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Curso de Obras Rodoviárias- CGU Professores: Fabrício Mareco e Gustavo Rocha 1 www.pontodosconcursos.com.br Aula 09 Fiscalização Olá pessoal! Já estamos na reta final da sua preparação para o concurso da CGU! Então? Já estão se imaginando sentados em sua baia na CGU? Imaginem a mesa de vocês cheia de processos de obras para fiscalizar! E sim, claro, imaginem também a sua conta bancária mais gorda! O assunto de hoje é de suma importância, especialmente em provas de ingresso a órgãos de controle, como é o caso da CGU. A fiscalização de obras e contratos é bastante importante para a atividade de um Analista de Finanças e Controle especializado na área de Obras Públicas. Portanto, esse tema é um dos mais importantes de todo o nosso curso. Por isso, procuramos trazer para vocês os conceitos mais cobrados nas provas de concursos. Não vamos perder mais tempo! Vamos a nossa aula! 1 - FISCALIZAÇÃO 1.1 - Conceitos Básicos de Fiscalização : Fiscalização [Ref. 1 – NBR 12722]: “Deve consistir na verificação, permanente ou periódica, por profissional habilitado representante dos interesses do proprietário da obra, da satisfação por parte do construtor, de todas as prescrições existentes no projeto e disposições contratuais em vigor, durante a construção da edificação e do recebimento da obra. Nota: a fiscalização deve ser, pelo menos na parte de atendimento às disposições dos projetos, preferencialmente exercida pelos autores dos projetos”. 1.2 - Estrutura de fiscalização e pessoal habilitado Entre os principais problemas relacionados à má qualidade das obras públicas estão, justamente, a estrutura disponibilizada para a

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Olá pessoal!Já estamos na reta final da sua preparação para o concurso da CGU!Então? Já estão se imaginando sentados em sua baia na CGU?Imaginem a mesa de vocês cheia de processos de obras parafiscalizar! E sim, claro, imaginem também a sua conta bancária maisgorda!O assunto de hoje é de suma importância, especialmente em provasde ingresso a órgãos de controle, como é o caso da CGU. Afiscalização de obras e contratos é bastante importante para aatividade de um Analista de Finanças e Controle especializado na áreade Obras Públicas.

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Aula 09

Fiscalização

Olá pessoal! Já estamos na reta final da sua preparação para o concurso da CGU! Então? Já estão se imaginando sentados em sua baia na CGU? Imaginem a mesa de vocês cheia de processos de obras para fiscalizar! E sim, claro, imaginem também a sua conta bancária mais gorda! O assunto de hoje é de suma importância, especialmente em provas de ingresso a órgãos de controle, como é o caso da CGU. A fiscalização de obras e contratos é bastante importante para a atividade de um Analista de Finanças e Controle especializado na área de Obras Públicas. Portanto, esse tema é um dos mais importantes de todo o nosso curso. Por isso, procuramos trazer para vocês os conceitos mais cobrados nas provas de concursos. Não vamos perder mais tempo! Vamos a nossa aula! 1 - FISCALIZAÇÃO 1.1 - Conceitos Básicos de Fiscalização : •Fiscalização [Ref. 1 – NBR 12722]: “Deve consistir na verificação, permanente ou periódica, por profissional habilitado representante dos interesses do proprietário da obra, da satisfação por parte do construtor, de todas as prescrições existentes no projeto e disposições contratuais em vigor, durante a construção da edificação e do recebimento da obra. Nota: a fiscalização deve ser, pelo menos na parte de atendimento às disposições dos projetos, preferencialmente exercida pelos autores dos projetos”. 1.2 - Estrutura de fiscalização e pessoal habilitado Entre os principais problemas relacionados à má qualidade das obras públicas estão, justamente, a estrutura disponibilizada para a

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fiscalização (número de profissionais e equipamentos) e na ausência de pessoal qualificado (falta de capacitação) e habilitado (sem formação específica ou sem registro no Crea). As administrações até a algum tempo, não davam atenção ao desenvolvimento adequado de projetos e orçamentos e, grave também, não dispunham de fiscais habitados, quer seja dos quadros próprios ou contratados. É muito comum se verificar que os profissionais encarregados de fiscalizar obras públicas, encontram-se com um número elevado de tarefas a desempenhar e, não dispondo de meios materiais para tal, por exemplo, veículo destinado às atividades específicas de acompanhamento de obras. Estruturas administrativas e órgãos são criados e passam, sem a mínima condição, a tentar executar obras como se fossem atividades corriqueiras do órgão. Municípios sem dispor de um profissional capacitado e, nem mesmo habilitado, dão início à pavimentações de rodovias. Qual será a qualidade dessa obra executada? Qual a sua durabilidade? 1.3 Funções e responsabilidades do fiscal Fiscalização é uma atividade que deve ser exercida de modo sistemático pelo Contratante e seus prepostos, objetivando a verificação do cumprimento das disposições contratuais, técnicas e administrativas, em todos os seus aspectos. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição. A contratação de terceiros para fiscalizar uma obra é permitida. Porém a lei restringe essa terceirização à o apoio técnico (assistir e subsidiar), ou seja, a responsabilidade de fiscalizar continua sendo do representante da Administração. O representante da Administração (o fiscal) anotará em registro próprio (Diário de Obra) todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados. As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.

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O fiscal ou comissão designada tem como função de destaque, proceder ou acompanhar as medições devendo analisar, corrigir se for o caso os quantitativos dos materiais e serviços empregados e os respectivos valores, providenciar a classificação dos materiais e atestar a correção e exatidão dos serviços executados e valores monetários a pagar. As comunicações entre o representante da contratada e o representante da contratante, serão sempre por escrito, sem emendas ou rasuras, em duas vias, devendo o recebedor assinar e datar a segunda via que será arquivada pelo remetente. A Contratada deverá comunicar, por escrito ao Fiscal, quem a representará no canteiro de serviço, como seu preposto. O preposto da Contratada deverá possuir competência necessária à leitura e interpretação das especificações e do projeto e será o encarregado de receber as instruções do Fiscal ou de seus auxiliares. O preposto da Contratada não poderá alegar falta de autoridade própria para não acatar imediatamente as ordens do Fiscal, salvo aquelas que estiverem em desacordo com os direitos deste. As reuniões realizadas no local dos serviços e obras serão documentadas por Atas de Reunião, elaboradas pela Fiscalização e que conterão, no mínimo, os seguintes elementos: data, nome e assinatura dos participantes, assuntos tratados, decisões e responsáveis pelas providências a serem tomadas. Pessoal, reparem que as atas de reunião são elaboradas pela Fiscalização e não pela Contratada! A comunicação entre a Fiscalização e a Contratada será realizada através de correspondência oficial e anotações ou registros no Diário de Obra ou Registro de Ocorrências. O Registro de Ocorrências ou Diário de Obra, com páginas numeradas, será destinado ao registro de fatos e comunicações que tenham implicação contratual, como: modificações de projeto, conclusão e aprovação de serviços e etapas construtivas, autorizações para execução de trabalho adicional, autorização para substituição de materiais e equipamentos, ajustes no cronograma e plano de execução dos serviços e obras, irregularidades, entrada e saída de equipamentos, serviços em andamento, efetivo de pessoal, condições climáticas, visitas ao canteiro de serviço, inclusive para as atividades de suas subcontratadas e providências a serem tomadas pela Contratada e Fiscalização.

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Constituem motivos para rescisão do contrato: (Lei 8.666/93, art. 78, inc. VII e VIII) • o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores; • o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas pelo representante da administração. As premissas básicas para o exercício da fiscalização é o pleno conhecimento do contrato e do seu objeto. As funções do fiscal podem ser assim resumidas: • Aprovar a indicação do contratado do coordenador responsável pela obra. • Verificar se estão sendo utilizados na obra os equipamentos, as instalações e a equipe técnica previstos na proposta e/ou no contrato. • Esclarecer e solucionar falhas, interferências ou omissões eventualmente constatadas no Projeto Básico ou no Projeto Executivo. Também deve acompanhar a elaboração do “as built” da obra. • Aprovar materiais similares propostos pelo contratado, avaliando se os mesmos estão em conformidade com a garantia, qualidade, composição e desempenho requeridos pelas especificações técnicas. • Controlar o cumprimento do cronograma de execução dos serviços. • recolher ART de fiscalização. • certificar-se da existência do Diário de Obra e visá-lo periodicamente. • tomar conhecimento da designação do responsável técnico (preposto) da Contratada. • Analisar e aprovar parte ou totalidade dos serviços executados, em obediência ao caderno de encargos, anotando as irregularidades no Diário de Obras (ou no Registro de Ocorrências).

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• solicitar e acompanhar a realização dos ensaios geotécnicos e de qualidade. • acompanhar todas as etapas de execução e liberar a etapa seguinte. • Verificar e aprovar eventuais acréscimos ou supressões de serviços, necessários ao perfeito cumprimento do objeto do contrato. • Verificar e atestar as medições dos serviços, bem como conferir e encaminhar para pagamento as faturas emitidas pelo contratado. • emitir Termo de Recebimento da obra. e • auxiliar no arquivamento da documentação da obra. 1.4 - Designação formal (portaria) Obrigatoriamente, deve ficar caracterizada a designação formal para que um profissional habilitado fiscalize determinada obra ou serviço. Essa designação é feita mediante um ato próprio da administração (normalmente uma Portaria). 1.5 - ART de fiscalização Toda obra ou serviço de engenharia deve ter um fiscal especialmente designado para acompanhar a execução do contrato. Somente poderá atuar como fiscal um profissional que, além de habilitado deve estar capacitado para o desempenho da tarefa e, para tanto, preencherá uma Anotação de Responsabilidade Técnica – ART. O fiscal deverá recolher ART, específica para cada objeto da licitação, atestando sua responsabilidade. Além disso, o órgão contratante deverá recolher ART de Cargo e Função de seu fiscal sob pena de infração à norma legal, É o seguinte, a Administração designará um representante, através de portaria, para exercer a função de fiscal. Para isso, o órgão deverá recolher uma ART de Cargo e Função. Já o fiscal, deverá recolher uma ART de fiscalização específica para a obra ou serviço. 1.6 - Acompanhamento da aplicação de recursos 1.6.1 – Medições

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A medição é a apuração dos quantitativos e valores realizados das obras ou serviços. Em obras públicas, somente poderão ser considerados para efeito de medição e pagamento os serviços e obras efetivamente executados pela Contratada e aprovados pela Fiscalização, respeitada a rigorosa correspondência com o projeto e suas modificações expressa e previamente aprovadas pelo Contratante. Cláudio Sarian Altounian, em seu livro “Obras públicas: licitação, contratação, fiscalização e utilização”, páginas 314 e 315, destaca que uma das principais atividades da fiscalização está relacionada à realização das medições dos quantitativos dos serviços executados e ao ateste da qualidade desses serviços. Segundo ele, a dificuldade se acentua quando ocorre troca dos responsáveis pela fiscalização no decorrer da obra. Para reduzir os riscos de futuros problemas, é recomendável que: “a) toda medição seja acompanhada de memorial de cálculo detalhado, indicando os setores e áreas em que o serviço está sendo aferido; b) as planilhas de medição demonstrem os serviços executados no mês e os serviços acumulados desde o início da obra; c) sejam feitas comparações entre as quantidades de serviços executadas e as previstas para aquela etapa da obra e, de imediato, consultado o projetista a respeito de eventuais distorções; d) sejam avaliados os saldos dos serviços contratados para a verificação da devida adequação à conclusão do empreendimento; e) os fiscais que estejam entrando ou saindo realizem inventário, inclusive por meio de foto ou filme, a respeito da real situação da obra. Para aqueles que, ao assumir o novo encargo, encontrarem distorções quando comparados os serviços já medidos com os aferidos no inventário, é importante que haja registro da informação e consulta ao fiscal anterior para saneamento de qualquer dúvida e, em casos críticos, comunicação a seus superiores.” Somente poderão ser considerados para efeito de medição e pagamento os serviços e obras efetivamente executados pela Contratada e aprovados pela Fiscalização, respeitada a rigorosa correspondência com o projeto e suas modificações expressa e previamente aprovadas pelo Contratante.

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O pagamento dos serviços, além de ser feito com base em medições atestadas e detalhadas pela Fiscalização, deve ser feito mediante a comprovação do recolhimento dos devidos tributos e da implementação das demais condições eventualmente exigidas no edital. Desse modo, se a fiscalização comprova que o serviço foi executado em conformidade com os padrões de qualidade do respectivo edital, mas o quantitativo executado difere do previsto, NÃO se deve liberar o pagamento de imediato, proporcionalmente ao quantitativo executado. O pagamento só deve ser realizado após a execução efetiva do quantitativo previsto. Cabe ressaltar que, em casos EXCEPCIONAIS, o TCU tem admitido a antecipação de pagamento mediante as indispensáveis cautelas ou garantias, efetuando-se, posteriormente, os respectivos descontos nos créditos da empresa contratada em valores atualizados na forma do contrato. Entretanto, essa não é a regra. É a exceção! A medição será baseada em relatórios periódicos emitidos pelo contratado, registrando levantamentos, gráficos e memórias de cálculo necessários à discriminação e determinação das quantidades dos serviços efetivamente executadas. A discriminação e quantificação dos serviços deverão respeitar minuciosamente a planilha contratual e os critérios de medição e pagamento. A contratante efetuará pagamento das faturas emitidas pelo contratado com base nas medições de serviços aprovadas pela fiscalização, respeitando-se as condições estabelecidas no contrato. A critério da administração, as medições poderão ser realizados pela fiscalização ou por comissão designada e nesta circunstância, a medição das etapas será solicitada por escrito à contratante que deverá efetuar a medição, classificação de materiais e conferência, dentro do prazo definido no Edital e no Contrato. Quando da existência de contrato de consultoria (terceirização dos serviços de fiscalização), a consultora deverá acompanhar as medições e sobre elas manifestar-se, bem como, atestar sua veracidade e pertinência, através de assinatura do profissional indicado e aceito pela contratante, aspectos estes, previstos na licitação e no contrato. Por último a fiscalização emite o seu parecer e, estando os serviços em conformidade com o contrato, assina também a medição.

