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  UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE CURSO DE BACHAREL EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS  KATIANE SANTOS OLIVEIRA AUDITORIA INTERNA EM DEPARTAMENTO DE PESSOAL: UMA FERRAMENTA DE PREVENÇÃO A CONTINGÊNCIAS TRABALHISTAS CAMPINA GRANDE   PB 2012

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  • UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARABA

    CENTRO DE CINCIAS SOCIAIS APLICADAS

    DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE

    CURSO DE BACHAREL EM CINCIAS CONTBEIS

    KATIANE SANTOS OLIVEIRA

    AUDITORIA INTERNA EM DEPARTAMENTO DE PESSOAL: UMA

    FERRAMENTA DE PREVENO A CONTINGNCIAS TRABALHISTAS

    CAMPINA GRANDE PB

    2012

  • KATIANE SANTOS OLIVEIRA

    AUDITORIA INTERNA EM DEPARTAMENTO DE PESSOAL: UMA

    FERRAMENTA DE PREVENO A CONTINGNCIAS TRABALHISTAS

    Trabalho de Concluso de Curso - TCC apresentado

    ao Departamento de Cincias Contbeis da

    Universidade Estadual da Paraba, como requisito

    parcial obteno do grau de Bacharel em Cincias

    Contbeis.

    Orientador: Prof Especialista Joo Teberge Neto

    CAMPINA GRANDE PB

    2012

  • FICHA CATALOGRFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DE ADMINISTRAO E CONTBEIS-UEPB

    O48a Oliveira, Katiane Santos

    Auditoria interna em departamento de pessoal: uma

    ferramenta de preveno a contigncias trabalhistas

    [manuscrito] / Katiane Santos Oliveira. 2012.

    66f.; Il. Color.

    Digitado.

    Trabalho de Concluso de Curso (Graduao em Cincias

    Contbeis ) Universidade Estadual da Paraba, Centro de Cincias Sociais Aplicadas, 2012.

    Orientao: Prof. Esp. Joo Teberge Neto, Departamento de Contabilidade.

    1. Legislao trabalhista 2.Procedimentos de Auditoria

    3. Reclamaes Trabalhistas. I. Ttulo.

    21. ed. CDD 658.3.

  • ATIANE SANTOS OLIVEIRA

    AUDITORIA INTERNA EM DEPARTAMENTO DE PESSOAL: UMA

    FERRAMENTA DE PREVENO A CONTINGNCIAS TRABALHISTAS

    Trabalho de Concluso de Curso - TCC apresentado

    ao Departamento de Cincias Contbeis da

    Universidade Estadual da Paraba, como requisito parcial obteno do grau de Bacharel em Cincias

    Contbeis.

    Aprovada em: 20/06/2012

    _______________________________________

    Prof Especialista Joo Teberge Neto / UEPB

    Orientador

    ______________________________________

    Prof Mestra Kaline Di Pace Nunes / UEPB

    Examinadora

    _____________________________________

    Prof Especialista Gitano Souto Silva / UEPB

    Examinador

    CAMPINA GRANDE PB

    2012

  • A todos que estiveram ao meu lado, me dando

    foras para continuar firme at o fim do curso,

    dedico.

  • AGRADECIMENTOS

    Ao meu Deus, pelo seu imenso amor e por sua infinita misericrdia, que dispensou

    sobre minha vida ao longo deste trabalho.

    Ao meu orientador Prof Joo Teberge Neto, pelas orientaes concedidas e pelo

    tempo que me reservou dando toda ateno para que fosse concluda esta monografia.

    Aos demais professores do curso de Cincias Contbeis da UEPB por todo o

    conhecimento transmitido ao longo do curso.

    Aos colaboradores da coordenao do curso de Cincias Contbeis, pelas informaes

    prestadas e por toda ateno dispensada todas as vezes que os procurei ao longo do curso.

    Aos meus pais, Severino e Josefa, responsveis pela minha formao.

    A minha querida av Elvira, pela dedicao e carinho.

    Aos meus colegas de curso, pela amizade, pela cumplicidade e pelos momentos

    marcantes que passamos juntos.

  • "Para realizar grandes conquistas,

    devemos no apenas agir, mas tambm

    sonhar; no apenas planejar, mas tambm

    acreditar.

    (Anatole France)

  • Auditoria Interna em Departamento de Pessoal: Uma ferramenta de preveno a

    Contingncias Trabalhistas

    RESUMO

    Cada vez as reclamaes trabalhistas vm aumentando no cenrio empresarial. H algum

    tempo essas reclamatrias eram prerrogativas de empresas desorganizadas que agiam

    irresponsavelmente com seus funcionrios ou de empresas que exploravam a mo-de-obra

    causando desconforto aos colaboradores sem recompens-los com uma remunerao digna.

    Atualmente, o conjunto de reclamaes est presente nas diversas empresas, inclusive

    naquelas que trazem benefcios aos colaboradores, mas, que por algum deslize no tratamento

    da lei trabalhista, acabam sofrendo com reclamaes trabalhistas. Uma das medidas de

    preveno a essas reclamaes o uso da auditoria interna no departamento de pessoal das

    empresas, onde ir verificar passo a passo a rotina desse departamento, empregando todos os

    procedimentos necessrios para identificao das no conformidades perante a legislao

    trabalhista. Diante disso, questiona-se: Quais os procedimentos da auditoria interna

    necessrios para se auditar o departamento de pessoal de uma empresa? O presente estudo

    tem por objetivo verificar dentre os procedimentos de auditoria meios de preveno de

    reclamaes trabalhistas, onde ir mostrar os aspectos da legislao trabalhista, relatar os

    procedimentos do departamento de pessoal e considerar a metodologia da auditoria utilizada

    neste departamento. Este estudo foi realizado atravs de uma aprofundada leitura de livros e

    artigos, como tambm atravs da internet. Foi adotado como tcnica para coleta de dados o

    uso de questionrios, onde se verificou o mau cumprimento da legislao trabalhista por parte

    de alguns gestores. Concluindo, dessa forma, que a auditoria interna no departamento de

    pessoal uma importante ferramenta de apoio s empresas para preveno de contingncias

    trabalhistas.

    Palavras-chave: Legislao Trabalhista. Procedimentos de auditoria. Reclamatrias

    Trabalhistas.

  • A B S T R A C T

    Each time the grievances are increasing the business scenario. For some time these were

    prerogatives of grievance disorganized companies who acted irresponsibly with their

    employees or companies exploiting the manpower without causing discomfort to employees

    to reward them with a good salary. Currently, the set of claims is present in several

    companies, including those that provide benefits to employees, but that by some slip in the

    treatment of labor law, suffer labor claims. One of the preventive measures to these

    complaints is the use of internal audit in the personnel department of the companies where

    you will see step by step routine of this department, using all necessary procedures for the

    identification of nonconformities before the labor legislation. Thus, the question is: What are

    the internal audit procedures required to audit the personnel department of a company? The

    present study aims to verify from the audit procedures means of preventing labor disputes,

    where it will show the aspects of labor laws, reporting procedures of the personnel department

    and consider the audit methodology used in this department. This study was conducted

    through a thorough reading of books and articles, as well as over the internet. It was adopted

    as a technique for collecting data using questionnaires, where there was bad compliance with

    labor laws by some managers. In conclusion, therefore, that the internal audit department of

    personnel is an important support tool for companies to prevent contingencies.

    Keywords: Labor Legislation. Audit procedures. Labor grievance.

  • LISTA DE QUADROS

    QUADRO 1 - Tipos de Auditoria ............................................................... 20

    QUADRO 2 Procedimentos de Auditoria ................................................. 21

    QUADRO 3 Custos dos Controles x Beneficio.........................................

    25

  • LISTA DE GRFICOS

    GRFICO 1

    QUANTIDADE DE FUNCIONRIOS..................................... 35

    GRFICO 2 FUNCIONRIOS REGISTRADOS ......................................... 36

    GRFICO 3

    RISCOS TRABALHISTAS PRESENTES NAS

    EMPRESAS................................................................................

    36

  • LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SMBOLOS

    %

    AICPA

    ART.

    ASO

    Por cento

    Instituto Americano de Contadores Pblicos Certificados

    Artigo

    Atestado de Sade Ocupacional

    CFC Conselho Federal de Contabilidade

    CLT Consolidao das Leis do Trabalho

    CPF Cadastro de Pessoa Fsica

    CTPS Carteira de Trabalho e Previdncia Social

    DOU Dirio Oficial da Unio

    FGTS

    INSS

    MTE

    N

    NBCT

    OIT

    R$

    RG

    TRCT

    UEPB

    Fundo de Garantia por Tempo de Servio

    Instituto Nacional de Seguridade Social

    Ministrio do Trabalho e Emprego

    Nmero

    Norma Brasileira de Contabilidade

    Organizao Internacional do Trabalho

    Moeda Brasileira Correspondente a Reais

    Registro Geral

    Termo de Resciso de Contrato de Trabalho

    Universidade Estadual da Paraba

  • SUMRIO

    1 INTRODUO............................................................................................. 13

    1.1 TEMA E PROBLEMA.................................................................................. 13

    1.2 OBJETIVOS.................................................................................................. 13

    1.3 JUSTIFICATICA DO ESTUDO.................................................................... 14

    1.4 ORGANIZAO DO ESTUDO................................................................... 14

    2 FUNDAMENTAO TERICA.............................................................. 16

    2.1

    2.2

    ABORDAGEM HISTRICA DA AUDITORIA.........................................

    CONEITOS DE AUDITORIA......................................................................

    16

    17

    2.3 OBJETIVOS DE AUDITORIA.................................................................... 18

    2.4 TIPOS DE AUDITORIA............................................................................... 19

    2.5

    2.6

    2.7

    2.8

    2.8.1

    2.8.2

    2.8.3

    2.8.4

    2.9

    3

    4

    4.1

    4.2

    METODOLOGIA DA AUDITORIA............................................................

    PAPIS DE TRABALHO.............................................................................

    PROGRAMA DE AUDITORIA...................................................................

    CONTROLE INTERNO................................................................................

    CONCEITO DE CONTROLE INTERNO....................................................

    CARACTERSTICAS DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO...........

    RELAO CUSTO X BENEFCIO.............................................................

    CONTROLE INTERNO NA REA DE DEPARTAMENTO DE

    PESSOAL.........................................................................................................

    A IMPORTNCIA DA AUDITORIA NAS EMPRESAS............................

    ASPECTOS DA LEGISLAO

    TRABALHISTA............................................................................................

    PROCEDIMENTOS DO DEPARTAMENTO DE

    PESSOAL.......................................................................................................

    ROTINAS DE ADMISSO............................................................................

    ROTINAS DE PERMANNCIA...................................................................

