associaÇÃo portuguesa dos comerciantes de...
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Luís XIV, de França, “o Rei Sol”, afirmou,numa frase que ficou célebre e que de-fine bem a conceção de estado absolutoda época, ”l'état, c'est moi”.
Salvaguardadas as devidas distâncias(que são felizmente muito grandes), estaconceção tem em comum com o enten-dimento dominante das nossas elitespolítico-partidárias uma certa visão doscidadãos ao serviço do Estado e dasempresas, como agentes tolerados degeração de receita, daí resultando, comalguma naturalidade, que o desígnio daredução do endividamento externo sejamais facilmente compatibilizado com aredução do rendimento disponível dasfamílias (aumento de impostos) e com aredução do investimento público e pri-vado do que com a mais do que acon-selhável e prioritária redução dasdespesas com pensões “milionárias”,com departamentos, institutos, empre-sas e funções autárquicas redundantes,ou com as subcontratações perduláriasque absorvem 80% das despesas dochamado SNS.
Num país destes não há espaço nem fu-turo para o investimento privado que nãoseja dirigido à capturas das “rendas” queo próprio estado assegura.
Não admira que o investimento privadocontinue a cair. Não há perspetivas deretorno desse investimento em Portugal,num quadro em que o mercado internocontrai a uma grande velocidade e seduvida, face ao crescimento da dívidapública, da manutenção do país na zonaeuro. E investir aqui para produzir paraoutros mercados não encontra justifica-ção num país em que a justiça não fun-ciona, a burocracia é asfixiante, não háestabilidade fiscal, não há crédito e, devantagens comparativas, pouco maistemos que alguns recursos humanosmuito qualificados a baixo preço, umasquantas áreas tecnológicas interessan-tes (TICE, engenharias, bioquímica eserviços de saúde), uma geografia quepoderia ser favorável se tivéssemos umainfraestrutura logística apropriada, duasáreas metropolitanas com dimensão eum bom clima, fatores que nem sequerconseguimos promover com sentido es-tratégico.
Diz-se, também, que falta dinheiro. Faltacapital e o crédito. É uma verdade rela-tiva, porque, ainda que escassos, omaior problema é que o crédito é mal ge-rido e o capital é “maltratado”.
Pior, nem sequer conseguimos entender
BoletimMateriais de Construção
g NOTA DE ABERTURA
A olhar para o umbigo!
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DOS COMERCIANTES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
Nº 279, 31.OUTUBRO.2012
g LEGISLAÇÃO
Correção extraordinária dasrendas habitacionais | 2013Rendas condicionadas - PREÇO DO M2/2013Metais não Preciosos NOVAS OBRIGAÇÕES
Abono de Família - REAVALIAÇÃO DOS ESCALÕES
g FISCALIDADE
IRC, IRS e SeloAGRAVAMENTO FISCAL
Facturação e Documentos deTransporte | ALTERAÇÕES
IVA - Novas Regras DE LOCALIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES
Orçamento do Estado 2013PROPOSTA
g DIVERSOS
QREN | NOVOS CONCURSOS E NOVA
LINHA DE FINANCIAMENTO
SCUTREDUÇÃO DAS PORTAGENS
ENCONTRO DE EMPRESÁRIOS
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27 de Novembro de 2012 · 14:00h
Auditório do Edifício de Serviços da AEPLeça da Palmeira
Negócios &Parcerias
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 2
o funcionamento da nossa economia e identificar os es-trangulamentos que impedem o funcionamento dos se-tores específicos e a mobilidade dos recursos entreeles.
Muitos não têm sequer a noção que o crédito bancárioao setor imobiliário representa cerca de 60% do totaldo crédito disponível ao setor privado. No caso das fa-mílias, o crédito à habitação representa cerca de 82%,qualquer coisa como 111,4 mil milhões de euros. Noque diz respeito às empresas, o crédito às empresasde construção e às atividades imobiliárias representacerca de 37% do total do crédito às empresas privadas,isto é, 41, 5 mil milhões de euros em 112, 5 mil milhões(excluindo as SGPS).
A paralisação a que hoje se assiste no mercado imobi-liário, que poderia ter sido contrariada através da nor-malização, há pelo menos um ano, do mercado doarrendamento, tornou ilíquidos uma grande parte des-tes créditos, precipitando as insolvências de empresase de famílias e fazendo disparar os prejuízos dos ban-cos, com consequências negativas ao nível da con-cessão de crédito ao resto da economia.
Se esta situação não puder ser invertida, assistiremosnos próximos meses a um novo agravamento na redu-ção do crédito disponível, sobretudo para as empresas,acentuando os efeitos recessivos sobre a economiaque se fizeram sentir ao longo de 2011 e de forma cres-
cente na primeira metade de 2012, e que se traduziramnuma redução do crédito total ao setor privado dequase 14 mil milhões de euros. É isto que explica a di-mensão da recessão!
Cada dia que passa torna-se mais incompreensível quenão se utilizem os cerca de 8 mil milhões de euros quea banca não quis ou não precisou para se recapitalizarpara criar um fundo financeiro que pudesse participarnos diversos fundos financeiros imobiliários que têmvindo a ser criados, muitos deles para tentar absorverimóveis que ficaram nos balanços dos bancos em con-sequência de dações em cumprimento. As próprias fa-mílias em situações de incumprimento do crédito àhabitação, poderiam, no caso de entrega da casa emesmo passando à situação de arrendatários, ser res-sarcidas dos valores já pagos através de títulos de par-ticipação ou obrigações remuneradas.
Tal permitiria uma diminuição das imparidades, bemcomo suster o processo de desvalorização dos imóveise facilitar a rentabilização dos ativos através da opçãodo arrendamento até à recuperação do mercado. Maisimportante, esta solução permitiria libertar recursos fi-nanceiros que estão parados (ou malparados), promo-vendo o acréscimo da oferta de crédito bancário aosoutros setores da economia e suavizando as respeti-vas condições de acesso.
Não há milagres, mas não digam que não há soluções!
gNOTA DE ABERTURA
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BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 3
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BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 4
g LEGISLAÇÃO
AJ 071 g RENDAS CONDICIONADAS
- PREÇO DO M² /2013
Foram aprovados pelaPORTARIA 358/2012, de31 de Outubro, para vi-gorarem em 2013, osvalores por metro qua-drado de área útil dopreço da habitação,superiores em 3,36%aos aprovados para2012, que se destinama permitir o apura-mento da renda condicionada, sendo indispensáveis para cal-cular o valor actualizado do fogo construído há mais de 1 anoà data da celebração do contrato de arrendamento para ha-bitação em regime de renda condicionada, no qual a rendainicial não pode ser superior ao duodécimo de produto resul-tante da aplicação da taxa das rendas condicionadas (8%, fi-xada pela Portaria 1231/91, de 2/12) àquele valor, de acordocom a fórmula do nº 2 do artigo 1º do DL 329-A/2000, de22/12.
Lembramos que o artigo 61º do NRAU, Novo Regime do Ar-rendamento Urbano, mesmo após a recente alteração operadapela Lei 31/2012, de 14/8, manteve em vigor os regimes derenda condicionada e de renda apoiada previstos nos artigos77º e seguintes do RAU, Regime de Arrendamento Urbano.
São os seguintes os valores por metro quadrado de área útil,consoante as diferentes zonas do País:
g ACÓRDÃO DO SUPREMO TRIBUNAL
ADMINISTRATIVO Nº 5/2012, 22 OUTUBRO*
«Independentemente do entendimento que se subscreva relati-vamente à natureza jurídica do acto de indeferimento do pedidode dispensa de prestação de garantia para obter a suspensão doprocesso de execução fiscal - como acto materialmente admi-nistrativo praticado no processo executivo e ou como acto pre-dominantemente processual - é de concluir que não há, nessecaso, lugar ao direito de audiência previsto no artigo 60.º da LeiGeral Tributária.»
* (Acórdão uniformizador de jurisprudência)
AJ 072 g ABONO DE FAMÍLIA
- REAVALIAÇÃO DOS ESCALÕES
As alterações que severifiquem nos rendi-mentos e composiçãodo agregado familiardos titulares do abonode família para crian-ças e jovens após aprova anual (queocorre em Agosto) edeterminem a altera-ção do rendimento de
referência a considerar na determinação do escalão de ren-dimentos já podem ser comunicadas à segurança socialantes da data da nova prova anual.
É o que estabelece a Portaria 344/2012, de 26 de Outubro,que põe termo a num regime ao abrigo do qual o valor doabono de família vigorava a partir de 1 de Janeiro do ano se-guinte àquele em que era efectuada (em Agosto) a provaanual de rendimentos e composição do agregado familiar, porreferência ao ano civil anterior.
O pedido de reavaliação do escalão de rendimentos subse-quente à prova anual depende de apresentação de declara-ção de alteração da composição e rendimentos do agregadofamiliar e não pode ser apresentado antes de decorridos 90dias da data da prova anual ou da data de produção de efei-tos de anterior declaração de alteração.
