auditoria em obras rodoviÁrias no estado de minas

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AUDITORIA EM OBRAS RODOVIÁRIAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS O CASO PRO-ACESSO José Márcio Rocha de Oliveira Mônica Wild Grossi Bastos Anderson Batista Pereira

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AUDITORIA EM OBRAS RODOVIÁRIAS NO ESTADO

DE MINAS GERAIS O CASO PRO-ACESSO

José Márcio Rocha de Oliveira Mônica Wild Grossi Bastos

Anderson Batista Pereira

II Congresso Consad de Gestão Pública – Painel 34: Boas Práticas em compras e contratações públicas II

AUDITORIA EM OBRAS RODOVIÁRIAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS O CASO

PRO-ACESSO

José Márcio Rocha de Oliveira Mônica Wild Grossi Bastos

Anderson Batista Pereira

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 03

2 OBJETIVO DO TRABALHO.................................................................................... 04

3 METODOLOGIA....................................................................................................... 05

4 DESENVOLVIMENTO............................................................................................. 06

4.1 Inspeção de campo e análise geotécnica............................................................. 06

5 RESULTADOS DA AVALIAÇÃO............................................................................. 10

5.1 Perfil da rodovia e de sua seção transversal........................................................ 10

5.2 Dispositivos de drenagem superficial................................................................... 12

5.3 Dispositivos de drenagem profunda..................................................................... 13

5.4 Tipos de revestimento da camada de rolamento................................................. 14

5.5 Levantamento deflectométrico.............................................................................. 16

5.6 Resultados do teor de umidade e do Índice de Suporte Califórnia (ISC)............ 17

5.7 Sinalização (horizontal e vertical)......................................................................... 17

5.8 Análise econômica................................................................................................ 20

6 CONCLUSÃO........................................................................................................... 26

6.1 Quanto aos projetos.............................................................................................. 26

6.2 Quanto ao custo total da implantação da rodovia................................................ 27

6.3 Quanto ao andamento da obra............................................................................. 27

6.4 Outras conclusões................................................................................................. 28

7 REFERÊNCIAS 30

3

1 INTRODUÇÃO

A Auditoria-Geral do Estado de Minas Gerais vem aprofundando e

aprimorando os mecanismos de controle no tocante a avaliação das obras públicas.

Dentre as obras auditadas, estão as novas rodovias asfaltadas, construídas pelo

Estado de Minas Gerais, por meio do Programa PRO-ACESSO. O PRO-ACESSO

faz parte dos 57 Projetos Estruturadores1 do Governo do Estado de Minas Gerais

previstos no Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG)2 2008-2011.

O objetivo principal do programa é possibilitar a ligação pavimentada dos

municípios mineiros que ainda não a possuam. Como esses municípios, geralmente

estão entre os de menores IDH do Estado, com o PRO-ACESSO, o governo de

Minas Gerais pretende reduzir as desigualdades regionais e contribuir para o

desenvolvimento sócio-econômico. A pavimentação implantada busca atender a

baixo volume de tráfego, com o traçado da via, no plano horizontal e vertical,

procurando aproveitar a estrada existente (de terra) em quase a sua totalidade,

ajustando a seção transversal à largura da plataforma, promovendo pequenos

ajustes no traçado.

Por meio de um convênio de cooperação técnica com a Universidade

Fundação Mineira de Educação e Cultura (FUMEC), que possui profissionais

especializados em diversas áreas, a Auditoria-Geral pode contar com uma equipe

de especialistas em engenharia de obras rodoviárias além dos servidores do seu

corpo técnico.

1 Os Projetos Estruturadores são as principais prioridades do Governo de Minas Gerais. São programas governamentais capazes de possibilitar o desenvolvimento sócio-econômico do Estado. 2 O Plano Plurianual de Governo – PPAG: Instrumento normatizador do planejamento da administração pública do estado de Minas Gerais de médio prazo. Referencia a formulação dos demais planos e programas governamentais do quadriênio, orientando, acima de tudo, as proposições de diretrizes orçamentárias e as leis orçamentárias anuais. Ele estrutura as ações do governo em programas estratégicos que, se executados conjuntamente, tendem a assegurar o alcance dos objetivos centrais propostos pelo Poder Executivo. Cada programa possui um órgão responsável, prazos, metas e estimativa de custos, sendo monitorado e avaliado sistematicamente. Similar ao PPA do Governo Federal.

