tecnicas auditoria obras rodoviarias

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PRESIDNCIA DA REPBLICA CORREGEDORIA-GERAL DA UNIO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO CORREGEDORIA-GERAL DA UNIO EM MINAS GERAIS

TCNICAS DE AUDITORIA PARA OBRAS RODOVIRIAS

Belo Horizonte - 2002 -

VII SIMPSIO NACIONAL DE AUDITORIA DE OBRAS PBLICAS

TCNICAS DE AUDITORIA PARA OBRAS RODOVIRIAS

ELABORAO

Carlos Augusto de Sousa MaiaAnalista de Finanas e Controle

Folha 1

NDICE 1. Principais elementos de uma rodovia .........................................04 1.1-Nomenclatura utilizada em rodovias federais ......................04 1.2-Elementos do Projeto de rodovias.........................................05 1.3-Tipos de construo rodoviria..............................................07 1.4-Servios de terraplenagem.....................................................09 1.5-Servios de pavimentao.....................................................15 1.6-Materiais betuminosos e suas aplicaes..............................21 1.7-Tipos de misturas betuminosas e suas utilizaes................22 1.8-Obras de arte correntes, especiais complementares..............25 2. Modalidades de acompanhamento de obras.................................27 3. Roteiro para realizao de auditoria ............................................31 3.1-Levantamento de dados da contratao ................................31 3.2-Seleo dos principais itens a serem conferidos ..................32 3.3-Elaborao de diagrama linear .............................................34 3.4-Verificao execuo dos servios de corte e de aterro........34 3.5-Adequao dos materiais s especificaes de projeto.........36 3.6-Volume de enrocamento e de substituio de solos moles...37 3.7-Volume do material de base e sub-base ...............................38 3.8-Distncia e momento de transporte ......................................39 3.9-Clculo da rea imprimada e da pintura de ligao..............39 3.10-Clculo do volume do revestimento asfltico ....................40 4. Problemas em obras e sua relao com a lei 8666/93 .................42 4.1-Quanto execuo contratual ..............................................42 4.2-Quanto aplicabilidade do projeto bsico ...........................43 4.3-Quanto atuao da fiscalizao .........................................46 4.4-Quanto qualidade dos servios executados .......................47 5. Concluso ........................................................................................49 Referncia .......................................................................................50Folha 2

INTRODUO O setor de transportes rodovirios tem destacada importncia no desenvolvimento econmico nacional. Anualmente so disponibilizados recursos de grande monta nos Oramentos da Unio, dos Estados e dos Municpios para execuo de obras em estradas. A m aplicao desses recursos pode resultar em atrasos no escoamento da produo, dificuldades no deslocamento de usurios e na ocorrncia de graves acidentes. Logo, a atuao dos sistemas de controle externo e interno fundamental para comprovar a correta atuao dos rgos responsveis pelo setor rodovirio. farta a disponibilidade de material bibliogrfico sobre o assunto, no entanto, torna-se complexa a sua aplicao prtica no controle de obras, pois quase todos os livros visam o profissional de engenharia civil em fase de aprendizado ou em atividade no ramo. Nesse sentido, elaboramos um mtodo de auditoria visando possibilitar ao profissional do sistema de controle realizar auditorias eficazes na execuo de obras rodovirias. Iniciaremos o trabalho com a definio sucinta dos principais componentes de uma rodovia, com apoio de material fotogrfico, a fim de apresentar as etapas de construo e os mtodos de acompanhamento utilizados. Todas as fotografias utilizadas so originrias de trabalhos de auditoria realizados pelo autor no mbito da Secretaria Federal de Controle. Apresentaremos um roteiro que o profissional do controle poder utilizar para direcionar suas aes em campo, no sentido de conferir a qualidade e a correo dos dados das medies de servios. Finalizaremos o trabalho com a apresentao dos principais problemas que podem surgir em obras rodovirias e a sua correlao com a legislao, bem como os pontos crticos merecedores de maior aprofundamento por parte do sistema de controle.

Folha 3

1. PRINCIPAIS ELEMENTOS DE UMA RODOVIA 1.1- NOMENCLATURA UTILIZADA EM RODOVIAS FEDERAIS : a) RADIAL: Tem sua origem em Braslia e seu cdigo inicia-se com o dgito 0. Ex: Br 040. b) LONGITUDINAL: Tem a maior parte de sua direo na posio do eixo nortesul e inicia se com o dgito 1. Ex: BR 116.

Figura 1: Mapa rodovirio nacional (Fonte: site www.wmslogistica.com.br)

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c) TRANSVERSAL: Tem a maior parte de sua direo na posio do eixo lesteoeste e inicia-se com o dgito 2. Ex: BR 262 . d) DIAGONAL: Tem sua posio inclinada em relao aos eixos cartesianos, inicia-se com o dgito 3, seguido de nmero impar do 2 para o 4 quadrante e seguido de nmero par do 1 para o 3 quadrante. Ex: Br 354 e Br 365. e) LIGAO: Liga duas rodovias federais e inicia-se com o dgito 4. Ex: Br 497. 1.2. ELEMENTOS DE PROJETO DE RODOVIA As rodovias so classificadas conforme suas caractersticas fsicas, que englobam a velocidade diretriz, raios mnimos de curvatura horizontal, rampa mxima e largura de faixas de rolamento. O critrio de classificao tcnica baseado no volume mdio de trfego e nas caractersticas econmicas da regio. As classificaes so aplicadas conforme o tipo de regio: plana, ondulada e montanhosa. Para uma regio ondulada teremos os seguintes parmetros: CARACTERSTICA Velocidade (km/h) Raio mnimo (m) Rampa mxima Classe especial 100 345 4% 80 210 4,5% 70 170 5% 60 125 6% Classe I Classe II Classe III

1.2.1 CLASSES DE RODOVIAS

As classes I e especial apresentam maior conforto e segurana para o usurio e menor custo de operao de transporte, mas seu custo de implantao mais elevado que as outras, porque requer maior volume de servios de terraplenagem e de pavimentao. Os estudos de viabilidade econmica de implantao de rodovias em uma regio e a escolha da sua classe dependem dos recursos necessrios sua construo, alm dos resultados econmicos decorrentes de sua utilizao. ParaFolha 5

verificao desses resultados gerados pela implantao, so usados dados estatsticos das atividades existentes, considerando-se a possvel demanda de transporte incrementada. 1.2.2 CAPACIDADE DE CARGA O dimensionamento fsico de uma rodovia feito de acordo com o peso, o tipo e a frequncia de trfego. Apresentamos os limites mximos legais de peso bruto estabelecidos pela legislao, que so utilizados para efeito de dimensionamento do leito da estrada: a) 40 t por veculo b) 10 t por eixo simples com 4 pneus c) 5 t por eixo simples com 2 pneus d) Combinaes do tipo de eixo e trao do veculo e) Caractersticas qualitativas e quantitativas do fluxo dirio H uma tendncia entre os transportadores rodovirios, por razes de economia, a aumentar cada vez mais o tamanho e o peso dos veculos que utilizam, causando danos s rodovias. A limitao do acesso de veculos com peso acima do permitido depende no s da presena de balanas nas estradas, mas, tambm, da conscientizao dos motoristas e das transportadoras. 1.2.3 LEVANTAMENTOS TOPOGRFICOS a) Curvas de nvel: Indicam planos da regio com a mesma altitude. b) Referncia de nvel (RN): Para efeito de locao do eixo estradal so utilizados os marcos da rede geodsica do IBGE como referncia inicial. As referncias de nvel so implantadas a intervalos aproximados de 500 metros ao longo do eixo. c) Eixo longitudinal: Linha central divisria do eixo estradal. A locao do eixo da rodovia feita pelo topgrafo, sendo registrado em planilhas de levantamento topogrfico o nvel primitivo, bem como o terreno natural nas reas de emprstimo. O estaqueamento, marcado de 20 em 20 metros, feito com auxlio de instrumentos topogrficos.

