso “Direito Tributário em Exercícios para a Receita Federal”.

Meu nome é EDVALDO NILO.

Sou Procurador do Distrito Federal, Advogado militante nas áreas de direitos autoral e direito tributário, Professor de Direito Tributário em cursos preparatórios para concursos públicos, Doutorando em Direito Constitucional pela Universidade de Buenos Aires (UBA), Mestre em Direito Constitucional pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), Sócio-administrador do escritório Edvaldo Nilo Advogados Associados (OAB/DF 1.703), tendo sido aprovado em diversos concursos e seleções públicas, a saber:

• Procurador do Distrito Federal (ESAF); • Procurador do Município de Recife (FCC); • Ministério Público de Contas do Mato Grosso (FMP/RS); • Procurador do Município de Belo Horizonte

(FUNDEP/UFMG); • Técnico de Nível Superior do Ministério da Saúde

(CESPE/UNB); • Técnico de Nível Superior do Ministério das Comunicações

(CESPE/UNB); • Técnico de Nível Superior do Ministério do Turismo

(ESAF); • Professor Substituto de Ética Geral e Profissional da

Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (UFBA);

• Professor de Direito Tributário do Centro Universitário da Bahia (CUB/FIB);

• Mestrado Acadêmico em Direito Constitucional pelo IDP; • Doutorado em Direito pela Universidade de Brasília

(UNB); • Doutorado em Direito Constitucional pela UBA.

Possuo também quatro pós-graduações e um curso de extensão

na área do Direito: Especialização em Direito Tributário pelo Instituto

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Brasileiro de Estudos Tributários (IBET); Especialização em Direito Tributário pela Universidade Federal da Bahia (UFBA); Especialização em Planejamento Tributário pela Faculdade de Tecnologia Empresarial (FTE); Curso de Extensão Universitária em Prática Processual Tributária pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).

Sou autor também de três livros de “Direito Tributário”, pela editora Juspodivm, 2012, voltados especialmente para concursos públicos.

Nesse rumo, no que diz respeito à apresentação do nosso

curso, vamos trabalhar com base no programa completo da matéria Direito Tributário para a Receita Federal.

Vamos comentar mais de 1200 questões objetivas,

sobretudo da ESAF, o que equivale a 6000 enunciados, incluindo todas as provas da ESAF dos últimos dez anos.

Sem sombra de dúvidas, é o maior acervo de questões comentadas de Direito Tributário até hoje existente (ESAF, CESPE, FCC e FGV) o que é fundamental para aqueles se preparam para provas ESAF.

O curso aqui será necessariamente para “arrombar” as bancas: “fogo na navalha”. Logo, o aluno não perderá mais de 30 minutos com comentários desnecessários e de poucas questões.

Nesse rumo, por exemplo, o nosso curso inclui todas as questões do ISS/RJ, SUSEP, APO/União, AFRFB, ATRFB, SEFAZ/SP, Ministério da Fazenda, dentre outras provas mais recentes da ESAF.

Além disso, o aluno encontrará a jurisprudência mais atualizada também em questões do CESPE, da FCC e da FGV.

Ou seja, o curso é especialmente voltado para a Receita Federal. Porém, abrange qualquer candidato que esteja se preparando para outra banca.

Assim sendo, além do fórum de dúvidas, o atual curso está atualizado, reformado e revisado.

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Com efeito, o curso terá cinco aulas, com o objetivo de ser fixado um preço mais em conta para o estudante de concurso público.

Desta forma, será iniciado com a “Aula 1” no dia 30 de março 2012 e a “Aula 5” será postada no dia 25 de maio de 2012.

Logo, o nosso curso ocorrerá quinzenalmente e as aulas serão realizadas às sextas.

A seguir, a sequência e os tópicos que serão estudados: Aula 0 – Competência Tributária. Limitações Constitucionais do

Poder de Tributar. Imunidades. Princípios Constitucionais Tributários (parte 1).

Aula 1 – Competência Tributária. Limitações Constitucionais do

Poder de Tributar. Imunidades. Princípios Constitucionais Tributários (parte 2). Conceito e Classificação dos Tributos. Tributos de Competência da União. Imposto sobre a Importação. Imposto sobre a Exportação. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural. Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Imposto sobre Produtos Industrializados. Imposto sobre Operações Financeiras - (30/03).

Aula 2 – Contribuições Sociais. Contribuição para o PIS/PASEP. Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Contribuições sociais previstas nas alíneas "a", "b" e "c" do parágrafo único do art. 11 da Lei n. 8.212, de 24 de julho de 1991, e as instituídas a título de substituição. 5.5. Contribuições por lei devidas a terceiros (art.3º, § 1º, da Lei n. 11.457, de 16 de março de 2007). Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico. Tributos de Competência dos Estados. Tributos de Competência dos Municípios. Simples Nacional - (13/04).

Aula 3 – Obrigação Tributária Principal e Acessória. Fato Gerador da Obrigação Tributária. Sujeição Ativa e Passiva. Solidariedade. Capacidade Tributária. Domicílio Tributário. Responsabilidade Tributária. Conceito. Responsabilidade dos Sucessores. Responsabilidade de Terceiros. Responsabilidade por Infrações. Crédito Tributário. Conceito. Constituição do Crédito

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Tributário. Lançamento. Modalidades de Lançamento. Hipóteses de alteração do lançamento - (27/04).

Aula 4 – Legislação Tributária. Constituição Emendas à Constituição. Leis Complementares. Leis Ordinárias. Leis Delegadas. Medidas Provisórias. Tratados Internacionais. Decretos. Resoluções. Decretos Legislativos. Convênios. Normas Complementares. Vigência da Legislação Tributária. Aplicação da Legislação Tributária. Interpretação e Integração da Legislação Tributária. - (11/05).

Aula 5 – Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário.

Modalidades. Extinção do Crédito Tributário. Modalidades. Exclusão do Crédito Tributário. Modalidades. Pagamento Indevido. Garantias e Privilégios do Crédito Tributário. Administração Tributária. Fiscalização. Dívida Ativa. Certidões Negativas. - (25/05).

Com efeito, pretendemos ser direto e claro na explicação. Teremos igualmente um importantíssimo fórum de dúvidas, onde serão respondidas todas as perguntas a respeito do conteúdo ministrado.

Ao fim de cada aula, será apresentada a lista com os exercícios comentados na respectiva aula e os respectivos gabaritos.

Então, vamos juntos iniciar a jornada rumo à aprovação. Boa sorte, bons estudos e que Deus abençoe a todos.

A seguir, uma pequena demonstração do nosso curso.

AULA DEMONSTRATIVA –

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS DO PODER DE TRIBUTAR. IMUNIDADES. PRINCÍPIOS

CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS (ESAF)

1. (ATRFB/2010) O art. 154, inciso I, da Constituição Federal, outorga à União o que se costuma chamar de competência tributária residual, permitindo que institua outros impostos que não os previstos no art. 153. Sobre estes impostos, é incorreto afirmar que:

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a) Estados e Municípios não possuem competência tributária residual. b) Terão de ser, necessariamente, não-cumulativos. c) Não poderão ter base de cálculo ou fato gerador próprios dos impostos já discriminados na Constituição Federal. d) Caso sejam instituídos por meio de medida provisória, esta deverá ser convertida em lei até o último dia útil do exercício financeiro anterior ao de início de sua cobrança. e) Para a instituição de tais impostos, há que se respeitar o princípio da anterioridade.

De início, destaca-se que o enunciado cita o art. 154, I: a União poderá instituir mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição.

Assim, o candidato deve seguir a linha da literalidade deste dispositivo.

Letra (A). Somente a União possui a competência tributária

residual. Logo, correta.

Letra (B). O texto constitucional exige que os impostos residuais sejam não-cumulativos. Logo, correta.

Letra (C). O texto constitucional exige que os impostos residuais não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos impostos discriminados na Constituição. Portanto, correta.

Letra (D). Os impostos residuais devem ser instituídos apenas por lei complementar. Logo, incorreta.

Letra (E). Os impostos residuais devem respeitar os princípios da anterioridade genérica e da anterioridade nonagesimal. Logo, correta.

2. (AFRFB/2005) Competência tributária é o poder que a Constituição Federal atribui a determinado ente político para que este institua um tributo, descrevendo-lhe a hipótese de incidência, o sujeito ativo, o sujeito passivo, a base de cálculo e a alíquota.

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Sobre a competência tributária, avalie o asserto das afirmações adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, marque a opção correta. ( ) A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra. ( ) O não-exercício da competência tributária por determinada pessoa política autoriza a União a exercitar tal competência, com base no princípio da isonomia. ( ) A pessoa política que detém a competência tributária para instituir o imposto também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo conceder isenções, observados os limites constitucionais e legais. a) F, V, F. b) F, F, V. c) F, V, V. d) V, F, V. e) V, V, V.

O primeiro item é verdadeiro, porque a competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, conforme dispõe expressamente o art. 7°, caput, do CTN.

O segundo item é falso, porque o não-exercício da competência tributária por determinada pessoa política não autoriza a União a exercitar tal competência, com base no princípio da isonomia. O CTN dispõe expressamente no art. 8°, caput, que o não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.

O terceiro item é verdadeiro, pois, em princípio, a pessoa política que detém a competência tributária para instituir o imposto também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo conceder isenções, observados os limites constitucionais e legais. Por exemplo, o Município de Salvador é competente para estabelecer isenções referentes ao ISS de sua competência, observadas as normas constitucionais (tal como o princípio da igualdade) e as

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normas estabelecidas nos arts. 175 a 179 do CTN (normas atinentes as isenções tributárias).

Portanto, a resposta é letra “d” (V, F, V).

3. (PFN/2004) Considerados os temas competência tributária e capacidade tributária ativa, marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) A competência tributária é delegável. ( ) A capacidade tributária ativa é indelegável. ( ) A União é quem detém a competência tributária no que toca às contribuições sociais para o financiamento da Seguridade Social. ( ) Lei complementar pode delegar a qualquer pessoa jurídica de direito público a competência tributária. a) V, F, V, V. b) F, V, F, V. c) F, F, V, F. d) V, V, V, F. e) F, V, F, F.

O primeiro e quarto itens são falsos, porque há competência tributária é indelegável, conforme o art. 7°, caput, do CTN.

O segundo item é falso, porque a capacidade tributária ativa é delegável. Por outro lado, de forma mais técnica, existem autores que afirmam corretamente que a atribuição da capacidade tributária dá-se por outorga, por lei. Decerto, a capacidade tributária ativa significa a possibilidade de determinada pessoa figurar como sujeito ativo (credor) da relação tributária, sendo a pessoa competente para exigir o cumprimento da obrigação tributária. Assim, o próprio art. 7° dispõe sobre esta possibilidade, quando dispõe que as atribuições de fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária pode ser conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra.

O terceiro item é verdadeiro, pois, segundo o art. 149, da CF, em regra, compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas. Contudo, registramos que a possibilidade dos Estados, o Distrito Federal e os Municípios

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instituírem contribuição, cobrada de seus servidores públicos de carreira (estatutários), para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União, de acordo com o art. 149, §1°, da CF, que não se aplica aos servidores comissionados ou celetistas.

Portanto, a resposta é letra “c” (F, F, V, F).

4. (Procurador do DF/2007.1) Assinale a opção correta. O Distrito Federal, entidade integrante da República Federativa do Brasil, pode instituir: a) imposto sobre propriedade territorial rural; imposto sobre transmissão causa mortis de quaisquer bens ou direitos, contribuição de melhoria e contribuições sociais de quaisquer espécies. b) impostos extraordinários, taxas e empréstimos compulsórios. c) imposto sobre doação de quaisquer bens ou direitos; taxas pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis; contribuições de interesse de categorias econômicas. d) contribuição para o custeio de sistemas de previdência e assistência social de seus servidores; imposto sobre serviços de qualquer natureza; taxas, em razão do exercício do poder de polícia. e) imposto sobre propriedade predial e territorial urbana; contribuição de melhoria; contribuições sociais e contribuição de intervenção no domínio econômico.

O Distrito Federal, entidade integrante da República Federativa do Brasil, detêm competência estadual e municipal (arts. 147, 149, 155 e 156, CF). Desta forma, o DF pode instituir: contribuição para o custeio de sistemas de previdência e assistência social de seus servidores (art. 149, §1°, da CF/88); imposto sobre serviços de qualquer natureza (art. 156, III, da CF/88); taxas, em razão do exercício do poder de polícia (art. 145, II, da CF/88).

Vejamos os seguintes quadros para decorar as competências tributárias:

Competência exclusiva ou privativa da União (i) Impostos: a) imposto sobre importação de produtos

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estrangeiros (II) – art. 153, I; b) imposto sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE) – art. 153, II; c) imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR) – art. 153, III; d) imposto sobre produtos industrializados (IPI) – art. 153,

IV; e) imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) – art. 153, V; f)

imposto sobre propriedade territorial rural (ITR) – art. 153, VI; g) imposto sobre grandes fortunas (IGF) – art. 153, VII.

(ii) Empréstimos Compulsórios (art. 148): a) empréstimo por calamidade ou guerra externa (art. 148, I); b) empréstimo por

investimento público urgente e de relevância nacional (art. 148, II); (iii) Contribuições especiais ou parafiscais: a) contribuições de seguridade social (art. 195, art. 239; ADCT, art. 74, 75, 84 e 90); b) contribuições sociais (art. 212, § 5º e art. 240); c) contribuições de

interesse das categorias profissionais ou econômicas, também denominadas de corporativas (art. 149); d) contribuições de

intervenção no domínio econômico (CIDE) – art. 149 e art. 177, § 4º.

Competência exclusiva ou privativa dos Estados e do Distrito Federal

(i) Impostos (CF, art. 155): a) impostos sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD) – art. 155,

I; b) impostos sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e

intermunicipal e de comunicação (ICMS) – art. 155, II; c) imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA) – art. 155, III.

Competência exclusiva ou privativa dos Municípios e do Distrito Federal

(i) Impostos (CF, art. 156): a) imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU) art. 156, I; b) impostos sobre transmissão

inter vivos, por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a

sua aquisição (ITBI) – art. 156, II; c) imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS), não compreendidos no ICMS, definidos em

lei complementar – art. 156, III; (ii) Contribuição para o custeio do serviço de iluminação

pública (COSIP ou CIP) - art. 149-A.

Competência comum ou concorrente da União, Estados-membros, DF e Municípios

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(i) Taxas (art. 145, II): a) taxas de polícia; b) taxas de serviço. (ii) Contribuições de Melhoria (art. 145, III. da CF/88)

(iii) Contribuição previdenciária (art. 149, §1º).

Portanto, a resposta é a letra “d”.

5. (ATN/Recife/2003) Avalie as formulações seguintes, observadas as disposições pertinentes ao tema "competência tributária", constantes do Código Tributário Nacional, e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta correta. I - É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. II - Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencem à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. III - A atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. IV - A atribuição das funções de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. a) Apenas as formulações I, II e III são corretas. b) Apenas as formulações II, III e IV são corretas. c) Apenas as formulações I, III e IV são corretas. d) Apenas as formulações II e IV são corretas. e) Todas as formulações são corretas.

O primeiro item é incorreto, porque é permitido à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos (art. 7°, §3°, do CTN).

O segundo item é correto, porque Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito

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público pertencem à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos (parágrafo único, do art. 6°, do CTN).

O terceiro item é correto, eis que a atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido, segundo o art. 7°, §2°, do CTN.

O quarto item é correto, uma vez que a atribuição das funções de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir, de acordo com o art. 7°, §1°, do CTN.

Decerto, a resposta é letra “b”. Apenas as formulações II, III e IV são corretas.

6. (ATN/Fortaleza/2003) A respeito do tema competência para instituir impostos, é correto afirmar: a) aos Estados e ao Distrito Federal compete instituir, entre outros impostos que a Constituição Federal lhes atribui, o imposto sobre propriedade de veículos automotores e o imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis situados em seus territórios. b) o imposto sobre serviços de transportes intermunicipais é de competência do Município em que se iniciarem as prestações dos serviços. c) os impostos sobre propriedade predial e territorial urbana e sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos são de competência dos Municípios. d) compete ao Distrito Federal instituir os impostos que cabem aos Municípios, sem prejuízo da competência que a Constituição Federal lhe assegura para instituir outros impostos expressamente indicados. e) por força de emenda constitucional promulgada recentemente, a competência para instituir o imposto sobre propriedade territorial rural foi transferida da União para os Estados e o Distrito Federal.

A letra “a” é incorreta, uma vez que aos Municípios e ao Distrito Federal compete instituir, entre outros impostos que a

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Constituição Federal lhes atribui, o imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis situados em seus territórios (ITBI).

A letra “b” é incorreta, uma vez que o imposto sobre serviços de transportes intermunicipais é de competência dos Estados-membros e do Distrito Federal. A competência dos Municípios e também do DF é para instituir imposto sobre serviços de transportes intramunicipais (dentro dos limites do seu próprio território).

A letra “c” é incorreta, pois o imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU) é de competência dos Municípios e do DF, mas o imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos foi extinto pela Emenda Constitucional n. 3/93.

A resposta é letra “d”, uma vez compete ao Distrito Federal instituir os impostos que cabem aos Municípios (art. 147 da CF/88), sem prejuízo da competência que a Constituição Federal lhe assegura para instituir outros impostos expressamente indicados.

A letra “e” é incorreta, eis que a competência para instituir o imposto sobre propriedade territorial rural (ITR) continua a ser da União.

7. (ATE/MS/2001) Em tema de competência legislativa sobre matéria de Direito Tributário, é correta a afirmação de que: a) Os Estados têm competência para legislar suplementarmente sobre normas gerais de Direito Tributário. b) Mesmo na ausência de lei federal sobre normas gerais de Direito Tributário, é vedado aos Estados exercer essa competência legislativa. c) A eficácia de lei estadual sobre normas gerais de Direito Tributário fica mantida ante a superveniência de lei federal da mesma natureza, mesmo no que lhe for contrário. d) No âmbito da competência concorrente para legislar sobre Direito Tributário os Estados só podem legislar sobre normas gerais. e) A legislação tributária dos Estados é aplicada nos respectivos Municípios, em virtude de estes não terem competência para legislar sobre Direito Tributário.

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A resposta é letra “a”, porque, em tema de competência legislativa sobre matéria de Direito Tributário, é correta a afirmação de que os Estados têm competência para legislar suplementarmente sobre normas gerais de Direito Tributário, de acordo com o §2°, do art. 24, da CF/88.

A letra “b” é incorreta, uma vez que na ausência de lei federal sobre normas gerais de Direito Tributário, não é proibido aos Estados exercer a competência legislativa plena, para atender as suas particularidades, segundo o §3°, do art. 24, da CF/88.

As letras “c” e “d” são incorretas, pois, no âmbito da competência concorrente, o Estado legisla para tender as suas particularidades (§3°, do art. 24, da CF/88) e a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário, conforme art. 24, I e §4°, da CF/88.

A letra “e” é incorreta, eis que a doutrina e a jurisprudência dominante entendem que os Municípios possuem competência para legislar sobre Direito Tributário, conforme os arts. 30, III c/c 156, I a III, da CF/88. Estabelece o art. 30, III, da CF/88: compete aos Municípios instituir e arrecadar os tributos de sua competência.

8. (AFTN/94) A Constituição da República prevê que, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (art. 24, § 3º). Tendo em vista isto e, quando for o caso, o disposto no Código Tributário Nacional, é razoável dizer que a) o não-exercício, pela União, da competência para legislar sobre normas gerais de direito tributário, a defere aos Estados, para atender a suas peculiaridades. b) o não-exercício da competência para instituir tributos a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que tal competência cabia originalmente. c) a competência da União para legislar sobre normas de direito tributário exclui a competência suplementar dos Estados. d) em matéria de direito tributário a competência da União, além de legislar sobre seus próprios tributos e sobre normas gerais, poderá fazê-lo em relação à competência não exercida pelos Estados e Municípios

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e) faltando norma geral sobre o encargo ou a função de arrecadar tributo municipal, o Estado poderá supletivamente cometer um e outro a pessoas de direito privado.

A Constituição da República prevê que, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (art. 24, § 3º). Tendo em vista isto e, quando for o caso, o disposto no Código Tributário Nacional (CTN), é razoável dizer que o não-exercício, pela União, da competência para legislar sobre normas gerais de direito tributário, a defere aos Estados, para atender a suas peculiaridades. Portanto, a resposta correta é a letra “a”.

A letra “b” é incorreta, uma vez que o não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído (art. 8°, do CTN). É a característica da competência tributária denominada de incaducabilidade ou imprescritibilidade ou, ainda, não sujeita a decadência, que, significa, em outros termos, a possibilidade da pessoa política exercer a competência tributária estabelecida no texto constitucional a qualquer tempo.

A letra “c” é incorreta, uma vez que a competência da União para legislar sobre normas de direito tributário não exclui a competência suplementar dos Estados, segundo o §2°, do art. 24, da CF/88.

A letra “d” é incorreta, pois, em matéria de direito tributário, a competência da União é para legislar sobre seus próprios tributos e sobre normas gerais (art. 24, I, da CF/88). Isto é, não pode, por exemplo, a União instituir o IPTU de competência dos Municípios. Ressalta-se novamente do art. 8° do CTN, dispondo que o não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.

A letra “e” é incorreta, eis que o Estado-membro não pode legislar sobre matéria de competência dos Municípios.

9. (AFTN/96) União, Estados, Municípios e Distrito Federal a) podem delegar capacidade para instituir, arrecadar e fiscalizar um tributo. b) podem delegar capacidade para arrecadar e fiscalizar um tributo.

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c) podem delegar capacidade para instituir e arrecadar um tributo. d) podem delegar capacidade para instituir e fiscalizar um tributo. e) não podem delegar capacidade tributária ativa.

A União, Estados, Municípios e Distrito Federal podem delegar capacidade para arrecadar e fiscalizar um tributo (capacidade ativa), de acordo com o art. 7°, do CTN. Portanto, a resposta é letra “b”. Por outro lado, a competência tributária é indelegável, ou seja, a competência para instituir o tributo,

10. (AFTE/PI/2001/Adaptada) Assinale a opção correta. a) A competência tributária consiste na faculdade de que dispõem os entes políticos para instituir tributos em relação às pessoas submetidas a sua soberania, e a capacidade tributária ativa consiste na aptidão atribuída a uma pessoa para figurar no pólo ativo de uma relação jurídico-tributária. b) A competência tributária é a aptidão para arrecadar tributos, obedecidos os requisitos legais, e a capacidade tributária ativa é a aptidão para instituí-los, sempre por meio de lei. c) A competência tributária e a capacidade tributária ativa são indelegáveis, ainda que por meio de lei. d) A competência tributária é, em determinadas situações, delegável, por meio de lei, mas a capacidade tributária ativa é indelegável. e) A atribuição da capacidade tributária ativa a pessoa diferente daquela que dispõe da competência tributária só pode ser revogada de comum acordo entre ao titular da competência tributária e a pessoa jurídica a quem foi delegada a capacidade tributária ativa.

A resposta é letra “a”, que dispõe sobre as definições adequadas de competência tributária e capacidade tributária ativa, a saber: “A competência tributária consiste na faculdade de que dispõem os entes políticos para instituir tributos em relação às pessoas submetidas a sua soberania, e a capacidade tributária ativa consiste na aptidão atribuída a uma pessoa para figurar no pólo ativo de uma relação jurídico-tributária”.

A letra “b” é incorreta, uma vez que a competência tributária é a aptidão para instituir (criar) e não arrecadar tributos.

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As letras “c” e “d” são incorretas, uma vez que a competência tributária é indelegável, ainda que por meio de lei e a capacidade tributária ativa é delegável por meio de lei. Registra-se, todavia, que a competência tributária pode ser alterada por meio de emenda a Constitucional, desde que tal modificação pelo poder constituinte derivada não seja tendente a abolir a autonomia financeira do ente federado, o que acarretaria violação a forma federativa de Estado (art. 60, §4°, I, da CF/88).

A letra “e” é incorreta, eis que a atribuição da capacidade tributária ativa a pessoa diferente daquela que dispõe da competência tributária pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido, conforme §2°, do art. 7°, do CTN.

11. (AFPS/2002) Em relação ao tema competência tributária, é correto afirmar que: a) a Constituição atribui à União competência residual para instituir impostos, contribuições para a seguridade social e taxas. b) a instituição de empréstimos compulsórios requer lei complementar da União, dos Estados ou do Distrito Federal, conforme competência que a Constituição confere a cada um desses entes da Federação. c) para instituir impostos com fundamento na competência residual, é imprescindível, além da competência tributária, veiculação da matéria por lei complementar e observância dos princípios constitucionais da não-cumulatividade e da identidade plena com outros impostos discriminados na Constituição, no que se refere a fato gerador e base de cálculo. d) somente a União tem competência residual para instituir impostos. e) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios têm competência para instituir impostos, taxas, contribuição de melhoria e contribuição de intervenção no domínio econômico, que a Constituição lhes reserva.

A resposta certa é letra “d”, conforme o art. 154, I, da CF/88, estabelecendo que a União poderá instituir, mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que

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sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição.

Destacamos também que União tem competência residual para instituir contribuições para garantir a manutenção ou expansão da seguridade social (§4°, do art. 195 da CF/88). Neste caso, a contribuição residual ou nova contribuição social (art. 154, I, da CF/88) não pode ter base de cálculo ou fato gerador igual à de qualquer contribuição social já discriminada na CF/88 (por exemplo, COFINS, CSLL etc.), mas pode ter base de cálculo igual ou fato gerador semelhante à de imposto já descrito na CF/88(por exemplo, IR, IPI, II, IE, IOF etc.), conforme interpretação do STF.

A letra “a” é incorreta, uma vez que a Constituição não atribui à União competência residual para instituir taxas.

A letra “b” é incorreta, uma vez que os Estados e o Distrito Federal não têm competência para a instituição de empréstimos compulsórios.

A letra “c” é incorreta, pois na competência residual da União para instituir impostos não deve existir identidade com outros impostos discriminados na Constituição, no que se refere a fato gerador e base de cálculo, mas sim o contrário.

A letra “e” é incorreta, eis que os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não têm competência para instituir contribuição de intervenção no domínio econômico.

12. (Analista/SUSEP/2010) A Constituição Federal, em seu art. 154, inciso I, prevê a criação de impostos que não os previstos no art. 153 (que enumera aqueles de competência da União). Sobre esta competência, usualmente denominada na doutrina “competência residual”, é incorreto afirmar-se que: a) o exercício da competência residual é reservado ao legislador ordinário, e não ao constituinte derivado. b) consoante entendimento firmado no âmbito do Supremo Tribunal Federal, a não-cumulatividade e o não bis-in-idem não precisam ser observados quando da criação de um novo imposto por meio de emenda constitucional. c) a exigência de lei complementar é inafastável e, diferentemente do que ocorre para os impostos

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discriminados, que têm apenas os seus fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes previstos em lei complementar, no caso da instituição de novo imposto pela União, no exercício de sua competência residual, exige-se que também a alíquota seja prevista em lei complementar. d) admite-se, excepcionalmente, a instituição de novos impostos, no exercício da competência residual, por meio de medida provisória. e) a criação de novo imposto, no exercício da competência residual, fica sujeita ao princípio da anterioridade.

Letra (A). O exercício da competência residual é reservado à lei complementar, por conseguinte, ao legislador ordinário e não ao constituinte derivado. Logo, correta.

Letra (B). Verifica-se que o examinador requer do candidato o conhecimento do entendimento do STF na ADIN 939/DF. Neste caso, o STF firmou posicionamento no sentido de que a “técnica da competência residual é para o legislador ordinário e não para o constituinte derivado e a não cumulatividade e o não bis in idem não precisam ser observados quando da criação de um novo imposto através de emenda constitucional”. Em síntese, o STF entende que as restrições estabelecidas no art. 154, I, da CF, não podem ser opostas a emenda a constituição, mas sim ao legislador ordinário na criação do imposto por meio da lei complementar. Logo, correta.

Letra (C). O texto constitucional exige lei complementar para os impostos residuais e, por conseguinte, fato gerador, bases de cálculo, contribuintes e alíquotas previstas em lei complementar, conforme entendimento doutrinário amplamente dominante. Portanto, correta.

Letra (D). Os impostos residuais devem ser instituídos por lei complementar. Neste sentido, verifica-se a proibição constitucional da edição de medidas provisórias sobre matéria reservada a lei complementar (art. 62, §1°, III, CF). Logo, incorreta.

Letra (E). Os impostos residuais devem respeitar os princípios da anterioridade genérica e da anterioridade nonagesimal, pois o art. 150, §1°, da CF, não excepciona este imposto. Logo, correta.

13. (ISS/RJ/2010) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito

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tributário. Com base nessa afirmativa, julgue os itens a seguir: I. lei que institui incentivo fiscal para as empresas que contratarem apenados e egressos é de natureza tributária, sendo, portanto, constitucional lei estadual com tal conteúdo; II. lei estadual pode estabelecer alíquotas diferenciadas em razão do tipo do veículo, já que os estados-membros estão legitimados a editar normas gerais referentes ao IPVA, no exercício da competência concorrente prevista no art. 24, § 3º, da Constituição; III. é possível ao estado conceder, mediante lei, isenção de tributo de sua competência, visto que está atuando nos limites de sua autonomia. Estão corretos: a) apenas o item I. b) apenas os itens I e II. c) apenas os itens I e III. d) apenas os itens II e III. e) todos os itens estão corretos.

A competência legislativa concorrente é aquela que pode ser exercida por mais de uma pessoa política. Portanto, a Constituição Federal estabelece, por exemplo, que compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito tributário (art. 24, I).

Deste modo, no âmbito da legislação concorrente no sistema jurídico brasileiro, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

Assim, a competência da União para legislar sobre normas gerais de direito tributário não exclui a competência suplementardos Estados e do Distrito Federal, eis que inexistindo lei federal (União) sobre normas gerais de direito tributário, os Estados e o Distrito Federal exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Por sua vez, a superveniência de lei federal sobre normas gerais de direito tributário suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário, de acordo com o que está estabelecido nos §§1° a 4°, do art. 24, da CF/88.

Item I. A questão cobra entendimento do STF. Nesse rumo, o STF analisando a Lei 8.366/20006, do Estado do Espírito Santo,

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compreendeu que a citada Lei que institui incentivo fiscal para as empresas que contratarem apenados e egressos é matéria de índole tributária e não orçamentária (ADI 3.809, Rel. Min. Eros Grau, DJ de 14-9-2007). Logo, correta.

Item II. Este item copiou também decisão do STF, que se equivocou, segundo a doutrina majoritária, ao afirmar que os estados-membros estão legitimados a editar normas gerais referentes ao IPVA. Na verdade, a União estabelece normas gerais no exercício da competência concorrente e não os estados-membros. Vejamos a decisão do STF: “IPVA. Lei estadual. Alíquotas diferenciadas em razão do tipo do veículo. Os Estados-membros estão legitimados a editar normas gerais referentes ao IPVA, no exercício da competência concorrente prevista no art. 24, § 3º, da Constituição do Brasil. Não há tributo progressivo quando as alíquotas são diferenciadas segundo critérios que não levam em consideração a capacidade contributiva” (RE 414.259-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJE de 15-8-2008). Logo, correta.

Item III. A pessoa política que detém a competência tributária para instituir o tributo também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo conceder isenções, observados os limites constitucionais e legais. Deste modo, é correto afirmar que é possível ao estado conceder, mediante lei, isenção de tributo de sua competência, visto que está atuando nos limites de sua autonomia. Logo, correta. Destaca-se, contudo, que na hipótese do ICMS, a competência é exercida mediante a deliberação dos Estados e do Distrito Federal, de acordo com os convênios interestaduais do ICMS celebrados no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ). O fundamento legal é o art. 155, §2°, XII, “g”, e a Lei Complementar 24/75.

Assim, todos os itens estão corretos. Logo, deve-se marcar a letra “e”.

14. (ISS/RJ/2010) Sobre a imunidade constitucional recíproca, que veda a instituição e a cobrança de impostos pelos entes tributantes sobre o patrimônio, a renda ou os serviços, uns dos outros, é incorreto afirmar que: a) a imunidade tributária recíproca alcança apenas as finalidades essenciais da entidade protegida. O reconhecimento da imunidade tributária às operações financeiras não impede a autoridade fiscal de examinar a correção do procedimento adotado pela entidade imune.

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Constatado desvio de finalidade, a autoridade fiscal tem o poder-dever de constituir o crédito tributário e de tomar as demais medidas legais cabíveis. b) a imunidade tributária recíproca é extensiva às autarquias, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. c) a imunidade constitucional recíproca alcança as empresas públicas prestadoras de serviço público, bem como as empresas públicas que exercem atividade econômica em sentido estrito. d) a imunidade tributária recíproca diz respeito aos impostos, não alcançando as contribuições. e) a imunidade tributária recíproca aplica-se às operações de importação de bens realizadas por municípios, quando o ente público for o importador do bem (identidade entre o ‘contribuinte de direito’ e o ‘contribuinte de fato’).

Letra (A). O enunciado cobrou entendimento literal do STF, que afirmou: “A imunidade tributária gozada pela Ordem dos Advogados do Brasil é da espécie recíproca (art. 150, VI, a, da Constituição), na medida em que a OAB desempenha atividade própria de Estado (defesa da Constituição, da ordem jurídica do Estado democrático de direito, dos direitos humanos, da justiça social, bem como a seleção e controle disciplinar dos advogados). A imunidade tributária recíproca alcança apenas as finalidades essenciais da entidade protegida. O reconhecimento da imunidade tributária às operações financeiras não impede a autoridade fiscal de examinar a correção do procedimento adotado pela entidade imune. Constatado desvio de finalidade, a autoridade fiscal tem o poder-dever de constituir o crédito tributário e de tomar as demais medidas legais cabíveis. Natureza plenamente vinculada do lançamento tributário, que não admite excesso de carga.” (RE 259.976-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010) Logo, correta.

Letra (B). Segundo o art. 150, VI, “a” e §2°, da CF, a imunidade recíproca, refere-se à proibição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios de instituir impostos sobrepatrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, bem como é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,

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vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. Logo, correta.

Letra (C). Segundo jurisprudência consolidada do STF, a imunidade constitucional recíproca alcança as empresas públicas prestadoras de serviço público, mas não as empresas públicas que exercem atividade econômica em sentido estrito (ACO 959, Rel. Min. Menezes Direito, Plenário, DJE de 16-5-2008; RE 552.736-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJE de 20-11-2009; AI 690.242-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJE de 17-4-2009). Portanto, incorreta.

Letra (D). A imunidade tributária recíproca apenas alcança aos impostos e não as contribuições, as taxas ou os empréstimos compulsórios (art. 150, VI, “a”, CF). Logo, correta.

Letra (E). A questão cobrou entendimento recente do STF. Senão, vejamos: “A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, a, da Constituição, aplica-se às operações de importação de bens realizadas por municípios, quando o ente público for o importador do bem (identidade entre o ‘contribuinte de direito’ e o ‘contribuinte de fato’). Compete ao ente tributante provar que as operações de importação desoneradas estão influindo negativamente no mercado, a ponto de violar o art. 170 da Constituição. Impossibilidade de presumir risco à livre-iniciativa e à concorrência” (AI 518.325-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010). Logo, correta.

15. (TRF/2005/Adaptada) Em relação às imunidades, avalie as afirmações abaixo e, em seguida, marque a opção correta. I. A diferença básica entre imunidade e isenção está em que a primeira atua no plano da definição da competência, e a segunda no plano do exercício da competência. II. As imunidades podem ser definidas em função de condições pessoais de quem venha a vincular-se às situações materiais que ensejariam a tributação. III. As imunidades podem ser definidas em função do objeto suscetível de ser tributado. IV. A Constituição, ao definir a competência, excepciona determinadas situações que, não fosse a imunidade, estariam dentro do campo da competência, mas por força

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da norma de imunidade, permanecem fora do alcance do poder de tributar. a) Todos os itens estão corretos. b) Há apenas um item correto. c) Há dois itens corretos. d) Há três itens corretos. e) Todos os itens estão errados.

Item I. A diferença básica ou principal entre imunidade e isenção é realmente que a imunidade atua no plano da definição da competência, e a isenção no plano do exercício da competência. A imunidade pode ser conceituada como uma delimitação negativa de competência tributária, ou seja, não há competência tributária. A isenção é a dispensa legal de pagamento de um tributo devido, isto é, a autoridade não pode cobrar o tributo, eis que, mesmo acontecendo à incidência tributária (ocorre o fato gerador), está impedido de realizar o lançamento tributário. Logo, correto.

Item II. As imunidades podem ser definidas em função de condições pessoais de quem venha a vincular-se às situações materiais que ensejariam a tributação. Este tipo de imunidade é a denominada de subjetiva ou pessoal, pois leva em consideração o sujeito imunizado. Por exemplo, a imunidade referente ao patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações (art. 150, VI, “c”, CF). Logo, correto.

Item III. As imunidades podem ser definidas em função do objeto suscetível de ser tributado. Este tipo de imunidade é a denominada de objetiva ou real, sendo concedida em virtude da qualidade da coisa, do objeto ou da mercadoria. Por exemplo, a imunidade dos livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão (art. 150, VI, “d”, CF). Logo, correto.

Item IV. A Constituição, ao definir a competência, excepciona determinadas situações que, não fosse a imunidade, estariam dentro do campo da competência, mas por força da norma de imunidade, permanecem fora do alcance do poder de tributar. É verdade, uma vez que a competência tributária é a aptidão para determinado ente criar o tributo e a imunidade traduz um elemento de incompetência tributária, sendo considerada uma “zona” na qual não poderá haver tributação e consequentemente incidência tributária. Portanto, a imunidade tem sede na CF/88, materializando uma dispensa constitucional de pagamento de tributo. Logo, correto.

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Portanto, a questão é letra “a”. Todos os itens estão corretos.

16. (AFRFB/2010) Diversos fatos podem resultar na desoneração tributária. Assinale, entre as que se seguem, a forma de desoneração tributária pela qual não nascem nem a obrigação tributária, nem o respectivo crédito por força do não-exercício da competência a que tem direito o poder tributante. a) Imunidade. b) Não-incidência. c) Isenção. d) Alíquota zero. e) Remissão.

Inicialmente, registra-se o seguinte quadro elucidativo:

Imunidade Isenção Não-incidência

Alíquota zero

Quanto à lei criadora

Constituição Em regra, lei

ordinária.

Falta de previsão.

Em regra, lei

ordinária. Quanto ao

exercício da competência

tributária.

Não há. Existe. Não há. Existe.