4

2 OBJETIVO DO TRABALHO

O trabalho de auditoria teve como objetivo avaliar:

� o alcance das metas estipuladas, bem como se os resultados

alcançados atenderam aos objetivos propostos pelo Programa;

� se a implantação da estrada se deu conforme o projeto executivo

proposto;

� se a obra foi executada de acordo com as normas construtivas de

engenharia e com controle tecnológico;

� se foram empregados os materiais adequados;

� se o processo construtivo gerou algum passivo ambiental;

� se a exploração das jazidas utilizadas para implantação da rodovia

trará, passivo ambiental;

� se as áreas de “empréstimo de material” ao longo da rodovia foram

tratadas adequadamente;

� se as condições atuais da rodovia propiciam conforto e segurança aos

motoristas e pedestres;

� se a estrada tem sofrido manutenção regular como roçadas, capinas

etc.;

� se os taludes de corte e aterro foram tratados adequadamente;

� se os pontos de intercessão foram executados conforme projeto;

� se os pontos de intercessão (entradas e saídas da rodovia) são

seguros;

� se há falhas geométricas no traçado;

� se a sinalização está de acordo com as normas de engenharia

rodoviária;

� se há acostamento ou faixa de segurança adequados;

� se os desníveis entre a pista de rolamento e o acostamento são

seguros;

� e por fim, proceder a uma análise evolutiva das apropriações dos

custos das obras.

5

3 METODOLOGIA

A metodologia utilizada no trabalho foi:

a) análise dos projetos de implantação da rodovia;

b) vistorias “in loco” com levantamento visual contínuo e registro

fotográfico;

c) inspeção de campo com a execução de furos de sondagens e análises

geotécnicas;

d) coleta de dados orçamentários e financeiros;

e) entrevistas com os responsáveis pela execução da obra e

engenheiros do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas

Gerais (DER/MG) (órgão responsável pela execução do Programa);

f) consulta documental.

O trabalho foi desenvolvido da seguinte forma:

Primeiramente escolheu-se os trechos que estavam incluídos no

Programa, com obras já concluídas e que possuíssem projetos executivos.

Depois de escolhidos os trechos, a Auditoria solicitou ao DER/MG os

documentos necessários para análise. Foram solicitados os editais, projeto básico e

executivo, os contratos firmados e respectivos termos aditivos, com a empresa

projetista e com a empresa executora da obra, bem como as justificativas para

celebração dos termos aditivos, planilhas e as medições realizadas e pagas. De

posse dos documentos a equipe iniciou os trabalhos.

A rodovia AMG 900, objeto deste trabalho foi um dos trechos avaliados

pela Auditoria-Geral. O trecho faz a ligação do município de Taquaraçu de Minas a

BR 381, está localizado na região central de Minas Gerais, integrante da região

metropolitana de Belo Horizonte, distante a 63 Km da capital Mineira.

6

4 DESENVOLVIMENTO

A estrada escolhida possui uma extensão total de 13,0 km, sendo

avaliados 9,32 km, tendo em vista que os 3,68 km restantes já haviam sido

construídos anteriormente.

4.1 Inspeção de campo e análise geotécnica

Inicialmente percorreu-se a rodovia, fazendo um levantamento visual com

cadastro fotográfico, buscando identificar os pontos críticos do trecho. Nesta

primeira avaliação em campo, procurou-se verificar as condições superficiais do

pavimento, do sistema de drenagem superficial, da sinalização horizontal e vertical,

dos dispositivos de segurança viária e da estabilidade dos taludes de corte e dos

aterros.

Na corrida de trecho, verificou-se a necessidade de uma avaliação mais

aprofundada, com a utilização de ensaios geotécnicos e a aplicação de testes

técnicos específicos da engenharia rodoviária, como por exemplo, da verificação do

7

nível de deflexão3 do pavimento através de ensaio com a utilização da “Viga

Benkelman”. Após esta vistoria e o estudo do projeto, determinou-se onde seriam

executadas as sondagens e em quais pontos seria realizado o teste deflectométrico

com a utilização da “Viga Benkelman”.

Na inspeção de campo foram avaliadas também as condições funcionais4

da via, bem como a execução do serviço de implantação da rodovia. Nas análises

geotécnicas, por meio de procedimentos de sondagens, buscou-se verificar:

� as espessuras das camadas existentes do pavimento (revestimento,

base, reforço do subleito e do subleito), para confronto com as

espessuras definidas em projeto e saber se o Estado pagou pelo que

realmente foi construído;

� as densidades e umidades “in situ” da camada de base, do reforço do

subleito e do subleito, com utilização do “Método do Frasco de Areia”;

� o grau de compactação das camadas;

� os índices de consistência das camadas: índice de Liquidez (IL); índice

de Plasticidade (IP) e índice Contração (IS).

� o potencial de ruptura das camadas que compõem o pavimento,

através de ensaio do Índice de Suporte Califórnia (ISC), que avalia a

resistência do material frente a deslocamentos significativos, sendo

obtida por meio de ensaio em laboratório com as amostras coletadas

em campo.

� a existência de material filtrante/drenante situado fora da plataforma de

rolamento, em segmentos em corte, para constatar a presença da

drenagem profunda. A drenagem profunda busca interceptar o fluxo da

água subterrânea impedindo que venha prejudicar o corpo estradal.

3 Deflexão: é o deslocamento vertical de um ponto na superfície do pavimento decorrente da passagem de uma determinada carga. São responsáveis pelo

surgimento da maioria dos trincamentos ao longo da vida do pavimento e podem levar à fadiga do revestimento. As deformações plásticas são acumulativas

durante os anos de vida do pavimento e resultam em defeitos do tipo afundamento localizado ou nas trilhas de roda. 4 Funcional: refere-se à capacidade do pavimento em satisfazer sua função principal, que é de fornecer uma superfície adequada em termos de qualidade, conforto e segurança da via.

