edição 265sexta-feira, 5 de julho de 2019

realização: apoio institucional:

DESTAQUES:

apoio:

Deu empate! Confira os 3 professores premiados no mês de Junho PÁGINAS 06 e 07

Tecnológico e sustentável: é possível?PÁGINA 05

Entenda mais no especial BNCCPÁGINAS 02 e 03

Atenção:Só prossiga se quiser aumentar o seu repertório cultural

2 sexta-feira, 5 de julho de 2019

Na edição passada do BOLO nos aprofundamos nas duas primeiras competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que diziam respeito ao Conhecimento e ao Pensamento Científico, Crítico e Criativo.

Nesta edição, vamos debater mais duas com-petências, a número três, que diz respeito ao Repertório Cultural e a número sete, que trata de Argumentação. Ao observar os textos, podemos comumente associá-las à área de Linguagens, mas, não precisamos, e nem devemos ficar restri-tos à essa abordagem. Confira:

O que isso quer dizer?Essa é a terceira competência geral da BNCC

e apesar da frase não ser muito longa, nos diz muito sobre a necessidade de se trabalhar prin-cipalmente com as áreas de Linguagens e Ciências Humanas para criar no individuo uma gama maior de conhecimentos sobre sua pró-pria cultura e a do outro. Vivemos na era da diversidade cultural, religiosa, étnica, portanto o desenvolvimento desta competência, durante toda a educação básica, nos ajuda a formar cida-dãos mais conscientes e que exercitam e pro-movem o respeito mútuo.

Com a escolha dos verbos “valorizar”, “fruir” e “participar” e a determinação de não ficar pre-so apenas às tradições e manifestações artísti-cas locais, o documento quer enfatizar a neces-sidade de o indivíduo vivenciar, entender e reco-nhecer a importância da sua própria cultura,

editorial

Aumentando o repertório cultural

Ao fazer uso do Boletim de Leitura Orientada (BOLO) do mês de Julho, oferecido pelo Ler e Pensar, você concorda que não será mais o mesmo e aceita aumentar o seu repertório cultural.

Pode parecer estranho esse termo de aceite antes de iniciar a leitura desta edição do BOLO, mas não deixa de ser uma verdade. Isso porque, é impossível você terminar esse conteúdo sendo a mesma pessoa.

Tudo que vivenciamos se acumula na nossa bagagem. Mas, não pre-cisamos apenas vivenciar para aprender. Também é possível adquirir conhecimento lendo, ouvindo ou vendo sobre algo. E é justamente essa valorização das manifestações artísticas e culturais que é apresentada como competência geral número 3, na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

O texto garante que o desenvolvimento dessa competência com os alunos, nos ajuda a formar cidadãos mais conscientes e que exercitam e promovem o respeito mútuo. Consciência essa que se complementa ao desenvolver a competência número 7, que diz respeito à Argumentação.

Até porque, tão importante quanto aumentar o repertório cultural, é essencial saber se posicionar e fundamentar as próprias opiniões. Confira em detalhes essas duas competências (3 e 7) nas páginas 02 e 03 e aprenda como trabalhá-las em sala de aula.

E apesar da competência 9 ainda não ter sido detalhada aqui por nós (será nas próximas edições, não deixe de conferir), a sessão Mais Curtidas produzida pelos alunos da Universidade Positivo já trouxe uma sugestão de atividade que pretende exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação. Confira na página 04. A sessão E-dic@s, disponível na página 07 ainda dá sugestões de como fazer o trabalho proposto.

Já na página 05, o assunto é sustentabilidade. Confira como é possível utilizar as tecnologias para ter um mundo mais sustentável. E, para fechar a edição de Julho do BOLO, mostramos ainda alguns dos nossos professo-res que já aprenderam como o jornal é um importante instrumento para trabalhar em sala de aula e foram os vencedores da Missão Premiada de Junho, com as suas práticas pedagógicas (página 06). E se você também quer ser um professor destaque do Ler e Pensar, veja as regras na Missão Premiada de Julho, nas páginas 06 e 07, e não deixe de participar.

Boa leitura!