AJ 073 g ARMAZENISTAS DE METAIS NÃO
PRECIOSOS - NOVAS OBRIGAÇÕES
Os operadores em cujas instalações se procede ao armaze-namento, tratamento ou valorização de metais não preciosossão obrigados a adoptar um sistema de segurança que inclua,no mínimo, um sistema de videovigilância para controlo efec-tivo de entradas e saídas nas instalações onde são recolhidos.
É o que estabelece a LEI 54/2012, de 8 de Setembro, em vigordesde o passado dia 1 de Outubro, que aprova meios de pre-venção e combate ao furto e receptação de metais não pre-ciosos com valor comercial e mecanismos adicionais e dereforço no âmbito da fiscalização da actividade de gestão deresíduos.
A adopção do sistema de videovigilância, que deverá conse-guir preservar as imagens recolhidas pelo prazo de 90 dias,carece ainda de regulamentação, que igualmente estabele-cerá o prazo para a sua implementação.
Os mesmos operadores são obrigados a efectuar e manterregisto diário , em suporte papel ou informático (neste caso,no portal da Agência Portuguesa do Ambiente
CONCELHOS
ZONA ISedes de distrito, bem como Almada, Ama-dora, Barreiro, Cascais, Gondomar, Loures,Maia, Matosinhos, Moita, Montijo, Odivelas,Oeiras, Póvoa de Varzim, Seixal, Sintra, Va-longo, Vila do Conde, Vila Franca de Xira eVila Nova de Gaia
ZONA IIAbrantes, Albufeira, Alenquer, Caldas daRainha, Chaves, Covilhã, Elvas, Entronca-mento, Espinho, Estremoz, Figueira da Foz,Guimarães, Ílhavo, Lagos, Loulé, Olhão,Palmela, Peniche, Peso da Régua, Porti-mão, Santiago do Cacém, São João da Ma-deira, Sesimbra, Silves, Sines, Tomar,Torres Novas, Torres Vedras, Vila Real deSanto António e Vizela.
ZONA IIIRestantes concelhos do continente
2013
€ 793,21
€ 693,38
€ 628,19
2012
€ 767,42
€ 670,84
€ 607,77
1,050 4
1,033 6
Sem porteira e com elevador
1,046 0
AJ 074 g CORRECÇÃO EXTRAORDINÁRIA DAS
RENDAS HABITACIONAIS MAIS ANTIGAS / 2013
Fixado em 1,0336 (3,36%) o factor deactualização das rendas para 2012dos diversos tipos de arrendamento[Aviso nº 12912/2012, do INE, de10/9, in DR, 2ª série, de 27/9], foramtambém já divulgados, PARA VIGORA-REM EM 2013, os factores de correc-ção extraordinária das rendas doscontratos de arrendamento para ha-bitação celebrados antes de 1980.
De acordo com a PORTARIA 368/2012, de 6 de Novembro,esses factores de correcção são os seguintes:
O senhorio interessado em corrigir a renda deve comunicartal intenção ao seu inquilino através de carta registada comaviso de recepção, expedida com a antecedência mínima de30 dias, ou entregue em mão, com protocolo de recepção,nela indicando a nova renda e o factor utilizado no seu cálculo(como na minuta seguinte):
“Exmo. SenhorNa qualidade de senhorio da fracção (prédio...) sita em __________,de que V. Exa. é arrendatário, venho pela presente comunicar quepretendo proceder à correcção extraordinária da renda actualmenteem vigor, de € ____, assim fixada em _____ de _______ de _____,pela aplicação do coeficiente ______, aprovado pela Portaria368/2012, de 6/11.Em conformidade, a renda que se vence no próximo dia __ de______ de 20_, relativa ao mês de ______ (ex.: no próximo dia 1 deJaneiro de 2013, relativa ao mês de Fevereiro de 2013...), e as su-cessivas até nova correcção, será de € _____. (renda actual x coe-ficiente supra indicado).Com os meus melhores cumprimentos.................”
Lembramos que o recurso pelo senhorio à correcção ex-traordinária não o impede de recorrer à avaliação do locadopara «actualização» da respectiva renda, nos termos defini-dos pelo NRAU, Novo Regime do Arrendamento Urbano,aprovado pela Lei 6/2006, de 27/2, quer na versão original,quer na versão revista pela Lei 31/2012, 14/8, que se aplicaaos arrendamentos celebrados anteriormente ou na pendên-cia do RAU, Regime do Arrendamento Urbano.
ANO DA ÚLTIMA FIXAÇÃO DA
RENDA (ANTERIOR AO INÍCIO DA
CORRECÇÃO EXTRAORDINÁRIA)
Antes de 1966
1966
De 1967 a 1979
Concelhos de Lisboa e Porto
Sem porteira e sem elevador
1,049 6
Com porteira e sem elevador
1,046 8
Com porteira e com elevador
1,039 5
Restantes concelhos
1,033 6
FACTORES DE CORRECÇÃO EXTRAORDINÁRIA A APLICAR
g LEGISLAÇÃO
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Contactos : [email protected] | [email protected]ção Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de ConstruçãoPç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º, 4200-313 Porto Tel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218/9 | Site: www.apcmc.pt
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Ciências Informáticas (Norte e Centro)Processador de texto • Folha de cálculo
Enquadramento na Organização/Empresa (Norte e Centro)Gestão da qualidade • Metodologias de implementação de sistemas de gestãoda qualidade • Auditorias ao sistema de gestão da qualidade • Monitorização emedição dos processos / produto • Ferramentas da qualidade
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BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 6
AF 046 g AGRAVAMENTO FISCAL
EM SEDE DE IRC, IRS E SELO
Com um objectivo claro, de agravamento das taxas existen-tes ou de criação de novas taxas, a LEI 55-A/2012, de 29 deOutubro, alterou várias disposições dos Códigos do IRS, IRCe Imposto do Selo.
EM IRS:• SOBE PARA 26,5% a anterior taxa de retenção na fonte a tí-
tulo definitivo de 25% prevista nos nºs 1 e 2 do artigo 71º(«Taxas liberatórias»), que incide, designadamente, sobreJUROS DE DEPÓSITOS à ordem ou a prazo e RENDIMENTOS DE
TÍTULOS DE DÍVIDA, nominativos ou ao portador, obtidos emterritório português;
• SOBE PARA 35% a anterior taxa de retenção na fonte a títulodefinitivo de 30% prevista nos nºs 12, 13 e 14 do artigo 71º,que incide, designadamente, os rendimentos mencionadosnos nºs 1 e 2 pagos ou colocados à disposição dos res-pectivos titulares, residentes em território português, devi-dos por entidades não residentes sem estabelecimentoestável em território português e com domicílio em «paraísofiscal» e os rendimentos de capitais obtidos por entidadesnão residentes sem estabelecimento estável em territórioportuguês com domicílio em «paraíso fiscal»;
• SOBE PARA 26,5% a anterior taxa de 25% prevista nos nºs4 e 5 do artigo 72º («Taxas especiais»), que incide sobreMAIS-VALIAS E MENOS-VALIAS resultante de algumas das ope-rações previstas no nº 1 do artigo 10º e sobre os rendi-mentos de capitais (…) devidos por entidades nãoresidentes, quando não sujeitos a retenção na fonte, SU-BINDO PARA 35% a anterior taxa de 30% prevista no nº 11, in-cidente sobre rendimentos de capitais devidos porentidades não residentes sem estabelecimento estável emterritório português com domicílio em «paraíso fiscal» nãosujeitos a retenção na fonte;
EM IRC:• SOBE PARA 35% a anterior taxa de 30% prevista nas alíneas
h) e i) do nº 4 do artigo 87º («Taxas»), que incide sobre ren-dimentos de capitais pagos ou colocados à disposição emcontas abertas em nome de um ou mais titulares mas porconta de terceiros não identificados (…) e cobre rendimen-tos de capitais obtidos por entidades não residentes em ter-ritório português com domicílio em «paraíso fiscal»;
• AS RETENÇÕES NA FONTE DE IRC PASSAM A SER EFECTUADAS À
TAXA ÚNICA DE 25%, e não de acordo com as taxas previs-tas para efeito de retenção na fonte de IRS, sendo mantidaa taxa de retenção na fonte de 21,5% para as remunera-ções auferidas na qualidade de membro de órgãos estatu-tários de pessoas colectivas e outras entidades.
EM IMPOSTO DO SELO:• É aditada à Tabela Geral a verba nº 28, que cria um im-
posto (adicional) sobre os prédios urbanos de valor patri-monial não inferior a um milhão de euros:«28 - Propriedade, usufruto ou direito de superfície de pré-dios urbanos cujo valor patrimonial tributário constante damatriz, nos termos do Código do Imposto Municipal sobreImóveis (CIMI, seja igual ou superior a € 1.000.000 - sobreo valor patrimonial tributário utilizado para efeitos de IMI:
28.1 - Por prédio com afectação habitacional - 1%;28.2 - Por prédio, quando os sujeitos passivos que não
sejam pessoas singulares sejam residentes em país, ter-ritório ou região sujeito a um regime fiscal claramentemais favorável, constante da lista aprovada por portariado Ministro das Finanças - 7,5%»
EM 2012, PORÉM:
- A LIQUIDAÇÃO deste imposto é efectuada pela AT até finalde Novembro p.f.;
- O PAGAMENTO deve ser efectuado até 20 Dezembro 2012;- As TAXAS aplicáveis são as seguintes:
- prédios com afectação habitacional avaliados nos ter-mos do CIMI - 0,5%
- prédios com afectação habitacional ainda não avaliadosnos termos do CIMI - 0,8%;
- prédios urbanos quando os sujeitos passivos que nãosejam pessoas singulares sejam residentes em país, ter-
ritório ou região sujeito a um regime fiscal claramentemais favorável, constante da lista aprovada por portariado Ministro das Finanças - 7,5%»
Em 2013 a liquidação do imposto deverá incidir sobre omesmo valor patrimonial tributário utilizado para efeitos de li-quidação do IMI a efectuar nesse ano.
