augusto comte - resumo

Upload: oseias-silva

Post on 28-Feb-2018

401 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    1/42

  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    2/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    1. SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA

    As transformaes na sociedade europeia noestavam ocorrendo somente no campo das ideias, comoera o caso da consolidao da cincia como ferramentade interpretao do mundo.

    H tambm a consolidao do sistema capitalista,

    culminando com a Revoluo Industrial, que ocorreu emmeados do sculo XVIII, na Inglaterra, gerando grandesalteraes no estilo de vida das pessoas, sobretudo nasque viviam no campo ou do artesanato. Estes temasdespertavam o interesse de crticos da poca.

    A partir da Revoluo Industrial (sculo XVIII),as cidades da Europa Ocidental comeavam a setransformar em grandes centros urbanos comerciais e,posteriormente, industriais. Muitas delas inchadas pordesempregados.

    O estilo de vida das pessoas estava setransformando para alguns de forma violenta e radical como era o caso de muitos camponeses que eramexpulsos pelos senhores das terras que as cercavam paracriar ovelhas e fornecer l s fbricas de tecidos.

    Os artesos perdiam sua qualificaoprofissional e o controle sobre o que produziam, ou seja,de profissionais, passavam a no ter profisso, pois aindstria era quem ditava que tipo de profissionalprecisava ser. No importava se fossem grandesartesos, s precisariam aprender a operar a mquina da

    fbrica. Se fosse hoje, usaramos o termo aprender aapertar botes.

    Dessa maneira, como no tinham capital para teruma produo autnoma e competir com a fbrica,submetiam-se ao trabalho assalariado.

    E em meio a isto, duas classes distintasemergiam: a composta pelos empresrios e banqueiros,chamada de classe burguesa, e a classe assalariada,ou proletria.

    A classe burguesa aquela que ao longo do

    tempo veio acumulando capital com o comrcio e reteveos meios de produo em suas mos, isto , asferramentas, os equipamentos fabris, o espao dafbrica, etc., bem como o poder poltico.

    J a classe proletria, sem capital e expropriadados meios de produo por meio de sua expulso dosfeudos e das terras comuns, tornava-se fornecedora demo-de-obra aos donos das fbricas.

    O quadro social na Europa Ocidental do perodopassava, ento, por transformaes profundas,

    provocadas pela consolidao do sistema capitalista, pevalorizao da cincia contrapondo as explicaes mtica respeito do mundo, pela abertura de mercados mundiae pelos conflitos derivados das condies de vimiserveis dos operrios, confrontadas com enriquecimento da classe burguesa.

    em meio a todas essas mudanas que comea

    ser pensada uma cincia para dar respostas maelaboradas sobre os novos problemas sociais.

    A Sociologia e suas teorias, as quais vamos verseguir, se constituem ferramentas de reflexo sobresociedade industrial e cientfica que surgia.

    2. AUGUSTO COMTE, POSITIVISMO E CRIAO DA SOCIOLOGIA

    Comte (1798-1857) foi fundador da Sociolog

    preocupou-se com a compreenso dos problemas sociaresultantes das transformaes econmicas, sociapolticas e culturais trazidas pela Revoluo Industrialpela Revoluo Francesa.

    Lei dos trs estgios

    Seu pensamento est baseado em sua concepde histria da humanidade que segundo ele passucessivamente por trs estgios:

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    3/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    OEstgio teolgicoexplica os fatos por meiode vontades anlogas nossa (o mar agitado, porexemplo, explicado pela ira de Poseidon). Este estadoevolui do fetichismo ao politesmo e ao monotesmo.

    O Estgio metafsico substitui os deuses porprincpios abstratos como "o horror ao vazio", por longotempo atribudo natureza. A tempestade, por exemplo,

    ser explicada pela "virtude dinmica" do ar. Este estado no fundo to antropomrfico quanto o primeiro.

    O homem projeta espontaneamente sua prpriapsicologia sobre a natureza. A explicao dita teolgicaou metafsica uma explicao ingenuamentepsicolgica.

    A explicao metafsica tem para Comte umaimportncia, sobretudo histrica, como crtica e negaoda explicao teolgica precedente.

    Desse modo, os revolucionrios de 1789 so"metafsicos" quando evocam os "direitos" do homem -reivindicao crtica contra os deveres teolgicosanteriores, mas sem contedo real.

    O Estgio positivo aquele em que o espritorenuncia a procurar os fins ltimos e a responder aosltimos "por qus".

    A noo de causa (transposio abusiva de nossaexperincia interior do querer para a natureza) por elesubstituda pela noo de lei.

    Temos que nos contentar em descrever como osfatos se passam, em descobrir as leis (exprimveis emlinguagem matemtica) segundo as quais os fenmenosse encadeiam uns nos outros.

    Tal concepo do saber desemboca diretamentena tcnica: o conhecimento das leis positivas da naturezanos permite, com efeito, quando um fenmeno dado,prever o fenmeno que se seguir e, eventualmenteagindo sobre o primeiro, transformar o segundo. O lemaera conhecer para prever, prever para prover.

    PositivismoPartindo dessa premissa que a humanidade

    caminhou de um estgio primitivo para umdesenvolvido, bom, positivo (da positivismo), onde adiretriz o desenvolvimento da cincia, Comte, atravsdo Positivismo reivindica o primado da cincia: o nicoconhecimento vlido o cientfico; o nico mtodo paraadquirir conhecimento o das cincias naturais; essemtodo consiste no encontro de leis casuais e em seucontrole sobre os fatos; tal mtodo deve ser aplicadotambm ao estudo da sociedade, isto , sociologia.

    Passo a passo com o primado da cincia cominstrumento cognoscitivo, temos a exaltao da cinccomo nico meio capaz de resolver, no curso do temptodos os problemas humanos e sociais anteriormensofridos pela humanidade.

    Dentro desse estgio positivo da humanidadComte foi o primeiro a mencionar a necessidade de

    estabelecer uma cincia responsvel pela compreenso sociedade.

    Em seu Curso de Filosofia Positiva, de 1839, recorr utilizao do termo sociologia para se referir ao estudda sociedade.

    O que desejava Comte com esse curso? Epretendia fazer uma sntese da produo cientfica, oseja, verificar aquilo que havia sido acumulado em termde conhecimento bem como os mtodos das cincias existentes, como os da matemtica, da fsica e da biolog

    Ele queria saber se os mtodos utilizados nesscincias, os quais j haviam alcanado um status dpositivo, poderiam ser utilizados no saber que ele estavdesenvolvendo, denominado, por ele de Sociologia.

    Fsica Social

    Mantes de criar o termo sociologia, Comte deunome de Fsica Social ao novo ramo do conhecimenque estava fundando, isso porque as cincias da naturedemonstraram significativo progresso na conduo ddesvendar do mundo natural.

    Desse modo, a nova cincia espelhava-se nmetodologia de investigao das cincias da natureza, amesmo porque, segundo Comte, as leis ddesenvolvimento da humanidade so como as lenaturais e o cientista social deve investigar o homem esociedade da mesma forma que o cientista naturinvestiga a natureza, com distanciamento e neutralidad

    Comte entendia a Fsica Social como a cincia qtem por objeto prprio o estudo dos fenmenos sociais, consideradcom o mesmo esprito que os fenmenos astronmicos, fsic

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    4/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    qumicos e fisiolgicos, isto , como submetidos a leis naturaisinvariveis, cuja descoberta o objetivo especial de suas pesquisas.

    Segundo Comte, as cincias, no decurso dahistria, no se tornaram "positivas" na mesma data, masnuma certa ordem de sucesso que corresponde clebreclassificao: matemticas, astronomia, fsica, qumica,biologia, sociologia.

    Das matemticas sociologia a ordem a do maissimples ao mais complexo, do mais abstrato ao maisconcreto e de uma proximidade crescente em relao aohomem.

    Assim, no topo da pirmide das cincias estaria asociologia, a qual foi denominada por Auguste Comtecomo a fsica social. Todo ser humano deveria terconhecimento dessa disciplina to importante para odesenvolvimento da sociedade.

    Sociologia como cincia

    A sociologia objetiva compreender a sociedade apartir de um conjunto de concluses coerentementeestruturadas sobre a realidade social.

    Ela busca uma abordagem cientfica da realidadesocial. Dessa forma, a sociologia (como cincia) pretendeexplicar racionalmente os acontecimentos que tm suasorigens na sociedade.

    Em outras palavras, a sociologia, como todacincia, parte da observao sistemtica de casos

    particulares para da chegar formulao degeneralizaes sobre a vida social.

    Portanto, a observao sistemtica dos fatos dasociedade uma condio sem a qual no h possibilidadede se produzir o conhecimento sociolgico.

    Objeto de estudo da Sociologia

    O objeto de Estudo da sociologia so osproblemas sociais.

    A sociologia surgiu da busca por solues

    racionais, cientficas, de acordo com a pretenso deAugusto Comte, para os problemas sociais provocadospela Revoluo Industrial e pela decomposio da ordemsocial aristocrtica na Frana do incio do sculo XIX.

    O problema da falta de moradia urbana, porexemplo, pode ser considerado um problema social porter consequncias sociais.

    No entanto, a realidade que nos circunda complexa. Nesse caso, para estudar os fenmenos sociais necessrio classific-los, como assinalou Ren

    Descartes em sua obra Discurso do Mtodo: pacompreender e resolver um problema necessrio, antde mais nada, dividi-lo em tantas parcelas quantpudessem ser e fossem exigidas.

    Sociedade e capitalismo

    Como positivista ele acreditava que a cinc

    deveria ser utilizada para organizar a ordem social. Nviso dele, naquela poca, a sociedade estava edesordem, orientada pelo caos.

    A obra de Comte est permeada pelacontecimentos que marcaram a Frana prevolucionria. Para ele, essa desordem e anarquimperavam por causa da confuso de princpi(teolgicos e metafsicos) que no davam conta mais explicar a nova sociedade industrialem expanso.

    Devemos considerar que Comte vislumbrava mundo moderno que surgia, isto , um mundo cada vmais influenciado pela cincia e pela consolidao dindstria, e a crise gerada por uma certa anarquia morapoltica quando da transio do sistema feudal (baseadnas atividades agrrias, na hierarquia, no patriarcalismpara o sistema capitalista (baseado na indstria, ncomrcio, na urbanizao, na explorao do trabalhadoEra essa positividade (instaurar a disciplina e a ordemque ele queria para a Sociologia.

    Assim sendo, quando Comte pensava Sociologia, era como se fosse uma criana send

    gestada, na qual colocava toda sua crena de que poderestudar e entender os problemas sociais que surgiamreestabelecer a ordem social e o progresso da civilizamoderna.

    Ele queria que a Sociologia estudasse de formaprofundada os movimentos das sociedades no passadpara se entender o presente e, inclusive, para imaginarfuturo da sociedade.

