assistÊncia de enfermagem ao sujeito idoso: uma … · 2018. 8. 17. · sae – sistema de...

64
CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE VITÓRIA ADRIANA MARIA SUNDERHUS PIMENTEL ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA REVISÃO DE LITERATURA VITÓRIA 2018

Upload: others

Post on 19-Nov-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca

CENTRO UNIVERSITAacuteRIO CATOacuteLICA DE VITOacuteRIA

ADRIANA MARIA SUNDERHUS PIMENTEL

ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO UMA REVISAtildeO DE

LITERATURA

VITOacuteRIA 2018

ADRIANA MARIA SUNDERHUS PIMENTEL

ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO UMA REVISAtildeO DE

LITERATURA

Trabalho de Conclusatildeo de curso apresentado ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico de Vitoacuteria como requisito obrigatoacuterio para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem Orientador Prof Me Jeremias Campos Simotildees

VITOacuteRIA 2018

ADRIANA MARIA SUNDERHUS PIMENTEL

ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO UMA REVISAtildeO DE

LITERATURA

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico de Vitoacuteria como requisito obrigatoacuterio para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem

Aprovado em __________ de __________________________de ___________ por

______________________________________________

Prof Me Jeremias Campos Simotildees - Orientador

______________________________________________

Profordf Me Claudia Curbani Vieira Manola UCV

______________________________________________

Profordf Maristela Villarinho de Oliveira UCV

Dedico este trabalho a todos aqueles que convivem comigo no dia-a-dia seja em

mateacuteria seja em espiacuterito Vocecircs satildeo o meu estiacutemulo para vencer

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo primeiramente a Deus pelo dom da vida e por ter me proporcionado chegar

ateacute aqui

Aos meus pais Dalva e Alfredo que sempre estiveram ao meu lado me incentivando

nos momentos de incerteza me encorajando a nunca desistir e dividindo comigo

momentos felizes da minha vida

Ao meu querido esposo Elias pela paciecircncia e pelo apoio

Aos meus filhos maravilhosos Wesley Gabriel e Karine que em muitas ocasiotildees natildeo

entendiam a necessidade de eu me privar de coisas externas para estudar mas que

no fundo procuravam me entender Amo muito vocecircs filhos

A todos os meus amigos que de alguma forma contribuiacuteram para o meu sucesso

Agradeccedilo aos professores que sempre estiveram dispostos a ajudar a contribuir para

um melhor aprendizado em especial ao meu professor e orientador Prof Jeremias

por todo o suporte durante o desenvolvimento desse trabalho de conclusatildeo de curso

A todos que direta ou indiretamente contribuiacuteram para a minha formaccedilatildeo Muito

obrigada

Que os vossos esforccedilos desafiem as impossibilidades lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossiacutevel

Charles Chaplin

RESUMO

O envelhecimento eacute uma condiccedilatildeo natural a que todos os seres vivos seratildeo

submetidos caso natildeo venham a oacutebito No ser humano essa condiccedilatildeo eacute mais

alarmante tendo em vista toda uma vida de independecircncia e posteriormente ter a

necessidade de depender de algueacutem caso natildeo envelheccedila com qualidade de vida

Estima-se que em 2050 a populaccedilatildeo brasileira teraacute em torno de 30 de idosos ou

seja a populaccedilatildeo brasileira estaacute envelhecendo bastante Este trabalho justifica-se

devido agrave enorme quantidade de sujeitos idosos que surgiratildeo devido ao aumento na

expectativa de vida e devido aos profissionais de enfermagem de um modo geral

natildeo estarem capacitados para atuarem junto agrave essa populaccedilatildeo Como objetivos esse

trabalho visa falar sobre o envelhecimento sobre os processos de envelhecimento

sobre doenccedilas inerentes agrave terceira idade sobre a assistecircncia do profissional de

enfermagem sobre a promoccedilatildeo da sauacutede ao sujeito idoso etc Para conseguir atingir

os objetivos apresentados foi usado como metodologia a revisatildeo de literatura sendo

essa um tipo de pesquisa Para tanto foi realizado levantamentos a partir das

seguintes bases Scielo livros e manuais do Ministeacuterio da Sauacutede revistas de sauacutede

etc Os criteacuterios de inclusatildeo foram artigos em liacutengua portuguesa textos completos e

a partir de 2007 O resultado da pesquisa bibliograacutefica mostrou que existe um enorme

campo de atuaccedilatildeo para o profissional de enfermagem quando se fala a respeito do

sujeito idoso devido a isso o profissional de enfermagem precisa estar bastante

capacitado para trabalhar com tal populaccedilatildeo

Palavras-chaves Idoso Envelhecimento Assistecircncia de Enfermagem

ABSTRACT

Aging is a natural condition to which all living beings will be subjected if they do not

die In the human being this condition is more alarming having in view a whole life of

independence and later having the need to depend on someone if it does not age

with quality of life It is estimated that in 2050 the Brazilian population will have around

30 of the elderly that is the Brazilian population is aging a lot This work is justified

due to the enormous amount of elderly subjects that will arise due to the increase in

life expectancy and due to the nursing professionals in general they are not able to

work with this population The objective of this study is to talk about aging aging

processes diseases inherent in the elderly nursing care health promotion to the

elderly etc In order to achieve the presented objectives the literature review was used

as methodology being this one type of research For that purpose surveys were

conducted based on the following bases Scielo books and manuals of the Ministry of

Health health magazines etc The inclusion criteria were articles in Portuguese

language full texts and as of 2007 The results of the bibliographic research showed

that there is a huge field of action for the nursing professional when talking about the

elderly subject because of this the nursing professional must be able to work with such

a population

Keywords Elderly Aging Nursing Assistance

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo28

Figura 2 - Processo de envelhecimento33

Figura 3 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento37

Figura 4 - Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal43

Figura 5 - Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson44

Figura 6 - Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer46

Figura 7 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose49

Figura 8 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril50

Figura 9 - Processo de Enfermagem55

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade27

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens28

Quadro 2 - Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso29

Quadro 3 - Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento34

Quadro 4 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento36

Quadro 5 - Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos40

Quadro 6 - Alimentos recomendados para idosos41

Quadro 7 - Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso49

Quadro 8 - Etapas do processo de enfermagem54

Quadro 9 - Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem56

Quadro 10 - Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE)59

LISTA DE SIGLAS

COFEN ndash Conselho Federal de Enfermagem

OMS ndash Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede

SAE ndash Sistema de Assistecircncia de Enfermagem

SCIELO ndash Scientific Electronic Library Online

BVS - Biblioteca Virtual em Sauacutede

DeCS - Descritores em Ciecircncia da Sauacutede

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

SNC - Sistema Nervoso Central

SUS - Sistema Puacuteblico de Sauacutede

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

AVC - Acidente Vascular Cerebral

ITU - Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

CE - Comitecirc de Eacutetica

PE - Processo de Enfermagem

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO25

11 OBJETIVOS26

111 Objetivo geral26

112 Objetivos especiacuteficos26

12 JUSTIFICATIVA26

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO27

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO

IDOSA NO BRASIL27

22 ESTATUTO DO IDOSO29

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO30

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO

ENVELHECIMENTO31

241 Mecanismos do envelhecimento32

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio35

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco35

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico36

2414 Envelhecimento do sistema nervoso38

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO38

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso39

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso40

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE42

261 Mal de Parkinson42

262 Doenccedila de Alzheimer45

263 Diabetes Mellitus46

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica47

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio48

266 Osteoporose49

3 METODOLOGIA53

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO55

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO55

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) 55

412 Processo de Enfermagem56

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos57

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS65

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS67

25

1 INTRODUCcedilAtildeO

O aumento da populaccedilatildeo idosa tem preocupado todas as autoridades devido ao

aumento do gasto previdenciaacuterio o que se torna um problema de enormes

proporccedilotildees tendo em vista o fato de o governo ter que disponibilizar a cada ano mais

verba para este segmento populacional que jaacute passa dos 15 milhotildees de brasileiros

Tais problemas colocados pela miacutedia amplifica o preconceito com o sujeito idoso e

com isso o medo de envelhecer fica latente a cada dia em que o sujeito chega agrave

terceira idade pois vislumbra-se um futuro sombrio no qual o preconceito conforme

falado seraacute enorme poliacuteticas de ajuda piacutefias verbas escassas e em muitos casos

falta de apoio familiar (GUERRA CALDAS 2010)

Um dos motivos que estatildeo proporcionando o aumento de idosos no Brasil eacute a melhoria

de diversos indicadores E como o aumento da populaccedilatildeo idosa acarreta seacuterios

problemas para a economia de um paiacutes torna-se importante desenvolver poliacuteticas que

podem auxiliar o idoso a envelhecer melhor com qualidade controlando as doenccedilas

caracteriacutesticas da terceira idade funcional e contribuindo com o Estado para que

este natildeo venha a entrar em colapso (VERAS 2012)

Estudos cientiacuteficos tecircm comprovado que exerciacutecios fiacutesicos combinados a uma boa

alimentaccedilatildeo e ateacute mesmo remeacutedios fitoteraacutepicos contribuem para uma melhoria

consideraacutevel para a sauacutede fiacutesica e mental dos idosos o que eacute algo bastante

interessante tendo em vista que a maioria dos acidentes com pessoas idosas ocorrem

quando o sujeito idoso sem forccedila muscular se machuca em pequenas atividades

dentro de casa ou quando sua sauacutede mental natildeo proporciona um envelhecimento

confortaacutevel ou quando as doenccedilas crocircnicas caracteriacutesticas da terceira idade se

apresentam intensamente (ACIOLE BATISTA 2013)

Nos dias atuais um carimbo que existe sobre o sujeito idoso eacute o descaso com ele

satildeo colocados agrave margem da sociedade Muitos natildeo possuem mais aptidatildeo para

trabalhos e muitos apresentam problemas de sauacutede que demandam um cuidado

especial muita atenccedilatildeo e com a ldquovida corridardquo quem deveria cuidar do idoso acaba

negligenciando sua funccedilatildeo e por isso vaacuterios idosos acabam indo para instituiccedilotildees de

asilo que muitas vezes natildeo oferecem condiccedilotildees miacutenimas de cuidados (SILVA

FINOCCHIO 2011)

Por outro lado instituiccedilotildees seacuterias de abrigo de idosos possuem profissionais de

26

diversas aacutereas do saber que atuam em conjunto para um cuidado eficaz do sujeito

idoso Dentre esses profissionais que auxiliam no cuidado do idoso uma figura que

se destaca eacute o enfermeiro que desenvolve ldquosuas atividades com os idosos por meio

de um processo de cuidar que contempla os aspectos biopsicossociais e espirituais

vivenciados durante a institucionalizaccedilatildeordquo quando utiliza a Sistematizaccedilatildeo de

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) por intermeacutedio do Processo de Enfermagem (PE)

permitindo ldquouma avaliaccedilatildeo integral do idoso identificando necessidades e padrotildees de

resposta aos problemas de sauacutede para a determinaccedilatildeo de soluccedilotildees apropriadas no

atendimento dessas necessidadesrdquo (CLARES FREITAS PAULINO 2013 p 02)

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

bull Analisar a partir de uma revisatildeo de literatura a Assistecircncia de Enfermagem ao

sujeito idoso

112 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever o processo de envelhecimento

bull Listar as principais doenccedilas que acometem a populaccedilatildeo idosa

bull Identificar as principais estrateacutegias de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem (SAE) para a populaccedilatildeo idosa

12 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista o aumento do nuacutemero de sujeitos idosos no Brasil devido ao aumento

da expectativa de vida e por ser esta autora jaacute atuante como enfermeira na

assistecircncia agraves pessoas idosas natural foi a escolha pelo tema aqui desenvolvido

27

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO IDOSA

NO BRASIL

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) oacutergatildeo do governo responsaacutevel

por coletar informaccedilotildees a respeito da sociedade brasileira para um melhor

entendimento da realidade lanccedilou em 2016 um livro com uma siacutentese de indicadores

sociais e uma anaacutelise das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo brasileira Tal livro

permeado de dados estatiacutesticos foi utilizado para levantar as estatiacutesticas a respeito

da populaccedilatildeo idosa do Brasil e assim seraacute aqui referenciado

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

A evoluccedilatildeo da composiccedilatildeo populacional por grupos de idade aponta para a tendecircncia de envelhecimento demograacutefico que corresponde ao aumento da participaccedilatildeo percentual dos idosos na populaccedilatildeo e a consequente diminuiccedilatildeo dos demais grupos etaacuterios (BRASIL 2016 p 13)

A constataccedilatildeo de que a sociedade brasileira estaacute envelhecendo pode ser confirmada

na Tabela 01 que reforccedila o que jaacute foi citado anteriormente

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade

IDADE (anos) 2005 () 2015 ()

0 ndash 14 265 210 15 - 29 274 236 30 - 59 362 410

Acima de 60 98 143

Fonte Brasil (2016 p 13)

Ainda sobre a Tabela 01 observa-se a evoluccedilatildeo da populaccedilatildeo brasileira entre os anos

de 2005 a 2015 Observa-se pela tabela que a populaccedilatildeo idosa saiu dos 98 em

2005 para 143 em 2015 ou seja em uma deacutecada a populaccedilatildeo idosa cresceu cerca

de 46 Eacute um crescimento enorme Com essa dinacircmica populacional a expectativa

eacute que em 2050 a populaccedilatildeo idosa no Brasil fique ligeiramente abaixo dos 30

conforme eacute ilustrado na Figura 01 Ela tambeacutem apresenta a projeccedilatildeo da evoluccedilatildeo de

pessoas com mais de 60 anos no restante do mundo (BRASIL 2016)

28

Figura 01 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo

Fonte Brasil (2016) (Adaptado pela autora)

O sujeito idoso apresenta diversas dificuldades no seu dia-a-dia e torna-se um desafio

enorme para a sociedade brasileira como um todo em vista da preocupaccedilatildeo que se

deve ter com o sujeito idoso No Quadro 01 algumas caracteriacutesticas pertinentes aos

idosos (BRASIL 2016)

Quadro 01 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens CARACTERIacuteSTICAS QUANTIDADE

Alguma dificuldade permanente para caminhar 330 ()

Vivem em domiciacutelios em aacutereas sem arborizaccedilatildeo 275 ()

Entidade de assistecircncia social privada sem fins lucrativos 8283

Jaacute se sentiram discriminados no serviccedilo sauacutede 84 ()

Niacutevel de ocupaccedilatildeo dos idosos 263 ()

Proporccedilatildeo de idosos ocupados que recebem aposentadoria 538 ()

Ensino fundamental incompleto 655 ()

Sem plano meacutedico ou odontoloacutegico 680 ()

Sintomas de depressatildeo 93 ()

Fonte Brasil (2016)

O Quadro 01 apresenta diversas informaccedilotildees a respeito do sujeito idoso A que mais

chama atenccedilatildeo eacute a quantidade de idosos sem plano de sauacutede ou odontoloacutegico algo

em torno de 68 pois como eacute sabido a sauacutede puacuteblica no Brasil eacute precaacuteria e com

isso o idoso que acaba por depender do sistema puacuteblico natildeo tem um atendimento

eficaz o que pode agravar suas condiccedilotildees fiacutesicas e de sauacutede (BRASIL 2016)

29

22 ESTATUTO DO IDOSO

O estatuto do idoso eacute o nome popular dado a Lei nordm 10741 de 1ordm de outubro de 2003

que veio para regular os direitos das pessoas com mais de sessenta anos assim

consideradas idosas (BRASIL 2013)

O referido documento agrupou leis que jaacute existiam organizando-as em blocos Todos

os direitos a que o idoso tem mas que em diversas ocasiotildees satildeo deliberadamente

usurpados foram bem discutidos nesta lei Seu art 2ordm assim institui

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes agrave pessoa humana sem prejuiacutezo da proteccedilatildeo integral de que trata esta Lei assegurando-se-lhe por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades para preservaccedilatildeo de sua sauacutede fiacutesica e mental e seu aperfeiccediloamento moral intelectual espiritual e social em condiccedilotildees de liberdade e dignidade (BRASIL 2013 p 07)

O idoso possui sempre prioridades devido a uma seacuterie de fatores e acima de tudo

devido agrave sua fragilidade pela idade avanccedilada O estatuto do idoso determina quais

satildeo essas prioridades No Quadro 02 elas satildeo delineadas (BRASIL 2013)

Quadro 02 ndash Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso INCISO PRIORIDADES

I Ter atendimento prioritaacuterio e personalizado junto a oacutergatildeos que prestam serviccedilos de sauacutede agrave populaccedilatildeo

II Ter prioridades diante das poliacuteticas sociais elaboradas para a sauacutede puacuteblica

III Destinaccedilatildeo privilegiada de recursos puacuteblicos para os setores que possuem obrigaccedilotildees de proteccedilatildeo ao idoso

IV Desenvolvimento de poliacuteticas que torne possiacutevel o conviacutevio do idoso com pessoas de outras geraccedilotildees

V Ser cuidado por membros de sua famiacutelia sendo que a acolhida em abrigos de idosos seria em uma uacuteltima situaccedilatildeo

VI Capacitaccedilatildeo dos profissionais que cuidam de idosos para prestar um atendimento de qualidade de atualizado

VII No desenvolvimento de poliacuteticas que possibilitem a divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees educativas a respeito do idoso para o puacuteblico em geral

VIII Garantia de acessibilidade aos serviccedilos de sauacutede e de assistecircncia social do Estado

IX Primazia quando do recebimento da restituiccedilatildeo do Imposto de Renda

Fonte Brasil (2013) (Adaptado pela autora)

Como pode-se observar no Quadro 02 as prioridades a que o idoso tem direito satildeo

vaacuterias poreacutem o que se observa na praacutetica eacute que muitas delas satildeo ignoradas A cultura

de cada paiacutes diz se os seus velhos seratildeo beneficiados com o respeito ou se seratildeo

maltratados No Brasil impera a cultura de descaso com o sujeito da terceira idade e

muitas vezes vaacuterios deles sofrem verdadeiros maus tratos seja fiacutesica seja

psicologicamente (SANCHES LEBRAO 2008)

30

Referida norma nos dizeres de Justo e Rozendo (2010) apresenta natildeo apenas o

instrumento juriacutedico para preservar e garantir a dignidade do idoso mas ldquo[] mas

tambeacutem como uma produccedilatildeo simboacutelica e conceitual que mediante um conjunto de

signos representaccedilotildees imagens e saberes configura o idoso na cultura []rdquo (JUSTO

ROZENDO 2010 p 472)

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO

O ser humano eacute um animal social e por isso desde haacute muito tempo de eacutepocas

remotas eles se organizam dando alguma ideia de famiacutelia conforme entendemos

atualmente No entanto a ideia de famiacutelia muda agrave medida que a histoacuteria evolui e se

antes o sujeito idoso era considerado o ente mais importante de sua famiacutelia devido

aos conhecimentos que adquiriu ao longo de sua jornada nos dias atuais essa

premissa jaacute natildeo eacute tatildeo mais importante e devido a isso observa-se poucos idosos no

seio da famiacutelia com sua consequente diminuiccedilatildeo (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

Quando se pensa em famiacutelia como instituiccedilatildeo social o que precisa ser levado em

consideraccedilatildeo para uma anaacutelise mais ampla a respeito dessa instituiccedilatildeo social satildeo

ldquo[] aspectos como afetividade companheirismo solidariedade sentimentos e accedilotildees

que podem ser encontradas fora dos laccedilos consanguiacuteneosrdquo Ou seja natildeo se eacute famiacutelia

somente aqueles que possuem o mesmo sangue mas existem outros fatores que

demonstram ser um agrupamento de pessoas considerado famiacutelia ldquoEacute uma construccedilatildeo

social influenciada pela cultura e contexto histoacuterico em que foi concebida []rdquo

(SOUZA SKUBS BRETAS 2007 p 264)

A vida do ser humano eacute repleta de fases desde agrave infacircncia ateacute a velhice Em cada fase

existe todo um conjunto cultural que daacute suporte agravequela fase e por isso nas famiacutelias

atuais existe um certo conflito entre membros familiares de geraccedilotildees diferentes pois

convivem muitas vezes em uma mesma residecircncia crianccedilas adolescentes adultos

e velhos e por isso um maior cuidado para que tais diferenccedilas natildeo interfiram na

harmonia do lar (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

E com o sujeito idoso haacute de se ter uma atenccedilatildeo especial devido a todos os fatores

envolvidos em sua mudanccedila de idade e com a chegada da velhice Tais fatores satildeo

os sociais psicoloacutegicos materiais financeiros autonomia etc Dessa forma o idoso

tende a dar mais trabalho pois uma vez que fora independente e natildeo eacute mais uma

31

vez que fora forte e natildeo eacute mais apresenta uma paciecircncia bastante curta Assim os

familiares que em volta dele estatildeo precisam ter bastante amor e carinho para um

excelente cuidado pois eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia assim fazer conforme preceitua a

Constituiccedilatildeo Federal (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

O apoio da famiacutelia para o sujeito idoso eacute de suma importacircncia para que ele possa ter

uma velhice confortaacutevel e saudaacutevel Reis e Trad possuem palavras interessantes a

respeito Vejamos

O suporte familiar contribui de maneira significativa para a manutenccedilatildeo e a integridade fiacutesica e psicoloacutegica do indiviacuteduo Seu efeito eacute tido como beneacutefico no membro da famiacutelia que o recebe na medida em que o suporte eacute percebido como disponiacutevel e satisfatoacuterio [] Dessa forma eacute fundamental para o planejamento assistencial adequado ao idoso a compreensatildeo do contexto familiar o que implica o entendimento das questotildees que envolvem a formaccedilatildeo e a dinacircmica de funcionamento das famiacutelias em geral (REIS TRAD 2015 p 30)

No entanto abrigos repletos de sujeitos idosos demonstram que na grande maioria

dos casos os familiares preferem abandonar os seus velhos aos cuidados de

enfermeiros que nem conhecem se estatildeo capacitados para lidar com as

necessidades Mesmo com o advento do estatuto do idoso ele continua sofrendo

severos preconceitos (REIS TRAD 2015)

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO

No Brasil de hoje tem-se observado um crescimento substancial do nuacutemero de

sujeitos idosos (aqueles com mais de 60 anos de acordo com o estatuto do idoso) e

isso eacute algo bastante preocupante tendo em vista a infraestrutura precaacuteria do sistema

de sauacutede Apenas a tiacutetulo de entendimento de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatiacutestica (IBGE) a quantidade de sujeitos idosos em 2016 era em cerca

de 143 (BRASIL 2016)

Existem basicamente dois motivos pelos quais a quantidade de sujeitos idosos vem

aumentando no Brasil que satildeo a reduccedilatildeo da taxa de natalidade e a reduccedilatildeo da

mortalidade A tecnologia vem ajudando consideravelmente para que esses dois

fatores sejam os reais motivos pelo aumento da taxa de idosos (MORAIS 2009)

A afirmativa anterior eacute reforccedilada pelo IBGE conforme segue ldquoAs mudanccedilas na razatildeo

de dependecircncia estatildeo diretamente associadas agrave diminuiccedilatildeo da fecundidade e ao

32

aumento na longevidade da populaccedilatildeo especialmente na populaccedilatildeo idosardquo (BRASIL

2016 p 17)

Dessa forma o ato de envelhecer passa a ser visto como algo a que todos os

brasileiros passaratildeo um dia pois haacute um aumento na expectativa de vida e assim

entender o processo de envelhecimento e desenvolver mecanismos para um

envelhecimento saudaacutevel torna-se fundamental pois idosos saudaacuteveis significa

grosso modo menos problemas tanto para a famiacutelia quanto para o governo Mas esse

menos problema natildeo eacute dito de forma vulgar pejorativa mas sim de forma racional

pois com um idoso saudaacutevel em uma famiacutelia esta famiacutelia natildeo sofre com o sofrimento

dele (MORAIS 2009)

Os desafios que se apresentam com o aumento da populaccedilatildeo idosa no Brasil estatildeo

intimamente interligados com a integraccedilatildeo e o cuidado social com o sujeito idoso com

a sauacutede com a assistecircncia social com a previdecircncia social com a forma de

envelhecer saudaacutevel etc (BRASIL 2016)

Dessa forma importante entender o mecanismo bioloacutegico do envelhecimento e sua

correlaccedilatildeo com o meio fiacutesico para um cuidado mais personalizado

241 Mecanismos do envelhecimento

Teixeira e Guariento afirmam que o conhecimento acerca do envelhecimento ou dos

motivos que o causam satildeo limitados devido agrave falta de pesquisas experimentais com

seres humanos o que eacute vedado pela eacutetica meacutedica Dessa forma pode-se fazer

apenas experimentos com animais em especial com roedores moscas de frutas e

isso acaba natildeo trazendo um real significado acerca do processo de envelhecimento

(TEIXEIRA GUARIENTO 2010)

Existem vaacuterias teorias a respeito do envelhecimento e por isso aos poucos foram

sendo agrupadas basicamente em dois grupos a saber teorias programadas e

teorias estocaacutesticas A primeira tem sua ideia central ldquonos reloacutegios bioloacutegicos que

regulam o crescimento a maturidade a senescecircncia e a morterdquo Jaacute a segunda baseia-

se na ldquoidentificaccedilatildeo de agravos que induzem aos danos moleculares e celulares

aleatoacuterios e progressivosrdquo (TEIXEIRA GUARIENTO 2010 p 2846)

33

Fato eacute que os efeitos do envelhecimento satildeo visiacuteveis rugas expostas cabelos

brancos peles caiacutedas dificuldades para se locomoverem decliacutenio das forccedilas

diminuiccedilatildeo do equiliacutebrio diversas doenccedilas dificuldade na respiraccedilatildeo Tudo estaacute

conjuntamente interligado em um processo complexo e variado que envolve tanto o

bioloacutegico quanto o psicossocial e que afeta diversos sistemas Na Figura 02 uma

representaccedilatildeo interessante do processo de envelhecimento (RUIVO et al 2009)

Figura 02 ndash Processo de envelhecimento

Fonte Centro avanccedilado de medicina preventiva (2018)

34

No Quadro 03 eacute apresentado os efeitos da velhice de uma forma geral e resumida

Vaacuterios satildeo os efeitos do envelhecimento no sujeito idoso por isso apenas alguns deles

foram relatados a tiacutetulo de exemplos

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (continua)

MODIFICACcedilOtildeES NO CORPO COM O ENVELHECIMENTO

ESTADO GERAL

Reduccedilatildeo progressiva da eficiecircncia dos processos fisioloacutegicos resulta em equiliacutebrio fraacutegil e impotildee obstaacuteculos agrave capacidade do corpo para manter a homeostase Estressores fiacutesicos e emocionais tornam o idoso mais vulneraacutevel devido agrave diminuiccedilatildeo das reservas fisioloacutegicas O idoso pode continuar a se envolver em todas as atividades da meia-idade embora de maneira intuitiva deva adaptar-se a um ritmo modificado e a periacuteodos de descanso mais frequentes

TEGUMENTAR

Surgimento de rugas e perda da firmeza da pele ocorrem com a reduccedilatildeo da elasticidade ressecamento e descamaccedilatildeo satildeo comuns A queda dos cabelos eacute comum nos homens e as mulheres tecircm afinamento e perda de pigmentaccedilatildeo dos cabelos Sinais de pele e pigmentaccedilatildeo satildeo comuns embora a pele possa clarear devido agrave perda de melanoacutecitos As unhas costumam espessar-se e ficar quebradiccedilas e amareladas

MUSCULOESQUELEacuteTICO

Diminui o tecido subcutacircneo e o peso no idoso A massa e a forccedila musculares diminuem Ocorre desmineralizaccedilatildeo oacutessea e os ossos ficam porosos e quebradiccedilos As articulaccedilotildees tendem a enrijecer e a perder flexibilidade podendo diminuir a amplitude de movimentos Costuma ocorrer lentidatildeo da mobilidade geral e a postura tende a encurvar A altura diminui um pouco

NEUROLOacuteGICO

O Sistema Nervoso Central reage mais lentamente a muacuteltiplos estiacutemulos Assim a resposta cognitiva e comportamental do idoso pode ser retardada Diminui a frequecircncia da reaccedilatildeo reflexa A regulagem da temperatura e a percepccedilatildeo de dorpressatildeo ficam menos eficientes O idoso pode ainda ter dificuldades no equiliacutebrio na coordenaccedilatildeo na motricidade fina e na orientaccedilatildeo espacial o que resulta em maior risco para quedas Costuma encurtar o sono noturno e o idoso pode despertar com mais facilidade

SENTIDOS ESPECIAIS

Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade visual (presbiopia) com maior sensibilidade agrave claridade e menor capacidade de adaptar-se agrave escuridatildeo Reduccedilatildeo da acomodaccedilatildeo reduccedilatildeo da percepccedilatildeo em profundidade e da discriminaccedilatildeo de cores Uma catarata pode obscurecer ainda mais a visatildeo A dificuldade para ler letras miuacutedas pode se tornar mais evidente Dirigir durante o dia ou durante agrave noite pode ficar comprometido Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade auditiva (presbicusia) em especial diminuiccedilatildeo da discriminaccedilatildeo de tons na presenccedila de ruiacutedos ambientais Em consequecircncia dos problemas auditivos o idoso pode retrair-se de eventos sociais As sensaccedilotildees de paladar e olfato diminuem Sensibilidade aos cheiros pode diminuir Problemas nutricionais podem surgir

CARDIOPULMONAR

Os vasos sanguiacuteneos ficam menos elaacutesticos e muitas vezes riacutegidos e tortuosos Depoacutesitos de placas de gordura continuam a ocorrer nos revestimentos dos vasos sanguiacuteneos Edema e esfriamento das extremidades inferiores podem ocorrer em especial com a diminuiccedilatildeo da mobilidade O corpo tem menor capacidade de aumentar a frequecircncia do coraccedilatildeo e o deacutebito cardiacuteaco mediante atividade A elasticidade pulmonar e a accedilatildeo ciliar diminuem de modo que a desobstruccedilatildeo pulmonar se torna menos eficiente Pode aumentar a frequecircncia pulmonar acompanhada de profundidade diminuiacuteda

35

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (conclusatildeo)

GASTRINTESTINAL Os sucos digestivos continuam a diminuir e reduz-se a absorccedilatildeo de nutrientes Desnutriccedilatildeo e anemia satildeo mais comuns Com a reduccedilatildeo do tocircnus muscular e o peristaltismo diminuiacutedo satildeo comuns queixas de constipaccedilatildeo

DENTICcedilAtildeO Perda e caacuterie dentaacuterias continuam para a maioria dos idosos Os haacutebitos alimentares podem mudar em especial se o idoso natildeo tem dentes ou usa dentaduras que natildeo servem bem

GENITURINAacuteRIO

O fluxo sanguiacuteneo para os rins reduz com a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco A quantidade de unidades de neacutefrons funcionando diminui em 50 Produtos a serem eliminados podem ser filtrados e excretados mais lentamente Liacutequidos e eletroacutelitos permanecem dentro das variaccedilotildees normais mas o equiliacutebrio eacute fraacutegil Cerca de 75 dos homens com mais de 65 anos tecircm hipertrofia da glacircndula prostaacutetica Pode haver a necessidade de cirurgia caso ocorra retenccedilatildeo urinaacuteria Haacute atrofia diminuiccedilatildeo de secreccedilotildees e afinamento do trato genital da mulher idosa

Fonte Taylor e outros (2007 p 460)

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio

O Sistema respiratoacuterio envelhece da mesma forma que o restante do organismo e

muitas vezes ele envelhece mais raacutepido devido agrave enorme quantidade de poluiccedilatildeo a

que estamos sujeitos Nas palavras de Ruivo e outros

Pensa-se que o sistema respiratoacuterio seja o sistema do organismo que envelhece mais rapidamente devido agrave maior exposiccedilatildeo a poluentes ambientais ao longo dos anos As mudanccedilas que ocorrem a este niacutevel satildeo clinicamente relevantes porque a deterioraccedilatildeo da funccedilatildeo pulmonar estaacute associada ao aumento da taxa de mortalidade e aleacutem disso o conhecimento das mesmas contribui para a detecccedilatildeo e prevenccedilatildeo de disfunccedilotildees respiratoacuterias em idosos (RUIVO et al 2009 p 631)

Biologicamente com o envelhecimento a estrutura morfoloacutegica da parede toraacutecica

sofre severas alteraccedilotildees que afetam diretamente os pulmotildees Dessa forma a perda

da elasticidade dentre outros problemas torna-se a mais frequente complicaccedilatildeo

pulmonar entre pessoas idosas (RUIVO et al 2009)

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco

O envelhecimento do sistema cardiacuteaco acarreta diversas complicaccedilotildees ao sujeito

idoso e a dinacircmica de como esse processo se dar eacute melhor explicado por Esquenazi

Silva e Guimaratildees

O coraccedilatildeo eacute constituiacutedo por ceacutelulas musculares os cardiomioacutecitos moleacuteculas de matriz extracelular destacando-se o colaacutegeno e ceacutelulas intersticiais cardiacuteacas tais como fibroblastos e ceacutelulas endoteliais Por tratar-se de ceacutelulas terminalmente diferenciadas a identificaccedilatildeo recente de ceacutelulas-tronco residentes no coraccedilatildeo revelou que os cardiomioacutecitos satildeo repostos mas natildeo

36

na proporccedilatildeo ideal para recuperaccedilatildeo de funccedilatildeo alterada consequente a eventuais perdas (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

Dessa forma pode-se realccedilar algumas mudanccedilas sensiacuteveis que ocorrem com o

envelhecimento e que estatildeo listadas no Quadro 04 abaixo

Quadro 04 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento MUDANCcedilAS ORGAcircNICAS COM O ENVELHECIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

A parede ventricular torna-se mais espessa

Diminuiccedilatildeo das ceacutelulas de cardiomioacutecitos

Aumento do conteuacutedo do colaacutegeno

Alteraccedilatildeo do metabolismo mitocondrial

Maior secreccedilatildeo de colaacutegeno

Induccedilatildeo de apoptose das ceacutelulas musculares lisas da parede arterial

Aumento da rigidez aoacutertica

Alteraccedilatildeo da elasticidade aoacutertica

Disfunccedilatildeo diastoacutelica

Hipertrofia do ventriacuteculo esquerdo

Insuficiecircncia cardiacuteaca congestiva

Fonte Esquenazi Silva e Guimaratildees (2014) (Adaptado pela autora)

No envelhecimento ocorrem mudanccedilas em algumas propriedades do coraccedilatildeo e isso

pode acarretar o surgimento de arritmias cardiacuteacas bem como a diminuiccedilatildeo da

possibilidade de alteraccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca durante situaccedilotildees de estresse

Assim devido agrave mudanccedila da frequecircncia cardiacuteaca na populaccedilatildeo da terceira idade eacute

frequentemente adicionado medicamentos como diureacuteticos medicamentos que atuam

para combater a arritmia etc (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico

Haacute diversos estudos que tentam provar que o processo de envelhecimento estaacute

associado agrave diminuiccedilatildeo da massa muscular fenocircmeno conhecido como sarcopenia

Este fenocircmeno debilita diretamente a arquitetura muscular alterando diversas

propriedades tais como ldquoaacuterea da seccedilatildeo transversa anatocircmica comprimento das fibras

musculares volume e acircngulo de penaccedilatildeo dos muacutesculosrdquo Ocasiona uma reduccedilatildeo das

forccedilas do paciente da capacidade aeroacutebica e da taxa metaboacutelica Juntos esses

fatores influenciamalteram a qualidade de vida pois podem aumentar a taxa de

quedas e ocasionar outros problemas ao idoso que repercutem em todos os campos

de sua vida (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

37

Os mais novos estudos cientiacuteficos na aacuterea sugerem que o envelhecimento tambeacutem

estaacute relacionado com a diminuiccedilatildeo da rigidez dos tendotildees o que eacute apreciado na obra

de Baptista e Vaz conforme segue

Modificaccedilotildees morfoloacutegicas na unidade muacutesculo-tendatildeo como a sarcopenia ou a diminuiccedilatildeo da rigidez tendiacutenea reconhecidamente causam alteraccedilotildees de suas propriedades mecacircnicas As propriedades mecacircnicas dos muacutesculos determinam sua capacidade de produccedilatildeo de forccedila em diferentes comprimentos e velocidades podendo assim influenciar de maneira significativa as atividades de vida diaacuteria dos seres humanos independente da faixa etaacuteria (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

Natildeo se consegue entender exatamente como ocorre o processo da sarcopenia pois

eacute um processo complexo no qual diversos outros processos contribuem para que

aconteccedila Alguns estudos sugerem que a diminuiccedilatildeo da ativaccedilatildeo neuromuscular eacute

comeccedilo do processo de perda de massa e de forccedila O que eacute bem entendido e

preocupante satildeo os seus efeitos nos sujeitos idosos que provocam diversas outras

consequecircncias (FILHO 2012)

Eacute sabido que tudo estaacute interligado portanto quando ocorre reduccedilatildeo da estrutura

muscular esqueleacutetica isso acarreta outros problemas natildeo soacute de importacircncia material

assim como de importacircncia imaterial como sedentarismo depressatildeo ansiedade

depressatildeo etc A Figura 03 ilustra esse ciacuterculo vicioso (PEREIRA TEIXEIRA

ETCHEPARE 2006)

Figura 03 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento

Fonte Pereira Teixeira e Etchepare (2006)

38

2414 Envelhecimento do sistema nervoso

O envelhecimento como jaacute foi dito provoca uma seacuterie de alteraccedilotildees no organismo do

sujeito idoso No sistema nervoso diversas alteraccedilotildees anatocircmicas e quiacutemicas satildeo

observadas no enceacutefalo e na medula e essas alteraccedilotildees podem ser vistas tanto

macroscopicamente quanto microscopicamente Ateacute mesmo o tamanho do ceacuterebro e

peso dele satildeo modificados agrave medida que o sujeito envelhece na ordem de 2 a cada

uma deacutecada e com diminuiccedilatildeo de proteiacutenas (TAGLIARINI 2008)

De acordo com anaacutelises feitas ao envelhecer diversas alteraccedilotildees acontecem sendo

que as mais vitais satildeo ldquoa diminuiccedilatildeo de ceacutelulas alteraccedilotildees dendriacuteticas placas senis

degeneraccedilatildeo neurofibrilar degeneraccedilatildeo gracircnulo-vacuolar e acuacutemulo de lipofucsinardquo

(TAGLIARINI 2008 p 18)

As alteraccedilotildees morfoloacutegicas produzidas pelo Sistema Nervoso Central (SNC) se

mostram como sendo de suma importacircncia para o devido funcionamento do sistema

nervoso devido agrave importacircncia na geraccedilatildeo e processamento das memoacuterias e no

transporte de informaccedilotildees ateacute os neurocircnios (TAGLIARINI 2008)

Portanto de tudo o que foi falado a respeito do envelhecimento do sistema nervoso

algumas partes ainda natildeo foram provadas e muita coisa ainda deve ser elucidada

com os anos vindouros Tem-se uma ideia de que as modificaccedilotildees ocorrem tanto de

forma central quanto de forma perifeacuterica ldquocom atrofia cerebral devido agrave diminuiccedilatildeo do

nuacutemero de neurocircnios assim como a reduccedilatildeo da quantidade de substacircncias branca e

cinzenta Ocorre ainda reduccedilatildeo da sinaptogecircnese e da velocidade de conduccedilatildeo

nervosa []rdquo (RIBEIRO VEIGA 2013 p25)

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO

Conforme jaacute foi falado anteriormente a populaccedilatildeo brasileira seguindo o ritmo da

populaccedilatildeo mundial estaacute envelhecendo mais devido agraves inovaccedilotildees tecnoloacutegicas Com

isso mais sujeitos idosos procuram serviccedilos meacutedicos por causa das doenccedilas

inerentes agrave terceira idade Essa demanda impulsiona aos governos criarem poliacuteticas

de sauacutede para que o sujeito envelheccedila com sauacutede pois se assim for proporciona

vantagem para todos os que estatildeo envolvidos com o idoso seja seus parentes que

39

cuidam dele seja o Estado que natildeo precisa gastar muito com remeacutedios Isso

proporciona um aliacutevio na previdecircncia divido agrave imensa diacutevida puacuteblica que existe e por

necessitar fazer corte de gastos A seguir seraacute melhor tratado acerca dos benefiacutecios

da atividade fiacutesica para o idoso para ter um envelhecimento sadio e de haacutebitos

saudaacuteveis que precisa ter para o seu dia-a-dia com sauacutede (ACIOLE BATISTA 2013)

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso

Com o crescimento mundial acelerado da populaccedilatildeo idosa diversas poliacuteticas estatildeo

sendo desenvolvidas para fazer com que o idoso envelheccedila com sauacutede tendo em

vista finalidades variadas tais como o fato de a previdecircncia estar sobrecarregada a

constataccedilatildeo de que o Sistema Puacuteblico de Sauacutede (SUS) natildeo atende com qualidade

as premissas mais baacutesicas da populaccedilatildeo Assim se o idoso chegar agrave terceira fase de

sua vida mais dinacircmico e com mais sauacutede enormes benefiacutecios surgiratildeo natildeo somente

para ele assim como para toda a sociedade (FONSECA et al 2014)

Dentre essas poliacuteticas certamente a que incentiva o idoso a praticar esportes eacute a mais

disseminada juntamente com a boa alimentaccedilatildeo pois eacute comprovado cientificamente

que o idoso ao praticar esportes consegue se manter mais saudaacutevel mais luacutecido e

em melhores condiccedilotildees de enfrentamento de doenccedilas que lhe acometem que satildeo

caracteriacutesticas da terceira idade aleacutem de provocar uma melhoria como um todo ao

sujeito idoso em todas as suas dimensotildees (MACIEL 2010)

De acordo com Maciel (2010 p 1024)

Poreacutem ao se refletir sobre as atividades fiacutesicas precisa-se pensar aleacutem dos benefiacutecios biopsicossociais proporcionados pela sua praacutetica como tambeacutem por exemplo compreender as mudanccedilas de comportamentos individuais eou coletivos para a adesatildeo e manutenccedilatildeo dessas atividades Essas soacute proporcionaratildeo os devidos benefiacutecios se realizadas continua e corretamente

As atividades fiacutesicas que satildeo incentivadas para que o idoso possa praticar satildeo

divididas em quatro dimensotildees lazer deslocamento ativo atividades domeacutesticas e

laboral A primeira eacute dita como atividade estruturada jaacute as demais satildeo atividades natildeo-

estruturais Existem vaacuterias vantagens para o sujeito idoso que se movimenta que

pratica alguma atividade fiacutesica As principais vantagens estatildeo apresentadas no

Quadro 05 (MACIEL 2010)

40

Quadro 05 ndash Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos BENEFIacuteCIOS DA ATIVIDADE FIacuteSICA PARA O IDOSO

Aumentomanutenccedilatildeo da capacidade aeroacutebia

Aumentomanutenccedilatildeo da massa muscular

Reduccedilatildeo significativa da taxa de mortalidade

Prevenccedilatildeo de doenccedilas coronarianas

Melhora do perfil lipiacutedico

Transformaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal devido agrave reduccedilatildeo da massa gorda

Prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes e hipertensatildeo arterial comuns ao sujeito idoso

Diminuiccedilatildeo da possibilidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Nas mulheres idosas possibilidade de prevenccedilatildeo do cacircncer de mama e coacutelon

Reduccedilatildeo da ocorrecircncia de demecircncia

Melhora da autoestima e da autoconfianccedila

Reduccedilatildeo dos ataques de ansiedade e do estresse

Consideraacutevel melhora do humor e da qualidade de vida

Fonte Maciel (2010) (Adaptado pela autora)

Cordeiro e outros (2014) fazendo pesquisas com idosos para entender como as

atividades fiacutesicas afetam as funccedilotildees cognitivas sendo estas definidas como as fases

do processo de informaccedilatildeo tais como aprendizagem raciociacutenio atenccedilatildeo e outras

mais concluiacuteram o seguinte

O melhor desempenho do grupo de idosos ativos no teste de memoacuteria emocional pode estar associado a alteraccedilotildees fisioloacutegicas no sistema nervoso central decorrentes da praacutetica da atividade fiacutesica A accedilatildeo da atividade fiacutesica sobre as funccedilotildees cognitivas pode se dar por meio de diversos mecanismos dentre os quais a melhora na circulaccedilatildeo cerebral alteraccedilatildeo na siacutentese e degradaccedilatildeo de neurotransmissores alteraccedilotildees neuroendoacutecrinas e humorais e aumento de fatores de crescimento como o fator neurotroacutefico derivado do ceacuterebro (BDNF) responsaacutevel pela neuroplasticidade eficaacutecia sinaacuteptica conectividade neuronal e aumento da sobrevivecircncia dos neurocircnios e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) responsaacutevel pela angiogecircnese (CORDEIRO et al 2014 p 549)

Ou seja a praacutetica da atividade fiacutesica proporciona enormes ganhos de qualidade de

vida para o sujeito idoso e possibilita a ele viver mais tempo de forma independente

jaacute que suas funccedilotildees cognitivas respondem melhor e desenvolvem mecanismos mais

duradouros (CORDEIRO et al 2014)

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso

Os alimentos satildeo as fontes de energia para o ser-humano Por isso quando o sujeito

se alimenta bem com qualidade ingerindo alimentos saudaacuteveis todo o seu

organismo funcionaraacute com qualidade e equiliacutebrio o que eacute necessaacuterio e demandado

pela populaccedilatildeo de uma forma geral mas devido agrave agitaccedilatildeo do dia-a-dia acaba por

41

comprometer a sauacutede com alimentos ruins raacutepidos de serem feitos e ingeridos

(MENEZES et al 2008)

O Sujeito idoso precisa ter uma atenccedilatildeo especial com o que ingere pois natildeo possui

mais um organismo jovem que consegue digerir tudo com facilidade e rapidez Seu

organismo agora e conforme jaacute foi falado eacute imensamente lento Natildeo consegue

metabolizar com rapidez os alimentos que lhe chegam ao estocircmago e por isso precisa

ser seletivo (KUWAE et al 2015)

De acordo com Kuwae e outros (2015 p 622 - 624)

No envelhecimento tanto os cuidados nutricionais satildeo diferentes como tambeacutem satildeo singulares agraves concepccedilotildees do que eacute saudaacutevel ou apropriado para esta idade Os cuidados com a alimentaccedilatildeo envolvem uma busca de equiliacutebrio entre as exigecircncias do corpo envelhecido e as limitaccedilotildees decorrentes de algumas patologias muitas delas exigindo seu controletratamento pela alimentaccedilatildeo como a hipertensatildeo diabetes e doenccedilas coronarianas Portanto o envelhecimento estaacute relacionado tanto com as alteraccedilotildees fisioloacutegicas que limitam o repertoacuterio alimentar seja pelas restriccedilotildees decorrentes de patologias crocircnicas ou das alteraccedilotildees de mastigaccedilatildeo e digestatildeo como com as condiccedilotildees de mobilidade autonomia independecircncia financeira condiccedilotildees de sauacutede e da composiccedilatildeo familiar Esses satildeo fatores decisivos sobre o repertoacuterio alimentar a frequecircncia e a qualidade da alimentaccedilatildeo dos idosos

Daiacute surge a necessidade de saber o que o sujeito idoso pode exatamente comer e o

que natildeo pode comer jaacute que em muitas situaccedilotildees o desejo eacute grande De acordo com

Menezes e outros (2008) existem duas classes de alimentos que o sujeito idoso pode

ingerir e satildeo os alimentos bons e os alimentos ruins Na classe dos alimentos bons

estatildeo as frutas verduras legumes carnes brancas etc Jaacute na segunda classe estatildeo

as frituras carnes vermelhas doces massas sal etc O Quadro 06 apresenta uma

lista com os principais alimentos para os idosos aqueles que satildeo recomendados bem

como suas caracteriacutesticas e o motivo pelo satildeo recomendados

Quadro 06 ndash Alimentos recomendados para idosos ALIMENTOS RECOMENDADOS PARA IDOSOS

CLASSE ALIMENTOS DESCRICcedilAtildeO

BONS Frutas verduras legumes carnes brancas etcleites e seus derivados

A comida se torna leve para o organismo do idoso o que proporciona uma raacutepida digestatildeo e o idoso natildeo se sente empazinado

RUINS Carnes vermelhas doces massas sal etc

Satildeo alimentos pesados gordurosos que demoram a fazer digestatildeo com moleacuteculas complexas O idoso natildeo ingere porque pode passar mal e qualquer mal-estar deve ser evitado

Fonte Kuwae e outros (2015)

42

O Quadro 06 eacute uma forma geral de expressar o que eacute bom e o que eacute ruim para o

sujeito idoso no entanto essa questatildeo eacute relativa pois varia de organismo para

organismo e depende de questotildees culturais mas eacute amplamente aceito eacute que todos os

seres humanos precisam ter equiliacutebrio inclusive na alimentaccedilatildeo dessa forma comer

ou deixar de comer algo para se manter saudaacutevel depende do quatildeo equilibrado

encontra-se o organismo do sujeito (KUWAE et al 2015)

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE

Com a chegada da terceira idade vaacuterias doenccedilas inerentes aos sujeitos com idade

acima dos sessenta anos aparecem Identificar tais doenccedilas conhececirc-las de forma

detalhada para desenvolver formas de tratamento adequados satildeo objetivos centrais

para quem cuida do sujeito idoso juntamente com outros conhecimentos do idoso

como sua alimentaccedilatildeo seu dia-a-dia seus haacutebitos etc Tudo estaacute conectado e por

isso entender esse contexto facilita no momento de detalhar a doenccedila que acomete a

populaccedilatildeo idosa A seguir seraacute feito uma siacutentese das principais doenccedilas que

acometem sujeitos idosos (VERAS 2012)

261 Mal de Parkinson

A doenccedila do Mal de Parkinson eacute conhecida da humanidade haacute muito tempo A atual

descriccedilatildeo deu-se pelo Dr James Parkinson por volta do ano de 1817 e no Brasil

atinge cerca de 3 da populaccedilatildeo acima dos sessenta anos Constata-se a existecircncia

da doenccedila por intermeacutedio de anaacutelise cliacutenica observando na maioria dos casos

pessoas idosas uma rigidez muscular tremor mesmo estando em repouso alteraccedilatildeo

na postura dentre outros sintomas (PETERNELLA MARCON 2009)

Grosso modo o Mal de Parkinson eacute um distuacuterbio degenerativo do Sistema Nervoso

Central que afeta diversas funccedilotildees do sujeito sejam motoras sejam natildeo-motoras

Funccedilotildees que podem ser afetadas satildeo tremor de repouso bradicinesia rigidez

corporal instabilidade postural etc Seu diagnoacutestico eacute feito pelo quadro cliacutenico

observado e pela exclusatildeo de outras doenccedilas que se assemelham ao Mal de

Parkinson (PETERNELLA MARCON 2009)

43

Para falar com riqueza de detalhes a respeito de como funciona tal doenccedila vamos

utilizar as palavras de Sena e outros (2010) que diz

A DP eacute uma afecccedilatildeo crocircnico-degenerativa e progressiva de etiologia multifatorial que atinge majoritariamente pessoas idosas embora seja frequente acometecirc-las a partir dos 50 anos de idade beirando atualmente a casa dos 300000 portadores no Brasil A doenccedila atinge o sistema nervoso central mais especificamente a substacircncia negra responsaacutevel por controlar os movimentos do corpo A degradaccedilatildeo das ceacutelulas neuronais dopamineacutergicas acaba por resultar numa gama de sintomatologia como tremores rigidez muscular bradicinesia alteraccedilotildees posturais distuacuterbios na fala e na degluticcedilatildeo obstipaccedilatildeo transpiraccedilatildeo corporal incontinecircncia urinaria depressatildeo O tratamento que pode ser cliacutenico eou ciruacutergico visa ao controle dos sintomas por meio de medicamentos entre os quais se destaca a Levodopa um precursor da dopamina Outros grupos de faacutermacos tambeacutem satildeo utilizados como inibidores enzimaacuteticos agonistas dopamineacutergicos e anti-colineacutergicos Contudo a terapecircutica medicamentosa por si soacute natildeo eacute suficiente para manter o portador em melhores condiccedilotildees de bem-estar e qualidade de vida Por isso tratamentos e cuidados no miacutenimo de enfermagem fisioterapia fonoaudiologia e educaccedilatildeo fiacutesica satildeo imprescindiacuteveis como recursos complementares para ajudar o portador a preservar sua funcionalidade e permitir-lhe desempenhar as atividades da vida diaacuteria e manter o viacutenculo social tatildeo importantes para satisfazer suas necessidades psicossociais de apoio comunitaacuterio para o seu bem-estar e auto-estima (SENA et al 2010 p 94)

Na Figura 04 uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro a respeito de como funciona o Mal de

Parkinson

Figura 04 ndash Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Observa-se na Figura 04 o ceacuterebro de um sujeito normal sem a doenccedila em

comparaccedilatildeo com um sujeito que apresenta a doenccedila Na primeira situaccedilatildeo haacute a

44

existecircncia da substacircncia negra responsaacutevel por controlar as funccedilotildees motoras do

corpo conforme falado na descriccedilatildeo de Sena e outros Jaacute na segunda essa

substacircncia negra natildeo existe atestando a incapacidade motora do paciente

(ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Jaacute na Figura 05 representa-se o neurocircnio normal e um neurocircnio em paciente com a

doenccedila de Parkinson O neurocircnio normal produz a substacircncia dopamina que eacute

responsaacutevel pela conduccedilatildeo dos neurotransmissores Jaacute o neurocircnio afetado apresenta

uma pequena quantidade de dopamina o que afeta a transmissatildeo dos

neurotransmissores e com isso o paciente sofre os diversos males que foram

narrados (ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Figura 05 ndash Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

O detalhe mais pertinente para saber se haacute o surgimento da doenccedila eacute o surgimento

de incapacidades provenientes dos distuacuterbios motores Geralmente aqueles que

sofrem desta doenccedila natildeo se datildeo conta que estatildeo doentes o que precisa ser

observado por quem estar mais perto seja os familiares seja os cuidadores

(GONCALVES ALVAREZ ARRUDA 2007)

Mesmo com todo o desenvolvimento tecnoloacutegico existente no campo da sauacutede ainda

natildeo existe um remeacutedio para acabar com o Mal de Parkinson ou para bloquear o seu

aumento Os procedimentos atuais visam dar condiccedilotildees ao paciente que possui a

doenccedila de viver de forma independente e de manter seu psicoloacutegico forte por mais

tempo Isso eacute feito receitando a ele dopamina estriatal que pode ser aumentada agrave

45

medida que os efeitos da doenccedila vatildeo aumentando (GONCALVES ALVAREZ

ARRUDA 2007)

262 Doenccedila de Alzheimer

A doenccedila de Alzheimer descrita pela primeira vez em 1906 pelo Dr Alois Alzheimer

eacute uma doenccedila que ateacute os dias atuais natildeo apresenta cura e tende a se agravar ao

longo dos anos Eacute a patologia neurodegenerativa mais usual que acomete pacientes

acima dos 55 (cinquenta e cinco) anos e causa transtornos como perda de memoacuteria

desorientaccedilatildeo danos na linguagem falta de atenccedilatildeo e vaacuterias outras situaccedilotildees

constrangedoras (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER 2018)

Natildeo se conhece exatamente os motivos pelos quais a doenccedila surge mas eacute bem

conhecido algumas lesotildees que ocorrem no ceacuterebro de um paciente portador da

doenccedila e as principais lesotildees satildeo as placas senis os emaranhados neurofibrilares e

a reduccedilatildeo de ceacutelulas nervosas sendo certo que ela eacute a responsaacutevel por cinquenta por

cento dos casos de demecircncia em idosos (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE

ALZHEIMER 2018)

Muito embora a cura da doenccedila e a reversatildeo da deterioraccedilatildeo causada pela DA ainda natildeo tenham sido descobertas pesquisadores buscam o aperfeiccediloamento de tratamentos jaacute disponiacuteveis que visam agrave melhora cognitiva e diminuiccedilatildeo de sintomas comportamentais (Aacutevila 2003) Nesse caso a medicaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas cognitivas de reabilitaccedilatildeo aleacutem de informaccedilotildees sobre a doenccedila e o apoio a familiares e cuidadores eacute de suma importacircncia para reverter o quadro cliacutenico e sintomaacutetico da doenccedila (GONCALVES CARMO 2012 p 171)

Haacute uma forte tendecircncia da ciecircncia de tentar explicar o surgimento do Mal de Alzheimer

via geneacutetica pois uma porcentagem consideraacutevel dos pacientes que possuem a

doenccedila apresenta casos semelhantes na famiacutelia Outros fatores tambeacutem satildeo

considerados tais como aminoaacutecidos neurotoacutexicos uso indiscriminado do alumiacutenio

agentes infecciosos etc Abaixo na figura TC uma tentativa de explicaccedilatildeo dessa

doenccedila (SERENIKI VITAL 2008)

Na Figura 06 existe uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro de paciente normal e de um paciente

com a Doenccedila de Alzheimer Percebe-se que o ceacuterebro do paciente com a Doenccedila de

Alzheimer apresenta-se cheio de falhas

46

Figura 06 ndash Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

263 Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus (DM) eacute uma doenccedila crocircnica natildeo-transmitiacutevel que afeta uma

multidatildeo de pessoas em todo o mundo e se caracteriza por um aumento acentuado

da glicemia devido agrave falta de insulina que eacute fabricada pelo pacircncreas Haacute dois tipos

de diabetes um natural (Tipo 01) e outra adquirida (Tipo 02) A do Tipo 02 eacute causada

pela obesidade comidas gordurentas falta de exerciacutecios fiacutesicos e se mostra como o

mal moderno Jaacute a do tipo 01 jaacute nasce com o indiviacuteduo Em ambos os casos o

pacircncreas deixa de fabricar insulina que possui uma moleacutecula que quebra a moleacutecula

de glicose Com isso haacute um aumento de glicose no sangue e isso provoca diversos

danos em outros oacutergatildeos A insulina injetada entra para ajudar na eliminaccedilatildeo do accediluacutecar

excedente (BUSNELLO et al 2012)

De acordo com Vargas Lara e Mello-Carpes ldquono Brasil existem cerca de 500 mil

diabeacuteticos 450 mil fazendo uso da insulina e quase dois milhotildees desconhecendo ter

diabetes Aleacutem disso estima-se que em 2030 o nuacutemero de pessoas acometidas pela

DM dobraraacuterdquo Esses dados para o sujeito idoso satildeo extremamente preocupantes

tendo em vista a necessidade de cuidados constantes (VARGAS LARA MELLO-

CARPES 2014 p 869)

47

Idosos que apresentam a DM apresentam estrutura fiacutesica e emocional prejudicadas

com certa limitaccedilatildeo nos afazeres do dia-a-dia com limitaccedilatildeo na alimentaccedilatildeo e com

liberdade e autonomia afetadas Diferentemente das outras doenccedilas a DM eacute bem

mapeada e consegue-se ter um controle bastante apropriado para amenizar os efeitos

dessa doenccedila (VARGAS LARA MELLO-CARPES 2014)

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

A Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) eacute a doenccedila crocircnica natildeo transmitida mais

presente na vida dos idosos Trata-se de uma doenccedila que eleva a pressatildeo sanguiacutenea

a niacuteveis altiacutessimos e como consequecircncia faz com que o coraccedilatildeo tenha que exercer

uma atividade fora do padratildeo para conseguir fazer o sangue circular pelo corpo do

indiviacuteduo (LEAtildeO E SILVA et al 2013)

Ela aumenta paulatinamente agrave medida que o indiviacuteduo vai envelhecendo e eacute tida por

diversos especialistas como o principal fator de risco para o idoso podendo ocasionar

doenccedilas como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) o infarto do miocaacuterdio e vaacuterias

outras doenccedilas silenciosas Diversos fatores ocasionam um aumento na pressatildeo

arterial dentre eles os mais comuns satildeo o excesso de sal utilizado no dia-a-dia o

estresse etc (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Para um padratildeo de referecircncia com intuito de definir se um idoso apresenta uma

pressatildeo alta ou normal vaacuterios estudos sugerem valores diferentes o que acaba

sendo um ponto de debate interessante entre os especialistas da aacuterea conforme

relatado abaixo

Haacute grande controveacutersia na literatura em relaccedilatildeo ao ponto de corte para o qual a PA pode ser considerada controlada na populaccedilatildeo idosa principalmente nos idosos com idade mais avanccedilada (acima dos 80 anos) Estudos recentes sugerem uma meta de controle mais flexiacutevel (abaixo de 150 mmHg para a PAS e de 90 mmHg para a PAD) para esta faixa etaacuteria por evidenciarem que o controle mais rigoroso pode natildeo ser significativo na reduccedilatildeo das complicaccedilotildees associadas agrave doenccedila (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016 p 112)

Para se ter um controle dessa doenccedila importante salientar os haacutebitos de vida

saudaacuteveis associados com o acompanhamento meacutedico mediccedilatildeo das funccedilotildees vitais

do idoso controle sistemaacutetico porque essa doenccedila sendo uma doenccedila silenciosa

assintomaacutetica pode acarretar outras complicaccedilotildees tais como um Acidente Vascular

Cerebral (AVC) (JARDIM et al 2017)

48

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

A Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (ITU) eacute a inflamaccedilatildeo das vias urinaacuterias e eacute uma doenccedila

responsaacutevel por cerca de quarenta porcento das infecccedilotildees nosocomiais Eacute bastante

rotineira nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e sua probabilidade de ocorrecircncia

em homens idosos aumenta consideravelmente tendo em vista que ldquoA

instrumentaccedilatildeo das vias urinaacuterias ndash incluindo ndash se o cateterismo vesical ndash e a

ocorrecircncia de doenccedila prostaacutetica satildeo os fatores mais implicados no aumento da

incidecircncia no sexo masculinordquo (RORIZ-FILHO et al 2010 p 119)

A mulher idosa tambeacutem tem uma grande possibilidade de desenvolver tal doenccedila

tendo em vista as modificaccedilotildees funcionais da bexiga devido a diversos fatores que

ldquoassociados agraves mudanccedilas troacuteficas do epiteacutelio da mucosa vaginal e a presenccedila de

infecccedilatildeo genital facilitam o desenvolvimento de ITUrdquo (MARQUES MOREIRA

SANTOS 2010 p 151)

Para se ter um diagnoacutestico preciso acerca da Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio faz-se coleta

da urina do paciente e em seguida sua cultura o que leva alguns dias O diagnoacutestico

apresenta-se preciso apoacutes esse procedimento Existem outros exames a serem feitos

que apresentam resultados mais raacutepidos poreacutem natildeo tatildeo precisos Um deles eacute o

exame tipo I e o outro eacute a coloraccedilatildeo pelo meacutetodo Gram (VETTORE et al 2013)

Os principais sintomas que indicam que pode haver uma Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

satildeo urina com odor feacutetido disuacuteria com urgecircncia polaciuacuteria e urecircncia Esses sintomas

satildeo um indicativo muito forte de possibilidade de existecircncia de um quadro infeccioso

e somente pode-se comprovar apoacutes as anaacutelises que foram mencionadas (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010)

Para se fazer um tratamento adequado que apresente resultados de imediato haacute a

necessidade de se observar alguns fatores tais como ldquopresenccedila de comorbidade

fatores predisponentes sintomatologia e repercussatildeo sistecircmica da infecccedilatildeo assim

como para a interaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outros medicamentos []rdquo Importante

observar a relaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outras drogas pois o paciente idoso faz uso

de diversos produtos farmacecircuticos No Quadro 07 um exemplo de drogas que podem

ser utilizadas para o tratamento do idoso com Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010 p 156)

49

Quadro 07 ndash Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso DROGAS UTILIZADAS NA ITU NOS IDOSOS

I ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO INFERIOR (3 A 7 DIAS)

Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprima 160 mg de 12 12h

Norfloxacina 400 mg de 1212h

Ciprofloxacina 250 mg de 1212h

Levofloxacina 250 mg por dia

Nitrofurantoina 100 mg de 88h

II ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO SUPERIOR (14 DIAS)

Ciprofloxacina 500 mg EV de 1212h

Levofloxacina 500 mg EV por dia

Ceftriaxone 1g EV de 1212h

Piperacina soacutedica + Tazobactana soacutedica 225g EV de 88h

Fonte Marques Moreira e Santos (2010 p 158)

266 Osteoporose

A Osteoporose ldquo[] eacute uma doenccedila esqueleacutetica sistecircmica caracterizada por diminuiccedilatildeo

da massa oacutessea e deterioraccedilatildeo microarquitetural do tecido oacutesseo com consequente

aumento da fragilidade oacutessea e susceptibilidade agrave fraturardquo sendo a condiccedilatildeo mais

criacutetica da osteopenia Eacute uma doenccedila predominante em sujeitos idosos e consiste

grosso modo do enfraquecimento dos ossos o que pode levar a diversas

consequecircncias ao idoso A Figura 07 apresenta como ocorre essa doenccedila (LIMA et

al 2014 p 35)

Figura 07 ndash Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

50

Jaacute na Figura 08 tem-se uma vista mais ampla de como a osteoporose atua Pode-se

perceber que ela age deixando o osso em um formato esponjoso como se estivesse

oco como eacute popularmente conhecido tal doenccedila A ilustraccedilatildeo eacute do osso do quadril

mas eacute extensiacutevel a toda a estrutura oacutessea onde ocorrer a comorbidade (LIMA et al

2014)

Figura 08 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Existem diversos tipos de osteoporose que satildeo provocadas por vaacuterios fatores por

isso diz-se que eacute uma doenccedila multifatorial Basicamente satildeo divididas em primaacuteria

com tipos I e II e secundaacuteria a primeira eacute desenvolvida por causas naturais jaacute a

segunda eacute desenvolvida por meio de causas natildeo-naturais tais como a inflamaccedilatildeo

(CAMARGOS BOMFIM 2017)

Consequecircncias diversas podem surgir oriundas da osteoporose tais como ldquoperda da

massa deterioraccedilatildeo do tecido desarranjo da arquitetura e comprometimento da forccedila

oacutessea com aumento no risco de fraturardquo Ela atua de forma silenciosa e na maior parte

dos casos eacute descoberta somente quando ocorre algum acidente por mais simples que

seja com consequente fratura de algum osso do portador de tal doenccedila (BRASIL

2009 p 01)

51

Pode ser diagnosticada tratada e prevenida antes da ocorrecircncia de qualquer evento

que poderaacute comprometer a estrutura oacutessea de seu portador Ocorrendo algum

acidente este poderaacute afetar a estrutura fiacutesica do paciente deformaccedilatildeo no corpo como

um todo etc Na prevenccedilatildeo deve-se utilizar cerca de 1000mgdia de caacutelcio vitamina

D 400ndash800 Uldia ou algum medicamento tais como calcitonina bifosfonatos

raloxifeno e paratormocircnio (BRASIL 2017)

Haacute projeccedilotildees que dizem que cerca de 50 das mulheres e 20 dos homens com

idades acima dos 50 anos poderatildeo sofrer alguma fratura proveniente da osteoporose

ao longo de sua vida Como jaacute foi citado anteriormente a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

para o sujeito idoso e natildeo somente a estes mas ao ser humano em geral eacute uma

praacutetica altamente recomendada pelos profissionais da sauacutede devido agraves pesquisas

cientiacuteficas comprovarem as consequecircncias eficazes de quem se exercita e que por

isso eacute bastante recomendada para pacientes que possuem osteoporose (MOTA

SOUSA AZEVEDO 2012)

Nas palavras de Mota Sousa e Azevedo tem-se

Haacute uma forte correlaccedilatildeo entre a qualidade de vida dos idosos e a atividade fiacutesica pois com a degeneraccedilatildeo do sistema musculoesqueleacutetico nos idosos e a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional a praacutetica da atividade fiacutesica influecircncia no tratamento e na prevenccedilatildeo da osteoporose trazendo benefiacutecios como a melhoria do desempenho das capacidades funcionais o aumento da forccedila muscular e flexibilidade e uma consideraacutevel melhora da coordenaccedilatildeo motora (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012 p47)

Portanto uma forma de reduzir os efeitos que a osteoporose apresenta ao seu

portador eacute praticando exerciacutecios fiacutesicos diariamente que aliado agrave uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel e rica em caacutelcio pode-se gerar resultados bastante satisfatoacuterios

fortalecendo os muacutesculos revigorando o equiliacutebrio afastando a possibilidade de

atrofia pelo natildeo-uso do membro que esteja lesionado e com isso retardando a

desmineralizaccedilatildeo oacutessea (BRASIL 2017)

Outras precauccedilotildees deveratildeo ser administradas ao sujeito idoso portador da

osteoporose para evitar riscos de queda que satildeo os principais fatores complicadores

da sauacutede do idoso Tais procedimentos podem ser a retirada de objetos que podem

dificultar a mobilidade do sujeito idoso por onde anda evitar tapetes escorregadios

colocar materiais antiderrapantes nas superfiacutecies por onde o idoso se movimenta

facilitar o acesso ao banheiro etc (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012)

52

53

3 METODOLOGIA

Tendo a finalidade de desenvolver as propostas que foram apresentadas quando do

comeccedilo deste trabalho optou-se por fazer uma revisatildeo bibliograacutefica do tema sabendo

que essa eacute uma modalidade de pesquisa que se destina a concatenar e observar os

conhecimentos que jaacute foram publicados a respeito de um determinado assunto que

no caso em questatildeo eacute a Assistecircncia de Enfermagem ao sujeito idoso

De acordo com Mancini e Sampaio (2006 p 361 - 472) trabalhos de ldquoRevisotildees da

literatura satildeo caracterizadas pela anaacutelise e pela siacutentese da informaccedilatildeo disponibilizada

por todos os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema[]rdquo Tendo

em vista todos os estudos relevantes publicados por um determinado tema mas sem

limitaacute-lo pois como eacute de amplo conhecimento a quantidade de informaccedilotildees eacute infinita

daiacute a necessidade de se fazer uma limitaccedilatildeo temporal a respeito

Utilizou-se para o desenvolvimento do estudo os seguintes bancos de dados

Scientific Electronic Library (Scielo) Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) Descritores

em Ciecircncia da Sauacutede (DeCS) Ministeacuterio da Sauacutede e livros

Como criteacuterios de inclusatildeo foi estabelecido o uso de revistas acadecircmicas artigos

cientiacuteficos livros etc do ano de 2006 a 2017 Como criteacuterios de exclusatildeo optamos

por natildeo fazermos uso de materiais em liacutenguas estrangeiras materiais antigos

materiais incompletos e materiais que natildeo apresentam rigor cientiacutefico tais como

trabalhos acadecircmicos de revisatildeo

Por fim o presente estudo natildeo necessita de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica (CE) da

Universidade uma vez que as informaccedilotildees coletadas satildeo provenientes de materiais

de acesso puacuteblico e de conhecimento de todos os interessados

54

55

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO

Existem vaacuterias formas de se aplicar a Assistecircncia de Enfermagem e o que eacute utilizado

no Brasil por diversos motivos eacute o que foi desenvolvido em 1979 pela enfermeira e

pesquisadora paraense Wanda Horta atraveacutes de seu livro Processo de Enfermagem

(SILVA et al 2011)

Nas palavras de Silva e outros (2011 p 1381) percebe-se o caraacuteter cientiacutefico e seacuterio

do uso da Assistecircncia de Enfermagem Vejamos

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) eacute conceituada como um meacutetodo de prestaccedilatildeo de cuidados para a obtenccedilatildeo de resultados satisfatoacuterios na implementaccedilatildeo da assistecircncia com o objetivo de reduzir as complicaccedilotildees durante o tratamento de forma a facilitar a adaptaccedilatildeo e recuperaccedilatildeo do paciente O uso do meacutetodo requer o pensamento criacutetico do profissional que deve estar focado nos objetivos e voltado para os resultados de forma a atender as necessidades do paciente e de sua famiacutelia exigindo constante atualizaccedilatildeo habilidades e experiecircncia sendo orientado pela eacutetica e padrotildees de conduta Portanto eacute um modo de exercer a profissatildeo com autonomia baseada nos conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas uacuteltimas deacutecadas

Importante deixar claro o entendimento acerca do que eacute a Sistematizaccedilatildeo da

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem antes de aplicaacute-

los ao sujeito idoso pois tais conceitos satildeo aplicados de forma geral na enfermagem

Todo o profissional de enfermagem precisar ter bem solidificado tais conceitos para

que possam se tornar profissionais competentes e antenados com a real situaccedilatildeo de

seu paciente (GARCIA 2016)

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

A sistematizaccedilatildeo eacute normatizada pela resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN) juntamente com o Processo de Enfermagem (PE) Eacute

entendido como sendo a responsaacutevel por ldquoorganizar o trabalho profissional quanto ao

meacutetodo pessoal e instrumentos tornando possiacutevel a operacionalizaccedilatildeo do processo

de Enfermagemrdquo (BRASIL 2009 p 01)

Garcia (2016) fala a respeito do amplo uso das teacutecnicas da SAE Vejamos

56

Especialmente quando analisamos a dimensatildeo assistencial da praacutetica reconhecemos haver uma ampla gama de situaccedilotildees vivenciadas no cotidiano de cuidados agrave clientela envolvendo a necessidade de sistematizaccedilatildeo da assistecircncia e de aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem aspectos substantivos da profissatildeo (GARCIA 2016 p 05)

A Sistematizaccedilatildeo de Assistecircncia da Enfermagem (SAE) aplicada ao idoso torna-se

dessa forma uma tentativa de fornecer uma assistecircncia de qualidade e personalizada

ao idoso por isso padroniza-se a entrevista que o profissional de enfermagem faz ao

paciente com o intuito de saber a real situaccedilatildeo do cliente Para se fazer tal

assistecircncia o profissional de enfermagem precisa da ajuda do Processo de

Enfermagem que complementa a SAE (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

412 Processo de Enfermagem

Eacute definido como sendo ldquoum instrumento metodoloacutegico que orienta o cuidado do

profissional de enfermagem e a documentaccedilatildeo da praacutetica profissionalrdquo e eacute dividido

em cinco etapas que abaixo satildeo escritas conforme resoluccedilatildeo ndeg 3582009 O Quadro

08 apresentada cada etapa do Processo de Enfermagem (PE) (BRASIL 2009 p 01)

Quadro 08 ndash Etapas do processo de enfermagem PROCESSO DE ENFERMAGEM

ETAPA DESCRICcedilAtildeO

COLETA DE DADOS

Essa eacute a primeira etapa do processo de enfermagem e consiste em colher todos os dados possiacuteveis do paciente valendo de teacutecnicas variadas e com a maior precisatildeo possiacutevel para um melhor atendimento do paciente Importante nessa fase coletar informaccedilotildees por parte da famiacutelia dos pacientes para que as informaccedilotildees possam ser confirmadas devido ser de fontes diversas

DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

Apoacutes a coleta dos dados o profissional de enfermagem passa a processar as informaccedilotildees e interpretando-as para que possa ter a tomada de decisatildeo mais eficaz para o paciente Essa etapa consiste em descrever exatamente o que o paciente tem e funciona como base para a accedilatildeo do profissional de enfermagem

PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Nessa etapa o profissional determina o que espera alcanccedilar de resultados quando das devidas intervenccedilotildees apoacutes a etapa anterior Aqui o profissional cria uma espeacutecie de roteiro para certificar-se do que poderaacute ocorrer

IMPLEMENTACcedilAtildeO Nessa etapa o profissional coloca em praacutetica o que foi decido nas etapas anteriores

AVALIACcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Trata-se de um processo contiacutenuo e analiacutetico no qual o profissional observa o seu paciente fazendo as devidas anotaccedilotildees do quadro dele para posterior mudanccedila das implementaccedilotildees Todo esse processo eacute dinacircmico e por isso o profissional precisa estar atento ao paciente durante todo instante em que ele esteja sob seus cuidados

Fonte Brasil (2009) (Adaptado pela autora)

57

A Figura 09 ilustra o que foi dito a respeito do Processo de Enfermagem no Quadro

08

Figura 09 ndash Processo de Enfermagem

Fonte Autoria proacutepria (2018)

Como pode-se inferir do Quadro 08 descrito desenvolver e aplicar a Sistematizaccedilatildeo

da Assistecircncia de Enfermagem de acordo com o Processo de Enfermagem eacute um

processo que exige muita disciplina e conhecimento do profissional de enfermagem

pois eacute sabido que se trata de um processo teacutecnico-cientiacutefico e somente o enfermeiro

habilitado poderaacute exercitar cada uma das fases que se mostram em conjunto A sua

separaccedilatildeo conforme descrita acima eacute apenas para efeitos didaacuteticos (GARCIA 2016)

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos

Para aplicar a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem e o Processo de

Enfermagem ao sujeito idoso o profissional de enfermagem tem a necessidade de

seguir procedimentos descritos principalmente na NANDA Internacional que se

tornou a principal fonte de diagnoacutesticos de enfermagem e que ldquofavorece a

58

identificaccedilatildeo de estrateacutegias para elevar a qualidade da assistecircncia e contribuir na

formaccedilatildeo de recursos humanosrdquo (KOKUDAI ALVARENGA 2010 p03)

A NANDA eacute dividida em diversos toacutepicos e assim resolvemos separar conforme

Quadro 09 os cuidados necessaacuterios de acordo com cada doenccedila predominante na

terceira idade que foi comentada neste trabalho As descriccedilotildees natildeo se limitam ao que

foi dito pois colocamos apenas algumas situaccedilotildees devido agrave enorme quantidade de

situaccedilotildees diagnoacutesticos e cuidados existentes

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continua)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Hipertensatildeo Arterial

