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1 Atuação do fisioterapeuta no pós-operatório de artroscopia do ligamento cruzado anterior do joelho Andreia Brito da Silva 1 [email protected] Dayana Priscila Maia Mejia 2 Pós-graduação em Fisioterapia em Reabilitação na Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual Faculdade Cambury Resumo Com a evolução das técnicas cirúrgicas houve um aprimoramento das técnicas fisioterápicas, tornando possível uma reabilitação mais precoce, evitando-se desta forma complicações relativamente comum. A cirurgia artroscópica se constitui uma das formas menos invasivas de abordar as articulações. Camanho e Andrade (1999) relata que esse tipo de cirurgia causa menor dano muscular, menor dores e menos cicatrizes. A articulação do joelho é complicada e fácil de ser lesionada, pelo tipo de articulação e movimentos restritos, O resultado da reconstrução artroscópica da lesão do LCA por qualquer tipo de técnica está diretamente relacionada a um bom tratamento fisioterápico tanto pré como pós-operatório (HALL, 2001). A fisioterapia desempenha um papel fundamental na recuperação destes pacientes submetidos à correção artroscópica, devido a isto a presente revisão bibliográfica tem como objetivo apresentar os cuidados necessários, na realização da fisioterapia, destes pacientes, assim como os exercícios no pós-operatório de artroscopia de LCA, tendo em vista a gradativa melhora e reintegração funcional às atividades de vida diárias do indivíduo a cada etapa do tratamento realizado. Palavra chave: Fisioterapia; Pós-operatório; Artroscopia. 1. Introdução O joelho é uma das articulações mais frequentemente lesionadas do corpo, pois é uma articulação de carga, que é influenciada por alterações, sendo composto pelos ossos fémur, tíbia, fíbula e rótula, acoplados por estruturas de suporte e estabilização como ligamentos, cápsula articular, meniscos e músculos (MATTA, 2009). Devido a uma complexa interação entre os seus componentes, qualquer dano pode levar a um desequilíbrio biomecânico natural do joelho e promover a deterioração de todo o sistema articular (JUNIOR, 2007). A articulação do joelho é projetada para mobilidade e estabilidade; ela eleva e abaixa funcionalmente o membro inferior para levantar ou abaixar o corpo ou para mover o pé no espaço. Junto com o quadril e o tornozelo, o joelho suporta o corpo na posição em pé e é uma unidade funcional primária nas atividades de andar, subir e descer escadas e sentar (AGLIETTI, 1993). 1 . Fisioterapeuta, Pós-graduanda em Ortopedia e traumatologia com ênfase em terapia manual. 2. Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia de Ensino Superior, Mestrando em Bioética e Direito em Saúde. As lesões ligamentares são muito frequentes em adultos, destacando-se as lesões no ligamento cruzado anterior (LCA), que ocorrem fundamentalmente em atividades desportivas e acidentes. Os ligamentos cruzados são estruturas ligadas à estabilidade do joelho e estão localizados no centro

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Atuação do fisioterapeuta no pós-operatório de artroscopia do ligamento

cruzado anterior do joelho

Andreia Brito da Silva1

[email protected]

Dayana Priscila Maia Mejia2

Pós-graduação em Fisioterapia em Reabilitação na Ortopedia e Traumatologia com ênfase em Terapia Manual

Faculdade Cambury

Resumo

Com a evolução das técnicas cirúrgicas houve um aprimoramento das técnicas fisioterápicas,

tornando possível uma reabilitação mais precoce, evitando-se desta forma complicações

relativamente comum. A cirurgia artroscópica se constitui uma das formas menos invasivas de

abordar as articulações. Camanho e Andrade (1999) relata que esse tipo de cirurgia causa menor

dano muscular, menor dores e menos cicatrizes. A articulação do joelho é complicada e fácil de

ser lesionada, pelo tipo de articulação e movimentos restritos, O resultado da reconstrução

artroscópica da lesão do LCA por qualquer tipo de técnica está diretamente relacionada a um

bom tratamento fisioterápico tanto pré como pós-operatório (HALL, 2001). A fisioterapia

desempenha um papel fundamental na recuperação destes pacientes submetidos à correção

artroscópica, devido a isto a presente revisão bibliográfica tem como objetivo apresentar os

cuidados necessários, na realização da fisioterapia, destes pacientes, assim como os exercícios no

pós-operatório de artroscopia de LCA, tendo em vista a gradativa melhora e reintegração

funcional às atividades de vida diárias do indivíduo a cada etapa do tratamento realizado.