Inovação: Especial BNCCArgumentação e Repertório Cultural: cidadania, respeito e tolerância também são ensinados na escola

Próxima edição:

Agosto de 2019

Competência geral número 3: Repertório Cultural

O que diz a base: Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também partici-par de práticas diversificadas da produção artistico-cultural

3sexta-feira, 5 de julho de 2019

Inovação: Especial BNCCcriando sentimento de pertencimento e que con-siga também expressar seus sentimentos, ideias e experiências, utilizando-se das diver-sas linguagens artísticas e criando um senso de identidade individual, mas que, além disso, desenvolva também a curiosidade de conhecer outras culturas (consciência multicultural), diferentes da sua, buscando compreender dife-rentes realidades e visões de mundo, exploran-do novas formas de reconciliar valores e pers-pectivas ao trabalhar com objetivos em comum.

Ou seja, o que a Base propõe, é reconhecer e apreciar a cultura local, sem deixar de abrir as janelas do mundo e conhecer diferentes perspec-tivas, aumentando o repertório cultural, o que resulta em uma visão mais ampla de mundo e na prática de atitudes mais tolerantes com o outro.

Como chegar lá:O jornal, e as outras mídias em geral, são

importantes ferramentas para o desenvolvimen-to das habilidades relacionadas a essa competên-cia e como sempre defendemos no Ler e Pensar, pode ser utilizada em qualquer disciplina.

Nesse caso, dentro da área de Linguagens, na disciplina de artes, o professor deve permitir a apropriação de diferentes formas de expressão, apresentando técnicas e ferramentas, garantin-do espaço para que os alunos possam usufruir e saber mais sobre as obras e monumentos artísti-cos e culturais, mas que também tenham a opor-tunidade de criar e experimentar variadas maneiras de se expressar, por meio das artes. Na Educação Física, o docente pode explorar a for-ma como o corpo também se expressa e de que maneira isso está relacionado à cultura, abor-dando as lutas, danças e até mesmo exercícios, presentes em tantos rituais e observando de que forma eles refletem as crenças e costumes de cada povo. No estudo das línguas, em Português e Inglês, por exemplo, é possível abordar a forma como a comunicação carrega características da cultura local e analisar as expressões utilizadas em diferentes regiões do Brasil e do mundo, além do estudo das variações linguísticas.

Na área de Ciências Humanas, por meio da História e da Geografia, é importante trabalhar a forma como a individualidade e as preferências de cada um são influenciadas pela cultura do seu povo, sem deixar de apresentar e experimentar elementos de outras culturas, enfatizando a importância do respeito às diferenças culturais e de como preconceito pode ser limitador.

Integrando as áreas, em Ciências da Natureza é possível complementar essas observações, observando como diferentes povos interagem e preservam – ou não – os recursos naturais e como o ambiente onde estão inseridos influência nos seus costumes e tradições. Assim como na

área de Matemática, há a possibilidade de anali-sar indicadores e dados de desenvolvimento de diferentes regiões e verificar quais fatores os compõe, relacionando às condições observadas nas demais áreas.

Não são poucos os conhecimentos e habilida-des a serem trabalhados para conseguir efetiva-mente desenvolver essa competência, não é mes-mo? É por isso que nós, da equipe Ler e Pensar, acreditamos na necessidade do trabalho conjunto entre as áreas e no acesso à informação para a efetividade do trabalho com as competências.

O que isso quer dizer:Assim como é importante ter um amplo reper-

tório cultural, saber se posicionar e fundamentar as próprias opiniões também é imprescindível para o cidadão do século XXI, por isso, a sétima competência da BNCC diz respeito à essa habilida-de. Segundo o Dicio, dicionário online da Língua Portuguesa, argumentar é “usar de argumentos; discutir apresentando e contrapondo razões que, através do raciocínio lógico, levem a uma conclu-são”. Ou seja, para estar verdadeiramente argu-mentando, é necessário estar apoiado em funda-mentos e não só na própria opinião.

Para alcançar o que essa competência pro-põe, além de conseguir desenvolver as opiniões a partir de dados, fatos e informações confiáveis, os estudantes também precisam conseguir fazer inferências e avaliar a argumentação de seus interlocutores, encontrando, quando houver, incoerências e falta de evidências. Também pre-cisam aprender a defender seus próprios pontos de vista e debater com firmeza e respeito, ouvin-do e aprendendo com as outras pessoas.