Sistecircmica

Risco de desequiliacutebrio eletroliacutetico

Risco de mudanccedila nos niacuteveis de eletroacutelitos seacutericos capaz de comprometer a sauacutede

Estilo de vida sedentaacuterio Trata-se de um estilo de vida sem a praacutetica de atividades fiacutesicas

Ansiedade

Trata-se de um sentimento desgastante que assola o seu portador diante da expectativa de notiacutecias ou de situaccedilotildees estressantes e novas Pode-se considerar como um sinal de alerta que o organismo desenvolveu para deixar o indiviacuteduo atento em condiccedilotildees de periacuteodo de toda sorte

Padratildeo de sono prejudicado

Devido a fatores externos o indiviacuteduo natildeo possui uma rotina constante e linear de sono sendo que existe a condiccedilatildeo de dormeacorda que prejudica o organismo como um todo

Nutriccedilatildeo desequilibrada

O sujeito alimenta-se de nutrientes que em muitos casos satildeo em excesso ocasionando armazenamento de energia em formato de gordura

Mal de Parkinson

Problemas Motores

Risco de queda Facilidade com que o sujeito tem de desequilibrar e cair o que pode causar enormes danos

Bradicinesia Lentidatildeo de respostas fiacutesicas e psiacutequicas

Mobilidade fiacutesica prejudica

Limitaccedilatildeo no movimento fiacutesico independente e voluntaacuterio do corpo ou de uma ou mais extremidades

Problemas Natildeo-

motores

Demecircncia Enfraquecimento das faculdades intelectuais diante de lesotildees no ceacuterebro

Ansiedade

Vago e incocircmodo sentimento de desconforto ou temor acompanhado por resposta autonocircmica (a fonte eacute frequentemente natildeo especiacutefica ou desconhecida para o indiviacuteduo) sentimento de apreensatildeo causada pela antecipaccedilatildeo de perigo Eacute um sinal de alerta que chama a atenccedilatildeo para um perigo iminente e permite ao indiviacuteduo tomar medidas para lidar com a ameaccedila

59

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continuaccedilatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Alzheimer

Deacuteficit no autocuidado Capacidade prejudicada de realizar ou completar as atividades de banho por si mesmo

Mobilidade fiacutesica prejudicada Limites para movimentar-se seja com movimento voluntaacuterios ou involuntaacuterios

Insuficiecircncia na capaci-dade do a-dulto para melhorar

Depressatildeo Deterioraccedilatildeo funcional progressiva de natureza fiacutesica e cognitiva A capacidade do indiviacuteduo de viver com doenccedilas multissistecircmicas enfrentar os problemas decorrentes e controlar o seu cuidado estaacute notavelmente diminuiacuteda

Decliacutenio da memoacuteria

Distuacuterbio de sono Dificuldade para dormir em periacuteodos prolongados

Confusatildeo crocircnica

Deterioraccedilatildeo irreversiacutevel das faculdades mentais de forma prolongada O indiviacuteduo passa a natildeo perceber os fatores externos que podem indicar algo tal como perigo atenccedilatildeo moral e tantos outros Apresenta distuacuterbios na memoacuteria passando a natildeo mais reconhecer e nem lembrar de coisas e pessoas

Diabetes Mellitus

Autocontrole ineficaz

da sauacutede

Natildeo consegue se controlar e agir conforme necessidade para ter uma sauacutede plena e satisfatoacuteria ou seja natildeo consegue cuidar de si

Perfusatildeo tissular perifeacuterica ineficaz

Reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo sanguiacutenea para a periferia capaz de comprometer a sauacutede

Risco de Infecccedilatildeo

Risco de ter em seu organismo elementos estranhos e que possam danificar a sua sauacutede

Risco de olho seco

Risco de desconforto ocular ou dano agrave coacuternea e agrave conjuntiva devido agrave quantidade reduzida ou agrave qualidade das laacutegrimas para hidratar o olho

Risco de glicemia instaacutevel Natildeo possui uma estabilidade padratildeo em seu niacutevel glicecircmico devido agrave quantidade de glicose no sangue

Infecccedilotildees do trato

urinaacuterio

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Eliminaccedilatildeo urinaacuteria prejudicada Disfunccedilatildeo na eliminaccedilatildeo da urina

Risco de siacutendrome do desuso Devido agrave falta de uso de algum membro do corpo corre-se o risco desse membro atrofiar-se

Risco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircncia

Risco de perda involuntaacuteria de urina que ocorre imediatamente apoacutes uma forte sensaccedilatildeo de urgecircncia para urinar

Conforto prejudicado Percebe-se que inexiste a sensaccedilatildeo de conforto nas dimensotildees do ser humano

Osteoporose

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Risco de constipaccedilatildeo Possibilidade de diminuiccedilatildeo na frequecircncia normal de evacuaccedilatildeo paralela a uma dificuldade de eliminaccedilatildeo das fezes

60

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (conclusatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Osteoporose

Risco para quedas Estado em que o indiviacuteduo tem uma suscetibilidade para quedas aumentada

Mobilidade fiacutesica prejudicada Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute prestes a apresentar limitaccedilotildees dos movimentos fiacutesicos poreacutem ainda natildeo se encontra imoacutevel

Andar prejudicado Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute em risco de apresentar limitaccedilatildeo para andar

Fonte Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA (2013) Santos e outros (2017) Mattos e outros (2011) (Adaptado pela autora)

Saber utilizar os Diagnoacutesticos de Enfermagem corretamente e que satildeo padronizados

eacute bastante eficaz aceito e exigido para evitar que o profissional de enfermagem crie

mecanismos subjetivos de cuidados pois se assim ocorresse haveria um caos na

enfermagem com cada profissional atuando conforme melhor lhe for apresentado

(SOUZA ALVES PASSOS 2010)

A utilizaccedilatildeo do Diagnoacutestico de Enfermagem padronizado eacute um instrumento necessaacuterio

para evitar que os profissionais de enfermagem fragmentem os cuidados e os dilemas

dos pacientes deixando de observaacute-los como um todo e na grande maioria dos casos

prescrevendo cuidados que natildeo possuem nenhuma relaccedilatildeo com os problemas

relatados Dessa forma pode-se observar o Diagnoacutestico de Enfermagem como uma

ferramenta de trabalho altamente eficaz em seu uso cotidiano pois fornece ao

profissional de enfermagem um planejamento pautado no histoacuterico de atuaccedilatildeo pois

uma vez que os problemas sejam conhecidos mapeados e anotados torna-se mais

eficaz e otimizado o processo do cuidado em toda a sua plenitude Por essa oacutetica

constata-se como eacute importante o Diagnoacutestico de Enfermagem para o sujeito idoso

pois consegue construir todo um conjunto de atuaccedilatildeo para o cuidado sempre visando

o bem-estar do idoso (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso

Depois de ter feito o diagnoacutestico de enfermagem do sujeito idoso e de ter descoberto

as suas comorbidades o profissional de enfermagem precisa entatildeo fazer as devidas

intervenccedilotildees Tais intervenccedilotildees satildeo tratadas como prescriccedilotildees de enfermagem e

possuem um campo de atuaccedilatildeo mapeado para natildeo sobrepor ao trabalho do meacutedico

(FAEDA PERROCA 2017)

61

Ainda de acordo com a resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de Enfermagem

(COFEN) o Art 4ordm assim determina

Ao enfermeiro [] incumbe a lideranccedila na execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do Processo de Enfermagem de modo a alcanccedilar os resultados de enfermagem esperados cabendo-lhe privativamente o diagnoacutestico de enfermagem acerca das respostas da pessoa famiacutelia ou coletividade humana em um dado momento do processo sauacutede e doenccedila bem como a prescriccedilatildeo das accedilotildees ou intervenccedilotildees de enfermagem a serem realizadas face a essas respostas (BRASIL 2009 p 03)

Ou seja o profissional de enfermagem tem ampla prerrogativa para desenvolver a

Prescriccedilatildeo de Enfermagem baseado nos protocolos e nos estudos que desenvolveu

na Universidade Dentre os vaacuterios diagnoacutesticos possiacuteveis para o sujeito idoso em

diversas situaccedilotildees iremos nos concentrar em somente aqueles que aqui foram

discutidos Faz-se necessaacuterio observar que a Prescriccedilatildeo de Enfermagem eacute uma

ferramenta de uso dinacircmico Entende-se de uso dinacircmico a ideia de que o profissional

de enfermagem natildeo pode descuidar do seu paciente tendo a necessidade de sempre

observaacute-lo e atualizar o que surgir de novo para que possa estar sempre atualizando

o estado de sauacutede do cliente (FAEDA PERROCA 2017)

Abaixo no Quadro 10 tem-se a Prescriccedilatildeo de Enfermagem para as doenccedilas que

foram discutidas neste trabalho Vale ressaltar que existem diversas doenccedilas que

acometem o sujeito idoso mas vamos nos ater apenas nas principais que foram

tratadas uma vez que satildeo o objeto limitador de estudo deste trabalho (MOROZ

KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (continua)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

Mudanccedila no estilo de vida dos pacientes idosos Eliminaccedilatildeo do uso do sal Controle do peso Controle da ansiedade Praacutetica diaacuteria de atividades fiacutesicas Uso adequado dos medicamentos Abstinecircncia ao fumo e ao aacutelcool

Mal de Parkinson

Programa de exerciacutecios diaacuterios para aumentar a forccedila muscular o que iraacute melhorar a coordenaccedilatildeo e a destreza reduzindo a rigidez muscular Encorajar ensinar e incentivar o cliente durante os exerciacutecios da vida diaacuteria para promover o autocuidado Encorajar o paciente a seguir um padratildeo de horaacuterio regular aumentando a consciecircncia para a ingestatildeo de liacutequidos e a ingestatildeo de alimentos com um conteuacutedo de fibra moderado Monitorar o peso semanalmente indicando se a absorccedilatildeo caloacuterica eacute adequada Desenvolver meacutetodo de comunicaccedilatildeo para satisfazer as necessidades do paciente encorajar o paciente a participar de programas sociais para evitar a depressatildeo

62

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (conclusatildeo)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Alzheimer Orientar a higiene corporal e higiene oral Medidas de prevenccedilatildeo de lesatildeo por pressatildeo Mudanccedila de decuacutebito Administraccedilatildeo de medicaccedilatildeo ansioliacutetica conforme prescriccedilatildeo meacutedica Proporcionar alimentaccedilatildeo saudaacutevel (frutas e legumes) em poucas quantidades vaacuterias vezes ao dia Ajudar no autocuidado Incentivar o autocuidado a comunicaccedilatildeo verbal a cogniccedilatildeo e a memoacuteria atraveacutes de jogos leituras e atividades luacutedicas Auxiliar a famiacutelia no entendimento e no enfrentamento da patologia

Diabetes Mellitus

Fornecer informaccedilotildees ao paciente Desenvolver um plano de ensino para o paciente Avaliar as estrateacutegias de enfrentamento para o paciente e tranquiliza-lo Determinar os meacutetodos de ensino para o paciente Avaliar as habilidades e comportamentos de autocuidado dos pacientes Monitorar pacientes experientes ateacute que eles natildeo cometam erros no autocuidado Instruir pacientes e familiares a reconhecer os sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia

Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

Orientar ao paciente da necessidade do uso adequado do medicamento dos horaacuterios da quantidade e das vias de administraccedilatildeo Orientar os idosos e familiares quanto aos resultados da medicaccedilatildeo Manter o registro da frequecircncia da incontinecircncia urinaacuteria registrar mudanccedilas da pressatildeo arterial do estado mental e das habilidades funcionais Realizar as medidas terapecircuticas Realiza treinamento da bexiga

Osteoporose

Deixar o paciente e o membro afetado em repouso Imobilizar o local da fratura para evitar movimentos Repousar o paciente em uma cama ortopeacutedica Deixar o local da fratura em posiccedilatildeo elevada Aplicar as medicaccedilotildees que foram receitadas Documentar todos os relatos de dores deixando claro onde ocorre e as caracteriacutesticas Incentivar o paciente a discutir os problemas relacionados agrave lesatildeo Medicar antes das atividades de cuidado Revisar a patologia fazendo prognoacutesticos e expectativas futuras Discutir o regime medicamentoso individual de forma apropriada Encorajar exerciacutecios brandos Monitorar a ingestatildeo de alimentos Auxiliar lentamente a pessoa a sentar Aumentar a motilidade dos membros Reduzir ou eliminar os fatores que aumentam a experiecircncia dolorosa

Fonte Florecircncio e outros (2012) Mattos e outros (2011 p 443) Menezes e outros (2013 p04) Tosin e outros (2016) Santos e outros (2017) (Adaptado pela autora)

Agir de acordo com as prescriccedilotildees de enfermagem que aqui foram desenvolvidas

proporciona ao sujeito idoso uma melhoria em sua qualidade de vida e dessa forma

consegue viver a terceira idade com plena satisfaccedilatildeo e alegria sem perder de vista a

extrema necessidade de cuidados constantes que a condiccedilatildeo de sujeito idoso lhe

obriga (LIRA et al 2013)

Conclui-se do que foi apresentado no quadro 10 que o profissional de enfermagem

deteacutem uma importante funccedilatildeo em sua aacuterea de atuaccedilatildeo e que precisa estar sempre

estudando se atualizando das novidades meacutedicas para poder oferecer um bom

cuidado ao seu cliente idoso seja no ambiente hospitalar seja no ambiente de abrigo

de idosos ou no proacuteprio lar do idoso (FAEDA PERROCA 2017)

Diante de todo o estudo realizado acerca do sujeito idoso e da relaccedilatildeo do profissional

de enfermagem com o seu paciente idoso conseguimos ter alguns resultados

63

satisfatoacuterios que a seguir seratildeo apresentados sem a necessidade de estarem em

ordem de prioridade ou seja todos satildeo importantes

64

65

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Envelhecer eacute um verbo que a todos afeta independentemente de sexo raccedila cor etc

Haacute no entanto duas formas de se envelhecer com sauacutede e sem sauacutede Mesmo

diante dessas duas formas de envelhecimento envelhecer com qualidade eacute precioso

para o indiviacuteduo pois dessa forma consegue se aceitar como velho consegue

suportar as doenccedilas que satildeo proacuteprias da terceira idade Consegue ver vantagem em

ser velho

Para se envelhecer com qualidade necessaacuterio eacute que o sujeito tenha uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel que se abstenha de viacutecios que satildeo danosos ao organismo que consiga ter

equiliacutebrio em sua vida pessoal psicoloacutegica iacutentima e em tantos outros campos ou seja

que tenha harmonia em tudo O apoio familiar torna-se primoroso nessa etapa da vida

Ter ao lado quando se estaacute fragilizado devido a velhice pessoas que ama que confia

e por quem eacute amado eacute uma forma de envelhecer com bastante qualidade

O profissional de enfermagem tem um papel fundamental junto a pessoas idosas pois

em muitos casos torna-se seu cuidador principal quando a famiacutelia natildeo pode cuidar

de seu idoso por motivos diversos ou quando o idoso se encontra sozinho sem

famiacutelia e sem amigos Por isso importante ter preparo com pessoas idosas entender

bem o processo de envelhecimento estar sempre atualizado diante das doenccedilas que

atingem os sujeitos idosos

Eacute um trabalho que demanda muito amor por parte do profissional e que por isso natildeo

basta apenas o entender racional de todos os procedimentos precisa ter sentimentos

proacutesperos de ajuda ao proacuteximo e seguir os princiacutepios norteadores de Wanda de

Aguiar Horta para quem a enfermagem foi o maior bem de sua vida pois cuidava de

seus pacientes como se fossem seus filhos

Considerando a taxa de envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira vale destacar

tambeacutem a abertura de mercado gerontoloacutegico para o profissional de enfermagem

Percebemos que com a taxa de envelhecimento da sociedade brasileira acelerada

a demanda por profissionais de enfermagem iraacute aumentar consideravelmente tendo

em vista a necessidade desse profissional para a praacutetica do cuidado com o sujeito

idoso

66

Discussotildees mais aprofundadas em torno do sujeito idoso precisam ser realizadas nas

academias com o intuito de formar profissionais competentes e com entendimento

desse setor pois conforme foi falado eacute um capo em franco crescimento devido ao

envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira Quanto mais capacitado for o profissional

melhor colocaccedilatildeo obteraacute no mercado de trabalho e melhores cuidados conseguiraacute

dispor em favor do paciente idoso

67

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ACIOLE Giovanni Gurgel BATISTA Lucia Helena Promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de incapacidades funcionais dos idosos na estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia a contribuiccedilatildeo da fisioterapia Sauacutede debate Rio de Janeiro v 37 n 96 p 10-19 mar 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-11042013000100003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON O que eacute Parkinson Disponiacutevel em lt

httpwwwparkinsonorgbrgt Acesso em 04 de junho de 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER O que eacute o Alzheimer Disponiacutevel em lt httpwwwabrazorgbrindexphppage=alzheimergt Acesso em 04 de junho de 2018 BAPTISTA Rafael Reimann VAZ Marco Aureacutelio Arquitetura muscular e o envelhecimento adaptaccedilatildeo funcional e aspectos cliacutenicos revisatildeo de literatura Fisioterapia e Pesquisa Satildeo Paulo v16 n4 p368-73 outdez 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdffpv16n415pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 BRASIL Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Osteoporose Boletim Sauacutede e Economia Ano I ndash Ediccedilatildeo nordm 1 agosto de 2009 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt

httpportalanvisagovbrdocuments33884412285Boletim+SaC3BAde+e+Economia+nC2BA+17d49dea4-6610-4a71-9154-c4df75c3dd53gt Acesso em 25 de maio de 2018 BRASIL Cacircmara dos Deputados Estatuto do Idoso Ministeacuterio da Sauacutede - 3 ed 2 reimpr - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2013 70 p ______ Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos Guia de Vigilacircncia em Sauacutede volume uacutenico [recurso eletrocircnico] Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos 2ordf Ed Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2017 705 p Disponiacutevel em lthttpportalarquivos2saudegovbrimagesPDF2017outubro16Volume-Unico-2017pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 ______ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica A Siacutentese dos Indicadores Sociais Uma Anaacutelise das Condiccedilotildees de Vida da Populaccedilatildeo Brasileira - 2016 Disponiacutevel em lthttpswwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimossinteseindicsociais2016defaultshtmgt Acesso em 06 de abril de 2018 ______ Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo nordm 358 do Conselho Federal de Enfermagem 15 de outubro de 2009 (BR) 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384htmlgt Acesso em 27 de abril de 2018

68

BUSNELLO Roberta et al Niacutevel de conhecimento de idosos sobre diabetes mellitus e sua percepccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave qualidade de vida Rev Kairoacutes Gerontologia 201215(3)81-94 Disponiacutevel em lthttpsrevistaspucspbrindexphpkairosarticleviewFile784011432gt Acesso em 23 de abril de 2018 CAMARGOS Mirela Castro Santos BOMFIM Wanderson Costa Osteoporose e Expectativa de Vida Saudaacutevel estimativas para o Brasil em 2008 Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 25 n 1 p 106-112 mar 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2017000100106amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de maio de 2018 CLARES Jorge Wilker Bezerra FREITAS Maria Ceacutelia de PAULINO Monnyck Hellen Couto Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem ao idoso institucionalizado fundamentada em Virginia Henderson Rev Rene (Online) 14(3) 649-658 maio ndash junho de 2013 Disponiacutevel em lt httppesquisabvsaludorgenfermagemresourceptbde-24492gt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 CORDEIRO Juliana et al Efeitos da atividade fiacutesica na memoacuteria declarativa capacidade funcional e qualidade de vida em idosos Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 3 p 541-552 Sept 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000300541amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA [recurso eletrocircnico] definiccedilotildees e classificaccedilatildeo 2012-2014 [NANDA International] traduccedilatildeo Regina Machado Garcez revisatildeo teacutecnica Alba Lucia Bottura Leite de Barros [et al] ndash Dados eletrocircnicos ndash Porto Alegre Artmed 2013 Centro Avanccedilado de Medicina Preventiva ENVELHECIMENTO - Sob o ponto de vista esteacutetico e meacutedico 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwcamepcombrenvelhecimentogt Acesso em 23 maio 2018 ENFERMEIRO aprendiz As Orientaccedilotildees de Enfermagem em Osteoporose 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwenfermeiroaprendizcombras-orientacoes-de-enfermagem-em-osteoporosegt Acesso em 25 maio 2018 ESQUENAZI Danuza SILVA R Boiccedila da GUIMARAtildeES Marco Antocircnio (2014) Aspectos fisiopatoloacutegicos do envelhecimento humano e quedas em idosos Rev Hosp Univ Pedro Ernesto 13(2)11-20 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg1012957rhupe201410124gt Acesso em 04 de junho de 2018 FAEDA Mariacutelia Silveira PERROCA Maacutercia Galan Conformidade na prescriccedilatildeo de enfermagem agraves necessidades de cuidados concepccedilatildeo de enfermeiros Rev Bras Enferm Brasiacutelia v 70 n 2 p 400-406 Apr 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672017000200400amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 May 2018

69

FILHO Mario Alves de Siqueira Envelhecimento e muacutesculo esqueleacutetico forccedila muscular atividade proteassomal e sinalizaccedilatildeo relacionada ao balanccedilo proteacuteico 2012 68 p Tese apresentada ao programa de poacutes-graduaccedilatildeo em fisiologia humana (Doutor em ciecircncias) - Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis4242137tde-12062013-102648enphpgt Acesso em 10 abr 2018 FONSECA Emiacutelio Prado da et al Mortalidade por cacircncer bucal e orofaringe no Brasil entre 2002 e 2011 Revista da Faculdade de Ciecircncias Gerenciais de Manhuaccedilu Manhuaccedilu MG v 11 n 2 p 08-17 Agosto-Dezembro 2014 Disponiacutevel em lthttppensaracademicofacigedubrindexphppensaracademicoarticleview216gt Acesso em 04 de junho de 2018 FLOREcircNCIO Raquel Sampaio et al Adesatildeo ao idoso ao tratamento para hipertensatildeo arterial e intervenccedilotildees de enfermagem Rev Rene 2012 13(2) 343-53 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicosufcbrrenearticleviewFile39243114gt Acesso em 22 de abril de 2018 GARCIA Telma Ribeiro Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem aspecto substantivo da praacutetica profissional Esc Anna Nery Rio de Janeiro 2016 20(1) 5-10 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeanv20n11414-8145-ean-20-01-0005pdfgt Acesso em 27 de abril de 2018 GUERRA Ana Carolina Lima Cavaletti CALDAS Ceacutelia Pereira Dificuldades e recompensas no processo de envelhecimento a percepccedilatildeo do sujeito idoso Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2931-2940 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600031amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 GONCALVES Lucia Hisako Takase ALVAREZ Angela Maria ARRUDA Micheli Coral Pacientes portadores da doenccedila de Parkinson significado de suas vivecircncias Acta paul enferm Satildeo Paulo v 20 n 1 p 62-68 Marccedilo 2007 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002007000100011amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 GONCALVES Endy-Ara Gouvea CARMO Joatildeo dos Santos Diagnoacutestico da doenccedila de Alzheimer na populaccedilatildeo brasileira um levantamento bibliograacutefico Rev Psicol Sauacutede Campo Grande v 4 n 2 p 170-176 dez 2012 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S2177-093X2012000200010amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 JARDIM Luciana Muniz Sanches Siqueira Veiga et al Tratamento Multiprofissional da Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica em Pacientes Muito Idosos Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 108 n 1 p 53-59 Jan 2017 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0066-782X2017000100053amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 JUSTO Joseacute Sterza ROZENDO Adriano da Silva A velhice no Estatuto do Idoso Estud pesqui psicol Rio de Janeiro v 10 n 2 p 471-489 ago 2010

70

Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1808-42812010000200012amplng=ptampnrm=isogt acessos em 22 abr 2018 KOKUDAI Laiacutes Aparecida ALVARENGA Maacutercia Regina Martins Classificaccedilatildeo das necessidades de sauacutede de idosos de acordo com a taxonomia NANDA 2010 Rev Anais do Eniac 6 p Disponiacutevel em lthttpsanaisonlineuemsbrindexphpenicarticleview13241337gt Acesso em 30 de abril de 2018 KUWAE Christiane Ayumi et al Concepccedilotildees de alimentaccedilatildeo saudaacutevel entre idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ normas nutricionais normas do corpo e normas do cotidiano Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 18 n 3 p 621-630 Sept 2015 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232015000300621amplng=enampnrm=isogt Acesso em 20 de maio de 2018 LEAO E SILVA Leonardo Oliveira et al Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica Representaccedilotildees Sociais de idosos sobre a doenccedila e seu tratamento Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 21 n 2 p 121-128 June 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2013000200004amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 de maio de 2018 LIMA Deborah Mendonccedila et al A hipovitaminose B12 eacute fator de risco para desenvolvimento de osteoporose Anais do Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - 1 ed - Satildeo Paulo AC Farmacecircutica 2014 Disponiacutevel em lthttpssbggorgbrwp-contentuploads2014101479477498_Anais_CBGG_-_Verso_finalpdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 LIRA Luana Nogueira et al Histoacuterico de enfermagem para idosos hospitalizados base para diagnoacutesticos e prescriccedilotildees Rev enferm UFPE on line Recife 7(8) 5198-206 ago 2013 Disponiacutevel em lthttpsperiodicosufpebrrevistasrevistaenfermagemarticleviewFile1179314165gt Acesso em 22 de maio de 2018 MANCINI Marisa Cotta SAMPAIO Rosana Ferreira Quando o objeto de estudo eacute a literatura estudos de revisatildeo Rev bras fisioter Satildeo Carlos v 10 n 4 Dec 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-35552006000400001amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 MARQUES Luiz Paulo Joseacute MOREIRA Rosa Maria Portella SANTOS Omar da Rosa Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio nos idosos Satildeo Paulo Editora Sarvier 2010 p 150 ndash 154 Disponiacutevel em lthttpswwwresearchgatenetpublication283487098_INFECCAO_DO_TRATO_URINARIO_NOS_IDOSOSgt Acesso em 30 de abril de 2018 MATTOS Carine Magalhatildees Zanchi de et al Processo de enfermagem aplicado a idosos com alzheimer que participam do projeto estrateacutegias de reabilitaccedilatildeo Estud Interdiscipl Envelhec Porto Alegre v16 ediccedilatildeo especial p 433-447 2011 Disponiacutevel em

71

lthttpseerufrgsbrindexphpRevEnvelhecerarticleview1792116307gt Acesso em 22 de maio de 2018 MACIEL Marcos Gonccedilalves Atividade fiacutesica e funcionalidade do idoso Motriz rev educ fis (Online) Rio Claro v 16 n 4 p 1024-1032 Dec 2010 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1980-65742010000400023amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de junho de 2018 MENEZES Luiza Tereza Gadelha de et al ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA In Congresso Nacional de Envelhecimento Humano 2016 Natal - RN ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA [Sl sn] 2016 p 1-6 Disponiacutevel em lthttpwwweditorarealizecombrrevistascnehtrabalhosTRABALHO_EV054_MD4_SA4_ID558_17082016145144pdfgt Acesso em 22 maio 2018 MORAIS Olga Nazareacute Pantoja de Grupos de idosos atuaccedilatildeo da psicogerontologia no enfoque preventivo Psicol cienc prof Brasiacutelia v 29 n 4 p 846-855 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-98932009000400014amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 06 abr 2018 MOTA Leandro Silva SOUSA Elton Geraldo de AZEVEDO Francisco Honeidy Carvalho Intercorrecircncias da osteoporose na qualidade de vida dos idosos Revista Interdisciplinar NOVAFAPI Teresina v5 n2 p44-49 Abr-Mai-Jun 2012 Disponiacutevel em lthttpsrevistainterdisciplinaruninovafapiedubrrevistainterdisciplinarv5n2revrev1v5n2pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 MOROZ Maisa Bastos KLUTHCOVSKY Ana Claudia Garabeli Cavalli SCHAFRANSKI Marcelo Derbli Controle de pressatildeo arterial em idosas hipertensas em uma Unidade de Sauacutede da Famiacutelia e fatores associados Cad Sauacutede Colet 2016 Rio de Janeiro 24 (1) 111-117 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcadscv24n11414-462X-cadsc-24-1-111pdfgt Acesso em 23 de abril de 2018 PEREIRA Erico Felden TEIXEIRA Clarissa Stefani ETCHEPARE Luciane Sanchotene O envelhecimento e o sistema muacutesculo esqueleacutetico Revista Digital n 101 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwefdeportescomefd101envelhhtmgt Acesso em 04 de junho de 2018 PETERNELLA Fabiana Magalhatildees Navarro MARCON Sonia Silva Descobrindo a Doenccedila de Parkinson impacto para o parkinsoniano e seu familiar Rev bras enferm Brasiacutelia v 62 n 1 p 25-31 Feb 2009 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672009000100004amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 REIS Luciana Arauacutejo dos TRAD Leny Alves Bonfim Suporte familiar ao idoso com comprometimento da funcionalidade a perspectiva da famiacutelia Psicol teor prat Satildeo Paulo v 17 n 3 p 28-41 dez 2015 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1516-

72

36872015000300003amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 RIBEIRO Aline Lima VEIGA Caroline Lagrotta da Associaccedilatildeo entre a capacidade cognitiva e a ocorrecircncia de quedas em idosos de juiz de fora Minas Gerais Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Federal de Juiz de Fora 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwufjfbrfacfisiofiles201307TCC-Aline-Carolinepdfgt Acesso em 10 de abril de 2008 RORIZ-FILHO Jarbas et al Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio Medicina (Ribeiratildeo Preto) 201043(2) 118-25 Disponiacutevel emlthttpwwwrevistasuspbrrmrparticleview166167gt Acesso em 04 de junho de 2018 RUIVO Susana et al Efeito do envelhecimento cronoloacutegico na funccedilatildeo pulmonar Comparaccedilatildeo da funccedilatildeo respiratoacuteria entre adultos e idosos saudaacuteveis Rev Port Pneumol Lisboa v 15 n 4 p 629-653 ago 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielomecptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0873-21592009000400005amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 07 abril de 2018 SANTOS Beatriz Aparecida dos et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem (SAE) no atendimento domiciliar ao paciente portador de osteoporose Revista Sauacutede em Foco ndashEdiccedilatildeo nordm 9 ndash Ano 2017 Disponiacutevel em lthttpunifiaedubrrevista_eletronicarevistassaude_focoartigosano2017072_sistematizacao_ass_enfermagem_saepdf gt Acesso em 25 de maio de 2018 SANCHES Ana Paula R Amadio LEBRAO Maria Luacutecia DUARTE Yeda Aparecida de Oliveira Violecircncia contra idosos uma questatildeo nova Saude soc Satildeo Paulo v 17 n 3 p 90-100 Sept 2008 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-12902008000300010amplng=enampnrm=isogt access on 22 Apr 2018 SENA Edite Lago da Silva et al Tecnologia cuidativa de ajuda muacutetua grupal para pessoas com Parkinson e suas famiacutelias Texto contexto - enferm Florianoacutepolis v 19 n 1 p 93-103 mar 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000100011amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 SERENIKI Adriana VITAL Maria Aparecida Barbato Frazatildeo A doenccedila de Alzheimer aspectos fisiopatoloacutegicos e farmacoloacutegicos Rev psiquiatr Rio Gd Sul Porto Alegre v 30 n 1 supl 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0101-81082008000200002amplng=enampnrm=isogt Acesso em 23 de abril de 2018 SILVA Bruna Rodrigues da FINOCCHIO Ana Luacutecia A velhice como marca da atualidade uma visatildeo psicanaliacutetica Viacutenculo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 23-30 dez 2011 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-24902011000200004amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018

73

SILVA Elisama Gomes Correia et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacutetica Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 45 n 6 p 1380-1386 Dec 2011 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000600015amplng=enampnrm=isogt access on 22 May 2018 SOUZA Rosangela Ferreira de SKUBS Thais BRETAS Ana Cristina Passarella Envelhecimento e famiacutelia uma nova perspectiva para o cuidado de enfermagem Rev bras enferm Brasiacutelia v 60 n 3 p 263-267 June 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672007000300003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de maio de 2018 SOUZA Emannuely Silva de ALVES Thalita Isapaula Feacutelix PASSOS Ana Beatriz Barbosa Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem a um Idoso com Parkinson em uma Instituiccedilatildeo de Apoio do Municiacutepio de Ipatinga Revista Enfermagem Integrada ndash Ipatinga Unileste-MG - V3 - N2 - NovDez 2010 Disponiacutevel em lt httpswwwunilestemgbrenfermagemintegradaartigoV3_209-sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem-a-um-idoso-com-parkinsonpdf gt Acesso em 02 de maio de 2018 TAGLIARINI Mariana Hidroginaacutestica na terceira Idade Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndashUNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2008 Lins 2008 62p il 31cm Disponiacutevel em lthttpwwwunisalesianoedubrbibliotecamonografias46264pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 TAYLOR Carol et al Fundamentos de enfermagem a arte e a ciecircncia do cuidado de enfermagem 7 ed Porto Alegre Artmed 2014 1768 p TEIXEIRA Ilka Niceacuteia DAquino Oliveira GUARIENTO Maria Elena Biologia do envelhecimento teorias mecanismos e perspectivas Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2845-2857 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600022amplng=enampnrm=isogt Acessado em 06 de abril de 2018 TOSIN Michelle Hyczy de Siqueira et al Intervenccedilotildees de Enfermagem para a reabilitaccedilatildeo na doenccedila de Parkinson mapeamento cruzado de termos Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 24 e2728 2016 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692016000100360amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 VARGAS Liane da Silva de LARA Marcus Viniacutecius Soares de MELLO-CARPES Pacircmela Billig Influecircncia da diabetes e a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico e atividades cognitivas e recreativas sobre a funccedilatildeo cognitiva e emotividade em grupos de terceira idade Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 4 p 867-878 dez 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000400867amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 23 abr 2018

74

VERAS Renato Peixoto Prevenccedilatildeo de doenccedilas em idosos os equiacutevocos dos atuais modelos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28 n 10 p 1834-1840 Oct 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-311X2012001000003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 VETTORE Marcelo Vianna et al Avaliaccedilatildeo do manejo da infecccedilatildeo urinaacuteria no preacute-natal em gestantes do Sistema Uacutenico de Sauacutede no municiacutepio do Rio de Janeiro Rev bras epidemiol Satildeo Paulo v 16 n 2 p 338-351 jun 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-790X2013000200338amplng=ptampnrm=isogt acessos em 30 abr 2018

Page 2: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca

ADRIANA MARIA SUNDERHUS PIMENTEL

ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO UMA REVISAtildeO DE

LITERATURA

Trabalho de Conclusatildeo de curso apresentado ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico de Vitoacuteria como requisito obrigatoacuterio para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem Orientador Prof Me Jeremias Campos Simotildees

VITOacuteRIA 2018

ADRIANA MARIA SUNDERHUS PIMENTEL

ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO UMA REVISAtildeO DE

LITERATURA

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico de Vitoacuteria como requisito obrigatoacuterio para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem

Aprovado em __________ de __________________________de ___________ por

______________________________________________

Prof Me Jeremias Campos Simotildees - Orientador

______________________________________________

Profordf Me Claudia Curbani Vieira Manola UCV

______________________________________________

Profordf Maristela Villarinho de Oliveira UCV

Dedico este trabalho a todos aqueles que convivem comigo no dia-a-dia seja em

mateacuteria seja em espiacuterito Vocecircs satildeo o meu estiacutemulo para vencer

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo primeiramente a Deus pelo dom da vida e por ter me proporcionado chegar

ateacute aqui

Aos meus pais Dalva e Alfredo que sempre estiveram ao meu lado me incentivando

nos momentos de incerteza me encorajando a nunca desistir e dividindo comigo

momentos felizes da minha vida

Ao meu querido esposo Elias pela paciecircncia e pelo apoio

Aos meus filhos maravilhosos Wesley Gabriel e Karine que em muitas ocasiotildees natildeo

entendiam a necessidade de eu me privar de coisas externas para estudar mas que

no fundo procuravam me entender Amo muito vocecircs filhos

A todos os meus amigos que de alguma forma contribuiacuteram para o meu sucesso

Agradeccedilo aos professores que sempre estiveram dispostos a ajudar a contribuir para

um melhor aprendizado em especial ao meu professor e orientador Prof Jeremias

por todo o suporte durante o desenvolvimento desse trabalho de conclusatildeo de curso

A todos que direta ou indiretamente contribuiacuteram para a minha formaccedilatildeo Muito

obrigada

Que os vossos esforccedilos desafiem as impossibilidades lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossiacutevel

Charles Chaplin

RESUMO

O envelhecimento eacute uma condiccedilatildeo natural a que todos os seres vivos seratildeo

submetidos caso natildeo venham a oacutebito No ser humano essa condiccedilatildeo eacute mais

alarmante tendo em vista toda uma vida de independecircncia e posteriormente ter a

necessidade de depender de algueacutem caso natildeo envelheccedila com qualidade de vida

Estima-se que em 2050 a populaccedilatildeo brasileira teraacute em torno de 30 de idosos ou

seja a populaccedilatildeo brasileira estaacute envelhecendo bastante Este trabalho justifica-se

devido agrave enorme quantidade de sujeitos idosos que surgiratildeo devido ao aumento na

expectativa de vida e devido aos profissionais de enfermagem de um modo geral

natildeo estarem capacitados para atuarem junto agrave essa populaccedilatildeo Como objetivos esse

trabalho visa falar sobre o envelhecimento sobre os processos de envelhecimento

sobre doenccedilas inerentes agrave terceira idade sobre a assistecircncia do profissional de

enfermagem sobre a promoccedilatildeo da sauacutede ao sujeito idoso etc Para conseguir atingir

os objetivos apresentados foi usado como metodologia a revisatildeo de literatura sendo

essa um tipo de pesquisa Para tanto foi realizado levantamentos a partir das

seguintes bases Scielo livros e manuais do Ministeacuterio da Sauacutede revistas de sauacutede

etc Os criteacuterios de inclusatildeo foram artigos em liacutengua portuguesa textos completos e

a partir de 2007 O resultado da pesquisa bibliograacutefica mostrou que existe um enorme

campo de atuaccedilatildeo para o profissional de enfermagem quando se fala a respeito do

sujeito idoso devido a isso o profissional de enfermagem precisa estar bastante

capacitado para trabalhar com tal populaccedilatildeo

Palavras-chaves Idoso Envelhecimento Assistecircncia de Enfermagem

ABSTRACT

Aging is a natural condition to which all living beings will be subjected if they do not

die In the human being this condition is more alarming having in view a whole life of

independence and later having the need to depend on someone if it does not age

with quality of life It is estimated that in 2050 the Brazilian population will have around

30 of the elderly that is the Brazilian population is aging a lot This work is justified

due to the enormous amount of elderly subjects that will arise due to the increase in

life expectancy and due to the nursing professionals in general they are not able to

work with this population The objective of this study is to talk about aging aging

processes diseases inherent in the elderly nursing care health promotion to the

elderly etc In order to achieve the presented objectives the literature review was used

as methodology being this one type of research For that purpose surveys were

conducted based on the following bases Scielo books and manuals of the Ministry of

Health health magazines etc The inclusion criteria were articles in Portuguese

language full texts and as of 2007 The results of the bibliographic research showed

that there is a huge field of action for the nursing professional when talking about the

elderly subject because of this the nursing professional must be able to work with such

a population

Keywords Elderly Aging Nursing Assistance

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo28

Figura 2 - Processo de envelhecimento33

Figura 3 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento37

Figura 4 - Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal43

Figura 5 - Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson44

Figura 6 - Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer46

Figura 7 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose49

Figura 8 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril50

Figura 9 - Processo de Enfermagem55

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade27

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens28

Quadro 2 - Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso29

Quadro 3 - Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento34

Quadro 4 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento36

Quadro 5 - Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos40

Quadro 6 - Alimentos recomendados para idosos41

Quadro 7 - Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso49

Quadro 8 - Etapas do processo de enfermagem54

Quadro 9 - Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem56

Quadro 10 - Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE)59

LISTA DE SIGLAS

COFEN ndash Conselho Federal de Enfermagem

OMS ndash Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede

SAE ndash Sistema de Assistecircncia de Enfermagem

SCIELO ndash Scientific Electronic Library Online

BVS - Biblioteca Virtual em Sauacutede

DeCS - Descritores em Ciecircncia da Sauacutede

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

SNC - Sistema Nervoso Central

SUS - Sistema Puacuteblico de Sauacutede

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

AVC - Acidente Vascular Cerebral

ITU - Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

CE - Comitecirc de Eacutetica

PE - Processo de Enfermagem

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO25

11 OBJETIVOS26

111 Objetivo geral26

112 Objetivos especiacuteficos26

12 JUSTIFICATIVA26

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO27

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO

IDOSA NO BRASIL27

22 ESTATUTO DO IDOSO29

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO30

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO

ENVELHECIMENTO31

241 Mecanismos do envelhecimento32

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio35

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco35

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico36

2414 Envelhecimento do sistema nervoso38

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO38

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso39

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso40

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE42

261 Mal de Parkinson42

262 Doenccedila de Alzheimer45

263 Diabetes Mellitus46

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica47

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio48

266 Osteoporose49

3 METODOLOGIA53

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO55

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO55

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) 55

412 Processo de Enfermagem56

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos57

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS65

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS67

25

1 INTRODUCcedilAtildeO

O aumento da populaccedilatildeo idosa tem preocupado todas as autoridades devido ao

aumento do gasto previdenciaacuterio o que se torna um problema de enormes

proporccedilotildees tendo em vista o fato de o governo ter que disponibilizar a cada ano mais

verba para este segmento populacional que jaacute passa dos 15 milhotildees de brasileiros

Tais problemas colocados pela miacutedia amplifica o preconceito com o sujeito idoso e

com isso o medo de envelhecer fica latente a cada dia em que o sujeito chega agrave

terceira idade pois vislumbra-se um futuro sombrio no qual o preconceito conforme

falado seraacute enorme poliacuteticas de ajuda piacutefias verbas escassas e em muitos casos

falta de apoio familiar (GUERRA CALDAS 2010)

Um dos motivos que estatildeo proporcionando o aumento de idosos no Brasil eacute a melhoria

de diversos indicadores E como o aumento da populaccedilatildeo idosa acarreta seacuterios

problemas para a economia de um paiacutes torna-se importante desenvolver poliacuteticas que

podem auxiliar o idoso a envelhecer melhor com qualidade controlando as doenccedilas

caracteriacutesticas da terceira idade funcional e contribuindo com o Estado para que

este natildeo venha a entrar em colapso (VERAS 2012)

Estudos cientiacuteficos tecircm comprovado que exerciacutecios fiacutesicos combinados a uma boa

alimentaccedilatildeo e ateacute mesmo remeacutedios fitoteraacutepicos contribuem para uma melhoria

consideraacutevel para a sauacutede fiacutesica e mental dos idosos o que eacute algo bastante

interessante tendo em vista que a maioria dos acidentes com pessoas idosas ocorrem

quando o sujeito idoso sem forccedila muscular se machuca em pequenas atividades

dentro de casa ou quando sua sauacutede mental natildeo proporciona um envelhecimento

confortaacutevel ou quando as doenccedilas crocircnicas caracteriacutesticas da terceira idade se

apresentam intensamente (ACIOLE BATISTA 2013)

Nos dias atuais um carimbo que existe sobre o sujeito idoso eacute o descaso com ele

satildeo colocados agrave margem da sociedade Muitos natildeo possuem mais aptidatildeo para

trabalhos e muitos apresentam problemas de sauacutede que demandam um cuidado

especial muita atenccedilatildeo e com a ldquovida corridardquo quem deveria cuidar do idoso acaba

negligenciando sua funccedilatildeo e por isso vaacuterios idosos acabam indo para instituiccedilotildees de

asilo que muitas vezes natildeo oferecem condiccedilotildees miacutenimas de cuidados (SILVA

FINOCCHIO 2011)

Por outro lado instituiccedilotildees seacuterias de abrigo de idosos possuem profissionais de

26

diversas aacutereas do saber que atuam em conjunto para um cuidado eficaz do sujeito

idoso Dentre esses profissionais que auxiliam no cuidado do idoso uma figura que

se destaca eacute o enfermeiro que desenvolve ldquosuas atividades com os idosos por meio

de um processo de cuidar que contempla os aspectos biopsicossociais e espirituais

vivenciados durante a institucionalizaccedilatildeordquo quando utiliza a Sistematizaccedilatildeo de

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) por intermeacutedio do Processo de Enfermagem (PE)

permitindo ldquouma avaliaccedilatildeo integral do idoso identificando necessidades e padrotildees de

resposta aos problemas de sauacutede para a determinaccedilatildeo de soluccedilotildees apropriadas no

atendimento dessas necessidadesrdquo (CLARES FREITAS PAULINO 2013 p 02)

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

bull Analisar a partir de uma revisatildeo de literatura a Assistecircncia de Enfermagem ao

sujeito idoso

112 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever o processo de envelhecimento

bull Listar as principais doenccedilas que acometem a populaccedilatildeo idosa

bull Identificar as principais estrateacutegias de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem (SAE) para a populaccedilatildeo idosa

12 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista o aumento do nuacutemero de sujeitos idosos no Brasil devido ao aumento

da expectativa de vida e por ser esta autora jaacute atuante como enfermeira na

assistecircncia agraves pessoas idosas natural foi a escolha pelo tema aqui desenvolvido

27

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO IDOSA

NO BRASIL

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) oacutergatildeo do governo responsaacutevel

por coletar informaccedilotildees a respeito da sociedade brasileira para um melhor

entendimento da realidade lanccedilou em 2016 um livro com uma siacutentese de indicadores

sociais e uma anaacutelise das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo brasileira Tal livro

permeado de dados estatiacutesticos foi utilizado para levantar as estatiacutesticas a respeito

da populaccedilatildeo idosa do Brasil e assim seraacute aqui referenciado

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

A evoluccedilatildeo da composiccedilatildeo populacional por grupos de idade aponta para a tendecircncia de envelhecimento demograacutefico que corresponde ao aumento da participaccedilatildeo percentual dos idosos na populaccedilatildeo e a consequente diminuiccedilatildeo dos demais grupos etaacuterios (BRASIL 2016 p 13)

A constataccedilatildeo de que a sociedade brasileira estaacute envelhecendo pode ser confirmada

na Tabela 01 que reforccedila o que jaacute foi citado anteriormente

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade

IDADE (anos) 2005 () 2015 ()

0 ndash 14 265 210 15 - 29 274 236 30 - 59 362 410

Acima de 60 98 143

Fonte Brasil (2016 p 13)

Ainda sobre a Tabela 01 observa-se a evoluccedilatildeo da populaccedilatildeo brasileira entre os anos

de 2005 a 2015 Observa-se pela tabela que a populaccedilatildeo idosa saiu dos 98 em

2005 para 143 em 2015 ou seja em uma deacutecada a populaccedilatildeo idosa cresceu cerca

de 46 Eacute um crescimento enorme Com essa dinacircmica populacional a expectativa

eacute que em 2050 a populaccedilatildeo idosa no Brasil fique ligeiramente abaixo dos 30

conforme eacute ilustrado na Figura 01 Ela tambeacutem apresenta a projeccedilatildeo da evoluccedilatildeo de

pessoas com mais de 60 anos no restante do mundo (BRASIL 2016)

28

Figura 01 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo

Fonte Brasil (2016) (Adaptado pela autora)

O sujeito idoso apresenta diversas dificuldades no seu dia-a-dia e torna-se um desafio

enorme para a sociedade brasileira como um todo em vista da preocupaccedilatildeo que se

deve ter com o sujeito idoso No Quadro 01 algumas caracteriacutesticas pertinentes aos

idosos (BRASIL 2016)

Quadro 01 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens CARACTERIacuteSTICAS QUANTIDADE

Alguma dificuldade permanente para caminhar 330 ()

Vivem em domiciacutelios em aacutereas sem arborizaccedilatildeo 275 ()

Entidade de assistecircncia social privada sem fins lucrativos 8283

Jaacute se sentiram discriminados no serviccedilo sauacutede 84 ()

Niacutevel de ocupaccedilatildeo dos idosos 263 ()

Proporccedilatildeo de idosos ocupados que recebem aposentadoria 538 ()

Ensino fundamental incompleto 655 ()

Sem plano meacutedico ou odontoloacutegico 680 ()

Sintomas de depressatildeo 93 ()

Fonte Brasil (2016)

O Quadro 01 apresenta diversas informaccedilotildees a respeito do sujeito idoso A que mais

chama atenccedilatildeo eacute a quantidade de idosos sem plano de sauacutede ou odontoloacutegico algo

em torno de 68 pois como eacute sabido a sauacutede puacuteblica no Brasil eacute precaacuteria e com

isso o idoso que acaba por depender do sistema puacuteblico natildeo tem um atendimento

eficaz o que pode agravar suas condiccedilotildees fiacutesicas e de sauacutede (BRASIL 2016)

29

22 ESTATUTO DO IDOSO

O estatuto do idoso eacute o nome popular dado a Lei nordm 10741 de 1ordm de outubro de 2003

que veio para regular os direitos das pessoas com mais de sessenta anos assim

consideradas idosas (BRASIL 2013)

O referido documento agrupou leis que jaacute existiam organizando-as em blocos Todos

os direitos a que o idoso tem mas que em diversas ocasiotildees satildeo deliberadamente

usurpados foram bem discutidos nesta lei Seu art 2ordm assim institui

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes agrave pessoa humana sem prejuiacutezo da proteccedilatildeo integral de que trata esta Lei assegurando-se-lhe por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades para preservaccedilatildeo de sua sauacutede fiacutesica e mental e seu aperfeiccediloamento moral intelectual espiritual e social em condiccedilotildees de liberdade e dignidade (BRASIL 2013 p 07)

O idoso possui sempre prioridades devido a uma seacuterie de fatores e acima de tudo

devido agrave sua fragilidade pela idade avanccedilada O estatuto do idoso determina quais

satildeo essas prioridades No Quadro 02 elas satildeo delineadas (BRASIL 2013)

Quadro 02 ndash Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso INCISO PRIORIDADES

I Ter atendimento prioritaacuterio e personalizado junto a oacutergatildeos que prestam serviccedilos de sauacutede agrave populaccedilatildeo

II Ter prioridades diante das poliacuteticas sociais elaboradas para a sauacutede puacuteblica

III Destinaccedilatildeo privilegiada de recursos puacuteblicos para os setores que possuem obrigaccedilotildees de proteccedilatildeo ao idoso

IV Desenvolvimento de poliacuteticas que torne possiacutevel o conviacutevio do idoso com pessoas de outras geraccedilotildees

V Ser cuidado por membros de sua famiacutelia sendo que a acolhida em abrigos de idosos seria em uma uacuteltima situaccedilatildeo

VI Capacitaccedilatildeo dos profissionais que cuidam de idosos para prestar um atendimento de qualidade de atualizado

VII No desenvolvimento de poliacuteticas que possibilitem a divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees educativas a respeito do idoso para o puacuteblico em geral

VIII Garantia de acessibilidade aos serviccedilos de sauacutede e de assistecircncia social do Estado

IX Primazia quando do recebimento da restituiccedilatildeo do Imposto de Renda

Fonte Brasil (2013) (Adaptado pela autora)

Como pode-se observar no Quadro 02 as prioridades a que o idoso tem direito satildeo

vaacuterias poreacutem o que se observa na praacutetica eacute que muitas delas satildeo ignoradas A cultura

de cada paiacutes diz se os seus velhos seratildeo beneficiados com o respeito ou se seratildeo

maltratados No Brasil impera a cultura de descaso com o sujeito da terceira idade e

muitas vezes vaacuterios deles sofrem verdadeiros maus tratos seja fiacutesica seja

psicologicamente (SANCHES LEBRAO 2008)

30

Referida norma nos dizeres de Justo e Rozendo (2010) apresenta natildeo apenas o

instrumento juriacutedico para preservar e garantir a dignidade do idoso mas ldquo[] mas

tambeacutem como uma produccedilatildeo simboacutelica e conceitual que mediante um conjunto de

signos representaccedilotildees imagens e saberes configura o idoso na cultura []rdquo (JUSTO

ROZENDO 2010 p 472)

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO

O ser humano eacute um animal social e por isso desde haacute muito tempo de eacutepocas

remotas eles se organizam dando alguma ideia de famiacutelia conforme entendemos

atualmente No entanto a ideia de famiacutelia muda agrave medida que a histoacuteria evolui e se

antes o sujeito idoso era considerado o ente mais importante de sua famiacutelia devido

aos conhecimentos que adquiriu ao longo de sua jornada nos dias atuais essa

premissa jaacute natildeo eacute tatildeo mais importante e devido a isso observa-se poucos idosos no

seio da famiacutelia com sua consequente diminuiccedilatildeo (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

Quando se pensa em famiacutelia como instituiccedilatildeo social o que precisa ser levado em

consideraccedilatildeo para uma anaacutelise mais ampla a respeito dessa instituiccedilatildeo social satildeo

ldquo[] aspectos como afetividade companheirismo solidariedade sentimentos e accedilotildees

que podem ser encontradas fora dos laccedilos consanguiacuteneosrdquo Ou seja natildeo se eacute famiacutelia

somente aqueles que possuem o mesmo sangue mas existem outros fatores que

demonstram ser um agrupamento de pessoas considerado famiacutelia ldquoEacute uma construccedilatildeo

social influenciada pela cultura e contexto histoacuterico em que foi concebida []rdquo

(SOUZA SKUBS BRETAS 2007 p 264)

A vida do ser humano eacute repleta de fases desde agrave infacircncia ateacute a velhice Em cada fase

existe todo um conjunto cultural que daacute suporte agravequela fase e por isso nas famiacutelias

atuais existe um certo conflito entre membros familiares de geraccedilotildees diferentes pois

convivem muitas vezes em uma mesma residecircncia crianccedilas adolescentes adultos

e velhos e por isso um maior cuidado para que tais diferenccedilas natildeo interfiram na

harmonia do lar (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

E com o sujeito idoso haacute de se ter uma atenccedilatildeo especial devido a todos os fatores

envolvidos em sua mudanccedila de idade e com a chegada da velhice Tais fatores satildeo

os sociais psicoloacutegicos materiais financeiros autonomia etc Dessa forma o idoso

tende a dar mais trabalho pois uma vez que fora independente e natildeo eacute mais uma

31

vez que fora forte e natildeo eacute mais apresenta uma paciecircncia bastante curta Assim os

familiares que em volta dele estatildeo precisam ter bastante amor e carinho para um

excelente cuidado pois eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia assim fazer conforme preceitua a

Constituiccedilatildeo Federal (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

O apoio da famiacutelia para o sujeito idoso eacute de suma importacircncia para que ele possa ter

uma velhice confortaacutevel e saudaacutevel Reis e Trad possuem palavras interessantes a

respeito Vejamos

O suporte familiar contribui de maneira significativa para a manutenccedilatildeo e a integridade fiacutesica e psicoloacutegica do indiviacuteduo Seu efeito eacute tido como beneacutefico no membro da famiacutelia que o recebe na medida em que o suporte eacute percebido como disponiacutevel e satisfatoacuterio [] Dessa forma eacute fundamental para o planejamento assistencial adequado ao idoso a compreensatildeo do contexto familiar o que implica o entendimento das questotildees que envolvem a formaccedilatildeo e a dinacircmica de funcionamento das famiacutelias em geral (REIS TRAD 2015 p 30)

No entanto abrigos repletos de sujeitos idosos demonstram que na grande maioria

dos casos os familiares preferem abandonar os seus velhos aos cuidados de

enfermeiros que nem conhecem se estatildeo capacitados para lidar com as

necessidades Mesmo com o advento do estatuto do idoso ele continua sofrendo

severos preconceitos (REIS TRAD 2015)

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO

No Brasil de hoje tem-se observado um crescimento substancial do nuacutemero de

sujeitos idosos (aqueles com mais de 60 anos de acordo com o estatuto do idoso) e

isso eacute algo bastante preocupante tendo em vista a infraestrutura precaacuteria do sistema

de sauacutede Apenas a tiacutetulo de entendimento de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatiacutestica (IBGE) a quantidade de sujeitos idosos em 2016 era em cerca

de 143 (BRASIL 2016)

Existem basicamente dois motivos pelos quais a quantidade de sujeitos idosos vem

aumentando no Brasil que satildeo a reduccedilatildeo da taxa de natalidade e a reduccedilatildeo da

mortalidade A tecnologia vem ajudando consideravelmente para que esses dois

fatores sejam os reais motivos pelo aumento da taxa de idosos (MORAIS 2009)

A afirmativa anterior eacute reforccedilada pelo IBGE conforme segue ldquoAs mudanccedilas na razatildeo

de dependecircncia estatildeo diretamente associadas agrave diminuiccedilatildeo da fecundidade e ao

32

aumento na longevidade da populaccedilatildeo especialmente na populaccedilatildeo idosardquo (BRASIL

2016 p 17)

Dessa forma o ato de envelhecer passa a ser visto como algo a que todos os

brasileiros passaratildeo um dia pois haacute um aumento na expectativa de vida e assim

entender o processo de envelhecimento e desenvolver mecanismos para um

envelhecimento saudaacutevel torna-se fundamental pois idosos saudaacuteveis significa

grosso modo menos problemas tanto para a famiacutelia quanto para o governo Mas esse

menos problema natildeo eacute dito de forma vulgar pejorativa mas sim de forma racional

pois com um idoso saudaacutevel em uma famiacutelia esta famiacutelia natildeo sofre com o sofrimento

dele (MORAIS 2009)

Os desafios que se apresentam com o aumento da populaccedilatildeo idosa no Brasil estatildeo

intimamente interligados com a integraccedilatildeo e o cuidado social com o sujeito idoso com

a sauacutede com a assistecircncia social com a previdecircncia social com a forma de

envelhecer saudaacutevel etc (BRASIL 2016)

Dessa forma importante entender o mecanismo bioloacutegico do envelhecimento e sua

correlaccedilatildeo com o meio fiacutesico para um cuidado mais personalizado

241 Mecanismos do envelhecimento

Teixeira e Guariento afirmam que o conhecimento acerca do envelhecimento ou dos

motivos que o causam satildeo limitados devido agrave falta de pesquisas experimentais com

seres humanos o que eacute vedado pela eacutetica meacutedica Dessa forma pode-se fazer

apenas experimentos com animais em especial com roedores moscas de frutas e

isso acaba natildeo trazendo um real significado acerca do processo de envelhecimento

(TEIXEIRA GUARIENTO 2010)

Existem vaacuterias teorias a respeito do envelhecimento e por isso aos poucos foram

sendo agrupadas basicamente em dois grupos a saber teorias programadas e

teorias estocaacutesticas A primeira tem sua ideia central ldquonos reloacutegios bioloacutegicos que

regulam o crescimento a maturidade a senescecircncia e a morterdquo Jaacute a segunda baseia-

se na ldquoidentificaccedilatildeo de agravos que induzem aos danos moleculares e celulares

aleatoacuterios e progressivosrdquo (TEIXEIRA GUARIENTO 2010 p 2846)

33

Fato eacute que os efeitos do envelhecimento satildeo visiacuteveis rugas expostas cabelos

brancos peles caiacutedas dificuldades para se locomoverem decliacutenio das forccedilas

diminuiccedilatildeo do equiliacutebrio diversas doenccedilas dificuldade na respiraccedilatildeo Tudo estaacute

conjuntamente interligado em um processo complexo e variado que envolve tanto o

bioloacutegico quanto o psicossocial e que afeta diversos sistemas Na Figura 02 uma

representaccedilatildeo interessante do processo de envelhecimento (RUIVO et al 2009)

Figura 02 ndash Processo de envelhecimento

Fonte Centro avanccedilado de medicina preventiva (2018)

34

No Quadro 03 eacute apresentado os efeitos da velhice de uma forma geral e resumida

Vaacuterios satildeo os efeitos do envelhecimento no sujeito idoso por isso apenas alguns deles

foram relatados a tiacutetulo de exemplos

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (continua)

MODIFICACcedilOtildeES NO CORPO COM O ENVELHECIMENTO

ESTADO GERAL

Reduccedilatildeo progressiva da eficiecircncia dos processos fisioloacutegicos resulta em equiliacutebrio fraacutegil e impotildee obstaacuteculos agrave capacidade do corpo para manter a homeostase Estressores fiacutesicos e emocionais tornam o idoso mais vulneraacutevel devido agrave diminuiccedilatildeo das reservas fisioloacutegicas O idoso pode continuar a se envolver em todas as atividades da meia-idade embora de maneira intuitiva deva adaptar-se a um ritmo modificado e a periacuteodos de descanso mais frequentes

TEGUMENTAR

Surgimento de rugas e perda da firmeza da pele ocorrem com a reduccedilatildeo da elasticidade ressecamento e descamaccedilatildeo satildeo comuns A queda dos cabelos eacute comum nos homens e as mulheres tecircm afinamento e perda de pigmentaccedilatildeo dos cabelos Sinais de pele e pigmentaccedilatildeo satildeo comuns embora a pele possa clarear devido agrave perda de melanoacutecitos As unhas costumam espessar-se e ficar quebradiccedilas e amareladas

MUSCULOESQUELEacuteTICO

Diminui o tecido subcutacircneo e o peso no idoso A massa e a forccedila musculares diminuem Ocorre desmineralizaccedilatildeo oacutessea e os ossos ficam porosos e quebradiccedilos As articulaccedilotildees tendem a enrijecer e a perder flexibilidade podendo diminuir a amplitude de movimentos Costuma ocorrer lentidatildeo da mobilidade geral e a postura tende a encurvar A altura diminui um pouco

NEUROLOacuteGICO

O Sistema Nervoso Central reage mais lentamente a muacuteltiplos estiacutemulos Assim a resposta cognitiva e comportamental do idoso pode ser retardada Diminui a frequecircncia da reaccedilatildeo reflexa A regulagem da temperatura e a percepccedilatildeo de dorpressatildeo ficam menos eficientes O idoso pode ainda ter dificuldades no equiliacutebrio na coordenaccedilatildeo na motricidade fina e na orientaccedilatildeo espacial o que resulta em maior risco para quedas Costuma encurtar o sono noturno e o idoso pode despertar com mais facilidade

SENTIDOS ESPECIAIS

Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade visual (presbiopia) com maior sensibilidade agrave claridade e menor capacidade de adaptar-se agrave escuridatildeo Reduccedilatildeo da acomodaccedilatildeo reduccedilatildeo da percepccedilatildeo em profundidade e da discriminaccedilatildeo de cores Uma catarata pode obscurecer ainda mais a visatildeo A dificuldade para ler letras miuacutedas pode se tornar mais evidente Dirigir durante o dia ou durante agrave noite pode ficar comprometido Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade auditiva (presbicusia) em especial diminuiccedilatildeo da discriminaccedilatildeo de tons na presenccedila de ruiacutedos ambientais Em consequecircncia dos problemas auditivos o idoso pode retrair-se de eventos sociais As sensaccedilotildees de paladar e olfato diminuem Sensibilidade aos cheiros pode diminuir Problemas nutricionais podem surgir

CARDIOPULMONAR

Os vasos sanguiacuteneos ficam menos elaacutesticos e muitas vezes riacutegidos e tortuosos Depoacutesitos de placas de gordura continuam a ocorrer nos revestimentos dos vasos sanguiacuteneos Edema e esfriamento das extremidades inferiores podem ocorrer em especial com a diminuiccedilatildeo da mobilidade O corpo tem menor capacidade de aumentar a frequecircncia do coraccedilatildeo e o deacutebito cardiacuteaco mediante atividade A elasticidade pulmonar e a accedilatildeo ciliar diminuem de modo que a desobstruccedilatildeo pulmonar se torna menos eficiente Pode aumentar a frequecircncia pulmonar acompanhada de profundidade diminuiacuteda

35

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (conclusatildeo)

GASTRINTESTINAL Os sucos digestivos continuam a diminuir e reduz-se a absorccedilatildeo de nutrientes Desnutriccedilatildeo e anemia satildeo mais comuns Com a reduccedilatildeo do tocircnus muscular e o peristaltismo diminuiacutedo satildeo comuns queixas de constipaccedilatildeo

DENTICcedilAtildeO Perda e caacuterie dentaacuterias continuam para a maioria dos idosos Os haacutebitos alimentares podem mudar em especial se o idoso natildeo tem dentes ou usa dentaduras que natildeo servem bem

GENITURINAacuteRIO

O fluxo sanguiacuteneo para os rins reduz com a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco A quantidade de unidades de neacutefrons funcionando diminui em 50 Produtos a serem eliminados podem ser filtrados e excretados mais lentamente Liacutequidos e eletroacutelitos permanecem dentro das variaccedilotildees normais mas o equiliacutebrio eacute fraacutegil Cerca de 75 dos homens com mais de 65 anos tecircm hipertrofia da glacircndula prostaacutetica Pode haver a necessidade de cirurgia caso ocorra retenccedilatildeo urinaacuteria Haacute atrofia diminuiccedilatildeo de secreccedilotildees e afinamento do trato genital da mulher idosa

Fonte Taylor e outros (2007 p 460)

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio

O Sistema respiratoacuterio envelhece da mesma forma que o restante do organismo e

muitas vezes ele envelhece mais raacutepido devido agrave enorme quantidade de poluiccedilatildeo a

que estamos sujeitos Nas palavras de Ruivo e outros

Pensa-se que o sistema respiratoacuterio seja o sistema do organismo que envelhece mais rapidamente devido agrave maior exposiccedilatildeo a poluentes ambientais ao longo dos anos As mudanccedilas que ocorrem a este niacutevel satildeo clinicamente relevantes porque a deterioraccedilatildeo da funccedilatildeo pulmonar estaacute associada ao aumento da taxa de mortalidade e aleacutem disso o conhecimento das mesmas contribui para a detecccedilatildeo e prevenccedilatildeo de disfunccedilotildees respiratoacuterias em idosos (RUIVO et al 2009 p 631)

Biologicamente com o envelhecimento a estrutura morfoloacutegica da parede toraacutecica

sofre severas alteraccedilotildees que afetam diretamente os pulmotildees Dessa forma a perda

da elasticidade dentre outros problemas torna-se a mais frequente complicaccedilatildeo

pulmonar entre pessoas idosas (RUIVO et al 2009)

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco

O envelhecimento do sistema cardiacuteaco acarreta diversas complicaccedilotildees ao sujeito

idoso e a dinacircmica de como esse processo se dar eacute melhor explicado por Esquenazi

Silva e Guimaratildees

O coraccedilatildeo eacute constituiacutedo por ceacutelulas musculares os cardiomioacutecitos moleacuteculas de matriz extracelular destacando-se o colaacutegeno e ceacutelulas intersticiais cardiacuteacas tais como fibroblastos e ceacutelulas endoteliais Por tratar-se de ceacutelulas terminalmente diferenciadas a identificaccedilatildeo recente de ceacutelulas-tronco residentes no coraccedilatildeo revelou que os cardiomioacutecitos satildeo repostos mas natildeo

36

na proporccedilatildeo ideal para recuperaccedilatildeo de funccedilatildeo alterada consequente a eventuais perdas (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

Dessa forma pode-se realccedilar algumas mudanccedilas sensiacuteveis que ocorrem com o

envelhecimento e que estatildeo listadas no Quadro 04 abaixo

Quadro 04 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento MUDANCcedilAS ORGAcircNICAS COM O ENVELHECIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

A parede ventricular torna-se mais espessa

Diminuiccedilatildeo das ceacutelulas de cardiomioacutecitos

Aumento do conteuacutedo do colaacutegeno

Alteraccedilatildeo do metabolismo mitocondrial

Maior secreccedilatildeo de colaacutegeno

Induccedilatildeo de apoptose das ceacutelulas musculares lisas da parede arterial

Aumento da rigidez aoacutertica

Alteraccedilatildeo da elasticidade aoacutertica

Disfunccedilatildeo diastoacutelica

Hipertrofia do ventriacuteculo esquerdo

Insuficiecircncia cardiacuteaca congestiva

Fonte Esquenazi Silva e Guimaratildees (2014) (Adaptado pela autora)

No envelhecimento ocorrem mudanccedilas em algumas propriedades do coraccedilatildeo e isso

pode acarretar o surgimento de arritmias cardiacuteacas bem como a diminuiccedilatildeo da

possibilidade de alteraccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca durante situaccedilotildees de estresse

Assim devido agrave mudanccedila da frequecircncia cardiacuteaca na populaccedilatildeo da terceira idade eacute

frequentemente adicionado medicamentos como diureacuteticos medicamentos que atuam

para combater a arritmia etc (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico

Haacute diversos estudos que tentam provar que o processo de envelhecimento estaacute

associado agrave diminuiccedilatildeo da massa muscular fenocircmeno conhecido como sarcopenia

Este fenocircmeno debilita diretamente a arquitetura muscular alterando diversas

propriedades tais como ldquoaacuterea da seccedilatildeo transversa anatocircmica comprimento das fibras

musculares volume e acircngulo de penaccedilatildeo dos muacutesculosrdquo Ocasiona uma reduccedilatildeo das

forccedilas do paciente da capacidade aeroacutebica e da taxa metaboacutelica Juntos esses

fatores influenciamalteram a qualidade de vida pois podem aumentar a taxa de

quedas e ocasionar outros problemas ao idoso que repercutem em todos os campos

de sua vida (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

37

Os mais novos estudos cientiacuteficos na aacuterea sugerem que o envelhecimento tambeacutem

estaacute relacionado com a diminuiccedilatildeo da rigidez dos tendotildees o que eacute apreciado na obra

de Baptista e Vaz conforme segue

Modificaccedilotildees morfoloacutegicas na unidade muacutesculo-tendatildeo como a sarcopenia ou a diminuiccedilatildeo da rigidez tendiacutenea reconhecidamente causam alteraccedilotildees de suas propriedades mecacircnicas As propriedades mecacircnicas dos muacutesculos determinam sua capacidade de produccedilatildeo de forccedila em diferentes comprimentos e velocidades podendo assim influenciar de maneira significativa as atividades de vida diaacuteria dos seres humanos independente da faixa etaacuteria (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

Natildeo se consegue entender exatamente como ocorre o processo da sarcopenia pois

eacute um processo complexo no qual diversos outros processos contribuem para que

aconteccedila Alguns estudos sugerem que a diminuiccedilatildeo da ativaccedilatildeo neuromuscular eacute

comeccedilo do processo de perda de massa e de forccedila O que eacute bem entendido e

preocupante satildeo os seus efeitos nos sujeitos idosos que provocam diversas outras

consequecircncias (FILHO 2012)

Eacute sabido que tudo estaacute interligado portanto quando ocorre reduccedilatildeo da estrutura

muscular esqueleacutetica isso acarreta outros problemas natildeo soacute de importacircncia material

assim como de importacircncia imaterial como sedentarismo depressatildeo ansiedade

depressatildeo etc A Figura 03 ilustra esse ciacuterculo vicioso (PEREIRA TEIXEIRA

ETCHEPARE 2006)

Figura 03 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento

Fonte Pereira Teixeira e Etchepare (2006)

38

2414 Envelhecimento do sistema nervoso

O envelhecimento como jaacute foi dito provoca uma seacuterie de alteraccedilotildees no organismo do

sujeito idoso No sistema nervoso diversas alteraccedilotildees anatocircmicas e quiacutemicas satildeo

observadas no enceacutefalo e na medula e essas alteraccedilotildees podem ser vistas tanto

macroscopicamente quanto microscopicamente Ateacute mesmo o tamanho do ceacuterebro e

peso dele satildeo modificados agrave medida que o sujeito envelhece na ordem de 2 a cada

uma deacutecada e com diminuiccedilatildeo de proteiacutenas (TAGLIARINI 2008)

De acordo com anaacutelises feitas ao envelhecer diversas alteraccedilotildees acontecem sendo

que as mais vitais satildeo ldquoa diminuiccedilatildeo de ceacutelulas alteraccedilotildees dendriacuteticas placas senis

degeneraccedilatildeo neurofibrilar degeneraccedilatildeo gracircnulo-vacuolar e acuacutemulo de lipofucsinardquo

(TAGLIARINI 2008 p 18)

As alteraccedilotildees morfoloacutegicas produzidas pelo Sistema Nervoso Central (SNC) se

mostram como sendo de suma importacircncia para o devido funcionamento do sistema

nervoso devido agrave importacircncia na geraccedilatildeo e processamento das memoacuterias e no

transporte de informaccedilotildees ateacute os neurocircnios (TAGLIARINI 2008)

Portanto de tudo o que foi falado a respeito do envelhecimento do sistema nervoso

algumas partes ainda natildeo foram provadas e muita coisa ainda deve ser elucidada

com os anos vindouros Tem-se uma ideia de que as modificaccedilotildees ocorrem tanto de

forma central quanto de forma perifeacuterica ldquocom atrofia cerebral devido agrave diminuiccedilatildeo do

nuacutemero de neurocircnios assim como a reduccedilatildeo da quantidade de substacircncias branca e

cinzenta Ocorre ainda reduccedilatildeo da sinaptogecircnese e da velocidade de conduccedilatildeo

nervosa []rdquo (RIBEIRO VEIGA 2013 p25)

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO

Conforme jaacute foi falado anteriormente a populaccedilatildeo brasileira seguindo o ritmo da

populaccedilatildeo mundial estaacute envelhecendo mais devido agraves inovaccedilotildees tecnoloacutegicas Com

isso mais sujeitos idosos procuram serviccedilos meacutedicos por causa das doenccedilas

inerentes agrave terceira idade Essa demanda impulsiona aos governos criarem poliacuteticas

de sauacutede para que o sujeito envelheccedila com sauacutede pois se assim for proporciona

vantagem para todos os que estatildeo envolvidos com o idoso seja seus parentes que

39

cuidam dele seja o Estado que natildeo precisa gastar muito com remeacutedios Isso

proporciona um aliacutevio na previdecircncia divido agrave imensa diacutevida puacuteblica que existe e por

necessitar fazer corte de gastos A seguir seraacute melhor tratado acerca dos benefiacutecios

da atividade fiacutesica para o idoso para ter um envelhecimento sadio e de haacutebitos

saudaacuteveis que precisa ter para o seu dia-a-dia com sauacutede (ACIOLE BATISTA 2013)

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso

Com o crescimento mundial acelerado da populaccedilatildeo idosa diversas poliacuteticas estatildeo

sendo desenvolvidas para fazer com que o idoso envelheccedila com sauacutede tendo em

vista finalidades variadas tais como o fato de a previdecircncia estar sobrecarregada a

constataccedilatildeo de que o Sistema Puacuteblico de Sauacutede (SUS) natildeo atende com qualidade

as premissas mais baacutesicas da populaccedilatildeo Assim se o idoso chegar agrave terceira fase de

sua vida mais dinacircmico e com mais sauacutede enormes benefiacutecios surgiratildeo natildeo somente

para ele assim como para toda a sociedade (FONSECA et al 2014)

Dentre essas poliacuteticas certamente a que incentiva o idoso a praticar esportes eacute a mais

disseminada juntamente com a boa alimentaccedilatildeo pois eacute comprovado cientificamente

que o idoso ao praticar esportes consegue se manter mais saudaacutevel mais luacutecido e

em melhores condiccedilotildees de enfrentamento de doenccedilas que lhe acometem que satildeo

caracteriacutesticas da terceira idade aleacutem de provocar uma melhoria como um todo ao

sujeito idoso em todas as suas dimensotildees (MACIEL 2010)

De acordo com Maciel (2010 p 1024)

Poreacutem ao se refletir sobre as atividades fiacutesicas precisa-se pensar aleacutem dos benefiacutecios biopsicossociais proporcionados pela sua praacutetica como tambeacutem por exemplo compreender as mudanccedilas de comportamentos individuais eou coletivos para a adesatildeo e manutenccedilatildeo dessas atividades Essas soacute proporcionaratildeo os devidos benefiacutecios se realizadas continua e corretamente

As atividades fiacutesicas que satildeo incentivadas para que o idoso possa praticar satildeo

divididas em quatro dimensotildees lazer deslocamento ativo atividades domeacutesticas e

laboral A primeira eacute dita como atividade estruturada jaacute as demais satildeo atividades natildeo-

estruturais Existem vaacuterias vantagens para o sujeito idoso que se movimenta que

pratica alguma atividade fiacutesica As principais vantagens estatildeo apresentadas no

Quadro 05 (MACIEL 2010)

40

Quadro 05 ndash Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos BENEFIacuteCIOS DA ATIVIDADE FIacuteSICA PARA O IDOSO

Aumentomanutenccedilatildeo da capacidade aeroacutebia

Aumentomanutenccedilatildeo da massa muscular

Reduccedilatildeo significativa da taxa de mortalidade

Prevenccedilatildeo de doenccedilas coronarianas

Melhora do perfil lipiacutedico

Transformaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal devido agrave reduccedilatildeo da massa gorda

Prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes e hipertensatildeo arterial comuns ao sujeito idoso

Diminuiccedilatildeo da possibilidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Nas mulheres idosas possibilidade de prevenccedilatildeo do cacircncer de mama e coacutelon

Reduccedilatildeo da ocorrecircncia de demecircncia

Melhora da autoestima e da autoconfianccedila

Reduccedilatildeo dos ataques de ansiedade e do estresse

Consideraacutevel melhora do humor e da qualidade de vida

Fonte Maciel (2010) (Adaptado pela autora)