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d) Greide: o conjunto de alturas a que deve obedecer o perfil longitudinal da estrada; determinado conforme as condicionantes de projeto, porm, com o objetivo de compensar cortes e aterros. Caso o material de corte no tenha as caractersticas necessrias para a estrada, so utilizados emprstimos na faixa de domnio e de jazidas.

Figura 2: Planta do eixo estradal e cadastro planialtimtrico do greide

1.3- TIPOS DE CONSTRUO RODOVIRIA: As obras rodovirias contratadas pelo setor pblico so divididas segundo os tipos de servio a executar, conforme os seguintes tipos a seguir apresentados: 1.3.1 IMPLANTAO Rodovias construdas em sua totalidade, com servios de destocamento, terraplenagem, pavimentao, sinalizao e obras de artes. a fase inicial de umaFolha 7

rodovia. Posteriormente, de acordo com as condies de trfego e caractersticas econmicas da regio, podero ser feitas outras contrataes. 1.3.2 RESTAURAO Recuperao de pavimento, objetivando dotar a estrada de suas caractersticas originais, como servios de remendos (tapa buracos) em grandes propores, recapeamento da pista, fechamento de trincas e recomposio de pavimento. Geralmente em trechos que ocorreram adensamento, desmoronamento ou desgaste natural de grandes propores. 1.3.3 CONSERVAO Servios rotineiros para garantir a boa condio de trfego e evitar a deteriorao do pavimento, como limpeza de sarjetas e drenos, remendos (tapa buracos) de pequenas propores, desmatamento e recuperao de sinalizao. 1.3.4 ADEQUAO. Servios que alteram caractersticas fsicas das estradas, como execuo de 3 faixa, estruturao de acostamento, correo de traado e alargamento de pista.

Figura 3A: Servios de adequao de acostamento Figura 3B: Servios de conservao

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1.4- SERVIOS DE TERRAPLENAGEM 1.4.1 CORTE Corte o segmento da rodovia cuja implantao requer escavao de material constituinte do terreno natural, para atingir o nvel do greide projetado. O material escavado classificado em 1, 2 e 3 categoria, dependendo de sua composio e da resistncia penetrao mecnica, causando variaes no custo do servio. O talude do corte dever ter a inclinao na proporo 3:2, ou seja, para cada metro avanado na horizontal a altura aumentar 1,5 m. No topo dos cortes mais altos feito o escalonamento, para diminuir riscos de instabilidade. feita proteo dos taludes com enleivamento e hidrossemeadura para evitar descarrilamento.

Figura 4: Corte feito por escalonamento, mostrando os taludes com enleivamento

1.4.2 ATERRO Aterro o segmento da rodovia cuja implantao requer o lanamento e compactao de material sobre o terreno natural, para atingir o nvel do greide projetado. A saia do aterro a parede lateral formada pela compactao e dever ter a inclinao na proporo 2:3. O nivelamento feito por camadas compactadas, segundo a cota de projeto.Folha 9

A compactao deve ser feita de acordo com a umidade tima do material, que possibilita o grau mais adequado para as cargas do pavimento. Compactao a operao da qual resulta o aumento da massa especfica aparente de um solo (e de outros materiais, como as misturas betuminosas), pela aplicao de presso, impacto ou vibrao, o que faz com que as partculas constitutivas do material entrem em contato mais ntimo, pela expulso de ar. Com a reduo da percentagem de vazios de ar, consegue-se tambm reduzir a tendncia de variao dos teores de umidade dos materiais integrantes do pavimento, durante a vida de servio. Para garantir a sua estabilidade so feitos enleivamento e hidrossemeadura nas saias dos aterros.

FFigura 5: Aterro com enleivamento 1.4.3 EIXO DA RODOVIA a direo da implantao da rodovia, ponto a ponto, constitudo por: a)Trecho em tangente: segmentos em linha reta entre duas curvas. b)Curva de transio: para sua locao feita uma concordncia na entrada da curva em forma elicoidal e circular, cujo raio depende da classe da rodovia, a fim de possibilitar a mudana de direo gradual do veculo. 1.4.4 SUPERELEVAO

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a inclinao transversal nas curvas, a fim de compensar a fora centrfuga desenvolvida nos veculos e dificultar a derrapagem. determinada em funo do raio da curva e da velocidade do veculo.

Figura 6: Curva com superelevao e superlargura

Figura 7: Esboo de superelevao de curva (Fonte DNER)

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1.4.5 SUPERLARGURA. o aumento de largura da pista necessrio nas curvas, que possibilita a entrada de veculos compridos, evitando choques com aqueles que vm em direo contrria.

Figura 8: Esboo de curva com superlargura (Fonte DNER)

1.4.6 CONTROLE DE EXECUO A fim de controlar a execuo de servios no campo, elaborada a nota de servio, que o conjunto de dados numricos destinados a definir, em planta e em perfil, o desenvolvimento do pavimento. Assim, numa nota de servio constaro todos os elementos que possibilitem a marcao de uma das camadas do pavimento visando sua execuo. A espessura do pavimento, determinada por intermdio de ensaio especfico, ser decomposta em parcelas correspondentes s camadas constituintes do pavimento, inclusive a regularizao. Na elaborao da nota de servio necessrio ter, alm da relocao e do nivelamento, os dados referentes superlargura e superelevao j anteriormente calculadas.Folha 12

1.4.6- LANAMENTO DO GREIDE O Greide o nivelamento onde ser implantado o leito rodovirio. Na fase de terraplenagem, o material retirado de cortes que no for aproveitvel, lanado nos bota fora, que devem situar-se fora da faixa de domnio, sempre a jusante da rodovia e em locais seguros. Deve ser feita a proteo vegetal dessas reas. O pagamento do servio feito por metro cbico de material retirado. Para confeco de aterros so utilizados, alm do material de corte de boa qualidade, o material proveniente de jazida de emprstimo. O pagamento feito por metro cbico de material compactado.

Figura 09: Greide lanado em regio montanhosa, com grande volume de escavao

1.4.7 JAZIDAS DE EMPRSTIMO, CLASSIFICAO DE MATERIAL Jazida denomina todo depsito natural de material capaz de fornecer matria-prima para as mais diversas obras de engenharia, para compor as camadas de aterro e confeco do pavimento. A classificao dos materiais feita por meio de ensaios ou de forma visual. Aps a retirada de material, as jazidas devem ser protegidas contra possveis eroses (voorocas), com plantio de grama e execuo de valetas para evitar acmulo de gua

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Figura 10: Jazida de explorao de calcrio para processamento de brita

1.4.8 DISTNCIA E MOMENTO DE TRANSPORTE Distncia de transporte a medida da extenso entre o ponto em que o material foi escavado ao centro geomtrico do aterro aplicado. No caso em que for feito algum tipo de tratamento do solo em usina, ser tambm considerado esse deslocamento. No caso de mistura asfltica, ser considerada apenas a distncia da usina de confeco at o ponto de aplicao na pista. Momento de transporte o produto entre a Distncia de transporte e o Volume de material transportado, determinado em mx km.

