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Um segundo e meio e Café com Torradas Repertório

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Page 1: Repertório Teatro de Perto

Um segundo e meio e Café com Torradas

Repertório

Page 2: Repertório Teatro de Perto
Page 3: Repertório Teatro de Perto

“O texto teatral é um dos mais expressivos e úteis instru-mentos para a construção de um país, barômetro que marca a sua grandeza e sua decadência. Um teatro sensível e bem orientado pode mudar em poucos anos a sensibilidade do povo e um teatro desgastado pode degradar e adormecer uma nação inteira. Neste momento dramático do mundo o artista deve chorar e rir com seu povo. É preciso deixar de lado as flores refinadas e enfiar-se na lama até a cintura para ajudar aos que procuram as açucenas. Particularmen-te eu tenho ânsia da comunicação com os outros. Por isso bati às portas do teatro, e é a ele que consagro toda minha sensibilidade”.

Federico Garcia Lorca

Page 4: Repertório Teatro de Perto

Teatro no espaço e nas pessoas

Viajar com um espetáculo, apresentá-lo para o maior número possível de pessoas e luga-res, parece-nos ser um desejo inerente ao próprio teatro. Essa vontade nasce junto com a concepção, de um espetáculo, está em sua gênese, na sua dramaturgia.É um privilégio para o Teatro de Perto circular por este, praticamente, infinito país gra-

ças ao Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz.Aliás, viagem - com pés no chão, corações e mentes ardendo - é condição do próprio

teatro, seja pelo exercício das fantasias e imaginações do espectador e dos atores, ou pelo fato concreto de levar uma peça a vários lugares.Nossa idéia nessa jornada, é ter uma experiência que transcenda o próprio palco, fique

na memória, que divirta, mas não seja mero entretenimento. Não apenas pela ação reflexiva e lúdica que a peça possa proporcionar, mas também pela

vivência nas oficinas, entrevistas e bate-papos. Podemos brincar de dizer que teatro não é efêmero, já que veio de longe, há tanto tempo,

está aqui, ali, em mim, em você e espalhado por ai. Se o encontro for importante, fica uma semente de continuidade, um sempre início de história que nasce do contato entre o ator e o público.Que aporte conosco em cada cidade, o frio na barriga, um novo diálogo, a possibilidade

de transformação, encontros inesquecíveis, novos olhares e aprendizados, o senso crítico e o coração aberto.

Marcello Airoldi

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O Teatro de Perto...

... quer vasculhar o que há de mais intimo no homem, percorrer interiores esquecidos ou distantes. Trazer à superfície o que naufragou no cotidiano, na mecanicidade dos passos e na acomodação da vida. Um teatro de olhos nos olhos, mas sem agressividade.O principal objetivo do núcleo é montar espetáculos baseados essencialmente no tra-

balho de interpretação do ator, criando uma dramaturgia própria para favorecer sua bus-ca criativa, ou utilizar trechos de obras consagradas da dramaturgia mundial, romances, contos e peças experimentais que sirvam de base para esse vasculho da expressividade do ator.Outra idéia é a eliminação total, ou de grande parte da cenografia, adereços e objetos

utilizados para compor o espetáculo. Para nós o teatro, o jogo se dá, na relação do ator com o público, e é neste universo que queremos trabalhar.O primeiro trabalho, com essas características, foi Café com Torradas, de Gero Camilo,

que estreou em novembro de 2006 e ainda percorre os palcos da cidade de São Paulo. O texto foi o mote perfeito para este despojamento dos complementos teatrais como lin-guagem. A peça acontece numa sala de espera com luz fluorescente e cadeiras de plástico. O ator, que é também Fulano, vestindo apenas um pijama e carregando uma escova de dente, conta sua história enquanto também espera ao lado do público. Em Um segundo e meio, que estreou no Sesc Consolação em agosto de 2008, o con-

traditório e complexo revelam-se na mesma relação com a simplicidade. Um homem percorre 3 mil quilômetros atrás de seu objetivo, no entanto, o ator não sai do lugar, não precisa dar um passo sequer para percorrer essa distância. As palavras e imagens são as condutoras do espectador na trajetória do protagonista.É na síntese que muitas vezes encontra-se o que procuramos nesse teatro de perto.