Cordeiro e outros (2014) fazendo pesquisas com idosos para entender como as

atividades fiacutesicas afetam as funccedilotildees cognitivas sendo estas definidas como as fases

do processo de informaccedilatildeo tais como aprendizagem raciociacutenio atenccedilatildeo e outras

mais concluiacuteram o seguinte

O melhor desempenho do grupo de idosos ativos no teste de memoacuteria emocional pode estar associado a alteraccedilotildees fisioloacutegicas no sistema nervoso central decorrentes da praacutetica da atividade fiacutesica A accedilatildeo da atividade fiacutesica sobre as funccedilotildees cognitivas pode se dar por meio de diversos mecanismos dentre os quais a melhora na circulaccedilatildeo cerebral alteraccedilatildeo na siacutentese e degradaccedilatildeo de neurotransmissores alteraccedilotildees neuroendoacutecrinas e humorais e aumento de fatores de crescimento como o fator neurotroacutefico derivado do ceacuterebro (BDNF) responsaacutevel pela neuroplasticidade eficaacutecia sinaacuteptica conectividade neuronal e aumento da sobrevivecircncia dos neurocircnios e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) responsaacutevel pela angiogecircnese (CORDEIRO et al 2014 p 549)

Ou seja a praacutetica da atividade fiacutesica proporciona enormes ganhos de qualidade de

vida para o sujeito idoso e possibilita a ele viver mais tempo de forma independente

jaacute que suas funccedilotildees cognitivas respondem melhor e desenvolvem mecanismos mais

duradouros (CORDEIRO et al 2014)

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso

Os alimentos satildeo as fontes de energia para o ser-humano Por isso quando o sujeito

se alimenta bem com qualidade ingerindo alimentos saudaacuteveis todo o seu

organismo funcionaraacute com qualidade e equiliacutebrio o que eacute necessaacuterio e demandado

pela populaccedilatildeo de uma forma geral mas devido agrave agitaccedilatildeo do dia-a-dia acaba por

41

comprometer a sauacutede com alimentos ruins raacutepidos de serem feitos e ingeridos

(MENEZES et al 2008)

O Sujeito idoso precisa ter uma atenccedilatildeo especial com o que ingere pois natildeo possui

mais um organismo jovem que consegue digerir tudo com facilidade e rapidez Seu

organismo agora e conforme jaacute foi falado eacute imensamente lento Natildeo consegue

metabolizar com rapidez os alimentos que lhe chegam ao estocircmago e por isso precisa

ser seletivo (KUWAE et al 2015)

De acordo com Kuwae e outros (2015 p 622 - 624)

No envelhecimento tanto os cuidados nutricionais satildeo diferentes como tambeacutem satildeo singulares agraves concepccedilotildees do que eacute saudaacutevel ou apropriado para esta idade Os cuidados com a alimentaccedilatildeo envolvem uma busca de equiliacutebrio entre as exigecircncias do corpo envelhecido e as limitaccedilotildees decorrentes de algumas patologias muitas delas exigindo seu controletratamento pela alimentaccedilatildeo como a hipertensatildeo diabetes e doenccedilas coronarianas Portanto o envelhecimento estaacute relacionado tanto com as alteraccedilotildees fisioloacutegicas que limitam o repertoacuterio alimentar seja pelas restriccedilotildees decorrentes de patologias crocircnicas ou das alteraccedilotildees de mastigaccedilatildeo e digestatildeo como com as condiccedilotildees de mobilidade autonomia independecircncia financeira condiccedilotildees de sauacutede e da composiccedilatildeo familiar Esses satildeo fatores decisivos sobre o repertoacuterio alimentar a frequecircncia e a qualidade da alimentaccedilatildeo dos idosos

Daiacute surge a necessidade de saber o que o sujeito idoso pode exatamente comer e o

que natildeo pode comer jaacute que em muitas situaccedilotildees o desejo eacute grande De acordo com

Menezes e outros (2008) existem duas classes de alimentos que o sujeito idoso pode

ingerir e satildeo os alimentos bons e os alimentos ruins Na classe dos alimentos bons

estatildeo as frutas verduras legumes carnes brancas etc Jaacute na segunda classe estatildeo

as frituras carnes vermelhas doces massas sal etc O Quadro 06 apresenta uma

lista com os principais alimentos para os idosos aqueles que satildeo recomendados bem

como suas caracteriacutesticas e o motivo pelo satildeo recomendados

Quadro 06 ndash Alimentos recomendados para idosos ALIMENTOS RECOMENDADOS PARA IDOSOS

CLASSE ALIMENTOS DESCRICcedilAtildeO

BONS Frutas verduras legumes carnes brancas etcleites e seus derivados

A comida se torna leve para o organismo do idoso o que proporciona uma raacutepida digestatildeo e o idoso natildeo se sente empazinado

RUINS Carnes vermelhas doces massas sal etc

Satildeo alimentos pesados gordurosos que demoram a fazer digestatildeo com moleacuteculas complexas O idoso natildeo ingere porque pode passar mal e qualquer mal-estar deve ser evitado

Fonte Kuwae e outros (2015)

42

O Quadro 06 eacute uma forma geral de expressar o que eacute bom e o que eacute ruim para o

sujeito idoso no entanto essa questatildeo eacute relativa pois varia de organismo para

organismo e depende de questotildees culturais mas eacute amplamente aceito eacute que todos os

seres humanos precisam ter equiliacutebrio inclusive na alimentaccedilatildeo dessa forma comer

ou deixar de comer algo para se manter saudaacutevel depende do quatildeo equilibrado

encontra-se o organismo do sujeito (KUWAE et al 2015)

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE

Com a chegada da terceira idade vaacuterias doenccedilas inerentes aos sujeitos com idade

acima dos sessenta anos aparecem Identificar tais doenccedilas conhececirc-las de forma

detalhada para desenvolver formas de tratamento adequados satildeo objetivos centrais

para quem cuida do sujeito idoso juntamente com outros conhecimentos do idoso

como sua alimentaccedilatildeo seu dia-a-dia seus haacutebitos etc Tudo estaacute conectado e por

isso entender esse contexto facilita no momento de detalhar a doenccedila que acomete a

populaccedilatildeo idosa A seguir seraacute feito uma siacutentese das principais doenccedilas que

acometem sujeitos idosos (VERAS 2012)

261 Mal de Parkinson

A doenccedila do Mal de Parkinson eacute conhecida da humanidade haacute muito tempo A atual

descriccedilatildeo deu-se pelo Dr James Parkinson por volta do ano de 1817 e no Brasil

atinge cerca de 3 da populaccedilatildeo acima dos sessenta anos Constata-se a existecircncia

da doenccedila por intermeacutedio de anaacutelise cliacutenica observando na maioria dos casos

pessoas idosas uma rigidez muscular tremor mesmo estando em repouso alteraccedilatildeo

na postura dentre outros sintomas (PETERNELLA MARCON 2009)

Grosso modo o Mal de Parkinson eacute um distuacuterbio degenerativo do Sistema Nervoso

Central que afeta diversas funccedilotildees do sujeito sejam motoras sejam natildeo-motoras

Funccedilotildees que podem ser afetadas satildeo tremor de repouso bradicinesia rigidez

corporal instabilidade postural etc Seu diagnoacutestico eacute feito pelo quadro cliacutenico

observado e pela exclusatildeo de outras doenccedilas que se assemelham ao Mal de

Parkinson (PETERNELLA MARCON 2009)

43

Para falar com riqueza de detalhes a respeito de como funciona tal doenccedila vamos

utilizar as palavras de Sena e outros (2010) que diz

A DP eacute uma afecccedilatildeo crocircnico-degenerativa e progressiva de etiologia multifatorial que atinge majoritariamente pessoas idosas embora seja frequente acometecirc-las a partir dos 50 anos de idade beirando atualmente a casa dos 300000 portadores no Brasil A doenccedila atinge o sistema nervoso central mais especificamente a substacircncia negra responsaacutevel por controlar os movimentos do corpo A degradaccedilatildeo das ceacutelulas neuronais dopamineacutergicas acaba por resultar numa gama de sintomatologia como tremores rigidez muscular bradicinesia alteraccedilotildees posturais distuacuterbios na fala e na degluticcedilatildeo obstipaccedilatildeo transpiraccedilatildeo corporal incontinecircncia urinaria depressatildeo O tratamento que pode ser cliacutenico eou ciruacutergico visa ao controle dos sintomas por meio de medicamentos entre os quais se destaca a Levodopa um precursor da dopamina Outros grupos de faacutermacos tambeacutem satildeo utilizados como inibidores enzimaacuteticos agonistas dopamineacutergicos e anti-colineacutergicos Contudo a terapecircutica medicamentosa por si soacute natildeo eacute suficiente para manter o portador em melhores condiccedilotildees de bem-estar e qualidade de vida Por isso tratamentos e cuidados no miacutenimo de enfermagem fisioterapia fonoaudiologia e educaccedilatildeo fiacutesica satildeo imprescindiacuteveis como recursos complementares para ajudar o portador a preservar sua funcionalidade e permitir-lhe desempenhar as atividades da vida diaacuteria e manter o viacutenculo social tatildeo importantes para satisfazer suas necessidades psicossociais de apoio comunitaacuterio para o seu bem-estar e auto-estima (SENA et al 2010 p 94)

Na Figura 04 uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro a respeito de como funciona o Mal de

Parkinson

Figura 04 ndash Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Observa-se na Figura 04 o ceacuterebro de um sujeito normal sem a doenccedila em

comparaccedilatildeo com um sujeito que apresenta a doenccedila Na primeira situaccedilatildeo haacute a

44

existecircncia da substacircncia negra responsaacutevel por controlar as funccedilotildees motoras do

corpo conforme falado na descriccedilatildeo de Sena e outros Jaacute na segunda essa

substacircncia negra natildeo existe atestando a incapacidade motora do paciente

(ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Jaacute na Figura 05 representa-se o neurocircnio normal e um neurocircnio em paciente com a

doenccedila de Parkinson O neurocircnio normal produz a substacircncia dopamina que eacute

responsaacutevel pela conduccedilatildeo dos neurotransmissores Jaacute o neurocircnio afetado apresenta

uma pequena quantidade de dopamina o que afeta a transmissatildeo dos

neurotransmissores e com isso o paciente sofre os diversos males que foram

narrados (ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Figura 05 ndash Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

O detalhe mais pertinente para saber se haacute o surgimento da doenccedila eacute o surgimento

de incapacidades provenientes dos distuacuterbios motores Geralmente aqueles que

sofrem desta doenccedila natildeo se datildeo conta que estatildeo doentes o que precisa ser

observado por quem estar mais perto seja os familiares seja os cuidadores

(GONCALVES ALVAREZ ARRUDA 2007)

Mesmo com todo o desenvolvimento tecnoloacutegico existente no campo da sauacutede ainda

natildeo existe um remeacutedio para acabar com o Mal de Parkinson ou para bloquear o seu

aumento Os procedimentos atuais visam dar condiccedilotildees ao paciente que possui a

doenccedila de viver de forma independente e de manter seu psicoloacutegico forte por mais

tempo Isso eacute feito receitando a ele dopamina estriatal que pode ser aumentada agrave

45

medida que os efeitos da doenccedila vatildeo aumentando (GONCALVES ALVAREZ

ARRUDA 2007)

262 Doenccedila de Alzheimer

A doenccedila de Alzheimer descrita pela primeira vez em 1906 pelo Dr Alois Alzheimer

eacute uma doenccedila que ateacute os dias atuais natildeo apresenta cura e tende a se agravar ao

longo dos anos Eacute a patologia neurodegenerativa mais usual que acomete pacientes

acima dos 55 (cinquenta e cinco) anos e causa transtornos como perda de memoacuteria

desorientaccedilatildeo danos na linguagem falta de atenccedilatildeo e vaacuterias outras situaccedilotildees

constrangedoras (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER 2018)

Natildeo se conhece exatamente os motivos pelos quais a doenccedila surge mas eacute bem

conhecido algumas lesotildees que ocorrem no ceacuterebro de um paciente portador da

doenccedila e as principais lesotildees satildeo as placas senis os emaranhados neurofibrilares e

a reduccedilatildeo de ceacutelulas nervosas sendo certo que ela eacute a responsaacutevel por cinquenta por

cento dos casos de demecircncia em idosos (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE

ALZHEIMER 2018)

Muito embora a cura da doenccedila e a reversatildeo da deterioraccedilatildeo causada pela DA ainda natildeo tenham sido descobertas pesquisadores buscam o aperfeiccediloamento de tratamentos jaacute disponiacuteveis que visam agrave melhora cognitiva e diminuiccedilatildeo de sintomas comportamentais (Aacutevila 2003) Nesse caso a medicaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas cognitivas de reabilitaccedilatildeo aleacutem de informaccedilotildees sobre a doenccedila e o apoio a familiares e cuidadores eacute de suma importacircncia para reverter o quadro cliacutenico e sintomaacutetico da doenccedila (GONCALVES CARMO 2012 p 171)

Haacute uma forte tendecircncia da ciecircncia de tentar explicar o surgimento do Mal de Alzheimer

via geneacutetica pois uma porcentagem consideraacutevel dos pacientes que possuem a

doenccedila apresenta casos semelhantes na famiacutelia Outros fatores tambeacutem satildeo

considerados tais como aminoaacutecidos neurotoacutexicos uso indiscriminado do alumiacutenio

agentes infecciosos etc Abaixo na figura TC uma tentativa de explicaccedilatildeo dessa

doenccedila (SERENIKI VITAL 2008)

Na Figura 06 existe uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro de paciente normal e de um paciente

com a Doenccedila de Alzheimer Percebe-se que o ceacuterebro do paciente com a Doenccedila de

Alzheimer apresenta-se cheio de falhas

46

Figura 06 ndash Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

263 Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus (DM) eacute uma doenccedila crocircnica natildeo-transmitiacutevel que afeta uma

multidatildeo de pessoas em todo o mundo e se caracteriza por um aumento acentuado

da glicemia devido agrave falta de insulina que eacute fabricada pelo pacircncreas Haacute dois tipos

de diabetes um natural (Tipo 01) e outra adquirida (Tipo 02) A do Tipo 02 eacute causada

pela obesidade comidas gordurentas falta de exerciacutecios fiacutesicos e se mostra como o

mal moderno Jaacute a do tipo 01 jaacute nasce com o indiviacuteduo Em ambos os casos o

pacircncreas deixa de fabricar insulina que possui uma moleacutecula que quebra a moleacutecula

de glicose Com isso haacute um aumento de glicose no sangue e isso provoca diversos

danos em outros oacutergatildeos A insulina injetada entra para ajudar na eliminaccedilatildeo do accediluacutecar

excedente (BUSNELLO et al 2012)

De acordo com Vargas Lara e Mello-Carpes ldquono Brasil existem cerca de 500 mil

diabeacuteticos 450 mil fazendo uso da insulina e quase dois milhotildees desconhecendo ter

diabetes Aleacutem disso estima-se que em 2030 o nuacutemero de pessoas acometidas pela

DM dobraraacuterdquo Esses dados para o sujeito idoso satildeo extremamente preocupantes

tendo em vista a necessidade de cuidados constantes (VARGAS LARA MELLO-

CARPES 2014 p 869)

47

Idosos que apresentam a DM apresentam estrutura fiacutesica e emocional prejudicadas

com certa limitaccedilatildeo nos afazeres do dia-a-dia com limitaccedilatildeo na alimentaccedilatildeo e com

liberdade e autonomia afetadas Diferentemente das outras doenccedilas a DM eacute bem

mapeada e consegue-se ter um controle bastante apropriado para amenizar os efeitos

dessa doenccedila (VARGAS LARA MELLO-CARPES 2014)

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

A Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) eacute a doenccedila crocircnica natildeo transmitida mais

presente na vida dos idosos Trata-se de uma doenccedila que eleva a pressatildeo sanguiacutenea

a niacuteveis altiacutessimos e como consequecircncia faz com que o coraccedilatildeo tenha que exercer

uma atividade fora do padratildeo para conseguir fazer o sangue circular pelo corpo do

indiviacuteduo (LEAtildeO E SILVA et al 2013)

Ela aumenta paulatinamente agrave medida que o indiviacuteduo vai envelhecendo e eacute tida por

diversos especialistas como o principal fator de risco para o idoso podendo ocasionar

doenccedilas como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) o infarto do miocaacuterdio e vaacuterias

outras doenccedilas silenciosas Diversos fatores ocasionam um aumento na pressatildeo

arterial dentre eles os mais comuns satildeo o excesso de sal utilizado no dia-a-dia o

estresse etc (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Para um padratildeo de referecircncia com intuito de definir se um idoso apresenta uma

pressatildeo alta ou normal vaacuterios estudos sugerem valores diferentes o que acaba

sendo um ponto de debate interessante entre os especialistas da aacuterea conforme

relatado abaixo

Haacute grande controveacutersia na literatura em relaccedilatildeo ao ponto de corte para o qual a PA pode ser considerada controlada na populaccedilatildeo idosa principalmente nos idosos com idade mais avanccedilada (acima dos 80 anos) Estudos recentes sugerem uma meta de controle mais flexiacutevel (abaixo de 150 mmHg para a PAS e de 90 mmHg para a PAD) para esta faixa etaacuteria por evidenciarem que o controle mais rigoroso pode natildeo ser significativo na reduccedilatildeo das complicaccedilotildees associadas agrave doenccedila (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016 p 112)

Para se ter um controle dessa doenccedila importante salientar os haacutebitos de vida

saudaacuteveis associados com o acompanhamento meacutedico mediccedilatildeo das funccedilotildees vitais

do idoso controle sistemaacutetico porque essa doenccedila sendo uma doenccedila silenciosa

assintomaacutetica pode acarretar outras complicaccedilotildees tais como um Acidente Vascular

Cerebral (AVC) (JARDIM et al 2017)

48

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

A Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (ITU) eacute a inflamaccedilatildeo das vias urinaacuterias e eacute uma doenccedila

responsaacutevel por cerca de quarenta porcento das infecccedilotildees nosocomiais Eacute bastante

rotineira nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e sua probabilidade de ocorrecircncia

em homens idosos aumenta consideravelmente tendo em vista que ldquoA

instrumentaccedilatildeo das vias urinaacuterias ndash incluindo ndash se o cateterismo vesical ndash e a

ocorrecircncia de doenccedila prostaacutetica satildeo os fatores mais implicados no aumento da

incidecircncia no sexo masculinordquo (RORIZ-FILHO et al 2010 p 119)

A mulher idosa tambeacutem tem uma grande possibilidade de desenvolver tal doenccedila

tendo em vista as modificaccedilotildees funcionais da bexiga devido a diversos fatores que

ldquoassociados agraves mudanccedilas troacuteficas do epiteacutelio da mucosa vaginal e a presenccedila de

infecccedilatildeo genital facilitam o desenvolvimento de ITUrdquo (MARQUES MOREIRA

SANTOS 2010 p 151)

Para se ter um diagnoacutestico preciso acerca da Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio faz-se coleta

da urina do paciente e em seguida sua cultura o que leva alguns dias O diagnoacutestico

apresenta-se preciso apoacutes esse procedimento Existem outros exames a serem feitos

que apresentam resultados mais raacutepidos poreacutem natildeo tatildeo precisos Um deles eacute o

exame tipo I e o outro eacute a coloraccedilatildeo pelo meacutetodo Gram (VETTORE et al 2013)

Os principais sintomas que indicam que pode haver uma Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

satildeo urina com odor feacutetido disuacuteria com urgecircncia polaciuacuteria e urecircncia Esses sintomas

satildeo um indicativo muito forte de possibilidade de existecircncia de um quadro infeccioso

e somente pode-se comprovar apoacutes as anaacutelises que foram mencionadas (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010)

Para se fazer um tratamento adequado que apresente resultados de imediato haacute a

necessidade de se observar alguns fatores tais como ldquopresenccedila de comorbidade

fatores predisponentes sintomatologia e repercussatildeo sistecircmica da infecccedilatildeo assim

como para a interaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outros medicamentos []rdquo Importante

observar a relaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outras drogas pois o paciente idoso faz uso

de diversos produtos farmacecircuticos No Quadro 07 um exemplo de drogas que podem

ser utilizadas para o tratamento do idoso com Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010 p 156)

49

Quadro 07 ndash Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso DROGAS UTILIZADAS NA ITU NOS IDOSOS

I ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO INFERIOR (3 A 7 DIAS)

Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprima 160 mg de 12 12h

Norfloxacina 400 mg de 1212h

Ciprofloxacina 250 mg de 1212h

Levofloxacina 250 mg por dia

Nitrofurantoina 100 mg de 88h

II ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO SUPERIOR (14 DIAS)

Ciprofloxacina 500 mg EV de 1212h

Levofloxacina 500 mg EV por dia

Ceftriaxone 1g EV de 1212h

Piperacina soacutedica + Tazobactana soacutedica 225g EV de 88h

Fonte Marques Moreira e Santos (2010 p 158)

266 Osteoporose

A Osteoporose ldquo[] eacute uma doenccedila esqueleacutetica sistecircmica caracterizada por diminuiccedilatildeo

da massa oacutessea e deterioraccedilatildeo microarquitetural do tecido oacutesseo com consequente

aumento da fragilidade oacutessea e susceptibilidade agrave fraturardquo sendo a condiccedilatildeo mais

criacutetica da osteopenia Eacute uma doenccedila predominante em sujeitos idosos e consiste

grosso modo do enfraquecimento dos ossos o que pode levar a diversas

consequecircncias ao idoso A Figura 07 apresenta como ocorre essa doenccedila (LIMA et

al 2014 p 35)

Figura 07 ndash Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

50

Jaacute na Figura 08 tem-se uma vista mais ampla de como a osteoporose atua Pode-se

perceber que ela age deixando o osso em um formato esponjoso como se estivesse

oco como eacute popularmente conhecido tal doenccedila A ilustraccedilatildeo eacute do osso do quadril

mas eacute extensiacutevel a toda a estrutura oacutessea onde ocorrer a comorbidade (LIMA et al

2014)

Figura 08 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Existem diversos tipos de osteoporose que satildeo provocadas por vaacuterios fatores por

isso diz-se que eacute uma doenccedila multifatorial Basicamente satildeo divididas em primaacuteria

com tipos I e II e secundaacuteria a primeira eacute desenvolvida por causas naturais jaacute a

segunda eacute desenvolvida por meio de causas natildeo-naturais tais como a inflamaccedilatildeo

(CAMARGOS BOMFIM 2017)

Consequecircncias diversas podem surgir oriundas da osteoporose tais como ldquoperda da

massa deterioraccedilatildeo do tecido desarranjo da arquitetura e comprometimento da forccedila

oacutessea com aumento no risco de fraturardquo Ela atua de forma silenciosa e na maior parte

dos casos eacute descoberta somente quando ocorre algum acidente por mais simples que

seja com consequente fratura de algum osso do portador de tal doenccedila (BRASIL

2009 p 01)

51

Pode ser diagnosticada tratada e prevenida antes da ocorrecircncia de qualquer evento

que poderaacute comprometer a estrutura oacutessea de seu portador Ocorrendo algum

acidente este poderaacute afetar a estrutura fiacutesica do paciente deformaccedilatildeo no corpo como

um todo etc Na prevenccedilatildeo deve-se utilizar cerca de 1000mgdia de caacutelcio vitamina

D 400ndash800 Uldia ou algum medicamento tais como calcitonina bifosfonatos

raloxifeno e paratormocircnio (BRASIL 2017)

Haacute projeccedilotildees que dizem que cerca de 50 das mulheres e 20 dos homens com

idades acima dos 50 anos poderatildeo sofrer alguma fratura proveniente da osteoporose

ao longo de sua vida Como jaacute foi citado anteriormente a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

para o sujeito idoso e natildeo somente a estes mas ao ser humano em geral eacute uma

praacutetica altamente recomendada pelos profissionais da sauacutede devido agraves pesquisas

cientiacuteficas comprovarem as consequecircncias eficazes de quem se exercita e que por

isso eacute bastante recomendada para pacientes que possuem osteoporose (MOTA

SOUSA AZEVEDO 2012)

Nas palavras de Mota Sousa e Azevedo tem-se

Haacute uma forte correlaccedilatildeo entre a qualidade de vida dos idosos e a atividade fiacutesica pois com a degeneraccedilatildeo do sistema musculoesqueleacutetico nos idosos e a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional a praacutetica da atividade fiacutesica influecircncia no tratamento e na prevenccedilatildeo da osteoporose trazendo benefiacutecios como a melhoria do desempenho das capacidades funcionais o aumento da forccedila muscular e flexibilidade e uma consideraacutevel melhora da coordenaccedilatildeo motora (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012 p47)

Portanto uma forma de reduzir os efeitos que a osteoporose apresenta ao seu

portador eacute praticando exerciacutecios fiacutesicos diariamente que aliado agrave uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel e rica em caacutelcio pode-se gerar resultados bastante satisfatoacuterios

fortalecendo os muacutesculos revigorando o equiliacutebrio afastando a possibilidade de

atrofia pelo natildeo-uso do membro que esteja lesionado e com isso retardando a

desmineralizaccedilatildeo oacutessea (BRASIL 2017)

Outras precauccedilotildees deveratildeo ser administradas ao sujeito idoso portador da

osteoporose para evitar riscos de queda que satildeo os principais fatores complicadores

da sauacutede do idoso Tais procedimentos podem ser a retirada de objetos que podem

dificultar a mobilidade do sujeito idoso por onde anda evitar tapetes escorregadios

colocar materiais antiderrapantes nas superfiacutecies por onde o idoso se movimenta

facilitar o acesso ao banheiro etc (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012)

52

53

3 METODOLOGIA

Tendo a finalidade de desenvolver as propostas que foram apresentadas quando do

comeccedilo deste trabalho optou-se por fazer uma revisatildeo bibliograacutefica do tema sabendo

que essa eacute uma modalidade de pesquisa que se destina a concatenar e observar os

conhecimentos que jaacute foram publicados a respeito de um determinado assunto que

no caso em questatildeo eacute a Assistecircncia de Enfermagem ao sujeito idoso

De acordo com Mancini e Sampaio (2006 p 361 - 472) trabalhos de ldquoRevisotildees da

literatura satildeo caracterizadas pela anaacutelise e pela siacutentese da informaccedilatildeo disponibilizada

por todos os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema[]rdquo Tendo

em vista todos os estudos relevantes publicados por um determinado tema mas sem

limitaacute-lo pois como eacute de amplo conhecimento a quantidade de informaccedilotildees eacute infinita

daiacute a necessidade de se fazer uma limitaccedilatildeo temporal a respeito

Utilizou-se para o desenvolvimento do estudo os seguintes bancos de dados

Scientific Electronic Library (Scielo) Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) Descritores

em Ciecircncia da Sauacutede (DeCS) Ministeacuterio da Sauacutede e livros

Como criteacuterios de inclusatildeo foi estabelecido o uso de revistas acadecircmicas artigos

cientiacuteficos livros etc do ano de 2006 a 2017 Como criteacuterios de exclusatildeo optamos

por natildeo fazermos uso de materiais em liacutenguas estrangeiras materiais antigos

materiais incompletos e materiais que natildeo apresentam rigor cientiacutefico tais como

trabalhos acadecircmicos de revisatildeo

Por fim o presente estudo natildeo necessita de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica (CE) da

Universidade uma vez que as informaccedilotildees coletadas satildeo provenientes de materiais

de acesso puacuteblico e de conhecimento de todos os interessados

54

55

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO

Existem vaacuterias formas de se aplicar a Assistecircncia de Enfermagem e o que eacute utilizado

no Brasil por diversos motivos eacute o que foi desenvolvido em 1979 pela enfermeira e

pesquisadora paraense Wanda Horta atraveacutes de seu livro Processo de Enfermagem

(SILVA et al 2011)

Nas palavras de Silva e outros (2011 p 1381) percebe-se o caraacuteter cientiacutefico e seacuterio

do uso da Assistecircncia de Enfermagem Vejamos

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) eacute conceituada como um meacutetodo de prestaccedilatildeo de cuidados para a obtenccedilatildeo de resultados satisfatoacuterios na implementaccedilatildeo da assistecircncia com o objetivo de reduzir as complicaccedilotildees durante o tratamento de forma a facilitar a adaptaccedilatildeo e recuperaccedilatildeo do paciente O uso do meacutetodo requer o pensamento criacutetico do profissional que deve estar focado nos objetivos e voltado para os resultados de forma a atender as necessidades do paciente e de sua famiacutelia exigindo constante atualizaccedilatildeo habilidades e experiecircncia sendo orientado pela eacutetica e padrotildees de conduta Portanto eacute um modo de exercer a profissatildeo com autonomia baseada nos conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas uacuteltimas deacutecadas

Importante deixar claro o entendimento acerca do que eacute a Sistematizaccedilatildeo da

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem antes de aplicaacute-

los ao sujeito idoso pois tais conceitos satildeo aplicados de forma geral na enfermagem

Todo o profissional de enfermagem precisar ter bem solidificado tais conceitos para

que possam se tornar profissionais competentes e antenados com a real situaccedilatildeo de

seu paciente (GARCIA 2016)

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

A sistematizaccedilatildeo eacute normatizada pela resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN) juntamente com o Processo de Enfermagem (PE) Eacute

entendido como sendo a responsaacutevel por ldquoorganizar o trabalho profissional quanto ao

meacutetodo pessoal e instrumentos tornando possiacutevel a operacionalizaccedilatildeo do processo

de Enfermagemrdquo (BRASIL 2009 p 01)

Garcia (2016) fala a respeito do amplo uso das teacutecnicas da SAE Vejamos

56

Especialmente quando analisamos a dimensatildeo assistencial da praacutetica reconhecemos haver uma ampla gama de situaccedilotildees vivenciadas no cotidiano de cuidados agrave clientela envolvendo a necessidade de sistematizaccedilatildeo da assistecircncia e de aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem aspectos substantivos da profissatildeo (GARCIA 2016 p 05)

A Sistematizaccedilatildeo de Assistecircncia da Enfermagem (SAE) aplicada ao idoso torna-se

dessa forma uma tentativa de fornecer uma assistecircncia de qualidade e personalizada

ao idoso por isso padroniza-se a entrevista que o profissional de enfermagem faz ao

paciente com o intuito de saber a real situaccedilatildeo do cliente Para se fazer tal

assistecircncia o profissional de enfermagem precisa da ajuda do Processo de

Enfermagem que complementa a SAE (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

412 Processo de Enfermagem

Eacute definido como sendo ldquoum instrumento metodoloacutegico que orienta o cuidado do

profissional de enfermagem e a documentaccedilatildeo da praacutetica profissionalrdquo e eacute dividido

em cinco etapas que abaixo satildeo escritas conforme resoluccedilatildeo ndeg 3582009 O Quadro

08 apresentada cada etapa do Processo de Enfermagem (PE) (BRASIL 2009 p 01)

Quadro 08 ndash Etapas do processo de enfermagem PROCESSO DE ENFERMAGEM

ETAPA DESCRICcedilAtildeO

COLETA DE DADOS

Essa eacute a primeira etapa do processo de enfermagem e consiste em colher todos os dados possiacuteveis do paciente valendo de teacutecnicas variadas e com a maior precisatildeo possiacutevel para um melhor atendimento do paciente Importante nessa fase coletar informaccedilotildees por parte da famiacutelia dos pacientes para que as informaccedilotildees possam ser confirmadas devido ser de fontes diversas

DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

Apoacutes a coleta dos dados o profissional de enfermagem passa a processar as informaccedilotildees e interpretando-as para que possa ter a tomada de decisatildeo mais eficaz para o paciente Essa etapa consiste em descrever exatamente o que o paciente tem e funciona como base para a accedilatildeo do profissional de enfermagem

PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Nessa etapa o profissional determina o que espera alcanccedilar de resultados quando das devidas intervenccedilotildees apoacutes a etapa anterior Aqui o profissional cria uma espeacutecie de roteiro para certificar-se do que poderaacute ocorrer

IMPLEMENTACcedilAtildeO Nessa etapa o profissional coloca em praacutetica o que foi decido nas etapas anteriores

AVALIACcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Trata-se de um processo contiacutenuo e analiacutetico no qual o profissional observa o seu paciente fazendo as devidas anotaccedilotildees do quadro dele para posterior mudanccedila das implementaccedilotildees Todo esse processo eacute dinacircmico e por isso o profissional precisa estar atento ao paciente durante todo instante em que ele esteja sob seus cuidados

Fonte Brasil (2009) (Adaptado pela autora)

57

A Figura 09 ilustra o que foi dito a respeito do Processo de Enfermagem no Quadro

08

Figura 09 ndash Processo de Enfermagem

Fonte Autoria proacutepria (2018)

Como pode-se inferir do Quadro 08 descrito desenvolver e aplicar a Sistematizaccedilatildeo

da Assistecircncia de Enfermagem de acordo com o Processo de Enfermagem eacute um

processo que exige muita disciplina e conhecimento do profissional de enfermagem

pois eacute sabido que se trata de um processo teacutecnico-cientiacutefico e somente o enfermeiro

habilitado poderaacute exercitar cada uma das fases que se mostram em conjunto A sua

separaccedilatildeo conforme descrita acima eacute apenas para efeitos didaacuteticos (GARCIA 2016)

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos

Para aplicar a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem e o Processo de

Enfermagem ao sujeito idoso o profissional de enfermagem tem a necessidade de

seguir procedimentos descritos principalmente na NANDA Internacional que se

tornou a principal fonte de diagnoacutesticos de enfermagem e que ldquofavorece a

58

identificaccedilatildeo de estrateacutegias para elevar a qualidade da assistecircncia e contribuir na

formaccedilatildeo de recursos humanosrdquo (KOKUDAI ALVARENGA 2010 p03)

A NANDA eacute dividida em diversos toacutepicos e assim resolvemos separar conforme

Quadro 09 os cuidados necessaacuterios de acordo com cada doenccedila predominante na

terceira idade que foi comentada neste trabalho As descriccedilotildees natildeo se limitam ao que

foi dito pois colocamos apenas algumas situaccedilotildees devido agrave enorme quantidade de

situaccedilotildees diagnoacutesticos e cuidados existentes

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continua)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Hipertensatildeo Arterial

Sistecircmica

Risco de desequiliacutebrio eletroliacutetico

Risco de mudanccedila nos niacuteveis de eletroacutelitos seacutericos capaz de comprometer a sauacutede

Estilo de vida sedentaacuterio Trata-se de um estilo de vida sem a praacutetica de atividades fiacutesicas

Ansiedade

Trata-se de um sentimento desgastante que assola o seu portador diante da expectativa de notiacutecias ou de situaccedilotildees estressantes e novas Pode-se considerar como um sinal de alerta que o organismo desenvolveu para deixar o indiviacuteduo atento em condiccedilotildees de periacuteodo de toda sorte

Padratildeo de sono prejudicado

Devido a fatores externos o indiviacuteduo natildeo possui uma rotina constante e linear de sono sendo que existe a condiccedilatildeo de dormeacorda que prejudica o organismo como um todo

Nutriccedilatildeo desequilibrada

O sujeito alimenta-se de nutrientes que em muitos casos satildeo em excesso ocasionando armazenamento de energia em formato de gordura

Mal de Parkinson

Problemas Motores

Risco de queda Facilidade com que o sujeito tem de desequilibrar e cair o que pode causar enormes danos

Bradicinesia Lentidatildeo de respostas fiacutesicas e psiacutequicas

Mobilidade fiacutesica prejudica

Limitaccedilatildeo no movimento fiacutesico independente e voluntaacuterio do corpo ou de uma ou mais extremidades

Problemas Natildeo-

motores

Demecircncia Enfraquecimento das faculdades intelectuais diante de lesotildees no ceacuterebro

Ansiedade

Vago e incocircmodo sentimento de desconforto ou temor acompanhado por resposta autonocircmica (a fonte eacute frequentemente natildeo especiacutefica ou desconhecida para o indiviacuteduo) sentimento de apreensatildeo causada pela antecipaccedilatildeo de perigo Eacute um sinal de alerta que chama a atenccedilatildeo para um perigo iminente e permite ao indiviacuteduo tomar medidas para lidar com a ameaccedila

59

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continuaccedilatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Alzheimer

Deacuteficit no autocuidado Capacidade prejudicada de realizar ou completar as atividades de banho por si mesmo

Mobilidade fiacutesica prejudicada Limites para movimentar-se seja com movimento voluntaacuterios ou involuntaacuterios

Insuficiecircncia na capaci-dade do a-dulto para melhorar

Depressatildeo Deterioraccedilatildeo funcional progressiva de natureza fiacutesica e cognitiva A capacidade do indiviacuteduo de viver com doenccedilas multissistecircmicas enfrentar os problemas decorrentes e controlar o seu cuidado estaacute notavelmente diminuiacuteda

Decliacutenio da memoacuteria

Distuacuterbio de sono Dificuldade para dormir em periacuteodos prolongados

Confusatildeo crocircnica

Deterioraccedilatildeo irreversiacutevel das faculdades mentais de forma prolongada O indiviacuteduo passa a natildeo perceber os fatores externos que podem indicar algo tal como perigo atenccedilatildeo moral e tantos outros Apresenta distuacuterbios na memoacuteria passando a natildeo mais reconhecer e nem lembrar de coisas e pessoas

Diabetes Mellitus

Autocontrole ineficaz

da sauacutede

Natildeo consegue se controlar e agir conforme necessidade para ter uma sauacutede plena e satisfatoacuteria ou seja natildeo consegue cuidar de si

Perfusatildeo tissular perifeacuterica ineficaz

Reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo sanguiacutenea para a periferia capaz de comprometer a sauacutede

Risco de Infecccedilatildeo

Risco de ter em seu organismo elementos estranhos e que possam danificar a sua sauacutede

Risco de olho seco

Risco de desconforto ocular ou dano agrave coacuternea e agrave conjuntiva devido agrave quantidade reduzida ou agrave qualidade das laacutegrimas para hidratar o olho

Risco de glicemia instaacutevel Natildeo possui uma estabilidade padratildeo em seu niacutevel glicecircmico devido agrave quantidade de glicose no sangue

Infecccedilotildees do trato

urinaacuterio

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Eliminaccedilatildeo urinaacuteria prejudicada Disfunccedilatildeo na eliminaccedilatildeo da urina

Risco de siacutendrome do desuso Devido agrave falta de uso de algum membro do corpo corre-se o risco desse membro atrofiar-se

Risco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircncia

Risco de perda involuntaacuteria de urina que ocorre imediatamente apoacutes uma forte sensaccedilatildeo de urgecircncia para urinar

Conforto prejudicado Percebe-se que inexiste a sensaccedilatildeo de conforto nas dimensotildees do ser humano

Osteoporose

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Risco de constipaccedilatildeo Possibilidade de diminuiccedilatildeo na frequecircncia normal de evacuaccedilatildeo paralela a uma dificuldade de eliminaccedilatildeo das fezes

60

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (conclusatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Osteoporose

Risco para quedas Estado em que o indiviacuteduo tem uma suscetibilidade para quedas aumentada

Mobilidade fiacutesica prejudicada Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute prestes a apresentar limitaccedilotildees dos movimentos fiacutesicos poreacutem ainda natildeo se encontra imoacutevel

Andar prejudicado Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute em risco de apresentar limitaccedilatildeo para andar

Fonte Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA (2013) Santos e outros (2017) Mattos e outros (2011) (Adaptado pela autora)

Saber utilizar os Diagnoacutesticos de Enfermagem corretamente e que satildeo padronizados

eacute bastante eficaz aceito e exigido para evitar que o profissional de enfermagem crie

mecanismos subjetivos de cuidados pois se assim ocorresse haveria um caos na

enfermagem com cada profissional atuando conforme melhor lhe for apresentado

(SOUZA ALVES PASSOS 2010)

A utilizaccedilatildeo do Diagnoacutestico de Enfermagem padronizado eacute um instrumento necessaacuterio

para evitar que os profissionais de enfermagem fragmentem os cuidados e os dilemas

dos pacientes deixando de observaacute-los como um todo e na grande maioria dos casos

prescrevendo cuidados que natildeo possuem nenhuma relaccedilatildeo com os problemas

relatados Dessa forma pode-se observar o Diagnoacutestico de Enfermagem como uma

ferramenta de trabalho altamente eficaz em seu uso cotidiano pois fornece ao

profissional de enfermagem um planejamento pautado no histoacuterico de atuaccedilatildeo pois

uma vez que os problemas sejam conhecidos mapeados e anotados torna-se mais

eficaz e otimizado o processo do cuidado em toda a sua plenitude Por essa oacutetica

constata-se como eacute importante o Diagnoacutestico de Enfermagem para o sujeito idoso

pois consegue construir todo um conjunto de atuaccedilatildeo para o cuidado sempre visando

o bem-estar do idoso (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso

Depois de ter feito o diagnoacutestico de enfermagem do sujeito idoso e de ter descoberto

as suas comorbidades o profissional de enfermagem precisa entatildeo fazer as devidas

intervenccedilotildees Tais intervenccedilotildees satildeo tratadas como prescriccedilotildees de enfermagem e

possuem um campo de atuaccedilatildeo mapeado para natildeo sobrepor ao trabalho do meacutedico

(FAEDA PERROCA 2017)

61

Ainda de acordo com a resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de Enfermagem

(COFEN) o Art 4ordm assim determina

Ao enfermeiro [] incumbe a lideranccedila na execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do Processo de Enfermagem de modo a alcanccedilar os resultados de enfermagem esperados cabendo-lhe privativamente o diagnoacutestico de enfermagem acerca das respostas da pessoa famiacutelia ou coletividade humana em um dado momento do processo sauacutede e doenccedila bem como a prescriccedilatildeo das accedilotildees ou intervenccedilotildees de enfermagem a serem realizadas face a essas respostas (BRASIL 2009 p 03)

Ou seja o profissional de enfermagem tem ampla prerrogativa para desenvolver a

Prescriccedilatildeo de Enfermagem baseado nos protocolos e nos estudos que desenvolveu

na Universidade Dentre os vaacuterios diagnoacutesticos possiacuteveis para o sujeito idoso em

diversas situaccedilotildees iremos nos concentrar em somente aqueles que aqui foram

discutidos Faz-se necessaacuterio observar que a Prescriccedilatildeo de Enfermagem eacute uma

ferramenta de uso dinacircmico Entende-se de uso dinacircmico a ideia de que o profissional

de enfermagem natildeo pode descuidar do seu paciente tendo a necessidade de sempre

observaacute-lo e atualizar o que surgir de novo para que possa estar sempre atualizando

o estado de sauacutede do cliente (FAEDA PERROCA 2017)

Abaixo no Quadro 10 tem-se a Prescriccedilatildeo de Enfermagem para as doenccedilas que

foram discutidas neste trabalho Vale ressaltar que existem diversas doenccedilas que

acometem o sujeito idoso mas vamos nos ater apenas nas principais que foram

tratadas uma vez que satildeo o objeto limitador de estudo deste trabalho (MOROZ

KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (continua)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

Mudanccedila no estilo de vida dos pacientes idosos Eliminaccedilatildeo do uso do sal Controle do peso Controle da ansiedade Praacutetica diaacuteria de atividades fiacutesicas Uso adequado dos medicamentos Abstinecircncia ao fumo e ao aacutelcool

Mal de Parkinson

Programa de exerciacutecios diaacuterios para aumentar a forccedila muscular o que iraacute melhorar a coordenaccedilatildeo e a destreza reduzindo a rigidez muscular Encorajar ensinar e incentivar o cliente durante os exerciacutecios da vida diaacuteria para promover o autocuidado Encorajar o paciente a seguir um padratildeo de horaacuterio regular aumentando a consciecircncia para a ingestatildeo de liacutequidos e a ingestatildeo de alimentos com um conteuacutedo de fibra moderado Monitorar o peso semanalmente indicando se a absorccedilatildeo caloacuterica eacute adequada Desenvolver meacutetodo de comunicaccedilatildeo para satisfazer as necessidades do paciente encorajar o paciente a participar de programas sociais para evitar a depressatildeo

62

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (conclusatildeo)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Alzheimer Orientar a higiene corporal e higiene oral Medidas de prevenccedilatildeo de lesatildeo por pressatildeo Mudanccedila de decuacutebito Administraccedilatildeo de medicaccedilatildeo ansioliacutetica conforme prescriccedilatildeo meacutedica Proporcionar alimentaccedilatildeo saudaacutevel (frutas e legumes) em poucas quantidades vaacuterias vezes ao dia Ajudar no autocuidado Incentivar o autocuidado a comunicaccedilatildeo verbal a cogniccedilatildeo e a memoacuteria atraveacutes de jogos leituras e atividades luacutedicas Auxiliar a famiacutelia no entendimento e no enfrentamento da patologia

Diabetes Mellitus

Fornecer informaccedilotildees ao paciente Desenvolver um plano de ensino para o paciente Avaliar as estrateacutegias de enfrentamento para o paciente e tranquiliza-lo Determinar os meacutetodos de ensino para o paciente Avaliar as habilidades e comportamentos de autocuidado dos pacientes Monitorar pacientes experientes ateacute que eles natildeo cometam erros no autocuidado Instruir pacientes e familiares a reconhecer os sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia

Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

Orientar ao paciente da necessidade do uso adequado do medicamento dos horaacuterios da quantidade e das vias de administraccedilatildeo Orientar os idosos e familiares quanto aos resultados da medicaccedilatildeo Manter o registro da frequecircncia da incontinecircncia urinaacuteria registrar mudanccedilas da pressatildeo arterial do estado mental e das habilidades funcionais Realizar as medidas terapecircuticas Realiza treinamento da bexiga

Osteoporose

Deixar o paciente e o membro afetado em repouso Imobilizar o local da fratura para evitar movimentos Repousar o paciente em uma cama ortopeacutedica Deixar o local da fratura em posiccedilatildeo elevada Aplicar as medicaccedilotildees que foram receitadas Documentar todos os relatos de dores deixando claro onde ocorre e as caracteriacutesticas Incentivar o paciente a discutir os problemas relacionados agrave lesatildeo Medicar antes das atividades de cuidado Revisar a patologia fazendo prognoacutesticos e expectativas futuras Discutir o regime medicamentoso individual de forma apropriada Encorajar exerciacutecios brandos Monitorar a ingestatildeo de alimentos Auxiliar lentamente a pessoa a sentar Aumentar a motilidade dos membros Reduzir ou eliminar os fatores que aumentam a experiecircncia dolorosa

Fonte Florecircncio e outros (2012) Mattos e outros (2011 p 443) Menezes e outros (2013 p04) Tosin e outros (2016) Santos e outros (2017) (Adaptado pela autora)

Agir de acordo com as prescriccedilotildees de enfermagem que aqui foram desenvolvidas

proporciona ao sujeito idoso uma melhoria em sua qualidade de vida e dessa forma

consegue viver a terceira idade com plena satisfaccedilatildeo e alegria sem perder de vista a

extrema necessidade de cuidados constantes que a condiccedilatildeo de sujeito idoso lhe

obriga (LIRA et al 2013)

Conclui-se do que foi apresentado no quadro 10 que o profissional de enfermagem

deteacutem uma importante funccedilatildeo em sua aacuterea de atuaccedilatildeo e que precisa estar sempre

estudando se atualizando das novidades meacutedicas para poder oferecer um bom

cuidado ao seu cliente idoso seja no ambiente hospitalar seja no ambiente de abrigo

de idosos ou no proacuteprio lar do idoso (FAEDA PERROCA 2017)

Diante de todo o estudo realizado acerca do sujeito idoso e da relaccedilatildeo do profissional

de enfermagem com o seu paciente idoso conseguimos ter alguns resultados

63

satisfatoacuterios que a seguir seratildeo apresentados sem a necessidade de estarem em

ordem de prioridade ou seja todos satildeo importantes

64

65

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Envelhecer eacute um verbo que a todos afeta independentemente de sexo raccedila cor etc

Haacute no entanto duas formas de se envelhecer com sauacutede e sem sauacutede Mesmo

diante dessas duas formas de envelhecimento envelhecer com qualidade eacute precioso

para o indiviacuteduo pois dessa forma consegue se aceitar como velho consegue

suportar as doenccedilas que satildeo proacuteprias da terceira idade Consegue ver vantagem em

ser velho

Para se envelhecer com qualidade necessaacuterio eacute que o sujeito tenha uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel que se abstenha de viacutecios que satildeo danosos ao organismo que consiga ter

equiliacutebrio em sua vida pessoal psicoloacutegica iacutentima e em tantos outros campos ou seja

que tenha harmonia em tudo O apoio familiar torna-se primoroso nessa etapa da vida

Ter ao lado quando se estaacute fragilizado devido a velhice pessoas que ama que confia

e por quem eacute amado eacute uma forma de envelhecer com bastante qualidade

O profissional de enfermagem tem um papel fundamental junto a pessoas idosas pois

em muitos casos torna-se seu cuidador principal quando a famiacutelia natildeo pode cuidar

de seu idoso por motivos diversos ou quando o idoso se encontra sozinho sem

famiacutelia e sem amigos Por isso importante ter preparo com pessoas idosas entender

bem o processo de envelhecimento estar sempre atualizado diante das doenccedilas que

atingem os sujeitos idosos

Eacute um trabalho que demanda muito amor por parte do profissional e que por isso natildeo

basta apenas o entender racional de todos os procedimentos precisa ter sentimentos

proacutesperos de ajuda ao proacuteximo e seguir os princiacutepios norteadores de Wanda de

Aguiar Horta para quem a enfermagem foi o maior bem de sua vida pois cuidava de

seus pacientes como se fossem seus filhos

Considerando a taxa de envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira vale destacar

tambeacutem a abertura de mercado gerontoloacutegico para o profissional de enfermagem

Percebemos que com a taxa de envelhecimento da sociedade brasileira acelerada

a demanda por profissionais de enfermagem iraacute aumentar consideravelmente tendo

em vista a necessidade desse profissional para a praacutetica do cuidado com o sujeito

idoso

66

Discussotildees mais aprofundadas em torno do sujeito idoso precisam ser realizadas nas

academias com o intuito de formar profissionais competentes e com entendimento

desse setor pois conforme foi falado eacute um capo em franco crescimento devido ao

envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira Quanto mais capacitado for o profissional

melhor colocaccedilatildeo obteraacute no mercado de trabalho e melhores cuidados conseguiraacute

dispor em favor do paciente idoso

67

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ACIOLE Giovanni Gurgel BATISTA Lucia Helena Promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de incapacidades funcionais dos idosos na estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia a contribuiccedilatildeo da fisioterapia Sauacutede debate Rio de Janeiro v 37 n 96 p 10-19 mar 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-11042013000100003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON O que eacute Parkinson Disponiacutevel em lt

httpwwwparkinsonorgbrgt Acesso em 04 de junho de 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER O que eacute o Alzheimer Disponiacutevel em lt httpwwwabrazorgbrindexphppage=alzheimergt Acesso em 04 de junho de 2018 BAPTISTA Rafael Reimann VAZ Marco Aureacutelio Arquitetura muscular e o envelhecimento adaptaccedilatildeo funcional e aspectos cliacutenicos revisatildeo de literatura Fisioterapia e Pesquisa Satildeo Paulo v16 n4 p368-73 outdez 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdffpv16n415pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 BRASIL Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Osteoporose Boletim Sauacutede e Economia Ano I ndash Ediccedilatildeo nordm 1 agosto de 2009 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt

httpportalanvisagovbrdocuments33884412285Boletim+SaC3BAde+e+Economia+nC2BA+17d49dea4-6610-4a71-9154-c4df75c3dd53gt Acesso em 25 de maio de 2018 BRASIL Cacircmara dos Deputados Estatuto do Idoso Ministeacuterio da Sauacutede - 3 ed 2 reimpr - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2013 70 p ______ Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos Guia de Vigilacircncia em Sauacutede volume uacutenico [recurso eletrocircnico] Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos 2ordf Ed Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2017 705 p Disponiacutevel em lthttpportalarquivos2saudegovbrimagesPDF2017outubro16Volume-Unico-2017pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 ______ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica A Siacutentese dos Indicadores Sociais Uma Anaacutelise das Condiccedilotildees de Vida da Populaccedilatildeo Brasileira - 2016 Disponiacutevel em lthttpswwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimossinteseindicsociais2016defaultshtmgt Acesso em 06 de abril de 2018 ______ Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo nordm 358 do Conselho Federal de Enfermagem 15 de outubro de 2009 (BR) 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384htmlgt Acesso em 27 de abril de 2018

68

BUSNELLO Roberta et al Niacutevel de conhecimento de idosos sobre diabetes mellitus e sua percepccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave qualidade de vida Rev Kairoacutes Gerontologia 201215(3)81-94 Disponiacutevel em lthttpsrevistaspucspbrindexphpkairosarticleviewFile784011432gt Acesso em 23 de abril de 2018 CAMARGOS Mirela Castro Santos BOMFIM Wanderson Costa Osteoporose e Expectativa de Vida Saudaacutevel estimativas para o Brasil em 2008 Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 25 n 1 p 106-112 mar 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2017000100106amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de maio de 2018 CLARES Jorge Wilker Bezerra FREITAS Maria Ceacutelia de PAULINO Monnyck Hellen Couto Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem ao idoso institucionalizado fundamentada em Virginia Henderson Rev Rene (Online) 14(3) 649-658 maio ndash junho de 2013 Disponiacutevel em lt httppesquisabvsaludorgenfermagemresourceptbde-24492gt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 CORDEIRO Juliana et al Efeitos da atividade fiacutesica na memoacuteria declarativa capacidade funcional e qualidade de vida em idosos Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 3 p 541-552 Sept 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000300541amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA [recurso eletrocircnico] definiccedilotildees e classificaccedilatildeo 2012-2014 [NANDA International] traduccedilatildeo Regina Machado Garcez revisatildeo teacutecnica Alba Lucia Bottura Leite de Barros [et al] ndash Dados eletrocircnicos ndash Porto Alegre Artmed 2013 Centro Avanccedilado de Medicina Preventiva ENVELHECIMENTO - Sob o ponto de vista esteacutetico e meacutedico 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwcamepcombrenvelhecimentogt Acesso em 23 maio 2018 ENFERMEIRO aprendiz As Orientaccedilotildees de Enfermagem em Osteoporose 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwenfermeiroaprendizcombras-orientacoes-de-enfermagem-em-osteoporosegt Acesso em 25 maio 2018 ESQUENAZI Danuza SILVA R Boiccedila da GUIMARAtildeES Marco Antocircnio (2014) Aspectos fisiopatoloacutegicos do envelhecimento humano e quedas em idosos Rev Hosp Univ Pedro Ernesto 13(2)11-20 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg1012957rhupe201410124gt Acesso em 04 de junho de 2018 FAEDA Mariacutelia Silveira PERROCA Maacutercia Galan Conformidade na prescriccedilatildeo de enfermagem agraves necessidades de cuidados concepccedilatildeo de enfermeiros Rev Bras Enferm Brasiacutelia v 70 n 2 p 400-406 Apr 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672017000200400amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 May 2018

69

FILHO Mario Alves de Siqueira Envelhecimento e muacutesculo esqueleacutetico forccedila muscular atividade proteassomal e sinalizaccedilatildeo relacionada ao balanccedilo proteacuteico 2012 68 p Tese apresentada ao programa de poacutes-graduaccedilatildeo em fisiologia humana (Doutor em ciecircncias) - Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis4242137tde-12062013-102648enphpgt Acesso em 10 abr 2018 FONSECA Emiacutelio Prado da et al Mortalidade por cacircncer bucal e orofaringe no Brasil entre 2002 e 2011 Revista da Faculdade de Ciecircncias Gerenciais de Manhuaccedilu Manhuaccedilu MG v 11 n 2 p 08-17 Agosto-Dezembro 2014 Disponiacutevel em lthttppensaracademicofacigedubrindexphppensaracademicoarticleview216gt Acesso em 04 de junho de 2018 FLOREcircNCIO Raquel Sampaio et al Adesatildeo ao idoso ao tratamento para hipertensatildeo arterial e intervenccedilotildees de enfermagem Rev Rene 2012 13(2) 343-53 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicosufcbrrenearticleviewFile39243114gt Acesso em 22 de abril de 2018 GARCIA Telma Ribeiro Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem aspecto substantivo da praacutetica profissional Esc Anna Nery Rio de Janeiro 2016 20(1) 5-10 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeanv20n11414-8145-ean-20-01-0005pdfgt Acesso em 27 de abril de 2018 GUERRA Ana Carolina Lima Cavaletti CALDAS Ceacutelia Pereira Dificuldades e recompensas no processo de envelhecimento a percepccedilatildeo do sujeito idoso Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2931-2940 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600031amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 GONCALVES Lucia Hisako Takase ALVAREZ Angela Maria ARRUDA Micheli Coral Pacientes portadores da doenccedila de Parkinson significado de suas vivecircncias Acta paul enferm Satildeo Paulo v 20 n 1 p 62-68 Marccedilo 2007 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002007000100011amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 GONCALVES Endy-Ara Gouvea CARMO Joatildeo dos Santos Diagnoacutestico da doenccedila de Alzheimer na populaccedilatildeo brasileira um levantamento bibliograacutefico Rev Psicol Sauacutede Campo Grande v 4 n 2 p 170-176 dez 2012 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S2177-093X2012000200010amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 JARDIM Luciana Muniz Sanches Siqueira Veiga et al Tratamento Multiprofissional da Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica em Pacientes Muito Idosos Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 108 n 1 p 53-59 Jan 2017 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0066-782X2017000100053amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 JUSTO Joseacute Sterza ROZENDO Adriano da Silva A velhice no Estatuto do Idoso Estud pesqui psicol Rio de Janeiro v 10 n 2 p 471-489 ago 2010

70

Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1808-42812010000200012amplng=ptampnrm=isogt acessos em 22 abr 2018 KOKUDAI Laiacutes Aparecida ALVARENGA Maacutercia Regina Martins Classificaccedilatildeo das necessidades de sauacutede de idosos de acordo com a taxonomia NANDA 2010 Rev Anais do Eniac 6 p Disponiacutevel em lthttpsanaisonlineuemsbrindexphpenicarticleview13241337gt Acesso em 30 de abril de 2018 KUWAE Christiane Ayumi et al Concepccedilotildees de alimentaccedilatildeo saudaacutevel entre idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ normas nutricionais normas do corpo e normas do cotidiano Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 18 n 3 p 621-630 Sept 2015 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232015000300621amplng=enampnrm=isogt Acesso em 20 de maio de 2018 LEAO E SILVA Leonardo Oliveira et al Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica Representaccedilotildees Sociais de idosos sobre a doenccedila e seu tratamento Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 21 n 2 p 121-128 June 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2013000200004amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 de maio de 2018 LIMA Deborah Mendonccedila et al A hipovitaminose B12 eacute fator de risco para desenvolvimento de osteoporose Anais do Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - 1 ed - Satildeo Paulo AC Farmacecircutica 2014 Disponiacutevel em lthttpssbggorgbrwp-contentuploads2014101479477498_Anais_CBGG_-_Verso_finalpdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 LIRA Luana Nogueira et al Histoacuterico de enfermagem para idosos hospitalizados base para diagnoacutesticos e prescriccedilotildees Rev enferm UFPE on line Recife 7(8) 5198-206 ago 2013 Disponiacutevel em lthttpsperiodicosufpebrrevistasrevistaenfermagemarticleviewFile1179314165gt Acesso em 22 de maio de 2018 MANCINI Marisa Cotta SAMPAIO Rosana Ferreira Quando o objeto de estudo eacute a literatura estudos de revisatildeo Rev bras fisioter Satildeo Carlos v 10 n 4 Dec 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-35552006000400001amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 MARQUES Luiz Paulo Joseacute MOREIRA Rosa Maria Portella SANTOS Omar da Rosa Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio nos idosos Satildeo Paulo Editora Sarvier 2010 p 150 ndash 154 Disponiacutevel em lthttpswwwresearchgatenetpublication283487098_INFECCAO_DO_TRATO_URINARIO_NOS_IDOSOSgt Acesso em 30 de abril de 2018 MATTOS Carine Magalhatildees Zanchi de et al Processo de enfermagem aplicado a idosos com alzheimer que participam do projeto estrateacutegias de reabilitaccedilatildeo Estud Interdiscipl Envelhec Porto Alegre v16 ediccedilatildeo especial p 433-447 2011 Disponiacutevel em

71

lthttpseerufrgsbrindexphpRevEnvelhecerarticleview1792116307gt Acesso em 22 de maio de 2018 MACIEL Marcos Gonccedilalves Atividade fiacutesica e funcionalidade do idoso Motriz rev educ fis (Online) Rio Claro v 16 n 4 p 1024-1032 Dec 2010 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1980-65742010000400023amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de junho de 2018 MENEZES Luiza Tereza Gadelha de et al ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA In Congresso Nacional de Envelhecimento Humano 2016 Natal - RN ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA [Sl sn] 2016 p 1-6 Disponiacutevel em lthttpwwweditorarealizecombrrevistascnehtrabalhosTRABALHO_EV054_MD4_SA4_ID558_17082016145144pdfgt Acesso em 22 maio 2018 MORAIS Olga Nazareacute Pantoja de Grupos de idosos atuaccedilatildeo da psicogerontologia no enfoque preventivo Psicol cienc prof Brasiacutelia v 29 n 4 p 846-855 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-98932009000400014amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 06 abr 2018 MOTA Leandro Silva SOUSA Elton Geraldo de AZEVEDO Francisco Honeidy Carvalho Intercorrecircncias da osteoporose na qualidade de vida dos idosos Revista Interdisciplinar NOVAFAPI Teresina v5 n2 p44-49 Abr-Mai-Jun 2012 Disponiacutevel em lthttpsrevistainterdisciplinaruninovafapiedubrrevistainterdisciplinarv5n2revrev1v5n2pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 MOROZ Maisa Bastos KLUTHCOVSKY Ana Claudia Garabeli Cavalli SCHAFRANSKI Marcelo Derbli Controle de pressatildeo arterial em idosas hipertensas em uma Unidade de Sauacutede da Famiacutelia e fatores associados Cad Sauacutede Colet 2016 Rio de Janeiro 24 (1) 111-117 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcadscv24n11414-462X-cadsc-24-1-111pdfgt Acesso em 23 de abril de 2018 PEREIRA Erico Felden TEIXEIRA Clarissa Stefani ETCHEPARE Luciane Sanchotene O envelhecimento e o sistema muacutesculo esqueleacutetico Revista Digital n 101 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwefdeportescomefd101envelhhtmgt Acesso em 04 de junho de 2018 PETERNELLA Fabiana Magalhatildees Navarro MARCON Sonia Silva Descobrindo a Doenccedila de Parkinson impacto para o parkinsoniano e seu familiar Rev bras enferm Brasiacutelia v 62 n 1 p 25-31 Feb 2009 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672009000100004amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 REIS Luciana Arauacutejo dos TRAD Leny Alves Bonfim Suporte familiar ao idoso com comprometimento da funcionalidade a perspectiva da famiacutelia Psicol teor prat Satildeo Paulo v 17 n 3 p 28-41 dez 2015 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1516-

72

36872015000300003amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 RIBEIRO Aline Lima VEIGA Caroline Lagrotta da Associaccedilatildeo entre a capacidade cognitiva e a ocorrecircncia de quedas em idosos de juiz de fora Minas Gerais Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Federal de Juiz de Fora 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwufjfbrfacfisiofiles201307TCC-Aline-Carolinepdfgt Acesso em 10 de abril de 2008 RORIZ-FILHO Jarbas et al Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio Medicina (Ribeiratildeo Preto) 201043(2) 118-25 Disponiacutevel emlthttpwwwrevistasuspbrrmrparticleview166167gt Acesso em 04 de junho de 2018 RUIVO Susana et al Efeito do envelhecimento cronoloacutegico na funccedilatildeo pulmonar Comparaccedilatildeo da funccedilatildeo respiratoacuteria entre adultos e idosos saudaacuteveis Rev Port Pneumol Lisboa v 15 n 4 p 629-653 ago 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielomecptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0873-21592009000400005amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 07 abril de 2018 SANTOS Beatriz Aparecida dos et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem (SAE) no atendimento domiciliar ao paciente portador de osteoporose Revista Sauacutede em Foco ndashEdiccedilatildeo nordm 9 ndash Ano 2017 Disponiacutevel em lthttpunifiaedubrrevista_eletronicarevistassaude_focoartigosano2017072_sistematizacao_ass_enfermagem_saepdf gt Acesso em 25 de maio de 2018 SANCHES Ana Paula R Amadio LEBRAO Maria Luacutecia DUARTE Yeda Aparecida de Oliveira Violecircncia contra idosos uma questatildeo nova Saude soc Satildeo Paulo v 17 n 3 p 90-100 Sept 2008 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-12902008000300010amplng=enampnrm=isogt access on 22 Apr 2018 SENA Edite Lago da Silva et al Tecnologia cuidativa de ajuda muacutetua grupal para pessoas com Parkinson e suas famiacutelias Texto contexto - enferm Florianoacutepolis v 19 n 1 p 93-103 mar 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000100011amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 SERENIKI Adriana VITAL Maria Aparecida Barbato Frazatildeo A doenccedila de Alzheimer aspectos fisiopatoloacutegicos e farmacoloacutegicos Rev psiquiatr Rio Gd Sul Porto Alegre v 30 n 1 supl 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0101-81082008000200002amplng=enampnrm=isogt Acesso em 23 de abril de 2018 SILVA Bruna Rodrigues da FINOCCHIO Ana Luacutecia A velhice como marca da atualidade uma visatildeo psicanaliacutetica Viacutenculo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 23-30 dez 2011 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-24902011000200004amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018

73

SILVA Elisama Gomes Correia et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacutetica Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 45 n 6 p 1380-1386 Dec 2011 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000600015amplng=enampnrm=isogt access on 22 May 2018 SOUZA Rosangela Ferreira de SKUBS Thais BRETAS Ana Cristina Passarella Envelhecimento e famiacutelia uma nova perspectiva para o cuidado de enfermagem Rev bras enferm Brasiacutelia v 60 n 3 p 263-267 June 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672007000300003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de maio de 2018 SOUZA Emannuely Silva de ALVES Thalita Isapaula Feacutelix PASSOS Ana Beatriz Barbosa Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem a um Idoso com Parkinson em uma Instituiccedilatildeo de Apoio do Municiacutepio de Ipatinga Revista Enfermagem Integrada ndash Ipatinga Unileste-MG - V3 - N2 - NovDez 2010 Disponiacutevel em lt httpswwwunilestemgbrenfermagemintegradaartigoV3_209-sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem-a-um-idoso-com-parkinsonpdf gt Acesso em 02 de maio de 2018 TAGLIARINI Mariana Hidroginaacutestica na terceira Idade Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndashUNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2008 Lins 2008 62p il 31cm Disponiacutevel em lthttpwwwunisalesianoedubrbibliotecamonografias46264pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 TAYLOR Carol et al Fundamentos de enfermagem a arte e a ciecircncia do cuidado de enfermagem 7 ed Porto Alegre Artmed 2014 1768 p TEIXEIRA Ilka Niceacuteia DAquino Oliveira GUARIENTO Maria Elena Biologia do envelhecimento teorias mecanismos e perspectivas Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2845-2857 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600022amplng=enampnrm=isogt Acessado em 06 de abril de 2018 TOSIN Michelle Hyczy de Siqueira et al Intervenccedilotildees de Enfermagem para a reabilitaccedilatildeo na doenccedila de Parkinson mapeamento cruzado de termos Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 24 e2728 2016 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692016000100360amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 VARGAS Liane da Silva de LARA Marcus Viniacutecius Soares de MELLO-CARPES Pacircmela Billig Influecircncia da diabetes e a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico e atividades cognitivas e recreativas sobre a funccedilatildeo cognitiva e emotividade em grupos de terceira idade Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 4 p 867-878 dez 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000400867amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 23 abr 2018

74

VERAS Renato Peixoto Prevenccedilatildeo de doenccedilas em idosos os equiacutevocos dos atuais modelos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28 n 10 p 1834-1840 Oct 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-311X2012001000003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 VETTORE Marcelo Vianna et al Avaliaccedilatildeo do manejo da infecccedilatildeo urinaacuteria no preacute-natal em gestantes do Sistema Uacutenico de Sauacutede no municiacutepio do Rio de Janeiro Rev bras epidemiol Satildeo Paulo v 16 n 2 p 338-351 jun 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-790X2013000200338amplng=ptampnrm=isogt acessos em 30 abr 2018

Page 3: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca

ADRIANA MARIA SUNDERHUS PIMENTEL

ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO UMA REVISAtildeO DE

LITERATURA

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico de Vitoacuteria como requisito obrigatoacuterio para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Enfermagem

Aprovado em __________ de __________________________de ___________ por

______________________________________________

Prof Me Jeremias Campos Simotildees - Orientador

______________________________________________

Profordf Me Claudia Curbani Vieira Manola UCV

______________________________________________

Profordf Maristela Villarinho de Oliveira UCV

Dedico este trabalho a todos aqueles que convivem comigo no dia-a-dia seja em

mateacuteria seja em espiacuterito Vocecircs satildeo o meu estiacutemulo para vencer

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo primeiramente a Deus pelo dom da vida e por ter me proporcionado chegar

ateacute aqui

Aos meus pais Dalva e Alfredo que sempre estiveram ao meu lado me incentivando

nos momentos de incerteza me encorajando a nunca desistir e dividindo comigo

momentos felizes da minha vida

Ao meu querido esposo Elias pela paciecircncia e pelo apoio

Aos meus filhos maravilhosos Wesley Gabriel e Karine que em muitas ocasiotildees natildeo

entendiam a necessidade de eu me privar de coisas externas para estudar mas que

no fundo procuravam me entender Amo muito vocecircs filhos

A todos os meus amigos que de alguma forma contribuiacuteram para o meu sucesso

Agradeccedilo aos professores que sempre estiveram dispostos a ajudar a contribuir para

um melhor aprendizado em especial ao meu professor e orientador Prof Jeremias

por todo o suporte durante o desenvolvimento desse trabalho de conclusatildeo de curso

A todos que direta ou indiretamente contribuiacuteram para a minha formaccedilatildeo Muito

obrigada

Que os vossos esforccedilos desafiem as impossibilidades lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossiacutevel

Charles Chaplin

RESUMO

O envelhecimento eacute uma condiccedilatildeo natural a que todos os seres vivos seratildeo

submetidos caso natildeo venham a oacutebito No ser humano essa condiccedilatildeo eacute mais

alarmante tendo em vista toda uma vida de independecircncia e posteriormente ter a

necessidade de depender de algueacutem caso natildeo envelheccedila com qualidade de vida

Estima-se que em 2050 a populaccedilatildeo brasileira teraacute em torno de 30 de idosos ou

seja a populaccedilatildeo brasileira estaacute envelhecendo bastante Este trabalho justifica-se

devido agrave enorme quantidade de sujeitos idosos que surgiratildeo devido ao aumento na

expectativa de vida e devido aos profissionais de enfermagem de um modo geral

natildeo estarem capacitados para atuarem junto agrave essa populaccedilatildeo Como objetivos esse

trabalho visa falar sobre o envelhecimento sobre os processos de envelhecimento

sobre doenccedilas inerentes agrave terceira idade sobre a assistecircncia do profissional de

enfermagem sobre a promoccedilatildeo da sauacutede ao sujeito idoso etc Para conseguir atingir

os objetivos apresentados foi usado como metodologia a revisatildeo de literatura sendo

essa um tipo de pesquisa Para tanto foi realizado levantamentos a partir das

seguintes bases Scielo livros e manuais do Ministeacuterio da Sauacutede revistas de sauacutede

etc Os criteacuterios de inclusatildeo foram artigos em liacutengua portuguesa textos completos e

a partir de 2007 O resultado da pesquisa bibliograacutefica mostrou que existe um enorme

campo de atuaccedilatildeo para o profissional de enfermagem quando se fala a respeito do

sujeito idoso devido a isso o profissional de enfermagem precisa estar bastante

capacitado para trabalhar com tal populaccedilatildeo

Palavras-chaves Idoso Envelhecimento Assistecircncia de Enfermagem

ABSTRACT

Aging is a natural condition to which all living beings will be subjected if they do not

die In the human being this condition is more alarming having in view a whole life of

independence and later having the need to depend on someone if it does not age

with quality of life It is estimated that in 2050 the Brazilian population will have around

30 of the elderly that is the Brazilian population is aging a lot This work is justified

due to the enormous amount of elderly subjects that will arise due to the increase in

life expectancy and due to the nursing professionals in general they are not able to

work with this population The objective of this study is to talk about aging aging

processes diseases inherent in the elderly nursing care health promotion to the

elderly etc In order to achieve the presented objectives the literature review was used

as methodology being this one type of research For that purpose surveys were

conducted based on the following bases Scielo books and manuals of the Ministry of

Health health magazines etc The inclusion criteria were articles in Portuguese

language full texts and as of 2007 The results of the bibliographic research showed

that there is a huge field of action for the nursing professional when talking about the

elderly subject because of this the nursing professional must be able to work with such

a population

Keywords Elderly Aging Nursing Assistance

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo28

Figura 2 - Processo de envelhecimento33

Figura 3 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento37

Figura 4 - Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal43

Figura 5 - Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson44

Figura 6 - Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer46

Figura 7 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose49

Figura 8 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril50

Figura 9 - Processo de Enfermagem55

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade27

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens28

Quadro 2 - Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso29

Quadro 3 - Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento34

Quadro 4 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento36

Quadro 5 - Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos40

Quadro 6 - Alimentos recomendados para idosos41

Quadro 7 - Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso49

Quadro 8 - Etapas do processo de enfermagem54

Quadro 9 - Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem56

Quadro 10 - Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE)59

LISTA DE SIGLAS

COFEN ndash Conselho Federal de Enfermagem

OMS ndash Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede

SAE ndash Sistema de Assistecircncia de Enfermagem

SCIELO ndash Scientific Electronic Library Online

BVS - Biblioteca Virtual em Sauacutede

DeCS - Descritores em Ciecircncia da Sauacutede

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

SNC - Sistema Nervoso Central

SUS - Sistema Puacuteblico de Sauacutede

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

AVC - Acidente Vascular Cerebral

ITU - Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

CE - Comitecirc de Eacutetica

PE - Processo de Enfermagem

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO25

11 OBJETIVOS26

111 Objetivo geral26

112 Objetivos especiacuteficos26

12 JUSTIFICATIVA26

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO27

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO

IDOSA NO BRASIL27

22 ESTATUTO DO IDOSO29

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO30

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO

ENVELHECIMENTO31

241 Mecanismos do envelhecimento32

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio35

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco35

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico36

2414 Envelhecimento do sistema nervoso38

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO38

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso39

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso40

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE42

261 Mal de Parkinson42

262 Doenccedila de Alzheimer45

263 Diabetes Mellitus46

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica47

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio48

266 Osteoporose49

3 METODOLOGIA53

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO55

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO55

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) 55

412 Processo de Enfermagem56

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos57

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS65

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS67

25

1 INTRODUCcedilAtildeO

O aumento da populaccedilatildeo idosa tem preocupado todas as autoridades devido ao

aumento do gasto previdenciaacuterio o que se torna um problema de enormes

proporccedilotildees tendo em vista o fato de o governo ter que disponibilizar a cada ano mais

verba para este segmento populacional que jaacute passa dos 15 milhotildees de brasileiros

Tais problemas colocados pela miacutedia amplifica o preconceito com o sujeito idoso e

com isso o medo de envelhecer fica latente a cada dia em que o sujeito chega agrave

terceira idade pois vislumbra-se um futuro sombrio no qual o preconceito conforme

falado seraacute enorme poliacuteticas de ajuda piacutefias verbas escassas e em muitos casos

falta de apoio familiar (GUERRA CALDAS 2010)

Um dos motivos que estatildeo proporcionando o aumento de idosos no Brasil eacute a melhoria

de diversos indicadores E como o aumento da populaccedilatildeo idosa acarreta seacuterios

problemas para a economia de um paiacutes torna-se importante desenvolver poliacuteticas que

podem auxiliar o idoso a envelhecer melhor com qualidade controlando as doenccedilas

caracteriacutesticas da terceira idade funcional e contribuindo com o Estado para que

este natildeo venha a entrar em colapso (VERAS 2012)

Estudos cientiacuteficos tecircm comprovado que exerciacutecios fiacutesicos combinados a uma boa

alimentaccedilatildeo e ateacute mesmo remeacutedios fitoteraacutepicos contribuem para uma melhoria

consideraacutevel para a sauacutede fiacutesica e mental dos idosos o que eacute algo bastante

interessante tendo em vista que a maioria dos acidentes com pessoas idosas ocorrem

quando o sujeito idoso sem forccedila muscular se machuca em pequenas atividades

dentro de casa ou quando sua sauacutede mental natildeo proporciona um envelhecimento

confortaacutevel ou quando as doenccedilas crocircnicas caracteriacutesticas da terceira idade se

apresentam intensamente (ACIOLE BATISTA 2013)

Nos dias atuais um carimbo que existe sobre o sujeito idoso eacute o descaso com ele

satildeo colocados agrave margem da sociedade Muitos natildeo possuem mais aptidatildeo para

trabalhos e muitos apresentam problemas de sauacutede que demandam um cuidado

especial muita atenccedilatildeo e com a ldquovida corridardquo quem deveria cuidar do idoso acaba

negligenciando sua funccedilatildeo e por isso vaacuterios idosos acabam indo para instituiccedilotildees de

asilo que muitas vezes natildeo oferecem condiccedilotildees miacutenimas de cuidados (SILVA

FINOCCHIO 2011)

Por outro lado instituiccedilotildees seacuterias de abrigo de idosos possuem profissionais de

26

diversas aacutereas do saber que atuam em conjunto para um cuidado eficaz do sujeito

idoso Dentre esses profissionais que auxiliam no cuidado do idoso uma figura que

se destaca eacute o enfermeiro que desenvolve ldquosuas atividades com os idosos por meio

de um processo de cuidar que contempla os aspectos biopsicossociais e espirituais

vivenciados durante a institucionalizaccedilatildeordquo quando utiliza a Sistematizaccedilatildeo de

