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Um dos maiores especialistas em Concursos Públicos do País Wander Garcia concursos JurÍDIcos! EM 2 a edição ATUALIZAÇÃO 01 JULHO/2011 COMO PASSAR

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Um dos maiores especialistas em Concursos Públicos do País

Wander Garcia

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lei 12.403/11 – Prisão e Medidas Cautelares

lei 12.433/11 – Execução Penal

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4. Direito Processual Penal – Atualização nº 1

Eduardo Dompieri

4.12. Prisão, Medidas Cautelares e Liberdade Provisória

(Magistratura/AL – 2007 – FCC) Em matéria de prisão, é INCORRETO afirmar que, conforme dispõe o Código de Processo Penal,(A) nas infrações permanentes, entende-se o agente

em flagrante delito enquanto não cessar a perma-nência.

(B) não será concedida fiança nos crimes punidos com reclusão em que a pena aplicada for igual ou inferior a 2 (dois) anos.

(C) em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão preventiva, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou do querelante, ou mediante representação da autoridade policial.

(D) a autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração punida com detenção ou prisão simples.

(E) o juiz poderá revogar a prisão preventiva se veri-ficar a falta de motivos para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.

A: art. 303 do CPP; B: com o advento da Lei 12.403/11, o panorama da fiança mudou sobremaneira no Código de Processo Penal. As vedações que antes havia no art. 323 do CPP não mais existem. Doravante, a fiança terá lugar em qualquer crime (exceção àqueles em relação aos quais a CF/88 veda a fiança e o próprio art. 323 tratou de listar), e o valor será estabelecido de forma proporcional à gravi-dade do crime e também à situação econômica do indiciado/réu; C: também por força da Lei 12.403/11, a redação do art. 311 do CPP foi modificada. A prisão preventiva continua a ser decretada em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, mas o juiz, que antes podia determiná-la de ofício também na fase de inquérito, somente poderá fazê-lo, a partir de agora, no curso da ação penal. É dizer, para que a custódia preventiva seja decretada no curso da investigação, somente mediante representação da autoridade policial ou a requerimento do Ministério Público; D: outra novidade trazida pela Lei 12.403/11 é que a autoridade policial, agora, pode arbitrar fiança em qualquer infração penal cuja pena máxima cominada não seja superior a quatro anos (reclusão ou detenção). Pela redação anterior do art. 322 do CPP, o delegado somente estava credenciado a arbitrar fiança nas contravenções e nos crimes apenados com detenção; E: art. 316 do CPP. Gabarito "B"

(Magistratura/DF – 2007) A prisão temporária não é admissível:(A) nos crimes contra o sistema financeiro;(B) no crime de terrorismo;(C) no crime de epidemia com resultado de morte;(D) nenhuma das alternativas acima (A, B, C) é cor-

reta.

Art. 1º, III, da Lei 7.960/89. Gabarito "D"

(Magistratura/GO – 2009 – FCC) A prisão preventiva(A) pode ser decretada como garantia da ordem

pública, mas não da econômica. (B) é obrigatória no caso de réu citado por edital e

que não constituiu defensor, nos termos do art. 366 do Código de Processo Penal.

(C) não admite revogação por excesso de prazo para o término da instrução, medida cabível apenas para o relaxamento de flagrante.

(D) não é cabível se houver apresentação espontânea do acusado à autoridade.

(E) pode recair sobre acusado primário e de bons antecedentes.

A: art. 312 do CPP; B: não há que se falar em prisão preventiva obrigatória, automática. Somente será decretada se necessária ao processo. A mera ausência do réu ao interrogatório não é motivo bastante a justificar a decretação de sua custódia preventiva, que somente será determinada se presentes os requisitos dos arts. 312 e 313 do CPP; C: a prisão preventiva também pode ser relaxada por excesso de prazo para o término da instrução; a revogação se opera na hipótese do art. 316 do CPP; D: o art. 317 do CPP, que previa a apresentação espontânea do acusado, foi revogado pela Lei 12.407/11; E: ainda que se trate de acusado primário e de bons antecedentes, em seu desfavor pode ser decretada a custódia preventiva, desde que preenchidos os requisitos a que alude o art. 312 do CPP. Gabarito "E"

(Magistratura/MG – 2009 – EJEF) Marque a alternativa CORRETA. A liberdade provisória pode ser concedida no caso de: (A) Prisão em flagrante. (B) Prisão preventiva. (C) Prisão em flagrante viciado. (D) Prisão temporária.

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EDuArDo DoMPiEri

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O art. 310 do CPP, com a redação alterada pela Lei 12.403/11, impõe ao magistrado, quando do recebimento do auto de prisão em flagrante, o dever de manifestar-se fundamentadamente acerca da prisão que lhe é comunicada. Pela novel redação do dispositivo, abrem-se para o juiz as seguintes opções: se se tratar de prisão ilegal, deverá o juiz relaxá-la e determinar a soltura imediata do preso; se a prisão estiver em ordem, deverá o juiz, desde que entenda necessário ao processo, converter a prisão em flagrante em preventiva, sempre levando-se em conta os requisitos do art. 312 do CPP. Ressalte-se que, tendo em vista o postulado da proporcionalidade, a custódia preventiva somente terá lugar se as medidas cautelares diversas da prisão revelarem-se inadequadas. Disso inferimos que a prisão em flagrante perdeu sua autonomia, já que não mais poderá perdurar até o final do processo como modalidade de prisão cautelar; poderá, por fim, o juiz conceder a liberdade provisória, com ou sem fiança, substituindo, assim, a prisão em flagrante. Daí podemos afirmar que, neste novo panorama, a prisão em flagrante poderá ser substituída pela liberdade provisória, que constitui um sucedâneo seu, ou mesmo pela prisão preventiva, dado que o infrator não poderá permanecer preso provisoriamente, como antes ocorria, “em flagrante”, já que agora somente há duas modalidades de prisão processual: preventiva e temporária. A prisão em flagrante deixa de ter natureza processual. Deixa de constituir modalidade de prisão cautelar. Gabarito "A"

(Magistratura/MG - 2007) Marque a alternativa INCOR-RETA. O acusado NÃO poderá recorrer, validamente, à garantia da inviolabilidade domiciliar quando se tratar de:(A) prisão preventiva ordenada por autoridade com-

petente e efetivada durante o dia.(B) prisão temporária ordenada por autoridade com-

petente e efetivada durante o período noturno, depois de colhido o consentimento do morador.

(C) prisão decorrente de sentença condenatória que transitou em julgado, independentemente do horário de sua efetivação.

(D) prisão decorrente de sentença de pronúncia efetivada durante o dia, independentemente do consentimento do morador.

Art. 283 do CPP e art. 5º, XI, da CF. Gabarito "C"

(Magistratura/MG - 2006) No processo penal, o Juiz, de ofício, NÃO pode:(A) decretar a prisão preventiva;(B) proceder à verificação da falsidade;(C) revogar a reabilitação;(D) decretar a prisão temporária.

A: dada a modificação implementada no art. 311 do CPP, não mais pode o juiz decretar a prisão preventiva de ofício no curso da investigação policial, somente podendo fazê-lo no decorrer da ação penal; B: art. 147 do CPP; C: art. 95 do CP; D: art. 2º, caput, da Lei 7.960/89. Gabarito "D"

(Magistratura/MG - 2006) Quanto à prisão, é INCORRETO afirmar que:(A) ainda que o crime seja inafiançável, não pode a

autoridade policial telefonar à outra, de diferente circunscrição, solicitando a prisão de alguém, anunciando que tem em mãos um mandado de prisão emitido pela autoridade competente;

(B) enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações penais comuns, o Presidente da República não estará sujeito à prisão;

(C) o cidadão que efetivamente tenha exercido a função de jurado tem direito à prisão especial antes da condenação definitiva, mesmo depois de ter sido excluído da lista de jurados, salvo se a exclusão se deu por incapacidade moral ou intelectual para o exercício da função;

(D) quando se tratar de uma organização criminosa, a autoridade policial pode retardar a realização da prisão em flagrante de seus membros, desde que mantidos sob observação e acompanha-mento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz do ponto de vista da formação de provas e fornecimento de informa-ções.

A: art. 299 do CPP (com redação modificada pela Lei 12.403/11); B: art. 86, § 3º, da CF; C: art. 295, X, do CPP; D: art. 2º da Lei 9.034/95. É o chamado flagrante retardado ou diferido. Gabarito "A"

(Magistratura/MS – 2008 – FGV) Quais os tipos de prisões cautelares que existem no ordenamento processual penal brasileiro?(A) Temporária, administrativa, preventiva e decor-

rente de pronúncia.(B) Flagrante, temporária, preventiva e decorrente de

sentença (ou acórdão) condenatória recorrível e decorrente de pronúncia.

(C) Preventiva, temporária, decorrente de pronúncia e decorrente de sentença (ou acórdão) condena-tória recorrível.

(D) Flagrante, temporária, administrativa, preventiva, decorrente de sentença (ou acórdão) condenató-ria recorrível, decorrente de pronúncia.

(E) Temporária, preventiva, decorrente de sentença (ou acórdão) condenatória recorrível e decorrente de pronúncia.

com o advento da Lei 12.403/11, instaurou-se uma nova realidade. A prisão em flagrante deixou de constituir modalidade de prisão cautelar (processual ou provisória). Passamos a contar, a partir de então, com duas modalidades de prisão cautelar, a saber: prisão preventiva e prisão temporária. Só para lembrar: a prisão decor-rente de pronúncia e a prisão decorrente de sentença recorrível deixaram de integrar o rol das prisões processuais com a entrada em vigor das Leis 11.689/08 e 11.719/08. Gabarito "B"

(Magistratura/MS – 2008 – FGV) Qual dos elementos abaixo não está previsto no art. 312 do Código de Processo Penal como um dos requisitos para a decretação da prisão preventiva?(A) Quando necessária para assegurar a aplicação

da lei penal.(B) Quando conveniente para a instrução criminal.(C) Quando imprescindível para apaziguar o clamor

público.(D) Quando houver prova da existência do crime e

indício suficiente de autoria.(E) Quando necessária para garantir a ordem econô-

mica.

O clamor público, por si só, além de não estar inserto no art. 312 do CPP, não é apto a justificar a prisão preventiva. Gabarito "C"

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4. DirEito ProCESSuAL PENAL – AtuALizAÇÃo Nº 1

(Magistratura/MT – 2009 – VUNESP) Dentro de 24h (vinte e quatro horas) depois da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante acompanhado de todas as oitivas colhidas e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para (A) a Defensoria Pública. (B) o Ministério Público. (C) a Procuradoria Geral do Estado. (D) a Ordem dos Advogados do Brasil. (E) a Procuradoria Geral da União.

Art. 306, § 1º, do CPP (dispositivo com redação modificada pela Lei 12.403/11) Gabarito "A"

(Magistratura/PA – 2009 – FGV) Manoela de Jesus foi presa em flagrante, quando estava em sua casa assistindo à televisão, porque supostamente teria jogado um bebê recém nascido no rio. Os responsáveis pela prisão foram dois policiais civis que realizavam dili-gências no local a partir de uma denúncia anônima. Ao realizar a prisão os policiais identificaram Manoela a partir da descrição fornecida pela denúncia anô-nima. A esse respeito, assinale a alternativa correta. (A) Trata-se de flagrante próprio, previsto no art. 302,

I, do Código de Processo Penal. (B) Trata-se de flagrante próprio, previsto no art. 302,

II, do Código de Processo Penal. (C) A prisão é ilegal, pois não está presente nenhuma

das situações autorizadoras da prisão em fla-grante.

(D) Trata-se de flagrante presumido, previsto no art. 302, IV, do Código de Processo Penal.

(E) Trata-se de flagrante impróprio, previsto no art. 302, III, do Código de Processo Penal.

Manoela não foi presa no momento em que cometia ou quando aca-bava de cometer o crime a ela atribuído. Se assim fosse, estaríamos diante do chamado flagrante próprio, real ou perfeito, presente no art. 302, I e II, do CPP. Da mesma forma, não é o caso do chamado flagrante impróprio, imperfeito ou quase-flagrante, em que o sujeito é perseguido, logo após, em situação que faça presumir ser o autor da infração (art. 302, III). Manoela sequer foi perseguida. Também não se está diante do denominado flagrante ficto ou pre-sumido (art. 302, IV), em que o agente, sem ter sido perseguido, é encontrado depois do crime na posse de instrumentos, armas, objetos ou papéis em circunstâncias que revelem ser ele o autor da infração penal. Manoela, ao ser presa em sua residência, não estava na posse de nenhum instrumento que a ligasse ao crime que a ela foi imputado. Assim, ausente qualquer das situações autorizadoras da prisão em flagrante, a detenção de Manuela é ilegal. Gabarito "C"

(Magistratura/PA – 2008 – FGV) Preso em flagrante, Jota é acusado da prática de crime de furto tentado. Jota tem vinte e três anos de idade. Juntando prova da primariedade do acusado, assim como de residência e bons antecedentes, a Defesa requer a liberdade provisória do réu, que é negada ao argumento de que Jota, quando era adolescente, praticara outro furto, pelo qual cumprira medida socioeducativa. A esse respeito, assinale a alternativa correta.(A) A decisão judicial viola o princípio da presunção

de inocência e não se caracteriza, também, pela

homogeneidade que constitui elemento das medi-das cautelares privativas de liberdade.

(B) A decisão judicial viola a regra que não admite prisão em flagrante em infração penal de menor potencial ofensivo.

(C) A decisão judicial está devidamente fundamen-tada na garantia da ordem pública e deve ser mantida.

(D) A decisão judicial viola a regra que determina que em semelhante hipótese não se dispensa a prévia decretação da prisão temporária do acusado.

(E) A decisão judicial está correta porque se trata de crime equiparado a hediondo.

Art. 5º, LVII e LXVI, da CF. Gabarito "A"

(Magistratura/PR – 2010 – PUC/PR) Sabemos que o instituto da prisão e da liberdade provisória tem sido objeto de muito debate e aprofundamento do tema no mundo jurídico. Diante dessa matéria, analise as questões e marque a alternativa CORRETA.I. João Tergino roubou uma agência do Banco do

Brasil no centro de Curitiba. Perseguido, passou para o município de Araucária, e, nesta cidade, fora preso em flagrante delito. Sendo apresen-tado imediatamente à autoridade local, não poderá ser autuado em flagrante em Araucária, pois o crime ocorreu em Curitiba, para onde deve ser encaminhado nos termos do Código de Processo Penal e pela teoria do resultado.

II. Considera-se em flagrante presumido quem é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração.

III. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão temporária decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público, ou do querelante, ou mediante representação da autoridade policial.

IV. A apresentação espontânea do acusado à autoridade não impedirá a decretação da prisão preventiva nos casos em que a lei a autoriza.

(A) Apenas a assertiva IV está correta.(B) Apenas as assertivas II e III estão corretas.(C) Apenas as assertivas I e II estão corretas.(D) Apenas as assertivas III e IV estão corretas.