Quanto menor, maior.

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“O tempo é uma realidade encerrada noinstante e suspensa entre dois nadas.”

Gaston Bachelard

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Espetáculo

Um segundo e meio...... é a história de um homem que caminha três mil quilômetros para matar outro homem. A caminhada é mote para inventar novas histórias, reviver acontecimentos importantes, tentar entender a morte para encontrar-se com a totalidade da vida. Nessa jornada, alcança o limiar entre a lembrança de fatos reais de sua existência e a poesia de uma memória que vai além do tempo real.

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Proposta de encenaçãoUm segundo e meio é um projeto que

reúne uma busca estética de dramaturgia e linguagem cênica simultâneos. O texto, em sua estrutura narrativa, funciona como pensamentos descarregados sobre o papel, um conto que reflete a velocidade e a necessidade que seu protagonista tem de cuspir fragmentos de sua própria história, e por eles purgar pequenos acontecimentos que marcaram sua vida.

Nossa busca é pensar, experimentar, como dizer o texto num fluxo contínuo de movimento em que caibam as palavras e sentidos dessa dramaturgia, apoiando-se apenas na figura do ator, única ferramenta utilizada por nós para diminuir a distância até o Homem.

Tempo de duração: 50 minutos

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A vida é cheia de simultaneidades: pensamentos, ações, contradições, felicidades e tristezas, dores, bana-lidades, tudo acontecendo ao mesmo tempo. Há uma espécie de sincronismo entre as pessoas, entre os fatos. Pessoas que nunca se viram vivenciam experiências si-milares simultaneamente, em lugares diferentes. Assim também parece ser entre o subconsciente e a razão, pois apesar de coexistirem, seus conteúdos são reve-lados em momentos diferentes, e os motivos “disso” e não “daquilo” vir à tona, é um mistério da dialética entre consciência e inconsciência.

Nos estudos científicos sobre tempo e espaço, já se aventa possibilidades da existência de um tempo para-

lelo, como uma dimensão na qual fatos do passado coexistem com os do presente, sem dialogarem entre si, sem uma porta que facilite o contato entre eles.

De qualquer forma, é inegável a existência de um tempo paralelo - ou seria enviesado? - ao tempo do relógio. Pelo menos, na poesia.

Em sendo assim, é possível afirmar que a memória é o lugar possível da simultaneida-de e diálogo entre passado e presente, como uma ponte entre a ancestralidade e o futuro. Ora, onde está o homem que habitará a terra daqui mil anos? Em nós. O futuro passa, assim, a integrar a memória do homem.

No teatro, ciência da alma e da sociedade, é possível revelar um tempo poético que reserva um estado que contêm todas as coisas, um fragmento de todas as experiências do homem, sem cronologia histórica, sem envelhecimento, sem duração, mesmo que para isso o tempo cronológico seja empregado para possibilitar o entendimento de uma trama apresentada ao público. Então, certa linearidade narrativa se faz necessária, já que ainda somos privados da faculdade de assimilar todas as coisas ao mesmo tempo.

Assim, não soa tão estranho a plenitude da vida, ser condensada num pequeno frag-mento de tempo cronológico, instantes antes da morte. Condensada, não diminuída. Poe-ticamente isso é muito possível. Nesse instante, pleno, um estado diferenciado se instaura, uma capacidade de assimilação e entendimento descomunais, distantes das capacidades cotidianas de percepção. Essa totalidade não está na duração do tempo, mas na poesia do instante, vertical, intenso, num tempo impossível de ser contabilizado.

Marcello Airoldi

Sobre o textoQuanto tempo dura um segundo e meio?