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) por intermeacutedio do Processo de Enfermagem (PE)

permitindo ldquouma avaliaccedilatildeo integral do idoso identificando necessidades e padrotildees de

resposta aos problemas de sauacutede para a determinaccedilatildeo de soluccedilotildees apropriadas no

atendimento dessas necessidadesrdquo (CLARES FREITAS PAULINO 2013 p 02)

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

bull Analisar a partir de uma revisatildeo de literatura a Assistecircncia de Enfermagem ao

sujeito idoso

112 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever o processo de envelhecimento

bull Listar as principais doenccedilas que acometem a populaccedilatildeo idosa

bull Identificar as principais estrateacutegias de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem (SAE) para a populaccedilatildeo idosa

12 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista o aumento do nuacutemero de sujeitos idosos no Brasil devido ao aumento

da expectativa de vida e por ser esta autora jaacute atuante como enfermeira na

assistecircncia agraves pessoas idosas natural foi a escolha pelo tema aqui desenvolvido

27

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO IDOSA

NO BRASIL

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) oacutergatildeo do governo responsaacutevel

por coletar informaccedilotildees a respeito da sociedade brasileira para um melhor

entendimento da realidade lanccedilou em 2016 um livro com uma siacutentese de indicadores

sociais e uma anaacutelise das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo brasileira Tal livro

permeado de dados estatiacutesticos foi utilizado para levantar as estatiacutesticas a respeito

da populaccedilatildeo idosa do Brasil e assim seraacute aqui referenciado

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

A evoluccedilatildeo da composiccedilatildeo populacional por grupos de idade aponta para a tendecircncia de envelhecimento demograacutefico que corresponde ao aumento da participaccedilatildeo percentual dos idosos na populaccedilatildeo e a consequente diminuiccedilatildeo dos demais grupos etaacuterios (BRASIL 2016 p 13)

A constataccedilatildeo de que a sociedade brasileira estaacute envelhecendo pode ser confirmada

na Tabela 01 que reforccedila o que jaacute foi citado anteriormente

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade

IDADE (anos) 2005 () 2015 ()

0 ndash 14 265 210 15 - 29 274 236 30 - 59 362 410

Acima de 60 98 143

Fonte Brasil (2016 p 13)

Ainda sobre a Tabela 01 observa-se a evoluccedilatildeo da populaccedilatildeo brasileira entre os anos

de 2005 a 2015 Observa-se pela tabela que a populaccedilatildeo idosa saiu dos 98 em

2005 para 143 em 2015 ou seja em uma deacutecada a populaccedilatildeo idosa cresceu cerca

de 46 Eacute um crescimento enorme Com essa dinacircmica populacional a expectativa

eacute que em 2050 a populaccedilatildeo idosa no Brasil fique ligeiramente abaixo dos 30

conforme eacute ilustrado na Figura 01 Ela tambeacutem apresenta a projeccedilatildeo da evoluccedilatildeo de

pessoas com mais de 60 anos no restante do mundo (BRASIL 2016)

28

Figura 01 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo

Fonte Brasil (2016) (Adaptado pela autora)

O sujeito idoso apresenta diversas dificuldades no seu dia-a-dia e torna-se um desafio

enorme para a sociedade brasileira como um todo em vista da preocupaccedilatildeo que se

deve ter com o sujeito idoso No Quadro 01 algumas caracteriacutesticas pertinentes aos

idosos (BRASIL 2016)

Quadro 01 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens CARACTERIacuteSTICAS QUANTIDADE

Alguma dificuldade permanente para caminhar 330 ()

Vivem em domiciacutelios em aacutereas sem arborizaccedilatildeo 275 ()

Entidade de assistecircncia social privada sem fins lucrativos 8283

Jaacute se sentiram discriminados no serviccedilo sauacutede 84 ()

Niacutevel de ocupaccedilatildeo dos idosos 263 ()

Proporccedilatildeo de idosos ocupados que recebem aposentadoria 538 ()

Ensino fundamental incompleto 655 ()

Sem plano meacutedico ou odontoloacutegico 680 ()

Sintomas de depressatildeo 93 ()

Fonte Brasil (2016)

O Quadro 01 apresenta diversas informaccedilotildees a respeito do sujeito idoso A que mais

chama atenccedilatildeo eacute a quantidade de idosos sem plano de sauacutede ou odontoloacutegico algo

em torno de 68 pois como eacute sabido a sauacutede puacuteblica no Brasil eacute precaacuteria e com

isso o idoso que acaba por depender do sistema puacuteblico natildeo tem um atendimento

eficaz o que pode agravar suas condiccedilotildees fiacutesicas e de sauacutede (BRASIL 2016)

29

22 ESTATUTO DO IDOSO

O estatuto do idoso eacute o nome popular dado a Lei nordm 10741 de 1ordm de outubro de 2003

que veio para regular os direitos das pessoas com mais de sessenta anos assim

consideradas idosas (BRASIL 2013)

O referido documento agrupou leis que jaacute existiam organizando-as em blocos Todos

os direitos a que o idoso tem mas que em diversas ocasiotildees satildeo deliberadamente

usurpados foram bem discutidos nesta lei Seu art 2ordm assim institui

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes agrave pessoa humana sem prejuiacutezo da proteccedilatildeo integral de que trata esta Lei assegurando-se-lhe por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades para preservaccedilatildeo de sua sauacutede fiacutesica e mental e seu aperfeiccediloamento moral intelectual espiritual e social em condiccedilotildees de liberdade e dignidade (BRASIL 2013 p 07)

O idoso possui sempre prioridades devido a uma seacuterie de fatores e acima de tudo

devido agrave sua fragilidade pela idade avanccedilada O estatuto do idoso determina quais

satildeo essas prioridades No Quadro 02 elas satildeo delineadas (BRASIL 2013)

Quadro 02 ndash Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso INCISO PRIORIDADES

I Ter atendimento prioritaacuterio e personalizado junto a oacutergatildeos que prestam serviccedilos de sauacutede agrave populaccedilatildeo

II Ter prioridades diante das poliacuteticas sociais elaboradas para a sauacutede puacuteblica

III Destinaccedilatildeo privilegiada de recursos puacuteblicos para os setores que possuem obrigaccedilotildees de proteccedilatildeo ao idoso

IV Desenvolvimento de poliacuteticas que torne possiacutevel o conviacutevio do idoso com pessoas de outras geraccedilotildees

V Ser cuidado por membros de sua famiacutelia sendo que a acolhida em abrigos de idosos seria em uma uacuteltima situaccedilatildeo

VI Capacitaccedilatildeo dos profissionais que cuidam de idosos para prestar um atendimento de qualidade de atualizado

VII No desenvolvimento de poliacuteticas que possibilitem a divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees educativas a respeito do idoso para o puacuteblico em geral

VIII Garantia de acessibilidade aos serviccedilos de sauacutede e de assistecircncia social do Estado

IX Primazia quando do recebimento da restituiccedilatildeo do Imposto de Renda

Fonte Brasil (2013) (Adaptado pela autora)

Como pode-se observar no Quadro 02 as prioridades a que o idoso tem direito satildeo

vaacuterias poreacutem o que se observa na praacutetica eacute que muitas delas satildeo ignoradas A cultura

de cada paiacutes diz se os seus velhos seratildeo beneficiados com o respeito ou se seratildeo

maltratados No Brasil impera a cultura de descaso com o sujeito da terceira idade e

muitas vezes vaacuterios deles sofrem verdadeiros maus tratos seja fiacutesica seja

psicologicamente (SANCHES LEBRAO 2008)

30

Referida norma nos dizeres de Justo e Rozendo (2010) apresenta natildeo apenas o

instrumento juriacutedico para preservar e garantir a dignidade do idoso mas ldquo[] mas

tambeacutem como uma produccedilatildeo simboacutelica e conceitual que mediante um conjunto de

signos representaccedilotildees imagens e saberes configura o idoso na cultura []rdquo (JUSTO

ROZENDO 2010 p 472)

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO

O ser humano eacute um animal social e por isso desde haacute muito tempo de eacutepocas

remotas eles se organizam dando alguma ideia de famiacutelia conforme entendemos

atualmente No entanto a ideia de famiacutelia muda agrave medida que a histoacuteria evolui e se

antes o sujeito idoso era considerado o ente mais importante de sua famiacutelia devido

aos conhecimentos que adquiriu ao longo de sua jornada nos dias atuais essa

premissa jaacute natildeo eacute tatildeo mais importante e devido a isso observa-se poucos idosos no

seio da famiacutelia com sua consequente diminuiccedilatildeo (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

Quando se pensa em famiacutelia como instituiccedilatildeo social o que precisa ser levado em

consideraccedilatildeo para uma anaacutelise mais ampla a respeito dessa instituiccedilatildeo social satildeo

ldquo[] aspectos como afetividade companheirismo solidariedade sentimentos e accedilotildees

que podem ser encontradas fora dos laccedilos consanguiacuteneosrdquo Ou seja natildeo se eacute famiacutelia

somente aqueles que possuem o mesmo sangue mas existem outros fatores que

demonstram ser um agrupamento de pessoas considerado famiacutelia ldquoEacute uma construccedilatildeo

social influenciada pela cultura e contexto histoacuterico em que foi concebida []rdquo

(SOUZA SKUBS BRETAS 2007 p 264)

A vida do ser humano eacute repleta de fases desde agrave infacircncia ateacute a velhice Em cada fase

existe todo um conjunto cultural que daacute suporte agravequela fase e por isso nas famiacutelias

atuais existe um certo conflito entre membros familiares de geraccedilotildees diferentes pois

convivem muitas vezes em uma mesma residecircncia crianccedilas adolescentes adultos

e velhos e por isso um maior cuidado para que tais diferenccedilas natildeo interfiram na

harmonia do lar (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

E com o sujeito idoso haacute de se ter uma atenccedilatildeo especial devido a todos os fatores

envolvidos em sua mudanccedila de idade e com a chegada da velhice Tais fatores satildeo

os sociais psicoloacutegicos materiais financeiros autonomia etc Dessa forma o idoso

tende a dar mais trabalho pois uma vez que fora independente e natildeo eacute mais uma

31

vez que fora forte e natildeo eacute mais apresenta uma paciecircncia bastante curta Assim os

familiares que em volta dele estatildeo precisam ter bastante amor e carinho para um

excelente cuidado pois eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia assim fazer conforme preceitua a

Constituiccedilatildeo Federal (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

O apoio da famiacutelia para o sujeito idoso eacute de suma importacircncia para que ele possa ter

uma velhice confortaacutevel e saudaacutevel Reis e Trad possuem palavras interessantes a

respeito Vejamos

O suporte familiar contribui de maneira significativa para a manutenccedilatildeo e a integridade fiacutesica e psicoloacutegica do indiviacuteduo Seu efeito eacute tido como beneacutefico no membro da famiacutelia que o recebe na medida em que o suporte eacute percebido como disponiacutevel e satisfatoacuterio [] Dessa forma eacute fundamental para o planejamento assistencial adequado ao idoso a compreensatildeo do contexto familiar o que implica o entendimento das questotildees que envolvem a formaccedilatildeo e a dinacircmica de funcionamento das famiacutelias em geral (REIS TRAD 2015 p 30)

No entanto abrigos repletos de sujeitos idosos demonstram que na grande maioria

dos casos os familiares preferem abandonar os seus velhos aos cuidados de

enfermeiros que nem conhecem se estatildeo capacitados para lidar com as

necessidades Mesmo com o advento do estatuto do idoso ele continua sofrendo

severos preconceitos (REIS TRAD 2015)

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO

No Brasil de hoje tem-se observado um crescimento substancial do nuacutemero de

sujeitos idosos (aqueles com mais de 60 anos de acordo com o estatuto do idoso) e

isso eacute algo bastante preocupante tendo em vista a infraestrutura precaacuteria do sistema

de sauacutede Apenas a tiacutetulo de entendimento de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatiacutestica (IBGE) a quantidade de sujeitos idosos em 2016 era em cerca

de 143 (BRASIL 2016)

Existem basicamente dois motivos pelos quais a quantidade de sujeitos idosos vem

aumentando no Brasil que satildeo a reduccedilatildeo da taxa de natalidade e a reduccedilatildeo da

mortalidade A tecnologia vem ajudando consideravelmente para que esses dois

fatores sejam os reais motivos pelo aumento da taxa de idosos (MORAIS 2009)

A afirmativa anterior eacute reforccedilada pelo IBGE conforme segue ldquoAs mudanccedilas na razatildeo

de dependecircncia estatildeo diretamente associadas agrave diminuiccedilatildeo da fecundidade e ao

32

aumento na longevidade da populaccedilatildeo especialmente na populaccedilatildeo idosardquo (BRASIL

2016 p 17)

Dessa forma o ato de envelhecer passa a ser visto como algo a que todos os

brasileiros passaratildeo um dia pois haacute um aumento na expectativa de vida e assim

entender o processo de envelhecimento e desenvolver mecanismos para um

envelhecimento saudaacutevel torna-se fundamental pois idosos saudaacuteveis significa

grosso modo menos problemas tanto para a famiacutelia quanto para o governo Mas esse

menos problema natildeo eacute dito de forma vulgar pejorativa mas sim de forma racional

pois com um idoso saudaacutevel em uma famiacutelia esta famiacutelia natildeo sofre com o sofrimento

dele (MORAIS 2009)

Os desafios que se apresentam com o aumento da populaccedilatildeo idosa no Brasil estatildeo

intimamente interligados com a integraccedilatildeo e o cuidado social com o sujeito idoso com

a sauacutede com a assistecircncia social com a previdecircncia social com a forma de

envelhecer saudaacutevel etc (BRASIL 2016)

Dessa forma importante entender o mecanismo bioloacutegico do envelhecimento e sua

correlaccedilatildeo com o meio fiacutesico para um cuidado mais personalizado

241 Mecanismos do envelhecimento

Teixeira e Guariento afirmam que o conhecimento acerca do envelhecimento ou dos

motivos que o causam satildeo limitados devido agrave falta de pesquisas experimentais com

seres humanos o que eacute vedado pela eacutetica meacutedica Dessa forma pode-se fazer

apenas experimentos com animais em especial com roedores moscas de frutas e

isso acaba natildeo trazendo um real significado acerca do processo de envelhecimento

(TEIXEIRA GUARIENTO 2010)

Existem vaacuterias teorias a respeito do envelhecimento e por isso aos poucos foram

sendo agrupadas basicamente em dois grupos a saber teorias programadas e

teorias estocaacutesticas A primeira tem sua ideia central ldquonos reloacutegios bioloacutegicos que

regulam o crescimento a maturidade a senescecircncia e a morterdquo Jaacute a segunda baseia-

se na ldquoidentificaccedilatildeo de agravos que induzem aos danos moleculares e celulares

aleatoacuterios e progressivosrdquo (TEIXEIRA GUARIENTO 2010 p 2846)

33

Fato eacute que os efeitos do envelhecimento satildeo visiacuteveis rugas expostas cabelos

brancos peles caiacutedas dificuldades para se locomoverem decliacutenio das forccedilas

diminuiccedilatildeo do equiliacutebrio diversas doenccedilas dificuldade na respiraccedilatildeo Tudo estaacute

conjuntamente interligado em um processo complexo e variado que envolve tanto o

bioloacutegico quanto o psicossocial e que afeta diversos sistemas Na Figura 02 uma

representaccedilatildeo interessante do processo de envelhecimento (RUIVO et al 2009)

Figura 02 ndash Processo de envelhecimento

Fonte Centro avanccedilado de medicina preventiva (2018)

34

No Quadro 03 eacute apresentado os efeitos da velhice de uma forma geral e resumida

Vaacuterios satildeo os efeitos do envelhecimento no sujeito idoso por isso apenas alguns deles

foram relatados a tiacutetulo de exemplos

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (continua)

MODIFICACcedilOtildeES NO CORPO COM O ENVELHECIMENTO

ESTADO GERAL

Reduccedilatildeo progressiva da eficiecircncia dos processos fisioloacutegicos resulta em equiliacutebrio fraacutegil e impotildee obstaacuteculos agrave capacidade do corpo para manter a homeostase Estressores fiacutesicos e emocionais tornam o idoso mais vulneraacutevel devido agrave diminuiccedilatildeo das reservas fisioloacutegicas O idoso pode continuar a se envolver em todas as atividades da meia-idade embora de maneira intuitiva deva adaptar-se a um ritmo modificado e a periacuteodos de descanso mais frequentes

TEGUMENTAR

Surgimento de rugas e perda da firmeza da pele ocorrem com a reduccedilatildeo da elasticidade ressecamento e descamaccedilatildeo satildeo comuns A queda dos cabelos eacute comum nos homens e as mulheres tecircm afinamento e perda de pigmentaccedilatildeo dos cabelos Sinais de pele e pigmentaccedilatildeo satildeo comuns embora a pele possa clarear devido agrave perda de melanoacutecitos As unhas costumam espessar-se e ficar quebradiccedilas e amareladas

MUSCULOESQUELEacuteTICO

Diminui o tecido subcutacircneo e o peso no idoso A massa e a forccedila musculares diminuem Ocorre desmineralizaccedilatildeo oacutessea e os ossos ficam porosos e quebradiccedilos As articulaccedilotildees tendem a enrijecer e a perder flexibilidade podendo diminuir a amplitude de movimentos Costuma ocorrer lentidatildeo da mobilidade geral e a postura tende a encurvar A altura diminui um pouco

NEUROLOacuteGICO

O Sistema Nervoso Central reage mais lentamente a muacuteltiplos estiacutemulos Assim a resposta cognitiva e comportamental do idoso pode ser retardada Diminui a frequecircncia da reaccedilatildeo reflexa A regulagem da temperatura e a percepccedilatildeo de dorpressatildeo ficam menos eficientes O idoso pode ainda ter dificuldades no equiliacutebrio na coordenaccedilatildeo na motricidade fina e na orientaccedilatildeo espacial o que resulta em maior risco para quedas Costuma encurtar o sono noturno e o idoso pode despertar com mais facilidade

SENTIDOS ESPECIAIS

Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade visual (presbiopia) com maior sensibilidade agrave claridade e menor capacidade de adaptar-se agrave escuridatildeo Reduccedilatildeo da acomodaccedilatildeo reduccedilatildeo da percepccedilatildeo em profundidade e da discriminaccedilatildeo de cores Uma catarata pode obscurecer ainda mais a visatildeo A dificuldade para ler letras miuacutedas pode se tornar mais evidente Dirigir durante o dia ou durante agrave noite pode ficar comprometido Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade auditiva (presbicusia) em especial diminuiccedilatildeo da discriminaccedilatildeo de tons na presenccedila de ruiacutedos ambientais Em consequecircncia dos problemas auditivos o idoso pode retrair-se de eventos sociais As sensaccedilotildees de paladar e olfato diminuem Sensibilidade aos cheiros pode diminuir Problemas nutricionais podem surgir

CARDIOPULMONAR

Os vasos sanguiacuteneos ficam menos elaacutesticos e muitas vezes riacutegidos e tortuosos Depoacutesitos de placas de gordura continuam a ocorrer nos revestimentos dos vasos sanguiacuteneos Edema e esfriamento das extremidades inferiores podem ocorrer em especial com a diminuiccedilatildeo da mobilidade O corpo tem menor capacidade de aumentar a frequecircncia do coraccedilatildeo e o deacutebito cardiacuteaco mediante atividade A elasticidade pulmonar e a accedilatildeo ciliar diminuem de modo que a desobstruccedilatildeo pulmonar se torna menos eficiente Pode aumentar a frequecircncia pulmonar acompanhada de profundidade diminuiacuteda

35

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (conclusatildeo)

GASTRINTESTINAL Os sucos digestivos continuam a diminuir e reduz-se a absorccedilatildeo de nutrientes Desnutriccedilatildeo e anemia satildeo mais comuns Com a reduccedilatildeo do tocircnus muscular e o peristaltismo diminuiacutedo satildeo comuns queixas de constipaccedilatildeo

DENTICcedilAtildeO Perda e caacuterie dentaacuterias continuam para a maioria dos idosos Os haacutebitos alimentares podem mudar em especial se o idoso natildeo tem dentes ou usa dentaduras que natildeo servem bem

GENITURINAacuteRIO

O fluxo sanguiacuteneo para os rins reduz com a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco A quantidade de unidades de neacutefrons funcionando diminui em 50 Produtos a serem eliminados podem ser filtrados e excretados mais lentamente Liacutequidos e eletroacutelitos permanecem dentro das variaccedilotildees normais mas o equiliacutebrio eacute fraacutegil Cerca de 75 dos homens com mais de 65 anos tecircm hipertrofia da glacircndula prostaacutetica Pode haver a necessidade de cirurgia caso ocorra retenccedilatildeo urinaacuteria Haacute atrofia diminuiccedilatildeo de secreccedilotildees e afinamento do trato genital da mulher idosa

Fonte Taylor e outros (2007 p 460)

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio

O Sistema respiratoacuterio envelhece da mesma forma que o restante do organismo e

muitas vezes ele envelhece mais raacutepido devido agrave enorme quantidade de poluiccedilatildeo a

que estamos sujeitos Nas palavras de Ruivo e outros

Pensa-se que o sistema respiratoacuterio seja o sistema do organismo que envelhece mais rapidamente devido agrave maior exposiccedilatildeo a poluentes ambientais ao longo dos anos As mudanccedilas que ocorrem a este niacutevel satildeo clinicamente relevantes porque a deterioraccedilatildeo da funccedilatildeo pulmonar estaacute associada ao aumento da taxa de mortalidade e aleacutem disso o conhecimento das mesmas contribui para a detecccedilatildeo e prevenccedilatildeo de disfunccedilotildees respiratoacuterias em idosos (RUIVO et al 2009 p 631)

Biologicamente com o envelhecimento a estrutura morfoloacutegica da parede toraacutecica

sofre severas alteraccedilotildees que afetam diretamente os pulmotildees Dessa forma a perda

da elasticidade dentre outros problemas torna-se a mais frequente complicaccedilatildeo

pulmonar entre pessoas idosas (RUIVO et al 2009)

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco

O envelhecimento do sistema cardiacuteaco acarreta diversas complicaccedilotildees ao sujeito

idoso e a dinacircmica de como esse processo se dar eacute melhor explicado por Esquenazi

Silva e Guimaratildees

O coraccedilatildeo eacute constituiacutedo por ceacutelulas musculares os cardiomioacutecitos moleacuteculas de matriz extracelular destacando-se o colaacutegeno e ceacutelulas intersticiais cardiacuteacas tais como fibroblastos e ceacutelulas endoteliais Por tratar-se de ceacutelulas terminalmente diferenciadas a identificaccedilatildeo recente de ceacutelulas-tronco residentes no coraccedilatildeo revelou que os cardiomioacutecitos satildeo repostos mas natildeo

36

na proporccedilatildeo ideal para recuperaccedilatildeo de funccedilatildeo alterada consequente a eventuais perdas (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

Dessa forma pode-se realccedilar algumas mudanccedilas sensiacuteveis que ocorrem com o

envelhecimento e que estatildeo listadas no Quadro 04 abaixo

Quadro 04 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento MUDANCcedilAS ORGAcircNICAS COM O ENVELHECIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

A parede ventricular torna-se mais espessa

Diminuiccedilatildeo das ceacutelulas de cardiomioacutecitos

Aumento do conteuacutedo do colaacutegeno

Alteraccedilatildeo do metabolismo mitocondrial

Maior secreccedilatildeo de colaacutegeno

Induccedilatildeo de apoptose das ceacutelulas musculares lisas da parede arterial

Aumento da rigidez aoacutertica

Alteraccedilatildeo da elasticidade aoacutertica

Disfunccedilatildeo diastoacutelica

Hipertrofia do ventriacuteculo esquerdo

Insuficiecircncia cardiacuteaca congestiva

Fonte Esquenazi Silva e Guimaratildees (2014) (Adaptado pela autora)

No envelhecimento ocorrem mudanccedilas em algumas propriedades do coraccedilatildeo e isso

pode acarretar o surgimento de arritmias cardiacuteacas bem como a diminuiccedilatildeo da

possibilidade de alteraccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca durante situaccedilotildees de estresse

Assim devido agrave mudanccedila da frequecircncia cardiacuteaca na populaccedilatildeo da terceira idade eacute

frequentemente adicionado medicamentos como diureacuteticos medicamentos que atuam

para combater a arritmia etc (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico

Haacute diversos estudos que tentam provar que o processo de envelhecimento estaacute

associado agrave diminuiccedilatildeo da massa muscular fenocircmeno conhecido como sarcopenia

Este fenocircmeno debilita diretamente a arquitetura muscular alterando diversas

propriedades tais como ldquoaacuterea da seccedilatildeo transversa anatocircmica comprimento das fibras

musculares volume e acircngulo de penaccedilatildeo dos muacutesculosrdquo Ocasiona uma reduccedilatildeo das

forccedilas do paciente da capacidade aeroacutebica e da taxa metaboacutelica Juntos esses

fatores influenciamalteram a qualidade de vida pois podem aumentar a taxa de

quedas e ocasionar outros problemas ao idoso que repercutem em todos os campos

de sua vida (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

37

Os mais novos estudos cientiacuteficos na aacuterea sugerem que o envelhecimento tambeacutem

estaacute relacionado com a diminuiccedilatildeo da rigidez dos tendotildees o que eacute apreciado na obra

de Baptista e Vaz conforme segue

Modificaccedilotildees morfoloacutegicas na unidade muacutesculo-tendatildeo como a sarcopenia ou a diminuiccedilatildeo da rigidez tendiacutenea reconhecidamente causam alteraccedilotildees de suas propriedades mecacircnicas As propriedades mecacircnicas dos muacutesculos determinam sua capacidade de produccedilatildeo de forccedila em diferentes comprimentos e velocidades podendo assim influenciar de maneira significativa as atividades de vida diaacuteria dos seres humanos independente da faixa etaacuteria (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

Natildeo se consegue entender exatamente como ocorre o processo da sarcopenia pois

eacute um processo complexo no qual diversos outros processos contribuem para que

aconteccedila Alguns estudos sugerem que a diminuiccedilatildeo da ativaccedilatildeo neuromuscular eacute

comeccedilo do processo de perda de massa e de forccedila O que eacute bem entendido e

preocupante satildeo os seus efeitos nos sujeitos idosos que provocam diversas outras

consequecircncias (FILHO 2012)

Eacute sabido que tudo estaacute interligado portanto quando ocorre reduccedilatildeo da estrutura

muscular esqueleacutetica isso acarreta outros problemas natildeo soacute de importacircncia material

assim como de importacircncia imaterial como sedentarismo depressatildeo ansiedade

depressatildeo etc A Figura 03 ilustra esse ciacuterculo vicioso (PEREIRA TEIXEIRA

ETCHEPARE 2006)

Figura 03 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento

Fonte Pereira Teixeira e Etchepare (2006)

38

2414 Envelhecimento do sistema nervoso

O envelhecimento como jaacute foi dito provoca uma seacuterie de alteraccedilotildees no organismo do

sujeito idoso No sistema nervoso diversas alteraccedilotildees anatocircmicas e quiacutemicas satildeo

observadas no enceacutefalo e na medula e essas alteraccedilotildees podem ser vistas tanto

macroscopicamente quanto microscopicamente Ateacute mesmo o tamanho do ceacuterebro e

peso dele satildeo modificados agrave medida que o sujeito envelhece na ordem de 2 a cada

uma deacutecada e com diminuiccedilatildeo de proteiacutenas (TAGLIARINI 2008)

De acordo com anaacutelises feitas ao envelhecer diversas alteraccedilotildees acontecem sendo

que as mais vitais satildeo ldquoa diminuiccedilatildeo de ceacutelulas alteraccedilotildees dendriacuteticas placas senis

degeneraccedilatildeo neurofibrilar degeneraccedilatildeo gracircnulo-vacuolar e acuacutemulo de lipofucsinardquo

(TAGLIARINI 2008 p 18)

As alteraccedilotildees morfoloacutegicas produzidas pelo Sistema Nervoso Central (SNC) se

mostram como sendo de suma importacircncia para o devido funcionamento do sistema

nervoso devido agrave importacircncia na geraccedilatildeo e processamento das memoacuterias e no

transporte de informaccedilotildees ateacute os neurocircnios (TAGLIARINI 2008)

Portanto de tudo o que foi falado a respeito do envelhecimento do sistema nervoso

algumas partes ainda natildeo foram provadas e muita coisa ainda deve ser elucidada

com os anos vindouros Tem-se uma ideia de que as modificaccedilotildees ocorrem tanto de

forma central quanto de forma perifeacuterica ldquocom atrofia cerebral devido agrave diminuiccedilatildeo do

nuacutemero de neurocircnios assim como a reduccedilatildeo da quantidade de substacircncias branca e

cinzenta Ocorre ainda reduccedilatildeo da sinaptogecircnese e da velocidade de conduccedilatildeo

nervosa []rdquo (RIBEIRO VEIGA 2013 p25)

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO

Conforme jaacute foi falado anteriormente a populaccedilatildeo brasileira seguindo o ritmo da

populaccedilatildeo mundial estaacute envelhecendo mais devido agraves inovaccedilotildees tecnoloacutegicas Com

isso mais sujeitos idosos procuram serviccedilos meacutedicos por causa das doenccedilas

inerentes agrave terceira idade Essa demanda impulsiona aos governos criarem poliacuteticas

de sauacutede para que o sujeito envelheccedila com sauacutede pois se assim for proporciona

vantagem para todos os que estatildeo envolvidos com o idoso seja seus parentes que

39

cuidam dele seja o Estado que natildeo precisa gastar muito com remeacutedios Isso

proporciona um aliacutevio na previdecircncia divido agrave imensa diacutevida puacuteblica que existe e por

necessitar fazer corte de gastos A seguir seraacute melhor tratado acerca dos benefiacutecios

da atividade fiacutesica para o idoso para ter um envelhecimento sadio e de haacutebitos

saudaacuteveis que precisa ter para o seu dia-a-dia com sauacutede (ACIOLE BATISTA 2013)

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso

Com o crescimento mundial acelerado da populaccedilatildeo idosa diversas poliacuteticas estatildeo

sendo desenvolvidas para fazer com que o idoso envelheccedila com sauacutede tendo em

vista finalidades variadas tais como o fato de a previdecircncia estar sobrecarregada a

constataccedilatildeo de que o Sistema Puacuteblico de Sauacutede (SUS) natildeo atende com qualidade

as premissas mais baacutesicas da populaccedilatildeo Assim se o idoso chegar agrave terceira fase de

sua vida mais dinacircmico e com mais sauacutede enormes benefiacutecios surgiratildeo natildeo somente

para ele assim como para toda a sociedade (FONSECA et al 2014)

Dentre essas poliacuteticas certamente a que incentiva o idoso a praticar esportes eacute a mais

disseminada juntamente com a boa alimentaccedilatildeo pois eacute comprovado cientificamente

que o idoso ao praticar esportes consegue se manter mais saudaacutevel mais luacutecido e

em melhores condiccedilotildees de enfrentamento de doenccedilas que lhe acometem que satildeo

caracteriacutesticas da terceira idade aleacutem de provocar uma melhoria como um todo ao

sujeito idoso em todas as suas dimensotildees (MACIEL 2010)

De acordo com Maciel (2010 p 1024)

Poreacutem ao se refletir sobre as atividades fiacutesicas precisa-se pensar aleacutem dos benefiacutecios biopsicossociais proporcionados pela sua praacutetica como tambeacutem por exemplo compreender as mudanccedilas de comportamentos individuais eou coletivos para a adesatildeo e manutenccedilatildeo dessas atividades Essas soacute proporcionaratildeo os devidos benefiacutecios se realizadas continua e corretamente

As atividades fiacutesicas que satildeo incentivadas para que o idoso possa praticar satildeo

divididas em quatro dimensotildees lazer deslocamento ativo atividades domeacutesticas e

laboral A primeira eacute dita como atividade estruturada jaacute as demais satildeo atividades natildeo-

estruturais Existem vaacuterias vantagens para o sujeito idoso que se movimenta que

pratica alguma atividade fiacutesica As principais vantagens estatildeo apresentadas no

Quadro 05 (MACIEL 2010)

40

Quadro 05 ndash Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos BENEFIacuteCIOS DA ATIVIDADE FIacuteSICA PARA O IDOSO

Aumentomanutenccedilatildeo da capacidade aeroacutebia

Aumentomanutenccedilatildeo da massa muscular

Reduccedilatildeo significativa da taxa de mortalidade

Prevenccedilatildeo de doenccedilas coronarianas

Melhora do perfil lipiacutedico

Transformaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal devido agrave reduccedilatildeo da massa gorda

Prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes e hipertensatildeo arterial comuns ao sujeito idoso

Diminuiccedilatildeo da possibilidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Nas mulheres idosas possibilidade de prevenccedilatildeo do cacircncer de mama e coacutelon

Reduccedilatildeo da ocorrecircncia de demecircncia

Melhora da autoestima e da autoconfianccedila

Reduccedilatildeo dos ataques de ansiedade e do estresse

Consideraacutevel melhora do humor e da qualidade de vida

Fonte Maciel (2010) (Adaptado pela autora)

Cordeiro e outros (2014) fazendo pesquisas com idosos para entender como as

atividades fiacutesicas afetam as funccedilotildees cognitivas sendo estas definidas como as fases

do processo de informaccedilatildeo tais como aprendizagem raciociacutenio atenccedilatildeo e outras

mais concluiacuteram o seguinte

O melhor desempenho do grupo de idosos ativos no teste de memoacuteria emocional pode estar associado a alteraccedilotildees fisioloacutegicas no sistema nervoso central decorrentes da praacutetica da atividade fiacutesica A accedilatildeo da atividade fiacutesica sobre as funccedilotildees cognitivas pode se dar por meio de diversos mecanismos dentre os quais a melhora na circulaccedilatildeo cerebral alteraccedilatildeo na siacutentese e degradaccedilatildeo de neurotransmissores alteraccedilotildees neuroendoacutecrinas e humorais e aumento de fatores de crescimento como o fator neurotroacutefico derivado do ceacuterebro (BDNF) responsaacutevel pela neuroplasticidade eficaacutecia sinaacuteptica conectividade neuronal e aumento da sobrevivecircncia dos neurocircnios e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) responsaacutevel pela angiogecircnese (CORDEIRO et al 2014 p 549)

Ou seja a praacutetica da atividade fiacutesica proporciona enormes ganhos de qualidade de

vida para o sujeito idoso e possibilita a ele viver mais tempo de forma independente

jaacute que suas funccedilotildees cognitivas respondem melhor e desenvolvem mecanismos mais

duradouros (CORDEIRO et al 2014)

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso

Os alimentos satildeo as fontes de energia para o ser-humano Por isso quando o sujeito

se alimenta bem com qualidade ingerindo alimentos saudaacuteveis todo o seu

organismo funcionaraacute com qualidade e equiliacutebrio o que eacute necessaacuterio e demandado

pela populaccedilatildeo de uma forma geral mas devido agrave agitaccedilatildeo do dia-a-dia acaba por

41

comprometer a sauacutede com alimentos ruins raacutepidos de serem feitos e ingeridos

(MENEZES et al 2008)

O Sujeito idoso precisa ter uma atenccedilatildeo especial com o que ingere pois natildeo possui

mais um organismo jovem que consegue digerir tudo com facilidade e rapidez Seu

organismo agora e conforme jaacute foi falado eacute imensamente lento Natildeo consegue

metabolizar com rapidez os alimentos que lhe chegam ao estocircmago e por isso precisa

ser seletivo (KUWAE et al 2015)

De acordo com Kuwae e outros (2015 p 622 - 624)

No envelhecimento tanto os cuidados nutricionais satildeo diferentes como tambeacutem satildeo singulares agraves concepccedilotildees do que eacute saudaacutevel ou apropriado para esta idade Os cuidados com a alimentaccedilatildeo envolvem uma busca de equiliacutebrio entre as exigecircncias do corpo envelhecido e as limitaccedilotildees decorrentes de algumas patologias muitas delas exigindo seu controletratamento pela alimentaccedilatildeo como a hipertensatildeo diabetes e doenccedilas coronarianas Portanto o envelhecimento estaacute relacionado tanto com as alteraccedilotildees fisioloacutegicas que limitam o repertoacuterio alimentar seja pelas restriccedilotildees decorrentes de patologias crocircnicas ou das alteraccedilotildees de mastigaccedilatildeo e digestatildeo como com as condiccedilotildees de mobilidade autonomia independecircncia financeira condiccedilotildees de sauacutede e da composiccedilatildeo familiar Esses satildeo fatores decisivos sobre o repertoacuterio alimentar a frequecircncia e a qualidade da alimentaccedilatildeo dos idosos

Daiacute surge a necessidade de saber o que o sujeito idoso pode exatamente comer e o

que natildeo pode comer jaacute que em muitas situaccedilotildees o desejo eacute grande De acordo com

Menezes e outros (2008) existem duas classes de alimentos que o sujeito idoso pode

ingerir e satildeo os alimentos bons e os alimentos ruins Na classe dos alimentos bons

estatildeo as frutas verduras legumes carnes brancas etc Jaacute na segunda classe estatildeo

as frituras carnes vermelhas doces massas sal etc O Quadro 06 apresenta uma

lista com os principais alimentos para os idosos aqueles que satildeo recomendados bem

como suas caracteriacutesticas e o motivo pelo satildeo recomendados

Quadro 06 ndash Alimentos recomendados para idosos ALIMENTOS RECOMENDADOS PARA IDOSOS

CLASSE ALIMENTOS DESCRICcedilAtildeO

BONS Frutas verduras legumes carnes brancas etcleites e seus derivados

A comida se torna leve para o organismo do idoso o que proporciona uma raacutepida digestatildeo e o idoso natildeo se sente empazinado

RUINS Carnes vermelhas doces massas sal etc

Satildeo alimentos pesados gordurosos que demoram a fazer digestatildeo com moleacuteculas complexas O idoso natildeo ingere porque pode passar mal e qualquer mal-estar deve ser evitado

Fonte Kuwae e outros (2015)

42

O Quadro 06 eacute uma forma geral de expressar o que eacute bom e o que eacute ruim para o

sujeito idoso no entanto essa questatildeo eacute relativa pois varia de organismo para

organismo e depende de questotildees culturais mas eacute amplamente aceito eacute que todos os

seres humanos precisam ter equiliacutebrio inclusive na alimentaccedilatildeo dessa forma comer

ou deixar de comer algo para se manter saudaacutevel depende do quatildeo equilibrado

encontra-se o organismo do sujeito (KUWAE et al 2015)

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE

Com a chegada da terceira idade vaacuterias doenccedilas inerentes aos sujeitos com idade

acima dos sessenta anos aparecem Identificar tais doenccedilas conhececirc-las de forma

detalhada para desenvolver formas de tratamento adequados satildeo objetivos centrais

para quem cuida do sujeito idoso juntamente com outros conhecimentos do idoso

como sua alimentaccedilatildeo seu dia-a-dia seus haacutebitos etc Tudo estaacute conectado e por

isso entender esse contexto facilita no momento de detalhar a doenccedila que acomete a

populaccedilatildeo idosa A seguir seraacute feito uma siacutentese das principais doenccedilas que

acometem sujeitos idosos (VERAS 2012)

261 Mal de Parkinson

A doenccedila do Mal de Parkinson eacute conhecida da humanidade haacute muito tempo A atual

descriccedilatildeo deu-se pelo Dr James Parkinson por volta do ano de 1817 e no Brasil

atinge cerca de 3 da populaccedilatildeo acima dos sessenta anos Constata-se a existecircncia

da doenccedila por intermeacutedio de anaacutelise cliacutenica observando na maioria dos casos

pessoas idosas uma rigidez muscular tremor mesmo estando em repouso alteraccedilatildeo

na postura dentre outros sintomas (PETERNELLA MARCON 2009)

Grosso modo o Mal de Parkinson eacute um distuacuterbio degenerativo do Sistema Nervoso

Central que afeta diversas funccedilotildees do sujeito sejam motoras sejam natildeo-motoras

Funccedilotildees que podem ser afetadas satildeo tremor de repouso bradicinesia rigidez

corporal instabilidade postural etc Seu diagnoacutestico eacute feito pelo quadro cliacutenico

observado e pela exclusatildeo de outras doenccedilas que se assemelham ao Mal de

Parkinson (PETERNELLA MARCON 2009)

43

Para falar com riqueza de detalhes a respeito de como funciona tal doenccedila vamos

utilizar as palavras de Sena e outros (2010) que diz

A DP eacute uma afecccedilatildeo crocircnico-degenerativa e progressiva de etiologia multifatorial que atinge majoritariamente pessoas idosas embora seja frequente acometecirc-las a partir dos 50 anos de idade beirando atualmente a casa dos 300000 portadores no Brasil A doenccedila atinge o sistema nervoso central mais especificamente a substacircncia negra responsaacutevel por controlar os movimentos do corpo A degradaccedilatildeo das ceacutelulas neuronais dopamineacutergicas acaba por resultar numa gama de sintomatologia como tremores rigidez muscular bradicinesia alteraccedilotildees posturais distuacuterbios na fala e na degluticcedilatildeo obstipaccedilatildeo transpiraccedilatildeo corporal incontinecircncia urinaria depressatildeo O tratamento que pode ser cliacutenico eou ciruacutergico visa ao controle dos sintomas por meio de medicamentos entre os quais se destaca a Levodopa um precursor da dopamina Outros grupos de faacutermacos tambeacutem satildeo utilizados como inibidores enzimaacuteticos agonistas dopamineacutergicos e anti-colineacutergicos Contudo a terapecircutica medicamentosa por si soacute natildeo eacute suficiente para manter o portador em melhores condiccedilotildees de bem-estar e qualidade de vida Por isso tratamentos e cuidados no miacutenimo de enfermagem fisioterapia fonoaudiologia e educaccedilatildeo fiacutesica satildeo imprescindiacuteveis como recursos complementares para ajudar o portador a preservar sua funcionalidade e permitir-lhe desempenhar as atividades da vida diaacuteria e manter o viacutenculo social tatildeo importantes para satisfazer suas necessidades psicossociais de apoio comunitaacuterio para o seu bem-estar e auto-estima (SENA et al 2010 p 94)

Na Figura 04 uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro a respeito de como funciona o Mal de

Parkinson

Figura 04 ndash Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Observa-se na Figura 04 o ceacuterebro de um sujeito normal sem a doenccedila em

comparaccedilatildeo com um sujeito que apresenta a doenccedila Na primeira situaccedilatildeo haacute a

44

existecircncia da substacircncia negra responsaacutevel por controlar as funccedilotildees motoras do

corpo conforme falado na descriccedilatildeo de Sena e outros Jaacute na segunda essa

substacircncia negra natildeo existe atestando a incapacidade motora do paciente

(ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Jaacute na Figura 05 representa-se o neurocircnio normal e um neurocircnio em paciente com a

doenccedila de Parkinson O neurocircnio normal produz a substacircncia dopamina que eacute

responsaacutevel pela conduccedilatildeo dos neurotransmissores Jaacute o neurocircnio afetado apresenta

uma pequena quantidade de dopamina o que afeta a transmissatildeo dos

neurotransmissores e com isso o paciente sofre os diversos males que foram

narrados (ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Figura 05 ndash Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

O detalhe mais pertinente para saber se haacute o surgimento da doenccedila eacute o surgimento

de incapacidades provenientes dos distuacuterbios motores Geralmente aqueles que

sofrem desta doenccedila natildeo se datildeo conta que estatildeo doentes o que precisa ser

observado por quem estar mais perto seja os familiares seja os cuidadores

(GONCALVES ALVAREZ ARRUDA 2007)

Mesmo com todo o desenvolvimento tecnoloacutegico existente no campo da sauacutede ainda

natildeo existe um remeacutedio para acabar com o Mal de Parkinson ou para bloquear o seu

aumento Os procedimentos atuais visam dar condiccedilotildees ao paciente que possui a

doenccedila de viver de forma independente e de manter seu psicoloacutegico forte por mais

tempo Isso eacute feito receitando a ele dopamina estriatal que pode ser aumentada agrave

45

medida que os efeitos da doenccedila vatildeo aumentando (GONCALVES ALVAREZ

ARRUDA 2007)

262 Doenccedila de Alzheimer

A doenccedila de Alzheimer descrita pela primeira vez em 1906 pelo Dr Alois Alzheimer

eacute uma doenccedila que ateacute os dias atuais natildeo apresenta cura e tende a se agravar ao

longo dos anos Eacute a patologia neurodegenerativa mais usual que acomete pacientes

acima dos 55 (cinquenta e cinco) anos e causa transtornos como perda de memoacuteria

desorientaccedilatildeo danos na linguagem falta de atenccedilatildeo e vaacuterias outras situaccedilotildees

constrangedoras (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER 2018)

Natildeo se conhece exatamente os motivos pelos quais a doenccedila surge mas eacute bem

conhecido algumas lesotildees que ocorrem no ceacuterebro de um paciente portador da

doenccedila e as principais lesotildees satildeo as placas senis os emaranhados neurofibrilares e

a reduccedilatildeo de ceacutelulas nervosas sendo certo que ela eacute a responsaacutevel por cinquenta por

cento dos casos de demecircncia em idosos (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE

ALZHEIMER 2018)

Muito embora a cura da doenccedila e a reversatildeo da deterioraccedilatildeo causada pela DA ainda natildeo tenham sido descobertas pesquisadores buscam o aperfeiccediloamento de tratamentos jaacute disponiacuteveis que visam agrave melhora cognitiva e diminuiccedilatildeo de sintomas comportamentais (Aacutevila 2003) Nesse caso a medicaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas cognitivas de reabilitaccedilatildeo aleacutem de informaccedilotildees sobre a doenccedila e o apoio a familiares e cuidadores eacute de suma importacircncia para reverter o quadro cliacutenico e sintomaacutetico da doenccedila (GONCALVES CARMO 2012 p 171)

Haacute uma forte tendecircncia da ciecircncia de tentar explicar o surgimento do Mal de Alzheimer

via geneacutetica pois uma porcentagem consideraacutevel dos pacientes que possuem a

doenccedila apresenta casos semelhantes na famiacutelia Outros fatores tambeacutem satildeo

considerados tais como aminoaacutecidos neurotoacutexicos uso indiscriminado do alumiacutenio

agentes infecciosos etc Abaixo na figura TC uma tentativa de explicaccedilatildeo dessa

doenccedila (SERENIKI VITAL 2008)

Na Figura 06 existe uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro de paciente normal e de um paciente

com a Doenccedila de Alzheimer Percebe-se que o ceacuterebro do paciente com a Doenccedila de

Alzheimer apresenta-se cheio de falhas

46

Figura 06 ndash Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

263 Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus (DM) eacute uma doenccedila crocircnica natildeo-transmitiacutevel que afeta uma

multidatildeo de pessoas em todo o mundo e se caracteriza por um aumento acentuado

da glicemia devido agrave falta de insulina que eacute fabricada pelo pacircncreas Haacute dois tipos

de diabetes um natural (Tipo 01) e outra adquirida (Tipo 02) A do Tipo 02 eacute causada

pela obesidade comidas gordurentas falta de exerciacutecios fiacutesicos e se mostra como o

mal moderno Jaacute a do tipo 01 jaacute nasce com o indiviacuteduo Em ambos os casos o

pacircncreas deixa de fabricar insulina que possui uma moleacutecula que quebra a moleacutecula

de glicose Com isso haacute um aumento de glicose no sangue e isso provoca diversos

danos em outros oacutergatildeos A insulina injetada entra para ajudar na eliminaccedilatildeo do accediluacutecar

excedente (BUSNELLO et al 2012)

De acordo com Vargas Lara e Mello-Carpes ldquono Brasil existem cerca de 500 mil

diabeacuteticos 450 mil fazendo uso da insulina e quase dois milhotildees desconhecendo ter

diabetes Aleacutem disso estima-se que em 2030 o nuacutemero de pessoas acometidas pela

DM dobraraacuterdquo Esses dados para o sujeito idoso satildeo extremamente preocupantes

tendo em vista a necessidade de cuidados constantes (VARGAS LARA MELLO-

CARPES 2014 p 869)

47

Idosos que apresentam a DM apresentam estrutura fiacutesica e emocional prejudicadas

com certa limitaccedilatildeo nos afazeres do dia-a-dia com limitaccedilatildeo na alimentaccedilatildeo e com

liberdade e autonomia afetadas Diferentemente das outras doenccedilas a DM eacute bem

mapeada e consegue-se ter um controle bastante apropriado para amenizar os efeitos

dessa doenccedila (VARGAS LARA MELLO-CARPES 2014)

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

A Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) eacute a doenccedila crocircnica natildeo transmitida mais

presente na vida dos idosos Trata-se de uma doenccedila que eleva a pressatildeo sanguiacutenea

a niacuteveis altiacutessimos e como consequecircncia faz com que o coraccedilatildeo tenha que exercer

uma atividade fora do padratildeo para conseguir fazer o sangue circular pelo corpo do

indiviacuteduo (LEAtildeO E SILVA et al 2013)

Ela aumenta paulatinamente agrave medida que o indiviacuteduo vai envelhecendo e eacute tida por

diversos especialistas como o principal fator de risco para o idoso podendo ocasionar

doenccedilas como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) o infarto do miocaacuterdio e vaacuterias

outras doenccedilas silenciosas Diversos fatores ocasionam um aumento na pressatildeo

arterial dentre eles os mais comuns satildeo o excesso de sal utilizado no dia-a-dia o

estresse etc (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Para um padratildeo de referecircncia com intuito de definir se um idoso apresenta uma

pressatildeo alta ou normal vaacuterios estudos sugerem valores diferentes o que acaba

sendo um ponto de debate interessante entre os especialistas da aacuterea conforme

relatado abaixo

Haacute grande controveacutersia na literatura em relaccedilatildeo ao ponto de corte para o qual a PA pode ser considerada controlada na populaccedilatildeo idosa principalmente nos idosos com idade mais avanccedilada (acima dos 80 anos) Estudos recentes sugerem uma meta de controle mais flexiacutevel (abaixo de 150 mmHg para a PAS e de 90 mmHg para a PAD) para esta faixa etaacuteria por evidenciarem que o controle mais rigoroso pode natildeo ser significativo na reduccedilatildeo das complicaccedilotildees associadas agrave doenccedila (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016 p 112)

Para se ter um controle dessa doenccedila importante salientar os haacutebitos de vida

saudaacuteveis associados com o acompanhamento meacutedico mediccedilatildeo das funccedilotildees vitais

do idoso controle sistemaacutetico porque essa doenccedila sendo uma doenccedila silenciosa

assintomaacutetica pode acarretar outras complicaccedilotildees tais como um Acidente Vascular

Cerebral (AVC) (JARDIM et al 2017)

48

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

A Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (ITU) eacute a inflamaccedilatildeo das vias urinaacuterias e eacute uma doenccedila

responsaacutevel por cerca de quarenta porcento das infecccedilotildees nosocomiais Eacute bastante

rotineira nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e sua probabilidade de ocorrecircncia

em homens idosos aumenta consideravelmente tendo em vista que ldquoA

instrumentaccedilatildeo das vias urinaacuterias ndash incluindo ndash se o cateterismo vesical ndash e a

ocorrecircncia de doenccedila prostaacutetica satildeo os fatores mais implicados no aumento da

incidecircncia no sexo masculinordquo (RORIZ-FILHO et al 2010 p 119)

A mulher idosa tambeacutem tem uma grande possibilidade de desenvolver tal doenccedila

tendo em vista as modificaccedilotildees funcionais da bexiga devido a diversos fatores que

ldquoassociados agraves mudanccedilas troacuteficas do epiteacutelio da mucosa vaginal e a presenccedila de

infecccedilatildeo genital facilitam o desenvolvimento de ITUrdquo (MARQUES MOREIRA

SANTOS 2010 p 151)

Para se ter um diagnoacutestico preciso acerca da Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio faz-se coleta

da urina do paciente e em seguida sua cultura o que leva alguns dias O diagnoacutestico

apresenta-se preciso apoacutes esse procedimento Existem outros exames a serem feitos

que apresentam resultados mais raacutepidos poreacutem natildeo tatildeo precisos Um deles eacute o

exame tipo I e o outro eacute a coloraccedilatildeo pelo meacutetodo Gram (VETTORE et al 2013)

Os principais sintomas que indicam que pode haver uma Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

satildeo urina com odor feacutetido disuacuteria com urgecircncia polaciuacuteria e urecircncia Esses sintomas

satildeo um indicativo muito forte de possibilidade de existecircncia de um quadro infeccioso

e somente pode-se comprovar apoacutes as anaacutelises que foram mencionadas (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010)

Para se fazer um tratamento adequado que apresente resultados de imediato haacute a

necessidade de se observar alguns fatores tais como ldquopresenccedila de comorbidade

fatores predisponentes sintomatologia e repercussatildeo sistecircmica da infecccedilatildeo assim

como para a interaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outros medicamentos []rdquo Importante

observar a relaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outras drogas pois o paciente idoso faz uso

de diversos produtos farmacecircuticos No Quadro 07 um exemplo de drogas que podem

ser utilizadas para o tratamento do idoso com Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010 p 156)

49

Quadro 07 ndash Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso DROGAS UTILIZADAS NA ITU NOS IDOSOS

I ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO INFERIOR (3 A 7 DIAS)

Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprima 160 mg de 12 12h

Norfloxacina 400 mg de 1212h

Ciprofloxacina 250 mg de 1212h

Levofloxacina 250 mg por dia

Nitrofurantoina 100 mg de 88h

II ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO SUPERIOR (14 DIAS)

Ciprofloxacina 500 mg EV de 1212h

Levofloxacina 500 mg EV por dia

Ceftriaxone 1g EV de 1212h

Piperacina soacutedica + Tazobactana soacutedica 225g EV de 88h

Fonte Marques Moreira e Santos (2010 p 158)

266 Osteoporose

A Osteoporose ldquo[] eacute uma doenccedila esqueleacutetica sistecircmica caracterizada por diminuiccedilatildeo

da massa oacutessea e deterioraccedilatildeo microarquitetural do tecido oacutesseo com consequente

aumento da fragilidade oacutessea e susceptibilidade agrave fraturardquo sendo a condiccedilatildeo mais

criacutetica da osteopenia Eacute uma doenccedila predominante em sujeitos idosos e consiste

grosso modo do enfraquecimento dos ossos o que pode levar a diversas

consequecircncias ao idoso A Figura 07 apresenta como ocorre essa doenccedila (LIMA et

al 2014 p 35)

Figura 07 ndash Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

50

Jaacute na Figura 08 tem-se uma vista mais ampla de como a osteoporose atua Pode-se

perceber que ela age deixando o osso em um formato esponjoso como se estivesse

oco como eacute popularmente conhecido tal doenccedila A ilustraccedilatildeo eacute do osso do quadril

mas eacute extensiacutevel a toda a estrutura oacutessea onde ocorrer a comorbidade (LIMA et al

2014)

Figura 08 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Existem diversos tipos de osteoporose que satildeo provocadas por vaacuterios fatores por

isso diz-se que eacute uma doenccedila multifatorial Basicamente satildeo divididas em primaacuteria

com tipos I e II e secundaacuteria a primeira eacute desenvolvida por causas naturais jaacute a

segunda eacute desenvolvida por meio de causas natildeo-naturais tais como a inflamaccedilatildeo

(CAMARGOS BOMFIM 2017)

Consequecircncias diversas podem surgir oriundas da osteoporose tais como ldquoperda da

massa deterioraccedilatildeo do tecido desarranjo da arquitetura e comprometimento da forccedila

oacutessea com aumento no risco de fraturardquo Ela atua de forma silenciosa e na maior parte

dos casos eacute descoberta somente quando ocorre algum acidente por mais simples que

seja com consequente fratura de algum osso do portador de tal doenccedila (BRASIL

2009 p 01)

51

Pode ser diagnosticada tratada e prevenida antes da ocorrecircncia de qualquer evento

que poderaacute comprometer a estrutura oacutessea de seu portador Ocorrendo algum

acidente este poderaacute afetar a estrutura fiacutesica do paciente deformaccedilatildeo no corpo como

um todo etc Na prevenccedilatildeo deve-se utilizar cerca de 1000mgdia de caacutelcio vitamina

D 400ndash800 Uldia ou algum medicamento tais como calcitonina bifosfonatos

raloxifeno e paratormocircnio (BRASIL 2017)

Haacute projeccedilotildees que dizem que cerca de 50 das mulheres e 20 dos homens com

idades acima dos 50 anos poderatildeo sofrer alguma fratura proveniente da osteoporose

ao longo de sua vida Como jaacute foi citado anteriormente a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

para o sujeito idoso e natildeo somente a estes mas ao ser humano em geral eacute uma

praacutetica altamente recomendada pelos profissionais da sauacutede devido agraves pesquisas

cientiacuteficas comprovarem as consequecircncias eficazes de quem se exercita e que por

isso eacute bastante recomendada para pacientes que possuem osteoporose (MOTA

SOUSA AZEVEDO 2012)

Nas palavras de Mota Sousa e Azevedo tem-se

Haacute uma forte correlaccedilatildeo entre a qualidade de vida dos idosos e a atividade fiacutesica pois com a degeneraccedilatildeo do sistema musculoesqueleacutetico nos idosos e a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional a praacutetica da atividade fiacutesica influecircncia no tratamento e na prevenccedilatildeo da osteoporose trazendo benefiacutecios como a melhoria do desempenho das capacidades funcionais o aumento da forccedila muscular e flexibilidade e uma consideraacutevel melhora da coordenaccedilatildeo motora (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012 p47)

Portanto uma forma de reduzir os efeitos que a osteoporose apresenta ao seu

portador eacute praticando exerciacutecios fiacutesicos diariamente que aliado agrave uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel e rica em caacutelcio pode-se gerar resultados bastante satisfatoacuterios

fortalecendo os muacutesculos revigorando o equiliacutebrio afastando a possibilidade de

atrofia pelo natildeo-uso do membro que esteja lesionado e com isso retardando a

desmineralizaccedilatildeo oacutessea (BRASIL 2017)

Outras precauccedilotildees deveratildeo ser administradas ao sujeito idoso portador da

osteoporose para evitar riscos de queda que satildeo os principais fatores complicadores

da sauacutede do idoso Tais procedimentos podem ser a retirada de objetos que podem

dificultar a mobilidade do sujeito idoso por onde anda evitar tapetes escorregadios

colocar materiais antiderrapantes nas superfiacutecies por onde o idoso se movimenta

facilitar o acesso ao banheiro etc (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012)

52

53

3 METODOLOGIA

Tendo a finalidade de desenvolver as propostas que foram apresentadas quando do

comeccedilo deste trabalho optou-se por fazer uma revisatildeo bibliograacutefica do tema sabendo

que essa eacute uma modalidade de pesquisa que se destina a concatenar e observar os

conhecimentos que jaacute foram publicados a respeito de um determinado assunto que

no caso em questatildeo eacute a Assistecircncia de Enfermagem ao sujeito idoso

De acordo com Mancini e Sampaio (2006 p 361 - 472) trabalhos de ldquoRevisotildees da

literatura satildeo caracterizadas pela anaacutelise e pela siacutentese da informaccedilatildeo disponibilizada

por todos os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema[]rdquo Tendo

em vista todos os estudos relevantes publicados por um determinado tema mas sem

limitaacute-lo pois como eacute de amplo conhecimento a quantidade de informaccedilotildees eacute infinita

daiacute a necessidade de se fazer uma limitaccedilatildeo temporal a respeito

Utilizou-se para o desenvolvimento do estudo os seguintes bancos de dados

Scientific Electronic Library (Scielo) Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) Descritores

em Ciecircncia da Sauacutede (DeCS) Ministeacuterio da Sauacutede e livros

Como criteacuterios de inclusatildeo foi estabelecido o uso de revistas acadecircmicas artigos

cientiacuteficos livros etc do ano de 2006 a 2017 Como criteacuterios de exclusatildeo optamos

por natildeo fazermos uso de materiais em liacutenguas estrangeiras materiais antigos

materiais incompletos e materiais que natildeo apresentam rigor cientiacutefico tais como

trabalhos acadecircmicos de revisatildeo

Por fim o presente estudo natildeo necessita de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica (CE) da

Universidade uma vez que as informaccedilotildees coletadas satildeo provenientes de materiais

de acesso puacuteblico e de conhecimento de todos os interessados

54

55

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO

Existem vaacuterias formas de se aplicar a Assistecircncia de Enfermagem e o que eacute utilizado

no Brasil por diversos motivos eacute o que foi desenvolvido em 1979 pela enfermeira e

pesquisadora paraense Wanda Horta atraveacutes de seu livro Processo de Enfermagem

(SILVA et al 2011)

Nas palavras de Silva e outros (2011 p 1381) percebe-se o caraacuteter cientiacutefico e seacuterio

do uso da Assistecircncia de Enfermagem Vejamos

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) eacute conceituada como um meacutetodo de prestaccedilatildeo de cuidados para a obtenccedilatildeo de resultados satisfatoacuterios na implementaccedilatildeo da assistecircncia com o objetivo de reduzir as complicaccedilotildees durante o tratamento de forma a facilitar a adaptaccedilatildeo e recuperaccedilatildeo do paciente O uso do meacutetodo requer o pensamento criacutetico do profissional que deve estar focado nos objetivos e voltado para os resultados de forma a atender as necessidades do paciente e de sua famiacutelia exigindo constante atualizaccedilatildeo habilidades e experiecircncia sendo orientado pela eacutetica e padrotildees de conduta Portanto eacute um modo de exercer a profissatildeo com autonomia baseada nos conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas uacuteltimas deacutecadas

Importante deixar claro o entendimento acerca do que eacute a Sistematizaccedilatildeo da

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem antes de aplicaacute-

los ao sujeito idoso pois tais conceitos satildeo aplicados de forma geral na enfermagem

Todo o profissional de enfermagem precisar ter bem solidificado tais conceitos para

que possam se tornar profissionais competentes e antenados com a real situaccedilatildeo de

seu paciente (GARCIA 2016)

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

A sistematizaccedilatildeo eacute normatizada pela resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN) juntamente com o Processo de Enfermagem (PE) Eacute

entendido como sendo a responsaacutevel por ldquoorganizar o trabalho profissional quanto ao

meacutetodo pessoal e instrumentos tornando possiacutevel a operacionalizaccedilatildeo do processo

de Enfermagemrdquo (BRASIL 2009 p 01)

Garcia (2016) fala a respeito do amplo uso das teacutecnicas da SAE Vejamos

56

Especialmente quando analisamos a dimensatildeo assistencial da praacutetica reconhecemos haver uma ampla gama de situaccedilotildees vivenciadas no cotidiano de cuidados agrave clientela envolvendo a necessidade de sistematizaccedilatildeo da assistecircncia e de aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem aspectos substantivos da profissatildeo (GARCIA 2016 p 05)

A Sistematizaccedilatildeo de Assistecircncia da Enfermagem (SAE) aplicada ao idoso torna-se

dessa forma uma tentativa de fornecer uma assistecircncia de qualidade e personalizada

ao idoso por isso padroniza-se a entrevista que o profissional de enfermagem faz ao

paciente com o intuito de saber a real situaccedilatildeo do cliente Para se fazer tal

assistecircncia o profissional de enfermagem precisa da ajuda do Processo de

Enfermagem que complementa a SAE (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

412 Processo de Enfermagem

Eacute definido como sendo ldquoum instrumento metodoloacutegico que orienta o cuidado do

profissional de enfermagem e a documentaccedilatildeo da praacutetica profissionalrdquo e eacute dividido

em cinco etapas que abaixo satildeo escritas conforme resoluccedilatildeo ndeg 3582009 O Quadro

08 apresentada cada etapa do Processo de Enfermagem (PE) (BRASIL 2009 p 01)

Quadro 08 ndash Etapas do processo de enfermagem PROCESSO DE ENFERMAGEM

ETAPA DESCRICcedilAtildeO

COLETA DE DADOS

Essa eacute a primeira etapa do processo de enfermagem e consiste em colher todos os dados possiacuteveis do paciente valendo de teacutecnicas variadas e com a maior precisatildeo possiacutevel para um melhor atendimento do paciente Importante nessa fase coletar informaccedilotildees por parte da famiacutelia dos pacientes para que as informaccedilotildees possam ser confirmadas devido ser de fontes diversas

DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

Apoacutes a coleta dos dados o profissional de enfermagem passa a processar as informaccedilotildees e interpretando-as para que possa ter a tomada de decisatildeo mais eficaz para o paciente Essa etapa consiste em descrever exatamente o que o paciente tem e funciona como base para a accedilatildeo do profissional de enfermagem

PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Nessa etapa o profissional determina o que espera alcanccedilar de resultados quando das devidas intervenccedilotildees apoacutes a etapa anterior Aqui o profissional cria uma espeacutecie de roteiro para certificar-se do que poderaacute ocorrer

IMPLEMENTACcedilAtildeO Nessa etapa o profissional coloca em praacutetica o que foi decido nas etapas anteriores

AVALIACcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Trata-se de um processo contiacutenuo e analiacutetico no qual o profissional observa o seu paciente fazendo as devidas anotaccedilotildees do quadro dele para posterior mudanccedila das implementaccedilotildees Todo esse processo eacute dinacircmico e por isso o profissional precisa estar atento ao paciente durante todo instante em que ele esteja sob seus cuidados

Fonte Brasil (2009) (Adaptado pela autora)

57

A Figura 09 ilustra o que foi dito a respeito do Processo de Enfermagem no Quadro

08

Figura 09 ndash Processo de Enfermagem

Fonte Autoria proacutepria (2018)

Como pode-se inferir do Quadro 08 descrito desenvolver e aplicar a Sistematizaccedilatildeo

da Assistecircncia de Enfermagem de acordo com o Processo de Enfermagem eacute um

processo que exige muita disciplina e conhecimento do profissional de enfermagem

pois eacute sabido que se trata de um processo teacutecnico-cientiacutefico e somente o enfermeiro

habilitado poderaacute exercitar cada uma das fases que se mostram em conjunto A sua

separaccedilatildeo conforme descrita acima eacute apenas para efeitos didaacuteticos (GARCIA 2016)

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos

Para aplicar a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem e o Processo de

Enfermagem ao sujeito idoso o profissional de enfermagem tem a necessidade de

seguir procedimentos descritos principalmente na NANDA Internacional que se

tornou a principal fonte de diagnoacutesticos de enfermagem e que ldquofavorece a

58

identificaccedilatildeo de estrateacutegias para elevar a qualidade da assistecircncia e contribuir na

formaccedilatildeo de recursos humanosrdquo (KOKUDAI ALVARENGA 2010 p03)

A NANDA eacute dividida em diversos toacutepicos e assim resolvemos separar conforme

Quadro 09 os cuidados necessaacuterios de acordo com cada doenccedila predominante na

terceira idade que foi comentada neste trabalho As descriccedilotildees natildeo se limitam ao que

foi dito pois colocamos apenas algumas situaccedilotildees devido agrave enorme quantidade de

situaccedilotildees diagnoacutesticos e cuidados existentes

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continua)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Hipertensatildeo Arterial

Sistecircmica

Risco de desequiliacutebrio eletroliacutetico

Risco de mudanccedila nos niacuteveis de eletroacutelitos seacutericos capaz de comprometer a sauacutede

Estilo de vida sedentaacuterio Trata-se de um estilo de vida sem a praacutetica de atividades fiacutesicas

Ansiedade

Trata-se de um sentimento desgastante que assola o seu portador diante da expectativa de notiacutecias ou de situaccedilotildees estressantes e novas Pode-se considerar como um sinal de alerta que o organismo desenvolveu para deixar o indiviacuteduo atento em condiccedilotildees de periacuteodo de toda sorte

Padratildeo de sono prejudicado

Devido a fatores externos o indiviacuteduo natildeo possui uma rotina constante e linear de sono sendo que existe a condiccedilatildeo de dormeacorda que prejudica o organismo como um todo

Nutriccedilatildeo desequilibrada

O sujeito alimenta-se de nutrientes que em muitos casos satildeo em excesso ocasionando armazenamento de energia em formato de gordura

Mal de Parkinson

Problemas Motores

Risco de queda Facilidade com que o sujeito tem de desequilibrar e cair o que pode causar enormes danos

Bradicinesia Lentidatildeo de respostas fiacutesicas e psiacutequicas

Mobilidade fiacutesica prejudica

Limitaccedilatildeo no movimento fiacutesico independente e voluntaacuterio do corpo ou de uma ou mais extremidades

Problemas Natildeo-

motores

Demecircncia Enfraquecimento das faculdades intelectuais diante de lesotildees no ceacuterebro

Ansiedade

Vago e incocircmodo sentimento de desconforto ou temor acompanhado por resposta autonocircmica (a fonte eacute frequentemente natildeo especiacutefica ou desconhecida para o indiviacuteduo) sentimento de apreensatildeo causada pela antecipaccedilatildeo de perigo Eacute um sinal de alerta que chama a atenccedilatildeo para um perigo iminente e permite ao indiviacuteduo tomar medidas para lidar com a ameaccedila

59

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continuaccedilatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Alzheimer

Deacuteficit no autocuidado Capacidade prejudicada de realizar ou completar as atividades de banho por si mesmo

Mobilidade fiacutesica prejudicada Limites para movimentar-se seja com movimento voluntaacuterios ou involuntaacuterios

Insuficiecircncia na capaci-dade do a-dulto para melhorar

Depressatildeo Deterioraccedilatildeo funcional progressiva de natureza fiacutesica e cognitiva A capacidade do indiviacuteduo de viver com doenccedilas multissistecircmicas enfrentar os problemas decorrentes e controlar o seu cuidado estaacute notavelmente diminuiacuteda

Decliacutenio da memoacuteria

Distuacuterbio de sono Dificuldade para dormir em periacuteodos prolongados

Confusatildeo crocircnica

Deterioraccedilatildeo irreversiacutevel das faculdades mentais de forma prolongada O indiviacuteduo passa a natildeo perceber os fatores externos que podem indicar algo tal como perigo atenccedilatildeo moral e tantos outros Apresenta distuacuterbios na memoacuteria passando a natildeo mais reconhecer e nem lembrar de coisas e pessoas

Diabetes Mellitus

Autocontrole ineficaz

da sauacutede

Natildeo consegue se controlar e agir conforme necessidade para ter uma sauacutede plena e satisfatoacuteria ou seja natildeo consegue cuidar de si

Perfusatildeo tissular perifeacuterica ineficaz

Reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo sanguiacutenea para a periferia capaz de comprometer a sauacutede

Risco de Infecccedilatildeo

Risco de ter em seu organismo elementos estranhos e que possam danificar a sua sauacutede

Risco de olho seco

Risco de desconforto ocular ou dano agrave coacuternea e agrave conjuntiva devido agrave quantidade reduzida ou agrave qualidade das laacutegrimas para hidratar o olho

Risco de glicemia instaacutevel Natildeo possui uma estabilidade padratildeo em seu niacutevel glicecircmico devido agrave quantidade de glicose no sangue

Infecccedilotildees do trato

urinaacuterio

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Eliminaccedilatildeo urinaacuteria prejudicada Disfunccedilatildeo na eliminaccedilatildeo da urina

Risco de siacutendrome do desuso Devido agrave falta de uso de algum membro do corpo corre-se o risco desse membro atrofiar-se

Risco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircncia

Risco de perda involuntaacuteria de urina que ocorre imediatamente apoacutes uma forte sensaccedilatildeo de urgecircncia para urinar

Conforto prejudicado Percebe-se que inexiste a sensaccedilatildeo de conforto nas dimensotildees do ser humano

Osteoporose

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Risco de constipaccedilatildeo Possibilidade de diminuiccedilatildeo na frequecircncia normal de evacuaccedilatildeo paralela a uma dificuldade de eliminaccedilatildeo das fezes

60

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (conclusatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Osteoporose

Risco para quedas Estado em que o indiviacuteduo tem uma suscetibilidade para quedas aumentada

Mobilidade fiacutesica prejudicada Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute prestes a apresentar limitaccedilotildees dos movimentos fiacutesicos poreacutem ainda natildeo se encontra imoacutevel

Andar prejudicado Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute em risco de apresentar limitaccedilatildeo para andar

Fonte Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA (2013) Santos e outros (2017) Mattos e outros (2011) (Adaptado pela autora)

Saber utilizar os Diagnoacutesticos de Enfermagem corretamente e que satildeo padronizados

eacute bastante eficaz aceito e exigido para evitar que o profissional de enfermagem crie

mecanismos subjetivos de cuidados pois se assim ocorresse haveria um caos na

enfermagem com cada profissional atuando conforme melhor lhe for apresentado

(SOUZA ALVES PASSOS 2010)

A utilizaccedilatildeo do Diagnoacutestico de Enfermagem padronizado eacute um instrumento necessaacuterio

para evitar que os profissionais de enfermagem fragmentem os cuidados e os dilemas

dos pacientes deixando de observaacute-los como um todo e na grande maioria dos casos

prescrevendo cuidados que natildeo possuem nenhuma relaccedilatildeo com os problemas

relatados Dessa forma pode-se observar o Diagnoacutestico de Enfermagem como uma

ferramenta de trabalho altamente eficaz em seu uso cotidiano pois fornece ao

profissional de enfermagem um planejamento pautado no histoacuterico de atuaccedilatildeo pois

uma vez que os problemas sejam conhecidos mapeados e anotados torna-se mais

eficaz e otimizado o processo do cuidado em toda a sua plenitude Por essa oacutetica

constata-se como eacute importante o Diagnoacutestico de Enfermagem para o sujeito idoso

pois consegue construir todo um conjunto de atuaccedilatildeo para o cuidado sempre visando

o bem-estar do idoso (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso

Depois de ter feito o diagnoacutestico de enfermagem do sujeito idoso e de ter descoberto

as suas comorbidades o profissional de enfermagem precisa entatildeo fazer as devidas

intervenccedilotildees Tais intervenccedilotildees satildeo tratadas como prescriccedilotildees de enfermagem e

possuem um campo de atuaccedilatildeo mapeado para natildeo sobrepor ao trabalho do meacutedico

(FAEDA PERROCA 2017)

61

Ainda de acordo com a resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de Enfermagem

(COFEN) o Art 4ordm assim determina

Ao enfermeiro [] incumbe a lideranccedila na execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do Processo de Enfermagem de modo a alcanccedilar os resultados de enfermagem esperados cabendo-lhe privativamente o diagnoacutestico de enfermagem acerca das respostas da pessoa famiacutelia ou coletividade humana em um dado momento do processo sauacutede e doenccedila bem como a prescriccedilatildeo das accedilotildees ou intervenccedilotildees de enfermagem a serem realizadas face a essas respostas (BRASIL 2009 p 03)

Ou seja o profissional de enfermagem tem ampla prerrogativa para desenvolver a

Prescriccedilatildeo de Enfermagem baseado nos protocolos e nos estudos que desenvolveu

na Universidade Dentre os vaacuterios diagnoacutesticos possiacuteveis para o sujeito idoso em

diversas situaccedilotildees iremos nos concentrar em somente aqueles que aqui foram

discutidos Faz-se necessaacuterio observar que a Prescriccedilatildeo de Enfermagem eacute uma

ferramenta de uso dinacircmico Entende-se de uso dinacircmico a ideia de que o profissional

de enfermagem natildeo pode descuidar do seu paciente tendo a necessidade de sempre

observaacute-lo e atualizar o que surgir de novo para que possa estar sempre atualizando

o estado de sauacutede do cliente (FAEDA PERROCA 2017)

Abaixo no Quadro 10 tem-se a Prescriccedilatildeo de Enfermagem para as doenccedilas que

foram discutidas neste trabalho Vale ressaltar que existem diversas doenccedilas que

acometem o sujeito idoso mas vamos nos ater apenas nas principais que foram

tratadas uma vez que satildeo o objeto limitador de estudo deste trabalho (MOROZ

KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (continua)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

Mudanccedila no estilo de vida dos pacientes idosos Eliminaccedilatildeo do uso do sal Controle do peso Controle da ansiedade Praacutetica diaacuteria de atividades fiacutesicas Uso adequado dos medicamentos Abstinecircncia ao fumo e ao aacutelcool

Mal de Parkinson

Programa de exerciacutecios diaacuterios para aumentar a forccedila muscular o que iraacute melhorar a coordenaccedilatildeo e a destreza reduzindo a rigidez muscular Encorajar ensinar e incentivar o cliente durante os exerciacutecios da vida diaacuteria para promover o autocuidado Encorajar o paciente a seguir um padratildeo de horaacuterio regular aumentando a consciecircncia para a ingestatildeo de liacutequidos e a ingestatildeo de alimentos com um conteuacutedo de fibra moderado Monitorar o peso semanalmente indicando se a absorccedilatildeo caloacuterica eacute adequada Desenvolver meacutetodo de comunicaccedilatildeo para satisfazer as necessidades do paciente encorajar o paciente a participar de programas sociais para evitar a depressatildeo

62

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (conclusatildeo)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Alzheimer Orientar a higiene corporal e higiene oral Medidas de prevenccedilatildeo de lesatildeo por pressatildeo Mudanccedila de decuacutebito Administraccedilatildeo de medicaccedilatildeo ansioliacutetica conforme prescriccedilatildeo meacutedica Proporcionar alimentaccedilatildeo saudaacutevel (frutas e legumes) em poucas quantidades vaacuterias vezes ao dia Ajudar no autocuidado Incentivar o autocuidado a comunicaccedilatildeo verbal a cogniccedilatildeo e a memoacuteria atraveacutes de jogos leituras e atividades luacutedicas Auxiliar a famiacutelia no entendimento e no enfrentamento da patologia