A Base ainda vai além e estabelece que, os alunos precisam respeitar e promover os direi-tos humanos, o consumo responsável e a cons-ciência socioambiental, posicionando-se de maneira ética, em relação ao planeta, aos outros, mas também a si mesmo – aqui já encon-tramos traços das habilidades sócio emocionais, que serão abordadas em textos posteriores.

Para conseguir trabalhar com assuntos das esferas regionais e globais, é necessá-rio que, além de um repertório bem desen-volvido, os alunos percebam como suas ações impactam o todo construindo uma perspectiva global e se aprofundando em assuntos mundialmente importantes, como as mudanças cl imáticas, a pobreza e migração,desenvolvendo também, desta forma, a consciência socioambiental.

Como chegar lá:Todas as áreas do conhecimento têm rela-

ção direta com essa competência. Iniciando com a área de linguagens, a disciplina de Artes, por exemplo, pode servir para ajudar o aluno a conseguir desenvolver a retórica e melhorar a performance em público. Em Língua Portuguesa, o aluno precisa ser levado a ler muito, para aumentar o repertório, e saber articular e escrever bem, para tornar suas exposições mais claras.

Nas áreas de Ciências Humanas e da Natureza, é possível explorar as questões sociais e ambientais citadas no texto da BNCC, e em Matemática analisando dados referentes a essas áreas.

Mais uma vez, o uso do jornal e das mídias em sala de aula se mostra extremamente necessário. Ao levar materiais contextuali-zados e atuais para discutir os assuntos pro-postos pela BNCC os alunos conseguem dar novos significados aos conteúdos apresen-tados, relacionando-os à realidade. Além disso, proporcionar o acesso a fontes confiá-veis é fundamental quando falamos em aumentar o repertório dos estudantes.

É importante também, ao trabalhar com a capacidade de argumentar, apresentar aos alunos ferramentas de curadoria de conteú-do, portanto, para isso, nós, professores, precisamos estar sempre bem informados e dispostos a utilizarmos destas ferramentas. Outra necessidade atual, explicita inclusive nas habilidades de Língua Portuguesa, des-de o Ensino Fundamental, diz respeito à veri-ficação dos conteúdos, destacando a neces-sidade de o estudante conseguir comparar informações sobre um mesmo fato veicula-das em diferentes mídias e concluir qual é mais confiável e por quê.

Observando as duas competências traba-lhadas hoje, fica muito clara a importância do jornal em sala de aula, assim como a necessidade de nós, educadores, estarmos sempre bem informados. Se você quer saber como a comunicação e a cultura digital tam-bém são impor tantes neste processo, aguarde a próxima edição do BOLO.

Competência Geral número 7: ArgumentaçãoO que diz a Base:Argumentar com base em

fatos, dados e informações confiáveis, para for-mular, negociar e defender ideias, pontos de vis-ta e decisões comuns que respeitem e promo-vam os direitos humanos, a consciêcia socioam-biental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta

4 sexta-feira, 5 de julho de 2019

Mais curtidas

O braille é um sistema de escrita desen-volvido na França, que chegou ao Brasil em meados de 1854. Destinado a pessoas com baixa ou nenhuma visão, sua escrita em alto relevo permite que pessoas com esse tipo de necessidade educativa especial possam ser alfabetizadas.

Apesar de ser um sistema de grande importância para essa população, o acesso ainda é limitado. Nos anos 2000 o número de crianças alfabetizadas em braille era de 10%, em comparação a 50% em 1950, segundo a Federação Nacional dos Cegos dos Estados Unidos. O número, que já estava baixo, tende a diminuir ainda mais, em virtude dos pro-gramas de computadores, aplicativos e audiolivros voltados para esse público.

No dia 06 de maio, o jornal Gazeta do Povo publicou a matéria “Lego faz parceria com Brasil e cria peças em Braille para ajudar crianças com deficiência visual”, apresentan-do um projeto inovador, o qual promete aumentar, novamente, os índices de apren-dizagem em braille.

O projeto vem sido desenvolvido pela LEGO em parceria com o Brasil e outros três países. Pensando em inovação, a mar-ca adicionou a suas peças um grande dife-rencial: letras, números e símbolos mate-máticos impressos em relevo.

