atencao ao idoso - unidade 03

25
Universidade de Fortaleza - Unifor Núcleo de Educação a Distância - NEAD

Upload: barbara-bastos

Post on 02-Jan-2016

27 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Universidade de Fortaleza - Unifor Núcleo de Educação a Distância - NEAD

Page 2: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Universidade de Fortaleza - Unifor NEAD

Unidade 03

Alimentação, Sistema Estomatognático e Aspectos Psicossociais da Pessoa Idosa

1. Nutrição da pessoa idosa

2. Saúde bucal do idoso

2.1. Saúde Bucal

2.2. Cárie Dentária e Perda Dentária

2.3. Doenças Periodontais

2.4. Utilização de Próteses Dentárias e Próteses Bucomaxilofaciais

2.5. Alterações em Mucosas e Glândulas e Fraturas Ósseas

3. Aspectos psicossociais do envelhecimento

3.1. Aposentadoria

3.2. As Redes de Suporte Social

3.3. Família e Relações Interpessoais

3.4. Depressão, Ansiedade e Suicídio no Idoso

4. A pessoa idosa, as novas tecnologias e as tecnologias assistivas

4.1. O Idoso e o Computador

4.2. Tecnologias Assistivas

Referências da unidade 03

Sumário

Page 3: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Atenção ao Idoso

Universidade de Fortaleza - Unifor 3

Unidade 02 - Saúde do Idoso

A unidade 03 tem o objetivo de identificar o que é relevante na alimentação durante o envelhecimento, bem como a situação da saúde bucal do idoso no Brasil e no mundo. Tem também a intenção de reconhecer os aspectos sociais e psicológicos do envelhecimento, compreendendo a importância da relação dos idosos com as novas tecnologias e a utilização de tecnologias assistivas.

Fique ligado, pois nas aulas seguintes você compreenderá melhor sobre cada um dos itens citados acima. Bons estudos!

Conversando

1. Nutrição da Pessoa Idosa

A nutrição é seguramente o aspecto mais importante para a promoção de um envelhecimento saudável. O processo de envelhecimento está associado a diversas mudanças na composição corporal decorrentes de alterações na fisiologia no metabolismo e na demanda nutricional. Desta forma, a alimentação durante o processo de envelhecimento deve ser adequada às necessidades do idoso.

Conceituando

O envelhecimento normal está associado a alterações gastrintestinais, as quais afetam a absorção de diversas vitaminas e micronutrientes, mudanças hormonais com repercussão sobre o metabolismo, alterações sensoriais que afetam o paladar, diminuição da função musculoesquelética, caracterizada principalmente pela sarcopenia, alterações neuromusculares como a disfagia orofaríngea. Todas essas mudanças podem resultar tanto em perda de peso involuntária associada ao envelhecimento, como na ocorrência de distúrbios nutricionais.

Os distúrbios nutricionais são frequentes entre os idosos principalmente em função da existência de múltiplos fatores de risco nutricional nessa população. Os distúrbios nutricionais entre os idosos estão associados à diminuição da qualidade de vida e aumento da mortalidade.

A desnutrição é frequente entre idosos, ocorrendo de 2 a 10% no grupo. De 30 a 40% dos idosos acima de 75 anos podem apresentar perda ponderal de até 10% do peso corporal por diversas razões. Por outro lado, o ganho de peso e a obesidade também são sinais de distúrbios nutricionais e estão relacionados a aumento de doenças cardiovasculares, incluindo a síndrome metabólica, entre outras complicações.

Atenção

Page 4: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Atenção ao Idoso

Universidade de Fortaleza - Unifor 4

Unidade 02 - Saúde do Idoso

Os fatores de risco para ocorrência de distúrbios nutricionais incluem:

• uso de medicamentos;• disfagia;• disgeusia; • alterações na dentição; • doenças agudas;• doenças crônicas, incluindo depressão e demência;• diarreia;• alterações de mobilidade;• institucionalização, dentre outros.

O conhecimento das particularidades das necessidades nutricionais dos idosos e a capacitação para a avaliação nutricional adequada do idoso são habilidades fundamentais a serem desenvolvidas por todos os profissionais de saúde. Esse treinamento habilita o profissional a identificar idosos em risco nutricional, possibilitando uma intervenção precoce e eficaz para a correção dos distúrbios nutricionais. Por meio de uma intervenção nutricional apropriada é possível promover envelhecimento saudável, melhorar a qualidade de vida e reduzir a mortalidade da população idosa.

Você pôde confirmar nessa aula que com uma nutrição adequada o idoso garante uma vida mais saudável. Na web-aula você pode assistir ao vídeo de um profissional da área de saúde, Dr. Jarbas, falando sobre essa temática.

A próxima aula tem como tema a saúde bucal do idoso. Fique ligado e aprenda acerca de todos os aspectos que envolvem esse assunto.

Conversando

2. Saúde Bucal do Idoso

O sistema estomatognático compreende uma ampla unidade morfofuncional com importantes funções orgânicas, como a mastigação, a respiração, a fonação e a deglutição. O sistema mastigatório pertence ao sistema estomatognático e é composto por estruturas, como ossos, dentes, periodonto, músculos, ligamentos e palato, além da única articulação bi-articular do corpo humano, a articulação temporomandibular (ATM).

Para que um indivíduo, idoso ou não, consiga ingerir bons nutrientes, faz-se necessário que a trituração dos alimentos ocorra de maneira satisfatória, diminuindo a quantidade de problemas digestivos que aparecem em decorrência da formação de um inadequado bolo alimentar. (MONTENEGRO et al., 2007).

Para tanto, a necessidade da dentição completa é de extrema importância para a qualidade de vida de todo ser humano, independente da idade em que esteja. Assim como outros sistemas orgânicos, o sistema mastigatório é afetado pelo processo de envelhecimento e os cuidados com a saúde bucal são importantíssimos quando levamos em consideração a pessoa idosa.

Importante

Page 5: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Atenção ao Idoso

Universidade de Fortaleza - Unifor 5

Unidade 02 - Saúde do Idoso

2.1. Saúde Bucal

Entende-se saúde bucal como um conjunto de condições biológicas e psicológicas que permite ao indivíduo mastigar, deglutir e falar, sem deixar de levar em consideração os aspectos estéticos que podem exercer consideráveis influências na sua autoestima, no seu comportamento e em suas relações sociais. Uma vez havendo impossibilidade do exercício pleno de alguma dessas funções, forma-se um quadro de incapacidade bucal transitória ou permanente. (CAMPOSTRINI; FERREIRA; ROCHA, 2007).

A perda dentária é um dos principais problemas relacionados à saúde bucal da pessoa idosa e ocorre devido às duas principais doenças que afetam a cavidade bucal, a cárie e a doença periodontal.

Atenção

A reabilitação de idosos parcialmente ou totalmente desdentados é um desafio e a não reabilitação oral, além de afetar todo o sistema orgânico, ainda pode causar transtornos decorrentes de disfunções na ATM, as chamadas disfunções temporomandibulares (DTMs). As frequentes quedas que as várias incapacidades ocasionam às pessoas idosas podem também atingir o sistema estomatognático através das fraturas de ossos da face, notadamente maxila, mandíbula e osso zigomático. Além desses aspectos, devem ser consideradas também as alterações e lesões glandulares, da mucosa e ósseas que atingem tantos idosos.