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Cabendo, ainda, a conferência pelo gerente ou gestor do contrato, ou pelos serviços de controle mantidos pela administração, para só então seguir para pagamento. Assim sendo, as medições devem ser assinadas: - pelo preposto da contratada; - pelo representante da consultora (quando houver); e - pelo fiscal ou comissão designada pela contratante. As “planilhas de medição” ou “boletins de medição” de uma obra ou empreendimento constituem-se em documentos que habilitam ao pagamento parcial* de obras com execução parcelada ou global. *Pessoal, entendam como pagamento parcial, as medições periódicas dos serviços executados. Por exemplo, pagamentos mensais baseados nas planilhas de medição dos serviços executados naquele período. Vamos ver, então, um modelo de “planilha de medição” da obra:

1.6.2 – Empenho, Liquidação e Pagamento As despesas públicas seguem um rito particular, cuja base legal é a Lei 4.320/64. No setor público, a execução da despesa é composta por três estágios: empenho, liquidação e pagamento.

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O empenho é uma reserva orçamentária para determinado gasto. Cria para o Estado uma obrigação de pagamento. A obrigação registrada pela contabilidade pública representa a possibilidade de exigibilidade por parte de terceiros. Mais precisamente, o Empenho é a reserva financeira do gasto, pela a Administração. Pessoal, de maneira bem simples, o empenho é a etapa em que a Administração se compromete a arcar com a despesa prevista no seu orçamento. A liquidação consiste na verificação da prestação do serviço e da entrega dos bens, bem como do credor e do valor a ser pago. Só pode ser efetuada após o empenho. Liquidação é a verificação do direito adquirido pelo credor. É a etapa implica reconhecimento do compromisso assumido no estágio do empenho, o qual se transforma em dívida certa (certeza de sua existência) e líquida (determinada em seu quantum). O pagamento é a entrega de numerário ao credor e somente pode ser efetuado após a liquidação. Conforme visto, cada estágio depende do anterior. De acordo com os arts. 62 e 63 da Lei 4.320/64, o pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação, entendida esta como a verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. Tudo bem, mas qual é a importância disso pra nós? É simples: a regra para pagamento dos serviços é a efetiva liquidação da despesa. No caso de obras, essa liquidação se faz com base em medição ATESTADA e detalhada pela fiscalização competente, bem como pela comprovação do recolhimento dos devidos tributos e da implementação das demais condições eventualmente exigidas no edital. Portanto, pessoal, percebemos que a medição é apenas uma das etapas a serem cumpridas até o efetivo pagamento dos serviços.

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Outra coisa, o empenho pode ocorrer antes da licitação. Na prática é assim que funciona. O governo só deve licitar após se “comprometer” com aquela despesa. Já a liquidação só poderá ocorrer após a medição aprovada pela fiscalização. Porém, não basta a aprovação da medição para que se realize o ato de liquidação da despesa. Na fase da liquidação, devem concorrer operações administrativas, apoiadas em documentos probatórios suficientes para reconhecer a despesa efetuada, sua regularidade e a exigibilidade do crédito contra o poder público, permitindo, com isso, que seja expedida a correspondente ordem de pagamento. Por exemplo, se a contratada estiver inadimplente com o INSS, e esta for uma das exigências para o pagamento, previstas no edital ou contrato, a empresa só deverá ter ser crédito reconhecido após sanada a pendência junto ao INSS. Por fim, a Ordem de Pagamento é o despacho exarado por autoridade competente, determinando que a despesa seja paga. A ordem de pagamento é exatamente a última fase do estágio da despesa, de que trata a lei. Ela deverá ser exarada no processo da despesa pela pessoa legalmente investida na autoridade de ordenar pagamentos 1.6.3 – Reajustamento Pessoal, vamos ver o que a lei 8.666/93 diz sobre o reajustamento: • Art. 40 da Lei de Licitações: “XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela;” • Art. 65 da Lei de Licitações: “§ 8º A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto no próprio contrato, as atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento nele previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila, dispensando a celebração de aditamento.”

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Portanto, pessoal, o REAJUSTE significa a alteração do valor a ser pago em funçãoda variabilidade do valor determinante da composição do preço. Em outras palavras, o reajustamento decorre da necessidade de alteração dos valores pactuados, em virtude da previsível perda do valor da moeda devido a variações da taxa inflacionária ocorridas em um determinado período. Tais alterações devem ser efetivadas, portanto, por meio da utilização de índices específicos aplicáveis ao objeto contratado, que, se previstos no termo de contrato, eliminam a necessidade de celebração de termos aditivos, podendo se realizar por simples apostilamento. Cabe ressaltar que o reajustamento dos contratos em que seja parte órgão ou entidade da Administração Pública direta ou indireta da União, dos Estados, do DF e dos Municípios somente poderá ser realizado em periodicidade igual ou superior a um ano, contado da data limite para apresentação da PROPOSTA ou do ORÇAMENTO a que essa se referir. Para ficar bem claro, vamos ver o que é o tal apostilamento. O apostilamento deriva-se de apostila, que nada mais é do que fazer anotação ou registro administrativo no próprio termo de contrato ou nos demais instrumentos hábeis que o substituem. Assim sendo, podemos conceituar o apostilamento como sendo “a anotação ou registro administrativo, que pode ser realizado no verso do próprio termo de contrato, ou por termo ato separado, juntado aos autos do processo administrativo respectivo”. O ato administrativo pelo qual se materializa o apostilamento é a apostila. 1.6.4 – Recomposição Já a RECOMPOSIÇÃO (também chamada de Revisão) ocorre nos casos de existência de situações novas que coloquem em xeque o equilíbrio econômico-financeiro do ajuste. O que deve ficar claro é que a recomposição de preços deriva da ocorrência de eventos extraordinários que oneram os encargos do contrato. As alterações dessa natureza, em função da sua imprevisibilidade, devem ser formalizadas por meio da celebração de termo aditivo ao contrato, respaldado pela comprovação dos fatos que provocaram tais anomalias. Devido ao seu caráter extraordinário e, por conseguinte, imprevisível, a recomposição de preços pode ser invocada, no decorrer da execução do contrato, a qualquer tempo.

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Essa necessidade de manutenção do “Equilíbrio Econômico-Financeiro” do Contrato advém do art. 37 da Constituição Federal/1988: “XXI – Ressalvados em casos específicos na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública, que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam condições de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.” Vamos às diferenças entre REAJUSTE e RECOMPOSIÇÃO: • O Reajuste visa meramente aplicar a correção monetária sobre os valores contratados (recuperação do “poder de compra” da moeda). • A Recomposição (ou revisão) visa recompor o equilíbrio econômico-financeiro do contrato. • O reajuste pode ser feito por apostilamento. • A recomposição necessita de aditivo contratual para sua formalização. • O reajuste só é cabível após o interregno de um ano após a data-base da proposta. • A recomposição é cabível a qualquer tempo, desde que haja motivo (fato imprevisível, motivo de força maior, caso fortuito, criação/extinção de impostos etc.) 1.6.5 – Repactuação Existe, ainda, a figura da REPACTUAÇÃO DE PREÇOS, que tem sido utilizada principalmente para os contratos de natureza continuada, em virtude de alterações nos custos do contrato proporcionadas, em maior grau, por acordos, convenções e dissídios coletivos de trabalho. Tais ocorrências têm a mesma natureza dos reajustamentos, em função da sua previsibilidade, haja vista que decorrem da necessidade de alteração dos valores pactuados, em virtude, majoritariamente, de mudanças anuais promovidas nas bases salariais utilizadas para compor os preços ofertados referentes à mão-de-obra contratada para esses serviços.

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Nesse contexto, a IN/MPOG nº 02, de 30/04/2008, que disciplina a contratação de serviços contínuos, estabelece que a repactuação contratual somente será permitida caso seja observado o interregno mínimo de um ano, a contar da “data limite para apresentação das propostas constante do instrumento convocatório”, ou da “data do orçamento a que a proposta se referir, admitindo-se, como termo inicial, a data do acordo, convenção ou dissídio coletivo de trabalho ou equivalente, vigente à época da apresentação da proposta, quando a maior parcela do custo da contratação for decorrente de mão-de-obra e estiver vinculado às datas-base destes instrumentos.” Vamos ver agora um resumo que fizemos para facilitar a visualização dessas possíveis formas de alteração de valores contratuais:

1.6.6 – Cálculo do Reajustamento • Cálculo do Reajuste com Índice Unitário: Os preços permanecerão válidos pelo período de um ano. Após este prazo, os preços serão reajustados, aplicando-se a seguinte fórmula: R = V . [ (Ii-Io) / Io ] onde: R = o valor do reajustamento procurado; V = o valor contratual a ser reajustado; Ii = o índice correspondente ao mês do reajuste; Io = o índice inicial correspondente ao mês de apresentação da proposta. Segundo Claudio Sarian, as principais fontes de índices são:

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(i) FGV (INCC; ICC por capitais; Outros índices para obras específicas: edificações, pavimentação, terraplenagem, hidrelétricas, portuárias etc.); (ii) IBGE (convênio com a CAIXA, para o SINAPI); (iii) FIPE (diversas obras, foco em São Paulo); (iv) Editora PINI (custos de edificações: residencial, comercial, industrial). Fiquem atentos caso ocorra mudança de data-base desses índices. Deve-se primeiro calcular o valor do índice na data base original. Vamos a um exemplo de mudança de data-base para ilustrar nossos estudos. Exemplo: Pessoal, o Índice Geral de Preços (IGP) é um dos índices que é utilizado para o cálculo de reajustes de contratos. Porém, o mais usual é o INCC (índice Nacional da Construção Civil). No nosso exemplo vamos utilizar o IGP, pois foi o mesmo índice que a ESAF tomou como referência para uma questão da prova do concurso CGU/2008. Primeiramente, gostaria de esclarecer que o IGP-DI tem como base fixa em a data de agosto de 1994.

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Portanto, pessoal, esses valores destas datas (Jan/2001, Fev/2001, etc.) têm como referência agosto de 1994. Agora, e se quisermos calcular o valor de maio de 2001 tendo como referência janeiro de 2001? 1 – Fixamos a nova data-base em janeiro de 2001, ou seja: � Janeiro de 2001 = 100%. 2 - Cálculo do índice na nova base, janeiro de 2001, para o mês de maio de 2001:

Então temos:

Daí, obtemos o novo valor para o mês de maio de 2001 na data-base de janeiro de 2001 que é 102,735. 3 – Os índices dos demais meses são calculados de forma similar ao exemplo acima. A nova tabela para todos os meses (data-base janeiro de 2001) ficaria assim:

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1.7 - Análise e interpretação de documentação técnica 1.7.1 – Edital Segundo a Lei de Licitações e Contratos: “Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte: I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara; (...) IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico; V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de licitação e o local onde possa ser examinado e adquirido; VI - condições para participação na licitação, em conformidade com os arts. 27 a 31 desta Lei, e forma de apresentação das propostas; (...) X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou

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faixas de variação em relação a preços de referência, ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48; (...) XIII - limites para pagamento de instalação e mobilização para execução de obras ou serviços que serão obrigatoriamente previstos em separado das demais parcelas, etapas ou tarefas;” (...) XIV - condições de pagamento, prevendo: a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, contado a partir da data final do período de adimplemento de cada parcela; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) b) cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade com a disponibilidade de recursos financeiros; c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final do período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo pagamento; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e descontos, por eventuais antecipações de pagamentos; Pessoal, interpretando esse item ”d”: então, se o construtor der um “desconto” no preço contratado, pode haver “antecipação de pagamento” sem a contraprestação do serviço? Não! (Ver art. 65, inc. II, alínea “c”). A “eventual antecipação” aqui referida é um “erro” que foi detectado. Por isso o desconto pelo “eventual” erro. e) exigência de seguros, quando for o caso; (...) XVI - condições de recebimento do objeto da licitação;” Esses são os mais importantes! Além disso, de acordo com a 8.666/93: § 2º Constituem anexos do edital, dele fazendo parte integrante:

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I - o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, especificações e outros complementos; II - orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários; III - a minuta do contrato a ser firmado entre a Administração e o licitante vencedor; IV - as especificações complementares e as normas de execução pertinentes à licitação. 1.7.2 – Contrato 1.7.2.1 – Cláusulas obrigatórias Considera-se Contrato: “todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada”. O Estatuto das Licitações e Contratos (Lei 8.666/93) discorre sobre o papel do agente público responsável pelo contrato, seja na posição de fiscal, representante designado ou autoridade competente. Merece ser destacado que a supremacia do interesse público diante do particular permeia toda a aludida norma. Observar: Art. 55 da Lei (cláusulas obrigatórias dos Contratos). Vale a pena dar uma olhada nessas cláusulas! De acordo com o art. 55 da Lei 8.666/93, são cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam: "I - o objeto e seus elementos característicos; II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento; IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso;

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V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica; VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas; VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas; VIII - os casos de rescisão; IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta Lei; X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso; XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor; XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos; XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação." Essas cláusulas são obrigatórias em TODOS os contratos? Sim, em todos aqueles regidos pela Lei de Licitações e Contratos. Vamos ver agora alguns pontos importantes dos contratos. 1.7.2.2 - Garantia Contratual A Administração PODE exigir prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras, desde que exista previsão para tanto no instrumento convocatório, a qual deverá ser liberada ou restituída após a execução do contrato (atualizada monetariamente, se for o caso). Não é obrigatória a exigência da caução contratual. Reparem que a legislação utiliza a palavra “PODE”. Essa garantia está limitada a 5% do valor do contrato, podendo ser elevada para 10%, em casos de obras, serviços e

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fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis. A regra, quando há exigência da garantia contratual é de ATÉ 5% do valor do contrato. Pode ser menos. A exceção fica por conta das obras de grande vulto (ATÉ 10%). Pessoal, não confundam essa exigência de caução contratual com a exigência de caução da licitação (também facultativa).