No que respeita às MANIFESTAÇÕES DE FORTUNA E OUTROS
ACRÉSCIMOS PATRIMONIAIS NÃO JUSTIFICADOS (artigo 89º-A da LeiGeral Tributária):
- É reduzido de 50% para 30%, para efeitos de avaliação in-directa, o limite do desvio, para menos, entre o rendi-mento líquido declarado e o rendimento padrão resultanteda tabela de manifestações de fortuna;
- Na aplicação da tabela passa a tomar-se em considera-ção a soma dos VALORES TRANSFERIDOS DE E PARA CONTAS
DE DEPÓSITO OU DE TÍTULOS abertas pelo contribuinte eminstituições financeiras residentes em «paraíso fiscal»cuja existência e identificação não seja mencionada nostermos do artigo 63º-A («Informações relativas a opera-ções financeiras»), em que o rendimento padrão presu-mido para efeito de tributação será igual à totalidade dosmontantes anuais transferidos.
A Lei 55-A/23012 entrou em vigor no dia 30 de Outubro, pro-duzindo efeitos a 1 de Janeiro p.p. as alterações aos artigos72º do CIRS e 89º-A da LGT.
g FISCALIDADE
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 7
AF 047 g ALTERAÇÕES NA FACTURAÇÃO E DOCU-MENTOS DE TRANSPORTE - DL´S 197/2012 E198/2012
A Confederação do Comér-cio e Serviços de Portugal(CCP), de cuja Direcção aAPCMC faz parte, dirigiu nopassado dia 29 um ofício aoSr. Ministro das Finanças a
pedir a REVISÃO URGENTE dos Decretos-Leis 197/2012 e198/2012, de 24 de Agosto, com entrada em vigor previstapara 1 de Janeiro de 2013, que procederam a alterações emmatéria de facturação e de documentação de transporte
Pela sua importância, atentos os efeitos negativos para asempresas e a actividade empresarial dos mesmos emergen-tes, passamos a reproduzir o referido ofício:
«Assunto: Decretos-Leis nºs 197/2012 e 198/2012, ambos de24 de Agosto
Exmo. Senhor,A CCP - Confederação do Comércio e Serviços ele Portugal,na sua qualidade de parceiro social, vem expor a V. Exa. assuas preocupações relativamente às medidas tomadas emmatéria ele facturação e documentos de transporte e reque-rer a sua revisão urgente, nos termos e com os fundamentosseguintes:
É sobejamente conhecida a especial gravidade elo momentoque o País atravessa. A crise financeira e económica arrastouas empresas para situações em muitos casos insustentáveis.
Sabe-se, por outro lado, que as sucessivas alterações quetêm vindo a ser tomadas neste domínio assentam em razõesde prevenção de abusos, evasão, quando não mesmo defraude fiscal.
No entanto, a gravidade do momento impõe, no entender daCCP, a necessidade de reapreciação de toda e qualquer me-dida que agrave os custos de contexto para as empresas, pormais justificável que a mesma seja.
Para além disso, no caso concreto, o pacote legislativo con-tido nos Decreto-Leis nºs 197/2012 e 198/2012, ambos de 24de Agosto, vem introduzir exigências que, quando não foremtotalmente insusceptíveis de cumprimento, dificultam o nor-mal desenvolvimento das actividades económicas, o que, deper se, impõe a sua revogação imediata.
Para melhor se compreender o que se diz, atente-se a se-guinte sucessão ele alterações que nem sequer pretende serexaustiva:
a) O Decreto-Lei nº 238/2006, ele 20 ele Dezembro, veioimpor que os sistemas informáticos de contabilidade dis-pusessem de capacidade de exportação de ficheiros nostermos e formatos a definir por portaria do Ministro das Fi-nanças;
b) A primeira portaria que veio regular essa obrigação foi aPortaria nº 321-A/2007, de 26 ele Março;
c) Essa Portaria veio a ser reformulada pela Portaria nº1192/2009, de 8 de Outubro;
d) A Lei n.º 64-A/2008, de 31 ele Dezembro, veio a impor aprévia certificação pela AT elos programas e equipamen-tos informáticos de facturação, em termos a definir porportaria do Ministro das Finanças;
e) A Portaria nº 363/2010, de 23 ele Junho, veio a estabele-cer as regras a que deveriam obedecer estes programase equipamentos, alterando, uma vez mais, a estrutura dedados do ficheiro a que se referem as Portarias anterio-res;
f) Já este ano, a Portaria 22-N2012, de 24 de janeiro, intro-duz, alterações tanto à Portaria nº 363/2010, como às Por-tarias anteriormente referidas;
g) Em 24 ele Agosto, surge o pacote legislativo acima refe-rido que introduz novas regras no domínio da facturaçãoe dos documentos de transporte;
h) A Proposta de Lei do OE para 2013, já contempla altera-ções às próprias alterações efectuadas em Agosto!
Esta sucessão de alterações põe a descoberto a imprepara-ção com que são feitas alterações e criaram incoerência eperplexidade, porquanto ao se dispersarem normas por várioscorpos normativos, Código elo IRC, Código do IV A, Decretos-Leis e Portarias, bem como Despachos, perde-se a noção detodo, criam-se ambiguidades que acabam por não ser supri-das pela Administração Tributária e geram as maiores dificul-dades às empresas.
Tudo isto, para além dos custos de contexto, pois os siste-mas tiveram de ser preparados para a exportação de fichei-ros, tiveram de ser certificados, alterados os parâmetrosdaquela exportação e, agora, haverá que prepará-los para asnovas exigências, que ainda não estão perfeitamente clarifi-cadas.
O passado não pode ser apagado, mas urge aprender com oserros cometidos. E as precipitações nestes domínios põemem evidência tais erros. É necessário repensar e criar umquadro único, claro, simples e que seja exequível pela gene-ralidade das empresas.
Por isso, a CCP requer que seja dada uma indicação clarade que estas medidas não vão entrar em vigor já. Mais re-quer que seja feita uma apreciação sistemática das disposi-ções dispersas por vários diplomas e se crie um corponormativo único coerente, o qual seja amplamente explicadoàs empresas para que estas se possam adaptar às regrasque venham a ser instituídas sem as precipitações e turbu-lências que se vêm verificando.
Não pode suceder que um novo modelo seja obrigatório, aoque se anuncia, a partir de Maio e que hoje, praticamente emNovembro, não se conheçam os seus exactos contornos. Fal-tam as Portarias, bem como as necessárias explicações dosServiços Fiscais, mas as empresas, essas já estão sob apressão de uma mudança sem que possam iniciar um planoconcertado para a gerir. É uma situação insustentável.
g FISCALIDADE
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 8
g LEGISLAÇÃO
Em concreto, não se consegue antecipar como as empresaspossam comunicar à AT, até ao dia 8 do mês seguinte, a fac-turação feita no mês anterior.
Tal qual a obrigação está concebida, trata-se de uma medidatransversal a todas as empresas – pequenas, médias e gran-des empresas.Ora, a este respeito, não nos podemos esquecer que exis-tem (pequenas) empresas que podem continuar a emitir fac-turas pré-impressas tipograficamente, muitas vezes comcontabilidade subcontratada. Como poderá ser cumprida estaobrigação, nestes casos?
O legislador não pode criar uma obrigação cujo cumprimentose sabe antecipadamente ser inexequível.
Também a comunicação prévia dos documentos de trans-porte se prefigura inexequível.
De facto, só quem não lida com o Portal das Finanças é quenão sabe a quantidade de vezes em que o acesso é vedadopor o sistema estar "temporariamente indisponível". Que so-lução a adoptar: as mercadorias não circulam até que o sis-tema fique disponível? E o que fazer nos casos em que acomunicação é feita por via telefónica? Terá porventura o le-gislador experiência do tempo que se espera pela respostaelos Serviços Fiscais? A mercadoria fica à espera que se con-cretize a comunicação?
É absolutamente insensata esta exigência. Em vez de se fa-cilitar e agilizar o fluxo de mercadorias, criam-se entraves àsua circulação!
Tudo o que se disse reveste-se de especial gravidade, ur-gindo, por isso, dar um sinal claro aos agentes económicosele que estas medidas não vão entrar em vigor, vão ser ob-jecto de uma análise sistemática e que irá ser preparado umpacote legislativo que reponha a coerência das regras queenformam a emissão destes documentos e que não irá su-jeitar as empresas a alterações sucessivas como sucedeunestes últimos anos.