No Brasil, dentre os cerca de 6,5 milhões de pessoas com deficiência visual, 20% delas são crianças e adolescentes de acor-do com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com esse projeto, será atribuída uma nova ferramenta de inclusão, a qual permitirá o ensino do sistema braille a uma quantidade ainda maior de crianças com baixa ou nenhuma visão.

Partindo da leitura da matéria indicada é possível desenvolver diferentes aborda-gens midiáticas com os alunos, utilizando os três pilares da educomunicação.

Com a mídia: Prepare um momento de conversa com

os estudantes, levando em consideração o que eles pensam sobre o projeto da LEGO. Apresente, se possível, uma animação sobre

a história de Louis Braille. Depois, proponha uma pesquisa à turma para que encontrem outros pro-jetos parecidos. Apresente a iniciativa do site: “Brinquedo como eu”, em tradução livre. Explique que a ideia nasceu de uma internauta que lançou em 2015 uma mobilização on-line para convencer diferentes empresas de brinquedo a incluir em sua linha, por exemplo, brinquedos que representas-sem as 150 milhões de crianças com necessidades educativas especiais ao redor do mundo. Essa prá-tica vem ao encontro da competência socioemocio-nal presente na BNCC que estimula “exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a coo-peração, fazendo-se respeitar e promovendo o res-peito ao outro e aos direitos humanos, com acolhi-mento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, cul-turas e potencialidades, sem preconceitos de qual-quer natureza”.

Pela mídia:Proponha uma produção de texto com a turma,

questionando sobre como seria um anúncio do Braile Bricks para um outdoor, explorando o gêne-ro textual anúncio. Destaque as caraterísticas e finalidades deste texto. Sugira que em pequenos grupos, os estudantes criem seus anúncios e divul-gue-os na escola. Eles podem ainda pesquisar uma forma de adaptá-los para pessoas com necessida-des educativas especiais, como por exemplo, usan-do aplicativos de áudios ou até mesmo com auxílio de uma gráfica para traduzir o material criado para braille. Os estudantes podem ser desafiados ainda a criar campanhas publicitárias para a divulgação de novos brinquedos para crianças com necessida-des educativas especiais. A LEGO, por exemplo, criou a primeira cadeira de rodas para bonequi-nhos e a Playmobil também já lançou uma linha de brinquedos focada neste público. Confira na sessão E-dic@s alguns aplicativos que podem te ajudar neste processo. Os anúncios podem ser postados e compartilhados nas redes sociais e também serem expostos nos corredores da escola.

Para a mídia: Argumentar com base em fatos, dados e infor-

mações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, com posicionamento ético é outra com-petência geral indicada na BNCC. Levando em consideração essa competência, peça para que os estudantes pesquisem diferentes notícias sobre outros materiais educativos em braille, como por exemplo, a criação de um livro da Turma da Mônica. A turma pode ainda pesquisar outras notí-cias sobre o “braille-bricks” em diferentes mídias. Compare-as com a turma e discuta sobre onde foram veiculadas e qual a intencionalidade de cada uma delas. Exiba, se possível, o vídeo “Conheça o Braille Bricks”. Converse com a turma sobre a diferença de abordagem das matérias pesquisadas e do vídeo apresentado. Quais recur-sos foram utilizados? Qual das linguagens é mais impactante? Para finalizar, incentive os estudan-tes a compar t i lhar nas redes sociais o #BrailleBricksForAll trazendo argumentos capa-zes de convencer outros fabricantes de brinque-dos a produzir esse lindo projeto para crianças do mundo inteiro.

Texto produzido pelos alunos dos 3º e 4º anos do curso de Pedagogia da Universidade Positivo, parceiros do Projeto Ler e Pensar:

Beatriz Cordeiro Claro, Bruna Lampert Leão, Cyntia Raquel Stawicki, Larissa Fagundes, Maria Lethícia Tamaio Leite de Lima, Milena Vieira da Silva, Nilson Bispo de Jesus Jr, Raiana Aparecida Lopes Vasconcelos, Rasna Leal Macedo, com orien-tação da professora Camile Gonçalves Hesketh Cardoso.