I: arts. 290 e 304, § 1º, do CPP. Terá atribuição para a lavratura do auto de prisão em flagrante a autoridade policial da circunscrição onde foi efetuada a prisão, e não a do local do delito; II: inexiste, no flagrante presumido (art. 302, IV), perseguição; neste, o agente, logo depois de praticar o crime, é surpreendido com instrumentos, armas, objetos ou papéis que revelem ser ele o autor da infração. A perseguição se dá no flagrante impróprio (art. 302, III); III: a custódia temporária não pode ser decretada de ofício pelo juiz, que deverá determiná-la diante da representação formulada pela autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público – art. 2º, caput, da Lei 7.960/89. Além disso, conforme preleciona o art. 1º, I, desta lei, trata-se de modalidade de prisão provisória destinada a viabilizar as investigações acerca de crimes durante a fase de inquérito policial; IV: o art. 317 do CPP foi revogado pela Lei 12.403/11. Gabarito "A"

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(Magistratura/RS – 2003) Por ter Antônio difamado-o, Manoel ingressou com ação penal privada por crime de difamação , requerendo, além da condenação, sua prisão preventiva. Antônio, empresário conhe-cido na cidade, já responde a outros 6(seis) proces-sos pela prática dos crimes dos arts. 129, caput, do Código Penal (três) e 139 do Código Penal (três), tendo sido, no dia anterior ao pedido, condenado por um deles. Pode o Juiz decretar a prisão?

(A) sim, porque a soma das penas máximas dos 6 (seis) delitos. Imputados era igual a 6(seis) anos, e ele já estava condenado.

(B) não, porque se tratava de ação penal privada.(C) sim, porque o querelado já responde a 6(seis)

processos por crime doloso.(D) não, porque o querelado era pessoa conhecida e

trabalhava na comunidade.(E) sim, porque o querelado era uma pessoa agres-

siva e difamadora.

Trata-se de delito de menor potencial ofensivo, cuja sanção porven-tura imposta não acarretará a pena de prisão. Gabarito "D"

(Magistratura/SC – 2008) Conforme a Lei Maria da Penha:

(A) Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da lei específica, não é cabível a decretação da prisão preventiva, considerando que os crimes são punidos com pena de detenção.

(B) Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da lei específica, a fim de garantir a execução das medidas protetivas de urgência, apenas será admitida a decretação da preventiva se o caso versar sobre crime de homicídio.

(C) Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da lei específica, a fim de garantir a execução das medidas protetivas de urgência, será admitida a decretação da prisão preventiva.

(D) Se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos da lei específica, a fim de garantir a execução das medidas protetivas de urgência, somente será admitida a decretação da prisão preventiva se houver a aproximação do agente em relação àquela.

(E) Todas as alternativas estão incorretas.

O art. 313, IV, do CPP, que disciplinava a matéria, foi revogado. A Lei 12.403/11 alterou a redação do art. 313, III, do CPP e esta-beleceu que, na hipótese de o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, será admitida a decretação da prisão preventiva, desde que para assegurar a execução das medidas protetivas de urgência. Note que, neste caso, o crime em relação ao qual será decretada a medida extrema poderá não obedecer às hipóteses de admissibilidade contempladas nos incisos I e II do mesmo dispositivo. Dessa forma, é possível que a prisão preventiva seja decretada diante da prática de crime de lesão corporal leve contra a mulher. Gabarito "C"

(Magistratura/SE – 2008 – CESPE) No que se refere à liber-dade provisória, assinale a opção correta.(A) É inafiançável o crime doloso punido com pena

privativa de liberdade, independentemente de o réu ser ou não reincidente.

(B) A liberdade provisória com fiança pode ser con-cedida independentemente de oitiva do Ministério Público.

(C) Da decisão que concede ou nega o pedido de liberdade provisória cabe o recurso de agravo.

(D) O réu que quebrar a fiança no processo não poderá mais ser solto.

(E) A autoridade policial somente pode conceder fiança nos casos de infração penal punida com prisão simples.

A: com a modificação a que foi submetido o art. 323 do CPP, ope-rada pela Lei 12.403/11, somente são inafiançáveis os crimes ali listados e também aqueles contidos em leis especiais, tais como o art. 31 da Lei 7.492/86 (Sistema Financeiro); art. 7º da Lei 9.034/05 (Crime Organizado); B: art. 333 do CPP; C: da decisão que conceder liberdade provisória cabe recurso em sentido estrito (art. 581, V, do CPP); agora, se o réu tem negado o seu pedido de liberdade provisória, resta-lhe impetrar habeas corpus; D: art. 342 do CPP; E: outra alteração implementada pela Lei 12.403/11 é que a autoridade policial, agora, pode arbitrar fiança em qualquer infração penal cuja pena máxima cominada não seja superior a quatro anos (reclusão ou detenção). Pela redação anterior do art. 322 do CPP, o delegado somente estava credenciado a arbitrar fiança nas contravenções e nos crimes apenados com detenção. Gabarito "B"

(Magistratura/SE – 2008 – CESPE) Assinale a opção incor-reta acerca da prisão no processo penal.(A) A recaptura do réu evadido não depende de prévia

ordem judicial e poderá ser efetuada por qualquer pessoa.

(B) Havendo consentimento do morador, o mandado de prisão poderá ser cumprido em domicílio durante a noite.

(C) Entre as hipóteses legais de decretação da prisão preventiva estão a garantia da ordem pública, a conveniência da instrução criminal e o clamor público.

(D) Em geral, a prisão especial somente poderá ser concedida durante o processo ou inquérito policial, cessando o benefício após o trânsito em julgado.

(E) A prisão temporária não pode ser decretada de ofício pelo juiz, que terá o prazo de 24 horas, a partir do recebimento do requerimento das partes, para decidir fundamentadamente.

Art. 312 do CPP. Gabarito "C"

(Magistratura/SP – 2006) Considere a situação a seguir. Mévio e Tício roubam banco na cidade de Três Corações, no Estado de Minas Gerais. Quando se vêem cercados pela polícia, mantêm vários reféns no interior do estabelecimento, ameaçando matá-los caso não lhes seja entregue um carro forte para fuga. A situação se prolonga e, temendo um desate mais grave, a polícia cede e entrega o carro forte com o compromisso da liberação imediata dos reféns, o que ocorre. Os roubadores são perseguidos por policiais

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4. DirEito ProCESSuAL PENAL – AtuALizAÇÃo Nº 1

a distância, que recebem contínuas informações fidedignas sobre o trajeto percorrido na estrada pelos roubadores, em perseguição ininterrupta, após origi-nário contato visual. Após dois dias de perseguição, o carro forte ingressa no Estado de São Paulo, onde uma barreira policial logra pará-lo, na cidade de Serra Negra/SP, culminando com a detenção dos infratores. Pode-se dizer que(A) a situação, quando da prisão dos roubadores, é

de flagrância, e o auto de prisão em flagrante será lavrado na cidade de Serra Negra/SP.

(B) a situação não é de flagrância, em razão de terem decorrido dois dias após a prática do delito.

(C) a situação, quando da detenção dos roubadores, é de flagrância, e o auto de prisão em flagrante deve ser lavrado na cidade de Três Corações/MG.

(D) a situação não é de flagrância, mas pode ser decretada a prisão temporária dos infratores.

Arts. 290 e 302, III, do CPP. Trata-se do chamado flagrante impró-prio ou imperfeito. Gabarito "A"

(Magistratura/SP – 2008) Quanto à prisão em flagrante, assinale a alternativa correta.(A) A falta de testemunha da infração impede a lavra-

tura do auto de prisão em flagrante.(B) A omissão de interrogatório do conduzido no auto

de prisão em flagrante não acarreta, necessaria-mente, a nulidade do ato, dependendo do motivo da abstenção.

(C) A nomeação de curador não advogado ao preso maior de 18 (dezoito) e menor de 21 (vinte e um) anos no auto de flagrante constitui causa de nulidade absoluta do ato.

(D) A apresentação do conduzido obriga à lavratura da prisão em flagrante, não podendo a autoridade policial, em nenhum caso, determinar a soltura do preso.

A: art. 304, § 2º, do CPP; B: é comum, por vezes, o interrogatório do conduzido ser inviável porque este encontra-se hospitalizado, por exemplo. Nesses casos, tal circunstância, que não ensejará a nulidade do ato, deverá ser consignada no auto pela autoridade policial; C: desnecessário nomeação de curador ao indicado menor de 21 anos (art. 5º do Código Civil); D: art. 304, caput e § 1º, do CPP. Gabarito "B"

(Magistratura/SP – 2006) Assinale a alternativa correta.(A) A prisão temporária poderá ser executada antes

da expedição do mandado de prisão.(B) O prazo para recebimento da nota de culpa pelo

indiciado é de até 24 horas após a lavratura do auto de prisão em flagrante.

(C) Os deputados e senadores podem ser presos em flagrante por crimes afiançáveis e inafiançáveis.

(D) Quando se tratar de infração inafiançável, a falta de exibição do mandado não obstará a prisão, desde que o preso seja imediatamente apresen-tado ao Juiz que expediu a ordem de prisão.

A: a custódia temporária, que tem como base a Lei 7.960/89, só poderá ser executada depois da expedição do mandado judicial respectivo, conforme reza o art. 2º, § 5º, da Lei; B: art. 306, § 2º, do CPP; C: art. 53, § 2º, da CF; D: art. 287 do CPP. Gabarito "D"

(Magistratura/SP – 2006) Analise a situação apresentada. Delegado de Polícia, na posse de mandado de prisão preventiva, dirige-se ao endereço nele constante para efetuar prisão. Ao chegar ao local, verifica que o acusado, ao perceber a presença de policiais, por volta das 21:00 horas, ingressa em residência de terceiros, na mesma rua. Dirigindo-se a essa residên-cia, informa ao morador da existência do mandado de prisão e solicita autorização para ingresso na casa, a fim de cumprir a ordem judicial, o que lhe é negado pelo citado morador. Indique a providência que a autoridade policial deve tomar.(A) Ingressa na residência à força e cumpre a ordem

de prisão, prendendo o morador em flagrante, por favorecimento pessoal.

(B) Dirige-se ao Juiz de plantão para obter outro mandado de busca domiciliar, a fim de cumprir a ordem de prisão.

(C) Convoca duas testemunhas e ingressa à força na casa para efetuar a prisão.

(D) Torna a casa incomunicável, guardando todas as saídas, e às 06:00 horas, arromba as portas e efetua a prisão.

Art. 293 do CPP. Gabarito "D"

(Magistratura/TO – 2007 – CESPE) Os crimes para os quais está prevista prisão temporária não incluem(A) os crimes contra o sistema financeiro.(B) o homicídio culposo.(C) o envenenamento de água potável ou substância

alimentícia ou medicinal qualificado pela morte.(D) o crime de quadrilha.

O homicídio culposo não está incluído no rol do art. 1º, III, da Lei 7.960/89. Gabarito "B"

(Ministério Público/MG – 2006) Sobre o tema “prisão e liberdade provisória”, é CORRETO afirmar:(A) Lavrado o auto de prisão em flagrante e consta-

tando-se que o agente praticou o fato em situação evidente de legítima defesa, deverá o Delegado de Polícia conceder ao conduzido o direito de livrar-se solto.

(B) O Ministério Público deverá ser ouvido nos autos antes da concessão da liberdade provisória vin-culada, exigência dispensável em se tratando de hipótese de pedido de liberdade provisória com fiança.

(C) A Liberdade Provisória assenta-se em fundamento inserto na Constituição Federal,que consagra garantia deferida ao cidadão, segundo a qual toda prisão ilegal deverá ser relaxada pela autoridade competente.

(D) Nos processos por crime de competência do Júri, a prisão preventiva, expedida com fundamento na conveniência da instrução criminal, deverá ser relaxada logo depois de concluída a instrução criminal.

(E) Mesmo em face da proibição legal de concessão liberdade provisória vinculada ao autor de crime hediondo, ela poderá ser concedida em decorrên-cia do excesso de prazo na formação da culpa.

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A: cabe à autoridade policial realizar tão somente um juízo de tipicidade. Constitui, dessa forma, incumbência do magistrado verificar se o conduzido praticou a conduta a ele imputada sob o manto protetor de alguma das excludentes de ilicitude, para, em caso afirmativo, conceder-lhe liberdade provisória, nos termos no art. 310, parágrafo único, do CPP (dispositivo modificado pela Lei 12.403/11); B: art. 333 do CPP; C: o fundamento da liberdade provisória encontra-se no art. 5º, LXVI, da CF; D: concluída a fase de coleta de provas e não havendo mais necessidade em se manter a custódia do réu, deverá ser ela revogada porque não mais interessa ao processo. Não há por que manter-se a prisão (art. 316, CPP); E: aqui, fala-se em relaxamento da prisão. Súmula 697 do STF: “A proibição de liberdade provisória nos processos por crimes hediondos não veda o relaxamento da prisão processual por excesso de prazo”. Gabarito "B"

(Ministério Público/PR – 2008) Assinale a alternativa INCORRETA: Quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria, a prisão preventiva poderá ser decretada:

(A) Como garantia da ordem pública.(B) Por conveniência da instrução criminal.(C) Para assegurar a aplicação da lei penal.(D) Como garantia da ordem econômica.(E) Como garantia da ordem tributária.

Art. 312 do CPP. Gabarito "E"

(Ministério Público/RS – 2009) Leia o relato abaixo. Her-menegildo, funcionário público estadual, foi indiciado em inquérito policial na comarca de São Sebastião do Caí, pela prática do delito do art. 213, do Código Penal. A denúncia foi apresentada com a mesma capitulação (estupro). No pé da inicial, o Promotor de Justiça requereu a segregação do denunciado por 15 (quinze) dias para aprofundamento da investigação acerca da autoria e da materialidade, ante indícios da existência de provas ainda ocultas. A postulação foi deferida nos termos do pleito. Considerando-se os dados apresentados, é correto afirmar que se trata de prisão

(A) temporária, que pode ser decretada a qualquer tempo no nosso sistema processual; portanto, é legal.

(B) preventiva, mas que não obedeceu aos pressu-postos do art. 312 do CPP; portanto, é ilegal.

(C) administrativa, dada a sua condição de servidor público.

(D) preventiva, que obedeceu aos pressupostos do art. 312 do CPP; portanto, é legal.

(E) temporária, mas que só tem previsão durante o inquérito policial; portanto, é ilegal.

A prisão temporária, cuja disciplina está na Lei 7.960/89, poderá, em se tratando de crime hediondo ou a ele equiparado, ser decretada pelo prazo de 30 dias, prorrogável por igual período, no caso de comprovada e extrema necessidade. É o teor do art. 2º, § 4º, da Lei 8.072/90 (Crimes Hediondos). Ocorre que esta modalidade de prisão provisória presta-se a viabilizar as investigações do inquérito policial. Findo este, portanto, não há mais que se falar em prisão temporária, que, se perdurar, passa a ser ilegal. Gabarito "E"

(Ministério Público/RS - 2002) Prova do crime, indícios de autoria, conveniência da instrução criminal, garantia da ordem pública e aplicação da lei penal são pres-supostos de:(A) Prisão temporária.(B) Prisão em flagrante.(C) Custódia domiciliar.(D) Prisão preventiva.(E) Medida de segurança.

Art. 312 do CPP. Gabarito "D"

(Ministério Público/SP – 2010) Assinale a afirmativa incor-reta, em relação à prisão preventiva:(A) a prisão preventiva não é admitida nas contraven-

ções penais e nos delitos culposos.(B) a prisão preventiva pode ser decretada, quando

houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.