Espera, por isso, a CCP que as razões que antecipa mere-çam a melhor atenção de V. Exa. e sejam tomadas, em ma-téria de facturação e de documentos de transporte, medidaslegislativas exequíveis e coerentes com a realidade das em-presas portuguesas.
Com os melhores cumprimentos.O Presidente da DirecçãoJoão Vieira Lopes»
AF 048 g IVA - (NOVAS) REGRAS DE LOCALIZA-ÇÃO DAS OPERAÇÕES E DA FACTURAÇÃO
Pela sua importância, passamos a reproduzir a Circu-lar nº 9/2012 do Gabinete Fiscal da Confederação doComércio e Serviços de Portugal sobre o assunto re-ferenciado em epígrafe, na sequência das diversas al-terações operadas pelo Decreto-Lei 197/2012, de24/8, em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2013.
«CIRCULAR Nº 9/2012IVA - REGRAS DE LOCALIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES
E DA FACTURAÇÃO
1. O Decreto-Lei nº 197/2012, de 24 de Agosto, que entraagora em vigor em 1 de Janeiro de 2013, introduziu em sedede IVA alterações no que concerne à 1ocalização das pres-tações de serviços de 1ocação de meios de transporte quenão sejam de curta duração, às regras de exigibilidade do im-posto e aos prazos de emissão de facturas.
A) LOCALIZAÇÃO
2. No que às referidas prestações de serviços diz respeito,temos que a regra geral de localização dos serviços cons-tante da alínea b) do nº 6, do artigo 6º do C6digo do IVA de-termina que são tributáveis AS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
EFECTUADAS A UMA PESSOA QUE NÃO SEJA SUJEITO PASSIVO DE IM-POSTO quando o prestador tenha no território nacional a sededa sua actividade, um estabelecimento estável ou, na suafalta, o domicílio, a partir do qual os serviços são prestados.
Ora,
3. A alínea g) agora aditadaao nº 9 daquele artigo 6º de-termina que o serviço não étributável quando se trate delocação de um meio detransporte, que não seja decurta duração, quando odestinatário for uma pessoaestabelecida ou domiciliadafora do território nacional.
4. Ao contrário, o serviço delocação de um meio detransporte, que não seja decurta duração é tributávelquando o destinatário foruma pessoa estabelecida oudomiciliada no território na-cional, conforme a alínea g)aditada ao nº 10 do mesmoartigo 6º.
5. Por outro lado, a nova re-dacção da alínea c) do nº 12do mesmo artigo 6º mandatributar as prestações de
serviços de locação de um meio de transporte, que não sejade curta duração, efectuada a pessoa que não seja um sujeitopassivo, quando este esteja estabelecido ou domiciliado forada Comunidade e a utilização ou exploração efectivas domeio de transporte ocorram no território nacional.
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BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 9
g LEGISLAÇÃO
6. Todavia, quando se tratar de locação de uma embarcação
de recreio, que não seja de curta duração, quando o locador
tenha sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, domi-
cílio fora do território nacional, a partir do qual os serviços são
prestados, e a efectiva colocação da embarcação a disposi-
ção do destinatário ocorra no mesmo território, não há lugar
a tributação (nº 13 do citado artigo 6º).
Em contrapartida, a locação de uma embarcação de recreio,
que não seja de curta duração, efectuada a pessoa que não
seja um sujeito passivo, quando o locador tenha no território
nacional sede, estabelecimento estável ou na sua falta, do-
micílio, a partir do qual os serviços são prestados, e a efec-
tiva colocação da embarcação à disposição do destinatário
ocorra no território nacional é tributável em Portugal, con-
forme a alínea e) do nº 12 do artigo 6º do Código do IVA.
7. Quer isto dizer que as novas regras de localização dos ser-
viços de locação resultantes da transposição para a ordem
jurídica interna do artigo 4º da Directiva nº 2008/8/CE, do
Conselho, de 12 de Fevereiro, e a Directiva nº 2010/45/UE,
do Conselho, de 13 de Julho, que alteraram a Directiva nº
2006/112/CE, do Conselho, de 28 de Novembro, apontam
como regra de localização da locação de meios de transporte,
que não seja de curta duração, efectuada a não sujeitos pas-
sivos, o lugar onde o destinatário está estabelecido, tem do-
micilio ou residência habitual, com as excepções assinaladas,
designadamente quando a locação respeitar a embarcações
de recreio.
B) PRAZO PARA A EMISSÃO DAS FACTURAS
8. O artigo 36º do Código do IVA foi
alterado passando a prever os se-
guintes prazos para a emissão de
facturas:
a) Cinco dias úteis seguintes ao do
momento em que o imposto é
devido nos termos do artigo 7º;
b) No caso das prestações intracomunitárias de serviços que
sejam tributáveis no território de outro Estado membro,
ate ao 15º dia do mês seguinte àquele em que o imposto
é devido nos termos do referido artigo 7º;
c) Na data do recebimento, no caso de pagamentos relativos
a uma transmissão de bens ou prestação de serviços
ainda não efectuada;
d) Na data do recebimento, no caso em que o pagamento
coincide com o momento em que o imposto é devido nos
termos do mesmo artigo 7º. Quer isto dizer que em caso
de pagamento imediato do serviço prestado ou da venda
de bens, a factura tem de ser emitida no próprio dia.
C) FACTURAÇÃO
9. Relativamente a facturação, há que referir liminarmente
que é obrigatória a emissão de uma factura por cada trans-
missão de bens ou prestação de serviços, tal como vêm de-
finidas nos artigos 3º e 4º do Código, independentemente da
qualidade do adquirente dos bens ou destinatário dos servi-
ços, ainda que estes não a solicitem, bem como pelos paga-
mentos que lhes sejam efectuados antes da data da
transmissão de bens ou da prestação de serviços.
Consequentemente foi suprimida do Código do IVA e do RITI
a expressão "documento(s) equivalente(s)" a factura(s), o que
implicou numerosas alterações formais, tanto ao Código do
IVA como do RITI, alem de disposições extravagantes cone-
xas com esta matéria.
10. Vale isto por dizer que os sujeitos passivos não podem
emitir e entregar documentos de natureza diferente da fac-
tura para titular a transmissão de bens ou prestação de ser-
viços aos respectivos adquirentes ou destinatários, sob pena
de aplicação das penalidades legalmente previstas, que são,
nos termos do artigo 123º do RGIT:
- A não passagem de recibos ou facturas ou a sua emissão
fora dos prazos legais, nos casos em que a lei o exija, é
punível com coima de € 150 a € 3.750;
- A não exigência, nos termos da lei, de passagem ou emis-
são de facturas ou recibos, ou a sua não conservação pelo
período de tempo nela previsto, é punível com coima de €
75 a € 2.000.
Além disso, nas facturas processadas através de sistemas
informáticos todas as menções obrigatórias, incluindo o
nome, a firma ou a denominação social e o número de iden-
tificação fiscal do sujeito passivo adquirente, devem ser in-
seridas pelo respectivo programa ou equipamento informático
de facturação.
A indicação na factura da identificação e do domicilio do ad-
quirente ou destinatário que não seja sujeito passivo não é
obrigatória nas facturas de valor inferior a € 1.000, salvo
quando o adquirente ou destinatário solicite que a factura
contenha esses elementos.
A indicação na factura do número de identificação fiscal do
adquirente ou destinatário não sujeito passivo é sempre ob-
rigatória quando este o solicite.
11. FACTURAS SIMPLIFICADAS
Presentemente o artigo 40º do Código dispensa da obriga-
ção de facturação certas operações sempre que o cliente seja
um particular que não destine os bens ou serviços adquiridos
ao exercício de uma actividade comercial, industrial ou pro-
fissional e a transacção seja efectuada a dinheiro:
a) Transmissões de bens efectuadas por retalhistas ou ven-
dedores ambulantes;
b) Transmissões de bens feitas através de aparelhos de dis-
tribuição automática;
c) Prestações de serviços em que seja habitual a emissão
de talão, bilhete de ingresso ou de transporte, senha ou
outro documento impresso e ao portador comprovativo do
pagamento;
d) Outras prestações de serviços cujo valor seja inferior a €
10.
Essa dispensa podia ainda ser declarada aplicável pelo Mi-
nistro das Finanças a outras categorias de sujeitos passivos
que forneçam ao público serviços caracterizados pela sua
uniformidade, frequência e valor limitado, sempre que a exi-
gência da obrigação da facturação e obrigações conexas se
revele particularmente onerosa, conforme o nº 5 do citado ar-
tigo 40º.
Esse artigo deixa de vigorar em 31 de Dezembro de 2012,
sendo substituído pelas FACTURAS SIMPLIFICADAS.
As dispensas concedidas ao abrigo do referido nº 5 caducam
em 31 de Março de 2013 passando a ser obrigatória a emis-
são de facturas relativas a todas as transmissões de bens e
prestações de serviços.
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 10
g FISCALIDADE
NO QUE CONCERNE À EMISSÃO DE FACTURAS simplificadas, a
mesma será admitida nas transmissões de bens efectuadas
por retalhistas a particulares quando o valor da factura seja in-
ferior a € 1.000, bem como em quaisquer outras transmissões
de bens e prestações de serviços de montante não superior
a € 100.