Palavra chave: Fisioterapia; Pós-operatório; Artroscopia.

1. Introdução

O joelho é uma das articulações mais frequentemente lesionadas do corpo, pois é uma articulação

de carga, que é influenciada por alterações, sendo composto pelos ossos fémur, tíbia, fíbula e

rótula, acoplados por estruturas de suporte e estabilização como ligamentos, cápsula articular,

meniscos e músculos (MATTA, 2009).

Devido a uma complexa interação entre os seus componentes, qualquer dano pode levar a um

desequilíbrio biomecânico natural do joelho e promover a deterioração de todo o sistema articular

(JUNIOR, 2007).

A articulação do joelho é projetada para mobilidade e estabilidade; ela eleva e abaixa

funcionalmente o membro inferior para levantar ou abaixar o corpo ou para mover o pé no espaço.

Junto com o quadril e o tornozelo, o joelho suporta o corpo na posição em pé e é uma unidade

funcional primária nas atividades de andar, subir e descer escadas e sentar (AGLIETTI, 1993).

1. Fisioterapeuta, Pós-graduanda em Ortopedia e traumatologia com ênfase em terapia manual.

2. Fisioterapeuta, Especialista em Metodologia de Ensino Superior, Mestrando em Bioética e

Direito em Saúde.

As lesões ligamentares são muito frequentes em adultos, destacando-se as lesões no ligamento

cruzado anterior (LCA), que ocorrem fundamentalmente em atividades desportivas e acidentes. Os

ligamentos cruzados são estruturas ligadas à estabilidade do joelho e estão localizados no centro

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da articulação. Durante a última década, a cirurgia para reconstrução do LCA tornou-se uma das

mais frequentes na Ortopedia. O sucesso em longo prazo é confirmado através de taxas de bons e

excelentes resultados, que variam de 75% a 95%, considerando estabilidade, alívio de sintomas e

retorno as atividades antes realizadas pelo paciente (GUIMARÃES et al., 2009).

A ruptura do LCA pode resultar em uma incapacidade significativa, pois, impossibilita a

movimentação, gera dor, instabilidade, falta de equilíbrio e a coordenação é precária (COHEM,

2003).

As lesões ligamentares são mais frequentes em indivíduos entre 20 e 40 anos como resultados de

lesões esportivas (p.ex., esqui, futebol e futebol americano), mas podem ocorrer em indivíduos de

todas as idades. O LCA é o mais comumente lesado. Em geral, mais de um ligamento é lesado

como resultados de uma única lesão (ANDREWS, 2000).

Para Spence (1991), a articulação do joelho é complicada e fácil de ser lesionada, pelo tipo de

articulação e movimentos restritos, é uma articulação condilar, sendo que sua superfície no

côndilo medial femoral é mais larga na parte anterior e menos encurvada do que a superfície do

côndilo femoral lateral, por esta diferença estrutural a fase final da extensão envolve movimentos

do côndilo medial do fêmur sobre a tíbia, também chamado translação.

A artroscopia é um procedimento eficaz nas cirurgias de joelho. É um procedimento cirúrgico

comum no qual a articulação (Artro-) é visto por dentro (escopia), usando uma pequena câmera

(TOTES, 2014).

O resultado da reconstrução artroscópica da lesão do LCA por qualquer tipo de técnica está

diretamente relacionada a um bom tratamento fisioterápico tanto pré como pós-operatório (HALL,

2001)

A fisioterapia desempenha um papel fundamental na recuperação de pacientes submetidos à

correção artroscópica. O objetivo central do fisioterapeuta no pós-operatório deste tipo de cirurgia

é a reabilitação e o retorno às funções normais. Antes do procedimento é realizada uma avaliação

fisioterapêutica, com o objetivo de orientar o paciente sobre como será conduzido no tratamento

após a cirurgia e realizar medidas específicas (amplitude de movimento, força, postura e

funcionalidade) que servirão de guia na recuperação. Neste contexto o objetivo deste estudo foi

apresentar aos pacientes os cuidados necessários, na realização da fisioterapia e os exercícios no

pós-operatório de artroscopia de LCA.