Diabetes Mellitus

Fornecer informaccedilotildees ao paciente Desenvolver um plano de ensino para o paciente Avaliar as estrateacutegias de enfrentamento para o paciente e tranquiliza-lo Determinar os meacutetodos de ensino para o paciente Avaliar as habilidades e comportamentos de autocuidado dos pacientes Monitorar pacientes experientes ateacute que eles natildeo cometam erros no autocuidado Instruir pacientes e familiares a reconhecer os sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia

Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

Orientar ao paciente da necessidade do uso adequado do medicamento dos horaacuterios da quantidade e das vias de administraccedilatildeo Orientar os idosos e familiares quanto aos resultados da medicaccedilatildeo Manter o registro da frequecircncia da incontinecircncia urinaacuteria registrar mudanccedilas da pressatildeo arterial do estado mental e das habilidades funcionais Realizar as medidas terapecircuticas Realiza treinamento da bexiga

Osteoporose

Deixar o paciente e o membro afetado em repouso Imobilizar o local da fratura para evitar movimentos Repousar o paciente em uma cama ortopeacutedica Deixar o local da fratura em posiccedilatildeo elevada Aplicar as medicaccedilotildees que foram receitadas Documentar todos os relatos de dores deixando claro onde ocorre e as caracteriacutesticas Incentivar o paciente a discutir os problemas relacionados agrave lesatildeo Medicar antes das atividades de cuidado Revisar a patologia fazendo prognoacutesticos e expectativas futuras Discutir o regime medicamentoso individual de forma apropriada Encorajar exerciacutecios brandos Monitorar a ingestatildeo de alimentos Auxiliar lentamente a pessoa a sentar Aumentar a motilidade dos membros Reduzir ou eliminar os fatores que aumentam a experiecircncia dolorosa

Fonte Florecircncio e outros (2012) Mattos e outros (2011 p 443) Menezes e outros (2013 p04) Tosin e outros (2016) Santos e outros (2017) (Adaptado pela autora)

Agir de acordo com as prescriccedilotildees de enfermagem que aqui foram desenvolvidas

proporciona ao sujeito idoso uma melhoria em sua qualidade de vida e dessa forma

consegue viver a terceira idade com plena satisfaccedilatildeo e alegria sem perder de vista a

extrema necessidade de cuidados constantes que a condiccedilatildeo de sujeito idoso lhe

obriga (LIRA et al 2013)

Conclui-se do que foi apresentado no quadro 10 que o profissional de enfermagem

deteacutem uma importante funccedilatildeo em sua aacuterea de atuaccedilatildeo e que precisa estar sempre

estudando se atualizando das novidades meacutedicas para poder oferecer um bom

cuidado ao seu cliente idoso seja no ambiente hospitalar seja no ambiente de abrigo

de idosos ou no proacuteprio lar do idoso (FAEDA PERROCA 2017)

Diante de todo o estudo realizado acerca do sujeito idoso e da relaccedilatildeo do profissional

de enfermagem com o seu paciente idoso conseguimos ter alguns resultados

63

satisfatoacuterios que a seguir seratildeo apresentados sem a necessidade de estarem em

ordem de prioridade ou seja todos satildeo importantes

64

65

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Envelhecer eacute um verbo que a todos afeta independentemente de sexo raccedila cor etc

Haacute no entanto duas formas de se envelhecer com sauacutede e sem sauacutede Mesmo

diante dessas duas formas de envelhecimento envelhecer com qualidade eacute precioso

para o indiviacuteduo pois dessa forma consegue se aceitar como velho consegue

suportar as doenccedilas que satildeo proacuteprias da terceira idade Consegue ver vantagem em

ser velho

Para se envelhecer com qualidade necessaacuterio eacute que o sujeito tenha uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel que se abstenha de viacutecios que satildeo danosos ao organismo que consiga ter

equiliacutebrio em sua vida pessoal psicoloacutegica iacutentima e em tantos outros campos ou seja

que tenha harmonia em tudo O apoio familiar torna-se primoroso nessa etapa da vida

Ter ao lado quando se estaacute fragilizado devido a velhice pessoas que ama que confia

e por quem eacute amado eacute uma forma de envelhecer com bastante qualidade

O profissional de enfermagem tem um papel fundamental junto a pessoas idosas pois

em muitos casos torna-se seu cuidador principal quando a famiacutelia natildeo pode cuidar

de seu idoso por motivos diversos ou quando o idoso se encontra sozinho sem

famiacutelia e sem amigos Por isso importante ter preparo com pessoas idosas entender

bem o processo de envelhecimento estar sempre atualizado diante das doenccedilas que

atingem os sujeitos idosos

Eacute um trabalho que demanda muito amor por parte do profissional e que por isso natildeo

basta apenas o entender racional de todos os procedimentos precisa ter sentimentos

proacutesperos de ajuda ao proacuteximo e seguir os princiacutepios norteadores de Wanda de

Aguiar Horta para quem a enfermagem foi o maior bem de sua vida pois cuidava de

seus pacientes como se fossem seus filhos

Considerando a taxa de envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira vale destacar

tambeacutem a abertura de mercado gerontoloacutegico para o profissional de enfermagem

Percebemos que com a taxa de envelhecimento da sociedade brasileira acelerada

a demanda por profissionais de enfermagem iraacute aumentar consideravelmente tendo

em vista a necessidade desse profissional para a praacutetica do cuidado com o sujeito

idoso

66

Discussotildees mais aprofundadas em torno do sujeito idoso precisam ser realizadas nas

academias com o intuito de formar profissionais competentes e com entendimento

desse setor pois conforme foi falado eacute um capo em franco crescimento devido ao

envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira Quanto mais capacitado for o profissional

melhor colocaccedilatildeo obteraacute no mercado de trabalho e melhores cuidados conseguiraacute

dispor em favor do paciente idoso

67

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ACIOLE Giovanni Gurgel BATISTA Lucia Helena Promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de incapacidades funcionais dos idosos na estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia a contribuiccedilatildeo da fisioterapia Sauacutede debate Rio de Janeiro v 37 n 96 p 10-19 mar 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-11042013000100003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON O que eacute Parkinson Disponiacutevel em lt

httpwwwparkinsonorgbrgt Acesso em 04 de junho de 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER O que eacute o Alzheimer Disponiacutevel em lt httpwwwabrazorgbrindexphppage=alzheimergt Acesso em 04 de junho de 2018 BAPTISTA Rafael Reimann VAZ Marco Aureacutelio Arquitetura muscular e o envelhecimento adaptaccedilatildeo funcional e aspectos cliacutenicos revisatildeo de literatura Fisioterapia e Pesquisa Satildeo Paulo v16 n4 p368-73 outdez 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdffpv16n415pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 BRASIL Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Osteoporose Boletim Sauacutede e Economia Ano I ndash Ediccedilatildeo nordm 1 agosto de 2009 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt

httpportalanvisagovbrdocuments33884412285Boletim+SaC3BAde+e+Economia+nC2BA+17d49dea4-6610-4a71-9154-c4df75c3dd53gt Acesso em 25 de maio de 2018 BRASIL Cacircmara dos Deputados Estatuto do Idoso Ministeacuterio da Sauacutede - 3 ed 2 reimpr - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2013 70 p ______ Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos Guia de Vigilacircncia em Sauacutede volume uacutenico [recurso eletrocircnico] Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos 2ordf Ed Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2017 705 p Disponiacutevel em lthttpportalarquivos2saudegovbrimagesPDF2017outubro16Volume-Unico-2017pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 ______ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica A Siacutentese dos Indicadores Sociais Uma Anaacutelise das Condiccedilotildees de Vida da Populaccedilatildeo Brasileira - 2016 Disponiacutevel em lthttpswwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimossinteseindicsociais2016defaultshtmgt Acesso em 06 de abril de 2018 ______ Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo nordm 358 do Conselho Federal de Enfermagem 15 de outubro de 2009 (BR) 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384htmlgt Acesso em 27 de abril de 2018

68

BUSNELLO Roberta et al Niacutevel de conhecimento de idosos sobre diabetes mellitus e sua percepccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave qualidade de vida Rev Kairoacutes Gerontologia 201215(3)81-94 Disponiacutevel em lthttpsrevistaspucspbrindexphpkairosarticleviewFile784011432gt Acesso em 23 de abril de 2018 CAMARGOS Mirela Castro Santos BOMFIM Wanderson Costa Osteoporose e Expectativa de Vida Saudaacutevel estimativas para o Brasil em 2008 Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 25 n 1 p 106-112 mar 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2017000100106amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de maio de 2018 CLARES Jorge Wilker Bezerra FREITAS Maria Ceacutelia de PAULINO Monnyck Hellen Couto Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem ao idoso institucionalizado fundamentada em Virginia Henderson Rev Rene (Online) 14(3) 649-658 maio ndash junho de 2013 Disponiacutevel em lt httppesquisabvsaludorgenfermagemresourceptbde-24492gt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 CORDEIRO Juliana et al Efeitos da atividade fiacutesica na memoacuteria declarativa capacidade funcional e qualidade de vida em idosos Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 3 p 541-552 Sept 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000300541amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA [recurso eletrocircnico] definiccedilotildees e classificaccedilatildeo 2012-2014 [NANDA International] traduccedilatildeo Regina Machado Garcez revisatildeo teacutecnica Alba Lucia Bottura Leite de Barros [et al] ndash Dados eletrocircnicos ndash Porto Alegre Artmed 2013 Centro Avanccedilado de Medicina Preventiva ENVELHECIMENTO - Sob o ponto de vista esteacutetico e meacutedico 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwcamepcombrenvelhecimentogt Acesso em 23 maio 2018 ENFERMEIRO aprendiz As Orientaccedilotildees de Enfermagem em Osteoporose 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwenfermeiroaprendizcombras-orientacoes-de-enfermagem-em-osteoporosegt Acesso em 25 maio 2018 ESQUENAZI Danuza SILVA R Boiccedila da GUIMARAtildeES Marco Antocircnio (2014) Aspectos fisiopatoloacutegicos do envelhecimento humano e quedas em idosos Rev Hosp Univ Pedro Ernesto 13(2)11-20 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg1012957rhupe201410124gt Acesso em 04 de junho de 2018 FAEDA Mariacutelia Silveira PERROCA Maacutercia Galan Conformidade na prescriccedilatildeo de enfermagem agraves necessidades de cuidados concepccedilatildeo de enfermeiros Rev Bras Enferm Brasiacutelia v 70 n 2 p 400-406 Apr 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672017000200400amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 May 2018

69

FILHO Mario Alves de Siqueira Envelhecimento e muacutesculo esqueleacutetico forccedila muscular atividade proteassomal e sinalizaccedilatildeo relacionada ao balanccedilo proteacuteico 2012 68 p Tese apresentada ao programa de poacutes-graduaccedilatildeo em fisiologia humana (Doutor em ciecircncias) - Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis4242137tde-12062013-102648enphpgt Acesso em 10 abr 2018 FONSECA Emiacutelio Prado da et al Mortalidade por cacircncer bucal e orofaringe no Brasil entre 2002 e 2011 Revista da Faculdade de Ciecircncias Gerenciais de Manhuaccedilu Manhuaccedilu MG v 11 n 2 p 08-17 Agosto-Dezembro 2014 Disponiacutevel em lthttppensaracademicofacigedubrindexphppensaracademicoarticleview216gt Acesso em 04 de junho de 2018 FLOREcircNCIO Raquel Sampaio et al Adesatildeo ao idoso ao tratamento para hipertensatildeo arterial e intervenccedilotildees de enfermagem Rev Rene 2012 13(2) 343-53 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicosufcbrrenearticleviewFile39243114gt Acesso em 22 de abril de 2018 GARCIA Telma Ribeiro Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem aspecto substantivo da praacutetica profissional Esc Anna Nery Rio de Janeiro 2016 20(1) 5-10 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeanv20n11414-8145-ean-20-01-0005pdfgt Acesso em 27 de abril de 2018 GUERRA Ana Carolina Lima Cavaletti CALDAS Ceacutelia Pereira Dificuldades e recompensas no processo de envelhecimento a percepccedilatildeo do sujeito idoso Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2931-2940 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600031amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 GONCALVES Lucia Hisako Takase ALVAREZ Angela Maria ARRUDA Micheli Coral Pacientes portadores da doenccedila de Parkinson significado de suas vivecircncias Acta paul enferm Satildeo Paulo v 20 n 1 p 62-68 Marccedilo 2007 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002007000100011amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 GONCALVES Endy-Ara Gouvea CARMO Joatildeo dos Santos Diagnoacutestico da doenccedila de Alzheimer na populaccedilatildeo brasileira um levantamento bibliograacutefico Rev Psicol Sauacutede Campo Grande v 4 n 2 p 170-176 dez 2012 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S2177-093X2012000200010amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 JARDIM Luciana Muniz Sanches Siqueira Veiga et al Tratamento Multiprofissional da Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica em Pacientes Muito Idosos Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 108 n 1 p 53-59 Jan 2017 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0066-782X2017000100053amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 JUSTO Joseacute Sterza ROZENDO Adriano da Silva A velhice no Estatuto do Idoso Estud pesqui psicol Rio de Janeiro v 10 n 2 p 471-489 ago 2010

70

Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1808-42812010000200012amplng=ptampnrm=isogt acessos em 22 abr 2018 KOKUDAI Laiacutes Aparecida ALVARENGA Maacutercia Regina Martins Classificaccedilatildeo das necessidades de sauacutede de idosos de acordo com a taxonomia NANDA 2010 Rev Anais do Eniac 6 p Disponiacutevel em lthttpsanaisonlineuemsbrindexphpenicarticleview13241337gt Acesso em 30 de abril de 2018 KUWAE Christiane Ayumi et al Concepccedilotildees de alimentaccedilatildeo saudaacutevel entre idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ normas nutricionais normas do corpo e normas do cotidiano Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 18 n 3 p 621-630 Sept 2015 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232015000300621amplng=enampnrm=isogt Acesso em 20 de maio de 2018 LEAO E SILVA Leonardo Oliveira et al Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica Representaccedilotildees Sociais de idosos sobre a doenccedila e seu tratamento Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 21 n 2 p 121-128 June 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2013000200004amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 de maio de 2018 LIMA Deborah Mendonccedila et al A hipovitaminose B12 eacute fator de risco para desenvolvimento de osteoporose Anais do Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - 1 ed - Satildeo Paulo AC Farmacecircutica 2014 Disponiacutevel em lthttpssbggorgbrwp-contentuploads2014101479477498_Anais_CBGG_-_Verso_finalpdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 LIRA Luana Nogueira et al Histoacuterico de enfermagem para idosos hospitalizados base para diagnoacutesticos e prescriccedilotildees Rev enferm UFPE on line Recife 7(8) 5198-206 ago 2013 Disponiacutevel em lthttpsperiodicosufpebrrevistasrevistaenfermagemarticleviewFile1179314165gt Acesso em 22 de maio de 2018 MANCINI Marisa Cotta SAMPAIO Rosana Ferreira Quando o objeto de estudo eacute a literatura estudos de revisatildeo Rev bras fisioter Satildeo Carlos v 10 n 4 Dec 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-35552006000400001amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 MARQUES Luiz Paulo Joseacute MOREIRA Rosa Maria Portella SANTOS Omar da Rosa Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio nos idosos Satildeo Paulo Editora Sarvier 2010 p 150 ndash 154 Disponiacutevel em lthttpswwwresearchgatenetpublication283487098_INFECCAO_DO_TRATO_URINARIO_NOS_IDOSOSgt Acesso em 30 de abril de 2018 MATTOS Carine Magalhatildees Zanchi de et al Processo de enfermagem aplicado a idosos com alzheimer que participam do projeto estrateacutegias de reabilitaccedilatildeo Estud Interdiscipl Envelhec Porto Alegre v16 ediccedilatildeo especial p 433-447 2011 Disponiacutevel em

71

lthttpseerufrgsbrindexphpRevEnvelhecerarticleview1792116307gt Acesso em 22 de maio de 2018 MACIEL Marcos Gonccedilalves Atividade fiacutesica e funcionalidade do idoso Motriz rev educ fis (Online) Rio Claro v 16 n 4 p 1024-1032 Dec 2010 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1980-65742010000400023amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de junho de 2018 MENEZES Luiza Tereza Gadelha de et al ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA In Congresso Nacional de Envelhecimento Humano 2016 Natal - RN ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA [Sl sn] 2016 p 1-6 Disponiacutevel em lthttpwwweditorarealizecombrrevistascnehtrabalhosTRABALHO_EV054_MD4_SA4_ID558_17082016145144pdfgt Acesso em 22 maio 2018 MORAIS Olga Nazareacute Pantoja de Grupos de idosos atuaccedilatildeo da psicogerontologia no enfoque preventivo Psicol cienc prof Brasiacutelia v 29 n 4 p 846-855 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-98932009000400014amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 06 abr 2018 MOTA Leandro Silva SOUSA Elton Geraldo de AZEVEDO Francisco Honeidy Carvalho Intercorrecircncias da osteoporose na qualidade de vida dos idosos Revista Interdisciplinar NOVAFAPI Teresina v5 n2 p44-49 Abr-Mai-Jun 2012 Disponiacutevel em lthttpsrevistainterdisciplinaruninovafapiedubrrevistainterdisciplinarv5n2revrev1v5n2pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 MOROZ Maisa Bastos KLUTHCOVSKY Ana Claudia Garabeli Cavalli SCHAFRANSKI Marcelo Derbli Controle de pressatildeo arterial em idosas hipertensas em uma Unidade de Sauacutede da Famiacutelia e fatores associados Cad Sauacutede Colet 2016 Rio de Janeiro 24 (1) 111-117 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcadscv24n11414-462X-cadsc-24-1-111pdfgt Acesso em 23 de abril de 2018 PEREIRA Erico Felden TEIXEIRA Clarissa Stefani ETCHEPARE Luciane Sanchotene O envelhecimento e o sistema muacutesculo esqueleacutetico Revista Digital n 101 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwefdeportescomefd101envelhhtmgt Acesso em 04 de junho de 2018 PETERNELLA Fabiana Magalhatildees Navarro MARCON Sonia Silva Descobrindo a Doenccedila de Parkinson impacto para o parkinsoniano e seu familiar Rev bras enferm Brasiacutelia v 62 n 1 p 25-31 Feb 2009 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672009000100004amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 REIS Luciana Arauacutejo dos TRAD Leny Alves Bonfim Suporte familiar ao idoso com comprometimento da funcionalidade a perspectiva da famiacutelia Psicol teor prat Satildeo Paulo v 17 n 3 p 28-41 dez 2015 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1516-

72

36872015000300003amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 RIBEIRO Aline Lima VEIGA Caroline Lagrotta da Associaccedilatildeo entre a capacidade cognitiva e a ocorrecircncia de quedas em idosos de juiz de fora Minas Gerais Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Federal de Juiz de Fora 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwufjfbrfacfisiofiles201307TCC-Aline-Carolinepdfgt Acesso em 10 de abril de 2008 RORIZ-FILHO Jarbas et al Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio Medicina (Ribeiratildeo Preto) 201043(2) 118-25 Disponiacutevel emlthttpwwwrevistasuspbrrmrparticleview166167gt Acesso em 04 de junho de 2018 RUIVO Susana et al Efeito do envelhecimento cronoloacutegico na funccedilatildeo pulmonar Comparaccedilatildeo da funccedilatildeo respiratoacuteria entre adultos e idosos saudaacuteveis Rev Port Pneumol Lisboa v 15 n 4 p 629-653 ago 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielomecptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0873-21592009000400005amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 07 abril de 2018 SANTOS Beatriz Aparecida dos et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem (SAE) no atendimento domiciliar ao paciente portador de osteoporose Revista Sauacutede em Foco ndashEdiccedilatildeo nordm 9 ndash Ano 2017 Disponiacutevel em lthttpunifiaedubrrevista_eletronicarevistassaude_focoartigosano2017072_sistematizacao_ass_enfermagem_saepdf gt Acesso em 25 de maio de 2018 SANCHES Ana Paula R Amadio LEBRAO Maria Luacutecia DUARTE Yeda Aparecida de Oliveira Violecircncia contra idosos uma questatildeo nova Saude soc Satildeo Paulo v 17 n 3 p 90-100 Sept 2008 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-12902008000300010amplng=enampnrm=isogt access on 22 Apr 2018 SENA Edite Lago da Silva et al Tecnologia cuidativa de ajuda muacutetua grupal para pessoas com Parkinson e suas famiacutelias Texto contexto - enferm Florianoacutepolis v 19 n 1 p 93-103 mar 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000100011amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 SERENIKI Adriana VITAL Maria Aparecida Barbato Frazatildeo A doenccedila de Alzheimer aspectos fisiopatoloacutegicos e farmacoloacutegicos Rev psiquiatr Rio Gd Sul Porto Alegre v 30 n 1 supl 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0101-81082008000200002amplng=enampnrm=isogt Acesso em 23 de abril de 2018 SILVA Bruna Rodrigues da FINOCCHIO Ana Luacutecia A velhice como marca da atualidade uma visatildeo psicanaliacutetica Viacutenculo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 23-30 dez 2011 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-24902011000200004amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018

73

SILVA Elisama Gomes Correia et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacutetica Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 45 n 6 p 1380-1386 Dec 2011 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000600015amplng=enampnrm=isogt access on 22 May 2018 SOUZA Rosangela Ferreira de SKUBS Thais BRETAS Ana Cristina Passarella Envelhecimento e famiacutelia uma nova perspectiva para o cuidado de enfermagem Rev bras enferm Brasiacutelia v 60 n 3 p 263-267 June 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672007000300003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de maio de 2018 SOUZA Emannuely Silva de ALVES Thalita Isapaula Feacutelix PASSOS Ana Beatriz Barbosa Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem a um Idoso com Parkinson em uma Instituiccedilatildeo de Apoio do Municiacutepio de Ipatinga Revista Enfermagem Integrada ndash Ipatinga Unileste-MG - V3 - N2 - NovDez 2010 Disponiacutevel em lt httpswwwunilestemgbrenfermagemintegradaartigoV3_209-sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem-a-um-idoso-com-parkinsonpdf gt Acesso em 02 de maio de 2018 TAGLIARINI Mariana Hidroginaacutestica na terceira Idade Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndashUNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2008 Lins 2008 62p il 31cm Disponiacutevel em lthttpwwwunisalesianoedubrbibliotecamonografias46264pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 TAYLOR Carol et al Fundamentos de enfermagem a arte e a ciecircncia do cuidado de enfermagem 7 ed Porto Alegre Artmed 2014 1768 p TEIXEIRA Ilka Niceacuteia DAquino Oliveira GUARIENTO Maria Elena Biologia do envelhecimento teorias mecanismos e perspectivas Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2845-2857 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600022amplng=enampnrm=isogt Acessado em 06 de abril de 2018 TOSIN Michelle Hyczy de Siqueira et al Intervenccedilotildees de Enfermagem para a reabilitaccedilatildeo na doenccedila de Parkinson mapeamento cruzado de termos Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 24 e2728 2016 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692016000100360amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 VARGAS Liane da Silva de LARA Marcus Viniacutecius Soares de MELLO-CARPES Pacircmela Billig Influecircncia da diabetes e a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico e atividades cognitivas e recreativas sobre a funccedilatildeo cognitiva e emotividade em grupos de terceira idade Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 4 p 867-878 dez 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000400867amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 23 abr 2018

74

VERAS Renato Peixoto Prevenccedilatildeo de doenccedilas em idosos os equiacutevocos dos atuais modelos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28 n 10 p 1834-1840 Oct 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-311X2012001000003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 VETTORE Marcelo Vianna et al Avaliaccedilatildeo do manejo da infecccedilatildeo urinaacuteria no preacute-natal em gestantes do Sistema Uacutenico de Sauacutede no municiacutepio do Rio de Janeiro Rev bras epidemiol Satildeo Paulo v 16 n 2 p 338-351 jun 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-790X2013000200338amplng=ptampnrm=isogt acessos em 30 abr 2018

Page 4: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca

Dedico este trabalho a todos aqueles que convivem comigo no dia-a-dia seja em

mateacuteria seja em espiacuterito Vocecircs satildeo o meu estiacutemulo para vencer

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo primeiramente a Deus pelo dom da vida e por ter me proporcionado chegar

ateacute aqui

Aos meus pais Dalva e Alfredo que sempre estiveram ao meu lado me incentivando

nos momentos de incerteza me encorajando a nunca desistir e dividindo comigo

momentos felizes da minha vida

Ao meu querido esposo Elias pela paciecircncia e pelo apoio

Aos meus filhos maravilhosos Wesley Gabriel e Karine que em muitas ocasiotildees natildeo

entendiam a necessidade de eu me privar de coisas externas para estudar mas que

no fundo procuravam me entender Amo muito vocecircs filhos

A todos os meus amigos que de alguma forma contribuiacuteram para o meu sucesso

Agradeccedilo aos professores que sempre estiveram dispostos a ajudar a contribuir para

um melhor aprendizado em especial ao meu professor e orientador Prof Jeremias

por todo o suporte durante o desenvolvimento desse trabalho de conclusatildeo de curso

A todos que direta ou indiretamente contribuiacuteram para a minha formaccedilatildeo Muito

obrigada

Que os vossos esforccedilos desafiem as impossibilidades lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossiacutevel

Charles Chaplin

RESUMO

O envelhecimento eacute uma condiccedilatildeo natural a que todos os seres vivos seratildeo

submetidos caso natildeo venham a oacutebito No ser humano essa condiccedilatildeo eacute mais

alarmante tendo em vista toda uma vida de independecircncia e posteriormente ter a

necessidade de depender de algueacutem caso natildeo envelheccedila com qualidade de vida

Estima-se que em 2050 a populaccedilatildeo brasileira teraacute em torno de 30 de idosos ou

seja a populaccedilatildeo brasileira estaacute envelhecendo bastante Este trabalho justifica-se

devido agrave enorme quantidade de sujeitos idosos que surgiratildeo devido ao aumento na

expectativa de vida e devido aos profissionais de enfermagem de um modo geral

natildeo estarem capacitados para atuarem junto agrave essa populaccedilatildeo Como objetivos esse

trabalho visa falar sobre o envelhecimento sobre os processos de envelhecimento

sobre doenccedilas inerentes agrave terceira idade sobre a assistecircncia do profissional de

enfermagem sobre a promoccedilatildeo da sauacutede ao sujeito idoso etc Para conseguir atingir

os objetivos apresentados foi usado como metodologia a revisatildeo de literatura sendo

essa um tipo de pesquisa Para tanto foi realizado levantamentos a partir das

seguintes bases Scielo livros e manuais do Ministeacuterio da Sauacutede revistas de sauacutede

etc Os criteacuterios de inclusatildeo foram artigos em liacutengua portuguesa textos completos e

a partir de 2007 O resultado da pesquisa bibliograacutefica mostrou que existe um enorme

campo de atuaccedilatildeo para o profissional de enfermagem quando se fala a respeito do

sujeito idoso devido a isso o profissional de enfermagem precisa estar bastante

capacitado para trabalhar com tal populaccedilatildeo

Palavras-chaves Idoso Envelhecimento Assistecircncia de Enfermagem

ABSTRACT

Aging is a natural condition to which all living beings will be subjected if they do not

die In the human being this condition is more alarming having in view a whole life of

independence and later having the need to depend on someone if it does not age

with quality of life It is estimated that in 2050 the Brazilian population will have around

30 of the elderly that is the Brazilian population is aging a lot This work is justified

due to the enormous amount of elderly subjects that will arise due to the increase in

life expectancy and due to the nursing professionals in general they are not able to

work with this population The objective of this study is to talk about aging aging

processes diseases inherent in the elderly nursing care health promotion to the

elderly etc In order to achieve the presented objectives the literature review was used

as methodology being this one type of research For that purpose surveys were

conducted based on the following bases Scielo books and manuals of the Ministry of

Health health magazines etc The inclusion criteria were articles in Portuguese

language full texts and as of 2007 The results of the bibliographic research showed

that there is a huge field of action for the nursing professional when talking about the

elderly subject because of this the nursing professional must be able to work with such

a population

Keywords Elderly Aging Nursing Assistance

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo28

Figura 2 - Processo de envelhecimento33

Figura 3 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento37

Figura 4 - Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal43

Figura 5 - Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson44

Figura 6 - Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer46

Figura 7 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose49

Figura 8 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril50

Figura 9 - Processo de Enfermagem55

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade27

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens28

Quadro 2 - Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso29

Quadro 3 - Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento34

Quadro 4 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento36

Quadro 5 - Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos40

Quadro 6 - Alimentos recomendados para idosos41

Quadro 7 - Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso49

Quadro 8 - Etapas do processo de enfermagem54

Quadro 9 - Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem56

Quadro 10 - Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE)59

LISTA DE SIGLAS

COFEN ndash Conselho Federal de Enfermagem

OMS ndash Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede

SAE ndash Sistema de Assistecircncia de Enfermagem

SCIELO ndash Scientific Electronic Library Online

BVS - Biblioteca Virtual em Sauacutede

DeCS - Descritores em Ciecircncia da Sauacutede

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

SNC - Sistema Nervoso Central

SUS - Sistema Puacuteblico de Sauacutede

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

AVC - Acidente Vascular Cerebral

ITU - Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

CE - Comitecirc de Eacutetica

PE - Processo de Enfermagem

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO25

11 OBJETIVOS26

111 Objetivo geral26

112 Objetivos especiacuteficos26

12 JUSTIFICATIVA26

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO27

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO

IDOSA NO BRASIL27

22 ESTATUTO DO IDOSO29

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO30

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO

ENVELHECIMENTO31

241 Mecanismos do envelhecimento32

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio35

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco35

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico36

2414 Envelhecimento do sistema nervoso38

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO38

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso39

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso40

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE42

261 Mal de Parkinson42

262 Doenccedila de Alzheimer45

263 Diabetes Mellitus46

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica47

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio48

266 Osteoporose49

3 METODOLOGIA53

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO55

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO55

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) 55

412 Processo de Enfermagem56

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos57

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS65

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS67

25

1 INTRODUCcedilAtildeO

O aumento da populaccedilatildeo idosa tem preocupado todas as autoridades devido ao

aumento do gasto previdenciaacuterio o que se torna um problema de enormes

proporccedilotildees tendo em vista o fato de o governo ter que disponibilizar a cada ano mais

verba para este segmento populacional que jaacute passa dos 15 milhotildees de brasileiros

Tais problemas colocados pela miacutedia amplifica o preconceito com o sujeito idoso e

com isso o medo de envelhecer fica latente a cada dia em que o sujeito chega agrave

terceira idade pois vislumbra-se um futuro sombrio no qual o preconceito conforme

falado seraacute enorme poliacuteticas de ajuda piacutefias verbas escassas e em muitos casos

falta de apoio familiar (GUERRA CALDAS 2010)

Um dos motivos que estatildeo proporcionando o aumento de idosos no Brasil eacute a melhoria

de diversos indicadores E como o aumento da populaccedilatildeo idosa acarreta seacuterios

problemas para a economia de um paiacutes torna-se importante desenvolver poliacuteticas que

podem auxiliar o idoso a envelhecer melhor com qualidade controlando as doenccedilas

caracteriacutesticas da terceira idade funcional e contribuindo com o Estado para que

este natildeo venha a entrar em colapso (VERAS 2012)

Estudos cientiacuteficos tecircm comprovado que exerciacutecios fiacutesicos combinados a uma boa

alimentaccedilatildeo e ateacute mesmo remeacutedios fitoteraacutepicos contribuem para uma melhoria

consideraacutevel para a sauacutede fiacutesica e mental dos idosos o que eacute algo bastante

interessante tendo em vista que a maioria dos acidentes com pessoas idosas ocorrem

quando o sujeito idoso sem forccedila muscular se machuca em pequenas atividades

dentro de casa ou quando sua sauacutede mental natildeo proporciona um envelhecimento

confortaacutevel ou quando as doenccedilas crocircnicas caracteriacutesticas da terceira idade se

apresentam intensamente (ACIOLE BATISTA 2013)

Nos dias atuais um carimbo que existe sobre o sujeito idoso eacute o descaso com ele

satildeo colocados agrave margem da sociedade Muitos natildeo possuem mais aptidatildeo para

trabalhos e muitos apresentam problemas de sauacutede que demandam um cuidado

especial muita atenccedilatildeo e com a ldquovida corridardquo quem deveria cuidar do idoso acaba

negligenciando sua funccedilatildeo e por isso vaacuterios idosos acabam indo para instituiccedilotildees de

asilo que muitas vezes natildeo oferecem condiccedilotildees miacutenimas de cuidados (SILVA

FINOCCHIO 2011)

Por outro lado instituiccedilotildees seacuterias de abrigo de idosos possuem profissionais de

26

diversas aacutereas do saber que atuam em conjunto para um cuidado eficaz do sujeito

idoso Dentre esses profissionais que auxiliam no cuidado do idoso uma figura que

se destaca eacute o enfermeiro que desenvolve ldquosuas atividades com os idosos por meio

de um processo de cuidar que contempla os aspectos biopsicossociais e espirituais

vivenciados durante a institucionalizaccedilatildeordquo quando utiliza a Sistematizaccedilatildeo de

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) por intermeacutedio do Processo de Enfermagem (PE)

permitindo ldquouma avaliaccedilatildeo integral do idoso identificando necessidades e padrotildees de

resposta aos problemas de sauacutede para a determinaccedilatildeo de soluccedilotildees apropriadas no

atendimento dessas necessidadesrdquo (CLARES FREITAS PAULINO 2013 p 02)

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

bull Analisar a partir de uma revisatildeo de literatura a Assistecircncia de Enfermagem ao

sujeito idoso

112 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever o processo de envelhecimento

bull Listar as principais doenccedilas que acometem a populaccedilatildeo idosa

bull Identificar as principais estrateacutegias de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem (SAE) para a populaccedilatildeo idosa

12 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista o aumento do nuacutemero de sujeitos idosos no Brasil devido ao aumento

da expectativa de vida e por ser esta autora jaacute atuante como enfermeira na

assistecircncia agraves pessoas idosas natural foi a escolha pelo tema aqui desenvolvido

27

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO IDOSA

NO BRASIL

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) oacutergatildeo do governo responsaacutevel

por coletar informaccedilotildees a respeito da sociedade brasileira para um melhor

entendimento da realidade lanccedilou em 2016 um livro com uma siacutentese de indicadores

sociais e uma anaacutelise das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo brasileira Tal livro

permeado de dados estatiacutesticos foi utilizado para levantar as estatiacutesticas a respeito

da populaccedilatildeo idosa do Brasil e assim seraacute aqui referenciado

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

A evoluccedilatildeo da composiccedilatildeo populacional por grupos de idade aponta para a tendecircncia de envelhecimento demograacutefico que corresponde ao aumento da participaccedilatildeo percentual dos idosos na populaccedilatildeo e a consequente diminuiccedilatildeo dos demais grupos etaacuterios (BRASIL 2016 p 13)

A constataccedilatildeo de que a sociedade brasileira estaacute envelhecendo pode ser confirmada

na Tabela 01 que reforccedila o que jaacute foi citado anteriormente

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade

IDADE (anos) 2005 () 2015 ()

0 ndash 14 265 210 15 - 29 274 236 30 - 59 362 410

Acima de 60 98 143

Fonte Brasil (2016 p 13)

Ainda sobre a Tabela 01 observa-se a evoluccedilatildeo da populaccedilatildeo brasileira entre os anos

de 2005 a 2015 Observa-se pela tabela que a populaccedilatildeo idosa saiu dos 98 em

2005 para 143 em 2015 ou seja em uma deacutecada a populaccedilatildeo idosa cresceu cerca

de 46 Eacute um crescimento enorme Com essa dinacircmica populacional a expectativa

eacute que em 2050 a populaccedilatildeo idosa no Brasil fique ligeiramente abaixo dos 30

conforme eacute ilustrado na Figura 01 Ela tambeacutem apresenta a projeccedilatildeo da evoluccedilatildeo de

pessoas com mais de 60 anos no restante do mundo (BRASIL 2016)

28

Figura 01 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo

Fonte Brasil (2016) (Adaptado pela autora)

O sujeito idoso apresenta diversas dificuldades no seu dia-a-dia e torna-se um desafio

enorme para a sociedade brasileira como um todo em vista da preocupaccedilatildeo que se

deve ter com o sujeito idoso No Quadro 01 algumas caracteriacutesticas pertinentes aos

idosos (BRASIL 2016)

Quadro 01 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens CARACTERIacuteSTICAS QUANTIDADE

Alguma dificuldade permanente para caminhar 330 ()

Vivem em domiciacutelios em aacutereas sem arborizaccedilatildeo 275 ()

Entidade de assistecircncia social privada sem fins lucrativos 8283

Jaacute se sentiram discriminados no serviccedilo sauacutede 84 ()

Niacutevel de ocupaccedilatildeo dos idosos 263 ()

Proporccedilatildeo de idosos ocupados que recebem aposentadoria 538 ()

Ensino fundamental incompleto 655 ()

Sem plano meacutedico ou odontoloacutegico 680 ()

Sintomas de depressatildeo 93 ()

Fonte Brasil (2016)

O Quadro 01 apresenta diversas informaccedilotildees a respeito do sujeito idoso A que mais

chama atenccedilatildeo eacute a quantidade de idosos sem plano de sauacutede ou odontoloacutegico algo

em torno de 68 pois como eacute sabido a sauacutede puacuteblica no Brasil eacute precaacuteria e com

isso o idoso que acaba por depender do sistema puacuteblico natildeo tem um atendimento

eficaz o que pode agravar suas condiccedilotildees fiacutesicas e de sauacutede (BRASIL 2016)

29

22 ESTATUTO DO IDOSO

O estatuto do idoso eacute o nome popular dado a Lei nordm 10741 de 1ordm de outubro de 2003

que veio para regular os direitos das pessoas com mais de sessenta anos assim

consideradas idosas (BRASIL 2013)

O referido documento agrupou leis que jaacute existiam organizando-as em blocos Todos

os direitos a que o idoso tem mas que em diversas ocasiotildees satildeo deliberadamente

usurpados foram bem discutidos nesta lei Seu art 2ordm assim institui

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes agrave pessoa humana sem prejuiacutezo da proteccedilatildeo integral de que trata esta Lei assegurando-se-lhe por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades para preservaccedilatildeo de sua sauacutede fiacutesica e mental e seu aperfeiccediloamento moral intelectual espiritual e social em condiccedilotildees de liberdade e dignidade (BRASIL 2013 p 07)

O idoso possui sempre prioridades devido a uma seacuterie de fatores e acima de tudo

devido agrave sua fragilidade pela idade avanccedilada O estatuto do idoso determina quais

satildeo essas prioridades No Quadro 02 elas satildeo delineadas (BRASIL 2013)

Quadro 02 ndash Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso INCISO PRIORIDADES

I Ter atendimento prioritaacuterio e personalizado junto a oacutergatildeos que prestam serviccedilos de sauacutede agrave populaccedilatildeo

II Ter prioridades diante das poliacuteticas sociais elaboradas para a sauacutede puacuteblica

III Destinaccedilatildeo privilegiada de recursos puacuteblicos para os setores que possuem obrigaccedilotildees de proteccedilatildeo ao idoso

IV Desenvolvimento de poliacuteticas que torne possiacutevel o conviacutevio do idoso com pessoas de outras geraccedilotildees

V Ser cuidado por membros de sua famiacutelia sendo que a acolhida em abrigos de idosos seria em uma uacuteltima situaccedilatildeo

VI Capacitaccedilatildeo dos profissionais que cuidam de idosos para prestar um atendimento de qualidade de atualizado

VII No desenvolvimento de poliacuteticas que possibilitem a divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees educativas a respeito do idoso para o puacuteblico em geral

VIII Garantia de acessibilidade aos serviccedilos de sauacutede e de assistecircncia social do Estado

IX Primazia quando do recebimento da restituiccedilatildeo do Imposto de Renda

Fonte Brasil (2013) (Adaptado pela autora)

Como pode-se observar no Quadro 02 as prioridades a que o idoso tem direito satildeo

vaacuterias poreacutem o que se observa na praacutetica eacute que muitas delas satildeo ignoradas A cultura

de cada paiacutes diz se os seus velhos seratildeo beneficiados com o respeito ou se seratildeo

maltratados No Brasil impera a cultura de descaso com o sujeito da terceira idade e

muitas vezes vaacuterios deles sofrem verdadeiros maus tratos seja fiacutesica seja

psicologicamente (SANCHES LEBRAO 2008)

30

Referida norma nos dizeres de Justo e Rozendo (2010) apresenta natildeo apenas o

instrumento juriacutedico para preservar e garantir a dignidade do idoso mas ldquo[] mas

tambeacutem como uma produccedilatildeo simboacutelica e conceitual que mediante um conjunto de

signos representaccedilotildees imagens e saberes configura o idoso na cultura []rdquo (JUSTO

ROZENDO 2010 p 472)

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO

O ser humano eacute um animal social e por isso desde haacute muito tempo de eacutepocas

remotas eles se organizam dando alguma ideia de famiacutelia conforme entendemos

atualmente No entanto a ideia de famiacutelia muda agrave medida que a histoacuteria evolui e se

antes o sujeito idoso era considerado o ente mais importante de sua famiacutelia devido

aos conhecimentos que adquiriu ao longo de sua jornada nos dias atuais essa

premissa jaacute natildeo eacute tatildeo mais importante e devido a isso observa-se poucos idosos no

seio da famiacutelia com sua consequente diminuiccedilatildeo (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

Quando se pensa em famiacutelia como instituiccedilatildeo social o que precisa ser levado em

consideraccedilatildeo para uma anaacutelise mais ampla a respeito dessa instituiccedilatildeo social satildeo

ldquo[] aspectos como afetividade companheirismo solidariedade sentimentos e accedilotildees

que podem ser encontradas fora dos laccedilos consanguiacuteneosrdquo Ou seja natildeo se eacute famiacutelia

somente aqueles que possuem o mesmo sangue mas existem outros fatores que

demonstram ser um agrupamento de pessoas considerado famiacutelia ldquoEacute uma construccedilatildeo

social influenciada pela cultura e contexto histoacuterico em que foi concebida []rdquo

(SOUZA SKUBS BRETAS 2007 p 264)

A vida do ser humano eacute repleta de fases desde agrave infacircncia ateacute a velhice Em cada fase

existe todo um conjunto cultural que daacute suporte agravequela fase e por isso nas famiacutelias

atuais existe um certo conflito entre membros familiares de geraccedilotildees diferentes pois

convivem muitas vezes em uma mesma residecircncia crianccedilas adolescentes adultos

e velhos e por isso um maior cuidado para que tais diferenccedilas natildeo interfiram na

harmonia do lar (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

E com o sujeito idoso haacute de se ter uma atenccedilatildeo especial devido a todos os fatores

envolvidos em sua mudanccedila de idade e com a chegada da velhice Tais fatores satildeo

os sociais psicoloacutegicos materiais financeiros autonomia etc Dessa forma o idoso

tende a dar mais trabalho pois uma vez que fora independente e natildeo eacute mais uma

31

vez que fora forte e natildeo eacute mais apresenta uma paciecircncia bastante curta Assim os

familiares que em volta dele estatildeo precisam ter bastante amor e carinho para um

excelente cuidado pois eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia assim fazer conforme preceitua a

Constituiccedilatildeo Federal (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

O apoio da famiacutelia para o sujeito idoso eacute de suma importacircncia para que ele possa ter

uma velhice confortaacutevel e saudaacutevel Reis e Trad possuem palavras interessantes a

respeito Vejamos

O suporte familiar contribui de maneira significativa para a manutenccedilatildeo e a integridade fiacutesica e psicoloacutegica do indiviacuteduo Seu efeito eacute tido como beneacutefico no membro da famiacutelia que o recebe na medida em que o suporte eacute percebido como disponiacutevel e satisfatoacuterio [] Dessa forma eacute fundamental para o planejamento assistencial adequado ao idoso a compreensatildeo do contexto familiar o que implica o entendimento das questotildees que envolvem a formaccedilatildeo e a dinacircmica de funcionamento das famiacutelias em geral (REIS TRAD 2015 p 30)

No entanto abrigos repletos de sujeitos idosos demonstram que na grande maioria

dos casos os familiares preferem abandonar os seus velhos aos cuidados de

enfermeiros que nem conhecem se estatildeo capacitados para lidar com as

necessidades Mesmo com o advento do estatuto do idoso ele continua sofrendo

severos preconceitos (REIS TRAD 2015)

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO

No Brasil de hoje tem-se observado um crescimento substancial do nuacutemero de

sujeitos idosos (aqueles com mais de 60 anos de acordo com o estatuto do idoso) e

isso eacute algo bastante preocupante tendo em vista a infraestrutura precaacuteria do sistema

de sauacutede Apenas a tiacutetulo de entendimento de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatiacutestica (IBGE) a quantidade de sujeitos idosos em 2016 era em cerca

de 143 (BRASIL 2016)

Existem basicamente dois motivos pelos quais a quantidade de sujeitos idosos vem

aumentando no Brasil que satildeo a reduccedilatildeo da taxa de natalidade e a reduccedilatildeo da

mortalidade A tecnologia vem ajudando consideravelmente para que esses dois

fatores sejam os reais motivos pelo aumento da taxa de idosos (MORAIS 2009)

A afirmativa anterior eacute reforccedilada pelo IBGE conforme segue ldquoAs mudanccedilas na razatildeo

de dependecircncia estatildeo diretamente associadas agrave diminuiccedilatildeo da fecundidade e ao

32

aumento na longevidade da populaccedilatildeo especialmente na populaccedilatildeo idosardquo (BRASIL

2016 p 17)

Dessa forma o ato de envelhecer passa a ser visto como algo a que todos os

brasileiros passaratildeo um dia pois haacute um aumento na expectativa de vida e assim

entender o processo de envelhecimento e desenvolver mecanismos para um

envelhecimento saudaacutevel torna-se fundamental pois idosos saudaacuteveis significa

grosso modo menos problemas tanto para a famiacutelia quanto para o governo Mas esse

menos problema natildeo eacute dito de forma vulgar pejorativa mas sim de forma racional

pois com um idoso saudaacutevel em uma famiacutelia esta famiacutelia natildeo sofre com o sofrimento

dele (MORAIS 2009)

Os desafios que se apresentam com o aumento da populaccedilatildeo idosa no Brasil estatildeo

intimamente interligados com a integraccedilatildeo e o cuidado social com o sujeito idoso com

a sauacutede com a assistecircncia social com a previdecircncia social com a forma de

envelhecer saudaacutevel etc (BRASIL 2016)

Dessa forma importante entender o mecanismo bioloacutegico do envelhecimento e sua

correlaccedilatildeo com o meio fiacutesico para um cuidado mais personalizado

241 Mecanismos do envelhecimento

Teixeira e Guariento afirmam que o conhecimento acerca do envelhecimento ou dos

motivos que o causam satildeo limitados devido agrave falta de pesquisas experimentais com

seres humanos o que eacute vedado pela eacutetica meacutedica Dessa forma pode-se fazer

apenas experimentos com animais em especial com roedores moscas de frutas e

isso acaba natildeo trazendo um real significado acerca do processo de envelhecimento

(TEIXEIRA GUARIENTO 2010)

Existem vaacuterias teorias a respeito do envelhecimento e por isso aos poucos foram

sendo agrupadas basicamente em dois grupos a saber teorias programadas e

teorias estocaacutesticas A primeira tem sua ideia central ldquonos reloacutegios bioloacutegicos que

regulam o crescimento a maturidade a senescecircncia e a morterdquo Jaacute a segunda baseia-

se na ldquoidentificaccedilatildeo de agravos que induzem aos danos moleculares e celulares

aleatoacuterios e progressivosrdquo (TEIXEIRA GUARIENTO 2010 p 2846)

33

Fato eacute que os efeitos do envelhecimento satildeo visiacuteveis rugas expostas cabelos

brancos peles caiacutedas dificuldades para se locomoverem decliacutenio das forccedilas

diminuiccedilatildeo do equiliacutebrio diversas doenccedilas dificuldade na respiraccedilatildeo Tudo estaacute

conjuntamente interligado em um processo complexo e variado que envolve tanto o

bioloacutegico quanto o psicossocial e que afeta diversos sistemas Na Figura 02 uma

representaccedilatildeo interessante do processo de envelhecimento (RUIVO et al 2009)

Figura 02 ndash Processo de envelhecimento

Fonte Centro avanccedilado de medicina preventiva (2018)

34

No Quadro 03 eacute apresentado os efeitos da velhice de uma forma geral e resumida

Vaacuterios satildeo os efeitos do envelhecimento no sujeito idoso por isso apenas alguns deles

foram relatados a tiacutetulo de exemplos

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (continua)

MODIFICACcedilOtildeES NO CORPO COM O ENVELHECIMENTO

ESTADO GERAL

Reduccedilatildeo progressiva da eficiecircncia dos processos fisioloacutegicos resulta em equiliacutebrio fraacutegil e impotildee obstaacuteculos agrave capacidade do corpo para manter a homeostase Estressores fiacutesicos e emocionais tornam o idoso mais vulneraacutevel devido agrave diminuiccedilatildeo das reservas fisioloacutegicas O idoso pode continuar a se envolver em todas as atividades da meia-idade embora de maneira intuitiva deva adaptar-se a um ritmo modificado e a periacuteodos de descanso mais frequentes

TEGUMENTAR

Surgimento de rugas e perda da firmeza da pele ocorrem com a reduccedilatildeo da elasticidade ressecamento e descamaccedilatildeo satildeo comuns A queda dos cabelos eacute comum nos homens e as mulheres tecircm afinamento e perda de pigmentaccedilatildeo dos cabelos Sinais de pele e pigmentaccedilatildeo satildeo comuns embora a pele possa clarear devido agrave perda de melanoacutecitos As unhas costumam espessar-se e ficar quebradiccedilas e amareladas

MUSCULOESQUELEacuteTICO

Diminui o tecido subcutacircneo e o peso no idoso A massa e a forccedila musculares diminuem Ocorre desmineralizaccedilatildeo oacutessea e os ossos ficam porosos e quebradiccedilos As articulaccedilotildees tendem a enrijecer e a perder flexibilidade podendo diminuir a amplitude de movimentos Costuma ocorrer lentidatildeo da mobilidade geral e a postura tende a encurvar A altura diminui um pouco

NEUROLOacuteGICO

O Sistema Nervoso Central reage mais lentamente a muacuteltiplos estiacutemulos Assim a resposta cognitiva e comportamental do idoso pode ser retardada Diminui a frequecircncia da reaccedilatildeo reflexa A regulagem da temperatura e a percepccedilatildeo de dorpressatildeo ficam menos eficientes O idoso pode ainda ter dificuldades no equiliacutebrio na coordenaccedilatildeo na motricidade fina e na orientaccedilatildeo espacial o que resulta em maior risco para quedas Costuma encurtar o sono noturno e o idoso pode despertar com mais facilidade

SENTIDOS ESPECIAIS

Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade visual (presbiopia) com maior sensibilidade agrave claridade e menor capacidade de adaptar-se agrave escuridatildeo Reduccedilatildeo da acomodaccedilatildeo reduccedilatildeo da percepccedilatildeo em profundidade e da discriminaccedilatildeo de cores Uma catarata pode obscurecer ainda mais a visatildeo A dificuldade para ler letras miuacutedas pode se tornar mais evidente Dirigir durante o dia ou durante agrave noite pode ficar comprometido Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade auditiva (presbicusia) em especial diminuiccedilatildeo da discriminaccedilatildeo de tons na presenccedila de ruiacutedos ambientais Em consequecircncia dos problemas auditivos o idoso pode retrair-se de eventos sociais As sensaccedilotildees de paladar e olfato diminuem Sensibilidade aos cheiros pode diminuir Problemas nutricionais podem surgir

CARDIOPULMONAR

Os vasos sanguiacuteneos ficam menos elaacutesticos e muitas vezes riacutegidos e tortuosos Depoacutesitos de placas de gordura continuam a ocorrer nos revestimentos dos vasos sanguiacuteneos Edema e esfriamento das extremidades inferiores podem ocorrer em especial com a diminuiccedilatildeo da mobilidade O corpo tem menor capacidade de aumentar a frequecircncia do coraccedilatildeo e o deacutebito cardiacuteaco mediante atividade A elasticidade pulmonar e a accedilatildeo ciliar diminuem de modo que a desobstruccedilatildeo pulmonar se torna menos eficiente Pode aumentar a frequecircncia pulmonar acompanhada de profundidade diminuiacuteda

35

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (conclusatildeo)

GASTRINTESTINAL Os sucos digestivos continuam a diminuir e reduz-se a absorccedilatildeo de nutrientes Desnutriccedilatildeo e anemia satildeo mais comuns Com a reduccedilatildeo do tocircnus muscular e o peristaltismo diminuiacutedo satildeo comuns queixas de constipaccedilatildeo

DENTICcedilAtildeO Perda e caacuterie dentaacuterias continuam para a maioria dos idosos Os haacutebitos alimentares podem mudar em especial se o idoso natildeo tem dentes ou usa dentaduras que natildeo servem bem

GENITURINAacuteRIO

O fluxo sanguiacuteneo para os rins reduz com a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco A quantidade de unidades de neacutefrons funcionando diminui em 50 Produtos a serem eliminados podem ser filtrados e excretados mais lentamente Liacutequidos e eletroacutelitos permanecem dentro das variaccedilotildees normais mas o equiliacutebrio eacute fraacutegil Cerca de 75 dos homens com mais de 65 anos tecircm hipertrofia da glacircndula prostaacutetica Pode haver a necessidade de cirurgia caso ocorra retenccedilatildeo urinaacuteria Haacute atrofia diminuiccedilatildeo de secreccedilotildees e afinamento do trato genital da mulher idosa

Fonte Taylor e outros (2007 p 460)

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio

O Sistema respiratoacuterio envelhece da mesma forma que o restante do organismo e

muitas vezes ele envelhece mais raacutepido devido agrave enorme quantidade de poluiccedilatildeo a

que estamos sujeitos Nas palavras de Ruivo e outros

Pensa-se que o sistema respiratoacuterio seja o sistema do organismo que envelhece mais rapidamente devido agrave maior exposiccedilatildeo a poluentes ambientais ao longo dos anos As mudanccedilas que ocorrem a este niacutevel satildeo clinicamente relevantes porque a deterioraccedilatildeo da funccedilatildeo pulmonar estaacute associada ao aumento da taxa de mortalidade e aleacutem disso o conhecimento das mesmas contribui para a detecccedilatildeo e prevenccedilatildeo de disfunccedilotildees respiratoacuterias em idosos (RUIVO et al 2009 p 631)

Biologicamente com o envelhecimento a estrutura morfoloacutegica da parede toraacutecica

sofre severas alteraccedilotildees que afetam diretamente os pulmotildees Dessa forma a perda

da elasticidade dentre outros problemas torna-se a mais frequente complicaccedilatildeo

pulmonar entre pessoas idosas (RUIVO et al 2009)

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco

O envelhecimento do sistema cardiacuteaco acarreta diversas complicaccedilotildees ao sujeito

idoso e a dinacircmica de como esse processo se dar eacute melhor explicado por Esquenazi

Silva e Guimaratildees

O coraccedilatildeo eacute constituiacutedo por ceacutelulas musculares os cardiomioacutecitos moleacuteculas de matriz extracelular destacando-se o colaacutegeno e ceacutelulas intersticiais cardiacuteacas tais como fibroblastos e ceacutelulas endoteliais Por tratar-se de ceacutelulas terminalmente diferenciadas a identificaccedilatildeo recente de ceacutelulas-tronco residentes no coraccedilatildeo revelou que os cardiomioacutecitos satildeo repostos mas natildeo

36

na proporccedilatildeo ideal para recuperaccedilatildeo de funccedilatildeo alterada consequente a eventuais perdas (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

Dessa forma pode-se realccedilar algumas mudanccedilas sensiacuteveis que ocorrem com o

envelhecimento e que estatildeo listadas no Quadro 04 abaixo

Quadro 04 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento MUDANCcedilAS ORGAcircNICAS COM O ENVELHECIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

A parede ventricular torna-se mais espessa

Diminuiccedilatildeo das ceacutelulas de cardiomioacutecitos

Aumento do conteuacutedo do colaacutegeno

Alteraccedilatildeo do metabolismo mitocondrial

Maior secreccedilatildeo de colaacutegeno

Induccedilatildeo de apoptose das ceacutelulas musculares lisas da parede arterial

Aumento da rigidez aoacutertica

Alteraccedilatildeo da elasticidade aoacutertica

Disfunccedilatildeo diastoacutelica

Hipertrofia do ventriacuteculo esquerdo

Insuficiecircncia cardiacuteaca congestiva

Fonte Esquenazi Silva e Guimaratildees (2014) (Adaptado pela autora)

No envelhecimento ocorrem mudanccedilas em algumas propriedades do coraccedilatildeo e isso

pode acarretar o surgimento de arritmias cardiacuteacas bem como a diminuiccedilatildeo da

possibilidade de alteraccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca durante situaccedilotildees de estresse

Assim devido agrave mudanccedila da frequecircncia cardiacuteaca na populaccedilatildeo da terceira idade eacute

frequentemente adicionado medicamentos como diureacuteticos medicamentos que atuam

para combater a arritmia etc (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico

Haacute diversos estudos que tentam provar que o processo de envelhecimento estaacute

associado agrave diminuiccedilatildeo da massa muscular fenocircmeno conhecido como sarcopenia

Este fenocircmeno debilita diretamente a arquitetura muscular alterando diversas

propriedades tais como ldquoaacuterea da seccedilatildeo transversa anatocircmica comprimento das fibras

musculares volume e acircngulo de penaccedilatildeo dos muacutesculosrdquo Ocasiona uma reduccedilatildeo das

forccedilas do paciente da capacidade aeroacutebica e da taxa metaboacutelica Juntos esses

fatores influenciamalteram a qualidade de vida pois podem aumentar a taxa de

quedas e ocasionar outros problemas ao idoso que repercutem em todos os campos

de sua vida (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

37

Os mais novos estudos cientiacuteficos na aacuterea sugerem que o envelhecimento tambeacutem

estaacute relacionado com a diminuiccedilatildeo da rigidez dos tendotildees o que eacute apreciado na obra

de Baptista e Vaz conforme segue

Modificaccedilotildees morfoloacutegicas na unidade muacutesculo-tendatildeo como a sarcopenia ou a diminuiccedilatildeo da rigidez tendiacutenea reconhecidamente causam alteraccedilotildees de suas propriedades mecacircnicas As propriedades mecacircnicas dos muacutesculos determinam sua capacidade de produccedilatildeo de forccedila em diferentes comprimentos e velocidades podendo assim influenciar de maneira significativa as atividades de vida diaacuteria dos seres humanos independente da faixa etaacuteria (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

Natildeo se consegue entender exatamente como ocorre o processo da sarcopenia pois

eacute um processo complexo no qual diversos outros processos contribuem para que

aconteccedila Alguns estudos sugerem que a diminuiccedilatildeo da ativaccedilatildeo neuromuscular eacute

comeccedilo do processo de perda de massa e de forccedila O que eacute bem entendido e

preocupante satildeo os seus efeitos nos sujeitos idosos que provocam diversas outras

consequecircncias (FILHO 2012)

Eacute sabido que tudo estaacute interligado portanto quando ocorre reduccedilatildeo da estrutura

muscular esqueleacutetica isso acarreta outros problemas natildeo soacute de importacircncia material

assim como de importacircncia imaterial como sedentarismo depressatildeo ansiedade

depressatildeo etc A Figura 03 ilustra esse ciacuterculo vicioso (PEREIRA TEIXEIRA

ETCHEPARE 2006)

Figura 03 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento

Fonte Pereira Teixeira e Etchepare (2006)

38

2414 Envelhecimento do sistema nervoso

O envelhecimento como jaacute foi dito provoca uma seacuterie de alteraccedilotildees no organismo do

sujeito idoso No sistema nervoso diversas alteraccedilotildees anatocircmicas e quiacutemicas satildeo

observadas no enceacutefalo e na medula e essas alteraccedilotildees podem ser vistas tanto

macroscopicamente quanto microscopicamente Ateacute mesmo o tamanho do ceacuterebro e

peso dele satildeo modificados agrave medida que o sujeito envelhece na ordem de 2 a cada

uma deacutecada e com diminuiccedilatildeo de proteiacutenas (TAGLIARINI 2008)

De acordo com anaacutelises feitas ao envelhecer diversas alteraccedilotildees acontecem sendo

que as mais vitais satildeo ldquoa diminuiccedilatildeo de ceacutelulas alteraccedilotildees dendriacuteticas placas senis

degeneraccedilatildeo neurofibrilar degeneraccedilatildeo gracircnulo-vacuolar e acuacutemulo de lipofucsinardquo

(TAGLIARINI 2008 p 18)

As alteraccedilotildees morfoloacutegicas produzidas pelo Sistema Nervoso Central (SNC) se

mostram como sendo de suma importacircncia para o devido funcionamento do sistema

nervoso devido agrave importacircncia na geraccedilatildeo e processamento das memoacuterias e no

transporte de informaccedilotildees ateacute os neurocircnios (TAGLIARINI 2008)

Portanto de tudo o que foi falado a respeito do envelhecimento do sistema nervoso

algumas partes ainda natildeo foram provadas e muita coisa ainda deve ser elucidada

com os anos vindouros Tem-se uma ideia de que as modificaccedilotildees ocorrem tanto de

forma central quanto de forma perifeacuterica ldquocom atrofia cerebral devido agrave diminuiccedilatildeo do

nuacutemero de neurocircnios assim como a reduccedilatildeo da quantidade de substacircncias branca e

cinzenta Ocorre ainda reduccedilatildeo da sinaptogecircnese e da velocidade de conduccedilatildeo

nervosa []rdquo (RIBEIRO VEIGA 2013 p25)

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO

Conforme jaacute foi falado anteriormente a populaccedilatildeo brasileira seguindo o ritmo da

populaccedilatildeo mundial estaacute envelhecendo mais devido agraves inovaccedilotildees tecnoloacutegicas Com

isso mais sujeitos idosos procuram serviccedilos meacutedicos por causa das doenccedilas

inerentes agrave terceira idade Essa demanda impulsiona aos governos criarem poliacuteticas

de sauacutede para que o sujeito envelheccedila com sauacutede pois se assim for proporciona

vantagem para todos os que estatildeo envolvidos com o idoso seja seus parentes que

39

cuidam dele seja o Estado que natildeo precisa gastar muito com remeacutedios Isso

proporciona um aliacutevio na previdecircncia divido agrave imensa diacutevida puacuteblica que existe e por

necessitar fazer corte de gastos A seguir seraacute melhor tratado acerca dos benefiacutecios

da atividade fiacutesica para o idoso para ter um envelhecimento sadio e de haacutebitos

saudaacuteveis que precisa ter para o seu dia-a-dia com sauacutede (ACIOLE BATISTA 2013)

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso

Com o crescimento mundial acelerado da populaccedilatildeo idosa diversas poliacuteticas estatildeo

sendo desenvolvidas para fazer com que o idoso envelheccedila com sauacutede tendo em

vista finalidades variadas tais como o fato de a previdecircncia estar sobrecarregada a

constataccedilatildeo de que o Sistema Puacuteblico de Sauacutede (SUS) natildeo atende com qualidade

as premissas mais baacutesicas da populaccedilatildeo Assim se o idoso chegar agrave terceira fase de

sua vida mais dinacircmico e com mais sauacutede enormes benefiacutecios surgiratildeo natildeo somente

para ele assim como para toda a sociedade (FONSECA et al 2014)

Dentre essas poliacuteticas certamente a que incentiva o idoso a praticar esportes eacute a mais

disseminada juntamente com a boa alimentaccedilatildeo pois eacute comprovado cientificamente

que o idoso ao praticar esportes consegue se manter mais saudaacutevel mais luacutecido e

em melhores condiccedilotildees de enfrentamento de doenccedilas que lhe acometem que satildeo

caracteriacutesticas da terceira idade aleacutem de provocar uma melhoria como um todo ao

sujeito idoso em todas as suas dimensotildees (MACIEL 2010)

De acordo com Maciel (2010 p 1024)

Poreacutem ao se refletir sobre as atividades fiacutesicas precisa-se pensar aleacutem dos benefiacutecios biopsicossociais proporcionados pela sua praacutetica como tambeacutem por exemplo compreender as mudanccedilas de comportamentos individuais eou coletivos para a adesatildeo e manutenccedilatildeo dessas atividades Essas soacute proporcionaratildeo os devidos benefiacutecios se realizadas continua e corretamente

As atividades fiacutesicas que satildeo incentivadas para que o idoso possa praticar satildeo

divididas em quatro dimensotildees lazer deslocamento ativo atividades domeacutesticas e

laboral A primeira eacute dita como atividade estruturada jaacute as demais satildeo atividades natildeo-

estruturais Existem vaacuterias vantagens para o sujeito idoso que se movimenta que

pratica alguma atividade fiacutesica As principais vantagens estatildeo apresentadas no

Quadro 05 (MACIEL 2010)

40

Quadro 05 ndash Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos BENEFIacuteCIOS DA ATIVIDADE FIacuteSICA PARA O IDOSO

Aumentomanutenccedilatildeo da capacidade aeroacutebia

Aumentomanutenccedilatildeo da massa muscular

Reduccedilatildeo significativa da taxa de mortalidade

Prevenccedilatildeo de doenccedilas coronarianas

Melhora do perfil lipiacutedico

Transformaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal devido agrave reduccedilatildeo da massa gorda

Prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes e hipertensatildeo arterial comuns ao sujeito idoso

Diminuiccedilatildeo da possibilidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Nas mulheres idosas possibilidade de prevenccedilatildeo do cacircncer de mama e coacutelon

Reduccedilatildeo da ocorrecircncia de demecircncia

Melhora da autoestima e da autoconfianccedila

Reduccedilatildeo dos ataques de ansiedade e do estresse

Consideraacutevel melhora do humor e da qualidade de vida

Fonte Maciel (2010) (Adaptado pela autora)

Cordeiro e outros (2014) fazendo pesquisas com idosos para entender como as

atividades fiacutesicas afetam as funccedilotildees cognitivas sendo estas definidas como as fases

do processo de informaccedilatildeo tais como aprendizagem raciociacutenio atenccedilatildeo e outras

mais concluiacuteram o seguinte

O melhor desempenho do grupo de idosos ativos no teste de memoacuteria emocional pode estar associado a alteraccedilotildees fisioloacutegicas no sistema nervoso central decorrentes da praacutetica da atividade fiacutesica A accedilatildeo da atividade fiacutesica sobre as funccedilotildees cognitivas pode se dar por meio de diversos mecanismos dentre os quais a melhora na circulaccedilatildeo cerebral alteraccedilatildeo na siacutentese e degradaccedilatildeo de neurotransmissores alteraccedilotildees neuroendoacutecrinas e humorais e aumento de fatores de crescimento como o fator neurotroacutefico derivado do ceacuterebro (BDNF) responsaacutevel pela neuroplasticidade eficaacutecia sinaacuteptica conectividade neuronal e aumento da sobrevivecircncia dos neurocircnios e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) responsaacutevel pela angiogecircnese (CORDEIRO et al 2014 p 549)

Ou seja a praacutetica da atividade fiacutesica proporciona enormes ganhos de qualidade de

vida para o sujeito idoso e possibilita a ele viver mais tempo de forma independente

jaacute que suas funccedilotildees cognitivas respondem melhor e desenvolvem mecanismos mais

duradouros (CORDEIRO et al 2014)

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso

Os alimentos satildeo as fontes de energia para o ser-humano Por isso quando o sujeito

se alimenta bem com qualidade ingerindo alimentos saudaacuteveis todo o seu

organismo funcionaraacute com qualidade e equiliacutebrio o que eacute necessaacuterio e demandado

pela populaccedilatildeo de uma forma geral mas devido agrave agitaccedilatildeo do dia-a-dia acaba por

41

comprometer a sauacutede com alimentos ruins raacutepidos de serem feitos e ingeridos

(MENEZES et al 2008)

O Sujeito idoso precisa ter uma atenccedilatildeo especial com o que ingere pois natildeo possui

mais um organismo jovem que consegue digerir tudo com facilidade e rapidez Seu

organismo agora e conforme jaacute foi falado eacute imensamente lento Natildeo consegue

metabolizar com rapidez os alimentos que lhe chegam ao estocircmago e por isso precisa

ser seletivo (KUWAE et al 2015)

De acordo com Kuwae e outros (2015 p 622 - 624)

No envelhecimento tanto os cuidados nutricionais satildeo diferentes como tambeacutem satildeo singulares agraves concepccedilotildees do que eacute saudaacutevel ou apropriado para esta idade Os cuidados com a alimentaccedilatildeo envolvem uma busca de equiliacutebrio entre as exigecircncias do corpo envelhecido e as limitaccedilotildees decorrentes de algumas patologias muitas delas exigindo seu controletratamento pela alimentaccedilatildeo como a hipertensatildeo diabetes e doenccedilas coronarianas Portanto o envelhecimento estaacute relacionado tanto com as alteraccedilotildees fisioloacutegicas que limitam o repertoacuterio alimentar seja pelas restriccedilotildees decorrentes de patologias crocircnicas ou das alteraccedilotildees de mastigaccedilatildeo e digestatildeo como com as condiccedilotildees de mobilidade autonomia independecircncia financeira condiccedilotildees de sauacutede e da composiccedilatildeo familiar Esses satildeo fatores decisivos sobre o repertoacuterio alimentar a frequecircncia e a qualidade da alimentaccedilatildeo dos idosos

Daiacute surge a necessidade de saber o que o sujeito idoso pode exatamente comer e o

que natildeo pode comer jaacute que em muitas situaccedilotildees o desejo eacute grande De acordo com

Menezes e outros (2008) existem duas classes de alimentos que o sujeito idoso pode

ingerir e satildeo os alimentos bons e os alimentos ruins Na classe dos alimentos bons

estatildeo as frutas verduras legumes carnes brancas etc Jaacute na segunda classe estatildeo

as frituras carnes vermelhas doces massas sal etc O Quadro 06 apresenta uma

lista com os principais alimentos para os idosos aqueles que satildeo recomendados bem

como suas caracteriacutesticas e o motivo pelo satildeo recomendados

Quadro 06 ndash Alimentos recomendados para idosos ALIMENTOS RECOMENDADOS PARA IDOSOS

CLASSE ALIMENTOS DESCRICcedilAtildeO

BONS Frutas verduras legumes carnes brancas etcleites e seus derivados

A comida se torna leve para o organismo do idoso o que proporciona uma raacutepida digestatildeo e o idoso natildeo se sente empazinado

RUINS Carnes vermelhas doces massas sal etc

Satildeo alimentos pesados gordurosos que demoram a fazer digestatildeo com moleacuteculas complexas O idoso natildeo ingere porque pode passar mal e qualquer mal-estar deve ser evitado

Fonte Kuwae e outros (2015)

42

O Quadro 06 eacute uma forma geral de expressar o que eacute bom e o que eacute ruim para o

sujeito idoso no entanto essa questatildeo eacute relativa pois varia de organismo para

organismo e depende de questotildees culturais mas eacute amplamente aceito eacute que todos os

seres humanos precisam ter equiliacutebrio inclusive na alimentaccedilatildeo dessa forma comer

ou deixar de comer algo para se manter saudaacutevel depende do quatildeo equilibrado

encontra-se o organismo do sujeito (KUWAE et al 2015)

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE

Com a chegada da terceira idade vaacuterias doenccedilas inerentes aos sujeitos com idade

acima dos sessenta anos aparecem Identificar tais doenccedilas conhececirc-las de forma

detalhada para desenvolver formas de tratamento adequados satildeo objetivos centrais

para quem cuida do sujeito idoso juntamente com outros conhecimentos do idoso

como sua alimentaccedilatildeo seu dia-a-dia seus haacutebitos etc Tudo estaacute conectado e por

isso entender esse contexto facilita no momento de detalhar a doenccedila que acomete a

populaccedilatildeo idosa A seguir seraacute feito uma siacutentese das principais doenccedilas que

acometem sujeitos idosos (VERAS 2012)

261 Mal de Parkinson

A doenccedila do Mal de Parkinson eacute conhecida da humanidade haacute muito tempo A atual

descriccedilatildeo deu-se pelo Dr James Parkinson por volta do ano de 1817 e no Brasil

atinge cerca de 3 da populaccedilatildeo acima dos sessenta anos Constata-se a existecircncia

da doenccedila por intermeacutedio de anaacutelise cliacutenica observando na maioria dos casos

pessoas idosas uma rigidez muscular tremor mesmo estando em repouso alteraccedilatildeo

na postura dentre outros sintomas (PETERNELLA MARCON 2009)

Grosso modo o Mal de Parkinson eacute um distuacuterbio degenerativo do Sistema Nervoso

Central que afeta diversas funccedilotildees do sujeito sejam motoras sejam natildeo-motoras

Funccedilotildees que podem ser afetadas satildeo tremor de repouso bradicinesia rigidez

corporal instabilidade postural etc Seu diagnoacutestico eacute feito pelo quadro cliacutenico

observado e pela exclusatildeo de outras doenccedilas que se assemelham ao Mal de

Parkinson (PETERNELLA MARCON 2009)

43

Para falar com riqueza de detalhes a respeito de como funciona tal doenccedila vamos

utilizar as palavras de Sena e outros (2010) que diz

A DP eacute uma afecccedilatildeo crocircnico-degenerativa e progressiva de etiologia multifatorial que atinge majoritariamente pessoas idosas embora seja frequente acometecirc-las a partir dos 50 anos de idade beirando atualmente a casa dos 300000 portadores no Brasil A doenccedila atinge o sistema nervoso central mais especificamente a substacircncia negra responsaacutevel por controlar os movimentos do corpo A degradaccedilatildeo das ceacutelulas neuronais dopamineacutergicas acaba por resultar numa gama de sintomatologia como tremores rigidez muscular bradicinesia alteraccedilotildees posturais distuacuterbios na fala e na degluticcedilatildeo obstipaccedilatildeo transpiraccedilatildeo corporal incontinecircncia urinaria depressatildeo O tratamento que pode ser cliacutenico eou ciruacutergico visa ao controle dos sintomas por meio de medicamentos entre os quais se destaca a Levodopa um precursor da dopamina Outros grupos de faacutermacos tambeacutem satildeo utilizados como inibidores enzimaacuteticos agonistas dopamineacutergicos e anti-colineacutergicos Contudo a terapecircutica medicamentosa por si soacute natildeo eacute suficiente para manter o portador em melhores condiccedilotildees de bem-estar e qualidade de vida Por isso tratamentos e cuidados no miacutenimo de enfermagem fisioterapia fonoaudiologia e educaccedilatildeo fiacutesica satildeo imprescindiacuteveis como recursos complementares para ajudar o portador a preservar sua funcionalidade e permitir-lhe desempenhar as atividades da vida diaacuteria e manter o viacutenculo social tatildeo importantes para satisfazer suas necessidades psicossociais de apoio comunitaacuterio para o seu bem-estar e auto-estima (SENA et al 2010 p 94)

Na Figura 04 uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro a respeito de como funciona o Mal de

Parkinson

Figura 04 ndash Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Observa-se na Figura 04 o ceacuterebro de um sujeito normal sem a doenccedila em

comparaccedilatildeo com um sujeito que apresenta a doenccedila Na primeira situaccedilatildeo haacute a

44

existecircncia da substacircncia negra responsaacutevel por controlar as funccedilotildees motoras do

corpo conforme falado na descriccedilatildeo de Sena e outros Jaacute na segunda essa

substacircncia negra natildeo existe atestando a incapacidade motora do paciente

(ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Jaacute na Figura 05 representa-se o neurocircnio normal e um neurocircnio em paciente com a

doenccedila de Parkinson O neurocircnio normal produz a substacircncia dopamina que eacute

responsaacutevel pela conduccedilatildeo dos neurotransmissores Jaacute o neurocircnio afetado apresenta

uma pequena quantidade de dopamina o que afeta a transmissatildeo dos

neurotransmissores e com isso o paciente sofre os diversos males que foram

narrados (ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Figura 05 ndash Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

O detalhe mais pertinente para saber se haacute o surgimento da doenccedila eacute o surgimento

de incapacidades provenientes dos distuacuterbios motores Geralmente aqueles que

sofrem desta doenccedila natildeo se datildeo conta que estatildeo doentes o que precisa ser

observado por quem estar mais perto seja os familiares seja os cuidadores

(GONCALVES ALVAREZ ARRUDA 2007)

Mesmo com todo o desenvolvimento tecnoloacutegico existente no campo da sauacutede ainda

natildeo existe um remeacutedio para acabar com o Mal de Parkinson ou para bloquear o seu

aumento Os procedimentos atuais visam dar condiccedilotildees ao paciente que possui a

doenccedila de viver de forma independente e de manter seu psicoloacutegico forte por mais

tempo Isso eacute feito receitando a ele dopamina estriatal que pode ser aumentada agrave

45

medida que os efeitos da doenccedila vatildeo aumentando (GONCALVES ALVAREZ

ARRUDA 2007)

262 Doenccedila de Alzheimer

A doenccedila de Alzheimer descrita pela primeira vez em 1906 pelo Dr Alois Alzheimer

eacute uma doenccedila que ateacute os dias atuais natildeo apresenta cura e tende a se agravar ao

longo dos anos Eacute a patologia neurodegenerativa mais usual que acomete pacientes

acima dos 55 (cinquenta e cinco) anos e causa transtornos como perda de memoacuteria

desorientaccedilatildeo danos na linguagem falta de atenccedilatildeo e vaacuterias outras situaccedilotildees

constrangedoras (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER 2018)