Quanto à obrigação tributária

Não há. Existe. Não há. Existe.

Quanto ao crédito

tributário

Não há. Não há. Não há. Em regra, não há, salvo

dispositivo de lei em contrário.

Letra (A). Na imunidade tributária o ente federativo não tem o direito de tributar. Logo, incorreta.

Letra (B). Na não-incidência não nasce a obrigação e nem o crédito tributário por força do não-exercício da competência a que tem direito o ente federativo. Logo, correta.

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Letra (C). Na isenção (art. 175, CTN) nasce a obrigação tributária. Contudo, o crédito tributário é excluído. Logo, incorreta.

Letra (D). Na alíquota zero há obrigação tributária. Entretanto, o tributo não é recolhido porque o valor do tributo é inexistente (aspecto quantitativo). Isto é, a multiplicação da base de cálculo por zero é igual a zero (BC x AL = 0). Então, o valor do tributo a ser pago é nulo. Logo, incorreta.

Letra (E). Na remissão (art. 172, CTN) há obrigação e crédito tributário, que é extinto por força do perdão legal da dívida. Logo, incorreta.

17. (FTE/PA/2002) A não-incidência de impostos sobre as autarquias e as fundações públicas, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou delas decorrentes, resulta de: a) remissão. b) anistia. c) isenção. d) imunidade. e) moratória.

A questão diz respeito expressamente ao art. 150, §2°, da CF/88. Portanto, sem sombra de dúvidas, refere-se a imunidade tributária. Portanto, a resposta é a letra “d”.

A remissão, modalidade de extinção do crédito tributário, é o perdão da dívida pelo credor, dependendo sempre de lei específica (art. 150, §6º, da CF/88). Isto significa dizer que a remissão é a liberação graciosa da dívida pelo Fisco, tal como o perdão de resíduos ínfimos quanto ao pagamento de tributo (art. 172, III, do CTN). Logo, incorreta a letra “a”.

A anistia e a isenção são as causas de exclusão do crédito tributário. Exclusão do crédito tributário quer dizer impedir ou evitar a sua constituição. Como a constituição do crédito tributário ocorre com o lançamento, afirma-se que as hipóteses de anistia e de isenção são situações ou causas inibitórias do lançamento tributário, impedindo a sua existência. A anistia exclui a multa tributária (arts. 180 a 182 do CTN) e a isenção exclui o pagamento do tributo (arts. 175 a 179 do CTN). Logo, incorretas as letra “b” e “c”.

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A moratória, modalidade de suspensão do crédito tributário, é a dilação ou prorrogação do prazo legal para o pagamento do tributo (arts. 152 a 155 do CTN). Com efeito, a moratória é um favor legal ou benefício fiscal de prorrogação de pagamento, isto é, o fisco estabelece novo prazo para pagamento do tributo. Logo, incorreta a letra “e”.

18. (SEFAZ/CE/2007) A norma que impede que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios tributem, reciprocamente, seus patrimônios, rendas ou serviços, denomina-se a) imunidade. b) isenção. c) norma geral anti-elisiva. d) anistia. e) não-incidência.

A questão diz respeito expressamente ao art. 150, VI, “a”, da CF/88. Portanto, deve-se marcar a hipótese mais adequada, que é a imunidade tributária. Portanto, a resposta é a letra “a”.

A norma geral anti-elisiva, segundo doutrina amplamente dominante, está prevista no art. 116, parágrafo único, do CTN, que dispõe que a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária

Neste sentido, tal regra é chamada de “norma antielisão” ou “norma geral anti-elisiva”, pois busca combater os procedimentos de planejamento tributário praticados pelo contribuinte com abuso de forma ou/e abuso de direito. registra-se que a doutrina minoritária denomina o art. 116, parágrafo único, do CTN, de norma geral “antievasiva” ou “anti-simulação”. Logo, incorreta a letra “c”.

A não-incidência é o acontecimento no mundo dos fatos que não corresponde à descrição legal tributária. Assim, na não-incidência faltam elementos para enquadrar determinado fato na hipótese de incidência, ou seja, é a não previsão do fato na hipótese de incidência.

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Com efeito, não há obrigação tributária e, por conseguinte, não há crédito tributário. Ressalta-se que a imunidade tributária não deixa de ser uma hipótese de não-incidência estabelecida pela CF. Contudo, como a questão na letra “a” se refere explicitamente a imunidade, deve-se considerar inadequada a letra “e” no caso.

19. (SEFAZ/SP/2009) As imunidades tributárias são classificadas em: a) ontológicas e políticas. b) proporcionais e progressivas. c) diretas e indiretas. d) cumulativas e não cumulativas. e) vinculadas e não vinculadas.

As imunidades tributárias podem ser classificadas nas seguintes categorias: (i) subjetivas ou pessoais, objetivas ou reais e mistas (subjetiva e objetiva); (ii) ontológicas e políticas; (iii) gerais ou genéricas e tópicas ou especiais; (iv) condicionadas ou incondicionadas; (v) explícitas ou implícitas.

Classificações das imunidades tributárias (i) subjetivas, objetivas e mistas;

(ii) ontológicas e políticas; (iii) gerais e tópicas;

(iv) condicionadas e incondicionadas; (v) explícitas e implícitas.

Portanto, a resposta é a letra “a”. Por sua vez, passamos a explicar cada uma das classificações.

A primeira classificação considera a forma de previsão da norma imunizante. A imunidade subjetiva ou pessoal é aquela que leva em consideração o sujeito. Por exemplo, a imunidade das entidades sindicais dos trabalhadores (art. 150, VI, “c”). A imunidade objetiva ou real é concedida em virtude da qualidade da coisa, do objeto ou da mercadoria. Por exemplo, a imunidade dos livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão (art. 150, VI, “d”). Por sua vez, a imunidade mista (subjetiva e objetiva) envolve aspectos pessoais e reais. Como exemplo, a imunidade concernente ao ITR no que se refere às “pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel”.

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A segunda classificação considera o aspecto de a imunidade tributária ser ou não ser consequência direta de princípio constitucional fundamental. A imunidade ontológica é consequência necessária do princípio da igualdade, sendo seu exemplo clássico a imunidade recíproca disposta no art. 150, VI, “a”, da CF/88. É característica básica da imunidade ontológica a qualidade de ser clausula pétrea. Já a imunidade política deve ser reconhecida expressamente pelo texto constitucional, eis que não decorre necessariamente de princípio constitucional fundamental, podendo, portanto, ser alterado pelo exercício do poder constituinte derivado. Por exemplo, a imunidade referente aos impostos incidentes sobre operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária (art. 184, §5°).

A terceira classificação considera o alcance das normas constitucionais imunizantes. A imunidade geral é dirigida a todos os entes federativos e alcançam os impostos de forma genérica, estando prevista no art. 150, VI, da CF/88. A imunidade tópica ou específicase dirige a um único tributo, podendo ser, por exemplo, um imposto ou uma taxa, tais como o IPI que não pode incidir sobre a exportação de produtos industrializados (art. 153, §3°, III, da CF/88) e a taxa que não pode incidir na obtenção de certidões em repartições públicas, para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal (art. 5°, XXXIV, “b”, da CF/88).

A quarta classificação considera a existência ou não de autorização na norma constitucional imunizante para que as normas infraconstitucionais fixem requisitos para a concessão da imunidade. Neste sentido, a imunidade condicionada é aquela que depende da observância de requisitos legais para a sua implementação. Por exemplo, a imunidade estabelecida para as instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, que devem atender os requisitos da lei, de acordo com o art. 150, VI, “c”, da CF/88. Por outro lado, a imunidade incondicionada independe de qualquer condição estabelecida pela legislação infraconstitucional para operar sua eficácia plena e aplicabilidade imediata. Por exemplo, a imunidade recíproca (CF, art. 150, VI, “a”).

A quinta classificação considera o texto expresso ou não da norma constitucional. A imunidade explícita está expressamente prevista no texto constitucional, tal como as dispostas nas alíneas “a” a “d”, do inc. VI, do art. 150. A imunidade implícita decorre da interpretação sistemática do texto constitucional, tal como a

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imunidade que garante o mínimo existencial, que são as condições mínimas para a sobrevivência digna do ser humano.

20. (AFTN/96) Quanto às imunidades tributárias, é procedente afirmar que: a) são reguladas exclusivamente mediante lei ordinária federal. b) não se aplicam às taxas e contribuições sociais. c) podem ser instituídas por intermédio de lei complementar. d) são extensivas aos partidos políticos, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados ou não às suas atividades essenciais. e) são normas constitucionais que colaboram no desenho das competências impositivas.

A letra “a” é incorreta, uma vez que as imunidades tributárias são instituídas pela CF/88 e podem ser reguladas pela lei complementar, que cabe regular as limitações constitucionais ao poder de tributar (imunidades tributárias e princípios constitucionais tributários), segundo o art. 146, II, da CF/88.

A letra “b” é incorreta, pois as imunidades tributárias também se aplicam as taxas e contribuições sociais. São as chamadas imunidades tópicas. Por exemplo, são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: (a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; (b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal (art. 5°, XXXIV, CF). Noutro exemplo, a contribuição previdenciária não incide sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social (art. 195, II, CF).

A letra “c” é incorreta, eis que as imunidades tributárias são

instituídas pelo texto constitucional

A letra “d” é incorreta, uma vez que a imunidade tributária concernente aos impostos é extensiva aos partidos políticos, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados às suas atividades essenciais, conforme §4° do art. 150 da CF/88.

Nesse rumo, a resposta é a letra “e”, pois realmente as imunidades são normas constitucionais que colaboram no desenho

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das competências impositivas, uma vez que impedem a incidência tributária.

21. (AFTN/94) Sobre as imunidades tributárias, podemos afirmar que a) não se aplicam às taxas e aos impostos sobre o comércio exterior. b) podem ser instituídas por intermédio de lei complementar. c) são extensivas às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados ou não a suas finalidades essenciais. d) impossibilitam sejam previstos fatos geradores da obrigação tributária para os casos por ela abrangidos. e) são hipóteses de não-incidência legalmente qualificada.

A letra “a” é incorreta, uma vez que as imunidades tributárias se aplicam também às taxas e aos impostos sobre o comércio exterior (II e IE).

A letra “b” é incorreta, eis que as imunidades tributárias só podem ser instituídas pelo texto constitucional.

A letra “c” é incorreta, uma vez que a imunidade tributária concernente aos impostos é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes, de acordo com o §2° do art. 150 da CF/88.

Por sua vez, as imunidades tributárias impossibilitam que sejam previstos fatos geradores da obrigação tributária para os casos por ela abrangidos, eis que falta competência tributária para os entes federativos no caso. Logo, a resposta é a letra “d”.

A letra “e” é incorreta, pois a imunidade tributária é hipótese de não-incidência constitucionalmente qualificada.

22. (TRF/2002.2) Assinale a opção correta. a) As empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias gozarão dos privilégios tributários estabelecidos em lei complementar.

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b) As empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias gozarão dos privilégios fiscais estabelecidos em lei complementar. c) As empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias gozarão dos privilégios tributários estabelecidos em lei, desde que extensivos às do setor privado. d) As autarquias federais, municipais e estaduais gozam de imunidade quanto aos tributos dos outros entes políticos em decorrência da imunidade recíproca. e) O regime jurídico tributário das empresas públicas e das sociedades de economia mista que explorem atividade econômica de produção ou de comercialização de bens é estabelecido em norma complementar da legislação tributária.

A questão cobra o art. 173, §2°, da CF/88, dispondo que “as empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado”. Portanto, se as empresas do setor privado gozam de privilégios fiscais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista também poderão gozar dos mesmos privilégios, obedecendo-se o princípio da isonomia.

E também cobra o art. 173, §1°, II, afirmando que a lei (não necessariamente lei complementar) estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários.

Portanto, a resposta é a letra “c”.

23. (AFRFB/2005) No tocante às imunidades tributárias conferidas às instituições de assistência social sem fins lucrativos, só uma afirmação não pode ser feita: a) É subordinada, entre outros, ao requisito de que apliquem integralmente no País os seus recursos na manutenção de seus objetivos institucionais, ou de outros que com estes guardem semelhança.

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b) Somente alcançam as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários. c) Não excluem a atribuição, por lei, às instituições de assistência social, da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte. d) Não dispensa tais entidades do cumprimento de obrigações tributárias acessórias, como a de manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. e) Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a tais instituições, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.

É letra “a”, porque o CTN dispõe “aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais” (art. 14, II) e não tem qualquer referência a parte final do que está expresso nesta letra (“ou de outros que com estes guardem semelhança”).

A letra “b” é correta, de acordo com a súmula 730 do STF.

As letras “c” e “d” são corretas, segundo o art. 9°, §1°, c/c art. 14, III, do CTN.

A letra “e” é correta, de acordo com a súmula 724 do STF.

24. (ATN/Recife/2003) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos. No entanto, de acordo com o Código Tributário Nacional, tal imunidade tributária é subordinada à observância, pelas referidas instituições, do seguinte requisito, entre outros: a) aplicarem integralmente, no Brasil ou em suas controladas no exterior, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais. b) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título. c) no caso de instituições de educação, oferecerem gratuitamente pelo menos 50% das vagas de seus cursos regulares a alunos carentes.

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d) não remunerarem seus empregados com salários superiores aos pagos por empresas públicas, em se tratando de cargos de iguais atribuições. e) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de lucro ou participação no seu resultado.

O art. 14 do CTN estabelece os seguintes requisitos: (i) não distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; (ii) aplicar integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais e (iii) manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar a sua exatidão. Portanto, a resposta é a letra “b”.

25. (AFTE/RN/2004) Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a resposta correta. ( ) A imunidade tributária conferida pela Constituição Federal a instituições de assistência social sem fins lucrativos somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários. ( ) É permitido à União exigir imposto sobre a renda auferida por Municípios que provenha de aluguel de imóveis a eles pertencentes. ( ) O imóvel pertencente a entidade sindical de trabalhadores, ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU), desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tal entidade. a) V, V, V. b) V, V, F. c) V, F, V. d) F, F, V. e) F, V, F.

A imunidade tributária conferida pela Constituição Federal a instituições de assistência social sem fins lucrativos somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários, segundo a súmula 730 do STF.

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Não é permitido à União exigir IR auferida por Municípios que provenha de aluguel de imóveis a eles pertencentes, eis que esta renda está abrangida pela imunidade recíproca disposta no art. 150, VI, “a”, da CF/88.

O imóvel pertencente a entidade sindical de trabalhadores, ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU), desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tal entidade, de acordo com a súmula 724 do STF.

Portanto, é a letra “c” (V, F, V).

26. (Procurador do TCE/GO/2007) Entre as afirmativas abaixo, relativas à imunidade e isenções tributárias, assinale a correta. a) Os partidos políticos são entidades imunes, benefício que não se estende às suas fundações. b) A imunidade de entidade educacional sem fins lucrativos não é extensiva aos aluguéis de apartamento de sua propriedade revertidos às suas finalidades institucionais. c) A imunidade tributária incidente sobre livros só é extensível ao papel nele utilizado se a obra tiver fins didático-educacionais. d) A isenção por prazo certo e em função de determinadas condições atendidas pelo sujeito passivo gera direito adquirido. e) A empresa pública Caixa Econômica Federal, que exerce atividade econômica, é abrangida pela imunidade tributária recíproca, não se sujeitando ao pagamento de imposto sobre propriedade de veículos automotores incidentes sobre seus carros.

A letra “a” é incorreta, pois os partidos políticos são entidades imunes, benefício que se estende às suas fundações, conforme art. 150, VI, “c”, da CF/88.

A letra “b” é incorreta, pois a imunidade de entidade educacional sem fins lucrativos é extensiva aos aluguéis de apartamento de sua propriedade revertidos às suas finalidades institucionais, de acordo com súmula 724 do STF.

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A letra “c” é incorreta, pois segundo jurisprudência do STF o poder constituinte, “ao instituir esta benesse, não fez ressalvas quanto ao valor artístico ou didático, à relevância das informações divulgadas ou à qualidade cultural de uma publicação. Não cabe ao aplicador da norma constitucional em tela afastar este benefício fiscal instituído para proteger direito tão importante ao exercício da democracia, por força de um juízo subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico de uma publicação destinada ao público infanto-juvenil.” (RE 221.239, Rel. Min. Ellen Gracie, DJ de 6-8-04; RE 179.893, Rel. Min. Menezes Direito, DJE de 30-5-08).

Por outro lado, a letra “d” é correta, uma vez que a isenção por prazo certo e em função de determinadas condições atendidas pelo sujeito passivo gera direito adquirido. De acordo com o art. 178 do CTN, as isenções podem revogadas a qualquer tempo, salvo as isenções condicionais (onerosas) e por prazo certo. Assim, conforme o entendimento sumulado 544 do STF: “Isenção tributária concedida sob condição onerosa não pode ser livremente suprimida”.

A letra “e” é incorreta, pois a empresa pública Caixa Econômica Federal exerce atividade econômica, não estando abrangida pela imunidade tributária recíproca, sujeitando-se ao pagamento de imposto sobre propriedade de veículos automotores incidentes sobre seus carros, conforme §3°, do art. 150, da CF/88.

27. (AFRF/2003) · Entidade fechada de previdência privada, que só confere benefícios aos seus filiados desde que eles recolham as contribuições pactuadas, goza de imunidade tributária? · Segundo entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, filmes fotográficos destinados à composição de livros, jornais e periódicos estão abrangidos por imunidade tributária? · A Constituição Federal veda a instituição de contribuição social para a seguridade social sobre o lucro auferido por pessoas jurídicas, que decorra de comercialização de livros, jornais, periódicos e papel destinado a sua impressão? a) Não, sim, não. b) Não, não, sim. c) Não, não, não. d) Sim, sim, não. e) Sim, não, sim.

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Entidade fechada de previdência privada, que só confere benefícios aos seus filiados desde que eles recolham as contribuições pactuadas, não goza de imunidade tributária, segundo a súmula 730 do STF.

Segundo entendimento firmado pelo STF, filmes fotográficos destinados à composição de livros, jornais e periódicos estão abrangidos por imunidade tributária, de acordo com a súmula 657 do STF.

A Constituição Federal não veda a instituição de contribuição social para a seguridade social sobre o lucro auferido por pessoas jurídicas, que decorra de comercialização de livros, jornais, periódicos e papel destinado a sua impressão. Lembre que a imunidade cultural (art. 150, VI, “d”) é objetiva ou real, referindo-se apenas aos impostos sobre livros, jornais, periódicos e papel destinado a sua impressão.

Logo, a questão é a letra “a” (Não, sim, não).

28. (AFTN/94) A Constituição da República prevê que sobre a energia elétrica podem incidir somente a) dois impostos. b) três impostos. c) os impostos de importação e de exportação. d) imposto único sobre energia elétrica. e) impostos estaduais e municipais.

A questão é letra “b”, porque à exceção do II, IE e ICMS, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País, de acordo com o art. 155, §3°, da CF/88.

29. (AFTN/94) Quando atendam os requisitos estabelecidos na lei, não podem ser cobrados impostos que incidam sobre a renda, serviços e patrimônio, bem como a contribuição para a seguridade social, das seguintes espécies de entidades: a) partidos políticos. b) instituições beneficentes de educação. c) fundações dos partidos políticos.

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d) instituições beneficentes de assistência social. e) entidades sindicais dos trabalhadores.

A questão é letra “d”, segundo expressamente disposto no art. 150, VI, “c” c/c §7°, do art. 195 da CF/88, a saber: (i) é vedado (proibição) criar impostos sobre patrimônio, renda ou serviços das instituições de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei (art. 150, VI, “c”); (ii) são isentas (diga-se tecnicamente imune) de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei (art. 195, §7°).

Ressalta-se que a imunidade tem sede na CF/88, materializando uma dispensa constitucional de pagamento de tributo. Sendo assim, há dispositivos constitucionais que transmitem o teor de “falsas” isenções, representando nítidas “imunidades”, existindo equívoco por parte do legislador constitucional. Por exemplo, o citado art. 195, §7°, da CF.

30. (ISS/RJ/2010) Sobre as limitações constitucionais ao poder de tributar, é correto afirmar que: a) apenas mediante lei é possível instituir ou aumentar tributo. b) nos tributos de competência da União, não se admitem discriminações regionais ou locais com relação aos mesmos fatos geradores ou bases de cálculo. c) as fundações públicas instituídas pela União são imunes de impostos estaduais. d) a imunidade recíproca de impostos entre os entes da federação brasileira abrange todas as rendas de todos eles, salvo se decorrentes de ganhos em aplicações financeiras. e) inclusive conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a imunidade dos “templos de qualquer culto” tem interpretação ampla e finalística.

Letra (A). O art. 150, I, da CF, dispõe sobre o princípio da legalidade tributária, que afirma que não pode exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Todavia, há uma flexibilização, por exemplo, com o art. 153, §1°, da CF, prescrevendo que é facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas do imposto de importação (II), imposto de exportação (IE), imposto sobre produtos industrializados (IPI) e o imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a

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títulos ou valores mobiliários (IOF). Assim sendo, o termo “apenas” torna a alternativa incorreta.

Letra (B). O art. 151, I, da CF, permite a União conceder incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País. Ou seja, a União pode tributar de forma diferente as diversas regiões do Brasil, desde que seja para a promoção do equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico do País. Por exemplo, em princípio, a tributação dos impostos da União pode ser mais gravosa nas regiões mais ricas e menos gravosas nas regiões mais pobres. Logo, incorreta.

Letra (C). Segundo os termos literais do § 2°, do art. 150, da CF, a imunidade recíproca abarca as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. Noutro ponto, segundo o entendimento dominante, a imunidade recíproca não abrange o ICMS, ou seja, não são todos os impostos estaduais. Neste sentido, a jurisprudência do STF firmou-se no sentido de que a imunidade recíproca somente se aplica a imposto incidente sobre serviço, patrimônio ou renda do próprio Município (AI 671.412-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJE de 25-4-2008; AI 518.325-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010; AI 634.050-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJE de 14-8-2009). Logo, incorreta.

Letra (D). A imunidade recíproca de impostos entre os entes da federação brasileira alcança as rendas decorrentes de ganhos em aplicações financeiras. Neste sentido, segundo o STF, a garantia constitucional da imunidade recíproca impede a incidência de tributos sobre o patrimônio e a renda dos entes federados, inclusive os valores investidos e a renda auferida pelo membro da federação (AI 174.808-AgR, Rel. Min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ de 01-07-1996). Logo, incorreta.

Letra (E). Segundo o STF, a imunidade dos “templos de qualquer culto” tem interpretação ampla e finalística (RE 578.562, Rel. Min. Eros Grau, Plenário, DJE de 12-9-2008; AI 690.712-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJE de 14-8-2009). Logo, correta.

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31. (ISS/RJ/2010) O princípio da isonomia tributária, previsto no art. 150, inciso II, da Constituição, proíbe o tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente. Entretanto, tal princípio exige a sua leitura em harmonia com os demais princípios constitucionais. Destarte, pode-se concluir, exceto, que: a) em matéria tributária, as distinções podem se dar em função da capacidade contributiva ou por razões extrafiscais que estejam alicerçadas no interesse público. b) relativamente às microempresas e empresas de pequeno porte, a Constituição prevê que lhes seja dado tratamento diferenciado e favorecido, por lei complementar, inclusive com regimes especiais ou simplificados. c) a sobrecarga imposta aos bancos comerciais e às entidades financeiras, no tocante à contribuição previdenciária sobre a folha de salários, não fere o princípio da isonomia tributária, ante a expressa previsão constitucional. d) determinado segmento econômico prejudicado por crise internacional que tenha fortemente atingido o setor não permite tratamento tributário diferenciado sem ofensa ao princípio da isonomia. e) a proibição de importação de veículos usados não configura afronta ao princípio da isonomia.

Segundo a doutrina, pode-se distinguir em dois sentidos a igualdade tributária: (a) igualdade no sentido jurídico, que exige igual regime fiscal a contribuintes que estejam em idênticas situações; (b) igualdade no sentido econômico, que significa dever de contribuir em igual medida, com a graduação dos impostos de acordo com a capacidade contributiva dos indivíduos.

Acrescenta-se, neste ponto, a relativização e a não ofensa da igualdade tributária por motivos extrafiscais, no sentido de proteção de interesse constitucionalmente protegido. Por exemplo, na tributação ambiental, que visa a proteção dos recursos ambientais e a diminuição da poluição ambiental, o que necessariamente não desobedece ao princípio da igualdade.

Letra (A). Sem ferir a igualdade, é verdade dizer que as distinções podem acontecer em função da capacidade contributiva ou por razões extrafiscais que estejam alicerçadas no interesse público. Neste sentido, por exemplo, o STF entende que não há ofensa ao

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princípio da isonomia tributária se a lei, por motivos extrafiscais, imprime tratamento desigual a contribuintes de capacidade contributiva distinta (ADI 1.643, Rel. Min. Maurício Corrêa, Plenário, DJ de 14-3-2003). Logo, correta.

Letra (B). O art. 146, “d”, parágrafo único, I a IV, da CF, permite tratamento diferenciado e favorecido, por lei complementar, às microempresas e empresas de pequeno porte, inclusive com regimes especiais ou simplificados. Logo, correta.

Letra (C). O § 9º no art. 195 do texto constitucional autoriza a

sobrecarga imposta aos bancos comerciais e às entidades financeiras, no tocante à contribuição previdenciária sobre a folha de salários. Portanto, segundo interpretação do STF, não fere, à primeira vista, o princípio da isonomia tributária, ante a expressa previsão constitucional (AC 1.109-MC, Rel. p/ o ac. Min. Ayres Britto, Plenário, DJ de 19-10-2007). Logo, correta.

Letra (D). Em face da proteção a igualdade tributária no sentido econômico, é possível o tratamento tributário diferenciado de determinado segmento econômico prejudicado por crise internacional que tenha fortemente atingido o setor. Logo, incorreta.

Letra (E). Segundo o STF, a proibição de importação de veículos usados não desobedece ao princípio da isonomia. Neste sentido, o STF firmou o entendimento de que é “inaceitável a orientação no sentido de que a vedação da importação de automóveis usados afronte o princípio constitucional da isonomia, sob a alegação de atuar contra as pessoas de menor capacidade econômica, porquanto, além de não haver a propalada discriminação, a diferença de tratamento é consentânea com os interesses fazendários nacionais que o artigo 237 da Constituição Federal teve em mira proteger, ao investir as autoridades do Ministério da Fazenda no poder de fiscalizar e controlar o comércio exterior” (RE 221061/CE, DJ 29-05-1998; RE 215228/CE, DJ 19-12-1997). Logo, correta.

32. (ESAF/APO/União/2010) De acordo com a Constituição Federal, não se pode cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. Trata-se do princípio da anterioridade tributária. Entretanto, a própria Constituição estabelece que ato do Poder Executivo pode

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elevar alíquotas de determinados tributos, como, por exemplo: a) Imposto sobre a renda, imposto sobre produtos industrializados e contribuição social sobre o lucro líquido. b) Imposto sobre produtos industrializados, contribuição de intervenção no domínio econômico sobre combustíveis e imposto sobre importações. c) Imposto sobre importações, imposto sobre exportações e imposto sobre a renda. d) Imposto sobre importações, imposto sobre a renda e imposto sobre produtos industrializados. e) Contribuição de intervenção no domínio econômico sobre combustíveis, imposto sobre a renda e imposto sobre exportações.

O enunciado da questão tem um erro “grotesco”, pois afirma que o princípio da anterioridade estabelece que não se pode cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado (art. 150, III, “a”, CF). Na verdade, trata-se do princípio da irretroatividade e não da anterioridade tributária.

Por sua vez, a questão cobra as exceções ou mitigações ao princípio da legalidade tributária.

Decerto, esclarece-se que existem tributos que poderão ter suas alíquotas majoradas ou reduzidas por ato do Poder Executivo federal, por meio de decreto, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, a saber: imposto de importação (II); imposto de exportação (IE); imposto sobre produtos industrializados (IPI); impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF). É o que dispõe o art. 153, §1º, da CF.

Quanto a CIDE – Combustíveis (art. 177, §4°, I alínea “b”, da CF) e o ICMS – Combustíveis e Lubrificantes (art. 155, §4°, IV, da CF), as alíquotas poderão somente ser reduzidas e restabelecidas, ou seja, o Poder Executivo reduz a alíquota e, uma vez reduzida, pode restabelecê-la, tendo, como teto, a alíquota, prevista anteriormente em lei.

Poder Executivo Federal (competência para alterar a alíquota)Imposto de importação de produtos estrangeiros (II)

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Imposto de importação de produtos estrangeiros (II) Imposto de exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou

nacionalizados (IE) Imposto sobre produtos industrializados (IPI)

Impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF)

Restabelecimento da alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - Petróleo e seus derivados, gás natural e seus

derivados e álcool combustível (CIDE – Combustíveis)

Poder Executivo (alíquotas definidas nacionalmente por convênio)

ICMS – Combustíveis e Lubrificantes

Poder Executivo (benefícios fiscais definidos nacionalmente por convênio)

ICMS

Deste modo, vamos analisar as alternativas.

Letra (A). O imposto sobre a renda (IR) e contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) não são exceções ao princípio da legalidade tributária. Logo, incorreta.

Letra (B). O imposto sobre produtos industrializados (IPI), a contribuição de intervenção no domínio econômico sobre combustíveis (CIDE – Combustíveis) e o imposto sobre importações (II) são exemplos concretos de mitigação do princípio da legalidade tributária. Logo, correta.

Letras (C), (D) e (E). O imposto sobre a renda (IR) não é exceção ao princípio da legalidade tributária. Portanto, incorretas as alternativas.

33. (ESAF/APO/União/2008) A competência tributária, assim entendida como o poder que os entes políticos – União, Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios – têm para instituir tributos, não é ilimitada. Ao contrário, encontra limites na Constituição Federal, entre os quais destacamos o princípio da legalidade tributária, segundo o qual nenhum tributo poderá ser instituído ou majorado a não ser por lei. Porém, a própria Constituição Federal

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excetua da obrigatoriedade de ser majorados por lei (podendo sê-lo por ato do Poder Executivo) alguns tributos. São exemplos desses tributos: a) imposto sobre renda e proventos / imposto sobre importação de produtos estrangeiros / contribuição para o PIS/PASEP. b) imposto sobre produtos industrializados / CIDE combustível / contribuição para o PIS/PASEP. c) imposto sobre importação de produtos estrangeiros / imposto sobre exportação de produtos nacionais ou nacionalizados / imposto sobre renda e proventos. d) CIDE combustível / imposto sobre produtos industrializados / imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguros. e) contribuição para o PIS/PASEP / imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguros/ imposto sobre produtos industrializados.

Letra (A). O imposto sobre a renda (IR) e a contribuição para o PIS/PASEP não são exceções ao princípio da legalidade tributária. Logo, incorreta.

Letras (B) e (E). A contribuição para o PIS/PASEP não é exemplo de mitigação do princípio da legalidade tributária. Logo, incorretas.

Letra (C). O imposto sobre a renda não é exceção ao princípio da legalidade tributária. Portanto, incorretas as alternativas.

Letra (D). A CIDE-combustível, o IPI e o IOF são exceções. Logo, correta.

34. (Analista Jurídico/2007/CE) O princípio constitucional da legalidade preceitua que a instituição ou a majoração de tributos deverá ser estabelecida por lei. Com relação à majoração de alíquotas, porém, a própria Constituição Federal prevê que alguns tributos poderão tê-la por meio de decreto presidencial. Entre estes, não se inclui: a) Imposto de Importação. b) Imposto Territorial Rural. c) Imposto sobre Operações Financeiras. d) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Sobre Combustíveis.

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e) Imposto Sobre Produtos Industrializados.

Segundo o art. 153, §1º, da CF, atendida as condições e os limites legais, o decreto presidencial poderá majorar o imposto de importação (II); imposto de exportação (IE); imposto sobre produtos industrializados (IPI); impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF). No que se refere a CIDE – Combustíveis (art. 177, §4°, I alínea “b”, da CF), o decreto presidencial poderá reduzir e restabelecer a alíquota.

Portanto, a resposta é a letra “b” (ITR).

35. (AFRFB/2005) Ainda que atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, é vedado ao Poder Executivo alterar as alíquotas do imposto sobre a) importação de produtos estrangeiros. b) exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados. c) propriedade territorial rural. d) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários. e) produtos industrializados.

Ainda que atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, o Poder Executivo poderá alterar as alíquotas do II, IE, IPI e IOF (art. 153, §1º, CF).

Portanto, a resposta é a letra “c” (ITR).

36. (Analista Contábil-Financeiro/2007/CE) O princípio constitucional da anterioridade, corolário da segurança jurídica, estabelece que os entes tributantes – União, Estados, Distrito Federal e Municípios – não poderão exigir tributo no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que o tenha instituído ou aumentado. No tocante à possibilidade de majoração de tributos no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que os tenha aumentado, porém, a própria Constituição Federal estabeleceu algumas exceções. Entre os itens a seguir, assinale aquele que não constitui exceção ao referido princípio. a) Imposto sobre produtos industrializados.

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b) Contribuição de intervenção no domínio econômico, cobrada sobre combustíveis. c) Imposto de exportação. d) Empréstimo compulsório para despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública. e) Empréstimo compulsório para despesas de investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional.

A questão se refere a anterioridade genérica ou anual, que é a proibição do poder estatal fiscal cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que tenha instituído ou majorado o tributo. Portanto, todos os tributos devem observar a anterioridade, porque a regra é a observância ao princípio.

Entretanto, por motivos de política econômica ou de urgência, o princípio da anterioridade anual, segundo a CF, não se aplica ao empréstimo compulsório para atender despesas de calamidade pública ou despesas decorrentes de guerra externa (art. 148, I), ao imposto de importação de produtos estrangeiros (II – art. 153, I), ao imposto de exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE – art. 153, II), ao imposto sobre produtos industrializados (IPI – art. 153, IV), ao imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF – art. 153, V), ao imposto extraordinário por motivo de guerra externa (IEG – art. 154, II), e as contribuições para a seguridade social (art. 195, §6°).

Do mesmo modo, existem mais duas importantes normas que atenuam a aplicação da anterioridade anual, que são as seguintes: (i) o imposto sobre circulação de mercadorias incidente em etapa única sobre combustíveis e lubrificantes (ICMS – Combustíveis) que pode ter suas alíquotas reduzidas e restabelecidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal; e a (ii) alíquota da contribuição de intervenção no domínio econômico relativas à importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível (CIDE – Combustíveis) que poderá ser reduzida e restabelecida por ato de competência do Poder Executivo Federal.

Com efeito, nestes dois últimos casos criados pela EC n.° 33/2001, deve-se afirmar que a interpretação é que o Poder Executivo poderá reduzir e restabelecer a alíquota do ICMS – Combustíveis e da CIDE – Combustíveis, mas não poderá ultrapassar

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o teto da alíquota prevista anteriormente a redução e que não se deve observar o princípio da anterioridade.

Assim, a tabela das exceções ao princípio da anterioridade é a que segue. Importante: se é exceção é porque não deve observar o princípio.

Anterioridade anual

II IE IPI IOF

Imposto extraordinário por motivo de guerra

externa (IEG) Empréstimo

compulsório por motivo de guerra

externa ou de calamidade pública Restabelecimento de alíquotas do

ICMS – Combustíveis e da

CIDE – Combustíveis

Contribuições para a seguridade social

Portanto, a resposta é a letra “e”, que é o empréstimo compulsório para despesas de investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional.

37. (Auditor Fiscal/Natal/2008) O Governador do Estado de Minas Gerais fez publicar, em 6 de novembro de 2007, em atenção às Constituições Estadual e Federal, medida provisória visando à majoração de imposto estadual. A norma entrou em vigor na data de sua publicação. O Poder Legislativo Estadual, porém, somente converteu a medida provisória em lei no dia 20 de fevereiro de 2008. Em

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face da situação hipotética e considerando os parâmetros de vigência e aplicação da legislação tributária, aponte em que data o aumento poderá ser efetivamente cobrado. a) 1º de janeiro de 2008. b) 4 de fevereiro de 2008. c) 20 de maio de 2008. d) 1º de janeiro de 2009. e) 31 de março de 2009.

De início, anota-se que, segundo entendimento do STF, é possível a edição de medida provisória (MP) por Governador do Estado desde que haja previsão na Constituição Estadual e haja estrita observância dos princípios e limitações impostos pelo modelo federal estabelecido no art. 62 da CF (ADI 2.391, DJ de 16-3-2007, ADI 425, DJ de 19-12-2003).

Deste modo, o art. 62, §2°, da CF, dispõe que MP que implique instituição ou majoração de impostos só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte (anterioridade genérica) se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada, exceto nos casos do imposto de importação (II), imposto de exportação (IE), imposto sobre produtos industrializados (IPI), imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) e o imposto extraordinário de guerra (IEG).

Ou seja, não há qualquer exceção aos impostos de competência estadual (ITCMD, ICMS e IPVA). Portanto, se a MP do Estado de Minas Gerais majorou um imposto estadual, entrou em vigor em 6 de novembro de 2007 e foi convertida em lei no dia 20 de fevereiro de 2008, apenas produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte ao da sua conversão (1º de janeiro de 2009).

Logo, a resposta é a letra “d”.

38. (Auditor Fiscal/2005/MG) Assinale a opção correta. O princípio segundo o qual é vedado cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado (art. 150,III, ‘a’ da CRFB/88) é o da: a) anterioridade. b) irretroatividade. c) anualidade.

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d) imunidade recíproca. e) legalidade.

O princípio da irretroatividade é que veda cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. Logo, a resposta é a letra “b”.

O princípio anterioridade genérica estabelece que a norma jurídica criadora ou majoradora do tributo apenas irá incidir sobre os fatos jurídicos ocorridos no exercício financeiro subseqüente ao de sua publicação (art. 150, III, “b”, CF). Logo, incorreta a letra “a”.

O princípio da anualidade tributária estabelece que para criação ou majoração de tributo é necessária a prévia autorização em lei orçamentária. Tal princípio não é mais vigente no ordenamento jurídico atual, segundo doutrina amplamente majoritário. Logo, incorreta a letra “c”.

A imunidade recíproca é a proibição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios de instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros (art. 150, VI, “a”, CF). Logo, incorreta a letra “d”.

O princípio da legalidade, segundo o art. 150, I, da CF, dispõe que os tributos devem ser criados ou aumentados por lei prévia, buscando excluir o arbítrio do poder estatal. Logo, incorreta a letra “e”.