2.2. Cárie Dentária e Perda Dentária

O dente é um órgão composto de três tecidos distintos: o esmalte, que é a estrutura mais externa, localizado na coroa do dente, a área que podemos visualizar; a dentina, que é a parte intermediária do dente; e a polpa dentária, composta de feixes nervosos e vãos sanguíneos que ocupam espaços conhecidos como câmara pulpar e canal radicular.

Como a cavidade bucal é repleta dos mais variados tipos de bactérias, a estrutura dentária pode sofrer ação de tais micro-organismos, sendo afetada pela doença crônica mais prevalente no mundo, a cárie dentária. É aceito e estabelecido em todo o mundo que a cárie dentária é uma doença infecciosa, transmissível, dependente da dieta e com caráter multifatorial. O sinal da doença é a destruição localizada de tecido duro, como o esmalte, a dentina e o cemento radicular. (FEJERSKOV; KIDD, 2005; LIMA, 2007).

A cárie dentária tem relação direta com a má higiene bucal, visto que, diariamente, os micro-organismos se organizam na superfície dentária através de uma massa não calcificada denominada de placa bacteriana ou biofilme dentário. Em pessoas idosas a cárie ocorre pelo mesmo processo ao qual ela atinge indivíduos mais jovens, contudo o tempo de exposição aos efeitos ambientais e a dificuldade em realizar a higienização bucal apropriadamente promovem um maior risco em desenvolver a doença. Observa-se também na pessoa idosa mais constante prevalência de lesões na estrutura do esmalte, como a abrasão, atrição, erosão e abfração. (ROSA et al., 2008).

Page 6: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Atenção ao Idoso

Universidade de Fortaleza - Unifor 6

Unidade 02 - Saúde do Idoso

Alguns estudos relacionados a idosos revelam a importância da saliva para a integridade dos dentes e dos tecidos bucais e que a diminuição do fluxo salivar (hipossalivação) é um fator de relevância na suscetibilidade à cárie dentária. (SILVA et al., 2008).

Importante

A cárie dentária pode ser removida pelo dentista e a estrutura perdida ser restaurada através de diversos tipos de materiais. Contudo, a quantidade de dentes perdidos por causa da doença ainda é grande, embora muitos programas de prevenção tenham sido implementados no país nas últimas décadas.

Segundo o Projeto SB Brasil 2003 (Ministério da Saúde, 2004), quando foram avaliados 5.349 idosos entre 65 e 74 anos e levando em consideração um total de 32 dentes na arcada, foi observado um Índice CPO-D (Dentes Cariados, Perdidos e Obturados na Dentição Permanente) de 27,8, ou seja, a média da quantidade de dentes íntegros na dentição do idoso brasileiro é de 4 dentes. Para indicar uma situação ainda mais desfavorável, foi concluído que o componente perdido foi o responsável por 92,9% do índice, o cariado 4,2% e o restaurado 2,6%.

Já no Projeto SB Brasil 2010 (Ministério da Saúde, 2011), na faixa etária de 65 a 74 anos, o Índice CPO-D foi de 27,53, com os menores índices encontrados na Região Nordeste e Centro-Oeste e com o componente perdido sendo responsável por 92% do índice no grupo, números bem semelhantes aos dados do Projeto SB Brasil 2003.

A comparação de tais dados com resultados do CPO-D em levantamentos epidemiológicos realizados em 1986 não apresentou discrepâncias, demonstrando a precária condição da saúde bucal da população idosa brasileira. (SAINTRAIN; SOUZA, 2005).

Observação

2.3. Doenças Periodontais

O periodonto é constituído pelas estruturas que envolvem o dente e são responsáveis por sua proteção e sustentação. Essas estruturas são a gengiva, o osso alveolar, o ligamento periodontal e o cemento radicular. Assim como na cárie, o periodonto pode ter sua estrutura comprometida pela placa bacteriana ou biofilme dentário. Quando somente o periodonto de proteção, composto pela gengiva, é afetado pelos micro-organismos, ocorre a doença conhecida como gengivite. Contudo, a gengivite pode ter outras causas, como leucemia, diabetes, utilização de medicamentos (fenitoína, nifedipina, ciclosporina), má nutrição (avitaminose C), determinados vírus (herpes simples) e fungos (Candida albicans), além de alterações hormonais (menopausa) e da pele (pênfigo, penfigoide e líquen plano). (ARMITAGE, 1999).

O sangramento é o principal sinal da presença de gengivite e várias doenças sistêmicas presentes no idoso têm reflexo nos tecidos periodontais.

Dica

Page 7: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Atenção ao Idoso

Universidade de Fortaleza - Unifor 7

Unidade 02 - Saúde do Idoso

Uma vez que a doença progride para as estruturas de sustentação, como o osso alveolar, que suporta a raiz dos dentes, este é reabsorvido. Isto ocasiona a formação da chamada bolsa periodontal, que tem como sinais mais evidentes a mobilidade dentária e a presença de sangramento, denominando-se tal patologia de periodontite. A periodontite juntamente com a cárie dentária são as principais causas de perda dentária. (ACEVEDO et al., 2001).

Não é somente a perda dentária que transforma a periodontite em uma doença agressiva ao organismo. Nas últimas duas décadas a periodontite tem sido relacionada com doenças isquêmicas do coração, artrite reumatoide, acidente vascular encefálico isquêmico, diabetes, doenças respiratórias e nascimento de bebês prematuros e com baixo peso. A presença de bactérias específicas da doença periodontal, a tendência familiar e outros fatores de risco, como a utilização do tabaco e a ocorrência de doenças sistêmicas como o diabetes, podem aumentar o risco em contrair a periodontite. (MACHIAVELLI; PIO, 2008).

A idade avançada tem como consequência um aumento na prevalência e severidade da periodontite crônica, podendo esta ser exacerbada nos pacientes idosos, mesmo depois de um período de relativa estabilidade da doença. Contudo, a relação entre idade e doença periodontal é mais uma associação do que uma relação de causa/efeito já que com o envelhecimento o periodonto também tem sua fisiologia modificada. (ACEVEDO et al., 2001; SILVA et al., 2008).

Ainda com o envelhecimento, a presença de uma retração gengival considerada fisiológica aumenta a perda de inserção do dente. Já as condições ósseas sofrem uma alteração com a diminuição do material mineralizado e da formação óssea e com um aumento da fragilidade e da reabsorção, além de sofrerem consequências de patologias que têm ação direta sobre a densidade óssea do corpo, como a osteoporose. (LOPES et al., 2008; ROSA et al., 2008).

2.4. Utilização de Próteses Dentárias e Próteses Bucomaxilofaciais

A confecção de próteses serve para substituir alguma parte do nosso corpo que foi perdida. No caso da perda dos dentes são confeccionadas as próteses dentárias, conhecidas como dentaduras, que podem ser totais, quando ocorrer a perda de todos os dentes, ou parciais, quando somente alguns elementos forem perdidos.

Curiosidade

Dados do SB Brasil 2010 mostraram que mais de 3 milhões de idosos necessitam de prótese total nas duas arcadas dentárias e outros 4 milhões precisam usar prótese parcial em uma das arcadas. A porcentagem de usuários de prótese total na faixa etária entre 65 e 74 anos foi de 63,1% para o Brasil, variando de 65,3% na região Sul a 56,1% na região Nordeste. Somente 7,3% dos indivíduos entrevistados não necessitavam de algum tipo de prótese dentária, com diferença marcante entre as regiões Sul (12,7%) e Norte (2,8%). A maior necessidade foi a de prótese parcial em um maxilar (34,2%) e um quinto dos indivíduos precisavam de prótese parcial para dois maxilares. (Ministério da Saúde, 2011).

