assitencia e assistencialismo

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Assistência e Assistencialismo: a busca da superação da questão. Antes de entrar especificamente no texto da Esposat abordarei o tema Assistência e Assistencialismo em aulas apreendidas em salas de aulas onde alguns professores nos coloca que : Assistência e um Direito do Cidadão e um dever do Estado, e assistencialismo seria beneficio mascarado como um favor , benesses. Esposat coloca que, são consideradas ações assistenciais a concessão de benefícios individuais e as atividades que, mesmo coletivas , não permitem o seguimento da ação e se extinguem no imediato A Assistência e vista como algo necessária para alguns, mas vazia de “ conseqüências transformadora “. Sua opção e revestida de um sentimento de provisoriedade , mantendo-se isolada desarticulada de outras praticas sociais. A autora nos traz para um momento em que devemos refletir sobre certas praticas tidas como assistenciais colocando-nos que, historicamente foram criados estigmas em torno da pratica da Assistência social onde mantem-se um circulo vicioso e fechado de auto-reprodução. Não tendo uma reflexão teórica , que seria a base necessária para a realimentação critica. Essa rejeição as atividades tidas como assistência social faz com que as mesmas se mantenham inalteradas e quando acontece uma inovação ela esbarra

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Page 1: ASSITENCIA E ASSISTENCIALISMO

Assistência e Assistencialismo: a busca da superação da questão.

Antes de entrar especificamente no texto da Esposat abordarei o tema

Assistência e Assistencialismo em aulas apreendidas em salas de aulas onde alguns

professores nos coloca que : Assistência e um Direito do Cidadão e um dever do

Estado, e assistencialismo seria beneficio mascarado como um favor , benesses.

Esposat coloca que, são consideradas ações assistenciais a concessão de

benefícios individuais e as atividades que, mesmo coletivas , não permitem o

seguimento da ação e se extinguem no imediato

A Assistência e vista como algo necessária para alguns, mas vazia de “

conseqüências transformadora “. Sua opção e revestida de um sentimento de

provisoriedade , mantendo-se isolada desarticulada de outras praticas sociais.

A autora nos traz para um momento em que devemos refletir sobre certas

praticas tidas como assistenciais colocando-nos que, historicamente foram criados

estigmas em torno da pratica da Assistência social onde mantem-se um circulo vicioso

e fechado de auto-reprodução. Não tendo uma reflexão teórica , que seria a base

necessária para a realimentação critica. Essa rejeição as atividades tidas como

assistência social faz com que as mesmas se mantenham inalteradas e quando

acontece uma inovação ela esbarra no burocratismo, onde o assistente social designa

um atendente ou ate mesmo um estagiário para aplicar as normas burocráticas. Quer

dizer a uma certa dificuldade do técnico no trato com a ação assistencial com a

população. Onde o Assistente Social termina por desenvolver sua pratica de modo

paternalista e burocrático, tratando a população também do mesmo modo,

reproduzindo a dominação e repassando os serviços de forma benéfica do Estado , o

assistencialismo.

Sposat coloca que não e a simples presença do beneficio intermediando a

ação profissional que a caracteriza como assistencialista mas , e a compreensão

mesma da finalidade social na definição dos interesses da força do trabalho ou

Page 2: ASSITENCIA E ASSISTENCIALISMO

capital. E que é preciso tornar claro que a prestação de serviços assistenciais não é

o Revelador da pratica assistencialista. Mas a direção que as imprime. Ou seja o

assistencialismo não se reduz ao objeto mas como o mesmo se desenvolve. E preciso

compreender as finalidades dessas ações em relação aos elementos políticos ,

sociais e econômicos que as determinam e quais as circunstâncias históricas que elas

se desenvolvem .Compreender a relação Assistência-Assistencialismo e uma questão

que vai alem do fazer profissional e sim nas políticas publicas.