2. Anatomia e articulação do Joelho

Segundo Dângelo & Fattini (2000), a articulação do joelho, é considerada uma das maiores e mais

complexas estruturas da anatomia humana. Sua articulação é do tipo gínglimo, permitindo o

movimento de flexão, extensão e um certo grau de rotação. A articulação do joelho é formada por

três ossos, fêmur, tíbia, patela (osso sesamóide) ao qual, por ser um osso sesamóide, permite

movimentos diferentes dos outros, e as estruturas são cápsula articular, estruturas extracapsulares

e intracapsulares, e membrana sinovial.

A origem femoral do ligamento cruzado anterior está localizada na porção póstero-lateral do

intercôndilo. A origem femoral tem uma forma convexa, tendo sua porção ovalada posteriormente

e uma porção plana anteriormente. O ligamento se dirige para frente até sua inserção tibial,

anterior à espinha da tíbia (Figura 1).

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Fonte: Castro, 2003

Figura 1- Inserções do LCA

O joelho ainda possui ligamentos que estabilizam a articulação, auxiliados pelos

meniscos (interno ou medial e externo ou lateral), que estabilizam o joelho, e amortecem

os impactos sobre as cartilagens (Figura 2). O conjunto está imerso em líquido sinovial,

que está contido dentro da membrana sinovial (STANLEY, 1999).

Fonte: MATA, 2009

Figura 2- Modelo anatômico do joelho

A articulação do joelho é uma articulação sinovial complexa. Na verdade ela possui duas

articulações separadas:

- Articulação fêmoro-patelar consiste na rótula, um osso sesamóide que reside no interior do

tendão do músculo anterior da coxa (músculo quadríceps femoral), e na superfície patelar na frente

do fêmur, na qual ele desliza.

- Articulação fêmoro-tibial liga o fêmur (osso da coxa) à tíbia, o principal osso da perna.

- Articulação é banhada por um fluido sinovial viscoso, que está contido dentro da membrana

sinovial.

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O ligamento cruzado anterior tem, em média, comprimento de 38 mm e espessura de 11 mm, que

varia em sua extensão, sendo maior na porção mais distal. Tem como principal função evitar a

anteriorização da tíbia, mas participa também como estabilizador das rotações do joelho

(CASTRO et al., 2013). Diversos estudos mostram estruturas mecano-receptoras no interior do

ligarnento, corno corpúsculos de Golgi, que estão alinhados com as fibras colágenas. Outros três

tipos de estruturas sensitivas estão localizadas próximas aos vasos e terminações nervosas,

ocupando uma área de aproximadamente 1% do total da estrutura ligamentar. De acordo com

Schutte et al., (1987), um certo número de fibras sensitivas é encontrado no interior do ligamento,

levando a crer que este é sensível à dor. A irrigação dos ligamentos cruzados é dependente da

artéria genícular média, assim como da bola de gordura anterior e sua intrínseca ligação com a

membrana sinovial que o envolve. A inervação provém do plexo poplíteo, que se origina

principalmente do nervo tibial posterior (CASTRO et al., 2013).

3. Ligamento cruzado anterior (LCA)

As LCA ocorrem com mecanismos de contato como sem contato (Figura 3). O mecanismo de

contato mais comum é um golpe na face lateral do joelho ocasionando uma força em valgo no

joelho. Esse mecanismo pode resultar não apenas em lesão do LCA como também do ligamento

colateral da tíbia (LCT) e do mecanismo medial (Figura 4). Essa lesão é denominada “trindade

profana” devido à frequência de que essas três estruturas são lesadas com um único golpe. O

mecanismo sem contato, mas comum é o mecanismo de rotação no qual a tíbia é rodada

externamente sobre o pé fixo. Publicações confirmaram que esse mecanismos pode ser

responsável por até 78% de todas as lesões do LCA. O segundo mecanismo sem contato mais

comum é a hiperextensão forçada do joelho (O`SULLIVAN, 2004).

