atividade 1 - fernanda

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ATIVIDADE 1 1) Rui, servidor público federal, foi surpreendido por agentes da administração tributária que adentraram sua residência, durante o dia, para apreender documentos e objetos considerados necessários em procedimento investigatório. A decisão de efetuar tal procedimento foi tomada por autoridade administrativa que considerou imprescindível a operação de busca e apreensão domiciliar, fundada na prerrogativa de autoexecutoriedade, inerente à atuação administrativa. Inconformado com o fato, Rui procurou o auxílio de profissional da advocacia. Diante dessa situação hipotética e na condição de advogado(a) contratado (a) por Rui, exponha, de forma fundamentada, os argumentos a serem suscitados, em medida judicial, contra o ato administrativo que determinou a referida busca e apreensão domiciliar. Conforme predetermina o artigo 5º, IX, “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. Assim sendo, como se pode observar a Constituição de 1988, concedeu proteção especial ao domicílio, desta forma o mesmo só poderá ser invadido se for praticado dentro dos limites do artigo 5º, IX da CF/88. Durante o dia, necessário se faz uma ordem judicial para medida de busca e apreensão domiciliar, sendo que somente tem competência para tal ato, o Poder Judiciário. Isto posto, não há em nosso ordenamento invasão por decisão emanada da autoridade administrativa, não há o que se falar portanto, de autoexecutoriedade administrativa. 2) Pedro, 18 anos, empolgado com o movimento politico sem precedentes participou das manifestações populares que ocorreram em Julho de 2013 sem maiores incidentes, até que a policia interviu em uma manifestação exigindo que fosse esvaziada pelo desrespeito à exigência constitucional de que as manifestações sejam previamente comunicadas à autoridade competente (art. 5º, XVI, CRFB). Olhando em volta, Pedro não viu nenhum crime ser praticado, não entendeu a ordem policial

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COnstitucional

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ATIVIDADE 11) Rui, servidor pblico federal, foi surpreendido por agentes da administrao tributria que adentraram sua residncia, durante o dia, para apreender documentos e objetos considerados necessrios em procedimento investigatrio. A deciso de efetuar tal procedimento foi tomada por autoridade administrativa que considerou imprescindvel a operao de busca e apreenso domiciliar, fundada na prerrogativa de autoexecutoriedade, inerente atuao administrativa. Inconformado com o fato, Rui procurou o auxlio de profissional da advocacia.

Diante dessa situao hipottica e na condio de advogado(a) contratado (a) por Rui, exponha, de forma fundamentada, os argumentos a serem suscitados, em medida judicial, contra o ato administrativo que determinou a referida busca e apreenso domiciliar. Conforme predetermina o artigo 5, IX, a casa asilo inviolvel do indivduo, ningum nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinao judicial. Assim sendo, como se pode observar a Constituio de 1988, concedeu proteo especial ao domiclio, desta forma o mesmo s poder ser invadido se for praticado dentro dos limites do artigo 5, IX da CF/88.

Durante o dia, necessrio se faz uma ordem judicial para medida de busca e apreenso domiciliar, sendo que somente tem competncia para tal ato, o Poder Judicirio. Isto posto, no h em nosso ordenamento invaso por deciso emanada da autoridade administrativa, no h o que se falar portanto, de autoexecutoriedade administrativa.

2) Pedro, 18 anos, empolgado com o movimento politico sem precedentes participou das manifestaes populares que ocorreram em Julho de 2013 sem maiores incidentes, at que a policia interviu em uma manifestao exigindo que fosse esvaziada pelo desrespeito exigncia constitucional de que as manifestaes sejam previamente comunicadas autoridade competente (art. 5, XVI, CRFB). Olhando em volta, Pedro no viu nenhum crime ser praticado, no entendeu a ordem policial para dispersar a manifestao e, como muitos outros, quis continuar expressando sua indignao pela situao politica do pas.

Quando a manifestao no se dispersou, a policia comeou a prender manifestantes e tentou prender Pedro. Pedro, por sua vez, entendeu se tratar de um abuso da autoridade policial e resistiu a priso. Na altercao que ocorreu a seguir, Pedro se machucou e acabou quebrando o brao, o que efetivamente gerou despesas hospitalares que Pedro no contava.

Pedro est indignado com a situao e julga que tem direito a indenizaes materiais pelos constrangimentos causados pela polcia.