    Comte via a consolidao do sistema capitaliscomo sendo algo necessrio ao desenvolvimento d

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    5/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    sociedades. Esse novo sistema, bem como o abandonoda teologia para explicao do mundo seriam parte doprogresso das civilizaes.

    J os problemas sociais ou desordens que surgiameram considerados obstculos que deveriam serresolvidos para que o curso do progresso pudessecontinuar. Portanto, a Sociologia se colocaria, na viso

    deste autor, como uma cincia para solucionar a crise dassociedades daquela poca, sem, no entanto, mudar suaestrutura bsica.

    Comte tem uma viso organicista e funcionalistada sociedade, ou seja, ela um grande organismo que parafuncionar bem cada parte tem que cumprir bem o seupapel. Indivduos, classes e instituies cumprem funesessenciais para que o todo funcione com ordem e gere oprogresso.

    De seu ponto de vista, o progresso deveria ser o

    alvo a se atingir, mas sempre com ordem, para que noocorresse o caos novamente. Da o seu lema o amor porprincpio, a ordem por base, o progresso por fim.

    Mas Comte no chegou a viabilizar a suaaplicao. Seu trabalho apenas iniciou uma discusso quedeveria ser continuada, a fim de que a Sociologia viesse aalcanar um estgio de maturidade e aplicabilidade.

    No Brasil o positivismo teve uma influncia togrande entre os militares que proclamaram a repblicaque eles estamparam um de seus lemas na nossa bandeira.

    QUESTES POSITIVISMO

    01. Leia o texto a seguir:

    (...) grandes mudanas que ocorreram na histria dhumanidade, aquelas que aconteceram no sculo XVI e que se estenderam no sculo XIX s forasuperadas pelas grandes transformaes do final d

    sculo XX. As mudanas provocadas pela revolucientfico-tecnolgica, que denominamos RevoluIndustrial, marcaram profundamente a organizasocial, alterando-a por completo, criando novas formde organizao e causando modificaes culturaduradouras, que perduram at os dias atuais.

    DIAS, Reinaldo. Introduo sociologia. So Paulo: PersoPrentice Hall, 2004, p. 12

    Percebe-se que as transformaes ocorridas nsociedades ocidentais permitiram a formao de relasociais complexas. Nesse sentido, a Sociologia surgiu co

    o objetivo de compreender essas relaes, explicandsuas origens e consequncias. Sobre o surgimento Sociologia e das mudanas histricas apontadas no textassinale a alternativa CORRETA.

    a) A grande mecanizao das fbricas nas cidadpossibilitou o desenvolvimento econmico da popularural por meio do aumento de empregos.

    b) A diviso social do trabalho foi minimizada com novas tecnologias introduzidas pelas revolues dsculo XVIII.

    c) A Sociologia foi uma resposta intelectual aproblemas sociais, que surgiram com a RevoluIndustrial.

    d) O controle teolgico da sociedade foi possvel comemprego sistemtico da razo e do livre exame realidade.

    e) As atividades rurais do perodo histrico, tratado ntexto, foram o objeto de estudo que deu origem Sociologia como cincia.

    02. (UFU 2012) De um ponto de vista histrico, Sociologia como disciplina cientfica surgiu ao longo dsculo XIX, como uma resposta acadmica para os novdesafios da modernidade. Alm das concepes advindda Revoluo Francesa e dos fortes impactos geradpela Revoluo Industrial na estrutura da sociedadmuitos outros processos tambm contriburam para esnova configurao da sociedade.Em seu desenvolvimento ao longo do sculo XIX,Sociologia esperava entender

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    6/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    a) os grupos sociais e as causas da desintegrao socialvigente.

    b) como a Revoluo Industrial encerrou a transioentre feudalismo e capitalismo, sem prejuzo da classetrabalhadora, pois foi beneficiada por esse processo.

    c) a subjetividade dos indivduos nas pesquisas

    sociolgicas, como uma disciplina cientfica commetodologia prpria.

    d) a Revoluo Francesa como um marco revolucionrioque modificou o pensamento, apesar de manter astradies aristocratas.

    03.A respeito do contexto histrico de emergncia daSociologia, marque a alternativa correta.

    A) A crescente legitimidade cientfica do sabersociolgico, produzido por autores como Auguste Comtee mile Durkheim, deveu-se sua forte crtica ao

    Iluminismo.B) A Sociologia consolidou-se, disciplinarmente, emresposta aos novos problemas e desafios desencadeadospor transformaes sociais, polticas, econmicas eculturais, cujos marcos histricos principais foram aRevoluo Industrial e a Revoluo Francesa.

    C) Um dos principais legados do Iluminismo foi a crticasevera s concepes cientficas da realidade social,combinada com a reafirmao de princpios einterpretaes de cunho religioso.

    D) Herdeira direta das transformaes sociaisdesencadeadas pela Revoluo Industrial e pelaRevoluo Francesa, a Sociologia ignorou os mtodosracionais de investigao em favor do conhecimentoproduzido pelo senso-comum.

    04. (UEM 2011) Sobre a relao entre a revoluoindustrial e o surgimento da sociologia como cincia,assinale o que for correto.

    01) A consolidao do modelo econmico baseado naindstria conduziu a uma grande concentrao dapopulao no ambiente urbano, o qual acabou seconstituindo em laboratrio para o trabalho deintelectuais interessados no estudo dos problemas queessa nova realidade social gerava.

    02) A migrao de grandes contingentes populacionais docampo para as cidades gerou uma srie de problemasmodernos, que passaram a demandar investigaesvisando sua resoluo ou minimizao.

    04) Os primeiros intelectuais interessados no estudo dosfenmenos provocados pela revoluo industrial

    compartilhavam uma perspectiva positiva sobre efeitos do desenvolvimento econmico baseado nmodelo capitalista.

    08) Os conflitos entre capital e trabalho, potencializadpela concentrao dos operrios nas fbricas, foram temde pesquisa dos precursores da sociologia e continuainspirando debates cientficos relevantes na atualidade.

    16) A necessidade de controle da fora de trabalho fcom que as fbricas e indstrias do sculo XIX inserissesocilogos em seus quadros profissionais, para atuareno desenvolvimento de modelos de gesto mais eficiente produtivos.

    05. (UFU 2009) Sobre o surgimento da Sociologia e suproposies acerca da explicao do mundo social, podse afirmar:A) a Sociologia uma manifestao do pensamenmoderno e uma forma de conhecimento do mund

    social, cujas explicaes so fundadas nas descobertas dcincias naturais e fsicas, por pressupor uma unidaentre sociedade e natureza e rejeitar o uso de leis gerano conhecimento.B) os pensadores fundadores da Sociologia concentraraseus esforos em interesses polticos e, portanto, prticoface aos objetivos de contribuir para as transformasociais e para a consolidao de uma nova ordem socidiversa das sociedades feudal e capitalista.C) a desagregao da sociedade feudal e a consolidada sociedade capitalista, com o consequente processo d

    industrializao e urbanizao em pases da Europcontriburam para o surgimento da Sociologia comforma de conhecimento das sociedades em extino.D) a Sociologia surgiu no sculo XIX, vinculada sociedade moderna, no contexto das transformaeconmicas e sociais e no bojo das mudanas nas formde pensamento, influenciadas pelas revolues burguesdo sculo, bem como pelos ideais iluministas.

    06. (UEM 2010)(...) Por um lado, a Sociologia nascena sociedade industrial; apareceu e adquiriu importnccomo conseqncia da industrializao. Mas, por out

    lado, a sociedade industrial a filha mimada Sociologia, seu prprio conceito pode ser consideradum produto da moderna cincia social.

    DAHRENDORF, Ralph. Sociologia e sociedade industrial. IFORACCHI, Marialice Mencarini; MARTINS, Jos de Sou

    Sociologia e sociedade. Rio de Janeiro: Livros Tcnicos e Cientfic1977, p.118-1

    Considerando o fragmento de texto acima, a constituida perspectiva sociolgica e a anlise da sociedadcapitalista, assinale o que for correto.

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    7/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    01) A Sociologia tem por objetivo solucionar osproblemas sociais resultantes da constituio dasociedade industrial, capitalista e moderna.02) A Sociologia gerou mecanismos de compreenso dasociedade industrial que possibilitaram investigar asmudanas de posio social dos indivduos.04) O advento da sociedade industrial explicita o cartermutvel e histrico das relaes sociais, que enfatizadopela moderna cincia social da poca.08) A consolidao da sociedade industrial independe dodesenvolvimento cientfico e da afirmao da cinciacomo ferramenta de interpretao do mundo.16) No sculo XVIII, identificamos um processo detransformao social que foi propcio ao surgimento daSociologia como disciplina cientfica. Por seu turno, aSociologia, ao interpretar essa poca, terminou por cri-la.

    07. (UEM 2011) Sobre os fatores relacionados ao

    surgimento da Sociologia, assinale a(s) alternativa(s)correta(s).01) A Revoluo Cientfica, iniciada no sculo XVI, aopropor a substituio da razo teolgica peloconhecimento derivado de evidncias empiricamenteobservveis, contribuiu para que a organizao socialdeixasse de ser entendida como um dado natural oudesgnio divino e passasse a ser objeto dequestionamentos.02) A Sociologia surge no contexto das RevoluesDemocrticas do sculo XVIII como um instrumento de

    recomposio da ordem monrquica abalada pela crtica legitimidade teolgica das lideranas polticas.04) A Revoluo Industrial acarretou uma srie deproblemas sociais, sendo a maioria decorrente dasignificativa concentrao da populao nas cidades aoredor das nascentes indstrias. A necessidade decompreenso dessa nova experincia urbana impulsionoudecisivamente o surgimento da Sociologia.08) A Reforma Protestante, com a crtica ao dogmacatlico e a defesa da razo tcnica, favoreceu aproposio de uma cincia objetiva da sociedade.16) As Revolues Democrticas do sculo XVIII, aoquestionarem as monarquias baseadas em princpiosteocrticos, atriburam aos homens a tarefa de construirsua prpria ordem social, segundo seus anseios enecessidades. Com isso, favoreceram o surgimento deuma cincia da sociedade que teria a funo de apontarcaminhos para a resoluo dos problemas sociais.

    08. (UEM 2011)O evolucionismo social do sculo XIXteve um papel fundamental na constituio da sociologiacomo ramo cientfico. Sobre essa corrente de

    pensamento, que reunia autores como Augusto ComteHerbert Spencer, assinale o que for correto.01) O evolucionismo define que as estruturas, naturais osociais, passam por processo de diferenciao integrao que levam ao seu aprimoramento.02) O evolucionismo prope que a evoluo dsociedades ocorre em estgios sucessivos dracionalizao.04) O evolucionismo considera o Estado Militar comoforma mais evoluda de organizao social, fundamentana cooperao interna e obrigatria.08) O evolucionismo rejeita o modelo poltico econmico liberal, baseado na livre iniciativa e no laissefaire, considerando-o uma orientao contrria evolusocial.16) O evolucionismo defende a unidade biolgica cognitiva da espcie humana, independente de variaparticulares.