As facturas simplificadas podem ser processadas tanto atra-
vés de meios informáticos ou ser pré-impressas em tipogra-
fias autorizadas, como por outros meios electrónicos,
nomeadamente máquinas registadoras, terminais electróni-
cos ou balanças electrónicas, com registo obrigatório das
operações no rolo interno da fita da máquina ou em registo in-
terno por cada transmissão de bens ou prestação de servi-
ços, sendo-lhes aplicável, em qualquer caso, quanto às
matérias não especificamente reguladas no artigo 40º do Có-
digo do IVA as restantes disposições que regem a emissão de
facturas.
Permite-se que a obrigação de facturação seja cumprida me-
diante a emissão de documentos ou do registo das opera-
ções, respectivamente, nas seguintes operações:
a) Prestações de serviços de transporte, de estacionamento,
portagens e entradas em espectáculos, quando seja emi-
tido um bilhete de transporte, ingresso ou outro docu-
mento ao portador comprovativo do pagamento;
b) Transmissões de bens efectuadas através de aparelhos
de distribuição automática que não permitam a emissão
de factura.
E esta faculdade pode ser declarada aplicável pelo Ministro
das Finanças a outras categorias de sujeitos passivos que
forneçam a consumidores finais serviços caracterizados pela
sua uniformidade, frequência e valor limitado.
O Ministro das Finanças pode ainda nos casos em que jul-
gue conveniente, e para os fins previstos no Código do IVA,
equiparar certos documentos de uso comercial a facturas.
12. FACTURAS ELECTRÓNICAS
Os sujeitos passivos do IVA que processem facturas ou ou-
tros documentos fiscalmente relevantes através de sistemas
informáticos devem assegurar a respectiva integridade ope-
racional, a integridade da informação arquivada electronica-
mente e a disponibilidade da documentação técnica
relevante.
As facturas podem porém, nos termos da nova redacção do
nº 10 do artigo 36º, sob reserva de aceitação pelo destinatá-
rio, ser emitidas por via electrónica desde que seja garantida
a autenticidade da sua origem, a integridade do seu conteúdo
e a sua legibilidade através de quaisquer controlos de ges-
tão que criem uma pista de auditoria fiável, considerando-se
cumpridas essas exigências se adoptada, nomeadamente,
uma assinatura electrónica avançada ou um sistema de in-
tercâmbio electrónico de dados.
As alterações a este nº 10 entram em vigor em 1 de Outubro
de 2012, ao contrário da generalidade das alterações intro-
duzidas pelo Decreto-Lei nº 197/2012, que entrará em vigor
em 1 de Janeiro de 2013, como acima referimos.
13. ELABORAÇÃO DE FACTURAS POR PARTE DOS ADQUIRENTES DOS
BENS E SERVIÇOS
A elaboração de facturas por parte do adquirente dos bens
ou dos serviços fica sujeita as seguintes condições:
a) A existência de um acordo prévio, na forma escrita, entre
o sujeito passivo transmitente dos bens ou prestador de
serviços e o adquirente ou destinatário dos mesmos;
b) O adquirente provar que o transmitente dos bens ou pres-
tador dos serviços tomou conhecimento da emissão da
factura e aceitou o seu conteúdo;
c) Conter a menção "autofaturação".
A elaboração de facturas pelos próprios adquirentes dos bens
ou serviços ou por terceiros que não disponham de sede, es-
tabelecimento estável ou domicilio em qualquer Estado mem-
bro está sujeita a autorização prévia da Autoridade Tributária
e Aduaneira, que pode fixar condições específicas para a sua
efectivação.
Nas situações previstas nas alíneas i), j) e l) do nº 1 do artigo
2º do Código, bem como nas demais situações em que o des-
tinatário ou adquirente for o devedor do imposto, as facturas
emitidas pelo transmitente dos bens ou prestador dos servi-
ços devem conter a expressão "IVA - autoliquidação".»
AF 049 g PROPOSTA DE ORÇAMENTO
DO ESTADO PARA 2013
Entregue na Assembleia da República no passado dia 15 de
Outubro, a proposta de Orçamento do Estado para 2013 con-
templa, uma vez mais, diversas alterações de natureza fis-
cal, na generalidade em prejuízo directo das pessoas e das
empresas.
Disponível para consulta ou download em www.apcmc.pt,
dela destacamos as seguintes alterações:
1. IRS
• Elevação da dedução específica aos rendimentos do tra-
balho para 75% de 12 vezes o IAS deixa de ser possível
quanto a despesas de formação profissional.
• Aumento, de 70% para 80%, da taxa de determinação da
base tributável do rendimento dos trabalhadores indepen-
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OBRI
GAT
ÓRI
O
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 11
g FISCALIDADE
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 12
RENDIMENTO COLECTÁVEL
(€)
Até 7.000
Mais de 7.000 a 20.000
Mais de 20.000 a 40. 000
Mais de 40.000 a 80. 000
Superior a 80.000
Normal (A)
14,50
28,50
37,00
45,00
48,00
Média (B)
14,500
23,600
30,300
37,650
OE 2013
TAXAS (%)
RENDIMENTO COLECTÁVEL
(€)
Até 4.898
Mais de 4.898 a 7.410
Mais de 7.410 a 18.375
Mais de 18.375 as 42.259
Mais de 42.259 a 61.244
Mais de 61.244 a 66.045
Mais de 66.045 a 153.000
Mais de 153.000
Normal (A)
11,50
14,00
24,50
35,50
38,00
41,50
43,50
46,50
Média (B)
11,500
12,3480
19,5990
28,5860
31,5040
32,2310
38,6450
REGIME ANTERIOR
TAXAS (%)
ESCALÃO DE RENDIMENTO COLECTÁVEL (€)
Até 7.000
Mais de 7.000 a 20.000
Mais de 20.000 a 40. 000
Mais de 40.000 a 80. 000
Superior a 80.000
Sem limite
1 250
1 000
500
0
OE 2013
LIMITE (€)
ESCALÃO DE RENDIMENTO COLECTÁVEL (€)
Até 4 898
Mais de 4 898 a 7 410
Mais de 7 410 a 18 375
Mais de 18 375 as 42 259
Mais de 42 259 a 61 244
Mais de 61 244 a 66 045
Mais de 66 045 a 153 000
Mais de 153 000
Sem limite
Sem limite
1 250
1 200
1 150
1 100
0
0
REGIME ANTERIOR
LIMITE (€)
ESCALÃO DE RENDIMENTO COLECTÁVEL (€)
Até 7 000
De mais de 7 000 até 20 000
De mais de 20 000 até 40 000
De mais de 40 000 até 80 000
Superior a 80 000
OE 2013
ESCALÃO DE RENDIMENTO COLECTÁVEL (€)
Até 4 898
Mais de 4 898 a 7 410
Mais de 7 410 a 18 375
Mais de 18 375 as 42 259
Mais de 42 259 a 61 244
Mais de 61 244 a 66 045
Mais de 66 045 a 153 000
Mais de 153 000
REGIME ANTERIOR
dentes do regime simplificado de tributação que prestem
serviços (que poderão, até 30.01.2013, optar livremente
pelo regime da contabilidade organizada).
• Tributação autónoma, à taxa de 28%, dos rendimentos pre-
diais, sendo dedutível, para além do IMI, o imposto do selo
que incide sobre os prédios de luxo arrendados.
• Redução do número de escalões e aumento das taxas do
imposto, com consequente aumento significativo da carga
fiscal:
• Taxa adicional de IRS de 2,5% passa a abranger rendi-
mentos superiores a € 80.000, quando em 2012 apenas in-
cidia sobre rendimentos superiores a € 153.000.
• Taxa liberatória sobre rendimentos de capitais sobe de
26,5% (em vigor desde 30 de Outubro, sendo antes de
21,5%...) para 28%. As mais-valias mobiliárias passam a
ser igualmente tributadas à taxa de 28%;
• Redução dos limites máximos globais das deduções à co-
lecta do agregado familiar relativas a encargos com saúde,
educação e formação, pensões de alimentos, lares e imó-
veis:
• Redução da dedução à colecta por sujeito passivo (de 55%
para 45% do IAS; de 80% para 70% nas famílias monopa-
rentais), aumentando a dedução à colecta por dependente
de 40% para 45% do IAS (e para 50% nos agregados com
3 ou mais dependentes);
• Redução dos limites máximos de dedução à colecta dos
encargos com habitação em contratos celebrados até
31.12.2011: de €591 para €296 no que respeita aos juros
de dívidas, prestações devidas a cooperativas de habita-
ção e rendas de locação financeira e de arrendamentos; de
€591 para €502 quanto a rendas de arrendamentos cele-
brados ao abrigo do RAU ou do NRAU (e a majoração de
tais limites em 50%, 20% e 10%, respectivamente até aos
limites do 2º, 3º e 4º escalões de rendimento, passa para
50% e 20% até aos limites do 1º e 2º escalões);
• Redução dos limites globais dos benefícios fiscais dedutí-
veis à colecta previstos no EBF e legislação complementar:
• Agravamento da taxa de retenção na fonte sobre rendi-
mentos prediais (16,5% para 25%) e sobre rendimentos da
Categoria B especificamente previstos na tabela a que se
refere o artº 151º (de 21,5% para 25%);
• Criação de uma sobretaxa de 4%, que incide sobre os ren-
dimentos englobados e alguns outros rendimentos tributa-
dos autonomamente (gratificações, capitais devidos por
entidades não residentes, rendimentos de actividades de
elevado valor acrescentado obtidos por residentes não ha-
bituais, rendimentos prediais e acréscimos patrimoniais não
justificados) que excedam por sujeito passivo o valor do sa-
lário mínimo anual.