39. (ESAF/PFN/2007.2) Das formulações abaixo, assinale a que não se inclui entre os conteúdos normativos que a Constituição considera, relaciona e tipifica, na Seção II, do Capítulo I, do seu Título VI, como “Limitações do Poder de Tributar”. a) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. b) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. c) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir isenções de tributos da competência da União, bem como da competência de uns e outros.

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d) A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. e) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

De início, registra-se que o examinador requer do candidato o conhecimento dos artigos constitucionais dispostos na Seção II, do Capítulo I, do Título VI, da CF, estabelecido como “Limitações do Poder de Tributar”. Ou seja, o examinador requer do candidato o conhecimento do disposto explicitamente nos arts. 150 a 152 da CF.

Letra (A). Segundo o art. 150, I, da CF, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Logo, correta.

Letra (B). Conforme o art. 150, VI, “a”, da CF, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. Logo, correta.

Letra (C). Segundo o art. 151, III, da CF, é vedado à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Logo, incorreta, por falta de tipificação expressa na Seção II, do Capítulo I, do Título VI, da CF.

Letra (D). De acordo com o art. 150, §5°, da CF, a lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. Logo, correta.

Letra (E). Segundo o art. 152, da CF, é vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. Logo, correta.

40. (ESAF/ATRFB/2010) A Constituição Federal, entre outras limitações ao poder de tributar, estabelece a isonomia, vale dizer, veda o tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente. Sobre a isonomia, é correto afirmar que:

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a) diante da regra mencionada, o tratamento tributário diferenciado dado às microempresas e empresas de pequeno porte, por exemplo, deve ser considerado inconstitucional. b) não se permite a distinção, para fins tributários, entre empresas comerciais e prestadoras de serviços, bem como entre diferentes ramos da economia. c) para que um tratamento tributário diferenciado (isenção, por exemplo) seja justificado, não é necessário haver correlação lógica entre este e o elemento de discriminação tributária. d) em razão do princípio constitucional da isonomia, não deve ser diferenciado, por meio de isenções ou incidência tributária menos gravosa, o tratamento de situações que não revelem capacidade contributiva ou que mereçam um tratamento fiscal ajustado à sua menor expressão econômica. e) a isenção, como causa de exclusão do crédito tributário, é, por sua própria natureza, fator de desigualação e discriminação entre pessoas, coisas e situações. Nem por isso, no entanto, as isenções são inconstitucionais, desde que reste demonstrado que se teve em mira o interesse ou a conveniência pública na aplicação da regra da capacidade contributiva ou no incentivo de determinadas atividades de interesse do Estado.

A questão exige conhecimento das decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o princípio da igualdade.

Letra (A). Segundo o STF, não há ofensa a isonomia tributária se a lei, por motivos extrafiscais, imprime tratamento desigual a microempresas e empresas de pequeno porte de capacidade contributiva distinta, afastando, por exemplo, do regime do Simples aquelas cujos sócios têm condição de disputar o mercado de trabalho sem assistência do Estado (ADI 1.643). Logo, incorreta.

Letra (B). O STF permite a distinção, para fins tributários, entre empresas comerciais e prestadoras de serviços, bem como entre diferentes ramos da economia. Por exemplo, a sobrecarga imposta aos bancos comerciais e às entidades financeiras, no tocante à contribuição previdenciária sobre a folha de salários, não fere o princípio da isonomia tributária, ante a expressa previsão constitucional (§ 9º do art. 195; AC 1.109-MC). Logo, incorreta.

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Letra (C). É necessário haver correlação lógica entre o tratamento tributário diferenciado e o elemento de discriminação tributária, para que se fundamente a isenção ou qualquer outro tipo de discriminação tributária. Portanto, incorreta.

Letra (D). Em razão da isonomia, deve ser diferenciado, por meio de isenções ou incidência tributária menos gravosa, o tratamento de situações que não revelem capacidade contributiva ou que mereçam um tratamento fiscal ajustado à sua menor expressão econômica. É a concretização da isonomia com base na capacidade contributiva. Por exemplo, obedece ao princípio da isonomia o diploma legal que estabelece valores específicos para cada faixa de contribuintes, sendo estes fixados segundo a capacidade contributiva de cada profissional (ADI 453). Logo, incorreta.

Letra (E). Segundo o STF, a isenção traduz ato discricionário que, fundado em juízo de conveniência e oportunidade do Poder Público, destina-se, a partir de critérios racionais, lógicos e impessoais estabelecidos de modo legítimo em norma legal, a implementar objetivos estatais qualificados pela extrafiscalidade (AI 142.348-AgR). Logo, correta.

41. (APOF/SP/2009) O princípio da capacidade contributiva: a) não se aplica às penalidades tributárias. b) aplica-se somente às contribuições. c) aplica-se somente aos impostos. d) aplica-se indistintamente a todas as espécies tributárias. e) é atendido pela progressividade dos impostos reais.

Apesar da literalidade do art. 145, §1°, da CF, que dispõe sobre a aplicação da capacidade contributiva apenas aos impostos, a jurisprudência do STF firmou orientação no sentido da aplicação às taxas, especialmente quando fato gerador é o exercício do poder de polícia como fato gerador (RE 216.259-AgR, RE 177.835). Logo, incorretas as letras “b” e “c”.

No que diz respeito a contribuição social do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei (art. 195, I, “a”, “b” e “c”), a CF também deixou caminho aberto para aplicação da capacidade contributiva, pois tais contribuições poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade

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econômica, da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho.

Por outro lado, segundo interpretação STF anterior a EC n.° 29/2000, no sistema tributário nacional, não é admitida a progressividade fiscal do IPTU, com base exclusivamente no artigo 145, § 1º, da CF, porque esse imposto tem caráter real que é incompatível com a progressividade decorrente da capacidade econômica do contribuinte (RE 153.771, julgamento em 20/11/96). Decerto, conforme tal entendimento antigo do STF, a capacidade contributiva não possui relevante significado para o IPTU, podendo ser atendida com a proporcionalidade da alíquota (percentual constante). Logo, incorretas as letras “d” e “e”.

Assim sendo, o entendimento da ESAF nesta questão foi que a capacidade contributiva não se aplica as multas tributárias, em face da ausência explícita de previsão constitucional nesse sentido. Este é um entendimento doutrinário. Logo, a resposta é a letra “a”. Ressalta-se que segundo o STF o princípio do não-confisco se aplicaas multas tributárias. Portanto, não se confunda no momento da sua prova.

42. (ESAF/AFRFB/2010) Entre as limitações constitucionais ao poder de tributar, que constituem garantias dos contribuintes em relação ao fisco, é incorreto afirmar que: a) os impostos sobre o patrimônio podem ser confiscatórios, quando considerados em sua perspectiva estática. b) uma alíquota do imposto sobre produtos industrializados de 150%, por exemplo, não significa necessariamente confisco. c) o imposto de transmissão causa mortis, na sua perspectiva dinâmica, pode ser confiscatório. d) o princípio do não-confisco ajuda a dimensionar o alcance do princípio da progressividade, já que exige equilíbrio, moderação e medida na quantificação dos tributos. e) a identificação do efeito confiscatório não deve ser feita em função da totalidade da carga tributária, mas sim em cada tributo isoladamente.

Letras (A e C). Segundo entendimento doutrinário (Aires F. Barreto, ISS na Constituição e na Lei, São Paulo: Dialética, 2003, pp. 21-22), os impostos sobre o patrimônio podem ser confiscatórios,

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quer considerados em sua perspectiva estática (propriedade imobiliária– IPTU e ITR), quer em sua perspectiva dinâmica (transmissão de propriedade imobiliária – ITCMD e ITBI). Logo, corretas.

Assim, o imposto incide numa perspectiva estática quando considera apenas o patrimônio em si mesmo, isto é, a pura manutenção do patrimônio é adotada como índice de capacidade contributiva. Assim, o ITR, o IPTU, o IGF e o IPVA são exemplos característicos de impostos que tomam o patrimônio, a partir de uma perspectiva estática.

Por sua vez, o imposto incide numa perspectiva dinâmica quando considera possíveis modificações patrimoniais (riqueza renovável), ou seja, as mutações dos elementos patrimoniais são adotadas como índice de capacidade contributiva. Isto é, a saída e a entrada (“movimentações”: ingresso, circulação, transferência, transmissão e doação) de riqueza relevam a possibilidade de suportar o ônus tributário. Decerto, o II, IE, IR, IPI, IOF, ITCMD, ICMS e ITBI oneram o patrimônio, a partir de uma perspectiva dinâmica.

No mundo da realidade, os tributos podem ser confiscatórios (mundo do ser). Contudo, de acordo com o nosso ordenamento jurídico, sobretudo, em razão do art. 150, IV, da CF, os tributos não devem ser confiscatórios (mundo do Direito).

Por outro lado, registramos o entendimento doutrinário de que a perspectiva dinâmica e a perspectiva estática de incidência do princípio do não confisco é uma distinção que analisa a aplicação da proibição de tributo com efeito de confisco sob a ótica temporal das normas tributárias.

Assim, conforme afirmamos em estudos publicados periodicamente no site <www.pontodosconcursos.com.br>, a perspectiva estática diz respeito à análise do princípio do não-confisco em razão do valor dos tributos vigentes no ordenamento jurídico (“quantum do tributo”) e a perspectiva dinâmica avalia o efeito do princípio do não-confisco na alteração ou mutação ocorrida na legislação tributária (“quantum do aumento dos tributos”).

Letra (B). A alíquota do IPI de 150% não significa necessariamente confisco, eis que o IPI é um tributo extrafiscal, o

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que possibilita um lastro maior para majoração deste tributo (v.g., II, IE e IOF). Logo, correta.

Letra (D). O princípio da progressividade representa o aumento da alíquota do tributo à medida que a base de cálculo do respectivo tributo igualmente aumente. Assim, o princípio do não-confisco que é um limite máximo a tributação contribui para estabelecer o alcance da progressividade, eis que esta não pode tornar a exigência tributária confiscatória. Logo, correta.

Letra (E). Segundo entendimento do STF (ADC 8-MC, ADI 2.551-MC-QO), a identificação do efeito confiscatório é feito em função da totalidade da carga tributária e não em relação a cada tributo isoladamente. Logo, incorreta.

43. (ESAF/AFRFB/2010) Analise os itens a seguir, classificando-os como verdadeiros (V) ou falsos (F). Em seguida, escolha a opção adequada às suas respostas: I. de acordo com a Constituição Federal, o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza será informado pela generalidade, universalidade e progressividade, na forma da lei. Pode-se afirmar que o critério da progressividade decorre dos princípios da igualdade e da capacidade contributiva, na medida em que contribuintes com maiores rendimentos sejam tributados de modo mais gravoso do que aqueles com menores rendimentos; II. a Constituição estabelece expressamente que o imposto sobre a renda será progressivo, enquanto o imposto sobre a propriedade imobiliária poderá ser progressivo; III. a Constituição traça uma dupla progressividade para o IPTU, quais sejam, progressividade em razão do imóvel e em razão do tempo; IV. o princípio da capacidade contributiva não possui significado muito importante para o IPTU, visto que este tributo se caracteriza por ser um imposto real, sem relação com as características pessoais do sujeito passivo. a) Estão corretos somente os itens I e III. b) Estão corretos somente os itens I, II e IV. c) Estão corretos somente os itens I e II. d) Estão corretos somente os itens II e IV. e) Todos os itens estão corretos.

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Item I. O IR será informado pela generalidade, universalidade e progressividade, na forma da lei (art. 153, §2°, I, CF). E segundo doutrina majoritária, a progressividade decorre e harmoniza-se com os princípios da igualdade tributária e da capacidade contributiva. Logo, correta.

Item II. Segundo a CF/88, o IR será progressivo (art. 153, §2°, I) e o imposto sobre propriedade imobiliária (considerado como IPTU pelo examinador!) poderá ser progressivo em razão do valor do imóvel (art. 156, §1°, I). Logo, correta.

Item III. Segundo a CF/88, há progressividade do IPTU em

razão do valor do imóvel (sinônimo de “razão do imóvel”, segundo o examinador!) e em razão do tempo (art. 182, § 4º). Logo, correta.

Item IV. O IPTU é um imposto real e não um imposto pessoal. Deste modo, segundo interpretação antiga do STF, no sistema tributário nacional, não é admitida a progressividade fiscal do IPTU (imposto real), com base exclusivamente no seu artigo 145, § 1º, porque esse imposto tem caráter real que é incompatível com a progressividade decorrente da capacidade econômica do contribuinte (RE 153.771, julgamento em 20/11/96). Decerto, conforme tal entendimento do STF, a capacidade contributiva não possui grande significado para o IPTU. Logo, correta.

Os impostos reais incidem sobre a coisa (res), o bem ou a operação realizada, desconsiderando as características pessoais do contribuinte. São exemplos: o ITR, o IPTU, o ITCMD, o ITBI, IOF, entre outros. Já os impostos pessoais consideram e valorizam as características pessoais do contribuinte, de acordo com o postulado da pessoalidade estabelecido no art. 145, §1º, da CF. Por exemplo, o IR.

Portanto, a alternativa “e” deve ser marcada.

44. (ESAF/ATRFB/2010) “A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados − IPI para geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos, produtos da linha branca, que encerraria no próximo dia 31, foi prorrogada por mais três meses. A partir de 10 de novembro entra em vigor uma nova tabela cujas alíquotas passam a ser estabelecidas com base na eficiência energética dos produtos, de acordo com a classificação do Programa Brasileiro de Etiquetagem,

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coordenado pelo Inmetro. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo ministro da Fazenda Guido Mantega. “Nós estamos desonerando mais os produtos que consomem menos energia”, explicou. A medida vale até 31 de janeiro de 2010. Segundo ele, as geladeiras, que antes do IPI baixo tinham uma alíquota de 15%, e recuou para 5%, poderão manter essa mesma alíquota reduzida, mas somente para os produtos da chamada classe “A”, ou seja, com menor consumo de energia. As geladeiras da classe “B” passarão a ter uma alíquota de 10% e o restante voltará a ter um IPI de 15%.” (Extraído do site www.fazenda.gov.br, notícia de 29.10.2009). Na notícia acima, identificamos um importante aspecto do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados. Assinale, entre as opções que se seguem, aquela que explica e justifica tal aspecto, isto é, somente aquele que a notícia mencionada destacou. a) Por meio da seletividade, pode-se tributar com alíquotas diferenciadas produtos de acordo com o seu grau de essencialidade. b) A notícia demonstra a aplicabilidade do princípio constitucional da capacidade tributária, pois estabelece alíquotas diferenciadas para as diversas categorias de geladeiras existentes no mercado. c) O IPI constitui uma exceção à regra geral da legalidade, já que o Poder Executivo pode, a qualquer momento, baixar ou restabelecer as suas alíquotas. d) A não-cumulatividade, outra característica do IPI, visa impedir que as incidências sucessivas nas diversas operações da cadeia econômica de um produto impliquem um ônus tributário muito elevado, decorrente da múltipla tributação da mesma base econômica. e) A extrafiscalidade consiste na possibilidade de, por meio de alíquotas diferenciadas, estimular-se determinado comportamento por parte da indústria e, consequentemente, dos consumidores.

Letra (A). O IPI será seletivo, em função da essencialidade do produto (art. 153, §3°, I, CF). Contudo, a notícia não traz exemplo de seletividade, até porque explicitamente enuncia que a alíquota reduzida de 5% abrange somente os produtos da chamada classe ‘A’. Logo, incorreta.

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Letra (B). A notícia não demonstra a aplicabilidade do princípio da capacidade tributária (art. 145, §1°), pois examina situação em que a tributação sobre produtos das classes mais pobres possuem carga tributária maior. Logo, incorreta.

Letra (C). O IPI constitui uma exceção à regra geral da legalidade, já que o Poder Executivo pode baixar ou restabelecer as suas alíquotas. Contudo, esta flexibilidade não justifica a notícia. Portanto, incorreta.

Letra (D). A não-cumulatividade é característica obrigatória do IPI. Todavia, a notícia não diz respeito a não-cumulatividade. Logo, incorreta.

Letra (E). A extrafiscalidade tributária interfere diretamente no domínio econômico, buscando um efeito diverso da exclusiva arrecadação de recursos financeiros, podendo ter como função o desenvolvimento de determinadas atividades ou setores específicos da economia. Desta forma, a extrafiscalidade explica e justifica a notícia, pois o ministro da Fazenda Guido Mantega afirma literalmente que pretende desonerar mais os produtos que consomem menos energia, aumentando, por conseguinte, o consumo destes bens ou produtos. Portanto, correta.

LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS DO PODER DE TRIBUTAR. IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS (CESPE).

1 a 5 (Procurador Federal/CESPE/UNB) Acerca da imunidade jurídico-tributária, é correto afirmar que (1) ( ) opera na demarcação constitucional das competências tributárias. (2) ( ) constitui direito público subjetivo de não ser tributado. (3) ( ) abrange tão somente impostos. (4) ( ) seu gozo não pode depender do atendimento de requisitos estabelecidos em norma infraconstitucional. (5) ( ) pode ser outorgada tendo em vista pressupostos de natureza pessoal e/ou material.

(1) A imunidade tributária opera na demarcação constitucional das competências tributárias, uma vez que inexiste competência tributária dos entes federativos (V).

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Logo, correta.

(2) A imunidade tributária constitui direito público subjetivo de não ser tributado, de acordo com o seu aspecto material ou substancial (V). Sob o aspecto material ou substancial, compreende-se que a imunidade é o direito público subjetivo de não ser tributado, segundo o especificado expressamente ou implicitamente nas normas constitucionais. A respeito do aspecto formal, entende-se que a imunidade é a impossibilidade jurídica da tributação, em razão da ausência de competência tributária dos entes federativos.

Logo, correta.

(3) A imunidade tributária não abrange tão somente impostos, podendo abranger outros tributos, como a taxa (art. 5°, XXXIV, “a” e “b”, da CF/88) ou a contribuição para financiamento da seguridade social (art. 195, §7°, da CF/88).

Logo, incorreta.

(4) O gozo da imunidade pode depender do atendimento de requisitos estabelecidos em norma infraconstitucional. São as imunidades condicionadas aos requisitos das normas infraconstitucionais.

Por exemplo, a imunidade prevista no art. 150, VI, “c”, da CF/88, que é a imunidade sobre o patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei.

Logo, incorreta.

(5) A imunidade pode ser outorgada tendo em vista pressupostos de natureza pessoal e/ou material (V). Conforme classificação doutrinária classifica-se as imunidades em subjetiva ou pessoal, objetiva ou real (material) e mista (subjetiva e objetiva).

Essa classificação considera a forma de previsão da norma imunizante. A imunidade subjetiva ou pessoal é aquela que leva em consideração o sujeito, isto é, é concedida pela norma

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constitucional em razão da qualidade da pessoa. Por exemplo, a imunidade das entidades sindicais dos trabalhadores (art. 150, VI, “c”). A imunidade objetiva ou real é concedida em virtude da qualidade da coisa, do objeto ou da mercadoria, ou seja, refere-se a matéria tributável. Por exemplo, a imunidade dos livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão (art. 150, VI, “d”). Por sua vez, a imunidade mista (subjetiva e objetiva) envolve aspectos pessoais e reais. Como exemplo, a imunidade concernente ao ITR no que se refere às “pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel”.

Logo, correta.

6. (CESPE/Direito/TCE/AC/2009) O princípio da imunidade recíproca é decorrência lógica do princípio federativo e visa assegurar a autonomia dos entes políticos.

A imunidade recíproca é ontológica, sendo consequência necessária do princípio da isonomia das pessoas políticas e suas concretizações lógicas, como o princípio federativo do Estado brasileiro, a autonomia dos Municípios e a capacidade contributiva. Portanto, é clausula pétrea e garantia fundamental da Federação, conforme entendimento do STF (ADI 939).

Logo, correta.

7. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) A imunidade constitucional de livros não se estende à COFINS.

Conforme o art. 150, VI, “d”, da CF/88, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

Logo, correta.

8. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) A limitação de exigência tributária sobre o patrimônio, renda ou serviços uns dos outros (União, estados, DF e municípios) é passível de modificação constitucional, uma vez que se trata de princípio de garantia subjetiva, e a restrição de imutabilidade tributária refere-se às garantias objetivas.

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A imunidade recíproca (art. 150, VI, “a”, CF). é exemplo clássico de imunidade ontológica. Portanto, é conseqüência necessária do princípio da igualdade. A característica básica da imunidade ontológica a qualidade de ser clausula pétrea, isto é, proposta de emenda constitucional tendente abolir tal imunidade não deve ser objeto de deliberação pelo Poder Legislativo.

Logo, incorreta.

9. (CESPE/ Procurador/Vitória/2007) A vedação que impede o Distrito Federal de cobrar o IPVA sobre os veículos da União licenciados em seu território constitui uma isenção tributária.

A imunidade tem sede na CF/88, materializando uma dispensa constitucional de pagamento de tributo. Já a isenção decorre de lei infraconstitucional.

Portanto, errada, pois, no caso, trata-se da imunidade tributária recíproca.

Registra-se para conhecimento que há dispositivos constitucionais que transmitem o teor de “falsas” isenções, representando nítidas “imunidades”, existindo equívoco por parte do legislador constitucional.

Por exemplo, o art. 195, §7°, da CF/88, que dispõe: “São isentas de contribuições para a seguridade social às entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei”. Esta é uma imunidade subjetiva, segundo entendimento do STF.

10. (CESPE/Consultor/ES/2010) A isenção é a espécie mais usual de renúncia de receita e define-se como a dispensa legal, pelo Estado, do débito tributário devido.

A isenção é a dispensa legal de pagamento de um tributo devido, isto é, a autoridade não pode cobrar o tributo, eis que, mesmo acontecendo à incidência tributária (ocorre o fato gerador), está impedido de realizar o lançamento tributário.

Portanto, a isenção está dentro do campo da incidência e decorre do exercício da competência tributária, sendo veiculada em

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norma infraconstitucional e acontece o fato gerador (obrigação tributária), porém não há constituição do crédito tributário.

Logo, correta.

11. (CESPE/Procurador/PE/2009) A criação de imunidade tributária é matéria típica de lei ordinária.

A imunidade tributária é uma hipótese constitucional de intributabilidade ou de não-incidência constitucionalmente qualificada.

Logo, está errada, pois a imunidade tributária é matéria

constitucional.

12. (CESPE/MP/SE/2010) A imunidade recíproca, ou seja, entre os entes federados, não está limitada a certos tipos de impostos.

A CF/88 estabelece expressamente que a imunidade recíproca apenas incide sobre os impostos incidentes sobre serviço, patrimônio ou renda.

Portanto, de acordo com o sentido literal do texto, a imunidade recíproca não alcança os impostos sobre circulação de riquezas e produção (IPI e ICMS).

Nesse rumo, a jurisprudência do Supremo firmou-se no sentido de que “a imunidade de que trata o art. 150, VI, a, da CF, somente se aplica a imposto incidente sobre serviço, patrimônio ou renda do próprio Município” (AI 671.412-AgR, DJE de 25-4-2008; AI 574.042-AgR, DJE de 29-10-2009; AI 634.050-AgR, DJE de 14-8-2009).

Logo, errada.

13. (CESPE/Direito/TCE/AC/2009) A imunidade tributária recíproca alcança a União, os estados, os municípios e o Distrito Federal e é extensiva às A sociedades de economia mista, no que se refere a impostos, taxas e contribuições de melhoria. B autarquias e às fundações instituídas pelo poder público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,

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vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. C empresas públicas, no que se refere aos impostos tão-somente, ainda que as empresas beneficiadas atuem no mercado em regime de concorrência. D organizações não-governamentais que atuem em parceria com o poder público, conquanto que não se tenha previsão de remuneração de diretores. E sociedades de filantropia, reconhecidas por ato do presidente da República, exclusivamente no que se refere ao imposto incidente sobre a renda.

De acordo com a interpretação do art. 150, VI, “a” e §2°, da CF, a imunidade recíproca, também denominada de imunidade intergovernamental, refere-se à proibição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios de instituir impostos sobrepatrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, bem como é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

Logo, a resposta é a letra “b”.

Nesse rumo, destacam-se duas decisões bem recentes do STF que podem está também na sua prova:

“É irrelevante para definição da aplicabilidade da imunidade tributária recíproca a circunstância de a atividade desempenhada estar ou não sujeita a monopólio estatal. O alcance da salvaguarda constitucional pressupõe o exame (i) da caracterização econômica da atividade (lucrativa ou não), (ii) do risco à concorrência e à livre-iniciativa e (iii) de riscos ao pacto federativo pela pressão política ou econômica”. Deste modo, a imunidade tributária recíproca não se aplica à Petrobrás (RE 285.716-AgR, DJE de 26-3-2010);

“É aplicável a imunidade tributária recíproca às autarquias e empresas públicas que prestem inequívoco serviço público, desde que, entre outros requisitos constitucionais e legais não distribuam lucros ou resultados direta ou indiretamente a particulares, ou tenham por objetivo principal conceder acréscimo patrimonial ao poder público (ausência de capacidade contributiva) e não desempenhem atividade econômica, de modo a conferir vantagem não extensível às empresas privadas. O Serviço Autônomo de Água e

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Esgoto é imune à tributação por impostos. A cobrança de tarifas, isoladamente considerada, não altera a conclusão” (RE 399.307-AgR, DJE de 30-4-2010).

14. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) Pode incidir IOF sobre aplicações financeiras realizadas por autarquia estadual, uma vez que as rendas derivadas são relativas a atividades eminentemente privadas.

Em relação ao IOF, apesar de ser classificado pelo CTN como imposto sobre a produção e a circulação, o entendimento do STF é no sentido da plena eficácia da imunidade recíproca nas operações financeiras realizadas pelos Municípios, Estados ou Distrito Federal (RE 196.415-PR).

O STF também já decidiu mais de uma vez que a imunidade recíproca alcança os ganhos resultantes de operações financeiras (AI 172.890-AgR, ACO 502).

Logo, errada.

15. (CESPE/Delegado de Polícia/RN/2009) A imunidade tributária recíproca prevista na CF não se estende às empresas públicas, ainda que atuem em regime de monopólio, pois tal benesse não é extensível ao setor privado.

O STF compreende que a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (INFRAERO) está abrangida pela imunidade tributária recíproca, uma vez que é empresa pública federal que tem por atividade-fim prestar serviços de infra-estrutura aeroportuária, mediante outorga da União, a quem constitucionalmente deferido, em regime de monopólio, tal encargo, de acordo com o art. 21, XII, “c” (RE 363.412-AgR).

Do mesmo modo, em relação a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), reputando-se plausível a extensão da imunidade recíproca à propriedade de veículos automotores destinados à prestação de serviços postais (ACO 765-AgR), bem como se estendeu a aplicação da imunidade recíproca à Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (CAERD), sociedade de economia mista estadual prestadora de serviço público (AC 1550-2).

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Logo, errada.

16. (CESPE/UNB/Juiz Federal/2008) A União, almejando facilitar o escoamento da produção nacional de biocombustível para o exterior, construiu estrutura portuária em imóvel integrante de seu domínio econômico, situado em determinado município brasileiro. Para se viabilizarem as atividades do porto, os serviços portuários foram delegados à pessoa jurídica de direito privado que se utiliza do acervo patrimonial portuário pertencente à União. Nessa situação, o referido município não pode cobrar IPTU da empresa delegatária, a qual, todavia, é contribuinte de taxa de limpeza urbana.

O STF também entende que a imunidade recíproca abrange bens públicos sob uso de concessionárias de serviço público, afirmando que imóveis que compõem o acervo patrimonial do Porto de Santos, integrantes do domínio da União são imunes a tributação do IPTU pela municipalidade, independentemente de encontrarem-se tais bens ocupados pela empresa dos serviços portuários (RE 253.394; RE 597.563-AgR).

Vejamos a uma decisão nesse sentido, a saber:

“Imóveis situados no porto, área de domínio público da União, e que se encontram sob custódia da companhia, em razão de delegação prevista na Lei de Concessões Portuárias. Não-incidência do IPTU, por tratar-se de bem e serviço de competência atribuída ao poder público. Taxas. Imunidade. Inexistência, uma vez que o preceito constitucional só faz alusão expressa a imposto, não comportando a vedação a cobrança de taxas. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 458.856-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 5-10-04, DJ de 20-4-07)

Logo, correta.

17. (CESPE/Analista/INSS/2008) A fundação pública mantenedora da Universidade de Brasília tem imunidade tributária em relação a taxa de limpeza pública instituída pelo Distrito Federal.

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A imunidade tributária recíproca não alcança as taxas, mas apenas os impostos, conforme o art. 150, VI, “a”, da CF.

Logo, incorreta.

18. (CESPE/Delegado/RN/2009) Os cemitérios que consubstanciam extensões de entidades de cunho religioso não estão abrangidos pela imunidade tributária prevista na CF, uma vez que as normas que tratam de renúncia fiscal devem ser interpretadas restritivamente.

De acordo com o entendimento do STF, o cemitério é extensão de entidade de cunho religioso.

Assim, “os cemitérios que consubstanciam extensões de entidades de cunho religioso estão abrangidos pela garantia contemplada no artigo 150 da Constituição do Brasil. Impossibilidade da incidência de IPTU em relação a eles. A imunidade aos tributos de que gozam os templos de qualquer culto é projetada a partir da interpretação da totalidade que o texto da Constituição é, sobretudo do disposto nos artigos 5º, VI, 19, I e 150, VI, ‘b’. As áreas da incidência e da imunidade tributária são antípodas” (RE 578.562, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 21-5-08, DJE de 12-9-08).

Antípodas quer dizer pontos diametralmente opostos de uma mesma esfera. Ou seja, a incidência e a imunidade tributária são segmentos diametralmente diversos dentro da esfera do direito tributário, pois onde há incidência não há imunidade tributária e vise-versa.

Logo, incorreta.

19. (CESPE/Delegado de Polícia/RN/2009) A aquisição de mercadorias no mercado interno por pessoa jurídica que possui imunidade tributária deve-se sujeitar à tributação pelo ICMS, ainda que os bens adquiridos passem a integrar o patrimônio da adquirente.

O texto constitucional estabelece a proibição de se criar impostos sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social,

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sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei, bem como dispõe que tal vedação compreende somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais destas entidades, segundo o art. 150, VI, “c” e §4°.

Nesse rumo, o STF, ao contrário da imunidade recíproca, tem entendido que a imunidade das entidades de assistência social abrange o ICMS incidente sobre a importação de mercadorias utilizadas na prestação de serviços específicos (AI 669.257-AgR) e o ICMS incidente as aquisições de produtos no mercado interno, desde que os bens adquiridos integrem o patrimônio dessas entidades beneficentes (AI 535.922-AgR).

Tal entendimento é fundamentado na premissa de que não há que “invocar, para o fim de ser restringida a aplicação da imunidade, critérios de classificação dos impostos adotados por normas infraconstitucionais, mesmo porque não é adequado distinguir entre bens e patrimônio, dado que este se constitui do conjunto daqueles. O que cumpre perquirir, portanto, é se o bem adquirido, no mercado interno ou externo, integra o patrimônio da entidade abrangida pela imunidade” (RE 203.755; RE 540.725-AgR).

Logo, errada.

20. (CESPE/Auditor/Ipojuca/2009) O ICMS incide sobre os livros e o papel destinado a sua impressão.

Segundo a súmula 657 do STF, a imunidade cultural abrange os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.

Logo, errada.

21. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) A imunidade tributária sobre livros, jornais e periódicos abrange a aquisição de máquinas e aparelhos destinados à sua impressão.

A imunidade tributária sobre livros, jornais e periódicos (imunidade cultural) é uma imunidade objetiva.

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Assim sendo, o STF entende como imunes os filmes destinados à produção de capas de livros, denominados de “filme Bopp” (AI 597.746-AgR); o chamado papel fotográfico — filmes não impressionados (RE 203.859); o papel, papel fotográfico e papel para artes gráficas consumidos no processo produtivo do jornal (RE 276.842-ED); os materiais relacionados somente com papel, tais como papel fotográfico, papel telefoto, filmes fotográficos, sensibilizados, não impressionados, para imagens monocromáticas, papel fotográfico para fotocomposição por laser (RE 178.863).

Nesse sentido, o STF já afirmou que “apenas os materiais relacionados com o papel - assim, papel fotográfico, inclusive para fotocomposição por laser, filmes fotográficos, sensibilizados, não impressionados, para imagens monocromáticas e papel para telefoto - estão abrangidos pela imunidade tributária” (RE nº 229.703/SP, AI nº 307.932/SP-AgR, RE nº 324.600/SP-AgR).

Contudo, o STF assenta a impossibilidade de a imunidade cultural ser estendida a outros insumos não compreendidos no significado do enunciado papel destinado à sua impressão (RE 324.600-AgR).

Logo, errada.

22. (CESPE/Procurador/PB/2008) A imunidade referente a impostos sobre livros, jornais e periódicos de papel não alcança publicações veiculadas em meios digitais, tais como DVD, CD e fitas de vídeo.

O STF tem compreendido que a imunidade tributária cultural só vale para livros impressos e não para livros eletrônicos (CD-ROM), conforme RE nº 416.579/RJ, RE nº 282.387/RJ e AI nº 530.958/GO.

Logo, correta.

23. (CESPE/Direito/TCE/AC/2009) As normas relativas à imunidade tributária devem ser interpretadas restritivamente, razão pela qual os álbuns de figurinhas e os respectivos cromos adesivos não estão alcançados pela imunidade prevista na CF para os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.

O STF compreende que o poder constituinte originário não fez qualquer ressalva quanto ao valor artístico ou didático, à

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relevância das informações divulgadas ou à qualidade cultural de uma publicação. Decerto, não cabe ao aplicador da norma constitucional afastar a imunidade cultural instituída para proteger direito tão importante ao exercício da democracia, por força de um juízo subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico de uma publicação (RE 221.239).

Neste sentido, a imunidade alcança o álbum de figurinhas; listas telefônicas (RE 114.790); as chamadas apostilas para estudo, considerando-as manuais técnicos didáticos (RE 183.403).

Logo, errada.

24. (CESPE/Promotor/SE/2010) As editoras que têm como única atividade a produção de livros e jornais estão imunes ao imposto incidente sobre a renda.

A imunidade cultural é objetiva, pois se relaciona aos livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão, portanto não se estende às editoras, autores, empresas jornalísticas ou de publicidade, que permanecem sujeitas à tributação pelas receitas e pelos lucros auferidos (RE 206.774).

Com efeito, não são alcançados pela imunidade cultural os impostos incidentes sobre os rendimentos das atividades da livraria, da banca de jornal ou dos empresários deste ramo.

Logo, errada.

25. (CESPE/Analista/INSS/2008) A imunidade tributária concedida a jornais não alcança a tinta utilizada para a impressão.

26. (CESPE/TCE/GO/2007/adaptada) A CF veda a instituição de impostos sobre jornais, mas a imunidade não abrange tinta especial utilizada para a confecção dos mesmos.

Segundo o STF, não tem imunidade a tinta utilizada para a impressão dos livros, jornais e periódicos ou os serviços de composição gráfica necessários à confecção dos livros, jornais e periódicos (RE 230.782).

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Logo, são verdadeiras, de acordo com a jurisprudência dominante no STF.

27. (Juiz Federal/TRF3°/2011) Considere que, em determinada autarquia estadual cuja finalidade essencial seja a prestação de serviços à população mediante pagamento de tarifas pelos beneficiários, a prestação dos serviços não configure exploração de atividade econômica regida pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. Nesse caso, a autarquia A deve pagar as contribuições sociais de natureza previdenciária sobre a folha de salários de empregados regidos pela CLT. B é imune ao pagamento da contribuição social sobre o lucro líquido. C é imune ao pagamento do imposto predial e territorial urbano. D deve pagar o imposto sobre a transmissão onerosa de bens imóveis caso venda algum imóvel. E fica imune ao pagamento de imposto sobre a transmissão onerosa de bens imóveis caso compre algum imóvel.

Letra (A). Não há que se falar em imunidade tributária recíproca para impostos no caso e nem imunidade tributária para contribuições da seguridade social (contribuição previdenciária). Portanto, a autarquia deve pagar as contribuições sociais de natureza previdenciária sobre a folha de salários de empregados regidos pela CLT (art. 195, I, “a”, CF/88). Logo, correta.

Letra (B). Não há que se falar em imunidade tributária para contribuições da seguridade social (CSLL). Logo, incorreta.

Letra (C). A imunidade tributária recíproca para impostos, em regra, não se aplica nas hipóteses em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário (art. 150, §3°, da CF). Logo, incorreta.

Letra (D). A imunidade tributária recíproca para impostos, em regra, não se aplica nas hipóteses em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário (art. 150, §3°, da CF). Logo, incorreta.

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Letra (E). A imunidade tributária recíproca para impostos, em regra, não se aplica nas hipóteses em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário (art. 150, §3°, da CF). Logo, incorreta.

28. (CESPE/Advogado-BRB/2010) A imunidade tributária recíproca é extensiva ao patrimônio, à renda e aos serviços de autarquias, fundações e empresas públicas vinculadas à entidade estatal respectiva.

A imunidade tributária recíproca é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que tange ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes, segundo §2°, do art. 150, da CF.

Por outro lado, as empresas públicas relacionados com exploração de atividades econômicas e regidas exclusivamente pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados não são abrangidas pela imunidade tributária recíproca.

Portanto, errado.

29. (CESPE/Promotor de Justiça de Rondônia/2010) A imunidade tributária conferida aos entes da Federação diz respeito aos impostos, não alcançando as contribuições.

A imunidade tributária recíproca prevista no art. 150, VI, “a”, da CF, abrange apenas os impostos.

Logo, correta.

30. (CESPE/Promotor de Justiça de Rondônia/2010) A atividade de edição de listas telefônicas não está amparada pelo benefício constitucional da imunidade tributária.

A atividade de edição de listas telefônicas está amparada pelo benefício constitucional da imunidade tributária cultural, prevista no art. 150, VI, “d”, da CF, conforme reiteradas decisões do STF. Este Tribunal Superior entende que o “fato de as edições das listas telefônicas veicularem anúncios e publicidade não afasta o benefício constitucional da imunidade. A inserção visa a permitir a divulgação das informações necessárias ao serviço público a custo zero para os assinantes, consubstanciando acessório que segue a sorte do

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principal” (RE 101.441/RS, RTJ 126, AI 663.747-AgR, DJE de 30/04/2010, RE 199.183, DJ 12/06/1998, RE 114.790, DJ 03/10/1997).

Logo, incorreta.

LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS DO PODER DE TRIBUTAR. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

TRIBUTÁRIOS (CESPE)

1. (CESPE/Delegado de Polícia/RN/2009) A decisão judicial que declara indevida a cobrança do imposto em determinado exercício faz coisa julgada em relação aos posteriores, em respeito aos princípios da separação dos poderes e da autoridade da coisa julgada.

Conforme o entendimento do STF, a coisa julgada em matéria fiscal fica delimitada à relação jurídico-material em que debatida, não podendo, portanto, ser invocada em exercícios posteriores, de acordo com a Súmula 239 (AI 189.787-AgR, DJ de 4-4-1997).

A coisa julgada é a decisão transitada em julgado ou que não cabe mais recurso.

Logo, errada.

2. (CESPE/Consultor/ES/2010) Em respeito ao princípio da legalidade, não é permitido ao chefe do Poder Executivo elevar a alíquota do imposto de importação, mesmo dentro de limites autorizados por lei.

Existem tributos que poderão ter suas alíquotas majoradas ou reduzidas por ato do Poder Executivo federal, por meio de decreto, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, a saber: imposto de importação (II); imposto de exportação (IE); imposto sobre produtos industrializados (IPI); impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF). É o que dispõe o art. 153, §1º, da CF.

Logo, errada.

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3. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) Inexistindo legislação específica impondo condições e limites, é lícito ao Poder Executivo alterar as alíquotas da contribuição de intervenção no domínio econômico (CIDE).

Quanto a Contribuição de intervenção no domínio econômico (CIDE) sobre combustíveis (art. 177, §4°, I alínea “b”, da CF) e o ICMS – Combustíveis e Lubrificantes (art. 155, §4°, IV, da CF), as alíquotas poderão somente ser reduzidas e restabelecidas, ou seja, o Poder Executivo reduz a alíquota e, uma vez reduzida, pode restabelecê-la, tendo, como teto, a alíquota, prevista anteriormente em lei.

Logo, errada.

4. (CESPE/Procurador/PB/2008) Nos termos e limites fixados em lei complementar federal, o Poder Executivo estadual, mediante decreto, pode reduzir, com o objetivo de regular a demanda, as alíquotas de ICMS de determinados produtos, dada a natureza extra-fiscal desse tributo.

No caso do ICMS – Combustíveis e Lubrificantes (art. 155, §4°, IV, da CF), a exceção se refere à incidência monofásica do imposto, e as alíquotas são definidas nacionalmente por convênios dos Executivos Estaduais, ou seja, por ato de deliberação do Poder Executivo dos Estados e do Distrito Federal.

Logo, está errada, pois não pode ser mediante decreto.

5. (CESPE/Juiz Federal/TRF2/2010) As obrigações principais e acessórias estão sujeitas ao princípio constitucional da legalidade estrita.

Segundo o STF, a definição de vencimento das obrigações tributárias (data para pagamento) e a instituição de obrigações tributárias acessórias não estão no campo reservado à lei, podendo ser alvo de Decreto do Poder Executivo.

Este entendimento está de acordo com os arts. 113, §2° e 160 do CTN, que, no ponto, falam em legislação tributária e não lei.

Portanto, errada.

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6. (CESPE/Juiz Federal/TRF1°REGIÃO/2009) Ofende o princípio da legalidade decreto que antecipa data de recolhimento de tributo.

Segundo o STF, o regulamento que antecipa o dia de recolhimento do tributo e determina a incidência de correção monetária a partir de então não fere a legalidade, pois não se encontra sob o princípio da legalidade estrita e da anterioridade a fixação do vencimento da obrigação tributária (RE 195.218, RE 182.971).

Logo, errada.

7. (CESPE/Procurador/PE/2009) A simples atualização monetária não se confunde com majoração de tributo.

A simples atualização monetária é a mera atualização temporal do tributo.

Assim, conforme o art. 97, § 2°, do CTN, não constitui majoração de tributo a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo

Logo, é correta.

8. (CESPE/Procurador/PE/2009) A instituição de emolumentos cartorários pelo tribunal de justiça de um estado não afronta o princípio da reserva legal.

Segundo o STF, somente a lei pode criar, majorar ou reduzir os valores das taxas. Assim, fere a legalidade a instituição dos emolumentos cartorários por Tribunal de Justiça, bem como as normas por meio das quais a autarquia institua uma taxa, sem lei que a autorizasse (ADI 1.709, ADI 1.823-MC).

Logo, errada.

9. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) Atende ao princípio da anterioridade de exercício a publicação, no Diário Oficial, da lei instituidora de imposto no dia 31/12, sábado, apesar de a sua circulação dar-se apenas na segunda-feira.

No Brasil, conforme dispõe a legislação infraconstitucional

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brasileira (art. 34 da Lei n. 4.320/64), o exercício financeiro é o período de 1º de janeiro a 31 de dezembro, coincidindo perfeitamente com o ano civil.

Neste sentido, a interpretação dominante na doutrina a respeito da anterioridade é que lei criadora ou majoradora do tributo entra em vigor no dia da sua publicação, mas só tem eficácia após a observância do prazo constitucional.

Logo, é certa, pois vale a data da publicação.

Observamos, portanto, algumas importantes singularidades decorrentes da EC 42/2003, que são: o IPI não é exceção à noventena, mas é à anterioridade comum; o IR não é exceção à anterioridade comum, mas é à noventena; o restabelecimento (nunca o aumento propriamente dito) de alíquotas do ICMS – Combustíveis e da CIDE – Combustíveis não é exceção à noventena, mas é à anterioridade comum; o IPVA e o IPTU se submetem à anterioridade comum, mas a definição das suas bases de cálculo não está sujeita à noventena.

10. (CESPE/Ministério Público/ES/2010) Lei estadual, que determine a majoração das alíquotas e da base de cálculo do imposto sobre a propriedade de veículos automotores, publicada no dia 31 de dezembro, com cláusula de vigência imediata, produzirá efeitos A no dia 1.º de janeiro do ano seguinte, apenas em relação à majoração da base de cálculo do imposto. B no dia 1.º de janeiro do ano seguinte, em relação à majoração das alíquotas e da base de cálculo. C 45 dias após a data da publicação da lei, em relação apenas à majoração da base de cálculo. D noventa dias após a data da publicação da lei, apenas em relação à majoração das alíquotas. E no dia 1.º de janeiro do ano seguinte, apenas em relação à majoração das alíquotas.

O quadro das exceções ao princípio da anterioridade e à noventena é a que segue. Preste atenção: se é exceção é porque não deve observar o princípio. E todos os demais tributos devem observar as duas anterioridades, porque a regra é a observância ao princípio.

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Anterioridade anual Noventena II II IE IE IPI IR IOF IOF IEG IEG

Empréstimo compulsório por motivo de guerra externa ou de

calamidade pública

Empréstimo compulsório por motivo de guerra externa ou de

calamidade pública Restabelecimento de alíquotas do ICMS – Combustíveis e da CIDE –

Combustíveis

Base de cálculo do IPTU

Contribuições para a seguridade social

Base de cálculo do IPVA

Nesse sentido, apenas a base de cálculo do IPVA é exceção à noventena.

Logo, a resposta é a letra “a”, pois produzirá efeitos no dia 1.º de janeiro do ano seguinte, apenas em relação à majoração da base de cálculo do imposto.

Em relação, a majoração da alíquota, deve-se obedecer as duas anterioridades (geral e especial).

11. (CESPE/Direito/TCE/AC/2009) A revogação de isenção tem sido equiparada pelo STF à instituição ou majoração de tributo, razão pela qual só poderá produzir efeitos no exercício financeiro seguinte, em respeito à regra da anterioridade tributária.

Segundo o STF, revogada a isenção incondicionada, o tributo torna-se imediatamente exigível, porque não há que se observar a anterioridade, dado que o tributo já é existente (RE 204.062).

Logo, errada.

12. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) Às taxas é aplicado o princípio da anterioridade de exercício, mas não o da anterioridade nonagesimal, que é restrita a impostos e contribuições.

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Em caso de taxas, devem observar-se as limitações constitucionais ao poder de tributar, dentre essas, a anterioridade nonagesimal para que a lei tributária se torne eficaz (ADI 3.694).

Logo, é errada, pois não há previsão de exceção para as taxas no art. 150, §1°, da CF.

13. (CESPE/Consultor/ES/2010) Considerando que uma lei que criou uma taxa tenha sido promulgada e publicada em 3/12/2009, com vigência a partir da data de publicação, a referida taxa somente deverá ser cobrada a partir 1.º de janeiro de 2010.

Em face da não obediência a anterioridade nonagesimal ou prazo de 90 dias, é errado enunciado.

A jurisprudência relevante e atual do STF no que concerne ao princípio da igualdade é a seguinte:

14. (CESPE/PROCURADOR/PE/2009) Lei complementar estadual que isente os membros do MP do pagamento de custas judiciais ou emolumentos é constitucional.

Segundo o STF, desrespeita a isonomia ou igualdade tributária disposta no art. 150, II, da CF, a isenção de IPTU, em razão da qualidade de servidor público (AI 157.871-AgR), e a isenção dos membros do Ministério Público do pagamento de custas judiciais, notariais, cartorárias e quaisquer taxas ou emolumentos (ADI 3.260);

Logo, é errada.

15. (CESPE/Promotor/RN/2009) A instituição de tributo com alíquotas progressivas sem ser exageradamente oneroso, não podendo, portanto, ser considerado confisco, faz transparecer, no direito tributário, na instituição do referido tributo, o cuidado com o princípio da A seletividade. B não-diferenciação tributária. C legalidade estrita. D capacidade contributiva. E igualdade tributária, em sentido jurídico.

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Disposta no art. 145, §1°, da CF, a capacidade contributiva é instrumento de solidificação da igualdade tributária, que opera como limite e graduação da obrigação de pagar o tributo e deve ser vista sob duas perspectivas.

Em primeiro lugar, no aspecto objetivo ou absoluto, que leva em conta as manifestações reais de riqueza do fato tributável, isto é, o legislador deve eleger as situações ou atividades que revelem a capacidade econômica do sujeito passivo (“signos presuntivos de riqueza”).

Em segundo lugar, no aspecto subjetivo ou relativo, que tem em conta as particularidades de cada sujeito passivo (capacidade contributiva in concreto) e tem aplicação direta com o princípio da personalização dos impostos.

Nesse sentido, a doutrina entende que são modos de concretização do princípio da capacidade contributiva a: (i) imunidades tributárias; (ii) isenção; (iii) seletividade e (iv) progressividade.

Logo, a resposta é “d”.

Destaca-se também que o Professor italiano Victor Uckmar distingue dois sentidos da igualdade tributária:

(a) igualdade no sentido jurídico, que exige igual regime fiscal a contribuintes que estejam em idênticas situações; (b) igualdade no sentido econômico, que significa dever de contribuir em igual medida, com a graduação dos impostos de acordo com a capacidade contributiva dos indivíduos.

Portanto, o enunciado da questão se refere a igualdade no sentido econômico. Logo, incorreta a letra “e”.

16. (CESPE/Direito/TCE/AC/2009) O princípio da capacidade contributiva, segundo previsão expressa na CF, aplica-se a todos os tributos federais, estaduais e municipais.

Segundo a literalidade do art. 145, §1°, da CF, a aplicação da capacidade contributiva ocorre apenas em relação aos impostos.

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Ou seja, segundo previsão expressa na CF, a capacidade contributiva tem aplicação aos impostos.

Logo, incorreta.

Contudo, destaca-se que a jurisprudência do STF firmou orientação no sentido da aplicação às taxas, especialmente quando fato gerador é o exercício do poder de polícia como fato gerador (RE 216.259-AgR, RE 177.835).

17. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) Contra a imposição de multas por sonegação fiscal ou mesmo pelo não recolhimento do tributo, não se pode argumentar com a proibição constitucional de utilização de tributo com efeito de confisco, já que de tributo não se trata.

Segundo o STF, fere o princípio constitucional da não-confiscatoriedade diploma legislativo que institui multa fiscal de 300% (ADI 1.075-MC, AI 482.281-AgR);

Logo, incorreta, pois o STF entende que o princípio do não-confisco se aplica às multas.

18. (CESPE/Juiz Federal/TRF2/2010) Com relação às limitações constitucionais do poder de tributar, assinale a opção correta. A A proibição constitucional da utilização de tributo com efeito de confisco decorre de seu efeito cumulativo, ou seja, sempre que várias incidências estabelecidas pelo mesmo ente tributante afetarem o patrimônio ou rendimentos do contribuinte de forma não razoável. Nessa situação, sua verificação é individual, passível apenas de controle difuso da constitucionalidade. B A utilização de tributo com efeito de confisco tem como parâmetro a incidência do novo tributo em face de sua própria carga tributária, não o total da carga tributária a que esteja submetido o contribuinte. C As multas aplicadas em face da sonegação ou do não recolhimento dos impostos, quando superem o valor do bem, em princípio ofendem tanto o princípio da proporcionalidade quanto o da proibição de tributos com efeito de confisco.

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D Confisco é sanção e, para verificar se o tributo tem esse efeito, é necessário examinar se a lei que instituiu o tributo tem como fim impor penalidade ao contribuinte. E Os tributos indiretos são repassados ao consumidor final e não incidem sobre renda ou patrimônio, sendo-lhes inaplicável o princípio constitucional da vedação de confisco.

Letra (A). Segundo o STF, a identificação do efeito confiscatório deve ser feita em função da totalidade da carga tributária, mediante verificação da capacidade do contribuinte para suportar e sofrer a incidência de todos os tributos que ele deverá pagar, dentro de determinado período, à mesma pessoa política que os houver instituído. Assim, resulta configurado o caráter confiscatório de determinado tributo, sempre que o efeito cumulativo – resultante das múltiplas incidências tributárias estabelecidas pela mesma entidade estatal – afetar, substancialmente, de maneira irrazoável, o patrimônio e/ou os rendimentos do contribuinte (ADC 8-MC; ADI 2.551-MC-QO). Logo, incorreta.

Letra (B). Segundo o STF, a caracterização do efeito confiscatório pressupõe a análise de dados concretos e de peculiaridades de cada operação ou situação, tomando-se em conta custos, carga tributária global, margens de lucro e condições pontuais do mercado e de conjuntura social e econômica (...) “O isolado aumento da alíquota do tributo é insuficiente para comprovar a absorção total ou demasiada do produto econômico da atividade privada, de modo a torná-la inviável ou excessivamente onerosa” (RE 448.432-AgR, DJE de 28-5-2010). Logo, incorreta.

Letra (C). Segundo o STF, a desproporção entre o desrespeito à norma tributária e sua consequência jurídica, a multa, evidencia o caráter confiscatório desta, atentando contra o patrimônio do contribuinte, em oposição a proibição de tributos com efeito de confisco (ADI 551, DJ de 14-2-2003). Logo, correta.

Letra (D). Entende-se que o princípio do não-confisco tributário (art. 150, I, CF) é um limite máximo para a tributação. Isto é, enquanto o mínimo vital é um limite mínimo para incidência tributária, o não-confisco é um limite máximo. A Constituição não define o que seja confisco, competindo, em última instância, ao Poder Judiciário estabelecer, utilizando-se da razoabilidade e proporcionalidade, os contornos deste conceito jurídico indeterminado. Assim, entende-se que o confisco tributário não é

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uma sanção, que tem por fim impor penalidade ao contribuinte, mas sim um limite máximo a tributação. Logo, incorreta.

Letra (E). No que tange a aplicação do princípio do não-confisco, a Constituição Federal não faz distinção entre os tributos indiretos e os tributos diretos. Portanto, o princípio do não-confisco se aplica aos tributos diretos e aos tributos indiretos. Logo, incorreta.

19. (CESPE/Consultor/ES/2010) Se, devido a incentivos fiscais concedidos pelo governo do Espírito Santo, novas empresas produtoras de automóveis instalarem-se no estado, e esse fato contribuir para atrair milhares de trabalhadores de outros estados brasileiros, nesse caso, visando conter o fluxo migratório e para não prejudicar a política de geração de empregos local, o governador poderá instituir um tributo interestadual, limitando a entrada de trabalhadores de outros estados, pelo mesmo período de tempo do incentivo fiscal concedido às montadoras de automóveis.

De acordo com o art. 150, V, da CF/88, é proibido à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, salvo a cobrança de pedágios pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.

Decerto, este é o princípio da liberdade de tráfego de bens e pessoas, que confirma a proteção constitucional da liberdade de locomoção, devendo-se entender que o fato gerador de qualquer tributo deve ser distinto de transposição de Municípios e de transposição de Estados. Caso contrário, prejudicar-se-ia o tráfego de pessoas e bens no território nacional.

Logo, é errada, pois o governador do Espírito Santo não poderá instituir um tributo interestadual, limitando a entrada de trabalhadores de outros estados

O princípio da uniformidade geográfica está estabelecido no art. 151, I, da CF/88, afirmando que é vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do

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desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País.

20. (CESPE/Advogado/CEF/2010) A União pode instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional.

O princípio da uniformidade geográfica está estabelecido no art. 151, I, da CF/88, afirmando que é vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País.

Logo, é errada, conforme gabarito definitivo da banca, pois, em regra, é proibido.

21. (CESPE/Advogado/CEF/2010) Qualquer ente federativo pode instituir tributo que importe em distinção ou preferência em favor de determinado estado ou município.

Segundo o art. 152 da CF/88, é vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

É o princípio da não-discriminação em razão da procedência ou destino (art. 152 da CF).

Logo, errada.

22. (CESPE/Advogado/CEF/2010) Os estados podem estabelecer diferenças tributárias entre bens de qualquer natureza, em razão de sua natureza ou do seu destino.

Segundo o princípio da não-discriminação em razão da procedência ou destino (art. 152 da CF), é proibido aos estados podem estabelecer diferenças tributárias entre bens de qualquer natureza, em razão de sua natureza ou do seu destino.

Logo, errada.

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23. (CESPE/Advogado/CEF/2010) É vedado aos municípios, e não aos estados, ao DF e à União, o estabelecimento de diferenças tributárias entre bens de qualquer natureza, em razão de sua natureza ou de seu destino.

É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino, conforme o princípio da não-discriminação em razão da procedência ou destino (art. 152 da CF).

Logo, errada.

Registra-se que o princípio da não-discriminação em razão da procedência ou destino decorre do princípio federativo, pois busca evitar a “guerra fiscal” entre os entes federados.

Nesse sentido, pro exemplo, o STF declarou a inconstitucionalidade do Decreto 35.528/2004, do Estado do Rio de Janeiro (RJ), que estabelecia redução na base de cálculo do ICMS nas saídas internas de café torrado ou moído produzido em estabelecimento industrial localizado no Estado do RJ, uma vez que gerava um grave óbice à livre circulação de bens e mercadorias entre Estados da federação (ADI 3.389; ADI 3.673).

24. (Juiz Federal/TRF3°/2011) Em setembro de 2011, a União editou decreto determinando a elevação das alíquotas de IPI sobre a importação de automóveis e instrução normativa determinando a prorrogação do direito de dedução, sobre o imposto de renda anual da pessoa física, da contribuição previdenciária paga a empregado doméstico. Em ambas as normas, há cláusula de vigência para o dia da publicação desses atos normativos. Acerca desse aspecto, é correto afirmar, em conformidade com a CF e com o CTN, que A os efeitos do decreto produzem-se a partir de 1.º/1/2012, e os da instrução normativa, a partir da publicação. B os efeitos do decreto produzem-se após 90 dias contados da publicação, e os da instrução normativa, a partir da publicação. C os efeitos do decreto e da instrução normativa produzem-se após 90 dias contados da publicação.

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D os efeitos do decreto e da instrução normativa produzem-se a partir de 1.º de janeiro de 2012. E os efeitos do decreto e da instrução normativa produzem-se a partir da publicação dessas normas.

Letra (A). O IPI deve observar a anterioridade nonagesimal (art. 150, III, “c”, §1°, da CF/88). Por conseguinte, os efeitos do Decreto produzem-se depois de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicado e não a partir de 1.º/1/2012. Logo, incorreta.

Letra (B). Os efeitos do decreto produzem-se após 90 dias contados da publicação (art. 150, III, “c”, §1°, da CF/88). Já os efeitos da instrução normativa produzem-se a partir da sua publicação, de acordo com o art. 103, I, do CTN. Logo, correta.

Letra (C). Os efeitos da instrução normativa produzem-se a partir da sua publicação, de acordo com o art. 103, I, do CTN. Logo, incorreta.

Letra (D). Os efeitos do decreto produzem-se após 90 dias contados da publicação (art. 150, III, “c”, §1°, da CF/88). Por sua vez, os efeitos da instrução normativa produzem-se a partir da sua publicação, de acordo com o art. 103, I, do CTN. Logo, incorreta.

Letra (E). Os efeitos do Decreto produzem-se depois de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicado (art. 150, III, “c”, §1°, da CF/88). Logo, incorreta.

25. (CESPE/Procurador Federal-AGU/2010) É legítima a aplicação da taxa SELIC como índice de correção monetária e de juros de mora, na atualização de débitos tributários em atraso relacionados ao IPVA, mesmo que inexista lei estadual nesse sentido.

Segundo jurisprudência consagrada no STJ (RESP 879844, DJE25/11/2009) apenas é legítima a incidência da taxa SELIC como índice de correção monetária e de juros de mora na atualização dos débitos tributários pagos em atraso, em razão de lei estadual que determina a adoção dos mesmos critérios adotados na correção dos débitos fiscais federais.

Ou seja, é necessária lei estadual nesse sentido.

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Portanto, errado.

26. (CESPE/Defensoria Pública-União/2010) Considere que determinado estado da Federação tenha publicado lei majorando a alíquota do ICMS de 18% para 19% e estabelecendo que sua vigência terminaria em 31 de dezembro de 2009. Considere, ainda, que, em meados desse mês, tenha sido publicada lei que manteve a alíquota de 19% para o ano de 2010. Nesse caso, a lei publicada em dezembro de 2009 viola o princípio da anterioridade nonagesimal.

Segundo o STF, em caso de mera prorrogação de alíquota já majorada não há surpresa ou insegurança jurídica para o sujeito passivo da relação tributária. Logo, não se aplica o princípio da anterioridade nonagesimal ou especial (chamada também de noventena).

Portanto, errado.

27. (CESPE/Promotor de Justiça de Rondônia/2010)Segundo decisão do STF, em controle de constitucionalidade abstrato, não ofende o princípio da não confiscatoriedade hipótese normativa que estipule multa fiscal de 300%, desde que se trate de inadimplemento pelo contribuinte de obrigação tributária.

Segundo decisão do STF, em controle de constitucionalidade abstrato, desrespeita o princípio da não confiscatoriedade hipótese normativa que estipule multa fiscal de 300%, ainda que se trate de inadimplemento pelo contribuinte de obrigação tributária (ADI 1.705-MC, DJ 24/11/2006).

Portanto, incorreta.

28. (CESPE/Promotor de Justiça de Rondônia/2010)Com a finalidade de não ofender o pacto federativo, a CF veda que a União conceda incentivos fiscais às diferentes regiões do país, ainda que sob o argumento de promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico.

Na verdade, com a finalidade de proteger o pacto federativo, a CF permite que a União conceda incentivos fiscais, sob o argumento

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de promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País, conforme art. 151, I, da CF.

Logo, incorreta.

29. (CESPE/Procurador Federal-AGU/2010) Se, na região Norte do país, for criado território federal, mediante lei complementar, competirá à União a instituição do ICMS nesse território.

De acordo com o art. 147 da CF/88, competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais (ICMS, ITCMD e IPVA) e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais (ISS, IPTU e ITBI).

Portanto, correto.

30. (CESPE/Advogado-BRB/2010) Para que a União tenha competência para instituir impostos residuais por lei ordinária federal, é suficiente que estes obedeçam ao requisito de não cumulatividade.

A União pode instituir impostos residuais ou novos por lei complementar, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados no texto constitucional (art. 154, I, CF).

Portanto, errado.

31. (CESPE/Analista-EMBASA/2010) Tanto a União como os estados, o Distrito Federal e os municípios podem legislar concorrentemente sobre direito tributário. Cada uma das esferas da administração tem competência legislativa plena no âmbito de sua jurisdição.

Segundo a CF/88, compete a União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito tributário (art. 24, I).

Nesse rumo, apenas na hipótese de inexistência de lei federal sobre normas gerais, os Estados e o Distrito Federal exercerão competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (art. 24, §3°).

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Portanto, errado.

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA (FCC).

1. (FCC/Procurador Estadual/São Paulo/2009) Competência tributária. I. É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais a contribuintes hipossuficientes. II. A competência legislativa dos Estados, em matéria tributária, é residual, podendo instituir outros impostos, além dos já previstos na Constituição Federal, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos nela discriminados. III. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão sua competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. IV. Existindo norma geral da União, é facultado aos Estados legislar supletivamente em matéria tributária. V. A competência legislativa dos Estados para instituir o IPVA depende da prévia edição de lei complementar, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal. Está correto o que se afirma em (A) II e V, apenas. (B) III e IV, apenas. (C) I, II e IV, apenas. (D) I, III e V, apenas. (E) I, II, III, IV e V.

O item I é falso, em razão de ser admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País(CF, art. 151, I).

O item II é falso, pois a competência legislativa dos Estados, em matéria tributária não é residual. A União e não os Estados podem instituir outros impostos, além dos já previstos na Constituição Federal, desde que sejam não-cumulativos e não

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tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos nela discriminados.

O item III é verdadeiro, pois, segundo o §3°, do art. 24, da CF/88, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão sua competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

O item IV é verdadeiro também, pois, conforme o §2°, do art. 24, da CF/88, existindo norma geral da União, é facultado aos Estados legislar supletivamente em matéria tributária.

O item V é falso, eis que a competência legislativa dos Estados para instituir o IPVA não depende da prévia edição de lei complementar, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal.

Portanto, a resposta é a letra “b”.

2. (FCC/ICMS/SP/2009) A respeito da competência tributária, considere: I. A competência tributária é o poder, conferido a determinado ente político, por lei complementar específica, para aumentar tributos. II. A competência tributária é indelegável. Porém, as funções de arrecadar ou fiscalizar os tributos ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária podem ser delegadas por uma pessoa jurídica de Direito Público a outra. III. A competência tributária, que compreende a competência legislativa e a capacidade tributária, é delegável. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) I e III.

O item I é incorreto, eis que a competência tributária é o poder, conferido a determinado ente político, por norma constitucional, para instituir por meio de lei ordinária tributos.

O item II é correto, de acordo com o art. 7° do CTN.

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O item III é incorreto, pois a competência tributária é indelegável e não compreende a competência legislativa e a capacidade tributária, que são coisas distintas.

Portanto, a resposta é “b”.

3. (FCC/ICMS/SP/2009) Em relação à competência tributária, cabe (A) à União instituir impostos sobre: I) importação de produtos estrangeiros; II) propriedade territorial rural; III) doação de quaisquer bens e direitos. (B) aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I) transmissão causa mortis; II) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação; III) propriedade de veículos de qualquer natureza. (C) aos Municípios instituir impostos sobre: I) propriedade territorial urbana e rural; II) serviços de qualquer natureza não compreendidos na competência tributária dos Estados, definidos em lei complementar; III) doação de quaisquer bens e direitos. (D) aos Estados instituir impostos sobre: I) propriedade predial territorial e urbana; II) transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso ou gratuito de quaisquer bens e direitos; III) serviços de qualquer natureza. (E) à União instituir impostos sobre: I) importação de produtos estrangeiros; II) propriedade territorial rural; III) os impostos estaduais em território Federal e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais.

A letra “a” é incorreta, pois a União não tem competência para instituir impostos sobre doação de quaisquer bens e direitos.

A letra “b” é incorreta, pois não cabe aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre propriedade de veículos de qualquer natureza, mas sim de veículos automotores (CF, art. 155, III).

A letra “c” é incorreta, eis que não cabe aos Municípios instituir impostos sobre doação de quaisquer bens e direitos, que é de competência dos Estados (CF, art. 155, I).

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A letra “d” é incorreta, eis que não cabe aos Estados instituir impostos sobre: propriedade predial territorial e urbana; transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso ou gratuito de quaisquer bens e direitos e serviços de qualquer natureza, conforme art. 155 e 156 da CF/88.

A letra “e” é correta, eis que à União tem competência para instituir impostos sobre: importação de produtos estrangeiros (CF, art. 153, I); propriedade territorial rural (CF, art. 153, VI); os impostos estaduais em território Federal e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais (CF, art. 147).

4. (FCC/Auditor/TCE/AL/2008) O ITR – Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural é de competência da União. Contudo, os Municípios, nos termos da lei, poderão optar em arrecadar e fiscalizar este imposto, conforme autoriza a Constituição Federal. Neste caso o Município que assim optar será titular da (A) competência tributária ativa. (B) competência e da capacidade tributária ativa. (C) capacidade tributária ativa. (D) competência tributária delegada. (E) capacidade tributária delegante.

5. (FCC/Juiz de Direito/AL/2007) Nos termos do art. 153, § 4o, III, da Constituição Federal, o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural poderá ser fiscalizado e cobrado pelo Município. Se o Município, em caráter excepcional, resolver fazer uso dessa faculdade, passará a exercer (A) a competência tributária plena. (B) juntamente com a União a competência tributária. (C) a competência e a capacidade tributária ativa. (D) juntamente com a União a capacidade tributária ativa. (E) a capacidade tributária ativa, ficando reservada à União a competência tributária.

A primeira é letra “c” e a segunda é letra “e”.

A competência tributária se distingue da capacidade tributária ativa.

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A competência tributária é o poder conferido a determinado ente federativo de instituir tributos por meio do processo legislativo discriminado nas normas constitucionais.

Já a capacidade tributária ativa significa a possibilidade de determinada pessoa figurar como sujeito ativo da relação jurídico-tributária.

Ou seja, a capacidade tributária ativa é da pessoa competente para exigir o cumprimento da obrigação tributária ou da pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir seu o cumprimento, de acordo com o art. 119 do CTN.

6. (FCC/Defensoria Pública Estadual/Pará/2009)Sobre competência constitucional em matéria tributária, é correto afirmar, EXCETO (A) a competência tributária é indelegável, imprescritível, irrenunciável e inalterável. (B) a competência para instituição do ITR é da União, mas a capacidade poderá ser transferida aos Municípios que optarem pela arrecadação e fiscalização deste tributo, nos termos da lei. (C) a isenção equivale a incompetência tributária para instituir tributos sobre determinados fatos geradores, estando regulada na Constituição Federal. (D) a competência para instituição do ISS é municipal e do ICMS é estadual. (E) as competências para instituição de impostos são classificadas como legislativas exclusivas e não podem ter seu rol ampliado.

A letra “a” é correta, pois a doutrina estabelece como características da competência tributária a indelegabilidade, a imprescritibilidade, a irrenunciabilidade e a inalterabilidade.

A letra “b” é correta, eis que a competência para instituição do ITR é da União, mas a capacidade tributária ativa poderá ser transferida aos Municípios que optarem pela arrecadação e fiscalização deste tributo, nos termos da lei, segundo o art. 153, §4°, III, da CF/88.

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A letra “c” é incorreta, pois a imunidade e não a isenção equivale a incompetência tributária para instituir tributos sobre determinados fatos geradores, estando regulada na Constituição Federal.

A letra “d” é correta, porque a competência para instituição do ISS é municipal e do ICMS é estadual, de acordo com os arts. 155, II e 156, III da CF/88.

A letra “e” foi considerada correta. Este enunciado é polêmico, afirmando que as competências para instituição de impostos são classificadas como legislativas exclusivas e não podem ter seu rol ampliado. A interpretação é que o rol não pode ser ampliado ou reduzido por legislação ordinária.

Lembramos que a Constituição Federal estabelece as competências tributárias de forma rígida.

Entretanto, destacamos que esta característica não impede a alteração da competência tributária por meio de reforma constitucional, desde que tal modificação pelo poder constituinte derivada não seja tendente a abolir a autonomia financeira do ente federado, o que acarretaria violação a forma federativa de Estado (art. 60, §4°, I, da CF/88).

De tal modo, não violou a forma federativa de Estado brasileira a Emenda Constitucional n. 3/1993, que extinguiu a competência dos Estados e do Distrito Federal para instituir o Adicional ao Imposto sobre a Renda (AIR) e a competência dos Municípios e do Distrito Federal para criar o Imposto sobre Vendas a Varejo de Combustíveis Líquidos e Gasosos (IVVC), uma vez que a perda da arrecadação decorrente da extinção desses impostos não foi tendente a abolir a autonomia financeira dos respectivos entes federativos.

7. (FCC/Procurador de Contas/Alagoas/2008) São tributos de competência da União, EXCETO a contribuição (A) de melhoria. (B) social para a seguridade social. (C) para o custeio do serviço de energia elétrica. (D) de intervenção no domínio econômico. (E) de interesse de categorias profissionais.

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A resposta correta é a “c”. Não é competência da União a instituição da contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública.

8. (FCC/Agente Legislativo/ALESP/2010) É da competência constitucional legislativa dos Estados a instituição de (A) impostos não discriminados expressamente na Constituição Federal, dentro da competência residual. (B) taxas, pelo exercício regular de poder de polícia de competência estadual. (C) contribuição de intervenção no domínio econômico. (D) imposto sobre a transmissão inter vivos de bens imóveis a título oneroso. (E) empréstimo compulsório para cobrir despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública.

Letra (A). Os impostos residuais são de competência da União. Logo, incorreta.

Letra (B). É da competência constitucional legislativa dos Estados a instituição de taxas, pelo exercício regular de poder de polícia de competência estadual, conforme art. 145, II, da CF/88. Logo, correta.

Letra (C). A CIDE é de competência da União. Logo, incorreta.

Letra (D). O ITBI é de competência do Município. Logo, incorreta.

Letra (E). O empréstimo compulsório é de competência da União. Logo, incorreta.

9. (FCC/APO/SP/2010) A competência tributária (A) pode ser conferida apenas aos entes federados. (B) pode ser delegada por lei complementar a outro ente federado. (C) não autoriza que o ente deixe de exercê-la, não instituindo um tributo de sua competência. (D) pode ser renunciada pelo ente, quando este deixa de instituir um tributo de sua competência. (E) trata-se de competência administrativa.

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Letra (A). A competência tributária pode ser conferida apenas aos entes federados, que são os entes políticos (União, Estados-membros, DF e Municípios). Logo, correta.

Letra (B). A competência tributária é indelegável (art. 7° do CTN). Logo, incorreta.

Letra (C). A competência tributária é facultativa. Logo, incorreta.

Letra (D). A competência tributária é irrenunciável (art. 8° do CTN). Logo, incorreta.

Letra (E). A competência tributária não é competência administrativa, mas sim competência legislativa. A competência administrativa é a capacidade tributária ativa. Logo, incorreta.

10. (FCC/Juiz de Direito/MS/2010) Sobre a competência tributária, é correto afirmar que (A) trata-se de competência administrativa, passível de delegação por lei complementar. (B) é competência legislativa comum para todas as espécies de tributos. (C) é competência concorrente da União e dos Estados. (D) é competência legislativa exclusiva em relação a impostos e empréstimo compulsório. (E) pode ser delegada por lei relativamente ao exercício da fiscalização e arrecadação de tributos.

Letra (A). A competência tributária é indelegável (art. 7° do CTN). Além disso, a competência tributária não é administrativa, mas sim legislativa. Logo, incorreta.

Letra (B). A competência tributária é comum apenas no que se refere a alguns tributos. Por exemplo, taxas e contribuições de melhoria. Logo, incorreta.

Letra (C). A competência tributária não é concorrente da União e dos Estados. Por exemplo, Municípios e o DF possuem competência tributária. Logo, incorreta.

Letra (D). A competência tributária é, em regra, competência legislativa exclusiva em relação a impostos e empréstimo

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compulsório, conforme os arts. 148, 153, 155, 156, da CF/88. Logo, correta.

Letra (E). A competência tributária é indelegável (art. 7° do CTN). Ademais, a capacidade tributária ativa é que se refere ao exercício da fiscalização e arrecadação de tributos. Logo, incorreta.

11. (FCC/Procurador de Estado/MT/2011) Sobre competência tributária e capacidade tributária ativa, é correto afirmar: (A) A competência tributária é delegável por lei. (B) A capacidade tributária ativa indica o sujeito ativo da obrigação tributária principal. (C) O Código Tributário Nacional fixa as competências tributárias. (D) A capacidade tributária ativa é exclusiva do ente político definido na Constituição Federal. (E) Somente o ente político competente para instituir o tributo pode ser titular da capacidade tributária ativa.

Letra (A). A competência tributária é indelegável (art. 7° do CTN). Logo, incorreta.

Letra (B). A capacidade tributária ativa indica o sujeito ativo da obrigação tributária principal, que é o sujeito competente para exigir o tributo, nos termos do art. 119 do CTN. Logo, correta.

Letra (C). A Constituição Federal fixa as competências tributárias. Logo, incorreta.

Letra (D). A capacidade tributária ativa pode ser delegável a outro ente político. Por exemplo, na hipótese do ITR prevista no art. 153, §4°, inc. III, da Constituição Federal, que autoriza tributo de competência da União poder ser fiscalizado e cobrado por Município. Logo, incorreta.

Letra (E). A capacidade tributária ativa pode ser delegável a outro ente político ou até mesmo a uma autarquia, nos termos do art. 119 do CTN. Logo, incorreta.

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LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS DO PODER DE TRIBUTAR. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

(FCC).

1. (FCC/Procurador de Contas/TCE/MG/2007) Obedece ao princípio da anterioridade anual, mas não obedece ao princípio da anterioridade nonagesimal (noventena) o imposto sobre (A) a renda (IR). (B) produtos industrializados (IPI). (C) importação (II). (D) serviço de qualquer natureza (ISS). (E) exportação (IE).

De início, destaca-se que a anterioridade genérica ou anual é a proibição do poder estatal fiscal cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que tenha instituído ou majorado o tributo.

Por sua vez, o poder constituinte derivado através da EC n. 42/2003 revigorou a certeza e a segurança no direito tributário, garantindo-se ainda mais o sujeito passivo da relação tributária contra uma tributação inesperada ou surpresa, vedando a cobrança de alguns tributos antes de decorridos 90 dias da data em que tiver sido publicada a lei que os tenha instituído ou aumentado(art. 150, inciso III, alínea “c”), consoante já era igualmente fixado pelo poder constituinte originário para as contribuições da seguridade social (art. 195, §6°, da CF/88). Esta é anterioridade nonagesimal.

Desta forma, a tabela das exceções ao princípio da anterioridade e à noventena é a que segue. Preste atenção: se é exceção é porque não deve observar o princípio. E todos os demais tributos devem observar as duas anterioridades, porque a regra é a observância ao princípio.