    09. (UEM 2011) Sobre o positivismo, corrente teripioneira na sistematizao do pensamento sociolgicassinale o que for correto.01) Apesar de reconhecer as diferenas entre fenmendo mundo fsico e do mundo social, o positivismo busno mtodo das cincias da natureza a orientao bsipara legitimar a sociologia.02) O positivismo enfatiza a coeso e a harmonia entos indivduos como soluo de conflitos, para alcanarprogresso social.04) O positivismo enderea uma contundente crtica

    sociedade europeia do sculo XIX, sobretudo em razdas desigualdades sociais oriundas da consolidao dcapitalismo.08) O positivismo utiliza recorrentemente a metfoorganicista para se referir sociedade como um todconstitudo de partes integradas e coesas, funcionandharmonicamente, segundo uma lgica fsica ou mecnic16) O positivismo defende uma concepo evolucionisda histria social, segundo a qual o estgio mais avanadseria dominado pela razo tcnico-cientfica.

    10. (UEL 2011) O positivismo foi uma das grandcorrentes de pensamento social, destacando-se, entseus principais tericos, Augusto Comte e mDurkheim.Sobre a concepo de conhecimento cientfico, presenno positivismo do sculo XIX, correto afirmar:a) A busca de leis universais s pode ser empreendida ninterior das cincias naturais, razo pela qual conhecimento sobre o mundo dos homens no cientfico.b) Os fatos sociais fogem possibilidade de constitureobjeto do conhecimento cientfico, haja vista su

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    8/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    incompatibilidade com os princpios gerais deobjetividade do conhecimento e a neutralidade cientfica.c) Apreender a sociedade como um grande organismo, aexemplo do que fazia o materialismo histrico, rejeitadocomo fonte de influncia e orientao para asinvestigaes empreendidas no mbito das cinciassociais.d) A cincia social tem como funo organizar eracionalizar a vida coletiva, o que demanda a necessidadede entender suas regras de funcionamento e suasinstituies forjadas historicamente.e) O papel do cientista social intervir na construo doobjeto, aportando compreenso da sociedade os valorespor ele assimilados durante o processo de socializaoobtido no seio familiar.

    11. Sobre o positivismo, como uma das formas depensamento social, podemos afirmar que

    I. a primeira corrente terica do pensamentosociolgico preocupada em definir o objeto, estabelecerconceitos e definir uma metodologia.

    II. derivou-se da crena no poder absoluto e exclusivo darazo humana em conhecer a realidade e traduzi-la sob aforma de leis naturais.

    III. foi um pensamento predominante na Alemanha, nosculo XIX, nascido principalmente de correntesfilosficas da Ilustrao.

    IV. nele, a sociedade foi concebida como um organismoconstitudo de partes integradas e coisas que funcionamharmoniosamente, segundo um modelo fsico oumecnico.

    a) II, III e IV esto corretas.

    b) I, II e III esto corretas.

    c) I, II e IV esto corretas.

    d) I e III esto corretas.e) Todas as afirmativas esto corretas.

    12. Sobre o positivismo, corrente terica pioneira nasistematizao do pensamento sociolgico, assinale o quefor correto.

    01) Apesar de reconhecer as diferenas entre fenmenosdo mundo fsico e do mundo social, o positivismo buscano mtodo das cincias da natureza a orientao bsicapara legitimar a sociologia.

    02) O positivismo enfatiza a coeso e a harmonia entos indivduos como soluo de conflitos, para alcanarprogresso social.

    04) O positivismo enderea uma contundente crticasociedade europeia do sculo XIX, sobretudo em razdas desigualdades sociais oriundas da consolidao dcapitalismo.

    08) O positivismo utiliza recorrentemente a metfoorganicista para se referir sociedade como um todconstitudo de partes integradas e coesas, funcionandharmonicamente, segundo uma lgica fsica ou mecnic

    16) O positivismo defende uma concepo evolucionisda histria social, segundo a qual o estgio mais avanadseria dominado pela razo tcnico-cientfica.

    18. O positivismo, primeira corrente terica sistematizade pensamento sociolgico, derivou do cientificismoisto , da crena no poder exclusivo e absoluto da razhumana em conhecer a realidade e traduzi-la sob a formde leis. Essas leis seriam a base da regulamentao da visocial.

    13.Sobre o positivismo, incorreto afirmar:

    a) Os positivistas buscaram analisar a vida sociconstituindo o objeto de estudo, mtodos e conceitoprocurando chegar mesma objetividade alcanada pelcincias naturais.

    b) O positivismo inspirava-se no mtodo de investiga

    das cincias da natureza e procuravam identificar, na visocial, as mesmas relaes e princpios com os quais ocientistas explicavam a vida natural.

    c) Os princpios do evolucionismo e do organicismaplicados vida social foram amplamente criticados recusados pelos positivistas, pois ignoravam particularidades das diversas sociedades.

    d) A evoluo dos conhecimentos das cincias naturaisfsica, qumica e biologia e o sucesso das sudescobertas, principalmente no sculo XIX, atraram

    primeiros cientistas para o seu mtodo de investigao.

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    9/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    14.

    A bandeira nacional, smbolo maior da RepblicaFederativa do Brasil, bastante simblica. Alm das suascores, existem tambm os dizeres Ordem e Progresso.Esses dizeres possuem sua origem em qual teoriafilosfica?

    a) No Materialismo histrico, de Karl Marx.

    b) No Positivimo, de Auguste Comte.

    c) No Idealismo, de Friedrich Hegel.

    d) No Funcionalismo, de mile Durkheim.

    e) No Iluminismo, de Ren Descartes.

    15. Auguste Comte foi quem deu origem ao termoSociologia, pensada como uma fsica social, capaz de prfim anarquia cientfica que vigorava, em sua opinio,ainda no sculo XIX. A respeito das concepes

    fundamentais do autor para o surgimento dessa novacincia, todas as alternativas abaixo so corretas, exceto:

    a) O objetivo era conhecer as leis sociais para se antecipar,racionalmente, aos fenmenos e, com isso, agir comeficcia, na direo de se permitir uma organizaoracional da sociedade.

    b) As preocupaes de natureza cientfica, presentes naobra de Comte, no apresentavam relao prtica com adesorganizao social, moral e de ideias do seu tempo.

    c) Era necessrio aperfeioar os mtodos de investigaodas leis que regem os fenmenos sociais, no sentido de sedescobrir a ordem inscrita na histria humana.

    d) Entre ordem e progresso h uma necessidadesimultnea, uma vez que a estabilidade (princpio esttico)e a atividade (princpio dinmico) sociais so inseparveis.

    16. A sociologia nasce no sc. XIX aps as revoluesburguesas sob o signo do positivismo elaborado por

    Augusto Comte. As caractersticas do pensamencomtiano so:

    a) a sociedade regida por leis sociais tal como a nature regida por leis naturais; as cincias humanas deveutilizar os mesmos mtodos das cincias naturais ecincia deve ser neutra.

    b) a sociedade humana atravessa trs estgios sucessivde evoluo: o metafsico, o emprico e o teolgico, nqual predomina a religio positivista.

    c) a sociologia como cincia da sociedade, ao contrrdas cincias naturais, no pode ser neutra porque tantosujeito quanto o objeto so sociais e esto envolvidreciprocamente.

    d) o processo de evoluo social ocorre por meio dunidade entre ordem e progresso, o que necessariamenlevaria a uma sociedade comunista.

    17.Surgida no momento de consolidao da sociedadcapitalista, a Sociologia tinha uma importante tarefacumprir. Assinale a alternativa correta quanto a estarefa:

    a) Desenvolver o puro esprito cientfico e investigativsem maiores preocupaes de natureza prtica, deixanda soluo dos problemas sociais por conta dos homens dao.

    b) Incentivar o esprito crtico na sociedade e, desforma, colaborar para transformar radicalmente a ordecapitalista, responsvel pela explorao dtrabalhadores.

    c) Contribuir para a soluo dos problemas sociadecorrentes da Revoluo Industrial, tendo em vistanecessria estabilizao da ordem social burguesa.

    d) Tornar realidade o chamado socialismo utpicovisto como nica alternativa para a superao das lutas classe em que a sociedade capitalista estava mergulhada

    18.A filosofia da Histria o primeiro tema filosofia de Augusto Comte foi sistematizada peprprio Comte na clebre Lei dos Trs Estados e tino objetivo de mostrar por que o pensamento positivisdeve imperar entre os homens. Sobre a Lei dos TrEstados formulada por Comte, correto afirmar quea) Augusto Comte demonstra com essa lei que todas cincias e o esprito humano desenvolvem-se na seguinordem em trs fases distintas ao longo da histria:positiva, a teolgica e a metafsica.

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    10/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    b) na Lei dos Trs Estados a argumentaodesempenha um papel de primeiro plano noestado teolgico. O estado teolgico, na sua viso,corresponde a uma etapa posterior ao estado positivo.

    c) o estado teolgico, segundo est formulada na Leidos Trs Estados, no tem o poder de tornar asociedade mais coesa e nenhum papel na fundamentao

    da vida moral.d) o estado positivista apresenta-se na Lei dos TrsEstados como o momento em que a observaoprevalece sobre a imaginao e a argumentao, e nabusca de leis imutveis nos fenmenos observveis.

    e) para Comte, o estado metafsico no tem contato como estado teolgico, pois somente o estado metafsicoprocura solues absolutas

    19. Augusto Comte (1798-1857) foi um pensadorpositivista que props uma nova cincia social, aSociologia, que inicialmente foi chamada de Fsica Social.Sobre os princpios dessa cincia para esse autor, analiseas afirmativas e assinale as alternativas, marcando Vpara verdadeiro ou F para falso.

    ( ) No estgio positivo, a vida social ser explicada pelafilosofia, triunfando sobre todas as outras formas depensamento.

    ( ) A imposio da disciplina era, para os positivistas, uma

    funo primordial da escola, pois ali os membrosde uma sociedade aprenderiam, desde pequenos, aimportncia da obedincia e da hierarquia.

    ( ) A maturidade do esprito seria encontrada na cincia;por isso, na escola de inspirao positivista, os estudosliterrios e artsticos prevalecem sobre os cientficos.

    ( ) Defendeu a necessidade de substituir a educaoeuropeia, ainda essencialmente teolgica, metafsica eliterria, por uma educao positiva, conforme o espritoda civilizao moderna.

    A sequncia correta

    a) F,V,V.F.

    b) F,V,F,V.

    c) V,F,F,F.

    d) V,V,V,F.

    20.Seu esquema sociolgico era tipicamente positivistele acreditava que toda a vida humana tinha atravessadas mesmas fases histricas distintas e que, se a pesspudesse compreender esse progresso, poderia prescrevos remdios para os problemas de ordem social. Era ugrande defensor da moderna sociedade capitalistEssa descrio est relacionada com o perfil de

    a) Karl Marx.b) Max Weber.

    c) Auguste Comte.

    d) mile Durkheim.

    e) Herbert Spencer.