(C) a apresentação espontânea do acusado à autori-dade policial não impede a decretação da prisão preventiva.

(D) admite-se a prisão preventiva nos crimes que envolvem violência doméstica e familiar contra a mulher, desde que a infração penal seja dolosa e para garantir a execução das medidas urgentes para a proteção da mulher.

(E) admite-se nos crimes dolosos, punidos com reclusão, desde que a pena mínima cominada seja igual ou superior a dois anos.

A: art. 313 do CPP; B: art. 312, parte final, do CPP; C: o art. 317 do CPP foi revogado pela Lei 12.403/11; D: art. 313, III, do CPP; E: a assertiva não está em conformidade com a nova redação do art. 313, I, do CPP. Gabarito "E"

(Ministério Público/SP – 2008) Assinale a alternativa correta.(A) A caracterização do flagrante presumido não

prescinde da perseguição ao agente logo depois da infração.

(B) Não se admite a prisão em flagrante nas infrações de menor potencial ofensivo.

(C) O quebramento da fiança importará a perda de metade do seu valor e a obrigação do acusado de se recolher à prisão.

(D) Admite-se a decretação da prisão preventiva nos casos de contravenção penal e crime culposo se o réu é vadio.

(E) Cabe recurso em sentido estrito da decisão que nega a fiança e da que indefere pedido de revo-gação da prisão preventiva.

A: flagrante presumido ou ficto (art. 302, IV, do CPP) é aquele em que o agente, logo depois do crime, sem ter sido perseguido, é encontrado na posse de instrumentos, armas, objetos ou papéis em circunstâncias que revelem ser ele o autor da infração penal; B: art. 69, p. único, da Lei 9.099/95; C: em vista da nova redação conferida ao art. 343 do CPP pela Lei 12.403/11, o quebramento injustificado da fiança implicará a perda de metade do seu valor, devendo o juiz, neste caso, antes de decretar a prisão preventiva, que constitui medida excepcional, verificar se é cabível a imposição de outras medidas cautelares, à luz do disposto no art. 282, § 6º, do

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4. DirEito ProCESSuAL PENAL – AtuALizAÇÃo Nº 1

CPP; D: art. 313 do CPP. O dispositivo afasta a possibilidade de se decretar a prisão preventiva quando se tratar de crime culposo ou contravenção penal; E: da decisão que nega a fiança cabe recurso em sentido estrito (art. 581, V, do CPP); e da que indefere pedido de revogação da prisão preventiva cabe habeas corpus. Gabarito "C"

(Ministério Público/SP - 2005) Assinale a alternativa incorreta.(A) A fiança será concedida sem a prévia audiência

do Ministério Público.(B) Não será concedida fiança nos crimes punidos

com reclusão em que a pena mínima cominada for superior a dois anos.

(C) Não será concedida fiança quando presentes os motivos que autorizam a prisão preventiva.

(D) A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração punida com detenção ou prisão simples.

(E) A fiança só poderá ser prestada até o oferecimento da denúncia.

A: art. 333 do CPP; B: esta alternativa, dada a modificação ocorrida por força da Lei 12.403/11, está incorreta, visto que, em razão dela, a nova redação do art. 313 do CPP prescreve que somente são inafiançáveis os crimes de racismo, os delitos definidos como hediondos (Lei 8.072/90) e os a eles equiparados, aqueles cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático e também os previstos em leis especiais; C: art. 324, IV, do CPP; D: termos aqui outra alteração promovida pela Lei 12.403/11. A autoridade policial poderá, agora, conceder fiança nas infrações cuja pena privativa de liberdade não seja superior a quatro anos; nos demais casos, somente o juiz; E: a fiança pode ser prestada desde a prisão em flagrante até o trânsito em julgado da sentença condenatória. Gabarito "E"

(Ministério Público/SP - 2005) A prisão temporária (Lei n.º 7.960/89) não poderá ser decretada no crime de(A) tráfico de drogas.(B) seqüestro ou cárcere privado.(C) epidemia com resultado morte.(D) genocídio.(E) perigo de desastre ferroviário.

Art. 1º, III, da Lei 7.960/89. Gabarito "E"

(Defensoria/MA – 2009 – FCC) A Constituição Federal estipula várias disposições pertinentes ao processo penal, com eficácia imediata. A natureza jurídica da necessidade do decreto de uma prisão cautelar, sob este viés, é o de (A) pena antecipada, sendo considerada, em caso de

condenação, no seu tempo de cumprimento. (B) medida excepcional. (C) instrumentalidade do processo penal justo. (D) medida necessária, ainda que não esteja previsto

o requisito do periculum in mora. (E) medida necessária, ainda que não esteja previsto

o requisito do fumus boni juris.

A prisão provisória ou cautelar somente se justifica dentro do ordenamento jurídico quando necessária ao processo; devemos, dessa forma, concebê-la como um instrumento do processo, a ser utilizado em situações excepcionais. Hodiernamente, tendo em conta as mudanças implementada pela Lei 12.403/11, que instituiu as medidas cautelares alternativas à prisão provisória, esta somente terá

lugar diante da impossibilidade de recorrer-se às medidas cautelares. Dessa forma, a prisão, como medida excepcional, deve também ser vista como instrumento subsidiário, supletivo. De outro lado, se a prisão cautelar decorrer de automatismo legal, sem que haja qualquer demonstração de necessidade na decretação da custódia, estaremos antecipando o cumprimento da pena antes do trânsito em julgado, com inevitável violação ao princípio da presunção de inocência, postulado esse de índole constitucional – art. 5º, LVII. Gabarito "B"

(Defensoria/MA – 2009 – FCC) O Defensor Público que por atribuição institucional agir no interesse da vítima poderá, após o representante do Ministério Público receber o auto de prisão em flagrante devidamente relatado e concluído e não oferecer a denúncia no prazo legal, (A) requerer o relaxamento da prisão em flagrante. (B) requerer a liberdade provisória. (C) intentar ação penal privada subsidiária. (D) requerer a revogação da prisão preventiva. (E) representar ao Juiz de Direito para designação

de outro Promotor de Justiça.

Desde que fique caracterizada a desídia do membro do Ministério Público, poderá o defensor, nos crimes de ação penal pública, intentar ação penal privada subsidiária, nos termos dos arts. 29 do CPP e 100, § 3º, do CP. Gabarito "C"

(Defensoria/MA – 2009 – FCC) A decretação da prisão pre-ventiva apenas poderá ter fundamento nas seguintes hipóteses: (A) como garantia da ordem pública, da ordem econô-

mica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.

(B) como garantia da ordem pública, por conveni-ência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.

(C) como garantia da ordem pública, da ordem eco-nômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal.

(D) como garantia da ordem pública, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplica-ção da lei penal.

(E) como garantia da ordem pública, da ordem econô-mica, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria.

Art. 312 do CPP. Gabarito "A"

(Defensoria/MG – 2006) Pode-se afirmar que a prisão preventiva.(A) Deverá ser relaxada se ausentes os motivos que

a autorizam.(B) E a liberdade provisória é institutos de tal forma

antagônica que, expedido o decreto preventivo, não cabe a concessão da liberdade provisória, ainda que cessados os fundamentos da prisão preventiva.

(C) Não pode ser determinada nos crimes punidos com detenção.

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(D) Pode ter como fundamento a garantia da ordem pública, desde que consubstanciada na con-comitante existência de grande clamor público causado pela conduta criminosa e a extrema gravidade do delito.

A: art. 316 do CPP; B: art. 316 do CPP; C: art. 313, I, do CPP; D: basta, para justificar o decreto de prisão preventiva, a garantia da ordem pública, não sendo necessário que o delito imputado ao investigado/acusado tenha adquirido grande destaque na mídia, tampouco que se trate de delito de extrema gravidade. Gabarito "B"

(Defensoria/MT – 2009 – FCC) A prisão preventiva poderá ser decretada(A) nos crimes culposos, para conveniência da ins-

trução criminal. (B) nas contravenções, quando for necessária para

garantia da ordem pública. (C) nos crimes punidos com detenção, se envolverem

violência doméstica ou familiar contra a mulher. (D) nos crimes punidos com reclusão, se o juiz

verificar pelas provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato em legítima defesa.

(E) pelo Ministério Público, na fase pré-processual, quando imprescindível para as investigações do inquérito policial.

Art. 313, III, do CPP. Gabarito "C"

(Defensoria/MT – 2009 – FCC) A decisão que decreta a prisão preventiva do acusado classifica-se doutrina-riamente como (A) interlocutória mista terminativa. (B) interlocutória simples. (C) interlocutória mista não terminativa. (D) definitiva. (E) despacho de mero expediente.

Interlocutórias simples são as decisões que servem para solucionar questão atinente à marcha processual, sem, contudo, ingressar no mérito da causa; as interlocutórias mistas, por seu turno, têm força de definitiva, já que trancam a relação processual sem julgar o mérito da causa. Gabarito "B"

(Defensoria/MT – 2007) Chang-Lang, primário e de bons antecedentes, com residência e emprego fixo, foi preso preventivamente pela prática do crime de furto simples, na modalidade continuada (por seis vezes), invocando o juiz, genericamente, os requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal como fundamento da medida constritiva da liberdade. Nesse caso, é pos-sível ser impetrado habeas corpus em seu favor para(A) conceder-lhe fiança.(B) relaxar-lhe a prisão, por ser primário e de bons

antecedentes.(C) anular o despacho de prisão preventiva, por falta

de fundamentação.(D) conceder-lhe liberdade provisória, sem fiança.(E) relaxar-lhe a prisão, por ter emprego e residência

fixos.

Toda decisão judicial deve ser fundamentada. É o que impõe o art. 93, IX, da CF. Constitui constrangimento ilegal o decreto de custódia preventiva quando o magistrado se limita a reproduzir os termos

genéricos contidos no art. 312 do CPP. Assim tem se posicionado a jurisprudência. Ademais, em se tratando de furto simples, cuja pena máxima cominada é de quatro anos (art. 155, CP), não é admitida, conforme a nova redação do art. 313, I, do CPP, a custódia preventiva. Gabarito "C"

(Defensoria/SE – 2006 – CESPE) Julgue os seguintes itens. (1) A prisão provisória ou cautelar antecipa a análise

da culpabilidade do réu, uma vez que se trata de privação de liberdade destinada a assegurar, antes da sentença definitiva, a eficácia da decisão judicial.

(2) O relaxamento de prisão tem como causa uma prisão em flagrante ilegal, ou seja, em desconfor-midade com o que determina o CPP, enquanto a liberdade provisória tem como causa uma prisão em flagrante legal e, como conseqüência, a liber-dade vinculada do autor do fato.

1: a prisão provisória ou cautelar se justifica dentro do ordenamento jurídico quando necessária ao processo; se concebermos a prisão provisória como um instrumento do processo, utilizado em situa-ções excepcionais, não estaremos, dessa forma, executando a pena privativa de liberdade antes do trânsito em julgado; de outro lado, se a prisão cautelar decorrer de automatismo legal, sem que haja qualquer demonstração de necessidade na decretação da custódia, aí sim, estaríamos antecipando o cumprimento da pena antes do trânsito; 2: art. 5º, LXV e LXVI, da CF. Gabarito 1E, 2C

(Defensoria/SP – 2009 – FCC) Decretada a prisão preven-tiva com fundamento na revelia do acusado citado por edital, o Defensor Público poderá utilizar a seguinte argumentação para rechaçá-la: (A) Há uma súmula do Supremo Tribunal Federal

editada sobre o tema. (B) A revelia somente poderá ser decretada após a

intimação do Defensor Público. (C) A revelia não gera por si só presunção de que o

acusado pretenda se furtar à aplicação da lei penal. (D) O Defensor Público deverá ser notificado da

decretação da prisão preventiva em até 24 horas. (E) Há um tratado internacional do qual o Estado

brasileiro é signatário que prevê expressamente a impossibilidade de prisão preventiva.

A prisão preventiva não deve ser decretada de forma automática, ante a revelia do acusado citado por edital. O juiz somente deverá fazê-lo em face da presença dos requisitos do art. 312 do CPP. Gabarito "C"

(Defensoria/SP – 2007 – FCC) Na véspera do Natal, no plantão judiciário, o defensor público recebe a cópia de um auto de prisão em flagrante de furto tentado (art. 155, c.c. o art. 14, II, do CP). Após atenta leitura, constata que o autuado, recém egresso do sistema prisional, onde cumpriu pena por furto, foi detido pelo segurança de um supermercado quando inseria, den-tro de um isopor exposto para a venda, sete “DVD’s”. Qual a medida a ser requerida ao juiz de plantão?(A) A liberdade provisória do autuado, diante da

ausência de qualquer das hipóteses autorizadoras da prisão preventiva.

(B) O arbitramento de fiança, por se tratar de crime com pena mínima inferior a dois anos de reclusão.

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4. DirEito ProCESSuAL PENAL – AtuALizAÇÃo Nº 1

(C) O relaxamento do flagrante, tendo em vista a sua ilegalidade, diante do não desenvolvimento dos atos executórios da infração penal.

(D) O relaxamento do flagrante, sob o fundamento da insignificância do valor da res furtiva.

(E) A liberdade provisória, em razão da ilegalidade de sua prisão, efetuada por segurança do estabele-cimento comercial.

A conduta do segurança e da autoridade policial que presidiu o flagrante foi equivocada, já que o comportamento do conduzido não se amolda ao tipo prefigurado no art. 155 do Código Penal. Quanto ao delegado, deveria ter procedido na forma do art. 304, § 1º, do CPP, relaxando a prisão em flagrante. Gabarito "C"

(Defensoria/SP – 2006 – FCC) A liberdade provisória poderá ser concedida sem o pagamento da fiança àqueles que, por motivo de pobreza, não tiverem condições de prestá-la. Obriga-se o beneficiário(A) ao comparecimento a todos os atos a que for

convocado e proibição de alteração da residência sem prévia comunicação, somente.

(B) ao comparecimento a todos os atos a que for convocado, proibição de freqüentar determinados lugares e proibição da ausência de mais de oito dias da residência sem comunicação à autoridade.

(C) somente proibição de freqüentar determinados lugares e comunicação prévia à autoridade da alteração de residência.

(D) ao comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas ati-vidades.

(E) ao comparecimento a todos os atos a que for convocado, à proibição de alteração da residên-cia sem prévia comunicação e a proibição da ausência de mais de oito dias da residência sem comunicação à autoridade.

Art. 350 do CPP (com redação alterada pela Lei 12.403/11).

Gabarito "E"

(Defensoria/SP – 2006 – FCC) A falta de testemunhas da infração penal(A) impede a lavratura da prisão em flagrante,

impondo-se o seu relaxamento.(B) não impede a lavratura da prisão em flagrante.(C) não impede a lavratura da prisão em flagrante, mas

é necessária a assinatura de duas pessoas que tenham testemunhado a apresentação do preso.

(D) não impede a lavratura da prisão em flagrante, devendo o condutor prestar o compromisso legal para o ato.

(E) impede a lavratura da prisão em flagrante, devendo a autoridade policial instaurar inquérito, ouvindo o acusado e os condutores.