8

Determinação das densidades e umidades “in situ” Método do Frasco de Areia

Determinação das espessuras das camadas do pavimento

9

Levantamento deflectométrico com utilização da Viga Benkelman

A “Viga Benkelman” foi utilizada para medir e classificar os níveis das

deformações recuperáveis do pavimento, nas duas faixas de rolamento, e assim

permitir afirmar se os defeitos ocorridos no pavimento resultaram especialmente da

repetição de cargas, gerado pelo aumento de tráfego pesado da rodovia.

10

5 RESULTADOS DA AVALIAÇÃO

5.1 Perfil da rodovia e de sua seção transversal

O perfil da rodovia avaliada segue a indicação de projeto e apresenta

característica de “greide rolado” com baixo volume de terraplenagem

(5.923,83m³/km).

A rodovia foi projetada para um baixo volume de tráfego. No entanto,

observou-se “in loco” trânsito intenso de caminhões pesados, transportando,

geralmente quartzo, (há uma jazida na região) o que causou a degradação precoce

do trecho. Constatou-se que o estudo inicial não considerou o trânsito já existente à

época, nem o tipo de atividade econômica predominante (jazida de quartzo)

desenvolvida no local.

A seção transversal definida em projeto tem largura de duas faixas de

3,30 m, mais duas faixas de 40 cm de segurança e dois dispositivos de drenagem

de 60 cm, totalizando uma plataforma de 8,60 metros, conforme figura 1.

Figura 1 – Seção da rodovia

No entanto, constatou-se que a plataforma não tem regularidade de

largura na faixa de segurança e que o pavimento apresenta afundamento plástico na

trilha de roda externa, da faixa esquerda, por ser a pista onde os caminhões

trafegam carregados, apresentando flecha na ordem 4 cm em diversos segmentos,

conforme fotos a seguir:

11

12

A análise do perfil projetado não indicou a necessidade de

complementação em aterro ou de reforço do subleito. No entanto, as estruturas

geométricas encontradas nos pontos dos poços de inspeção indicam a existência de

reforço de subleito do pavimento na média de 20 cm de espessura.

5.2 Dispositivos de drenagem superficial

Durante as inspeções em campo verificou-se a existência dos dispositivos

de drenagem superficiais implantados. Parte de tais dispositivos, especialmente

aqueles localizados em seções de corte, deixaram de captar integralmente as águas

da superfície da pista de rolamento, devido ao afundamento plástico na trilha de

roda externa. Em decorrência disso, ocorreram dois eventos patológicos: 1)

escoamento da água na trilha de roda e; 2) solevamento lateral aliado ao

deslocamento da sarjeta de concreto, conforme mostram as fotos a seguir:

13

Este escoamento sobre a superfície de rolamento poderá, em curto prazo,

causar infiltração no pavimento e comprometer a estrutura do mesmo, levando-o a

ruína precoce.

5.3 Dispositivos de drenagem profunda

Os estudos geotécnicos de campo indicaram a presença de areia lavada

na faixa de 20 cm a 1,50 m, demonstrando a existência dos drenos profundos,

conforme previsto em projeto.

14

5.4 Tipos de revestimento da camada de rolamento

Identificou-se no trecho a existência de dois tipos de revestimentos na

camada de rolamento:

1) Tratamento Superficial Duplo (TSD) – Projetado e Executado Originalmente,

em 100% do trecho;

2) Cimento Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) em cerca de 40% da

extensão total, na espessura de 4 cm (executado sobre o TSD original, como

solução de campo para corrigir as ocorrências de desplacamentos e

afundamentos nas trilhas de roda externa, conforme informações do

Engenheiro do DER/MG, responsável pela execução do projeto em campo).

Seqüência de fotos demonstrando o pavimento deteriorado

15

A sondagem possibilitou o confronto da seção construída com a

projetada. Constatou-se uma camada de base, variando entre 15,80 a 19,00 cm,

portanto inferior à prevista de 20 cm. Também se verificou a existência de uma

camada de reforço que não estava prevista em projeto. A espessura dessa camada

variou de 13 a 32 cm, o que fez com que o custo de terraplenagem fosse maior do

que o previsto acarretando um aumento do custo total da obra.

16

CAMADASPROJETO

TRECHO: BR - 381 / TAQUARAÇU DE MINAS - MGSEÇÃO DE PROJETO

SEÇÃO DO PAVIMENTO EXISTENTE

Pista de Rolamento - 6,60 metros

3% 3%

3% 3%

ESTRUTURA DO PAVIMENTO

CAMADAS EXISTENTES - ESTACAS

Tratamento Superficial Duplo - TSD

Pista de Rolamento - 6,60 metros

Figura 2 – Resumo estrutural do pavimento Nota 1 – O reforço do subleito caracteriza-se por solo importado de “empréstimo de material”.