    20

    22

    22

    23

    24

    24

    24

    25

    25

    27

    28

    28

    30

  • 4.2.1

    4.2.2

    4.2.3

    4.2.4

    4.3

    5

    6

    7

    REGISTRO DA JORNADA DE TRABALHO...............................................

    FOLHA DE PAGAMENTO............................................................................

    FRIAS............................................................................................................

    PAGAMENTO DE ENCARGOS TRABALHISTAS E

    PREVIDENCIRIOS......................................................................................

    ROTINAS DE DESLIGAMENTO..................................................................

    PROCEDIMENTOS METODOLGICOS................................................

    DESCRIO E ANLISE DOS DADOS...................................................

    CONSIDERAES FINAIS E RECOMENDAES.............................

    30

    31

    31

    32

    32

    34

    35

    39

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..........................................................................

    APNDICES....................................................................................................................

    ANEXOS..........................................................................................................................

    40

    41

    47

  • 14

    1 INTRODUO

    O cenrio trabalhista regulamentado por diversas normas, portarias, decretos, leis

    complementares, medidas provisrias, e principalmente pela Consolidao das Leis do

    Trabalho (CLT), que a principal norma legislativa brasileira que se refere ao direito do

    trabalho e o direito processual do trabalho.

    De acordo com a CLT, os empregadores e os empregados esto obrigados a cumprir

    seus direitos e deveres. O descumprimento da legislao trabalhista resulta em srios

    problemas para as empresas, principalmente financeiros. Se gasta muito dinheiro com

    reclamaes trabalhistas, que poderiam ser evitadas se as empresas agissem corretamente

    cumprindo a legislao.

    1.1 Tema e Problema

    Esta monografia tem como tema Auditoria Interna em Departamento de Pessoal:

    Uma ferramenta para preveno de contingncias trabalhistas.

    O departamento de pessoal de uma empresa deve interpretar de forma correta a

    legislao trabalhista, desde a contratao dos funcionrios, seguido de sua permanncia na

    empresa, at o momento de demiti-los. O profissional que atua nesse departamento dever

    fazer uso da legislao vigente sem erros, de forma a evitar problemas com a justia do

    trabalho.

    Muitas empresas, por no conhecerem na integra as leis que regulamentam o trabalho

    no Brasil, tem experimentado alguns prejuzos referentes ao pagamento de dividas trabalhistas

    causando, de certa forma, um impacto no caixa das mesmas.

    O que tambm tem acontecido que muitos gestores no tem dado muita importncia

    ao cumprimento da lei trabalhista, agindo de forma irregular, como por exemplo, contratando

    informalmente funcionrios sem o devido registro nas Carteiras de Trabalho e Previdncia

    Social (CTPS) dos mesmos; deixando de pagar os tributos referentes aos encargos sociais;

    submetendo os funcionrios a uma excessiva jornada de trabalho sem remuner-los conforme

    a legislao. Diante disso, formula-se o seguinte questionamento: Quais os procedimentos da

    auditoria interna necessrios para se auditar o departamento de pessoal de uma empresa,

    objetivando a preveno de reclamatrias trabalhistas?

    1.2 Objetivos

    Pretende-se com esta monografia, contribuir para o entendimento da importncia da

    auditoria interna no departamento de pessoal, tomando medidas preventivas para evitar

    demandas com reclamatrias trabalhistas.

  • 15

    Assim, o objetivo geral verificar, dentre os procedimentos de auditoria, meios de

    preveno a reclamatrias trabalhistas, fazendo uso da eficincia e eficcia dos controles

    internos das empresas, como tambm um estudo minucioso dos procedimentos do

    departamento de pessoal conforme a legislao trabalhista em vigor.

    Para se alcanar o objetivo geral, necessrio determinar os seguintes objetivos

    especficos:

    Mostrar a legislao trabalhista em vigor;

    Relatar os procedimentos do departamento de pessoal;

    Identificar os fatores que levam os funcionrios a reclamarem junto Justia do

    Trabalho;

    Considerar a metodologia da auditoria necessria para auditar o setor pessoal.

    1.3 Justificativa do Estudo

    A mo-de-obra de uma empresa representa seu maior custo, por isso que muitas delas

    resistem em cumprir a legislao trabalhista na ntegra, com a pretenso de reduzir,

    aparentemente, gastos com funcionrios, e dessa forma ficam vulnerveis reclamaes

    trabalhistas.

    Alguns empregadores desrespeitam s leis trabalhistas, contratando funcionrios

    informalmente, correndo riscos caso sejam fiscalizados pelo Ministrio do Trabalho ou sejam

    penalizados com reclamaes trabalhistas desses funcionrios, quando os mesmos forem

    demitidos e se sentirem, de alguma forma, prejudicados quanto aos seus direitos.

    A escolha do tema est relacionada ao fato das empresas pagarem dividas trabalhistas

    desnecessrias por causa do no cumprimento da legislao. Sendo assim, a auditoria interna

    poder ser utilizada como importante ferramenta para examinar e corrigir as no-

    conformidades existentes nos departamentos de pessoais, auxiliando tanto empregadores

    como empregados a cumprirem s leis, no causando danos a nenhuma das partes.

    1.4 Organizao do Estudo

    O presente trabalho abordar tpicos importantes que sero desenvolvidos da seguinte

    forma:

    No primeiro captulo tem-se a introduo, onde ser abordada a temtica e o problema

    do estudo, seguindo dos objetivos gerais e especficos que demonstram a auditoria como meio

    de preveno reclamaes trabalhistas, a justificativa que apresenta problemas enfrentados

    pelas empresas pelo no cumprimentos da legislao trabalhista.

  • 16

    No segundo captulo apresentado o referencial terico, onde sero abordados tpicos

    relevantes, tais como: abordagem histrica, conceitos, tipos, objetivos, metodologia da

    auditoria; papis de trabalho, programas de auditoria; controle interno; a importncia da

    auditoria trabalhista.

    No terceiro captulo so abordados os aspectos da legislao trabalhista em vigor.

    No quarto captulo, sero apresentados procedimentos utilizados no departamento de

    pessoal, com a admisso do funcionrio, seguido de sua permanncia na empresa e seu

    desligamento.

    No quinto captulo ser apresentada a metodologia do estudo, que define o

    instrumento de coleta de dados utilizado.

    No sexto captulo ser apresentado a descrio e anlise dos dados coletados atravs

    dos questionrios.

    E, por fim, no stimo captulo, sero feitas as consideraes finais, em que sero

    abordados os resultados alcanados com a pesquisa e as recomendaes s empresas.

  • 17

    2. FUNDAMENTAO TERICA

    Neste capitulo sero apresentados tpicos relevantes para o desenvolvimento deste

    trabalho, tais como: abordagem histrica, conceitos, objetivos, tipos de auditoria;

    metodologia, papis de trabalho e programas de auditoria; controle interno e suas

    caractersticas.

    2.1 Abordagem histrica da auditoria

    No se sabe a data exata do surgimento da auditoria. Todavia, o surgimento da mesma

    est relacionado com o desenvolvimento da contabilidade, que desde os tempos antigos servia

    de auxilio para trazer informaes concisas sobre o patrimnio das entidades.

    Com o crescimento econmico dos pases e com a expanso das empresas,

    principalmente depois da Revoluo Industrial, em 1756, surgiu a efetiva necessidade da

    utilizao das atividades de auditoria.

    Embora no se tenha registros precisos das primeiras utilizaes de procedimentos de

    auditoria, a profisso do auditor uma funo nova que, segundo Attie (2011), vem

    experimentando excepcional desenvolvimento com diferentes graus de especializao.

    Um dos fatos que marcaram o surgimento da auditoria foi a criao do SEC (Securities

    and Exchange Commission), onde, conforme Attie (2011, p.28), impulsionou a profisso de

    auditor assumindo uma relevada importncia e criando novo estimulo, uma vez que as

    empresas que investiam na Bolsa de Valores foram obrigadas a fazerem uso dos servios de

    auditoria para dar maior credibilidade a suas demonstraes.

    No Brasil, segundo Ricardino e Carvalho (2004), tambm difcil precisar o incio da

    auditoria. Somente em 1976, com o regulamento do Mercado de Capitais que a profisso do

    auditor se desenvolveu.

    Para Attie (2011, p.29), as principais influncias que possibilitaram o desenvolvimento

    da auditoria no Brasil foram:

    Instalaes de filiais e subsidiarias de firmas estrangeiras;

    Financiamento de empresas brasileiras por entidades internacionais;

    Crescimento das empresas brasileiras e necessidade de

    descentralizao e diversificao das atividades econmicas;

    Evoluo do mercado de capitais;

    Criao das normas de auditoria, promulgadas pelo Banco Central do

    Brasil em 1972;

    Criao da Comisso de Valores Mobilirios e da Lei das Sociedades

    Annimas em 1976.

  • 18

    Segundo a Lei das Sociedades Annimas (Lei n 6.404/76), as empresas de capital

    aberto e empresas consideradas de grande porte devem ter suas demonstraes contbeis

    auditadas por auditores externos ou independentes. Dessa forma, a profisso do auditor se

    enfatizou de forma relevante.

    2.2 Conceitos de Auditoria

    A contabilidade um instrumento de grande importncia para o gerenciamento e

    controle dos patrimnios das entidades. atravs dela que o patrimnio e os resultados

    obtidos pela gesto das entidades so devidamente medidos e avaliados, trazendo informaes

    bastante significativas para tomada de decises por parte da administrao das entidades.

    Dentre os diversos segmentos que surgiram da contabilidade est a auditoria, uma tcnica

    bastante ampla, que no se limita apenas na averiguao das demonstraes contbeis, mas

    tende-se vrios trabalhos especializados, pois a mesma caracteriza-se por identificar

    deficincias nos controles internos e no sistema financeiro apresentando recomendaes para

    melhor-los. De acordo com Attie (2011), a ao da auditoria no pode se limitar somente ao

    que registrado nos livros oficiais, mas tambm a tudo que pode ter sido omitido nos

    registros principais. Por isso que a auditoria abrange todos os itens que lhe forem

    apresentados para a devida averiguao, obtendo evidencias de informaes de carter interno

    ou externo.

    O conceito de auditoria demonstrado por alguns autores definidos abaixo:

    Para Attie (2011, p.25), a auditoria uma especializao contbil voltada a testar a

    eficincia e eficcia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma

    opinio sobre determinado dado.

    Segundo S (2007, p.25):

    A auditoria uma tecnologia contbil aplicada ao sistemtico exame dos

    registros, demonstraes e de quaisquer informes ou elementos de

    considerao contbil, visando a apresentar opinies, concluses, crticas e

    orientaes sobre situaes ou fenmenos patrimoniais da riqueza aziendal,

    pblica ou privada, quer ocorridos, que por ocorrer ou prospectados e

    diagnosticados.