Havendo a exigência de garantia, o CONTRATADO PODE ESCOLHER uma das seguintes modalidades: I – caução em dinheiro ou títulos da dívida pública; II – seguro-garantia; III – fiança bancária. Reparem que no caso da garantia contratual o contratado ESCOLHE qual a modalidade que ele fará a caução. A Administração não impõe a modalidade! 1.7.2.3 – Regimes de execução dos contratos A Lei 8.666/93 define que a execução dos contratos administrativos pode ser feita de duas formas: direta e indireta.

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A execução direta é aquela que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos próprios meios. Já a execução indireta é aquela em que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regimes: a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total; b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas; c) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais; d) empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada;” Observações: • É importante observar que, na iniciativa privada, há outros regimes de contratação; • Remuneração dos serviços “por administração”: Trata-se de modalidade prevista no ordenamento jurídico anterior à Lei 8.666/93; Na iniciativa privada ainda é adotada; • Nesse regime a contratada cobra uma “taxa de administração”, previamente estabelecida, a ser aplicada mensalmente sobre os custos gerais da obra; • Esse “regime” trazia grandes riscos à administração, pois se, por exemplo, os materiais não estivessem disponíveis para os trabalhos (problemas na licitação, por exemplo), o empreiteiro “cruzava os braços” e cobrava sua remuneração pelo tempo paralisado; Na iniciativa privada os contratos desse tipo de obra são muito bem elaborados, definindo todas as responsabilidades e direitos de ambas as partes; • O contrato de empreitada por preço integral também conhecido por “turn-key” (é só “virar a chave” e começar o uso do produto),

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transferindo todos os riscos para o contratado; Obviamente o contratado cobrará muito bem pelos riscos que assumir... • Na administração pública o uso do “turn-key” é “problemático” em função da falta de transparência nos custos reais da obra (“segredos comerciais”), impedindo o controle dos gastos públicos. Porém, por vezes, são pactuados contratos desse regime de execução (empreitada integral). Diferenças entre os regimes: “Preço Global” x “Preço Unitário”: • No regime de preços unitários, o pagamento é feito através de medições de campo dos quantitativos dos serviços realizados a cada período. • Na empreitada global, as quantidades dos serviços são previamente determinadas. As medições no campo se fazem pela determinação do percentual realizado de cada serviço, até o limite do valor proposto, arcando o construtor com os riscos de erros de quantificação de cada serviço. • No regime de empreitada por preço global, somente eventuais modificações de projeto, ou a existência de situações imprevisíveis e que venham a alterar os quantitativos previstos dão causa a celebração de aditivos. • No regime de preço global, a contratada assume os riscos de um eventual erro nos quantitativos, tenham ou não sido levantados pelo contratante. A aferição dos quantitativos nesse regime é também responsabilidade da contratada, assumindo riscos maiores neste regime. Tal fato reflete na rubrica de riscos e imprevistos do BDI contratual. • No regime de preços unitários os quantitativos medidos e pagos podem variar em relação aos montantes previstos na planilha orçamentária. Neste caso, a contratada não está arcando com o risco de eventual erro nos quantitativos no orçamento-base. • Em geral, é comum se adotar empreitada por preço global em obras de edificações, onde as quantidades (volumes de concreto, áreas de revestimento etc.) podem ser estimadas com grande precisão a partir do projeto. • Em geral, as obras com grandes volumes de movimentação de terra (obras rodoviárias, barragens, canais etc.) adotam o regime de

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preços unitários, em virtude da menor precisão na estimativa dos volumes de corte e aterro. • É necessário formalizar aditivo de um contrato por preços unitários, quando os quantitativos de um serviço foram medidos além do previsto na planilha contratual? Resp.: SIM! “Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: I - unilateralmente pela Administração: (...) b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;” • Na empreitada por preço global, se o quantitativo efetivamente medido de um determinado serviço for inferior à quantidade prevista na planilha orçamentária, deve a Adm. Pública pagar a totalidade do quantitativo previsto? Resp.: De acordo com Claudio Sarian, deve-se verificar no caso concreto. Se a diferença não for expressiva, a Administração paga sim pelo risco que assumiu, confiando na qualidade do Projeto Básico... O importante no regime de preço global é o preço ajustado. Mas... se restar comprovado que o projeto básico possuía quantitativos exageradamente equivocados (bem maiores do que os efetivamente necessários), pode-se chamar a projetista para apresentar suas justificativas para os erros... Pessoal, o regime de execução é diferente do regime de contratação. Regime de CONTRATAÇÃO diz respeito à forma de contratação dos serviços: direta ou indireta. A direta é a aquela executada sem licitação (dispensa ou inexigibilidade). A execução direta é quando a Administração faz ela mesma o serviço, com seus próprios servidores. A contratação indireta seria aquela na qual se exige a prévia realização do processo de licitação para a formalização do contrato.

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O Regime de EXECUÇÃO diz respeito a um dos quatro tipos de regime definidos na Lei 8.666/93: preço global, preço unitário, tarefa e empreitada integral. Ocorrem no caso de contratação indireta e, conforme visto, estão relacionados à forma como os serviços contratados serão medidos e pagos.

1.7.3 – Aditivos Contratuais O TERMO ADITIVO é instrumento utilizado para modificar convênios, contratos ou similares cuja modificação seja autorizada em lei. Pode ser usado para efetuar acréscimos ou supressões no objeto, prorrogações, além de outras modificações admitidas em lei que possam ser caracterizadas como alterações do contrato. Recurso usado, via de regra, para alterar o instrumento principal, seja ele valor, vigência ou qualquer outra cláusula, sendo vedado quando tratar de alteração do objeto do instrumento principal. Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente autorizada pela autoridade competente. (art. 57, inciso VI, § 2º da Lei n. 8.666/93). No caso de prorrogação de vigência, deve-se ficar atento para o seguinte: Após cinco anos de vigência do instrumento principal, deverá ser formalizado um novo instrumento (art. 57, inciso II da Lei n. 8.666/93 e Instrução Normativa do STN n. 001/1997. O Termo Aditivo deverá ser publicado, obrigatoriamente, pelo Órgão, no Diário Oficial, o que é condição indispensável para a sua eficácia. ALTERAÇÕES DOS CONTRATOS Os contratos poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos: UNILATERALMENTE pela Administração:

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a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos (alteração qualitativa); b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos seguintes limites em relação ao valor inicial atualizado contratado (alteração quantitativa): ► 25% - nos casos de acréscimos ou supressão de quantitativos em obras, serviços ou compras; ► 50% - nos casos de acréscimos dos quantitativos e, reforma de edifício ou de equipamento. Observação: nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos, salvo as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes. Então, pessoal, é muito importante atentar para esses limites!

Os acréscimos de serviços cujos preços unitários são contemplados na planilha original, ou seja, respaldados pelo contrato, não constituem irregularidade se obedecidos os limites descritos na alternativa anterior. Além dessa condição, os preços devem estar dentro dos valores praticados no mercado, ou seja, os preços unitários dos serviços devem ser menores do que os preços de referência (SICRO, SINAPI, etc.). Caso contrário, estaria configurada a prática de sobrepreço, irregularidade muito comum em obras públicas no Brasil e um dos

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grandes problemas que os órgãos de controle (TCU, CGU, TCEs, CGEs, etc.) tentam combater. 1.7.4 – Subcontratação O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração. Ou seja, desde que admitida no edital e no contrato, é permitida a subcontratação total ou parcial do seu objeto. Vale lembrar que a subcontratação total ou parcial do objeto, quando não admitida no edital e no contrato, constitui motivo para a rescisão unilateral do contrato por parte da Administração.

Na subcontratação (sempre parcial e dotada de cautela), a relação da subcontratada é com a subcontratante e não diretamente com a Administração. Além disso, a subcontratação, quando autorizada pela Administração, prevista em edital e no contrato, não acarretará a transferência (a exoneração) das responsabilidades da empresa contratada, a qual continua a responder diretamente perante a Administração. Já a subrrogação funciona em sentido diametralmente oposto, inclusive, assim se manifestou o TCU (Acórdão 420/2002 – Plenário): “8.5- firmar o entendimento de que, em contratos administrativos, é ilegal e inconstitucional a sub-rogação da figura da contratada ou a divisão das responsabilidades por ela assumidas, ainda que de forma solidária, por contrariar os princípios constitucionais da moralidade e da eficiência (art. 37, caput, da Constituição Federal), o princípio da supremacia do

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interesse público, o dever geral de licitar (art. 37, XXI, da Constituição) e os arts. 2.º, 72 e 78, inciso VI, da Lei 8.666/93;” Pessoal, a sub-rogação é a substituição do responsável pelo contrato, ou seja, o contratado transfere a outrem todos os direitos, ações, privilégios, garantias, deveres e responsabilidades do contrato. 1.7.5 – Recebimento de Obras O recebimento do objeto é um assunto recorrente em provas. Portanto, devemos estar muito atentos a esse assunto. O art. 73, inciso I, da Lei de Licitações especifica as etapas para o recebimento de obras e serviços: a primeira, provisória, realizada diretamente pelo responsável pelo acompanhamento e fiscalização do empreendimento; a segunda, definitiva, realizada por servidor ou comissão designada pela autoridade competente. A lei determina que executado o contrato de obras e serviços, o seu objeto será recebido: I - Provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado. O recebimento provisório é dado em caráter experimental, para verificação da adequação do objeto aos termos contratuais e será lavrado depois de satisfeitas as seguintes condições: • realização de todas as medições e apresentação das faturas, inclusive referentes a acréscimos e modificações havidas; • fornecimento, quando for o caso, dos documentos: Certificado de aprovação de instalações e dos equipamentos por parte dos órgãos de fiscalização (ex. Corpo de Bombeiros); Certificados de Garantia de equipamentos e instalações; e Manuais de Operação e Manutenção das Máquinas, Equipamentos e Instalações. Há, entretanto, uma exceção para o recebimento PROVISÓRIO de obras e serviços. A lei 8.666/93 dispensa, em seu art. 74, inciso III, o recebimento PROVISÓRIO quando o valor não exceder o limite definido para a contratação por carta convite (R$ 80 mil), em face da pequena magnitude do empreendimento, desde que as obras e serviços não se componham de aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à verificação de funcionamento e produtividade.

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Vamos ver, a seguir, um modelo de Termo de Recebimento Provisório:

II - Definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais, observada a determinação de que o contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos, ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados. Em se tratando de compras ou de locação de equipamentos: Definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade do material e conseqüente aceitação.

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Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o recebimento far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais, mediante recibo. O recebimento definitivo é o recebimento de caráter permanente que será efetivado após as verificações e testes, comprovando a adequação do objeto contratado e, satisfeitas as seguintes condições que: • a Empreiteira / contratado, durante o período de observação entre o Recebimento Provisório e o presente Termo, atendeu às determinações que lhe foram feitas, no sentido de realizar na obra objeto do presente termo e nas respectivas instalações, os reparos e consertos necessários devido a vícios, defeitos, ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados; • foram atendidas todas as reclamações da fiscalização, referentes a defeitos e imperfeições que venham a ser verificadas em qualquer elemento das obras e serviços executados; • da vistoria realizada ficou comprovada a adequação do objeto aos termos contratuais; • foi entregue o “as built”, isto é uma via completa do projeto, com as alterações que se fizeram necessárias durante o decorrer da obra ou serviço, inclusive aquelas relativas a locação; • foi apresentado certidão negativa, termo de encerramento ou documento similar expedido pelo respectivo órgão ambiental licenciador, que comprove a regularidade do processo de licenciamento ambiental, quando for o caso; • foram apresentados os comprovantes: de pagamento dos empregados, do recolhimento dos encargos sociais e trabalhistas e dos tributos, relativos ao contrato; • foi apresentado, pelo contratado, o “habite-se” da obra (no caso de prédio); • os responsáveis pela administração do objeto executado nada têm a declarar; e • face ao exposto, os membros da Comissão de Recebimento Definitivo concluem pela aceitação do prédio (ou da obra) em questão, de forma definitiva, iniciando-se a contagem do prazo previsto no art. 618 do Código Civil.

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Serão liberadas as garantias ao contratado e o objeto incorporado ao patrimônio da Entidade Pública. Permanece, nos termos da lei, a responsabilidade do contratado pela solidez e segurança da obra. O prazo para emissão do Termo de Recebimento Definitivo não poderá ser superior a 90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais, devidamente justificados e previstos no edital. No caso em que a fiscalização possua motivos para a rejeição do pedido de recebimento, dará ciência, á contratada, por escrito, das razões da rejeição e solicitando a correção das deficiências apontadas, estipulando-se o prazo para sua correção. Vamos ver um modelo de Termo de Recebimento Definitivo:

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O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra (art. 618 do Código Civil) ou do serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites estabelecidos pela Lei ou pelo contrato (Lei 8.666/93). É importante salientar que se a obra for recebida com defeitos ou imperfeições visíveis, cessa a responsabilidade da contratada com o recebimento formal do contratante.