5.5 Levantamento deflectométrico

Na estrutura da pista de rolamento – faixa esquerda do tráfego, verificou-

se que cerca de 43% dos valores encontrados apresentaram valores de deflexão

acima de 80 x 0,01mm (80 centésimos de milímetros). Considerando também a

faixa direita, 30% das deflexões situam-se acima de 80 centésimos de milímetro.

Devido à inexistência de estudo de tráfego atualizado e a constatação de

vários segmentos homogêneos intercalados (contendo CBUQ e TSD), não foi

17

possível identificar os valores limites para definir os critérios de aceitação. No

entanto, pela observação “in loco” do pavimento, pode-se afirmar que as deflexões

encontram-se em nível elevado frente ao tráfego da via.

A existência da camada adicional do reforço do subleito deveria

proporcionar ao pavimento um grau de deflexão aceitável o que não ocorreu no

presente caso.

5.6 Resultados do teor de umidade e do Índice de Suporte Califórnia (ISC)

Sob o ponto de vista estrutural do pavimento, constatou-se que a

existência da camada de reforço, apesar de contribuir para melhorar o desempenho

do pavimento, foi desnecessária, pois a capacidade de suporte do subleito, em

termos de ISC apresentou valor médio superior ao limite mínimo recomendado pelo

projeto que é de 12% e expansão menor que 2%.

Conforme a análise “in situ”, o valor médio do grau de compactação do

subleito (97,7%) encontrado nos locais dos poços de inspeção estava abaixo do

limite mínimo de projeto que é de 100%, o que pode ter contribuído para a precoce

deformação do pavimento.

5.7 Sinalização (horizontal e vertical)

A sinalização horizontal encontrava-se, em toda a extensão do trecho

avaliado, com os desgastes naturais e em alguns pequenos trechos obstruídas por

remendos no pavimento.

18

Já a sinalização vertical, quando existente, encontra-se deficiente,

principalmente nos segmentos com incidência de curvas acentuadas.

19

Com base nas visitas, constatações tácteis e visuais, investigações de

campo e ensaios em laboratório, concluiu-se:

� 40% da extensão total do revestimento recebeu um reforço na sua

estrutura, em camada de CBUQ, na ordem de, aproximadamente, 4 cm

de espessura.

� O projeto previu uma espessura de 20 cm para a sua estrutura de base,

mas o valor médio encontrado foi de 17,4 cm. Com base nesta

afirmação é possível inferir que houve um aumento no volume de

terraplenagem na ordem de 25%. Considerando o valor de R$

588.552,10, gasto na terraplenagem, chega-se a um aumento de cerca

de R$ 145.000,00 na execução do contrato.

� O projeto não previu nenhuma camada de reforço para a sua estrutura,

mas foi constatada uma espessura média de 20 cm de reforço, com

solo importado de empréstimo. Apesar de constatar um benefício

estrutural do pavimento com a implantação dessa camada de reforço

do subleito com cerca de 20 cm, constatou-se afundamentos plásticos

caracterizados pela formação de uma “flecha” nas trilhas de rodas, em

segmentos alternados, especialmente na faixa da esquerda.

A ausência de regularidade de largura na faixa de segurança faz com que

a rodovia torne-se insegura, para os motoristas e principalmente para os pedestres.

20

5.8 Análise econômica

Paralelamente a avaliação técnica de engenharia, foi realizada uma

avaliação da execução econômica do contrato, por meio de uma análise evolutiva

das apropriações dos custos das obras. Essa análise possibilitou avaliar a qualidade

do projeto inicial de engenharia da obra, com base na quantidade de inclusões e

exclusões de itens, da própria gestão do projeto, tomando como indicadores a

dispersão dos custos projetados e dos tempos de execução das etapas, e se o valor

executado guardou relação com as etapas da obra e com o efetivamente construído.

� Foram firmados dois contratos com a mesma empresa de engenharia

para execução dos trabalhos de pavimentação do trecho;

� O primeiro contrato, no valor de R$1.632.655,45, a preços de julho de

2000, para a pavimentação de 13,5 km da estrada, foi assinado em

21/03/2001. A ordem de início foi dada em 01/06/2001.

� Em complemento a esse contrato, foram assinados três Termos

Aditivos (TA), sendo que os de números 1 e 3 apresentaram

acréscimos de itens ao contrato original. O 1o. TA foi assinado em

25/07/2002 e o 3o. TA, em 14/01/2005.

� Em 27/04/2005 foi assinado um novo contrato para a pavimentação de

5,26 km, com orçamentos para todas as etapas de execução do

projeto, inclusive terraplenagem. Diante disso, concluiu-se que a

extensão de obra efetivamente executada no primeiro contrato foi de

8,24 km.

No entanto, o laudo de inspeção “in situ” revelou que a pavimentação do

segundo contrato ocorreu sobre o revestimento anterior.

5.8.1 Primeiro contrato – 21/03/2001

Dentro desse contrato, foram realizadas 14 medições de serviços,

referentes aos períodos apontados na Tabela 1. Durante a execução, a obra sofreu

três paralisações de longa duração, nos períodos de 01/10/2001 a 28/02/2002,

01/06/2002 a 31/07/2002 e de 01/09/2002 a 31/08/2004.