Com a deambulação prolongada sobre um joelho que tenha LCA deficiente, os restritores

secundários (ligamento colateral fibular e cápsula articular póstero-lateral) são sobrecarregados e

tornam-se frouxos, e o indivíduo pode desenvolver uma “marcha sem quadríceps (O`SULLIVAN,

2004)”.

Fonte: BEÇA, 2014 Fonte: BEÇA, 2014

Figura 3- LCA normal Figura 4- Ruptura do LCA

4. Descrição da Tecnologia: Vídeo cirurgia artroscópica do joelho

A palavra artroscopia deriva de duas palavras gregas, artro (articulação) e escopia (olhar), e juntos

significam literalmente “olhar dentro da articulação”.

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A artroscopia é um método cirúrgico que utiliza instrumentos ópticos e pequenas pinças cortantes

ou motorizadas, com objetivo de adentrar em articulações sem a necessidade de se fazer incisões

cirúrgicas grandes. O joelho é a articulação em que a artroscopia apresenta a melhor aplicação

diagnóstica e cirúrgica. A anestesia pode ser local, raquidiana ou geral, podendo ser realizado

ambulatorialmente na maioria dos casos. O artroscópio apresenta um diâmetro de 1,7 a 7 mm,

inclinação de 0 a 120 e variados tipos de lentes. A iluminação é realizada com uma fonte de luz e

cabos de fibra óptica. O material óptico acessório é composto por: câmera, monitor, vídeo-

cassete, vídeoprinter, computador para vídeo e os softwares. As vias de acesso mais utilizadas são:

portal ântero-lateral, ântero-medial e supero-medial (Figura 5-6) (WOLFF, 2006).

Figura 5- Artroscopia de joelho Figura 6- Visão intra-articular por artroscopia

Fonte: WOLFF, 2006 Fonte: WOLFF, 2006

4.1. Indicações

As principais indicações incluem segundo Leonardi, 2014:

- Rupturas de menisco;

- Lesão dos ligamentos cruzados anterior e posterior;

- Lesão cartilaginosa e osteocondral (Osso e cartilagem);

- Corpos livres intra-articulares;

- Osteocondrite dissecante;

- Osteocondromatose;

- Artrite Reumatóide;

- Sinovite vilonodular;

- Hemangioma;

- Cirurgia da condromalácia;

- Hemangioma patelar;

- Tratamento da artrose.

4.2. Vantagens

A grande vantagem da operação sobre visão artroscópica é que esta diminui em muito as

complicações advindas da operação aberta, como, infecções e dor pós-operatória. A maioria dos

pacientes que é submetida a este procedimento recebe alta hospitalar horas após, reduzindo os

custos hospitalares e o período de afastamento das atividades profissionais e esportivas

(LEONARDI, 2004).

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4.3. Desvantagem e complicações

A principal desvantagem da artroscopia é o custo dos equipamentos e o fato de o procedimento em

si depender mais tempo que a artrotomia convencional (TAYLOR, 1991). As complicações são

raras, ao comparar com outros procedimentos. Entre as principais complicações encontradas estão

trombose venosa profunda, sangramento articular, conhecido como hemartrose, infecção articular

e artrofibrose, uma espécie de contratura articular com perda de movimentos. Cada uma dessas

complicações na maioria das vezes esta ligado ao paciente (ROCHAT 2001).

5. Atuação do Fisioterapeuta

A integração cirurgião /fisioterapeuta é importantíssima no resultado final do tratamento cirúrgico

desta lesão e esta integração passa pela capacidade que ambos devem ter em reconhecer e se

possível evitar falhas técnicas que retardem ou dificultem a volta do paciente às suas atividades

normais do dia /dia (JOSÉ, 2014).