    21. Segundo a Lei dos Trs Estados, conceifundamental na obra de Auguste Comte, a evoluo dconcepes intelectuais da humanidade percorreu trestados tericos distintos e consecutivos, a saber:

    a) Mitolgico, teolgico e filosfico.

    b) Teolgico, metafsico e cientfico.

    c) Metafsico, abstrato e positivo.

    d) Fetichista, teolgico e positivo.

    e) Mitolgico, filosfico e cientfico.

    22.Para Augusto Comte, uma das funes da Sociologou Fsica Social era encontrar leis sociais qconduzissem o progresso da humanidade. Sobre estgios do progresso social discutidos pelo autor, correto afirmar:

    a) O estgio teolgico nega a existncia de apenas umexplicao divina para os fenmenos naturais e sociais.

    b) O positivismo o estgio superior do progresso sociporque se sustenta nos mtodos cientficos.

    c) O estgio mais simples o mtico, seguido peteolgico e pelo cientfico, que o mais elaborado.

    d) O primeiro estgio do conhecimento o metafsicem que conceitos abstratos explicam o mundo.

    e) A Europa exemplificava uma sociedade em estado desenvolvimento teolgico.

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    11/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    3. KARL MARX

    O alemo KarlMarx (1818-1883)desde o incio de suaatividade filosfica,insere-se na maiordisputa espiritual de seu

    tempo, determinadapela vultosa figuradeHegel. Inicialmente,Marx dedica-se a Hegelcom paixo para,depois, distanciar-se.

    Suas principais obras so:

    - A ideologia alem;

    - Manifesto comunista;

    - Contribuies crtica da economia poltica;

    - O 18 de brumrio de Lus Bonaparte;

    - O Capital;

    Crtica ao idealismo de Hegel

    Sua crtica inicia-se pela concepo da histria deHegel. Para este, a histria no uma mera sequnciacasual de acontecimentos, mas um suceder racional quese desenvolve segundo um princpio imanente, ou seja,uma dialtica interna.

    O decisivo nisso que o verdadeiro sujeito da

    histria no so os homens que agem. Na histria antesdominaria um esprito que tudo abrange, ao qual Hegeldesigna como "esprito do mundo" ou "esprito absoluto"ou mesmo" Deus".

    Esse, o Deus que vem-a-ser, realiza no curso dahistria sua autoconscincia. Ele chega, por meio dosdiferentes momentos do processo histrico, a si mesmo.

    Hegel era da opinio de que em seu tempo e emseu prprio sistema o esprito absoluto teria, aps todosseus descaminhos atravs da histria, finalmente

    alcanado seu objetivo: a perfeita autoconscincia. "Oesprito universal chegou ora at aqui.

    A ltima filosofia o resultado de todas asanteriores; nada est perdido, todos os princpios forampreservados.

    Esta ideia concreta o resultado dos esforos doesprito por quase 2500 anos, seu fervoroso trabalho, dereconhecer-se."

    Portanto, aps o surgimento da filosofiahegeliana, no pode haver mais nada realmenteinconcebvel. Esse o sentido da conhecida frase

    do Prefcio Fi losofia do Direito : O qu e rac ion real ; e o que real racional .

    Razo e realidade chegaram, portanto, segundHegel, finalmente adequao uma com a outra; elforam verdadeiramente conciliadas. O esprito absolucompreendeu a si mesmo como a realidade total e realidade total como manifestao sua.

    Aqui Marx entra com uma voadora nos peitos dHegel.

    Aquele pensamento deHegel,de que a realidatoda tinha de ser entendida a partir de um espriabsoluto, consiste para Marx em um injustificad"misticismo". Pois assim, a filosofa parte de um ponacima da realidade factual, no a partir dessa mesma.

    Em oposio a isso Marx decide colocar filosofia, ora de ponta-cabea, de volta sobre os pinvertendo a viso hegeliana da realidade.

    Seu pensamento influenciado pelo tempo eque viveu na Frana onde manteve contato com socialismo utpico e conheceu melhor a obra de AdaSmith, da qual ser um crtico ferrenho.

    Marx critica o socialismo utpico ao perceber qeste no aponta quais os meios necessrios para combater o capitalismo e chegar a uma sociedadsocialista. Em resposta a isso desenvolve o socialismcientfico que teve como objetivo analisar funcionamento do capitalismo e prever sua evoluo.

    Seu esforo foi concentrado para demonstrcientificamente a evoluo do regime capitalistinevitvel, segundo sua opinio, e como construconcretamente uma sociedade socialista, estgintermedirio para se chegar ao comunismo.

    Enquanto o positivismo se preocupa com manuteno da ordem capitalista, o marxismo elabouma crtica radical ao capitalismo, evidenciando seantagonismos e suas contradies.

    Materialismo histrico dialtico

    Para Marx, a realidade do homem a realidadconcreta. O que fundamentalmente caracteriza o home o modo pelo qual reproduz suas condies dexistncia.

    Marx no considera o homem, como o faz Hegessencialmente a partir de sua faculdade de conhecer.

    Ao contrrio, trata-se decisivamente da prxhumana, da ao concreta. "Na prxis, o homem tem comprovar a verdade, isto , a realidade, o poder e a mundanidade seu pensamento." "Parte-se do homem real que age."

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.mundodosfilosofos.com.br/hegel.htmhttp://www.mundodosfilosofos.com.br/hegel.htmhttp://www.mundodosfilosofos.com.br/hegel.htmhttp://www.mundodosfilosofos.com.br/hegel.htmhttp://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    12/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    da essncia da prxis humana que ela se realizena relao com o outro. Marx ressalta com toda clarezaque o homem vive desde sempre em uma sociedade queo supera.

    Essa natureza social constitui para Marx o pontode partida para toda reflexo subsequente. Assim deve-seentender a muito discutida frase: N o a conscincia

    do homem que determina seu ser , mas seu ser

    socia l que d etermina sua conscincia .

    Entendendo a sociedade (Infraestrutura esuperestrutura)

    As relaes materiais que os homens estabelecem,o modo como produzem seus meios de vida formam abase de todas as suas relaes. Mas esse modo deproduo no corresponde mera reproduo daexistncia fsica dos indivduos.

    A forma como os indivduos manifestam sua vidareflete muito exatamente aquilo que so. O que so,coincide, portanto, com a sua produo, isto , tanto comaquilo que produzem como com a forma comoproduzem.

    Ao adquirirem novas foras produtivas, oshomens mudam seu modo de produo e com o modode produo mudam as relaes econmicas, que noeram mais que as relaes necessrias daquele modoconcreto de produo.

    Um primeiro pressuposto de toda existnciahumana e, portanto, de toda histria, que os homensdevem estar em condies de poder viver a fim de fazera histria. Mas, para viver, necessrio, antes de tudo,beber, comer, ter um teto onde se abrigar, vestir-se etc.

    O processo de produo e reproduo da vidaatravs do trabalho , para Marx, a principal atividadehumana, aquela que constitui sua histria social; ofundamento do materialismo histrico, o mtodo deanlise da vida econmica, social poltica e intelectual.

    As relaes econmicas e particularmente omodo de produo a elas subjacentes a base (ou a"infra-estrutura") de sua existncia.

    A infraestrutura o conjunto de forasprodutivas e das relaes sociais de produo. a basesobre a qual se constituem as demais instituies sociais.

    As relaes sociais de produo definem osdois grupos da sociedade capitalista: de um lado ostrabalhadores, aqueles que nada possuem alm do corpoe da disposio para o trabalho, tambm chamados de

    proletrios (s possuem sua prole) ou operrios; doutro, os capitalistas (burgueses), que possuem os meide produo necessrios para transformar a naturezaproduzir mercadorias.

    Apenas na medida em que essas relaeconmicas se modificam, tambm se desenvolvem modos da conscincia, que representam a "superestrutu

    ideolgica". Desta superestrutura fazem parte o Estadas leis, as ideias, a moral, a arte, a religio e similares.

    As ideologias polticas, as concepes religiosaos cdigos morais e estticos, os sistemas legais, densino, de comunicao, o conhecimento filosfico cientfico, as representaes coletivas etc, constituemsuperestrutura.

    Na relao de produo capitalista o burgus paum salrio ao trabalhador e, no final da produo, ficom o lucro, valor a mais que no retorna ao operriincorpora-se na mercadoria e apropriado pe

    capitalista.

    Esse valor excedente produzido pelo operrio Mais Valia. aqui que reside toda a injustia, a fonte dtodo o mal da sociedade capitalista, segundo Marx.

    O capitalista rouba a riqueza produzida petrabalhador e lhe d o mnimo necessrio para susubsistncia, que o salrio.

    E j que a situao do trabalhador to ruiassim, porque ele no se rebela contra isso? Por que e

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    13/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    permite ser explorado dessa forma? Por que o sistema semantm de p?

    Ideologia e alienao

    Segundo o materialismo dialtico marxista, asideias devem ser compreendidas no contexto histricovivido pela comunidade.

    No entanto, Marx vai alm, mostrando quemuitas vezes esse conhecimento aparece de maneiradistorcida, como ideologia, ou seja, como conhecimentoilusrio que tem por finalidade mascarar os conflitossociais e garantir a dominao de uma classe sobre outra,quando se vive em uma sociedade dividida em classes,com interesses antagnicos.

    Para Marx, as concepes filosficas, ticas,polticas, estticas, religiosas da burguesia so estendidaspara o proletariado, perpetuando os valores a elassubjacentes como verdades universais. E desse modo,impedem que a classe submetida desenvolva uma visodo mundo mais universal e lute por sua autonomia.

    O trabalhador vende sua fora produtiva por umvalor baixo, trabalha muito, no desfruta da riqueza queproduz, v, na grande maioria das vezes, seus filhos(prole) terem o mesmo destino que o seu, e nocontestam nada disso.

    Pensam que a sua realidade a ordem naturaldas coisas, que o mundo assim mesmo. E no o bvio,que o mundo burgus foi construdo e pode ser mudado.

    Depois dessa anlise, fica mais fcil entendermosa estrutura da sociedade capitalista, ou seja, como elafunciona, se mantm, e como se reproduz/perpetua.

    Nessa inteno, Marx empreende uma crtica deseu tempo. Observa que em seus dias a verdadeiraessncia do homem, sua liberdade e independncia, "aatividade livre e consciente", no se podem fazer valer.

    Tambm aqui Marx recorre s relaeseconmicas. A auto-alienao do homem tem sua raiz em

    uma alienao do trabalhador do produto de seu trabalho:este no pertence quele para seu usufruto, mas aoempregador.

    O produto do trabalho torna-se uma"mercadoria", isto , uma coisa estranha ou alheia aotrabalhador, que o coloca em posio de dependncia,porque ele precisa compar-la para poder subsistir. "Oobjeto que o trabalho produz, seu produto, apresenta-se a ele comouma essncia estranha, como um poder independente do produtor."