21

Tabela 1 – Medições e paralisações

Número da Medição

Período Observação

1 01 a 30/06/2001 2 01 a 31/07/2001 3 01 a 31/08/2001 4 01 a 30/09/2001 Paralisação: 01/10/01 a 28/02/02 Total: 5 meses 5 01 a 31/03/2002 6 01 a 30/04/2002 7 01 a 31/05/2002 Paralisação: 01/06/02 a 31/07/02 Total: 2 meses 8 01 a 31/08/2002 Paralisação: 01/09/02 a 31/08/04 Total: 24 meses 9 01 a 30/09/2004 10 01 a 31/10/2004 11 01 a 30/11/2004 12 01 a 31/12/2004 13 01 a 31/01/2005

14 17 a 31/03/2005 Não houve medição em fev/05 e nem na primeira quinzena de mar/05

A paralisação de maior duração ocorreu após a oitava medição (agosto

de 2002), quando foram realizadas diversas remedições com redução em diversos

valores pagos. Esta paralisação durou 2 anos.

� As etapas da obra “terraplenagem” e “drenagem”, referentes ao 1o

contrato, apresentaram grandes acréscimos nos valores apropriados,

que foram compensados com reduções nos valores das etapas

“pavimentação” e “serviços de conservação”, principalmente.

Tabela 2 – Valores para as etapas do 1o Contrato (R$)

Etapas Contrato Inicial 1o TA 3o TA Variação %

Serviços Auxiliares 14.900,00 14.900,00 49.750,00 234

Terraplenagem 139.945,00 143.470,00 366.377,50 162

Drenagem 294.207,87 501.230,57 458.679,89 56

Pavimentação 861.786,43 786.306,43 666.179,15 - 23

Sinalização Horizontal 29.923,49 28.826,44 13.735,60 - 54

Serviços de conservação 274.687,46 149.986,41 75.354,24 - 73

Obras de Arte 17.205,20 7.935,60 2.579,07 - 85

Total 1.632.655,45 1.632.655,45 1.632.655,45 0

Note-se que, o aumento percentual da etapa “Serviços Auxiliares” é

significativo, mas os valores absolutos não são tão expressivos.

A Tabela 3 mostra os valores totais apropriados para a etapa de

terraplenagem. Observa-se que não existe uma regularidade nas medições com

valores iguais ou próximos de zero: (medições: 4, 5, 6, 11 e 12).

22

Tabela 3 – Valores apropriados para terraplenagem (R$)

Medição Período Valores

Apropriados Valor Apropriado

Acumulado Valor Acumulado

em (%)

1 01 a 30/06/2001 0,00 0,00 0,0%

2 01 a 31/07/2001 0,00 0,00 0,0%

3 01 a 31/08/2001 52.010,54 52.010,54 15,7%

4 01 a 30/09/2001 26.644,80 78.655,34 23,8%

5 01 a 31/03/2002 175,71 78.831,05 23,8%

6 01 a 30/04/2002 0,00 78.831,05 23,8%

7 01 a 31/05/2002 0,00 78.831,05 23,8%

8 01 a 31/08/2002 11.146,53 89.977,57 27,2%

9 01 a 30/09/2004 89.156,66 179.134,23 54,1%

10 01 a 31/10/2004 129.562,08 308.696,31 93,3%

11 01 a 30/11/2004 0,00 308.696,31 93,3%

12 01 a 31/12/2004 0,00 308.696,31 93,3% 13 01 a 31/01/2005 58.729,33 367.425,64 111,1% 14 17 a 31/03/2005 -36.562,76 330.862,87 100,0%

Analisando os valores apropriados da Tabela 3 percebe-se que as

medições não foram progressivas, como seria de se esperar em uma obra com

desenvolvimento contínuo. Por exemplo, do início da obra até 31/08/2002 (ou seja,

15 meses), houve apenas 27,2% da execução da atividade (incompatível, por ser

uma atividade eminentemente do início da obra). Em setembro e outubro de 2004,

após a paralisação de dois anos, houve a apropriação de 66,1% da terraplenagem.

Na última medição (14ª), os valores apropriados anteriormente foram

corrigidos que culminou com uma medição negativa no valor de R$ 36.562,76.

Comparando-se a evolução das medições da terraplenagem com as

medições relativas a tratamento de solo verifica-se que não há uma correlação entre

os valores, o que seria de se esperar face à precedência de uma atividade em

relação à outra. Enquanto que, para tratamento do solo, houve a apropriação 70,7%

do custo total até setembro de 2001, antes da primeira paralisação, no caso da

terraplenagem, apropriou-se 66,1% do custo total nos meses de setembro e outubro

de 2004, imediatamente posteriores a maior paralisação.