Art. 304, § 2º, do CPP. Gabarito "C"

(Delegado/GO – 2009 – UEG) Sobre as prisões, é COR-RETO afirmar:(A) a autoridade policial deve comunicar a prisão em

flagrante ao juiz que, caso seja ilegal ou nula, deve, de ofício, conceder a liberdade provisória

sob compromisso; caso não cumprido o compro-misso, a prisão em flagrante será restabelecida.

(B) a custódia cautelar preventiva não pode ser imposta a autor de prática de infração contraven-cional.

(C) o clamor público é, por si só, fundamento válido, conforme entende o Supremo Tribunal Federal, para a decretação da prisão preventiva sob a alegação de violação à ordem pública.

(D) por ser medida cautelar própria da fase investi-gativa, a prisão temporária poderá ser decretada pelo juiz somente mediante representação da autoridade policial, mas, antes de decidir, o magis-trado deve, necessariamente, ouvir o Ministério Público.

A: diante de uma prisão em flagrante ilegal, deve o magistrado, em vista do que dispõe o art. 5º, LXV, da CF, relaxá-la incontinenti, independente de compromisso a ser prestado pelo agente; B: de fato, não há a menor possibilidade de ser decretada nas contravenções penais - art. 313 do CPP; C: o clamor público, por si só, além de não estar inserto no art. 312 do CPP, não é apto a justificar a prisão preventiva; D: a custódia temporária pode, também, ser decretada a requerimento do Ministério Público, conforme prescreve o art. 2º, caput, da Lei 7.960/89. Gabarito "B"

(Delegado/PA – 2009 – MOVENS) A respeito das prisões em flagrante, preventiva e temporária, assinale a opção correta. (A) A prisão temporária será decretada de ofício pelo

juiz, ou em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de cinco dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

(B) Em até 24 horas após a prisão em flagrante, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão acompanhado de todas as oitivas colhidas e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.

(C) É inadmissível a decretação de prisão preventiva em crimes culposos e em infrações punidas, no máximo, com pena de detenção.

(D) Uma vez revogada a prisão preventiva no curso do processo, é vedado ao juiz decretá-la novamente antes do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, exceto nas hipóteses de delitos hediondos, quando a decretação será admitida mais de uma vez.

A: a prisão temporária não pode ser decretada de ofício pelo juiz, que depende, para ordená-la, de requerimento do Ministério Público ou de representação do delegado de polícia; B: art. 306, § 1º, do CPP (redação alterada pela Lei 12.403/11); C: é de fato inadmissível sua decretação nos crimes culposos, sendo, todavia, possível decretar-se a prisão preventiva nos delitos punidos com detenção nas circunstâncias do art. 313, I, II e III, do CPP; D: art. 316 do CPP. Gabarito "B"

(Delegado/PI – 2009 – UESPI) A apresentação espontânea do acusado: (A) não impede que a autoridade policial represente

pela decretação de sua prisão preventiva.

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(B) é o único meio de impedir que a apelação inter-posta contra sentença absolutória tenha efeito suspensivo.

(C) é causa de revogação imediata de prisão preven-tiva anteriormente decretada.

(D) impede o indiciamento e garante ao acusado o direito de não ser recolhido à prisão durante o curso do inquérito e da instrução criminal.

(E) enseja o trancamento do inquérito por falta de justa causa, uma vez que foi demonstrado o intuito colaborativo do acusado.

O art. 317 do CPP foi revogado pela Lei 12.403/11. Gabarito "A"

(Delegado/SC – 2008) Ocorre o chamado “flagrante facul-tativo” quando (...) Assinale a alternativa correta que completa a frase acima.(A) A prisão em flagrante se dá no momento em que

alguém está no cometimento da infração penal.(B) A prisão em flagrante é efetuada por qualquer do

povo.(C) A prisão em flagrante é efetuada pela autoridade

policial ou por seus agentes.(D) A prisão em flagrante se dá por crime a que a lei

comina pena de detenção.

Art. 301, 1ª parte, do CPP. Gabarito "B"

(Delegado/SC – 2008) Nos crimes permanentes o agente poderá ser preso em flagrante delito:(A) já nas fases de cogitação e preparação do crime.(B) depois de cessada a permanência.(C) no instante do cometimento da primeira infração.(D) enquanto não cessar a permanência.

Art. 303 do CPP. Gabarito "D"

(Delegado/SC – 2008) Analise as alternativas e assinale a correta.(A) o Presidente da República, durante o seu man-

dato, nas infrações penais comuns, não está sujeito a nenhuma modalidade de prisão provi-sória.

(B) Dentro de vinte e quatro horas depois da lavratura do auto de prisão em flagrante será dada ao preso nota de culpa assinada pela autoridade policial competente, constando o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas.

(C) Em qualquer fase da persecução criminal relativa ao crime de tráfico de drogas será permitido, mediante autorização judicial, o “flagrante prote-lado”.

(D) A “prisão para averiguação” consiste na privação momentânea à liberdade de alguém, fora das hipóteses de flagrante e sem ordem escrita do juiz competente, com a finalidade de investiga-ção. Segundo a lei processual penal brasileira, a autoridade policial pode determiná-la diretamente, pelo prazo de 24 horas, desde que estejam pre-enchidos os mesmos requisitos para a decretação da prisão preventiva.

A: art. 86, § 3º, da CF; B: art. 306, § 2º, do CPP. O termo inicial do prazo é a prisão do conduzido; C: art. 53, II, da Lei 11.343/06; D: art. 5º, LXI, da CF; e art. 283 do CPP (redação dada pela Lei 11.403/11). Gabarito "A"

(Delegado/SC – 2008) Correlacione a segunda coluna de acordo com a primeira, considerando as modalida-des de flagrante com os seus respectivos conceitos. (1) Flagrante próprio (2) Flagrante impróprio (3) Flagrante ficto ou assimilado ( 4 ) Flagrante espe-rado (5) Flagrante preparado ( ) Ocorre quando o agente é preso, logo depois de cometer a infração, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele o autor da infração. ( ) Ocorre quando a ação policial aguarda o momento da prática delituosa, valendo-se de investigação anterior, para efetivar a prisão, sem utilização de agente provocador. ( ) Ocorre quando o agente é perseguido, logo após cometer o delito, pelo ofen-dido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração. ( ) Ocorre quando alguém provoca o agente à prática de um crime, ao mesmo tempo em que toma providências para que o mesmo não se consume. ( ) Ocorre quando o agente é surpreendido cometendo uma infração penal ou quando acaba de cometê-la. A seqüência correta, de cima para baixo, é:(A) 4 - 3 - 2 - 1 - 5(B) 2 - 4 - 1 - 5 - 3(C) 5 - 1 - 3 - 2 - 4(D) 3 - 4 - 2 - 5 - 1

(1) flagrante próprio ou perfeito: art. 302, I e II, do CPP; (2) fla-grante impróprio ou imperfeito: art. 302, III, do CPP; (3) flagrante ficto, presumido ou assimilado: art. 302, IV, do CPP; (4) flagrante esperado: a polícia aguarda o momento de agir. Constitui hipótese viável de flagrante, na medida em que não há induzimento ou instigação; (5) flagrante preparado ou provocado: é hipótese de crime impossível (art. 17 do CP), conforme Súmula 145 do STF.

Gabarito "D"

(Delegado/SC – 2008) O policial civil “Tício”, visando à prisão de “Mévio”, conhecido traficante da Capital, se passou por consumidor e dele comprou 10 pape-lotes de cocaína, provocando a negociação (venda da droga). Quando o traficante retirou a droga e a entregou para o policial, outros dois policiais civis, “Caio” e “Linus”, efetuaram a prisão de “Mévio” em flagrante delito. Nesse caso, é correto afirmar que:(A) a prisão em flagrante do traficante é ilegal, pois

a negociação (venda) configura delito putativo por obra do agente provocador, configurando, portanto, crime impossível.

(B) a prisão em flagrante do traficante é lícita e não se dá pela compra e venda simulada, mas sim pelo fato de o traficante, espontaneamente, trazer con-sigo droga, que é uma modalidade permanente do crime em questão.

(C) a prisão em flagrante do traficante é lícita, mas o policial civil “Tício” deverá também responder por crime de tóxico, pois adquiriu ilicitamente substância entorpecente.

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(D) a prisão em flagrante do traficante é ilícita, pois os agentes induziram a prática criminosa, devendo os policiais civis “Tício”, “Caio” e “Linus” responder por crime de abuso de autoridade.

A jurisprudência tem entendido inaplicável, nesses casos, a Súmula 145 do STF. A esse respeito: STJ, HC 9.689-SP, 5ª T., rel. Min. Gilson Dipp, de 7.10.1999. Gabarito "B"

(Delegado/SP – 2008) Quando o beneficiário não cumpre as condições que lhe foram impostas para gozar da liberdade provisória mediante fiança, fala-se em(A) quebramento da fiança.(B) cassação da fiança;(C) reforço da fiança.(D) inidoneidade da fiança.(E) perdimento da fiança.

Fala-se em quebramento sempre que o réu, devidamente intimado, deixa de comparecer sem motivo justo; quando deliberadamente pratica ato de obstrução ao andamento do processo; quando des-cumpre medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança; quando resiste injustificadamente a ordem judicial; e quando pratica nova infração penal dolosa (conforme nova redação dada ao art. 341 do CPP). Gabarito "A"

(Delegado/SP – 2008) Denomina-se testemunha fedataria(A) aquela que prestou informes fidedignos no pro-

cesso.(B) aquela que foi referida por outra testemunha.(C) aquela que acompanhou a leitura do auto de

prisão em flagrante na presença do acusado.(D) aquela que funcionou como informante sem

prestar compromisso de dizer a verdade.(E) aquela que se encontra protegida por lei.

Testemunha fedatária ou instrumentária é a que atesta a regularidade, a legalidade de um ato (art. 304, §§ 2º e 3º, do CPP). Gabarito "C"

(Delegado/SP – 2008) Dentre os requisitos legais para decretação da prisão preventiva do indiciado não se encontram (A) a materialidade delitiva e o indicio de autoria.(B) a garantia de ordem pública e a conveniência da

instrução penal.(C) a conveniência da instrução penal e a garantia de

ordem econômica.(D) a garantia de aplicação da lei penal e a conveni-

ência da instrução penal.(E) a perpetração de crime hediondo e a proteção

estatal do réu.

Art. 312 do CPP. O cometimento de crime hediondo ou assemelhado, por si só, não pode constituir motivo bastante para decretação da prisão preventiva. A proteção ao réu, da mesma forma, não autoriza seu encarceramento. Compete a ele cercar-se dos cuidados neces-sários para proteger-se. Gabarito "E"

(Analista Judiciário/TJRJ – 2008 – CESPE) Em uma ronda de rotina, policiais militares avistaram Euclides, primário, mas com maus antecedentes, portando várias jóias e relógios. Consultando o sistema de comunicação da viatura policial, via rádio, os poli-

ciais foram informados de que havia uma ocorrência policial de furto no interior de uma residência na semana anterior, no qual foram subtraídos vários relógios e jóias, que, pelas características, indica-vam serem os mesmos encontrados em poder de Euclides. Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta.(A) Euclides deverá ser preso em flagrante delito, na

modalidade flagrante presumido.(B) Euclides deverá ser preso em flagrante delito, na

modalidade flagrante próprio.(C) Euclides deverá ser preso em flagrante delito, na

modalidade flagrante retardado.(D) Euclides deverá ser preso em flagrante delito, na

modalidade flagrante impróprio.(E) Euclides não deverá ser preso, pois não há que

se falar em flagrante no caso mencionado.

A expressão logo depois, inserta no inciso IV do art. 302 do CPP (flagrante presumido ou ficto), tem a conotação de imediatidade, não se podendo, portanto, a ela conferir elasticidade temporal em demasia. A expressão não comporta um interregno superior a algumas horas. Gabarito "E"

(Magistratura Federal – 5ª Região – 2005 – CESPE) Julgue o item seguinte. (1) De acordo com a orientação do STJ, o direito do

advogado, ou de qualquer outro preso especial, deve circunscrever-se à garantia de recolhimento em local distinto da prisão comum. Não havendo estabelecimento específico, poderá o preso ser recolhido a cela distinta da prisão comum, obser-vadas as condições mínimas de salubridade e dignidade da pessoa humana.

1: julgados recentes do STJ firmaram o posicionamento segundo o qual o advogado comprovadamente inscrito nos quadros da OAB tem direito a permanecer provisoriamente preso em sala de Estado-maior, com instalação e comodidades dignas, ou, à sua falta, em prisão domiciliar (art. 7º, V, da Lei 8.906/94). Nesse sentido: HC 129.722-RS, rel. Min. Og Fernandes, j. 20.10.09.

Gabarito 1C

(Magistratura Federal – 5ª Região – 2007 – CESPE) Julgue o item seguinte. (1) Segundo o princípio da necessidade, não mais

existe na legislação brasileira prisão preventiva pela natureza da infração penal, nem mesmo quando se trata de crimes hediondos.

1: por este princípio, não há mais que se falar em automatismo legal, ou seja, a prisão cautelar somente será decretada quando absolutamente indispensável a uma eficiente prestação jurisdi-cional, independentemente da natureza do crime. Gabarito 1C

(Magistratura Federal – 5ª Região – 2007 – CESPE) Considere a seguinte situação hipotética. Efetuando diligên-cias rotineiras na rodoviária de determinada cidade às 14 h, a polícia abordou uma pessoa em atitude suspeita e, revistando-a, localizou em seu poder grande quantia em dinheiro, além de um aparelho celular de cor rosa. Estranhando tais fatos, a polícia efetuou ligações telefônicas para alguns números

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de telefone que constavam na agenda do aparelho, logrando descobrir que a dona do celular havia sido vítima de crime de roubo no mesmo dia, por volta das 9 h. Nessa situação, a prisão em flagrante de tal pessoa é legal. Há, no caso, flagrante presumido, pois a pessoa foi encontrada com objetos que fizeram presumir ser ela o autor da infração.

Art. 302, IV, do CPP. Gabarito "C"

(Defensoria Pública da União – 2007 – CESPE) Ocorre o fla-grante esperado quando alguém provoca o agente à prática do crime e, ao mesmo tempo, toma providên-cia para que tal crime não se consume. Nesse caso, entende o STF que há crime impossível.

Trata-se do chamado flagrante preparado ou provocado (delito de ensaio), que constitui modalidade de crime impossível (art. 17, CP). Neste caso, o agente provocador leva o autor à prática do crime, viciando a sua vontade, e, feito isso, o prende em flagrante. A conduta é atípica, segundo posição do STF esposada na Súmula 145: “Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível sua consumação”. Diferentemente, no flagrante esperado, a polícia ou o terceiro aguarda o cometimento do crime. Não há que se falar, pois, em induzimento. Gabarito "E"

(Delegado Federal – 2004 – CESPE) Julgue o item seguinte. (1) Considere a seguinte situação hipotética. Evandro

é acusado de prática de homicídio doloso simples contra a própria esposa. Nessa situação, recebida a denúncia pelo juiz competente, é cabível a decretação da prisão temporária de Evandro, com prazo de 30 dias, prorrogável por igual período, haja vista tratar-se de crime hediondo.