    Da mesma forma tambm o trabalho se torna"trabalho alienado", no a ele imposto de sua

    autoconservao; o trabalho torna-se, em sentidprprio, "trabalho forado".

    Esse desenvolvimento atinge sua culminncia ncapitalismo, no qual o capital assume a funo de upoder separado dos homens.

    A alienao do produto do trabalho condtambm a uma "alienao do homem". Isso no va

    apenas para a "luta de inimigos entre capitalista trabalhador". As relaes interpessoais em geral perdecada vez mais a sua imediao.

    Elas so mediadas pelas mercadorias e pedinheiro, "a meretriz universal". Enfim, os prpriproletrios assumem carter de mercadoria; sua fora trabalho comercializada no mercado de trabalho, nqual se encontra merc do arbtrio dos compradores.

    Seu "mundo interior" torna-se "cada vez mapobre"; sua "destinao humana e sua dignidad

    perdem-se cada vez mais. O trabalhador "o homeextraviado de si mesmo"; sua existncia "a perda totdo homem"; sua essncia uma "essncdesumanizada".

    Mas, no pice desse desenvolvimento o quMarx cr poder demonstrar , tem de sobrevir a guinadEla se torna possvel desde que o proletariado conscientize de sua alienao.

    Concretamente, segundo os prognsticos dMarx, chega-se a uma concentrao do capital nas mde poucos, a um crescente desemprego

    empobrecimento das massas. Com isso, porm, o capittorna-se seu prprio coveiro. Pois a essa concentrao capital devem seguir-se, segundo "leis infalveis" conecessidade histrica, cientificamente reconhecida dialtica , a subverso e a revoluo.

    A misso dessa revoluo "transformar homem em homem", para que "o homem seja o ssupremo para o homem". Trata-se de "derrubar todas relaes em que o homem um ser degradadescravizado, abandonado e desprezado". Importa realiz"o verdadeiro reino da liberdade", desenfronhar

    homem em "toda a riqueza de sua essncia" e, com isssuperar definitivamente a alienao.

    A superao

    Na base econmica reencontram-se tambaquelas leis do desenvolvimento histrico, como as quHegel atribuiu ao esprito. As relaes econmicdesdobram-se de modo dialtico, mais precisamente, nconflito de classes. Por isso, para Marx, a histria principalmente a histria das lutas de classes.

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    14/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    A histria da humanidade , para Marx, a histriada luta de classes, da luta constante entre interesses quese opem, embora esse conflito nem sempre se manifestede forma clara.

    At aqui tudo poderia parecer como uma dasmuitas teorias antropolgicas e histrico-filosficas, emque a histria da filosofia bastante rica, isto , at

    interessante mas realmente apenas mais umainterpretao entre muitas outras.

    Por que, ento, o que Marx diz to estimulante?Como se explica que seu pensamento tenha determinadoto amplamente o tempo seguinte?

    Isso reside obviamente em que Marx no sedetm no mbito do pensamento puro, mas que se pe atrabalhar decisivamente na transformao da realidade,como ele mesmo diz: Os fi lsofos tm apenasinterpretado diversamente o mundo; trata-se de

    modif ic- lo.

    Revoluo comunista

    Marx considera tudo isso tarefa do movimentocomunista. chegado o tempo do "comunismo comosuperao positiva da propriedade privada enquantoauto-alienao do homem e por isso como apropriaoreal da essncia humana por meio de e para o homem;por isso, como regresso perfeito, consciente e dentroda riqueza total do desenvolvimento at aqui , dohomem para si mesmo enquanto homem social, ou seja,humano.

    Esse comunismo a verdadeira dissoluo doantagonismo entre o homem e a natureza e entre ohomem e o homem. A verdadeira soluo do conflitoentre liberdade e necessidade. Ele o enigma decifradoda histria, a verdadeira realizao da essncia dohomem".

    Com o comunismo, "encerra-se a pr-histria dasociedade humana" e inicia-se a sociedade "realmentehumana". Mas sobre como essa sociedade comunista

    deve ser, Marx no nos d nenhuma informaoadicional.

    QUESTES

    1. (UFU 2010) Para Marx, o materialismo histrico aplicao do materialismo dialtico ao campo da histrConforme Aranha e Arruda (2000) Marx inverte processo do senso comum que pretende explicar histria pela ao dos grandes homens ou, s vezes, apela interveno divina. Para o marxismo, no lugar d

    ideias, esto os fatos materiais; no lugar dos heris, a lude classes.

    Assim, para compreender o homem necessranalisar as formas pelas quais ele reproduz suas condide existncia, pois so estas que determinam a linguagema religio e a conscincia.(ARANHA, M. L. de A. e MARTINS, M. H. P. Filosofando: introduo filoso

    So Paulo: Moderna, 2000, p. 24

    A partir da explicao acima e dos seus conhecimentsobre o pensamento de Karl Marx, assinale a alternati

    que indica, corretamente, os dois nveis de condies dexistncia para Marx.A) Infraestrutura (ou estrutura), caracterizada pelrelaes dos homens entre si e com a natureza; superestrutura, caracterizada pelas estruturas jurdicpolticas e ideolgicas.B) Infraestrutura (ou estrutura), caracterizada pelrelaes dos homens entre si e com a natureza; materialismo dialtico, que na verdade a forma pela quo homem produz os meios de sobrevivncia.C) Modos de produo, caracterizados pelo pensamenfilosfico dos socialistas utpicos; e o imperialismcaracterstica mxima do capitalismo industrial.D) Imperialismo, caracterstica do capitalismo industrie infraestrutura (ou estrutura), caracterizada pelrelaes dos homens entre si e com a natureza.

    2. (UFU 2009) Leia atentamente o texto abaixo e assinaa alternativa que indica com qual teoria filosfica ele relaciona.

    possvel afirmar que a sociedade se constitui a par

    de condies materiais de produo e da diviso social dtrabalho, que as mudanas histricas so determinadpelas modificaes naquelas condies materiais naquela diviso do trabalho e que a conscincia human determinada a pensar as idias que pensa por causa dcondies materiais institudas pela sociedade.

    CHAU, M. Filosofia. So Paulo: tica, 20

    Este texto descreveA) a concepo de Marx, que escreveu obras comContribuio Economia Poltica e O Capital.

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    15/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    B) a concepo de Nicolau Maquiavel, que escreveu,dentre outras obras, O Prncipe.C) a concepo de Thomas Hobbes, autor do Leviat.D) a concepo de Jean Jacques Rousseau, autor de OContrato Social.

    3. (UFU 2011) O desenvolvimento das cincias naturaistrouxe impactos sobre a produo tecnolgica e chegouat os processos de trabalho, modificando antigossistemas por mquinas a vapor. Essas mudanastrouxeram resultados tambm para as relaes sociais,como observa Karl Marx (1818-1883) em sua obra:Misria da filosofia:

    As relaes sociais esto intimamente ligadas s forasprodutivas. Apoderando-se de novas foras produtivas,os homens mudam seu modo de produo e, mudando omodo de produo, a maneira de ganhar a vida, mudamtodas as suas relaes sociais. O moinho braal vos dar

    a sociedade com o senhor feudal, e o moinho a vapor asociedade com o capitalista industrial.

    REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. Histria da filosofia: do romantismo aoempiriocriticismo. So Paulo: Paulus, 2005, p. 195, v. 5. (Coleo Filosofia).

    Com base no texto acima e no pensamento de Karl Marx,assinale a alternativa correta.

    A) O trabalho um meio de produo de bens materiaispara prover as necessidades humanas no influenciadopelo progresso tecnolgico. Assim, o trabalho deve ser

    analisado como parte intrnseca da busca pelasobrevivncia, no como desenvolvimento daspotencialidades humanas.B) A diferena entre sociedades est ligada diferenaentre os meios de produo que avanaram em tecnologia que impactam o trabalho principalmente devido aodesenvolvimento das cincias naturais, a fsica, a qumica,entre outras.C) Karl Marx separa a humanidade do homem e o seutrabalho como coisas que no tm mtua influncia, porisso o trabalho na sociedade industrial no pode seralienante.D) O desenvolvimento das cincias naturais e ocapitalismo foram foras antagnicas que se digladiaramdurante as revolues industriais, pois o desenvolvimentotecnolgico decorrente das cincias no alterou osprocessos de trabalho.

    4. (UFU 2011) Conforme Arruda e Aranha, omaterialismo de Karl Marx diferencia-se do materialismomecanicista. Analisando estas diferenas as autorasconcluem:

    [...] segundo o materialismo dialtico, o esprito noconsequncia passiva da ao da matria, podendo reagsobre aquilo que determina. Ou seja o conhecimento ddeterminismo liberta o homem por meio da ao dessobre o mundo, possibilitando inclusive a arevolucionria.

    ARANHA, Maria Lcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando.Paulo, Ed. Moderna, 2000, p. 2

    Com base em seus conhecimentos e nas informaacima, assinale a alternativa correta.A) Diferentemente dos idealistas, Marx considera que manifestaes espirituais humanas derivam da estrutumaterial ou econmica da sociedade, mas no de modabsoluto, pois o esprito pode se libertar.B) Como em Marx, a estrutura material ou econmidetermina as manifestaes do esprito, que ser, econsequncia, sempre passivo diante desta estrutura.C) Marx entende que o esprito resultado da estrutumaterial ou econmica da sociedade, por isso jamais pomodific-la.D) A dialtica materialista de Marx sintetiza os momentda realizao da razo na histria e no o agir histrique realiza os contedos da razo.

    5.E no se pode ter razo para chamar de no ordenaduma repblica dessas, onde h tantos exemplos de virporque os bons exemplos nascem da boa educao; a boeducao, das boas leis; e as boas leis, dos tumultos qumuitos condenam sem ponderar: porque quem examinbem o resultado deles no descobrir que eles dera

    origem a exlios e violncia em desfavor do bem comummas, sim, a leis e ordenaes benficas liberdadpblica.

    MAQUIAVEL, Nicolau. Discursos. So Paulo: Martins Fontes. p.

    A histria de todas as sociedades existentes at hoje histria da luta de classes.

    Marx, K. e ENGELS, F. Cartas filosficas e o manifestpartido comunista. So Paulo: Moraes, 1980. p. 1

    Os textos de Nicolau Maquiavel (1469-1527) e de KaMarx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895) tm ecomum o fato de mencionarem os conflitos sociais comaspectos fundamentais na dinmica poltica, sendo qude acordo com o conhecimento que temos sobre essautores, certo afirmar que:

    a) para Maquiavel, os conflitos sociais devem srejeitados pela organizao poltica da sociedade, afinalpoltica realiza-se verdadeiramente na promoo do becomum. Para a filosofia marxista, ao contrrio, sociedade poltica deve absorver as lutas sociais em leque evitem tumultos mais contundentes e asseguremequilbrio entre as classes.