A ocorrência de remedições que anularam valores apropriados em

medições anteriores, não ocorreu somente no caso da “terraplenagem”. Em

“pavimentação”, bem como em “sarjetas” e “drenos”, incluídas nas atividades de

drenagem, houve anulação de medições, revelando uma falha na fiscalização,

podendo indicar a ocorrência adiantamento de pagamento por serviço que deveria

ser executado posteriormente, ou seja, antecipação indevida de pagamento.

23

5.8.2 Segundo Contrato – 27/04/2005

Os valores orçados no segundo contrato e as correções relativas aos

Termos de Aditamento estão mencionados na Tabela 4.

Tabela 4 – Valores para as etapas do 2o contrato da obra (R$)

Etapa Orçamento

Inicial (01/07/02)

1o TA (29/12/05)

2o TA (22/09/06) Variação %

Consultoria 43.890,00 52.710,00 52.710,00 20,1

Terraplenagem 352.496,89 355.479,36 355.479,36 2,8

Drenagem 493.101,30 374.691,65 390.626,30 - 18,1

Pavimentação 537.688,92 545.732,91 797.443,51 50,2

Sinalização Horizontal 42.200,36 29.761,53 29.761,53 - 27,7

Conservação 53.530,00 164.532,01 164.532,01 219,9

Obras Especiais 0,00 0,00 1.558,76 -

Total 1.522.907,46 1.522.907,46 1.792.111,47 20,2

Fonte: DER/MG

� O 1o. TA apresentou modificações nos quantitativos totais das etapas,

sem modificar o valor total. No entanto, o 2o. TA apresentou um

acréscimo de R$ 252.710,60 na etapa “pavimentação”, ocasionando

um acréscimo total de cerca de 20% no valor do contrato.

� Uma vistoria técnica realizada pelo DER/MG em 29/05/2006, com a

finalidade de avaliar as condições do pavimento do trecho, considerou

que a obra ainda não estava concluída. Foram constatados defeitos na

pista de rolamento que comprometiam o conforto e a segurança dos

usuários, atribuídos ao tráfego de veículos pesados, não previstos no

projeto original.

� Para recuperar esse trecho, foi assinado em 28/09/2006 o 2o. Termo de

Aditamento, com a inclusão de 10 itens novos: 9 de pavimentação e 1

de obras especiais;

Quanto à execução da obra neste 2o contrato, constatou-se:

� Na etapa de “terraplenagem”, a existência de valores elevados, já na

primeira medição. Cite-se por exemplo, que a medição inicial da

escavação correspondeu a 71,3% do total e a da compactação, 75,9%,

podendo indicar acerto de serviços executados antes da celebração do

contrato.

24

� Medição de transporte de materiais para pavimentação no valor de R$

87.686,58, contabilizado na 12ª. medição em fev/2007, após a vigência

do 2o. TA, conflitando com as medições das atividades pagas na

ocasião, tendo em vista que o transporte não é insumo básico das

mesmas.

5.8.3 Custo total da obra

� Considerando os valores apropriados, o custo total da obra foi de

R$2.774.165,81, deflacionando-se a preços de julho de 2000. Em

relação ao projeto original, cujo custo total era de R$ 1.632.655,45, a

obra foi concluída com um custo cerca de 70% superior, conforme as

Tabelas 5 e 6;

Tabela 5 – Custos totais das etapas da obra (R$)

Valor Final 2o Contrato

Valor Total

Etapas Valor Final

1o Contrato (1) Valor Final 2o. Contrato Preços de

jul/00 (2)

Fatores de Deflação Preços de

jul/00 (1) + (2)

Serviços Auxiliares

49.750,00 52.710,00 35.375,84 1,49 85.125,84

Terraplenagem 366.377,50 355.479,36 222.174,60 1,60 588.552,10

Drenagem 458.679,89 390.626,30 247.231,84 1,58 705.911,73

Pavimentação 666.179,15 797.443,51 511.181,74 1,56 1.177.360,89

Sinalização Horizontal 13.735,60 29.761,53 19.077,90 1,56 32.813,50

Serviços de Conservação 75.354,24 164.532,01 105.469,24 1,56 180.823,48

Obras de Arte 2.579,07 1.558,76 999,21 1,56 3.578,28

Total 1.632.655,45 1.792.111,47 1.141.510,36 2.774.165,81

A Tabela 6 compara os custos orçados inicialmente e os custos finais

contabilizados para as etapas da obra.

25

Tabela 6: Custos Orçados no Projeto Original x Valores Finais Apropriados (R$) Valor Final 2o Contrato

Valor Total

Etapas Valor Final

1o. Contrato (1)

Valor Final 2o. Contrato Preços de

jul/00 (2)

Fatores de

Deflação Preços de

jul/00 (1) + (2)

Variação %

Serviços Auxiliares 49.750,00 52.710,00 35.375,84 1,49 85.125,84 471,3

Terraplenagem 366.377,50 355.479,36 222.174,60 1,60 588.552,10 320,6

Drenagem 458.679,89 390.626,30 247.231,84 1,58 705.911,73 139,9

Pavimentação 666.179,15 797.443,51 511.181,74 1,56 1.177.360,89 36,6

Sinalização Horizontal 13.735,60 29.761,53 19.077,90 1,56 32.813,50 9,7

Serviços de Conservação 75.354,24 164.532,01 105.469,24 1,56 180.823,48 - 34,2

Obras de Arte 2.579,07 1.558,76 999,21 1,56 3.578,28 - 79,2

Total 1.632.655,45 1.792.111,47 1.141.510,36 2.774.165,81 69,9

A evolução dos custos da obra, de acordo com os contratos e respectivos

termos aditivos, está representada no gráfico 1:

Gráfico 1 – Evolução dos custos da obra

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

1º Contrato 1º TA 3º TA 2º Contrato 1º TA 2º TA

Val

or

(R$)

Instrumento Contratual

Serviços Auxiliares

Terraplenagem

Drenagem

Pavimentação

Sinal. Horizontal

Conservação

Obras Arte Especiais

Total

26

6 CONCLUSÃO

6.1 Quanto aos projetos

Comparando-se os custos orçados no projeto original e os custos

apropriados até o final da obra, percebem-se variações muito acentuadas. Se os

valores variaram tanto, devido às adaptações necessárias, questiona-se se a

empresa projetista conhecia de fato o trecho, para o qual fez a proposta vencedora

da licitação ou se o projeto refletia a realidade do trecho (qualidade do projeto).

Diante disso, concluiu-se que:

� Os projetos iniciais foram completamente refeitos à medida do avanço

das obras;

� Os projetos elaborados não apresentaram uma qualidade adequada,

tendo em vista a elevada quantidade de revisões aos projetos originais;

� O projeto não foi efetivo devido à inexistência de estudo de viabilidade

adequado;

� A baixa qualidade do projeto inicial e a conseqüente perda de eficiência

na gestão da obra provocaram o número excessivo de correções do

projeto e o aumento do seu custo total.

� Diante do retro-mencionado, conclui-se que, na prática, os custos de

projetos revelaram-se como um desperdício, tendo em vista a não

observância dos mesmos na execução das obras.

� Se o projeto original não apresentar um grau razoável de confiabilidade,

o planejamento subseqüente da obra e o posterior controle de seu

desenvolvimento perdem sua eficácia, pois a obra é continuamente

replanejada.

� As empresas projetistas que elaboram os projetos não são

responsabilizadas ou punidas pelo DER/MG por prejuízos advindos das

falhas dos projetos e o conseqüente aumento do custo final.

27

6.2 Quanto ao custo total da implantação da rodovia

No tocante ao custo de implantação da rodovia concluiu-se que:

� Já na assinatura do 3o TA do primeiro contrato, em 14/01/2005, previa-

se que a obra não seria concluída e seria necessário um segundo

contrato para terminar a estrada, pois os valores previstos inicialmente

para uma etapa foram substancialmente reduzidos, a exemplo da de

“conservação”, que passou de R$ 250.250,95 para R$ 83.435,58, com

o propósito de permitir correções em outros itens, sem alterar

demasiadamente seu valor final. Evidentemente que os serviços

reduzidos no primeiro retornaram no segundo contrato.

� Os custos unitários das novas atividades incluídas (não previstas no

orçamento original), na maioria das vezes, foram superiores aos custos

das atividades similares que foram substituídas ou aumentadas.

� Variações significativas nas diversas etapas da obra e nos respectivos

prazos de conclusão à medida do andamento da construção;

� O Projeto Executivo, quando bem elaborado, auxilia a Administração no

perfeito conhecimento da obra a ser realizada e permite obter o valor

do custo real do empreendimento.

� O grande número de remedições que reduziram ou anularam valores já

apropriados anteriormente indicam uma baixa qualidade na gestão da

obra, sugerindo a ocorrência de erros na medição ou adiantamento de

pagamento por serviço que deveria ser executado posteriormente.

6.3 Quanto ao andamento da obra

O perfil das apropriações dos custos dos serviços não sugere o

desenvolvimento de uma obra de forma contínua e eficiente. Além disso, nos

documentos analisados, não se encontrou explicações ou justificativas para o

andamento incomum da obra, com longos períodos de paralisação e curtos períodos

de execução dos serviços.

Essa é uma das razões que pode ter contribuído para o aumento

significativo no custo total da terraplenagem no primeiro contrato (162%), tendo em

28

vista que parte do trabalho de terraplenagem é perdido se não for executado, logo a

seguir, o revestimento.

Em várias situações da execução do contrato ficou claro o descompasso

entre duas medições que deveriam ser complementares, a exemplo do transporte

de areia, e a apropriação da construção de drenos.

6.4 Outras conclusões

Não há acompanhamento e fiscalização dos estudos e levantamentos

preliminares de campo, de suma importância para a elaboração de um projeto de

boa qualidade.

A fiscalização da obra demonstrou ter sido ineficaz diante de tantas

remedições e anulações de serviços anteriormente medidos e pagos pelo DER/MG.

A confecção da camada de reforço, apesar de contribuir para o bom

desempenho do pavimento foi desnecessária, pois a capacidade de suporte do

subleito, em termos do Índice de Suporte Califórnia, apresentou valor médio superior

ao limite mínimo recomendado pelo projeto.