A perda de um dente pode acarretar uma diminuição de 30% da capacidade mastigatória, enquanto o uso de próteses totais pode diminuir esta capacidade em 75%. Contudo, mesmo com a capacidade mastigatória diminuída, as próteses recuperam parte desta e resgatam a autoestima do idoso, retirando aquela imagem estereotipada de fragilidade demonstrada pela ausência dentária, que apresenta um indivíduo de nariz grande e bochecha murcha. (CAMPOSTRINI; FERREIRA; ROCHA, 2007; ROSA et al., 2008).

Page 8: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Atenção ao Idoso

Universidade de Fortaleza - Unifor 8

Unidade 02 - Saúde do Idoso

Além das próteses dentárias, as próteses bucomaxilofaciais são importantes na reabilitação estética, funcional, social e psicológica de pacientes, em sua maioria idosos, que tiveram perdas de estruturas faciais devido, principalmente, a tumores. Estas podem ser intraorais (para grandes perdas dos maxilares), extraorais (auricular, nasal ou ocular), faciais extensas (envolvendo mais de 1/3 da face), conjugadas (intraoral + extraoral) e radíferas (para auxílio da radioterapia). (SAMPAIO, 2009).

2.5. Alterações em Mucosas e Glândulas e Fraturas Ósseas

Diminuição do número de botões gustativos nas papilas linguais afetando o paladar do idoso, diminuição (hipossalivação) ou até ausência (xerostomia) na produção de saliva por degeneração das glândulas salivares ou por uso de medicamentos, acarretando em problemas de deglutição e digestão dos alimentos, cárie e halitose (mau hálito), e fraturas de ossos da face, principalmente por quedas, atingindo mandíbula, maxila e osso zigomático, na ordem de ocorrência, são outros tipos de lesões bucais que afetam a pessoa idosa e que têm que ser percebidas e tratadas pelo cirurgião-dentista. (ROSA et al., 2008; YAMAMOTO et al., 2011).

Levando em consideração a etiologia bacteriana tanto da cárie como da doença periodontal e a necessidade da limpeza constante das estruturas bucais e sabendo das limitações decorrentes do envelhecimento que dificulta uma boa higiene bucal, faz-se necessário um cuidado especial, principalmente, com idosos dependentes. Vale salientar que em toda pesquisa sobre as condições bucais de idosos, não somente no Brasil, mas em diversos países desenvolvidos, os idosos institucionalizados demonstram piores índices de saúde bucal.

Você verificou nessa aula que os idosos sofrem com diversos problemas em relação à saúde bucal e por esta razão precisam ter um maior cuidado a respeito desse quesito. Na próxima aula o assunto abordado será sobre os aspectos psicossociais do envelhecimento. Fique atento!

Conversando

3. Aspectos Psicossociais do Envelhecimento

As constantes transformações que ocorrem na sociedade contemporânea – transformando-a em uma sociedade cada vez mais consumista e regida pelos valores materiais – privilegiam os indivíduos ativos. Com a capacidade funcional e produtiva diminuída e sem autonomia, o idoso torna-se um cidadão excluído, tendendo ao isolamento social. (MARTINS, 2006).

A independência está intimamente ligada à capacidade funcional, já a autonomia está relacionada ao autogoverno, à privacidade e à livre escolha. Tanto a autonomia quanto a independência têm ligação íntima com a qualidade de vida na velhice. Mesmo dependente, o idoso pode manter sua autonomia, o que é de suma importância para as suas relações sociais. (LEMOS; MEDEIROS, 2011)

Conceituando

Page 9: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Atenção ao Idoso

Universidade de Fortaleza - Unifor 9

Unidade 02 - Saúde do Idoso

A perda das autonomias física e social associada a outros tipos de perdas, como a financeira e de familiares e amigos, acarretam muito sofrimento ao idoso, o que pode levar a problemas psicológicos sérios e, muitas vezes, irreversíveis. Contudo, apesar dos fatores negativos apresentados anteriormente, temos observado uma adequação de uma significativa parte de idosos a uma nova ordem social, onde eles buscam um envelhecimento ativo e participativo, encontrando nos chamados “Grupos da Terceira Idade” a socialização e a realização de atividades variadas. Aposentadoria e suas relações familiares e interpessoais são fatores importantes na vida do idoso.

3.1. Aposentadoria

Devemos ter em mente que a percepção do envelhecimento é individual e cada um envelhece de maneira própria e pessoal. O processo é heterogêneo e cada indivíduo encara as dificuldades de uma forma própria, contudo um grande número é influenciado pela cultura na qual está inserido. O preconceito existente na cultura brasileira, que enxerga o idoso como um ser incapaz, improdutivo e dependente, faz com que muitos se sintam efetivamente assim.

Curiosidade

Para muitos, a aposentadoria traz consigo um momento inicial de prazer, de um merecido descanso, para, posteriormente, experimentar a sensação de inutilidade. Angústia, marginalização, isolamento e queda financeira fazem com que muitos aposentados se tornem deprimidos, principalmente entre aqueles que convivem em lares sem harmonia. (MENDES et al., 2005).

Isso faz com que muitos idosos voltem ao mercado de trabalho. Segundo Camarano (2001, p. 21): “[…] a participação do idoso brasileiro no mercado de trabalho é alta, considerando os padrões internacionais. Isso está relacionado a uma particularidade muito específica do mercado de trabalho brasileiro, que é a inserção do aposentado”.

Muitas famílias, principalmente as mais próximas à linha da pobreza, dependem diretamente dos salários de seus idosos aposentados. A figura do idoso provedor de netos e de filhos adultos desempregados ou que retornam para a casa após casamentos desfeitos é uma realidade brasileira que deve ser considerada. Segundo os dados do Censo de 2000, 62,4% dos idosos eram responsáveis pelos domicílios brasileiros, sendo esta a última estimativa publicada. (IBGE, 2000).

A manutenção da renda é importante, visto que, à medida em que esta aumenta, a incapacidade funcional diminui, provavelmente, devido à possibilidade de aquisição de melhores serviços de acompanhamento, equipamentos de apoio e uma inserção social mais ativa. (IBGE, 2010).

3.2. As Redes de Suporte Social

Os primeiros trabalhos sobre a necessidade de apoio social foram escritos nos anos de 1950 por Durkheim. A partir dos anos de 1970, o contexto social recebeu especial atenção dos pesquisadores e, a partir desta década, pesquisas associando o apoio social como preditor de saúde, mortalidade, incidência de doenças isquêmicas do coração e até como gerador de benefício na sobrevivência de pessoas com câncer de mama e com acidente vascular cerebral foram descritos. (ROSA, 2004).

Page 10: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Atenção ao Idoso

Universidade de Fortaleza - Unifor 10

Unidade 02 - Saúde do Idoso

Ainda existe uma discussão conceitual do que seja apoio ou suporte social. O que tem tido maior consenso é que o suporte social produz efeitos protetores para o indivíduo, principalmente se este é ativo participante de sua rede de suporte social.