1: conforme preleciona o art. 1º, I, da Lei 7.960/89, a prisão tempo-rária é uma modalidade de prisão provisória destinada a viabilizar as investigações acerca de crimes graves durante a fase de inquérito policial. Ademais disso, o prazo de trinta dias de prisão temporária a que alude o art. 2º, § 4º, da Lei 8.072/90 só incidirá nos crimes previstos nessa legislação. O homicídio simples (art. 121, caput, CP) só será considerado hediondo quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que por um só agente (art. 1º, I, Lei 8.072/90). Gabarito 1E

(Delegado Federal – 2004 – CESPE) Julgue o item seguinte. (1) Em face de crime de ação penal privada, é cabível

a decretação de prisão preventiva.

1: art. 311 do CPP. A decretação da prisão preventiva pode ocorrer tanto na ação penal pública quanto na ação penal privada. Gabarito 1C

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4. Direito Processual Penal – Atualização nº 1

Eduardo Dompieri

4.20. Execução Penal

(Magistratura/AL – 2007 – FCC) Na execução de uma pena privativa de liberdade,(A) cabe remição da pena em um dia a cada cinco

dias trabalhados.(B) é permitida a saída do estabelecimento a conde-

nados que cumprem pena em regime fechado, semi-aberto, mas não aos presos provisórios, mediante escolta.

(C) é possível a saída temporária aos que cumprem pena em regime semi-aberto, sem vigilância direta.

(D) é possível sujeitar o condenado, mas não o preso provisório, a regime disciplinar diferenciado.

(E) será possível a progressão de regime se o preso tiver cumprido um quarto da pena no regime ante-rior e ostentar bom comportamento carcerário.

A: art. 126, § 1º, II, da LEP (modificado pela Lei 12.433/11); B: arts. 120 e 121 da LEP; C: art. 122 da LEP; D: art. 52 da LEP; E: art. 112 da LEP. Gabarito "C"

(Magistratura/AL – 2008 – CESPE) Com base na Lei de Execução Penal (LEP) e acerca dos direitos, deveres e disciplina do preso e (ou) condenado, assinale a opção correta.(A) O princípio da legalidade não se aplica ao

regime disciplinar previsto na LEP, de forma que é possível haver falta disciplinar que não esteja prevista expressamente em lei ou regulamento, a depender de ato do diretor do presídio, ratificado pelo juiz competente.

(B) Não sendo possível identificar o preso que deu início a motim em um corredor do presídio, o diretor do estabelecimento poderá aplicar sanção disciplinar coletiva.

(C) O preso provisório não se submete ao regime disciplinar diferenciado, que é aplicável somente ao condenado definitivamente a pena privativa de liberdade.

(D) Sujeita-se ao regime disciplinar diferenciado o condenado sobre o qual recaiam fundadas suspei-tas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando.

(E) A inclusão no regime disciplinar diferenciado pode ser aplicada por ato motivado do diretor do esta-belecimento prisional, com posterior homologação pelo juiz da execução.

A: o princípio da legalidade aplica-se, sim, ao regime disciplinar previsto na LEP, que contempla, por conta disso, um rol taxativo de faltas disciplinares; B: art. 45, § 3º, da LEP. É mister que a conduta de cada preso seja individualizada; C: art. 52, caput e § 1º, da LEP; D: art. 52, § 2º, da LEP; E: art. 60, caput, da LEP. Gabarito "D"

(Magistratura/DF – 2007) Cícero, cumprindo pena na penitenciária do Distrito Federal, requer, na Vara de Execuções Criminais, livramento condicional. O juiz, ao final, indefere o pedido. Inconformado, Cícero pode interpor:(A) o recurso de agravo;(B) o recurso em sentido estrito;(C) o recurso de apelação;(D) a revisão criminal executória.

Art. 197 da LEP. Gabarito "A"

(Magistratura/MG - 2007) Segundo as disposições da Lei de Execução Penal (LEP, artigo 117), o recolhimento em residência particular será admitido, quando se tratar de:(A) condenada gestante, independentemente do

regime prisional.(B) condenado acometido de doença grave, ainda

que em regime fechado.(C) condenada com filho menor ou deficiente físico

ou mental, desde que em regime semi-aberto.(D) condenado maior de 70 (setenta) anos, desde que

em regime aberto.

É a chamada prisão albergue domiciliar. Somente será permitida, conforme preleciona o art. 117 da LEP, ao beneficiário de regime aberto que se encontra nas condições especiais contidas nos incisos do dispositivo legal. Gabarito "D"

(Magistratura/MG - 2007) Na condição de órgão da exe-cução penal, incumbe ao Conselho Penitenciário, EXCETO(A) emitir parecer sobre comutação de pena.(B) supervisionar os patronatos.

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(C) emitir parecer sobre indulto com base no estado de saúde do preso.

(D) apresentar, no primeiro trimestre de cada ano, ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, relatório dos trabalhos efetuados no exercício anterior.

Art. 70 da LEP. Gabarito "C"

(Magistratura/MG – 2008) A sentença que decide sobre a progressão do regime de cumprimento da pena é recorrível por:(A) agravo.(B) apelação.(C) recurso em sentido estrito.(D) correição parcial.

Art. 197 da LEP. Gabarito "A"

(Magistratura/MG – 2008) No curso da execução da pena, sobreveio a insanidade mental do réu, apurada em regular perícia médica. Que providência deve ser adotada pelo Juiz da Execução, em relação ao réu:(A) colocá-lo em liberdade.(B) recolhê-lo a uma prisão albergue.(C) interná-lo em estabelecimento adequado.(D) declarar extinta a punibilidade.

Art. 183 da LEP. Gabarito "C"

(Magistratura/MT – 2009 – VUNESP) Consoante à Lei de Exe-cução Penal, somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular quando se tratar de (A) servidor judicial condenado por crime culposo. (B) condenação por fato definido como crime culposo. (C) condenada gestante. (D) condenado maior de 60 (sessenta) anos. (E) condenado que se comprometer a não se ausen-

tar da cidade.

É a chamada prisão albergue domiciliar, que somente terá lugar, nos termos do disposto no art. 117 da LEP, quando se tratar de beneficiário de regime aberto que se encontrar nas condições especiais contidas nos incisos do dispositivo legal, entre eles a gestante. Gabarito "C"

(Magistratura/PA – 2008 – FGV) O Ministério Público requer ao juiz a suspensão e posterior revogação de livra-mento condicional, isso porque o apenado foi preso durante o período de prova e terminou condenado pela prática de novo crime. Aludindo ao fato de que, embora a condenação pelo novo crime tenha sido proferida durante o período de prova do livramento, o trânsito em julgado somente ocorreu após o término do citado livramento, o juiz indeferiu o requerimento do Ministério Público. Dessa decisão:(A) não cabe recurso.(B) cabe apelação.(C) cabe recurso em sentido estrito.(D) cabe agravo.(E) cabe carta testemunhável.

Art. 197 da LEP. Gabarito "D"(Magistratura/RS – 2009) Considere as assertivas abaixo sobre execução penal.

I. Quando no curso da execução da pena privativa de liberdade sobrevier doença mental, o magis-trado, a pedido do Ministério Público, poderá determinar a substituição da pena por medida de segurança.

II. O juízo da execução penal poderá realizar a conversão da pena privativa de liberdade, não superior a dois anos, em restritiva de direitos, desde que cumpridos os requisitos legais.

III. O recurso adequado para atacar a decisão do magistrado que indeferiu a progressão do regime fechado ao semiaberto é o agravo em execução, que será recebido nos efeitos devolutivo e sus-pensivo.

Quais são corretas? (A) Apenas I (B) Apenas II (C) Apenas III (D) Apenas I e II (E) I, II e II

I: art. 183 da LEP – Lei 7.210/84; II: a conversão poderá ser realizada desde que atendidos os requisitos listados no art. 180 da LEP; III: o agravo em execução, previsto no art. 197 da LEP, não comporta, em regra, efeito suspensivo. Este recurso obedece ao rito estabe-lecido para o recurso em sentido estrito (arts. 582 a 592 do CPP). Proposição, portanto, errada. Gabarito "D"

(Magistratura/SC – 2009) Assinale a alternativa INCOR-RETA: (A) De acordo com o art. 49 da Lei de Execução

Penal, as faltas disciplinares médias e leves deverão ser instituídas por lei local.

(B) Em se tratando de falta disciplinar, pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada.

(C) Comete falta grave o condenado a pena restritiva de direitos que provocar acidente de trabalho.

(D) O regime disciplinar diferenciado, ainda que por ato motivado, não pode ser aplicado pelo diretor do estabelecimento penal.

(E) Nos termos do parágrafo único do art. 44 da Lei de Execução Penal, não estão sujeitos às sanções disciplinares os internados submetidos a medida de segurança.

A: art. 49, caput, segunda parte, da LEP; B: é o teor do p. único do art. 49 da Lei de Execução Penal – Lei 7.210/84, que equi-para a falta consumada à tentada no que toca à punição; C: só incorrerá na falta grave prevista no art. 50, IV, da LEP (provocar acidente de trabalho) o condenado à pena privativa de liberdade; o condenado submetido a pena restritiva de direitos cometerá falta grave se praticar qualquer das condutas previstas no art. 51 da LEP; D: nos termos do art. 54 da LEP, a inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado dependerá de provocação do diretor do presídio, de manifestação do MP e, ao final, a decisão a respeito da necessidade da medida deverá ser fundamentada (art. 93, IX, CF); E: as medidas de segurança não foram inseridas no dispositivo. Gabarito "C"

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4. DirEito ProCESSuAL PENAL – AtuALizAÇÃo Nº 1

(Magistratura/SC – 2009) Acerca da Lei de Execuções Penais, é correto afirmar: (A) O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico

destina-se exclusivamente aos inimputáveis. (B) O mesmo conjunto arquitetônico não poderá

abrigar estabelecimentos penais de destinação diversa, ainda que devidamente isolados.

(C) A União Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios poderão construir penitenciárias des-tinadas, exclusivamente, aos presos provisórios e condenados que estejam em regime fechado, sujeitos ao regime disciplinar diferenciado.

(D) A cadeia pública destina-se ao condenado, com sentença transitada em julgado, a pena de reclu-são, em regime fechado.

(E) A Casa do Albergado destina-se, preferencial-mente, ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime semiaberto.

A: o hospital de custódia e tratamento, local adequado àqueles submetidos à medida de segurança de internação, destina-se, nos termos do disposto no art. 99, caput, da LEP, aos inimputáveis e também aos semi-imputáveis; B: a proposição está em descon-formidade com o art. 82, § 2º, da LEP, que prevê a possibilidade de o mesmo conjunto arquitetônico (complexo de prédios) reunir estabelecimentos de destinação diversa, desde que devidamente isolados; C: assertiva em conformidade com o disposto no art. 87, p. único, da Lei de Execução Penal; D: trata-se do estabelecimento destinado a acolher presos provisórios – art. 102, LEP; E: é o estabelecimento destinado a abrigar aquele que se encontra no cumprimento da pena em regime aberto, bem como os que devem cumprir a pena restritiva de direito consistente em limitação de fim de semana – art. 93, LEP. Gabarito "C"

(Magistratura/SC – 2009) De acordo com a Lei n.º 7.210/84, assinale a alternativa correta: (A) Quando houver condenação por mais de um

crime, no mesmo processo ou em processos dis-tintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição.

(B) O tempo remido não será computado para a concessão de livramento condicional e indulto.

(C) O condenado que cumpre pena em regime fechado não poderá remir, pelo trabalho, parte do tempo de execução da pena.

(D) Os reeducandos que cumprem pena em regime semiaberto poderão obter autorização para saída temporária do estabelecimento, com vigilância direta, para visita à família.

(E) O juiz não poderá, de ofício, modificar as condi-ções estabelecidas para concessão de regime aberto.

A: art. 111, caput, da LEP; B: com a nova redação dada ao art. 128 da LEP pela Lei 12.433/11, consolida-se o entendimento segundo o qual o tempo remido deve ser computado como pena cumprida, para todos os efeitos; C: será beneficiado pela remição por meio do trabalho o condenado que cumpre pena em regime fechado ou semiaberto – art. 126, caput, da LEP. Neste ponto, não houve nenhuma mudança legislativa. Cremos que uma das grandes inovações trazidas pela Lei 12.433/11 consiste na remição pelo

estudo, tema que, a despeito de estar reconhecido na Súmula 341 do STJ, reclamava uma legislação que lhe desse parâmetros para viabilizar sua aplicação. E ela veio com a Lei 12.433/11, que inseriu tal possibilidade no art. 126 da LEP; D: a saída temporária do condenado que cumpre pena em regime semiaberto para visitar a família – art. 122, I, da LEP – dispensa a vigilância direta. Vide Lei 12.258/10, que disciplinou os casos de vigilância indireta; E: art. 116 da LEP. Gabarito "A"

(Magistratura/SC – 2008) Assinale a alternativa correta, de acordo com a orientação majoritária da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal:(A) O condenado que cometer falta grave durante o

cumprimento da pena não perde os dias remidos em face do princípio do direito adquirido.

(B) O condenado que cometer falta grave durante o cumprimento da pena perde metade dos dias remidos.

(C) O condenado que cometer falta grave durante o cumprimento da pena perde os dias remidos.

(D) O condenado que cometer falta grave durante o cumprimento da pena perde os dias remidos na proporção do restante da pena a cumprir.

(E) O condenado que cometer falta grave durante o cumprimento da pena não perde os dias remidos em face do princípio da coisa julgada.

Em vista das alterações implementadas na LEP pela Lei 12.433/11, estabeleceu-se, no caso de cometimento de falta grave, uma pro-porção máxima em relação à qual poderá se dar a perda dos dias remidos. Assim, diante da prática de falta grave, poderá o juiz, em vista da nova redação do art. 127 da LEP, revogar no máximo 1/3 do tempo remido, devendo a contagem recomeçar a partir da data da infração disciplinar. Gabarito "C"

(Magistratura/SC – 2008) Assinale a alternativa INCOR-RETA:(A) Segundo a Lei de Execução Penal, o condenado

que cumpre pena em regime fechado poderá obter saída temporária de 7 (sete) dias para visitar a família.

(B) O condenado com mais de 70 (setenta) anos, beneficiário do regime aberto, poderá cumprir a pena em residência particular.

(C) Sem óbice no princípio da coisa julgada, o juiz pode alterar, motivadamente, a forma de cumpri-mento da pena de limitação de fim de semana.

(D) Quando houver condenação por mais de um crime, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas.

(E) Obter ocupação lícita em tempo razoável é condição obrigatória imposta ao beneficiário do livramento condicional.

Arts. 120 a 125 da LEP. A saída temporária a que alude o art. 122 da LEP destina-se aos presos que cumprem pena em regime semiaberto. Gabarito "A"

(Magistratura/SP – 2007) Antônio veio a ser condenado por crime de tráfico de entorpecentes. A decisão transitou em julgado. Agora, na fase de execução da sentença, o réu foi transferido para presídio situado em comarca distinta da originária. Postula, então,

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seja em seu favor aplicado o princípio da novatio legis in mellius. Indaga-se se a postulação é cabível e, caso afirmativo, a quem deve ser dirigida.(A) É cabível, sendo competente o Tribunal de Justiça

em sede de revisão criminal.(B) Não é cabível porque a sentença transitou em

julgado, não mais podendo ser revista.(C) É cabível, sendo competente a vara pela qual

tramita a execução penal.(D) É cabível, sendo necessariamente deduzida na

vara de origem.