No que respeita aos rendimentos do trabalho dependente
e de pensões, a sobretaxa será aplicada no momento em
que os mesmos são pagos ou colocados à disposição atra-
vés do mecanismo da retenção na fonte, à taxa de 4%, que
incidirá sobre o valor do rendimento líquido (após deduções
para o IRS «normal» e segurança social/ADSE) que ex-
ceda o valor do salário mínimo nacional (€ 485). Mas a re-
tenção mensal global não poderá exceder 45% do
rendimento de cada uma das categorias A e H.
2. IRC
• Alteração ao regime dos pagamentos por conta, de modo
a permitir a redução do seu valor ou o seu não pagamento
apenas a partir do 3º pagamento por conta, quando antes
era possível a partir do 2º.
Sem limite
100
80
60
0
LIMITE (€)
Sem limite
Sem limite
100
80
60
50
50
0
LIMITE (€)
g FISCALIDADE
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 14
g FISCALIDADE
• Os pagamentos por conta são igualmente agravados, pas-sando a ser calculados sobre 80% (antes 70%) e 95%(antes 90%) da colecta do exercício anterior líquida das re-tenções, consoante os contribuintes tenham volumes denegócios não superiores ou superiores a € 500.000.
• Limitação à dedução dos gastos financeiros, que passam aser dedutíveis até à concorrência do maior dos seguintes li-mites: €3.000.000 ou 30% do resultado antes de deprecia-ções, gastos de financiamento líquidos e impostos.
• Redução, de € 10.000.000 para € 7.500.000, do limite doslucros tributáveis a que se aplica a taxa de 5% da derramaestadual.
• A taxa interna de tributação de certos rendimentos obtidospor não residentes aumenta de 15% para 25%, como é ocaso da propriedade intelectual ou industrial, bem como douso ou concessão de equipamento, das comissões, de cer-tos serviços e dos rendimentos prediais.
3. IVA
• Isenção de IVA nas transmissões de bens a título gratuito,para posterior distribuição a pessoas carenciadas, efec-tuadas ao Estado, a instituições particulares de solidarie-dade social e aorganizações não gover-namentais sem fins lucra-tivos, bem como astransmissões de livros atítulo gratuito efectuadasaos departamentos go-vernamentais nas áreasda cultura e da educação,a instituições de caráctercultural e educativo, a centros educativos de reinserção so-cial e a estabelecimentos prisionais.
• Redução, de € 25.000 para € 3.000, do limite a partir doqual devem ser entregues os mapas recapitulativos declientes e fornecedores.
• Regularização de IVA referente a créditos incobráveis oude cobrança duvidosa passa a ser possível nos créditos emmora há mais de 24 meses e créditos de valor inferior a €750, IVA incluído, de particulares ou de pessoas isentassem direito a dedução que estejam em mora há mais de 6meses (novos artºs 78º-A a 78º-D), para além dos consi-derados incobráveis em processo de execução, em pro-cesso de insolvência (quando esta é decretada comcarácter limitado ou após a homologação da deliberaçãoprevista no artº 156º do CIRE), em processo especial derevitalização (após homologação do plano de recuperaçãopelo juiz) e nos termos previstos no SIREVE, Sistema deRecuperação de Empresas por Via Extrajudicial.
4. SELO
• Os prémios dos jogos sociais do Estado - Euromilhões, Lo-taria Nacional, Lotaria Instantânea, Totobola, Totogolo, To-toloto e Joker - de valor igual ou superior a € 5. 000 passama estar sujeitos a imposto do selo, à taxa de 20%.
5. EBF
• O saldo positivo entre mais-valias e menos-valias resultanteda alienação de acções, de obrigações e de outros títulosde dívida obtido por residentes em território portuguêsdeixa de estar isento de IRS (quando estava isento até aovalor anual de € 500).
6. LGT
• O sujeito passivo deve comunicar a sua caixa postal elec-trónica à AT no prazo de 30 dias contados da data do iníciode actividade ou do enquadramento no regime normal doIVA.
• O prazo de prescrição passa a contar com mais uma causade suspensão, não se contando desde a instauração do in-quérito criminal até ao arquivamento ou trânsito em julgadoda sentença.
• A comunicação de contas bancárias em instituições finan-ceiras não residentes é extensiva a sucursais de institui-ções financeiras residentes de que sejam titulares,beneficiários ou que estejam autorizados a movimentar.
7. CPPT
• As certidões da AT têm um prazo geral de validade de 1ano, excepto se forem comprovativas de situação tributáriaregularizada, que têm validade de 3 meses, nunca consti-tuindo estas documentos de quitação.
• Na penhora de depósitos bancários, a indisponibilidade dasquantias que dela são objecto mantém-se válida por pe-ríodo até 1 ano, sem prejuízo de renovação. As novas en-tradas nessas contas são imediatamente penhoradas atéao montante exequendo, prevendo-se que a AT disponibi-lize ao depositário no Portal das Finanças informação ac-tualizada sobre o montante em dívida.
• Na contagem de juros de mora não entram os dias incluí-dos no mês de calendário em que o pagamento for efec-tuado.
8. RGIT
• Os sujeitos passivos que em 31.12.2012 preencham ospressupostos para comunicar a Caixa Postal Electrónicadevem completar os procedimentos da sua criação e co-municá-la à AT até ao fim de Janeiro de 2013, passando afalta de comunicação ou a comunicação fora do prazo legalpunível com coima de € 50 a € 250.
• A falta de utilização de programas ou equipamentos infor-máticos de facturação certificados, assim como a transac-ção ou a utilização de programas ou equipamentosinformáticos de facturação que não observem os requisitoslegalmente exigidos, é punida com coima variável entre €375 e € 18.750.
9. OUTROS
• É mantido até 31 de Dezembro de 2013 o regime fiscal deapoio ao investimento realizado em 2009 (RFAI 2009),aprovado pelo artigo 13º da Lei 10/2009, de 10/3.
• Autorização legislativa para criar um regime de IVA simpli-ficado e facultativo de contabilidade de caixa para peque-nas empresas que não beneficiem de isenção do imposto,segundo o qual nas operações por estas realizadas o IVAse torne exigível no momento do recebimento e o direito àdedução do IVA seja exercido no momento do efectivo pa-gamento.
10. SEGURANÇA SOCIAL
• O IAS, Indexante de Apoios Sociais, man-tém-se inalterado em 2013 (€ 419,22).
• Os membros dos órgãos estatutários daspessoas colectivas que exerçam funções de gerência oude administração passam a ter direito à protecção na even-tualidade de desemprego, sendo a taxa contributiva de34,75%: 23,75% a cargo das entidades empregadoras e11% a cargo dos gerentes/administradores.
• Os trabalhadores independentes que sejam empresáriosem nome individual ou titulares de estabelecimento indivi-dual de responsabilidade limitada, e respectivos cônjugesque com eles exerçam efectiva actividade profissional comcarácter de regularidade e de permanência, têm igualmentedireito à protecção na eventualidade desemprego, sendo ataxa contributiva também de 34,75%.
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 15
g FISCALIDADE
OF 011 g PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES FISCAIS
NOVEMBRO
SUMÁRIO
ATÉ AO DIA 12- IVA - DECLARAÇÃO PERIÓDICA - PERIODICIDADE MENSAL (SET.12)- SEGURANÇA SOCIAL - REGIME GERAL - ENTREGA DAS DECLARAÇÕES
(OUT.12)ATÉ AO DIA 15- IVA - DECLARAÇÃO PERIÓDICA - PERIODICIDADE TRIMESTRAL (3º
TRIM.12)ATÉ AO DIA 20- SEGURANÇA SOCIAL - REGIME GERAL - PAGAMENTO (OUT.12)- SEGURANÇA SOCIAL - INDEPENDENTES - PAGAMENTO (OUT.12)- IRC/IRS - RETENÇÕES NA FONTE (OUT.12)- SELO - PAGAMENTO DO RELATIVO A OUT.12- IVA - DECLARAÇÃO RECAPITULATIVA - REGIMES MENSAL E TRIMESTRAL
- IVA - DECLARAÇÃO PERIÓDICA - PEQUENOS RETALHISTAS (3º TRIM.12)ATÉ AO DIA 30- IUC - PAGAMENTO - VEÍCULOS COM ANIVERSÁRIO DE MATRÍCULA EM
NOV.11
g ATÉ AO DIA 12IVA - PERIODICIDADE MENSAL
Os sujeitos passivos enquadrados no REGIME NORMAL DE PERIODICI-DADE MENSAL devem proceder à entrega, via Internet, da declaraçãoperiódica relativa ao IVA apurado no mês de SETEMBRO DE 2012,acompanhada dos anexos que forem devidos, e efectuar, se for casodisso, o competente pagamento.