O fisioterapeuta realizar todos os procedimentos para prevenção de qualquer intercorrência que

pode ocorrer no pós-operatório de LCA, pela artroscopia. Segundo Sullivan (1993), afirma que há

três propósitos primários da avaliação da fisioterapia musculoesquelética são: (1) a identificação

da lesão específica responsável pela queixa principal da dor e dos danos funcionais, (2) a

avaliação da integridade e desempenho dos tecidos e estruturas envolvidos, e (3) a determinação

da capacidade funcional do paciente durante as atividades ocupacionais e recreacionais diárias.

As fisioterapias devem ser diárias ou semanais para que o paciente consiga recuperar seus

movimentos após cada sessão. O protocolo de reabilitação por meio da fisioterapia em pacientes

que realizaram a cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior trabalha para que ele

consiga recuperar a capacidade de realizar as tarefas diárias, como andar sem auxílio de muletas,

subir escadas, dirigir, o mais breve possível.

Exercícios de flexibilidade são realizados antes e depois da reconstrução do ligamento cruzado

anterior. Os alongamentos dos isquiotibiais e do gastrocnêmio/ solear são indicados no dia

seguinte à cirurgia. O alongamento mais comum para os isquiotibiais é o alongamento para

corredores de barreiras (modificado) e, os alongamentos ajudam a controlar a dor que ocorre por

causa da resposta reflexa criado nos isquiotibiais quando o joelho é mantido na posição

flexionada. O exercício de tração com toalha também pode ajudar a diminuir o desconforto na

panturrilha, no tendão de calcâneo e no tornozelo (ELLENBECKER, 2002 e TRIA 2002).

Segundo Campo, (2010) a fisioterapia dispõe de vários tipos de exercícios musculares para a

reabilitação de seus pacientes, um deles é a atividade isométrica. O exercício isométrico é uma

forma de exercício que ocorre quando um músculo se contrai sem uma mudança apreciável no

comprimento do músculo ou sem movimento articular visível. Embora seja feito trabalho

articular, uma grande quantidade de tensão e força resultante é produzida pelo músculo. Os

exercícios isométricos têm a vantagem de ser fácil de realizar para a maior parte dos músculos,

requerendo pouco tempo apresentando pouca sensibilidade muscular. Por serem estáticos, esses

exercícios são úteis quando o movimento articular é doloroso ou contraindicado. Os primeiros

cuidados após a cirurgia será durante 0 a 15 dias após a cirurgia trabalhando a mobilização da

patela, exercícios isométricos com ganho de arco de movimento passivo de 0 a 90º e deambulação

sem carga com imobilizador de joelho em extensão.

Estes exercícios são usados na fase inicial da reabilitação sem perigo de aumentar a irritação da

articulação, visto que esta se mantém imóvel. Suas vantagens são: aumentam a força muscular

estática; contribuem para evitar atrofia; ajudam a diminuir o edema (os músculos funcionam

como bomba que colaboram na remoção do líquido); previnem a dissociação nervosa graças

às contrações musculares, as quais estimulam o sistema mecano receptor de tecido vizinhos;

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podem ser realizados em qualquer lugar; dispensam equipamentos especiais; podem ser

realizados durante breves períodos de tempo, (MALONE, MCPOIL e NITZ, 2000)

De acordo com Hoppenfeld (2001), para se testar a instabilidade do joelho e integridade do

ligamento cruzado anterior, o paciente deve estar em decúbito dorsal, com os joelhos flexionados

a 90 graus e pés apoiados. O fisioterapeuta deve fixar os pés do paciente, sentando-se sobre eles,

as mãos devem ser posicionadas de modo que envolva o joelho e os polegares que estejam sobre

as linhas articulares (medial e lateral), os outros dedos apoiam-se nas inserções dos tendões. Em

seguida deve-se deslocar a tíbia anteriormente, se esta deslizar demonstrando sinal de

deslocamento anterior significa que há uma lesão no ligamento cruzado anterior. Este teste é

conhecido como teste de gaveta anterior.

Para Cipriano (2005), o teste de gaveta deve ser realizado com o paciente em decúbito dorsal com

a perna fletida e pé repousando sobre a maca o fisioterapeuta deve colocar a mão por trás do

joelho flexionado e puxar a tíbia exercendo uma tração no sentido anterior. Conforme o

movimento apresentado determina-se se há lesão do ligamento cruzado anterior e o grau desta

lesão (Figura 7).