As redes de suporte social podem ser definidas como o conjunto de pessoas com as quais mantemos laços de dar e receber. São verdadeiras teias de relações sociais que circundam o indivíduo, onde devem ser consideradas não somente as pessoas com as quais nos relacionamos (família, amigos, comunidade), como a frequência e disponibilidade de contato e as formas pelas quais participamos dessa interação social (grupos religiosos, associações, clubes). (LEMOS; MEDEIROS, 2011; CHOR, 2011).

Conceituando

As redes de suporte social se constituem à medida em que ocorrem necessidades ao indivíduo e nascem da articulação e afinidade dos integrantes. Os idosos encontram na família seu principal suporte social e esta deve ser a principal “teia” de sua rede de suporte social. A ampliação da rede vai depender, além de sua disposição em querer ampliá-la, de suas condições físicas e psíquicas, outros dois importantes componentes do envelhecimento.

Alguns instrumentos que visam mensurar a estrutura da rede social da pessoa idosa tem sido descritos e adaptados – como o Mapa Mínimo de Relações do Idoso (DOMINGUES; DERNTL, 2005) – e permitem avaliar a frequência (semanal, mensal e ou anual) em que um idoso está socialmente conectado com os amigos, família, comunidade e com os serviços de saúde e/ou sociais, verificando seu nível de isolamento ou de integração social.

Importante

3.3. Família e Relações Interpessoais

A família é uma das instituições mais importantes de qualquer sociedade e é o primeiro e mais importante agente socializador. Não importa em qual fase da vida o indivíduo esteja, é na família que ele fortalece as suas relações que diretamente influenciam seu bem-estar. As relações familiares com o idoso dependem muito da forma como este desenvolveu seus relacionamentos durante as outras fases da vida, da harmonia familiar, da compreensão e dos valores que a família tem sobre o processo do envelhecimento, do papel que o idoso desempenha no núcleo familiar e do seu grau de dependência. (MENDES et al., 2005).

Segundo Martins (2006), determinadas funções devem ser compreendidas pela família para que esta esteja preparada para o processo de envelhecimento de um de seus membros. Dentre elas, podemos citar:

• Adaptação (busca de soluções para determinados problemas utilizando recursos de dentro e de fora do núcleo familiar);

• Participação (compartilhar as responsabilidades e tomadas de decisão, dividindo a responsabilidade);

Page 11: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Atenção ao Idoso

Universidade de Fortaleza - Unifor 11

Unidade 02 - Saúde do Idoso

• Crescimento (apoio mútuo para a maturidade física e emocional da família);

• Afeto (relações de cuidado e amor entre os membros);

• Decisão (compromisso e atitude).

Reflexão

Desta forma pode-se criar um ambiente familiar harmônico. Contudo, como grande parte das pessoas e famílias não conseguem esse equilíbrio, o idoso, principalmente de classe sociais mais baixas, termina por tornar-se um peso no núcleo familiar. Essa situação pode gerar o abandono e a violência.

A política assistencial no programa de atenção aos idosos prevê a criação de centros de cuidados de longa duração destinados aos idosos incapacitados física e emocionalmente de realizar as atividades da vida diária, são estes: família acolhedora, casa-lar, república, centro-dia, atendimento domiciliar e centros de convivência. (PASINATO; KORNIS, 2009).

Contudo, embora seja prioridade da Política Nacional do Idoso o atendimento familiar, as instituições de longa permanência (ILP), conhecidas popularmente como asilos, ainda são as melhores alternativas para o idoso que, por vários motivos, não podem viver com sua família. (LEMOS; MEDEIROS, 2011). A proposta atual é que se criem mais ILPs e estas se tornem instituições humanizadas.

A violência pode ocorrer de forma física, psicológica ou através da negligência e a grande maioria dos agressores estão no seio da família. Os dados brasileiros sobre violência doméstica contra o idoso são escassos, porém o Estatuto do Idoso prevê a informação das suspeitas de maus tratos pelos profissionais de saúde e a comunicação destes aos órgãos competentes. (CARVALHO, 2010).

Atenção

Independente de ter ou não uma família harmoniosa, o convívio em sociedade e a realização de trabalhos ocupacionais auxilia a pessoa idosa. A troca de experiências, de ideias, de afeto e de conhecimentos com pessoas que vão além de seu convívio familiar serve de estímulo ao idoso. Daí a necessidade da participação em grupos de convivência das mais variadas atividades para que ele se mantenha engajado socialmente, evitando danos psicológicos como a angústia e a depressão. (MENDES et al., 2005).

3.4. Depressão, Ansiedade e Suicídio no Idoso

Como já discutimos no capítulo anterior, uma das principais alterações neuropsicológicas que atingem o idoso é o déficit progressivo de memória que leva a um prejuízo cognitivo e que está diretamente ligado às demências. Contudo, transtornos de ordem psicológica, que podem ou não estarem ligados a estados demenciais, podem afetar o idoso. Destes, os transtornos depressivos são os mais prevalentes e muitas vezes são subdiagnosticados e subtratados. (GARCIA et al., 2006).

Page 12: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Atenção ao Idoso

Universidade de Fortaleza - Unifor 12

Unidade 02 - Saúde do Idoso

A depressão pode acometer o idoso de duas formas, em fases precoces da vida, recorrentes na terceira idade, e aquelas iniciadas entre 60 e 65 anos, também chamadas de depressões de início tardio que estão, geralmente, associadas a agentes estressores. (STOPPE JÚNIOR, 2007).

Os transtornos depressivos que atingem o idoso em início tardio caracterizam-se principalmente pelo humor deprimido e perda do interesse ou prazer, pela menor história familiar e pela maior prevalência de demência, devendo-se ter muito cuidado no diagnóstico entre essas duas patologias visto que podem estar associadas. A prevalência de transtornos depressivos no idoso varia de 4,8% a 14,6% até 22% em idosos institucionalizados. (FRANK; RODRIGUES, 2011).

Outro tipo de transtorno que acomete o idoso é o transtorno de ansiedade. Este caracteriza-se pela presença de fobias, como agorafobia, distúrbio do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno de estresse pós-traumático. Ainda destaca-se pela presença do transtorno de ansiedade generalizada, caracterizado por preocupação exagerada, irreal e generalizada (FRANK; RODRIGUES, 2011).

Teoria

Na tabela a seguir, proposta por Marinho (2010), podemos verificar a prevalência de alguns transtornos comuns no idoso.

Sentimentos de ansiedade 24,4%Transtorno de ansiedade generalizada 1% a 7,3%

Fobias 3,1% a 10,7%Distúrbio do pânico 1%

Transtorno obsessivo-compulsivo 0,6% a 0,8%

TABELA - Transtornos de ansiedade em idosos, Marinho (2010).

Com uma prevalência ainda menor vêm as psicoses tardias. A esquizofrenia tardia acomete entre 0,1% e 1,7% da população idosa e, predominantemente, o sexo feminino na proporção de 3:1. (VEGA, 2010).

Destes transtornos, a depressão configura-se como maior causa de suicídio entre idosos e está geralmente associada às perdas acumuladas. Em idosos mais jovens o alcoolismo é um importante fator de risco para o suicídio, e a viuvez, principalmente nos primeiros anos, é um fator considerado de suicídio entre homens. Histórico de tentativas prévias e história familiar, juntamente com o medo da dependência e de vir a tornar-se um peso para a família, são importantes fatores de risco. A religiosidade e a sensação de bem-estar são fatores protetores. (FRANK; RODRIGUES, 2011).