Figura 11: Distncia de transporte

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1.5- SERVIOS DE PAVIMENTAO: Pavimento uma estrutura construda aps o trmino da terraplanagem, por meio de camadas de vrios materiais de diferentes caractersticas de resistncia e deformabilidade, para transmitir os esforos ao subleito. As principais funes do pavimento podem ser assim enumeradas: a) Resistir e distribuir ao sub-leito os esforos residuais oriundos da ao do trfego. b) Resistir aos esforos horizontais, tornando mais durvel a superfcie de rolamento. c) Melhorar as condies de rolamento, quanto ao conforto e a segurana dos usurios.Seo Transversal

Talude de Corte Talude de Aterro

Base Regularizao Sub-base

Reforo de Subleito

Figura 12: Perfil transversal de uma pavimento (Fonte DNER)

1.5.1 SUBLEITO o terreno de fundao onde ser apoiado todo o pavimento. Deve ser considerado e estudado at as profundidades em que atuam significativamente as cargas impostas pelo trfego (de 0,60 a 1,50 m de profundidade). Os solos podem ser classificados segundo suas propriedades e seu comportamento. Um dos mtodos mais utilizados o Indice de Suporte Califrnia- CBR (Califrnia Beating Ratio.Folha 15

Se o CBR do sub-leito for < 2% , ele deve ser substitudo por um material de melhor qualidade (2% CBR 20%) at pelo menos 1,00 metro. Se o CBR do material do sub-leito for 20% , pode ser utilizado como sub-base. a) Reforo do subleito: serve para melhorar as qualidades do sub-leito e regularizar a espessura da sub-base. a camada de espessura constante transversalmente e varivel longitudinalmente executada sobre o sub-leito regularizado. b) Aumento da resistncia do solo: executado para aumentar a resistncia do prprio material de subleito, geralmente em reas pantanosas ou com presena de solos moles ou de altos ndices pluviomtricos; so utilizados brita irregular (racho), enrocamento ou colocao de outro tipo de solo mais adequado.

Figura 13A : Reforo do subleito com enrocamento

Figura 13B: Solos moles no p do aterro

c) Regularizao do subleito: a operao destinada a conformar o leito, transversal e longitudinalmente. Poder ou no existir, dependendo das condies do leito. Compreende cortes ou aterros at 20 cm de espessura.

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Figura 14: Regularizao de sub-leito em duplicao de rodovia

1.5.2 SUB-BASE Camada complementar base. Deve ser usada quando no for aconselhvel executar a base diretamente sobre o leito regularizado ou sobre o reforo, por circunstncias tcnico-econmicas. Pode ser usado para regularizar a espessura da base. 1.5.3 BASE Camada destinada a resistir e distribuir ao sub-leito os esforos oriundos do trfego e sobre a qual se construir o revestimento. Pode ser confeccionada de solo-cimento, BGS, BGTC e macadame, conforme as caractersticas geolgicas da regio. a) Solo-cimento: uma mistura de solo, cimento portland e gua, devidamente compactada, resultando um material de elevada rigidez flexo. A porcentagem de cimento varia de 5 a 13% e depende do tipo de solo utilizado. Solos argilosos exigem porcentagens maiores de cimento. O resultado da dosagem a definio da quantidade de solo, cimento e gua de modo que a mistura apresente caractersticas adequadas de resistncia e durabilidade.Folha 17

b) Solo estabilizado por correo granulomtrica: So obtidos pela compactao de misturas apropriadas de materiais que apresentam granulometria diferente e que so associados de modo a atender uma especificao de projeto. Quando o solo natural no apresenta alguma caracterstica essencial, usual melhor-lo atravs da mistura com outros que possibilitem a obteno de um produto com resistncia adequada. c) Brita graduada simples - BGS: Tambm chamada de brita corrida. uma mistura de brita, p de pedra e gua. So utilizados exclusivamente produtos de britagem que vm preparado da usina. d) Brita graduada tratada com cimento- BGTC Brita graduada com adio de cimento para aumentar a resistncia da base, geralmente utilizada em rodovias de grande trfego.

Figura 15: Confeco de base de brita graduada tratada com cimento

d) Solo Brita: uma mistura de material natural e pedra britada. Usado quando o solo disponvel, geralmente areno-argiloso, apresenta deficincia de agregado grado

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(retido na peneira # 10). A pedra britada entra na mistura para suprir esta deficincia, aumentando as caractersticas de resistncia do material natural. 1.5.4 IMPRIMAO Tambm chamada de Prime-Coat. Consiste na aplicao de uma camada de material asfltico sobre a superfcie de uma base concluda, antes da execuo de um revestimento asfltico qualquer. As sua funes so: a) Promover condies de ligao e aderncia entre a base e o revestimento. b) Impermeabilizao da base. c) Aumentar a coeso da superfcie da base pela penetrao do material asfltico (de 0,5 a 1,0cm). Em sua composio so utilizados asfaltos diludos de baixa viscosidade, a fim de permitir a penetrao do ligante nos vazios da base. So indicados os asfaltos diludos do tipo CM - 30 e CM - 70. O servio feito por meio do caminho tanque espargidor de asfalto, equipado com barra espargidora e caneta distribuidora e bomba reguladora de presso. A quantidade de material aplicado da ordem de 0,7 a 1,0 l/m2. Deve-se atentar para a formao de poas de ligantes na superfcie da base, pois o excesso de ligante retardar a cura do asfalto prejudicando o revestimento. Nos locais onde houver falha de imprimao o revestimento tender a se deslocar.

Figura 16: Imprimao da base com caminho espargidor

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1.5.5 REVESTIMENTO Camada destinada a receber e resistir diretamente aos esforos do trfego (vertical e horizontal), a impermeabilizar o pavimento e a melhorar as condies de rolamento, no que se refere ao conforto e segurana. Deve ser resistente ao desgaste. Tambm chamada de capa ou camada de desgaste. 1.5.6 PINTURA DE LIGAO. Tambm chamada de Tack-Coat. Consiste na aplicao de uma camada de material asfltico sobre a base ou revestimento antigo, com a finalidade de promover sua ligao com a camada sobrejacente a ser executada. Para a sua confeco so utilizadas emulses asflticas dos tipos: Ruptura rpida (RR-1C e RR-2C) e Ruptura mdia (RM-1C e Rm-2C). A execuo feita pelo caminho espargidor. A quantidade de material aplicado da ordem de 0,5 l/m2. A temperatura de aplicao funo da viscosidade desejada e deve permitir a formao de uma pelcula extremamente delgada acima da camada a ser recoberta. O excesso de ligante pode atuar como lubrificante, ocasionando ondulaes do revestimento a ser colocado.