BRAILLE-BRICKS: A PEÇA QUE FALTAVA PARA A CONSTRUÇÃO DE PRÁTICAS MAIS INCLUSIVAS

Vídeo: abre.ai/bolo-louisbrailleSite: www.toylikeme.org/

Livro: abre.ai/bolo-turmadamonicaVídeo: abre.ai/bolo-videobraille

Quer saber mais? Leia a matéria principal na íntegra:

abre.ai/bolo-braillebricks

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5sexta-feira, 5 de julho de 2019

Iniciativas que transformam também podem começar na escola

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O uso de celulares no Brasil é algo bem popu-lar. Segundo a pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no primeiro semestre de 2018, já temos mais de um smartphone ativo por habitante: são 220 milhões de aparelhos contra 207,6 milhões de pessoas. Se levarmos em conta outros tipos de eletrônicos, como notebooks e tablets, o número assusta ainda mais: 306 milhões de portáteis.

Não é de se estranhar que a presença do dis-positivo na escola seja algo mais comum a cada dia. Seja ouvindo música, navegando nas redes sociais ou conversando no whatsapp, nossos alu-nos costumam passar todo o tempo (que podem), conectados. Mas, apesar dessa conexão toda assustar em um primeiro momento, você já parou para pensar que a tecnologia pode ser um canal importante para alcançarmos a sustentabilidade?

Pensando que sustentabilidade é utilizar os recursos disponíveis para satisfazer as necessi-dades da geração presente, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprirem as suas, entendemos que nada mais é do que consu-mir conscientemente. Portanto, saber poupar os nossos recursos, para que as futuras gerações tenham acesso a eles, é algo de extrema impor-tância. E onde entra a tecnologia?

A matéria “Iniciativas que transformam as cida-des: de delivery de minhocas a aplicativo para cata-dores”, publicada pela Gazeta do Povo no dia 24 de junho, traz exemplos de como essa união pode funcionar. Ela apresenta projetos como o Caçamba do Bem - uma iniciativa de quatro ami-gas curitibanas que observa o descarte das obras e avalia a possibilidade de utilização, por meio de fotos, depois, vende o que é possível pelo Instagram e converte a renda em reformas para revitalizar instituições carentes. Além do Cataki, um aplicativo idealizado por Mundano, um artista paulistano, que conecta catadores a pessoas que pretendem descartar algo de forma correta.

Como utilizar essas inspirações em sala de aula, sem fugir do currículo e tornando a aprendizagem dos adolescentes mais significativa? Confira!

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Com a mídia: Nas competências específicas de ciências da

Natureza para o Ensino Médio, da BNCC, encontra-mos “Investigar situações-problema e avaliar apli-cações do conhecimento científico e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedi-mentos e linguagens próprios das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e comuni-car suas descobertas e conclusões a públicos varia-dos, em diversos contextos e por meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comu-nicação (TDIC).” Pensando nisso, inicie a atividade com a leitura da matéria citada anteriormente. Depois, proponha aos alunos um mapeamento das condições socioambientais da comunidade onde vivem. Para isso, vocês podem se apoiar em estudos já existentes ou produzir uma pesquisa própria, para descobrir a quantidade de comida desperdiça-da após o lanche, a população de animais de rua, a qualidade da água que chega até a escola, ou qual-quer outro assunto que possa interessar aos alu-nos. Nesse momento, dependendo do tema escolhi-do, é possível realizar uma parceria com o professor de matemática e abordar a habilidade de “Planejar e executar pesquisa amostral sobre questões rele-vantes, usando dados coletados diretamente ou em diferentes fontes, e comunicar os resultados por meio de relatório contendo gráficos e interpretação das medidas de tendência central e das medidas de dispersão (amplitude e desvio padrão), utilizando ou não recursos tecnológicos”, transformando a práti-ca em um projeto interdisciplinar. Divida-os em gru-po para a elaboração dos relatórios e na hora de divulgar os resultados, incentive a criatividade e a curiosidade dos alunos, permitindo que explorem a internet em busca de sites ou aplicativos que permi-tam a elaboração de materiais diferenciados.

Pela mídia:Ainda trabalhando em grupos, proponha que os

alunos, embasados pelos dados conhecidos ante-riormente, pensem em possíveis soluções para esses desafios. Mais uma vez é a hora de explorar os conceitos da área de Ciências da Natureza e suas tecnologias para possibilitar a elaboração de inicia-tivas aplicáveis. Então criem e apresentem um pro-jeto para a escola, numa espécie de “Feira de Boas Ideias”, aberta para toda escola e comunidade.