    De acordo com Holmes (2002), a auditoria consiste no exame das demonstraes e

    registros administrativos. O auditor observa a exatido, integridade e austeridade de tais

    demonstraes, registros e documentos.

    Uma conceituao sistemtica de um professor da Universidade de Havard, Arthur

    Hanson, que auditoria o exame de todas as anotaes contbeis, a fim de comprovar sua

    exatido, assim como a veracidade dos estados ou situaes que as ditas anotaes

    produzem.

  • 19

    A auditoria tem sido empregada em diversas especialidades, porm com o mesmo

    objetivo de emitir uma opinio fundamentada por uma pessoa independente, que produza

    comentrios adequados de acordo com a rea auditada, aconselhando os gestores nas tomadas

    de decises futuras.

    2.3 Objetivos da Auditoria

    A auditoria tem como principal objetivo investigar de forma profunda os registros, os

    controles internos e a parte fsica de determinados setores da empresa, proporcionando

    credibilidade de cada registro e emitindo relatrios e pareceres para auxiliar os gestores na

    tomada de decises.

    De acordo com Attie (2011, p.31), o objetivo da auditoria pode ser descrito, em

    linhas gerais como sendo o processo pelo qual o auditor se certifica da veracidade da

    totalidade das demonstraes contbeis preparadas pela companhia auditada.

    Segundo S (2007, p.27), os objetivos da auditoria so:

    a) Comprovao da exatido dos fatos patrimoniais atravs de registros;

    b) Comprovao da propriedade na identificao dos mesmos fatos em

    face da dinmica patrimonial;

    c) Comprovao dos tempos e do valor como medidas dos mesmos fatos

    em face da dinmica patrimonial;

    d) Interpretao e critica dos exames que realizou;

    e) Orientao quanto para o governo do patrimnio;

    f) Proteo contra fraudes;

    g) Pesquisas patrimoniais sobre fatos ocorridos;

    h) Previso de fatos patrimoniais;

    i) Exame de eficincia e eficcia;

    j) Exames de riscos patrimoniais;

    k) Exame da capacidade de equilbrio da empresa;

    l) Orientao e opinio sobre os exames.

    Ainda segundo S (2007, p.27), seu objetivo no a credencia como ramo da cincia contbil, mas como uma aplicao dela, cuja generalizao no permite consider-la como

    tecnologia autnoma.

  • 20

    A finalidade a que se destina a auditoria fornecer ao gestor informaes de suma

    importncia sobre todos os processos pertinentes empresa, visando proteg-la de possveis

    fraudes.

    2.4 Tipos de Auditoria

    De acordo com as relaes do auditor e da entidade auditada, em funo da origem, a

    auditoria divide-se em duas: A auditoria externa ou independente e a auditoria interna ou

    operacional. Em relao aos trabalhos executados pelos auditores externos e auditores

    internos, esses possuem diferenas bsicas. A auditoria externa constitui um conjunto de

    procedimentos tcnicos visando a emisso de pareceres sobre a adequao dos princpios de

    contabilidade e das normas brasileiras de contabilidade com relao entidade que est sendo

    auditada. A auditoria interna executada por funcionrios da prpria entidade, constituindo

    um conjunto de procedimentos tcnicos que tem por objetivo examinar a integridade,

    adequao e eficcia dos controles internos.

    Segundo S (2007, p.41), quando a verificao dos fatos levada a efeito por

    profissional liberal ou por associao de profissionais liberais e, portanto, elementos estranhos

    empresa, a interveno ou censura denomina-se auditoria externa.

    Ainda segundo S (2007, p.41), quando a verificao dos fatos realizada por

    funcionrios da prpria empresa, constituindo um servio, uma seo ou um departamento, a

    interveno ou censura denomina-se auditoria interna.

    As principais diferenas entre o auditor interno e o auditor externo esto demonstradas

    no quadro a seguir:

  • 21

    QUADRO 1: TIPOS DE AUDITORIA

    Auditor Interno

    Auditor Externo

    empregado da empresa auditada;

    No tem vinculo empregatcio com empresa

    auditada;

    Menor grau de independncia;

    Maior grau de independncia;

    Executa auditoria contbil e operacional;

    Executa apenas auditoria contbil;

    Os principais objetivos so:

    Verificar se as normas internas esto sendo

    seguidas;

    Verificar a necessidade de aprimorar as

    normas internas vigentes;

    Verificar a necessidade de novas normas

    internas;

    Efetuar auditoria das diversas reas das

    demonstraes contbeis e em reas

    operacionais.

    O principal objetivo emitir um parecer ou

    opinio sobre as demonstraes contbeis, no

    sentido de verificar se estas refletem

    adequadamente a posio patrimonial e

    financeira, o resultado das operaes, as

    mutaes do patrimnio lquido e as origens e

    aplicaes de recursos da empresa examinada.

    Tambm, se essas demonstraes foram

    elaboradas de acordo com os princpios

    contbeis e se esses princpios foram

    aplicados com uniformidade em relao ao

    exerccio social anterior;

    Maior volume de testes (tem maior tempo na empresa

    para executar os servios de auditoria).

    Menor volume de testes, j que o auditor

    externo est interessado em erros que

    individualmente ou cumulativamente possam

    alterar de maneira substancial as informaes

    das demonstraes contbeis.

    Fonte: Almeida (2010, p.30)

    2.5 Metodologia da auditoria

    Para que o auditor chegue ao seu objetivo, desempenhando seu trabalho para formar

    sua opinio sobre a rea auditada, precisa fazer um estudo minucioso do sistema de controle

    interno, como tambm um exame fsico de determinados documentos. Para isso, necessrio

    a utilizao de procedimentos que fundamentem seu ponto de vista. Esses procedimentos

    que vo levar o auditor a alcanar as metas estabelecidas para o resultado final da auditoria.

    Segundo Attie (2011), esses mtodos so ferramentas das quais o auditor se utiliza

    para a realizao de seu trabalho, consistindo no ajuntamento das informaes possveis e

    avaliao das informaes obtidas, para formao de sua opinio.

  • 22

    Para Almeida (2010, p.55), os procedimentos de auditoria representam um conjunto

    de tcnicas que o auditor utiliza para colher as evidncias sobre as informaes.

    Conforme S (2007, p.35),

    Planejar, partindo de sondagens srias, supervisionar de forma ampla,

    estudar, analisar, refletir para avaliar com segurana, sentir-se seguro diante

    de evidncias inequvocas, tudo fazendo para obt-las, preservar a

    independncia no aceitando subordinaes nem limitaes indagao,

    adotar prudncia para opinar somente com segurana, evidncias e destacar

    o que causar dvidas, so partes de uma metodologia da auditoria que no se

    pode omitir, seja qual for a finalidade a cumprir da tarefa.

    A seguir, sero exemplificados os principais procedimentos de auditoria:

    QUADRO 2: PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

    Exame fsico Esse procedimento utilizado para identificar

    fisicamente o bem declarado nas

    demonstraes financeiras.

    Confirmao com terceiros Esse procedimento utilizado pelo auditor

    para confirmar informaes com pessoas ou

    entidades conhecedoras da transao, dentro

    ou fora da entidade.

    Inspeo de documentos Esse procedimento utilizado para examinar

    os documentos que so produzidos pela

    prpria empresa ou fornecidos de terceiros,

    comprovando algum tipo de transao.

    Conferncia de clculo Procedimento que consiste na conferncia

    aritmtica de documentos em todo o processo

    de elaborao das demonstraes financeiras.

    Fonte:Almeida (2010, p.56)

    A utilizao correta dos mtodos de auditoria que vo dar embasamento

    formulao dos programas de trabalho de auditora estabelecidos pelo auditor que o ajudaro a

    formar uma concluso sobre a rea auditada.

    2.6 Papis de trabalho

    Conforme a Resoluo CFC n 1024/05, revogada pela Resoluo CFC n 1.203/09, os

    papis de trabalho constituem a documentao preparada pelo auditor ou fornecida a este na

    execuo da auditoria. Eles integram um processo organizado de registro de evidncias da

    auditoria, por intermdio de informaes em papel, meios eletrnicos ou outros que

    assegurem o objetivo a que se destinam. Os papis de trabalho devem incluir o juzo do

    auditor acerca de todas as questes significativas, juntamente com a concluso a que chegou,

    inclusive nas reas que envolvem questes de difcil julgamento.

    Segundo Almeida (2010, p.88), os principais objetivos dos papis de trabalho de

    auditoria so os seguintes:

    Atender s normas de auditoria;

  • 23

    Acumular as provas necessrias para suportar o parecer do auditor;

    Auxiliar o auditor durante a execuo de seu trabalho

    Facilitar a reviso por parte do auditor responsvel, para que ele

    assegure-se de que o servio foi efetuado de forma correta;

    Servir como base para a avaliao dos auditores;

    Ajudar no trabalho da prxima auditoria;

    Representar na justia as evidncias do trabalho executado.

    Os papis de trabalho podem ser divididos em: programas de auditoria, que

    estabelecem por escrito a poltica adotada pela empresa de auditoria, padronizando todos os

    procedimentos de auditoria. Servem tambm para superviso e controle de qualidade dos

    trabalhos do auditor quanto equipe a ele subordinada. Papis elaborados pelo auditor, ou

    apontamentos, que so produzidos durante as fases da auditoria pelo prprio auditor, como

    organogramas, demonstrativos, etc., podendo ser elaborados manualmente ou

    eletronicamente. E outros papis de trabalho, que se caracterizam por serem documentos

    obtidos de terceiros, geralmente so documentos relevantes como cpias de contratos,

    estatutos, atas, etc.

    De acordo com o tempo de uso, podem-se dividir os papis de trabalho em: corrente,

    quando so utilizados no exerccio em curso e permanente, quando podero ser utilizados em

    mais de um exerccio social.

    Os papis de trabalho so de responsabilidade exclusiva do auditor, cabendo ao

    mesmo a guarda e o sigilo.

    2.7 Programa de auditoria

    Tambm conhecido como planejamento de auditoria, o programa de auditoria uma

    etapa de muita importncia para o auditor, pois nessa fase que o mesmo ir estabelecer seu

    plano de trabalho.

    Conforme a NBCT 11 IT-07, o planejamento da auditoria a etapa na qual o auditor

    estabelece a estratgia geral dos trabalhos que sero executados na entidade auditada.

    A significncia do planejamento de auditoria se compreende pelo tempo em que o

    auditor vai se comprometer com a elaborao do mesmo.

    Como explica Almeida (2010, p.154), o auditor pretende alcanar os seguintes

    objetivos com o planejamento da auditoria:

    Adquirir conhecimento sobre a empresa auditada, abrangendo a

    natureza de suas operaes, seus negcios e forma de organizao;

    Planejar maior volume de horas nas auditorias preliminares, visando

    detectar problemas de imediato e dar maior ateno empresa auditada;

    Obter maior cooperao do pessoal da empresa, afim de utilizar dos

    servios dos mesmos no apanhamento de documentos nos arquivos da

    empresa, no preparo de anlises, no preenchimento de papis de trabalho;

  • 24

    Identificar previamente os problemas, de forma que a administrao

    possa ter tempo suficiente de solucion-los sem que haja atraso na

    divulgao do resultado final da auditoria.