Natildeo se conhece exatamente os motivos pelos quais a doenccedila surge mas eacute bem

conhecido algumas lesotildees que ocorrem no ceacuterebro de um paciente portador da

doenccedila e as principais lesotildees satildeo as placas senis os emaranhados neurofibrilares e

a reduccedilatildeo de ceacutelulas nervosas sendo certo que ela eacute a responsaacutevel por cinquenta por

cento dos casos de demecircncia em idosos (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE

ALZHEIMER 2018)

Muito embora a cura da doenccedila e a reversatildeo da deterioraccedilatildeo causada pela DA ainda natildeo tenham sido descobertas pesquisadores buscam o aperfeiccediloamento de tratamentos jaacute disponiacuteveis que visam agrave melhora cognitiva e diminuiccedilatildeo de sintomas comportamentais (Aacutevila 2003) Nesse caso a medicaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas cognitivas de reabilitaccedilatildeo aleacutem de informaccedilotildees sobre a doenccedila e o apoio a familiares e cuidadores eacute de suma importacircncia para reverter o quadro cliacutenico e sintomaacutetico da doenccedila (GONCALVES CARMO 2012 p 171)

Haacute uma forte tendecircncia da ciecircncia de tentar explicar o surgimento do Mal de Alzheimer

via geneacutetica pois uma porcentagem consideraacutevel dos pacientes que possuem a

doenccedila apresenta casos semelhantes na famiacutelia Outros fatores tambeacutem satildeo

considerados tais como aminoaacutecidos neurotoacutexicos uso indiscriminado do alumiacutenio

agentes infecciosos etc Abaixo na figura TC uma tentativa de explicaccedilatildeo dessa

doenccedila (SERENIKI VITAL 2008)

Na Figura 06 existe uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro de paciente normal e de um paciente

com a Doenccedila de Alzheimer Percebe-se que o ceacuterebro do paciente com a Doenccedila de

Alzheimer apresenta-se cheio de falhas

46

Figura 06 ndash Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

263 Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus (DM) eacute uma doenccedila crocircnica natildeo-transmitiacutevel que afeta uma

multidatildeo de pessoas em todo o mundo e se caracteriza por um aumento acentuado

da glicemia devido agrave falta de insulina que eacute fabricada pelo pacircncreas Haacute dois tipos

de diabetes um natural (Tipo 01) e outra adquirida (Tipo 02) A do Tipo 02 eacute causada

pela obesidade comidas gordurentas falta de exerciacutecios fiacutesicos e se mostra como o

mal moderno Jaacute a do tipo 01 jaacute nasce com o indiviacuteduo Em ambos os casos o

pacircncreas deixa de fabricar insulina que possui uma moleacutecula que quebra a moleacutecula

de glicose Com isso haacute um aumento de glicose no sangue e isso provoca diversos

danos em outros oacutergatildeos A insulina injetada entra para ajudar na eliminaccedilatildeo do accediluacutecar

excedente (BUSNELLO et al 2012)

De acordo com Vargas Lara e Mello-Carpes ldquono Brasil existem cerca de 500 mil

diabeacuteticos 450 mil fazendo uso da insulina e quase dois milhotildees desconhecendo ter

diabetes Aleacutem disso estima-se que em 2030 o nuacutemero de pessoas acometidas pela

DM dobraraacuterdquo Esses dados para o sujeito idoso satildeo extremamente preocupantes

tendo em vista a necessidade de cuidados constantes (VARGAS LARA MELLO-

CARPES 2014 p 869)

47

Idosos que apresentam a DM apresentam estrutura fiacutesica e emocional prejudicadas

com certa limitaccedilatildeo nos afazeres do dia-a-dia com limitaccedilatildeo na alimentaccedilatildeo e com

liberdade e autonomia afetadas Diferentemente das outras doenccedilas a DM eacute bem

mapeada e consegue-se ter um controle bastante apropriado para amenizar os efeitos

dessa doenccedila (VARGAS LARA MELLO-CARPES 2014)

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

A Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) eacute a doenccedila crocircnica natildeo transmitida mais

presente na vida dos idosos Trata-se de uma doenccedila que eleva a pressatildeo sanguiacutenea

a niacuteveis altiacutessimos e como consequecircncia faz com que o coraccedilatildeo tenha que exercer

uma atividade fora do padratildeo para conseguir fazer o sangue circular pelo corpo do

indiviacuteduo (LEAtildeO E SILVA et al 2013)

Ela aumenta paulatinamente agrave medida que o indiviacuteduo vai envelhecendo e eacute tida por

diversos especialistas como o principal fator de risco para o idoso podendo ocasionar

doenccedilas como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) o infarto do miocaacuterdio e vaacuterias

outras doenccedilas silenciosas Diversos fatores ocasionam um aumento na pressatildeo

arterial dentre eles os mais comuns satildeo o excesso de sal utilizado no dia-a-dia o

estresse etc (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Para um padratildeo de referecircncia com intuito de definir se um idoso apresenta uma

pressatildeo alta ou normal vaacuterios estudos sugerem valores diferentes o que acaba

sendo um ponto de debate interessante entre os especialistas da aacuterea conforme

relatado abaixo

Haacute grande controveacutersia na literatura em relaccedilatildeo ao ponto de corte para o qual a PA pode ser considerada controlada na populaccedilatildeo idosa principalmente nos idosos com idade mais avanccedilada (acima dos 80 anos) Estudos recentes sugerem uma meta de controle mais flexiacutevel (abaixo de 150 mmHg para a PAS e de 90 mmHg para a PAD) para esta faixa etaacuteria por evidenciarem que o controle mais rigoroso pode natildeo ser significativo na reduccedilatildeo das complicaccedilotildees associadas agrave doenccedila (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016 p 112)

Para se ter um controle dessa doenccedila importante salientar os haacutebitos de vida

saudaacuteveis associados com o acompanhamento meacutedico mediccedilatildeo das funccedilotildees vitais

do idoso controle sistemaacutetico porque essa doenccedila sendo uma doenccedila silenciosa

assintomaacutetica pode acarretar outras complicaccedilotildees tais como um Acidente Vascular

Cerebral (AVC) (JARDIM et al 2017)

48

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

A Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (ITU) eacute a inflamaccedilatildeo das vias urinaacuterias e eacute uma doenccedila

responsaacutevel por cerca de quarenta porcento das infecccedilotildees nosocomiais Eacute bastante

rotineira nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e sua probabilidade de ocorrecircncia

em homens idosos aumenta consideravelmente tendo em vista que ldquoA

instrumentaccedilatildeo das vias urinaacuterias ndash incluindo ndash se o cateterismo vesical ndash e a

ocorrecircncia de doenccedila prostaacutetica satildeo os fatores mais implicados no aumento da

incidecircncia no sexo masculinordquo (RORIZ-FILHO et al 2010 p 119)

A mulher idosa tambeacutem tem uma grande possibilidade de desenvolver tal doenccedila

tendo em vista as modificaccedilotildees funcionais da bexiga devido a diversos fatores que

ldquoassociados agraves mudanccedilas troacuteficas do epiteacutelio da mucosa vaginal e a presenccedila de

infecccedilatildeo genital facilitam o desenvolvimento de ITUrdquo (MARQUES MOREIRA

SANTOS 2010 p 151)

Para se ter um diagnoacutestico preciso acerca da Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio faz-se coleta

da urina do paciente e em seguida sua cultura o que leva alguns dias O diagnoacutestico

apresenta-se preciso apoacutes esse procedimento Existem outros exames a serem feitos

que apresentam resultados mais raacutepidos poreacutem natildeo tatildeo precisos Um deles eacute o

exame tipo I e o outro eacute a coloraccedilatildeo pelo meacutetodo Gram (VETTORE et al 2013)

Os principais sintomas que indicam que pode haver uma Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

satildeo urina com odor feacutetido disuacuteria com urgecircncia polaciuacuteria e urecircncia Esses sintomas

satildeo um indicativo muito forte de possibilidade de existecircncia de um quadro infeccioso

e somente pode-se comprovar apoacutes as anaacutelises que foram mencionadas (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010)

Para se fazer um tratamento adequado que apresente resultados de imediato haacute a

necessidade de se observar alguns fatores tais como ldquopresenccedila de comorbidade

fatores predisponentes sintomatologia e repercussatildeo sistecircmica da infecccedilatildeo assim

como para a interaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outros medicamentos []rdquo Importante

observar a relaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outras drogas pois o paciente idoso faz uso

de diversos produtos farmacecircuticos No Quadro 07 um exemplo de drogas que podem

ser utilizadas para o tratamento do idoso com Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010 p 156)

49

Quadro 07 ndash Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso DROGAS UTILIZADAS NA ITU NOS IDOSOS

I ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO INFERIOR (3 A 7 DIAS)

Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprima 160 mg de 12 12h

Norfloxacina 400 mg de 1212h

Ciprofloxacina 250 mg de 1212h

Levofloxacina 250 mg por dia

Nitrofurantoina 100 mg de 88h

II ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO SUPERIOR (14 DIAS)

Ciprofloxacina 500 mg EV de 1212h

Levofloxacina 500 mg EV por dia

Ceftriaxone 1g EV de 1212h

Piperacina soacutedica + Tazobactana soacutedica 225g EV de 88h

Fonte Marques Moreira e Santos (2010 p 158)

266 Osteoporose

A Osteoporose ldquo[] eacute uma doenccedila esqueleacutetica sistecircmica caracterizada por diminuiccedilatildeo

da massa oacutessea e deterioraccedilatildeo microarquitetural do tecido oacutesseo com consequente

aumento da fragilidade oacutessea e susceptibilidade agrave fraturardquo sendo a condiccedilatildeo mais

criacutetica da osteopenia Eacute uma doenccedila predominante em sujeitos idosos e consiste

grosso modo do enfraquecimento dos ossos o que pode levar a diversas

consequecircncias ao idoso A Figura 07 apresenta como ocorre essa doenccedila (LIMA et

al 2014 p 35)

Figura 07 ndash Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

50

Jaacute na Figura 08 tem-se uma vista mais ampla de como a osteoporose atua Pode-se

perceber que ela age deixando o osso em um formato esponjoso como se estivesse

oco como eacute popularmente conhecido tal doenccedila A ilustraccedilatildeo eacute do osso do quadril

mas eacute extensiacutevel a toda a estrutura oacutessea onde ocorrer a comorbidade (LIMA et al

2014)

Figura 08 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Existem diversos tipos de osteoporose que satildeo provocadas por vaacuterios fatores por

isso diz-se que eacute uma doenccedila multifatorial Basicamente satildeo divididas em primaacuteria

com tipos I e II e secundaacuteria a primeira eacute desenvolvida por causas naturais jaacute a

segunda eacute desenvolvida por meio de causas natildeo-naturais tais como a inflamaccedilatildeo

(CAMARGOS BOMFIM 2017)

Consequecircncias diversas podem surgir oriundas da osteoporose tais como ldquoperda da

massa deterioraccedilatildeo do tecido desarranjo da arquitetura e comprometimento da forccedila

oacutessea com aumento no risco de fraturardquo Ela atua de forma silenciosa e na maior parte

dos casos eacute descoberta somente quando ocorre algum acidente por mais simples que

seja com consequente fratura de algum osso do portador de tal doenccedila (BRASIL

2009 p 01)

51

Pode ser diagnosticada tratada e prevenida antes da ocorrecircncia de qualquer evento

que poderaacute comprometer a estrutura oacutessea de seu portador Ocorrendo algum

acidente este poderaacute afetar a estrutura fiacutesica do paciente deformaccedilatildeo no corpo como

um todo etc Na prevenccedilatildeo deve-se utilizar cerca de 1000mgdia de caacutelcio vitamina

D 400ndash800 Uldia ou algum medicamento tais como calcitonina bifosfonatos

raloxifeno e paratormocircnio (BRASIL 2017)

Haacute projeccedilotildees que dizem que cerca de 50 das mulheres e 20 dos homens com

idades acima dos 50 anos poderatildeo sofrer alguma fratura proveniente da osteoporose

ao longo de sua vida Como jaacute foi citado anteriormente a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

para o sujeito idoso e natildeo somente a estes mas ao ser humano em geral eacute uma

praacutetica altamente recomendada pelos profissionais da sauacutede devido agraves pesquisas

cientiacuteficas comprovarem as consequecircncias eficazes de quem se exercita e que por

isso eacute bastante recomendada para pacientes que possuem osteoporose (MOTA

SOUSA AZEVEDO 2012)

Nas palavras de Mota Sousa e Azevedo tem-se

Haacute uma forte correlaccedilatildeo entre a qualidade de vida dos idosos e a atividade fiacutesica pois com a degeneraccedilatildeo do sistema musculoesqueleacutetico nos idosos e a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional a praacutetica da atividade fiacutesica influecircncia no tratamento e na prevenccedilatildeo da osteoporose trazendo benefiacutecios como a melhoria do desempenho das capacidades funcionais o aumento da forccedila muscular e flexibilidade e uma consideraacutevel melhora da coordenaccedilatildeo motora (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012 p47)

Portanto uma forma de reduzir os efeitos que a osteoporose apresenta ao seu

portador eacute praticando exerciacutecios fiacutesicos diariamente que aliado agrave uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel e rica em caacutelcio pode-se gerar resultados bastante satisfatoacuterios

fortalecendo os muacutesculos revigorando o equiliacutebrio afastando a possibilidade de

atrofia pelo natildeo-uso do membro que esteja lesionado e com isso retardando a

desmineralizaccedilatildeo oacutessea (BRASIL 2017)

Outras precauccedilotildees deveratildeo ser administradas ao sujeito idoso portador da

osteoporose para evitar riscos de queda que satildeo os principais fatores complicadores

da sauacutede do idoso Tais procedimentos podem ser a retirada de objetos que podem

dificultar a mobilidade do sujeito idoso por onde anda evitar tapetes escorregadios

colocar materiais antiderrapantes nas superfiacutecies por onde o idoso se movimenta

facilitar o acesso ao banheiro etc (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012)

52

53

3 METODOLOGIA

Tendo a finalidade de desenvolver as propostas que foram apresentadas quando do

comeccedilo deste trabalho optou-se por fazer uma revisatildeo bibliograacutefica do tema sabendo

que essa eacute uma modalidade de pesquisa que se destina a concatenar e observar os

conhecimentos que jaacute foram publicados a respeito de um determinado assunto que

no caso em questatildeo eacute a Assistecircncia de Enfermagem ao sujeito idoso

De acordo com Mancini e Sampaio (2006 p 361 - 472) trabalhos de ldquoRevisotildees da

literatura satildeo caracterizadas pela anaacutelise e pela siacutentese da informaccedilatildeo disponibilizada

por todos os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema[]rdquo Tendo

em vista todos os estudos relevantes publicados por um determinado tema mas sem

limitaacute-lo pois como eacute de amplo conhecimento a quantidade de informaccedilotildees eacute infinita

daiacute a necessidade de se fazer uma limitaccedilatildeo temporal a respeito

Utilizou-se para o desenvolvimento do estudo os seguintes bancos de dados

Scientific Electronic Library (Scielo) Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) Descritores

em Ciecircncia da Sauacutede (DeCS) Ministeacuterio da Sauacutede e livros

Como criteacuterios de inclusatildeo foi estabelecido o uso de revistas acadecircmicas artigos

cientiacuteficos livros etc do ano de 2006 a 2017 Como criteacuterios de exclusatildeo optamos

por natildeo fazermos uso de materiais em liacutenguas estrangeiras materiais antigos

materiais incompletos e materiais que natildeo apresentam rigor cientiacutefico tais como

trabalhos acadecircmicos de revisatildeo

Por fim o presente estudo natildeo necessita de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica (CE) da

Universidade uma vez que as informaccedilotildees coletadas satildeo provenientes de materiais

de acesso puacuteblico e de conhecimento de todos os interessados

54

55

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO

Existem vaacuterias formas de se aplicar a Assistecircncia de Enfermagem e o que eacute utilizado

no Brasil por diversos motivos eacute o que foi desenvolvido em 1979 pela enfermeira e

pesquisadora paraense Wanda Horta atraveacutes de seu livro Processo de Enfermagem

(SILVA et al 2011)

Nas palavras de Silva e outros (2011 p 1381) percebe-se o caraacuteter cientiacutefico e seacuterio

do uso da Assistecircncia de Enfermagem Vejamos

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) eacute conceituada como um meacutetodo de prestaccedilatildeo de cuidados para a obtenccedilatildeo de resultados satisfatoacuterios na implementaccedilatildeo da assistecircncia com o objetivo de reduzir as complicaccedilotildees durante o tratamento de forma a facilitar a adaptaccedilatildeo e recuperaccedilatildeo do paciente O uso do meacutetodo requer o pensamento criacutetico do profissional que deve estar focado nos objetivos e voltado para os resultados de forma a atender as necessidades do paciente e de sua famiacutelia exigindo constante atualizaccedilatildeo habilidades e experiecircncia sendo orientado pela eacutetica e padrotildees de conduta Portanto eacute um modo de exercer a profissatildeo com autonomia baseada nos conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas uacuteltimas deacutecadas

Importante deixar claro o entendimento acerca do que eacute a Sistematizaccedilatildeo da

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem antes de aplicaacute-

los ao sujeito idoso pois tais conceitos satildeo aplicados de forma geral na enfermagem

Todo o profissional de enfermagem precisar ter bem solidificado tais conceitos para

que possam se tornar profissionais competentes e antenados com a real situaccedilatildeo de

seu paciente (GARCIA 2016)

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

A sistematizaccedilatildeo eacute normatizada pela resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN) juntamente com o Processo de Enfermagem (PE) Eacute

entendido como sendo a responsaacutevel por ldquoorganizar o trabalho profissional quanto ao

meacutetodo pessoal e instrumentos tornando possiacutevel a operacionalizaccedilatildeo do processo

de Enfermagemrdquo (BRASIL 2009 p 01)

Garcia (2016) fala a respeito do amplo uso das teacutecnicas da SAE Vejamos

56

Especialmente quando analisamos a dimensatildeo assistencial da praacutetica reconhecemos haver uma ampla gama de situaccedilotildees vivenciadas no cotidiano de cuidados agrave clientela envolvendo a necessidade de sistematizaccedilatildeo da assistecircncia e de aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem aspectos substantivos da profissatildeo (GARCIA 2016 p 05)

A Sistematizaccedilatildeo de Assistecircncia da Enfermagem (SAE) aplicada ao idoso torna-se

dessa forma uma tentativa de fornecer uma assistecircncia de qualidade e personalizada

ao idoso por isso padroniza-se a entrevista que o profissional de enfermagem faz ao

paciente com o intuito de saber a real situaccedilatildeo do cliente Para se fazer tal

assistecircncia o profissional de enfermagem precisa da ajuda do Processo de

Enfermagem que complementa a SAE (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

412 Processo de Enfermagem

Eacute definido como sendo ldquoum instrumento metodoloacutegico que orienta o cuidado do

profissional de enfermagem e a documentaccedilatildeo da praacutetica profissionalrdquo e eacute dividido

em cinco etapas que abaixo satildeo escritas conforme resoluccedilatildeo ndeg 3582009 O Quadro

08 apresentada cada etapa do Processo de Enfermagem (PE) (BRASIL 2009 p 01)

Quadro 08 ndash Etapas do processo de enfermagem PROCESSO DE ENFERMAGEM

ETAPA DESCRICcedilAtildeO

COLETA DE DADOS

Essa eacute a primeira etapa do processo de enfermagem e consiste em colher todos os dados possiacuteveis do paciente valendo de teacutecnicas variadas e com a maior precisatildeo possiacutevel para um melhor atendimento do paciente Importante nessa fase coletar informaccedilotildees por parte da famiacutelia dos pacientes para que as informaccedilotildees possam ser confirmadas devido ser de fontes diversas

DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

Apoacutes a coleta dos dados o profissional de enfermagem passa a processar as informaccedilotildees e interpretando-as para que possa ter a tomada de decisatildeo mais eficaz para o paciente Essa etapa consiste em descrever exatamente o que o paciente tem e funciona como base para a accedilatildeo do profissional de enfermagem

PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Nessa etapa o profissional determina o que espera alcanccedilar de resultados quando das devidas intervenccedilotildees apoacutes a etapa anterior Aqui o profissional cria uma espeacutecie de roteiro para certificar-se do que poderaacute ocorrer

IMPLEMENTACcedilAtildeO Nessa etapa o profissional coloca em praacutetica o que foi decido nas etapas anteriores

AVALIACcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Trata-se de um processo contiacutenuo e analiacutetico no qual o profissional observa o seu paciente fazendo as devidas anotaccedilotildees do quadro dele para posterior mudanccedila das implementaccedilotildees Todo esse processo eacute dinacircmico e por isso o profissional precisa estar atento ao paciente durante todo instante em que ele esteja sob seus cuidados

Fonte Brasil (2009) (Adaptado pela autora)

57

A Figura 09 ilustra o que foi dito a respeito do Processo de Enfermagem no Quadro

08

Figura 09 ndash Processo de Enfermagem

Fonte Autoria proacutepria (2018)

Como pode-se inferir do Quadro 08 descrito desenvolver e aplicar a Sistematizaccedilatildeo

da Assistecircncia de Enfermagem de acordo com o Processo de Enfermagem eacute um

processo que exige muita disciplina e conhecimento do profissional de enfermagem

pois eacute sabido que se trata de um processo teacutecnico-cientiacutefico e somente o enfermeiro

habilitado poderaacute exercitar cada uma das fases que se mostram em conjunto A sua

separaccedilatildeo conforme descrita acima eacute apenas para efeitos didaacuteticos (GARCIA 2016)

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos

Para aplicar a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem e o Processo de

Enfermagem ao sujeito idoso o profissional de enfermagem tem a necessidade de

seguir procedimentos descritos principalmente na NANDA Internacional que se

tornou a principal fonte de diagnoacutesticos de enfermagem e que ldquofavorece a

58

identificaccedilatildeo de estrateacutegias para elevar a qualidade da assistecircncia e contribuir na

formaccedilatildeo de recursos humanosrdquo (KOKUDAI ALVARENGA 2010 p03)

A NANDA eacute dividida em diversos toacutepicos e assim resolvemos separar conforme

Quadro 09 os cuidados necessaacuterios de acordo com cada doenccedila predominante na

terceira idade que foi comentada neste trabalho As descriccedilotildees natildeo se limitam ao que

foi dito pois colocamos apenas algumas situaccedilotildees devido agrave enorme quantidade de

situaccedilotildees diagnoacutesticos e cuidados existentes

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continua)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Hipertensatildeo Arterial

Sistecircmica

Risco de desequiliacutebrio eletroliacutetico

Risco de mudanccedila nos niacuteveis de eletroacutelitos seacutericos capaz de comprometer a sauacutede

Estilo de vida sedentaacuterio Trata-se de um estilo de vida sem a praacutetica de atividades fiacutesicas

Ansiedade

Trata-se de um sentimento desgastante que assola o seu portador diante da expectativa de notiacutecias ou de situaccedilotildees estressantes e novas Pode-se considerar como um sinal de alerta que o organismo desenvolveu para deixar o indiviacuteduo atento em condiccedilotildees de periacuteodo de toda sorte

Padratildeo de sono prejudicado

Devido a fatores externos o indiviacuteduo natildeo possui uma rotina constante e linear de sono sendo que existe a condiccedilatildeo de dormeacorda que prejudica o organismo como um todo

Nutriccedilatildeo desequilibrada

O sujeito alimenta-se de nutrientes que em muitos casos satildeo em excesso ocasionando armazenamento de energia em formato de gordura

Mal de Parkinson

Problemas Motores

Risco de queda Facilidade com que o sujeito tem de desequilibrar e cair o que pode causar enormes danos

Bradicinesia Lentidatildeo de respostas fiacutesicas e psiacutequicas

Mobilidade fiacutesica prejudica

Limitaccedilatildeo no movimento fiacutesico independente e voluntaacuterio do corpo ou de uma ou mais extremidades

Problemas Natildeo-

motores

Demecircncia Enfraquecimento das faculdades intelectuais diante de lesotildees no ceacuterebro

Ansiedade

Vago e incocircmodo sentimento de desconforto ou temor acompanhado por resposta autonocircmica (a fonte eacute frequentemente natildeo especiacutefica ou desconhecida para o indiviacuteduo) sentimento de apreensatildeo causada pela antecipaccedilatildeo de perigo Eacute um sinal de alerta que chama a atenccedilatildeo para um perigo iminente e permite ao indiviacuteduo tomar medidas para lidar com a ameaccedila

59

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continuaccedilatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Alzheimer

Deacuteficit no autocuidado Capacidade prejudicada de realizar ou completar as atividades de banho por si mesmo

Mobilidade fiacutesica prejudicada Limites para movimentar-se seja com movimento voluntaacuterios ou involuntaacuterios

Insuficiecircncia na capaci-dade do a-dulto para melhorar

Depressatildeo Deterioraccedilatildeo funcional progressiva de natureza fiacutesica e cognitiva A capacidade do indiviacuteduo de viver com doenccedilas multissistecircmicas enfrentar os problemas decorrentes e controlar o seu cuidado estaacute notavelmente diminuiacuteda

Decliacutenio da memoacuteria

Distuacuterbio de sono Dificuldade para dormir em periacuteodos prolongados

Confusatildeo crocircnica

Deterioraccedilatildeo irreversiacutevel das faculdades mentais de forma prolongada O indiviacuteduo passa a natildeo perceber os fatores externos que podem indicar algo tal como perigo atenccedilatildeo moral e tantos outros Apresenta distuacuterbios na memoacuteria passando a natildeo mais reconhecer e nem lembrar de coisas e pessoas

Diabetes Mellitus

Autocontrole ineficaz

da sauacutede

Natildeo consegue se controlar e agir conforme necessidade para ter uma sauacutede plena e satisfatoacuteria ou seja natildeo consegue cuidar de si

Perfusatildeo tissular perifeacuterica ineficaz

Reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo sanguiacutenea para a periferia capaz de comprometer a sauacutede

Risco de Infecccedilatildeo

Risco de ter em seu organismo elementos estranhos e que possam danificar a sua sauacutede

Risco de olho seco

Risco de desconforto ocular ou dano agrave coacuternea e agrave conjuntiva devido agrave quantidade reduzida ou agrave qualidade das laacutegrimas para hidratar o olho

Risco de glicemia instaacutevel Natildeo possui uma estabilidade padratildeo em seu niacutevel glicecircmico devido agrave quantidade de glicose no sangue

Infecccedilotildees do trato

urinaacuterio

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Eliminaccedilatildeo urinaacuteria prejudicada Disfunccedilatildeo na eliminaccedilatildeo da urina

Risco de siacutendrome do desuso Devido agrave falta de uso de algum membro do corpo corre-se o risco desse membro atrofiar-se

Risco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircncia

Risco de perda involuntaacuteria de urina que ocorre imediatamente apoacutes uma forte sensaccedilatildeo de urgecircncia para urinar

Conforto prejudicado Percebe-se que inexiste a sensaccedilatildeo de conforto nas dimensotildees do ser humano

Osteoporose

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Risco de constipaccedilatildeo Possibilidade de diminuiccedilatildeo na frequecircncia normal de evacuaccedilatildeo paralela a uma dificuldade de eliminaccedilatildeo das fezes

60

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (conclusatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Osteoporose

Risco para quedas Estado em que o indiviacuteduo tem uma suscetibilidade para quedas aumentada

Mobilidade fiacutesica prejudicada Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute prestes a apresentar limitaccedilotildees dos movimentos fiacutesicos poreacutem ainda natildeo se encontra imoacutevel

Andar prejudicado Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute em risco de apresentar limitaccedilatildeo para andar

Fonte Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA (2013) Santos e outros (2017) Mattos e outros (2011) (Adaptado pela autora)

Saber utilizar os Diagnoacutesticos de Enfermagem corretamente e que satildeo padronizados

eacute bastante eficaz aceito e exigido para evitar que o profissional de enfermagem crie

mecanismos subjetivos de cuidados pois se assim ocorresse haveria um caos na

enfermagem com cada profissional atuando conforme melhor lhe for apresentado

(SOUZA ALVES PASSOS 2010)

A utilizaccedilatildeo do Diagnoacutestico de Enfermagem padronizado eacute um instrumento necessaacuterio

para evitar que os profissionais de enfermagem fragmentem os cuidados e os dilemas

dos pacientes deixando de observaacute-los como um todo e na grande maioria dos casos

prescrevendo cuidados que natildeo possuem nenhuma relaccedilatildeo com os problemas

relatados Dessa forma pode-se observar o Diagnoacutestico de Enfermagem como uma

ferramenta de trabalho altamente eficaz em seu uso cotidiano pois fornece ao

profissional de enfermagem um planejamento pautado no histoacuterico de atuaccedilatildeo pois

uma vez que os problemas sejam conhecidos mapeados e anotados torna-se mais

eficaz e otimizado o processo do cuidado em toda a sua plenitude Por essa oacutetica

constata-se como eacute importante o Diagnoacutestico de Enfermagem para o sujeito idoso

pois consegue construir todo um conjunto de atuaccedilatildeo para o cuidado sempre visando

o bem-estar do idoso (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso

Depois de ter feito o diagnoacutestico de enfermagem do sujeito idoso e de ter descoberto

as suas comorbidades o profissional de enfermagem precisa entatildeo fazer as devidas

intervenccedilotildees Tais intervenccedilotildees satildeo tratadas como prescriccedilotildees de enfermagem e

possuem um campo de atuaccedilatildeo mapeado para natildeo sobrepor ao trabalho do meacutedico

(FAEDA PERROCA 2017)

61

Ainda de acordo com a resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de Enfermagem

(COFEN) o Art 4ordm assim determina

Ao enfermeiro [] incumbe a lideranccedila na execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do Processo de Enfermagem de modo a alcanccedilar os resultados de enfermagem esperados cabendo-lhe privativamente o diagnoacutestico de enfermagem acerca das respostas da pessoa famiacutelia ou coletividade humana em um dado momento do processo sauacutede e doenccedila bem como a prescriccedilatildeo das accedilotildees ou intervenccedilotildees de enfermagem a serem realizadas face a essas respostas (BRASIL 2009 p 03)

Ou seja o profissional de enfermagem tem ampla prerrogativa para desenvolver a

Prescriccedilatildeo de Enfermagem baseado nos protocolos e nos estudos que desenvolveu

na Universidade Dentre os vaacuterios diagnoacutesticos possiacuteveis para o sujeito idoso em

diversas situaccedilotildees iremos nos concentrar em somente aqueles que aqui foram

discutidos Faz-se necessaacuterio observar que a Prescriccedilatildeo de Enfermagem eacute uma

ferramenta de uso dinacircmico Entende-se de uso dinacircmico a ideia de que o profissional

de enfermagem natildeo pode descuidar do seu paciente tendo a necessidade de sempre

observaacute-lo e atualizar o que surgir de novo para que possa estar sempre atualizando

o estado de sauacutede do cliente (FAEDA PERROCA 2017)

Abaixo no Quadro 10 tem-se a Prescriccedilatildeo de Enfermagem para as doenccedilas que

foram discutidas neste trabalho Vale ressaltar que existem diversas doenccedilas que

acometem o sujeito idoso mas vamos nos ater apenas nas principais que foram

tratadas uma vez que satildeo o objeto limitador de estudo deste trabalho (MOROZ

KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (continua)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

Mudanccedila no estilo de vida dos pacientes idosos Eliminaccedilatildeo do uso do sal Controle do peso Controle da ansiedade Praacutetica diaacuteria de atividades fiacutesicas Uso adequado dos medicamentos Abstinecircncia ao fumo e ao aacutelcool

Mal de Parkinson

Programa de exerciacutecios diaacuterios para aumentar a forccedila muscular o que iraacute melhorar a coordenaccedilatildeo e a destreza reduzindo a rigidez muscular Encorajar ensinar e incentivar o cliente durante os exerciacutecios da vida diaacuteria para promover o autocuidado Encorajar o paciente a seguir um padratildeo de horaacuterio regular aumentando a consciecircncia para a ingestatildeo de liacutequidos e a ingestatildeo de alimentos com um conteuacutedo de fibra moderado Monitorar o peso semanalmente indicando se a absorccedilatildeo caloacuterica eacute adequada Desenvolver meacutetodo de comunicaccedilatildeo para satisfazer as necessidades do paciente encorajar o paciente a participar de programas sociais para evitar a depressatildeo

62

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (conclusatildeo)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Alzheimer Orientar a higiene corporal e higiene oral Medidas de prevenccedilatildeo de lesatildeo por pressatildeo Mudanccedila de decuacutebito Administraccedilatildeo de medicaccedilatildeo ansioliacutetica conforme prescriccedilatildeo meacutedica Proporcionar alimentaccedilatildeo saudaacutevel (frutas e legumes) em poucas quantidades vaacuterias vezes ao dia Ajudar no autocuidado Incentivar o autocuidado a comunicaccedilatildeo verbal a cogniccedilatildeo e a memoacuteria atraveacutes de jogos leituras e atividades luacutedicas Auxiliar a famiacutelia no entendimento e no enfrentamento da patologia

Diabetes Mellitus

Fornecer informaccedilotildees ao paciente Desenvolver um plano de ensino para o paciente Avaliar as estrateacutegias de enfrentamento para o paciente e tranquiliza-lo Determinar os meacutetodos de ensino para o paciente Avaliar as habilidades e comportamentos de autocuidado dos pacientes Monitorar pacientes experientes ateacute que eles natildeo cometam erros no autocuidado Instruir pacientes e familiares a reconhecer os sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia

Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

Orientar ao paciente da necessidade do uso adequado do medicamento dos horaacuterios da quantidade e das vias de administraccedilatildeo Orientar os idosos e familiares quanto aos resultados da medicaccedilatildeo Manter o registro da frequecircncia da incontinecircncia urinaacuteria registrar mudanccedilas da pressatildeo arterial do estado mental e das habilidades funcionais Realizar as medidas terapecircuticas Realiza treinamento da bexiga

Osteoporose

Deixar o paciente e o membro afetado em repouso Imobilizar o local da fratura para evitar movimentos Repousar o paciente em uma cama ortopeacutedica Deixar o local da fratura em posiccedilatildeo elevada Aplicar as medicaccedilotildees que foram receitadas Documentar todos os relatos de dores deixando claro onde ocorre e as caracteriacutesticas Incentivar o paciente a discutir os problemas relacionados agrave lesatildeo Medicar antes das atividades de cuidado Revisar a patologia fazendo prognoacutesticos e expectativas futuras Discutir o regime medicamentoso individual de forma apropriada Encorajar exerciacutecios brandos Monitorar a ingestatildeo de alimentos Auxiliar lentamente a pessoa a sentar Aumentar a motilidade dos membros Reduzir ou eliminar os fatores que aumentam a experiecircncia dolorosa

Fonte Florecircncio e outros (2012) Mattos e outros (2011 p 443) Menezes e outros (2013 p04) Tosin e outros (2016) Santos e outros (2017) (Adaptado pela autora)

Agir de acordo com as prescriccedilotildees de enfermagem que aqui foram desenvolvidas

proporciona ao sujeito idoso uma melhoria em sua qualidade de vida e dessa forma

consegue viver a terceira idade com plena satisfaccedilatildeo e alegria sem perder de vista a

extrema necessidade de cuidados constantes que a condiccedilatildeo de sujeito idoso lhe

obriga (LIRA et al 2013)

Conclui-se do que foi apresentado no quadro 10 que o profissional de enfermagem

deteacutem uma importante funccedilatildeo em sua aacuterea de atuaccedilatildeo e que precisa estar sempre

estudando se atualizando das novidades meacutedicas para poder oferecer um bom

cuidado ao seu cliente idoso seja no ambiente hospitalar seja no ambiente de abrigo

de idosos ou no proacuteprio lar do idoso (FAEDA PERROCA 2017)

Diante de todo o estudo realizado acerca do sujeito idoso e da relaccedilatildeo do profissional

de enfermagem com o seu paciente idoso conseguimos ter alguns resultados

63

satisfatoacuterios que a seguir seratildeo apresentados sem a necessidade de estarem em

ordem de prioridade ou seja todos satildeo importantes

64

65

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Envelhecer eacute um verbo que a todos afeta independentemente de sexo raccedila cor etc

Haacute no entanto duas formas de se envelhecer com sauacutede e sem sauacutede Mesmo

diante dessas duas formas de envelhecimento envelhecer com qualidade eacute precioso

para o indiviacuteduo pois dessa forma consegue se aceitar como velho consegue

suportar as doenccedilas que satildeo proacuteprias da terceira idade Consegue ver vantagem em

ser velho

Para se envelhecer com qualidade necessaacuterio eacute que o sujeito tenha uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel que se abstenha de viacutecios que satildeo danosos ao organismo que consiga ter

equiliacutebrio em sua vida pessoal psicoloacutegica iacutentima e em tantos outros campos ou seja

que tenha harmonia em tudo O apoio familiar torna-se primoroso nessa etapa da vida

Ter ao lado quando se estaacute fragilizado devido a velhice pessoas que ama que confia

e por quem eacute amado eacute uma forma de envelhecer com bastante qualidade

O profissional de enfermagem tem um papel fundamental junto a pessoas idosas pois

em muitos casos torna-se seu cuidador principal quando a famiacutelia natildeo pode cuidar

de seu idoso por motivos diversos ou quando o idoso se encontra sozinho sem

famiacutelia e sem amigos Por isso importante ter preparo com pessoas idosas entender

bem o processo de envelhecimento estar sempre atualizado diante das doenccedilas que

atingem os sujeitos idosos

Eacute um trabalho que demanda muito amor por parte do profissional e que por isso natildeo

basta apenas o entender racional de todos os procedimentos precisa ter sentimentos

proacutesperos de ajuda ao proacuteximo e seguir os princiacutepios norteadores de Wanda de

Aguiar Horta para quem a enfermagem foi o maior bem de sua vida pois cuidava de

seus pacientes como se fossem seus filhos

Considerando a taxa de envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira vale destacar

tambeacutem a abertura de mercado gerontoloacutegico para o profissional de enfermagem

Percebemos que com a taxa de envelhecimento da sociedade brasileira acelerada

a demanda por profissionais de enfermagem iraacute aumentar consideravelmente tendo

em vista a necessidade desse profissional para a praacutetica do cuidado com o sujeito

idoso

66

Discussotildees mais aprofundadas em torno do sujeito idoso precisam ser realizadas nas

academias com o intuito de formar profissionais competentes e com entendimento

desse setor pois conforme foi falado eacute um capo em franco crescimento devido ao

envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira Quanto mais capacitado for o profissional

melhor colocaccedilatildeo obteraacute no mercado de trabalho e melhores cuidados conseguiraacute

dispor em favor do paciente idoso

67

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ACIOLE Giovanni Gurgel BATISTA Lucia Helena Promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de incapacidades funcionais dos idosos na estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia a contribuiccedilatildeo da fisioterapia Sauacutede debate Rio de Janeiro v 37 n 96 p 10-19 mar 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-11042013000100003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON O que eacute Parkinson Disponiacutevel em lt

httpwwwparkinsonorgbrgt Acesso em 04 de junho de 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER O que eacute o Alzheimer Disponiacutevel em lt httpwwwabrazorgbrindexphppage=alzheimergt Acesso em 04 de junho de 2018 BAPTISTA Rafael Reimann VAZ Marco Aureacutelio Arquitetura muscular e o envelhecimento adaptaccedilatildeo funcional e aspectos cliacutenicos revisatildeo de literatura Fisioterapia e Pesquisa Satildeo Paulo v16 n4 p368-73 outdez 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdffpv16n415pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 BRASIL Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Osteoporose Boletim Sauacutede e Economia Ano I ndash Ediccedilatildeo nordm 1 agosto de 2009 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt

httpportalanvisagovbrdocuments33884412285Boletim+SaC3BAde+e+Economia+nC2BA+17d49dea4-6610-4a71-9154-c4df75c3dd53gt Acesso em 25 de maio de 2018 BRASIL Cacircmara dos Deputados Estatuto do Idoso Ministeacuterio da Sauacutede - 3 ed 2 reimpr - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2013 70 p ______ Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos Guia de Vigilacircncia em Sauacutede volume uacutenico [recurso eletrocircnico] Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos 2ordf Ed Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2017 705 p Disponiacutevel em lthttpportalarquivos2saudegovbrimagesPDF2017outubro16Volume-Unico-2017pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 ______ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica A Siacutentese dos Indicadores Sociais Uma Anaacutelise das Condiccedilotildees de Vida da Populaccedilatildeo Brasileira - 2016 Disponiacutevel em lthttpswwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimossinteseindicsociais2016defaultshtmgt Acesso em 06 de abril de 2018 ______ Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo nordm 358 do Conselho Federal de Enfermagem 15 de outubro de 2009 (BR) 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384htmlgt Acesso em 27 de abril de 2018

68

BUSNELLO Roberta et al Niacutevel de conhecimento de idosos sobre diabetes mellitus e sua percepccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave qualidade de vida Rev Kairoacutes Gerontologia 201215(3)81-94 Disponiacutevel em lthttpsrevistaspucspbrindexphpkairosarticleviewFile784011432gt Acesso em 23 de abril de 2018 CAMARGOS Mirela Castro Santos BOMFIM Wanderson Costa Osteoporose e Expectativa de Vida Saudaacutevel estimativas para o Brasil em 2008 Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 25 n 1 p 106-112 mar 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2017000100106amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de maio de 2018 CLARES Jorge Wilker Bezerra FREITAS Maria Ceacutelia de PAULINO Monnyck Hellen Couto Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem ao idoso institucionalizado fundamentada em Virginia Henderson Rev Rene (Online) 14(3) 649-658 maio ndash junho de 2013 Disponiacutevel em lt httppesquisabvsaludorgenfermagemresourceptbde-24492gt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 CORDEIRO Juliana et al Efeitos da atividade fiacutesica na memoacuteria declarativa capacidade funcional e qualidade de vida em idosos Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 3 p 541-552 Sept 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000300541amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA [recurso eletrocircnico] definiccedilotildees e classificaccedilatildeo 2012-2014 [NANDA International] traduccedilatildeo Regina Machado Garcez revisatildeo teacutecnica Alba Lucia Bottura Leite de Barros [et al] ndash Dados eletrocircnicos ndash Porto Alegre Artmed 2013 Centro Avanccedilado de Medicina Preventiva ENVELHECIMENTO - Sob o ponto de vista esteacutetico e meacutedico 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwcamepcombrenvelhecimentogt Acesso em 23 maio 2018 ENFERMEIRO aprendiz As Orientaccedilotildees de Enfermagem em Osteoporose 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwenfermeiroaprendizcombras-orientacoes-de-enfermagem-em-osteoporosegt Acesso em 25 maio 2018 ESQUENAZI Danuza SILVA R Boiccedila da GUIMARAtildeES Marco Antocircnio (2014) Aspectos fisiopatoloacutegicos do envelhecimento humano e quedas em idosos Rev Hosp Univ Pedro Ernesto 13(2)11-20 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg1012957rhupe201410124gt Acesso em 04 de junho de 2018 FAEDA Mariacutelia Silveira PERROCA Maacutercia Galan Conformidade na prescriccedilatildeo de enfermagem agraves necessidades de cuidados concepccedilatildeo de enfermeiros Rev Bras Enferm Brasiacutelia v 70 n 2 p 400-406 Apr 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672017000200400amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 May 2018

69

FILHO Mario Alves de Siqueira Envelhecimento e muacutesculo esqueleacutetico forccedila muscular atividade proteassomal e sinalizaccedilatildeo relacionada ao balanccedilo proteacuteico 2012 68 p Tese apresentada ao programa de poacutes-graduaccedilatildeo em fisiologia humana (Doutor em ciecircncias) - Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis4242137tde-12062013-102648enphpgt Acesso em 10 abr 2018 FONSECA Emiacutelio Prado da et al Mortalidade por cacircncer bucal e orofaringe no Brasil entre 2002 e 2011 Revista da Faculdade de Ciecircncias Gerenciais de Manhuaccedilu Manhuaccedilu MG v 11 n 2 p 08-17 Agosto-Dezembro 2014 Disponiacutevel em lthttppensaracademicofacigedubrindexphppensaracademicoarticleview216gt Acesso em 04 de junho de 2018 FLOREcircNCIO Raquel Sampaio et al Adesatildeo ao idoso ao tratamento para hipertensatildeo arterial e intervenccedilotildees de enfermagem Rev Rene 2012 13(2) 343-53 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicosufcbrrenearticleviewFile39243114gt Acesso em 22 de abril de 2018 GARCIA Telma Ribeiro Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem aspecto substantivo da praacutetica profissional Esc Anna Nery Rio de Janeiro 2016 20(1) 5-10 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeanv20n11414-8145-ean-20-01-0005pdfgt Acesso em 27 de abril de 2018 GUERRA Ana Carolina Lima Cavaletti CALDAS Ceacutelia Pereira Dificuldades e recompensas no processo de envelhecimento a percepccedilatildeo do sujeito idoso Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2931-2940 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600031amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 GONCALVES Lucia Hisako Takase ALVAREZ Angela Maria ARRUDA Micheli Coral Pacientes portadores da doenccedila de Parkinson significado de suas vivecircncias Acta paul enferm Satildeo Paulo v 20 n 1 p 62-68 Marccedilo 2007 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002007000100011amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 GONCALVES Endy-Ara Gouvea CARMO Joatildeo dos Santos Diagnoacutestico da doenccedila de Alzheimer na populaccedilatildeo brasileira um levantamento bibliograacutefico Rev Psicol Sauacutede Campo Grande v 4 n 2 p 170-176 dez 2012 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S2177-093X2012000200010amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 JARDIM Luciana Muniz Sanches Siqueira Veiga et al Tratamento Multiprofissional da Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica em Pacientes Muito Idosos Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 108 n 1 p 53-59 Jan 2017 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0066-782X2017000100053amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 JUSTO Joseacute Sterza ROZENDO Adriano da Silva A velhice no Estatuto do Idoso Estud pesqui psicol Rio de Janeiro v 10 n 2 p 471-489 ago 2010

70

Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1808-42812010000200012amplng=ptampnrm=isogt acessos em 22 abr 2018 KOKUDAI Laiacutes Aparecida ALVARENGA Maacutercia Regina Martins Classificaccedilatildeo das necessidades de sauacutede de idosos de acordo com a taxonomia NANDA 2010 Rev Anais do Eniac 6 p Disponiacutevel em lthttpsanaisonlineuemsbrindexphpenicarticleview13241337gt Acesso em 30 de abril de 2018 KUWAE Christiane Ayumi et al Concepccedilotildees de alimentaccedilatildeo saudaacutevel entre idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ normas nutricionais normas do corpo e normas do cotidiano Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 18 n 3 p 621-630 Sept 2015 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232015000300621amplng=enampnrm=isogt Acesso em 20 de maio de 2018 LEAO E SILVA Leonardo Oliveira et al Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica Representaccedilotildees Sociais de idosos sobre a doenccedila e seu tratamento Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 21 n 2 p 121-128 June 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2013000200004amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 de maio de 2018 LIMA Deborah Mendonccedila et al A hipovitaminose B12 eacute fator de risco para desenvolvimento de osteoporose Anais do Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - 1 ed - Satildeo Paulo AC Farmacecircutica 2014 Disponiacutevel em lthttpssbggorgbrwp-contentuploads2014101479477498_Anais_CBGG_-_Verso_finalpdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 LIRA Luana Nogueira et al Histoacuterico de enfermagem para idosos hospitalizados base para diagnoacutesticos e prescriccedilotildees Rev enferm UFPE on line Recife 7(8) 5198-206 ago 2013 Disponiacutevel em lthttpsperiodicosufpebrrevistasrevistaenfermagemarticleviewFile1179314165gt Acesso em 22 de maio de 2018 MANCINI Marisa Cotta SAMPAIO Rosana Ferreira Quando o objeto de estudo eacute a literatura estudos de revisatildeo Rev bras fisioter Satildeo Carlos v 10 n 4 Dec 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-35552006000400001amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 MARQUES Luiz Paulo Joseacute MOREIRA Rosa Maria Portella SANTOS Omar da Rosa Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio nos idosos Satildeo Paulo Editora Sarvier 2010 p 150 ndash 154 Disponiacutevel em lthttpswwwresearchgatenetpublication283487098_INFECCAO_DO_TRATO_URINARIO_NOS_IDOSOSgt Acesso em 30 de abril de 2018 MATTOS Carine Magalhatildees Zanchi de et al Processo de enfermagem aplicado a idosos com alzheimer que participam do projeto estrateacutegias de reabilitaccedilatildeo Estud Interdiscipl Envelhec Porto Alegre v16 ediccedilatildeo especial p 433-447 2011 Disponiacutevel em

71

lthttpseerufrgsbrindexphpRevEnvelhecerarticleview1792116307gt Acesso em 22 de maio de 2018 MACIEL Marcos Gonccedilalves Atividade fiacutesica e funcionalidade do idoso Motriz rev educ fis (Online) Rio Claro v 16 n 4 p 1024-1032 Dec 2010 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1980-65742010000400023amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de junho de 2018 MENEZES Luiza Tereza Gadelha de et al ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA In Congresso Nacional de Envelhecimento Humano 2016 Natal - RN ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA [Sl sn] 2016 p 1-6 Disponiacutevel em lthttpwwweditorarealizecombrrevistascnehtrabalhosTRABALHO_EV054_MD4_SA4_ID558_17082016145144pdfgt Acesso em 22 maio 2018 MORAIS Olga Nazareacute Pantoja de Grupos de idosos atuaccedilatildeo da psicogerontologia no enfoque preventivo Psicol cienc prof Brasiacutelia v 29 n 4 p 846-855 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-98932009000400014amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 06 abr 2018 MOTA Leandro Silva SOUSA Elton Geraldo de AZEVEDO Francisco Honeidy Carvalho Intercorrecircncias da osteoporose na qualidade de vida dos idosos Revista Interdisciplinar NOVAFAPI Teresina v5 n2 p44-49 Abr-Mai-Jun 2012 Disponiacutevel em lthttpsrevistainterdisciplinaruninovafapiedubrrevistainterdisciplinarv5n2revrev1v5n2pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 MOROZ Maisa Bastos KLUTHCOVSKY Ana Claudia Garabeli Cavalli SCHAFRANSKI Marcelo Derbli Controle de pressatildeo arterial em idosas hipertensas em uma Unidade de Sauacutede da Famiacutelia e fatores associados Cad Sauacutede Colet 2016 Rio de Janeiro 24 (1) 111-117 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcadscv24n11414-462X-cadsc-24-1-111pdfgt Acesso em 23 de abril de 2018 PEREIRA Erico Felden TEIXEIRA Clarissa Stefani ETCHEPARE Luciane Sanchotene O envelhecimento e o sistema muacutesculo esqueleacutetico Revista Digital n 101 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwefdeportescomefd101envelhhtmgt Acesso em 04 de junho de 2018 PETERNELLA Fabiana Magalhatildees Navarro MARCON Sonia Silva Descobrindo a Doenccedila de Parkinson impacto para o parkinsoniano e seu familiar Rev bras enferm Brasiacutelia v 62 n 1 p 25-31 Feb 2009 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672009000100004amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 REIS Luciana Arauacutejo dos TRAD Leny Alves Bonfim Suporte familiar ao idoso com comprometimento da funcionalidade a perspectiva da famiacutelia Psicol teor prat Satildeo Paulo v 17 n 3 p 28-41 dez 2015 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1516-

72

36872015000300003amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 RIBEIRO Aline Lima VEIGA Caroline Lagrotta da Associaccedilatildeo entre a capacidade cognitiva e a ocorrecircncia de quedas em idosos de juiz de fora Minas Gerais Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Federal de Juiz de Fora 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwufjfbrfacfisiofiles201307TCC-Aline-Carolinepdfgt Acesso em 10 de abril de 2008 RORIZ-FILHO Jarbas et al Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio Medicina (Ribeiratildeo Preto) 201043(2) 118-25 Disponiacutevel emlthttpwwwrevistasuspbrrmrparticleview166167gt Acesso em 04 de junho de 2018 RUIVO Susana et al Efeito do envelhecimento cronoloacutegico na funccedilatildeo pulmonar Comparaccedilatildeo da funccedilatildeo respiratoacuteria entre adultos e idosos saudaacuteveis Rev Port Pneumol Lisboa v 15 n 4 p 629-653 ago 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielomecptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0873-21592009000400005amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 07 abril de 2018 SANTOS Beatriz Aparecida dos et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem (SAE) no atendimento domiciliar ao paciente portador de osteoporose Revista Sauacutede em Foco ndashEdiccedilatildeo nordm 9 ndash Ano 2017 Disponiacutevel em lthttpunifiaedubrrevista_eletronicarevistassaude_focoartigosano2017072_sistematizacao_ass_enfermagem_saepdf gt Acesso em 25 de maio de 2018 SANCHES Ana Paula R Amadio LEBRAO Maria Luacutecia DUARTE Yeda Aparecida de Oliveira Violecircncia contra idosos uma questatildeo nova Saude soc Satildeo Paulo v 17 n 3 p 90-100 Sept 2008 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-12902008000300010amplng=enampnrm=isogt access on 22 Apr 2018 SENA Edite Lago da Silva et al Tecnologia cuidativa de ajuda muacutetua grupal para pessoas com Parkinson e suas famiacutelias Texto contexto - enferm Florianoacutepolis v 19 n 1 p 93-103 mar 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000100011amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 SERENIKI Adriana VITAL Maria Aparecida Barbato Frazatildeo A doenccedila de Alzheimer aspectos fisiopatoloacutegicos e farmacoloacutegicos Rev psiquiatr Rio Gd Sul Porto Alegre v 30 n 1 supl 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0101-81082008000200002amplng=enampnrm=isogt Acesso em 23 de abril de 2018 SILVA Bruna Rodrigues da FINOCCHIO Ana Luacutecia A velhice como marca da atualidade uma visatildeo psicanaliacutetica Viacutenculo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 23-30 dez 2011 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-24902011000200004amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018

73

SILVA Elisama Gomes Correia et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacutetica Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 45 n 6 p 1380-1386 Dec 2011 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000600015amplng=enampnrm=isogt access on 22 May 2018 SOUZA Rosangela Ferreira de SKUBS Thais BRETAS Ana Cristina Passarella Envelhecimento e famiacutelia uma nova perspectiva para o cuidado de enfermagem Rev bras enferm Brasiacutelia v 60 n 3 p 263-267 June 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672007000300003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de maio de 2018 SOUZA Emannuely Silva de ALVES Thalita Isapaula Feacutelix PASSOS Ana Beatriz Barbosa Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem a um Idoso com Parkinson em uma Instituiccedilatildeo de Apoio do Municiacutepio de Ipatinga Revista Enfermagem Integrada ndash Ipatinga Unileste-MG - V3 - N2 - NovDez 2010 Disponiacutevel em lt httpswwwunilestemgbrenfermagemintegradaartigoV3_209-sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem-a-um-idoso-com-parkinsonpdf gt Acesso em 02 de maio de 2018 TAGLIARINI Mariana Hidroginaacutestica na terceira Idade Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndashUNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2008 Lins 2008 62p il 31cm Disponiacutevel em lthttpwwwunisalesianoedubrbibliotecamonografias46264pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 TAYLOR Carol et al Fundamentos de enfermagem a arte e a ciecircncia do cuidado de enfermagem 7 ed Porto Alegre Artmed 2014 1768 p TEIXEIRA Ilka Niceacuteia DAquino Oliveira GUARIENTO Maria Elena Biologia do envelhecimento teorias mecanismos e perspectivas Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2845-2857 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600022amplng=enampnrm=isogt Acessado em 06 de abril de 2018 TOSIN Michelle Hyczy de Siqueira et al Intervenccedilotildees de Enfermagem para a reabilitaccedilatildeo na doenccedila de Parkinson mapeamento cruzado de termos Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 24 e2728 2016 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692016000100360amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 VARGAS Liane da Silva de LARA Marcus Viniacutecius Soares de MELLO-CARPES Pacircmela Billig Influecircncia da diabetes e a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico e atividades cognitivas e recreativas sobre a funccedilatildeo cognitiva e emotividade em grupos de terceira idade Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 4 p 867-878 dez 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000400867amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 23 abr 2018

74

VERAS Renato Peixoto Prevenccedilatildeo de doenccedilas em idosos os equiacutevocos dos atuais modelos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28 n 10 p 1834-1840 Oct 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-311X2012001000003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 VETTORE Marcelo Vianna et al Avaliaccedilatildeo do manejo da infecccedilatildeo urinaacuteria no preacute-natal em gestantes do Sistema Uacutenico de Sauacutede no municiacutepio do Rio de Janeiro Rev bras epidemiol Satildeo Paulo v 16 n 2 p 338-351 jun 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-790X2013000200338amplng=ptampnrm=isogt acessos em 30 abr 2018

Page 5: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca

AGRADECIMENTOS

Agradeccedilo primeiramente a Deus pelo dom da vida e por ter me proporcionado chegar

ateacute aqui

Aos meus pais Dalva e Alfredo que sempre estiveram ao meu lado me incentivando

nos momentos de incerteza me encorajando a nunca desistir e dividindo comigo

momentos felizes da minha vida

Ao meu querido esposo Elias pela paciecircncia e pelo apoio

Aos meus filhos maravilhosos Wesley Gabriel e Karine que em muitas ocasiotildees natildeo

entendiam a necessidade de eu me privar de coisas externas para estudar mas que

no fundo procuravam me entender Amo muito vocecircs filhos

A todos os meus amigos que de alguma forma contribuiacuteram para o meu sucesso

Agradeccedilo aos professores que sempre estiveram dispostos a ajudar a contribuir para

um melhor aprendizado em especial ao meu professor e orientador Prof Jeremias

por todo o suporte durante o desenvolvimento desse trabalho de conclusatildeo de curso

A todos que direta ou indiretamente contribuiacuteram para a minha formaccedilatildeo Muito

obrigada

Que os vossos esforccedilos desafiem as impossibilidades lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossiacutevel

Charles Chaplin

RESUMO

O envelhecimento eacute uma condiccedilatildeo natural a que todos os seres vivos seratildeo

submetidos caso natildeo venham a oacutebito No ser humano essa condiccedilatildeo eacute mais

alarmante tendo em vista toda uma vida de independecircncia e posteriormente ter a

necessidade de depender de algueacutem caso natildeo envelheccedila com qualidade de vida

Estima-se que em 2050 a populaccedilatildeo brasileira teraacute em torno de 30 de idosos ou

seja a populaccedilatildeo brasileira estaacute envelhecendo bastante Este trabalho justifica-se

devido agrave enorme quantidade de sujeitos idosos que surgiratildeo devido ao aumento na

expectativa de vida e devido aos profissionais de enfermagem de um modo geral

natildeo estarem capacitados para atuarem junto agrave essa populaccedilatildeo Como objetivos esse

trabalho visa falar sobre o envelhecimento sobre os processos de envelhecimento

sobre doenccedilas inerentes agrave terceira idade sobre a assistecircncia do profissional de

enfermagem sobre a promoccedilatildeo da sauacutede ao sujeito idoso etc Para conseguir atingir

os objetivos apresentados foi usado como metodologia a revisatildeo de literatura sendo

essa um tipo de pesquisa Para tanto foi realizado levantamentos a partir das

seguintes bases Scielo livros e manuais do Ministeacuterio da Sauacutede revistas de sauacutede

etc Os criteacuterios de inclusatildeo foram artigos em liacutengua portuguesa textos completos e

a partir de 2007 O resultado da pesquisa bibliograacutefica mostrou que existe um enorme

campo de atuaccedilatildeo para o profissional de enfermagem quando se fala a respeito do

sujeito idoso devido a isso o profissional de enfermagem precisa estar bastante

capacitado para trabalhar com tal populaccedilatildeo

Palavras-chaves Idoso Envelhecimento Assistecircncia de Enfermagem

ABSTRACT

Aging is a natural condition to which all living beings will be subjected if they do not

die In the human being this condition is more alarming having in view a whole life of

independence and later having the need to depend on someone if it does not age

with quality of life It is estimated that in 2050 the Brazilian population will have around

30 of the elderly that is the Brazilian population is aging a lot This work is justified

due to the enormous amount of elderly subjects that will arise due to the increase in

life expectancy and due to the nursing professionals in general they are not able to

work with this population The objective of this study is to talk about aging aging

processes diseases inherent in the elderly nursing care health promotion to the

elderly etc In order to achieve the presented objectives the literature review was used

as methodology being this one type of research For that purpose surveys were

conducted based on the following bases Scielo books and manuals of the Ministry of

Health health magazines etc The inclusion criteria were articles in Portuguese

language full texts and as of 2007 The results of the bibliographic research showed

that there is a huge field of action for the nursing professional when talking about the

elderly subject because of this the nursing professional must be able to work with such

a population

Keywords Elderly Aging Nursing Assistance

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo28

Figura 2 - Processo de envelhecimento33

Figura 3 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento37

Figura 4 - Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal43

Figura 5 - Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson44

Figura 6 - Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer46

Figura 7 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose49

Figura 8 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril50

Figura 9 - Processo de Enfermagem55

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade27

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens28

Quadro 2 - Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso29

Quadro 3 - Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento34

Quadro 4 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento36

Quadro 5 - Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos40

Quadro 6 - Alimentos recomendados para idosos41

Quadro 7 - Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso49

Quadro 8 - Etapas do processo de enfermagem54

Quadro 9 - Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem56

Quadro 10 - Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE)59

LISTA DE SIGLAS

COFEN ndash Conselho Federal de Enfermagem

OMS ndash Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede

SAE ndash Sistema de Assistecircncia de Enfermagem

SCIELO ndash Scientific Electronic Library Online

BVS - Biblioteca Virtual em Sauacutede

DeCS - Descritores em Ciecircncia da Sauacutede

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

SNC - Sistema Nervoso Central

SUS - Sistema Puacuteblico de Sauacutede

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

AVC - Acidente Vascular Cerebral

ITU - Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

CE - Comitecirc de Eacutetica

PE - Processo de Enfermagem

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO25

11 OBJETIVOS26

111 Objetivo geral26

112 Objetivos especiacuteficos26

12 JUSTIFICATIVA26

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO27

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO

IDOSA NO BRASIL27

22 ESTATUTO DO IDOSO29

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO30

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO

ENVELHECIMENTO31

241 Mecanismos do envelhecimento32

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio35

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco35

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico36

2414 Envelhecimento do sistema nervoso38

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO38

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso39

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso40

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE42

261 Mal de Parkinson42

262 Doenccedila de Alzheimer45

263 Diabetes Mellitus46

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica47

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio48

266 Osteoporose49

3 METODOLOGIA53

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO55

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO55

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) 55

412 Processo de Enfermagem56

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos57

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS65

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS67

25

1 INTRODUCcedilAtildeO

O aumento da populaccedilatildeo idosa tem preocupado todas as autoridades devido ao

aumento do gasto previdenciaacuterio o que se torna um problema de enormes

proporccedilotildees tendo em vista o fato de o governo ter que disponibilizar a cada ano mais

verba para este segmento populacional que jaacute passa dos 15 milhotildees de brasileiros

Tais problemas colocados pela miacutedia amplifica o preconceito com o sujeito idoso e

com isso o medo de envelhecer fica latente a cada dia em que o sujeito chega agrave

terceira idade pois vislumbra-se um futuro sombrio no qual o preconceito conforme

falado seraacute enorme poliacuteticas de ajuda piacutefias verbas escassas e em muitos casos

falta de apoio familiar (GUERRA CALDAS 2010)

Um dos motivos que estatildeo proporcionando o aumento de idosos no Brasil eacute a melhoria

de diversos indicadores E como o aumento da populaccedilatildeo idosa acarreta seacuterios

problemas para a economia de um paiacutes torna-se importante desenvolver poliacuteticas que

podem auxiliar o idoso a envelhecer melhor com qualidade controlando as doenccedilas

caracteriacutesticas da terceira idade funcional e contribuindo com o Estado para que

este natildeo venha a entrar em colapso (VERAS 2012)

Estudos cientiacuteficos tecircm comprovado que exerciacutecios fiacutesicos combinados a uma boa

alimentaccedilatildeo e ateacute mesmo remeacutedios fitoteraacutepicos contribuem para uma melhoria

consideraacutevel para a sauacutede fiacutesica e mental dos idosos o que eacute algo bastante

interessante tendo em vista que a maioria dos acidentes com pessoas idosas ocorrem

quando o sujeito idoso sem forccedila muscular se machuca em pequenas atividades

dentro de casa ou quando sua sauacutede mental natildeo proporciona um envelhecimento

confortaacutevel ou quando as doenccedilas crocircnicas caracteriacutesticas da terceira idade se

apresentam intensamente (ACIOLE BATISTA 2013)

Nos dias atuais um carimbo que existe sobre o sujeito idoso eacute o descaso com ele

satildeo colocados agrave margem da sociedade Muitos natildeo possuem mais aptidatildeo para

trabalhos e muitos apresentam problemas de sauacutede que demandam um cuidado

especial muita atenccedilatildeo e com a ldquovida corridardquo quem deveria cuidar do idoso acaba

negligenciando sua funccedilatildeo e por isso vaacuterios idosos acabam indo para instituiccedilotildees de

asilo que muitas vezes natildeo oferecem condiccedilotildees miacutenimas de cuidados (SILVA

FINOCCHIO 2011)

Por outro lado instituiccedilotildees seacuterias de abrigo de idosos possuem profissionais de

26

diversas aacutereas do saber que atuam em conjunto para um cuidado eficaz do sujeito

idoso Dentre esses profissionais que auxiliam no cuidado do idoso uma figura que

se destaca eacute o enfermeiro que desenvolve ldquosuas atividades com os idosos por meio

de um processo de cuidar que contempla os aspectos biopsicossociais e espirituais

vivenciados durante a institucionalizaccedilatildeordquo quando utiliza a Sistematizaccedilatildeo de

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) por intermeacutedio do Processo de Enfermagem (PE)

permitindo ldquouma avaliaccedilatildeo integral do idoso identificando necessidades e padrotildees de

resposta aos problemas de sauacutede para a determinaccedilatildeo de soluccedilotildees apropriadas no

atendimento dessas necessidadesrdquo (CLARES FREITAS PAULINO 2013 p 02)

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

bull Analisar a partir de uma revisatildeo de literatura a Assistecircncia de Enfermagem ao

sujeito idoso

112 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever o processo de envelhecimento

bull Listar as principais doenccedilas que acometem a populaccedilatildeo idosa

bull Identificar as principais estrateacutegias de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem (SAE) para a populaccedilatildeo idosa

12 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista o aumento do nuacutemero de sujeitos idosos no Brasil devido ao aumento

da expectativa de vida e por ser esta autora jaacute atuante como enfermeira na

assistecircncia agraves pessoas idosas natural foi a escolha pelo tema aqui desenvolvido

27

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO IDOSA

NO BRASIL

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) oacutergatildeo do governo responsaacutevel

por coletar informaccedilotildees a respeito da sociedade brasileira para um melhor

entendimento da realidade lanccedilou em 2016 um livro com uma siacutentese de indicadores

sociais e uma anaacutelise das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo brasileira Tal livro

permeado de dados estatiacutesticos foi utilizado para levantar as estatiacutesticas a respeito

da populaccedilatildeo idosa do Brasil e assim seraacute aqui referenciado

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

A evoluccedilatildeo da composiccedilatildeo populacional por grupos de idade aponta para a tendecircncia de envelhecimento demograacutefico que corresponde ao aumento da participaccedilatildeo percentual dos idosos na populaccedilatildeo e a consequente diminuiccedilatildeo dos demais grupos etaacuterios (BRASIL 2016 p 13)

A constataccedilatildeo de que a sociedade brasileira estaacute envelhecendo pode ser confirmada

na Tabela 01 que reforccedila o que jaacute foi citado anteriormente

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade

IDADE (anos) 2005 () 2015 ()

0 ndash 14 265 210 15 - 29 274 236 30 - 59 362 410

Acima de 60 98 143

Fonte Brasil (2016 p 13)

Ainda sobre a Tabela 01 observa-se a evoluccedilatildeo da populaccedilatildeo brasileira entre os anos

de 2005 a 2015 Observa-se pela tabela que a populaccedilatildeo idosa saiu dos 98 em

2005 para 143 em 2015 ou seja em uma deacutecada a populaccedilatildeo idosa cresceu cerca

de 46 Eacute um crescimento enorme Com essa dinacircmica populacional a expectativa

eacute que em 2050 a populaccedilatildeo idosa no Brasil fique ligeiramente abaixo dos 30

conforme eacute ilustrado na Figura 01 Ela tambeacutem apresenta a projeccedilatildeo da evoluccedilatildeo de

pessoas com mais de 60 anos no restante do mundo (BRASIL 2016)

28

Figura 01 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo

Fonte Brasil (2016) (Adaptado pela autora)

O sujeito idoso apresenta diversas dificuldades no seu dia-a-dia e torna-se um desafio

enorme para a sociedade brasileira como um todo em vista da preocupaccedilatildeo que se

deve ter com o sujeito idoso No Quadro 01 algumas caracteriacutesticas pertinentes aos

idosos (BRASIL 2016)

Quadro 01 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens CARACTERIacuteSTICAS QUANTIDADE

Alguma dificuldade permanente para caminhar 330 ()

Vivem em domiciacutelios em aacutereas sem arborizaccedilatildeo 275 ()

Entidade de assistecircncia social privada sem fins lucrativos 8283

Jaacute se sentiram discriminados no serviccedilo sauacutede 84 ()

Niacutevel de ocupaccedilatildeo dos idosos 263 ()

Proporccedilatildeo de idosos ocupados que recebem aposentadoria 538 ()

Ensino fundamental incompleto 655 ()

Sem plano meacutedico ou odontoloacutegico 680 ()

Sintomas de depressatildeo 93 ()

Fonte Brasil (2016)

O Quadro 01 apresenta diversas informaccedilotildees a respeito do sujeito idoso A que mais

chama atenccedilatildeo eacute a quantidade de idosos sem plano de sauacutede ou odontoloacutegico algo

em torno de 68 pois como eacute sabido a sauacutede puacuteblica no Brasil eacute precaacuteria e com

isso o idoso que acaba por depender do sistema puacuteblico natildeo tem um atendimento

eficaz o que pode agravar suas condiccedilotildees fiacutesicas e de sauacutede (BRASIL 2016)

29

22 ESTATUTO DO IDOSO

O estatuto do idoso eacute o nome popular dado a Lei nordm 10741 de 1ordm de outubro de 2003

que veio para regular os direitos das pessoas com mais de sessenta anos assim

consideradas idosas (BRASIL 2013)

O referido documento agrupou leis que jaacute existiam organizando-as em blocos Todos

os direitos a que o idoso tem mas que em diversas ocasiotildees satildeo deliberadamente

usurpados foram bem discutidos nesta lei Seu art 2ordm assim institui

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes agrave pessoa humana sem prejuiacutezo da proteccedilatildeo integral de que trata esta Lei assegurando-se-lhe por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades para preservaccedilatildeo de sua sauacutede fiacutesica e mental e seu aperfeiccediloamento moral intelectual espiritual e social em condiccedilotildees de liberdade e dignidade (BRASIL 2013 p 07)

O idoso possui sempre prioridades devido a uma seacuterie de fatores e acima de tudo

devido agrave sua fragilidade pela idade avanccedilada O estatuto do idoso determina quais

satildeo essas prioridades No Quadro 02 elas satildeo delineadas (BRASIL 2013)

Quadro 02 ndash Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso INCISO PRIORIDADES

I Ter atendimento prioritaacuterio e personalizado junto a oacutergatildeos que prestam serviccedilos de sauacutede agrave populaccedilatildeo

II Ter prioridades diante das poliacuteticas sociais elaboradas para a sauacutede puacuteblica

III Destinaccedilatildeo privilegiada de recursos puacuteblicos para os setores que possuem obrigaccedilotildees de proteccedilatildeo ao idoso

IV Desenvolvimento de poliacuteticas que torne possiacutevel o conviacutevio do idoso com pessoas de outras geraccedilotildees

V Ser cuidado por membros de sua famiacutelia sendo que a acolhida em abrigos de idosos seria em uma uacuteltima situaccedilatildeo

VI Capacitaccedilatildeo dos profissionais que cuidam de idosos para prestar um atendimento de qualidade de atualizado

VII No desenvolvimento de poliacuteticas que possibilitem a divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees educativas a respeito do idoso para o puacuteblico em geral

VIII Garantia de acessibilidade aos serviccedilos de sauacutede e de assistecircncia social do Estado

IX Primazia quando do recebimento da restituiccedilatildeo do Imposto de Renda

Fonte Brasil (2013) (Adaptado pela autora)

Como pode-se observar no Quadro 02 as prioridades a que o idoso tem direito satildeo

vaacuterias poreacutem o que se observa na praacutetica eacute que muitas delas satildeo ignoradas A cultura

de cada paiacutes diz se os seus velhos seratildeo beneficiados com o respeito ou se seratildeo

maltratados No Brasil impera a cultura de descaso com o sujeito da terceira idade e

muitas vezes vaacuterios deles sofrem verdadeiros maus tratos seja fiacutesica seja

psicologicamente (SANCHES LEBRAO 2008)

30

Referida norma nos dizeres de Justo e Rozendo (2010) apresenta natildeo apenas o

instrumento juriacutedico para preservar e garantir a dignidade do idoso mas ldquo[] mas

tambeacutem como uma produccedilatildeo simboacutelica e conceitual que mediante um conjunto de

signos representaccedilotildees imagens e saberes configura o idoso na cultura []rdquo (JUSTO

ROZENDO 2010 p 472)

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO

O ser humano eacute um animal social e por isso desde haacute muito tempo de eacutepocas

remotas eles se organizam dando alguma ideia de famiacutelia conforme entendemos

atualmente No entanto a ideia de famiacutelia muda agrave medida que a histoacuteria evolui e se

antes o sujeito idoso era considerado o ente mais importante de sua famiacutelia devido

aos conhecimentos que adquiriu ao longo de sua jornada nos dias atuais essa

premissa jaacute natildeo eacute tatildeo mais importante e devido a isso observa-se poucos idosos no

seio da famiacutelia com sua consequente diminuiccedilatildeo (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

Quando se pensa em famiacutelia como instituiccedilatildeo social o que precisa ser levado em

consideraccedilatildeo para uma anaacutelise mais ampla a respeito dessa instituiccedilatildeo social satildeo

ldquo[] aspectos como afetividade companheirismo solidariedade sentimentos e accedilotildees

que podem ser encontradas fora dos laccedilos consanguiacuteneosrdquo Ou seja natildeo se eacute famiacutelia

somente aqueles que possuem o mesmo sangue mas existem outros fatores que

demonstram ser um agrupamento de pessoas considerado famiacutelia ldquoEacute uma construccedilatildeo

social influenciada pela cultura e contexto histoacuterico em que foi concebida []rdquo

(SOUZA SKUBS BRETAS 2007 p 264)

A vida do ser humano eacute repleta de fases desde agrave infacircncia ateacute a velhice Em cada fase

existe todo um conjunto cultural que daacute suporte agravequela fase e por isso nas famiacutelias

atuais existe um certo conflito entre membros familiares de geraccedilotildees diferentes pois

convivem muitas vezes em uma mesma residecircncia crianccedilas adolescentes adultos

e velhos e por isso um maior cuidado para que tais diferenccedilas natildeo interfiram na

harmonia do lar (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

E com o sujeito idoso haacute de se ter uma atenccedilatildeo especial devido a todos os fatores

envolvidos em sua mudanccedila de idade e com a chegada da velhice Tais fatores satildeo

os sociais psicoloacutegicos materiais financeiros autonomia etc Dessa forma o idoso

tende a dar mais trabalho pois uma vez que fora independente e natildeo eacute mais uma

31

vez que fora forte e natildeo eacute mais apresenta uma paciecircncia bastante curta Assim os

familiares que em volta dele estatildeo precisam ter bastante amor e carinho para um

excelente cuidado pois eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia assim fazer conforme preceitua a

Constituiccedilatildeo Federal (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

O apoio da famiacutelia para o sujeito idoso eacute de suma importacircncia para que ele possa ter

uma velhice confortaacutevel e saudaacutevel Reis e Trad possuem palavras interessantes a

respeito Vejamos

O suporte familiar contribui de maneira significativa para a manutenccedilatildeo e a integridade fiacutesica e psicoloacutegica do indiviacuteduo Seu efeito eacute tido como beneacutefico no membro da famiacutelia que o recebe na medida em que o suporte eacute percebido como disponiacutevel e satisfatoacuterio [] Dessa forma eacute fundamental para o planejamento assistencial adequado ao idoso a compreensatildeo do contexto familiar o que implica o entendimento das questotildees que envolvem a formaccedilatildeo e a dinacircmica de funcionamento das famiacutelias em geral (REIS TRAD 2015 p 30)

No entanto abrigos repletos de sujeitos idosos demonstram que na grande maioria

dos casos os familiares preferem abandonar os seus velhos aos cuidados de

enfermeiros que nem conhecem se estatildeo capacitados para lidar com as

necessidades Mesmo com o advento do estatuto do idoso ele continua sofrendo

severos preconceitos (REIS TRAD 2015)

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO

No Brasil de hoje tem-se observado um crescimento substancial do nuacutemero de

sujeitos idosos (aqueles com mais de 60 anos de acordo com o estatuto do idoso) e

isso eacute algo bastante preocupante tendo em vista a infraestrutura precaacuteria do sistema

de sauacutede Apenas a tiacutetulo de entendimento de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatiacutestica (IBGE) a quantidade de sujeitos idosos em 2016 era em cerca

de 143 (BRASIL 2016)