Para tornar a ação ainda mais envolvente, invis-tam na comunicação sobre o evento e, mais uma vez trabalhando de forma interdisciplinar, é o momento de se unir aos professores de Linguagens para criar a campanha publicitária da ação.

Mobilize os alunos para que utilizem diferen-tes mídias. Eles podem criar um comercial televisivo, propaganda impressa, posts para as redes sociais e até mesmo spots de rádio.

Durante a Feira, a ideia é que cada grupo “venda a sua ideia” e depois o público eleja uma, ou mais, dependendo da sua realidade, para que todos da turma se engajem e colo-quem em prática o (s) projeto (s) escolhido (s), provocando uma verdadeira contribuição para a sociedade.

Para a mídia: Outra habilidade prevista para ser traba-

lhada durante todo o Ensino Médio é: “Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas das Ciências da Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a apresentação dos dados, tan-to na forma de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a coerência das conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de informações.” Por isso, apresente aos alunos artigos científicos que tratem das temáticas selecionadas, para que eles leiam e analisem o seu conteúdo. Aproveite esse momento para observar como o texto é composto e quais são as diferenças entre o artigo científico e a matéria de jornal, observando a quem se destinam, como e por quem são escritas e quais as suas funções. Após a leitura e interpretação do texto, reto-mem a matéria utilizada desde a primeira ati-vidade observando como os dados científicos poderiam dar mais credibilidade ao tema tra-tado. Selecionem os dados e realizem a rees-crita da matéria, divulgando também os números ou argumentos presentes no mate-rial estudado. Outra sugestão é realizar a reescrita do texto científico em forma de arti-go de jornal, observando as alterações de lin-guagem para adaptar o material ao suporte.

DICA DO LEP: CONHEÇA NOSSO CURSO EAD “GERENCIANDO E AVALIANDO PROJETOS EDUCACIONAIS” DISPONÍVEL ATÉ O DIA 02/09.

Quer saber mais? Leia a matéria principal na íntegra:http://abre.ai/bolo-iniciativas-sustentaveis

ATENÇÃO!Você sabia que o Instituto GRPCOM também trabalha com organizações do terceiro setor? Então, se você e seus alunos estão trabalhando (ou preten-dem trabalhar) com alguma causa social e precisa de uma ajudinha, pro-cure-nos! Nós podemos te conectar às Instituições parceiras do IGRPCOM e dar visibilidade a essas iniciativas!

6 sexta-feira, 5 de julho de 2019

Conheça os vencedores da Missão de junho

Para participar da Missão Premiada de Junho, os professores deviam nos enviar uma prática pedagó-gica utilizando uma matéria da Gazeta do Povo. As práticas recebidas foram avaliadas pela comissão julgadora, composta por integrantes do Ler e Pensar e alunos de pedagogia da Universidade Positivo. Excepcionalmente nessa missão tivemos TRÊS ven-cedores. Empatando em primeiro lugar temos as professoras Amanda Fernanda Lourenço dos Santos que falou sobre inteligência emocional, rela-cionada com a Educação Física, promovendo uma reflexão sobre a saúde integral e Luciana Schroder que abordou o tema solidariedade com os alunos do 5º ano. Ambas receberam R$200,00 em vale pre-sente da Livraria Saraiva mais 60 pontos. Já o pro-fessor Jackson Vieira Machado, relacionou a tecno-logia com noções de primeiros socorros com os alu-nos do Ensino Médio, buscando implementar na escola uma nova cultura sobre o uso dos celulares. Ele recebeu 50 pontos mais R$150,00 em vale pre-sente da Livraria Saraiva pela conquista do 2º lugar! Os demais professores que enviaram as suas práti-cas pedagógicas, dentro dos critérios estabelecidos no regulamento, ganharam 30 pontos nessa missão. Acompanhe e a Coluna do Ler e Pensar na Gazeta do Povo nas próximas semanas e confira as práticas vencedoras em detalhes.

Ler e Pensar

PERÍODO : 01/07 a 31/07

TAREFA: Finalizar um dos cursos da

plataforma EAD e postar nas redes

sociais (Facebook ou Instagram), em

modo público, um relato (texto ou

vídeo) sobre o curso com a

#lerepensar20anos.