Figura 17: Perfil de um pavimento mostrando as camadas de revestimento, base e sub-baseFolha 20

1.6- MATERIAIS BETUMINOSOS E SUAS APLICAES: 1.6.1- CIMENTO ASFLTICO DE PETRLEO CAP o asfalto obtido especialmente para apresentar caractersticas adequadas construo de pavimentos, originado por destilao do petrleo em refinarias ou do asfalto natural encontrado em jazidas. semi-slido temperatura ambiente e necessita de aquecimento para ter consistncia apropriada ao envolvimento de agregados. Possui como caractersticas a flexibilidade, durabilidade, aglutinao, impermeabilizao e elevada resistncia ao da maioria dos cidos, sais e lcalis. O cimento asfltico de petrleo classificado pelo seu "grau de dureza" retratado no ensaio de penetrao, ou pela sua viscosidade. importante verificar o tipo especificado no projeto. A mistura asfltica pode apresentar aspecto de excesso ou de deficincia de ligante, no caso das temperaturas no terem sido determinadas corretamente, mesmo que o teor de ligante esteja atendendo ao projeto desenvolvido corretamente no laboratrio. Esquematicamente, tem-se: - temperatura acima da temperatura tima; exsudao (fluimento do asfalto) - temperatura abaixo da temperatura tima; envelhecimento prematuro 1.6.2- ASFALTOS DILUDOS DE CURA RPIDA CR. Os asfaltos diludos ou "cut-backs" so diluies de cimentos asflticos em solventes derivados do petrleo de volatilidade adequada, quando h necessidade de eliminar o aquecimento do CAP, ou utilizar um aquecimento moderado. Os asfaltos diludos so classificados em trs tipos, de acordo com o tempo de cura (tempo de evaporao do solvente): -Asfalto Diludo tipo Cura Rpida - CR: (CAP + frao leve, gasolina). -Asfalto Diludo tipo Cura Mdia - CM: (CAP + frao mdia, querosene). -Asfalto Diludo tipo Cura Lenta - CL: (CAP + frao pesada, leo diesel). 1.6.3- EMULSES ASFLTICAS DE RUPTURA RPIDA RR. A emulso asfltica uma disperso de uma fase asfltica em uma fase aquosa (direta) ou, ento, uma fase aquosa dispersa em uma fase asfltica (inversa), comFolha 21

ajuda de um agente emulsificante. So obtidas combinando gua e asfalto aquecido, em um meio intensamente agitado e na presena dos emulsificantes, que tm o objetivo de dar estabilidade ao conjunto, de favorecer a disperso e de revestir os glbulos de betume de uma pelcula protetora, mantendo-os em suspenso. 1.7- TIPOS DE MISTURAS BETUMINOSAS DOS REVESTIMENTOS Os revestimentos asflticos empregados so dos seguintes tipos: 1.7.1 TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO (TSD) So os revestimentos betuminosos obtidos por penetrao invertida, com aplicao de material betuminoso seguida de espalhamento e compresso de agregado de granulometria apropriada. Sua espessura aproximadamente igual ao dimetro do agregado empregado. Pode ser executado com os objetivos de impermeabilizao, modificar a textura de um revestimento existente ou como revestimento final de um pavimento. Quando a operao executiva do tratamento simples repetida duas ou trs vezes, resultam os chamados tratamentos superficiais duplos e triplos.

Figura 18: Pavimento executado em TSD; na faixa ao lado, pavimento em CBUQ

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1.7.2 PR MISTURADO A QUENTE (PMQ) Consiste na mistura devidamente dosada em usina de material betuminoso e agregado mineral a quente. Nos revestimentos betuminosos por mistura o agregado pr-envolvido com o material betuminoso antes da compresso. Quando o prenvolvimento feito em usinas fixas, resultam os "Pr-misturados Propriamente Ditos" e, quando feito na prpria pista, tm-se os "Pr-misturados na Pista" (road mixes). Quando os tipos de agregados e de ligantes utilizados permitem que o espalhamento seja feito temperatura ambiente (embora a mistura tenha sido feita a quente) temos o Pr misturado a frio -PMF. Quando o ligante e o agregado so misturados e espalhados na pista ainda quentes, temos o PMQ. 1.7.3 - AREIA ASFALTO A QUENTE Consiste na mistura de areia com um produto betuminoso obtido em usinas fixas. A areia utilizada, normalmente, a passante na peneira # 10 (2mm), embora 2 ou 3 areias possam ser misturadas para se obter a granulometria desejada. Pode ser executada em duas camadas. Apresenta de escorregamento. Pode-se usar pedrisco para tornar a superfcie mais spera. 1.7.4- CONCRETO BETUMINOSO USINADO A QUENTE (CBUQ) um revestimento flexvel, resultante da mistura a quente, em usina apropriada, de agregado mineral graduado, material de enchimento (filler) e material betuminoso espalhado e comprimido a quente. Durante o processo de construo e dimensionamento, so feitas rigorosas exigncias no que diz respeito aos equipamentos, granulometria, teor de betume, estabilidade e ndice de vazios. considerado um revestimento nobre. So classificados em faixas A, B, C e D, conforme sua granulometria e percentual de CAP, que varia entre 3,5 a 6%. O CAP representa em torno de 50% do custo do CBUQ usinado. o inconveniente de produzir uma superfcie lisa e macia, ocasionando problemas

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Figura 19: Execuo de CBUQ

1.7.5 LAMA ASFLTICA. uma associao (mistura), em consistncia fluida, de agregados, filler (ou material de enchimento) e emulso asfltica, devidamente espalhada e nivelada. geralmente empregada no rejuvenescimento de pavimentos asflticos (pavimentos desgastados) ou como camada de desgaste e impermeabilizante nos tratamentos superficiais ou macadame betuminoso. Por apresentar condies de elevada resistncia derrapagem, devido a seu alto coeficiente de atrito, tambm empregada na correo de trechos lisos e derrapantes. A espessura final da ordem de 4mm e a compactao executada pelo prprio trfego. A lama asfltica no considerada um revestimento propriamente dito, e sim um timo processo para preservar e manter revestimentos betuminosos. 1.7.6 - REVESTIMENTOS RGIDOS O concreto de cimento constitudo por uma mistura relativamente rica de cimento Portland, areia, agregado grado e gua, distribudo numa camada devidamente adensada. Essa camada funciona ao mesmo tempo como revestimento e base do pavimento. Resiste a cargas mais elevadas e tem maior durabilidade.

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1.8

OUTROS SERVIOS EM OBRAS RODOVIRIAS Engloba os servios de bueiros tubulares, bueiros celulares, sarjetas, drenos,

1.8.1 OBRAS DE ARTE CORRENTES banquetas de descida dgua e valetas, meio-fio de concreto, etc.

Figura 20A: Bueiro celular de concreto

Figura 20B: Descida dgua em degraus

1.8.2 OBRAS COMPLEMENTARES Englobam os servios de sinalizao vertical e horizontal, hidrossemeadura, enleivamento, enrocamento, guarda corpo de concreto, defensa metlica e muro de gabio.

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Figura 21: Pista com defensa metlica, barreira New Jersey e muro de gabio

1.8.3 OBRAS DE ARTE ESPECIAIS. Englobam servios de engenharia estrutural de grande porte como pontes, viadutos e passarelas. Devido sua complexidade devem ser tratados em assunto parte.