    Para se estabelecer esse planejamento, necessrio que se execute as seguintes fases:

    a) Levantamento prvio

    Nessa primeira fase o auditor vai definir qual o propsito do trabalho a ser

    desenvolvido, onde o mesmo ir fazer um levantamento junto com a empresa auditada de

    todos os fatores que sero objetos de exames, como tambm ir definir quais controles, de

    acordo com a eficincia e eficcia de cada um, que sero analisados.

    O auditor em conjunto com sua equipe vai coletar os dados e avaliar os controles

    internos estabelecendo objetivos estratgicos para o desenvolvimento da auditoria.

    b) Execuo

    Depois de coletar os dados e analisar as evidncias de no-conformidades na empresa

    auditada, o auditor vai partir para a fase de execuo, fazendo os julgamentos necessrios, de

    forma eficiente e objetiva, para chegar a sua concluso.

    Nesse processo o auditor far uso dos papis de trabalho, que devem ser bem

    elaborados para facilitar o trabalho de toda a equipe da auditoria a ser executada.

    c) Comunicao dos resultados

    Concluda a fase da execuo, segue-se a etapa da transmisso do relatrio

    administrao geral da empresa auditada para iniciar o processo da tomada de deciso,

    corrigindo as no-conformidades encontradas pelo auditor no processo de anlise dos dados

    fornecidos pela empresa. O auditor deve comunicar o relatrio de forma clara, de modo que

    os gestores entendam os resultados do trabalho e sigam as devidas recomendaes feitas pela

    equipe de auditoria.

    2.8 Controle Interno

    No mercado atual, onde o sistema de controle vem predominando de forma bastante

    acentuada, as empresas no conseguem se manter sem um controle interno eficiente e eficaz.

    Com o uso dos controles internos, os processos se tornam geis e de fcil interpretao para

    os diversos tipos de usurios, sejam eles internos ou externos, que necessitam das

    informaes das entidades.

    2.8.1 Conceito de Controle Interno

    O controle interno conceituado, segundo o Comit de Procedimentos de Auditoria do

    Instituto Americano de Contadores Pblicos Certificados (AICPA), como o conjunto

    coordenado dos mtodos e medidas, adotados pela empresa para proteger seu patrimnio,

    verificar a exatido e a fidedignidade de seus dados contbeis, promover a eficincia

    operacional e adeso poltica traada pela administrao.

  • 25

    Para Almeida (2010, p.63), o controle interno representa em uma organizao o

    conjunto de procedimentos, mtodos ou rotinas, com os objetivos de proteger os ativos,

    produzir dados contbeis confiveis e ajudar a administrao na conduo ordenada dos

    negcios da empresa.

    Diante desses conceitos, observa-se que os controles internos possuem uma grande

    importncia para as empresas, pois quanto melhor for o controle, mais segurana ter a

    empresa para se manter eficientemente no mercado atual, que est cada vez mais competitivo.

    2.8.2 Caractersticas do Sistema de Controle Interno

    De acordo com Attie (2011, p.110), num sentido mais amplo, o controle interno inclui

    controles que podem est relacionados tanto contabilidade como administrao, como

    segue:

    a) Controles Contbeis

    Compreendem de organizao e todos os mtodos e procedimentos diretamente

    relacionados com a salvaguarda do patrimnio e a fidedignidade dos registros contbeis;

    b) Controles Administrativos

    Compreendem o plano de organizao e todos os mtodos e procedimentos que dizem

    respeito eficincia operacional e deciso poltica traada pela administrao.

    2.8.3 Relao Custo x Benefcio

    Para Almeida (2010, p.70), o custo do controle no pode ser superior aos benefcios

    que se espera obter dele, ou seja, a compra de um controle mais sofisticado deve est

    relacionada ao grau de relevncia das transaes a que se destina, enquanto os controles

    menos rgidos devem ser implantados para aes menos importantes. Abaixo ser

    exemplificado como uma empresa dever proceder para efetuar uma compra de acordo com o

    controle interno:

    QUADRO 3: CUSTOS DOS CONTROLES X BENEFICIOS

    VALOR

    PROCEDIMENTOS

    At 1 salrio mnimo

    De 2 a 10 salrios mnimos

    Acima de 11 salrios mnimos

    No necessita de licitao.

    Licitao com no mnimo dois fornecedores.

    Licitao com no mnimo trs fornecedores.

    Fonte: Almeida (2010, p.70)

  • 26

    Cabe ao auditor verificar o bom desempenho dos controles internos da empresa

    auditada verificando se as metas estabelecidas pela empresa esto sendo alcanadas de forma

    eficiente, atravs dos respectivos usurios desses controles.

    2.8.4 Controle Interno na rea de Departamento de Pessoal

    Toda empresa, para o desenvolvimento de suas atividades, necessita de funcionrios

    que sejam capacitados e qualificados para o cumprimento dessas atividades.

    Para a manuteno do quadro de funcionrios faz-se necessrio uma rea especfica na

    empresa, que a rea de departamento de pessoal. Dentre as vrias atividades desenvolvidas

    no departamento de pessoal esto as contrataes, pagamentos de salrios, levantamento de

    faltas dos funcionrios, clculo de horas extras, clculo de frias e clculos de rescises. Para

    um bom desempenho dessas atividades, de suma importncia que as empresas estabeleam

    um sistema de controle interno bastante eficiente, pois o departamento de pessoal uma rea

    que envolve srios riscos de erros e fraudes envolvendo funcionrios que podero buscar as

    correes desses erros junto Justia do Trabalho.

    Segundo Almeida (2010), um eficiente controle sobre funcionrios, salrios e

    respectivos encargos/benefcios deve ser implantado, visando a eliminao de riscos e

    irregularidades.

    2.9 A importncia da auditoria para as empresas

    A auditoria interna de suma importncia para as empresas, pois a mesma ir

    observar, examinar e questionar de forma minuciosa os controles internos das empresas,

    verificando se os mesmos esto agindo de maneira eficiente e eficaz, trazendo segurana para

    o seu patrimnio. Estas atividades esto relacionadas ao bom desempenho do trabalho do

    auditor, que levantar vrios pontos para o melhoramento da gesto das empresas auditadas,

    ajudando na eliminao de desperdcios, simplificando tarefas, implantando novos sistemas

    de controle e auxiliando os gestores na tomada de decises.

    Com o uso da auditoria interna, de forma preventiva, as entidades sero beneficiadas

    com as informaes relevantes trazidas pelo auditor e dessa forma, tero um melhor controle

    de seu patrimnio, reduzindo os riscos pelas no-conformidades encontradas e procurando

    reduzir as ineficincias dos controles internos.

    As auditorias internas especializadas exercem um papel de fundamental importncia

    para as empresas; os seus resultados, alm de se constiturem em algo precioso para a

    tranquilizao dos executivos, fornecem preciosas recomendaes corretivas e preventivas

    exposio da empresa face a multas, reclamaes e outros dissabores.

  • 27

    3 ASPECTOS DA LEGISLAO TRABALHISTA

    Desde os tempos antigos sempre houve movimentos contra as ms condies de

    trabalho objetivando trazer melhores meios de sobrevivncia para os trabalhadores.

    O surgimento da legislao trabalhista no Brasil veio como conseqncia de um longo

    processo de lutas e reivindicaes operrias desenvolvidas no mundo.

    Em 1891, esse cenrio sofreu um grande impacto, onde foi defendido pelo Papa Leo

    XIII, em sua encclica, os princpios de proteo ao trabalhador. Nesse mesmo ano, foram

    criadas as primeiras normas de proteo ao trabalhador, como o caso do Decreto n 1.313,

    que regulamentou o trabalho dos menores de 12 a 18 anos.

    Em 1903, foi promulgada a lei sindical rural e, em 1907, a primeira lei geral dos

    sindicatos, onde orientou a atividade sindical at 1930. Dez anos depois, em 1917, surgiu o

    Departamento Nacional do Trabalho, como rgo fiscalizador e informativo. No ano seguinte

    criou-se a Comisso de Legislao Social da Cmara dos Deputados, com o objetivo de

    elaborar, de forma sistemtica, uma legislao do trabalho. Em 1919, como resultado desta

    iniciativa, foi promulgada a primeira lei de acidente do trabalho, regulamentada em 1923.

    A criao da Organizao Internacional do Trabalho (OIT), significou uma nova

    postura dos pases em relao s questes ligadas ao trabalho e aos trabalhadores.

    Ainda em 1923, surgiu outro aspecto importante, que foi o da Previdncia e Social,

    criando caixas de aposentadorias e penses.

    Em 1927, foi promulgado o cdigo de menores, onde ficaria proibido o trabalho de

    menores de doze anos, ou em praa pblica, aos menores de quatorze anos.

    Foi nessas condies que, com a deflagrao do movimento revolucionrio de 1930,

    comeou a fase atual do Direito do Trabalho brasileiro.

    Em 26 de novembro de 1930, foi criado o Ministrio do Trabalho, Indstria e

    Comrcio, visando abranger vrios assuntos como: poltica e diretrizes para a gerao de

    emprego e renda e de apoio ao trabalhador, fiscalizao do trabalho, poltica salarial,

    formao e desenvolvimento profissional, segurana e sade no trabalho, poltica de

    imigrao e cooperativismo e associativismo urbanos. Em 01 de janeiro de 1999, esse

    Ministrio passou a chamar-se Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), como conhecido

    atualmente.

    Inmeras leis referentes ao direito do trabalho foram promulgadas e diante do

    crescimento e da complexidade da legislao trabalhista foi criada a Consolidao das Leis do

    Trabalho (CLT), em 01 de maio de 1943.

    Ao longo dos anos, vrias alteraes vieram sendo feitas para trazer benefcios aos

    trabalhadores e aos empregadores, gerando satisfao para ambas as partes.

  • 28

    4 PROCEDIMENTOS DO DEPARTAMENTO DE PESSOAL

    O Departamento de Pessoal de uma empresa o setor responsvel por toda a

    movimentao de funcionrios, desde o recrutamento at o desligamento dos mesmos. Desde

    os tempos mais antigos, quando comearam a surgir as relaes de trabalho, j se necessitava

    de um departamento que se responsabilizasse pelas questes trabalhistas, dentro das empresas.