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O diretor

Minha paixão pelo ofício do ator, o homem que exercita tornar-se outro, outros, para penetrar em si mesmo, conhecer-se e expor essa experiência para que o espectador de sua exibição pública possa ver-se também e, quem sabe, lembrar-se de si. As centenas de jovens atores com os quais convivi e com vários deles a promessa de traba-lharmos juntos algum dia. Marcello Airoldi é um, e por isso nunca paramos de nos perseguir. E cá estamos para vivenciar, com a mon-tagem de Um Segundo e Meio, a recriação dos mistérios do ser. A jornada de um homem e a companhia que ele escolhe para a viagem mais lúcida, por isso poética, que um homem pode propor-se, instan-te em que se descortina o histórico de uma vida na velocidade de um elétron em torno do seu núcleo atômico.

Antonio Januzelli

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O corpo transparentesobre o treinamento do ator O ator tem em si mesmo seu instrumento de trabalho, por-

tanto, a potência de sua presença depende da qualidade que ele consegue imprimir no espaço através de seu corpo e suas ações.

A proposta de um treinamento, de uma prática diária tem como objetivo dar ao ator a possibilidade de limpar, de de-sobstruir o corpo/ canal de toda resistência que bloqueia os impulsos criativos. Para que o corpo se torne livre e pronto para reagir aos estímulos e possa dar vida aos mais diversos caracteres humanos. Para que se torne um corpo transparente e seja capaz de irradiar a vida.

No processo criativo são incorporadas, então, ferramentas artísticas que tratam da “afinação” do corpo do ator e sua sintonia com a imaginação, de modo que este seja um instru-mento potente e sensível.

As relações entre percepção e qualidade, equilíbrio e opo-sição, energia e forma, precisão e espontaneidade são desen-volvidas através de exercícios físicos dentro de uma estrutura de treinamento no qual o ator é estimulado a confrontar suas dificuldades e seus automatismos.

A prática de um treinamento diário provoca o ator a ques-tionar os meios com os quais constrói seu ofício, e a manter viva a inquietação que o faz buscar novos estímulos para de-senvolver sua arte.

Esta pesquisa prática tem como objetivo fundamental o trabalho sobre a presença do ator através do corpo e sua po-ética.

Joana Levi

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Um segundo e meio

Quantas palavras cabem no tempo? Quanto do tempo cabe nas frases, nas pontuações, nos gestos? Quanto tempo nos reserva a carne e quanto deste mesmo tempo cabe aos sonhos? A vida passa num piscar de olhos, a dor do dia se estende à eternidade, até que se dissipe e acabe. O amor congela as horas, que depois nos assustam penduradas nos ponteiros do relógio.

As indagações sobre o tempo são uma constante em nossas vidas. Me-mória, neurônios, psique giram num turbilhão e nos conduzem. Mas a que lugar estamos sendo conduzidos? A peça “Um segundo e meio”, de Marcello Airoldi, trata disso, do tempo misturado ao tempo e às palavras, de um cami-nhar misturado às palavras e aos passos, do lugar que, de dentro, se confunde com as palavras e, de fora, se confunde com o pó da estrada.

Aliás, em nossas vidas há indagações para tudo. Mesmo que não nos importe onde chegar (talvez até o silêncio do universo), é no caminhar que as perguntas saltam, em sinapses, em morais, em frases misturadas num liquidificador. A reflexão, mesmo que nos leve à loucura e à morte, é uma condição humana; e é com ela que vamos construindo a vida, revelando as dores e as alegrias, deixando pela passagem mosaicos de pensamentos que se fundem numa beleza estranha.

Danilo Santos de Miranda Diretor Regional do SESC São Paulo

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O ator em busca do Homem.