Dado os contedos discutidos durante as aulas de Direito Constitucional, Pedro tem razo? H razo para indenizao? De que tipo? Fundamente. Sim, Pedro tem razo, uma vez que no houve dano ao patrimnio pblico, atos de vandalismo e violncia, tendo sido portanto configurado o abuso de autoridade. Direito de reunio o direito pblico subjetivo que assegura aos indivduos a prerrogativa de se reunir e lugares abertos e fechados, sem impedimento ou intromisses dos rgos governamentais. O artigo 5, XVI da CF/88 fala que todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao pblico, independentemente de autorizao, desde que no frustrem outra reunio anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prvio aviso autoridade competente.Conforme exposto acima, o direito de reunio poder ser exercido sem a previa autorizao desde que no frustre outra reunio anteriormente convocada para o mesmo local, se faz necessrio o prvio aviso as autoridades para que sejam tomadas medidas relacionadas ao trnsito, organizao, dentre outros quesitos.

Pedro far jus ao pedido de Indenizao por danos materiais, haja vista lhe ter sido acometido gastos imprevisveis. 3) Maria, brasileira, vem ao seu escritrio contando a seguinte histria: ela trabalha no Tribunal de Justia do Esprito Santo e descobriu recentemente que, por ordens do presidente do TJES, foram instaladas cmaras de segurana ocultas por todo o prdio inclusive nos banheiros. Quando quis saber a razo para tanto, descobriu que as cmaras de segurana so uma maneira de garantir segurana e agilizar as investigaes de atentados contra o TJES e, apesar de parecer abusivo, a razo para haverem cmaras nos banheiros foi o atentado que ocorreu em 2002 na OAB-ES onde uma bomba explodiu no banheiro masculino. Maria se sente melindrada com a situao, acha que tem um bom emprego e no quer ter problemas uma vez que ainda se encontra em estagio probatrio, contudo acredita que est tendo algum direito violado e gostaria de resolver o problema.

Dado os contedos discutidos durante as aulas de Direito Constitucional, Maria tem razo? Alguns de seus direitos est sendo violado? Se sim, qual a medida adequada para acabar com essa violao? Fundamente.O artigo 5, inciso x da Constituio Federal estabelece que so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizao pelo dano material ou moral decorrente de sua violao.A vida privada diz respeito a situaes que, de alguma forma, no desejamos publicidade ao redor, so situaes pessoais. Ela abrange todos os aspectos, que por alguma razo no gostaramos de ver cair no domnio pblico. O direito a vida privada tudo aquilo que no deve ser objeto do direito informao nem da curiosidade moderna.

Para que cesse a violao vida privada, necessrio se faz a propositura da ao de Indenizao com danos morais, cabendo antecipao de tutela para que cessem as filmagens (art. 273 CPC c/c 186 e 927 do CC).

4) (TRF da 2 Regio IX Concurso para Juiz Federal) Comente, segundo a Constituio Federal, a constitucionalidade de lei estadual que exija a prvia autorizao do Poder Legislativo para a celebrao de convnios pelo Poder Executivo Estadual.

Tal regra fere o princpio da separao de poderes e, por isso, inconstitucional.

Acordo Origem: STF - Supremo Tribunal Federal Classe: Rp - REPRESENTAO Processo: 1024 UF: GO - GOIS rgo Julgador: Data da deciso: Documento: Fonte DJ 30-05-1980 PG-03948 EMENT VOL-01173-01 PG-00001 RTJ VOL-00094-03 PG-00995 Relator(a) RAFAEL MAYER Ementa PODER LEGISLATIVO. ATO DO PODER EXECUTIVO. CELEBRAO DE CONVENIOS. APROVAO DA ASSEMBLIA. INDEPENDNCIA DOS PODERES. LEI CONSTITUCIONAL N. 30/79-GO. - A REGRA QUE SUBORDINA A CELEBRAO DE CONVENIOS EM GERAL, POR RGOS DO EXECUTIVO, A AUTORIZAO PREVIA DA ASSEMBLIA LEGISLATIVA, EM CADA CASO, FERE O PRINCPIO DA INDEPENDNCIA DOS PODERES, EXTRAVASANDO DAS PAUTAS DE CONTROLE EXTERNO CONSTANTE DA CARTA FEDERAL E DE OBSERVANCIA PELOS ESTADOS. INCONSTITUCIONALIDADE. REPRESENTAO JULGADA PROCEDENTE