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Edital deverá dispor sobre a forma de realização do recebimento da obra, prazos e liberação da última parcela e das eventuais garantias retidas. A Administração rejeitará, no todo ou em parte, obra, serviço ou fornecimento executado em desacordo com o contrato. (art. 76, da 8.666/93). Pode ser realizado o pagamento final antes do recebimento definitivo? Apesar de o pagamento final dever se dar após o recebimento definitivo, porém, para aquelas obras que demandam um prazo longo de observação, após o Recebimento Provisório, o pagamento final poderá se dar antes do recebimento definitivo, desde que cumpridas as exigências, próprias do recebimento definitivo, que possam ser aferidas até o momento (o edital fixará os critérios). A obra pode ser utilizada antes do recebimento definitivo? Sim, porém, é conveniente que seja após o recebimento provisório para registrar que o contratado entregou o objeto contratado, a partir daí o mesmo poderá ser utilizado. O objeto será recebido, definitivamente, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais e, atendidas todas as reclamações da fiscalização, referentes a defeitos e imperfeições que venham a ser verificadas em qualquer elemento das obras e serviços executados. Sendo assim, o próprio início da utilização da obra (construção ou edificação) poderá ser importante no sentido de evidenciar alguma imperfeição, problema de funcionamento ou construtivo a ser corrigido, ainda, no prazo da emissão do recebimento definitivo. Vamos esquematizar esse assunto:

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1.7.7 – Projeto Básico O PROJETO BÁSICO é a peça fundamental que possibilita o perfeito entendimento, por parte dos interessados, do objeto de uma licitação. Imperfeições em sua elaboração implicarão a necessidade de alterações, com conseqüentes mudanças de especificações, quantitativos de serviços, preços e prazos. Tem sido observada significativa incidência de alterações de projeto durante a vigência dos contratos, gerando aditivos contratuais que, não raro, não se coadunam com o interesse público. O projeto básico, elaborado com amparo nos estudos técnicos preliminares e no anteprojeto, é o conjunto de elementos que define a obra e serviços que compõem o empreendimento, características básicas e desempenho almejado. Esse projeto deverá possibilitar a perfeita quantificação dos materiais, equipamentos e serviços possibilitando ainda, a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução. As especificações técnicas estabelecerão as características necessárias e suficientes ao desempenho técnico requerido pelo projeto, bem como para a contratação dos serviços e obras. O projeto básico é o elemento mais importante para execução de uma obra pública. É essencial, portanto, que se analise a existência e a adequabilidade das plantas, do memorial descritivo e especificações técnicas, dos estudos geológicos e topográficos e, especialmente, do orçamento da obra. Segundo o art. 6º da Lei 8.666/93, o Projeto Básico é o conjunto de elementos necessários e suficientes, com o nível de precisão

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adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos: • desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza; • soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem; • identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução; • informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução; • subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso; • orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados; As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em participar do processo licitatório (Lei 8.666/93, art. 7º). 1.7.8 - Projeto Executivo O PROJETO EXECUTIVO é o conjunto de informações técnicas necessárias e suficientes para a realização do empreendimento, contendo de forma clara, precisa e completa todas as indicações e detalhes construtivos para a perfeita instalação, montagem e execução dos serviços e obras objeto do contrato.

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De acordo com a lei 8.666/93, Projeto Executivo é o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. O projeto executivo poderá ser desenvolvido concomitantemente com a execução das obras e serviços, desde que também autorizado pela Administração. 1.7.9 - Projetos aprovados O responsável pela autoria dos projetos deve providenciar o alvará de construção e suas aprovações pelos órgãos competentes, tais como: Prefeitura Municipal, Corpo de Bombeiros, Concessionárias (energia elétrica, telefonia. saneamento etc.) e entidades de proteção sanitária e do meio ambiente. Mesmo que o encaminhamento para aprovação formal nos diversos órgãos de fiscalização e controle não seja realizado diretamente pelo autor do projeto, serão de sua responsabilidade as eventuais modificações necessárias à sua aprovação. A aprovação do projeto não exime seus autores das responsabilidades estabelecidas pelas normas, regulamentos e legislação pertinentes às atividades profissionais. 1.7.10 – Projeto “As Built” – Como construído O as built (“como construído”) nada mais é do que o projeto representando fielmente aquilo que foi executado, com todas as alterações que se fizeram necessárias durante o decorrer da obra ou serviço, inclusive aquelas relativas a locação. É o Catálogo de projetos elaborado pela executora da obra, durante a construção ou reforma, que retrate a forma exata de como foi construído ou reformado o objeto contratado. Ao final das obras e antes do levantamento da caução e do recebimento definitivo, a empreiteira deverá especificar, circunstanciadamente nos projetos, todas as modificações e alterações, introduzidas no plano inicial da obra, para o que ser-lhe-á fornecido um jogo completo de plantas de arquitetura, estrutural e de instalações. A não exigência do as built faz com que não se tenha cadastros confiáveis das obras executadas, sobretudo, aquelas enterradas: drenagens, redes de distribuição de água, de coleta de esgoto, de distribuição de gás, etc.

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O as built é de fundamental importância para o órgão contratante em razão das necessárias manutenções e alterações futuras. Deve ser um dos requisitos para emissão do Termo de Recebimento Definitivo. Sua elaboração deve estar prevista expressamente no edital de licitação, fazendo parte, inclusive, do orçamento da obra. 1.7.11 – Diário de obra O Diário de Obras é o documento de informação, controle e orientação, elaborado de forma contínua e simultânea à execução da obra, cujo teor consiste no registro sistemático, objetivo, sintético e diário dos eventos ocorridos no âmbito da obra, bem como de observações e comentários pertinentes. De acordo com Cláudio Sarian Altounian, em seu livro “Obras públicas: licitação, contratação, fiscalização e utilização”, o Diário de Obras é o livro que registra todas as informações diárias relativas ao empreendimento: equipamentos disponíveis, condições meteorológicas, número de funcionários por categoria, presença de subcontratadas, observações quanto a irregularidades constatadas pela fiscalização, pendências de projetos, etc. Em regra, é composto de três vias, cujas folhas são assinadas pelo representante da Administração e da empresa contratada: a primeira permanece na obra; a segunda é destacada pelo fiscal e a terceira pela empresa. Atualmente é informatizado, desde que haja também vias impressas com a assinatura dos responsáveis (“engenheiros residentes”). Cada órgão ou entidade contratante costuma adotar procedimentos próprios para anotações no diário de obras. A construtora, a fiscalização do órgão contratante da obra e a empresa supervisora fazem anotações no diário de obra, cada qual em campo específico. Obviamente, cada um dos agentes envolvidos vê a obra sob um prisma específico. A função do diário de obras é, então, exatamente permitir que no momento adequado (reunião técnica e/ou gerencial), tais diferenças sejam esclarecidas e bem resolvidas para o bom andamento da obra. A disponibilidade do Registro de Ocorrências, normalmente, é de responsabilidade da contratada, que deverá mantê-lo no escritório do canteiro de obra.

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A exigência do Diário de Obras deve estar prevista no Edital e no Contrato, definindo as características do documento desejado pela Administração contratante. Porém, mesmo não estando, não desobriga o registro de todas as ocorrências na execução do contrato (art. 67, § 1° da 8.666/93). Pessoal, atentem para o fato de que, atualmente, o Diário de Obras (ou Registro de Ocorrências) é também denominado LIVRO DE ORDEM. O Sistema CONFEA/CREA adotou a obrigatoriedade do Livro de Ordem nas obras e serviços de engenharia. Modelo de Diário de Obras:

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1.7.12 – Caderno de Encargos O CADERNO DE ENCARGOS pode ser definido como o conjunto de especificações, critérios, condições e procedimentos estabelecidos pelo contratante (ou proprietário) para a contratação, execução, fiscalização e controle de obras ou serviços.

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O Caderno de Encargos engloba a descrição de vários tipos de serviços, independentemente da obra que será executada, determinando o padrão e as normas de execução, específicos a um órgão contratante qualquer, para os serviços da construção civil. No Caderno de Encargos, encontram-se, inclusive, a especificação dos materiais básicos a serem aplicados. O mesmo deve seguir as orientações das normas técnicas de execução de serviços da ABNT. 1.7.13 – Memorial Descritivo No Memorial Descritivo, são definidos e descritos os métodos a serem usados na execução dos serviços, assim como as características dos materiais a serem empregados para tanto. O memorial especifica os métodos de construção. De acordo com o item 4.4.1 da NBR-12721/2000: “...é feito o memorial descritivo da edificação objeto da incorporação e dos seus acabamentos de forma sucinta e com emprego de terminologia adequada a sua apreciação pelos futuros adquirentes de unidades autônomas, em estreita vinculação com desenhos do projeto. O memorial descritivo dos acabamentos é, portanto, um resumo das especificações técnicas, obedecendo aos limites impostos pelos quadros que devem ser preenchidos.” Quem estiver encarregado de fiscalizar, controlar, inspecionar, auditar, deve estar capacitado a realizar a verificação física da obra ou serviço de engenharia, confrontando o contido nos projetos, memoriais descritivos e especificações, com os materiais e serviços, acabamentos e qualidade do que está sendo aplicado (ou que já foi aplicado). O memorial descritivo da obra é documento necessário para a montagem do orçamento, pois nele são caracterizados os métodos de execução e o padrão de acabamento da obra. 1.8 - “Jogo de planilha” ou “Jogo de preços” Por fim, vamos falar de um tema muito importante para o exercício da fiscalização: o chamado “Jogo de planilha” ou “Jogo de preços”. O “jogo de preços” ou “jogo de planilha” nos orçamentos, significa superestimar o valor de alguns itens e reduzir, propositalmente, outros com objetivo de se obter volume maior de receitas no início da obra ou, se vislumbrada a

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possibilidade de aditamento de quantitativos para determinados itens, esses também são superestimados em seu valor. Dentre as providências de análise, por parte da administração, devem ser verificados os custos unitários dos serviços significativos, se: ► os quantitativos dos principais itens das planilhas orçamentárias da licitação e da proposta vencedora correspondem aos do projeto básico (Lei 8.666/93, art. 40, § 2º, 11, c/c art. 43, IV). ► o cronograma físico-financeiro apresenta distribuição adequada e coerente de serviços e custos, pois a concentração de custos nas fases iniciais da execução pode indicar tentativa de antecipação de receitas. A verificação da compatibilidade entre os custos orçados pelo órgão (e pelos licitantes) com os praticados no mercado. (Lei 8.666/93, Art. 3°, Art. 44 § 3º, Art. 48, II), pode ser feita por meio de consulta a publicações especializadas (Revistas 'A Construção' e 'Dirigente Construtor’, Relatórios de Preços Unitários da Editora PINI, CUB do Sinduscon, por exemplo) ou tabelas elaboradas por órgãos públicos (DNIT, ministérios, secretarias de obras, órgão estaduais, etc.), ou ainda pela comparação com obras públicas semelhantes, contratadas à mesma época; também alguns tribunais de contas estaduais (e de municípios) possuem sistemas de custos unitários regionalizados, que podem ser consultados no decorrer dos trabalhos. Atentar para o fato de que a simples comparação com outras obras ou com indicadores da época (custo por m²) não fornece resultados conclusivos, mas apenas indica a eventual necessidade de se aprofundar o estudo, por meio de outros métodos, por exemplo: • na análise do orçamento sintético (que possui itens de preços para cada tipo de serviço), avaliar principalmente os itens cuja participação no custo final da obra seja mais significativo, além daqueles sujeitos a variações substanciais no decorrer da obra (como movimento de terra em obras rodoviárias, por exemplo); ► prevalecendo distorções de preço, analisar o orçamento analítico (que possui a composição de preços unitários de cada item de serviço) verificando se as quantidades de insumos consideradas são compatíveis com as previstas em tabelas consagradas (PINI, DNIT, órgãos estaduais, etc.) e seus preços condizentes com os praticados no mercado, à época: analisar a composição do BDI.

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O estabelecimento de mecanismos mais eficientes que possam inibir ou até mesmo eliminar as brechas legais que conduzem a prática do “jogo de preços”, deve configurar-se como uma obrigação para o gestor público que, dispondo de meios para conhecer os preços praticados no mercado, deve empenhar-se em coibir que sejam manipulados os preços unitários ofertados pelas empresas licitantes, com o objetivo de auferir ganhos maiores do que o previsto pela Administração Pública, quando, após assinatura do contrato, por aditivos acabam por aniquilar a vantagem aparentemente obtida com a escolha da proposta pelo menor preço global, entendida como a mais vantajosa. O “jogo de preços” ou “jogo de planilha” nos orçamentos poderá ser evitado pela indicação, no edital do critério de aceitabilidade dos preços máximos unitário e global. A atual redação do inciso X do art. 40 da Lei nº 8.666/93, estabelece que deva ser definido: “o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou faixas de variação em relação a preços de referência, ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48”. Portanto, a Administração Pública deve desclassificar propostas que adotem preços unitários acima de determinados limites e também aqueles que se enquadrem como inexeqüíveis na forma do art. 48 parágrafos 1º e 2º da mesma Lei. O art. 44, § 3º da Lei 8.666/93, define que: no julgamento das propostas, a Comissão levará em consideração os critérios objetivos definidos no edital ou convite, e que não se admitirá proposta que apresente preços global ou unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero, incompatíveis com os preços dos insumos e salários de mercado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que o ato convocatório da licitação não tenha estabelecido limites mínimos, exceto quando se referirem a materiais e instalações de propriedade do próprio licitante, para os quais ele renuncie a parcela ou à totalidade da remuneração. Assim, a redação dada ao inciso X do art. 40 da Lei de Licitações, no que se refere à faculdade de fixar preço máximo, mais do que um elemento do chamado critério de aceitabilidade pode importar em um significativo elemento de transparência e garantia da observância do chamado princípio da economicidade e que, portanto, se mostra como um avanço da Lei de Licitações e Contratos.

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O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou, por meio de acórdão, para que seja incluída, em editais, cláusula definindo os critérios de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, com a fixação de limites para preços máximos, visa resguardar, tão somente, o interesse público. Na mesma linha de importância do critério de aceitabilidade de preços máximos unitários e, em seu complemento, está a compatibilidade do cronograma físico-financeiro com o projeto básico, justamente para evitar que proponentes aumentem o valor das etapas iniciais da obra, o que configuraria antecipação de pagamento, com riscos para a administração pública, visto que, durante a execução, possivelmente a empresa contratada pleiteará aditivos contratuais objetivando reequilíbrio econômico-financeiro.