Resultado: primeira semana de agosto

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO: vencem os dois

professores que tiverem mais curtidas na

publicação, até às 15h do dia 31/07/2019.

Missão de Julho: não deixe de participar!

Um dos benefícios do Ler e Pensar é a plataforma EAD. Lá, os professores podem contar com cursos de extrema relevância para educação atual. E, além de fica-rem atualizados com o que há de mais tendência na edu-cação, todos os cursos são certificados e válidos para a progressão de carreira. Então, para unir o útil ao agra-dável, para a Missão Premiada de Julho, os professores devem realizar ao menos um curso disponível na nossa plataforma e postar um relato, dizendo como o conteúdo do curso mudou sua prática em sala de aula. Acompanhe o passo a passo.

7sexta-feira, 5 de julho de 2019

Incentivar os alunos a produzir apresentações, anúncios publicitários, slogans e até memes são uma formas criati-vas e divertidas de compartilhar o tema proposto em sala de aula com toda a comunidade escolar. Indo além do básico Power Point, há diversas ferramentas gratuitas na internet que podem auxiliar tanto o professor, quanto os alunos, a criarem conteúdos interessantes. Confira as nossas dicas:

E-dic@s

CanvaO Canva é um site simplificado de ferramentas de design gráfi-co. Com o recurso de “arrastar--e-soltar” fica muito fácil criar e compartilhar vários tipos de layouts. Nele, há milhares de vetores e fotografias para uso gratuito e que podem ser usados tanto para mídia impressa quan-to para a web. https://www.canva.com/

PreziVoltado para apresentações, o Prezi possui uma enorme biblioteca de imagens, tabe-las, gráficos e layouts perso-nalizados, permitindo que você crie apresentações cria-tivas e de forma intuitiva. Uma dica é compartilhar os conteúdos das apresentações de maneira online, para que todos possam ter acesso. https://prezi.com/pt/

HandTalkCaso a ideia da turma seja criar um blog ou site para comparti-lhar com a comunidade e cons-cientizar as pessoas, uma dica para deixa-lo inclusivo é o HandTalk. O HandTalk possui um aplicativo gratuito com o intuito de traduzir as palavras para LIBRAS (a língua brasileira de sinais). Além disso, ele possui o recurso de colocar um “inter-prete virtual” no site.

COMO PARTICIPAR

DA MISSÃO DE JULHO

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Acesse o site e se inscreva na missão:

http://www.lerepensar.com.br/missoes-

premiadas/

Clique em Criar Registro, para localizar 

o seu cadastro

Selecione o mês de julho

Antes de enviar, copie e cole o link da

PUBLICAÇÃO!

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Verifique se a sua publicação está em modo

PÚBLICO

Não esqueça decontar em seu relatocomo o curso mudoua sua prática em salade aula e de usar a

#lerepensar20anos napublicação!

Exemplo:

Você deve clicar na publicação realizada e copiar o link!

Cuidado para não enviar o link somente do seu perfil ou

"www.facebook.com"

8 sexta-feira, 5 de julho de 2019

expedienteRealização

Rua Júlio Perneta, 526 – Mercês – Curitiba - CNPJ 04.955.882/0001-08 - Reg. OSCIP MJ 08.015.012.845/2002-61 • Presidente: Guilherme Döring Cunha Pereira • Superintendente: Ana Gabriela Simões Borges

• Editora Responsável: Mariane Maio • Redação Ler e Pensar: Patrícia de Paula, Kenia Cordeiro Araujo e Mariane Maio. • Projeto Gráfico: Robson Vilalba. • Diagramação: Thapcom.com. • Conselho Educacional: Esther Cristina Pereira, José Carlos Fernandes,

Jussara Finatti, Marlei Malinoski e Rosa Maria Dalla Costa. • Fale conosco: lerepensar@grpcom.com.br / (41) 3340-7923/ (41) 99233-0560

Site: www.lerepensar.com.br • Fanpage: www.facebook.com/lerepensargazetadopovo/ • Instagram: @lerepensargazetadopovo

realização:

padrinhos sociais:

APOIO institucional: APOIO:

ISSN 2595-2811