A taxa de suicídio entre idosos brasileiros é de 13,8 e 2,57 por 100 mil habitantes entre homens e mulheres, respectivamente, na faixa etária entre 70 e 79 anos. Após os 80 anos a taxa sobe para 16,75 entre homens e baixa para 2,43 entre mulheres. (SOARES, 2007).

Page 13: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Atenção ao Idoso

Universidade de Fortaleza - Unifor 13

Unidade 02 - Saúde do Idoso

Com o envelhecimento de nossa população e as necessidades de interação social dos idosos, além da ocupação de seu tempo, vários grupos com variados fins têm sido formados. A Universidade sem Fronteiras e a Universidade Aberta da Terceira Idade (UNATI) são exemplos de locais destinados ao estudo do envelhecimento, servindo como lugares onde os idosos podem ter aprendizado e socialização. Manter o idoso atualizado com as transformações que ocorrem no mundo é de suma importância, bem como fazer com que este utilize os recursos que a vida moderna oferece.

Atualmente, a possibilidade de utilização das novas tecnologias e da interatividade pode tornar-se um aliado nas relações sociais e na melhora da psiquê da pessoa idosa . (FRANK; RODRIGUES, 2011). Na aula a seguir você compreenderá melhor como acontece essa interação do idoso com as novas tecnologias. Acompanhe!

Conversando

4. A Pessoa Idosa, as Novas Tecnologias e as Tecnologias Assistivas

Com os recursos tecnológicos cada vez mais avançados, acessíveis e sendo utilizados por todos os indivíduos, independente de faixa etária, ajudando, facilitando e trazendo oportunidades a quem os utiliza, é necessário que o idoso esteja incluído nesse processo de utilização de tais aparatos. Quando utilizadas de forma conveniente e adequada, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) ajudam nas relações interpessoais reduzindo o isolamento, melhoram a capacidade mental e mantém o idoso informado e atualizado. Contudo, para empregar tais tecnologias com a pessoa idosa, tem-se de levar em consideração suas limitações físicas, psicológicas e sociais. (KACHAR, 2001).

Para os idosos mais frágeis, debilitados pelas alterações decorrentes do próprio processo de envelhecimento ou por doenças crônico-degenerativas, têm sido criados dispositivos, cujo objetivo é reduzir o impacto provocado pela limitação funcional, conectando esta às demandas físicas requeridas pelo idoso para auxiliar nas suas AVDs. À elaboração e construção de tais dispositivos dá-se o nome de Tecnologia Assistiva (TA). (ANDRADE; PEREIRA, 2009).

Importante

Algumas outras terminologias além de Tecnologia Assistiva são utilizadas para definir os recursos tecnológicos especializados ou equipamentos de ajuda, como Tecnologia de Assistência (CIF/OMS), Tecnologia de Apoio (Comissão Europeia/EUSTAT) e Ajudas Técnicas (Ministério da Saúde). (ROCHA; CASTIGLIONI, 2005).

4.1. O Idoso e o Computador

Para que a pessoa idosa esteja integrada ao mundo digital, é necessário uma investigação dos aspectos de acessibilidade e usabilidade visando melhores resultados em termos de facilidade no uso de computadores. Para tanto, temos de tirar proveito das habilidades e capacidades já incorporadas e que são utilizadas no cotidiano.

Page 14: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Atenção ao Idoso

Universidade de Fortaleza - Unifor 14

Unidade 02 - Saúde do Idoso

O primeiro desafio que tem de ser vencido é o da acessibilidade. Muitos idosos tornam-se reticentes à utilização da máquina por se acharem incapazes de utilizá-la e necessitam do convencimento de que é possível. Para tanto, a demonstração do mundo virtual e da quantidade de benefícios que este proporciona pode ser um caminho para “quebrar o gelo”. Além do acesso a uma máquina, principal entrave por questões financeiras, aqueles relacionados à internet e à web, como acesso a chats, e-mail, equipamentos e programas adequados, e à forma alternativa de conteúdo e apresentação da informação devem ser considerados quando o usuário é uma pessoa idosa. (FERREIRA et al., 2008).

Uma vez derrubado o preconceito existente entre o idoso e computador, nos deparamos com o segundo desafio: a usabilidade. A facilidade que um usuário tem em interagir com uma interface, a rapidez e a aplicabilidade de um produto promovem sua usabilidade. (FERREIRA et al., 2008). Para que esta seja garantida, devemos recorrer à tecnologia assistiva visando a criação de ferramentas adaptativas para aqueles com dificuldades funcionais, onde ergonomia também deve ser levada em consideração.

Importante

Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (IBGE, 2010), a proporção de domicílios brasileiros com acesso à internet aumentou de 14,2% em 2004 para 31,5% em 2009 e a posse de computador alcançou 39,3% dos lares urbanos do país, chegando a 45% dos domicílios nas regiões Sudeste e Sul. Os dados sobre a prevalência de idosos que utilizam a web no Brasil são controversos, contudo, nos países europeus, Dinamarca, Suécia e Noruega, são os que concentram o maior percentual de idosos usuários da internet. Na Escandinávia, mais da metade da população idosa está conectada à web.

A internet minimiza os aspectos psicossociais que estão associados ao envelhecimento, como depressão, solidão, isolamento social e alienação, e traz mudanças significativas, como valorização pessoal, comunicação, informação e lazer. Contudo, ela é mais importante para aqueles que possuem rede de contatos sociais restrita, podendo até prejudicar aqueles que possuem uma rede ampla. O correio eletrônico ou e-mail é a ferramenta mais utilizada pelo idoso, que está cada vez mais engajado em redes sociais como Orkut, Facebook e Twitter, além da participação em cursos por Educação a Distância (EAD), o que possibilita a manutenção da cognição. (VERONA et al., 2006; MIRANDA; FARIAS, 2009).

Para inclusão digital do idoso, deve-se considerar fatores como a diminuição da velocidade de trabalho e dos recursos cognitivos para que sejam processadas as informações, além das dificuldades sensoriais como visão e audição. Contudo tal inclusão é necessária. (DOLL; MACHADO, 2011).

4.2. Tecnologias Assistivas

Segundo Radabaugh (1993, p. 1), “para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis; para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis”. O termo Tecnologia Assistiva (Assistive Technology) foi criado em 1988, nos Estados Unidos, como importante elemento jurídico dentro da legislação norte-americana. Em 2006, a Secretaria Especial dos Direitos

Page 15: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Atenção ao Idoso

Universidade de Fortaleza - Unifor 15

Unidade 02 - Saúde do Idoso

Humanos da Presidência da República instituiu o Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) e, a partir de pesquisas das terminologias relacionadas com a Tecnologia Assistiva citadas anteriormente, definiu-a, em 2007, como uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. (BRESCH, 2008; CORDE – Comitê de Ajudas Técnicas – ATA VII, 2007, p. 3).