QUESTÕES COMENTADAS (TCU/2007 – CESPE) Aspectos importantes da fiscalização de uma obra pública em que o pagamento é feito por serviços executados são a medição dos quantitativos e o atestado da qualidade desses serviços.Acerca desse assunto, julgue os itens subseqüentes. 1-(TCU/2007 – CESPE) É recomendável que toda medição seja acompanhada do memorial de cálculo detalhado, indicando o local onde os serviços estão sendo aferidos. É isso mesmo! Os serviços que já foram objeto de medição e pagamento devem ter corretamente demonstrado o local onde foi feita a medição (estacas X a estaca Y, por ex) bem como o memorial detalhado de cálculo que justifique a medição encontrada. De posse dessas informações vocês, futuros Analistas da CGU, poderão identificar se a forma como foi calculada a medição está correta e ainda comprovar em campo, no local onde os serviços foram aferidos, se realmente tal serviço existe e, se existe, comprovar se os mesmos estão sendo executados conforme o projeto executivo. Cláudio Sarian Altounian, em seu livro “Obras públicas: licitação, contratação, fiscalização e utilização”, destaca que uma das principais atividades da fiscalização está relacionada à realização das medições dos quantitativos dos serviços executados e ao ateste da qualidade desses serviços.. Para reduzir os riscos de futuros problemas, é recomendável que:

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a) toda medição seja acompanhada de memorial de cálculo detalhado, indicando os setores e áreas em que o serviço está sendo aferido; b) as planilhas de medição demonstrem os serviços executados no mês e os serviços acumulados desde o início da obra; c) sejam feitas comparações entre as quantidades de serviços executadas e as previstas para aquela etapa da obra e, de imediato, consultado o projetista a respeito de eventuais distorções; d) sejam avaliados os saldos dos serviços contratados para a verificação da devida adequação à conclusão do empreendimento; e) os fiscais que estejam entrando ou saindo realizem inventário, inclusive por meio de foto ou filme, a respeito da real situação da obra. Gabarito: CERTO 2-(TCU/2007 – CESPE) Se a fiscalização comprova que o serviço foi executado em conformidade com os padrões de qualidade do respectivo edital, mas o quantitativo executado difere do previsto, o pagamento deve ser liberado de imediato, proporcionalmente ao quantitativo executado. Pessoal, nada disso!! O pagamento só deve ser realizado após a execução efetiva do quantitativo previsto e aprovados pela Fiscalização, respeitada a rigorosa correspondência com o projeto e suas modificações expressa e previamente aprovadas pelo Contratante. Cabe ressaltar que, em casos excepcionais, o TCU tem admitido a antecipação de pagamento mediante as indispensáveis cautelas ou garantias, efetuando-se, posteriormente, os respectivosdescontos nos créditos da empresa contratada em valores atualizados na forma do contrato. Gabarito: ERRADO 3-(TCU/2007 – CESPE) No caso de a executora comprovar a necessidade de recursos para pagamentos de encargos sociais, o pagamento dos serviços pode ser liberado com base em medições provisórias, as quais deverão ser atestadas posteriormente. Pessoal, mesmo que a executora comprove a necessidade de recursos, independentemente para que seja, o pagamento dos serviços não pode ser liberado com base em medições provisórias, pois os pagamentos só devem ser efetuados quando as medições forem atestadas.

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Gabarito: ERRADO 4-(SERPRO/2004 – CESPE) A medição é a apuração dos quantitativos e valores realizados das obras ou serviços. É isso mesmo!! A é a apuração dos quantitativos e valores realizados das obras ou serviços. Só lembrando que somente poderão ser considerados para efeito de medição e pagamento os serviços e obras efetivamente executados pela Contratada e aprovados pela Fiscalização, respeitada a rigorosa correspondência com o projeto e suas modificações expressa e previamente aprovadas pelo Contratante. Gabarito: CERTO (MP/2006 – ESAF/ADAPTADA)Com relação às medições e aos pagamentos de serviços executados em obras, constitui irregularidade: 5-(MP/2006 – ESAF/Alternativa A) o pagamento de serviços efetivamente executados. Errado né pessoal? Vimos que somente poderão ser considerados para efeito de medição e pagamento os serviços e obras efetivamente executados pela Contratada e aprovados pela Fiscalização, portanto não constitui irregularidade. Gabarito: ERRADO 6-(MP/2006 – ESAF/Alternativa B) a divergência entre os valores medidos pela empresa e os valores pagos pela fiscalização. Pessoal, é normal haver divergências nas medições efetuadas entre a empresa e a fiscalização. Por ex, a empresa mediu para o serviço de dreno longitudinal profundo uma extensão de 300m, já a fiscalização mediu que foram executados apenas 250m. Nesse caso, a fiscalização pagará somente pelos 250m constatados em campo. Portanto, não há qualquer irregularidade na divergência entre os valores medidos pela empresa e os valores pagos pela fiscalização. Gabarito: ERRADO 7-(MP/2006 – ESAF/Alternativa C) o pagamento de serviços em conformidade ao estipulado no edital de licitação e contrato. Errado não é pessoal!! Com certeza o pagamento deve estar em conformidade com o previsto no edital de licitação e contrato.

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Gabarito: ERRADO 8-(MP/2006 – ESAF/Alternativa D) inconsistências e incoerências entre o relatório da empresa e o relatório da fiscalização. Não há problema em haver inconsistências e incoerências entre o relatório da empresa e o relatório da fiscalização. Da mesma forma que acontece com as divergências nas medições, aconetce também com os relatórios emitidos pela empresa e a fiscalização. Gabarito: ERRADO 9-(MP/2006 – ESAF/Alternativa E) pagamentos relativos a contrato de supervisão, apesar da obra estar paralisada. Pessoal,só para esclarecer uma dúvida que pode ter surgido entre em vocês é com relação à Supervisora. Normalmente quando uma obra envolve um volume de recursos muito grande, o órgão responsável pelo contrato da obra contrata uma outra empresa incumbida de supervisionar a obra que está sendo feita pela contratada. Isso evita que a fiscalização do órgão contratante fique o tempo todo fiscalizando a obra. Voltando a nossa questão, se a obra está paralisada, deveria ser pago à supervisora por serviços que ela não esta executando?Claro que não. Portanto, há uma irregularidade nisso. Gabarito: CERTO (CETURB/2009 – CESPE) Acerca de acompanhamento da aplicação de recursos, medições e emissão de faturas de obras públicas, julgue os próximos itens. 10-(CETURB/2009 – CESPE) Para o registro dos quantitativos dos serviços executados, utilizam-se relatórios ou planilhas de medição. Conforme o Manual de Obras Públicas-Edificações – Construções - Práticas da SEAP traz recomendações quanto à Medição e Recebimento de serviços em obras públicas, quais sejam: “3.1 Somente poderão ser considerados para efeito de medição e pagamento os serviços e obras efetivamente executados pela Contratada e aprovados pela Fiscalização, respeitada a rigorosa correspondência com o projeto e suas modificações expressa e previamente aprovadas pelo Contratante. 3.2 A medição de serviços e obras será baseada em relatórios periódicos elaborados pela Contratada, registrando os

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levantamentos, cálculos e gráficos necessários à discriminação e determinação das quantidades dos serviços efetivamente executados. 3.3 A discriminação e quantificação dos serviços e obras considerados na medição deverão respeitar rigorosamente as planilhas de orçamento anexas ao contrato, inclusive critérios de medição e pagamento. 3.4 O Contratante deverá efetuar os pagamentos das faturas emitidas pela Contratada com base nas medições de serviços aprovadas pela Fiscalização, obedecidas as condições estabelecidas no contrato.” Gabarito: CERTO 11-(CETURB/2009 – CESPE) Conforme previsto em lei, deve ser pago um serviço executado em obra pública, mesmo em situações em que o critério de medição seja diferente do previsto na planilha orçamentária ou no contrato. A discriminação e quantificação dos serviços e obras considerados na medição deverão respeitar rigorosamente as planilhas de orçamento anexas ao contrato, inclusive CRITÉRIOS de medição e pagamento. Desse modo, caso o critério de medição de um serviço seja diferente do previsto na planilha orçamentária ou no contrato, não deve haver pagamento por esse serviço. Item errado. Gabarito: ERRADO 12-(TCU/2011-CESPE) A medição poderá seguir um critério diferente do estipulado no contrato, desde que isso seja aprovado pela fiscalização no diário de obras e que não gere aumento de custos do empreendimento. Pessoal, vimos na questão anterior que o critério de medição de um serviço de respeitar rigorosamente o que está previsto na planilha orçamentária anexa ao contrato. Então, mesmo que aprovado pela fiscalização e não gere aumento de custos do empreendimento, a medição não poderá seguir um critério diferente do estipulado em contrato. Gabarito: Errado (HEMOBRAS/2008 - CESPE) Durante procedimento de fiscalização de serviços de engenharia de uma obra pública, os profissionais encarregados dessa função constataram algumas irregularidades no que diz respeito às medições dos serviços e pagamentos executados. Com relação a esse assunto, julgue os itens a seguir quanto à irregularidade das ações.

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13-(HEMOBRAS/2008 - CESPE) Medições e pagamentos executados com critérios diferentes dos que foram estipulados no edital de licitação e contrato. Pessoal, medições e pagamentos executados com critérios diferentes dos que foram estipulados no edital de licitação e contrato constitui uma irregularidade.Portanto, gabarito correto pois constitui uma irregularidade. Gabarito: CERTO 14-(HEMOBRAS/2008 - CESPE) Falta de pagamento de serviços pendentes por falta de material no mercado ou que não chegaram dentro do prazo previsto. Se há serviços a serem executados, e que por falta de material no mercado ou porque não chegaram dentro do prazo previsto, não puderam ser concluídos(pendentes) não constitui uma irregularidade a falta de pagamento desse serviço, pois vimos que o pagamento deve ser realizado somente quando os serviços forem efetivamente executados pela contratada e aprovados pela fiscalização Gabarito: ERRADO 15-(TCU/2007 – CESPE) Os reajustamentos têm como principal objetivo a atualização dos preços contratuais em função da inflação registrada no setor e somente serão permitidos se definidos nas regras do edital, sem qualquer exceção. No caso de atrasos ocorridos em decorrência de culpa da Administração, admite-se sim a possibilidade de reajustes não previstos, mesmo que as regras tenham sido definidas no edital. Gabarito: errado 16-(CGU/2008 – ESAF) Um determinado serviço foi contratado pelo valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), com data-base novembro de 2006. Baseado na minuta de contrato, cláusula sétima – reajustamento de preços, qual será o valor do reajuste? a) R$ 216.000,00. b) R$ 212.000,00. c) R$ 215.400,00. d) R$ 218.000,00. e) R$ 206.000,00.

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Pessoal, é necessário que seja feito o reajustamento de preços, considerando a data-base de Nov/2006 e, conforme a cláusula sétima, a atualização será feita até Nov/2007 já que é dito que o reajustamento é anual. Considerado os dados da última coluna e utilizando a fórmula que foi dada, o valor reajustado, de Nov/2006 até Nov/2007 será: Data-base: novembro de 2006 I (Nov/2007) = 886,3228 Io (Nov/2006) = 834,4189 P = Po x (I/Io) = 200.000 x (886,3228 / 834,4189) = 200.000 x 1,062216 = 212.443,10 Logo o valor do reajuste será de : Rejuste=212.443,10 – 200.000= 12.443 Vimos que nenhuma das assertivas satisfaz o resultado encontrado de reajustamento de R$ 12.443,00. Por esse motivo a ESAF anulou a questão. Gabarito: ANULADA 17-(STJ/2004 - CESPE) Nos contratos administrativos, o reajuste ocorre nos casos de existência de situações novas que coloquem em xeque o equilíbrio econômico-financeiro do ajuste, enquanto a recomposição de preço significa a alteração do valor a ser pago em função da variabilidade do valor determinante da composição do preço.

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Estudamos que a RECOMPOSIÇÃO ocorre nos casos de existência de situações novas que coloquem em xeque o equilíbrio econômico-financeiro do ajuste. O que deve ficar claro é que a recomposição de preços deriva da ocorrência de eventos extraordinários que oneram os encargos do contrato. As alterações dessa natureza, em função da sua imprevisibilidade, devem ser formalizadas por meio da celebração de termo aditivo ao contrato, respaldado pela comprovação dos fatos que provocaram tais anomalias. Devido ao seu caráter extraordinário e, por conseguinte, imprevisível, a recomposição de preços pode ser invocada, no decorrer da execução do contrato, a qualquer tempo. Já o REAJUSTE significa a alteração do valor a ser pago em função da variabilidade do valor determinante da composição do preço. Em outras palavras, o reajustamento decorre da necessidade de alteração dos valores pactuados, em virtude da previsível perda do valor da moeda devido a variações da taxa inflacionária ocorridas em um determinado período. Tais alterações devem ser efetivadas, portanto, por meio da utilização de índices específicos aplicáveis ao objeto contratado, que, se previstos no termo de contrato, eliminam a necessidade de celebração de termos aditivos, podendo se realizar por simples apostilamento. Cabe ressaltar que o reajustamento dos contratos em que seja parte órgão ou entidade da Administração Pública direta ou indireta da União, dos Estados, do DF e dos Municípios somente poderá ser realizado em periodicidade igual ou superior a um ano, contado da data limite para apresentação da proposta ou do orçamento a que essa se referir. Analisando o item, observamos que a Banca trocou os conceitos de reajuste com o de recomposição, tornando-o errado. Gabarito: ERRADO (SERPRO/2008 - CESPE) Em matéria contratual, um dos aspectos mais controvertidos — sobretudo em relação aos contratos de execução continuada — diz respeito à necessidade de definição dos mecanismos necessários à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do acordo. Lucas Rocha Furtado. Curso de direito administrativo. Belo Horizonte: Forum, 2007.Acerca do reequilíbrio econômico dos contratos administrativos, julgue os próximos itens. 18-(SERPRO/2008 – CESPE) Na repactuação contratual, busca-se recompor as perdas inflacionárias que atingiram o contrato, mediante a aplicação de um índice específico de