Fonte: SIZÍNIO et al., (2003)

Figura 7- Exercícios fisioterápicos

O exercício isotônico é uma forma dinâmica de exercícios executado contra a resistência à medida

que o músculo se encurta ou alonga na amplitude de movimento existente. Com o exercício

isotônico pode-se desenvolver força dinâmica, resistência muscular à fadiga e potência. Com o

exercício isotônico, o comprimento real do músculo modifica-se quando este produz ou resiste a

uma mudança no ângulo articular. Neste exercício a resistência permanece constante, enquanto a

velocidade do movimento é inversamente proporcional à carga. É realizada com pesos, e máquinas

com pesos. Estes exercícios resistidos podem ser realizados concêntricos e excentricamente, ou

ambos. Isso significa que a resistência pode ser aplicada em um músculo à medida que ele se

encurta ou se alonga. A maioria dos programas isotônicos resistidos envolve uma combinação de

exercícios concêntricos e excêntricos, dependendo das necessidades fundamentais do paciente e da

força muscular (COFRAT SAÚDE, 2014).

De acordo com Tria (2002), a propriocepção é iniciada depois que o paciente é liberado das

muletas, usando-se agachamento suave, elevações dos calcanhares e prancha proprioceptiva

cinestésica ou prancha de equilíbrio biomecânico para tornozelo. A reeducação proprioceptiva do

joelho é uma atividade da reabilitação que visa desenvolver e/ou melhorar a proteção articular por

intermédio de condicionamento e treinamento reflexivo. O objetivo da reeducação proprioceptiva

em pacientes que sofreram lesões de LCA é desenvolver habilidade, agilidade e confiança por

meio do aumento da velocidade da resposta de defesa e da estabilidade articular. No caso de lesão

de LCA, devem-se fortalecer, preferencialmente, os isquiotibiais, sem, contudo, deixar de

exercitar o quadríceps, adutores e abdutores. O treinamento proprioceptivo visa desenvolver a

autonomia ao individuo, consciência de postura, do movimento e das mudanças no equilíbrio,

conhecimento da posição do peso e da resistência dos objetivos em relação ao corpo.

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5.1. Protocolo de tratamento fisioterápico após cirurgia do ligamento cruzado anterior

A indicação do tratamento é muito variada, o fisioterapeuta estabelece condutas dependendo de

vários fatores, entre este, a profissão, prática do esporte, o estilo de vida e a idade do paciente tem

uma importância relativa a ser adotada.

Há vários protocolos a serem utilizados por diversos autores. Entre estes autores o Davini et al.,

2005 explica que se deve realiza primeiramente no pós operatório uma avaliação do paciente e

em seguida iniciar o tratamento com contrações isométricas de quadríceps, mobilização da

patela, mobilização passiva contínua (MPC). E já no 2º ao 7º dia faz aplicação de laser. As Ga

caneta 904 mm sobre a cicatriz, contrações isométricas de quadríceps, mobilização da patela,

MPC e exercícios proprioceptivos em cama elástica acrescentando ao 3º dia a, estimulação elétrica

de alta voltagem, descarga de peso unipodal bilateral com apoio, exercícios de rolar a bola

realizando a extensão do joelho e contração isométrica de adutores enquanto no 7º dia deve ser

acrescido as condutas exercícios proprioceptivos no balancinho unipodal, exercícios na prancha

proprioceptiva e circuitos com obstáculos. Na 8ª e 9ª sessão inclui a estimulação elétrica de alta

voltagem para controle de edema e mantém as outras condutas.