    Nas grandes organizaes este setor atua de forma bastante eficiente trazendo

    benefcios para as mesmas e facilidades no relacionamento com os funcionrios, pois o

    suporte que dado por este departamento abrange esclarecimentos de dvidas referentes a

    clculos de salrios, de frias, de horas extras e tambm sobre descontos que so realizados

    nas folhas mensais. Porm deve-se ter o cuidado nas relaes dos funcionrios com este setor

    para evitar fraudes nos clculos dos proventos e descontos para benefcio desses funcionrios

    e, conseqentemente, prejuzos para a empresa.

    Nas empresas de pequeno porte, normalmente no existe o departamento de pessoal,

    onde as atividades relacionadas a este setor concentram-se nos escritrios de contabilidade,

    ficando a cargo dos contadores.

    Os profissionais que atuam nesse departamento devem possuir um conhecimento

    amplo da legislao trabalhista e devem estar sempre se especializando, pois bastante

    complexa a lei que trata dos direitos do trabalho no Brasil, onde vrias mudanas vo sendo

    trazidas por esta lei para a devida aplicao pelo departamento de pessoal das empresas,

    como o caso da nova lei do aviso prvio, que a lei n 12.506/2011, que foi publicada no

    Dirio Oficial da Unio (DOU) em 13 de outubro de 2011.

    A seguir sero detalhadas, de forma objetiva, as principais rotinas relacionadas ao

    Departamento de Pessoal, desde a admisso de funcionrios at o desligamento dos mesmos.

    4.1 Rotinas de Admisso

    Depois de o funcionrio ser selecionado para assumir determinada vaga na empresa

    precisa passar pelo processo de admisso, onde o responsvel pelo departamento de pessoal

    ir solicitar a documentao necessria para o registro no quadro de funcionrios da empresa.

    Essa documentao, que obrigatria e exigida pelas normas do Ministrio do Trabalho e

    Emprego (MTE), trata-se da Carteira de Trabalho e Previdncia Social (CTPS), Atestado de

    Sade Ocupacional (ASO), comprovante de residncia para fins de recebimento do vale

    transporte, uma foto 3x4 para anexar ficha do funcionrio no livro de registro de

    empregados. Para o cadastro do funcionrio ficar mais completo possvel, solicita-se do

    mesmo cpias do documento de identidade (RG) e Cadastro Pessoa Fsica (CPF), cpia do

    ttulo eleitoral e carto de vacina ou registro de filhos menores de 14 anos, para fins de

    recebimento do salrio famlia.

    Segundo a CLT, em seu art. 29, o empregador ter o prazo de 48 horas para fazer as

    devidas anotaes na CTPS do trabalhador e devolv-la mediante recibo. Deve anotar,

  • 29

    especificamente, a data de admisso e a remunerao, caracterizando o salrio qualquer que

    seja a forma de pagamento. O descumprimento deste artigo penalizar a empresa com o

    pagamento de multas, caso seja fiscalizada pelo fiscal do trabalho.

    Geralmente o que acontece nas empresas que as mesmas no fazem as anotaes no

    prazo determinado pelo Ministrio do Trabalho, e o funcionrio por no conhecer a legislao

    ou por estar iniciando no emprego, acaba permitindo essa prtica da empresa.

    Outra questo importante da admisso forma como o funcionrio vai ser contratado

    pela empresa, seja mediante contrato de experincia, contrato determinado ou contrato

    indeterminado. No contrato de experincia, o perodo de vigncia no poder ultrapassar 90

    dias, perodo em que s pode haver uma prorrogao.

    No caso do contrato por prazo determinado, segundo o art. 445 da CLT, o prazo

    mximo da vigncia de dois anos. Havendo a necessidade da empresa continuar com o

    funcionrio depois de passados esses dois anos, o contrato passa a ser por prazo

    indeterminado, conforme art. 451 da CLT. Esse tipo de contrato acontece muito em

    construtoras, onde as mesmas fazem um contrato com o funcionrio por obra, necessitando

    dos servios desses funcionrios at a concluso da obra; ou ainda em empresas ligadas ao

    comrcio, que necessitam de ampliar seu quadro de funcionrios devido datas

    comemorativas onde o fluxo de vendas bem maior do que a normalidade da empresa.

    J no contrato indeterminado, a empresa ir contratar o funcionrio sem que exista

    vigncia de perodo preestabelecido. Esse contrato s acabar quando a empresa decidir

    demitir o funcionrio, a qualquer momento em que a mesma sentir a necessidade de deslig-lo

    do seu quadro de funcionrios, ou quando o prprio empregado solicitar sua demisso por

    motivos pessoais.

    A empresa dever tomar cuidado com os contratos incompletos, pois a falta de dados

    poder levar a empresa a riscos trabalhistas. E sempre que houver alguma modificao nos

    respectivos contratos, seja pela mudana de funo do funcionrio, ou pela mudana de obra

    em que o mesmo ser alocado, ou qualquer que seja a modificao, necessrio a elaborao

    de um aditivo para evitar desembolsos desnecessrios. As empresas tambm devem observar

    os prazos para no terem que pagar indenizaes.

    O departamento de pessoal dever tambm solicitar que o funcionrio recm admitido

    assine acordo de compensao de horas, que um acordo feito entre empregador e

    trabalhador, onde estabelece que o funcionrio trabalhe alm de sua jornada normal de

    trabalho, quando surgir a necessidade, no ultrapassando duas horas dirias, ao qual o mesmo

    ir compensar, atravs de folgas, em qualquer ocasio que venha lhe beneficiar, como por

    exemplo, suprimindo os trabalhos aos sbados ou em vsperas de feriados, no configurando

    como horas extras. O funcionrio dever assinar tambm declarao de utilizao do vale

    transporte para no integrar o salrio como beneficio, evitando que as empresas paguem

    encargos a maior. O funcionrio deve estar ciente do desconto dos 6% sobre seu salrio-base

    e assumir o compromisso de utilizar somente para o trajeto do trabalho para casa ou vice-

  • 30

    versa. Ou ainda dever assinar uma declarao afirmando que no faz opo pelo vale

    transporte.

    4.2 Rotinas de Permanncia

    Nessa fase, o responsvel pelo departamento de pessoal dever estar atento

    legislao, seguindo-a para que a permanncia do funcionrio na empresa seja resguardada

    para evitar futuras reclamaes na Justia do Trabalho.

    So realizados vrios procedimentos referentes manuteno do funcionrio na

    empresa, como se segue abaixo:

    4.2.1 Registro da jornada de trabalho

    Segundo a CLT, em seu art. 58, a jornada normal de trabalho de 8 horas por dia com

    um limite de 44 horas semanais, salvo alguns casos que tem um limite de 30 horas semanais,

    como o caso dos bancrios e das telefonistas. O art. 58 ainda afirma que no sero

    descontadas nem computadas como jornada extraordinrias as variaes de horrio no registro

    de ponto no excedentes de cinco minutos, com limite mximo de dez minutos dirios.

    O quadro de horrio dever ser fixado em lugar visvel, podendo ser substitudo pelo

    carto de ponto. Nas empresas com mais de 10 funcionrios obrigatrio a assinalao do

    ponto, que poder ser feita de forma manuscrita ou eletrnica, com exceo dos funcionrios

    que prestam servios externamente, devendo os mesmos levar consigo papeletas para

    marcao de sua freqncia.

    O departamento de pessoal dever ficar atento ao excesso de jornada, questo dos

    intervalos, que devero acontecer no mnimo de 11 horas entre jornadas, ao trabalho realizado

    nos dias de descanso, ao intervalo para almoo, que tem que ser de no mnimo 1 hora e

    tambm ao acordo de compensao de horas, evitando assim da empresa pagar multas

    trabalhistas ou fazer pagamentos indevidos a funcionrios.

    Os funcionrios que fazem uso da compensao de horas, geralmente trabalham 8

    horas e 48 minutos de segunda a sexta para folgarem o sbado. Dessa forma, os mesmos

    devem assinar o acordo de compensao na empresa, pois ao contrrio, se a empresa no

    solicitar que seus funcionrios assinem esse acordo sero devidas como horas extras, com um

    acrscimo de no mnimo 50% sobre a hora normal, mesmo que o funcionrio no trabalhe no

    sbado. Se o funcionrio reclamar na Justia do Trabalho as horas que excederam 8 horas

    por dia sero consideradas como extras, ou seja, o funcionrio reivindicar 48 minutos extras

    dirios.

  • 31

    4.2.2 Folha de pagamento

    A elaborao da folha de pagamento consiste em relacionar a remunerao devida ao

    funcionrio pela prestao de seus servios junto empresa na qual est registrado e seus

    respectivos descontos permitidos por lei. institudo que nenhum funcionrio receba menos

    que o salrio mnimo vigente. Conforme o art. 457 da CLT, no se inclui no salrio as ajudas

    de custo fornecidas pelos empregadores. O clculo da folha de pagamento dever ser feita

    pela conferncia com ponto dos funcionrios para evitar pagamentos a maior das verbas

    salariais. Deve-se conferir com bastante cuidado todos os valores creditados na folha de

    pagamento dos funcionrios, pois esses valores vo incidir no INSS, FGTS e outros encargos

    pagos pela empresa.

    Da mesma forma deve-se proceder com os descontos realizados para que os valores

    no sejam devolvidos ao funcionrio em reclamao trabalhista. As verbas que compem a

    remunerao, alm do salrio base, so: adicional de insalubridade, dependendo do grau pode

    variar de 10 a 40% sobre o salrio base; adicional de periculosidade, valor devido a

    funcionrios que trabalham em reas de risco, que equivale a 30% do salrio base do

    funcionrio; horas extras, que so horas em que o funcionrio excedeu o horrio dirio

    estabelecido no contrato de trabalho, na qual determinado que a mesma seja paga no

    mnimo 50% a mais que a hora normal; adicional noturno, considerado noturno o trabalho

    realizado entre as 22:00 horas de um dia e as 05:00 horas do dia seguinte, onde pago a hora

    normal adicionada de 20%; salrio famlia, que um beneficio previdencirio, pago aos

    funcionrios com filhos menores de 14 anos ou invlidos de qualquer idade, e com salrio de

    at R$ 915,05. O valor do salrio famlia de R$ 31,22 por filho para trabalhadores que

    recebem at R$ 608,80 e R$ 22,00 por filho para trabalhadores que recebem de R$ 608,81 at

    R$ 915,05.

    Os descontos que normalmente so realizados na folha de pagamento so: desconto de

    vale transporte, que corresponde a 6% do salrio base; faltas injustificadas, onde desconta-se

    o valor tomando como base um dia de trabalho multiplicado pelos dias em que o funcionrio

    faltou; imposto de renda, que deduz o valor pago ao INSS; a parte da previdncia, que

    dependendo do valor do salrio do funcionrio varia de 8 a 11%; contribuio sindical,

    referente ao valor de um dia de trabalho descontada do funcionrio todo ms de maro aos

    sindicatos.