Segundo Schirmer et al. (2007), as Tecnologias Assistivas podem ser categorizadas. As órteses e próteses também podem ser incluídas nestas. (BRESCH, 2008; SILVA, 2011). Logo abaixo você pode verificar quais são elas e como carateriza-se cada uma:

Auxílios para a vida diária

A Tecnologia Assistiva, que leva em consideração o auxílio para a vida diária, consiste na confecção de materiais e produtos que venham auxiliar nas AVDs, em tarefas como vestir-se, tomar banho, executar necessidades pessoais, comer, cozinhar, dentre outras. Os objetivos são proporcionar funcionalidade, conforto e segurança ao idoso, e adaptações, como engrossar talheres e escovas de dentes visando a melhora da preensão, elevar o assento do vaso sanitário e utilizar tapetes emborrachados, são artifícios que melhoram a realização das AVDs. (SILVA, 2011).

Comunicação aumentativa e alternativa

Comunicação aumentativa e alternativa refere-se a todos os recursos, técnicas e estratégias que possam complementar, suplementar e/ou substituir, temporária ou permanentemente, a comunicação e a interação de indivíduos que sejam impedidos ou tenham dificuldade na produção oral da fala. (BRANCALIONI, 2011).

Conceituando

É importante que a família esteja envolvida na escolha. Vocalizadores, pranchas de comunicação e softwares são utilizados para este fim, sendo o Sistema Bliss de Comunicação, desenvolvido de 1942 a 1965 por Charles K. Bliss, e o Sistema Pictográfico de Comunicação (PCS), desenvolvido por Roxana Mayer, em 1981, os dois principais sistemas de comunicação alternativa. O sistema PCS encontra-se disponível no software Boardmaker. (DELIBERATO, 2007; SILVA, 2011).

Recursos de acessibilidade ao computador

Softwares e hardwares especiais de acessibilidade têm sido desenvolvidos para todo tipo de indivíduo com incapacidade funcional, sejam idosos ou não. Além dos programas com a finalidade de viabilizar a interação com a máquina como o Dos-Vox e o Virtual Vision (softwares para deficientes visuais e físicos), adaptações de hardware como acionadores, ponteiras e teclados adaptados, como a máscara de teclado ou colmeia, têm sido largamente utilizados, bem como variados tipos de órteses e próteses. (GALVÃO FILHO; DAMASCENO, 2002).

Page 16: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Atenção ao Idoso

Universidade de Fortaleza - Unifor 16

Unidade 02 - Saúde do Idoso

Sistemas de controle de ambiente

Os sistemas de controle de ambiente são equipamentos que permitem uma interação do indivíduo, incapaz ou limitado fisicamente, com o meio, através de dispositivos eletrônicos de controle de iluminação, aparelhos de segurança e eletrodomésticos, fazendo com que ele possa abrir e fechar uma porta, acender e apagar a luz, receber e fazer chamadas telefônicas, dentre tantas outras ações. (SILVA, 2011).

Projetos arquitetônicos para acessibilidade

A Norma Brasileira 9050/2004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT):

[...]visa proporcionar à maior quantidade possível de pessoas, independentemente de idade, estatura ou limitação de mobilidade ou percepção, a utilização de maneira autônoma e segura do ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos. A Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade. (ABNT/NBR 9050: 2004, p. 1).

Os projetos arquitetônicos para acessibilidade devem proporcionar condições de mobilidade, com autonomia e segurança. Para tanto, as barreiras físicas existentes em calçadas, banheiros e nos edifícios devem ser eliminadas e a construção de rampas, elevadores e banheiros adaptados, que facilitem o acesso de pessoas com dificuldade de mobilidade, nos quais estão incluídos os idosos, devem ser construídos obedecendo a NBR 9050. Contudo, infelizmente, a fiscalização é ineficaz e construções, tanto em prédios públicos como privados, são finalizadas de forma desrespeitosa à Lei.

Adequaão postural (posicionamento para função)

Quando levamos em consideração a Tecnologia Assistiva para a adequação postural, a postura sentada é a que possui mais recursos, visto que os problemas de mobilidade são os que mais afetam a pessoa idosa, levando-a à utilização de cadeiras de rodas. (WATSON E WOODS, 2005).

Importante

Adaptações nos assentos e encostos são as principais inovações e a individualidade dos dispositivos é o que mais caracteriza a Tecnologia Assistiva para este fim. (WATSON E WOODS, 2005).

Auxílios de mobilidade

A mobilidade está diretamente ligada à independência e à autonomia, e a diminuição ou impossibilidade de se locomover acarreta em baixa autoestima e problemas psicológicos na pessoa idosa. Cadeiras de rodas manuais e motorizadas, triciclos, andadores, scooters e vários outros dispositivos que auxiliam na mobilidade são indispensáveis para a melhoria da qualidade de vida daqueles com deficiência física. (SILVA, 2011).

Page 17: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Atenção ao Idoso

Universidade de Fortaleza - Unifor 17

Unidade 02 - Saúde do Idoso

Auxílios para cegos ou para pessoas com visão subnormal

Segundo Bresch (2008), os equipamentos que visam uma maior independência para pessoas cegas ou com baixa visão incluem lentes, lupas, os softwares leitores de tela, leitores de texto, ampliadores de tela, além de hardwares como as impressoras braile, lupas e agendas eletrônicas.

Segundo Bonatti (2006), 80% dos casos de baixa visão são de pessoas com mais de 60 anos, tornando-se o terceiro problema crônico do idoso em ordem de importância e a magnificação ou ampliação da imagem para indivíduos com baixa visão pode ocorrer com o auxílio de recursos que podem ser divididos em 3 grupos: para perto (lupas manuais, lupas de apoio, óculos com adições especiais e telemicroscópios), para longe (os sistemas telescópicos, que podem ser monoculares ou binoculares) e os sistemas de videomagnificação ou CCTV (closed circuit television), utilizados para a ampliação da imagem projetada através da tela da televisão.

Auxílios para pessoas com surdez ou com déficit auditivo

Às alterações auditivas que acompanham o processo de envelhecimento dá-se o nome de presbiacusia e caracterizam-se por uma perda auditiva neurossensorial simétrica e bilateral. (KATZ, 1989).

Conceituando

A dificuldade em se comunicar pode gerar distúrbios psicossociais e a forma dos familiares e cuidadores em manter a comunicação com o idoso deve ser reformulada. Alguns equipamentos podem ser utilizados como aparelhos para surdez e sistemas com alerta táctil-visual, além de telefones com teclado-teletipo (TTY).

Adaptações de veículos

Para que um idoso com mobilidade reduzida ou cadeirante possa ser transportado com segurança ou dirigir, se ainda estiver em condições, devem ser feitas adaptações veiculares. (SILVA, 2011).

Elevadores, tanto em transporte particular como público, aceleradores manuais, volantes adaptados, freios com alavanca e comandos elétricos por controle remoto são algumas das tecnologias que possibilitam a utilização de veículos. (SILVA, 2011).

Dica

Page 18: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Atenção ao Idoso

Universidade de Fortaleza - Unifor 18

Unidade 02 - Saúde do Idoso

Órteses e próteses

Para melhorar a capacidade funcional de um indivíduo podem ser confeccionadas as chamadas próteses e órteses. Próteses são “objetos que substituem um segmento de membro amputado ou, total ou parcialmente, uma articulação”. Enquanto as órteses são “dispositivos que favorecem o posicionamento mais adequado do aparelho locomotor”. (BRASIL, 2008, p. 37, 38).