SEGURANÇA SOCIAL - REGIME GERAL - DEC. REMUNERAÇÕES
Devem ser entregues as declarações (folhas) de remunerações re-lativas ao mês de OUTUBRO DE 2012, através da Segurança SocialDirecta (o empregador que seja pessoa singular e com apenas umtrabalhador ao seu serviço pode enviar a declaração em suportepapel).
g ATÉ AO DIA 15IVA - PERIODICIDADE TRIMESTRAL
Os sujeitos passivos enquadrados no REGIME NORMAL DE PERIODICI-DADE TRIMESTRAL deverão proceder ao envio, através da Internet, dadeclaração periódica relativa ao IVA apurado no 3º TRIMESTRE DE 2012e efectuar, se for caso disso, o competente pagamento.
Se no mesmo período tiverem efectuado transmissões intracomuni-tárias de bens (vendas a operadores situados noutros Estados mem-bros), deverão ainda enviar com aquela declaração o anexorecapitulativo.
g ATÉ AO DIA 20SEGURANÇA SOCIAL – REGIME GERAL - PAGAMENTO
Deve ser efectuado o pagamento das contribuições relativas ao mêsde OUTUBRO DE 2012.
Este mesmo prazo aplica-se aos trabalhadores do serviço domés-tico e aos beneficiários do REGIME DO SEGURO SOCIAL VOLUNTÁRIO.
SEGURANÇA SOCIAL – INDEPENDENTES - PAGAMENTO
Deve ser efectuado o pagamento das contribuições relativas ao mêsde OUTUBRO DE 2012.
As contribuições são calculadas pela aplicação da taxa de 29,6%,tendo como base de incidência o escalão comunicado (…) pela se-gurança social, que é válido por 12 meses. A taxa é de 28,3% se otrabalhador independente for produtor agrícola e respectivo cônjuge,ou proprietário de embarcação da pesca local ou costeira, ou apa-nhador de espécies marinhas e pescador apeado, cujos rendimentosprovenham em exclusivo destas actividades.
As ENTIDADES CONTRATANTES, aquelas a quem um TI preste serviçosque representem 80% ou mais dos seus rendimentos (…), são obri-gadas a efectuar o pagamento das contribuições por si devidas (5%sobre o valor total dos serviços…), mas apenas após comunicaçãocompetente da segurança social, efectuando o pagamento de umasó vez e até ao dia 20 do mês seguinte ao dessa comunicação/do-cumento de cobrança.
A base de incidência contributiva dos trabalhadores independentes,que varia entre 1 a 12 IAS (IAS = 419,22€), distribuídos por 11 esca-lões, é fixada anualmente em Outubro pela segurança social, combase nos valores declarados para efeitos fiscais, e produz efeitos nos12 meses seguintes.
IRS/IRC - RETENÇÕES NA FONTE
Deve ser declarado através da Internet e entregue o IRS retido pelasentidades que, possuindo ou devendo possuir contabilidade organi-zada, atribuíram no mês de OUTUBRO DE 2012 rendimentos enqua-dráveis nas CATEGORIAS B (empresariais e profissionais), E (capitais)e F (prediais).
Também as entidades, com ou sem contabilidade organizada, quetenham pago ou colocado à disposição no mês de OUTUBRO DE 2012rendimentos enquadráveis nas categorias A (trabalho dependente) eH (pensões), deverão declarar pela mesma via e entregar o IRS re-tido na fonte.
O mesmo se diga para as importâncias retidas no mês de OUTUBRO
DE 2012 sobre rendimentos sujeitos a IRC.
IMPOSTO DO SELO - PAGAMENTO
Deve ser declarado através da Internet e entregue pelas empresase outras entidades sobre quem recaia tal obrigação o imposto do seloliquidado no mês de OUTUBRO DE 2012.
IVA – PEQUENOS RETALHISTAS
Os sujeitos passivos enquadrados no regime especial dos pequenosretalhistas deverão proceder ao pagamento, na tesouraria de finan-ças competentes, do IVA apurado no 3º TRIMESTRE DE 2012, apresen-tando, no mesmo prazo, declaração adequada (mod. 1074), nãohavendo imposto a pagar.
IVA – DECLARAÇÃO RECAPITULATIVA
TRANSMISSÕES INTRACOMUNITÁRIAS
Os sujeitos passivos enquadrados no REGIME NORMAL DE PERIODICI-DADE MENSAL que tenham efectuado transmissões intracomunitáriasde bens e ou prestações de serviços noutros Estados membros nopassado mês de OUTUBRO DE 2012, quando tais operações sejam ailocalizadas nos termos do artigo 6º do CIVA, deverão proceder à en-trega, via Internet, da declaração recapitulativa a elas respeitante.
Também os sujeitos passivos enquadrados no REGIME NORMAL DE PE-RIODICIDADE TRIMESTRAL que tenham efectuado, no trimestre em cursoou em qualquer dos quatro trimestres anteriores, transmissões intra-comunitárias de bens e ou prestações de serviços noutros Estadosmembros, de valor global não superior a 50 000€, deverão proceder àentrega, via Internet, da declaração recapitulativa relativa a essas ope-rações.
Relativamente a estes últimos sujeitos passivos, refira-se que, nostermos do nº 2 do artº 30º do RITI, os mesmos são obrigados a en-tregar a declaração MENSALMENTE, até ao dia 20 do mês seguinteàquele a que respeitam as transmissões intracomunitárias, quando omontante total destas ultrapasse 50.000€ no trimestre em curso ouem qualquer um dos quatro trimestres anteriores (a mudança da pe-riodicidade de trimestral para mensal é definitiva, salvo se não tiverhavido condições para tal e for autorizada pela DSIVA a correcção,e ocorre no mês seguinte àquele em que o limite de 50.000€ é ex-cedido).
g ATÉ AO DIA 30IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO
Deve ser liquidado e pago o Imposto Único de Circulação (IUC) re-lativo a 2012 pelos veículos cujo aniversário de matrícula ocorra nomês de NOVEMBRO.
Os VEÍCULOS NOVOS ADQUIRIDOS EM 2012 devem liquidar e pagar o IUCnos 30 dias posteriores ao termo do prazo legal para o registo.
A liquidação do IUC é efectuada pelo próprio sujeito passivo atravésda Internet (obrigatório para as pessoas colectivas), podendo tam-bém sê-lo em qualquer serviço de finanças, em atendimento ao pú-blico.
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 16
g DIVERSOS
g QREN - NOVOS CONCURSOS
E NOVA LINHA DE FINANCIAMENTO
Foram abertos quatro novos concursos no âmbito dos SISTE-MAS DE INCENTIVOS ÀS EMPRESAS DO QREN, que se inserem no
contexto do Programa Estratégico para o Empreendedorismo
e a Inovação (+E+I).
A recepção de candidaturas processa-se de forma contínua,
embora com decisões faseadas.
* SI QUALIFICAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO DE PME: “PROJE-TOS SIMPLIFICADOS (VALES)”Tem como objectivo apoiar de forma simplificada a aquisi-
ção de serviços de consultoria e de apoio à inovação e ao
empreendedorismo por parte de PME, para resposta a ne-
cessidades específicas da empresa, no sentido do au-
mento da sua competitividade, designadamente: VALE
EMPREENDORISMO, VALE INOVAÇÃO E VALE ENERGIA OU AM-BIENTE. (AVISO 6/SI/2012), O prazo decorre até 13 DE NOVEMBRO DE 2013.
* SI QUALIFICAÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO DE PME: “PROJETOS
INDIVIDUAIS” Tem como objectivo apoiar projectos empresariais que re-
forcem a capacidade das empresas para assegurar ganhos
mais rápidos em termos de uma maior orientação do pro-
duto interno para a procura externa. Contempla ainda como
prioridade os projectos que compreendam a criação de em-
prego jovem. (Aviso 10/SI/2012)
O prazo decorre até 16 DE SETEMBRO DE 2013.
* SI INOVAÇÃO: “INOVAÇÃO PRODUTIVA” Visa apoiar investimentos de inovação na área de produção
de novos bens e serviços, da adopção de novos processos
tecnológicos, organizacionais ou de inovação de mercados.
Primordialmente dirige-se a projectos que promovam a in-
ternacionalização da economia, na adopção de processos
de inovação que aportem ganhos de competitividade para
os seus promotores e que contribuam para aumentar a
qualificação do tecido empresarial. (Aviso 12/SI/2012)
O prazo decorre até 16 DE SETEMBRO DE 2013.
* SI INOVAÇÃO: “EMPREENDORISMO QUALIFICADO”Visa a criação de empresas, com perfil exportador, em sec-
tores de alta/média tecnologia, de forte intensidade de co-
nhecimento ou de serviços qualificados com valor
acrescentado em actividades turísticas, bem como a cria-
ção de empresas com potencial de crescimento, que valo-
rizem a aplicação de resultados de anteriores projectos de
I&DT na produção de novos bens ou serviços. (Aviso
13/SI/2012)
O prazo decorre até 5 DE SETEMBRO DE 2013.