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2. MODALIDADES DE ACOMPANHAMENTO DE OBRAS UTILIZADAS PELOS RGOS PBLICOS 2.1- FISCALIZAO DIRETA Modalidade em que o acompanhamento e o controle da execuo dos servios feito pelos prprios engenheiros e tcnicos do rgo contratante, inclusive os ensaios laboratoriais e as medies. Tem o inconveniente de dispor de poucos recursos materiais e humanos, devido s dificuldades por que passa o setor pblico nessas questes. Possibilita uma maior independncia da ao da fiscalizao. 2.2 SUPERVISO CONTRATADA Ocorre quando o rgo pblico contrata empresa supervisora para realizar os servios de fiscalizao e controle de materiais aplicados. Mesmo com a contratao da supervisora, a responsabilidade sobre o andamento da obra cabe tambm ao representante da Administrao, bem como, as definies quanto ao andamento do servio e ao atesto de faturas. Os servios executados pela supervisora so os seguintes: a) Reviso de projeto: com a defasagem entre a concluso do projeto e a contratao de empresa para a execuo da obra, os quantitativos de servios orados podem ser revistos, principalmente os volumes de terraplenagem. b) Controle geomtrico: verificao da espessura do pavimento nas diversas camadas: sub-base, base e revestimento asfltico. c) Controle geotcnico: execuo de ensaios laboratoriais para atestar a qualidade dos materiais aplicados na pavimentao e na terraplenagem. d) Levantamento topogrfico dos emprstimos, cortes e jazidas e) Verificao peridica dos servios a executar e as estimativas. f) Elaborao de relatrio final contendo os dados relativos aos servios realmente executadas na obra (as built).

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2.3

MEDIO DE SERVIOS A metodologia para medio dos servios normatizada, segundo os

critrios do rgo Pblico. Os mtodos adotados para medir os servios so: a) Volume de corte e aterro: o mtodo utilizado o de planimetrar as reas das sees e multiplicar pela distncia entre dois pontos levantados. Em algumas obras j est se utilizando programas informatizados que apresentam o nivelamento e calculam a diferena de cotas e as reas das sees de aterro e corte. O pagamento do corte feito pelo volume escavado e de acordo com a categoria do material. O volume aterro pago pela compactao, considerando a seo transversal do projeto.

Figura 22: Levantamento topogrfico do aterro (Fonte: Ricardo, H. S. 1990)

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Figura 23: Marcao das dimenses de corte com off set

(Fonte: Ricardo H. S. 1990)

b) Volume de material aplicado na base e sub-base: so consideradas as reas concludas multiplicadas pela espessura das camadas. c) Volume de CBUQ: mesmo processo anterior; eventualmente, feito o controle do material transportado da usina e colocado na obra, devendo ser feito o controle concomitante da espessura aplicada. d) Granulometria e percentual de CAP utilizado: verificado conforme ensaios laboratoriais de corpo de prova extrado. e) rea de imprimao e de pintura de ligao: so consideradas as reas aplicadas. f) Momento de transporte: distncia da jazida at o centro de gravidade do segmento em que houve aplicao do material, multiplicado pelo volume de material transportado. 2.4 ENSAIOS DE MATERIAIS 2.4.1 - NO DESTRUTIVOS Os principais tipos de ensaios no destrutivos so: medidas de flexo nas trilhas de roda; levantamento deflectomtrico com uso de viga Benckelman e resistncia a impacto com o FWD. 2.4.2 - LABORATORIAIS

Folha 29

O material de base e sub-base retirado, geralmente a trado, e encaminhado ao laboratrio para anlise. Quando a base feita de BGTC, moldado um corpo de prova para realizao de ensaios. Os principais ensaios realizados so: a) Revestimento: extrao de corpo de prova com utilizao de sonda rotativa para se verificar as dimenses fsicas, o teor de betume, mdulo de resilincia, resistncia a trao e granulometria. No caso do CBUQ possvel detectar visualmente as faixas componentes. b) base e sub-base : o material retirado a trado, para verificar a granulometria e a faixa especificada; no caso de BGTC, moldado corpo de prova para verificar a resistncia a compresso simples. c) subleito e aterro: o material colhido na jazida ou na rea de emprstimo para verificar a resistncia e textura.

Figura 24A: Peneiramento de solo

Figura 24B: Prensa para compresso simples

Folha 30

3.

ROTEIRO

PARA

AUDITORIA

NOS

SERVIOS

EXECUTADOS Esse roteiro constitudo de papis de trabalho formatados, a fim de orientar o auditor na realizao dos procedimentos de auditoria, e contm as indicaes dos principais itens a serem verificados na fase de planejamento e no exame em campo. Os papis de trabalho apresentados foram desenvolvidos pelo autor deste Trabalho no decorrer de realizao de auditorias no mbito do sistema de controle interno. A sua utilizao depende do escopo da auditoria realizada, podendo ser adotados no todo ou em parte. 3.1LEVANTAMENTO DE DADOS BSICOS DA CONTRATAO Levantamento preliminar do processo contratual, obtido junto ao rgo contratante, para coletar informaes sobre o processo licitatrio, execuo contratual, aditamentos, alteraes de projeto e recebimento da obra. PAPIS DE TRABALHO DE AUDITORIA- 01 1- Contrato n.: 2- Rodovia: 3- Objeto: 4-Segmento: 5-Contratado: 6- Data: 7-Valor: R$ 8- Processo: 9- Homologao: 10- Edital de Licitao: 11- Fiscalizao: ( ) direta: ( ) supervisora contratada: 12- Alteraes Contratuais: 13- Aditamentos de prazo: 14- Aditamentos de servios: 15- Aditamento acumulado: 16- Medies Provisrias: 17-Alteraes de projeto: 18- Contato:Folha 31

%

3.2- SELEO DOS PRINCIPAIS ITENS A SEREM CONFERIDOS De posse das medies de servios atestadas, o auditor dever selecionar os principais itens de servio constante das planilhas para serem conferidos no local. Como os servios so de natureza muito variada e de grandes propores, devem ser selecionados os mais relevantes que sero submetidos a verificao, conforme as orientaes seguintes: a) Verificar os servios com maior quantitativo faturado acumulado, comparando com o quantitativo previsto na planilha contratual, dando prioridade, a princpio, aos itens com maior percentual faturado. Ex: servio de desmatamento e limpeza de rea com execuo de 90% do total previsto; servios de escavao de material 1 categoria DMT de 600m com apenas 1% executado. b) Verificar os custos dos servios ( preo unitrio x quantitativo) e sua influncia no valor global do contrato, selecionando aqueles mais relevantes. Ex: servio de fornecimento e aplicao de 100.000t de CBUQ (R$36,00 por tonelada), totalizando R$3.600.000,00; custo do servio de revestimento de 2.000t de pr-misturado a frio (R$23,00 por tonelada), totalizando R$72.000,00. c) Verificar a relao da somatria do volume de escavao de material de 1 categoria, comparando com o volume de material compactado. A somatria deve englobar os volumes de escavao para cada distncia de transporte percorrida. Se a relao escavao/compactao for maior que 1,4 conveniente verificar se houve bota-fora ou alterao do greide. d) Verificar a relao da rea da plataforma da pista com a rea de desmatamento e limpeza, bem como, com a rea de imprimao e de revestimento. e) Verificar se a rea da pintura de ligao maior ou igual rea de imprimao. Se for maior, verificar se houve duas camadas de revestimento ou remendo do pavimento. f) Selecionar os itens passveis de serem conferidos em campo tempestivamente, pois alguns deles apresentam srias dificuldades para conferncia posterior Folha 32