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    16/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    b) para Maquiavel, os tumultos sociais produzem aevoluo da espcie humana, ainda que isso ocorra emdetrimento da organizao poltica das sociedades. Para afilosofia marxista, por sua vez, a luta de classes omecanismo de perpetuao dos homens em estgios maisatrasados de organizao social, sendo impossvel, ento,a verdadeira transformao sociopoltica.c) para Maquiavel, os conflitos sociais ensejam umcontrato social que confere poder absoluto ao Leviat,retirando dos seres humanos a sua ambio de poder.Para a filosofia marxista, a luta de classes a finalidadenatural da vida humana, isto , nesses conflitos oshomens realizam-se como seres ticos, racionais evirtuosos.d) para Maquiavel, a luta de classes o motor datransformao revolucionria das sociedades, sendo apassagem do feudalismo ao capitalismo o melhorexemplo de sua teoria. Para a filosofia marxista, osconflitos sociais so um simples recurso terico, pois

    Marx e Engels preocupavam-se apenas com especulaesfilosficas metafsicas.e) para Maquiavel, a sociedade poltica no consiste emuma totalidade harmnica, sendo, isto sim, movida pelosconflitos sociais que devem ser institucionalmentedirecionados. Para a filosofia marxista, as lutas de classesresultam na passagem de um modo de produo a outro,sendo que o seu desfecho ser a sociedade comunista.

    6. (UFU 2015)O modo de produo da vida materialcondiciona o processo em geral de vida social, poltico e

    espiritual. No a conscincia dos homens que determinao seu ser, mas, ao contrrio, o seu ser social quedetermina a sua conscincia.

    MARX, K. Para a Crtica da Economia Poltica. Traduo de Jos ArthurGiannotti e Edgar Malagodi. So Paulo: Nova Cultural, 1987. Coleo Os

    Pensadores. P. 30.

    Assinale a alternativa que apresenta a definioCORRETA do que a produo da vida material.

    A) o desenvolvimento das foras produtivas materiais,isto , a estrutura econmica da sociedade.

    B) a gerao da sociedade civil a partir dos valoresespirituais que determinam a ordem jurdica da sociedade.

    C) a superestrutura jurdica e poltica que, sob a formade Estado nacional, alimenta o tecido social.

    D) So os agentes da ordem absoluta e imutvel da razouniversal que criam a sociedade civil.

    7.Considere a citao abaixo.

    Por sua formao filosfica, Marx concebia a realidadsocial como uma concretude histrica, isto , como uconjunto de relaes de produo que caracteriza cadsociedade num tempo e espao determinados (...). Poutro lado, cada sociedade representava para Marx umtotalidade, isto , um conjunto nico e integrado ddiversas formas de organizao humana nas suas madiversas instncias famlia, poder, religio.

    COSTA, Cristina. Sociologia introduo cincia da sociedade,ed., So Paulo: Moderna, 2005. p. 123-12

    Com base nesse trecho e na teoria social de Karl Marmarque a alternativa correta.

    A) A conscincia um fenmeno autnomo diante dprocesso produtivo e das relaes sociais de produo,que nos leva a concluir que h uma evoluo das ideisociais.

    B) A dominao de classes no capitalismo um proces

    econmico que prescinde das esferas poltica, ideolgie jurdica.

    C) As transformaes sociais decorrem, natural fundamentalmente, da evoluo das foras produtivaprincipalmente, da cincia e da tecnologia.

    D) A totalidade social, para Marx, no indeterminadpois a instncia da produo e reproduo das condimateriais de existncia essencial, sendo que outrinstncias so reflexos da economia.

    8. Em O Dezoito Brumrio, de Lus Bonaparte, Karl Masustenta que ... os homens fazem sua prpria histria, mno a fazem como querem; no a fazem socircunstncias de sua escolha e sim sob aquelas com quse defrontam diretamente, legadas e transmitidas pepassado.

    MARX, K. O Dezoito Brumrio de Lus Bonaparte. In Manuscritos econmfilosficos e outros textos escolhidos. (Seleo de t extos: Jos Arthur Giannot

    So Paulo, Abril Cultural, 1978. p. 329. Coleo Os Pensadores.

    Sobre essa concepo de fazer histrico, marquealternativa correta.

    A) A sociedade o resultado da prxis humana, qexpressa, a partir de cada causalidade, os projetos ou vises de mundo que prevaleceram nas lutas de classe.

    B) O passado irresistvel e sua reproduo a regra nrelaes sociais, no sentido de reiterao da ordem pos

    C) As transformaes histricas decorrem da intervenda vontade, independentemente, das circunstnciexistentes.

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    17/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    D) A histria imutvel, quando muito cclica, pois osmovimentos possveis no podem romper a existncia declasses sociais.

    9.Tanto Augusto Comte quanto Karl Marx identificamimperfeies na sociedade industrial capitalista, emboracheguem a concluses bem diferentes: para o positivismode Comte, os conflitos entre trabalhadores e empresrios

    so fenmenos secundrios, deficincias, cuja correo relativamente fcil, enquanto, para Karl Marx, osconflitos entre proletrios e burgueses so o fato maisimportante das sociedades modernas.

    A respeito das concepes tericas desses autores, CORRETO afirmar:

    a) Comte pensava que a organizao cientfica dasociedade industrial levaria a atribuir a cada indivduo umlugar proporcional sua capacidade, realizando-se assima justia social.

    b) Comte considera que a partir do momento em que oshomens pensam cientificamente, a atividade principal dascoletividades passa a ser a luta de classes que levanecessariamente resoluo de todos os conflitos.

    c) Marx acredita que a histria humana feita deconsensos e implica, por um lado, o antagonismo entreopressores e oprimidos; por outro lado, tende a umapolarizao em dois blocos: burgueses e proletrios.

    d) Para Karl Marx, o carter contraditrio do capitalismomanifesta-se no fato de que o crescimento dos meios deproduo se traduz na elevao do nvel de vida damaioria dos trabalhadores embora no elimine asdesigualdades sociais.

    e) Tanto Augusto Comte quanto Karl Marx concordamque a sociedade capitalista industrial expressa apredominncia de um tipo de solidariedade, queclassificam como orgnica, cujas caractersticas serefletiro diretamente em suas instituies.

    10. (UFU 2011)Segundo Marx, o fator fundamental do

    desenvolvimento social assenta-se nas contradies davida material, na luta entre as foras produtivas dasociedade e as relaes sociais de produo que lhecorrespondem.Analisando a frase acima, assinale a alternativa corretasobre as relaes sociais de produo e foras produtivasem Marx.A) Dizem respeito s relaes sociais que os homensestabelecem entre si para utilizar os meios de produo,transformando a si mesmos e a natureza.

    B) Correspondem s relaes entre os homens no mbiestritamente econmico posto que a esfera econmicadetermina a estrutura social.C) Dizem respeito s aes individuais dos homens nlivre mercado, o qual marcado pelas leis de ofertaprocura.D) Correspondem a uma relao social definida pelgica do mercado, na qual os homens orientaindividualmente suas aes em um determinado sentid

    11. (UEM 2012) A sociologia marxista prope uminterpretao da sociedade que toma as condimateriais de existncia dos homens como fatdeterminante dos fenmenos sociais. Sobre esconcepo, assinale o que for correto.01) Foras produtivas e relaes sociais de produo sos dois componentes bsicos da infraestrutura qdeterminam em ltima instncia as demais dimenses d

    vida social.02) Instituies como a Escola, o Estado e a Igreja fazeparte da superestrutura social, dotada de autonomfrente s determinaes econmicas de cada momenhistrico.04) Mudanas na estrutura social so desencadeadquando se desenvolvem incongruncias entre infraestrutura produtiva e a superestrutura, copredomnio da primeira sobre a ltima.08) As instituies que compem a superestrutudesempenham importantes funes de controle socialideolgico que contribuem para a manuteno drelaes produtivas vigentes.16) As classes sociais so definidas segundo a posio qocupam nas instituies que compem a dimenssuperestrutural das sociedades.

    12. (UFU 2011)Ao tratar do mtodo utilizado por KaMarx para compor O Capital, Jacob Gorender afirma q[...] Marx no partiu do conceito de valor, mas mercadoria, isto , da clula germinativa do modo dproduo capitalista.

    Diante do exposto e dos seus conhecimentos acerca dobra desse terico, assinale a alternativa INCORRETA) O fetiche da mercadoria reflete aos homens caractersticas sociais do seu trabalho como se fossepropriedades do prprio produto. Por este motivo, fetiche da mercadoria provm de seu valor de uso.B) O valor de uso o suporte fsico do valor dmercadorias.C) O carter duplo do valor de uso e do valor de troresulta do carter tambm do prprio trabalho que produz: trabalho concreto e trabalho abstrato.

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    18/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    D) Na sociedade capitalista, a riqueza pode sercompreendida como uma imensa coleo de mercadorias.

    13. (UFU 2012)Em uma passagem de As aventuras doBaro de Munchausem, personagem do folclore alemo, elee seu cavalo encontram-se atolados em um pantanal e,para sair dessa situao, o Baro puxa a si mesmo pelocabelo, levantando-se, com sua montaria, do terreno

    movedio. Em mais de uma ocasio, os socilogosusaram essa metfora para aludir ao modo pelo qual ospositivistas procuravam um mtodo objetivo, neutro,livre das ideologias.Em oposio a essa suposta objetividade, Marx criticouveementemente os positivistas, uma vez que, para oautor,A) o mtodo possui uma objetividade parcial, pois naescolha do objeto entra em ao a ideologia do autor, queno interfere, entretanto, na anlise dos acontecimentos.B) a anlise social, a partir da perspectiva do operariado,

    deve contribuir para a harmonia das relaes sociais deproduo.C) a anlise das condies de vida do proletariadoeuropeu do sculo XIX deve incidir sobre a crtica social,com vistas reforma da sociedade burguesa.D) o mtodo deve contribuir no s para a interpretao,mas igualmente para a transformao social.

    14. (UFU 2013) E se, em toda ideologia, os homens esuas relaes aparecem invertidos como numa cmaraescura, tal fenmeno decorre de seu processo histrico

    de vida, do mesmo modo porque a inverso dos objetosna retina decorre de seu processo de vida diretamentefsico.

    MARX, Karl,A ideologia alem. So Paulo: Hucitec, 1987. p. 37.Com essa famosa metfora, Marx realiza a definio deideologia como inverso da realidade, da qual decorrepara eleA) a alienao da classe trabalhadora.B) a conscincia de classe dos trabalhadores.C) a existncia de condies para a prxis revolucionria.D) a definio de classes sociais.

    15. (UFU 2014) Uma das condies histricas para odesenvolvimento do capital foi o trabalho livre e a trocade trabalho livre por dinheiro, outra foi a separao dotrabalho livre das condies objetivas de sua efetivao dos meios e material do trabalho.

    K. Marx, Formaes econmicas pr-capitalistas. Rio de Janeiro: Paz eTerra, 1985, p. 65.

    Nesse trecho, Marx se refere especificidade do trabalhona sociedade capitalista, quando comparado com asformaes econmicas que a precederam.