Da 10ª ao 16ª sessão deverá ter como conduta a estimulação elétrica de alta voltagem, laser,

contrações isométricas de quadríceps e adutores do quadril, mobilização da patela, MPC,

exercícios proprioceptivos em cama elástica, balancinho e prancha, circuito com obstáculos,

subir e descer escadas e rampas, exercícios de chutar bola com deslocamento lateral, leg-

press e bicicleta ergométrica; incluindo na 13ª sessão agachamentos. Exercícios proprioceptivos

em cama elástica, balancinho, prancha e disco, corrida em 8 de frente e de lado, subir e descer

escadas e rampas, exercícios de chutar bola com deslocamento lateral, leg-press, mesa

extensora, agachamento, exercícios para isquiostibiais e bicicleta ergométrica serão condutas para

o 17ª a 30ª sessão. Exercícios proprioceptivos em cama elástica e balancinha com descarga do

peso no membro afetado e chutando a bola contralateral, corrida em 8 conduzindo uma bola entre

os pés, subir e descer escadas correndo circuitos para deslocamento látero-lateral, legpress,

agachamento, exercícios para isquiostibiais, treino de explosão a toda velocidade por 100 metros e

bicicleta ergométrica serão adotadas entre a 31ª e 50ª sessão e daí em diante o treino

proprioceptivo e o treino de força deverá ser em dias intercalados.

Já em contrapartida Wolff (2011) relata que no primeiro dia deve iniciar com exercícios

isométricos do músculo quadríceps, glúteos extensores e abdutores do quadril, deambular com o

auxílio de andador ou muletas e descarga de peso conforme tolerar a dor e posicionar o joelho em

extensão quando em repouso. Deve enfatizar a necessidade de fazer os exercícios de flexo

extensão ativa nesta posição em CCA e CCF. Durante a noite, posicionar um travesseiro sob o

tornozelo para ganhar extensão e durante o dia fazer profilaxia mecânica para trombose

venosa profunda bombeando o tornozelo além da crioterapia por 20 minutos no mínimo em 3

períodos, manhã, tarde e noite. No segundo dia até retirada dos pontos continuar com os

exercícios isométricos, acrescentar alongamento de gastrocnêmios e isquiotibiais. Os exercícios

para ganho de amplitude de movimento (ADM) devem ser ativos e autoassistidos, somente

quando necessário o fisioterapeuta irá mobilizar passivamente o joelho. Deve-se então iniciar

mobilização patelar para evitar contraturas, realizar exercícios de abdução do quadril, continuar

os exercícios ativos e ativo-assistidos para ADM, iniciar exercícios de CCF bipodal conforme

a dor, continuar e progredir os exercícios por 6 semanas depois da cirurgia e orientar o

paciente a realizar várias vezes ao dia a crioterapia até a retirada dos pontos. Após a

retirada dos pontos, em diante continuar com os exercícios anteriores até atingir ADM 0 – 100°,

no mínimo, manter o andador ou bengala até que a marcha esteja uniforme de acordo com o

membro contra lateral, iniciar bicicleta estacionária se a ADM permitir e atenção com o derrame

da articulação patelo femoral.

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5.2. Programa de exercícios no pós-operatório por artroscopia

Segundo Frutos (2014), estes são alguns exercícios a serem realizados em pacientes submetidos

artroscopia de ligamento cruzado anterior do joelho.

Fonte: Frutos, 2014

Figura 8- Programa de exercícios no pós-operatório por artroscopia

Contração dos músculos da

coxa: Contrair a coxa por 10

segundos e soltar, por 10

vezes.

Elevação do membro: Elevar

e abaixar, se possível, 3 séries

de 10 vezes cada, com

descanso

Movimentação do tornozelo

Movimentar para baixo e

para cima o pé em 3 séries de

25 vezes cada.

Movimentação do joelho:

Dobrar e estender o joelho,

sentado à beira de uma mesa,

em 3 séries de 10 vezes cada,

se necessário com auxílio da

outra perna (fletir o joelho

até 90º no máximo.

Coloque um travesseiro embaixo do

calcanhar e deixe a perna completamente

estendida por 10 minutos 3 vezes ao dia.

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6. Metodologia

Este estudo traz uma abordagem sobre pacientes submetidos à artroscopia de ligamento cruzado

anterior com atuação do fisioterapeuta.

O presente trabalho trata-se de uma revisão de literatura, no qual foram realizados métodos de

investigação de cunho bibliográficos: artigos científicos, teses, dissertação e livros. O presente

inquérito se caracteriza como descritivo simples, com fonte de dados documentais, conduzindo-se

por meio da busca de artigos científicos.