LINHA DE FINANCIAMENTO “INVESTE QREN” No âmbito do QREN foi criada uma nova linha de financia-
mento, o “INVESTE QREN”, ao investimento empresarial
aprovado no âmbito do QREN, com uma dotação de 1000 mi-
lhões de euros de fundos, dos quais 500 milhões provêm do
empréstimo quadro celebrado entre o Estado Português e o
BEI, que se destina a projectos aprovados nos sistemas de
incentivos às empresas.
SÃO BENEFICIÁRIOS as entidades beneficiárias dos Sistemas
de Incentivos do QREN (SI QREN) e as entidades beneficiá-
rias do Sistema de Apoios a Ações Colectivas (SIAC) que:
- Tenham projectos aprovados e que não estejam concluídos
(com apresentação do Pedido de Pagamento a Título de
Reembolso Final);
- Tenham projectos com uma execução inferior a 40% à data
de 16 de Dezembro;
- Não se encontrem em situação de dificuldade (possuírem
capitais próprios inferiores a metade do capital social e
terem perdido mais de um quarto do capital social nos últi-
mos 12 meses, aplicável para empresas que tenham ini-
ciado a actividade há mais de 3 anos, ou reunirem as
condições para serem objecto de um processo de insolvên-
cia);
- Não tenham incidentes não justificados ou incumprimentos
junto da Banca e da Sociedade de Garantia Mútua (SGM),
ou registando incidentes, os mesmos deverão estar justifi-
cados ou regularizados na data de aprovação da garantia
mútua e na data de emissão dos contratos;
- Tenham a situação regularizada junto da Administração Fis-
cal e da Segurança Social à data da contratação do finan-
ciamento;
- Não sejam objecto de processos de recuperação de mon-
tantes indevidamente pagos no âmbito do QREN, em situa-
ção de incumprimento.
PODE SER OBJECTO DE FINANCIAMENTO: - A contrapartida nacional privada associada à realização de
projectos de investimento aprovados no QREN, em com-
plemento ao financiamento comunitário atribuído;
- Os custos de investimento não elegíveis a financiamento
comunitário, associados à realização do respectivo projecto
de investimento;
- A constituição do fundo de maneio necessário para a reali-
zação do projecto de investimento.
No caso de entidades que não sejam empresas apenas se
aplica o financiamento da contrapartida nacional privada.
O PRAZO MÁXIMO DE FINANCIAMENTO é de 8 anos, com 2 anos de
carência de capital, e o valor máximo de financiamento con-
cedido, a título de empréstimo, para cada projecto de inves-
timento, é de 4 milhões de euros.
APRESENTAÇÃO DE CANDIDATURAS
Para verificar se tem acesso à linha “INVEST QREN” e qual
o montante de financiamento o beneficiário deverá aceder a
http://195.23.58.75/InvesteQren.
Caso se conclua ser possível solicitar financiamento, o be-
neficiário deverá dirigir-se a um dos bancos aderentes com a
informação obtida no link acima.
Informação mais detalhada sobre a Linha de Financiamento
“INVEST QREN” encontra-se disponível:
- No despacho nº 12748/2012, de 28/9
(http://dre.pt/pdf2sdip/2012/09/189000000/3266832670.pdf) - No site do Compete (http://www.pofc.qren.pt/areas-do-com-
pete/financiamento-e-capital-de-risco/investe-qren/entity/linha-de-financiamento-investe-qren)
@subscreva a newsletter da sua Associaçã[email protected]
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 17
g FISCALIDADE
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 18
g DIVERSOS
g PREVENÇÃO E REGULARIZAÇÃO DE
INCUMPRIMENTO DE CONTRATOS DE CRÉDITO
O Decreto-Lei 227/2012, de 25 de Outubro, aprovou os prin-
cípios e regras a observar pelas instituições de crédito na pre-
venção e na regularização das situações de incumprimento
de contratos de crédito pelos clientes bancários por factos de
natureza diversa, em especial o desemprego e a quebra anó-
mala dos rendimentos auferidos em conexão com as actuais
dificuldades económicas, criando igualmente a rede extraju-
dicial de apoio a esses clientes bancários no âmbito da regu-
larização dessas situações.
Este diploma, em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2013:
* Prevê que cada instituição de crédito crie um PLANO DE
ACÇÃO PARA O RISCO DE INCUMPRIMENTO (PARI), fixando pro-
cedimentos e medidas de acompanhamento da execução
dos contratos de crédito que, por um lado, possibilitem a
detecção precoce de indícios de risco de incumprimento e
o acompanhamento dos consumidores que comuniquem
dificuldades no cumprimento das obrigações decorrentes
dos referidos contratos e que, por outro lado, promovam a
adopção célere de medidas susceptíveis de prevenir o re-
ferido incumprimento.
* Define um PROCEDIMENTO EXTRAJUDICIAL DE REGULARIZAÇÃO
DE SITUAÇÕES DE INCUMPRIMENTO (PERSI), no âmbito do
qual as instituições de crédito devem aferir da natureza
pontual ou duradoura do incumprimento registado, avaliar
a capacidade financeira do consumidor e, sempre que tal
seja viável, apresentar propostas de regularização ade-
quadas à situação financeira, objectivos e necessidades
do consumidor.
* Estabelece uma REDE DE APOIO A CONSUMIDORES no âmbito
da prevenção do incumprimento e da regularização das si-
tuações de incumprimento de contratos de crédito, desti-
nada a informar, aconselhar e acompanhar os
consumidores que se encontrem em risco de incumprir as
obrigações decorrentes de contratos de crédito celebrados
com uma instituição de crédito ou que se encontrem em
mora relativamente ao cumprimento dessas obrigações. O
recurso a esta rede é isento de encargos para os consu-
midores.
g REDUÇÃO DAS PORTAGENS NAS SCUT
Embora os novos valores já este-
jam em prática desde o passado
dia 1 de Outubro, só no D.R. de
26 de Outubro foi publicada a
PORTARIA 342/2012, que aprova a
redução em 15% das taxas de
portagem devidas nas ex-SCUT
e fixa os montantes das taxas a
cobrar nos respectivos lanços e
sublanços.
Esta portaria mantém em vigor o regime de modulação do
valor das taxas de portagem que a Portaria 41/2012, de 10/2,
aprovou para os veículos das classes 2, 3 e 4 afectos ao
transporte de mercadorias público ou por conta de outrem
[descontos de 10%, nos dias úteis, das 07h00 às 20h59, e de
25% nos demais dias e períodos]
As ex-SCUT abrangidas são as que integram as Concessões
Norte Litoral [A 28], Grande Porto [A 4, A 41, A 42] e Costa de
Prata [A 17, A 25, A 29], a as auto-estradas A 22, A 23, A 24 e
A 25.
g PORTARIAS DE EXTENSÃO
COM NOVAS REGRAS
A Resolução do Conselho de Ministros 90/2012, de 31 de Ou-
tubro, aprovou os novos critérios mínimos, necessários e cu-
mulativos, que devem ser observados pelas associações de
empregadores e sindicais para, pela via da portaria de ex-
tensão, alargarem o âmbito das convenções colectivas de tra-
balho por si outorgadas a empresas e trabalhadores não
filiados.
Entre os critérios definidos, chama-se a atenção para o crité-
rio relativo à representatividade das associações de empre-
gadores outorgantes, passando a ser exigível para a
extensão que a associação represente, pelo menos, 50% dos
trabalhadores do sector.
A Resolução determina ainda, entre outros aspectos, que a
eficácia retroactiva da extensão das cláusulas de natureza
pecuniária não pode exceder o 1º dia do mês da publicação
da Portaria de Extensão no Diário da República.
g FORMAÇÃO PROFISSIONAL (OBRIGATÓRIA)
TACÓGRAFOS E LIVRETES
- REGRAS DE UTILIZAÇÃO
OBJECTIVOS GERAIS
.:: Utilizar correctamente o Tacógrafo e o Livrete Individual
de Controlo
.:: Conhecer as obrigações e responsabilidades decorrentes
dos mesmos
.:: Conhecer os limites de condução, pausas e repousos
DESTINATÁRIOS
.:: Motoristas/condutores
.:: Responsáveis recursos humanos/logística
CUSTO DE PARTICIPAÇÃO
.:: 45 Euros - Associados
.:: 60 Euros - Não associados
Inclui documentação e certificados* Preço especial para grupos / nas empresas
PROGRAMA
.:: Legislação nacional e comunitária
.:: Tempos de condução, pausas e repousos
.:: Razões de ser e funções do tacógrafo
.:: Modalidades e funcionamento do tacógrafo
.:: Responsabilidades do motorista e da empresa
.:: Publicidade dos horários de trabalho dos trabalhadores
afectos a viaturas
.:: Livretes individuais de controlo
LOCAL E DATA
A definir, conforme solicitações
MAIS INFORMAÇÕES
IFORMA | Lurdes Figueiredo
Pr. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º
4200-313 Porto | tel.: 225 074 210
E-mail: [email protected]
BOLETIM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO g 19