Uma rodovia é projetada para ter uma determinada vida útil, considerando

um dado volume de tráfego e certa carga máxima transportada por eixo. Diante

disso, é imprescindível que seja realizado um estudo de tráfego adequado e que a

rodovia seja projetada de acordo com este estudo.

No presente caso, o estudo de tráfego demonstrou ter sido inútil diante

dos vários problemas que afetaram o pavimento, resultado do tráfego pesado não

detectado na ocasião do projeto.

O excesso de carga ocasiona a degradação precoce da rodovia fazendo

com que ela entre em fadiga em tempo inferior ao projetado.

O presente caso salienta a necessidade do controle de cargas nas

rodovias estaduais, uma vez que os efeitos do excesso de carga são muito danosos

para o pavimento. A limitação do trânsito de veículos com peso acima do permitido

não depende só da presença de balanças nas estradas, mas também da

conscientização dos motoristas e das transportadoras.

O projeto previu uma espessura de 20 cm para a sua estrutura de base,

mas o valor médio encontrado pelas sondagens foi de 17,4 cm. Também conforme a

29

análise “in situ”, o valor médio do grau de compactação do subleito encontrado nos

locais dos poços de inspeções, encontra-se abaixo do limite mínimo de projeto que é

de 100%, sendo que a média dos resultados encontrados foi de 97,7%.

Constatou-se que o trecho apresenta problemas estruturais graves já

necessitando de restauração e até mesmo reconstrução em alguns segmentos.

Verificou-se que para a construção da estrada, foram firmados dois

contratos com a mesma empresa, extrapolando significativamente o período

previsto para execução das mesmas e o valor previsto inicialmente (69,9%).

Com esse trabalho de avaliação de novas rodovias construídas no âmbito

do PROACESSO, tem-se observado mudanças no DER/MG na busca do

atendimento das recomendações e questionamentos da Auditoria-Geral para

melhorar não somente o programa, mas também sua execução. Cita-se como

exemplo:

� As estradas de menor custo por km, preconizadas no início do

programa, deram lugar a estradas de maior qualidade e

consequentemente de maior valor por km, tendo em vista que as mais

simples e baratas não atenderiam a demanda;

� liberação das ordens de início da construção mais próximas dos

projetos executivos, evitando assim a desatualização dos mesmos;

� adoção do projeto executivo para a licitação das obras;

� elaboração do “As Built” com as alterações ocorridas na execução das

obras e as devidas justificativas;

� cuidados por parte da gerência do Programa para evitar a geração de

passivos ambientais;

� aumento da segurança viária devido à melhoria nas sinalizações

horizontal e vertical, bem como a colocação de dispositivos de

segurança nas cabeceiras de pontes e ao longo do corpo estradal, a

exemplo das defensas metálicas.

30

7 REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000. Manual Básico. Lei de Responsabilidade Fiscal. Instruções No 01/2000. CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1987. DNER. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Especificações de serviços e de materiais. Rio de Janeiro, 1997. MOTTA, L. M. G. da. et al. Pavimentação Asfáltica – Formação Básica para engenheiros. NORMA DNIT 005/2003 – TER RT-01.46.d. Critérios de Projetos para Vias de Ligação com Reduzido Volume de Tráfego TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Manual de auditoria de natureza operacional. Coordenadoria de Fiscalização e Controle. Brasília: TCU, 2000. ______. Recomendações básicas para contratação e fiscalização de obras públicas. Brasília: TCU, SECOB, 2002. Site: www.dnit.gov.br Site: www.der.mg.gov.br

31

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AUTORIA

José Márcio Rocha de Oliveira – Formado em Engenharia Mecânica e Administração de Empresas ambos pela UFMG. Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental pela Fundação João Pinheiro. Auditor Fiscal da Receita Estadual de Minas Gerais. Diretor da Superintendência Central de Auditoria de Gestão; Diretor da Diretoria Central de Auditoria em Programas Governamentais, ambos da Auditoria-Geral do Estado de Minas Gerais.

Endereço eletrônico: [email protected] e [email protected] Anderson Batista Pereira – Formando em Engenharia Civil com Ênfase em Transporte e Logística pela Universidade Kennedy. Curso de especialização em andamento: Aperfeiçoamento em Obras Rodoviárias pela Fundação Mineira de Educação e Cultura – Faculdade de Engenharia e Arquitetura (FUMEC/FEA). Auditoria-Geral do Estado de Minas Gerais. Endereço eletrônico: [email protected] e [email protected] Mônica Wild Grossi Bastos – Formada em Ciências Contábeis pela Faculdade de Ciências Administrativas e Contábeis (UMA). Curso de Especialização em Auditoria Interna pela UFMG. Diretora da Diretoria Central de Auditoria em Programas Governamentais, da estrutura da Superintendência Central de Auditoria de Gestão da Auditoria-Geral do Estado de Minas Gerais. Auditoria-Geral do Estado de Minas Gerais.

Endereço eletrônico: [email protected] e [email protected]