    4.2.3 Frias

    Todo funcionrio ao completar 12 meses de trabalho na empresa, tem direito a um

    perodo de frias de 30 dias corridos sem prejuzo de remunerao.

    De acordo com o art. 130 da CLT, o empregado, a cada 12 meses, ter o direito a

    frias na seguinte proporo:

    I-30 dias corridos, quando no houver faltado ao servio mais de cinco vezes, se tratando de

    faltas injustificadas;

  • 32

    II-24 dias corridos, quando tiver tido de 6 a 14 faltas injustificadas;

    III-18 dias corridos, quando houver tido de 15 a 23 faltas injustificadas;

    IV- 12 dias corridos, quando houver tido de 24 a 32 faltas injustificadas.

    A empresa dever observar a data do pagamento das frias, que deve ser feito dois dias

    antes da data prevista do gozo. O aviso de frias tem que ser dado com 30 dias de

    antecedncia ao funcionrio. O valor pago nas frias equivale ao salrio que o funcionrio

    teria direito se estivesse trabalhando acrescido de 1/3 desse valor e ainda acrescido da mdia

    das horas extras, comisses, gorjetas e demais rendimentos variveis.

    O empregador tem um prazo de 12 meses a partir do momento em que o funcionrio

    tenha completado seu perodo aquisitivo para conceder as frias ao mesmo. Se as frias no

    forem concedidas at a data limite, o empregador tem que pag-las em dobro e ainda ter a

    possibilidade de ser reclamado na Justia do Trabalho.

    4.2.4 Pagamento de encargos trabalhistas e previdencirios

    Os encargos trabalhistas e previdencirios devem incidir sobre a folha de pagamento

    de cada ms. A pessoa responsvel pelos clculos da folha tem a obrigao de conferir as

    guias de recolhimento para evitar que a empresa pague valores a maior. Devem-se observar as

    datas de pagamentos desses encargos, para que no haja atrasos e dessa forma, evite-se de

    pagar mais do que se devia. A data limite de pagamento do FGTS at o dia 7 do ms

    subseqente ao da folha de pagamento e o INSS at o dia 20. Tambm deve-se realizar os

    devidos pagamentos para no deixar nenhuma competncia em aberto e assim, evitar

    transtornos com funcionrios no momento de demiti-los.

    4.3 Rotinas de desligamento

    Essa fase est relacionada com a demisso do funcionrio, seja por vontade do

    empregador ou pela prpria vontade do funcionrio. De acordo com o art. 487 da CLT,

    qualquer uma das partes que resolver reincidir o contrato de trabalho dever avisar com

    antecedncia mnima de 30 dias a outra parte. A falta de aviso prvio traz prejuzo para ambas

    as partes, para o empregador que no conceder o aviso dever pagar ao funcionrio um salrio

    relativo ao perodo de aviso e para o empregado que no avisar previamente sua sada poder

    a empresa descontar-lhe o valor do referido perodo.

    Conforme a legislao trabalhista, a resciso deve ser feita atravs de Termo de

    Resciso de Contrato de Trabalho (TRCT). O funcionrio ao se desligar da empresa dever se

    submeter a um novo exame junto ao mdico do trabalho, que o exame demissional. Nessa

    etapa tambm est includa a homologao, que obrigatria para funcionrios com mais de

    12 meses de trabalho na empresa. Essa homologao feita nos sindicatos da classe ou no

    Ministrio do Trabalho, onde os mesmos iro assistir o funcionrio no ato rescisrio,

  • 33

    esclarecendo dvidas referentes a seus direitos. importante que os clculos sejam realizados

    de forma correta para prevenir pagamentos a maior de verbas trabalhistas e previdencirias

    como tambm de multas.

  • 34

    5 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS

    Este trabalho de concluso de curso baseia-se numa pesquisa cientfica sobre um tema

    que foi desenvolvido a partir de material j elaborado, visando aumentar o conhecimento

    sobre o problema abordado.

    A metodologia adotada do tipo exploratria, cuja nfase obter um grau de

    conhecimento mais elevado com relao temtica abordada.

    Raupp & Beuren (2006, p.81) afirmam que,

    Uma caracterstica interessante da pesquisa exploratria consiste no

    aprofundamento de conceitos preliminares sobre determinada temtica no

    contemplada de modo satisfatrio anteriormente. Assim, contribui para o

    esclarecimento de questes superficialmente abordadas sobre o assunto.

    A pesquisa caracteriza-se como quantitativa, pois traduz atravs de nmeros as

    informaes para obter a anlise dos dados.

    Buscou-se verificar nos procedimentos recentes dos departamentos de pessoais de

    determinadas empresas, observando diretamente este setor.

    Utilizou-se o questionrio como tcnica para coleta de dados, onde o mesmo foi

    aplicado de duas formas, asuma voltada aos gestores, com o objetivo de levantar dados que

    comprovem as atitudes das empresas no uso da legislao trabalhista, verificando at que

    ponto as mesmas cumprem a legislao, evitando, assim, prejuzos com reclamaes

    trabalhistas e outra voltada aos funcionrios para comprovar o grau de conhecimento da

    legislao por parte deles, segundo a categoria trabalhista que cada um pertence e o nvel de

    satisfao dos mesmos ao trabalhar nas empresas que esto atualmente. Os participantes da

    pesquisa feitas nas empresas foram gestores de diferentes tipos de empreendimentos como,

    empresa do comrcio, empresa da construo civil, empresa individual onde presta servios

    de fotocpias e empresa prestadora de servios. Os participantes da pesquisa relacionada aos

    funcionrios foram colaboradores de uma loja bastante conceituada no comrcio da cidade de

    Campina Grande, funcionrios terceirizados de uma agncia bancria e funcionrio de uma

    copiadora.

  • 35

    6 DESCRIO E ANLISE DOS DADOS

    Diante das informaes coletadas constatou-se que 70% das empresas questionadas

    deixam a desejar com relao ao uso da legislao trabalhista brasileira.

    Essas empresas, para evitar os custos com funcionrios, que so bem significantes para

    o seu caixa, acabam resistindo ao cumprimento das leis trabalhistas em sua totalidade.

    mais comum do que se imagina, empresas que agem de forma contrria legislao,

    cometendo erros que, se descobertos, vo impactar de forma negativa no seu caixa.

    Os riscos identificados nas empresas onde se aplicou a pesquisa foram evidenciados

    atravs das respostas mais relevantes dos participantes. As respostas dos questionrios foram

    identificadas atravs de grficos, como se segue abaixo:

    GRFICO 1 QUANTIDADE DE FUNCIONRIOS

    Fonte: Dados da pesquisa

    Com base neste grfico percebe-se que 35% das empresas questionadas possuem at 5

    funcionrios, 30% possuem de 6 a 10 funcionrios, 20% possuem de 11 a 15 funcionrios e

    15% possuem um quadro de funcionrios com mais de 15 funcionrios.

    35%

    30%

    20%

    15%

    0 a 5

    6 a 10

    11 a 15

    Acima de 15

  • 36

    GRFICO 2 FUNCIONRIOS REGISTRADOS

    Fonte: Dados da pesquisa

    Percebe-se no grfico 2 que 30% das empresas que responderam aos questionrios

    mantm funcionrios em suas empresas sem o devido registro nas CTPS dos mesmos. De

    acordo com o art. 36 da CLT, o funcionrio que for admitido por determinada empresa e no

    tiver anotao na sua carteira de trabalho, poder o mesmo comparecer Delegacia Regional

    do Trabalho para apresentar reclamao. Para o empregador, com a falta da anotao, ser

    gerada uma multa e ainda ter que assinar a carteira do funcionrio com data retroativa com

    os pagamentos de todos os encargos em atraso. Das empresas questionadas 60% tem seus

    funcionrios registrados conforma a legislao e 10% no responderam essa pergunta no

    questionrio.

    GRFICO 3 RISCOS TRABALHISTAS PRESENTES NAS EMPRESAS

    Fonte: Dados da pesquisa

    60%

    30%

    10%

    sim

    no

    em branco

    25%

    15%

    40%

    20%

    No pagamento das horas extras

    No pagamento de encargos

    M interpretao da legislao

    Em branco

  • 37

    Questionados sobre quais riscos trabalhistas os preocupam no momento, 20% dos

    gestores resolveram no opinar, enquanto 25% apontaram como fator preocupante o no

    pagamento das horas extras devidas aos funcionrios, tendo em vista que a durao normal de

    uma jornada de trabalho de 44 horas semanais. Se o funcionrio trabalhar alm dessa

    jornada, dever receber o valor referente a cada hora trabalhada, onde ser acrescida 50%, no

    mnimo, sobre o valor da hora normal. E se essas horas forem compreendidas no horrio

    noturno, elas devem ser calculadas sobre o valor da hora noturna. A empresa dever estar

    atenta nos pagamentos dessas horas para no ser reclamada na Justia do Trabalho pelos

    funcionrios em questo. Em relao ao no pagamento de encargos, 15% das empresas

    questionadas alegaram no pagar os encargos em dia, ficando dessa forma vulnerveis

    reclamaes trabalhistas.

    O correto seria o empregador efetuar os pagamentos de todos os encargos trabalhistas

    e previdencirios nas datas previstas para evitar multas por atraso, que seria mais um nus

    para a empresa, tendo em vista que os valores referentes aos encargos trabalhistas j so

    bastante elevados. Outro fator preocupante para 40% das empresas questionadas a m

    interpretao da legislao trabalhista. Os gestores, muitas vezes, no cumprem a legislao

    ou a praticam erroneamente por no terem o conhecimento detalhado da mesma, criando,

    dessa forma, fatores de risco trabalhista. Sempre so os empregadores os mais prejudicados

    com o no cumprimento correto da legislao, pois so de sua responsabilidade os

    pagamentos com os nus de reclamaes trabalhistas ou de autuao por parte do fiscal do

    trabalho caso encontrem alguma irregularidade relacionadas aos funcionrios.

    Os empresrios, na maioria dos casos, pagam dvidas trabalhistas desnecessrias por

    no conhecerem ou no saberem a forma correta de aplicao das normas legais do direito do

    trabalhador. Cabe as empresas reverem as prticas trabalhistas, pois o mau cumprimento da

    legislao trabalhista pode levar a empresa a um grande prejuzo com os pagamentos de

    contingncias trabalhistas.

    Uma das questes que tambm seriam causas de reclamaes trabalhistas nas

    empresas o grau de conhecimento que os funcionrios possuem em relao legislao

    trabalhista e o seu nvel de satisfao ao trabalhar nessas empresas.