Existem basicamente dois motivos pelos quais a quantidade de sujeitos idosos vem

aumentando no Brasil que satildeo a reduccedilatildeo da taxa de natalidade e a reduccedilatildeo da

mortalidade A tecnologia vem ajudando consideravelmente para que esses dois

fatores sejam os reais motivos pelo aumento da taxa de idosos (MORAIS 2009)

A afirmativa anterior eacute reforccedilada pelo IBGE conforme segue ldquoAs mudanccedilas na razatildeo

de dependecircncia estatildeo diretamente associadas agrave diminuiccedilatildeo da fecundidade e ao

32

aumento na longevidade da populaccedilatildeo especialmente na populaccedilatildeo idosardquo (BRASIL

2016 p 17)

Dessa forma o ato de envelhecer passa a ser visto como algo a que todos os

brasileiros passaratildeo um dia pois haacute um aumento na expectativa de vida e assim

entender o processo de envelhecimento e desenvolver mecanismos para um

envelhecimento saudaacutevel torna-se fundamental pois idosos saudaacuteveis significa

grosso modo menos problemas tanto para a famiacutelia quanto para o governo Mas esse

menos problema natildeo eacute dito de forma vulgar pejorativa mas sim de forma racional

pois com um idoso saudaacutevel em uma famiacutelia esta famiacutelia natildeo sofre com o sofrimento

dele (MORAIS 2009)

Os desafios que se apresentam com o aumento da populaccedilatildeo idosa no Brasil estatildeo

intimamente interligados com a integraccedilatildeo e o cuidado social com o sujeito idoso com

a sauacutede com a assistecircncia social com a previdecircncia social com a forma de

envelhecer saudaacutevel etc (BRASIL 2016)

Dessa forma importante entender o mecanismo bioloacutegico do envelhecimento e sua

correlaccedilatildeo com o meio fiacutesico para um cuidado mais personalizado

241 Mecanismos do envelhecimento

Teixeira e Guariento afirmam que o conhecimento acerca do envelhecimento ou dos

motivos que o causam satildeo limitados devido agrave falta de pesquisas experimentais com

seres humanos o que eacute vedado pela eacutetica meacutedica Dessa forma pode-se fazer

apenas experimentos com animais em especial com roedores moscas de frutas e

isso acaba natildeo trazendo um real significado acerca do processo de envelhecimento

(TEIXEIRA GUARIENTO 2010)

Existem vaacuterias teorias a respeito do envelhecimento e por isso aos poucos foram

sendo agrupadas basicamente em dois grupos a saber teorias programadas e

teorias estocaacutesticas A primeira tem sua ideia central ldquonos reloacutegios bioloacutegicos que

regulam o crescimento a maturidade a senescecircncia e a morterdquo Jaacute a segunda baseia-

se na ldquoidentificaccedilatildeo de agravos que induzem aos danos moleculares e celulares

aleatoacuterios e progressivosrdquo (TEIXEIRA GUARIENTO 2010 p 2846)

33

Fato eacute que os efeitos do envelhecimento satildeo visiacuteveis rugas expostas cabelos

brancos peles caiacutedas dificuldades para se locomoverem decliacutenio das forccedilas

diminuiccedilatildeo do equiliacutebrio diversas doenccedilas dificuldade na respiraccedilatildeo Tudo estaacute

conjuntamente interligado em um processo complexo e variado que envolve tanto o

bioloacutegico quanto o psicossocial e que afeta diversos sistemas Na Figura 02 uma

representaccedilatildeo interessante do processo de envelhecimento (RUIVO et al 2009)

Figura 02 ndash Processo de envelhecimento

Fonte Centro avanccedilado de medicina preventiva (2018)

34

No Quadro 03 eacute apresentado os efeitos da velhice de uma forma geral e resumida

Vaacuterios satildeo os efeitos do envelhecimento no sujeito idoso por isso apenas alguns deles

foram relatados a tiacutetulo de exemplos

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (continua)

MODIFICACcedilOtildeES NO CORPO COM O ENVELHECIMENTO

ESTADO GERAL

Reduccedilatildeo progressiva da eficiecircncia dos processos fisioloacutegicos resulta em equiliacutebrio fraacutegil e impotildee obstaacuteculos agrave capacidade do corpo para manter a homeostase Estressores fiacutesicos e emocionais tornam o idoso mais vulneraacutevel devido agrave diminuiccedilatildeo das reservas fisioloacutegicas O idoso pode continuar a se envolver em todas as atividades da meia-idade embora de maneira intuitiva deva adaptar-se a um ritmo modificado e a periacuteodos de descanso mais frequentes

TEGUMENTAR

Surgimento de rugas e perda da firmeza da pele ocorrem com a reduccedilatildeo da elasticidade ressecamento e descamaccedilatildeo satildeo comuns A queda dos cabelos eacute comum nos homens e as mulheres tecircm afinamento e perda de pigmentaccedilatildeo dos cabelos Sinais de pele e pigmentaccedilatildeo satildeo comuns embora a pele possa clarear devido agrave perda de melanoacutecitos As unhas costumam espessar-se e ficar quebradiccedilas e amareladas

MUSCULOESQUELEacuteTICO

Diminui o tecido subcutacircneo e o peso no idoso A massa e a forccedila musculares diminuem Ocorre desmineralizaccedilatildeo oacutessea e os ossos ficam porosos e quebradiccedilos As articulaccedilotildees tendem a enrijecer e a perder flexibilidade podendo diminuir a amplitude de movimentos Costuma ocorrer lentidatildeo da mobilidade geral e a postura tende a encurvar A altura diminui um pouco

NEUROLOacuteGICO

O Sistema Nervoso Central reage mais lentamente a muacuteltiplos estiacutemulos Assim a resposta cognitiva e comportamental do idoso pode ser retardada Diminui a frequecircncia da reaccedilatildeo reflexa A regulagem da temperatura e a percepccedilatildeo de dorpressatildeo ficam menos eficientes O idoso pode ainda ter dificuldades no equiliacutebrio na coordenaccedilatildeo na motricidade fina e na orientaccedilatildeo espacial o que resulta em maior risco para quedas Costuma encurtar o sono noturno e o idoso pode despertar com mais facilidade

SENTIDOS ESPECIAIS

Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade visual (presbiopia) com maior sensibilidade agrave claridade e menor capacidade de adaptar-se agrave escuridatildeo Reduccedilatildeo da acomodaccedilatildeo reduccedilatildeo da percepccedilatildeo em profundidade e da discriminaccedilatildeo de cores Uma catarata pode obscurecer ainda mais a visatildeo A dificuldade para ler letras miuacutedas pode se tornar mais evidente Dirigir durante o dia ou durante agrave noite pode ficar comprometido Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade auditiva (presbicusia) em especial diminuiccedilatildeo da discriminaccedilatildeo de tons na presenccedila de ruiacutedos ambientais Em consequecircncia dos problemas auditivos o idoso pode retrair-se de eventos sociais As sensaccedilotildees de paladar e olfato diminuem Sensibilidade aos cheiros pode diminuir Problemas nutricionais podem surgir

CARDIOPULMONAR

Os vasos sanguiacuteneos ficam menos elaacutesticos e muitas vezes riacutegidos e tortuosos Depoacutesitos de placas de gordura continuam a ocorrer nos revestimentos dos vasos sanguiacuteneos Edema e esfriamento das extremidades inferiores podem ocorrer em especial com a diminuiccedilatildeo da mobilidade O corpo tem menor capacidade de aumentar a frequecircncia do coraccedilatildeo e o deacutebito cardiacuteaco mediante atividade A elasticidade pulmonar e a accedilatildeo ciliar diminuem de modo que a desobstruccedilatildeo pulmonar se torna menos eficiente Pode aumentar a frequecircncia pulmonar acompanhada de profundidade diminuiacuteda

35

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (conclusatildeo)

GASTRINTESTINAL Os sucos digestivos continuam a diminuir e reduz-se a absorccedilatildeo de nutrientes Desnutriccedilatildeo e anemia satildeo mais comuns Com a reduccedilatildeo do tocircnus muscular e o peristaltismo diminuiacutedo satildeo comuns queixas de constipaccedilatildeo

DENTICcedilAtildeO Perda e caacuterie dentaacuterias continuam para a maioria dos idosos Os haacutebitos alimentares podem mudar em especial se o idoso natildeo tem dentes ou usa dentaduras que natildeo servem bem

GENITURINAacuteRIO

O fluxo sanguiacuteneo para os rins reduz com a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco A quantidade de unidades de neacutefrons funcionando diminui em 50 Produtos a serem eliminados podem ser filtrados e excretados mais lentamente Liacutequidos e eletroacutelitos permanecem dentro das variaccedilotildees normais mas o equiliacutebrio eacute fraacutegil Cerca de 75 dos homens com mais de 65 anos tecircm hipertrofia da glacircndula prostaacutetica Pode haver a necessidade de cirurgia caso ocorra retenccedilatildeo urinaacuteria Haacute atrofia diminuiccedilatildeo de secreccedilotildees e afinamento do trato genital da mulher idosa

Fonte Taylor e outros (2007 p 460)

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio

O Sistema respiratoacuterio envelhece da mesma forma que o restante do organismo e

muitas vezes ele envelhece mais raacutepido devido agrave enorme quantidade de poluiccedilatildeo a

que estamos sujeitos Nas palavras de Ruivo e outros

Pensa-se que o sistema respiratoacuterio seja o sistema do organismo que envelhece mais rapidamente devido agrave maior exposiccedilatildeo a poluentes ambientais ao longo dos anos As mudanccedilas que ocorrem a este niacutevel satildeo clinicamente relevantes porque a deterioraccedilatildeo da funccedilatildeo pulmonar estaacute associada ao aumento da taxa de mortalidade e aleacutem disso o conhecimento das mesmas contribui para a detecccedilatildeo e prevenccedilatildeo de disfunccedilotildees respiratoacuterias em idosos (RUIVO et al 2009 p 631)

Biologicamente com o envelhecimento a estrutura morfoloacutegica da parede toraacutecica

sofre severas alteraccedilotildees que afetam diretamente os pulmotildees Dessa forma a perda

da elasticidade dentre outros problemas torna-se a mais frequente complicaccedilatildeo

pulmonar entre pessoas idosas (RUIVO et al 2009)

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco

O envelhecimento do sistema cardiacuteaco acarreta diversas complicaccedilotildees ao sujeito

idoso e a dinacircmica de como esse processo se dar eacute melhor explicado por Esquenazi

Silva e Guimaratildees

O coraccedilatildeo eacute constituiacutedo por ceacutelulas musculares os cardiomioacutecitos moleacuteculas de matriz extracelular destacando-se o colaacutegeno e ceacutelulas intersticiais cardiacuteacas tais como fibroblastos e ceacutelulas endoteliais Por tratar-se de ceacutelulas terminalmente diferenciadas a identificaccedilatildeo recente de ceacutelulas-tronco residentes no coraccedilatildeo revelou que os cardiomioacutecitos satildeo repostos mas natildeo

36

na proporccedilatildeo ideal para recuperaccedilatildeo de funccedilatildeo alterada consequente a eventuais perdas (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

Dessa forma pode-se realccedilar algumas mudanccedilas sensiacuteveis que ocorrem com o

envelhecimento e que estatildeo listadas no Quadro 04 abaixo

Quadro 04 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento MUDANCcedilAS ORGAcircNICAS COM O ENVELHECIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

A parede ventricular torna-se mais espessa

Diminuiccedilatildeo das ceacutelulas de cardiomioacutecitos

Aumento do conteuacutedo do colaacutegeno

Alteraccedilatildeo do metabolismo mitocondrial

Maior secreccedilatildeo de colaacutegeno

Induccedilatildeo de apoptose das ceacutelulas musculares lisas da parede arterial

Aumento da rigidez aoacutertica

Alteraccedilatildeo da elasticidade aoacutertica

Disfunccedilatildeo diastoacutelica

Hipertrofia do ventriacuteculo esquerdo

Insuficiecircncia cardiacuteaca congestiva

Fonte Esquenazi Silva e Guimaratildees (2014) (Adaptado pela autora)

No envelhecimento ocorrem mudanccedilas em algumas propriedades do coraccedilatildeo e isso

pode acarretar o surgimento de arritmias cardiacuteacas bem como a diminuiccedilatildeo da

possibilidade de alteraccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca durante situaccedilotildees de estresse

Assim devido agrave mudanccedila da frequecircncia cardiacuteaca na populaccedilatildeo da terceira idade eacute

frequentemente adicionado medicamentos como diureacuteticos medicamentos que atuam

para combater a arritmia etc (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico

Haacute diversos estudos que tentam provar que o processo de envelhecimento estaacute

associado agrave diminuiccedilatildeo da massa muscular fenocircmeno conhecido como sarcopenia

Este fenocircmeno debilita diretamente a arquitetura muscular alterando diversas

propriedades tais como ldquoaacuterea da seccedilatildeo transversa anatocircmica comprimento das fibras

musculares volume e acircngulo de penaccedilatildeo dos muacutesculosrdquo Ocasiona uma reduccedilatildeo das

forccedilas do paciente da capacidade aeroacutebica e da taxa metaboacutelica Juntos esses

fatores influenciamalteram a qualidade de vida pois podem aumentar a taxa de

quedas e ocasionar outros problemas ao idoso que repercutem em todos os campos

de sua vida (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

37

Os mais novos estudos cientiacuteficos na aacuterea sugerem que o envelhecimento tambeacutem

estaacute relacionado com a diminuiccedilatildeo da rigidez dos tendotildees o que eacute apreciado na obra

de Baptista e Vaz conforme segue

Modificaccedilotildees morfoloacutegicas na unidade muacutesculo-tendatildeo como a sarcopenia ou a diminuiccedilatildeo da rigidez tendiacutenea reconhecidamente causam alteraccedilotildees de suas propriedades mecacircnicas As propriedades mecacircnicas dos muacutesculos determinam sua capacidade de produccedilatildeo de forccedila em diferentes comprimentos e velocidades podendo assim influenciar de maneira significativa as atividades de vida diaacuteria dos seres humanos independente da faixa etaacuteria (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

Natildeo se consegue entender exatamente como ocorre o processo da sarcopenia pois

eacute um processo complexo no qual diversos outros processos contribuem para que

aconteccedila Alguns estudos sugerem que a diminuiccedilatildeo da ativaccedilatildeo neuromuscular eacute

comeccedilo do processo de perda de massa e de forccedila O que eacute bem entendido e

preocupante satildeo os seus efeitos nos sujeitos idosos que provocam diversas outras

consequecircncias (FILHO 2012)

Eacute sabido que tudo estaacute interligado portanto quando ocorre reduccedilatildeo da estrutura

muscular esqueleacutetica isso acarreta outros problemas natildeo soacute de importacircncia material

assim como de importacircncia imaterial como sedentarismo depressatildeo ansiedade

depressatildeo etc A Figura 03 ilustra esse ciacuterculo vicioso (PEREIRA TEIXEIRA

ETCHEPARE 2006)

Figura 03 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento

Fonte Pereira Teixeira e Etchepare (2006)

38

2414 Envelhecimento do sistema nervoso

O envelhecimento como jaacute foi dito provoca uma seacuterie de alteraccedilotildees no organismo do

sujeito idoso No sistema nervoso diversas alteraccedilotildees anatocircmicas e quiacutemicas satildeo

observadas no enceacutefalo e na medula e essas alteraccedilotildees podem ser vistas tanto

macroscopicamente quanto microscopicamente Ateacute mesmo o tamanho do ceacuterebro e

peso dele satildeo modificados agrave medida que o sujeito envelhece na ordem de 2 a cada

uma deacutecada e com diminuiccedilatildeo de proteiacutenas (TAGLIARINI 2008)

De acordo com anaacutelises feitas ao envelhecer diversas alteraccedilotildees acontecem sendo

que as mais vitais satildeo ldquoa diminuiccedilatildeo de ceacutelulas alteraccedilotildees dendriacuteticas placas senis

degeneraccedilatildeo neurofibrilar degeneraccedilatildeo gracircnulo-vacuolar e acuacutemulo de lipofucsinardquo

(TAGLIARINI 2008 p 18)

As alteraccedilotildees morfoloacutegicas produzidas pelo Sistema Nervoso Central (SNC) se

mostram como sendo de suma importacircncia para o devido funcionamento do sistema

nervoso devido agrave importacircncia na geraccedilatildeo e processamento das memoacuterias e no

transporte de informaccedilotildees ateacute os neurocircnios (TAGLIARINI 2008)

Portanto de tudo o que foi falado a respeito do envelhecimento do sistema nervoso

algumas partes ainda natildeo foram provadas e muita coisa ainda deve ser elucidada

com os anos vindouros Tem-se uma ideia de que as modificaccedilotildees ocorrem tanto de

forma central quanto de forma perifeacuterica ldquocom atrofia cerebral devido agrave diminuiccedilatildeo do

nuacutemero de neurocircnios assim como a reduccedilatildeo da quantidade de substacircncias branca e

cinzenta Ocorre ainda reduccedilatildeo da sinaptogecircnese e da velocidade de conduccedilatildeo

nervosa []rdquo (RIBEIRO VEIGA 2013 p25)

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO

Conforme jaacute foi falado anteriormente a populaccedilatildeo brasileira seguindo o ritmo da

populaccedilatildeo mundial estaacute envelhecendo mais devido agraves inovaccedilotildees tecnoloacutegicas Com

isso mais sujeitos idosos procuram serviccedilos meacutedicos por causa das doenccedilas

inerentes agrave terceira idade Essa demanda impulsiona aos governos criarem poliacuteticas

de sauacutede para que o sujeito envelheccedila com sauacutede pois se assim for proporciona

vantagem para todos os que estatildeo envolvidos com o idoso seja seus parentes que

39

cuidam dele seja o Estado que natildeo precisa gastar muito com remeacutedios Isso

proporciona um aliacutevio na previdecircncia divido agrave imensa diacutevida puacuteblica que existe e por

necessitar fazer corte de gastos A seguir seraacute melhor tratado acerca dos benefiacutecios

da atividade fiacutesica para o idoso para ter um envelhecimento sadio e de haacutebitos

saudaacuteveis que precisa ter para o seu dia-a-dia com sauacutede (ACIOLE BATISTA 2013)

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso

Com o crescimento mundial acelerado da populaccedilatildeo idosa diversas poliacuteticas estatildeo

sendo desenvolvidas para fazer com que o idoso envelheccedila com sauacutede tendo em

vista finalidades variadas tais como o fato de a previdecircncia estar sobrecarregada a

constataccedilatildeo de que o Sistema Puacuteblico de Sauacutede (SUS) natildeo atende com qualidade

as premissas mais baacutesicas da populaccedilatildeo Assim se o idoso chegar agrave terceira fase de

sua vida mais dinacircmico e com mais sauacutede enormes benefiacutecios surgiratildeo natildeo somente

para ele assim como para toda a sociedade (FONSECA et al 2014)

Dentre essas poliacuteticas certamente a que incentiva o idoso a praticar esportes eacute a mais

disseminada juntamente com a boa alimentaccedilatildeo pois eacute comprovado cientificamente

que o idoso ao praticar esportes consegue se manter mais saudaacutevel mais luacutecido e

em melhores condiccedilotildees de enfrentamento de doenccedilas que lhe acometem que satildeo

caracteriacutesticas da terceira idade aleacutem de provocar uma melhoria como um todo ao

sujeito idoso em todas as suas dimensotildees (MACIEL 2010)

De acordo com Maciel (2010 p 1024)

Poreacutem ao se refletir sobre as atividades fiacutesicas precisa-se pensar aleacutem dos benefiacutecios biopsicossociais proporcionados pela sua praacutetica como tambeacutem por exemplo compreender as mudanccedilas de comportamentos individuais eou coletivos para a adesatildeo e manutenccedilatildeo dessas atividades Essas soacute proporcionaratildeo os devidos benefiacutecios se realizadas continua e corretamente

As atividades fiacutesicas que satildeo incentivadas para que o idoso possa praticar satildeo

divididas em quatro dimensotildees lazer deslocamento ativo atividades domeacutesticas e

laboral A primeira eacute dita como atividade estruturada jaacute as demais satildeo atividades natildeo-

estruturais Existem vaacuterias vantagens para o sujeito idoso que se movimenta que

pratica alguma atividade fiacutesica As principais vantagens estatildeo apresentadas no

Quadro 05 (MACIEL 2010)

40

Quadro 05 ndash Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos BENEFIacuteCIOS DA ATIVIDADE FIacuteSICA PARA O IDOSO

Aumentomanutenccedilatildeo da capacidade aeroacutebia

Aumentomanutenccedilatildeo da massa muscular

Reduccedilatildeo significativa da taxa de mortalidade

Prevenccedilatildeo de doenccedilas coronarianas

Melhora do perfil lipiacutedico

Transformaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal devido agrave reduccedilatildeo da massa gorda

Prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes e hipertensatildeo arterial comuns ao sujeito idoso

Diminuiccedilatildeo da possibilidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Nas mulheres idosas possibilidade de prevenccedilatildeo do cacircncer de mama e coacutelon

Reduccedilatildeo da ocorrecircncia de demecircncia

Melhora da autoestima e da autoconfianccedila

Reduccedilatildeo dos ataques de ansiedade e do estresse

Consideraacutevel melhora do humor e da qualidade de vida

Fonte Maciel (2010) (Adaptado pela autora)

Cordeiro e outros (2014) fazendo pesquisas com idosos para entender como as

atividades fiacutesicas afetam as funccedilotildees cognitivas sendo estas definidas como as fases

do processo de informaccedilatildeo tais como aprendizagem raciociacutenio atenccedilatildeo e outras

mais concluiacuteram o seguinte

O melhor desempenho do grupo de idosos ativos no teste de memoacuteria emocional pode estar associado a alteraccedilotildees fisioloacutegicas no sistema nervoso central decorrentes da praacutetica da atividade fiacutesica A accedilatildeo da atividade fiacutesica sobre as funccedilotildees cognitivas pode se dar por meio de diversos mecanismos dentre os quais a melhora na circulaccedilatildeo cerebral alteraccedilatildeo na siacutentese e degradaccedilatildeo de neurotransmissores alteraccedilotildees neuroendoacutecrinas e humorais e aumento de fatores de crescimento como o fator neurotroacutefico derivado do ceacuterebro (BDNF) responsaacutevel pela neuroplasticidade eficaacutecia sinaacuteptica conectividade neuronal e aumento da sobrevivecircncia dos neurocircnios e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) responsaacutevel pela angiogecircnese (CORDEIRO et al 2014 p 549)

Ou seja a praacutetica da atividade fiacutesica proporciona enormes ganhos de qualidade de

vida para o sujeito idoso e possibilita a ele viver mais tempo de forma independente

jaacute que suas funccedilotildees cognitivas respondem melhor e desenvolvem mecanismos mais

duradouros (CORDEIRO et al 2014)

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso

Os alimentos satildeo as fontes de energia para o ser-humano Por isso quando o sujeito

se alimenta bem com qualidade ingerindo alimentos saudaacuteveis todo o seu

organismo funcionaraacute com qualidade e equiliacutebrio o que eacute necessaacuterio e demandado

pela populaccedilatildeo de uma forma geral mas devido agrave agitaccedilatildeo do dia-a-dia acaba por

41

comprometer a sauacutede com alimentos ruins raacutepidos de serem feitos e ingeridos

(MENEZES et al 2008)

O Sujeito idoso precisa ter uma atenccedilatildeo especial com o que ingere pois natildeo possui

mais um organismo jovem que consegue digerir tudo com facilidade e rapidez Seu

organismo agora e conforme jaacute foi falado eacute imensamente lento Natildeo consegue

metabolizar com rapidez os alimentos que lhe chegam ao estocircmago e por isso precisa

ser seletivo (KUWAE et al 2015)

De acordo com Kuwae e outros (2015 p 622 - 624)

No envelhecimento tanto os cuidados nutricionais satildeo diferentes como tambeacutem satildeo singulares agraves concepccedilotildees do que eacute saudaacutevel ou apropriado para esta idade Os cuidados com a alimentaccedilatildeo envolvem uma busca de equiliacutebrio entre as exigecircncias do corpo envelhecido e as limitaccedilotildees decorrentes de algumas patologias muitas delas exigindo seu controletratamento pela alimentaccedilatildeo como a hipertensatildeo diabetes e doenccedilas coronarianas Portanto o envelhecimento estaacute relacionado tanto com as alteraccedilotildees fisioloacutegicas que limitam o repertoacuterio alimentar seja pelas restriccedilotildees decorrentes de patologias crocircnicas ou das alteraccedilotildees de mastigaccedilatildeo e digestatildeo como com as condiccedilotildees de mobilidade autonomia independecircncia financeira condiccedilotildees de sauacutede e da composiccedilatildeo familiar Esses satildeo fatores decisivos sobre o repertoacuterio alimentar a frequecircncia e a qualidade da alimentaccedilatildeo dos idosos

Daiacute surge a necessidade de saber o que o sujeito idoso pode exatamente comer e o

que natildeo pode comer jaacute que em muitas situaccedilotildees o desejo eacute grande De acordo com

Menezes e outros (2008) existem duas classes de alimentos que o sujeito idoso pode

ingerir e satildeo os alimentos bons e os alimentos ruins Na classe dos alimentos bons

estatildeo as frutas verduras legumes carnes brancas etc Jaacute na segunda classe estatildeo

as frituras carnes vermelhas doces massas sal etc O Quadro 06 apresenta uma

lista com os principais alimentos para os idosos aqueles que satildeo recomendados bem

como suas caracteriacutesticas e o motivo pelo satildeo recomendados

Quadro 06 ndash Alimentos recomendados para idosos ALIMENTOS RECOMENDADOS PARA IDOSOS

CLASSE ALIMENTOS DESCRICcedilAtildeO

BONS Frutas verduras legumes carnes brancas etcleites e seus derivados

A comida se torna leve para o organismo do idoso o que proporciona uma raacutepida digestatildeo e o idoso natildeo se sente empazinado

RUINS Carnes vermelhas doces massas sal etc

Satildeo alimentos pesados gordurosos que demoram a fazer digestatildeo com moleacuteculas complexas O idoso natildeo ingere porque pode passar mal e qualquer mal-estar deve ser evitado

Fonte Kuwae e outros (2015)

42

O Quadro 06 eacute uma forma geral de expressar o que eacute bom e o que eacute ruim para o

sujeito idoso no entanto essa questatildeo eacute relativa pois varia de organismo para

organismo e depende de questotildees culturais mas eacute amplamente aceito eacute que todos os

seres humanos precisam ter equiliacutebrio inclusive na alimentaccedilatildeo dessa forma comer

ou deixar de comer algo para se manter saudaacutevel depende do quatildeo equilibrado

encontra-se o organismo do sujeito (KUWAE et al 2015)

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE

Com a chegada da terceira idade vaacuterias doenccedilas inerentes aos sujeitos com idade

acima dos sessenta anos aparecem Identificar tais doenccedilas conhececirc-las de forma

detalhada para desenvolver formas de tratamento adequados satildeo objetivos centrais

para quem cuida do sujeito idoso juntamente com outros conhecimentos do idoso

como sua alimentaccedilatildeo seu dia-a-dia seus haacutebitos etc Tudo estaacute conectado e por

isso entender esse contexto facilita no momento de detalhar a doenccedila que acomete a

populaccedilatildeo idosa A seguir seraacute feito uma siacutentese das principais doenccedilas que

acometem sujeitos idosos (VERAS 2012)

261 Mal de Parkinson

A doenccedila do Mal de Parkinson eacute conhecida da humanidade haacute muito tempo A atual

descriccedilatildeo deu-se pelo Dr James Parkinson por volta do ano de 1817 e no Brasil

atinge cerca de 3 da populaccedilatildeo acima dos sessenta anos Constata-se a existecircncia

da doenccedila por intermeacutedio de anaacutelise cliacutenica observando na maioria dos casos

pessoas idosas uma rigidez muscular tremor mesmo estando em repouso alteraccedilatildeo

na postura dentre outros sintomas (PETERNELLA MARCON 2009)

Grosso modo o Mal de Parkinson eacute um distuacuterbio degenerativo do Sistema Nervoso

Central que afeta diversas funccedilotildees do sujeito sejam motoras sejam natildeo-motoras

Funccedilotildees que podem ser afetadas satildeo tremor de repouso bradicinesia rigidez

corporal instabilidade postural etc Seu diagnoacutestico eacute feito pelo quadro cliacutenico

observado e pela exclusatildeo de outras doenccedilas que se assemelham ao Mal de

Parkinson (PETERNELLA MARCON 2009)

43

Para falar com riqueza de detalhes a respeito de como funciona tal doenccedila vamos

utilizar as palavras de Sena e outros (2010) que diz

A DP eacute uma afecccedilatildeo crocircnico-degenerativa e progressiva de etiologia multifatorial que atinge majoritariamente pessoas idosas embora seja frequente acometecirc-las a partir dos 50 anos de idade beirando atualmente a casa dos 300000 portadores no Brasil A doenccedila atinge o sistema nervoso central mais especificamente a substacircncia negra responsaacutevel por controlar os movimentos do corpo A degradaccedilatildeo das ceacutelulas neuronais dopamineacutergicas acaba por resultar numa gama de sintomatologia como tremores rigidez muscular bradicinesia alteraccedilotildees posturais distuacuterbios na fala e na degluticcedilatildeo obstipaccedilatildeo transpiraccedilatildeo corporal incontinecircncia urinaria depressatildeo O tratamento que pode ser cliacutenico eou ciruacutergico visa ao controle dos sintomas por meio de medicamentos entre os quais se destaca a Levodopa um precursor da dopamina Outros grupos de faacutermacos tambeacutem satildeo utilizados como inibidores enzimaacuteticos agonistas dopamineacutergicos e anti-colineacutergicos Contudo a terapecircutica medicamentosa por si soacute natildeo eacute suficiente para manter o portador em melhores condiccedilotildees de bem-estar e qualidade de vida Por isso tratamentos e cuidados no miacutenimo de enfermagem fisioterapia fonoaudiologia e educaccedilatildeo fiacutesica satildeo imprescindiacuteveis como recursos complementares para ajudar o portador a preservar sua funcionalidade e permitir-lhe desempenhar as atividades da vida diaacuteria e manter o viacutenculo social tatildeo importantes para satisfazer suas necessidades psicossociais de apoio comunitaacuterio para o seu bem-estar e auto-estima (SENA et al 2010 p 94)

Na Figura 04 uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro a respeito de como funciona o Mal de

Parkinson

Figura 04 ndash Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Observa-se na Figura 04 o ceacuterebro de um sujeito normal sem a doenccedila em

comparaccedilatildeo com um sujeito que apresenta a doenccedila Na primeira situaccedilatildeo haacute a

44

existecircncia da substacircncia negra responsaacutevel por controlar as funccedilotildees motoras do

corpo conforme falado na descriccedilatildeo de Sena e outros Jaacute na segunda essa

substacircncia negra natildeo existe atestando a incapacidade motora do paciente

(ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Jaacute na Figura 05 representa-se o neurocircnio normal e um neurocircnio em paciente com a

doenccedila de Parkinson O neurocircnio normal produz a substacircncia dopamina que eacute

responsaacutevel pela conduccedilatildeo dos neurotransmissores Jaacute o neurocircnio afetado apresenta

uma pequena quantidade de dopamina o que afeta a transmissatildeo dos

neurotransmissores e com isso o paciente sofre os diversos males que foram

narrados (ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Figura 05 ndash Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

O detalhe mais pertinente para saber se haacute o surgimento da doenccedila eacute o surgimento

de incapacidades provenientes dos distuacuterbios motores Geralmente aqueles que

sofrem desta doenccedila natildeo se datildeo conta que estatildeo doentes o que precisa ser

observado por quem estar mais perto seja os familiares seja os cuidadores

(GONCALVES ALVAREZ ARRUDA 2007)

Mesmo com todo o desenvolvimento tecnoloacutegico existente no campo da sauacutede ainda

natildeo existe um remeacutedio para acabar com o Mal de Parkinson ou para bloquear o seu

aumento Os procedimentos atuais visam dar condiccedilotildees ao paciente que possui a

doenccedila de viver de forma independente e de manter seu psicoloacutegico forte por mais

tempo Isso eacute feito receitando a ele dopamina estriatal que pode ser aumentada agrave

45

medida que os efeitos da doenccedila vatildeo aumentando (GONCALVES ALVAREZ

ARRUDA 2007)

262 Doenccedila de Alzheimer

A doenccedila de Alzheimer descrita pela primeira vez em 1906 pelo Dr Alois Alzheimer

eacute uma doenccedila que ateacute os dias atuais natildeo apresenta cura e tende a se agravar ao

longo dos anos Eacute a patologia neurodegenerativa mais usual que acomete pacientes

acima dos 55 (cinquenta e cinco) anos e causa transtornos como perda de memoacuteria

desorientaccedilatildeo danos na linguagem falta de atenccedilatildeo e vaacuterias outras situaccedilotildees

constrangedoras (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER 2018)

Natildeo se conhece exatamente os motivos pelos quais a doenccedila surge mas eacute bem

conhecido algumas lesotildees que ocorrem no ceacuterebro de um paciente portador da

doenccedila e as principais lesotildees satildeo as placas senis os emaranhados neurofibrilares e

a reduccedilatildeo de ceacutelulas nervosas sendo certo que ela eacute a responsaacutevel por cinquenta por

cento dos casos de demecircncia em idosos (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE

ALZHEIMER 2018)

Muito embora a cura da doenccedila e a reversatildeo da deterioraccedilatildeo causada pela DA ainda natildeo tenham sido descobertas pesquisadores buscam o aperfeiccediloamento de tratamentos jaacute disponiacuteveis que visam agrave melhora cognitiva e diminuiccedilatildeo de sintomas comportamentais (Aacutevila 2003) Nesse caso a medicaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas cognitivas de reabilitaccedilatildeo aleacutem de informaccedilotildees sobre a doenccedila e o apoio a familiares e cuidadores eacute de suma importacircncia para reverter o quadro cliacutenico e sintomaacutetico da doenccedila (GONCALVES CARMO 2012 p 171)

Haacute uma forte tendecircncia da ciecircncia de tentar explicar o surgimento do Mal de Alzheimer

via geneacutetica pois uma porcentagem consideraacutevel dos pacientes que possuem a

doenccedila apresenta casos semelhantes na famiacutelia Outros fatores tambeacutem satildeo

considerados tais como aminoaacutecidos neurotoacutexicos uso indiscriminado do alumiacutenio

agentes infecciosos etc Abaixo na figura TC uma tentativa de explicaccedilatildeo dessa

doenccedila (SERENIKI VITAL 2008)

Na Figura 06 existe uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro de paciente normal e de um paciente

com a Doenccedila de Alzheimer Percebe-se que o ceacuterebro do paciente com a Doenccedila de

Alzheimer apresenta-se cheio de falhas

46

Figura 06 ndash Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

263 Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus (DM) eacute uma doenccedila crocircnica natildeo-transmitiacutevel que afeta uma

multidatildeo de pessoas em todo o mundo e se caracteriza por um aumento acentuado

da glicemia devido agrave falta de insulina que eacute fabricada pelo pacircncreas Haacute dois tipos

de diabetes um natural (Tipo 01) e outra adquirida (Tipo 02) A do Tipo 02 eacute causada

pela obesidade comidas gordurentas falta de exerciacutecios fiacutesicos e se mostra como o

mal moderno Jaacute a do tipo 01 jaacute nasce com o indiviacuteduo Em ambos os casos o

pacircncreas deixa de fabricar insulina que possui uma moleacutecula que quebra a moleacutecula

de glicose Com isso haacute um aumento de glicose no sangue e isso provoca diversos

danos em outros oacutergatildeos A insulina injetada entra para ajudar na eliminaccedilatildeo do accediluacutecar

excedente (BUSNELLO et al 2012)

De acordo com Vargas Lara e Mello-Carpes ldquono Brasil existem cerca de 500 mil

diabeacuteticos 450 mil fazendo uso da insulina e quase dois milhotildees desconhecendo ter

diabetes Aleacutem disso estima-se que em 2030 o nuacutemero de pessoas acometidas pela

DM dobraraacuterdquo Esses dados para o sujeito idoso satildeo extremamente preocupantes

tendo em vista a necessidade de cuidados constantes (VARGAS LARA MELLO-

CARPES 2014 p 869)

47

Idosos que apresentam a DM apresentam estrutura fiacutesica e emocional prejudicadas

com certa limitaccedilatildeo nos afazeres do dia-a-dia com limitaccedilatildeo na alimentaccedilatildeo e com

liberdade e autonomia afetadas Diferentemente das outras doenccedilas a DM eacute bem

mapeada e consegue-se ter um controle bastante apropriado para amenizar os efeitos

dessa doenccedila (VARGAS LARA MELLO-CARPES 2014)

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

A Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) eacute a doenccedila crocircnica natildeo transmitida mais

presente na vida dos idosos Trata-se de uma doenccedila que eleva a pressatildeo sanguiacutenea

a niacuteveis altiacutessimos e como consequecircncia faz com que o coraccedilatildeo tenha que exercer

uma atividade fora do padratildeo para conseguir fazer o sangue circular pelo corpo do

indiviacuteduo (LEAtildeO E SILVA et al 2013)

Ela aumenta paulatinamente agrave medida que o indiviacuteduo vai envelhecendo e eacute tida por

diversos especialistas como o principal fator de risco para o idoso podendo ocasionar

doenccedilas como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) o infarto do miocaacuterdio e vaacuterias

outras doenccedilas silenciosas Diversos fatores ocasionam um aumento na pressatildeo

arterial dentre eles os mais comuns satildeo o excesso de sal utilizado no dia-a-dia o

estresse etc (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Para um padratildeo de referecircncia com intuito de definir se um idoso apresenta uma

pressatildeo alta ou normal vaacuterios estudos sugerem valores diferentes o que acaba

sendo um ponto de debate interessante entre os especialistas da aacuterea conforme

relatado abaixo

Haacute grande controveacutersia na literatura em relaccedilatildeo ao ponto de corte para o qual a PA pode ser considerada controlada na populaccedilatildeo idosa principalmente nos idosos com idade mais avanccedilada (acima dos 80 anos) Estudos recentes sugerem uma meta de controle mais flexiacutevel (abaixo de 150 mmHg para a PAS e de 90 mmHg para a PAD) para esta faixa etaacuteria por evidenciarem que o controle mais rigoroso pode natildeo ser significativo na reduccedilatildeo das complicaccedilotildees associadas agrave doenccedila (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016 p 112)

Para se ter um controle dessa doenccedila importante salientar os haacutebitos de vida

saudaacuteveis associados com o acompanhamento meacutedico mediccedilatildeo das funccedilotildees vitais

do idoso controle sistemaacutetico porque essa doenccedila sendo uma doenccedila silenciosa

assintomaacutetica pode acarretar outras complicaccedilotildees tais como um Acidente Vascular

Cerebral (AVC) (JARDIM et al 2017)

48

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

A Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (ITU) eacute a inflamaccedilatildeo das vias urinaacuterias e eacute uma doenccedila

responsaacutevel por cerca de quarenta porcento das infecccedilotildees nosocomiais Eacute bastante

rotineira nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e sua probabilidade de ocorrecircncia

em homens idosos aumenta consideravelmente tendo em vista que ldquoA

instrumentaccedilatildeo das vias urinaacuterias ndash incluindo ndash se o cateterismo vesical ndash e a

ocorrecircncia de doenccedila prostaacutetica satildeo os fatores mais implicados no aumento da

incidecircncia no sexo masculinordquo (RORIZ-FILHO et al 2010 p 119)

A mulher idosa tambeacutem tem uma grande possibilidade de desenvolver tal doenccedila

tendo em vista as modificaccedilotildees funcionais da bexiga devido a diversos fatores que

ldquoassociados agraves mudanccedilas troacuteficas do epiteacutelio da mucosa vaginal e a presenccedila de

infecccedilatildeo genital facilitam o desenvolvimento de ITUrdquo (MARQUES MOREIRA

SANTOS 2010 p 151)

Para se ter um diagnoacutestico preciso acerca da Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio faz-se coleta

da urina do paciente e em seguida sua cultura o que leva alguns dias O diagnoacutestico

apresenta-se preciso apoacutes esse procedimento Existem outros exames a serem feitos

que apresentam resultados mais raacutepidos poreacutem natildeo tatildeo precisos Um deles eacute o

exame tipo I e o outro eacute a coloraccedilatildeo pelo meacutetodo Gram (VETTORE et al 2013)

Os principais sintomas que indicam que pode haver uma Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

satildeo urina com odor feacutetido disuacuteria com urgecircncia polaciuacuteria e urecircncia Esses sintomas

satildeo um indicativo muito forte de possibilidade de existecircncia de um quadro infeccioso

e somente pode-se comprovar apoacutes as anaacutelises que foram mencionadas (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010)

Para se fazer um tratamento adequado que apresente resultados de imediato haacute a

necessidade de se observar alguns fatores tais como ldquopresenccedila de comorbidade

fatores predisponentes sintomatologia e repercussatildeo sistecircmica da infecccedilatildeo assim

como para a interaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outros medicamentos []rdquo Importante

observar a relaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outras drogas pois o paciente idoso faz uso

de diversos produtos farmacecircuticos No Quadro 07 um exemplo de drogas que podem

ser utilizadas para o tratamento do idoso com Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010 p 156)

49

Quadro 07 ndash Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso DROGAS UTILIZADAS NA ITU NOS IDOSOS

I ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO INFERIOR (3 A 7 DIAS)

Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprima 160 mg de 12 12h

Norfloxacina 400 mg de 1212h

Ciprofloxacina 250 mg de 1212h

Levofloxacina 250 mg por dia

Nitrofurantoina 100 mg de 88h

II ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO SUPERIOR (14 DIAS)

Ciprofloxacina 500 mg EV de 1212h

Levofloxacina 500 mg EV por dia

Ceftriaxone 1g EV de 1212h

Piperacina soacutedica + Tazobactana soacutedica 225g EV de 88h

Fonte Marques Moreira e Santos (2010 p 158)

266 Osteoporose

A Osteoporose ldquo[] eacute uma doenccedila esqueleacutetica sistecircmica caracterizada por diminuiccedilatildeo

da massa oacutessea e deterioraccedilatildeo microarquitetural do tecido oacutesseo com consequente

aumento da fragilidade oacutessea e susceptibilidade agrave fraturardquo sendo a condiccedilatildeo mais

criacutetica da osteopenia Eacute uma doenccedila predominante em sujeitos idosos e consiste

grosso modo do enfraquecimento dos ossos o que pode levar a diversas

consequecircncias ao idoso A Figura 07 apresenta como ocorre essa doenccedila (LIMA et

al 2014 p 35)

Figura 07 ndash Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

50

Jaacute na Figura 08 tem-se uma vista mais ampla de como a osteoporose atua Pode-se

perceber que ela age deixando o osso em um formato esponjoso como se estivesse

oco como eacute popularmente conhecido tal doenccedila A ilustraccedilatildeo eacute do osso do quadril

mas eacute extensiacutevel a toda a estrutura oacutessea onde ocorrer a comorbidade (LIMA et al

2014)

Figura 08 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Existem diversos tipos de osteoporose que satildeo provocadas por vaacuterios fatores por

isso diz-se que eacute uma doenccedila multifatorial Basicamente satildeo divididas em primaacuteria

com tipos I e II e secundaacuteria a primeira eacute desenvolvida por causas naturais jaacute a

segunda eacute desenvolvida por meio de causas natildeo-naturais tais como a inflamaccedilatildeo

(CAMARGOS BOMFIM 2017)

Consequecircncias diversas podem surgir oriundas da osteoporose tais como ldquoperda da

massa deterioraccedilatildeo do tecido desarranjo da arquitetura e comprometimento da forccedila

oacutessea com aumento no risco de fraturardquo Ela atua de forma silenciosa e na maior parte

dos casos eacute descoberta somente quando ocorre algum acidente por mais simples que

seja com consequente fratura de algum osso do portador de tal doenccedila (BRASIL

2009 p 01)

51

Pode ser diagnosticada tratada e prevenida antes da ocorrecircncia de qualquer evento

que poderaacute comprometer a estrutura oacutessea de seu portador Ocorrendo algum

acidente este poderaacute afetar a estrutura fiacutesica do paciente deformaccedilatildeo no corpo como

um todo etc Na prevenccedilatildeo deve-se utilizar cerca de 1000mgdia de caacutelcio vitamina

D 400ndash800 Uldia ou algum medicamento tais como calcitonina bifosfonatos

raloxifeno e paratormocircnio (BRASIL 2017)

Haacute projeccedilotildees que dizem que cerca de 50 das mulheres e 20 dos homens com

idades acima dos 50 anos poderatildeo sofrer alguma fratura proveniente da osteoporose

ao longo de sua vida Como jaacute foi citado anteriormente a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

para o sujeito idoso e natildeo somente a estes mas ao ser humano em geral eacute uma

praacutetica altamente recomendada pelos profissionais da sauacutede devido agraves pesquisas

cientiacuteficas comprovarem as consequecircncias eficazes de quem se exercita e que por

isso eacute bastante recomendada para pacientes que possuem osteoporose (MOTA

SOUSA AZEVEDO 2012)

Nas palavras de Mota Sousa e Azevedo tem-se

Haacute uma forte correlaccedilatildeo entre a qualidade de vida dos idosos e a atividade fiacutesica pois com a degeneraccedilatildeo do sistema musculoesqueleacutetico nos idosos e a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional a praacutetica da atividade fiacutesica influecircncia no tratamento e na prevenccedilatildeo da osteoporose trazendo benefiacutecios como a melhoria do desempenho das capacidades funcionais o aumento da forccedila muscular e flexibilidade e uma consideraacutevel melhora da coordenaccedilatildeo motora (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012 p47)

Portanto uma forma de reduzir os efeitos que a osteoporose apresenta ao seu

portador eacute praticando exerciacutecios fiacutesicos diariamente que aliado agrave uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel e rica em caacutelcio pode-se gerar resultados bastante satisfatoacuterios

fortalecendo os muacutesculos revigorando o equiliacutebrio afastando a possibilidade de

atrofia pelo natildeo-uso do membro que esteja lesionado e com isso retardando a

desmineralizaccedilatildeo oacutessea (BRASIL 2017)

Outras precauccedilotildees deveratildeo ser administradas ao sujeito idoso portador da

osteoporose para evitar riscos de queda que satildeo os principais fatores complicadores

da sauacutede do idoso Tais procedimentos podem ser a retirada de objetos que podem

dificultar a mobilidade do sujeito idoso por onde anda evitar tapetes escorregadios

colocar materiais antiderrapantes nas superfiacutecies por onde o idoso se movimenta

facilitar o acesso ao banheiro etc (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012)

52

53

3 METODOLOGIA

Tendo a finalidade de desenvolver as propostas que foram apresentadas quando do

comeccedilo deste trabalho optou-se por fazer uma revisatildeo bibliograacutefica do tema sabendo

que essa eacute uma modalidade de pesquisa que se destina a concatenar e observar os

conhecimentos que jaacute foram publicados a respeito de um determinado assunto que

no caso em questatildeo eacute a Assistecircncia de Enfermagem ao sujeito idoso

De acordo com Mancini e Sampaio (2006 p 361 - 472) trabalhos de ldquoRevisotildees da

literatura satildeo caracterizadas pela anaacutelise e pela siacutentese da informaccedilatildeo disponibilizada

por todos os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema[]rdquo Tendo

em vista todos os estudos relevantes publicados por um determinado tema mas sem

limitaacute-lo pois como eacute de amplo conhecimento a quantidade de informaccedilotildees eacute infinita

daiacute a necessidade de se fazer uma limitaccedilatildeo temporal a respeito

Utilizou-se para o desenvolvimento do estudo os seguintes bancos de dados

Scientific Electronic Library (Scielo) Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) Descritores

em Ciecircncia da Sauacutede (DeCS) Ministeacuterio da Sauacutede e livros

Como criteacuterios de inclusatildeo foi estabelecido o uso de revistas acadecircmicas artigos

cientiacuteficos livros etc do ano de 2006 a 2017 Como criteacuterios de exclusatildeo optamos

por natildeo fazermos uso de materiais em liacutenguas estrangeiras materiais antigos

materiais incompletos e materiais que natildeo apresentam rigor cientiacutefico tais como

trabalhos acadecircmicos de revisatildeo

Por fim o presente estudo natildeo necessita de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica (CE) da

Universidade uma vez que as informaccedilotildees coletadas satildeo provenientes de materiais

de acesso puacuteblico e de conhecimento de todos os interessados

54

55

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO

Existem vaacuterias formas de se aplicar a Assistecircncia de Enfermagem e o que eacute utilizado

no Brasil por diversos motivos eacute o que foi desenvolvido em 1979 pela enfermeira e

pesquisadora paraense Wanda Horta atraveacutes de seu livro Processo de Enfermagem

(SILVA et al 2011)

Nas palavras de Silva e outros (2011 p 1381) percebe-se o caraacuteter cientiacutefico e seacuterio

do uso da Assistecircncia de Enfermagem Vejamos

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) eacute conceituada como um meacutetodo de prestaccedilatildeo de cuidados para a obtenccedilatildeo de resultados satisfatoacuterios na implementaccedilatildeo da assistecircncia com o objetivo de reduzir as complicaccedilotildees durante o tratamento de forma a facilitar a adaptaccedilatildeo e recuperaccedilatildeo do paciente O uso do meacutetodo requer o pensamento criacutetico do profissional que deve estar focado nos objetivos e voltado para os resultados de forma a atender as necessidades do paciente e de sua famiacutelia exigindo constante atualizaccedilatildeo habilidades e experiecircncia sendo orientado pela eacutetica e padrotildees de conduta Portanto eacute um modo de exercer a profissatildeo com autonomia baseada nos conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas uacuteltimas deacutecadas

Importante deixar claro o entendimento acerca do que eacute a Sistematizaccedilatildeo da

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem antes de aplicaacute-

los ao sujeito idoso pois tais conceitos satildeo aplicados de forma geral na enfermagem

Todo o profissional de enfermagem precisar ter bem solidificado tais conceitos para

que possam se tornar profissionais competentes e antenados com a real situaccedilatildeo de

seu paciente (GARCIA 2016)

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

A sistematizaccedilatildeo eacute normatizada pela resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN) juntamente com o Processo de Enfermagem (PE) Eacute

entendido como sendo a responsaacutevel por ldquoorganizar o trabalho profissional quanto ao

meacutetodo pessoal e instrumentos tornando possiacutevel a operacionalizaccedilatildeo do processo

de Enfermagemrdquo (BRASIL 2009 p 01)

Garcia (2016) fala a respeito do amplo uso das teacutecnicas da SAE Vejamos

56

Especialmente quando analisamos a dimensatildeo assistencial da praacutetica reconhecemos haver uma ampla gama de situaccedilotildees vivenciadas no cotidiano de cuidados agrave clientela envolvendo a necessidade de sistematizaccedilatildeo da assistecircncia e de aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem aspectos substantivos da profissatildeo (GARCIA 2016 p 05)

A Sistematizaccedilatildeo de Assistecircncia da Enfermagem (SAE) aplicada ao idoso torna-se

dessa forma uma tentativa de fornecer uma assistecircncia de qualidade e personalizada

ao idoso por isso padroniza-se a entrevista que o profissional de enfermagem faz ao

paciente com o intuito de saber a real situaccedilatildeo do cliente Para se fazer tal

assistecircncia o profissional de enfermagem precisa da ajuda do Processo de

Enfermagem que complementa a SAE (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

412 Processo de Enfermagem

Eacute definido como sendo ldquoum instrumento metodoloacutegico que orienta o cuidado do

profissional de enfermagem e a documentaccedilatildeo da praacutetica profissionalrdquo e eacute dividido

em cinco etapas que abaixo satildeo escritas conforme resoluccedilatildeo ndeg 3582009 O Quadro

08 apresentada cada etapa do Processo de Enfermagem (PE) (BRASIL 2009 p 01)

Quadro 08 ndash Etapas do processo de enfermagem PROCESSO DE ENFERMAGEM

ETAPA DESCRICcedilAtildeO

COLETA DE DADOS

Essa eacute a primeira etapa do processo de enfermagem e consiste em colher todos os dados possiacuteveis do paciente valendo de teacutecnicas variadas e com a maior precisatildeo possiacutevel para um melhor atendimento do paciente Importante nessa fase coletar informaccedilotildees por parte da famiacutelia dos pacientes para que as informaccedilotildees possam ser confirmadas devido ser de fontes diversas

DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

Apoacutes a coleta dos dados o profissional de enfermagem passa a processar as informaccedilotildees e interpretando-as para que possa ter a tomada de decisatildeo mais eficaz para o paciente Essa etapa consiste em descrever exatamente o que o paciente tem e funciona como base para a accedilatildeo do profissional de enfermagem

PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Nessa etapa o profissional determina o que espera alcanccedilar de resultados quando das devidas intervenccedilotildees apoacutes a etapa anterior Aqui o profissional cria uma espeacutecie de roteiro para certificar-se do que poderaacute ocorrer

IMPLEMENTACcedilAtildeO Nessa etapa o profissional coloca em praacutetica o que foi decido nas etapas anteriores

AVALIACcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Trata-se de um processo contiacutenuo e analiacutetico no qual o profissional observa o seu paciente fazendo as devidas anotaccedilotildees do quadro dele para posterior mudanccedila das implementaccedilotildees Todo esse processo eacute dinacircmico e por isso o profissional precisa estar atento ao paciente durante todo instante em que ele esteja sob seus cuidados

Fonte Brasil (2009) (Adaptado pela autora)

57

A Figura 09 ilustra o que foi dito a respeito do Processo de Enfermagem no Quadro

08

Figura 09 ndash Processo de Enfermagem

Fonte Autoria proacutepria (2018)

Como pode-se inferir do Quadro 08 descrito desenvolver e aplicar a Sistematizaccedilatildeo

da Assistecircncia de Enfermagem de acordo com o Processo de Enfermagem eacute um

processo que exige muita disciplina e conhecimento do profissional de enfermagem

pois eacute sabido que se trata de um processo teacutecnico-cientiacutefico e somente o enfermeiro

habilitado poderaacute exercitar cada uma das fases que se mostram em conjunto A sua

separaccedilatildeo conforme descrita acima eacute apenas para efeitos didaacuteticos (GARCIA 2016)

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos

Para aplicar a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem e o Processo de

Enfermagem ao sujeito idoso o profissional de enfermagem tem a necessidade de

seguir procedimentos descritos principalmente na NANDA Internacional que se

tornou a principal fonte de diagnoacutesticos de enfermagem e que ldquofavorece a

58

identificaccedilatildeo de estrateacutegias para elevar a qualidade da assistecircncia e contribuir na

formaccedilatildeo de recursos humanosrdquo (KOKUDAI ALVARENGA 2010 p03)

A NANDA eacute dividida em diversos toacutepicos e assim resolvemos separar conforme

Quadro 09 os cuidados necessaacuterios de acordo com cada doenccedila predominante na

terceira idade que foi comentada neste trabalho As descriccedilotildees natildeo se limitam ao que

foi dito pois colocamos apenas algumas situaccedilotildees devido agrave enorme quantidade de

situaccedilotildees diagnoacutesticos e cuidados existentes

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continua)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Hipertensatildeo Arterial

Sistecircmica

Risco de desequiliacutebrio eletroliacutetico

Risco de mudanccedila nos niacuteveis de eletroacutelitos seacutericos capaz de comprometer a sauacutede

Estilo de vida sedentaacuterio Trata-se de um estilo de vida sem a praacutetica de atividades fiacutesicas

Ansiedade

Trata-se de um sentimento desgastante que assola o seu portador diante da expectativa de notiacutecias ou de situaccedilotildees estressantes e novas Pode-se considerar como um sinal de alerta que o organismo desenvolveu para deixar o indiviacuteduo atento em condiccedilotildees de periacuteodo de toda sorte

Padratildeo de sono prejudicado

Devido a fatores externos o indiviacuteduo natildeo possui uma rotina constante e linear de sono sendo que existe a condiccedilatildeo de dormeacorda que prejudica o organismo como um todo

Nutriccedilatildeo desequilibrada

O sujeito alimenta-se de nutrientes que em muitos casos satildeo em excesso ocasionando armazenamento de energia em formato de gordura

Mal de Parkinson

Problemas Motores

Risco de queda Facilidade com que o sujeito tem de desequilibrar e cair o que pode causar enormes danos

Bradicinesia Lentidatildeo de respostas fiacutesicas e psiacutequicas

Mobilidade fiacutesica prejudica

Limitaccedilatildeo no movimento fiacutesico independente e voluntaacuterio do corpo ou de uma ou mais extremidades

Problemas Natildeo-

motores

Demecircncia Enfraquecimento das faculdades intelectuais diante de lesotildees no ceacuterebro

Ansiedade

Vago e incocircmodo sentimento de desconforto ou temor acompanhado por resposta autonocircmica (a fonte eacute frequentemente natildeo especiacutefica ou desconhecida para o indiviacuteduo) sentimento de apreensatildeo causada pela antecipaccedilatildeo de perigo Eacute um sinal de alerta que chama a atenccedilatildeo para um perigo iminente e permite ao indiviacuteduo tomar medidas para lidar com a ameaccedila

59

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continuaccedilatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Alzheimer

Deacuteficit no autocuidado Capacidade prejudicada de realizar ou completar as atividades de banho por si mesmo

Mobilidade fiacutesica prejudicada Limites para movimentar-se seja com movimento voluntaacuterios ou involuntaacuterios

Insuficiecircncia na capaci-dade do a-dulto para melhorar

Depressatildeo Deterioraccedilatildeo funcional progressiva de natureza fiacutesica e cognitiva A capacidade do indiviacuteduo de viver com doenccedilas multissistecircmicas enfrentar os problemas decorrentes e controlar o seu cuidado estaacute notavelmente diminuiacuteda

Decliacutenio da memoacuteria

Distuacuterbio de sono Dificuldade para dormir em periacuteodos prolongados

Confusatildeo crocircnica

Deterioraccedilatildeo irreversiacutevel das faculdades mentais de forma prolongada O indiviacuteduo passa a natildeo perceber os fatores externos que podem indicar algo tal como perigo atenccedilatildeo moral e tantos outros Apresenta distuacuterbios na memoacuteria passando a natildeo mais reconhecer e nem lembrar de coisas e pessoas

Diabetes Mellitus

Autocontrole ineficaz

da sauacutede

Natildeo consegue se controlar e agir conforme necessidade para ter uma sauacutede plena e satisfatoacuteria ou seja natildeo consegue cuidar de si

Perfusatildeo tissular perifeacuterica ineficaz

Reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo sanguiacutenea para a periferia capaz de comprometer a sauacutede

Risco de Infecccedilatildeo

Risco de ter em seu organismo elementos estranhos e que possam danificar a sua sauacutede

Risco de olho seco

Risco de desconforto ocular ou dano agrave coacuternea e agrave conjuntiva devido agrave quantidade reduzida ou agrave qualidade das laacutegrimas para hidratar o olho

Risco de glicemia instaacutevel Natildeo possui uma estabilidade padratildeo em seu niacutevel glicecircmico devido agrave quantidade de glicose no sangue

Infecccedilotildees do trato

urinaacuterio

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Eliminaccedilatildeo urinaacuteria prejudicada Disfunccedilatildeo na eliminaccedilatildeo da urina

Risco de siacutendrome do desuso Devido agrave falta de uso de algum membro do corpo corre-se o risco desse membro atrofiar-se

Risco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircncia

Risco de perda involuntaacuteria de urina que ocorre imediatamente apoacutes uma forte sensaccedilatildeo de urgecircncia para urinar

Conforto prejudicado Percebe-se que inexiste a sensaccedilatildeo de conforto nas dimensotildees do ser humano

Osteoporose

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Risco de constipaccedilatildeo Possibilidade de diminuiccedilatildeo na frequecircncia normal de evacuaccedilatildeo paralela a uma dificuldade de eliminaccedilatildeo das fezes

60

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (conclusatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Osteoporose

Risco para quedas Estado em que o indiviacuteduo tem uma suscetibilidade para quedas aumentada

Mobilidade fiacutesica prejudicada Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute prestes a apresentar limitaccedilotildees dos movimentos fiacutesicos poreacutem ainda natildeo se encontra imoacutevel

Andar prejudicado Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute em risco de apresentar limitaccedilatildeo para andar

Fonte Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA (2013) Santos e outros (2017) Mattos e outros (2011) (Adaptado pela autora)

Saber utilizar os Diagnoacutesticos de Enfermagem corretamente e que satildeo padronizados

eacute bastante eficaz aceito e exigido para evitar que o profissional de enfermagem crie

mecanismos subjetivos de cuidados pois se assim ocorresse haveria um caos na

enfermagem com cada profissional atuando conforme melhor lhe for apresentado

(SOUZA ALVES PASSOS 2010)

A utilizaccedilatildeo do Diagnoacutestico de Enfermagem padronizado eacute um instrumento necessaacuterio

para evitar que os profissionais de enfermagem fragmentem os cuidados e os dilemas

dos pacientes deixando de observaacute-los como um todo e na grande maioria dos casos

prescrevendo cuidados que natildeo possuem nenhuma relaccedilatildeo com os problemas

relatados Dessa forma pode-se observar o Diagnoacutestico de Enfermagem como uma

ferramenta de trabalho altamente eficaz em seu uso cotidiano pois fornece ao

profissional de enfermagem um planejamento pautado no histoacuterico de atuaccedilatildeo pois

uma vez que os problemas sejam conhecidos mapeados e anotados torna-se mais

eficaz e otimizado o processo do cuidado em toda a sua plenitude Por essa oacutetica

constata-se como eacute importante o Diagnoacutestico de Enfermagem para o sujeito idoso

pois consegue construir todo um conjunto de atuaccedilatildeo para o cuidado sempre visando

o bem-estar do idoso (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso

Depois de ter feito o diagnoacutestico de enfermagem do sujeito idoso e de ter descoberto

as suas comorbidades o profissional de enfermagem precisa entatildeo fazer as devidas

intervenccedilotildees Tais intervenccedilotildees satildeo tratadas como prescriccedilotildees de enfermagem e

possuem um campo de atuaccedilatildeo mapeado para natildeo sobrepor ao trabalho do meacutedico

(FAEDA PERROCA 2017)

61

Ainda de acordo com a resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de Enfermagem

(COFEN) o Art 4ordm assim determina

Ao enfermeiro [] incumbe a lideranccedila na execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do Processo de Enfermagem de modo a alcanccedilar os resultados de enfermagem esperados cabendo-lhe privativamente o diagnoacutestico de enfermagem acerca das respostas da pessoa famiacutelia ou coletividade humana em um dado momento do processo sauacutede e doenccedila bem como a prescriccedilatildeo das accedilotildees ou intervenccedilotildees de enfermagem a serem realizadas face a essas respostas (BRASIL 2009 p 03)

Ou seja o profissional de enfermagem tem ampla prerrogativa para desenvolver a

Prescriccedilatildeo de Enfermagem baseado nos protocolos e nos estudos que desenvolveu

na Universidade Dentre os vaacuterios diagnoacutesticos possiacuteveis para o sujeito idoso em

diversas situaccedilotildees iremos nos concentrar em somente aqueles que aqui foram

discutidos Faz-se necessaacuterio observar que a Prescriccedilatildeo de Enfermagem eacute uma

ferramenta de uso dinacircmico Entende-se de uso dinacircmico a ideia de que o profissional

de enfermagem natildeo pode descuidar do seu paciente tendo a necessidade de sempre

observaacute-lo e atualizar o que surgir de novo para que possa estar sempre atualizando

o estado de sauacutede do cliente (FAEDA PERROCA 2017)

Abaixo no Quadro 10 tem-se a Prescriccedilatildeo de Enfermagem para as doenccedilas que

foram discutidas neste trabalho Vale ressaltar que existem diversas doenccedilas que

acometem o sujeito idoso mas vamos nos ater apenas nas principais que foram

tratadas uma vez que satildeo o objeto limitador de estudo deste trabalho (MOROZ

KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (continua)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

Mudanccedila no estilo de vida dos pacientes idosos Eliminaccedilatildeo do uso do sal Controle do peso Controle da ansiedade Praacutetica diaacuteria de atividades fiacutesicas Uso adequado dos medicamentos Abstinecircncia ao fumo e ao aacutelcool

Mal de Parkinson

Programa de exerciacutecios diaacuterios para aumentar a forccedila muscular o que iraacute melhorar a coordenaccedilatildeo e a destreza reduzindo a rigidez muscular Encorajar ensinar e incentivar o cliente durante os exerciacutecios da vida diaacuteria para promover o autocuidado Encorajar o paciente a seguir um padratildeo de horaacuterio regular aumentando a consciecircncia para a ingestatildeo de liacutequidos e a ingestatildeo de alimentos com um conteuacutedo de fibra moderado Monitorar o peso semanalmente indicando se a absorccedilatildeo caloacuterica eacute adequada Desenvolver meacutetodo de comunicaccedilatildeo para satisfazer as necessidades do paciente encorajar o paciente a participar de programas sociais para evitar a depressatildeo

62

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (conclusatildeo)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Alzheimer Orientar a higiene corporal e higiene oral Medidas de prevenccedilatildeo de lesatildeo por pressatildeo Mudanccedila de decuacutebito Administraccedilatildeo de medicaccedilatildeo ansioliacutetica conforme prescriccedilatildeo meacutedica Proporcionar alimentaccedilatildeo saudaacutevel (frutas e legumes) em poucas quantidades vaacuterias vezes ao dia Ajudar no autocuidado Incentivar o autocuidado a comunicaccedilatildeo verbal a cogniccedilatildeo e a memoacuteria atraveacutes de jogos leituras e atividades luacutedicas Auxiliar a famiacutelia no entendimento e no enfrentamento da patologia

Diabetes Mellitus

Fornecer informaccedilotildees ao paciente Desenvolver um plano de ensino para o paciente Avaliar as estrateacutegias de enfrentamento para o paciente e tranquiliza-lo Determinar os meacutetodos de ensino para o paciente Avaliar as habilidades e comportamentos de autocuidado dos pacientes Monitorar pacientes experientes ateacute que eles natildeo cometam erros no autocuidado Instruir pacientes e familiares a reconhecer os sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia

Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

Orientar ao paciente da necessidade do uso adequado do medicamento dos horaacuterios da quantidade e das vias de administraccedilatildeo Orientar os idosos e familiares quanto aos resultados da medicaccedilatildeo Manter o registro da frequecircncia da incontinecircncia urinaacuteria registrar mudanccedilas da pressatildeo arterial do estado mental e das habilidades funcionais Realizar as medidas terapecircuticas Realiza treinamento da bexiga

Osteoporose

Deixar o paciente e o membro afetado em repouso Imobilizar o local da fratura para evitar movimentos Repousar o paciente em uma cama ortopeacutedica Deixar o local da fratura em posiccedilatildeo elevada Aplicar as medicaccedilotildees que foram receitadas Documentar todos os relatos de dores deixando claro onde ocorre e as caracteriacutesticas Incentivar o paciente a discutir os problemas relacionados agrave lesatildeo Medicar antes das atividades de cuidado Revisar a patologia fazendo prognoacutesticos e expectativas futuras Discutir o regime medicamentoso individual de forma apropriada Encorajar exerciacutecios brandos Monitorar a ingestatildeo de alimentos Auxiliar lentamente a pessoa a sentar Aumentar a motilidade dos membros Reduzir ou eliminar os fatores que aumentam a experiecircncia dolorosa

Fonte Florecircncio e outros (2012) Mattos e outros (2011 p 443) Menezes e outros (2013 p04) Tosin e outros (2016) Santos e outros (2017) (Adaptado pela autora)

Agir de acordo com as prescriccedilotildees de enfermagem que aqui foram desenvolvidas

proporciona ao sujeito idoso uma melhoria em sua qualidade de vida e dessa forma

consegue viver a terceira idade com plena satisfaccedilatildeo e alegria sem perder de vista a

extrema necessidade de cuidados constantes que a condiccedilatildeo de sujeito idoso lhe

obriga (LIRA et al 2013)

Conclui-se do que foi apresentado no quadro 10 que o profissional de enfermagem

deteacutem uma importante funccedilatildeo em sua aacuterea de atuaccedilatildeo e que precisa estar sempre

estudando se atualizando das novidades meacutedicas para poder oferecer um bom

cuidado ao seu cliente idoso seja no ambiente hospitalar seja no ambiente de abrigo

de idosos ou no proacuteprio lar do idoso (FAEDA PERROCA 2017)

Diante de todo o estudo realizado acerca do sujeito idoso e da relaccedilatildeo do profissional

de enfermagem com o seu paciente idoso conseguimos ter alguns resultados

63

satisfatoacuterios que a seguir seratildeo apresentados sem a necessidade de estarem em

ordem de prioridade ou seja todos satildeo importantes

64

65

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Envelhecer eacute um verbo que a todos afeta independentemente de sexo raccedila cor etc

Haacute no entanto duas formas de se envelhecer com sauacutede e sem sauacutede Mesmo

diante dessas duas formas de envelhecimento envelhecer com qualidade eacute precioso

para o indiviacuteduo pois dessa forma consegue se aceitar como velho consegue

suportar as doenccedilas que satildeo proacuteprias da terceira idade Consegue ver vantagem em

ser velho

Para se envelhecer com qualidade necessaacuterio eacute que o sujeito tenha uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel que se abstenha de viacutecios que satildeo danosos ao organismo que consiga ter

equiliacutebrio em sua vida pessoal psicoloacutegica iacutentima e em tantos outros campos ou seja

que tenha harmonia em tudo O apoio familiar torna-se primoroso nessa etapa da vida

Ter ao lado quando se estaacute fragilizado devido a velhice pessoas que ama que confia

e por quem eacute amado eacute uma forma de envelhecer com bastante qualidade

O profissional de enfermagem tem um papel fundamental junto a pessoas idosas pois

em muitos casos torna-se seu cuidador principal quando a famiacutelia natildeo pode cuidar

de seu idoso por motivos diversos ou quando o idoso se encontra sozinho sem

famiacutelia e sem amigos Por isso importante ter preparo com pessoas idosas entender

bem o processo de envelhecimento estar sempre atualizado diante das doenccedilas que

atingem os sujeitos idosos

Eacute um trabalho que demanda muito amor por parte do profissional e que por isso natildeo

basta apenas o entender racional de todos os procedimentos precisa ter sentimentos

proacutesperos de ajuda ao proacuteximo e seguir os princiacutepios norteadores de Wanda de

Aguiar Horta para quem a enfermagem foi o maior bem de sua vida pois cuidava de

seus pacientes como se fossem seus filhos

Considerando a taxa de envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira vale destacar

tambeacutem a abertura de mercado gerontoloacutegico para o profissional de enfermagem

Percebemos que com a taxa de envelhecimento da sociedade brasileira acelerada

a demanda por profissionais de enfermagem iraacute aumentar consideravelmente tendo

em vista a necessidade desse profissional para a praacutetica do cuidado com o sujeito

idoso

66

Discussotildees mais aprofundadas em torno do sujeito idoso precisam ser realizadas nas

academias com o intuito de formar profissionais competentes e com entendimento

desse setor pois conforme foi falado eacute um capo em franco crescimento devido ao

envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira Quanto mais capacitado for o profissional

melhor colocaccedilatildeo obteraacute no mercado de trabalho e melhores cuidados conseguiraacute

dispor em favor do paciente idoso

67

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ACIOLE Giovanni Gurgel BATISTA Lucia Helena Promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de incapacidades funcionais dos idosos na estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia a contribuiccedilatildeo da fisioterapia Sauacutede debate Rio de Janeiro v 37 n 96 p 10-19 mar 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-11042013000100003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON O que eacute Parkinson Disponiacutevel em lt

httpwwwparkinsonorgbrgt Acesso em 04 de junho de 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER O que eacute o Alzheimer Disponiacutevel em lt httpwwwabrazorgbrindexphppage=alzheimergt Acesso em 04 de junho de 2018 BAPTISTA Rafael Reimann VAZ Marco Aureacutelio Arquitetura muscular e o envelhecimento adaptaccedilatildeo funcional e aspectos cliacutenicos revisatildeo de literatura Fisioterapia e Pesquisa Satildeo Paulo v16 n4 p368-73 outdez 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdffpv16n415pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 BRASIL Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Osteoporose Boletim Sauacutede e Economia Ano I ndash Ediccedilatildeo nordm 1 agosto de 2009 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt

httpportalanvisagovbrdocuments33884412285Boletim+SaC3BAde+e+Economia+nC2BA+17d49dea4-6610-4a71-9154-c4df75c3dd53gt Acesso em 25 de maio de 2018 BRASIL Cacircmara dos Deputados Estatuto do Idoso Ministeacuterio da Sauacutede - 3 ed 2 reimpr - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2013 70 p ______ Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos Guia de Vigilacircncia em Sauacutede volume uacutenico [recurso eletrocircnico] Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos 2ordf Ed Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2017 705 p Disponiacutevel em lthttpportalarquivos2saudegovbrimagesPDF2017outubro16Volume-Unico-2017pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 ______ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica A Siacutentese dos Indicadores Sociais Uma Anaacutelise das Condiccedilotildees de Vida da Populaccedilatildeo Brasileira - 2016 Disponiacutevel em lthttpswwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimossinteseindicsociais2016defaultshtmgt Acesso em 06 de abril de 2018 ______ Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo nordm 358 do Conselho Federal de Enfermagem 15 de outubro de 2009 (BR) 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384htmlgt Acesso em 27 de abril de 2018

68

BUSNELLO Roberta et al Niacutevel de conhecimento de idosos sobre diabetes mellitus e sua percepccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave qualidade de vida Rev Kairoacutes Gerontologia 201215(3)81-94 Disponiacutevel em lthttpsrevistaspucspbrindexphpkairosarticleviewFile784011432gt Acesso em 23 de abril de 2018 CAMARGOS Mirela Castro Santos BOMFIM Wanderson Costa Osteoporose e Expectativa de Vida Saudaacutevel estimativas para o Brasil em 2008 Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 25 n 1 p 106-112 mar 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2017000100106amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de maio de 2018 CLARES Jorge Wilker Bezerra FREITAS Maria Ceacutelia de PAULINO Monnyck Hellen Couto Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem ao idoso institucionalizado fundamentada em Virginia Henderson Rev Rene (Online) 14(3) 649-658 maio ndash junho de 2013 Disponiacutevel em lt httppesquisabvsaludorgenfermagemresourceptbde-24492gt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 CORDEIRO Juliana et al Efeitos da atividade fiacutesica na memoacuteria declarativa capacidade funcional e qualidade de vida em idosos Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 3 p 541-552 Sept 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000300541amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA [recurso eletrocircnico] definiccedilotildees e classificaccedilatildeo 2012-2014 [NANDA International] traduccedilatildeo Regina Machado Garcez revisatildeo teacutecnica Alba Lucia Bottura Leite de Barros [et al] ndash Dados eletrocircnicos ndash Porto Alegre Artmed 2013 Centro Avanccedilado de Medicina Preventiva ENVELHECIMENTO - Sob o ponto de vista esteacutetico e meacutedico 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwcamepcombrenvelhecimentogt Acesso em 23 maio 2018 ENFERMEIRO aprendiz As Orientaccedilotildees de Enfermagem em Osteoporose 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwenfermeiroaprendizcombras-orientacoes-de-enfermagem-em-osteoporosegt Acesso em 25 maio 2018 ESQUENAZI Danuza SILVA R Boiccedila da GUIMARAtildeES Marco Antocircnio (2014) Aspectos fisiopatoloacutegicos do envelhecimento humano e quedas em idosos Rev Hosp Univ Pedro Ernesto 13(2)11-20 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg1012957rhupe201410124gt Acesso em 04 de junho de 2018 FAEDA Mariacutelia Silveira PERROCA Maacutercia Galan Conformidade na prescriccedilatildeo de enfermagem agraves necessidades de cuidados concepccedilatildeo de enfermeiros Rev Bras Enferm Brasiacutelia v 70 n 2 p 400-406 Apr 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672017000200400amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 May 2018

69

FILHO Mario Alves de Siqueira Envelhecimento e muacutesculo esqueleacutetico forccedila muscular atividade proteassomal e sinalizaccedilatildeo relacionada ao balanccedilo proteacuteico 2012 68 p Tese apresentada ao programa de poacutes-graduaccedilatildeo em fisiologia humana (Doutor em ciecircncias) - Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis4242137tde-12062013-102648enphpgt Acesso em 10 abr 2018 FONSECA Emiacutelio Prado da et al Mortalidade por cacircncer bucal e orofaringe no Brasil entre 2002 e 2011 Revista da Faculdade de Ciecircncias Gerenciais de Manhuaccedilu Manhuaccedilu MG v 11 n 2 p 08-17 Agosto-Dezembro 2014 Disponiacutevel em lthttppensaracademicofacigedubrindexphppensaracademicoarticleview216gt Acesso em 04 de junho de 2018 FLOREcircNCIO Raquel Sampaio et al Adesatildeo ao idoso ao tratamento para hipertensatildeo arterial e intervenccedilotildees de enfermagem Rev Rene 2012 13(2) 343-53 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicosufcbrrenearticleviewFile39243114gt Acesso em 22 de abril de 2018 GARCIA Telma Ribeiro Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem aspecto substantivo da praacutetica profissional Esc Anna Nery Rio de Janeiro 2016 20(1) 5-10 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeanv20n11414-8145-ean-20-01-0005pdfgt Acesso em 27 de abril de 2018 GUERRA Ana Carolina Lima Cavaletti CALDAS Ceacutelia Pereira Dificuldades e recompensas no processo de envelhecimento a percepccedilatildeo do sujeito idoso Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2931-2940 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600031amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 GONCALVES Lucia Hisako Takase ALVAREZ Angela Maria ARRUDA Micheli Coral Pacientes portadores da doenccedila de Parkinson significado de suas vivecircncias Acta paul enferm Satildeo Paulo v 20 n 1 p 62-68 Marccedilo 2007 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002007000100011amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 GONCALVES Endy-Ara Gouvea CARMO Joatildeo dos Santos Diagnoacutestico da doenccedila de Alzheimer na populaccedilatildeo brasileira um levantamento bibliograacutefico Rev Psicol Sauacutede Campo Grande v 4 n 2 p 170-176 dez 2012 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S2177-093X2012000200010amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 JARDIM Luciana Muniz Sanches Siqueira Veiga et al Tratamento Multiprofissional da Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica em Pacientes Muito Idosos Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 108 n 1 p 53-59 Jan 2017 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0066-782X2017000100053amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 JUSTO Joseacute Sterza ROZENDO Adriano da Silva A velhice no Estatuto do Idoso Estud pesqui psicol Rio de Janeiro v 10 n 2 p 471-489 ago 2010