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Ficha TécnicaTexto e interpretação

Marcello Airoldi

DireçãoAntonio Januzelli

Orientação corporalJoana Levi

IluminaçãoAline Santini

Design GráficoMidia Transgênica

FotosFlávio Moraes e Lucas Nasi

Direção de ProduçãoCarla Estefan

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O tempo é uma realidade encerrada no instante e suspensa entre dois nadas. [ ]

Gaston Bachelard

SESC ConsolaçãoR. Dr. Vila Nova, 245 - Vila Buarque - São Paulo - SP CEP: 01222-020

Tel.: 3234-3000 3256-2281 0800 11 8220www.sescsp.org.br • [email protected]

Míd

ia T

rans

gêni

ca

Todas as quartas às 21hde 20 de agosto a 24 de setembro de 2008

apresenta:

Restaurante

Cônego

Consulado

Mineiro

Tel: 3898-3241

[email protected]

REALIZAÇÃO: APOIO:

Page 16: Repertório Teatro de Perto
Page 17: Repertório Teatro de Perto

EspetáculoO texto, escrito por Gero Camilo, discorre sobre o homem atual, perdido

em seu próprio individualismo numa sociedade burocrática e desorganiza-da. A peça fala da dificuldade de nos relacionarmos com o outro, do medo de abrirmos as portas para novas possibilidades em nossas vidas, receber-mos influências e nos transformarmos com elas.

Fala da ameaça que muitas vezes o outro representa para a preservação de “nosso mundo” e da vontade de mantê-lo intocável a todo custo.

Fulano conta sua própria história, ora de forma narrativa, ora descrevendo as situações que viveu, ora revivendo os acontecimentos de fato. Lança mão de todas as possibilidades para contar seu drama particular.

Numa manhã qualquer alguém bate à sua porta perturbando o conforto de seu sono. Talvez por irritação, capricho ou apenas pelo mau humor, ele se nega a abrir a porta.

Prefere escovar os dentes, preparar seu café com torradas enquanto o vi-sitante insiste em incomodá-lo com batidas cada vez mais agressivas. Ele não abre.

A partir daí tem início uma série de acontecimentos que mudarão o seu dia. Fulano é “juiz” e “advogado” de si mesmo perante o júri-platéia e sua sentença talvez seja a consciência dos motivos que o levaram onde está.

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SINOPSEUma senha, uma fila. Fulano espera, a pla-

téia espera. De repente, como alguém que precisa falar, colocar a vida pra fora, Fulano desembesta a contar sua história. Numa ma-nhã qualquer de sua vida tem seu precioso sono interrompido por batidas em sua porta. Irritado com a ousadia do estranho recusa-se a abrí-la, apresentando as mais divertidas e absurdas justificativas. A partir daí, uma série de acontecimentos se transformam num jogo teatral de situações que revelam um homem individualista e mesquinho, disposto a preser-var seu “mundinho” a qualquer preço. Talvez abrisse a porta se já tivesse escovado os den-tes, talvez abrisse a porta se já tivesse tomado seu café com torradas...

Oferecendo uma revisão de nossos valores mais comuns, o espetáculo passeia entre o drama e a comédia, reservando à platéia um final sur-preendente.

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PrOPOSta DE ENcENaçãOProposta de Encenação

Um ator, a platéia, o jogo.

O espetáculo está baseado na mais simples estrutura teatral.

O ator é responsável por dizer as palavras e dividir com o público a história e o universo de Fulano.

Tempo de duração: aprox. 40 minutos

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“...como era pobre meu pequeno Burguês...”Drama das pequenezas humanas da sociedade contemporânea. A falta de elo social faz com que o homem se imagine só, sem o peso da co-munidade a que pertence. Mera ilusão, ele não é auto-suficiente. O seu umbigo é maior que sua casa, mas sua casa não é maior que o mundo. Ele precisa acender o olhar pro sol, bater lençol, tirar o pó, ouvir quem bate à porta. Caso contrário, o drama será trágico. Do tamanho do umbigo épico do individuo sem nome.