    Com base nas informaes fornecidas, correto afirmque,A) no feudalismo, diferentemente do que ocorre ncapitalismo, o campons, embora preso a um sistema dobrigaes, era proprietrio das ferramentas de trabalhB) nas corporaes de oficio, de forma semelhante ao quocorre no capitalismo, havia a diviso social do trabalhC) no capitalismo, diferentemente do que ocorreu nfeudalismo, desaparece o campons livre que cede a suliberdade para dar lugar ao surgimento do assalariado.D) para desenvolver o capitalismo, os artesindependentes da Idade Mdia compraram a sliberdade e se transformaram em trabalhadores livres.

    16. (UFU 2015) Quando aborda o carnaval dSalvador/BA, Ftima Teles afirma que este festejo Fincorporado onda neoliberal do capital fetiche e ficorestrito s classes privilegiadas que abandonaram

    cordes e fecharam-se nos luxos dos camarotes ou nblocos, cordes fechados por compra de abadPortanto hoje, atrs do trio eltrico s no vai a clasmenos favorecida, a classe que vive de salrio suado e vai atrs do trio eltrico quem pode pagar caro, umminoria que concentra renda de alguma forma. (...) festa j no mais popular, mas a festa de uma minorprivilegiada. Olhando para o carnaval de Salvadlembramos do compositor baiano Gilberto Gil quandele canta mundo to desigual, tudo to desigual, dum lado esse carnaval, de outro a fome total...

    Ftima Teles. A mercantilizao do carnaval soteropolita

    Disponvel em: . Acesso em: 22 fev. 201

    Implcitas no fragmento acima esto vrias categorimarxianas utilizadas, neste caso, para a interpretao dtransformaes ocorridas em umas das mais importantfestas populares do pas. Assim, correto afirmar que:A) Abads e camarotes, exclusividades de uma elite, sportadores de uma aura mgica a quem se confepoderes especiais e destacada como desencantamento dmundo.B) O carnaval foi mergulhado nas guas glidas do clcu

    egosta, vendo extrados seus contedos e naturezas maautnticos, mas sendo finalmente democratizado.C) Quando mercantilizado, o carnaval perde seu cartpblico e se privatiza, produzindo um acesso seletivodependente mais do marcador racial do que classista.D) Tal como revelara Marx, o capitalismo traz consigotendncia de mercantilizar as relaes sociais. Ao qutudo indica, o carnaval tambm se transformou nummercadoria.

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    19/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    17. (UEM 2011) Escrito h quase duzentos anos, porKarl Marx e Friedrich Engels, o Manifesto Comunistadenunciava as desigualdades sociais vividas pelos homensna sociedade capitalista. Leia trecho dessa obra,reproduzido a seguir, e assinale o que for correto sobre odesenvolvimento econmico.A sociedade burguesa moderna, que brotou das runasda sociedade feudal, no aboliu os antagonismos dasclasses. Estabeleceu novas classes, novas condies deopresso, novas formas de luta no lugar das antigas [...] Amanufatura j no era suficiente. Em consequncia disso,o vapor e as mquinas revolucionaram a produoindustrial. O lugar da manufatura foi tomado pelaindstria gigantesca moderna, o lugar da classe mdiaindustrial, pelos milionrios da indstria, lderes de todoo exrcito industrial, os burgueses modernos

    (MARX, Karl & ENGELS, Friedrich. O Manifesto do PartidoComunista. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998, 10

    Edio, p.09 e 11 Coleo Leitura).

    01) A passagem da manufatura para indstria gerou umprocesso de modificao do espao natural que foibastante equilibrado, sem prejuzos ao meio ambiente.02) O trecho acima se refere ao contexto de formao dasociedade capitalista e composio dos antagonismos declasse, os quais opem proprietrios dos meios deproduo e proprietrios da fora de trabalho.04) As relaes estabelecidas pelas classes sociais nasociedade burguesa moderna so pautadas pelacooperao, a qual conduz ao desenvolvimentoeconmico gerador de melhor condio de vida paratodos.08) As relaes de troca se revolucionaram em virtude deo crescimento da burguesia moderna ter ocorrido namesma proporo do crescimento da produoindustrial.16) O desenvolvimento da indstria est assentado noemprego do trabalho humano, o nico detentor deconhecimento para alterar a matria-prima, a partir douso de instrumentos que ele mesmo produz.

    18. (UEM 2014) Publicado por Karl Marx e FriedrichEngels, em 1848, o Manifesto do Partido Comunistaainda hoje pode ser considerado como um influentetratado de ideias polticas que dirige severas crticas aomodo de produo capitalista. Considerando essa obra eos estudos sociolgicos sobre o marxismo, assinale o quefor correto.

    01) A obra de Marx e de Engels foi escrita em um perodode ascenso do capitalismo e de crescimento dasdesigualdades sociais entre burgueses e proletrios.

    02) Em Marx e Engels, a histria das sociedades descripor meio da histria das lutas de classe que tm levado aenfrentamento entre dominantes e dominados.

    04) Para Marx e Engels, a diviso social do trabalho nsociedade capitalista foi capaz de emancipar os homenmas no as mulheres.

    08) De acordo com Marx e Engels, os conflitos sociapolticos e econmicos devem ser evitados para querevoluo proletria seja pacfica e no violenta.

    16) Segundo Marx e Engels, o conhecimento da realidasocial deve estar orientado para a transformao dsociedade.

    19. (UEM 2014)Considerando as contribuies de KaMarx e da teoria marxista para a compreenso deconomia poltica capitalista, assinale o que for correto

    01) Marx afirma que a moderna economia polti

    capitalista foi instituda na Europa do sculo XIX pmeio da aceitao generalizada de sua ideologia.

    02) A teoria marxista contribui para o entendimento dque os modernos processos de explorao e alienao dforas de trabalho so o resultado de um sistema socide produo que pode ser transformado.

    04) Segundo Marx, as empresas passaram a respeitar evalorizar seus empregados a partir do momento em qse conscientizaram do papel central que eles ocupam nprocesso produtivo.

    08) A teoria marxista explica que o sistema capitalista dproduo se tornou a forma mais justa e democrtica dcombater as desigualdades nas sociedades modernas.

    16) A obra de Marx contribuiu para o reconhecimendas leis de mercado enquanto fatos sociais independentda ao humana, e que devem ser obedecidas para manter a coeso social.

    20. (UEL 2007)Karl Marx exerceu grande influncia nteoria sociolgica. Segundo o autor: [...] na produsocial da sua existncia, os homens estabelecem reladeterminadas, necessrias, independentes da sua vontadrelaes de produo... O conjunto destas relaes dproduo constitui a estrutura econmica da sociedadebase concreta sobre a qual se eleva uma superestrutujurdica e poltica e qual correspondem determinadformas de conscincia social.

    Fonte: MARX, K. Contribuio crtica da economia polticTraduo de Florestan Fernandes. So Paulo, Ed. Mandacaru, 19

    p. 2

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    20/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    De acordo com o texto e os conhecimentos sobre oautor, correto afirmar que:a) A superestrutura jurdica e poltica o resultado domodo como as pessoas se organizam para produzir asubsistncia material em determinada sociedade.b) A superestrutura jurdica e poltica o resultado daconscincia social dos lderes polticos e independe domodo de produo em dada sociedade.c) A superestrutura poltica o resultado do modo comoas pessoas se organizam para produzir a subsistnciamaterial em determinada sociedade, mas a esfera jurdicadepende da conscincia social.d) A superestrutura jurdica o resultado do modo comoas pessoas se organizam para produzir a subsistnciamaterial em determinada sociedade, mas a esfera polticadepende da conscincia social.e) A superestrutura jurdica e poltica o resultado daconscincia social dos homens.

    21. (UEL 2009)Leia o texto seguinte.[...] Ramn vivia do seu trabalho e tinha que pagar umapartamento e a comida, e inclusive as folhas de papelpara poder escrever nos fins de semana. J sabia queintroduzir no computador um argumento e os nomesdos personagens para que realizasse um primeiro esboono era a mesma coisa que escrever uma noveladesde o princpio, mas as coisas agora estavam desse jeito.O mundo editorial tinha mudado, os livros j noeram concebidos como obras de artesanato criadas namente de um s homem sem nenhuma ajuda exterior.(SAORN, J. L. A curiosa histria do editor partido ao meio na era

    dos robs escritores. Rio de Janeiro: Relume Dumar, 2005. p. 109).

    O texto remete a formulaes presentes na anlise deMarx sobre o desenvolvimento do capitalismo. Quanto posio de Marx em relao ao tema abordado no texto, correto afirmar.I. Com o advento da sociedade comunista, o trabalhodesaparece e instaura-se um ordenamento social em quea preocupao do indivduo ser basicamente com oexerccio do lazer.II. O avano das foras produtivas torna-se desnecessrioem uma sociedade socialista, uma vez que as mquinas,responsveis pelo sofrimento humano, sero substitudaspor um retorno produo artesanal.III. A tendncia do movimento do capital no sentido deuma contnua desqualificao da fora de trabalho.Deste modo, intensifica-se a unilateralidade do ser quetrabalha e sua degradao fsica e psquica.IV. A revoluo contnua das foras produtivas umanecessidade inerente ao processo de acumulaocapitalista e est na base da expanso deste modo deproduo e da constituio do mercado mundial.

    Assinale a alternativa correta.a) Somente as afirmativas I e II so corretas.b) Somente as afirmativas I e III so corretas.c) Somente as afirmativas III e IV so corretas.d) Somente as afirmativas I, II e IV so corretas.e) Somente as afirmativas II, III e IV so corretas.

    22. (UEL 2011)Observe a charge.

    (Disponvel e. Acesso em: 24 out. 201

    Com base na charge e nos conhecimentos sobre a teorde Marx, correto afirmar:a) A produo mercantil e a apropriao privada s

    justas, tendo em vista que os patres detm mais capitdo que os trabalhadores assalariados.b) Um dos elementos constitutivos da acumulacapitalista a mais-valia, que consiste em pagar atrabalhador menos do que ele produziu em uma jornadde trabalho.c) A mercadoria, para poder existir, depende da existncdo capitalismo e da substituio dos valores de tropelos valores de uso.

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    21/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    d) As relaes sociais de explorao surgiram com onascimento do capitalismo, cuja faceta negativa est empagar salrios baixos aos trabalhadores.e) Sob o capitalismo, os trabalhadores se transformaramem escravos, fato acentuado por ter se tornadoimpossvel, com a individualizao do trabalho e dossalrios, a conscincia de classe entre eles.23. (UEL 2008) Sobre a explorao do trabalho nocapitalismo, segundo a teoria de Karl Marx (1818-1883), correto afirmar:a) A lei da hora-extra explica como os proprietrios dosmeios de produo se apropriam das horas no pagas aotrabalhador, obtendo maior excedente no processo deproduo das mercadorias.b) A lei da mais valia consiste nas horas extras trabalhadasaps o horrio contratado, que no so pagas aotrabalhador pelos proprietrios dos meios de produo.c) A lei da mais-valia explica como o proprietrio dosmeios de produo extrai e se apropria do excedente

    produzido pelo trabalhador, pagando-lhe apenas por umaparte das horas trabalhadas.d) A lei da mais valia a garantia de que o trabalhadorreceber o valor real do que produziu durante a jornadade trabalho.e) As horas extras trabalhadas aps o expedienteconstituem-se na essncia do processo de produo deexcedentes e da apropriao das mercadorias peloproprietrio dos meios de produo.