Art. 66, I, da LEP e Súmula 611 do STF. Gabarito "C"

(Magistratura/SP – 2007) Maria, durante certo tempo, apropriou-se indevidamente de certas quantias de uma agência bancária, de que era funcionária. Corre-ram três inquéritos e, por malícia do banco, um deles processado em Delegacia de Polícia distinta. Em razão do primeiro e segundo inquéritos, apensados, sobreveio sentença condenatória que reconheceu a continuidade delitiva. O terceiro também rendeu ensejo a outra ação criminal de que resultou nova condenação de Maria, ratificados ambos os decisó-rios em segundo grau. Em tais circunstâncias, qual medida poderá ser diligenciada em seu prol?(A) Nenhuma, por ocorrer trânsito em julgado que

confirmou a condenação.(B) Requerimento ao Superior Tribunal de Justiça,

por encontrar-se esgotada a jurisdição estadual.(C) Revisão criminal perante o Tribunal de Justiça.(D) Unificação de penas.

Art. 66, III, a, da LEP. Gabarito "D"

(Magistratura/TO – 2007 – CESPE) Considere que Waleska tenha sido condenada pela prática de crime de roubo, com sentença transitada em julgado, à pena de 5 anos e 4 meses a ser cumprida em regime semi-aberto. Considere, ainda, a inexistência de vaga em colônia agrícola ou em colônia penal industrial ou em estabelecimento similar. Nesse caso, Waleska deve(A) permanecer em liberdade, se por outro motivo

não se encontrar presa, até que surja vaga em estabelecimento adequado.

(B) aguardar em regime fechado o surgimento de vaga em estabelecimento adequado à execução do regime semi-aberto.

(C) ser submetida a prisão domiciliar.(D) cumprir pena em colônia agrícola ou colônia

penal industrial ou em estabelecimento similar na comarca mais próxima, dentro do mesmo estado.

A esse respeito, vide o julgado: STF, HC 87.985-SP, 2ª T., rel. Min. Celso de Mello, 20.3.2007. Gabarito "A"

(Ministério Público/AM – 2008 – CESPE) Acerca da execução penal, assinale a opção correta.(A) Entende o STF que, em caso de cometimento de

falta grave pelo preso durante o cumprimento da pena, haverá a perda dos dias remidos, aplicando-se analogicamente o disposto no art. 58 da Lei de Execução Penal, para limitar a perda a trinta dias.

(B) Havendo rebelião em um pavilhão do presídio, não se podendo identificar ao certo quem deu início a ela, é cabível a punição de todos os condenados desse pavilhão.

(C) Segundo a Lei de Execução Penal, a tentativa é punida com sanção mais branda do que a corres-pondente à falta consumada.

(D) Em caso de regime disciplinar diferenciado, o tempo de isolamento ou inclusão preventiva no regime não será computado no período de cum-primento da sanção disciplinar.

(E) É nula a decisão judicial que transfere o senten-ciado do regime fechado para o regime semi-aberto, sem oitiva e anuência prévias do MP.

A: neste caso, ante a mudança implementada no art. 127 da LEP pela Lei 12.433/11, o juiz poderá revogar até 1/3 do tempo remido; B: art. 45, § 3º, da LEP. É a consagração do princípio da responsa-bilidade pessoal, razão pela qual é necessária a identificação dos participantes e individualização das condutas; C: art. 49, p. único, da LEP; D: art. 60, p. único, da LEP; E: art. 112, § 1º, da LEP. Gabarito "E"

(Ministério Público/ES – 2010 – CESPE) A respeito dos inci-dentes de execução penal, assinale a opção correta.(A) Não há previsão legal para a conversão de pena

de limitação de fim de semana em privativa de liberdade.

(B) A legitimidade para requerer a concessão de indulto individual foi atribuída por lei apenas ao sentenciado e ao MP.

(C) O tratamento ambulatorial pode ser convertido em internação se o agente revelar incompatibilidade com a medida, quando inexiste prazo mínimo de internação.

(D) Contra as decisões proferidas pelo juiz das execuções cabe recurso de agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de cinco dias.

(E) Quando, no curso da execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental ou pertur-bação da saúde mental do sentenciado, o juiz, de ofício, deverá decretar a extinção da punibilidade.

A: esta possibilidade está prevista no art. 181, § 2º, da LEP; B: além do sentenciado e do MP, têm legitimidade para requerer o indulto individual o Conselho Penitenciário e a autoridade administrativa (art. 188, LEP); C: art. 184, p. único, da LEP; D: proposição em conformidade com o art. 197 da LEP; E: neste caso, deverá o juiz, em vista do disposto no art. 183 da LEP, determinar a substituição da pena por medida de segurança. Gabarito "D"

(Ministério Público/ES – 2005) De acordo com a lei 7.210/84 e de acordo com a Jurisprudência atual do Supremo Tribunal Federal, das decisões proferidas pelo Juiz das Execuções caberá:(A) agravo no prazo de 10 dias, sem efeito suspensivo.(B) agravo no prazo de 5 dias, sem efeito suspensivo.(C) agravo no prazo de 5 dias, com efeito suspensivo.(D) apelação no prazo de 15 dias, com efeito suspen-

sivo.(E) agravo no prazo de 10 dias, com efeito suspen-

sivo.

Art. 197 da LEP. Gabarito "B"

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4. DirEito ProCESSuAL PENAL – AtuALizAÇÃo Nº 1

(Ministério Público/GO – 2005) O regime disciplinar dife-renciado foi introduzido no Brasil pela Lei nº 10.792, de 1º de dezembro de 2003. Em relação às regras estabelecidas para o referido regime, analise as assertivas:I. A prática de fato definido como contravenção

penal constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado

II. A duração máxima do regime disciplinar diferen-ciado é de 360 dias, sem prejuízo da sanção por nova falta grave da mesma espécie, até o limite de 1/6 da pena aplicada

III. A autoridade administrativa (diretor do presí-dio ou cadeia) poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de 10 dias, mas a inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do fato, dependerá de despacho prévio e fundamentado do juiz da execução penal no prazo máximo de 15 dias

IV. No regime disciplinar diferenciado o preso terá direito de receber visitas semanais somente de 02 pessoas, com duração de 02 horas

(A) as assertivas I, II e III estão corretas(B) as assertivas II, III e IV estão corretas(C) as assertivas II e III estão corretas(D) todas as assertivas estão corretas

I: art. 52, caput, da LEP; II: art. 52, I, da LEP; III: art. 60, caput, da LEP; IV: art. 52, III, da LEP. Gabarito "C"

(Ministério Público/MG – 2010.2) Segundo o que dispõe a Lei de Execução Penal (Lei n. 7.210/1984), é INCORRETO afirmar(A) que, para o preso provisório, o trabalho interno é

obrigatório.(B) que o direito à assistência material estende-se ao

egresso.(C) que a tentativa de falta disciplinar é punida com

a sanção da falta consumada.(D) que o Patronato é Órgão da Execução Penal.

A: de fato, o trabalho para o preso provisório é facultativo, nos exatos termos do art. 31, p. único, da LEP; B: arts. 10, p. único, e 11, I, da LEP; C: art. 49, p. único, da LEP; D: art. 61, VI, da LEP. Gabarito "A"

(Ministério Público/MG – 2010.1) Assinale a alternativa CORRETA. Nos termos do que dispõe a Lei de Exe-cução Penal (Lei nº 7.210/1984), compete ao Conse-lho Penitenciário emitir parecer sobre os pedidos de(A) saídas temporárias.(B) comutação de pena.(C) anistia.(D) regressão no regime prisional.(E) detração penal.

Art. 70, I, da LEP. Gabarito "B"(Ministério Público/PR – 2008) Assinale a alternativa INCORRETA:(A) A Cadeia Pública destina-se ao recolhimento de

presos provisórios.(B) O condenado a quem sobrevier doença mental

será internado em Hospital de Custódia e Trata-mento Psiquiátrico.

(C) O condenado que cumpre pena em regime fechado ou semi-aberto poderá remir, pelo tra-balho, parte do tempo de execução da pena.

(D) O tempo remido não será computado para a concessão do livramento condicional e indulto.

(E) Haverá excesso ou desvio de execução sempre que algum ato for praticado além dos limites fixados na sentença, em normas legais ou regu-lamentares.

A: art. 102 da LEP; B: art. 183 da LEP; C: art. 126 da LEP; D: art. 128 da LEP (o tempo remido será computado como pena cumprida para todos os efeitos – redação conferida pela Lei 12.433/11); E: art. 185 da LEP. Gabarito "D"

(Ministério Público/RR – 2008 – CESPE) Com relação à exe-cução da pena, julgue os próximos itens.(1) Se um interno de um presídio tiver sido surpreen-

dido quando fazia uso de telefone celular, nessa situação, sua conduta pode ser enquadrada como falta grave, tendo como conseqüência a perda dos dias remidos.

(2) O regime disciplinar diferenciado poderá ser imposto aos presos provisórios e aos condenados, sendo cabível quando houver risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade.

(3) Considere a seguinte situação hipotética. Iran foi condenado à pena privativa de liberdade de seis anos, em regime fechado, pela prática do crime de estupro, com violência real. Tendo cumprido dois anos da pena aplicada, requereu a progressão de regime, tendo sido expedido, pelo diretor do presídio, atestado comprovando seu bom compor-tamento carcerário. O pedido foi deferido pelo juiz. Nessa situação, o juiz agiu incorretamente, tendo em vista que, tratando-se de delito praticado com violência contra a pessoa, torna-se imprescindível a realização de exame criminológico.

1: arts. 50, VII, e 127 da LEP, cuja nova redação impõe ao magistrado, a título de perda decorrente do cometimento de falta grave, o limite de 1/3 dos dias remidos; 2: art. 52, § 1º, da LEP; 3: a nova redação conferida ao art. 112 da LEP deixou de exigir o exame criminológico. Entretanto, a jurisprudência firmou o entendimento no sentido de que o Juízo da Execução, em face das peculiaridades do caso concreto, se entender necessário, pode determinar a sua realização. Nesse sentido, a Súmula 471 do STJ. Gabarito 1C, 2C, 3E

(Ministério Público/SP – 2010) Assinale a afirmativa incor-reta, em relação ao regime disciplinar diferenciado:(A) aplica-se ao preso provisório ou condenado que

pratica crime doloso e provoca subversão da ordem ou disciplina interna.

(B) aplica-se ao preso provisório ou condenado sobre o qual recaiam fundadas suspeitas de

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envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando.

(C) somente o preso provisório ou condenado por crime hediondo ou assemelhado pode ser sub-metido ao regime disciplinar ou diferenciado.

(D) tem como característica o recolhimento em cela individual.

(E) pode ser aplicado a estrangeiros que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabe-lecimento penal ou da sociedade.

A: assertiva correta, visto que em consonância com o que dispõe o art. 52, caput, da LEP; B: assertiva em consonância com o teor do art. 52, § 2º, da LEP; C: são basicamente três as hipóteses em que é possível a inclusão do preso condenado ou provisório no regime disciplinar diferenciado: quando o preso praticar fato previsto como crime doloso e, com isso, ocasionar subversão da ordem ou disciplina internas; quando o preso oferecer alto risco para a ordem e para a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade; e também quando sobre o preso recair fundada suspeita de envolvimento em organização criminosa, quadrilha ou bando. Como se nota, em momento algum o legislador limitou a aplicação do regime disciplinar diferenciado ao preso provisório ou condenado por crime hediondo ou a ele assemelhado; D: esta característica sua está presente no art. 52, II, da LEP; E: art. 52, § 1º, da LEP. Gabarito "C"

(Defensoria/RN – 2006) A Lei 7.210/84, Lei de Execuções Penais(A) não especifica as faltas disciplinares leves e

médias, as quais competem à norma local.(B) estabelece o regime disciplinar diferenciado que

implica recolhimento em cela individual, com duração máxima de trezentos dias.

(C) determina que os presos provisórios não podem ser submetidos ao regime disciplinar diferenciado.

(D) estabelece que o preso poderá ser levado ao isolamento preventivo por até trinta dias.

A: art. 49 da LEP; B: art. 52, I, da LEP; C: art. 52, § 1º, da LEP; D: art. 58 da LEP. Gabarito "A"

(Defensoria/SP – 2009 – FCC) Serafim, em virtude de dois meses de trabalho em presídio, teve declarados remidos trinta dias de pena. Manuel, em virtude de quatro anos de trabalho em presídio, teve declarados remidos novecentos dias de pena. Os dois pratica-ram, na mesma data, falta disciplinar de natureza grave apurada em sindicância, reconhecidas em juízo a legalidade do procedimento administrativo e a tipicidade do fato. Considerando que o art. 127 da Lei de Execução Penal afirma que o condenado que for punido por falta grave perderá o direito ao tempo remido, assinale a alternativa correta. (A) Há súmula do STF reconhecendo que o art. 127

da Lei de Execução Penal, embora não seja inconstitucional, é desproporcional e, portanto, devem ser declarados perdidos apenas os dias remidos em razão do período trabalhado durante o ano em que a falta foi praticada.

(B) O art. 127 da Lei de Execução Penal é conside-rado pela jurisprudência majoritária evidentemente inconstitucional, já que fere os princípios da segu-

rança jurídica e da proporcionalidade e, portanto, só podem ser declarados perdidos, em virtude de prática de falta grave, trinta dias de remição.

(C) Há súmula do STF reconhecendo que o art. 127 da Lei de Execução Penal é inconstitucional, por ser a remição instituto de extinção da pena, através do qual o condenado faz com que o trabalho se substitua à privação de liberdade; não se tratando, pois, de benefício, mas, sim, de contraprestação, fruto de opção político-criminal pelo exercício do direito social do trabalho pelo preso.

(D) A jurisprudência majoritária é no sentido de que o art. 127 da Lei de Execução Penal é inconsti-tucional porque é fruto de ultrapassado ideal de ressocialização disciplinadora e correicionalista; pretende fazer do trabalho penal e da remição um instrumento de adestramento forçado, quando a execução hoje está desprovida de tratamento coativo e, consequentemente, não podem ser declarados perdidos os dias remidos antes da prática da falta.

(E) Há súmula do STF reconhecendo que o art. 127 da Lei de Execução Penal não é inconstitucional e, portanto, todos os dias de pena remidos pelos dois presos devem ser declarados perdidos.

A assertiva se refere à Súmula Vinculante nº 9, que, com o advento da Lei 12.433/11, perdeu sua razão de ser, já que, doravante, em razão da nova redação dada ao art. 127 da LEP, a proporção dos dias perdidos por conta do cometimento de falta grave não poderá superar 1/3 dos dias remidos. Gabarito "E"(Delegado/SC – 2008) Acerca das execuções penais, assinale a alternativa correta.(A) Excesso ou desvio de execução ocorre quando,

durante a execução da pena, algum ato for pra-ticado além dos limites fixados na sentença, em normas legais ou regulamentes.

(B) Compete à Justiça Federal a execução das penas impostas a sentenciados pela própria Justiça Federal, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos à administração estadual.