A apresentação encontra-se em várias estruturas desde a introdução, anatomia e articulação do

joelho, Ligamento cruzado anterior (LCA), Descrição da Tecnologia: Videocirurgia artroscópica

do joelho, indicação, vantagem, desvantagem e complicações, atuação do fisioterapeuta, assim

como resultados e discussão, consideração finais. O real conhecimento sobre o tema foi abordado

ao longo deste trabalho. O período de análise dos artigos foram a partir de 1991 a 2014.

7. Resultado e Discussão

O joelho é vulnerável a lesões, uma vez que as superfícies articulares são relativamente

superficiais e servem para separar os maiores segmentos do corpo. Consequentemente, o

joelho está sujeito a lesões por forças externas e desequilíbrios musculares. As lesões traumáticas

podem resultar de forças rotatórias ou fixas, sendo bastante variado o tratamento para esses tipos

de lesões ligamentares. Algumas dessas demanda intervenção cirúrgica e outras permitem que o

indivíduo atue efetivamente com o mínimo de desconforto ou sem nenhum desconforto (KONIN,

2006).

O ligamento cruzado anterior (LCA) é um estabilizador primário do joelho, sendo responsável

por mais de 80% da estabilização anterior da tíbia em relação ao fêmur, e essa estabilização tem

maior importância clínica a 30º do que a 90º de flexão do joelho. Secundariamente, o LCA atua

na restrição da rotação tibial e, em menor proporção, no movimento de varo-valgo durante a

extensão do joelho, o mesmo não ocorrendo em flexão.

A fisioterapia age sobre as alterações causadas antes e depois da intervenção cirúrgica, mostrando

que quanto mais precoce for a utilização de técnicas que melhorem a funcionalidade e anulem

os fatores limitantes, melhor ocorrerá o processo de recuperação (VILLA, 2006).

Atualmente a tendência é que as intervenções sejam realizadas através de artroscopia, devido sua

pouca agressividade e mínima sintomatologia pós-cirúrgica, fazendo com que a recuperação

se torne mais precoce e com resultados positivos na função do indivíduo (CARRIL; PETIT;

GABRIEL, 2001).

As sessões de fisioterapia após cirurgia no joelho como relatado ao longo do trabalho podem ser

realizadas no dia seguinte a cirurgia. A cirurgia artroscópica geralmente requer apenas poucas

horas de recuperação no hospital. O fisioterapeuta começará com alguns exercícios de estiramento

para os músculos ao redor dos joelhos. Muitos desses exercícios são feitos ainda no leito do

hospital. Andar assim que possível, depois da cirurgia, é um aspecto importantíssimo de sua

recuperação. Os movimentos após a cirurgia ajudam a levar mais oxigênio para seu sistema

sanguíneo e previnem a coagulação.

É comum pacientes voltarem ao trabalho ou às suas atividades normais em alguns dias.

Atletas e pacientes que estão em boas condições físicas podem retornar às suas atividades

atléticas em alguns dias. As pessoas que sofrem uma artroscopia podem apresentar

diferentes diagnósticos e diferentes condições preexistentes; de forma que cada artroscopia é

única a cada paciente. O tempo de recuperação irá refletir essa individualidade (GUSMÃO, 2012)

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8. Conclusão

A articulação do joelho é a maior e a mais complexa das articulações sinoviais do corpo. A

recuperação da artroscopia do joelho é muito mais rápida do que a recuperação da cirurgia aberta

tradicional. A maior incidência de lesão de ligamento cruzado anterior ocorre em esportistas.

O tratamento fisioterapêutico na reconstrução de LCA é de fundamental importância para a

prevenção de complicações que possa vir ocorrer no processo de recuperação, como fibrose e

rigidez articular em decorrência do processo cicatricial, além da restauração da amplitude de

movimento, marcha, força muscular e estabilização sensória motora.

Nesta revisão bibliográfica foram revisto e analisado as principais atuações fisioterápicas,

possibilitando melhora nas condições clínicas pós-operatória, uma maior amplitude de

movimento a estes pacientes, assim permitindo um retorno mais rápido as atividades da vida

diária.

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