Anterioridade anual Noventena II II IE IE IPI IRIOF IOF

Imposto extraordinário por motivo de guerra externa (IEG)

Imposto extraordinário por motivo de guerra externa (IEG)

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Empréstimo compulsório por motivo de guerra externa ou

de calamidade pública

Empréstimo compulsório por motivo de guerra externa ou

de calamidade pública Restabelecimento de alíquotas do ICMS – Combustíveis e da CIDE –

Combustíveis

Base de cálculo do IPTU

Contribuições para a seguridade social

Base de cálculo do IPVA

LETRA A – CORRETA

O imposto sobre a renda (IR) obedece ao princípio da anterioridade anual, mas não obedece ao princípio da anterioridade nonagesimal (noventena), portanto a alternativa “a” é a correta.

LETRA B – INCORRETA

O IPI deve observar a noventena e não deve observar a anterioridade anual.

LETRA C - INCORRETA

O imposto sobre importação (II) não deve observar a noventena e não deve observar a anterioridade anual.

LETRA D – INCORRETA

O imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN ou simplesmente ISS) deve observar a noventena e deve observar a anterioridade anual.

LETRA E - INCORRETA

O imposto sobre exportação (IE) não deve observar a noventena e não deve observar a anterioridade anual.

2. (FCC/Defensoria Pública/Pará/2009) Lei que fixa nova base de cálculo e majora as alíquotas do IPTU e do ITBI municipal, publicada em novembro de 2008 tem eficácia (A) a partir do primeiro dia do exercício de 2009.

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(B) a partir do primeiro dia do exercício de 2009 apenas para a nova base de cálculo do IPTU. (C) noventa dias a contar da publicação da nova lei. (D) noventa dias a contar da publicação da nova lei para base de cálculo e alíquota do ITBI e do primeiro dia do exercício de 2009 para base de cálculo e alíquota do IPTU. (E) noventa dias a contar da publicação da nova lei para base de cálculo e alíquota do IPTU e do primeiro dia do exercício de 2009 para base de cálculo e alíquota do ITBI.

O IPTU não deve observar a noventena, mas deve observar a anterioridade anual.

O ITBI deve observar a noventena e deve observar a anterioridade anual.

Logo, a resposta correta é a letra “b”.

3. (FCC/Procurador Municipal/São Paulo/2008) Em relação aos impostos, haverá exceção aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal a majoração de (A) alíquotas do IPI. (B) alíquotas do IR. (C) alíquotas do IOF. (D) base de cálculo do IPTU. (E) base de cálculo do IPVA.

LETRA A - INCORRETA

A majoração das alíquotas do IPI não deve obedecer ao princípio da anterioridade anual, mas deve obedecer ao princípio da anterioridade nonagesimal (noventena).

LETRA B - INCORRETA

A majoração das alíquotas do imposto sobre a renda (IR) obedece ao princípio da anterioridade anual, mas não obedece ao princípio da anterioridade nonagesimal (noventena).

LETRA C - CORRETA

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A majoração das alíquotas do IOF não deve obedecer ao princípio da anterioridade anual e não deve obedecer ao princípio da anterioridade nonagesimal (noventena).

LETRA D - INCORRETA

A majoração da base de cálculo do IPTU deve obedecer ao princípio da anterioridade anual, mas não deve obedecer ao princípio da anterioridade nonagesimal (noventena).

LETRA E – INCORRETA

A majoração da base de cálculo do IPVA deve obedecer ao princípio da anterioridade anual, mas não deve obedecer ao princípio da anterioridade nonagesimal (noventena).

4. (FCC/Fiscal de Rendas /São Paulo/2006) NÃO se aplica o princípio da anterioridade nonagesimal (noventena criada pela Emenda Constitucional no 42/2003) ao imposto sobre (A) propriedade territorial rural (ITR) e o imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU). (B) serviços de qualquer natureza e à fixação da base de cálculo do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) e do imposto sobre propriedade territorial rural (ITR). (C) circulação de mercadoria e serviços (ICMS) incidente sobre as operações com lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo e à contribuição de intervenção no domínio econômico (CIDE) relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados. (D) renda e proventos de qualquer natureza (IR) e à fixação da base de cálculo dos impostos sobre propriedade de veículos automotores (IPVA) e sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU). (E) produtos industrializados (IPI) e aos impostos sobre exportação (IE) e importação (II).

Não se aplica o princípio da anterioridade nonagesimal (noventena) criada pela Emenda Constitucional no 42/2003 ao imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR) e à fixação da base de cálculo dos impostos sobre propriedade de

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veículos automotores (IPVA) e sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU).

Logo, a resposta correta é a letra “d”.

5. (FCC/Fiscal de Rendas/São Paulo/2006) De acordo com o princípio constitucional da anterioridade, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. O referido princípio tributário NÃO se aplica aos impostos sobre (A) serviços de qualquer natureza, propriedade de veículos automotores e transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. (B) importação, exportação, produtos industrializados, operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários e imposto extraordinário instituído em caso de guerra ou sua iminência. (C) a renda e proventos de qualquer natureza, produtos industrializados e propriedade predial e territorial urbana. (D) importação, exportação, produtos industrializados, renda e proventos de qualquer natureza e propriedade territorial rural. (E) propriedade territorial rural, circulação de mercadorias e serviços, renda e proventos de qualquer natureza e imposto extraordinário instituído em caso de guerra ou sua iminência.

LETRA A – INCORRETA

A anterioridade anual se aplica aos impostos sobre serviços de qualquer natureza (ISS), propriedade de veículos automotores (IPVA) e transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITCMD).

LETRA B – CORRETA

A anterioridade anual não se aplica aos impostos sobreimportação (II), exportação (IE), produtos industrializados (IPI), operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF) e imposto extraordinário instituído em caso de guerra ou sua iminência (IEG).

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LETRA C - INCORRETA

A anterioridade anual se aplica aos impostos sobre a renda (IR) e propriedade predial e territorial urbana (IPTU).

LETRA D - INCORRETA

A anterioridade anual se aplica aos impostos sobre a renda (IR) e propriedade territorial rural (ITR).

LETRA E - INCORRETA

A anterioridade anual se aplica aos impostos sobre a renda (IR), propriedade territorial rural (ITR) e circulação de mercadorias e serviços (ICMS).

6. (FCC/Auditor Fiscal Municipal/São Paulo/2007) O imposto “A” foi instituído por lei publicada no dia 05 de julho de 2004 e a taxa “B” foi instituída por lei publicada no dia 16 de novembro de 2004. Esses tributos já poderiam ser cobrados (A) desde a data de suas respectivas publicações. (B) em 02 de janeiro de 2005 e 02 de janeiro de 2005, respectivamente. (C) em 05 de outubro de 2004 e 15 de fevereiro de 2005, respectivamente. (D) em 02 de janeiro de 2005 e 15 de fevereiro de 2005, respectivamente. (E) em 05 de outubro de 2004 e 02 de janeiro de 2005, respectivamente.

Na questão não se identifica qual é a espécie de imposto.

Portanto, deve-se partir da premissa que o imposto “A” deve observar a anterioridade anual e a anterioridade nonagesimal.

A taxa deve sempre observar a anterioridade anual e a anterioridade nonagesimal (noventena).

Assim sendo, se o imposto “A” foi instituído por lei publicada no dia 05 de julho de 2004 e a taxa “B” foi instituída por lei publicada no dia 16 de novembro de 2004, tais tributos só poderiam ser

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cobrados em 02 de janeiro de 2005 e 15 de fevereiro de 2005, respectivamente.

Logo, a resposta correta é a letra “d”.

7. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/São Paulo/2009)Dispõe o § 2o, do art. 62, da Constituição Federal, que medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os impostos de importação, exportação, sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliários, produtos industrializados e extraordinário, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte, se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. Por sua vez, dispõe o §1o do art. 150, in fine, da Constituição Federal, que a anterioridade mínima de 90 dias para a incidência de leis instituidoras ou majoradoras de tributos não se aplica aos seguintes tributos: empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias; imposto de importação; imposto de exportação; imposto de renda; imposto sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliários; e imposto extraordinário. Uma medida provisória editada em março de 2009 que venha a majorar o imposto de importação e o imposto de renda. (A) terá eficácia imediata em relação a ambos os impostos. (B) terá eficácia imediata apenas em relação ao imposto de importação, devendo ser convertida em lei até o último dia do exercício de 2009 para que tenha eficácia a partir de 01 de janeiro de 2010, em relação ao imposto de renda. (C) só produzirá efeitos noventa dias a contar do exercício seguinte, se for convertida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação a ambos os impostos. (D) só produzirá efeitos noventa dias a contar da sua edição, em relação ao imposto de importação, e no exercício seguinte se for convertida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação ao imposto de renda. (E) só produzirá efeitos noventa dias a contar do exercício seguinte, se for convertida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação ao imposto de renda, e noventa dias a contar da sua edição em relação ao imposto de importação.

A questão é puramente interpretativa. A própria banca examinadora já deu a resposta no enunciado.

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Em relação à medida provisória, segundo o entendimento jurisprudencial predominante, realçamos a informação de que para se atender a anterioridade nonagesimal ou noventena se deve contar da publicação da medida provisória se esta for convertida em lei sem alterações substanciais realizadas pelo Poder Legislativo.

Ao contrário, se a medida provisória for significativamente modificada, a noventena é contada da data da conversão da medida provisória em lei.

Assim, em razão do §2°, do art. 62, da CF/88, a resposta é a “b”.

8. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) A lei federal que criou o Adicional de Indenização ao Trabalhador Portuário (AITP) enunciou como sujeito passivo desse tributo, de modo genérico, o operador portuário. A União, por meio de decreto do Presidente da República, equiparou a operador portuário os importadores, exportadores e consignatários de mercadorias importadas do exterior. Tal equiparação é (A) legal, pois ocorreu apenas adequação a um conceito previamente definido em lei. (B) legal, de vez caber aos decretos a especificação dos conceitos definidos em lei. (C) ilegal, porquanto a definição de sujeitos passivos é privativa de lei. (D) ilegal, em razão de não competir ao Presidente da República, mas ao Ministro dos Transportes, a definição de "operador portuário". (E) ilegal, em razão de não competir ao Presidente da República, mas ao Ministro do Comércio Exterior, a definição de “operador portuário”.

O art. 97, inc. III, do CTN, dispõe que a definição do fato gerador da obrigação tributária principal e do seu sujeito passivo deve ser feita por lei.

E a jurisprudência do STJ entende da mesma forma, a saber:

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“Ementa: Adicional de indenização do trabalhador portuário. Lei 8.630/93. Definição do sujeito passivo da obrigação. Decreto nº 1.035/93. Ofensa ao princípio da legalidade. II. O art. 3º do Decreto n. 1.035/93, ao regulamentar a Lei n. 8.630/93, que instituiu o Adicional de Indenização do Trabalhador Portuário, extrapolou os seus limites, ao incluir como sujeitos passivos da obrigação tributária os importadores, exportadores, ou consignatários de mercadorias, afrontando, em conseqüência, o Princípio da Legalidade Tributária, previsto no art. 97, inciso III, do CTN.” (STJ. REsp 911014/SP)

Logo, a resposta correta é a letra “c”.

9. (FCC/Auditor/TCE/AL/2008) Sujeita-se ao princípio da anterioridade nonagesimal, mas é exceção aos princípios da anterioridade anual e da legalidade o imposto (A) sobre operações de câmbio. (B) de importação. (C) sobre produtos industrializados. (D) de exportação. (E) sobre circulação de mercadorias.

O IPI se sujeita ao princípio da anterioridade nonagesimal, mas é exceção aos princípios da anterioridade anual e da legalidade o imposto, conforme o art. 150, §1°, c/c 153, §1°, da CF/88.

Lembro aqui novamente que no caso do ICMS, apenas no ICMS – Combustíveis e Lubrificantes (art. 155, §4°, IV, da CF/88) é que as alíquotas poderão ser reduzidas e restabelecidas, sendo que a exceção se refere à incidência monofásica do imposto, e as alíquotas são definidas nacionalmente por convênios dos Executivos Estaduais, ou seja, por ato de deliberação do Poder Executivo dos Estados e do Distrito Federal.

Logo, a resposta correta é a letra “c”.

10. (FCC/Analista/Agência reguladora/CE/2007)Através de decreto do Presidente da República é possível, dentro dos limites legais e sem obediência aos princípios da anterioridade e da noventena a majoração de alíquotas do imposto

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(A) de importação e imposto de renda. (B) de exportação e imposto sobre a propriedade territorial rural. (C) sobre produtos industrializados e imposto sobre operações de crédito. (D) sobre produtos industrializados e imposto de renda. (E) sobre operações de crédito e imposto de importação.

LETRA A - INCORRETA

O imposto de renda (IR) deve obedecer ao princípio da anterioridade anual.

LETRA B - INCORRETA

O imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR) deve obedecer ao princípio da anterioridade anual e a noventena.

LETRA C - INCORRETA

O imposto sobre produtos industrializados (IPI) deve obedecer a noventena.

LETRA D - INCORRETA

O imposto sobre produtos industrializados (IPI) deve obedecer a noventena e o imposto de renda (IR) deve obedecer ao princípio da anterioridade anual.

LETRA E - CORRETA

O imposto sobre operações de crédito (IOF) e imposto de importação (II) são exceções ao princípio da anterioridade anual e a noventena.

11. (FCC/Juiz de Direito/Roraima/2008) Diante da majoração da contribuição social sobre o lucro líquido das empresas através de decreto presidencial, para que tenha eficácia no mesmo exercício financeiro da sua publicação, é possível afirmar que é (A) ilegal, pois depende de medida provisória, com eficácia de 60 dias, prorrogáveis por igual período uma única vez.

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(B) inconstitucional, pois depende de lei tal majoração, ainda que tenha eficácia no mesmo exercício financeiro ao da sua publicação. (C) inconstitucional, pois a majoração depende de lei e só pode entrar em vigor no exercício financeiro seguinte ao da publicação da lei. (D) constitucional, por se tratar de tributo extrafiscal, sendo exceção aos princípios da legalidade e da anterioridade. (E) legal, por ser uma contribuição de intervenção no domínio econômico, admitindo alíquota majorada por decreto e vigência no mesmo exercício financeiro.

É inconstitucional, uma vez que desobedece ao princípio da legalidade, que proíbe a União de aumentar tributo sem lei que o estabeleça (art. 150, I) e a contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) não é exceção a tal princípio.

Por outro lado, a contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) disposta no art. 195, I, “c”, da CF/88 é contribuição para seguridade social e não deve observar a anterioridade anual, mas somente a noventena (art. 195, §6°), podendo, portanto, ter eficácia no mesmo exercício financeiro ao da sua publicação.

Logo, a resposta correta é a letra “b”.

12. (FCC/Procurador de Contas/Alagoas/2008) O Chefe do Poder Executivo poderá, através de (A) decreto, dentro dos limites legais, majorar a alíquota da CIDE combustível. (B) medida provisória, instituir empréstimo compulsório das despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública. (C) medida provisória, instituir imposto residual, com fato gerador e base de cálculo distintos dos impostos já discriminados na Magna Carta. (D) decreto, dentro dos limites legais, majorar a alíquota do imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro e valores mobiliários. (E) decreto, instituir contribuição social para seguridade social, dentro da competência constitucional residual.

LETRA A – INCORRETA

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A alíquota da CIDE combustível poderá apenas ser reduzida e restabelecida, ou seja, o Poder Executivo reduz a alíquota e, uma vez reduzida, pode restabelecê-la, tendo, como teto, a alíquota, prevista anteriormente em lei, conforme o art. 177, §4°, I alínea “b”, da CF/88.

LETRA B - INCORRETA

O empréstimo compulsório somente pode ser instituído por lei complementar aprovada pelo Poder Legislativo federal (Câmara dos Deputados e Senado Federal), de acordo com o art. 148 da CF/88.

LETRA C - INCORRETA

O imposto residual apenas pode ser criado mediante lei complementar, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição, segundo o art. 154, I, da CF/88.

LETRA D – CORRETA

O Chefe do Poder Executivo poderá, através de decreto, dentro dos limites legais, majorar a alíquota do imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro e valores mobiliários, segundo art. 153, §1°, da CF/88.

LETRA E - INCORRETA

A contribuição social para seguridade social, dentro da competência constitucional residual, apenas pode ser criado mediante lei complementar, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição, segundo o art. 154, I c/c 195, §4°, da CF/88.

Realço que o §4°, do art. 195, da CF/88, trata especificadamente das contribuições residuais da seguridade social.

A interpretação do STF a respeito desta norma afirma é que para criação das contribuições residuais da seguridade social é necessária lei complementar, além de obediência ao princípio da não-

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cumulatividade e base de cálculo ou fato gerador diferentes das contribuições especiais já referidas na CF/88.

Noutros termos, a contribuição residual ou nova contribuição social (art. 154, I, da CF/88) não pode ter base de cálculo ou fato gerador igual à de qualquer contribuição especial já discriminado na CF/88 (por exemplo, COFINS, CSLL etc.), mas pode ter base de cálculo igual ou fato gerador semelhante à de imposto já descrito na CF/88 (por exemplo, IR, IPI, II, IE, IOF etc.).

13. (FCC/Procurador Municipal/São Paulo/2008) Um Prefeito Municipal, através de Decreto, corrige a base de cálculo do IPTU em 45% (quarenta e cinco por cento), em 31 de dezembro de 2007, para que seja aplicada a nova base de cálculo a partir de 01 de janeiro de 2008. Esta medida é (A) constitucional, porque correção monetária de base de cálculo é exceção ao princípio da legalidade, por não se caracterizar como majoração, apesar de dever obediência ao princípio da anterioridade anual. (B) constitucional, porque além de poder ser feita por decreto a correção da base de cálculo, por ser exceção ao princípio da legalidade, é também exceção ao princípio da anterioridade anual. (C) inconstitucional, porque a correção monetária depende da indicação de índice de correção monetária, enquanto no fato apresentado houve verdadeira majoração da base de cálculo, violando, portanto, o princípio da legalidade. (D) inconstitucional, porque a correção monetária de base de cálculo depende de lei, visto que acarreta a majoração do tributo, e também porque não foi observado o princípio da anterioridade nonagesimal. (E) inconstitucional, porque correção monetária de base de cálculo do IPTU deve obediência ao princípio da anterioridade nonagesimal, apesar de ser exceção ao princípio da legalidade.

O artigo 150, inc. I, da CF/88, dispõe que os tributos não poderão ser aumentados ou exigidos sem lei que o estabeleça. É o princípio da legalidade, que não abrange exceção no caso da base de cálculo. Este é o entendimento dominante.

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Nesse rumo, você deve conhecer o §§1° e 2°, do art. 97, do CTN, que foram recepcionados pelo texto constitucional. Estes dispositivos afirmam, respectivamente, que se equipara “à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso” e que não constitui majoração de tributo a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.

No caso, um Prefeito Municipal, através de Decreto, corrige a base de cálculo do IPTU em 45%, em 31 de dezembro de 2007, para que seja aplicada a nova base de cálculo a partir de 01 de janeiro de 2008.

Isto é, há observância do princípio da anterioridade anual, mas não há obediência ao princípio da legalidade, eis que a correção em 45% constitui verdadeira majoração do tributo e não mera atualização do valor monetário do tributo, que poderia ser feita por Decreto.

Logo, a resposta correta é a letra “c”.

Realço novamente que a majoração da base de cálculo do IPTU não precisa observar a noventena ou anterioridade nonagesimal.

14. (FCC/Procurador de Contas/Alagoas/2008) O Governo Federal, lançando mão de um pacote tributário em janeiro de 2008, adotou as seguintes medidas: I. majorou a alíquota do imposto de renda por medida provisória de eficácia imediata já para o ano calendário 2008; II. majorou a alíquota do imposto sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliários por decreto publicado em 10 de janeiro de 2008, que passará a ser aplicada a partir da publicação; III. encaminhou ao Congresso Nacional projeto de lei complementar para majorar a alíquota de contribuição social sobre o lucro líquido; IV. majorou a alíquota do IPI sobre cigarro, por decreto, que passará a ser aplicada a partir da publicação; V. concedeu, por medida provisória, isenção de imposto de importação sobre o combustível e, na mesma medida, de ICMS sobre o combustível.

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Dentre estas medidas, NÃO atendem aos princípios constitucionais tributários (A) I, II e III. (B) II, III e IV. (C) I, III e IV. (D) II, IV e V. (E) I, IV e V.

O item I não atende ao princípio da anterioridade anual.

O item II é constitucional, eis que a majoração da alíquota do imposto sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliários (IOF) por decreto publicado em 10 de janeiro de 2008, que passará a ser aplicada a partir da publicação não fere anterioridade anual ou nonagesimal, bem como o princípio da legalidade, conforme art. 150, §1°, c/c 153, §1°, da CF/88.

O item III é constitucional, pois não há qualquer problema jurídico no encaminhamento ao Congresso Nacional de projeto de lei complementar para majorar a alíquota de contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL).

De acordo com a jurisprudência do STF a majoração da alíquota poderia ser até por lei ordinária.

Senão, vejamos:

“As contribuições do art. 149, CF — contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse de categorias profissionais ou econômicas — posto estarem sujeitas à lei complementar do art. 146, III, CF, isto não quer dizer que deverão ser instituídas por lei complementar. (...) A contribuição não é imposto. Por isso, não se exige que a lei complementar defina a sua hipótese de incidência, a base imponível e contribuintes.”

O item IV não atende ao princípio da anterioridade nonagesimal ou noventena.

O item V não atende ao princípio da legalidade, uma vez que o ICMS sobre o combustível é de competência dos Estados e do Distrito Federal.

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Logo, a resposta correta é a letra “e”.

Os itens I, IV e V não atendem aos princípios constitucionais tributários.

15. (FCC/Procurador de Contas/Alagoas/2008) É exceção ao princípio da uniformidade geográfica a (A) vedação da União em instituir tributo uniforme em todo o território nacional. (B) concessão, pela União, de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre diferentes regiões do País. (C) vedação aos Estados e Distrito Federal de instituir isenções de tributos de competência dos Municípios. (D) concessão, pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, de diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão da procedência. (E) vedação de estabelecer limitação ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais.

O princípio da uniformidade geográfica está estabelecido no art. 151, I, da CF/88, afirmando que é vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País.

Portanto, o princípio da uniformidade geográfica prega que é vedado a União instituir ou majorar tributos de forma desigual em todo o território nacional. Assim, por exemplo, o tributo de competência da União deve conter a mesma alíquota em todo o Brasil.

Entretanto, existe uma atenuação a este princípio no caso de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País. Por exemplo, a União deve conceder a Zona Franca de Manaus benefícios fiscais até 2023, conforme o art. 92 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).

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Logo, a resposta correta é a letra “b”.

16. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) O princípio da não-cumulatividade, em relação ao Imposto Sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e Comunicação (ICMS), significa que o (A) Fisco não poderá exigir, cumulativamente com o ICMS, qualquer outro tributo em tese incidente sobre a mesma operação. (B) contribuinte poderá descontar, do valor devido em cada operação de circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, o montante do tributo cobrado em operações anteriores. (C) contribuinte tem o direito à redução progressiva do montante a recolher a título de ICMS, conforme o número de operações realizadas desde o início de suas atividades. (D) Fisco deverá excluir o IPI ou o ISS da base de cálculo do ICMS, sempre que qualquer daqueles dois tributos for exigido concomitantemente com este. (E) contribuinte tem o direito à redução progressiva da alíquota do ICMS, conforme o número de operações realizadas em determinado espaço de tempo.

A resposta correta é a letra “b”, pois, como expliquei na questão anterior, o princípio da não-cumulativa quer dizer exatamente que o contribuinte poderá descontar, do valor devido em cada operação de circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, o montante do tributo cobrado em operações anteriores.

17. (FCC/Procurador Municipal/São Paulo/2008) Em relação às imunidades e isenções tributárias, é correto afirmar: (A) o Município não paga IPVA e taxa de licenciamento de veículo em relação aos veículos automotores de sua propriedade em razão da imunidade recíproca. (B) os serviços comunitários prestados por igreja evangélica são isentos de ISS por disposição expressa na Constituição Federal. (C) é constitucionalmente devida a taxa de expediente para expedição de certidão em repartição pública municipal, para

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defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal do requerente. (D) a União e o Estado não podem ser sujeitos passivos, na qualidade de contribuintes, de contribuição de melhoria devida em razão de obra pública municipal que gera valorização de seus imóveis, por existir imunidade recíproca. (E) o promitente comprador de imóvel de propriedade de autarquia municipal não se exonera da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel objeto da aquisição.

LETRA A - INCORRETO

O Município não paga IPVA em relação aos veículos automotores de sua propriedade em razão da imunidade recíproca, mas deve pagar, em princípio, taxa de licenciamento de veículo, porque a imunidade recíproca se refere apenas a impostos.

LETRA B – INCORRETO

A imunidade dos templos de qualquer culto, igualmente denominada de imunidade religiosa, está prevista no art. 150, VI, “b” e §4°, da CF/88, alcançando os impostos sobre o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades religiosas.

Neste contexto, os serviços comunitários prestados por igreja evangélica são imunes e não isentos de ISS por disposição expressa na Constituição Federal.

LETRA C - INCORRETO

Não é constitucionalmente devida a taxa de expediente para expedição de certidão em repartição pública municipal, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal do requerente.

Existe uma imunidade específica disposta no art. 5°, inc. XXXIV, da CF/88, dispondo que são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: (a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; (b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.

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LETRA D - INCORRETO

A imunidade recíproca se refere apenas aos impostos.

LETRA E - CORRETO

É correto afirmar que o promitente comprador de imóvel de propriedade de autarquia municipal não se exonera da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel objeto da aquisição.

A parte final do §3º, do art. 150, da CF/88, estabelece que a imunidade recíproca não exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.

Isto é, a imunidade do ente público referente ao pagamento de imposto incidente sobre bem imóvel não ocorre no caso do imóvel objeto de promessa de venda a particular ou a terceiro não acobertado pela imunidade tributária.

Daí a súmula 583 do STF, dispondo que o promitente comprador de imóvel residencial transcrito em nome de autarquia é contribuinte do IPTU.

18. (FCC/Advogado/Metrô/São Paulo/2008) Sobre a limitação do poder de tributar, é correto afirmar que à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é permitido (A) cobrar imposto sobre o patrimônio, a renda ou serviços das fundações vinculadas a partidos políticos. (B) cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base em lei anterior à data inicial do exercício financeiro a que corresponda. (C) cobrar imposto sobre o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros em relação aos seus serviços próprios e inerentes aos seus objetivos. (D) estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. (E) cobrar imposto sobre papel destinado exclusivamente à impressão de livros.

LETRA A - INCORRETA

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O texto constitucional estabelece a proibição de se criar impostos sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, bem como dispõe que tal vedação compreende somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais destas entidades, segundo o art. 150, VI, “c” e §4°.

LETRA B - CORRETA

O enunciado se refere ao princípio da anterioridade anual.

E se a cobrança do imposto sobre o patrimônio e a renda é feita com base em lei anterior à data inicial do exercício financeiro a que corresponda não ocorre desobediência a tal princípio.

LETRA C - INCORRETA

Esta letra contraria a imunidade tributária recíproca (art. 156, VI, “a”, da CF/88).

LETRA D - INCORRETA

Esta letra contraria o art. 150, V, da CF/88, estabelecendo que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios fixar limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. Esta é a regra que foi cobrada na questão. Mas lembre também que existe a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.

LETRA E - INCORRETA

Esta letra contraria a imunidade dos livros, jornais, periódicos e do papel destinado a sua impressão, também chamada de imunidade cultural, que está prevista no art. 150, VI, “d”, da CF/88, visando concretizar diversas normas jurídicas constitucionais, tais como a livre manifestação de pensamento (art. 5°, IV), da atividade artística, intelectual, científica e da comunicação (art. 5°, IX) e o acesso à informação (art. 5°, XIV).

19. (FCC/Analista Judiciário/TRF-5°Região/Execução de mandados/2008) Dentre outras limitações ao poder

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de tributar da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios é vedado instituir impostos sobre (A) templos de qualquer culto, sendo extensivo aos demais tributos como taxas, contribuições de melhoria e contribuições parafiscais, relacionados ou não com suas atividades essenciais. (B) patrimônio, renda ou serviços das entidades sindicais patronais e dos trabalhadores, relacionados, ou não com as finalidades essenciais dessas entidades. (C) patrimônio, renda ou serviço, uns dos outros, e é extensivo às autarquias e às fundações instituídas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades ou às delas decorrentes. (D) livros, jornais, periódicos, revistas, o papel destinado à sua impressão, os noticiários por qualquer meio de radiodifusão, assim como os institutos de educação ou de assistência social, com ou sem finalidade lucrativa. (E) patrimônio dos partidos políticos e coligações partidárias, salvo a renda, ainda que não contabilizada, assim como os serviços de qualquer natureza, mesmo decorrentes de suas finalidades.

LETRA A - INCORRETA

Somente se refere a impostos, de acordo com art. 150, VI, “b”, da CF/88.

LETRA B - INCORRETA

A imunidade se refere apenas a entidades sindicais dos trabalhadores, de acordo com art. 150, VI, “b”, da CF/88.

LETRA C – CORRETA

Esta letra se refere a imunidade tributária recíproca, também denominada de imunidade intergovernamental, refere-se à proibição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios de instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, bem como é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

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LETRA D - INCORRETA

Os noticiários por qualquer meio de radiodifusão, assim como os institutos de educação ou de assistência social, com finalidade lucrativa não estão abrangidos pelas imunidades dipostas no art. 150, VI, “c” e “d”, da CF/88.

LETRA E - INCORRETA

O texto constitucional estabelece a proibição de se criar impostos sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, bem como dispõe que tal vedação compreende somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais destas entidades, segundo o art. 150, VI, “c” e §4°.

20. (FCC/Defensoria Pública/São Paulo/2009) A respeito das limitações do poder de tributar, assinale a opção INCORRETA. (A) A imunidade prevista sobre a tributação do patrimônio, renda ou serviços das instituições de assistência social inclui as rendas recebidas dos imóveis alugados, quando aplicadas em suas finalidades essenciais. (B) A concessão da imunidade sobre livros, jornais e periódicos independe da prova do valor cultural ou pedagógico da publicação. (C) À União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é vedado instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, inclusive nas hipóteses em que o patrimônio, a renda ou os serviços estejam relacionados com explorações de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. (D) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. (E) Segundo entendimento consolidado no Supremo Tribunal Federal, a imunidade tributária recíproca se estende à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ECT,

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por se tratar de empresa pública prestadora de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado.

LETRA A - CORRETA

A letra “a” é correta, segundo a súmula 724 do STF, dispondo que ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades (Súmula 724 do STF),

LETRA B - CORRETA

A letra “b” é correta, de acordo com a jurisprudência do STF, a saber:

“A imunidade tributária sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão tem por escopo evitar embaraços ao exercício da liberdade de expressão intelectual, artística, científica e de comunicação, bem como facilitar o acesso da população à cultura, à informação e à educação. O Constituinte, ao instituir esta benesse, não fez ressalvas quanto ao valor artístico ou didático, à relevância das informações divulgadas ou à qualidade cultural de uma publicação. Não cabe ao aplicador da norma constitucional em tela afastar este benefício fiscal instituído para proteger direito tão importante ao exercício da democracia, por força de um juízo subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico de uma publicação destinada ao público infanto-juvenil.” (RE 221.239).

Neste sentido, a imunidade cultural alcança o álbum de figurinhas; listas telefônicas (RE 114.790); as chamadas apostilas para estudo, considerando-as manuais técnicos didáticos (RE 183.403).

Entretanto, o produto tem que ser algo considerado livro, jornal ou periódico, o que não inclui, por exemplo, cadernos e blocos de papel para anotações, livros contábeis, calendários, agendas de anotações e os encartes exclusivos de propaganda distribuídos com jornais e periódicos (RE 213.094).

LETRA C - INCORRETA

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A letra “c” é incorreta, eis que à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios não é vedado instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, sendo vedado nas hipóteses em que o patrimônio, a renda ou os serviços estejam relacionados com explorações de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, segundo art. 150, §3°, da CF.

LETRA D - CORRETA

A letra “d” é correta, segundo art. 152 da CF/88, estabelecendo que é proibido aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

LETRA E - CORRETA

A letra “e” é correta, porque segundo entendimento consolidado no Supremo Tribunal Federal, a imunidade tributária recíproca se estende à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ECT, por se tratar de empresa pública prestadora de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado.

Vejamos a seguinte decisão neste sentido: “Constitucional. Tributário. Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA). Imunidade recíproca. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Exame da índole dos serviços prestados. Diferenciação entre serviços públicos de prestação obrigatória e serviços de índole econômica. Em juízo cautelar, reputa-se plausível a alegada extensão da imunidade recíproca à propriedade de veículos automotores destinados à prestação de serviços postais.” (ACO 765-AgR).

21. (FCC/Agente Legislativo /ALESP/2010) Alguns tributos só podem ser instituídos por lei complementar, por disposição constitucional expressa. Se enquadram nesta hipótese (A) os impostos extraordinário e residual. (B) a contribuição de intervenção no domínio econômico e o empréstimo compulsório. (C) o imposto residual e o empréstimo compulsório.

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(D) o empréstimo compulsório e o imposto extraordinário. (E) a contribuição social e a contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas.

Existem tributos federais (União) que, se forem instituídos, devem ser por meio de lei complementar, que são: imposto sobre grandes fortunas (art. 153, inc. VII, da CF/88), empréstimos compulsórios (art. 148, caput, da CF/88), impostos residuais da União (art. 154, inc. I, da CF/88) e contribuições sociais novas ou residuais (art. 195, §4°, da CF/88). Nestes casos, a medida provisória que tem força de lei ordinária não pode atuar para instituir tais tributos.

Tributos que devem ser instituídos por meio de lei complementar:

Imposto sobre Grandes Fortunas; Empréstimos Compulsórios;

Impostos Residuais da União; Contribuições Sociais Novas ou Residuais.

Portanto, a resposta correta é a letra “c”.

22. (FCC/Agente Legislativo /ALESP/2010) Submete-se integralmente aos princípios da legalidade, anterioridade anual e anterioridade nonagesimal o imposto sobre (A) os produtos industrializados. (B) a renda e proventos de qualquer natureza. (C) a transmissão de bens causa mortis e doação. (D) a propriedade de veículos automotores. (E) a propriedade territorial urbana.

Letra (A). O IPI não se submete a anterioridade anual. Logo, incorreta.

Letra (B). O IR não se submete a anterioridade nonagesimal. Logo, incorreta.

Letra (C). O ITCMD se submete integralmente aos princípios da legalidade, anterioridade anual e anterioridade. Logo, correta.

Letra (D). A base de cálculo do IPVA não se submete a anterioridade nonagesimal. Logo, incorreta.

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Letra (E). A base de cálculo do IPTU não se submete a anterioridade nonagesimal. Logo, incorreta.

23. (FCC/APO/SP/2010) Na hipótese de majoração, por medida provisória editada em 15 de março de 2010, dos limites legais das alíquotas do Imposto de Importação, é correto afirmar que (A) haverá eficácia imediata da medida provisória, aplicando-se os novos limites a partir da publicação da mesma. (B) é inconstitucional, por violar a legalidade tributária. (C) a medida provisória deverá ser convertida em lei até o último dia do exercício em que houver sido publicada, para que a lei entre em vigor e tenha eficácia no exercício seguinte. (D) a medida provisória terá eficácia suspensa por 90 dias a contar da sua publicação, em atenção à anterioridade nonagesimal. (E) a lei resultante da conversão ainda se submete à anterioridade nonagesimal, caso a medida provisória seja convertida em lei antes do final do exercício financeiro em que foi publicada.

Letra (A). Na hipótese de majoração, por medida provisória editada em 15 de março de 2010, dos limites legais das alíquotas do Imposto de Importação (II), é correto afirmar que haverá eficácia imediata da medida provisória, aplicando-se os novos limites a partir da publicação da mesma, conforme o art. 62, §2°, da CF. Logo, correta.

Letra (B). Medida Provisória (MP) pode aumentar os limites legais das alíquotas II. Logo, incorreta.

Letra (C). A MP não deverá ser convertida em lei até o último dia do exercício em que houver sido publicada, para que a lei entre em vigor e tenha eficácia no exercício seguinte, uma vez que o II é exceção a tal regramento, de acordo com o art. 62, §2°, da CF. Logo, incorreta.

Letra (D). O II é exceção a anterioridade nonagesimal. Logo, incorreta.

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Letra (E). O II é exceção a anterioridade nonagesimal. Logo, incorreta.

24. (FCC/Auditor Fiscal/RO/2010) O Estado de Rondônia majorou a base de cálculo do IPVA para o exercício de 2010, em 20 de novembro de 2009, conforme lei publicada no diário oficial do Estado naquela data. Considerando que a lei entrou em vigor na data de sua publicação, é correto afirmar que esta lei terá eficácia (A) 90 dias a contar do início do exercício de 2010, tendo em vista a anterioridade nonagesimal. (B) na data de sua publicação, podendo ser aplicada imediatamente, ainda no exercício de 2009, por ser exceção à anterioridade. (C) 90 dias a contar da publicação, por dever obediência apenas à anterioridade nonagesimal. (D) a partir do início do exercício financeiro de 2010, por ser exceção à anterioridade nonagesimal, mas se submeter à anterioridade anual. (E) 90 dias da publicação, desde que já no outro exercício financeiro, por dever obediência às regras de anterioridades nonagesimal e anual.

Letra (A). A majoração da base de cálculo do IPVA é exceção a anterioridade nonagesimal. Ademais, na anterioridade nonagesimal se conta os 90 dias da publicação da lei. Logo, incorreta.

Letra (B). A majoração da base de cálculo do IPVA não é exceção a anterioridade anual. Logo, incorreta.

Letra (C). A majoração da base de cálculo do IPVA é exceção a anterioridade nonagesimal. Logo, incorreta.

Letra (D). A majoração da base de cálculo do IPVA não é exceção a anterioridade anual, mas tão-somente a anterioridade nonagesimal. Logo, correta.

Letra (E). A majoração da base de cálculo do IPVA é exceção a anterioridade nonagesimal. Logo, incorreta.

25. (FCC/Juiz de Direito/PE/2011) A regra da anterioridade, que veda cobrar tributos no mesmo exercício

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financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, NÃO se aplica (A) aos impostos de importação e exportação. (B) ao IR. (C) ao ITR. (D) às contribuições sociais. (E) aos impostos estaduais.