(C) A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, é considerada para a concessão de outros benefícios ao preso, como livramento condicional ou regime mais favorável de execução.

(D) Não se admite a progressão de regime de cumpri-mento de pena ou a aplicação imediata de regime menos severo nela determinada antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.

Art. 185 da LEP. Gabarito "A"

(Delegado/SP – 2008) Dentre as sanções disciplinares da Lei de Execução Penal, o preso não se sujeita à (ao)(A) advertência.(B) repreensão.(C) suspensão de direitos.(D) proibição de remição da pena.(E) isolamento celular.

Art. 53 da LEP. Gabarito "D"

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CoMo PASSAr EM CoNCurSoS JurÍDiCo! – 2ª EDiÇÃo

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4. DirEito ProCESSuAL PENAL – AtuALizAÇÃo Nº 1

(Delegado/SP – 2008) Nos termos da lei de Execução Penal, não constitui órgão da execução penal(A) o Ministério Público.(B) o Juízo da Execução.(C) o Patronato.(D) o Conselho da Comunidade.(E) Delegacia de Policia.

Art. 61 da LEP. Gabarito "E"

(Procuradoria Federal – 2007 – CESPE) Julgue o item seguinte. (1) Ainda que a sentença condenatória tenha transi-

tado em julgado, cabe ao juízo criminal prolator da sentença a aplicação de lei mais benigna posteriormente editada.

1: art. 66, I, da LEP e Súmula 611 do STF. Gabarito 1E

(Defensoria Pública da União – 2007 – CESPE) Julgue o item seguinte.

(1) As hipóteses de saídas, reguladas pela Lei de Execução Penal, são hipóteses taxativas e serão autorizadas pelo diretor do estabelecimento, somente aos presos definitivos em regime fechado.

(2) De acordo com a Lei de Execução Penal e a jurisprudência do STJ e STF, o condenado punido por falta grave sofre a perda da integralidade dos dias remidos.

1: art. 120 da LEP; 2: não mais. Em razão da modificação operada no art. 127 da LEP, os dias perdidos corresponderão, no máximo, a 1/3 dos dias remidos. Gabarito 1E, 2C

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4. Direito Processual Penal – Atualização nº 1

Eduardo Dompieri

4.22. temas Combinados e outros temas

(Magistratura/AL – 2008 – CESPE) Quanto ao acusado e seu defensor, à citação e à sentença condenatória, assinale a opção correta.(A) A falta de comparecimento do defensor, ainda

que motivada, não determinará o adiamento de ato algum do processo, devendo o juiz nomear substituto, ainda que provisoriamente ou apenas para o efeito do ato.

(B) Com o recebimento da denúncia, o processo penal terá completada a sua formação.

(C) Quando verificar que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça deverá certificar a ocorrência e proceder à citação com hora certa, na forma prevista no CPC.

(D) Ao proferir a sentença condenatória, o juiz fixará também o valor máximo para a reparação dos danos causados pela infração.

(E) O réu não poderá apelar sem se recolher à prisão, ou prestar fiança, salvo se for primário e de bons antecedentes, assim reconhecido na sentença condenatória, ou condenado por crime de que se livre solto.

Art. 362 do CPP. Gabarito "C"

(Magistratura/PR – 2010 – PUC/PR) Analise os temas abaixo e assinale a alternativa CORRETA:I. No crime de tráfico de drogas, o inquérito policial

será concluído no prazo de 10 (dez) dias, se o indiciado estiver preso, e de 30 (trinta) dias, quando solto.

II. Sobre a norma para a organização e a manu-tenção de programas especiais de proteção a vítimas e a testemunhas ameaçadas, poderá o juiz, de ofício ou a requerimento das partes, con-ceder diminuição de pena de _ até _ ao acusado que, sendo primário, tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração tenha resultado: I - a identificação dos demais co-autores ou partícipes da ação criminosa; II - a localização da vítima com a sua integridade física preservada; III - a recuperação total ou parcial do produto do crime.

III. Excepcionalmente, o juiz poderá admitir que o pedido de interceptação telefônica seja formu-lado verbalmente, desde que estejam presentes os pressupostos que autorizem a interceptação, caso em que a concessão será condicionada à sua redução a termo.

IV. O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção penal, que, dada sua pena, o processo será de competência dos juizados especiais criminais.

(A) Apenas as assertivas III e IV estão corretas.(B) Apenas as assertivas I e II estão corretas.(C) Apenas as assertivas II e IV estão corretas.(D) Todas as assertivas estão incorretas.

I: no crime de tráfico de drogas, o inquérito deverá ser ultimado no prazo de 30 dias, se preso estiver o indiciado; e em 90 dias, no caso de o indiciado encontrar-se solto. É o teor do art. 51 da Lei 11.343/06; II: a assertiva não está em consonância com o art. 13 da Lei 9.807/99, que prevê, neste caso, a concessão do perdão judicial ao acusado, com a consequente extinção da punibilidade; III: art. 4º da Lei 9.296/96; IV: a incidência do rito sumaríssimo aos crimes previstos na Lei 4.898/65, com o fim da vedação do procedimento especial (art. 61, Lei 9.099/95), é, em princípio, viável. Há autores, no entanto, que entendem que os crimes de abuso de autoridade não comportam o procedimento estabelecido na Lei 9.099/95, dada a incidência de efeitos no âmbito administrativo, o que seria incom-patível com o procedimento da lei do Juizado Especial. Gabarito "A"

(Magistratura/PR – 2008) Quanto aos atos jurisdicionais penais, assinale a alternativa correta:(A) As decisões interlocutórias simples são aquelas

que encerram a relação processual sem julga-mento de mérito ou, então, põem termo a uma etapa do procedimento. São exemplos desse tipo de decisão a que recebe a denúncia ou queixa e decreta ou rejeita pedido de prisão preventiva.

(B) A decisões interlocutórias mistas não se equi-param as decisões interlocutórias simples, pois as primeiras servem para solucionar questões controvertidas e que digam respeito ao modus procedendi, sem, contudo, trancar a relação processual. Enquanto as decisões interlocutórias simples trancam a relação processual sem julgar o meritum causae.

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(C) A decisão que não recebe a denúncia é termina-tiva de mérito, por isso não pode ser considerada decisão interlocutória mista.

(D) As decisões interlocutórias simples servem para solucionar questão controvertida e que diz res-peito ao modus procedendi, sem, contudo, trancar a relação processual, as interlocutórias mistas, por sua vez, apresentam um plus em relação àquelas. Elas trancam a relação processual sem julgar o meritum causae.

Interlocutórias simples são as decisões que servem para solucionar questão atinente à marcha processual, sem, contudo, ingressar no mérito da causa; as interlocutórias mistas, por seu turno, têm força de definitiva, já que trancam a relação processual sem julgar o mérito da causa. Gabarito "D"

(Magistratura/RS – 2009) Os magistrados, na esfera criminal, proferem diversas decisões, com diversos conteúdos e provimentos em diferentes momentos processuais, as quais também comportam impug-nação por vários remédios jurídicos. A este respeito, considere as assertivas abaixo. I. O juiz poderá absolver sumariamente o réu

somente nos processos de competência do Tri-bunal do Júri, onde há previsão legal expressa.

II. Ao dar provimento à apelação de um dos réus, condenado por roubo consumado na pena privativa de liberdade de seis anos de reclusão e multa, o Tribunal de Justiça, à unanimidade, reconheceu a modalidade tentada do delito praticado pelos dois réus e, por esse motivo, reduziu as penas do recorrente pela metade, sem reduzir as penas do co-réu, por não ter recorrido, contrariando parecer do Ministério Público.

III. Nos crimes dolosos contra a vida, as decisões de pronúncia e de impronúncia são impugnáveis, respectivamente, mediante recurso em sentido estrito e apelação.

Quais são corretas? (A) Apenas I (B) Apenas II (C) Apenas III (D) Apenas I e II (E) I, II e II

I: art. 397 do CPP; II: art. 580 do CPP; III: arts. 581, IV, e 416 do CPP, respectivamente. Gabarito "C"

(Magistratura/SC – 2009) Assinale a alternativa correta: (A) O princípio da persuasão racional é aquele pelo

qual o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.

(B) No sistema acusatório pátrio vigente, o magistrado que deferiu a produção de prova pré-processual está impedido de processar e julgar eventual ação penal dela decorrente, pois fica comprometida a imparcialidade do julgador.

(C) O sequestro é medida assecuratória que pode recair sobre os bens imóveis adquiridos pelo indiciado com os proventos da infração, salvo se tenham sido transferidos a terceiros de boa-fé.

(D) As alegações finais são peças obrigatórias e sua falta causa nulidade por ausência de defesa; já a defesa prévia é peça facultativa da defesa e sua falta não gera nulidade.

A: art. 155 do CPP; B: não há essa previsão na atual legislação processual penal. Frise-se que o anteprojeto de lei do CPP prevê o chamado “Juiz de Garantias”, em que um magistrado atuaria na fase investigativa e, após, cederia espaço para outro, que presidiria a instrução; C: art. 125 do CPP; D: as alegações finais serão, em regra, orais - art. 403, caput, do CPP. Caso o réu, citado pessoalmente, não ofereça sua defesa escrita, deverá o juiz nomear-lhe defensor para que o faça, concedendo-lhe vista dos autos pelo interregno de 10 dias – art. 396-A, § 2º, do CPP. Gabarito "A"

(Magistratura/SC – 2009) Conforme o Código de Processo Penal, assinale a alternativa INCORRETA: (A) O juiz não depende necessariamente da instrução

do processo para absolver o acusado. (B) Nos crimes punidos com reclusão a concessão

de fiança depende da pena mínima cominada. (C) Nos processos de competência do Tribunal do

Júri, contra a sentença de impronúncia e absol-vição sumária caberá apelação.

(D) O militar será citado por mandado a ser cumprido pelo oficial de justiça.

(E) O juiz poderá ouvir outras testemunhas além daquelas arroladas pelas partes.

A: o art. 397 do CPP lista as hipóteses em que o acusado, depois de oferecida a resposta escrita e antes da audiência de instrução, poderá ser absolvido sumariamente; B: a Lei 12.403/11 deu nova redação ao art. 323 do CPP e passou a admitir a fiança em todos os crimes, menos naqueles relacionados neste dispositivo e em leis especiais; C: art. 416 do CPP; D: em obediência ao que dispõe o art. 358 do CPP, a citação do militar será feita por meio do chefe do respectivo serviço; E: cuida-se de faculdade que lhe confere o art. 209, caput, do CPP. Gabarito "D"

(Magistratura/SC – 2009) Assinale a alternativa INCOR-RETA: (A) Depende da aceitação do querelado a extinção

da punibilidade pelo perdão do ofendido. (B) No julgamento das apelações o Tribunal poderá

proceder a novo interrogatório do acusado. (C) O Ministério Público poderá desistir da ação penal. (D) Não pode ser incluído na lista geral de jurados

aquele que tiver integrado o Conselho de Sen-tença nos últimos 12 meses antecedentes à publicação daquela.

(E) No primeiro grau a carta testemunhável será requerida ao escrivão.

A: o perdão é ato bilateral, na medida em que só gera a extinção da punibilidade se for aceito pelo querelado – art. 51 do CPP e 105 do CP; a renúncia, ao contrário, constitui ato unilateral, que independe, portanto, da manifestação de vontade do ofensor – art. 49 do CPP e art. 104 do CP; B: art. 616 do CPP; C: é defeso ao Ministério Público desistir da ação penal já proposta – art. 42 do CPP; D: art. 426, § 4º, do CPP; E: art. 640 do CPP. Gabarito "C"

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4. DirEito ProCESSuAL PENAL – AtuALizAÇÃo Nº 1

(Magistratura/SP – 2006) Assinale a alternativa incorreta.(A) Quando a infração deixar vestígio, será imprescin-

dível o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

(B) A prisão temporária pode ser decretada de ofício pelo Juiz.

(C) Não sendo possível o exame de corpo de delito em razão do desaparecimento dos vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

(D) Desde que descrito o fato na denúncia, poderá o Juiz, na sentença, dar classificação diversa ao ilícito capitulado na vestibular acusatória, ainda que tenha de aplicar pena mais grave.

A: art. 158 do CPP; B: art. 2º, caput, da Lei 7.960/89; C: art. 167 do CPP; D: art. 383 do CPP. Gabarito "B"

(Ministério Público/AM – 2005) Assinale a alternativa correta;(A) Pelo princípio da especialidade, devemos enten-

der que se aplica o procedimento do CPP e, em caráter subsidiário o da lei especial, por ser aquele o procedimento geral.

(B) Os crimes de imprensa previstos na Lei n.º 5.250/67, são julgados pela justiça comum, observados os procedimentos do Código de Processo Penal.

(C) A notitia criminis é classificada como direta e indireta.

(D) Na Lei do Crime Organizado – Lei n.º 9.034/95 – não pode o juiz participar da atividade da colheita do material probatório antes de receber a denúncia.

Notitia criminis direta se dá quando a autoridade policial toma conhecimento da ocorrência de uma infração penal de forma direta, ou seja, por meio de suas atividades de rotina; notitia criminis indi-reta é o conhecimento que tem a autoridade policial de uma infração penal por meio de um ato formal: requisição do juiz, do promotor, representação do ofendido etc. Gabarito "C"

(Ministério Público/AM – 2005) Assinale a alternativa incorreta.(A) Em razão do princípio da indisponibilidade do

inquérito policial, não pode este ser arquivado pela autoridade policial.

(B) No inquérito policial, segundo o regramento processual penal, haverá sigilo quando houver necessidade para elucidação do fato.

(C) A ação penal quando for vítima a União, o Estado ou o Município é pública condicionada a represen-tação.

(D) O prazo para o Ministério Público ofertar denúncia ou pedir arquivamento é de 15 (quinze) dias, nos crimes de ação penal pública de competência originária nos Tribunais.

A: art. 17 do CPP; B: art. 20, caput, do CPP; C: art. 24, § 2º, do CPP; D: art. 1º da Lei 8.038/90. Gabarito "C"

(Ministério Público/AM – 2005) Assinale a alternativa incorreta.(A) A fiança é uma garantia real, que consiste no

pagamento em dinheiro ao Estado, visando asse-gurar ao agente o direito de permanecer solto, durante o trâmite do processo criminal.

(B) A liberdade provisória tem cabimento restrito, portanto, sendo aplicável somente nos casos de prisão preventiva ou temporária.

(C) A citação por rogatória é realizada quando o réu se encontra em outro país.

(D) É através de requisição do juiz, por ofício, ao supe-rior militar do réu, que se realiza a sua citação.

A: a fiança, prevista nos arts. 321 e seguintes do CPP, consiste de fato em uma garantia real, consubstanciada no pagamento em dinheiro ou na entrega de valores ao Estado, com o objetivo de asse-gurar ao agente o direito de permanecer solto durante o processo; B: dada a nova sistemática implementada pela Lei 12.403/11, a liberdade provisória constitui um sucedâneo da prisão em flagrante e uma medida alternativa à decretação da prisão preventiva; C: art. 368 do CPP; D: art. 358 do CPP. Gabarito "B"

(Ministério Público/CE – 2009 – FCC) As Comissões Par-lamentares de Inquérito, conforme orientação do Supremo Tribunal Federal, têm poderes para (A) a quebra de sigilo bancário e ouvir testemunhas

sobre fatos passíveis de incriminá-las, ainda que não desejem prestar declarações.