Gero Camilo

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FICHA TÉCNICA:

Direção e Interpretação

Marcello Airoldi

Texto

Gero Camilo

Direção de ProduçãoCarla Estefan

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Realização: Teatro de Viés

da Cooperativa Paulista de Teatro

Contato:[email protected]

[email protected]

apoio:

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C l i P P i N G

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C l i P P i N G

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Um segundo e meiopor Juliene codognotto

(…) Bzsusizusizusiuzisuzisuzzzzz (…)Bzsusizusizusiuzisuzisuzzzzz. Eu sei, fica estranho es-crever o barulho, mas é mais ou menos assim, com essa simplicidade toda, que Marcello Airoldi representa a li-gação entre os neurônios (a sinapse) que formará nossas memórias. Sozinho no palco, com muitos gestos e ne-nhum passo, ele nos explica, muito delicada e cuidadosa-mente, que no sistema simpático, blábláblábláblá - essa coisa toda de um neurônio que manda mensagem pro outro, que manda mensagem pro outro, formando um grupinho de neurônios que é acionado sempre que nos lembramos daquela coisa, daquela sensação… Assim, portanto, o texto nos remete à ligação entre aconteci-mentos, palavras, sentimentos, cenas, situações - tudo aquilo que se repete nas nossas vidas de alguma maneira mais ou menos esquisita e nos dá aquela sensação de… “eita, já vi isso”, “eita, já vivi isso”, “eita, já disse isso outras vezes”…(…) Bzsusizusizusiuzisuzisuzzzzz (…)A cada abotoada na camisa, a cada respiração profun-da, a cada gesto minuciosamente idêntico repetido para expressar não os mesmos significados, mas outros, o ator leva a platéia junto consigo para percorrer novas estradas e histórias de um homem que “caminha, cami-nha, sem nunca parar”, caminhos que, ao mesmo tempo, podem ser novos ou conhecidos, porque, depois de uma introdução didática, ele utiliza o som da sinapse pra nos despistar enquanto nos aproxima deste personagem que, acompanhado de uma bala, segue o seu caminho para “matar o homem que precisa morrer”. Jonas, Romano, o negro vesgo com a mão no fusca vermelho, a catequista dentuça e gordinha, o sangue vermelho da imagem de Je-sus, o santo negro que não é vesgo, a catequista dentuça e gordinha. Cada personagem, cada história, caminha se-parado e junto, se funde em palavras que fazem sentido e não fazem, tudo ao mesmo tempo agora. (…) Bzsusizusizusiuzisuzisuzzzzz (…)... Um segundo e meio são palavras, melhor, é poema. Um poemão - teria dito Ilo Krugli, que certamente tem sua cota de influência na atuação cada vez mais poética e sensível de Marcello Airoldi. Recuperamos o fôlego e aplaudimos, de pé, luz branca forte na cara.

Publicado em 23, September, 2008 www.bacante.com.brFoto: Flavio Moraes

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VISITA DE UM DESCONHECIDOpor Marcella Franco

Depois de obter igual repercussão positiva por sua atuação em Cleide, Eló e as Pêras, e A Procissão, também apresentadas recentemente, agora é possível analisar o trabalho de Gero Camilo como dramaturgo no monó-logo Café com Torradas, que tem dire-ção e atuação de Marcello Airoldi. Em cartaz num dos espaços mais novos da cidade, o espaço Artistas do Riso – Teatro Julia Bergmann, inaugurado a menos de um ano, a peça é uma reflexão sobre a individualidade humana perante a sociedade de

hoje em dia.Em um breve, mas eficiente jogo

teatral, Marcello Airoldi conversa com a platéia, apresentando as mais diversas e absurdas justificativas para não aten-der ao chamado insistente de alguém que, apenas no desfecho da peça, nos será apresentado.