Conceituando

As órteses ficam acopladas ao corpo e têm variadas funções, como auxiliares na mobilidade (cadeira de rodas, andadores, bengalas, muletas ou órteses dinâmicas para paralisia periférica da mão), nas funções manuais e nas correções posturais (coletes). Já as próteses de membros superiores e inferiores têm tido um avanço tanto funcional como estético (TROMBLY; RADOMSKI, 2005; BRESCH, 2008; SILVA, 2011). O item órteses e próteses poderia estar contido em outras categorias.

A utilização de recursos tecnológicos deve ser uma constante durante o processo de envelhecimento para que as barreiras enfrentadas pelo corpo tenham mais possibilidades de serem superadas e a qualidade de vida, autoestima, independência e autonomia não se percam com o tempo.

A disciplina foi elaborada com muito carinho e atenção, e esperamos que você tenha absorvido o máximo de informações a respeito do envelhecimento, para que, com isso, possa agir e cuidar de um idoso de forma adequada.

Conversando

Page 19: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Universidade de Fortaleza - Unifor NEAD

Referências Bibliográficas

ABNT NBR 9050:2004. Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 97 p., 2004.

ACEVEDO, R. A. A.; BATISTA, L. H. C.; TRENTIN, M. S.; SHIBLI, J. A. Tratamento periodontal no paciente idoso. Revista da Faculdade de Odontologia. Universidade de Passo Fundo, v. 6, n. 2, p. 57-62, 2001.

AHMED, T; HABOUBI N. Assessment and management of nutrition in older people and its important to health. Clinical Interventions in Aging 2010:5 207–216.

ANDRADE, V.S.; PEREIRA, L.S.M. Influência da tecnologia assistiva no desempenho funcional e na qualidade de vida de idosos comunitários frágeis: Uma revisão bibliográfica. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol, v.12, n.1, p.113-122, 2009.

ARMITAGE, G.C. Development of a classification system for periodontal diseases and conditions. Ann Periodontol, v.4, p.1-6, 1999.

BERSCH, R. Introdução à Tecnologia Assistiva. CEDI-Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil. Porto Alegre, 2008. Disponível em: www.assistiva.com.br/Introducao%20TA%20Rita%20Bersch.pdf. Acesso em: 23 dez. 2011.

BONATTI, F.A.S. Desenvolvimento de equipamento de auxílio à visão subnormal. Arq. Bras. Oftalmol., v.69, n.2, p.221-6, 2006.

BRANCALIONI, A.R.; MORENO, A.C.; RAMOS, A.P.; CESA, C.C. Dialogismo e comunicação aumentativa alternativa em um caso. Revista CEFAC (Impresso), v. 13, p. 377-384, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Glossário Temático. Traumatologia e Ortopedia. 55p. 2008.

CAMARANO, A. A. O idoso brasileiro no mercado de trabalho. Texto para discussão Nº830, IPEA, Rio de Janeiro, 2001. Disponível em: www.ipea.gov.br/pub/td/td_2001/td_0830.pdf. Acesso em: 20 dez. 2011.

CAMPOSTRINI, E.P.; FERREIRA, E.F.; ROCHA, F.L. Condições de saúde bucal do idoso brasileiro. Arquivos em Odontologia (UFMG), v. 43, p. 48-56, 2007.

CARVALHO, L. Violência contra os idosos. In:. VERAS, R; LOURENÇO, R. organizadores. Formação humana em geriatria e gerontologia: uma perspectiva interdisciplinar. Rio de Janeiro: Editora DOC, 2010.

CHOR, D.; GRIEP, R.H.; LOPES, C.S.; FAERSTEIN, E. Medidas de rede e apoio social no estudo pró-saúde: Pré-testes e estudo piloto. Cad. Saúde Pública, v.17, n.4, p. 887-896, 2001.

Page 20: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Universidade de Fortaleza - Unifor NEAD

CORDE, Comitê de Ajudas Técnicas, ATA VII. Realizada nos dia 13 e 14 de dezembro de 2007. Disponível em: http://portal.mj.gov.br/corde/comite.asp. Acesso em: 24 dez. 2011.

DELIBERATO, D. Comunicação alternativa: Recursos e procedimentos utilizados no processo de inclusão do aluno com severo distúrbio na comunicação. In: SHEILA ZAMBELLO DE PINHO; JOSE ROBERTO CORRÊA SAGLIETTI. (Org.). Núcleos de Ensino. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2007, v. 1, p. 366-378.

DOLL, J.; MACHADO, L.R. O idoso e as novas tecnologias. In: Tratado de Geriatria e Gerontologia/Elizabete Viana de Freitas et al. 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2011.

DOMINGUES, M.A.R.C.; DERNTL, A.M. Rede de Suporte Social do Idoso. Avaliação Global do Idoso. São Paulo: Atheneu, 2005, p. 159-170.

FEJERSKOV, O; KIDD, E. Cárie dentária: A doença e seu tratamento clínico. São Paulo: Ed Santos. 2005.

FERREIRA, S.B.L.; SILVEIRA, D.S.; NUNES, R.R.; SOARES, H.P.. Tornando os requisitos de usabilidade mais aderentes às diretrizes de acessibilidade. In: Workshop de usabilidade, acessibilidade e inteligibilidade aplicadas em interfaces para analfabetos, idosos e pessoas com deficiência, realizado durante o Simpósio Brasileiro de Fatores Humanos em Sistemas Computacionais, Porto Alegre, 2008.

FRANK, M.H.; RODRIGUES, N.L. Depressão, ansiedade, outros transtornos afetivos e suicídio. In: Tratado de Geriatria e Gerontologia/Elizabete Viana de Freitas et al. 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

GALVÃO FILHO, T.A.; DAMASCENO, L.L. As novas tecnologias e a tecnologia assistiva: Utilizando os recursos de acessibilidade na educação especial. Fortaleza, Anais do III Congresso Ibero-americano de Informática na Educação Especial, MEC, 2002.

GARCIA, A. et. al. A depressão e o processo de envelhecimento. Ciência e Cognição, v. 7, p. 111 – 121, 2006.

HAGEMEYER, V; REZENDE, HA. Nutrição e envelhecimento. In: Freitas, EV, et al. Tratado de geriatria e gerontologia. 3ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. Cap.91, p.1031-1045.

IBGE. Síntese de indicadores sociais: Uma análise das condições de vida da população brasileira. 2010. Disponível em: < www.ibge.gov.br >. Acesso em: 4 out. 2011.

IBGE. Perfil dos idosos responsáveis pelos domicílios no Brasil. 2000. Disponível em: www.ibge.gov.br . Acesso em: 4 dez. 2011.

Page 21: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Universidade de Fortaleza - Unifor NEAD

KACHAR, V. A terceira idade e o computador: Interação e produção num ambiente educacional interdisciplinar. Pós-Graduação em Educação: Currículo. Tese de Doutorado, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2001.

KATZ, J. Tratado de audiologia clínica. SãoPaulo: Manole,1105p, 1989.

KIRITA, T. Maxillofacial Fractures in Older Patients. J Oral Maxillofac Surg, v.69, p.2204-2210, 2011.

LEMOS,N.; MEDEIROS, S.L. Suporte social ao idoso dependente. In: Tratado de Geriatria e Gerontologia/Elizabete Viana de Freitas et al. 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2011.

LIMA, J.E.O. Cárie Dentária: Um novo conceito. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, v.12, n. 6, p. 119-130, 2007.