execuo, tais como origem e destinao de cada poro de material aplicado, quantitativo de rvores derrubadas, volume de solos moles retirados em locais que j foi concluda a compactao. g) Seleo das principais sees de corte e de aterro a serem verificados, com base nos taludes da seo. h) Obter cpia de planilha de cubagem de material para elaborao de diagrama linear e acompanhamento no local, principalmente nas medies de base, subbase, imprimao, revestimento, pintura de ligao, drenagem e sinalizao. i) Selecionar as medies mais relevantes em termos de momento de transporte de material de base, sub-base e fornecimento de misturas betuminosas. Os itens selecionados sero descritos, resumidamente, no papel de trabalho02, informando a sua localizao. Na coluna correspondente estaca deve-se colocar o segmento onde foi executado o servio, inicial e final, e na coluna de quilmetro deve-se colocar apenas o inicial. PAPIS DE TRABALHO DE AUDITORIA- 02 SERVIOS A VERIFICAR NA RODOVIA a) desmatamento de 2.000 m b) escavao de 3.000 m de mat. de 1 categoria, DMT 400m, emprstimo lateral c) compactao de 4.000 m de aterro d) substituio de 2.000 m solos moles e) execuo de sub-base f) execuo de base g) execuo de revestimento em CBUQ h) execuo de sargeta i) execuo de bueiro celular 2m x2m x 14m j) servios de pintura de ligao de 1000 m k) servios de acostamento em TSD l) Taludes de corte Estaca Km 550 a 600 23,0 570 520 500 380 a 400 370 a 390 130 a 150 85 60 40 a 50 40 a 45 230 23,4 22,4 22,0 19,6 19,4 14,6 13,7 13,4 12,8 12,8 16,6

Folha 33

3.3- ELABORAO DE DIAGRAMA LINEAR Os itens selecionados para serem verificados em campo sero plotados em um diagrama linear, a fim de possibilitar a sua rpida localizao durante o percurso da rodovia. Pode ser tambm adaptado o diagrama linear elaborado pela empresa construtora que utilizado como orientao do andamento dos servios. O diagrama elaborado serve apenas para orientao em campo e referncia de segmentos da rodovia, devendo ser aberto um papel de trabalho especfico para cada servio verificado. Quando o incio de um servio coincidir com outro, devese colocar uma virgula entre as duas letras referenciais. PAPIS DE TRABALHO DE AUDITORIA- 03 Estaca Servio Km 12 0 25 50 75 j,k 13 i 100 125 150 175 200 225 250 275 300 h 14 g 15 16 l 17 18 |____|____|____|____|____|____|____|____|____|____|____|____| |____|____|____|____|____|____|____|____|____|____|____|____|

Estaca 300 325 350 375 400 425 450 475 500 525 550 575 600 |____|____|____|____|____|____|____|____|____|____|____|____| Servio km 18 19 fe 20 21 d 22 c a 23 b 24 |____|____|____|____|____|____|____|____|____|____|____|____|

3.4- CONFERNCIA DOS SERVIOS DE CORTE E DE ATERRO. Selecionar as sees de corte e de aterro utilizadas para se calcular o volume de terraplenagem, nas quais so apresentadas as alturas de talude mais significativas. Efetuar a medida da extenso e da inclinao com auxlio de equipamento topogrfico.

Folha 34

PAPIS DE TRABALHO DE AUDITORIA- 04 A Estaca 5574 5575 5576 5577 rea Parcial Soma (m) 20 110 50 30 130 160 80 10,0 10,0 10,0 1.300,0 1.600,0 800,0 1.300,0 2.900,0 3.700,0 (m) SemiVolume Volume distncia (m) parcial (m) total (m)

PAPIS DE TRABALHO DE AUDITORIA- 04 B

Folha 35

3.5- ADEQUAO DOS MATERIAIS S ESPECIFICAES DE PROJETO Solicitar os ensaios realizados pela supervisora, ou pela construtora, nos materiais empregados na terraplenagem e na pavimentao. Verificar o enquadramento da faixa granulomtrica, resistncia a compresso, teor de betume e outras caractersticas. O auditor dever apenas conferir os valores dos ensaios com as especificaes de projeto, caso haja disponibilidade de tempo, conveniente acompanhar a execuo para checar os dados informados. PAPIS DE TRABALHO DE AUDITORIA- 05

Folha 36

3.6- CLCULO DO VOLUME DE ENROCAMENTO E DO MATERIAL APLICADO PARA SUBSTITUIO DE SOLOS MOLES. O enrocamento, por situar-se geralmente abaixo do sub-leito, torna-se de difcil verificao quando j encerrado o servio, sendo necessrio a escavao nos bordos dos locais de aplicao para conferir o volume efetivamente aplicado. No caso de solos moles, o raciocnio idntico, pois no se pode afirmar se o material que est abaixo do sub-leito faz parte do terreno natural ou se foi lanado em funo de substituio de solos moles. Mesmo assim, importante verificar as caractersticas do solo situado s margens do local onde foi substitudo o material. PAPIS DE TRABALHO DE AUDITORIA- 06 Estaca inicial 40 120 120 160 Final Compri Largura Altura mento (m) 1600 800 15 20 0,80 1,50 19.200 24.000 Solos moles substitudos por solo arenoso Enrocamento lanado em rea pantanosaFolha 37

Volume Observao (m)

(m)

(m)

3.7- CLCULO DO VOLUME DE MATERIAL DE BASE E SUB-BASE Aps a realizao de furos de sondagem no pavimento, para se determinar a altura da camada executada, feito o clculo do volume de material aplicado. Durante a execuo da obra, o construtor controla a espessura das camadas executadas conforme a diferena de altura entre elas, fazendo a conferncia por meio de sondagens. Se os servios j estiverem concludos, poderemos apenas fazer a conferncia por meio de sondagens. PAPIS DE TRABALHO DE AUDITORIA- 07-A FURO 01 02 03 LOCALIZAO ESPESSURA 21 cm BGTC Estaca 360 + 10,0 LD 15 cm BGS 22 cm BGTC Estaca 410+ 8,0 LE 14 cm BGS 21 cm BGTC 12 cm solo-cimento Aps calcular a mdia das espessuras constatadas pelos furos de sondagens e comprovar as suas caractersticas com as especificaes de projeto, transportar os valores encontrados para efetuar o clculo do volume de material aplicado. PAPIS DE TRABALHO DE AUDITORIA- 07-B Estaca inicial 350 350 400 Estaca Final 420 420 420 Compri Largura Altura mento (m) 1400 1400 400 11,2 11,2 12,0 0,15 0,21 0,12 2.352 3.292,8 576 BGS BGTC ReforoFolha 38

OBSERVAO Conforme projeto Conforme projeto Reforo do sub-leito em solo-cimento

Estaca 350 +15,0 LE 15 cm BGS

Volume (m)

OBS

(m)

(m)

3.8

DISTNCIA E MOMENTO DE TRANSPORTE. Obter um croqui das jazidas utilizadas para fornecimento de material e

conferir as distncias percorridas, tomando as medidas pelo odmetro do veculo, ou outro meio mais preciso. PAPIS DE TRABALHO DE AUDITORIA- 08 MATERIAL : brita graduada JAZIDA FORNECEDORA: Fazenda Alterosa a) Distncia da jazida usina de solos = 1.000m b) Distncia da usina de solos ao ponto de interseo na pista = 4.400 m c) Distncia do PI ao incio do segmento (Est 0) = 8.000 m d) Distncia da Est 0 at o incio do local de aplicao, estaca 30 = 600m e) Distncia at o centro de gravidade das estacas 30 e 36 = 6:2x20= 60m 1- DISTNCIA TOTAL DO MATERIAL = 14060 m 2- VOLUME DE MATERIAL APLICADO (CONFORME PTA 07) Material entre as estacas 30 e 36 a) Extenso: 6x20= 600m b) largura:10m c) Espessura: 0,20m Volume = 1.200m 3- MOMENTO DE TRANSPORTE = (1) X (2) = 16.872 MKM