A atmosfera que impera é a infor-malidade: o palco é literalmente uma sala de espera, com iluminação fria e cadeiras de plástico espalhadas pelas quatro paredes. Airoldi se apresenta ao público como um “igual” – a exemplo de todos os espectadores, também re-cebeu uma senha e aguarda algo ou alguém desconhecido. Trata-se de um cenário perfeito, que ambienta de ma-

neira redonda a proposta da direção.Na interpretação do texto de Gero Ca-

milo, Airoldi apresenta excelente preparação corporal e vocal, mantendo o ritmo do texto inalterado e firme. A interação com o público segue de maneira sutil e não ostensiva (o que é sempre um risco em um espetáculo desse tipo), funcionando perfeitamente com qual-quer tipo de público.

REViSTA BRAVO Edição dezembro/2006

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Marcello airolditeatro e tV 2009/2010

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Marcello airolditeatro e tV 2009/2010

O Globo

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O Estado de São Paulo Domingo 07 de fevereiro de 2010

caras 14 de Maio de 2010

contigo13 de Maio de 2010

12º Prêmio contigo de tV

Isto é Gente

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Histórico

café com torradas a partir de 2006

• Teatro Júlia Bergman• Casarão da Escola Paulista de Restauro• Feira de Teatro Ventoforte• 1ª Mostra Paulista de Monólogos• Festival de Teatro de Extrema - MG• 3ª Mostra de Referências Teatrais de Suzano• Rede de escolas da cidade de Santana de Parnaíba• Teatro Fábrica - Mostra da Cia São Jorge.

Um segundo e meio a partir de 2008

• Sesc Consolação

• Teatro Galharufa• Satyrianas• Colegio Waldorf Micael

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Ator, autor, diretor e professor de teatro.É formado pela Escola de Arte Dramática da USP, e estudou tea-tro físico, mímica e interpretação no Birkbeck College – University of London e Cit Lit of London. Atualmente está em cartaz no Te-atro Jaraguá, em São Paulo, com o espetáculo “Os Penetras”, de Mike leigh, dirigido por Mauro Baptista Védia.Foi do grupo Ventoforte e atuou em peças como “Bodas de Sangue” (que participou do Festival Mun-dial de Teatro e Música na Holan-da, itália e Bélgica em 2006), “Se o mundo fosse bom o Dono morava nele”, “As quatro chaves”, “Victor Hugo, onde você está”, entre ou-tros. Ainda no Ventoforte escreveu e dirigiu “A Casa do Gaspar, ou Kaspar Hauser, o órfão da Euro-pa”, em 2007. Com o núcleo de pesquisas do ator, Teatro de Perto, dirigiu e atua no solo “Café com Torradas”, de Gero Camilo, e “Um segundo e meio”, espetáculo que escreveu e atua, com direção de Antonio Januzelli. Como ator participou de espetácu-los como “Bang Bang”, “Pedra no Rim” e “O Beijo da Última Hora”, de Leo Lama, “Jung” e “O Casa-

mento” (peça em que recebeu indi-cação de melhor ator na 13ª edição do Festival Universitário de Blu-menau), com direção de Marinho Piacentini, “Casal Aberto, Quase Escancarado” de Dario Fo, com di-reção de Sérgio Coelho, e na EAD de montagens como “Macaco Pe-ludo”, direção de Celso Frateschi, “Tartufo”, direção de José Rubens Siqueira, “A Cozinha”, direção de Iacov Hillel, entre outros. Dirigiu e atuou nos espetáculos do extinto Teatro de Viés, “Macário”, de Álvares de Azevedo e o infan-til “Medo de Vassoura”, de André Collazzi.Recebeu prêmio de melhor direção pela peça Macário (Projeto Viva Cultura da Secretaria do Estado da Cultura -1993) e pelo espetáculo Café com Torradas, na 9ª edição do Festival de Monólogos de Piedade em 2002. Na TV participou de “Som e Fú-ria”, de Fernando Meirelles, do ain-da inédito “Por toda a minha vida - Adoniran Barbosa”, da novela “Belissima”, e interpretou o perso-nagem Gustavo em “Viver a Vida”, de Manoel Carlos, direção de Jayme Monjandim e Fabrício Mamberti. Também atuou no Novo Telecurso.No cinema participou de “Linha