Letra (A). A anterioridade anual não se aplica aos impostos de importação e exportação. Logo, correta.

Letra (B). A anterioridade anual se aplica ao IR. Logo, incorreta.

Letra (C). A anterioridade anual se aplica ao ITR. Logo, incorreta.

Letra (D). A anterioridade anual não se aplica as contribuições da seguridade social (art. 195, §6°, da CF/88). Porém, nem todas contribuições sociais são contribuições da seguridade social. Logo, incorreta.

Letra (E). A anterioridade anual, em regra, aplica-se aos impostos estaduais (ITCMD, ICMS e IPVA). Logo, incorreta.

26. (FCC/Juiz de Direito/PE/2011) Em nosso sistema tributário, a não-cumulatividade e a essencialidade são atributos exclusivos (A) do ICMS. (B) do IR. (C) dos impostos residuais. (D) do ITR. (E) do IPI.

O examinador aqui utilizou essencialidade como sinônimo de seletividade.

Letra (A). O ICMS, em regra, submete-se a não-cumulatividade. Porém, a essencialidade é facultativa. Logo, incorreta.

Letra (B). O IR, em regra, não se submete a não-cumulatividade e a essencialidade. Logo, incorreta.

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Letra (C). Os impostos residuais, em regra, não se submetem a essencialidade. Logo, incorreta.

Letra (D). O ITR, em regra, não se submete a não-cumulatividade e a essencialidade. Logo, incorreta.

Letra (E). Em nosso sistema tributário, a não-cumulatividade e a essencialidade são atributos exclusivos do IPI. Logo, correta.

27. (FCC/Procurador de Estado/MT/2011) A Constituição Federal fixa regras que limitam o exercício da competência tributária. Dentre elas podem ser citadas as regras da anterioridade anual e da anterioridade nonagesimal. Estas regras não são absolutas, comportando exceções. NÃO se submete às regras da anterioridade anual e nonagesimal, ao mesmo tempo, a majoração de alíquota do imposto sobre (A) produtos industrializados (IPI). (B) a renda e proventos de qualquer natureza (IR). (C) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF). (D) a propriedade territorial rural (ITR). (E) circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS).

Letra (A). Submete-se à regra da anterioridade nonagesimal o IPI. Logo, incorreta.

Letra (B). Submete-se à regra da anterioridade anual o IR. Logo, incorreta.

Letra (C). NÃO se submete às regras da anterioridade anual e nonagesimal, ao mesmo tempo, a majoração de alíquota do imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF). Logo, correta.

Letra (D). Submete-se às regras da anterioridade nonagesimal e anual o ITR. Logo, incorreta.

Letra (E). Submete-se integralmente à regra da anterioridade nonagesimal o ICMS. Apenas o ICMS-combustíveis é exceção à

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anterioridade anual no que tange ao restabelecimento de alíquotas. Logo, incorreta.

28. (FCC/Técnico da Fazenda/SP/2010) Nos termos da Constituição Federal, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é permitido à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (A) exigir ou aumentar tributo mediante lei que o estabeleça e autorize. (B) cobrar tributo no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou. (C) tributar patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. (D) utilizar tributo com efeito de confisco. (E) instituir imposto sobre templos de qualquer culto.

Letra (A). É permitido à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo mediante lei que o estabeleça e autorize, de acordo com o princípio da legalidade (art. 150, inc. I, da CF). Logo, correta.

Letra (B). Não é permitido à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributo no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou, conforme o princípio da anterioridade anual (art. 150, inc. III, “b”, da CF). Logo, incorreta.

Letra (C). Não é permitido à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios tributar por meio de impostos o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, conforme a imunidade tributária recíproca (art. 150, inc. VI, “a”, da CF). Logo, incorreta.

Letra (D). Não é permitido à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios utilizar tributo com efeito de confisco, conforme o princípio do não-confisco tributário (art. 150, inc. IV, da CF). Logo, incorreta.

Letra (E). Não é permitido à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir imposto sobre templos de qualquer culto, conforme a imunidade tributária religiosa (art. 150, inc. VI, “b”, da CF). Logo, incorreta.

QUESTÕES SOBRE IMUNIDADE TRIBUTÁRIA – (FCC)

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1. (FCC/Procurador de Estado/RO/2011) O Sindicato Patronal das Indústrias do Setor de Plásticos e Derivados, alegando como argumento o fato de constituir-se como sindicato, requereu imunidade constitucional tributária abrangendo a totalidade de seu patrimônio, renda e serviços. Com relação ao pleito e fundamentação apresentada, (A) aplica-se a imunidade tributária exclusivamente ao patrimônio do sindicato patronal. (B) aplica-se a imunidade exclusivamente para os serviços, em função do princípio da imunidade recíproca. (C) aplica-se a imunidade integral, abrangendo inclusive, taxas e contribuições, em razão da finalidade da entidade. (D) não se aplica a imunidade por se tratar de sindicato patronal. (E) não se aplica a imunidade, que é restrita, exclusivamente, aos templos de qualquer culto, às entidades de assistência social sem fins lucrativos e aos livros, jornais e periódicos.

Letra (A). O Sindicato Patronal ou de Empregadores das Indústrias do Setor de Plásticos e Derivados não tem direito a imunidade. A imunidade é das entidades sindicais dos trabalhadores, conforme o art. 150, VI, “c” e §4°, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (B). Aplica-se a imunidade ao patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades, de acordo com o art. 150, §4°, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (C). Tal imunidade é somente no que tange aos impostos (art. 150, VI, da CF/88). Logo, incorreta.

Letra (D). Não se aplica a imunidade por se tratar de sindicato patronal, conforme o art. 150, VI, “c” e §4°, da CF/88. Logo, correta.

Letra (E). Não se aplica a imunidade. Contudo, a imunidade não é restrita apenas aos templos de qualquer culto, às entidades de assistência social sem fins lucrativos e aos livros, jornais e periódicos. Por exemplo, a imunidade dos partidos políticos ou a imunidade recíproca dos entes federativos, conforme o art. 150, VI, da CF/88. Logo, incorreta.

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2. (FCC/Procurador do Ministério Público de Contas/AP/2011) Haverá imunidade sobre (A) impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços de empresas públicas, desde que os fatos geradores estejam relacionados com exploração de atividade econômica. (B) impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços de autarquias, desde que por fatos vinculados às suas finalidades essenciais ou as delas decorrentes. (C) tributos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços dos templos de qualquer culto e dos partidos políticos e suas fundações, desde que vinculados os fatos geradores a suas atividades essenciais. (D) tributos incidentes sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. (E) impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços dos entes federados, ainda que os fatos geradores não estejam vinculados a suas finalidades essenciais ou delas decorrentes.

Letra (A). A imunidade recíproca não se aplica ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, segundo o art. 150, §3°, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (B). Haverá imunidade sobre impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços de autarquias, desde que por fatos vinculados às suas finalidades essenciais ou as delas decorrentes, de acordo com o art. 150, §2°, da CF/88. Logo, correta.

Letra (C). Haverá imunidade sobre impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços dos templos de qualquer culto e dos partidos políticos e suas fundações, desde que vinculados os fatos geradores a suas atividades essenciais, segundo o art. 150, “b”, “c” e §4°, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (D). Haverá imunidade sobre impostos incidentes sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão (imunidade cultural ou de imprensa), segundo o art. 150, VI, “d”, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (E). Conforme o art. 150, §3°, da CF/88, a imunidade dos entes federativos não se aplica ao patrimônio, à renda e aos serviços,

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relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário. Ressalta-se que, nestes casos, por uma interpretação a contrario sensu ou interpretação inversa da norma prevista no art. 150, §3°, os fatos geradores não estão vinculados as finalidades essenciais dos entes federativos ou delas decorrentes. Logo, incorreta.

3. (FCC/ Juiz de Direito/PE/2011) O art. 155, §2°, inciso X, letra “d”, da Constituição Federal, enuncia que o ICMS “não incidirá” sobre prestação de serviços de comunicação nas modalidades de radiodifusão e transmissão de imagens. Bem observado, o dispositivo consagra, segundo a melhor doutrina do direito, (A) hipótese de não-incidência tributária. (B) imunidade tributária. (C) isenção de nível constitucional. (D) isenção pura e simples. (E) remissão fiscal.

Letra (A). A hipótese é de não-incidência tributária. Porém, a questão quer saber a classificação mais adequada e a não-incidência tributária também pode ser decorrente de lei infraconstitucional. Logo, incorreta.

Letra (B). O mais adequado no caso é falar realmente em imunidade tributária, pois é um caso de não-incidência tributária previsto na Constituição Federal. Logo, correta.

Letra (C). A isenção não é caso de não-incidência, mas sim de dispensa legal de tributo devido, conforme compreensão atual do STF. Logo, incorreta.

Letra (D). A isenção é instituto de lei infraconstitucional. Logo, incorreta.

Letra (E). Na remissão fiscal há incidência tributária. Logo, incorreta.

4. (FCC/Advogado/Agência de Fomento/SP/2011)Haverá imunidade tributária para (A) impostos incidentes sobre o patrimônio, renda e serviços de autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder

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Público, desde que relacionados com suas finalidades essenciais ou delas decorrentes. (B) tributos incidentes sobre patrimônio, renda e aos serviços relacionados com exploração de atividades econômicas de empresas públicas e sociedades de economia mista. (C) contribuições devidas por pessoas jurídicas de direito público interno, incidentes sobre folha de salários de empregados públicos. (D) tributos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços das instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos. (E) tributos incidentes sobre operações que destinem mercadorias para o exterior e sobre serviços prestados a destinatários no exterior.

Letra (A). Haverá imunidade tributária sobre impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços de autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, desde que relacionados com suas finalidades essenciais ou delas decorrentes, de acordo com o art. 150, §2°, da CF/88. Logo, correta.

Letra (B). A imunidade recíproca não se aplica a todos os tributos e nem aos impostos incidentes sobre o patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, segundo o art. 150, §3°, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (C). A imunidade recíproca se refere a impostos e não a contribuições devidas por pessoas jurídicas de direito público interno, incidentes sobre folha de salários de empregados públicos, segundo o art. 150, VI, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (D). A imunidade citada não se aplica aos tributos, mas sim aos impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços das instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos, , atendidos os requisitos da lei, conforme o art. 150, VI, “c”, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (E). A imunidade referida é em relação ao ICMS sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior (art. 155, §2°, X, “a”, da CF). Logo, incorreta.

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5. (FCC/Auditor Fiscal/RO/2010) A vedação constitucional conferida aos entes federados de cobrarem impostos sobre patrimônio, renda e serviços uns dos outros é denominada (A) isenção recíproca. (B) imunidade recíproca. (C) remissão específica. (D) não incidência. (E) anistia.

Segundo a melhor doutrina, a vedação constitucional conferida aos entes federados de cobrarem impostos sobre patrimônio, renda e serviços uns dos outros é denominada de imunidade recíproca, de acordo com o art. 150, VI, “a”, da CF.

Logo, correta a letra “b”.

6. (FCC/Procurador de Contas/TCE/MG/2007) A imunidade recíproca (A) refere-se a todos os tributos. (B) abrange os impostos sobre o patrimônio, renda, serviço, circulação de mercadorias, produtos industrializados e operações financeiras. (C) refere-se a todos os entes políticos e entidades da Administração indireta, inclusive empresas públicas e sociedades de economia mista. (D) aplica-se também ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. (E) refere-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios, às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

Adotou-se o entendimento literal do art. 150, VI, §2°, da CF/88.

Assim, considera-se imunidade tributária recíproca, também denominada de imunidade intergovernamental, à proibição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios de instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, bem como é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo

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Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

Logo, correta a letra “e”.

7. (FCC/Procurador de Contas/Alagoas/2008) As entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei, conforme a Constituição federal, (A) possuem isenção de contribuição para a seguridade social e de imposto incidente sobre a renda. (B) são imunes de imposto sobre a circulação de mercadorias e demais impostos incidentes sobre serviços relacionados às finalidades essenciais. (C) devem cumprir obrigação tributária principal relativamente a impostos incidentes sobre patrimônio relacionados com as finalidades essenciais. (D) são imunes de contribuição para seguridade social e imposto incidente sobre patrimônio, renda e serviços relacionados com as finalidades essenciais. (E) são isentos de imposto sobre a renda, patrimônio e serviços relacionados com as finalidades essenciais.

Aqui é importante ressaltar novamente as diferenças entre imunidade, isenção e não-incidência.

A imunidade é uma delimitação negativa de competência tributária, ou seja, não há competência tributária. Como a competência tributária é a aptidão para determinado ente criar o tributo, a imunidade traduz um elemento de incompetência tributária, sendo considerada uma “zona” na qual não poderá haver tributação e consequentemente incidência tributária. Desta forma, a imunidade tem sede na CF/88, materializando uma dispensa constitucional de pagamento de tributo.

Sendo assim, há dispositivos constitucionais que transmitem o teor de “falsas” isenções, representando nítidas “imunidades”, existindo equívoco por parte do legislador constitucional. Por exemplo, o art. 195, §7°, da CF/88, que dispõe: “São isentas de contribuições para a seguridade social às entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei”. Portanto, é imunidade.

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Já a isenção é a dispensa legal de pagamento de um tributo devido, isto é, a autoridade não pode cobrar o tributo, eis que, mesmo acontecendo à incidência tributária (ocorre o fato gerador), está impedido de realizar o lançamento tributário. Com efeito, decorre do exercício da competência tributária, sendo veiculada em norma infraconstitucional e acontece o fato gerador, porém não há constituição do crédito tributário.

Na “não-incidência” o acontecimento no mundo dos fatos não corresponde à descrição legal. Assim, na não-incidência faltam elementos para enquadrar determinado fato na hipótese de incidência (fato gerador in abstrato), ou seja, é a não previsão do fato na hipótese de incidência. Por exemplo, o simples fato de viajar para o exterior não se ajusta a hipótese de incidência de qualquer tributo federal, estadual ou municipal.

Logo, a resposta correta é a letra “d”, segundo o art. 150, VI, “c” c/c §7°, do art. 195 da CF/88.

8. (FCC/Procurador Municipal/São Paulo/2008) Em relação às imunidades e isenções tributárias, é correto afirmar: (A) o Município não paga IPVA e taxa de licenciamento de veículo em relação aos veículos automotores de sua propriedade em razão da imunidade recíproca. (B) os serviços comunitários prestados por igreja evangélica são isentos de ISS por disposição expressa na Constituição Federal. (C) é constitucionalmente devida a taxa de expediente para expedição de certidão em repartição pública municipal, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal do requerente. (D) a União e o Estado não podem ser sujeitos passivos, na qualidade de contribuintes, de contribuição de melhoria devida em razão de obra pública municipal que gera valorização de seus imóveis, por existir imunidade recíproca. (E) o promitente comprador de imóvel de propriedade de autarquia municipal não se exonera da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel objeto da aquisição.

Letra (A). O Município não paga IPVA em relação aos veículos automotores de sua propriedade em razão da imunidade recíproca,

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mas deve pagar, em princípio, taxa de licenciamento de veículo, porque a imunidade recíproca se refere apenas a impostos. Logo, incorreta.

Letra (B). A imunidade dos templos de qualquer culto, igualmente denominada de imunidade religiosa, está prevista no art. 150, VI, “b” e §4°, da CF/88, alcançando os impostos sobre o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades religiosas. Neste contexto, os serviços comunitários prestados por igreja evangélica são imunes e não isentos de ISS por disposição expressa na Constituição Federal. Logo, incorreta.

Letra (C). Não é constitucionalmente devida a taxa de expediente para expedição de certidão em repartição pública municipal, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal do requerente. Existe uma imunidade específica disposta no art. 5°, XXXIV, da CF/88, dispondo que são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: (a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; (b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal. Logo, incorreta.

Letra (D). A imunidade recíproca se refere apenas aos impostos. Logo, incorreta.

Letra (E). É correto afirmar que o promitente comprador de imóvel de propriedade de autarquia municipal não se exonera da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel objeto da aquisição. A parte final do §3º, do art. 150, da CF/88, estabelece que a imunidade recíproca não exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. Isto é, a imunidade do ente público referente ao pagamento de imposto incidente sobre bem imóvel não ocorre no caso do imóvel objeto de promessa de venda a particular ou a terceiro não acobertado pela imunidade tributária. Daí a súmula 583 do STF, dispondo que o promitente comprador de imóvel residencial transcrito em nome de autarquia é contribuinte do IPTU. Logo, correta.

9. (FCC/Advogado/Santos/2006) No que se refere às limitações ao poder de tributar, considere as afirmações:

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I. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão estabelecer, excepcionalmente, diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. II. À União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é também vedado instituir taxas sobre todo patrimônio, rendas ou serviços das instituições de assistência social sem fins lucrativos. III. É vedado à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. IV. Os Estados não podem, de regra, estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I, II e IV. (C) I, III e IV. (D) II e III. (E) III e IV.

O item I está incorreto, pois não há exceção neste caso, referindo-se ao princípio da não discriminação entre procedência e destino do produto previsto no art. 152 da CF/88. Este dispositivo dispõe que é vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

O item II está incorreto, pois esta imunidade se refere aos impostos e não as taxas.

O item III está correto, referindo-se a proibição da isenção heterotópica, disposta literalmente no art. 151, III, da CF/88.

O item IV está correto, pois, segundo o art. 150, V, os Estados não podem, de regra, estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público.

Logo, a resposta correta é a letra “e”. Está correto o que se afirma apenas nos itens III e IV.

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10. (FCC/Advogado/Metrô/São Paulo/2008) Sobre a limitação do poder de tributar, é correto afirmar que à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é permitido (A) cobrar imposto sobre o patrimônio, a renda ou serviços das fundações vinculadas a partidos políticos. (B) cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base em lei anterior à data inicial do exercício financeiro a que corresponda. (C) cobrar imposto sobre o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros em relação aos seus serviços próprios e inerentes aos seus objetivos. (D) estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. (E) cobrar imposto sobre papel destinado exclusivamente à impressão de livros.

Letra (A). O texto constitucional estabelece a proibição de se criar impostos sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, bem como dispõe que tal vedação compreende somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais destas entidades, segundo o art. 150, VI, “c” e §4°. Logo, incorreta.

Letra (B). O enunciado se refere ao princípio da anterioridade anual. E se a cobrança do imposto sobre o patrimônio e a renda é feita com base em lei anterior à data inicial do exercício financeiro a que corresponda não ocorre desobediência a tal princípio. Logo, correta.

Letra (C). Este enunciado contraria a imunidade tributária recíproca (art. 150, VI, “a”, da CF/88). Logo, incorreta.

Letra (D). Esta letra contraria o art. 150, V, da CF/88, estabelecendo que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios fixar limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. Esta é a regra que foi cobrada na questão. Mas lembre também que existe a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público. Logo, incorreta.

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Letra (E). Esta letra contraria a imunidade dos livros, jornais, periódicos e do papel destinado a sua impressão, também chamada de imunidade cultural, que está prevista no art. 150, VI, “d”, da CF/88, visando concretizar diversas normas jurídicas constitucionais, tais como a livre manifestação de pensamento (art. 5°, IV), da atividade artística, intelectual, científica e da comunicação (art. 5°, IX) e o acesso à informação (art. 5°, XIV). Logo, incorreta.

11. (FCC/Analista Judiciário/TRF-3°Região/2007) Nos termos da Constituição Federal, cuidando-se de matéria relativa à limitação do poder de tributar, NÃO é vedado (A) à União, dentre outras hipóteses, instituir isenções de tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. (B) aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. (C) à União, aos Estados e aos Municípios, cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos depois do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. (D) aos Municípios utilizar tributo com efeito de confisco e instituir impostos sobre templos de qualquer culto. (E) ao Distrito Federal instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

Letra (A). Esta letra se refere a proibição da isenção heterotópica, que está disposta literalmente no art. 151, III, da CF/88, a saber: “É vedado à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios”. Logo, incorreta.

Letra (B). Esta letra desobedece ao princípio da não discriminação entre procedência e destino do produto previsto no art. 152 da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (C). Esta letra diz respeito ao princípio da irretroatividade disposto no art. 150, III, “a”, da CF/88, afirmando que “sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado”. E a questão afirma que é permitido à União, aos Estados e aos Municípios, cobrar tributos em relação a fatos

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geradores ocorridos depois do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. Portanto, é correta.

Letra (D). Esta letra contraria duas limitações ao poder de tributar. O princípio da vedação ao confisco disposto no art. 150, IV, da CF/88, proibindo-se utilizar tributo com efeito confiscatório, que é entendido como a tributação exacerbada ou exagerada. Por sua vez, desobedece também a imunidade religiosa do art. 150, VI, “b”. Logo, incorreta.

Letra (E). Esta letra contraria a imunidade dos livros, jornais, periódicos e do papel destinado a sua impressão, que está prevista no art. 150, VI, “d”, da CF/88. Logo, incorreta.

12. (FCC/Assessor Jurídico/TCE/PI/2009) Sobre imunidade tributária é correto afirmar, EXCETO (A) só alcança impostos federais. (B) vem prevista na Constituição Federal. (C) equivale a incompetência tributária. (D) não pode ser instituída por lei. (E) difere da isenção, que pressupõe competência do ente para sua concessão.

Além dos impostos, a imunidade alcança outros tributos. Podemos elencar, dentre outros, os seguintes exemplos: (i) São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: (a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; (b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal (art. 5°, XXXIV); (ii) Ação popular, salvo comprovada má-fé, é isento (diga-se tecnicamente imune) de custas judiciais, que é uma taxa de serviço público (art. 5°, LXXIII).

Logo, correta a letra “a”.

13. (FCC/Analista Judiciário/TRF-5°Região/Execução de mandados/2008) Dentre outras limitações ao poder de tributar da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios é vedado instituir impostos sobre (A) templos de qualquer culto, sendo extensivo aos demais tributos como taxas, contribuições de melhoria e contribuições parafiscais, relacionados ou não com suas atividades essenciais.

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(B) patrimônio, renda ou serviços das entidades sindicais patronais e dos trabalhadores, relacionados, ou não com as finalidades essenciais dessas entidades. (C) patrimônio, renda ou serviço, uns dos outros, e é extensivo às autarquias e às fundações instituídas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades ou às delas decorrentes. (D) livros, jornais, periódicos, revistas, o papel destinado à sua impressão, os noticiários por qualquer meio de radiodifusão, assim como os institutos de educação ou de assistência social, com ou sem finalidade lucrativa. (E) patrimônio dos partidos políticos e coligações partidárias, salvo a renda, ainda que não contabilizada, assim como os serviços de qualquer natureza, mesmo decorrentes de suas finalidades.

Letra (A). Somente se refere a impostos, de acordo com art. 150, VI, “b”, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (B). A imunidade se refere apenas a entidades sindicais dos trabalhadores, de acordo com art. 150, VI, “b”, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (C). Esta letra se refere a imunidade tributária recíproca, que diz respeito à proibição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios de instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, bem como é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. Logo, correta.

Letra (D). Os noticiários por qualquer meio de radiodifusão, assim como os institutos de educação ou de assistência social, com finalidade lucrativa não estão abrangidos pelas imunidades dispostas no art. 150, VI, “c” e “d”, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (E). O texto constitucional estabelece a proibição de se criar impostos sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, bem como dispõe que tal vedação compreende somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais destas entidades, segundo o art. 150, VI, “c” e §4°. Logo, incorreta.

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14. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) O princípio da imunidade recíproca (A) aplica-se exclusivamente às entidades políticas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). (B) aplica-se apenas ao recolhimento dos impostos, dispensando a entidade imune das obrigações acessórias. (C) aplica-se aos tributos das entidades políticas componentes da Federação brasileira, bem como em relação à renda, ao patrimônio ou serviços das autarquias e das fundações mantidas pelo Poder Público. (D) impede a tributação, através de impostos, de rendas, patrimônios ou serviços das entidades políticas, bem como de suas autarquias e fundações, sendo que, em relação a estas últimas, desde que direta e exclusivamente vinculados às suas finalidades essenciais. (E) impede a tributação apenas das entidades políticas.

Letra (A). O princípio da imunidade recíproca abrange impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços de autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, desde que relacionados com suas finalidades essenciais ou delas decorrentes, de acordo com o art. 150, §2°, da CF/88. Logo, incorreta.

Letra (B). A imunidade tributária não exclui a atribuição, por lei, às entidades nele referidas, da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte, e não as dispensa da prática de atos, previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações tributárias por terceiros, de acordo com o §1°, do art. 9°, do CTN, que ainda tem validade jurídica. Isto é, a imunidade tributária não dispensa a pessoa alcançada por ela de ser responsável tributário (arts. 128 a 138 do CTN), bem como do cumprimento das obrigações tributárias acessórias. Logo, incorreta.

Letra (C). A imunidade tributária recíproca é concernente à proibição da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios de instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, bem como é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. Logo, incorreta.

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Letra (D). O princípio da imunidade recíproca abrange impostos incidentes sobre rendas, patrimônios ou serviços das entidades políticas (União, DF, Estados-membros e Municípios), bem como impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços de autarquiase fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, desde que relacionados com suas finalidades essenciais ou delas decorrentes, de acordo com o art. 150, §2°, da CF/88. Logo, correta.

Letra (E). O princípio da imunidade recíproca abarca a autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. Logo, incorreta.

15. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) A imunidade constitucional das instituições educacionais sem fins lucrativos refere-se a (A) impostos e taxas. (B) apenas impostos. (C) impostos, taxas e contribuições. (D) impostos e contribuições. (E) taxas e contribuições.

O texto constitucional estabelece a proibição de se criar impostos sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei, bem como dispõe que tal vedação compreende somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais destas entidades, segundo o art. 150, VI, “c” e §4°.

Logo, a resposta é a letra “b”.

16. (FCC/Auditor/TCE/AL/2008) A imunidade em relação a livros, jornais e periódicos se refere a (A) impostos, apenas. (B) tributos. (C) contribuições sociais. (D) impostos e contribuições especiais. (E) impostos e taxas.

A imunidade dos livros, jornais, periódicos e do papel destinado a sua impressão, também chamada de imunidade cultural, está prevista no art. 150, VI, “d”, referindo-se apenas a impostos.

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Logo, a resposta é a letra “a”.

Neste ponto, aproveita-se para ressaltar que essa imunidade é objetiva, pois se relaciona aos livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão, portanto não se estende às editoras, autores, empresas jornalísticas ou de publicidade, que permanecem sujeitas à tributação pelas receitas e pelos lucros auferidos (RE 206.774). Com efeito, por exemplo, não são alcançados pela imunidade cultural os impostos incidentes sobre os rendimentos das atividades da livraria, da banca de jornal ou dos empresários deste ramo.

17. (FCC/Auditor/TCE/SP/2008) Sobre as imunidades tributárias, considere: I. A imunidade dos templos de qualquer culto compreende todos tributos relacionados com as suas finalidades essenciais. II. A imunidade das entidades sindicais dos trabalhadores compreende somente os impostos sobre a renda, o patrimônio e os serviços, relacionados com as suas finalidades essenciais. III. As autarquias e as fundações públicas gozam de imunidade em relação aos impostos sobre a renda, patrimônio e produção, vinculados à exploração de suas atividades econômicas. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) I e II. (C) II. (D) II e III. (E) III.

O item I está incorreto, pois a imunidade dos templos de qualquer culto compreende todos os impostos relacionados com as suas finalidades essenciais, de acordo com o art. 150, VI, “b”, c/c §4° do mesmo artigo.

O item II está correto, uma vez que a imunidade das entidades sindicais dos trabalhadores compreende somente os impostos sobre a renda, o patrimônio e os serviços, relacionados com as suas finalidades essenciais, conforme dispõe o art. 150, VI, “c” c/c §4° do mesmo artigo.

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O item III está incorreto, pois as autarquias e as fundações públicas gozam de imunidade em relação aos impostos sobre a renda, patrimônio e produção, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes, de acordo com §2°, do art. 150, da CF/88.

Logo, a resposta correta é a letra “c”. Está correto o que se afirma apenas no item II.

18. (FCC/Auditor Fiscal Municipal/São Paulo/2007) A Constituição Federal estabelece que é vedado à União, aos Estados e aos Municípios instituir (A) tributos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços, uns dos outros. (B) impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços, uns dos outros. (C) tributos sobre o patrimônio, a renda, os serviços e a produção, uns dos outros. (D) impostos sobre o patrimônio, a renda, os serviços e a produção, uns dos outros. (E) impostos e taxas sobre o patrimônio, a renda, os serviços e a produção, uns dos outros.

19. (FCC/Defensoria Pública/São Paulo/2007) O prédio de propriedade do Estado, onde funciona uma escola pública, não está sujeito à incidência do Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU) por força da (A) estrita legalidade tributária (B) isenção tributária subjetiva. (C) isenção tributária objetiva. (D) capacidade econômica do contribuinte. (E) imunidade tributária recíproca.

As duas questões se referem indubitavelmente a imunidade tributária recíproca disposta no art. 150, VI, “a”, da CF/88.

Logo, a decima oitava é letra “b” e a decima nona é letra “e”.

20. (FCC/ Defensoria Pública/São Paulo/2009) A respeito das limitações do poder de tributar, assinale a opção INCORRETA. (A) A imunidade prevista sobre a tributação do patrimônio, renda ou serviços das instituições de assistência social inclui

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as rendas recebidas dos imóveis alugados, quando aplicadas em suas finalidades essenciais. (B) A concessão da imunidade sobre livros, jornais e periódicos independe da prova do valor cultural ou pedagógico da publicação. (C) À União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é vedado instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, inclusive nas hipóteses em que o patrimônio, a renda ou os serviços estejam relacionados com explorações de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. (D) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. (E) Segundo entendimento consolidado no Supremo Tribunal Federal, a imunidade tributária recíproca se estende à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ECT, por se tratar de empresa pública prestadora de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado.

Letra (A). Segundo a súmula 724 do STF, dispondo que ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades. Logo, correta.

Letra (B). De acordo com a jurisprudência do STF, a “imunidade tributária sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão tem por escopo evitar embaraços ao exercício da liberdade de expressão intelectual, artística, científica e de comunicação, bem como facilitar o acesso da população à cultura, à informação e à educação. O Constituinte, ao instituir esta benesse, não fez ressalvas quanto ao valor artístico ou didático, à relevância das informações divulgadas ou à qualidade cultural de uma publicação. Não cabe ao aplicador da norma constitucional em tela afastar este benefício fiscal instituído para proteger direito tão importante ao exercício da democracia, por força de um juízo subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico de uma publicação destinada ao público infanto-juvenil.” (RE 221.239). Logo, correta.

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Letra (C). À União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios não é vedado instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, sendo vedado nas hipóteses em que o patrimônio, a renda ou os serviços estejam relacionados com explorações de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, segundo art. 150, §3°, da CF. Logo, incorreta.

Letra (D). Segundo o art. 152 da CF/88, estabelecendo que é proibido aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. Logo, correta.

Letra (E). A letra “e” é correta, porque segundo entendimento consolidado no Supremo Tribunal Federal, a imunidade tributária recíproca se estende à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ECT, por se tratar de empresa pública prestadora de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado. Vejamos algumas decisões neste sentido:

“Constitucional. Tributário. Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA). Imunidade recíproca. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Exame da índole dos serviços prestados. Diferenciação entre serviços públicos de prestação obrigatória e serviços de índole econômica. Em juízo cautelar, reputa-se plausível a alegada extensão da imunidade recíproca à propriedade de veículos automotores destinados à prestação de serviços postais.” (ACO 765-AgR).

“Já assentou a Suprema Corte que a norma do art. 150, VI, a, da Constituição Federal alcança as empresas públicas prestadoras de serviço público, como é o caso da autora, que não se confunde com as empresas públicas que exercem atividade econômica em sentido estrito" (ACO 959).

QUESTÕES TRATADAS EM SALA DE AULA - ESAF

1. (ATRFB/2010) O art. 154, inciso I, da Constituição Federal, outorga à União o que se costuma chamar de competência tributária

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residual, permitindo que institua outros impostos que não os previstos no art. 153. Sobre estes impostos, é incorreto afirmar que: a) Estados e Municípios não possuem competência tributária residual. b) Terão de ser, necessariamente, não-cumulativos. c) Não poderão ter base de cálculo ou fato gerador próprios dos impostos já discriminados na Constituição Federal. d) Caso sejam instituídos por meio de medida provisória, esta deverá ser convertida em lei até o último dia útil do exercício financeiro anterior ao de início de sua cobrança. e) Para a instituição de tais impostos, há que se respeitar o princípio da anterioridade.

2. (AFRFB/2005) Competência tributária é o poder que a Constituição Federal atribui a determinado ente político para que este institua um tributo, descrevendo-lhe a hipótese de incidência, o sujeito ativo, o sujeito passivo, a base de cálculo e a alíquota. Sobre a competência tributária, avalie o asserto das afirmações adiante e marque com (V) as verdadeiras e com (F) as falsas; em seguida, marque a opção correta. ( ) A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra. ( ) O não-exercício da competência tributária por determinada pessoa política autoriza a União a exercitar tal competência, com base no princípio da isonomia. ( ) A pessoa política que detém a competência tributária para instituir o imposto também é competente para aumentá-lo, diminuí-lo ou mesmo conceder isenções, observados os limites constitucionais e legais. a) F, V, F. b) F, F, V. c) F, V, V. d) V, F, V. e) V, V, V.

3. (PFN/2004) Considerados os temas competência tributária e capacidade tributária ativa, marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) A competência tributária é delegável. ( ) A capacidade tributária ativa é indelegável. ( ) A União é quem detém a competência tributária no que toca às contribuições sociais para o financiamento da Seguridade Social.

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( ) Lei complementar pode delegar a qualquer pessoa jurídica de direito público a competência tributária. a) V, F, V, V. b) F, V, F, V. c) F, F, V, F. d) V, V, V, F. e) F, V, F, F.

4. (Procurador do DF/2007.1) Assinale a opção correta. O Distrito Federal, entidade integrante da República Federativa do Brasil, pode instituir: a) imposto sobre propriedade territorial rural; imposto sobre transmissão causa mortis de quaisquer bens ou direitos, contribuição de melhoria e contribuições sociais de quaisquer espécies. b) impostos extraordinários, taxas e empréstimos compulsórios. c) imposto sobre doação de quaisquer bens ou direitos; taxas pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis; contribuições de interesse de categorias econômicas. d) contribuição para o custeio de sistemas de previdência e assistência social de seus servidores; imposto sobre serviços de qualquer natureza; taxas, em razão do exercício do poder de polícia. e) imposto sobre propriedade predial e territorial urbana; contribuição de melhoria; contribuições sociais e contribuição de intervenção no domínio econômico.

5. (ATN/Recife/2003) Avalie as formulações seguintes, observadas as disposições pertinentes ao tema "competência tributária", constantes do Código Tributário Nacional, e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta correta. I - É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. II - Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencem à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. III - A atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. IV - A atribuição das funções de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, compreende as garantias e

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os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. a) Apenas as formulações I, II e III são corretas. b) Apenas as formulações II, III e IV são corretas. c) Apenas as formulações I, III e IV são corretas. d) Apenas as formulações II e IV são corretas. e) Todas as formulações são corretas.

6. (ATN/Fortaleza/2003) A respeito do tema competência para instituir impostos, é correto afirmar: a) aos Estados e ao Distrito Federal compete instituir, entre outros impostos que a Constituição Federal lhes atribui, o imposto sobre propriedade de veículos automotores e o imposto sobre transmissão inter vivos de bens imóveis situados em seus territórios. b) o imposto sobre serviços de transportes intermunicipais é de competência do Município em que se iniciarem as prestações dos serviços. c) os impostos sobre propriedade predial e territorial urbana e sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos são de competência dos Municípios. d) compete ao Distrito Federal instituir os impostos que cabem aos Municípios, sem prejuízo da competência que a Constituição Federal lhe assegura para instituir outros impostos expressamente indicados. e) por força de emenda constitucional promulgada recentemente, a competência para instituir o imposto sobre propriedade territorial rural foi transferida da União para os Estados e o Distrito Federal.

7. (ATE/MS/2001) Em tema de competência legislativa sobre matéria de Direito Tributário, é correta a afirmação de que: a) Os Estados têm competência para legislar suplementarmente sobre normas gerais de Direito Tributário. b) Mesmo na ausência de lei federal sobre normas gerais de Direito Tributário, é vedado aos Estados exercer essa competência legislativa. c) A eficácia de lei estadual sobre normas gerais de Direito Tributário fica mantida ante a superveniência de lei federal da mesma natureza, mesmo no que lhe for contrário. d) No âmbito da competência concorrente para legislar sobre Direito Tributário os Estados só podem legislar sobre normas gerais. e) A legislação tributária dos Estados é aplicada nos respectivos Municípios, em virtude de estes não terem competência para legislar sobre Direito Tributário.

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8. (AFTN/94) A Constituição da República prevê que, inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades (art. 24, § 3º). Tendo em vista isto e, quando for o caso, o disposto no Código Tributário Nacional, é razoável dizer que a) o não-exercício, pela União, da competência para legislar sobre normas gerais de direito tributário, a defere aos Estados, para atender a suas peculiaridades. b) o não-exercício da competência para instituir tributos a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que tal competência cabia originalmente. c) a competência da União para legislar sobre normas de direito tributário exclui a competência suplementar dos Estados. d) em matéria de direito tributário a competência da União, além de legislar sobre seus próprios tributos e sobre normas gerais, poderá fazê-lo em relação à competência não exercida pelos Estados e Municípios e) faltando norma geral sobre o encargo ou a função de arrecadar tributo municipal, o Estado poderá supletivamente cometer um e outro a pessoas de direito privado.

9. (AFTN/96) União, Estados, Municípios e Distrito Federal a) podem delegar capacidade para instituir, arrecadar e fiscalizar um tributo. b) podem delegar capacidade para arrecadar e fiscalizar um tributo. c) podem delegar capacidade para instituir e arrecadar um tributo. d) podem delegar capacidade para instituir e fiscalizar um tributo. e) não podem delegar capacidade tributária ativa.