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correção monetária previamente fixado em cláusula contratual. A REPACTUAÇÃO DE PREÇOS, que tem sido utilizada principalmente para os contratos de natureza continuada, em virtude de alterações nos custos do contrato proporcionadas, em maior grau, por acordos, convenções e dissídios coletivos de trabalho. Tais ocorrências têm a mesma natureza dos reajustamentos, em função da sua previsibilidade, haja vista que decorrem da necessidade de alteração dos valores pactuados, em virtude, majoritariamente, de mudanças anuais promovidas nas bases salariais utilizadas para compor os preços ofertados referentes à mão-de-obra contratada para esses serviços. Portanto a situação descrita no item refere-se ao reajuste, e não à repactuação. Gabarito: ERRADO 19-(SERPRO/2008 - CESPE) Em caso de repactuação contratual o interregno mínimo para ocorrer a revisão contratual, é de 24 meses e deve ser contado conforme dispuserem o contrato e o edital da licitação, podendo ser contado da data da apresentação das propostas ou da data da assinatura do contrato. A repactuação contratual somente será permitida caso seja observado o interregno mínimo de um ano, a contar da "data limite para apresentação das propostas constante do instrumento convocatório", ou da "data do orçamento a que a proposta se referir", admitindo-se, como termo inicial, a data do acordo, convenção ou dissídio coletivo de trabalho ou equivalente, vigente à época da apresentação da proposta, quando a maior parcela do custo da contratação for decorrente de mão-de-obra e estiver vinculado às datas-base destes instrumentos. Gabarito: ERRADO 20-(SERPRO/2008 - CESPE) A repactuação contratual é uma modalidade especial de reajustamento de contrato, aplicável apenas aos contratos de serviços contínuos. Esta corretíssima a questão!! Estudamos que REPACTUAÇÃO aplica-se aos contratos de natureza continuada, em virtude de alterações nos custos do contrato proporcionadas, em maior grau, por acordos, convenções e dissídios coletivos de trabalho. Tais ocorrências têm a mesma natureza dos reajustamentos, em função da sua previsibilidade. Gabarito: CERTO

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21-(INSS/2008- CESPE) Para pagamento dos serviços executados, a empresa contratada deve encaminhar nota fiscal, acompanhada de boletim de medição, à unidade competente para a liberação dos respectivos valores. É isso mesmo, pessoal. O procedimento para o recebimento pelos serviços executadas pela contratada é o encaminhamento da nota fiscal, acompanhada de boletim de medição, à unidade competente para a liberação dos valores referentes aos serviços executados. Gabarito: CERTO (UNIPAMPA/2009-CESPE) A fiscalização da execução de obras e serviços públicos contempla, entre outras atividades, a medição dos serviços executados e a emissão das faturas correspondentes. Com relação a essas atividades, julgue os itens a seguir. 22-(UNIPAMPA/2009 - CESPE) Se a fiscalização autorizar, será permitido adiantar serviços, assim como a sua medição e a emissão da fatura correspondente. Pessoal, desde que autorizado pela fiscalização, a contratada pode adiantar a execução de determinados serviços e receber por essa execução. Gabarito: CERTO 23-(UNIPAMPA/2009 - CESPE) Quando, por condições climáticas adversas, não se consegue a conclusão de serviços, ainda assim não se deve autorizar a emissão da fatura dos serviços inacabados. Pessoal: a regra é clara!!Só é feito o pagamento pelos serviços executados à contratada, se os mesmos estiverem concluídos e atestados pela fiscalização Gabarito: CERTO 24-(UNIPAMPA/2009 - CESPE) A emissão de fatura de material posto-obra e o correspondente pagamento será permitido somente com a comprovação prévia, por parte da fiscalização, de que ele atende às especificações estabelecidas no projeto. Pessoal, quem deve comprovar que o material posto-obra atende às especificações exigidas em projeto é a contratada e não a fiscalização. Gabarito: ERRADO (MPE/AM/2007 - CESPE) Dois aspectos de vital importância na construção de qualquer obra pública são a medição dos

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serviços executados e a emissão das faturas. Julgue os seguintes itens, referentes a esses dois tópicos. 25-(MPE/AM/2007 - CESPE) Com a autorização da fiscalização, é permitido adiantar serviços, assim como a sua medição e a emissão da fatura correspondente. Isso mesmo. Vimos que é permitido adiantar serviços, assim como a sua medição e a emissão da fatura correspondente,desde que autorizado pela fiscalização. Gabarito: CERTO 26-(MPE/AM/2007 - CESPE) Quando condições climáticas adversas impedem a conclusão de serviços, mas fica comprovada a compra do material e a contratação da mão-de-obra necessárias a sua execução, é autorizada a emissão da fatura dos serviços a executar. Da mesma forma, vimos que alegações de que houve chuvas intensas, que impediram a conclusão de serviços, não é motivo para que seja autorizada a emissão de fatura dos serviços que ainda faltam ser executados. Gabarito: ERRADO 27-(MPE/AM/2007 - CESPE) Para que seja emitida fatura de material posto-obra e efetuado o correspondente pagamento, é imprescindível comprovação prévia, por parte da fiscalização, de que esse material atende às especificações estabelecidas no projeto. Vimos que a comprovação acima deve ser feita pela contratada e não pela fiscalização. Gabarito: ERRADO 28-(ANA/2006 - CESPE) O recebimento provisório deve ser efetuado somente após a conclusão dos serviços, a solicitação oficial da empresa contratada e a realização de vistoria pela fiscalização e(ou) pela comissão de recebimento de obras e serviços. Conforme o Manual de Obras Públicas do SEAP – Edificações, consta que o Recebimento dos serviços e obras executados pela Contratada será efetivado em duas etapas sucessivas:

• na primeira etapa, após a conclusão dos serviços e solicitação oficial da Contratada, mediante uma vistoria realizada pela Fiscalização e/ou Comissão de Recebimento

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de Obras e Serviços, será efetuado o Recebimento Provisório; • nesta etapa, a Contratada deverá efetuar a entrega dos catálogos, folhetos e manuais de montagem, operação e manutenção de todas as instalações, equipamentos e componentes pertinentes ao objeto dos serviços e obras, inclusive certificados de garantia; • após a vistoria, através de comunicação oficial da Fiscalização, serão indicadas as correções e complementações consideradas necessárias ao Recebimento Definitivo, bem como estabelecido o prazo para a execução dos ajustes; • na segunda etapa, após a conclusão das correções e complementações e solicitação oficial da Contratada, mediante nova vistoria realizada pela Fiscalização e/ou Comissão de Recebimento de Obras e Serviços, será realizado o Recebimento Definitivo;

O Recebimento Definitivo somente será efetivado pelo Contratante após a apresentação pela Contratada da Certidão Negativa de Débito fornecida pelo INSS, certificado de Recolhimento de FGTS e comprovação de pagamento das demais taxas, impostos e encargos incidentes sobre o objeto do contrato. Gabarito: CERTO 29-(ANA/2006 - CESPE) O recebimento definitivo relativo a serviços e obras executados somente deve ser efetivado pelo contratante após a apresentação, pela empresa contratada, da certidão negativa de débito junto ao INSS, do certificado de recolhimento de FGTS e de comprovação de pagamento das demais taxas, impostos e encargos incidentes sobre o objeto do contrato. Correto o item!! Conforme Manual de Práticas da SEAP: - o Recebimento Definitivo somente será efetivado pelo Contratante após a apresentação pela Contratada da Certidão Negativa de Débito fornecida pelo INSS, certificado de Recolhimento de FGTS e comprovação de pagamento das demais taxas, impostos e encargos incidentes sobre o objeto do contrato. Gabarito: CERTO (SERPRO/2004 - CESPE) O recebimento das obras é etapa importante nos trabalhos de fiscalização. Para tanto, alguns procedimentos são fundamentais para o desfecho da atividade de fiscalização. Em relação a esse tema, julgue os itens que se seguem.

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30-(SERPRO/2004 - CESPE) A figura do recebimento provisório só é cabível para obras emergenciais. Não pessoal, nada a ver o item.Vimos que, de acordo com a Lei 8.666/93, em seu art. 73, inciso I, o recebimento do objeto, em se tratando de obras e serviços, ocorre da seguinte forma: -PROVISORIAMENTE, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 dias da comunicação escrita do contratado. -DEFINITIVAMENTE, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação (nunca superior a 90 dias), ou vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais. Há uma exceção para o recebimento provisório de obras e serviços. A lei 8.666/93 dispensa, em seu art. 74, inciso I, o recebimento PROVISÓRIO quando o valor não exceder o limite definido para a contratação por carta convite (R$ 80 mil), em face da pequena magnitude do empreendimento, desde que não as obras e serviços não se componham de aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à verificação de funcionamento e produtividade. Gabarito: ERRADO (SEPLAG/DF/2009 - CESPE) Na construção civil, a fiscalização deve ser exercida pelo contratante e seus prepostos, objetivando a verificação do cumprimento das disposições contratuais, técnicas e administrativas, em todos os seus aspectos. Em relação à fiscalização de obras públicas, julgue os próximos itens. 31 - (SEPLAG/DF/2009 - CESPE) A fiscalização deverá exigir da contratada relatórios semanais de execução dos serviços e obras, contendo o registro de fatos normais do andamento dos serviços. O Manual de Obras Públicas-Edificações – Construções - Práticas da SEAP, traz atividades que devem ser realizadas pela Fiscalização: 3.8- A Fiscalização deverá exigir relatórios diários de execução dos serviços e obras (Diário de Obra), com páginas numeradas em 3(três) vias, 2(duas) destacáveis, contendo o registro de fatos normais do andamento dos serviços, como: entrada e saída de equipamentos, serviços em andamento, efetivo de pessoal, condições climáticas, visitas ao canteiro de serviço, inclusive para as atividades de suas subcontratadas.

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3.9- As reuniões realizadas no local dos serviços e obras serão documentadas por Atas de Reunião, elaboradas pela Fiscalização e que conterão, no mínimo, os seguintes elementos: data, nome e assinatura dos participantes, assuntos tratados, decisões e responsáveis pelas providências a serem tomadas.” Conforme o item 3.8 acima a fiscalização deverá exigir da contratada relatórios diários, e não semanais, de execução dos serviços e obras. Gabarito: ERRADO 32-(SEPLAG/DF/2009 - CESPE) Nas reuniões realizadas no local dos serviços e obras, a fiscalização deve exigir da contratada a elaboração de atas de reunião, para posterior aprovação. Estudamos na questão anterior, item 3.9: As reuniões realizadas no local dos serviços e obras serão documentadas por Atas de Reunião, elaboradas pela Fiscalização e que conterão, no mínimo, os seguintes elementos:data, nome e assinatura dos participantes, assuntos tratados, decisões e responsáveis pelas providências a serem tomadas. Gabarito: ERRADO 33-(CGU/2008 – ESAF) O contrato administrativo é todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da administração pública e particulares, em que haja um acordo de vontades, no qual são estabelecidos vínculos e estipuladas obrigações recíprocas. Com relação à celebração e à administração de contratos, assinale a opção que constitui exemplo de irregularidade. a) Aditivos contratuais contemplando eventuais alterações de projeto ou cronograma físico-financeiro b) Vinculação do contrato ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu e à proposta do licitante vencedor, conforme disposto no § 1° do art. 54 da Lei n. 8.666/93. c) Supressões, nas obras ou serviços, superiores a 25% do valor inicial atualizado do contrato, nas mesmas condições contratuais, resultantes de acordo entre as partes. d) Alteração, unilateralmente pela Administração, respeitando os ditames legais e com as devidas justificativas, quando houver modificações do projeto ou das especificações para melhor adequação técnica dos seus objetivos, sem a necessidade de aditivo contratual.

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e) Correção monetária prevista no contrato, com registro do fato nos autos do processo de licitação. Vamos aos itens: a)Aditivos contratuais contemplando eventuais alterações de projeto ou cronograma físico-financeiro. Pessoal, o termo aditivo pode ser usado para efetuar acréscimos ou supressões no objeto, prorrogações, além de outras modificações admitidas em lei que possam ser caracterizadas como alterações do contrato, como eventuais alterações de projeto ou cronograma físico-financeiro. Portanto, esta não é a irregularidade. b)Vinculação do contrato ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu e à proposta do licitante vencedor, conforme disposto no § 1° do art. 54 da Lei n. 8.666/93. Tal procedimento não é uma irregularidade. O item está correto de acordo com o disposto na Lei de Licitações. c)Supressões, nas obras ou serviços, superiores a 25% do valor inicial atualizado do contrato, nas mesmas condições contratuais, resultantes de acordo entre as partes. Estudamos que, de acordo com a Lei nº 8.666/93, a regra é que os aumentos e supressões são de até no máximo 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato. No entanto, no caso de supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes, os limites anteriores poderão ser excedidos.Portanto, o item não caracteriza uma irregularidade. d)Alteração, unilateralmente pela Administração, respeitando os ditames legais e com as devidas justificativas, quando houver modificações do projeto ou das especificações para melhor adequação técnica dos seus objetivos, sem a necessidade de aditivo contratual. Pessoal, alteração, unilateralmente pela Administração,mesmo que respeitando os ditames legais, quando houver modificações do projeto ou das especificações para melhor adequação técnica dos seus objetivos, necessita de aditivo contratual. Desse modo, a alternativa constitui uma irregularidade, estando correta. e)Correção monetária prevista no contrato, com registro do fato nos autos do processo de licitação. É isso mesmo, a correção monetária deve ser registrada nos autos do processo de licitação. Portanto, não constitui uma irregularidade.

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Gabarito: Letra D (TCU/2005 - CESPE) Supondo que a União publicou edital de concorrência pública para a construção de uma biblioteca em Brasília – DF, julgue os itens subseqüentes. 34 - (TCU/2005 - CESPE) É ilícita cláusula que determina que o projeto executivo seja desenvolvido concomitantemente à execução das obras, porque a existência dele é requisito necessário para a validade do edital de licitação. Errado pessoal!! A Lei 8.666/93 permite que o projeto executivo seja desenvolvido concomitantemente à execução das obras, conforme segue: "Art. 7o As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte seqüência: I - projeto básico; II - projeto executivo; III - execução das obras e serviços. § 1o A execução de cada etapa será obrigatoriamente precedida da conclusão e aprovação, pela autoridade competente, dos trabalhos relativos às etapas anteriores, à exceção do projeto executivo, o qual poderá ser desenvolvido concomitantemente com a execução das obras e serviços, desde que também autorizado pela Administração." Gabarito: ERRADO 35 - (TCU/2005 - CESPE) É ilícita cláusula que determina, na fase de habilitação, que somente sejam admitidos documentos apresentados em original. É isso mesmo!!A cláusula que determina que, na fase de habilitação, somente sejam admitidos documentos apresentados em original é ilícita, conforme art. 32 da LLC: “os documentos necessários à habilitação poderão ser apresentados em original, por qualquer processo de cópia autenticada por cartório competente ou por servidor da administração ou publicação em órgão da imprensa oficial”. Gabarito: CERTO 36 - (TCU/2005 - CESPE) É ilícita cláusula que estabelece que podem concorrer na referida licitação somente empresas com sede e administração no Distrito Federal. Com certeza seria ilícita essa cláusula. Tal cláusula fere o princípio da isonomia, pois restringe o caráter competitivo do certame.