3.9- CLCULO DA REA IMPRIMADA E DA PINTURA DE LIGAO. PAPIS DE TRABALHO DE AUDITORIA- 09 Estaca inicial 350 350 385 Estaca Comprim Largura REA Observao final 420 420 420 ento (m) 1.400 2.800 700 (m) 10,0 10,0 10,0 (m) 14.000 Imprimao conforme projeto 28.000 Duas pinturas de 1400m nas faixas B e C 7.000 Pintura na Faixa DFolha 39

3.10- CLCULO DO VOLUME DO REVESTIMENTO ASFLTICO Sero realizados furos de sondagem utilizando-se sonda rotativa. A quantidade de furos depende das normas do rgo contratante, segundo regras estatsticas. Para efeitos de controle poder ser utilizado um menor grau de amostragem. PAPIS DE TRABALHO DE AUDITORIA- 10-A FURO 01 02 LOCALIZAO ESPESSURA 4,5 cm faixa C Estaca 360 + 10,0 LD 4,1 cm faixa B 4,0 cm faixa B 4,4 cm faixa C 03 Estaca 410+ 8,0 LE 4,0 cm faixa B 2,0 cm faixa D 4,6 cm faixa C Aps calcular a mdia das espessuras constatadas nos corpos de prova, obtidos pelos furos de sondagens, e comprovar com as determinaes de projeto, deve-se transportar o resultado para o clculo do volume de massa aplicado. PAPIS DE TRABALHO DE AUDITORIA- 10-B Estaca Estaca inicial 350 350 355 400 Final 420 420 370 420 Comprimento Largura Altura (m) 1400 1400 300 400 (m) 10,0 10,0 5,0 10,0 (m) 0,04 0,045 0,04 0,02 Volume (m) 560 630 60 80 Faixa B Faixa C Faixa B remendo Faixa DFolha 40

OBSERVAO Conforme projeto Presena de remendo com CBUQ faixa B Faixa D para correo de trincas

Estaca 350 +15,0 LE 4,0 cm faixa B

OBS

3.11- CLCULO

DAS

REAS

DE

ENLEIVAMENTO

E

DE

HIDROSSEMEADURA. Os taludes de corte e de aterro submetidos a esses servios geralmente apresentam dimenses irregulares, dependendo de interpolao grfica para o clculo da rea. No caso das dimenses serem regulares, podemos fazer os clculos conforme mostrado na planilha. PAPIS DE TRABALHO DE AUDITORIA- 11 Estaca Estaca inicial 350 +10 360 370+15 215 20 4.300 final 360 Compri Largura REA Observao mento (m) 190 15 2.850 Enleivamento na saia do aterro Hidrossemeadura no corte (m) (m)

Folha 41

4-

PRINCIPAIS

PROBLEMAS

DETECTADOS

EM

OBRAS

RODOVIRIAS E SUA CORRELAO COM A LEI 8666/93 4.1- QUANTO EXECUO CONTRATUAL a) Aditamento do valor contratual superior a 25% do valor global, contrariando o disposto no art. 65, pargrafo 2, devido incorporao de novos servios na planilha oramentria. Os principais fatores que interferem nos aditamentos contratuais so as mudanas de concepo de projeto, a exausto de jazidas prestabelecidas para fornecimento de material e o aumento do volume de escavao e de compactao de material para adequao ao relevo da regio. b) Alterao do objeto contratual por meio de aditamento de servios ou de obras de engenharia que no tm relao direta com o objeto contratado, contrariando o disposto no Art 3, quanto ao princpio da vinculao ao instrumento convocatrio. Pode ocorrer o aditamento de obras no previstas na fase de licitao, tais como construo de anel rodovirio e pista de acesso a cidades vizinhas, dentro de um contrato de restaurao ou de duplicao de uma rodovia principal. As alteraes so determinadas mais por decises polticas do que por critrios tcnicos, uma vez que beneficiam determinadas cidades em detrimento de outras que esto na mesma situao. c) Atrasos no cronograma da obra devido falta de crditos oramentrios e de recursos financeiros. Uma vez que so feitas contrataes e abertas frentes de trabalho que exigem um oramento maior que o disponibilizado para o rgo pblico, as obras contratadas sofrem interrupes. As paralisaes causam a perda de servios j faturados, onerando o custo global. Os contratos so prorrogados, chegando a um prazo corrido de execuo de at 11 anos, ultrapassando o previsto em Edital e contrariando o disposto no art. 57, inciso II. Em alguns casos so feitas prorrogaes de contrato, considerando-se como prazo de execuo contratual apenas o perodo que houve atividade de servios, descontando os perodos em que o contrato ficou paralisado, o que pode nos levar a contratos de durao infinita. AFolha 42

faculdade de prorrogao no se destina a ser utilizada permanentemente. exceo e no justifica a eternizao do contrato ( Justen Filho, Maral, 2000). d) Contratos j encerrados que so reavivados. H casos de contratos que, quando se obtm mais crditos oramentrios para execuo da obra, so reavivados, mesmo depois de j terem sido encerrados. A execuo de servios retomada com o mesmo contratado e com base em preos unitrios reajustados por ndices financeiros que redundam em defasagem em relao ao mercado, devido ao longo perodo ocorrido da licitao. No h instrumentos legais explcitos para coibir essa prtica. 4.2- QUANTO APLICABILIDADE DO PROJETO BSICO As licitaes feitas apenas com o projeto bsico, embora legalmente permitidas, acarretam necessidade de reviso da planilha oramentria quando concludo o projeto executivo. No caso de obras rodovirias, a extenso a ser submetida a sondagem substancialmente maior que em obras de edificaes, podendo trazer grandes imprevistos. Uma vez que no feito uma planejamento adequado e no so feitas sondagens suficientes, o quantitativo de servios e o dimensionamento do pavimento podem estar aqum do necessrio exigido para a estrada. A utilizao de projeto inadequado, sem observncia s normas tcnicas adequadas, contraria o disposto no art. 12, inciso VI. Os problemas gerados na obra so citados a seguir: a) Presena de trilha de roda, trincas longitudinais no revestimento e trincas generalisadas (borrachudos), causadas por dimensionamento inadequado das camadas da pavimentao, insuficientes para resistir carga submetida e ao aumento de trfego previsto. Os danos causados ao pavimento esto relacionados diretamente com a ausncia de balanas nos postos de pesagem, para limitar o peso dos veculos que trafegam pela estrada.