de Passe”, filme de Walter Salles e de “Quanto dura o amor?”, de Ro-berto Moreira. È um dos protago-nistas de “Onde está a felicidade?”, de Carlos Alberto Riccelli e Bruna lombardi.Dirigiu o Depto. de Cultura da ci-dade de Barueri de 1997 a 2006, onde dirigiu espetáculos e coorde-nou inúmeros projetos culturais, dentre eles Varal da Cultura, Con-tos na TV e Contos no Rádio (tra-balhos de vídeo e áudio com obras da literatura brasileira e estrangei-ra), além de ser responsável pela programação do Teatro Municipal. Dirigiu a área de vídeo da Prefei-tura de Barueri entre 2005 e 2006.Atua como professor de teatro des-de 1990, e ministrou aulas no co-légio Waldorf Micael, onde dirigiu os espetáculos Mire Veja e Gota d´água, e adaptou textos como Tristão e isolda e Mahabharata. Na escola dirigiu este ano “Orfeu da Conceição”, que foi apresentado no Goetheanum, na Suíça. Dirigiu a Cia. de Teatro Vizinho Legal, que faz parte de um progra-ma social da Roche Farmacêutica.Participou de campanhas publici-tárias como: itaú, Microsoft, Blo-ckbuster, Hipoglós, Ford, Telemig, Buscofen, entre outras.

Marcello Airoldi Concepção, criação e atuação Teatro de Perto

Page 33: Repertório Teatro de Perto

Professor, ator e pesquisador. É formado em Direito pela Pontifí-cia Universidade Católica de Cam-pinas; ator, pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD/ECA/USP); e fez mestrado e doutorado na Escola de Comunicações e Artes da Universi-dade de São Paulo, onde atua como professor da graduação e pós-gra-duação, no Departamento de Artes Cênicas.

É representante do Depto. de

Artes Cênicas da USP na AIEST – Asosiacion iberoamericana de Escuelas Superiores de Teatro (Mé-xico), entidade da qual faz parte do Conselho Consultivo. É membro do conselho editorial da revista lUME/Unicamp.

Atuou como Vice-Chefe do Depto. de Artes Cênicas da ECA/USP ente 2002 e 2003, e coordenou o Encontro Internacional “Vozes para o Ator” em 2002 na Universi-dade de São Paulo.

Ministra oficinas de Comunica-ção e Expressão Dramática no Bra-sil e exterior, e é autor dos livros A Aprendizagem do Ator – Ed. Áti-ca/SP, O Oficio do Ator e o Estágio das Transparências e Metodologias da Prática do Ator: Brasil e América lati-na, ambos a serem publicados.

Seus trabalhos mais recentes como diretor foram O Porco, de Raymond Cousse; Querido Pai, a partir de texto de Kafka; Se eu fosse eu, partir de tex-tos de Clarice Lispector.

Antonio JanuzelliDiretor de Um segundo e meio

Curriculos

Page 34: Repertório Teatro de Perto

Atualmente, é atriz e assistente de direção da Casa laboratório para as Artes do Teatro, dirigida por Cacá Carvalho e Roberto Bacci (da Fondazione Pontedera Teatro). Anteriormente, trabalhou com o diretor iraniano Massoud Saidpour (nos EUA e no RJ), com a diretora Celina Sodré (Studio Stanislavski/

RJ), com a atriz italiana Silvia Pasello, entre outros. Participou de seminários com: Yoshi Oida, Eugenio Barba, Declan Donnellan, Gerald Thomas, Stephane Brodt, entre outros.

Em 2006, dirigiu o espetáculo Dois perdidos numa noite suja de Plínio Marcos, no Sesc Avenida Paulista.