A Autora afere que o assistencialismo constitui numa atividade que recebeu

diferentes variações históricas e que não se constitui numa experiência particular do

Serviço Social, mas sim uma parte da lógica capitalista . O Assistencial tornou-se a

única face possível do capitalismo a justificar as desigualdades sociais , ou seja o

Estado mascara suas dividas com a população através de assistências individuais ,

grupais ou coletivos. Por outro lado representa a única forma de acesso a bens e

serviços a que o povo tem direito, de uma forma seletiva .

A pratica do Assistente Social se desenvolve quase num movimento pendular entre

prover bens de serviços a população, representar o apoio do Estado á população e

constituir uma força em direção do avanço de presença dos interesses e da

organização popular como forma de desmascarar o ilusório. Não se pode esquecer

que a pratica do assistente social não resolve em si mesma os problemas estruturais

e de fundo das populações, mas que não e por isso que se deve impedir que as

mesmas se concretize em resposta ao atendimento as suas necessidades tangíveis

articulando-as com reivindicações maiores que encaminham o processo de mudança

social. A Assistência é uma instancia de mediação que atua na trama das relações de

confronto e de conquistas ou seja, e através das lutas de classes que o estado vai

incorporando as reivindicações das classes subalternizadas através de políticas

publicas. Quando a pratica do serviço social e pensada através dessa perspectiva

não permite considerar assistencialista as suas ações desenvolvidas simplesmente

pela presença do objeto que atenda as necessidades das classes subalternizadas

Page 3: ASSITENCIA E ASSISTENCIALISMO

mas entender a mediação desse serviço que vai configurá-lo com assistência ou

assistencialismo.

Se a Assistência e para o Estado um mecanismo que conforma as políticas sociais,

para a população pode ser entendida como uma instancia de mediação, enquanto

vincula mutua e dialeticamente totalidades diferentes. Sendo assim o primeiro vinculo

que se estabelece entre profissional e assistido e a afirmação da exclusão, esta que

se gesta através de ausências de condições de suprir as necessidades mais vitais,

que via de regras são incluídas nesses serviços. Da totalidade excluído-necessitado os

serviços produzem uma nova totalidade o excluído-sujeitado.

O assistente Social e um dos profissionais que medeiam essa tática , enquanto da

conta dos movimentos que realizam essas relações de cumplicidade entre assistido

e assistência. Há portanto um efeito social e político contido na pratica do assistente

social que encobre a relação de direito pela subordinação. A ação profissional passa

a ser centrada no “incluído” e no aprimoramento de critérios de inclusão em nome

de realização da justiça social: isto e , no atendimento ao mais necessitado.

O Assistencialismo se torna presente no movimento inclusão-exclusão enquanto

descola o incluído dos seus pares, do seu universo, da sua situação de classe ,

tratando-o como um particular, quando se atribui como mediador da inclusão o poder

burocrático instituído, que concede ou não o serviço, como se fosse propriedade

particular do profissional ou seja, como se o mesmo tivesse fazendo um favor.

Romper com as praticas assistenciais é romper com o vinculo do conformismo na

relação entre possuído-despossuido

.

Reorientar a pratica assistencial na direção da luta pela constituição da cidadania

implica ir alem do aparente , de modo a fazer emergir a relação particular universal, a

vinculação entre destino singular vivido e os determinantes gerais da classe a que

pertence .

Page 4: ASSITENCIA E ASSISTENCIALISMO

Universalizar serviços não significa integrar massivamente a população na condição

de sujeitada , subalternizada. A questão não e assistência para todos, mas ter claros

os direitos que são escamoteados pela face aparente da Assistência ou seja o

Assistente Social através de sua ações implementa políticas publicas no sentido de

fazer valer direitos tão duramente conquistados.

EQUIPE:

Antonia jane Souza do Nascimento

Daisy Nogueira da Silva

Ila Vito

Lenilza Ozório

Lucilane Lopes

Maria Evanildes