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Gabarito: CERTO (UNIPAMPA/2009 - CESPE) Considerando o processo licitatório para obras de engenharia civil, julgue os itens seguintes. 37 - (UNIPAMPA/2009 – CESPE) O contrato de reforma de um edifício pode ser alterado unilateralmente pela administração, com acréscimo de 50% do valor inicial do contrato. Pessoal, também já estudamos esse assunto. De acordo com a Lei nº 8.666/93, a regra é que os aumentos e supressões são de até no máximo 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato. Tratando-se de reformas de edifícios e equipamentos, apenas o ACRÉSCIMO pode ser de até 50%(cinquenta por cento). Gabarito: CERTO 38 - (TRE/RS/2003 - CESPE) O contrato administrativo deve conter preço e condições de pagamento, critério, data-base e periodicidade do reajuste de preços, além de critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento. De acordo com o art. 55 da Lei 8.666/93, são cláusulas necessárias em todo contrato, dentre outras, as que estabeleçam: "III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento” Gabarito: CERTO 39 - (PMVV/SEMAD/2007 - CESPE) É conceituado como contrato administrativo, independentemente da denominação utilizada, todo e qualquer ajuste celebrado entre órgãos ou entidades da administração pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas. É isso mesmo, conforme art. 2º, parágrafo único, da Lei 8666/93,, tem-se a seguinte definição: “Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.” Gabarito: CERTO

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40 - (UNIPAMPA/2009 - CESPE) O caderno de encargos da edificação apresenta o objeto da incorporação e seus acabamentos de forma sucinta, com emprego de terminologia adequada à apreciação pelos futuros adquirentes das construções, em estreita vinculação com os desenhos de projeto. Pessoal, vimos que o Caderno de Encargos pode ser definido como o conjunto de especificações, critérios, condições e procedimentos estabelecidos pelo contratante (ou proprietário) para a contratação, execução, fiscalização e controle de obras ou serviços. Já o Memorial Descritivo apresenta o objeto da incorporação e dos seus acabamentos de forma sucinta e com emprego de terminologia adequada a sua apreciação pelos futuros adquirentes de unidades autônomas, em estreita vinculação com desenhos do projeto. O memorial descritivo dos acabamentos é, portanto, um resumo das especificações, sendo documento necessário para a montagem do orçamento da obra. Analisando o item, observamos que definição apresentada se refere ao Memorial Descritivo, e não ao Caderno de Encargos. Gabarito: ERRADO 41 - (SERPRO/2004 - CESPE) O caderno de encargos é o conjunto de especificações, critérios, condições e procedimentos estabelecidos pelo proprietário da obra para a contratação, execução, fiscalização e controle de obras ou serviços. Correto!! Conforme vimos na questão anterior, o CADERNO DE ENCARGOS é o conjunto de especificações, critérios, condições e procedimentos estabelecidos pelo contratante (ou proprietário) para a contratação, execução, fiscalização e controle de obras ou serviços. Gabarito: CERTO 42 - (TCEES/2004 - CESPE) O caderno de encargos de uma construção é o conjunto de especificações, critérios, condições e procedimentos estabelecidos pelo construtor para a execução e fiscalização de obras ou serviços. Vimos que o CADERNO DE ENCARGOS é o conjunto de especificações, critérios, condições e procedimentos estabelecidos

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pelo CONTRATANTE (e não construtor como diz a questão) para a contratação, execução, fiscalização e controle de obras ou serviços. Gabarito: ERRADO 43 - (ANA/2006 - CESPE) O memorial descritivo da obra é documento necessário para a montagem do orçamento, pois nele são caracterizados os métodos de execução e o padrão de acabamento da obra. Estudamos que o Memorial Descritivo apresenta o objeto da incorporação e dos seus acabamentos de forma sucinta e com emprego de terminologia adequada a sua apreciação pelos futuros adquirentes de unidades autônomas, em estreita vinculação com desenhos do projeto. O memorial descritivo dos acabamentos é, portanto, um resumo das especificações, sendo documento necessário para a montagem do orçamento da obra. Gabarito: CERTO 44-(BASA/2007- CESPE) O diário de obra é o livro onde são listados e identificados todos os operários contratados para a execução da obra ou serviço. O DIÁRIO DE OBRAS é o Livro em que são registrados, diariamente, pela CONTRATADA e, a cada vistoria, pela FISCALIZAÇÃO, fatos, observações e comunicações relevantes ao andamento da obra ou, quando necessário, do serviço, como: equipamentos disponíveis, condições meteorológicas, número de funcionários por categoria, presença de subcontratadas, observações quanto a irregularidades constatadas pela fiscalização, pendências de projetos, etc. Em regra, é composto de três vias, cujas folhas são assinadas pelo representante da Administração e da empresa contratada: a primeira permanece na obra; a segunda é destacada pelo fiscal e a terceira pela empresa. Analisando o item, observa-se que a definição apresentada não corresponde à do diário de obra. No DO são registradas informações acerca do efetivo de pessoal que trabalhou naquele determinado dia, mas não há uma lista na qual são identificados todos os operários contratados para a execução da obra ou serviço. Gabarito: ERRADO 45 - (SERPRO/2004 - CESPE) O diário de obra deve discriminar o conjunto de materiais, equipamentos e técnicas de execução a serem empregados na obra ou serviço.

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Pessoal, tal item se refere à DISCRIMINAÇÃO TÉCNICA, que é o documento que deve discriminar o conjunto de materiais, equipamentos e técnicas de execução a serem empregados na obra ou serviço. Gabarito: ERRADO 46 - (INSS/2008- CESPE)A empresa contratada para a execução da obra deve elaborar o diário de obra (DO), cujo teor consiste no registro sistemático, objetivo, sintético e diário dos eventos ocorridos no âmbito da obra, bem como de comentários e observações pertinentes. Corretíssima a definição do Diário de Obras conforme já estudamos. Gabarito: CERTO (SECONT/ES/2009 - CESPE) O Diário de Obra (DO) é um documento de informação, controle e orientação, preparado, de forma contínua e simultânea, à execução de qualquer obra rodoviária. Em relação ao teor e à forma de elaboração desse diário, julgue os itens subsequentes. 47 - (SECONT/ES/2009 – CESPE) O DO é preenchido nos campos apropriados pela construtora, pela supervisora e pela fiscalização da contratante, não sendo permitidas discrepâncias entre os relatos e as anotações. Errado pessoal, nada impede que haja divergências nas informações anotadas no diário de obras feitos pela construtora, pela supervisora e pela fiscalização da contratante. Gabarito: ERRADO 48 - (SECONT/ES/2009 - CESPE) Os acidentes ocorridos no decurso dos trabalhos, suas causas,consequências e métodos usados para corrigi-los devem, necessariamente, ser registrados no DO. Pessoal, as informações a respeito de acidentes ocorridos no decurso dos trabalhos, suas causas, conseqüências e métodos usados para corrigi-los devem sim ser registradas no DO. Item correto. Gabarito: CERTO 49 - (TCEES/2004 - CESPE) O diário de obra é o livro onde são registrados, diariamente, pelo construtor e, a cada vistoria, pela fiscalização, fatos, observações e comunicações relevantes ao andamento da obra ou, quando necessário, do serviço.

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Já cansamos de ver que a definição de D.O. está correta, não é pessoal? Gabarito: CERTO 50-(TCU/2011-CESPE) O livro de ordem é obrigatório em qualquer obra e deve registrar todas as ocorrências relevantes do empreendimento. Pessoal, tal questão causou estranheza no dia da prova, pois poucos conheciam o novo nome que o Diário de Obras pode ser chamado também: livro de ordem. Bastava o candidato saber que os dois significavam a mesma coisa para poder acertar a questão. Conforme veremos na próxima questão, a Cespe já relaciona que os dois significam a mesma coisa: diário de obras ou livro de ordem. Conforme estudamos, o conceito está correto. Gabarito: C 51-(TCDF/2012-CESPE) Para obras de pequeno porte e serviços de engenharia com prazo de execução inferior a sessenta dias, não é obrigatório o uso do livro de ordem ou do diário de obras, desde que durante o contrato se oficializem todas as decisões mediante ata de reunião ou correspondência oficial. Na questão anterior vimos que o “livro de ordem é obrigatório em qualquer obra e deve registrar todas as ocorrências relevantes do empreendimento”. Portanto, errado o item, pois o diário de obras ou o livro de ordem é obrigatório em qualquer tipo de obra. FIQUEM ATENTOS A ESSES DOIS TERMOS.

Gabarito: Errado

52-(TCDF/2012-CESPE)O recebimento definitivo não transfere para a administração a responsabilidade pela correção de erros na obra após a sua entrega. Pessoal, o recebimento definitivo não exclui a responsabilidade civil e criminal da contratada pela solidez e segurança da obra, nem a ético-profissional pela perfeita execução do contrato. A empresa executora deve responder civilmente pela qualidade, solidez e segurança da obra, no prazo de cinco anos, conforme arts. 69 e 73 da Lei 8.666/93 c/c art. 618 do Código Civil Brasileiro, devendo ainda efetuar a reparação de quaisquer falhas, vícios, defeitos ou imperfeições que se apresentem nesse período, sem ônus para a contratante. Se houver recusa ou demora na correção dos vícios identificados, a Administração poderá executar os serviços e deverá

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adotar todos os procedimentos cabíveis a fim de ter reparados os custos incorridos. Gabarito: C 53-(TCU/2011-CESPE) Caso a obra apresente problema de solidez ou funcionalidade, por erro de projeto, o construtor poderá ser responsabilizado para sanar as falhas apresentadas, mesmo que tenha alertado a fiscalização para esse possível erro. Isso mesmo pessoal!! Mesmo que a fiscalização seja notificada pelo construtor que, por erro de projeto, a obra apresentará um problema de solidez, o construtor será responsável para sanear as falhas apresentadas. Gabarito: Correto. 54-(TCU/2011-CESPE)Após a fiscalização confirmar que, no orçamento, o quantitativo de um serviço da obra está menor que o necessário, a contratada terá direito a um acréscimo de valor, mediante realização do termo aditivo contratual correspondente. Pessoal, imagine que para a compactação de um aterro, o projeto executivo previa, no orçamento detalhado, um total de 3.000 m3 de solo compactado. No entanto, a contratada identifica e informa à fiscalização: Olha, não são 3.000 m3 a serem compactados não, na verdade são 5.000 m3. A fiscalização diz: ok! Na revisão de projeto, faremos um aditivo aumentando o quantitativo de compactação para material de 1ª categoria, por ex.Portanto, será feito um termo aditivo para aumentar os quantitativos iniciais do serviço. GABARITO: CORRETO 55-(TCU/2011-CESPE)Após o fiscal de obra atestar que os serviços foram realizados, não há impedimentos a serem verificados para que a contratada receba o que foi medido. Pessoal, mesmo que o fiscal da obra ateste que os serviços foram efetivamente executados, a Contratada deve apresentar Certidão Negativa de Débito fornecida pelo INSS, Certificado de Recolhimento de FGTS e comprovação de pagamento das demais taxas, impostos e encargos incidentes sobre o objeto do contrato para poder receber pelo que foi medido. Gabarito: Errado

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56-(TCU/2011-CESPE)Um auxílio da fiscalização, em relação à interpretação das especificações técnicas de determinado serviço, não é justificativa plenamente aceita para que a contratada se exima da responsabilidade da realização desse serviço, mesmo que seja comprovado o auxílio mediante registro no diário de obras ou em ata de reunião. É isso mesmo. Eventual ajuda da fiscalização na interpretação das especificações técnicas de determinado serviço não exime contratada por eventuais danos que porventura vierem a ocorrer.

Gabarito: Correto.

COMANDO DAS QUESTÕES COMENTADAS (TCU/2007 – CESPE) Aspectos importantes da fiscalização de uma obra pública em que o pagamento é feito por serviços executados são a medição dos quantitativos e o atestado da qualidade desses serviços.Acerca desse assunto, julgue os itens subseqüentes. 1-(TCU/2007 – CESPE) É recomendável que toda medição seja acompanhada do memorial de cálculo detalhado, indicando o local onde os serviços estão sendo aferidos. 2-(TCU/2007 – CESPE) Se a fiscalização comprova que o serviço foi executado em conformidade com os padrões de qualidade do respectivo edital, mas o quantitativo executado difere do previsto, o pagamento deve ser liberado de imediato, proporcionalmente ao quantitativo executado. 3-(TCU/2007 – CESPE) No caso de a executora comprovar a necessidade de recursos para pagamentos de encargos sociais, o pagamento dos serviços pode ser liberado com base em medições provisórias, as quais deverão ser atestadas posteriormente. 4-(SERPRO/2004 – CESPE) A medição é a apuração dos quantitativos e valores realizados das obras ou serviços.

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(MP/2006 – ESAF/ADAPTADA)Com relação às medições e aos pagamentos de serviços executados em obras, constitui irregularidade: 5-(MP/2006 – ESAF/Alternativa A) o pagamento de serviços efetivamente executados. 6-(MP/2006 – ESAF/Alternativa B) a divergência entre os valores medidos pela empresa e os valores pagos pela fiscalização. 7-(MP/2006 – ESAF/Alternativa C) o pagamento de serviços em conformidade ao estipulado no edital de licitação e contrato. 8-(MP/2006 – ESAF/Alternativa D) inconsistências e incoerências entre o relatório da empresa e o relatório da fiscalização. 9-(MP/2006 – ESAF/Alternativa E) pagamentos relativos a contrato de supervisão, apesar da obra estar paralisada. (CETURB/2009 – CESPE) Acerca de acompanhamento da aplicação de recursos, medições e emissão de faturas de obras públicas, julgue os próximos itens. 10-(CETURB/2009 – CESPE) Para o registro dos quantitativos dos serviços executados, utilizam-se relatórios ou planilhas de medição. 11-(CETURB/2009 – CESPE) Conforme previsto em lei, deve ser pago um serviço executado em obra pública, mesmo em situações em que o critério de medição seja diferente do previsto na planilha orçamentária ou no contrato. 12-(TCU/2011-CESPE) A medição poderá seguir um critério diferente do estipulado no contrato, desde que isso seja aprovado pela fiscalização no diário de obras e que não gere aumento de custos do empreendimento. (HEMOBRAS/2008 - CESPE) Durante procedimento de fiscalização de serviços de engenharia de uma obra pública, os profissionais encarregados dessa função constataram algumas irregularidades no que diz respeito às medições dos serviços e pagamentos executados. Com relação a esse assunto, julgue os itens a seguir quanto à irregularidade das ações.