    De acordo com os questionrios aplicados aos funcionrios, constatou-se que as

    empresas em que 40% desses funcionrios trabalham correm riscos trabalhistas pelos

    seguintes motivados:

    Dois funcionrios trabalhando sem registro;

    Trs funcionrios recebendo, como remunerao, valores menores que o

    salrio mnimo;

    Dois funcionrios passam das 44 horas de trabalhado, permitidas por lei,

    semanalmente sem o recebimento de horas extras;

    Um funcionrio relatou assinar aviso de frias, mas no as gozar de fato,

    recebendo certo valor pago pela empresa sem o recolhimento de encargos;

  • 38

    Seis funcionrios que tem passado por constrangimento na empresa;

    Insatisfao por parte de oito funcionrios no atual emprego.

    Outro fator de risco encontrado foi o de um funcionrio que est exercendo funo

    para o qual no foi contratado.

    Os empregados esto cada vez mais instrudos quanto aos seus direitos, razo que leva

    s empresas, cada vez mais, a serem reclamadas na Justia do Trabalho, aumentando assim, as

    contingncias trabalhistas.

    Por estas razes, necessrio que as empresas adotem medidas de preveno a esses

    riscos trabalhistas, analisando, de forma bastante criteriosa, a necessidade de descobrir os

    motivos que levam s reclamaes trabalhistas, visando diminuio ou at mesmo a

    superao desses riscos.

    A auditoria interna em departamento de pessoal seria uma das ferramentas estratgicas

    para prevenir ou reduzir esses riscos, objetivando trazes maior segurana ao patrimnio das

    empresas, pois a auditoria, alm de identificar os erros cometidos nesse departamento, traria

    recomendaes de suma importncia para os gestores tomarem as decises corretas em

    relao a este setor.

  • 39

    7 CONSIDERAES FINAIS E RECOMENDAES

    O objetivo deste trabalho foi verificar, dentre os procedimentos de auditoria, meios de

    preveno e reduo de contingncias trabalhistas, visando identificar fatores de riscos no

    departamento de pessoal que levam s empresas a serem reclamadas e autuadas na Justia do

    Trabalho. Ao longo deste trabalho foi mostrado os aspectos da legislao trabalhista, desde o

    seu surgimento at a criao da CLT, principal norma que rege o trabalho no Brasil. Relatou-

    se tambm os procedimentos realizados no departamento de pessoal das empresas, desde a

    admisso at o desligamento do funcionrio, identificando as causas que levam os

    funcionrios a promoveram reclamaes trabalhistas.

    A auditoria foi vista como uma ferramenta de apoio para a gesto das empresas,

    objetivando trazer benefcios para os empregadores, evitando que os mesmos paguem dvidas

    desnecessrias com reclamaes trabalhistas. Ela desenvolve um papel de fundamental

    importncia, pois alm de identificar no-conformidades, vai direcionar as empresas na

    adoo de medidas seguras, e assim, preven-las de serem penalizadas com multas e

    indenizaes referentes a reclamaes trabalhistas.

    Com a aplicao dos questionrios foi possvel identificar o no cumprimento, por

    parte das empresas questionadas, da legislao trabalhista, tendo em vista que, essas empresas

    demonstraram em suas respostas que procedem de forma contrria ao que exigido pelas

    normas trabalhistas, como tambm as respostas dos funcionrios, onde se verificou

    irregularidades quanto ao mau cumprimento da lei trabalhista, o que poder lev-las a serem

    reclamadas na Justia de Trabalho e assim, sofrerem prejuzos em seus caixas.

    De acordo com os resultados obtidos, recomenda-se que as empresas revejam suas

    prticas em relao aos funcionrios que esto irregulares, faam os devidos pagamentos das

    horas extras, como tambm procedam com os pagamentos dos encargos trabalhistas e

    previdencirios, evitando assim, constrangimentos com a Justia do Trabalho.

    Com relao m interpretao das leis trabalhistas, recomenda-se que as empresas

    contratem funcionrios com amplo conhecimento de todas as leis e normas que regem o

    trabalho no Brasil, para se ter um eficiente departamento de pessoal, que atue de forma correta

    perante a legislao fazendo uso de controles internos eficazes para um melhor

    desenvolvimento das atividades da empresa.

    Recomenda-se ainda para essas empresas, a contratao de auditoria interna para um

    levantamento mais detalhado de irregularidades em seu departamento de pessoal, visando

    correo dessas irregularidades como tambm a preveno de reclamaes trabalhistas.

  • 40

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um curso Moderno e Completo. 7 ed. So

    Paulo: Atlas, 2010

    ATTIE, Willian. Auditoria: Conceitos e Aplicaes. 6 ed. So Paulo: Atlas, 2011

    CLT Consolidao das Leis do Trabalho. 29 ed. Atualizada e aumentada. So Paulo:

    Saraiva, 2002

    HOLMES, A. W. Auditoria: Princpios y Procedimentos. 4 ed. Mxico, 1968.

    Normas Brasileira de Contabilidade - NBCT 11 IT 07: Planejamento da Auditoria

    Normas de Auditoria reconhecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade atravs da

    Resoluo n 1024, de 15 de abril de 2005, revogada pela Resoluo N 1203 de 27 de

    novembro de 2009.

    RAUPP, Fabiano Maury; BEUREN, Ilse Maria. Metodologia de Pesquisa Aplicvel s

    Cincias Sociais. 3 ed. So Paulo: Atlas, 2006

    RICARDINO, lvaro; CARVALHO, Nelson. Breve Retrospectiva do Desenvolvimento das

    Atividades de Auditoria no Brasil. Revista Contabilidade & Finanas - USP, So Paulo, n.

    35, p. 22-34, mai/ago. 2004.

    S, Antonio Lopes de. Curso de Auditoria. 10 ed. So Paulo: Atlas, 2007

    www.guiatrabalhista.com.br, acesso em 10 de maio de 2012 s 21h10min horas.

    www.guiatrabalhista.com.br, acesso em 22 de maio de 2012 s 01h32min

    www.guiatrabalhista.com.br/obras/riscostrabalhistas, acesso em 28 de maio de 2012 s

    23h46min

    www.mte.gov.br, acesso em 14 de maro de 2012 s 21h05min.

    www.portaldeauditoria.com.br, acesso em 03 de fevereiro de 2012 s 22h17min horas.

    www.portaldecontabilidade.com.br, acesso em 11 de maio de 2012 s 22h34min

    www.previdencia.gov.br, acesso em 28 de maio de 2012 s 21h25min

    www.trt3.jus.br/escola/memoria/historico, acesso em 29 de maio de 2012 s 22h20min.

    www.viajus.com.br, acesso em 29 de maio de 2012 s 02h25min

    www.wikipedia.org, acesso em 11 de maio de 2012 s 23h11min

  • 41

    APNDICES

  • 42

    APNDICE A: QUESTIONRIO APLICADO COM FUNCIONRIOS

    Questionrio (Funcionrios):

    Prezado funcionrio (a),

    Visando mensurar o grau de satisfao com a empresa em que trabalha e o seu nvel de conhecimento

    da aplicao da legislao trabalhista, solicito que sejam respondidos os itens da pesquisa abaixo.

    Sua opinio muito importante para a melhoria das relaes de trabalho entre empregador e

    empregado.

    Instrumento de preenchimento no obrigatrio.

    Nome: _____________________________________________________

    Empresa em que trabalha: _____________________________________

    Ocupao Atual: _____________________________________________

    Categoria funcional:

    ( ) Efetivo

    ( ) Folguista

    ( ) Estagirio

    ( ) Contratado

    ( ) Outra

    Gnero:

    ( ) Masculino ( ) Feminino

    Escolaridade:

    ( ) Ensino Fundamental Completo

    ( ) Ensino Mdio Completo

    ( ) Ensino Profissionalizante / Tcnico

    ( ) Ensino Superior cursando

    ( ) Ensino Superior Completo

    ( ) Ps-Graduao

    01.H quanto tempo voc trabalha nessa empresa?

    ( ) Menos de 01 ano

    ( ) 1 a 2 anos

    ( ) 3 a 4 anos

    ( ) Acima de 4 anos

  • 43

    02.Assinale o valor equivalente a sua remunerao total, inclusive com benefcios:

    ( ) R$ 622,00

    ( ) De R$ 622,01 a R$ 700,00

    ( )De R$ 700,01 a R$ 1.000,00

    ( ) Outro valor

    03. Voc considera o salrio que recebe justo com relao s tarefas que executa?

    ( ) baixo pelo que fao na empresa

    ( ) baixo, mas se adqua ao que fao na empresa

    ( ) Est abaixo da mdia estabelecida pela conveno coletiva da categoria

    ( ) justo e compatvel a minha funo.

    04. Qual a sua carga horria de trabalho semanal?

    ( ) 44 horas

    ( ) Menos de 44 horas

    ( ) Mais de 44 horas

    05. Se respondeu mais que 44 horas, quantas trabalha por semana ______________

    06. Quanto tempo faz que no goza frias?

    ( ) Nunca

    ( ) 1 ano

    ( ) De 1 ano a 2 anos

    ( ) Mais de 2 anos

    07.Esteve afastado do trabalho, neste ltimo ano, por motivo de doena ou por licena

    maternidade?

    ( ) Sim ( ) No

    08. Voc exerce a funo para a qual foi contratado (a)?

    ( ) Sim ( ) No

    09. Voc conhece a legislao trabalhista em vigor?

    ( ) Sim ( ) No

    10. A empresa fornece o equipamento de segurana necessrio para a realizao do trabalho que

    exerce?

    ( ) Sim ( ) No

    11. Como o relacionamento com os gestores da empresa em que trabalha?

    ( ) timo ( ) Bom

  • 44

    ( ) Regular ( ) Ruim

    12. Assinale o grau de satisfao ao trabalhar nessa empresa

    ( ) Muito satisfeito

    ( ) Satisfeito

    ( ) Mais ou menos satisfeito

    ( ) Nem um pouco satisfeito

    13. Marque abaixo se voc apresentou algum desses itens no atual emprego

    ( ) Tenso muscular

    ( ) Insatisfao com o chefe

    ( ) Sentiu-se humilhado

    ( ) Sobrecarregado

    ( ) intolerncia

    ( ) vontade de sumir

    ( ) Nenhum

  • 45

    APNDICE B: QUESTIONRIO APLICADO NAS EMPRESAS

    Questionrio (Empresa):

    Prezado gestor (a),

    Visando mensurar o seu nvel de conhecimento da aplicao da legislao trabalhista, solicito

    que sejam respondidos os itens da pesquisa abaixo.

    Sua opinio muito importante para a melhoria do entendimento da legislao que rege o

    trabalho no Brasil.

    Instrumento de preenchimento no obrigatrio.

    Nome: _____________________________________________________

    Empresa: _____________________________________

    Gnero:

    ( ) Masculino ( ) Feminino

    Escolaridade:

    ( ) Ensino Fundamental Completo

    ( ) Ensino Mdio Completo

    ( ) Ensino Profissionalizante / Tcnico

    ( ) Ensino Superior cursando

    ( ) Ensino Superior Completo

    ( ) Ps - Graduao

    01.Quantos vnculos empregatcios possuem na sua empresa?