Folha 43

Figura 25: Trilha de roda e talude sem enleivamento

Figura 26A: trinca longitudinal

Figura 26 B: trincas generalizadas com panelas

b) Alteraes substanciais dos servios de terraplenagem, em detrimento dos servios de drenagem, sinalizao, obras correntes e obras complementares, mantendo-se o aumento global dentro do limite de 25%. Os servios de terraplenagem so os mais difceis de serem conferidos pelos rgos de controle, sendo justamente onde possvel uma maior manipulao por parte dos executores. No existe restrio legal a alterao dos quantitativos internos da planilha oramentria em propores elevadas. Apresentamos, a seguir, um exemplo de como feita a alterao de quantitativos na planilha oramentria.Folha 44

Servio Terraplenagem Pavimentao Drenagem Sinalizao Obras correntes Obras complentares TOTAL

Projeto 3.000 4.000 1500 1300 1700 2.500 14.000

bsico Projeto 8.000 5.200 1.000 800 1.100 1.200 17.300

executivo Variao % +166 +30 - 33 - 38 - 35,2 - 52 +23,57

Contrato R$1.000

T.aditivo R$1.000

c) Necessidade de substituio de solos moles devido a inadequao de sondagem na rea ou at mesmo falta de inspeo visual do solo, deixando de alertar para o problema na fase de planejamento.

Figura 27: Solos moles substitudos e lanados no talude do aterro

d) Alterao de jazida determinada em projeto, por outras mais distantes, causando aumento na distncia de transporte e custo maior de indenizao pela utilizao de material de jazida. e) Presena de material de 3 categoria (rocha) na direo do eixo estradal a ser implantado, encarecendo os servios de corte, no previstos em projeto.Folha 45

f) Realizao de drenagem em rea alagada utilizando bueiros, quando seria necessria a substituio de solos moles por outros de maior resistncia. Como conseqncia podem surgir borrachudos e trincas generalizadas no pavimento, causados pela infiltrao de gua no subleito e na sub-base. 4.3-QUANTO ATUAO DA FISCALIZAO A falta de acompanhamento e de fiscalizao adequada da obra contrariam as disposies do art. 67 da Lei 8666/93. So encontradas as seguintes falhas: a) Atesto de medies sem a comprovao do volume e da necessidade de substituio de solos moles. necessrio o registro do volume substitudo, por meio de sees de escavao de material, alm da determinao precisa do local onde foi lanado o material inadequado. b) Material de obra depositado s margens da pista, por inobservnica do fiscal. A construtora responsvel pela retirada de todo o entulho de obra, que causa danos ambientais. c) Medio de servios de aterros sem levantar as sees de compactao. Se forem somados os volumes de escavao para efeitos de determinar o volume compactado, no h garantia de que todo o material escavado tenha sido realmente colocado no aterro. d) Falta de verificao dos servios topogrficos realizados, assumindo como corretos os dados apresentados pelo construtor. Devido falta de recursos humanos e materiais, o fiscal deixa de checar os dados apresentados pelo construtor. 4.4-QUANTO QUALIDADE DOS SERVIOS EXECUTADOS A m qualidade dos servios est relacionada com a atuao precria da fiscalizao ou com a falta de recursos materiais e humanos para um acompanhamento eficaz. A execuo dos servios em desacordo com o projeto e as especificaes, contrariam o disposto no art. 66, por deixar de atender, o

Folha 46

contratado, s clusulas avenadas. Os tipos de servios de m qualidade encontrados so: a) Servios de pintura de ligao com excesso de ligante, levando perda de revestimento j executado. b) Espessura das camadas de sub-base, base e revestimento menor que a projetada. Por meio de sondagem com sonda rotativa, pode-se constatar a espessura da capa, bem como as faixas de mistura betuminosa aplicadas, conforme no exemplo seguinte.

Figura 28 A: Corpos de prova de CBUQ mostrando faixas B, C e D Figura 28B: sonda rotativa

c) Drenagem insuficiente do pavimento causando danos base da pista. A localizao das sarjetas, o posicionamento dos drenos e a inclinao transversal da pista podem acarretar o acmulo de gua no pavimento. d) Avano de servios de terraplenagem sem a construo de capa, causando perda de servios executados e medidos. recomendvel um avano mximo de 5 km de terraplenagem sem revestimento, para que no haja perda de servios. e) Utilizao de materiais betuminosos inadequados na composio do concreto asfltico. O tipo de cimento asfltico de petrleo -CAP utilizado e a suaFolha 47

concentrao na composio da mistura podem trazer alteraes na resistncia e na textura do concreto betuminoso. A concentrao baixa de CAP e de material fino pode causar textura crespa no revestimento. O excesso de CAP causa a exsudao do material, tornando a superfcie muito lisa.

Figura 29A: revestimento de textura crespa

Figura 29B: exsudao no revestimento

f) Realizao de corte com inclinao inadequada do talude, gerando descarrilamento de material. A inclinao adotada funo do coeficiente de atrito do solo natural, exigindo ensaios rigorosos para a sua determinao. g) Servios de terraplenagem executados com altura menor que a determinada em projeto, trazendo, alm dos prejuzos financeiros, instabilidade no leito estradal. h) Falta de execuo de enleivamento nos taludes de corte e aterro, causando eroses na rea, que podem evoluir para surgimento de voorocas, dependendo da aridez do solo

Folha 48

5-

CONCLUSO Esse trabalho apresenta um mtodo de avaliao qualitativa e quantitativa de

obras rodovirias, cujo emprego possibilita maior preciso nas aes de controle, detectando a ocorrncia de falhas e prevenindo a sua reincidncia. O roteiro de auditoria apresentado pode ser utilizado no todo ou em parte, dependendo do escopo da auditoria a ser realizada e da profundidade necessria em cada caso, permitindo a flexibilizao dos procedimentos adotados. Embora tenha se buscado apresentar os conceitos tcnicos da engenharia rodoviria de uma forma mais simplificada, conveniente que a utilizao do roteiro seja feita, preferencialmente, por profissionais ligados rea de cincias exatas, para facilitar o seu entendimento e a aplicao em campo. Em funo dos indcios de irregularidades que tm sido detectados nos servios executados em obras do setor rodovirio, tanto pelo Tribunal de Contas da Unio, quanto pela Secretaria Federal de Controle Interno, fundamental que haja um aprofundamento nas auditorias realizadas nessas obras. Tem sido constatado em obras rodovirias a ocorrncia de falhas por falta de uma legislao mais rigorosa para coibir abusos na execuo contratual. Os aditamentos contratuais causados pelas alteraes do projeto ocorrem devido a falhas graves na concepo do projeto bsico e ausncia de instrumentos legais que impeam essa prtica. necessrio, portanto, que os profissionais ligados ao Controle e Engenharia busquem aprimoramentos na legislao para restringir as irregularidades no setor rodovirio.

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REFERNCIA1- CAPUTO, Homero Pinto. Mecnica dos Solos e suas aplicaes. Rio de Janeiro: Livros Tcnicos e Cientficos, 1987. 2- DNER- Instituto de Pesquisas Rodovirias. Especificaes de Servios e de Materiais. Rio de Janeiro, 1997. 3- FRAENKEL, Benjamim B. Engenharia Rodoviria. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois,1989 4- INSTITUTO BRASILEIRO DE PETRLEO. Informaes bsicas sobre materiais asflticos. Rio de Janeiro, 1994. 5- JUSTEN FILHO, Maral. Comentrios Lei de Licitaes e Contratos Administrativos. 8 ed. So Paulo: Dialtica, 2000. 6- RICARDO, Hlio de Souza. Manual Prtico de Escavao. 2 ed. So Paulo: Pini, 1990. 7- Site www.DNER.gov.br 8- Site www.wmslogstica.com.br 9- UFJF- Universidade Federal de Juiz de Fora. Notas de Aula do curso de Engenharia Civil. Juiz de Fora, 2001

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