Joana Levi Orientação corporal

A atriz desenvolve pesquisa sobre o treinamento físico e já ministrou oficinas para atores, bailarinos e estudantes no Rio de Janeiro (UNIRIO, Escola de Dança Angel Viana), Belo Horizonte (Galpão Cine Horto, ECUM), São Paulo (Teatro Vento Forte) e Recife (Fundação Joaquim Nabuco).

Page 35: Repertório Teatro de Perto

Trabalhou com projetos luminotécnicos do ano de 1998 a 2000 na lalampe iluminação.

Durante 05 anos (2000 a 2005) foi assistente do renomado iluminador Wagner Pinto, onde teve seu nome ligado ao crédito de diversos trabalhos teatrais, ao lado de grandes encenadores, tais como Gerald Thomas (“Deus ex-maquina”), Élcio Nogueira (“Jardim das cerejeiras”), Hugo Possolo (“Pantagruel”), Domingos de Oliveira (“A casa dos budas ditosos”, com Fernanda Torres), Cleber Papa

( no Festival de Ópera de Belem-PA, “Carmen” e “Lohengrin” no Theatro Municipal de São Paulo). Participou tambem das gravações dos DVDs “Bacantes” e “Ham-Let” de José Celso Martinez Corrêa. É iluminadora da “Terça-insana”, dir. Grace Gianoukas há 05 anos inclusive iluminou o DVD produzido pela TRAMA , foi iluminadora de Gerald Thomas (“Um circo de rins e fígados”, com Marco Nanini) e do último projeto de 4 espetáculos dirigidos por Gerald Thomas que estreou

Aline Santini Iluminadora

em abril 2006. Em 2005 iluminou o espetáculo “Do que Orlando me disse”, com Paula Picarelli, direção Georgette Fadel.

Em janeiro de 2007 fez o curso de cinema intensivo na AICinema onde dirigiu o curta metragem “Mais uma vez...” e criou o roteiro de “Me deixas louça...” que tambem foi filmado. Em maio de 2007 criou a luz do espetáculo de dança-teatro Gira, direção de Estelamare dos Santos para o festival de dança do C.C.S.P.

Curriculos

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Formado pela Escola de Arte Dra-mática da USP, é ator, compositor, po-eta e dramaturgo. Como dramaturgo escreveu “A Pro-

cissão”, “Café com Torradas” (vence-dor do Prêmio Nascente de Incentivo a Novos Talentos, Editora Abril USP 1997), “Kaleitus”, “Cleide” e “Aldeo-tas” (prêmio Shell de melhor direção para Cristiane Paoli Quito) entre outras peças ainda inéditas. No cinema atuou em “Bicho de Sete

Cabeças”, de laís Bodansky, “Abril Despedaçado”, de Valter Salles, “Cro-nicamente inviável”, de Sergio Bianchi, “Domésticas”, de Nando Olival e Fer-nando Meireles, “Os Narradores do Vale de Javé”, de Eliane Caffé, “Mada-me Satã”, de Fernando Meireles e “Es-tação Carandiru”, de Hector Babenco.Em teatro trabalhou em “A Procis-

são” Texto, direção e atuação de Gero Camilo, “Tartufo”, de Molière, com direção de José Rubens Siqueira, “Cân-

dida Erêndida e sua Avó Desalmada”, adaptação do conto de Gabriel Garcia Márquez, dirigido por José Rubens Siqueira, “Aldeotas”, com direção de Cristiane Paoli Quito, “Cleide, Eló e as Peras”, de sua autoria com direção de Gustavo Machado.Na televisão atuou em “As Aventuras

de Chico Norato Contra o Boto Vin-gativo”, episódio da série Brava Gente da TV Globo e em “Hoje é dia de Ma-ria”, TV Globo.

Curriculos

Gero camilo Auto de Café com torradas

Page 37: Repertório Teatro de Perto

ContatosCarla Estefan

Direção de Produção11 5506-8195/ 11 9219-5954

[email protected]: carlaprodutora

www.marcelloairoldi.com.br