    ( ) De 0 a 5 funcionrios

    ( ) De 06 a 10 funcionrios

    ( ) De 11 a 15 funcionrios

    ( ) Acima de 15 funcionrios

    02.Todos os funcionrios esto registrados conforme a legislao?

    ( ) Sim ( ) No

    03. O departamento de pessoal de sua empresa capacitado para o cumprimento da legislao

    trabalhista?

    ( ) Sim ( ) No

    04. Os controles internos do departamento de pessoal operam de forma eficiente na empresa?

    ( ) Sim ( ) No

  • 46

    05. A empresa j foi penalizada com reclamaes trabalhistas ou com fiscalizaes do

    Ministrio do Trabalho e Emprego?

    ( ) Sim ( ) No

    06. A empresa mantm rotinas de preveno reclamaes trabalhistas?

    ( ) Sim ( ) No

    07.Na sua empresa quais os riscos trabalhistas que mais preocupam no momento?

    ( ) No pagamento de encargos

    ( ) No pagamento de horas extras

    ( ) M interpretao da legislao trabalhista

    ( ) Outros. Quais? ___________________________________________

    08. A empresa fornece equipamentos de segurana aos funcionrios?

    ( ) Sim

    ( ) No

  • 47

    ANEXOS

  • 48

    ANEXO A - CONTRATO DE TRABALHO A TTULO DE EXPERINCIA

    Pelo presente instrumento e na melhor forma de direito, as partes:

    1.....................................(nome),(nacionalidade), (estado civil), (profisso), titular do CPF n

    (.................), RG (........................), residente Rua (endereo) que por fora do presente contrato

    passa a ser simplesmente denominado EMPREGADOR ;

    2..................................... (nome), (nacionalidade), (estado civil), (profisso), titular do CPF n

    (.......................), RG (.....................), CTPS (nmero), residente Rua (endereo) doravante designado

    EMPREGADO ;

    Firmam, nos termos da Lei, o presente CONTRATO DE EXPERINCIA, que ter vigncia a partir da

    data de incio da prestao de servios, de acordo com as condies a seguir especificadas:

    CLSULA I

    O EMPREGADO acima designado, obriga-se a prestar seus servios no quadro de funcionrios do

    EMPREGADOR para exercer as funes de................................, mediante a remunerao de R$ (.....)

    , a ser paga mensalmente ao empregado, at o 5 (quinto) dia til do ms.

    Ressalva-se ao EMPREGADOR, o direito de proceder a transferncia do empregado para outro cargo

    ou funo que entenda que este demonstre melhor capacidade de adaptao desde que compatvel com

    sua condio pessoal.

    CLUSULA II

    A prestao do servio se dar de segunda a sexta, no horrio de (.....)hs . s (.....)hs., assegurado o

    direito ao gozo do intervalo de 1 (um) hora para a realizao de suas refeies.

    CLSULA III

    O EMPREGADO est ciente e concorda que a prestao de seus servios se dar tanto na localidade

    de celebrao do Contrato de Trabalho, como em qualquer outra Cidade, Capital ou Vila do Territrio

    Nacional, nos termos do que dispe o 1 do artigo 469, da Consolidao das Leis do Trabalho.

    CLSULA IV

    O EMPREGADO, declara estar recebendo no ato da assinatura deste contrato, o Regulamento Interno

    da Empresa cujas clusulas fazem parte do Contrato de Trabalho e que a violao de qualquer delas

    implicar em sano, cuja graduao depender da gravidade da mesma, podendo culminar na resciso

    do contrato de Trabalho.

    CLUSULA V

    O EMPREGADO, sempre que causar algum prejuzo ao empregador, resultante de qualquer conduta

    dolosa ou culposa, ficar obrigado a ressarcir ao EMPREGADOR por todos os danos causados, pelo

    que desde j fica o EMPREGADOR, autorizado a efetivar o desconto da importncia correspondente

    ao prejuzo, o qual far, com fundamento no pargrafo nico do artigo 462 da Consolidao das Leis

    do Trabalho.

    CLSULA VI

  • 49

    O presente Contrato, ter a vigncia de ...........dias, sendo celebrado para as partes verificarem

    reciprocamente, a convenincia ou no de se vincularem em carter definitivo a um Contrato de

    Trabalho.

    Fica ressalvada a possibilidade de prorrogao deste contrato de experincia, por uma vez, em igual

    perodo, respeitado o prazo de 90 dias.

    E por estarem de pleno acordo, as partes contratantes, assinam o presente Contrato de Experincia em

    duas vias, ficando a primeira em poder do EMPREGADOR, e a segunda com o EMPREGADO, que

    dela dar o competente recibo.

    ...................., ....../......../........

    ________________________

    (nome) empregador

    ________________________

    (nome) empregado

    Testemunhas______________________

    Testemunhas______________________

  • 50

    ANEXO B - CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO DE PRAZO DETERMINADO

    IDENTIFICAO DAS PARTES CONTRATANTES

    EMPREGADOR: (Nome do Empregador), com sede em (xxx), na Rua (xxx), n (xxx), bairro

    (xxx), Cep (xxx), no Estado (xxx), inscrito no C.N.P.J. sob o n (xxx), e no Cadastro Estadual sob o n

    (xxx), neste ato representado pelo seu diretor (xxx), (Nacionalidade), (Estado Civil), (Profisso),

    Carteira de Identidade n (xxx), C.P.F. n (xxx), residente e domiciliado na Rua (xxx), n (xxx), bairro

    (xxx), Cep (xxx), Cidade (xxx), no Estado (xxx);

    EMPREGADO: (Nome do Empregado), (Nacionalidade), (Estado Civil), (Profisso), Carteira de

    Identidade n (xxx), C.P.F. n (xxx), Carteira de Trabalho n (xxx) e srie (xxx), residente e

    domiciliado na Rua (xxx), n (xxx), bairro (xxx), Cep (xxx), Cidade (xxx), no Estado (xxx).

    As partes acima identificadas tm, entre si, justo e acertado o presente Contrato Individual de

    Trabalho de Prazo Determinado, que se reger pelas clusulas seguintes e pelas condies descritas

    no presente.

    DO OBJETO DO CONTRATO

    Clusula 1. O presente contrato tem como OBJETO, a prestao, pelo EMPREGADO, do

    trabalho consistente nos servios relativos funo de (xxx).

    Pargrafo nico. Os servios relativos sua funo so inerentes ao EMPREGADO, portanto,

    no poder transferir sua responsabilidade na execuo para outrem que no esteja previamente

    contratado.

    DA JORNADA DE TRABALHO

    Clusula 2. A jornada de trabalho consistir em um expediente, compreendendo o perodo

    semanal que vai de (xxx) a (xxx), havendo descanso semanal remunerado s/aos (xxx)1, iniciando-se

    s (xxx) horas, e terminando s (xxx) horas2, com intervalo de (xxx) minutos/horas para almoo3,

    podendo no haver expediente s/aos (xxx), caso haja compensao4 durante o horrio da semana.

    DA REMUNERAO

    Clusula 3. O EMPREGADOR pagar, mensalmente, ao EMPREGADO, um salrio equivalente

    a R$ (xxx) (Valor Expresso), com os descontos previstos em lei.

    DA DURAO

    Clusula 4. O contrato ter durao de (xxx) anos, contados a partir da assinatura deste

    instrumento6.

  • 51

    DA RESCISO

    Clusula 5. assegurado s partes a resciso do presente contrato antes do trmino do prazo,

    devendo, entretanto, comunicar outra parte com antecedncia mnima de (xxx) dias5.

    CONDIES GERAIS

    Clusula 6. O EMPREGADO compromete-se a cumprir as normas e o regulamento da empresa.

    Clusula 7. O presente instrumento passa a valer a partir da assinatura pelas partes.

    Clusula 8. Este contrato deve ser registrado no Cartrio de Registro de Ttulos e Documentos.

    DO FORO

    Clusula 9. Para dirimir quaisquer controvrsias oriundas do CONTRATO, ser competente o

    foro da comarca de (xxx), de acordo com o art. 651, da CLT7;

    Por estarem, assim justos e contratados, firmam o presente instrumento, em duas vias de igual

    teor, juntamente com 2 (duas) testemunhas.

    (Local, data e ano).

    (Nome e assinatura do Representante legal do Empregador)

    (Nome e assinatura do Empregado)

    (Nome, RG e assinatura da Testemunha 1)

    (Nome, RG e assinatura da Testemunha 2)

  • 52

    ANEXO C -CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO DE PRAZO INDETERMINADO

    IDENTIFICAO DAS PARTES CONTRATANTES

    EMPREGADOR: (Nome do Empregador), com sede em (xxx), na Rua (xxx), n (xxx), bairro

    (xxx), Cep (xxx), no Estado (xxx), inscrita no C.N.P.J. sob o n (xxx), neste ato representado pelo seu

    diretor (xxx), (Nacionalidade), (Estado Civil), (Profisso), Carteira de Identidade n (xxx), C.P.F. n

    (xxx), residente e domiciliado na Rua (xxx), n (xxx), bairro (xxx), Cep (xxx), Cidade (xxx), no

    Estado (xxx);

    EMPREGADO: (Nome do Empregado), (Nacionalidade), (Estado Civil), (Profisso), Carteira de

    Identidade n (xxx), C.P.F. n (xxx), Carteira de Trabalho n (xxx), srie (xxx), residente e domiciliado

    na Rua (xxx), n (xxx), bairro (xxx), Cep (xxx), Cidade (xxx), no Estado (xxx).

    As partes acima identificadas tm, entre si, justo e acertado o presente Contrato Individual de

    Trabalho de Prazo Indeterminado, que se reger pelas clusulas seguintes e pelas condies de

    preo, forma e termo de pagamento descritas no presente.

    DO OBJETO DO CONTRATO

    Clusula 1. O presente instrumento tem como OBJETO, a prestao, pelo EMPREGADO, por

    prazo indeterminado, dos servios de (xxx), no local (xxx), comprometendo-se a desempenhar seu

    trabalho nos termos da legislao cabvel.

    Pargrafo nico. Os se0rvios mencionados acima so inerentes ao EMPREGADO, no podendo

    transferir sua responsabilidade na execuo, para outrem que no esteja previamente contratado.

    DA JORNADA DE TRABALHO

    Clusula 2. A jornada de trabalho consistir em um expediente, compreendendo o perodo

    semanal que vai de (xxx) a (xxx), havendo descanso semanal remunerado s/aos (xxx)1 , iniciando-se

    s (xxx) horas, e terminando s (xxx) horas2, com intervalo de (xxx) minutos/horas para almoo3,

    podendo no haver expediente s/aos (xxx), caso haja compensao4 durante o horrio da semana.

    DA RE