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13-(HEMOBRAS/2008 - CESPE) Medições e pagamentos executados com critérios diferentes dos que foram estipulados no edital de licitação e contrato. 14-(HEMOBRAS/2008 - CESPE) Falta de pagamento de serviços pendentes por falta de material no mercado ou que não chegaram dentro do prazo previsto. 15-(TCU/2007 – CESPE) Os reajustamentos têm como principal objetivo a atualização dos preços contratuais em função da inflação registrada no setor e somente serão permitidos se definidos nas regras do edital, sem qualquer exceção. 16-(CGU/2008 – ESAF) Um determinado serviço foi contratado pelo valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), com data-base novembro de 2006. Baseado na minuta de contrato, cláusula sétima – reajustamento de preços, qual será o valor do reajuste? a) R$ 216.000,00. b) R$ 212.000,00. c) R$ 215.400,00. d) R$ 218.000,00. e) R$ 206.000,00.

17-(STJ/2004 - CESPE) Nos contratos administrativos, o reajuste ocorre nos casos de existência de situações novas que coloquem em xeque o equilíbrio econômico-financeiro do ajuste, enquanto a recomposição de preço significa a

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alteração do valor a ser pago em função da variabilidade do valor determinante da composição do preço. (SERPRO/2008 - CESPE) Em matéria contratual, um dos aspectos mais controvertidos — sobretudo em relação aos contratos de execução continuada — diz respeito à necessidade de definição dos mecanismos necessários à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do acordo. Lucas Rocha Furtado. Curso de direito administrativo. Belo Horizonte: Forum, 2007.Acerca do reequilíbrio econômico dos contratos administrativos, julgue os próximos itens. 18-(SERPRO/2008 – CESPE) Na repactuação contratual, busca-se recompor as perdas inflacionárias que atingiram o contrato, mediante a aplicação de um índice específico de correção monetária previamente fixado em cláusula contratual. 19-(SERPRO/2008 - CESPE) Em caso de repactuação contratual o interregno mínimo para ocorrer a revisão contratual, é de 24 meses e deve ser contado conforme dispuserem o contrato e o edital da licitação, podendo ser contado da data da apresentação das propostas ou da data da assinatura do contrato. 20-(SERPRO/2008 - CESPE) A repactuação contratual é uma modalidade especial de reajustamento de contrato, aplicável apenas aos contratos de serviços contínuos. 21-(INSS/2008- CESPE) Para pagamento dos serviços executados, a empresa contratada deve encaminhar nota fiscal, acompanhada de boletim de medição, à unidade competente para a liberação dos respectivos valores. (UNIPAMPA/2009-CESPE) A fiscalização da execução de obras e serviços públicos contempla, entre outras atividades, a medição dos serviços executados e a emissão das faturas correspondentes. Com relação a essas atividades, julgue os itens a seguir. 22-(UNIPAMPA/2009 - CESPE) Se a fiscalização autorizar, será permitido adiantar serviços, assim como a sua medição e a emissão da fatura correspondente. 23-(UNIPAMPA/2009 - CESPE) Quando, por condições climáticas adversas, não se consegue a conclusão de serviços, ainda assim não se deve autorizar a emissão da fatura dos serviços inacabados.

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24-(UNIPAMPA/2009 - CESPE) A emissão de fatura de material posto-obra e o correspondente pagamento será permitido somente com a comprovação prévia, por parte da fiscalização, de que ele atende às especificações estabelecidas no projeto. (MPE/AM/2007 - CESPE) Dois aspectos de vital importância na construção de qualquer obra pública são a medição dos serviços executados e a emissão das faturas. Julgue os seguintes itens, referentes a esses dois tópicos. 25-(MPE/AM/2007 - CESPE) Com a autorização da fiscalização, é permitido adiantar serviços, assim como a sua medição e a emissão da fatura correspondente. 26-(MPE/AM/2007 - CESPE) Quando condições climáticas adversas impedem a conclusão de serviços, mas fica comprovada a compra do material e a contratação da mão-de-obra necessárias a sua execução, é autorizada a emissão da fatura dos serviços a executar. 27-(MPE/AM/2007 - CESPE) Para que seja emitida fatura de material posto-obra e efetuado o correspondente pagamento, é imprescindível comprovação prévia, por parte da fiscalização, de que esse material atende às especificações estabelecidas no projeto. 28-(ANA/2006 - CESPE) O recebimento provisório deve ser efetuado somente após a conclusão dos serviços, a solicitação oficial da empresa contratada e a realização de vistoria pela fiscalização e(ou) pela comissão de recebimento de obras e serviços. 29-(ANA/2006 - CESPE) O recebimento definitivo relativo a serviços e obras executados somente deve ser efetivado pelo contratante após a apresentação, pela empresa contratada, da certidão negativa de débito junto ao INSS, do certificado de recolhimento de FGTS e de comprovação de pagamento das demais taxas, impostos e encargos incidentes sobre o objeto do contrato. (SERPRO/2004 - CESPE) O recebimento das obras é etapa importante nos trabalhos de fiscalização. Para tanto, alguns procedimentos são fundamentais para o desfecho da atividade de fiscalização. Em relação a esse tema, julgue os itens que se seguem.

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30-(SERPRO/2004 - CESPE) A figura do recebimento provisório só é cabível para obras emergenciais. (SEPLAG/DF/2009 - CESPE) Na construção civil, a fiscalização deve ser exercida pelo contratante e seus prepostos, objetivando a verificação do cumprimento das disposições contratuais, técnicas e administrativas, em todos os seus aspectos. Em relação à fiscalização de obras públicas, julgue os próximos itens. 31 - (SEPLAG/DF/2009 - CESPE) A fiscalização deverá exigir da contratada relatórios semanais de execução dos serviços e obras, contendo o registro de fatos normais do andamento dos serviços. 32-(SEPLAG/DF/2009 - CESPE) Nas reuniões realizadas no local dos serviços e obras, a fiscalização deve exigir da contratada a elaboração de atas de reunião, para posterior aprovação. 33-(CGU/2008 – ESAF) O contrato administrativo é todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da administração pública e particulares, em que haja um acordo de vontades, no qual são estabelecidos vínculos e estipuladas obrigações recíprocas. Com relação à celebração e à administração de contratos, assinale a opção que constitui exemplo de irregularidade. a) Aditivos contratuais contemplando eventuais alterações de projeto ou cronograma físico-financeiro b) Vinculação do contrato ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu e à proposta do licitante vencedor, conforme disposto no § 1° do art. 54 da Lei n. 8.666/93. c) Supressões, nas obras ou serviços, superiores a 25% do valor inicial atualizado do contrato, nas mesmas condições contratuais, resultantes de acordo entre as partes. d) Alteração, unilateralmente pela Administração, respeitando os ditames legais e com as devidas justificativas, quando houver modificações do projeto ou das especificações para melhor adequação técnica dos seus objetivos, sem a necessidade de aditivo contratual. e) Correção monetária prevista no contrato, com registro do fato nos autos do processo de licitação. (TCU/2005 - CESPE) Supondo que a União publicou edital de concorrência pública para a construção de uma biblioteca em Brasília – DF, julgue os itens subseqüentes.

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34 - (TCU/2005 - CESPE) É ilícita cláusula que determina que o projeto executivo seja desenvolvido concomitantemente à execução das obras, porque a existência dele é requisito necessário para a validade do edital de licitação. 35 - (TCU/2005 - CESPE) É ilícita cláusula que determina, na fase de habilitação, que somente sejam admitidos documentos apresentados em original. 36 - (TCU/2005 - CESPE) É ilícita cláusula que estabelece que podem concorrer na referida licitação somente empresas com sede e administração no Distrito Federal. (UNIPAMPA/2009 - CESPE) Considerando o processo licitatório para obras de engenharia civil, julgue os itens seguintes. 37 - (UNIPAMPA/2009 – CESPE) O contrato de reforma de um edifício pode ser alterado unilateralmente pela administração, com acréscimo de 50% do valor inicial do contrato. 38 - (TRE/RS/2003 - CESPE) O contrato administrativo deve conter preço e condições de pagamento, critério, data-base e periodicidade do reajuste de preços, além de critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento. 39 - (PMVV/SEMAD/2007 - CESPE) É conceituado como contrato administrativo, independentemente da denominação utilizada, todo e qualquer ajuste celebrado entre órgãos ou entidades da administração pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas. 40 - (UNIPAMPA/2009 - CESPE) O caderno de encargos da edificação apresenta o objeto da incorporação e seus acabamentos de forma sucinta, com emprego de terminologia adequada à apreciação pelos futuros adquirentes das construções, em estreita vinculação com os desenhos de projeto. 41 - (SERPRO/2004 - CESPE) O caderno de encargos é o conjunto de especificações, critérios, condições e procedimentos estabelecidos pelo proprietário da obra para a contratação, execução, fiscalização e controle de obras ou serviços.

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42 - (TCEES/2004 - CESPE) O caderno de encargos de uma construção é o conjunto de especificações, critérios, condições e procedimentos estabelecidos pelo construtor para a execução e fiscalização de obras ou serviços. 43 - (ANA/2006 - CESPE) O memorial descritivo da obra é documento necessário para a montagem do orçamento, pois nele são caracterizados os métodos de execução e o padrão de acabamento da obra. 44-(BASA/2007- CESPE) O diário de obra é o livro onde são listados e identificados todos os operários contratados para a execução da obra ou serviço. 45 - (SERPRO/2004 - CESPE) O diário de obra deve discriminar o conjunto de materiais, equipamentos e técnicas de execução a serem empregados na obra ou serviço. 46 - (INSS/2008- CESPE)A empresa contratada para a execução da obra deve elaborar o diário de obra (DO), cujo teor consiste no registro sistemático, objetivo, sintético e diário dos eventos ocorridos no âmbito da obra, bem como de comentários e observações pertinentes. (SECONT/ES/2009 - CESPE) O Diário de Obra (DO) é um documento de informação, controle e orientação, preparado, de forma contínua e simultânea, à execução de qualquer obra rodoviária. Em relação ao teor e à forma de elaboração desse diário, julgue os itens subsequentes. 47 - (SECONT/ES/2009 – CESPE) O DO é preenchido nos campos apropriados pela construtora, pela supervisora e pela fiscalização da contratante, não sendo permitidas discrepâncias entre os relatos e as anotações. 48 - (SECONT/ES/2009 - CESPE) Os acidentes ocorridos no decurso dos trabalhos, suas causas,consequências e métodos usados para corrigi-los devem, necessariamente, ser registrados no DO. 49 - (TCEES/2004 - CESPE) O diário de obra é o livro onde são registrados, diariamente, pelo construtor e, a cada vistoria, pela fiscalização, fatos, observações e comunicações relevantes ao andamento da obra ou, quando necessário, do serviço.

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50-(TCU/2011-CESPE) O livro de ordem é obrigatório em qualquer obra e deve registrar todas as ocorrências relevantes do empreendimento. 51-(TCDF/2012-CESPE) Para obras de pequeno porte e serviços de engenharia com prazo de execução inferior a sessenta dias, não é obrigatório o uso do livro de ordem ou do diário de obras, desde que durante o contrato se oficializem todas as decisões mediante ata de reunião ou correspondência oficial. 52-(TCDF/2012-CESPE)O recebimento definitivo não transfere para a administração a responsabilidade pela correção de erros na obra após a sua entrega. 53-(TCU/2011-CESPE) Caso a obra apresente problema de solidez ou funcionalidade, por erro de projeto, o construtor poderá ser responsabilizado para sanar as falhas apresentadas, mesmo que tenha alertado a fiscalização para esse possível erro. 54-(TCU/2011-CESPE)Após a fiscalização confirmar que, no orçamento, o quantitativo de um serviço da obra está menor que o necessário, a contratada terá direito a um acréscimo de valor, mediante realização do termo aditivo contratual correspondente. 55-(TCU/2011-CESPE)Após o fiscal de obra atestar que os serviços foram realizados, não há impedimentos a serem verificados para que a contratada receba o que foi medido. 56-(TCU/2011-CESPE)Um auxílio da fiscalização, em relação à interpretação das especificações técnicas de determinado serviço, não é justificativa plenamente aceita para que a contratada se exima da responsabilidade da realização desse serviço, mesmo que seja comprovado o auxílio mediante registro no diário de obras ou em ata de reunião.

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GABARITO DAS QUESTÕES

1) C 2) E 3) E 4) C 5) E 6) E 7) E 8) E 9) C 10) C 11) E 12) E 13) C 14) E 15) E 16) ANULADA 17) E 18) E 19) E 20) C 21) C 22) C 23) C 24) E 25) C 26) E 27) E 28) C

29) C 30) E 31) E 32) E 33) Letra D 34) E 35) C 36) C 37) C 38) C 39) C 40) E 41) C 42) E 43) C 44) E 45) E 46) C 47) E 48) C 49) C 50) C 51) E 52) C 53) C 54) C 55) E 56) C

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALTOUNIAN, Cláudio Sarian. Obras públicas: licitação, contratação, fiscalização e utilização. 2 ed. rev. e ampl. Belo Horizonte: Fórum, 2009. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5675:1980 - Recebimento de serviços e obras de engenharia e arquitetura - Procedimento. Rio de Janeiro, 1980. BRASIL. Secretaria de Estado da Administração e Patrimônio. Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação. Manual de Obras Públicas-Edificações – Construções - Práticas da SEAP. Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina – TCE/SC: Apostila do “Curso de Auditoria em Obras Públicas – Secretaria de Estado da Fazenda”, Florianópolis, jun/2008