10. (AFTE/PI/2001/Adaptada) Assinale a opção correta. a) A competência tributária consiste na faculdade de que dispõem os entes políticos para instituir tributos em relação às pessoas submetidas a sua soberania, e a capacidade tributária ativa consiste na aptidão atribuída a uma pessoa para figurar no pólo ativo de uma relação jurídico-tributária. b) A competência tributária é a aptidão para arrecadar tributos, obedecidos os requisitos legais, e a capacidade tributária ativa é a aptidão para instituí-los, sempre por meio de lei. c) A competência tributária e a capacidade tributária ativa são indelegáveis, ainda que por meio de lei. d) A competência tributária é, em determinadas situações, delegável, por meio de lei, mas a capacidade tributária ativa é indelegável.

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e) A atribuição da capacidade tributária ativa a pessoa diferente daquela que dispõe da competência tributária só pode ser revogada de comum acordo entre ao titular da competência tributária e a pessoa jurídica a quem foi delegada a capacidade tributária ativa.

11. (AFPS/2002) Em relação ao tema competência tributária, é correto afirmar que: a) a Constituição atribui à União competência residual para instituir impostos, contribuições para a seguridade social e taxas. b) a instituição de empréstimos compulsórios requer lei complementar da União, dos Estados ou do Distrito Federal, conforme competência que a Constituição confere a cada um desses entes da Federação. c) para instituir impostos com fundamento na competência residual, é imprescindível, além da competência tributária, veiculação da matéria por lei complementar e observância dos princípios constitucionais da não-cumulatividade e da identidade plena com outros impostos discriminados na Constituição, no que se refere a fato gerador e base de cálculo. d) somente a União tem competência residual para instituir impostos. e) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios têm competência para instituir impostos, taxas, contribuição de melhoria e contribuição de intervenção no domínio econômico, que a Constituição lhes reserva.

12. (Analista/SUSEP/2010) A Constituição Federal, em seu art. 154, inciso I, prevê a criação de impostos que não os previstos no art. 153 (que enumera aqueles de competência da União). Sobre esta competência, usualmente denominada na doutrina “competência residual”, é incorreto afirmar-se que: a) o exercício da competência residual é reservado ao legislador ordinário, e não ao constituinte derivado. b) consoante entendimento firmado no âmbito do Supremo Tribunal Federal, a não-cumulatividade e o não bis-in-idem não precisam ser observados quando da criação de um novo imposto por meio de emenda constitucional. c) a exigência de lei complementar é inafastável e, diferentemente do que ocorre para os impostos discriminados, que têm apenas os seus fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes previstos em lei complementar, no caso da instituição de novo imposto pela União, no exercício de sua competência residual, exige-se que também a alíquota seja prevista em lei complementar.

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d) admite-se, excepcionalmente, a instituição de novos impostos, no exercício da competência residual, por meio de medida provisória. e) a criação de novo imposto, no exercício da competência residual, fica sujeita ao princípio da anterioridade.

13. (ISS/RJ/2010) Compete à União, aos estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre direito tributário. Com base nessa afirmativa, julgue os itens a seguir: I. lei que institui incentivo fiscal para as empresas que contratarem apenados e egressos é de natureza tributária, sendo, portanto, constitucional lei estadual com tal conteúdo; II. lei estadual pode estabelecer alíquotas diferenciadas em razão do tipo do veículo, já que os estados-membros estão legitimados a editar normas gerais referentes ao IPVA, no exercício da competência concorrente prevista no art. 24, § 3º, da Constituição; III. é possível ao estado conceder, mediante lei, isenção de tributo de sua competência, visto que está atuando nos limites de sua autonomia. Estão corretos: a) apenas o item I. b) apenas os itens I e II. c) apenas os itens I e III. d) apenas os itens II e III. e) todos os itens estão corretos.

14. (ISS/RJ/2010) Sobre a imunidade constitucional recíproca, que veda a instituição e a cobrança de impostos pelos entes tributantes sobre o patrimônio, a renda ou os serviços, uns dos outros, é incorreto afirmar que: a) a imunidade tributária recíproca alcança apenas as finalidades essenciais da entidade protegida. O reconhecimento da imunidade tributária às operações financeiras não impede a autoridade fiscal de examinar a correção do procedimento adotado pela entidade imune. Constatado desvio de finalidade, a autoridade fiscal tem o poder-dever de constituir o crédito tributário e de tomar as demais medidas legais cabíveis. b) a imunidade tributária recíproca é extensiva às autarquias, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. c) a imunidade constitucional recíproca alcança as empresas públicas prestadoras de serviço público, bem como as empresas públicas que exercem atividade econômica em sentido estrito.

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d) a imunidade tributária recíproca diz respeito aos impostos, não alcançando as contribuições. e) a imunidade tributária recíproca aplica-se às operações de importação de bens realizadas por municípios, quando o ente público for o importador do bem (identidade entre o ‘contribuinte de direito’ e o ‘contribuinte de fato’).

15. (TRF/2005/Adaptada) Em relação às imunidades, avalie as afirmações abaixo e, em seguida, marque a opção correta. I. A diferença básica entre imunidade e isenção está em que a primeira atua no plano da definição da competência, e a segunda no plano do exercício da competência. II. As imunidades podem ser definidas em função de condições pessoais de quem venha a vincular-se às situações materiais que ensejariam a tributação. III. As imunidades podem ser definidas em função do objeto suscetível de ser tributado. IV. A Constituição, ao definir a competência, excepciona determinadas situações que, não fosse a imunidade, estariam dentro do campo da competência, mas por força da norma de imunidade, permanecem fora do alcance do poder de tributar. a) Todos os itens estão corretos. b) Há apenas um item correto. c) Há dois itens corretos. d) Há três itens corretos. e) Todos os itens estão errados.

16. (AFRFB/2010) Diversos fatos podem resultar na desoneração tributária. Assinale, entre as que se seguem, a forma de desoneração tributária pela qual não nascem nem a obrigação tributária, nem o respectivo crédito por força do não-exercício da competência a que tem direito o poder tributante. a) Imunidade. b) Não-incidência. c) Isenção. d) Alíquota zero. e) Remissão.

17. (FTE/PA/2002) A não-incidência de impostos sobre as autarquias e as fundações públicas, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou delas decorrentes, resulta de: a) remissão.

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b) anistia. c) isenção. d) imunidade. e) moratória.

18. (SEFAZ/CE/2007) A norma que impede que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios tributem, reciprocamente, seus patrimônios, rendas ou serviços, denomina-se a) imunidade. b) isenção. c) norma geral anti-elisiva. d) anistia. e) não-incidência.

19. (SEFAZ/SP/2009) As imunidades tributárias são classificadas em: a) ontológicas e políticas. b) proporcionais e progressivas. c) diretas e indiretas. d) cumulativas e não cumulativas. e) vinculadas e não vinculadas.

20. (AFTN/96) Quanto às imunidades tributárias, é procedente afirmar que: a) são reguladas exclusivamente mediante lei ordinária federal. b) não se aplicam às taxas e contribuições sociais. c) podem ser instituídas por intermédio de lei complementar. d) são extensivas aos partidos políticos, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados ou não às suas atividades essenciais. e) são normas constitucionais que colaboram no desenho das competências impositivas.

21. (AFTN/94) Sobre as imunidades tributárias, podemos afirmar que a) não se aplicam às taxas e aos impostos sobre o comércio exterior. b) podem ser instituídas por intermédio de lei complementar. c) são extensivas às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados ou não a suas finalidades essenciais. d) impossibilitam sejam previstos fatos geradores da obrigação tributária para os casos por ela abrangidos. e) são hipóteses de não-incidência legalmente qualificada.

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22. (TRF/2002.2) Assinale a opção correta. a) As empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias gozarão dos privilégios tributários estabelecidos em lei complementar. b) As empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias gozarão dos privilégios fiscais estabelecidos em lei complementar. c) As empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias gozarão dos privilégios tributários estabelecidos em lei, desde que extensivos às do setor privado. d) As autarquias federais, municipais e estaduais gozam de imunidade quanto aos tributos dos outros entes políticos em decorrência da imunidade recíproca. e) O regime jurídico tributário das empresas públicas e das sociedades de economia mista que explorem atividade econômica de produção ou de comercialização de bens é estabelecido em norma complementar da legislação tributária.

23. (AFRFB/2005) No tocante às imunidades tributárias conferidas às instituições de assistência social sem fins lucrativos, só uma afirmação não pode ser feita: a) É subordinada, entre outros, ao requisito de que apliquem integralmente no País os seus recursos na manutenção de seus objetivos institucionais, ou de outros que com estes guardem semelhança. b) Somente alcançam as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários. c) Não excluem a atribuição, por lei, às instituições de assistência social, da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte. d) Não dispensa tais entidades do cumprimento de obrigações tributárias acessórias, como a de manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. e) Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a tais instituições, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.

24. (ATN/Recife/2003) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos. No entanto, de acordo com o Código Tributário Nacional,

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tal imunidade tributária é subordinada à observância, pelas referidas instituições, do seguinte requisito, entre outros: a) aplicarem integralmente, no Brasil ou em suas controladas no exterior, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais. b) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título. c) no caso de instituições de educação, oferecerem gratuitamente pelo menos 50% das vagas de seus cursos regulares a alunos carentes. d) não remunerarem seus empregados com salários superiores aos pagos por empresas públicas, em se tratando de cargos de iguais atribuições. e) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de lucro ou participação no seu resultado.

25. (AFTE/RN/2004) Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a resposta correta. ( ) A imunidade tributária conferida pela Constituição Federal a instituições de assistência social sem fins lucrativos somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários. ( ) É permitido à União exigir imposto sobre a renda auferida por Municípios que provenha de aluguel de imóveis a eles pertencentes. ( ) O imóvel pertencente a entidade sindical de trabalhadores, ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU), desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tal entidade. a) V, V, V. b) V, V, F. c) V, F, V. d) F, F, V. e) F, V, F.

26. (Procurador do TCE/GO/2007) Entre as afirmativas abaixo, relativas à imunidade e isenções tributárias, assinale a correta. a) Os partidos políticos são entidades imunes, benefício que não se estende às suas fundações. b) A imunidade de entidade educacional sem fins lucrativos não é extensiva aos aluguéis de apartamento de sua propriedade revertidos às suas finalidades institucionais.

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c) A imunidade tributária incidente sobre livros só é extensível ao papel nele utilizado se a obra tiver fins didático-educacionais. d) A isenção por prazo certo e em função de determinadas condições atendidas pelo sujeito passivo gera direito adquirido. e) A empresa pública Caixa Econômica Federal, que exerce atividade econômica, é abrangida pela imunidade tributária recíproca, não se sujeitando ao pagamento de imposto sobre propriedade de veículos automotores incidentes sobre seus carros.

27. (AFRF/2003) · Entidade fechada de previdência privada, que só confere benefícios aos seus filiados desde que eles recolham as contribuições pactuadas, goza de imunidade tributária? · Segundo entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, filmes fotográficos destinados à composição de livros, jornais e periódicos estão abrangidos por imunidade tributária? · A Constituição Federal veda a instituição de contribuição social para a seguridade social sobre o lucro auferido por pessoas jurídicas, que decorra de comercialização de livros, jornais, periódicos e papel destinado a sua impressão? a) Não, sim, não. b) Não, não, sim. c) Não, não, não. d) Sim, sim, não. e) Sim, não, sim.

28. (AFTN/94) A Constituição da República prevê que sobre a energia elétrica podem incidir somente a) dois impostos. b) três impostos. c) os impostos de importação e de exportação. d) imposto único sobre energia elétrica. e) impostos estaduais e municipais.

29. (AFTN/94) Quando atendam os requisitos estabelecidos na lei, não podem ser cobrados impostos que incidam sobre a renda, serviços e patrimônio, bem como a contribuição para a seguridade social, das seguintes espécies de entidades: a) partidos políticos. b) instituições beneficentes de educação. c) fundações dos partidos políticos. d) instituições beneficentes de assistência social. e) entidades sindicais dos trabalhadores.

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30. (ISS/RJ/2010) Sobre as limitações constitucionais ao poder de tributar, é correto afirmar que: a) apenas mediante lei é possível instituir ou aumentar tributo. b) nos tributos de competência da União, não se admitem discriminações regionais ou locais com relação aos mesmos fatos geradores ou bases de cálculo. c) as fundações públicas instituídas pela União são imunes de impostos estaduais. d) a imunidade recíproca de impostos entre os entes da federação brasileira abrange todas as rendas de todos eles, salvo se decorrentes de ganhos em aplicações financeiras. e) inclusive conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a imunidade dos “templos de qualquer culto” tem interpretação ampla e finalística.

31. (ISS/RJ/2010) O princípio da isonomia tributária, previsto no art. 150, inciso II, da Constituição, proíbe o tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente. Entretanto, tal princípio exige a sua leitura em harmonia com os demais princípios constitucionais. Destarte, pode-se concluir, exceto, que: a) em matéria tributária, as distinções podem se dar em função da capacidade contributiva ou por razões extrafiscais que estejam alicerçadas no interesse público. b) relativamente às microempresas e empresas de pequeno porte, a Constituição prevê que lhes seja dado tratamento diferenciado e favorecido, por lei complementar, inclusive com regimes especiais ou simplificados. c) a sobrecarga imposta aos bancos comerciais e às entidades financeiras, no tocante à contribuição previdenciária sobre a folha de salários, não fere o princípio da isonomia tributária, ante a expressa previsão constitucional. d) determinado segmento econômico prejudicado por crise internacional que tenha fortemente atingido o setor não permite tratamento tributário diferenciado sem ofensa ao princípio da isonomia. e) a proibição de importação de veículos usados não configura afronta ao princípio da isonomia.

32. (ESAF/APO/União/2010) De acordo com a Constituição Federal, não se pode cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. Trata-se do princípio da anterioridade tributária.

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Entretanto, a própria Constituição estabelece que ato do Poder Executivo pode elevar alíquotas de determinados tributos, como, por exemplo: a) Imposto sobre a renda, imposto sobre produtos industrializados e contribuição social sobre o lucro líquido. b) Imposto sobre produtos industrializados, contribuição de intervenção no domínio econômico sobre combustíveis e imposto sobre importações. c) Imposto sobre importações, imposto sobre exportações e imposto sobre a renda. d) Imposto sobre importações, imposto sobre a renda e imposto sobre produtos industrializados. e) Contribuição de intervenção no domínio econômico sobre combustíveis, imposto sobre a renda e imposto sobre exportações.

33. (ESAF/APO/União/2008) A competência tributária, assim entendida como o poder que os entes políticos – União, Estados-Membros, Distrito Federal e Municípios – têm para instituir tributos, não é ilimitada. Ao contrário, encontra limites na Constituição Federal, entre os quais destacamos o princípio da legalidade tributária, segundo o qual nenhum tributo poderá ser instituído ou majorado a não ser por lei. Porém, a própria Constituição Federal excetua da obrigatoriedade de ser majorados por lei (podendo sê-lo por ato do Poder Executivo) alguns tributos. São exemplos desses tributos: a) imposto sobre renda e proventos / imposto sobre importação de produtos estrangeiros / contribuição para o PIS/PASEP. b) imposto sobre produtos industrializados / CIDE combustível / contribuição para o PIS/PASEP. c) imposto sobre importação de produtos estrangeiros / imposto sobre exportação de produtos nacionais ou nacionalizados / imposto sobre renda e proventos. d) CIDE combustível / imposto sobre produtos industrializados / imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguros. e) contribuição para o PIS/PASEP / imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguros/ imposto sobre produtos industrializados.

34. (Analista Jurídico/2007/CE) O princípio constitucional da legalidade preceitua que a instituição ou a majoração de tributos deverá ser estabelecida por lei. Com relação à majoração de alíquotas, porém, a própria Constituição Federal prevê que alguns tributos poderão tê-la por meio de decreto presidencial. Entre estes, não se inclui:

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a) Imposto de Importação. b) Imposto Territorial Rural. c) Imposto sobre Operações Financeiras. d) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Sobre Combustíveis. e) Imposto Sobre Produtos Industrializados.

35. (AFRFB/2005) Ainda que atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, é vedado ao Poder Executivo alterar as alíquotas do imposto sobre a) importação de produtos estrangeiros. b) exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados. c) propriedade territorial rural. d) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários. e) produtos industrializados.

36. (Analista Contábil-Financeiro/2007/CE) O princípio constitucional da anterioridade, corolário da segurança jurídica, estabelece que os entes tributantes – União, Estados, Distrito Federal e Municípios – não poderão exigir tributo no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que o tenha instituído ou aumentado. No tocante à possibilidade de majoração de tributos no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que os tenha aumentado, porém, a própria Constituição Federal estabeleceu algumas exceções. Entre os itens a seguir, assinale aquele que não constitui exceção ao referido princípio. a) Imposto sobre produtos industrializados. b) Contribuição de intervenção no domínio econômico, cobrada sobre combustíveis. c) Imposto de exportação. d) Empréstimo compulsório para despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública. e) Empréstimo compulsório para despesas de investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional.

37. (Auditor Fiscal/Natal/2008) O Governador do Estado de Minas Gerais fez publicar, em 6 de novembro de 2007, em atenção às Constituições Estadual e Federal, medida provisória visando à majoração de imposto estadual. A norma entrou em vigor na data de sua publicação. O Poder Legislativo Estadual, porém, somente converteu a medida provisória em lei no dia 20 de fevereiro de 2008.

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Em face da situação hipotética e considerando os parâmetros de vigência e aplicação da legislação tributária, aponte em que data o aumento poderá ser efetivamente cobrado. a) 1º de janeiro de 2008. b) 4 de fevereiro de 2008. c) 20 de maio de 2008. d) 1º de janeiro de 2009. e) 31 de março de 2009.

38. (Auditor Fiscal/2005/MG) Assinale a opção correta. O princípio segundo o qual é vedado cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado (art. 150,III, ‘a’ da CRFB/88) é o da: a) anterioridade. b) irretroatividade. c) anualidade. d) imunidade recíproca. e) legalidade.

39. (ESAF/PFN/2007.2) Das formulações abaixo, assinale a que não se inclui entre os conteúdos normativos que a Constituição considera, relaciona e tipifica, na Seção II, do Capítulo I, do seu Título VI, como “Limitações do Poder de Tributar”. a) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. b) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. c) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir isenções de tributos da competência da União, bem como da competência de uns e outros. d) A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. e) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

40. (ESAF/ATRFB/2010) A Constituição Federal, entre outras limitações ao poder de tributar, estabelece a isonomia, vale dizer, veda o tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente. Sobre a isonomia, é correto afirmar que:

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a) diante da regra mencionada, o tratamento tributário diferenciado dado às microempresas e empresas de pequeno porte, por exemplo, deve ser considerado inconstitucional. b) não se permite a distinção, para fins tributários, entre empresas comerciais e prestadoras de serviços, bem como entre diferentes ramos da economia. c) para que um tratamento tributário diferenciado (isenção, por exemplo) seja justificado, não é necessário haver correlação lógica entre este e o elemento de discriminação tributária. d) em razão do princípio constitucional da isonomia, não deve ser diferenciado, por meio de isenções ou incidência tributária menos gravosa, o tratamento de situações que não revelem capacidade contributiva ou que mereçam um tratamento fiscal ajustado à sua menor expressão econômica. e) a isenção, como causa de exclusão do crédito tributário, é, por sua própria natureza, fator de desigualação e discriminação entre pessoas, coisas e situações. Nem por isso, no entanto, as isenções são inconstitucionais, desde que reste demonstrado que se teve em mira o interesse ou a conveniência pública na aplicação da regra da capacidade contributiva ou no incentivo de determinadas atividades de interesse do Estado.

41. (APOF/SP/2009) O princípio da capacidade contributiva: a) não se aplica às penalidades tributárias. b) aplica-se somente às contribuições. c) aplica-se somente aos impostos. d) aplica-se indistintamente a todas as espécies tributárias. e) é atendido pela progressividade dos impostos reais.

42. (ESAF/AFRFB/2010) Entre as limitações constitucionais ao poder de tributar, que constituem garantias dos contribuintes em relação ao fisco, é incorreto afirmar que: a) os impostos sobre o patrimônio podem ser confiscatórios, quando considerados em sua perspectiva estática. b) uma alíquota do imposto sobre produtos industrializados de 150%, por exemplo, não significa necessariamente confisco. c) o imposto de transmissão causa mortis, na sua perspectiva dinâmica, pode ser confiscatório. d) o princípio do não-confisco ajuda a dimensionar o alcance do princípio da progressividade, já que exige equilíbrio, moderação e medida na quantificação dos tributos.

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e) a identificação do efeito confiscatório não deve ser feita em função da totalidade da carga tributária, mas sim em cada tributo isoladamente.

43. (ESAF/AFRFB/2010) Analise os itens a seguir, classificando-os como verdadeiros (V) ou falsos (F). Em seguida, escolha a opção adequada às suas respostas: I. de acordo com a Constituição Federal, o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza será informado pela generalidade, universalidade e progressividade, na forma da lei. Pode-se afirmar que o critério da progressividade decorre dos princípios da igualdade e da capacidade contributiva, na medida em que contribuintes com maiores rendimentos sejam tributados de modo mais gravoso do que aqueles com menores rendimentos; II. a Constituição estabelece expressamente que o imposto sobre a renda será progressivo, enquanto o imposto sobre a propriedade imobiliária poderá ser progressivo; III. a Constituição traça uma dupla progressividade para o IPTU, quais sejam, progressividade em razão do imóvel e em razão do tempo; IV. o princípio da capacidade contributiva não possui significado muito importante para o IPTU, visto que este tributo se caracteriza por ser um imposto real, sem relação com as características pessoais do sujeito passivo. a) Estão corretos somente os itens I e III. b) Estão corretos somente os itens I, II e IV. c) Estão corretos somente os itens I e II. d) Estão corretos somente os itens II e IV. e) Todos os itens estão corretos.

44. (ESAF/ATRFB/2010) “A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados − IPI para geladeiras, fogões, máquinas de lavar e tanquinhos, produtos da linha branca, que encerraria no próximo dia 31, foi prorrogada por mais três meses. A partir de 10 de novembro entra em vigor uma nova tabela cujas alíquotas passam a ser estabelecidas com base na eficiência energética dos produtos, de acordo com a classificação do Programa Brasileiro de Etiquetagem, coordenado pelo Inmetro. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo ministro da Fazenda Guido Mantega. “Nós estamos desonerando mais os produtos que consomem menos energia”, explicou. A medida vale até 31 de janeiro de 2010. Segundo ele, as geladeiras, que antes do IPI baixo tinham uma alíquota de 15%, e recuou para 5%, poderão manter essa mesma alíquota reduzida, mas somente para os

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produtos da chamada classe “A”, ou seja, com menor consumo de energia. As geladeiras da classe “B” passarão a ter uma alíquota de 10% e o restante voltará a ter um IPI de 15%.” (Extraído do site www.fazenda.gov.br, notícia de 29.10.2009). Na notícia acima, identificamos um importante aspecto do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados. Assinale, entre as opções que se seguem, aquela que explica e justifica tal aspecto, isto é, somente aquele que a notícia mencionada destacou. a) Por meio da seletividade, pode-se tributar com alíquotas diferenciadas produtos de acordo com o seu grau de essencialidade. b) A notícia demonstra a aplicabilidade do princípio constitucional da capacidade tributária, pois estabelece alíquotas diferenciadas para as diversas categorias de geladeiras existentes no mercado. c) O IPI constitui uma exceção à regra geral da legalidade, já que o Poder Executivo pode, a qualquer momento, baixar ou restabelecer as suas alíquotas. d) A não-cumulatividade, outra característica do IPI, visa impedir que as incidências sucessivas nas diversas operações da cadeia econômica de um produto impliquem um ônus tributário muito elevado, decorrente da múltipla tributação da mesma base econômica. e) A extrafiscalidade consiste na possibilidade de, por meio de alíquotas diferenciadas, estimular-se determinado comportamento por parte da indústria e, consequentemente, dos consumidores.

GABARITO PURO

1. D 2. D 3. C 4. D 5. B 6. D 7. A 8. A 9. B 10. A

11. D 12. D 13. E 14. C 15. A 16. B 17. D 18. A 19. A 20. E

21. D 22. C 23. A 24. B 25. C 26. D 27. A 28. B 29. D 30. E

31. D 32. B 33. D 34. B 35. C 36. E 37. D 38. B 39. C 40. E

41. A 42. E 43. E 44. E

QUESTÕES TRATADAS EM SALA DE AULA SOBRE IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS - CESPE

1 a 5. (Procurador Federal/CESPE/UNB) Acerca da imunidade jurídico-tributária, é correto afirmar que

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(1) ( ) opera na demarcação constitucional das competências tributárias. (2) ( ) constitui direito público subjetivo de não ser tributado. (3) ( ) abrange tão somente impostos. (4) ( ) seu gozo não pode depender do atendimento de requisitos estabelecidos em norma infraconstitucional. (5) ( ) pode ser outorgada tendo em vista pressupostos de natureza pessoal e/ou material.

6. (CESPE/Direito/TCE/AC/2009) O princípio da imunidade recíproca é decorrência lógica do princípio federativo e visa assegurar a autonomia dos entes políticos.

7. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) A imunidade constitucional de livros não se estende à COFINS.

8. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) A limitação de exigência tributária sobre o patrimônio, renda ou serviços uns dos outros (União, estados, DF e municípios) é passível de modificação constitucional, uma vez que se trata de princípio de garantia subjetiva, e a restrição de imutabilidade tributária refere-se às garantias objetivas.

9. (CESPE/ Procurador/ Vitória/2007) A vedação que impede o Distrito Federal de cobrar o IPVA sobre os veículos da União licenciados em seu território constitui uma isenção tributária.

10. (CESPE/Consultor/ES/2010) A isenção é a espécie mais usual de renúncia de receita e define-se como a dispensa legal, pelo Estado, do débito tributário devido.

11. (CESPE/Procurador/PE/2009) A criação de imunidade tributária é matéria típica de lei ordinária.

12. (CESPE/MP/SE/2010) A imunidade recíproca, ou seja, entre os entes federados, não está limitada a certos tipos de impostos.

13. (CESPE/Direito/TCE/AC/2009) A imunidade tributária recíproca alcança a União, os estados, os municípios e o Distrito Federal e é extensiva às A sociedades de economia mista, no que se refere a impostos, taxas e contribuições de melhoria.

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B autarquias e às fundações instituídas pelo poder público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. C empresas públicas, no que se refere aos impostos tão-somente, ainda que as empresas beneficiadas atuem no mercado em regime de concorrência. D organizações não-governamentais que atuem em parceria com o poder público, conquanto que não se tenha previsão de remuneração de diretores. E sociedades de filantropia, reconhecidas por ato do presidente da República, exclusivamente no que se refere ao imposto incidente sobre a renda.

14. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) Pode incidir IOF sobre aplicações financeiras realizadas por autarquia estadual, uma vez que as rendas derivadas são relativas a atividades eminentemente privadas.

15. (CESPE/Delegado de Polícia/RN/2009) A imunidade tributária recíproca prevista na CF não se estende às empresas públicas, ainda que atuem em regime de monopólio, pois tal benesse não é extensível ao setor privado.

16. (CESPE/UNB/Juiz Federal/2008) A União, almejando facilitar o escoamento da produção nacional de biocombustível para o exterior, construiu estrutura portuária em imóvel integrante de seu domínio econômico, situado em determinado município brasileiro. Para se viabilizarem as atividades do porto, os serviços portuários foram delegados à pessoa jurídica de direito privado que se utiliza do acervo patrimonial portuário pertencente à União. Nessa situação, o referido município não pode cobrar IPTU da empresa delegatária, a qual, todavia, é contribuinte de taxa de limpeza urbana.

17. (CESPE/Analista/INSS/2008) A fundação pública mantenedora da Universidade de Brasília tem imunidade tributária em relação a taxa de limpeza pública instituída pelo Distrito Federal.

18. (CESPE/Delegado/RN/2009) Os cemitérios que consubstanciam extensões de entidades de cunho religioso não estão abrangidos pela imunidade tributária prevista na CF, uma vez que as normas que tratam de renúncia fiscal devem ser interpretadas restritivamente.

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19. (CESPE/Delegado de Polícia/RN/2009) A aquisição de mercadorias no mercado interno por pessoa jurídica que possui imunidade tributária deve-se sujeitar à tributação pelo ICMS, ainda que os bens adquiridos passem a integrar o patrimônio da adquirente.

20. (CESPE/Auditor/Ipojuca/2009) O ICMS incide sobre os livros e o papel destinado a sua impressão.

21. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) A imunidade tributária sobre livros, jornais e periódicos abrange a aquisição de máquinas e aparelhos destinados à sua impressão.

22. (CESPE/Procurador/PB/2008) A imunidade referente a impostos sobre livros, jornais e periódicos de papel não alcança publicações veiculadas em meios digitais, tais como DVD, CD e fitas de vídeo.

23. (CESPE/Direito/TCE/AC/2009) As normas relativas à imunidade tributária devem ser interpretadas restritivamente, razão pela qual os álbuns de figurinhas e os respectivos cromos adesivos não estão alcançados pela imunidade prevista na CF para os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão.

24. (CESPE/Promotor/SE/2010) As editoras que têm como única atividade a produção de livros e jornais estão imunes ao imposto incidente sobre a renda.

25. (CESPE/Analista/INSS/2008) A imunidade tributária concedida a jornais não alcança a tinta utilizada para a impressão.

26. (CESPE/TCE/GO/2007/adaptada) A CF veda a instituição de impostos sobre jornais, mas a imunidade não abrange tinta especial utilizada para a confecção dos mesmos.

27. (Juiz Federal/TRF3°/2011) Considere que, em determinada autarquia estadual cuja finalidade essencial seja a prestação de serviços à população mediante pagamento de tarifas pelos beneficiários, a prestação dos serviços não configure exploração de atividade econômica regida pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. Nesse caso, a autarquia A deve pagar as contribuições sociais de natureza previdenciária sobre a folha de salários de empregados regidos pela CLT.

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B é imune ao pagamento da contribuição social sobre o lucro líquido. C é imune ao pagamento do imposto predial e territorial urbano. D deve pagar o imposto sobre a transmissão onerosa de bens imóveis caso venda algum imóvel. E fica imune ao pagamento de imposto sobre a transmissão onerosa de bens imóveis caso compre algum imóvel.

28. (CESPE/Advogado-BRB/2010) A imunidade tributária recíproca é extensiva ao patrimônio, à renda e aos serviços de autarquias, fundações e empresas públicas vinculadas à entidade estatal respectiva.

29. (CESPE/Promotor de Justiça de Rondônia/2010) A imunidade tributária conferida aos entes da Federação diz respeito aos impostos, não alcançando as contribuições.

30. (CESPE/Promotor de Justiça de Rondônia/2010) A atividade de edição de listas telefônicas não está amparada pelo benefício constitucional da imunidade tributária.

GABARITO PURO

1. C 2. C 3. E 4. E 5. C 6. C 7. C 8. E 9. E 10. C 11. E

12. E 13. B 14. E 15. E 16. C 17. E 18. E 19. E 20. E

21. E 22. C 23. E 24. E 25. C 26. C 27. A 28. E 29. C 30. E

QUESTÕES TRATADAS EM SALA DE AULA SOBRE LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS DO PODER DE TRIBUTAR. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

(CESPE)

1. (CESPE/Delegado de Polícia/RN/2009) A decisão judicial que declara indevida a cobrança do imposto em determinado exercício faz coisa julgada em relação aos posteriores, em respeito aos princípios da separação dos poderes e da autoridade da coisa julgada.

2. (CESPE/Consultor/ES/2010) Em respeito ao princípio da legalidade, não é permitido ao chefe do Poder Executivo elevar a

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alíquota do imposto de importação, mesmo dentro de limites autorizados por lei.

3. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) Inexistindo legislação específica impondo condições e limites, é lícito ao Poder Executivo alterar as alíquotas da contribuição de intervenção no domínio econômico (CIDE).

4. (CESPE/Procurador/PB/2008) Nos termos e limites fixados em lei complementar federal, o Poder Executivo estadual, mediante decreto, pode reduzir, com o objetivo de regular a demanda, as alíquotas de ICMS de determinados produtos, dada a natureza extra-fiscal desse tributo.

5. (CESPE/Juiz Federal/TRF2/2010) As obrigações principais e acessórias estão sujeitas ao princípio constitucional da legalidade estrita.

6. (CESPE/Juiz Federal/TRF1°REGIÃO/2009) Ofende o princípio da legalidade decreto que antecipa data de recolhimento de tributo.

7. (CESPE/Procurador/PE/2009) A simples atualização monetária não se confunde com majoração de tributo.

8. (CESPE/Procurador/PE/2009) A instituição de emolumentos cartorários pelo tribunal de justiça de um estado não afronta o princípio da reserva legal.

9. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) Atende ao princípio da anterioridade de exercício a publicação, no Diário Oficial, da lei instituidora de imposto no dia 31/12, sábado, apesar de a sua circulação dar-se apenas na segunda-feira.

10. (CESPE/Ministério Público/ES/2010) Lei estadual, que determine a majoração das alíquotas e da base de cálculo do imposto sobre a propriedade de veículos automotores, publicada no dia 31 de dezembro, com cláusula de vigência imediata, produzirá efeitos A no dia 1.º de janeiro do ano seguinte, apenas em relação à majoração da base de cálculo do imposto. B no dia 1.º de janeiro do ano seguinte, em relação à majoração das alíquotas e da base de cálculo. C 45 dias após a data da publicação da lei, em relação apenas à majoração da base de cálculo.

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D noventa dias após a data da publicação da lei, apenas em relação à majoração das alíquotas. E no dia 1.º de janeiro do ano seguinte, apenas em relação à majoração das alíquotas.

11. (CESPE/Direito/TCE/AC/2009) A revogação de isenção tem sido equiparada pelo STF à instituição ou majoração de tributo, razão pela qual só poderá produzir efeitos no exercício financeiro seguinte, em respeito à regra da anterioridade tributária.

12. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) Às taxas é aplicado o princípio da anterioridade de exercício, mas não o da anterioridade nonagesimal, que é restrita a impostos e contribuições.

13. (CESPE/Consultor/ES/2010) Considerando que uma lei que criou uma taxa tenha sido promulgada e publicada em 3/12/2009, com vigência a partir da data de publicação, a referida taxa somente deverá ser cobrada a partir 1.º de janeiro de 2010.

14. (CESPE/PROCURADOR/PE/2009) Lei complementar estadual que isente os membros do MP do pagamento de custas judiciais ou emolumentos é constitucional.

15. (CESPE/Promotor/RN/2009) A instituição de tributo com alíquotas progressivas sem ser exageradamente oneroso, não podendo, portanto, ser considerado confisco, faz transparecer, no direito tributário, na instituição do referido tributo, o cuidado com o princípio da A seletividade. B não-diferenciação tributária. C legalidade estrita. D capacidade contributiva. E igualdade tributária, em sentido jurídico.

16. (CESPE/Direito/TCE/AC/2009) O princípio da capacidade contributiva, segundo previsão expressa na CF, aplica-se a todos os tributos federais, estaduais e municipais.

17. (CESPE/Juiz Federal/TRF1/2010) Contra a imposição de multas por sonegação fiscal ou mesmo pelo não recolhimento do tributo, não se pode argumentar com a proibição constitucional de utilização de tributo com efeito de confisco, já que de tributo não se trata.

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18. (CESPE/Juiz Federal/TRF2/2010) Com relação às limitações constitucionais do poder de tributar, assinale a opção correta. A A proibição constitucional da utilização de tributo com efeito de confisco decorre de seu efeito cumulativo, ou seja, sempre que várias incidências estabelecidas pelo mesmo ente tributante afetarem o patrimônio ou rendimentos do contribuinte de forma não razoável. Nessa situação, sua verificação é individual, passível apenas de controle difuso da constitucionalidade. B A utilização de tributo com efeito de confisco tem como parâmetro a incidência do novo tributo em face de sua própria carga tributária, não o total da carga tributária a que esteja submetido o contribuinte. C As multas aplicadas em face da sonegação ou do não recolhimento dos impostos, quando superem o valor do bem, em princípio ofendem tanto o princípio da proporcionalidade quanto o da proibição de tributos com efeito de confisco. D Confisco é sanção e, para verificar se o tributo tem esse efeito, é necessário examinar se a lei que instituiu o tributo tem como fim impor penalidade ao contribuinte. E Os tributos indiretos são repassados ao consumidor final e não incidem sobre renda ou patrimônio, sendo-lhes inaplicável o princípio constitucional da vedação de confisco.

19. (CESPE/Consultor/ES/2010) Se, devido a incentivos fiscais concedidos pelo governo do Espírito Santo, novas empresas produtoras de automóveis instalarem-se no estado, e esse fato contribuir para atrair milhares de trabalhadores de outros estados brasileiros, nesse caso, visando conter o fluxo migratório e para não prejudicar a política de geração de empregos local, o governador poderá instituir um tributo interestadual, limitando a entrada de trabalhadores de outros estados, pelo mesmo período de tempo do incentivo fiscal concedido às montadoras de automóveis.

20. (CESPE/Advogado/CEF/2010) A União pode instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional.

21. (CESPE/Advogado/CEF/2010) Qualquer ente federativo pode instituir tributo que importe em distinção ou preferência em favor de determinado estado ou município.

22. (CESPE/Advogado/CEF/2010) Os estados podem estabelecer diferenças tributárias entre bens de qualquer natureza, em razão de sua natureza ou do seu destino.

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23. (CESPE/Advogado/CEF/2010) É vedado aos municípios, e não aos estados, ao DF e à União, o estabelecimento de diferenças tributárias entre bens de qualquer natureza, em razão de sua natureza ou de seu destino.

24. (Juiz Federal/TRF3°/2011) Em setembro de 2011, a União editou decreto determinando a elevação das alíquotas de IPI sobre a importação de automóveis e instrução normativa determinando a prorrogação do direito de dedução, sobre o imposto de renda anual da pessoa física, da contribuição previdenciária paga a empregado doméstico. Em ambas as normas, há cláusula de vigência para o dia da publicação desses atos normativos. Acerca desse aspecto, é correto afirmar, em conformidade com a CF e com o CTN, que A os efeitos do decreto produzem-se a partir de 1.º/1/2012, e os da instrução normativa, a partir da publicação. B os efeitos do decreto produzem-se após 90 dias contados da publicação, e os da instrução normativa, a partir da publicação. C os efeitos do decreto e da instrução normativa produzem-se após 90 dias contados da publicação. D os efeitos do decreto e da instrução normativa produzem-se a partir de 1.º de janeiro de 2012. E os efeitos do decreto e da instrução normativa produzem-se a partir da publicação dessas normas.

25. (CESPE/Procurador Federal-AGU/2010) É legítima a aplicação da taxa SELIC como índice de correção monetária e de juros de mora, na atualização de débitos tributários em atraso relacionados ao IPVA, mesmo que inexista lei estadual nesse sentido.