    4. EMILE DURKHEIM

    Emile Durkheim(1858-1917), seguidor dComte, tambm um socilogpositivista, se empenhou paconferir sociologia o statcientfico.

    A objetividade e identidade na anlise da vidsocial foram questfundamentais na sproposio do mtodsociolgico.

    a partir desse pensador que a Sociologia ganum formato mais tcnico, sabendo o que e como eiria buscar na sociedade. Com mtodos prprios, Sociologia deixou de ser apenas uma ideia e ganho

    status de cincia.Durkheim presenciou algumas das ma

    importantes criaes da sociedade moderna, como inveno da eletricidade, do cinema, dos carros passeio, entre outros. No seu tempo, havia um cerotimismo causado por essas invenes, mas Durkheitambm percebia entraves nessa sociedade moderneram os problemas de ordem social.

    E uma das primeiras coisas que ele fez foi propregras de observao e de procedimentos de investiga

    que fizessem com que a Sociologia fosse capaz de estudos acontecimentos sociais de maneira semelhante ao qfaz a Biologia quando olha para uma clula, por exempl

    Falando em Biologia nota-se que o seu objeto destudo a vida em toda a sua diversidade dmanifestaes. As pesquisas dos fenmenos da naturefeitas pela Biologia so resultantes de vrias observae experimentaes, manipulveis ou no.

    J para a Sociologia, manipular os acontecimentsociais, ou repeti-los, muito difcil. Por exemplo, com

    poderamos reproduzir uma festa ou um movimento dgreve em laboratrio e sempre de igual modo? Serimpossvel.

    Mas Durkheim acreditava que os acontecimentsociais como os crimes, os sucidios, a famlia, a escoas leis poderiam ser observados como coisas (objetopois assim, seria mais fcil de estud-los. Ento o que efez?

    Props algumas das regras que identificam qutipo de fenmeno poderia ser estudado pela Sociolog

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    22/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    A esses fenmenos que poderiam ser estudados por umacincia da sociedade ele denominou de fatos sociais.

    Fato social

    Assim, a teoria dos fatos sociais o ponto departida dos estudos de Durkheim.

    Entendendo-os como maneiras de agir, de pensar ede sentir exteriores ao indivduo, dotados de um poder de coero emvirtude do qual se lhe impem, podemos traar trscaractersticas que distinguem os fatos sociais:

    A coero social que a fora que os fatossociais exercem sobre os indivduos e que os levam aconformar-se s regras da sociedade em que vivem,independentemente de sua escolha ou vontade.

    Aexterioridadedos fatos sociais que existem eatuam sobre os indivduos independentemente de suavontade ou de sua adeso. As regras sociais, os costumes

    e as leis j existem antes dos indivduos eindependentemente deles.

    Ageneralidadequer dizer que todo fato social geral, pois se aplica a todos os indivduos ou maioriadeles. Na generalidade encontra-se a natureza coletivados fatos sociais, seu estado comum ao grupo.

    Entendendo a Sociedade (coeso social)

    Durkheim queria compreender como ocorreu atransio das sociedades tradicionais para as modernas e

    analisou-as a partir de sua coeso, ou seja, o que mantinhaunida as sociedades tradicionais que se perdeu,possibilitando a formao das sociedades modernas, ecomo essa coeso se manteve nessas sociedades?

    A humanidade, para esse pensador, est emconstante evoluo, o que seria caracterizado peloaumento dos papis sociais ou funes. Por exemplo,para Durkheim, existem sociedades que organizam-sesob a forma de um tipo de solidariedade denominadamecnica e outras sociedades organizam-se sob a formade solidariedade orgnica.

    As sociedades organizadas sob a forma desolidariedade mecnica seriam aquelas nas quaisexistiriam poucos papis sociais. Segundo Durkheim,nessas sociedades, os membros viveriam de maneirasemelhante e, geralmente, ligados por crenas esentimentos comuns, o que ele chama de conscinciacoletiva.

    Neste tipo de sociedade existiria pouco espaopara individualidades, pois qualquer tentativa de atitude

    individualista seria percebida e corrigida pelos demamembros.

    A organizao de algumas aldeias indgenpoderia servir de exemplo de como se d a solidariedadmecnica: grupos de pessoas vivendo e trabalhandsemelhantemente, ligados por suas crenas e valores.

    Nesses grupos, se algum comeasse a agir pconta prpria, seria fcil perceber quem estartumultuando o modo de vida local. Outro exemplo qpode caracterizar a solidariedade mecnica so mutires para colheita em regies agrrias ou pareconstruir casas devastadas por vendavais e, ainda, sexemplos tambm as campanhas para coletar alimento

    Diferentemente das sociedades organizadas esolidariedade mecnica, nas sociedades de solidariedadorgnica tpicas do mundo moderno - existem muitpapis sociais. Pense na quantidade de tarefas que podhaver nas reas urbanas, nas cidades: so muitas funes e atividades.

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    23/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    Durkheim acreditava que mesmo com umagrande diviso e variedade de atividades, todas elasdeveriam cooperar entre si. Por isso, deu o nome deorgnica (como se fosse um organismo).

    Mas, nessas sociedades, diante da existncia deinmeros papis sociais, diminui o grau de controle dasociedade sobre cada pessoa. A individualidade, sob

    menor controle, passa a ser uma porta para que a pessoapretenda aumentar, ainda mais, o seu raio de ao ou deposies dentro da sociedade.

    Uma das maiores expresses da anomia nomundo moderno, segundo Durkheim, seria esta: oegosmo das pessoas. E a causa desta atitude seria afragilidade das normas e controles sobre aindividualidade, normas e controles que nas sociedadesde solidariedade mecnica funcionam com maior eficcia.

    Qual seria, ento, a soluo para o mundo

    moderno, segundo Durkheim?J que ele compara a sociedade com um corpo,

    deve haver algo nela que no est cumprindo sua funoe gerando a patologia (a anomia, a doena). O corpoprecisa de diagnstico e remdio.

    Segundo ele, a Sociologia teria esse papel, ou seja,o de encontrar as partes da sociedade que estoproduzindo fatos sociais patolgicos e apontar para asoluo do problema.

    O suicdio

    Durkheim utilizou sua teoria para explicar, porexemplo, o suicdio. O que aparentemente seria um atoindividual, para ele, estava ligado com aquilo que ocorriana sociedade.

    Esse pensador compreende a sociedade como umcorpo organizado. Assim como a Biologia quecompreende o corpo humano e todas suas partes empleno funcionamento.

    Durkheim entende a sociedade com suas partes

    em operao e cumprindo suas funes. E, caso a famlia,a igreja, o Estado, a escola, o trabalho, os partidospolticos, etc., que so elementos da sociedade comfunes especficas, venham a falhar no cumprimentodelas, surge no corpo da sociedade aquilo que Durkheimchamou de anomia (a = sem, nomia = normas / semnormas), ou seja, uma patologia. Assim, como no corpohumano, se algo no funcionar bem, em ordem,significa que est doente.

    Para Durkheim, a sociedade age sobre indivduo. Cada grupo social tem uma inclinao parasuicdio, e desta derivam as inclinaes individuais.

    Trata-se das correntes de egosmo, altrusmo e de anomia que afligem a sociedade.

    Suicdio Egoista: causado pela decepo, pe

    melancolia e pela sensao de desamparo morprovocadas pela desintegrao social. Atualmente, ispode ser compreendido no mundo capitalista, cada vmais individualista, em que as pessoas valorizam maister do que o ser.

    Se algum se desvinculasse das instituies socia(famlia, igreja, escola, partido poltico, etc.) por conprpria, para viver de maneira livre, sem regras, qual ser

    o limite para essa pessoa, uma vez que ningum controlaria?

    Pois , segundo Durkheim, a falta de redes dconvvio ou limites para a ao poderia levar a pessoadesejar ilimitadas coisas.

    Mas caso tal pessoa no consiga realizar os sedesejos, a frustrao poderia lev-la a um suicdio.

    Suicdio altrusta: ocorre quando um indivduvaloriza a sociedade mais do que a ele mesmo, ou seja, laos que o unem sociedade so muito fortes.

    Deixe-me lembrar voc do ocorrido em 11 Setembro de 2001. Homens, em atos aparentemenloucos, pilotavam avies que se chocaram contra World Trade Center em Nova York, lembra?

    Para Durkheim, os agentes dessa aparenloucura poderiam ser classificados como suicidaltrustas, pois se identificavam de tal forma como grupo Al Qaeda, ao qual pertenciam, que se dispuserammorrer por ele.

    http://www.andersonpinho.com.br/http://www.andersonpinho.com.br/
  • 7/25/2019 Augusto Comte - Resumo

    24/42

    Prof. Anderson Pinho www.filosofiaesociologia.com.br

    Da mesma maneira aconteceu com os kamikasesjaponeses durante a 2 Guerra Mundial (1939-1945) eque, de certa forma, continua acontecendo com oshomens-bomba de hoje.

    Se voc assistir ao filme O Patriota, com MelGibson, poder ver um exemplo de algum que se dispsa morrer por uma causa que acreditava em relao ao seupas, no caso, os Estados Unidos da Amrica.

    Suicdio anmico: aquele que se deve a umestado de desregramento social no qual as normas estoausentes ou perderam respeito.

    Este tipo pode acontecer quando as partes docorpo social deixam de funcionar e as normas ou laosque poderiam abraar(solidarizar) os indivduosperdem sua eficcia, deixando-os viver de formadesregrada ou em crise.

    Como exemplo, podemos citar como fatos queprovocam a anomia: corrupo praticada por polticos efuncionrios pblicos, a frieza da sociedade moderna,bem como sua falta de dilogo coletivo, o divrcio, umafamlia abandona o filho, ou o idoso, ou o doente, etc.

    Educao

    Toda sociedade tem que educar os indivduoscom disciplina para que aprendam as regras necessrias

    organizao da vida social e sua hierarquia. As regrdevem ser aprendidas, internalizadas e transformadas ehbitos de conduta.

    Na viso deve, o currculo teolgico, metafsicoliterrio ainda predominante nas escolas europeias de setempo deveria ser substitudo por uma educapositivista para se alinhar ao esprito cientfico de se

    tempo.Dessa forma, cabe educao, seja ela formal o

    no, a importante tarefa da conformao dos indivdu sociedade em que vivem, devendo eles sempobservarem a obedincia e a hierarquia.

    QUESTES