(B) a quebra de sigilo telefônico e ouvir testemunhas sobre fatos passíveis de incriminá-las, ainda que não desejem prestar declarações.

(C) a quebra de sigilo bancário e de sigilo telefônico. (D) a quebra de sigilo telefônico e determinar inter-

ceptação telefônica. (E) a quebra de sigilo bancário e determinar intercep-

tação ambiental ou telemática.

O STF firmou entendimento no sentido de que as Comissões Parla-mentares de Inquérito – art. 58, § 3º, da CF - estão credenciadas a determinar a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico, porquanto contam com poderes próprios de autoridades judiciais, desde que o ato seja fundamentado e revele a necessidade objetiva da medida extraordinária. Gabarito "C"

(Ministério Público/MA – 2009) Assinale a alternativa INCORRETA.(A) Comprovado que o acusado se oculta é possível

determinar a sua citação por hora certa.(B) Por previsão legal é vedada a concessão de liber-

dade provisória ao acusado por crime de tráfico de entorpecente.

(C) Havendo dúvida sobre a imparcialidade do júri ou a segurança pessoal do acusado o Juiz Pre-sidente poderá determinar o desaforamento do julgamento para outra comarca da mesma região.

(D) A denúncia será dirigida a autoridade judiciária e o réu se defenderá do fato criminoso nela contido, delineando a acusação.

(E) Ao Promotor de Justiça se estendem, no que lhe for aplicável, as prescrições relativas à suspeição e aos impedimentos dos Juízes de Direito.

A: art. 362 do CPP; B: art. 44 da Lei 11.343/06; C: o desaforamento é determinado pelo Tribunal, mediante representação do juiz presidente, ou atendendo a requerimento formulado pelo MP, pelo assistente, pelo querelante ou mesmo pelo acusado – art. 427, caput, do CPP; D: com efeito, o réu defende-se dos fatos articulados na inicial, e não de sua capitulação legal atribuída pelo titular da ação; E: art. 258 do CPP. Gabarito "C"

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(Ministério Público/MG – 2010.1) Assinale a alternativa CORRETA.(A) A doutrina denomina decisão absolutória impró-

pria aquela que condena o réu, mas reconhece a extinção da punibilidade pela prescrição.

(B) No processo penal, contam-se os prazos da data de juntada aos autos do mandado de intimação da parte.

(C) A ação penal pública condicionada somente poderá ser iniciada se houver representação do ofendido ou do seu representante legal.

(D) No rito ordinário, ocorrendo citação por edital, o prazo para a defesa será contado do compa-recimento pessoal do acusado ou do defensor constituído.

(E) O processo da Carta Testemunhável na instância superior seguirá o rito do Recurso em Sentido Estrito.

A: sentença absolutória imprópria é a que impõe medida de segurança; B: os prazos, no processo penal, são contados da data da intimação – Súmula nº 710 do STF; C: a ação penal pública será iniciada por denúncia do MP, mas dependerá, quando a lei deter-minar, de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo, ou de requisição do ministro da Justiça (art. 24, caput, do CPP); D: art. 396, p. único, do CPP; E: art. 645 do CPP. Gabarito "D"

(Ministério Público/MG – 2006) Assinale a alternativa CORRETA.(A) A “súmula vinculante” não se aplica ao direito

penal e ao direito processual penal, pois tratam de direitos indisponíveis.

(B) O interrogatório do acusado é um ato privativo do juiz no processo penal comum.

(C) A Justiça Militar estadual é competente para pro-cessar e julgar os militares do Estado, nos crimes militares definidos em lei, mas não para as ações judiciais cíveis contra atos disciplinares militares.

(D) A suspensão condicional do processo é admitida em processo por crime continuado,se a pena mínima de cada infração for inferior a um ano.

(E) Os prazos contam-se, de modo geral, da data da intimação, e não da juntada aos autos do man-dado ou da carta precatória ou de ordem.

Súmula 710 do STF. Gabarito "E"

(Ministério Público/MG – 2007) Assinale a alternativa CORRETA.(A) Admite-se a prisão em flagrante delito nos crimes

em que a ação penal é de iniciativa privada.(B) Depois de regularmente citado por mandado,

o não-comparecimento do réu ao interrogatório judicial enseja a suspensão do processo e do prazo prescricional.

(C) Quando um só fato contiver vários crimes, a competência será fixada pela conexão.

(D) A prisão especial somente poderá ser concedida depois de instaurado o processo criminal.

(E) Por se tratar de procedimento de natureza inquisi-torial, é vedado o trancamento de inquérito policial por meio de habeas corpus.

A: procede-se à prisão em flagrante e, quando da formalização do ato, colhe-se a autorização da vítima ou de seu representante legal; B: o art. 366 do CPP somente terá incidência na hipótese de o acusado, citado por edital, não comparecer tampouco constituir advogado. Nesse caso, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional. Agora, o acusado que, citado pessoalmente, deixar de comparecer sem motivo justificado, preleciona o art. 367 do CPP que o processo seguirá sem a sua presença; C: art. 77 do CPP (continência); D: a prisão especial (art. 295 do CPP) perdurará até o trânsito em julgado da sentença condenatória, após o que o condenado é recolhido a estabelecimento comum; E: o habeas corpus (art. 647 e seguintes do CPP) constitui, sim, instrumento idôneo para trancar o inquérito policial, desde que a investigação se revele, por algum motivo, manifestamente indevida. Gabarito "A"

(Ministério Público/PR – 2009) Tendo em conta as asserti-vas abaixo, responda:

I. a medida de busca e apreensão não pode ser determinada para prender criminosos;

II. o Código de Processo Penal dispõe que a perícia deve ser elaborada por dois peritos oficiais ou, na falta destes, por duas pessoas idôneas, com diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habili-tação técnica relacionada com a natureza do exame;

III. prova ilícita, em sentido estrito, é aquela colhida sem observância às regras de direito processual;

IV. a prisão preventiva, desde que presentes os seus pressupostos e requisitos, pode ser decretada ainda que o acusado esteja preso em virtude de prisão temporária;

V. ao disciplinar que a sentença é de responsabili-dade do juiz que presidiu a instrução, o Código de Processo Penal adotou o princípio da identidade física do juiz.

(A) as assertivas II, IV e V são corretas;(B) todas as assertivas são incorretas;(C) as assertivas I, II, IV e V são corretas;(D) todas as assertivas são corretas;(E) as assertivas IV e V são corretas.

I: art. 240, § 1º, a, da CPP; II: a redação anterior do art. 159 do CPP estabelecia que a perícia fosse realizada por dois profissionais. Atualmente, com a nova redação do dispositivo dada pela Lei 11.690/08, deve a perícia ser levada a efeito por um perito oficial portador de diploma de curso superior. À falta deste, determina o § 1º do art. 159 que o exame seja feito por duas pessoas idôneas, detentoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre aquelas que tiverem habilitação técnica relacio-nada com a natureza do exame; III: reputam-se ilícitas as provas que violam normas de direito material, e ilegítimas as obtidas com desrespeito a norma de direito processual; IV: desde que presentes os requisitos do art. 312 do CPP, nada obsta que seja decretada a prisão preventiva em desfavor do agente preso por força de custódia temporária; V: a Lei 11.719/08 introduziu no art. 399 do CPP o § 2º, conferindo-lhe a seguinte redação: “O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença”. O princípio da identidade física do juiz, antes exclusivo do processo civil, doravante será também aplicável ao processo penal. Gabarito "E"

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CoMo PASSAr EM CoNCurSoS JurÍDiCo! – 2ª EDiÇÃo

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4. DirEito ProCESSuAL PENAL – AtuALizAÇÃo Nº 1

(Ministério Público/PR – 2008) Avalie as afirmações abaixo e marque a opção que corresponda, na devida ordem, ao acerto ou erro de cada uma (V ou F, respectivamente): I. Não será permitida a apreensão de documento

em poder do defensor do acusado, salvo quando constituir elemento do corpo de delito.

II. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.

III. Considera-se em flagrante delito quem é encon-trado, logo, depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.

IV. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a per-manência.

(A) F, F, F, F.(B) V, V, V, V.(C) V, V, F, F.(D) F, F, V, V.(E) V, V, F, F.

I: art. 243, § 2º, do CPP; II: art. 239 do CPP; III: art. 302, IV, do CPP; IV: art. 303 do CPP. Gabarito "B"

(Procurador do Estado/SC – 2009) Assinale a alternativa correta.(A) O juiz presidente pode representar o desafora-

mento do julgamento pelo Tribunal do Júri. (B) A representação do ofendido ou seu represen-

tante legal nos crimes de ação penal pública condicionada será retratável até o recebimento da denúncia.

(C) Na hipótese de co-réus, o perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos automatica-mente.

(D) Compete ao Supremo Tribunal Federal a conces-são de exequatur às cartas rogatórias, bem como a homologação de sentença estrangeira.

(E) O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade não cessa pela dissolu-ção do casamento que lhe tiver dado causa, ainda que não tenham sobrevindo descendentes, não podendo funcionar como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no processo.

A: o juiz presidente pode, de fato, representar pelo desaforamento – art. 427, caput, do CPP; B: art. 25 do CPP; C: art. 51 do CPP; D: é de competência do Superior Tribunal de Justiça, nos termos do art. 105, I, i, da CF; E: art. 255 do CPP. Gabarito "A"

(Defensoria/MT – 2007) Em matéria de Súmulas vigentes do Supremo Tribunal Federal, na área processual penal, assinale a afirmativa correta.(A) Não se admite a suspensão condicional do pro-

cesso no concurso material de crimes, se a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo de um sexto for superior a um ano.

(B) A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido na Constituição Federal.

(C) No processo penal, contam-se os prazos da data da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.

(D) Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.

(E) Viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados.

A: a Súmula 723 do STF faz referência ao crime continuado, e não ao concurso material de crimes; B: Súmula 721 do STF: “A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual”; C: de acordo com entendimento esposado na Súmula 710 do STF, os prazos, no processo penal, contam-se da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem; D: é o entendimento consagrado na Súmula 695 do STF; E: não há que se falar em violação aos princípios em questão, segundo entendimento firmado na Súmula 704 do STF. Gabarito "D"

(Delegado/PA – 2009 – MOVENS) Em relação às prisões e à prova, assinale a opção correta. (A) A autoridade judicial, por estar submetida ao

princípio da inércia, não terá iniciativa probató-ria. No processo penal, as perícias deverão ser realizadas por dois peritos oficiais.

(B) Na hipótese de crime de ação penal privada, o ofendido, ou seu representante legal, decairá do direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia da ocorrência do delito.

(C) Em nenhum caso a prisão preventiva será decre-tada se o juiz verificar, pelas provas constantes dos autos, que o agente praticou o fato em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento do dever legal ou no exercício regu-lar de direito.

(D) Após assaltarem uma farmácia no centro de Belém-PA, dois homens fugiram em direção a Cuiabá-MT. Policiais civis do Estado do Pará que passavam próximo ao local saíram em persegui-ção, mas só efetuaram a prisão dos assaltantes na capital de Mato Grosso. Nessa situação, a prisão é ilegal, uma vez que os referidos policiais deveriam ter acionado as autoridades policiais locais, pois não têm autorização legal para atuar em outra unidade da Federação.

A: nada impede que o juiz, com fulcro no art. 156, II, do CPP, com o propósito de esclarecer dúvida acerca de ponto relevante, deter-mine, em caráter supletivo, diligências com o objetivo de se atingir a verdade real. De outro lado, as perícias, no processo penal, deverão ser realizadas “por perito oficial”; na falta deste, será feita por duas pessoas idôneas – art. 159, caput e § 1º, do CPP; B: art. 38 do CPP; C: art. 314 do CPP; D: art. 290 do CPP. Gabarito "C"

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(Delegado/PA – 2009 – MOVENS) Quanto ao processo comum, às testemunhas e ao arquivamento de inquérito policial, assinale a opção correta. (A) Apenas o delegado de polícia poderá mandar

arquivar os autos de inquérito policial, sendo vedado tal ato ao juiz.

(B) O depoimento da testemunha será prestado oralmente, sendo permitido trazê-lo por escrito.

(C) O procedimento comum sumário será adotado quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for inferior a 6 anos de pena privativa de liberdade.

(D) Será observado o procedimento comum ordinário quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a quatro anos de pena privativa de liberdade.

A: ao contrário, é vedado ao delegado de polícia determinar o arqui-vamento dos autos de inquérito policial, somente podendo fazê-lo o juiz de direito a pedido do Ministério Público – arts. 17, 18 e 28 do CPP; B: art. 204 do CPP; C: art. 394, § 1º, II, do CPP; D: art. 394, § 1º, I, do CPP. Gabarito "D"

(Magistratura Federal – 3ª Região – XIII) Assinale a alternativa incorreta:(A) Compete ao Superior Tribunal de Justiça dirimir

conflito de competência entre Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal e Turma Recursal do Juizado Especial Criminal;

(B) Basta, para fazer surgir o direito de resposta prévia previsto no artigo 514 do Código de Pro-cesso Penal, que se trate de crime praticado por funcionário público; tratando-se de prerrogativa benéfica, essa norma estende-se em favor de quaisquer partícipes;

(C) A condenação proferida em instância única pelo Tri-bunal (ação penal originária) implica a conseqüente execução provisória do julgado que aplicou pena privativa de liberdade, porque os recursos cabíveis são desprovidos de efeito suspensivo;

(D) A transformação automática da pena restritiva de direitos, aplicada em transação ocorrida no Juizado Especial Criminal, em pena privativa da liberdade, discrepa da garantia constitucional do devido processo legal. Descumprido o termo de transação o mesmo torna-se insubsistente, cabendo ao Ministério Público requerer a instauração de inquérito policial ou oferecer a denúncia.

Tão somente os crimes afiançáveis praticados por funcionário público poderão ser objeto do procedimento especial a que faz referência o Capítulo II do Título II do CPP. Ademais disso, a noti-ficação a que alude o art. 514 do CPP não se estende ao particular. A propósito, o critério para definição de crime afiançável, até então extraído do art. 323, I, do CPP, mudou com o advento da Lei 12.403/11. Gabarito "B"

(Procurador Federal – 2010 – CESPE) No que concerne a citação, sentença e aplicação provisória de interdi-ções de direitos e medidas de segurança, julgue os seguintes itens.

(1) O juiz não pode aplicar, ainda que provisoria-mente, medida de segurança no curso do inquérito policial.

(2) É cabível a citação por hora certa no processo penal, desde que o oficial de justiça verifique e certifique que o réu se oculta para não ser citado. Nessa situação, para que se complete a citação com hora certa, o escrivão deve enviar ao réu carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe ciência de tudo.

(3) O juiz não pode, caso o réu tenha respondido ao processo solto, impor prisão preventiva quando da prolação da sentença penal condenatória.

1: a aplicação de medida de segurança pressupõe o devido processo legal; 2: art. 362 do CPP; 3: art. 387, p. único, do CPP.

Gabarito 1C, 2C, 3E