26. (CESPE/Defensoria Pública-União/2010) Considere que determinado estado da Federação tenha publicado lei majorando a alíquota do ICMS de 18% para 19% e estabelecendo que sua vigência terminaria em 31 de dezembro de 2009. Considere, ainda, que, em meados desse mês, tenha sido publicada lei que manteve a alíquota de 19% para o ano de 2010. Nesse caso, a lei publicada em dezembro de 2009 viola o princípio da anterioridade nonagesimal.

27. (CESPE/Promotor de Justiça de Rondônia/2010) Segundo decisão do STF, em controle de constitucionalidade abstrato, não ofende o princípio da não confiscatoriedade hipótese normativa que estipule multa fiscal de 300%, desde que se trate de inadimplemento pelo contribuinte de obrigação tributária.

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28. (CESPE/Promotor de Justiça de Rondônia/2010) Com a finalidade de não ofender o pacto federativo, a CF veda que a União conceda incentivos fiscais às diferentes regiões do país, ainda que sob o argumento de promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico.

29. (CESPE/Procurador Federal-AGU/2010) Se, na região Norte do país, for criado território federal, mediante lei complementar, competirá à União a instituição do ICMS nesse território.

30. (CESPE/Advogado-BRB/2010) Para que a União tenha competência para instituir impostos residuais por lei ordinária federal, é suficiente que estes obedeçam ao requisito de não cumulatividade.

31. (CESPE/Analista-EMBASA/2010) Tanto a União como os estados, o Distrito Federal e os municípios podem legislar concorrentemente sobre direito tributário. Cada uma das esferas da administração tem competência legislativa plena no âmbito de sua jurisdição.

GABARITO PURO

1. E 2. E 3. E 4. E 5. E 6. E 7. C 8. E 9. C 10. A

11. C 12. E 13. E 14. E 15. D 16. E 17. E 18. C 19. E 20. E

21. E 22. E 23. E 24. B 25. E 26. E 27. E 28. E

29. C 30. E 31. E

QUESTÕES TRATADAS EM SALA DE AULA SOBRE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA (FCC)

1. (FCC/Procurador Estadual/SP/2009) Competência tributária. I. É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais a contribuintes hipossuficientes.

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II. A competência legislativa dos Estados, em matéria tributária, é residual, podendo instituir outros impostos, além dos já previstos na Constituição Federal, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos nela discriminados. III. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão sua competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. IV. Existindo norma geral da União, é facultado aos Estados legislar supletivamente em matéria tributária. V. A competência legislativa dos Estados para instituir o IPVA depende da prévia edição de lei complementar, conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal. Está correto o que se afirma em (A) II e V, apenas. (B) III e IV, apenas. (C) I, II e IV, apenas. (D) I, III e V, apenas. (E) I, II, III, IV e V.

2. (FCC/ICMS/SP/2009) A respeito da competência tributária, considere: I. A competência tributária é o poder, conferido a determinado ente político, por lei complementar específica, para aumentar tributos. II. A competência tributária é indelegável. Porém, as funções de arrecadar ou fiscalizar os tributos ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária podem ser delegadas por uma pessoa jurídica de Direito Público a outra. III. A competência tributária, que compreende a competência legislativa e a capacidade tributária, é delegável. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) I e III.

3. (FCC/ICMS/SP/2009) Em relação à competência tributária, cabe (A) à União instituir impostos sobre: I) importação de produtos estrangeiros; II) propriedade territorial rural; III) doação de quaisquer bens e direitos.

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(B) aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I) transmissão causa mortis; II) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação; III) propriedade de veículos de qualquer natureza. (C) aos Municípios instituir impostos sobre: I) propriedade territorial urbana e rural; II) serviços de qualquer natureza não compreendidos na competência tributária dos Estados, definidos em lei complementar; III) doação de quaisquer bens e direitos. (D) aos Estados instituir impostos sobre: I) propriedade predial territorial e urbana; II) transmissão inter vivos a qualquer título, por ato oneroso ou gratuito de quaisquer bens e direitos; III) serviços de qualquer natureza. (E) à União instituir impostos sobre: I) importação de produtos estrangeiros; II) propriedade territorial rural; III) os impostos estaduais em território Federal e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais.

4. (FCC/Auditor/TCE/AL/2008) O ITR – Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural é de competência da União. Contudo, os Municípios, nos termos da lei, poderão optar em arrecadar e fiscalizar este imposto, conforme autoriza a Constituição Federal. Neste caso o Município que assim optar será titular da (A) competência tributária ativa. (B) competência e da capacidade tributária ativa. (C) capacidade tributária ativa. (D) competência tributária delegada. (E) capacidade tributária delegante.

5. (FCC/Juiz de Direito/AL/2007) Nos termos do art. 153, § 4o, III, da Constituição Federal, o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural poderá ser fiscalizado e cobrado pelo Município. Se o Município, em caráter excepcional, resolver fazer uso dessa faculdade, passará a exercer (A) a competência tributária plena. (B) juntamente com a União a competência tributária. (C) a competência e a capacidade tributária ativa. (D) juntamente com a União a capacidade tributária ativa. (E) a capacidade tributária ativa, ficando reservada à União a competência tributária.

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6. (FCC/Defensoria Pública Estadual/Pará/2009) Sobre competência constitucional em matéria tributária, é correto afirmar, EXCETO (A) a competência tributária é indelegável, imprescritível, irrenunciável e inalterável. (B) a competência para instituição do ITR é da União, mas a capacidade poderá ser transferida aos Municípios que optarem pela arrecadação e fiscalização deste tributo, nos termos da lei. (C) a isenção equivale a incompetência tributária para instituir tributos sobre determinados fatos geradores, estando regulada na Constituição Federal. (D) a competência para instituição do ISS é municipal e do ICMS é estadual. (E) as competências para instituição de impostos são classificadas como legislativas exclusivas e não podem ter seu rol ampliado.

7. (FCC/Procurador de Contas/Alagoas/2008) São tributos de competência da União, EXCETO a contribuição (A) de melhoria. (B) social para a seguridade social. (C) para o custeio do serviço de energia elétrica. (D) de intervenção no domínio econômico. (E) de interesse de categorias profissionais.

8. (FCC/Agente Legislativo /ALESP/2010) É da competência constitucional legislativa dos Estados a instituição de (A) impostos não discriminados expressamente na Constituição Federal, dentro da competência residual. (B) taxas, pelo exercício regular de poder de polícia de competência estadual. (C) contribuição de intervenção no domínio econômico. (D) imposto sobre a transmissão inter vivos de bens imóveis a título oneroso. (E) empréstimo compulsório para cobrir despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública.

9. (FCC/ APO/SP/2010) A competência tributária (A) pode ser conferida apenas aos entes federados. (B) pode ser delegada por lei complementar a outro ente federado. (C) não autoriza que o ente deixe de exercê-la, não instituindo um tributo de sua competência. (D) pode ser renunciada pelo ente, quando este deixa de instituir um tributo de sua competência.

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(E) trata-se de competência administrativa.

10. (FCC/Juiz de Direito/MS/2010) Sobre a competência tributária, é correto afirmar que (A) trata-se de competência administrativa, passível de delegação por lei complementar. (B) é competência legislativa comum para todas as espécies de tributos. (C) é competência concorrente da União e dos Estados. (D) é competência legislativa exclusiva em relação a impostos e empréstimo compulsório. (E) pode ser delegada por lei relativamente ao exercício da fiscalização e arrecadação de tributos.

11. (FCC/Procurador de Estado/MT/2011) Sobre competência tributária e capacidade tributária ativa, é correto afirmar: (A) A competência tributária é delegável por lei. (B) A capacidade tributária ativa indica o sujeito ativo da obrigação tributária principal. (C) O Código Tributário Nacional fixa as competências tributárias. (D) A capacidade tributária ativa é exclusiva do ente político definido na Constituição Federal. (E) Somente o ente político competente para instituir o tributo pode ser titular da capacidade tributária ativa.

GABARITO PURO

1. B 2. B 3. E 4. C 5. E 6. C 7. C 8. B 9. A 10. D 11. B

QUESTÕES TRATADAS EM SALA DE AULA SOBRE LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS DO PODER DE TRIBUTAR.

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS (FCC).

1. (FCC/Procurador de Contas/TCE/MG/2007) Obedece ao princípio da anterioridade anual, mas não obedece ao princípio da anterioridade nonagesimal (noventena) o imposto sobre (A) a renda (IR). (B) produtos industrializados (IPI). (C) importação (II). (D) serviço de qualquer natureza (ISS). (E) exportação (IE).

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2. (FCC/Defensoria Pública/Pará/2009) Lei que fixa nova base de cálculo e majora as alíquotas do IPTU e do ITBI municipal, publicada em novembro de 2008 tem eficácia (A) a partir do primeiro dia do exercício de 2009. (B) a partir do primeiro dia do exercício de 2009 apenas para a nova base de cálculo do IPTU. (C) noventa dias a contar da publicação da nova lei. (D) noventa dias a contar da publicação da nova lei para base de cálculo e alíquota do ITBI e do primeiro dia do exercício de 2009 para base de cálculo e alíquota do IPTU. (E) noventa dias a contar da publicação da nova lei para base de cálculo e alíquota do IPTU e do primeiro dia do exercício de 2009 para base de cálculo e alíquota do ITBI.

3. (FCC/Procurador Municipal/São Paulo/2008) Em relação aos impostos, haverá exceção aos princípios da anterioridade anual e nonagesimal a majoração de (A) alíquotas do IPI. (B) alíquotas do IR. (C) alíquotas do IOF. (D) base de cálculo do IPTU. (E) base de cálculo do IPVA.

4. (FCC/Fiscal de Rendas /São Paulo/2006) NÃO se aplica o princípio da anterioridade nonagesimal (noventena criada pela Emenda Constitucional no 42/2003) ao imposto sobre (A) propriedade territorial rural (ITR) e o imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU). (B) serviços de qualquer natureza e à fixação da base de cálculo do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) e do imposto sobre propriedade territorial rural (ITR). (C) circulação de mercadoria e serviços (ICMS) incidente sobre as operações com lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo e à contribuição de intervenção no domínio econômico (CIDE) relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados. (D) renda e proventos de qualquer natureza (IR) e à fixação da base de cálculo dos impostos sobre propriedade de veículos automotores (IPVA) e sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU). (E) produtos industrializados (IPI) e aos impostos sobre exportação (IE) e importação (II).

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5. (FCC/Fiscal de Rendas/São Paulo/2006) De acordo com o princípio constitucional da anterioridade, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. O referido princípio tributário NÃO se aplica aos impostos sobre (A) serviços de qualquer natureza, propriedade de veículos automotores e transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. (B) importação, exportação, produtos industrializados, operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários e imposto extraordinário instituído em caso de guerra ou sua iminência. (C) a renda e proventos de qualquer natureza, produtos industrializados e propriedade predial e territorial urbana. (D) importação, exportação, produtos industrializados, renda e proventos de qualquer natureza e propriedade territorial rural. (E) propriedade territorial rural, circulação de mercadorias e serviços, renda e proventos de qualquer natureza e imposto extraordinário instituído em caso de guerra ou sua iminência.

6. (FCC/Auditor Fiscal Municipal/São Paulo/2007) O imposto “A” foi instituído por lei publicada no dia 05 de julho de 2004 e a taxa “B” foi instituída por lei publicada no dia 16 de novembro de 2004. Esses tributos já poderiam ser cobrados (A) desde a data de suas respectivas publicações. (B) em 02 de janeiro de 2005 e 02 de janeiro de 2005, respectivamente. (C) em 05 de outubro de 2004 e 15 de fevereiro de 2005, respectivamente. (D) em 02 de janeiro de 2005 e 15 de fevereiro de 2005, respectivamente. (E) em 05 de outubro de 2004 e 02 de janeiro de 2005, respectivamente.

7. (FCC/Agente Fiscal de Rendas/São Paulo/2009) Dispõe o § 2o, do art. 62, da Constituição Federal, que medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os impostos de importação, exportação, sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliários, produtos industrializados e extraordinário, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte, se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. Por sua vez, dispõe o §1o do art. 150, in fine, da Constituição Federal,

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que a anterioridade mínima de 90 dias para a incidência de leis instituidoras ou majoradoras de tributos não se aplica aos seguintes tributos: empréstimos compulsórios para atender a despesas extraordinárias; imposto de importação; imposto de exportação; imposto de renda; imposto sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliários; e imposto extraordinário. Uma medida provisória editada em março de 2009 que venha a majorar o imposto de importação e o imposto de renda. (A) terá eficácia imediata em relação a ambos os impostos. (B) terá eficácia imediata apenas em relação ao imposto de importação, devendo ser convertida em lei até o último dia do exercício de 2009 para que tenha eficácia a partir de 01 de janeiro de 2010, em relação ao imposto de renda. (C) só produzirá efeitos noventa dias a contar do exercício seguinte, se for convertida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação a ambos os impostos. (D) só produzirá efeitos noventa dias a contar da sua edição, em relação ao imposto de importação, e no exercício seguinte se for convertida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação ao imposto de renda. (E) só produzirá efeitos noventa dias a contar do exercício seguinte, se for convertida em lei até o último dia do exercício de 2009, em relação ao imposto de renda, e noventa dias a contar da sua edição em relação ao imposto de importação.

8. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) A lei federal que criou o Adicional de Indenização ao Trabalhador Portuário (AITP) enunciou como sujeito passivo desse tributo, de modo genérico, o operador portuário. A União, por meio de decreto do Presidente da República, equiparou a operador portuário os importadores, exportadores e consignatários de mercadorias importadas do exterior. Tal equiparação é (A) legal, pois ocorreu apenas adequação a um conceito previamente definido em lei. (B) legal, de vez caber aos decretos a especificação dos conceitos definidos em lei. (C) ilegal, porquanto a definição de sujeitos passivos é privativa de lei. (D) ilegal, em razão de não competir ao Presidente da República, mas ao Ministro dos Transportes, a definição de "operador portuário". (E) ilegal, em razão de não competir ao Presidente da República, mas ao Ministro do Comércio Exterior, a definição de “operador portuário”.

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9. (FCC/Auditor/TCE/AL/2008) Sujeita-se ao princípio da anterioridade nonagesimal, mas é exceção aos princípios da anterioridade anual e da legalidade o imposto (A) sobre operações de câmbio. (B) de importação. (C) sobre produtos industrializados. (D) de exportação. (E) sobre circulação de mercadorias.

10. (FCC/Analista/Agência reguladora/CE/2007) Através de decreto do Presidente da República é possível, dentro dos limites legais e sem obediência aos princípios da anterioridade e da noventena a majoração de alíquotas do imposto (A) de importação e imposto de renda. (B) de exportação e imposto sobre a propriedade territorial rural. (C) sobre produtos industrializados e imposto sobre operações de crédito. (D) sobre produtos industrializados e imposto de renda. (E) sobre operações de crédito e imposto de importação.

11. (FCC/Juiz de Direito/Roraima/2008) Diante da majoração da contribuição social sobre o lucro líquido das empresas através de decreto presidencial, para que tenha eficácia no mesmo exercício financeiro da sua publicação, é possível afirmar que é (A) ilegal, pois depende de medida provisória, com eficácia de 60 dias, prorrogáveis por igual período uma única vez. (B) inconstitucional, pois depende de lei tal majoração, ainda que tenha eficácia no mesmo exercício financeiro ao da sua publicação. (C) inconstitucional, pois a majoração depende de lei e só pode entrar em vigor no exercício financeiro seguinte ao da publicação da lei. (D) constitucional, por se tratar de tributo extrafiscal, sendo exceção aos princípios da legalidade e da anterioridade. (E) legal, por ser uma contribuição de intervenção no domínio econômico, admitindo alíquota majorada por decreto e vigência no mesmo exercício financeiro.

12. (FCC/Procurador de Contas/Alagoas/2008) O Chefe do Poder Executivo poderá, através de (A) decreto, dentro dos limites legais, majorar a alíquota da CIDE combustível. (B) medida provisória, instituir empréstimo compulsório das despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública.

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(C) medida provisória, instituir imposto residual, com fato gerador e base de cálculo distintos dos impostos já discriminados na Magna Carta. (D) decreto, dentro dos limites legais, majorar a alíquota do imposto sobre operações de crédito, câmbio, seguro e valores mobiliários. (E) decreto, instituir contribuição social para seguridade social, dentro da competência constitucional residual.

13. (FCC/Procurador Municipal/São Paulo/2008) Um Prefeito Municipal, através de Decreto, corrige a base de cálculo do IPTU em 45% (quarenta e cinco por cento), em 31 de dezembro de 2007, para que seja aplicada a nova base de cálculo a partir de 01 de janeiro de 2008. Esta medida é (A) constitucional, porque correção monetária de base de cálculo é exceção ao princípio da legalidade, por não se caracterizar como majoração, apesar de dever obediência ao princípio da anterioridade anual. (B) constitucional, porque além de poder ser feita por decreto a correção da base de cálculo, por ser exceção ao princípio da legalidade, é também exceção ao princípio da anterioridade anual. (C) inconstitucional, porque a correção monetária depende da indicação de índice de correção monetária, enquanto no fato apresentado houve verdadeira majoração da base de cálculo, violando, portanto, o princípio da legalidade. (D) inconstitucional, porque a correção monetária de base de cálculo depende de lei, visto que acarreta a majoração do tributo, e também porque não foi observado o princípio da anterioridade nonagesimal. (E) inconstitucional, porque correção monetária de base de cálculo do IPTU deve obediência ao princípio da anterioridade nonagesimal, apesar de ser exceção ao princípio da legalidade.

14. (FCC/Procurador de Contas/Alagoas/2008) O Governo Federal, lançando mão de um pacote tributário em janeiro de 2008, adotou as seguintes medidas: I. majorou a alíquota do imposto de renda por medida provisória de eficácia imediata já para o ano calendário 2008; II. majorou a alíquota do imposto sobre operações de câmbio, crédito, seguro e valores mobiliários por decreto publicado em 10 de janeiro de 2008, que passará a ser aplicada a partir da publicação; III. encaminhou ao Congresso Nacional projeto de lei complementar para majorar a alíquota de contribuição social sobre o lucro líquido; IV. majorou a alíquota do IPI sobre cigarro, por decreto, que passará a ser aplicada a partir da publicação;

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V. concedeu, por medida provisória, isenção de imposto de importação sobre o combustível e, na mesma medida, de ICMS sobre o combustível. Dentre estas medidas, NÃO atendem aos princípios constitucionais tributários (A) I, II e III. (B) II, III e IV. (C) I, III e IV. (D) II, IV e V. (E) I, IV e V.

15. (FCC/Procurador de Contas/Alagoas/2008) É exceção ao princípio da uniformidade geográfica a (A) vedação da União em instituir tributo uniforme em todo o território nacional. (B) concessão, pela União, de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre diferentes regiões do País. (C) vedação aos Estados e Distrito Federal de instituir isenções de tributos de competência dos Municípios. (D) concessão, pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, de diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão da procedência. (E) vedação de estabelecer limitação ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais.

16. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) O princípio da não-cumulatividade, em relação ao Imposto Sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e Comunicação (ICMS), significa que o (A) Fisco não poderá exigir, cumulativamente com o ICMS, qualquer outro tributo em tese incidente sobre a mesma operação. (B) contribuinte poderá descontar, do valor devido em cada operação de circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, o montante do tributo cobrado em operações anteriores. (C) contribuinte tem o direito à redução progressiva do montante a recolher a título de ICMS, conforme o número de operações realizadas desde o início de suas atividades. (D) Fisco deverá excluir o IPI ou o ISS da base de cálculo do ICMS, sempre que qualquer daqueles dois tributos for exigido concomitantemente com este.

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(E) contribuinte tem o direito à redução progressiva da alíquota do ICMS, conforme o número de operações realizadas em determinado espaço de tempo.

17. (FCC/Procurador Municipal/São Paulo/2008) Em relação às imunidades e isenções tributárias, é correto afirmar: (A) o Município não paga IPVA e taxa de licenciamento de veículo em relação aos veículos automotores de sua propriedade em razão da imunidade recíproca. (B) os serviços comunitários prestados por igreja evangélica são isentos de ISS por disposição expressa na Constituição Federal. (C) é constitucionalmente devida a taxa de expediente para expedição de certidão em repartição pública municipal, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal do requerente. (D) a União e o Estado não podem ser sujeitos passivos, na qualidade de contribuintes, de contribuição de melhoria devida em razão de obra pública municipal que gera valorização de seus imóveis, por existir imunidade recíproca. (E) o promitente comprador de imóvel de propriedade de autarquia municipal não se exonera da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel objeto da aquisição.

18. (FCC/Advogado/Metrô/São Paulo/2008) Sobre a limitação do poder de tributar, é correto afirmar que à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é permitido (A) cobrar imposto sobre o patrimônio, a renda ou serviços das fundações vinculadas a partidos políticos. (B) cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base em lei anterior à data inicial do exercício financeiro a que corresponda. (C) cobrar imposto sobre o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros em relação aos seus serviços próprios e inerentes aos seus objetivos. (D) estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. (E) cobrar imposto sobre papel destinado exclusivamente à impressão de livros.

19. (FCC/Analista Judiciário/TRF-5°Região/Execução de mandados/2008) Dentre outras limitações ao poder de tributar da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios é vedado instituir impostos sobre

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(A) templos de qualquer culto, sendo extensivo aos demais tributos como taxas, contribuições de melhoria e contribuições parafiscais, relacionados ou não com suas atividades essenciais. (B) patrimônio, renda ou serviços das entidades sindicais patronais e dos trabalhadores, relacionados, ou não com as finalidades essenciais dessas entidades. (C) patrimônio, renda ou serviço, uns dos outros, e é extensivo às autarquias e às fundações instituídas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades ou às delas decorrentes. (D) livros, jornais, periódicos, revistas, o papel destinado à sua impressão, os noticiários por qualquer meio de radiodifusão, assim como os institutos de educação ou de assistência social, com ou sem finalidade lucrativa. (E) patrimônio dos partidos políticos e coligações partidárias, salvo a renda, ainda que não contabilizada, assim como os serviços de qualquer natureza, mesmo decorrentes de suas finalidades.

20. (FCC/Defensoria Pública/São Paulo/2009) A respeito das limitações do poder de tributar, assinale a opção INCORRETA. (A) A imunidade prevista sobre a tributação do patrimônio, renda ou serviços das instituições de assistência social inclui as rendas recebidas dos imóveis alugados, quando aplicadas em suas finalidades essenciais. (B) A concessão da imunidade sobre livros, jornais e periódicos independe da prova do valor cultural ou pedagógico da publicação. (C) À União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é vedado instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, inclusive nas hipóteses em que o patrimônio, a renda ou os serviços estejam relacionados com explorações de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. (D) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. (E) Segundo entendimento consolidado no Supremo Tribunal Federal, a imunidade tributária recíproca se estende à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ECT, por se tratar de empresa pública prestadora de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado.

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21. (FCC/Agente Legislativo /ALESP/2010) Alguns tributos só podem ser instituídos por lei complementar, por disposição constitucional expressa. Se enquadram nesta hipótese (A) os impostos extraordinário e residual. (B) a contribuição de intervenção no domínio econômico e o empréstimo compulsório. (C) o imposto residual e o empréstimo compulsório. (D) o empréstimo compulsório e o imposto extraordinário. (E) a contribuição social e a contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas.

22. (FCC/Agente Legislativo /ALESP/2010) Submete-se integralmente aos princípios da legalidade, anterioridade anual e anterioridade nonagesimal o imposto sobre (A) os produtos industrializados. (B) a renda e proventos de qualquer natureza. (C) a transmissão de bens causa mortis e doação. (D) a propriedade de veículos automotores. (E) a propriedade territorial urbana.

23. (FCC/APO/SP/2010) Na hipótese de majoração, por medida provisória editada em 15 de março de 2010, dos limites legais das alíquotas do Imposto de Importação, é correto afirmar que (A) haverá eficácia imediata da medida provisória, aplicando-se os novos limites a partir da publicação da mesma. (B) é inconstitucional, por violar a legalidade tributária. (C) a medida provisória deverá ser convertida em lei até o último dia do exercício em que houver sido publicada, para que a lei entre em vigor e tenha eficácia no exercício seguinte. (D) a medida provisória terá eficácia suspensa por 90 dias a contar da sua publicação, em atenção à anterioridade nonagesimal. (E) a lei resultante da conversão ainda se submete à anterioridade nonagesimal, caso a medida provisória seja convertida em lei antes do final do exercício financeiro em que foi publicada.

24. (FCC/Auditor Fiscal/RO/2010) O Estado de Rondônia majorou a base de cálculo do IPVA para o exercício de 2010, em 20 de novembro de 2009, conforme lei publicada no diário oficial do Estado naquela data. Considerando que a lei entrou em vigor na data de sua publicação, é correto afirmar que esta lei terá eficácia (A) 90 dias a contar do início do exercício de 2010, tendo em vista a anterioridade nonagesimal.

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(B) na data de sua publicação, podendo ser aplicada imediatamente, ainda no exercício de 2009, por ser exceção à anterioridade. (C) 90 dias a contar da publicação, por dever obediência apenas à anterioridade nonagesimal. (D) a partir do início do exercício financeiro de 2010, por ser exceção à anterioridade nonagesimal, mas se submeter à anterioridade anual. (E) 90 dias da publicação, desde que já no outro exercício financeiro, por dever obediência às regras de anterioridades nonagesimal e anual.

25. (FCC/Juiz de Direito/PE/2011) A regra da anterioridade, que veda cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, NÃO se aplica (A) aos impostos de importação e exportação. (B) ao IR. (C) ao ITR. (D) às contribuições sociais. (E) aos impostos estaduais.

26. (FCC/Juiz de Direito/PE/2011) Em nosso sistema tributário, a não-cumulatividade e a essencialidade são atributos exclusivos (A) do ICMS. (B) do IR. (C) dos impostos residuais. (D) do ITR. (E) do IPI.

27. (FCC/Procurador de Estado/MT/2011) A Constituição Federal fixa regras que limitam o exercício da competência tributária. Dentre elas podem ser citadas as regras da anterioridade anual e da anterioridade nonagesimal. Estas regras não são absolutas, comportando exceções. NÃO se submete às regras da anterioridade anual e nonagesimal, ao mesmo tempo, a majoração de alíquota do imposto sobre (A) produtos industrializados (IPI). (B) a renda e proventos de qualquer natureza (IR). (C) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF). (D) a propriedade territorial rural (ITR). (E) circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS).

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28. (FCC/Técnico da Fazenda/SP/2010) Nos termos da Constituição Federal, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é permitido à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (A) exigir ou aumentar tributo mediante lei que o estabeleça e autorize. (B) cobrar tributo no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou. (C) tributar patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. (D) utilizar tributo com efeito de confisco. (E) instituir imposto sobre templos de qualquer culto.

GABARITO PURO

1. A 2. B 3. C 4. D 5. B 6. D 7. B 8. C 9. C 10. E

11. B 12. D 13. C 14. E 15. B 16. B 17. E 18. B 19. C 20. C

21. C 22. C 23. A 24. D 25. A 26. E 27. C 28. A

QUESTÕES TRATADAS EM SALA DE AULA SOBRE IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS – FCC

1. (FCC/Procurador de Estado/RO/2011) O Sindicato Patronal das Indústrias do Setor de Plásticos e Derivados, alegando como argumento o fato de constituir-se como sindicato, requereu imunidade constitucional tributária abrangendo a totalidade de seu patrimônio, renda e serviços. Com relação ao pleito e fundamentação apresentada, (A) aplica-se a imunidade tributária exclusivamente ao patrimônio do sindicato patronal. (B) aplica-se a imunidade exclusivamente para os serviços, em função do princípio da imunidade recíproca. (C) aplica-se a imunidade integral, abrangendo inclusive, taxas e contribuições, em razão da finalidade da entidade. (D) não se aplica a imunidade por se tratar de sindicato patronal. (E) não se aplica a imunidade, que é restrita, exclusivamente, aos templos de qualquer culto, às entidades de assistência social sem fins lucrativos e aos livros, jornais e periódicos.

2. (FCC/Procurador do Ministério Público de Contas/AP/2011) Haverá imunidade sobre

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(A) impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços de empresas públicas, desde que os fatos geradores estejam relacionados com exploração de atividade econômica. (B) impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços de autarquias, desde que por fatos vinculados às suas finalidades essenciais ou as delas decorrentes. (C) tributos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços dos templos de qualquer culto e dos partidos políticos e suas fundações, desde que vinculados os fatos geradores a suas atividades essenciais. (D) tributos incidentes sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. (E) impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços dos entes federados, ainda que os fatos geradores não estejam vinculados a suas finalidades essenciais ou delas decorrentes.

3. (FCC/ Juiz de Direito/PE/2011) O art. 155, § 2o, inciso X, letra “d”, da Constituição Federal, enuncia que o ICMS “não incidirá” sobre prestação de serviços de comunicação nas modalidades de radiodifusão e transmissão de imagens. Bem observado, o dispositivo consagra, segundo a melhor doutrina do direito, (A) hipótese de não-incidência tributária. (B) imunidade tributária. (C) isenção de nível constitucional. (D) isenção pura e simples. (E) remissão fiscal.

4. (FCC/Advogado/Agência de Fomento/SP/2011) Haverá imunidade tributária para (A) impostos incidentes sobre o patrimônio, renda e serviços de autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, desde que relacionados com suas finalidades essenciais ou delas decorrentes. (B) tributos incidentes sobre patrimônio, renda e aos serviços relacionados com exploração de atividades econômicas de empresas públicas e sociedades de economia mista. (C) contribuições devidas por pessoas jurídicas de direito público interno, incidentes sobre folha de salários de empregados públicos. (D) tributos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços das instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos. (E) tributos incidentes sobre operações que destinem mercadorias para o exterior e sobre serviços prestados a destinatários no exterior.

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5. (FCC/Auditor Fiscal/RO/2010) A vedação constitucional conferida aos entes federados de cobrarem impostos sobre patrimônio, renda e serviços uns dos outros é denominada (A) isenção recíproca. (B) imunidade recíproca. (C) remissão específica. (D) não incidência. (E) anistia.

6. (FCC/Procurador de Contas/TCE/MG/2007) A imunidade recíproca (A) refere-se a todos os tributos. (B) abrange os impostos sobre o patrimônio, renda, serviço, circulação de mercadorias, produtos industrializados e operações financeiras. (C) refere-se a todos os entes políticos e entidades da Administração indireta, inclusive empresas públicas e sociedades de economia mista. (D) aplica-se também ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. (E) refere-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios, às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público.

7. (FCC/Procurador de Contas/Alagoas/2008) As entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei, conforme a Constituição federal, (A) possuem isenção de contribuição para a seguridade social e de imposto incidente sobre a renda. (B) são imunes de imposto sobre a circulação de mercadorias e demais impostos incidentes sobre serviços relacionados às finalidades essenciais. (C) devem cumprir obrigação tributária principal relativamente a impostos incidentes sobre patrimônio relacionados com as finalidades essenciais. (D) são imunes de contribuição para seguridade social e imposto incidente sobre patrimônio, renda e serviços relacionados com as finalidades essenciais. (E) são isentos de imposto sobre a renda, patrimônio e serviços relacionados com as finalidades essenciais.

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8. (FCC/Procurador Municipal/São Paulo/2008) Em relação às imunidades e isenções tributárias, é correto afirmar: (A) o Município não paga IPVA e taxa de licenciamento de veículo em relação aos veículos automotores de sua propriedade em razão da imunidade recíproca. (B) os serviços comunitários prestados por igreja evangélica são isentos de ISS por disposição expressa na Constituição Federal. (C) é constitucionalmente devida a taxa de expediente para expedição de certidão em repartição pública municipal, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal do requerente. (D) a União e o Estado não podem ser sujeitos passivos, na qualidade de contribuintes, de contribuição de melhoria devida em razão de obra pública municipal que gera valorização de seus imóveis, por existir imunidade recíproca. (E) o promitente comprador de imóvel de propriedade de autarquia municipal não se exonera da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel objeto da aquisição.

9. (FCC/Advogado/Santos/2006) No que se refere às limitações ao poder de tributar, considere as afirmações: I. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão estabelecer, excepcionalmente, diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. II. À União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é também vedado instituir taxas sobre todo patrimônio, rendas ou serviços das instituições de assistência social sem fins lucrativos. III. É vedado à União instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. IV. Os Estados não podem, de regra, estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I, II e IV. (C) I, III e IV. (D) II e III. (E) III e IV.

10. (FCC/Advogado/Metrô/São Paulo/2008) Sobre a limitação do poder de tributar, é correto afirmar que à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é permitido

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(A) cobrar imposto sobre o patrimônio, a renda ou serviços das fundações vinculadas a partidos políticos. (B) cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base em lei anterior à data inicial do exercício financeiro a que corresponda. (C) cobrar imposto sobre o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros em relação aos seus serviços próprios e inerentes aos seus objetivos. (D) estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de pessoas ou mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. (E) cobrar imposto sobre papel destinado exclusivamente à impressão de livros.

11. (FCC/Analista Judiciário/TRF-3°Região/2007) Nos termos da Constituição Federal, cuidando-se de matéria relativa à limitação do poder de tributar, NÃO é vedado (A) à União, dentre outras hipóteses, instituir isenções de tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. (B) aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. (C) à União, aos Estados e aos Municípios, cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos depois do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. (D) aos Municípios utilizar tributo com efeito de confisco e instituir impostos sobre templos de qualquer culto. (E) ao Distrito Federal instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

12. (FCC/Assessor Jurídico/TCE/PI/2009) Sobre imunidade tributária é correto afirmar, EXCETO (A) só alcança impostos federais. (B) vem prevista na Constituição Federal. (C) equivale a incompetência tributária. (D) não pode ser instituída por lei. (E) difere da isenção, que pressupõe competência do ente para sua concessão.

13. (FCC/Analista Judiciário/TRF-5°Região/Execução de mandados/2008) Dentre outras limitações ao poder de tributar da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios é vedado instituir impostos sobre

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(A) templos de qualquer culto, sendo extensivo aos demais tributos como taxas, contribuições de melhoria e contribuições parafiscais, relacionados ou não com suas atividades essenciais. (B) patrimônio, renda ou serviços das entidades sindicais patronais e dos trabalhadores, relacionados, ou não com as finalidades essenciais dessas entidades. (C) patrimônio, renda ou serviço, uns dos outros, e é extensivo às autarquias e às fundações instituídas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades ou às delas decorrentes. (D) livros, jornais, periódicos, revistas, o papel destinado à sua impressão, os noticiários por qualquer meio de radiodifusão, assim como os institutos de educação ou de assistência social, com ou sem finalidade lucrativa. (E) patrimônio dos partidos políticos e coligações partidárias, salvo a renda, ainda que não contabilizada, assim como os serviços de qualquer natureza, mesmo decorrentes de suas finalidades.

14. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) O princípio da imunidade recíproca (A) aplica-se exclusivamente às entidades políticas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). (B) aplica-se apenas ao recolhimento dos impostos, dispensando a entidade imune das obrigações acessórias. (C) aplica-se aos tributos das entidades políticas componentes da Federação brasileira, bem como em relação à renda, ao patrimônio ou serviços das autarquias e das fundações mantidas pelo Poder Público. (D) impede a tributação, através de impostos, de rendas, patrimônios ou serviços das entidades políticas, bem como de suas autarquias e fundações, sendo que, em relação a estas últimas, desde que direta e exclusivamente vinculados às suas finalidades essenciais. (E) impede a tributação apenas das entidades políticas.

15. (FCC/Auditor/TCE/AM/2007) A imunidade constitucional das instituições educacionais sem fins lucrativos refere-se a (A) impostos e taxas. (B) apenas impostos. (C) impostos, taxas e contribuições. (D) impostos e contribuições. (E) taxas e contribuições.

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16. (FCC/Auditor/TCE/AL/2008) A imunidade em relação a livros, jornais e periódicos se refere a (A) impostos, apenas. (B) tributos. (C) contribuições sociais. (D) impostos e contribuições especiais. (E) impostos e taxas.

17. (FCC/Auditor/TCE/SP/2008) Sobre as imunidades tributárias, considere: I. A imunidade dos templos de qualquer culto compreende todos tributos relacionados com as suas finalidades essenciais. II. A imunidade das entidades sindicais dos trabalhadores compreende somente os impostos sobre a renda, o patrimônio e os serviços, relacionados com as suas finalidades essenciais. III. As autarquias e as fundações públicas gozam de imunidade em relação aos impostos sobre a renda, patrimônio e produção, vinculados à exploração de suas atividades econômicas. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I. (B) I e II. (C) II. (D) II e III. (E) III.

18. (FCC/Auditor Fiscal Municipal/São Paulo/2007) A Constituição Federal estabelece que é vedado à União, aos Estados e aos Municípios instituir (A) tributos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços, uns dos outros. (B) impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços, uns dos outros. (C) tributos sobre o patrimônio, a renda, os serviços e a produção, uns dos outros. (D) impostos sobre o patrimônio, a renda, os serviços e a produção, uns dos outros. (E) impostos e taxas sobre o patrimônio, a renda, os serviços e a produção, uns dos outros.

19. (FCC/Defensoria Pública/São Paulo/2007) O prédio de propriedade do Estado, onde funciona uma escola pública, não está sujeito à incidência do Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU) por força da

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(A) estrita legalidade tributária (B) isenção tributária subjetiva. (C) isenção tributária objetiva. (D) capacidade econômica do contribuinte. (E) imunidade tributária recíproca.

20. (FCC/ Defensoria Pública/São Paulo/2009) A respeito das limitações do poder de tributar, assinale a opção INCORRETA. (A) A imunidade prevista sobre a tributação do patrimônio, renda ou serviços das instituições de assistência social inclui as rendas recebidas dos imóveis alugados, quando aplicadas em suas finalidades essenciais. (B) A concessão da imunidade sobre livros, jornais e periódicos independe da prova do valor cultural ou pedagógico da publicação. (C) À União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios é vedado instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, inclusive nas hipóteses em que o patrimônio, a renda ou os serviços estejam relacionados com explorações de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados. (D) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. (E) Segundo entendimento consolidado no Supremo Tribunal Federal, a imunidade tributária recíproca se estende à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ECT, por se tratar de empresa pública prestadora de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado.

GABARITO PURO

1. D 2. B 3. B 4. A 5. B 6. E 7. D 8. E 9. E 10. B

11. C 12. A 13. C 14. D 15. B 16. A 17. C 18. B 19. E 20. C