LOPES, F.F.; LOUREIRO, F.H.F.; PEREIRA, A.F.V.; PEREIRA, A.L.A.; ALVES, C.M.C. Associação entre osteoporose e doença periodontal em mulheres na pós-menopausa. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. v.30, n.8, p.379-383, 2008.

MACHIAVELLI, J.L.; PIO, S. Medicina Periodontal: Uma revisão de literatura. Odontologia. Clín.-Científ, v.7, n.1, p.19-23, 2008.

MARINHO, V. Transtornos de ansiedade em idosos. In: VERAS, R; LOURENÇO, R. organizadores. Formação humana em Geriatria e Gerontologia: Uma perspectiva interdisciplinar. Rio de Janeiro: Editora DOC, 2010.

MARTINS, R.M.L. Envelhecimento e Políticas Sociais. Millenium. n.32, p.126-140, 2006.

MENDES, M.R.S.S.B.; GUSMÃO, J.L.; FARO, A.C.M.; LEITE, R.C.B.O. A situação social do idoso no Brasil: Uma breve consideração. Acta Paul Enferm, v.18, n.4, p.422-6, 2005.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Projeto SB Brasil 2003: Condições de saúde bucal da população brasileira 2002-2003. Resultados principais. 2004.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Projeto SB Brasil 2010: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal 2010. Resultados principais. 2011.

MIRANDA, L.M.; FARIAS, S.F. As contribuições da internet para o idoso: Uma revisão de literatura. Interface (Botucatu), v.13, n.29, p. 383-394, 2009.

MONTENEGRO, F.L.B.; MARCHINI, L.; BRUNETTI, R.F.; MANETTA, C.E. A importância do bom funcionamento do sistema mastigatório para o processo digestivo dos idosos. Revista Kairós, v.10, n.2, p.245-257, 2007.

Page 22: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Universidade de Fortaleza - Unifor NEAD

NAJAS, M; MAEDA, AP; NEBULONIA, CC. Nutrição em Gerontologia. In: Freitas, EV, et al. Tratado de geriatria e gerontologia. 3ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. Cap.124, p.1382-1391.

PASINATO, M.T.M.; KORNIS, G.E.M. Cuidados de longa duração para idosos: Um novo risco para os sistemas de seguridade social. Fonte: Rio de Janeiro; IPEA; 2009. 24 p. (IPEA - Textos para discussão, 1371). Disponível em: < www.ipea.gov.br/sites/000/2/publicacoes/tds/td_1371.pdf > Acesso em: 21 dez. 2011.

RADABAUGH, M.P. NIDRR’s Long Range Plan - Technology for Access and

Function Research. Section Two: NIDDR Research Agenda. Chapter 5: Technology for access and function. 1993. Disponível em: http://www.ncddr.org/new/announcements/lrp/fy1999-2003/lrp_techaf.html. Acesso em: 24 dez. 2011.

ROCHA, E. F.; CASTIGLIONI, M. C. Reflexões sobre recursos tecnológicos: Ajudas técnicas, tecnologia assistiva, tecnologia de assistência e tecnologia de apoio. Rev. Ter. Ocup. v. 16, n. 3, p.97-104, 2005.

ROSA, T.E.C. Redes de Apoio Social. In: Envelhecimento, prevenção e promoção da saúde. Litovic, J.; Brito, F.C. São Paulo: Editora Atheneu, 2004.

ROSA, L.B.; ZUCCOLOTTO, M.C.C.; BATAGLION, C.; CORONATTO, E.A.S. Odontogeriatria: A saúde bucal na terceira idade. RFO, v. 13, n. 2, p. 82-86, 2008.

SAINTRAIN, M.V.L.; SOUZA, E.H.A. Saúde bucal do idoso: Desafio a ser perseguido. Odontologia. Clín.-Científ., v.4, n.2, p.127-132, 2005.

SAMPAIO, M.P.A. et al. Reconstrução protética da face do paciente oncológico: Parte 1. Boletim da FCM, v.5, n.6, p.3, 2009.

SCHIRMER, C. et al. Atendimento Educacional Especializado: deficiência física. SEESP/SEEDMEC. Brasília, 2007.

SILVA, L.C. O design de equipamentos de tecnologia assistiva como auxílio no desempenho das atividades de vida diária de idosos e pessoas com deficiência, socialmente institucionalizados. 2011. Dissertação (Mestrado em Design & Tecnologia) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Disponível em: www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/.../000786744.pdf?...1. Acesso em: 26 dez. 2011.

SILVA, E.M.M.; BARÃO,V.A.R.; SANTOS, D.M.; GALLO, A.K.G.; CASTILHO, L.R. Aspectos periodontais do paciente idoso. Salusvita, v. 27, n. 2, p. 275-285, 2008.

Page 23: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Universidade de Fortaleza - Unifor NEAD

SOARES, F. Suicídio. In: MORIGUTI, J.C.; SOARES, A.M. coordenadores. Atualizações d

SOARES, F. Suicídio. In: MORIGUTI, J.C.; SOARES, A.M. coordenadores. Atualizações diagnósticas e terapêuticas em Geriatria. São Paulo: Atheneu, 2007.

STOPPE JÚNIOR, A. Depressão em idosos. In: MORIGUTI, J.C.; SOARES, A.M. coordenadores. Atualizações diagnósticas e terapêuticas em Geriatria. São Paulo: Atheneu, 2007.

TROMBLY, C. A.; RADOMSKI, M.V. Terapia ocupacional para disfunções físicas. 5ª ed. São Paulo: Santos, 2005.

VEGA, U.M. Psicoses Tardias. In: VERAS, R; LOURENÇO, R. organizadores. Formação humana em Geriatria e Gerontologia: uma perspectiva interdisciplinar. Rio de Janeiro: Editora DOC, 2010.

VERONA, S.M.; CUNHA, C.; PIMENTA, G.C.; BURITI, M.A. Percepção do idoso em relação à Internet. Rev. Temas em Psicologia, v.14, n.2, p.189-197, 2006.

YAMAMOTO, K.; MATSUSUE, Y.; MURAKAMI, K.; HORITA, S.; SUGIURA, T.; KIRITA, T. Maxillofacial Fractures in Older Patients. J Oral Maxillofac Surg, v.69, p.2204-2210, 2011.

WATSON, N.; WOODS, B. The origins and early developments of special/adaptive

wheelchair seating. Social history of medicine, v. 18, n. 3, p. 459-474, 2005.

WOO, J. Nutritional Strategies for Successful Aging. Med Clin N Am 2011. 95: 477–493.

Page 24: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Universidade de Fortaleza - Unifor NEAD

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA

Núcleo de Educação a Distância

Coordenação Geral

Carlos Alberto Batista

Supervisão Administrativa

Graziella Batista de Moura

Produção de Conteúdo Didático

Danilo Lopes Ferreira Lima

Projeto Instrucional

Bárbara Mota Barros

Roteiro de Áudio e Vídeo

José Moreira

Produção de Áudio e Vídeo

Natália Magalhães

Identidade Visual

Natália Soares

Arte

Francisco Cristiano Lopes de Sousa

Programação

Antônia Suyanne Lopes Alves

Raimundo Bezerra Lima Júnior

Diagramação de Material Didático

Régis da Silva Pereira

Revisão Gramatical

Luís Carlos de Oliveira Sousa

Créditos

Page 25: Atencao Ao Idoso - Unidade 03

Universidade de Fortaleza - Unifor NEAD

Anotações