70

Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1808-42812010000200012amplng=ptampnrm=isogt acessos em 22 abr 2018 KOKUDAI Laiacutes Aparecida ALVARENGA Maacutercia Regina Martins Classificaccedilatildeo das necessidades de sauacutede de idosos de acordo com a taxonomia NANDA 2010 Rev Anais do Eniac 6 p Disponiacutevel em lthttpsanaisonlineuemsbrindexphpenicarticleview13241337gt Acesso em 30 de abril de 2018 KUWAE Christiane Ayumi et al Concepccedilotildees de alimentaccedilatildeo saudaacutevel entre idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ normas nutricionais normas do corpo e normas do cotidiano Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 18 n 3 p 621-630 Sept 2015 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232015000300621amplng=enampnrm=isogt Acesso em 20 de maio de 2018 LEAO E SILVA Leonardo Oliveira et al Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica Representaccedilotildees Sociais de idosos sobre a doenccedila e seu tratamento Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 21 n 2 p 121-128 June 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2013000200004amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 de maio de 2018 LIMA Deborah Mendonccedila et al A hipovitaminose B12 eacute fator de risco para desenvolvimento de osteoporose Anais do Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - 1 ed - Satildeo Paulo AC Farmacecircutica 2014 Disponiacutevel em lthttpssbggorgbrwp-contentuploads2014101479477498_Anais_CBGG_-_Verso_finalpdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 LIRA Luana Nogueira et al Histoacuterico de enfermagem para idosos hospitalizados base para diagnoacutesticos e prescriccedilotildees Rev enferm UFPE on line Recife 7(8) 5198-206 ago 2013 Disponiacutevel em lthttpsperiodicosufpebrrevistasrevistaenfermagemarticleviewFile1179314165gt Acesso em 22 de maio de 2018 MANCINI Marisa Cotta SAMPAIO Rosana Ferreira Quando o objeto de estudo eacute a literatura estudos de revisatildeo Rev bras fisioter Satildeo Carlos v 10 n 4 Dec 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-35552006000400001amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 MARQUES Luiz Paulo Joseacute MOREIRA Rosa Maria Portella SANTOS Omar da Rosa Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio nos idosos Satildeo Paulo Editora Sarvier 2010 p 150 ndash 154 Disponiacutevel em lthttpswwwresearchgatenetpublication283487098_INFECCAO_DO_TRATO_URINARIO_NOS_IDOSOSgt Acesso em 30 de abril de 2018 MATTOS Carine Magalhatildees Zanchi de et al Processo de enfermagem aplicado a idosos com alzheimer que participam do projeto estrateacutegias de reabilitaccedilatildeo Estud Interdiscipl Envelhec Porto Alegre v16 ediccedilatildeo especial p 433-447 2011 Disponiacutevel em

71

lthttpseerufrgsbrindexphpRevEnvelhecerarticleview1792116307gt Acesso em 22 de maio de 2018 MACIEL Marcos Gonccedilalves Atividade fiacutesica e funcionalidade do idoso Motriz rev educ fis (Online) Rio Claro v 16 n 4 p 1024-1032 Dec 2010 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1980-65742010000400023amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de junho de 2018 MENEZES Luiza Tereza Gadelha de et al ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA In Congresso Nacional de Envelhecimento Humano 2016 Natal - RN ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA [Sl sn] 2016 p 1-6 Disponiacutevel em lthttpwwweditorarealizecombrrevistascnehtrabalhosTRABALHO_EV054_MD4_SA4_ID558_17082016145144pdfgt Acesso em 22 maio 2018 MORAIS Olga Nazareacute Pantoja de Grupos de idosos atuaccedilatildeo da psicogerontologia no enfoque preventivo Psicol cienc prof Brasiacutelia v 29 n 4 p 846-855 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-98932009000400014amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 06 abr 2018 MOTA Leandro Silva SOUSA Elton Geraldo de AZEVEDO Francisco Honeidy Carvalho Intercorrecircncias da osteoporose na qualidade de vida dos idosos Revista Interdisciplinar NOVAFAPI Teresina v5 n2 p44-49 Abr-Mai-Jun 2012 Disponiacutevel em lthttpsrevistainterdisciplinaruninovafapiedubrrevistainterdisciplinarv5n2revrev1v5n2pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 MOROZ Maisa Bastos KLUTHCOVSKY Ana Claudia Garabeli Cavalli SCHAFRANSKI Marcelo Derbli Controle de pressatildeo arterial em idosas hipertensas em uma Unidade de Sauacutede da Famiacutelia e fatores associados Cad Sauacutede Colet 2016 Rio de Janeiro 24 (1) 111-117 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcadscv24n11414-462X-cadsc-24-1-111pdfgt Acesso em 23 de abril de 2018 PEREIRA Erico Felden TEIXEIRA Clarissa Stefani ETCHEPARE Luciane Sanchotene O envelhecimento e o sistema muacutesculo esqueleacutetico Revista Digital n 101 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwefdeportescomefd101envelhhtmgt Acesso em 04 de junho de 2018 PETERNELLA Fabiana Magalhatildees Navarro MARCON Sonia Silva Descobrindo a Doenccedila de Parkinson impacto para o parkinsoniano e seu familiar Rev bras enferm Brasiacutelia v 62 n 1 p 25-31 Feb 2009 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672009000100004amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 REIS Luciana Arauacutejo dos TRAD Leny Alves Bonfim Suporte familiar ao idoso com comprometimento da funcionalidade a perspectiva da famiacutelia Psicol teor prat Satildeo Paulo v 17 n 3 p 28-41 dez 2015 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1516-

72

36872015000300003amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 RIBEIRO Aline Lima VEIGA Caroline Lagrotta da Associaccedilatildeo entre a capacidade cognitiva e a ocorrecircncia de quedas em idosos de juiz de fora Minas Gerais Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Federal de Juiz de Fora 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwufjfbrfacfisiofiles201307TCC-Aline-Carolinepdfgt Acesso em 10 de abril de 2008 RORIZ-FILHO Jarbas et al Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio Medicina (Ribeiratildeo Preto) 201043(2) 118-25 Disponiacutevel emlthttpwwwrevistasuspbrrmrparticleview166167gt Acesso em 04 de junho de 2018 RUIVO Susana et al Efeito do envelhecimento cronoloacutegico na funccedilatildeo pulmonar Comparaccedilatildeo da funccedilatildeo respiratoacuteria entre adultos e idosos saudaacuteveis Rev Port Pneumol Lisboa v 15 n 4 p 629-653 ago 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielomecptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0873-21592009000400005amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 07 abril de 2018 SANTOS Beatriz Aparecida dos et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem (SAE) no atendimento domiciliar ao paciente portador de osteoporose Revista Sauacutede em Foco ndashEdiccedilatildeo nordm 9 ndash Ano 2017 Disponiacutevel em lthttpunifiaedubrrevista_eletronicarevistassaude_focoartigosano2017072_sistematizacao_ass_enfermagem_saepdf gt Acesso em 25 de maio de 2018 SANCHES Ana Paula R Amadio LEBRAO Maria Luacutecia DUARTE Yeda Aparecida de Oliveira Violecircncia contra idosos uma questatildeo nova Saude soc Satildeo Paulo v 17 n 3 p 90-100 Sept 2008 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-12902008000300010amplng=enampnrm=isogt access on 22 Apr 2018 SENA Edite Lago da Silva et al Tecnologia cuidativa de ajuda muacutetua grupal para pessoas com Parkinson e suas famiacutelias Texto contexto - enferm Florianoacutepolis v 19 n 1 p 93-103 mar 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000100011amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 SERENIKI Adriana VITAL Maria Aparecida Barbato Frazatildeo A doenccedila de Alzheimer aspectos fisiopatoloacutegicos e farmacoloacutegicos Rev psiquiatr Rio Gd Sul Porto Alegre v 30 n 1 supl 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0101-81082008000200002amplng=enampnrm=isogt Acesso em 23 de abril de 2018 SILVA Bruna Rodrigues da FINOCCHIO Ana Luacutecia A velhice como marca da atualidade uma visatildeo psicanaliacutetica Viacutenculo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 23-30 dez 2011 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-24902011000200004amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018

73

SILVA Elisama Gomes Correia et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacutetica Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 45 n 6 p 1380-1386 Dec 2011 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000600015amplng=enampnrm=isogt access on 22 May 2018 SOUZA Rosangela Ferreira de SKUBS Thais BRETAS Ana Cristina Passarella Envelhecimento e famiacutelia uma nova perspectiva para o cuidado de enfermagem Rev bras enferm Brasiacutelia v 60 n 3 p 263-267 June 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672007000300003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de maio de 2018 SOUZA Emannuely Silva de ALVES Thalita Isapaula Feacutelix PASSOS Ana Beatriz Barbosa Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem a um Idoso com Parkinson em uma Instituiccedilatildeo de Apoio do Municiacutepio de Ipatinga Revista Enfermagem Integrada ndash Ipatinga Unileste-MG - V3 - N2 - NovDez 2010 Disponiacutevel em lt httpswwwunilestemgbrenfermagemintegradaartigoV3_209-sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem-a-um-idoso-com-parkinsonpdf gt Acesso em 02 de maio de 2018 TAGLIARINI Mariana Hidroginaacutestica na terceira Idade Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndashUNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2008 Lins 2008 62p il 31cm Disponiacutevel em lthttpwwwunisalesianoedubrbibliotecamonografias46264pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 TAYLOR Carol et al Fundamentos de enfermagem a arte e a ciecircncia do cuidado de enfermagem 7 ed Porto Alegre Artmed 2014 1768 p TEIXEIRA Ilka Niceacuteia DAquino Oliveira GUARIENTO Maria Elena Biologia do envelhecimento teorias mecanismos e perspectivas Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2845-2857 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600022amplng=enampnrm=isogt Acessado em 06 de abril de 2018 TOSIN Michelle Hyczy de Siqueira et al Intervenccedilotildees de Enfermagem para a reabilitaccedilatildeo na doenccedila de Parkinson mapeamento cruzado de termos Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 24 e2728 2016 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692016000100360amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 VARGAS Liane da Silva de LARA Marcus Viniacutecius Soares de MELLO-CARPES Pacircmela Billig Influecircncia da diabetes e a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico e atividades cognitivas e recreativas sobre a funccedilatildeo cognitiva e emotividade em grupos de terceira idade Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 4 p 867-878 dez 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000400867amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 23 abr 2018

74

VERAS Renato Peixoto Prevenccedilatildeo de doenccedilas em idosos os equiacutevocos dos atuais modelos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28 n 10 p 1834-1840 Oct 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-311X2012001000003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 VETTORE Marcelo Vianna et al Avaliaccedilatildeo do manejo da infecccedilatildeo urinaacuteria no preacute-natal em gestantes do Sistema Uacutenico de Sauacutede no municiacutepio do Rio de Janeiro Rev bras epidemiol Satildeo Paulo v 16 n 2 p 338-351 jun 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-790X2013000200338amplng=ptampnrm=isogt acessos em 30 abr 2018

Page 6: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca

Que os vossos esforccedilos desafiem as impossibilidades lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossiacutevel

Charles Chaplin

RESUMO

O envelhecimento eacute uma condiccedilatildeo natural a que todos os seres vivos seratildeo

submetidos caso natildeo venham a oacutebito No ser humano essa condiccedilatildeo eacute mais

alarmante tendo em vista toda uma vida de independecircncia e posteriormente ter a

necessidade de depender de algueacutem caso natildeo envelheccedila com qualidade de vida

Estima-se que em 2050 a populaccedilatildeo brasileira teraacute em torno de 30 de idosos ou

seja a populaccedilatildeo brasileira estaacute envelhecendo bastante Este trabalho justifica-se

devido agrave enorme quantidade de sujeitos idosos que surgiratildeo devido ao aumento na

expectativa de vida e devido aos profissionais de enfermagem de um modo geral

natildeo estarem capacitados para atuarem junto agrave essa populaccedilatildeo Como objetivos esse

trabalho visa falar sobre o envelhecimento sobre os processos de envelhecimento

sobre doenccedilas inerentes agrave terceira idade sobre a assistecircncia do profissional de

enfermagem sobre a promoccedilatildeo da sauacutede ao sujeito idoso etc Para conseguir atingir

os objetivos apresentados foi usado como metodologia a revisatildeo de literatura sendo

essa um tipo de pesquisa Para tanto foi realizado levantamentos a partir das

seguintes bases Scielo livros e manuais do Ministeacuterio da Sauacutede revistas de sauacutede

etc Os criteacuterios de inclusatildeo foram artigos em liacutengua portuguesa textos completos e

a partir de 2007 O resultado da pesquisa bibliograacutefica mostrou que existe um enorme

campo de atuaccedilatildeo para o profissional de enfermagem quando se fala a respeito do

sujeito idoso devido a isso o profissional de enfermagem precisa estar bastante

capacitado para trabalhar com tal populaccedilatildeo

Palavras-chaves Idoso Envelhecimento Assistecircncia de Enfermagem

ABSTRACT

Aging is a natural condition to which all living beings will be subjected if they do not

die In the human being this condition is more alarming having in view a whole life of

independence and later having the need to depend on someone if it does not age

with quality of life It is estimated that in 2050 the Brazilian population will have around

30 of the elderly that is the Brazilian population is aging a lot This work is justified

due to the enormous amount of elderly subjects that will arise due to the increase in

life expectancy and due to the nursing professionals in general they are not able to

work with this population The objective of this study is to talk about aging aging

processes diseases inherent in the elderly nursing care health promotion to the

elderly etc In order to achieve the presented objectives the literature review was used

as methodology being this one type of research For that purpose surveys were

conducted based on the following bases Scielo books and manuals of the Ministry of

Health health magazines etc The inclusion criteria were articles in Portuguese

language full texts and as of 2007 The results of the bibliographic research showed

that there is a huge field of action for the nursing professional when talking about the

elderly subject because of this the nursing professional must be able to work with such

a population

Keywords Elderly Aging Nursing Assistance

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo28

Figura 2 - Processo de envelhecimento33

Figura 3 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento37

Figura 4 - Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal43

Figura 5 - Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson44

Figura 6 - Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer46

Figura 7 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose49

Figura 8 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril50

Figura 9 - Processo de Enfermagem55

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade27

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens28

Quadro 2 - Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso29

Quadro 3 - Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento34

Quadro 4 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento36

Quadro 5 - Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos40

Quadro 6 - Alimentos recomendados para idosos41

Quadro 7 - Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso49

Quadro 8 - Etapas do processo de enfermagem54

Quadro 9 - Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem56

Quadro 10 - Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE)59

LISTA DE SIGLAS

COFEN ndash Conselho Federal de Enfermagem

OMS ndash Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede

SAE ndash Sistema de Assistecircncia de Enfermagem

SCIELO ndash Scientific Electronic Library Online

BVS - Biblioteca Virtual em Sauacutede

DeCS - Descritores em Ciecircncia da Sauacutede

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

SNC - Sistema Nervoso Central

SUS - Sistema Puacuteblico de Sauacutede

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

AVC - Acidente Vascular Cerebral

ITU - Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

CE - Comitecirc de Eacutetica

PE - Processo de Enfermagem

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO25

11 OBJETIVOS26

111 Objetivo geral26

112 Objetivos especiacuteficos26

12 JUSTIFICATIVA26

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO27

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO

IDOSA NO BRASIL27

22 ESTATUTO DO IDOSO29

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO30

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO

ENVELHECIMENTO31

241 Mecanismos do envelhecimento32

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio35

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco35

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico36

2414 Envelhecimento do sistema nervoso38

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO38

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso39

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso40

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE42

261 Mal de Parkinson42

262 Doenccedila de Alzheimer45

263 Diabetes Mellitus46

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica47

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio48

266 Osteoporose49

3 METODOLOGIA53

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO55

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO55

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) 55

412 Processo de Enfermagem56

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos57

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS65

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS67

25

1 INTRODUCcedilAtildeO

O aumento da populaccedilatildeo idosa tem preocupado todas as autoridades devido ao

aumento do gasto previdenciaacuterio o que se torna um problema de enormes

proporccedilotildees tendo em vista o fato de o governo ter que disponibilizar a cada ano mais

verba para este segmento populacional que jaacute passa dos 15 milhotildees de brasileiros

Tais problemas colocados pela miacutedia amplifica o preconceito com o sujeito idoso e

com isso o medo de envelhecer fica latente a cada dia em que o sujeito chega agrave

terceira idade pois vislumbra-se um futuro sombrio no qual o preconceito conforme

falado seraacute enorme poliacuteticas de ajuda piacutefias verbas escassas e em muitos casos

falta de apoio familiar (GUERRA CALDAS 2010)

Um dos motivos que estatildeo proporcionando o aumento de idosos no Brasil eacute a melhoria

de diversos indicadores E como o aumento da populaccedilatildeo idosa acarreta seacuterios

problemas para a economia de um paiacutes torna-se importante desenvolver poliacuteticas que

podem auxiliar o idoso a envelhecer melhor com qualidade controlando as doenccedilas

caracteriacutesticas da terceira idade funcional e contribuindo com o Estado para que

este natildeo venha a entrar em colapso (VERAS 2012)

Estudos cientiacuteficos tecircm comprovado que exerciacutecios fiacutesicos combinados a uma boa

alimentaccedilatildeo e ateacute mesmo remeacutedios fitoteraacutepicos contribuem para uma melhoria

consideraacutevel para a sauacutede fiacutesica e mental dos idosos o que eacute algo bastante

interessante tendo em vista que a maioria dos acidentes com pessoas idosas ocorrem

quando o sujeito idoso sem forccedila muscular se machuca em pequenas atividades

dentro de casa ou quando sua sauacutede mental natildeo proporciona um envelhecimento

confortaacutevel ou quando as doenccedilas crocircnicas caracteriacutesticas da terceira idade se

apresentam intensamente (ACIOLE BATISTA 2013)

Nos dias atuais um carimbo que existe sobre o sujeito idoso eacute o descaso com ele

satildeo colocados agrave margem da sociedade Muitos natildeo possuem mais aptidatildeo para

trabalhos e muitos apresentam problemas de sauacutede que demandam um cuidado

especial muita atenccedilatildeo e com a ldquovida corridardquo quem deveria cuidar do idoso acaba

negligenciando sua funccedilatildeo e por isso vaacuterios idosos acabam indo para instituiccedilotildees de

asilo que muitas vezes natildeo oferecem condiccedilotildees miacutenimas de cuidados (SILVA

FINOCCHIO 2011)

Por outro lado instituiccedilotildees seacuterias de abrigo de idosos possuem profissionais de

26

diversas aacutereas do saber que atuam em conjunto para um cuidado eficaz do sujeito

idoso Dentre esses profissionais que auxiliam no cuidado do idoso uma figura que

se destaca eacute o enfermeiro que desenvolve ldquosuas atividades com os idosos por meio

de um processo de cuidar que contempla os aspectos biopsicossociais e espirituais

vivenciados durante a institucionalizaccedilatildeordquo quando utiliza a Sistematizaccedilatildeo de

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) por intermeacutedio do Processo de Enfermagem (PE)

permitindo ldquouma avaliaccedilatildeo integral do idoso identificando necessidades e padrotildees de

resposta aos problemas de sauacutede para a determinaccedilatildeo de soluccedilotildees apropriadas no

atendimento dessas necessidadesrdquo (CLARES FREITAS PAULINO 2013 p 02)

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

bull Analisar a partir de uma revisatildeo de literatura a Assistecircncia de Enfermagem ao

sujeito idoso

112 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever o processo de envelhecimento

bull Listar as principais doenccedilas que acometem a populaccedilatildeo idosa

bull Identificar as principais estrateacutegias de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem (SAE) para a populaccedilatildeo idosa

12 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista o aumento do nuacutemero de sujeitos idosos no Brasil devido ao aumento

da expectativa de vida e por ser esta autora jaacute atuante como enfermeira na

assistecircncia agraves pessoas idosas natural foi a escolha pelo tema aqui desenvolvido

27

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO IDOSA

NO BRASIL

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) oacutergatildeo do governo responsaacutevel

por coletar informaccedilotildees a respeito da sociedade brasileira para um melhor

entendimento da realidade lanccedilou em 2016 um livro com uma siacutentese de indicadores

sociais e uma anaacutelise das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo brasileira Tal livro

permeado de dados estatiacutesticos foi utilizado para levantar as estatiacutesticas a respeito

da populaccedilatildeo idosa do Brasil e assim seraacute aqui referenciado

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

A evoluccedilatildeo da composiccedilatildeo populacional por grupos de idade aponta para a tendecircncia de envelhecimento demograacutefico que corresponde ao aumento da participaccedilatildeo percentual dos idosos na populaccedilatildeo e a consequente diminuiccedilatildeo dos demais grupos etaacuterios (BRASIL 2016 p 13)

A constataccedilatildeo de que a sociedade brasileira estaacute envelhecendo pode ser confirmada

na Tabela 01 que reforccedila o que jaacute foi citado anteriormente

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade

IDADE (anos) 2005 () 2015 ()

0 ndash 14 265 210 15 - 29 274 236 30 - 59 362 410

Acima de 60 98 143

Fonte Brasil (2016 p 13)

Ainda sobre a Tabela 01 observa-se a evoluccedilatildeo da populaccedilatildeo brasileira entre os anos

de 2005 a 2015 Observa-se pela tabela que a populaccedilatildeo idosa saiu dos 98 em

2005 para 143 em 2015 ou seja em uma deacutecada a populaccedilatildeo idosa cresceu cerca

de 46 Eacute um crescimento enorme Com essa dinacircmica populacional a expectativa

eacute que em 2050 a populaccedilatildeo idosa no Brasil fique ligeiramente abaixo dos 30

conforme eacute ilustrado na Figura 01 Ela tambeacutem apresenta a projeccedilatildeo da evoluccedilatildeo de

pessoas com mais de 60 anos no restante do mundo (BRASIL 2016)

28

Figura 01 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo

Fonte Brasil (2016) (Adaptado pela autora)

O sujeito idoso apresenta diversas dificuldades no seu dia-a-dia e torna-se um desafio

enorme para a sociedade brasileira como um todo em vista da preocupaccedilatildeo que se

deve ter com o sujeito idoso No Quadro 01 algumas caracteriacutesticas pertinentes aos

idosos (BRASIL 2016)

Quadro 01 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens CARACTERIacuteSTICAS QUANTIDADE

Alguma dificuldade permanente para caminhar 330 ()

Vivem em domiciacutelios em aacutereas sem arborizaccedilatildeo 275 ()

Entidade de assistecircncia social privada sem fins lucrativos 8283

Jaacute se sentiram discriminados no serviccedilo sauacutede 84 ()

Niacutevel de ocupaccedilatildeo dos idosos 263 ()

Proporccedilatildeo de idosos ocupados que recebem aposentadoria 538 ()

Ensino fundamental incompleto 655 ()

Sem plano meacutedico ou odontoloacutegico 680 ()

Sintomas de depressatildeo 93 ()

Fonte Brasil (2016)

O Quadro 01 apresenta diversas informaccedilotildees a respeito do sujeito idoso A que mais

chama atenccedilatildeo eacute a quantidade de idosos sem plano de sauacutede ou odontoloacutegico algo

em torno de 68 pois como eacute sabido a sauacutede puacuteblica no Brasil eacute precaacuteria e com

isso o idoso que acaba por depender do sistema puacuteblico natildeo tem um atendimento

eficaz o que pode agravar suas condiccedilotildees fiacutesicas e de sauacutede (BRASIL 2016)

29

22 ESTATUTO DO IDOSO

O estatuto do idoso eacute o nome popular dado a Lei nordm 10741 de 1ordm de outubro de 2003

que veio para regular os direitos das pessoas com mais de sessenta anos assim

consideradas idosas (BRASIL 2013)

O referido documento agrupou leis que jaacute existiam organizando-as em blocos Todos

os direitos a que o idoso tem mas que em diversas ocasiotildees satildeo deliberadamente

usurpados foram bem discutidos nesta lei Seu art 2ordm assim institui

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes agrave pessoa humana sem prejuiacutezo da proteccedilatildeo integral de que trata esta Lei assegurando-se-lhe por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades para preservaccedilatildeo de sua sauacutede fiacutesica e mental e seu aperfeiccediloamento moral intelectual espiritual e social em condiccedilotildees de liberdade e dignidade (BRASIL 2013 p 07)

O idoso possui sempre prioridades devido a uma seacuterie de fatores e acima de tudo

devido agrave sua fragilidade pela idade avanccedilada O estatuto do idoso determina quais

satildeo essas prioridades No Quadro 02 elas satildeo delineadas (BRASIL 2013)

Quadro 02 ndash Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso INCISO PRIORIDADES

I Ter atendimento prioritaacuterio e personalizado junto a oacutergatildeos que prestam serviccedilos de sauacutede agrave populaccedilatildeo

II Ter prioridades diante das poliacuteticas sociais elaboradas para a sauacutede puacuteblica

III Destinaccedilatildeo privilegiada de recursos puacuteblicos para os setores que possuem obrigaccedilotildees de proteccedilatildeo ao idoso

IV Desenvolvimento de poliacuteticas que torne possiacutevel o conviacutevio do idoso com pessoas de outras geraccedilotildees

V Ser cuidado por membros de sua famiacutelia sendo que a acolhida em abrigos de idosos seria em uma uacuteltima situaccedilatildeo

VI Capacitaccedilatildeo dos profissionais que cuidam de idosos para prestar um atendimento de qualidade de atualizado

VII No desenvolvimento de poliacuteticas que possibilitem a divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees educativas a respeito do idoso para o puacuteblico em geral

VIII Garantia de acessibilidade aos serviccedilos de sauacutede e de assistecircncia social do Estado

IX Primazia quando do recebimento da restituiccedilatildeo do Imposto de Renda

Fonte Brasil (2013) (Adaptado pela autora)

Como pode-se observar no Quadro 02 as prioridades a que o idoso tem direito satildeo

vaacuterias poreacutem o que se observa na praacutetica eacute que muitas delas satildeo ignoradas A cultura

de cada paiacutes diz se os seus velhos seratildeo beneficiados com o respeito ou se seratildeo

maltratados No Brasil impera a cultura de descaso com o sujeito da terceira idade e

muitas vezes vaacuterios deles sofrem verdadeiros maus tratos seja fiacutesica seja

psicologicamente (SANCHES LEBRAO 2008)

30

Referida norma nos dizeres de Justo e Rozendo (2010) apresenta natildeo apenas o

instrumento juriacutedico para preservar e garantir a dignidade do idoso mas ldquo[] mas

tambeacutem como uma produccedilatildeo simboacutelica e conceitual que mediante um conjunto de

signos representaccedilotildees imagens e saberes configura o idoso na cultura []rdquo (JUSTO

ROZENDO 2010 p 472)

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO

O ser humano eacute um animal social e por isso desde haacute muito tempo de eacutepocas

remotas eles se organizam dando alguma ideia de famiacutelia conforme entendemos

atualmente No entanto a ideia de famiacutelia muda agrave medida que a histoacuteria evolui e se

antes o sujeito idoso era considerado o ente mais importante de sua famiacutelia devido

aos conhecimentos que adquiriu ao longo de sua jornada nos dias atuais essa

premissa jaacute natildeo eacute tatildeo mais importante e devido a isso observa-se poucos idosos no

seio da famiacutelia com sua consequente diminuiccedilatildeo (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

Quando se pensa em famiacutelia como instituiccedilatildeo social o que precisa ser levado em

consideraccedilatildeo para uma anaacutelise mais ampla a respeito dessa instituiccedilatildeo social satildeo

ldquo[] aspectos como afetividade companheirismo solidariedade sentimentos e accedilotildees

que podem ser encontradas fora dos laccedilos consanguiacuteneosrdquo Ou seja natildeo se eacute famiacutelia

somente aqueles que possuem o mesmo sangue mas existem outros fatores que

demonstram ser um agrupamento de pessoas considerado famiacutelia ldquoEacute uma construccedilatildeo

social influenciada pela cultura e contexto histoacuterico em que foi concebida []rdquo

(SOUZA SKUBS BRETAS 2007 p 264)

A vida do ser humano eacute repleta de fases desde agrave infacircncia ateacute a velhice Em cada fase

existe todo um conjunto cultural que daacute suporte agravequela fase e por isso nas famiacutelias

atuais existe um certo conflito entre membros familiares de geraccedilotildees diferentes pois

convivem muitas vezes em uma mesma residecircncia crianccedilas adolescentes adultos

e velhos e por isso um maior cuidado para que tais diferenccedilas natildeo interfiram na

harmonia do lar (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

E com o sujeito idoso haacute de se ter uma atenccedilatildeo especial devido a todos os fatores

envolvidos em sua mudanccedila de idade e com a chegada da velhice Tais fatores satildeo

os sociais psicoloacutegicos materiais financeiros autonomia etc Dessa forma o idoso

tende a dar mais trabalho pois uma vez que fora independente e natildeo eacute mais uma

31

vez que fora forte e natildeo eacute mais apresenta uma paciecircncia bastante curta Assim os

familiares que em volta dele estatildeo precisam ter bastante amor e carinho para um

excelente cuidado pois eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia assim fazer conforme preceitua a

Constituiccedilatildeo Federal (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

O apoio da famiacutelia para o sujeito idoso eacute de suma importacircncia para que ele possa ter

uma velhice confortaacutevel e saudaacutevel Reis e Trad possuem palavras interessantes a

respeito Vejamos

O suporte familiar contribui de maneira significativa para a manutenccedilatildeo e a integridade fiacutesica e psicoloacutegica do indiviacuteduo Seu efeito eacute tido como beneacutefico no membro da famiacutelia que o recebe na medida em que o suporte eacute percebido como disponiacutevel e satisfatoacuterio [] Dessa forma eacute fundamental para o planejamento assistencial adequado ao idoso a compreensatildeo do contexto familiar o que implica o entendimento das questotildees que envolvem a formaccedilatildeo e a dinacircmica de funcionamento das famiacutelias em geral (REIS TRAD 2015 p 30)

No entanto abrigos repletos de sujeitos idosos demonstram que na grande maioria

dos casos os familiares preferem abandonar os seus velhos aos cuidados de

enfermeiros que nem conhecem se estatildeo capacitados para lidar com as

necessidades Mesmo com o advento do estatuto do idoso ele continua sofrendo

severos preconceitos (REIS TRAD 2015)

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO

No Brasil de hoje tem-se observado um crescimento substancial do nuacutemero de

sujeitos idosos (aqueles com mais de 60 anos de acordo com o estatuto do idoso) e

isso eacute algo bastante preocupante tendo em vista a infraestrutura precaacuteria do sistema

de sauacutede Apenas a tiacutetulo de entendimento de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatiacutestica (IBGE) a quantidade de sujeitos idosos em 2016 era em cerca

de 143 (BRASIL 2016)

Existem basicamente dois motivos pelos quais a quantidade de sujeitos idosos vem

aumentando no Brasil que satildeo a reduccedilatildeo da taxa de natalidade e a reduccedilatildeo da

mortalidade A tecnologia vem ajudando consideravelmente para que esses dois

fatores sejam os reais motivos pelo aumento da taxa de idosos (MORAIS 2009)

A afirmativa anterior eacute reforccedilada pelo IBGE conforme segue ldquoAs mudanccedilas na razatildeo

de dependecircncia estatildeo diretamente associadas agrave diminuiccedilatildeo da fecundidade e ao

32

aumento na longevidade da populaccedilatildeo especialmente na populaccedilatildeo idosardquo (BRASIL

2016 p 17)

Dessa forma o ato de envelhecer passa a ser visto como algo a que todos os

brasileiros passaratildeo um dia pois haacute um aumento na expectativa de vida e assim

entender o processo de envelhecimento e desenvolver mecanismos para um

envelhecimento saudaacutevel torna-se fundamental pois idosos saudaacuteveis significa

grosso modo menos problemas tanto para a famiacutelia quanto para o governo Mas esse

menos problema natildeo eacute dito de forma vulgar pejorativa mas sim de forma racional

pois com um idoso saudaacutevel em uma famiacutelia esta famiacutelia natildeo sofre com o sofrimento

dele (MORAIS 2009)

Os desafios que se apresentam com o aumento da populaccedilatildeo idosa no Brasil estatildeo

intimamente interligados com a integraccedilatildeo e o cuidado social com o sujeito idoso com

a sauacutede com a assistecircncia social com a previdecircncia social com a forma de

envelhecer saudaacutevel etc (BRASIL 2016)

Dessa forma importante entender o mecanismo bioloacutegico do envelhecimento e sua

correlaccedilatildeo com o meio fiacutesico para um cuidado mais personalizado

241 Mecanismos do envelhecimento

Teixeira e Guariento afirmam que o conhecimento acerca do envelhecimento ou dos

motivos que o causam satildeo limitados devido agrave falta de pesquisas experimentais com

seres humanos o que eacute vedado pela eacutetica meacutedica Dessa forma pode-se fazer

apenas experimentos com animais em especial com roedores moscas de frutas e

isso acaba natildeo trazendo um real significado acerca do processo de envelhecimento

(TEIXEIRA GUARIENTO 2010)

Existem vaacuterias teorias a respeito do envelhecimento e por isso aos poucos foram

sendo agrupadas basicamente em dois grupos a saber teorias programadas e

teorias estocaacutesticas A primeira tem sua ideia central ldquonos reloacutegios bioloacutegicos que

regulam o crescimento a maturidade a senescecircncia e a morterdquo Jaacute a segunda baseia-

se na ldquoidentificaccedilatildeo de agravos que induzem aos danos moleculares e celulares

aleatoacuterios e progressivosrdquo (TEIXEIRA GUARIENTO 2010 p 2846)

33

Fato eacute que os efeitos do envelhecimento satildeo visiacuteveis rugas expostas cabelos

brancos peles caiacutedas dificuldades para se locomoverem decliacutenio das forccedilas

diminuiccedilatildeo do equiliacutebrio diversas doenccedilas dificuldade na respiraccedilatildeo Tudo estaacute

conjuntamente interligado em um processo complexo e variado que envolve tanto o

bioloacutegico quanto o psicossocial e que afeta diversos sistemas Na Figura 02 uma

representaccedilatildeo interessante do processo de envelhecimento (RUIVO et al 2009)

Figura 02 ndash Processo de envelhecimento

Fonte Centro avanccedilado de medicina preventiva (2018)

34

No Quadro 03 eacute apresentado os efeitos da velhice de uma forma geral e resumida

Vaacuterios satildeo os efeitos do envelhecimento no sujeito idoso por isso apenas alguns deles

foram relatados a tiacutetulo de exemplos

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (continua)

MODIFICACcedilOtildeES NO CORPO COM O ENVELHECIMENTO

ESTADO GERAL

Reduccedilatildeo progressiva da eficiecircncia dos processos fisioloacutegicos resulta em equiliacutebrio fraacutegil e impotildee obstaacuteculos agrave capacidade do corpo para manter a homeostase Estressores fiacutesicos e emocionais tornam o idoso mais vulneraacutevel devido agrave diminuiccedilatildeo das reservas fisioloacutegicas O idoso pode continuar a se envolver em todas as atividades da meia-idade embora de maneira intuitiva deva adaptar-se a um ritmo modificado e a periacuteodos de descanso mais frequentes

TEGUMENTAR

Surgimento de rugas e perda da firmeza da pele ocorrem com a reduccedilatildeo da elasticidade ressecamento e descamaccedilatildeo satildeo comuns A queda dos cabelos eacute comum nos homens e as mulheres tecircm afinamento e perda de pigmentaccedilatildeo dos cabelos Sinais de pele e pigmentaccedilatildeo satildeo comuns embora a pele possa clarear devido agrave perda de melanoacutecitos As unhas costumam espessar-se e ficar quebradiccedilas e amareladas

MUSCULOESQUELEacuteTICO

Diminui o tecido subcutacircneo e o peso no idoso A massa e a forccedila musculares diminuem Ocorre desmineralizaccedilatildeo oacutessea e os ossos ficam porosos e quebradiccedilos As articulaccedilotildees tendem a enrijecer e a perder flexibilidade podendo diminuir a amplitude de movimentos Costuma ocorrer lentidatildeo da mobilidade geral e a postura tende a encurvar A altura diminui um pouco

NEUROLOacuteGICO

O Sistema Nervoso Central reage mais lentamente a muacuteltiplos estiacutemulos Assim a resposta cognitiva e comportamental do idoso pode ser retardada Diminui a frequecircncia da reaccedilatildeo reflexa A regulagem da temperatura e a percepccedilatildeo de dorpressatildeo ficam menos eficientes O idoso pode ainda ter dificuldades no equiliacutebrio na coordenaccedilatildeo na motricidade fina e na orientaccedilatildeo espacial o que resulta em maior risco para quedas Costuma encurtar o sono noturno e o idoso pode despertar com mais facilidade

SENTIDOS ESPECIAIS

Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade visual (presbiopia) com maior sensibilidade agrave claridade e menor capacidade de adaptar-se agrave escuridatildeo Reduccedilatildeo da acomodaccedilatildeo reduccedilatildeo da percepccedilatildeo em profundidade e da discriminaccedilatildeo de cores Uma catarata pode obscurecer ainda mais a visatildeo A dificuldade para ler letras miuacutedas pode se tornar mais evidente Dirigir durante o dia ou durante agrave noite pode ficar comprometido Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade auditiva (presbicusia) em especial diminuiccedilatildeo da discriminaccedilatildeo de tons na presenccedila de ruiacutedos ambientais Em consequecircncia dos problemas auditivos o idoso pode retrair-se de eventos sociais As sensaccedilotildees de paladar e olfato diminuem Sensibilidade aos cheiros pode diminuir Problemas nutricionais podem surgir

CARDIOPULMONAR

Os vasos sanguiacuteneos ficam menos elaacutesticos e muitas vezes riacutegidos e tortuosos Depoacutesitos de placas de gordura continuam a ocorrer nos revestimentos dos vasos sanguiacuteneos Edema e esfriamento das extremidades inferiores podem ocorrer em especial com a diminuiccedilatildeo da mobilidade O corpo tem menor capacidade de aumentar a frequecircncia do coraccedilatildeo e o deacutebito cardiacuteaco mediante atividade A elasticidade pulmonar e a accedilatildeo ciliar diminuem de modo que a desobstruccedilatildeo pulmonar se torna menos eficiente Pode aumentar a frequecircncia pulmonar acompanhada de profundidade diminuiacuteda

35

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (conclusatildeo)

GASTRINTESTINAL Os sucos digestivos continuam a diminuir e reduz-se a absorccedilatildeo de nutrientes Desnutriccedilatildeo e anemia satildeo mais comuns Com a reduccedilatildeo do tocircnus muscular e o peristaltismo diminuiacutedo satildeo comuns queixas de constipaccedilatildeo

DENTICcedilAtildeO Perda e caacuterie dentaacuterias continuam para a maioria dos idosos Os haacutebitos alimentares podem mudar em especial se o idoso natildeo tem dentes ou usa dentaduras que natildeo servem bem

GENITURINAacuteRIO

O fluxo sanguiacuteneo para os rins reduz com a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco A quantidade de unidades de neacutefrons funcionando diminui em 50 Produtos a serem eliminados podem ser filtrados e excretados mais lentamente Liacutequidos e eletroacutelitos permanecem dentro das variaccedilotildees normais mas o equiliacutebrio eacute fraacutegil Cerca de 75 dos homens com mais de 65 anos tecircm hipertrofia da glacircndula prostaacutetica Pode haver a necessidade de cirurgia caso ocorra retenccedilatildeo urinaacuteria Haacute atrofia diminuiccedilatildeo de secreccedilotildees e afinamento do trato genital da mulher idosa

Fonte Taylor e outros (2007 p 460)

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio

O Sistema respiratoacuterio envelhece da mesma forma que o restante do organismo e

muitas vezes ele envelhece mais raacutepido devido agrave enorme quantidade de poluiccedilatildeo a

que estamos sujeitos Nas palavras de Ruivo e outros

Pensa-se que o sistema respiratoacuterio seja o sistema do organismo que envelhece mais rapidamente devido agrave maior exposiccedilatildeo a poluentes ambientais ao longo dos anos As mudanccedilas que ocorrem a este niacutevel satildeo clinicamente relevantes porque a deterioraccedilatildeo da funccedilatildeo pulmonar estaacute associada ao aumento da taxa de mortalidade e aleacutem disso o conhecimento das mesmas contribui para a detecccedilatildeo e prevenccedilatildeo de disfunccedilotildees respiratoacuterias em idosos (RUIVO et al 2009 p 631)

Biologicamente com o envelhecimento a estrutura morfoloacutegica da parede toraacutecica

sofre severas alteraccedilotildees que afetam diretamente os pulmotildees Dessa forma a perda

da elasticidade dentre outros problemas torna-se a mais frequente complicaccedilatildeo

pulmonar entre pessoas idosas (RUIVO et al 2009)

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco

O envelhecimento do sistema cardiacuteaco acarreta diversas complicaccedilotildees ao sujeito

idoso e a dinacircmica de como esse processo se dar eacute melhor explicado por Esquenazi

Silva e Guimaratildees

O coraccedilatildeo eacute constituiacutedo por ceacutelulas musculares os cardiomioacutecitos moleacuteculas de matriz extracelular destacando-se o colaacutegeno e ceacutelulas intersticiais cardiacuteacas tais como fibroblastos e ceacutelulas endoteliais Por tratar-se de ceacutelulas terminalmente diferenciadas a identificaccedilatildeo recente de ceacutelulas-tronco residentes no coraccedilatildeo revelou que os cardiomioacutecitos satildeo repostos mas natildeo

36

na proporccedilatildeo ideal para recuperaccedilatildeo de funccedilatildeo alterada consequente a eventuais perdas (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

Dessa forma pode-se realccedilar algumas mudanccedilas sensiacuteveis que ocorrem com o

envelhecimento e que estatildeo listadas no Quadro 04 abaixo

Quadro 04 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento MUDANCcedilAS ORGAcircNICAS COM O ENVELHECIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

A parede ventricular torna-se mais espessa

Diminuiccedilatildeo das ceacutelulas de cardiomioacutecitos

Aumento do conteuacutedo do colaacutegeno

Alteraccedilatildeo do metabolismo mitocondrial

Maior secreccedilatildeo de colaacutegeno

Induccedilatildeo de apoptose das ceacutelulas musculares lisas da parede arterial

Aumento da rigidez aoacutertica

Alteraccedilatildeo da elasticidade aoacutertica

Disfunccedilatildeo diastoacutelica

Hipertrofia do ventriacuteculo esquerdo

Insuficiecircncia cardiacuteaca congestiva

Fonte Esquenazi Silva e Guimaratildees (2014) (Adaptado pela autora)

No envelhecimento ocorrem mudanccedilas em algumas propriedades do coraccedilatildeo e isso

pode acarretar o surgimento de arritmias cardiacuteacas bem como a diminuiccedilatildeo da

possibilidade de alteraccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca durante situaccedilotildees de estresse

Assim devido agrave mudanccedila da frequecircncia cardiacuteaca na populaccedilatildeo da terceira idade eacute

frequentemente adicionado medicamentos como diureacuteticos medicamentos que atuam

para combater a arritmia etc (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico

Haacute diversos estudos que tentam provar que o processo de envelhecimento estaacute

associado agrave diminuiccedilatildeo da massa muscular fenocircmeno conhecido como sarcopenia

Este fenocircmeno debilita diretamente a arquitetura muscular alterando diversas

propriedades tais como ldquoaacuterea da seccedilatildeo transversa anatocircmica comprimento das fibras

musculares volume e acircngulo de penaccedilatildeo dos muacutesculosrdquo Ocasiona uma reduccedilatildeo das

forccedilas do paciente da capacidade aeroacutebica e da taxa metaboacutelica Juntos esses

fatores influenciamalteram a qualidade de vida pois podem aumentar a taxa de

quedas e ocasionar outros problemas ao idoso que repercutem em todos os campos

de sua vida (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

37

Os mais novos estudos cientiacuteficos na aacuterea sugerem que o envelhecimento tambeacutem

estaacute relacionado com a diminuiccedilatildeo da rigidez dos tendotildees o que eacute apreciado na obra

de Baptista e Vaz conforme segue

Modificaccedilotildees morfoloacutegicas na unidade muacutesculo-tendatildeo como a sarcopenia ou a diminuiccedilatildeo da rigidez tendiacutenea reconhecidamente causam alteraccedilotildees de suas propriedades mecacircnicas As propriedades mecacircnicas dos muacutesculos determinam sua capacidade de produccedilatildeo de forccedila em diferentes comprimentos e velocidades podendo assim influenciar de maneira significativa as atividades de vida diaacuteria dos seres humanos independente da faixa etaacuteria (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

Natildeo se consegue entender exatamente como ocorre o processo da sarcopenia pois

eacute um processo complexo no qual diversos outros processos contribuem para que

aconteccedila Alguns estudos sugerem que a diminuiccedilatildeo da ativaccedilatildeo neuromuscular eacute

comeccedilo do processo de perda de massa e de forccedila O que eacute bem entendido e

preocupante satildeo os seus efeitos nos sujeitos idosos que provocam diversas outras

consequecircncias (FILHO 2012)

Eacute sabido que tudo estaacute interligado portanto quando ocorre reduccedilatildeo da estrutura

muscular esqueleacutetica isso acarreta outros problemas natildeo soacute de importacircncia material

assim como de importacircncia imaterial como sedentarismo depressatildeo ansiedade

depressatildeo etc A Figura 03 ilustra esse ciacuterculo vicioso (PEREIRA TEIXEIRA

ETCHEPARE 2006)

Figura 03 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento

Fonte Pereira Teixeira e Etchepare (2006)

38

2414 Envelhecimento do sistema nervoso

O envelhecimento como jaacute foi dito provoca uma seacuterie de alteraccedilotildees no organismo do

sujeito idoso No sistema nervoso diversas alteraccedilotildees anatocircmicas e quiacutemicas satildeo

observadas no enceacutefalo e na medula e essas alteraccedilotildees podem ser vistas tanto

macroscopicamente quanto microscopicamente Ateacute mesmo o tamanho do ceacuterebro e

peso dele satildeo modificados agrave medida que o sujeito envelhece na ordem de 2 a cada

uma deacutecada e com diminuiccedilatildeo de proteiacutenas (TAGLIARINI 2008)

De acordo com anaacutelises feitas ao envelhecer diversas alteraccedilotildees acontecem sendo

que as mais vitais satildeo ldquoa diminuiccedilatildeo de ceacutelulas alteraccedilotildees dendriacuteticas placas senis

degeneraccedilatildeo neurofibrilar degeneraccedilatildeo gracircnulo-vacuolar e acuacutemulo de lipofucsinardquo

(TAGLIARINI 2008 p 18)

As alteraccedilotildees morfoloacutegicas produzidas pelo Sistema Nervoso Central (SNC) se

mostram como sendo de suma importacircncia para o devido funcionamento do sistema

nervoso devido agrave importacircncia na geraccedilatildeo e processamento das memoacuterias e no

transporte de informaccedilotildees ateacute os neurocircnios (TAGLIARINI 2008)

Portanto de tudo o que foi falado a respeito do envelhecimento do sistema nervoso

algumas partes ainda natildeo foram provadas e muita coisa ainda deve ser elucidada

com os anos vindouros Tem-se uma ideia de que as modificaccedilotildees ocorrem tanto de

forma central quanto de forma perifeacuterica ldquocom atrofia cerebral devido agrave diminuiccedilatildeo do

nuacutemero de neurocircnios assim como a reduccedilatildeo da quantidade de substacircncias branca e

cinzenta Ocorre ainda reduccedilatildeo da sinaptogecircnese e da velocidade de conduccedilatildeo

nervosa []rdquo (RIBEIRO VEIGA 2013 p25)

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO

Conforme jaacute foi falado anteriormente a populaccedilatildeo brasileira seguindo o ritmo da

populaccedilatildeo mundial estaacute envelhecendo mais devido agraves inovaccedilotildees tecnoloacutegicas Com

isso mais sujeitos idosos procuram serviccedilos meacutedicos por causa das doenccedilas

inerentes agrave terceira idade Essa demanda impulsiona aos governos criarem poliacuteticas

de sauacutede para que o sujeito envelheccedila com sauacutede pois se assim for proporciona

vantagem para todos os que estatildeo envolvidos com o idoso seja seus parentes que

39

cuidam dele seja o Estado que natildeo precisa gastar muito com remeacutedios Isso

proporciona um aliacutevio na previdecircncia divido agrave imensa diacutevida puacuteblica que existe e por

necessitar fazer corte de gastos A seguir seraacute melhor tratado acerca dos benefiacutecios

da atividade fiacutesica para o idoso para ter um envelhecimento sadio e de haacutebitos

saudaacuteveis que precisa ter para o seu dia-a-dia com sauacutede (ACIOLE BATISTA 2013)

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso

Com o crescimento mundial acelerado da populaccedilatildeo idosa diversas poliacuteticas estatildeo

sendo desenvolvidas para fazer com que o idoso envelheccedila com sauacutede tendo em

vista finalidades variadas tais como o fato de a previdecircncia estar sobrecarregada a

constataccedilatildeo de que o Sistema Puacuteblico de Sauacutede (SUS) natildeo atende com qualidade

as premissas mais baacutesicas da populaccedilatildeo Assim se o idoso chegar agrave terceira fase de

sua vida mais dinacircmico e com mais sauacutede enormes benefiacutecios surgiratildeo natildeo somente

para ele assim como para toda a sociedade (FONSECA et al 2014)

Dentre essas poliacuteticas certamente a que incentiva o idoso a praticar esportes eacute a mais

disseminada juntamente com a boa alimentaccedilatildeo pois eacute comprovado cientificamente

que o idoso ao praticar esportes consegue se manter mais saudaacutevel mais luacutecido e

em melhores condiccedilotildees de enfrentamento de doenccedilas que lhe acometem que satildeo

caracteriacutesticas da terceira idade aleacutem de provocar uma melhoria como um todo ao

sujeito idoso em todas as suas dimensotildees (MACIEL 2010)

De acordo com Maciel (2010 p 1024)

Poreacutem ao se refletir sobre as atividades fiacutesicas precisa-se pensar aleacutem dos benefiacutecios biopsicossociais proporcionados pela sua praacutetica como tambeacutem por exemplo compreender as mudanccedilas de comportamentos individuais eou coletivos para a adesatildeo e manutenccedilatildeo dessas atividades Essas soacute proporcionaratildeo os devidos benefiacutecios se realizadas continua e corretamente

As atividades fiacutesicas que satildeo incentivadas para que o idoso possa praticar satildeo

divididas em quatro dimensotildees lazer deslocamento ativo atividades domeacutesticas e

laboral A primeira eacute dita como atividade estruturada jaacute as demais satildeo atividades natildeo-

estruturais Existem vaacuterias vantagens para o sujeito idoso que se movimenta que

pratica alguma atividade fiacutesica As principais vantagens estatildeo apresentadas no

Quadro 05 (MACIEL 2010)

40

Quadro 05 ndash Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos BENEFIacuteCIOS DA ATIVIDADE FIacuteSICA PARA O IDOSO

Aumentomanutenccedilatildeo da capacidade aeroacutebia

Aumentomanutenccedilatildeo da massa muscular

Reduccedilatildeo significativa da taxa de mortalidade

Prevenccedilatildeo de doenccedilas coronarianas

Melhora do perfil lipiacutedico

Transformaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal devido agrave reduccedilatildeo da massa gorda

Prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes e hipertensatildeo arterial comuns ao sujeito idoso

Diminuiccedilatildeo da possibilidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Nas mulheres idosas possibilidade de prevenccedilatildeo do cacircncer de mama e coacutelon

Reduccedilatildeo da ocorrecircncia de demecircncia

Melhora da autoestima e da autoconfianccedila

Reduccedilatildeo dos ataques de ansiedade e do estresse

Consideraacutevel melhora do humor e da qualidade de vida

Fonte Maciel (2010) (Adaptado pela autora)

Cordeiro e outros (2014) fazendo pesquisas com idosos para entender como as

atividades fiacutesicas afetam as funccedilotildees cognitivas sendo estas definidas como as fases

do processo de informaccedilatildeo tais como aprendizagem raciociacutenio atenccedilatildeo e outras

mais concluiacuteram o seguinte

O melhor desempenho do grupo de idosos ativos no teste de memoacuteria emocional pode estar associado a alteraccedilotildees fisioloacutegicas no sistema nervoso central decorrentes da praacutetica da atividade fiacutesica A accedilatildeo da atividade fiacutesica sobre as funccedilotildees cognitivas pode se dar por meio de diversos mecanismos dentre os quais a melhora na circulaccedilatildeo cerebral alteraccedilatildeo na siacutentese e degradaccedilatildeo de neurotransmissores alteraccedilotildees neuroendoacutecrinas e humorais e aumento de fatores de crescimento como o fator neurotroacutefico derivado do ceacuterebro (BDNF) responsaacutevel pela neuroplasticidade eficaacutecia sinaacuteptica conectividade neuronal e aumento da sobrevivecircncia dos neurocircnios e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) responsaacutevel pela angiogecircnese (CORDEIRO et al 2014 p 549)

Ou seja a praacutetica da atividade fiacutesica proporciona enormes ganhos de qualidade de

vida para o sujeito idoso e possibilita a ele viver mais tempo de forma independente

jaacute que suas funccedilotildees cognitivas respondem melhor e desenvolvem mecanismos mais

duradouros (CORDEIRO et al 2014)

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso

Os alimentos satildeo as fontes de energia para o ser-humano Por isso quando o sujeito

se alimenta bem com qualidade ingerindo alimentos saudaacuteveis todo o seu

organismo funcionaraacute com qualidade e equiliacutebrio o que eacute necessaacuterio e demandado

pela populaccedilatildeo de uma forma geral mas devido agrave agitaccedilatildeo do dia-a-dia acaba por

41

comprometer a sauacutede com alimentos ruins raacutepidos de serem feitos e ingeridos

(MENEZES et al 2008)

O Sujeito idoso precisa ter uma atenccedilatildeo especial com o que ingere pois natildeo possui

mais um organismo jovem que consegue digerir tudo com facilidade e rapidez Seu

organismo agora e conforme jaacute foi falado eacute imensamente lento Natildeo consegue

metabolizar com rapidez os alimentos que lhe chegam ao estocircmago e por isso precisa

ser seletivo (KUWAE et al 2015)

De acordo com Kuwae e outros (2015 p 622 - 624)

No envelhecimento tanto os cuidados nutricionais satildeo diferentes como tambeacutem satildeo singulares agraves concepccedilotildees do que eacute saudaacutevel ou apropriado para esta idade Os cuidados com a alimentaccedilatildeo envolvem uma busca de equiliacutebrio entre as exigecircncias do corpo envelhecido e as limitaccedilotildees decorrentes de algumas patologias muitas delas exigindo seu controletratamento pela alimentaccedilatildeo como a hipertensatildeo diabetes e doenccedilas coronarianas Portanto o envelhecimento estaacute relacionado tanto com as alteraccedilotildees fisioloacutegicas que limitam o repertoacuterio alimentar seja pelas restriccedilotildees decorrentes de patologias crocircnicas ou das alteraccedilotildees de mastigaccedilatildeo e digestatildeo como com as condiccedilotildees de mobilidade autonomia independecircncia financeira condiccedilotildees de sauacutede e da composiccedilatildeo familiar Esses satildeo fatores decisivos sobre o repertoacuterio alimentar a frequecircncia e a qualidade da alimentaccedilatildeo dos idosos

Daiacute surge a necessidade de saber o que o sujeito idoso pode exatamente comer e o

que natildeo pode comer jaacute que em muitas situaccedilotildees o desejo eacute grande De acordo com

Menezes e outros (2008) existem duas classes de alimentos que o sujeito idoso pode

ingerir e satildeo os alimentos bons e os alimentos ruins Na classe dos alimentos bons

estatildeo as frutas verduras legumes carnes brancas etc Jaacute na segunda classe estatildeo

as frituras carnes vermelhas doces massas sal etc O Quadro 06 apresenta uma

lista com os principais alimentos para os idosos aqueles que satildeo recomendados bem

como suas caracteriacutesticas e o motivo pelo satildeo recomendados

Quadro 06 ndash Alimentos recomendados para idosos ALIMENTOS RECOMENDADOS PARA IDOSOS

CLASSE ALIMENTOS DESCRICcedilAtildeO

BONS Frutas verduras legumes carnes brancas etcleites e seus derivados

A comida se torna leve para o organismo do idoso o que proporciona uma raacutepida digestatildeo e o idoso natildeo se sente empazinado

RUINS Carnes vermelhas doces massas sal etc

Satildeo alimentos pesados gordurosos que demoram a fazer digestatildeo com moleacuteculas complexas O idoso natildeo ingere porque pode passar mal e qualquer mal-estar deve ser evitado

Fonte Kuwae e outros (2015)

42

O Quadro 06 eacute uma forma geral de expressar o que eacute bom e o que eacute ruim para o

sujeito idoso no entanto essa questatildeo eacute relativa pois varia de organismo para

organismo e depende de questotildees culturais mas eacute amplamente aceito eacute que todos os

seres humanos precisam ter equiliacutebrio inclusive na alimentaccedilatildeo dessa forma comer

ou deixar de comer algo para se manter saudaacutevel depende do quatildeo equilibrado

encontra-se o organismo do sujeito (KUWAE et al 2015)

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE

Com a chegada da terceira idade vaacuterias doenccedilas inerentes aos sujeitos com idade

acima dos sessenta anos aparecem Identificar tais doenccedilas conhececirc-las de forma

detalhada para desenvolver formas de tratamento adequados satildeo objetivos centrais

para quem cuida do sujeito idoso juntamente com outros conhecimentos do idoso

como sua alimentaccedilatildeo seu dia-a-dia seus haacutebitos etc Tudo estaacute conectado e por

isso entender esse contexto facilita no momento de detalhar a doenccedila que acomete a

populaccedilatildeo idosa A seguir seraacute feito uma siacutentese das principais doenccedilas que

acometem sujeitos idosos (VERAS 2012)

261 Mal de Parkinson

A doenccedila do Mal de Parkinson eacute conhecida da humanidade haacute muito tempo A atual

descriccedilatildeo deu-se pelo Dr James Parkinson por volta do ano de 1817 e no Brasil

atinge cerca de 3 da populaccedilatildeo acima dos sessenta anos Constata-se a existecircncia

da doenccedila por intermeacutedio de anaacutelise cliacutenica observando na maioria dos casos

pessoas idosas uma rigidez muscular tremor mesmo estando em repouso alteraccedilatildeo

na postura dentre outros sintomas (PETERNELLA MARCON 2009)

Grosso modo o Mal de Parkinson eacute um distuacuterbio degenerativo do Sistema Nervoso

Central que afeta diversas funccedilotildees do sujeito sejam motoras sejam natildeo-motoras

Funccedilotildees que podem ser afetadas satildeo tremor de repouso bradicinesia rigidez

corporal instabilidade postural etc Seu diagnoacutestico eacute feito pelo quadro cliacutenico

observado e pela exclusatildeo de outras doenccedilas que se assemelham ao Mal de

Parkinson (PETERNELLA MARCON 2009)

43

Para falar com riqueza de detalhes a respeito de como funciona tal doenccedila vamos

utilizar as palavras de Sena e outros (2010) que diz

A DP eacute uma afecccedilatildeo crocircnico-degenerativa e progressiva de etiologia multifatorial que atinge majoritariamente pessoas idosas embora seja frequente acometecirc-las a partir dos 50 anos de idade beirando atualmente a casa dos 300000 portadores no Brasil A doenccedila atinge o sistema nervoso central mais especificamente a substacircncia negra responsaacutevel por controlar os movimentos do corpo A degradaccedilatildeo das ceacutelulas neuronais dopamineacutergicas acaba por resultar numa gama de sintomatologia como tremores rigidez muscular bradicinesia alteraccedilotildees posturais distuacuterbios na fala e na degluticcedilatildeo obstipaccedilatildeo transpiraccedilatildeo corporal incontinecircncia urinaria depressatildeo O tratamento que pode ser cliacutenico eou ciruacutergico visa ao controle dos sintomas por meio de medicamentos entre os quais se destaca a Levodopa um precursor da dopamina Outros grupos de faacutermacos tambeacutem satildeo utilizados como inibidores enzimaacuteticos agonistas dopamineacutergicos e anti-colineacutergicos Contudo a terapecircutica medicamentosa por si soacute natildeo eacute suficiente para manter o portador em melhores condiccedilotildees de bem-estar e qualidade de vida Por isso tratamentos e cuidados no miacutenimo de enfermagem fisioterapia fonoaudiologia e educaccedilatildeo fiacutesica satildeo imprescindiacuteveis como recursos complementares para ajudar o portador a preservar sua funcionalidade e permitir-lhe desempenhar as atividades da vida diaacuteria e manter o viacutenculo social tatildeo importantes para satisfazer suas necessidades psicossociais de apoio comunitaacuterio para o seu bem-estar e auto-estima (SENA et al 2010 p 94)

Na Figura 04 uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro a respeito de como funciona o Mal de

Parkinson

Figura 04 ndash Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Observa-se na Figura 04 o ceacuterebro de um sujeito normal sem a doenccedila em

comparaccedilatildeo com um sujeito que apresenta a doenccedila Na primeira situaccedilatildeo haacute a

44

existecircncia da substacircncia negra responsaacutevel por controlar as funccedilotildees motoras do

corpo conforme falado na descriccedilatildeo de Sena e outros Jaacute na segunda essa

substacircncia negra natildeo existe atestando a incapacidade motora do paciente

(ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Jaacute na Figura 05 representa-se o neurocircnio normal e um neurocircnio em paciente com a

doenccedila de Parkinson O neurocircnio normal produz a substacircncia dopamina que eacute

responsaacutevel pela conduccedilatildeo dos neurotransmissores Jaacute o neurocircnio afetado apresenta

uma pequena quantidade de dopamina o que afeta a transmissatildeo dos

neurotransmissores e com isso o paciente sofre os diversos males que foram

narrados (ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Figura 05 ndash Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

O detalhe mais pertinente para saber se haacute o surgimento da doenccedila eacute o surgimento

de incapacidades provenientes dos distuacuterbios motores Geralmente aqueles que

sofrem desta doenccedila natildeo se datildeo conta que estatildeo doentes o que precisa ser

observado por quem estar mais perto seja os familiares seja os cuidadores

(GONCALVES ALVAREZ ARRUDA 2007)

Mesmo com todo o desenvolvimento tecnoloacutegico existente no campo da sauacutede ainda

natildeo existe um remeacutedio para acabar com o Mal de Parkinson ou para bloquear o seu

aumento Os procedimentos atuais visam dar condiccedilotildees ao paciente que possui a

doenccedila de viver de forma independente e de manter seu psicoloacutegico forte por mais

tempo Isso eacute feito receitando a ele dopamina estriatal que pode ser aumentada agrave

45

medida que os efeitos da doenccedila vatildeo aumentando (GONCALVES ALVAREZ

ARRUDA 2007)

262 Doenccedila de Alzheimer

A doenccedila de Alzheimer descrita pela primeira vez em 1906 pelo Dr Alois Alzheimer

eacute uma doenccedila que ateacute os dias atuais natildeo apresenta cura e tende a se agravar ao

longo dos anos Eacute a patologia neurodegenerativa mais usual que acomete pacientes

acima dos 55 (cinquenta e cinco) anos e causa transtornos como perda de memoacuteria

desorientaccedilatildeo danos na linguagem falta de atenccedilatildeo e vaacuterias outras situaccedilotildees

constrangedoras (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER 2018)

Natildeo se conhece exatamente os motivos pelos quais a doenccedila surge mas eacute bem

conhecido algumas lesotildees que ocorrem no ceacuterebro de um paciente portador da

doenccedila e as principais lesotildees satildeo as placas senis os emaranhados neurofibrilares e

a reduccedilatildeo de ceacutelulas nervosas sendo certo que ela eacute a responsaacutevel por cinquenta por

cento dos casos de demecircncia em idosos (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE

ALZHEIMER 2018)

Muito embora a cura da doenccedila e a reversatildeo da deterioraccedilatildeo causada pela DA ainda natildeo tenham sido descobertas pesquisadores buscam o aperfeiccediloamento de tratamentos jaacute disponiacuteveis que visam agrave melhora cognitiva e diminuiccedilatildeo de sintomas comportamentais (Aacutevila 2003) Nesse caso a medicaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas cognitivas de reabilitaccedilatildeo aleacutem de informaccedilotildees sobre a doenccedila e o apoio a familiares e cuidadores eacute de suma importacircncia para reverter o quadro cliacutenico e sintomaacutetico da doenccedila (GONCALVES CARMO 2012 p 171)

Haacute uma forte tendecircncia da ciecircncia de tentar explicar o surgimento do Mal de Alzheimer

via geneacutetica pois uma porcentagem consideraacutevel dos pacientes que possuem a

doenccedila apresenta casos semelhantes na famiacutelia Outros fatores tambeacutem satildeo

considerados tais como aminoaacutecidos neurotoacutexicos uso indiscriminado do alumiacutenio

agentes infecciosos etc Abaixo na figura TC uma tentativa de explicaccedilatildeo dessa

doenccedila (SERENIKI VITAL 2008)

Na Figura 06 existe uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro de paciente normal e de um paciente

com a Doenccedila de Alzheimer Percebe-se que o ceacuterebro do paciente com a Doenccedila de

Alzheimer apresenta-se cheio de falhas

46

Figura 06 ndash Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

263 Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus (DM) eacute uma doenccedila crocircnica natildeo-transmitiacutevel que afeta uma

multidatildeo de pessoas em todo o mundo e se caracteriza por um aumento acentuado

da glicemia devido agrave falta de insulina que eacute fabricada pelo pacircncreas Haacute dois tipos

de diabetes um natural (Tipo 01) e outra adquirida (Tipo 02) A do Tipo 02 eacute causada

pela obesidade comidas gordurentas falta de exerciacutecios fiacutesicos e se mostra como o

mal moderno Jaacute a do tipo 01 jaacute nasce com o indiviacuteduo Em ambos os casos o

pacircncreas deixa de fabricar insulina que possui uma moleacutecula que quebra a moleacutecula

de glicose Com isso haacute um aumento de glicose no sangue e isso provoca diversos

danos em outros oacutergatildeos A insulina injetada entra para ajudar na eliminaccedilatildeo do accediluacutecar

excedente (BUSNELLO et al 2012)

De acordo com Vargas Lara e Mello-Carpes ldquono Brasil existem cerca de 500 mil

diabeacuteticos 450 mil fazendo uso da insulina e quase dois milhotildees desconhecendo ter

diabetes Aleacutem disso estima-se que em 2030 o nuacutemero de pessoas acometidas pela

DM dobraraacuterdquo Esses dados para o sujeito idoso satildeo extremamente preocupantes

tendo em vista a necessidade de cuidados constantes (VARGAS LARA MELLO-

CARPES 2014 p 869)

47

Idosos que apresentam a DM apresentam estrutura fiacutesica e emocional prejudicadas

com certa limitaccedilatildeo nos afazeres do dia-a-dia com limitaccedilatildeo na alimentaccedilatildeo e com

liberdade e autonomia afetadas Diferentemente das outras doenccedilas a DM eacute bem

mapeada e consegue-se ter um controle bastante apropriado para amenizar os efeitos

dessa doenccedila (VARGAS LARA MELLO-CARPES 2014)

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

A Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) eacute a doenccedila crocircnica natildeo transmitida mais

presente na vida dos idosos Trata-se de uma doenccedila que eleva a pressatildeo sanguiacutenea

a niacuteveis altiacutessimos e como consequecircncia faz com que o coraccedilatildeo tenha que exercer

uma atividade fora do padratildeo para conseguir fazer o sangue circular pelo corpo do

indiviacuteduo (LEAtildeO E SILVA et al 2013)

Ela aumenta paulatinamente agrave medida que o indiviacuteduo vai envelhecendo e eacute tida por

diversos especialistas como o principal fator de risco para o idoso podendo ocasionar

doenccedilas como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) o infarto do miocaacuterdio e vaacuterias

outras doenccedilas silenciosas Diversos fatores ocasionam um aumento na pressatildeo

arterial dentre eles os mais comuns satildeo o excesso de sal utilizado no dia-a-dia o

estresse etc (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Para um padratildeo de referecircncia com intuito de definir se um idoso apresenta uma

pressatildeo alta ou normal vaacuterios estudos sugerem valores diferentes o que acaba

sendo um ponto de debate interessante entre os especialistas da aacuterea conforme

relatado abaixo

Haacute grande controveacutersia na literatura em relaccedilatildeo ao ponto de corte para o qual a PA pode ser considerada controlada na populaccedilatildeo idosa principalmente nos idosos com idade mais avanccedilada (acima dos 80 anos) Estudos recentes sugerem uma meta de controle mais flexiacutevel (abaixo de 150 mmHg para a PAS e de 90 mmHg para a PAD) para esta faixa etaacuteria por evidenciarem que o controle mais rigoroso pode natildeo ser significativo na reduccedilatildeo das complicaccedilotildees associadas agrave doenccedila (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016 p 112)

Para se ter um controle dessa doenccedila importante salientar os haacutebitos de vida

saudaacuteveis associados com o acompanhamento meacutedico mediccedilatildeo das funccedilotildees vitais

do idoso controle sistemaacutetico porque essa doenccedila sendo uma doenccedila silenciosa

assintomaacutetica pode acarretar outras complicaccedilotildees tais como um Acidente Vascular

Cerebral (AVC) (JARDIM et al 2017)

48

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

A Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (ITU) eacute a inflamaccedilatildeo das vias urinaacuterias e eacute uma doenccedila

responsaacutevel por cerca de quarenta porcento das infecccedilotildees nosocomiais Eacute bastante

rotineira nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e sua probabilidade de ocorrecircncia

em homens idosos aumenta consideravelmente tendo em vista que ldquoA

instrumentaccedilatildeo das vias urinaacuterias ndash incluindo ndash se o cateterismo vesical ndash e a

ocorrecircncia de doenccedila prostaacutetica satildeo os fatores mais implicados no aumento da

incidecircncia no sexo masculinordquo (RORIZ-FILHO et al 2010 p 119)

A mulher idosa tambeacutem tem uma grande possibilidade de desenvolver tal doenccedila

tendo em vista as modificaccedilotildees funcionais da bexiga devido a diversos fatores que

ldquoassociados agraves mudanccedilas troacuteficas do epiteacutelio da mucosa vaginal e a presenccedila de

infecccedilatildeo genital facilitam o desenvolvimento de ITUrdquo (MARQUES MOREIRA

SANTOS 2010 p 151)

Para se ter um diagnoacutestico preciso acerca da Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio faz-se coleta

da urina do paciente e em seguida sua cultura o que leva alguns dias O diagnoacutestico

apresenta-se preciso apoacutes esse procedimento Existem outros exames a serem feitos

que apresentam resultados mais raacutepidos poreacutem natildeo tatildeo precisos Um deles eacute o

exame tipo I e o outro eacute a coloraccedilatildeo pelo meacutetodo Gram (VETTORE et al 2013)

Os principais sintomas que indicam que pode haver uma Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

satildeo urina com odor feacutetido disuacuteria com urgecircncia polaciuacuteria e urecircncia Esses sintomas

satildeo um indicativo muito forte de possibilidade de existecircncia de um quadro infeccioso

e somente pode-se comprovar apoacutes as anaacutelises que foram mencionadas (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010)

Para se fazer um tratamento adequado que apresente resultados de imediato haacute a

necessidade de se observar alguns fatores tais como ldquopresenccedila de comorbidade

fatores predisponentes sintomatologia e repercussatildeo sistecircmica da infecccedilatildeo assim

como para a interaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outros medicamentos []rdquo Importante

observar a relaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outras drogas pois o paciente idoso faz uso

de diversos produtos farmacecircuticos No Quadro 07 um exemplo de drogas que podem

ser utilizadas para o tratamento do idoso com Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010 p 156)

49

Quadro 07 ndash Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso DROGAS UTILIZADAS NA ITU NOS IDOSOS

I ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO INFERIOR (3 A 7 DIAS)

Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprima 160 mg de 12 12h

Norfloxacina 400 mg de 1212h

Ciprofloxacina 250 mg de 1212h

Levofloxacina 250 mg por dia

Nitrofurantoina 100 mg de 88h

II ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO SUPERIOR (14 DIAS)

Ciprofloxacina 500 mg EV de 1212h

Levofloxacina 500 mg EV por dia

Ceftriaxone 1g EV de 1212h

Piperacina soacutedica + Tazobactana soacutedica 225g EV de 88h

Fonte Marques Moreira e Santos (2010 p 158)

266 Osteoporose

A Osteoporose ldquo[] eacute uma doenccedila esqueleacutetica sistecircmica caracterizada por diminuiccedilatildeo

da massa oacutessea e deterioraccedilatildeo microarquitetural do tecido oacutesseo com consequente

aumento da fragilidade oacutessea e susceptibilidade agrave fraturardquo sendo a condiccedilatildeo mais

criacutetica da osteopenia Eacute uma doenccedila predominante em sujeitos idosos e consiste

grosso modo do enfraquecimento dos ossos o que pode levar a diversas

consequecircncias ao idoso A Figura 07 apresenta como ocorre essa doenccedila (LIMA et

al 2014 p 35)

Figura 07 ndash Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

50

Jaacute na Figura 08 tem-se uma vista mais ampla de como a osteoporose atua Pode-se

perceber que ela age deixando o osso em um formato esponjoso como se estivesse

oco como eacute popularmente conhecido tal doenccedila A ilustraccedilatildeo eacute do osso do quadril

mas eacute extensiacutevel a toda a estrutura oacutessea onde ocorrer a comorbidade (LIMA et al

2014)

Figura 08 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Existem diversos tipos de osteoporose que satildeo provocadas por vaacuterios fatores por

isso diz-se que eacute uma doenccedila multifatorial Basicamente satildeo divididas em primaacuteria

com tipos I e II e secundaacuteria a primeira eacute desenvolvida por causas naturais jaacute a

segunda eacute desenvolvida por meio de causas natildeo-naturais tais como a inflamaccedilatildeo

(CAMARGOS BOMFIM 2017)

Consequecircncias diversas podem surgir oriundas da osteoporose tais como ldquoperda da

massa deterioraccedilatildeo do tecido desarranjo da arquitetura e comprometimento da forccedila

oacutessea com aumento no risco de fraturardquo Ela atua de forma silenciosa e na maior parte

dos casos eacute descoberta somente quando ocorre algum acidente por mais simples que

seja com consequente fratura de algum osso do portador de tal doenccedila (BRASIL

2009 p 01)

51

Pode ser diagnosticada tratada e prevenida antes da ocorrecircncia de qualquer evento

que poderaacute comprometer a estrutura oacutessea de seu portador Ocorrendo algum

acidente este poderaacute afetar a estrutura fiacutesica do paciente deformaccedilatildeo no corpo como

um todo etc Na prevenccedilatildeo deve-se utilizar cerca de 1000mgdia de caacutelcio vitamina

D 400ndash800 Uldia ou algum medicamento tais como calcitonina bifosfonatos

raloxifeno e paratormocircnio (BRASIL 2017)

Haacute projeccedilotildees que dizem que cerca de 50 das mulheres e 20 dos homens com

idades acima dos 50 anos poderatildeo sofrer alguma fratura proveniente da osteoporose

ao longo de sua vida Como jaacute foi citado anteriormente a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

para o sujeito idoso e natildeo somente a estes mas ao ser humano em geral eacute uma

praacutetica altamente recomendada pelos profissionais da sauacutede devido agraves pesquisas

cientiacuteficas comprovarem as consequecircncias eficazes de quem se exercita e que por

isso eacute bastante recomendada para pacientes que possuem osteoporose (MOTA

SOUSA AZEVEDO 2012)

Nas palavras de Mota Sousa e Azevedo tem-se

Haacute uma forte correlaccedilatildeo entre a qualidade de vida dos idosos e a atividade fiacutesica pois com a degeneraccedilatildeo do sistema musculoesqueleacutetico nos idosos e a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional a praacutetica da atividade fiacutesica influecircncia no tratamento e na prevenccedilatildeo da osteoporose trazendo benefiacutecios como a melhoria do desempenho das capacidades funcionais o aumento da forccedila muscular e flexibilidade e uma consideraacutevel melhora da coordenaccedilatildeo motora (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012 p47)

Portanto uma forma de reduzir os efeitos que a osteoporose apresenta ao seu

portador eacute praticando exerciacutecios fiacutesicos diariamente que aliado agrave uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel e rica em caacutelcio pode-se gerar resultados bastante satisfatoacuterios

fortalecendo os muacutesculos revigorando o equiliacutebrio afastando a possibilidade de

atrofia pelo natildeo-uso do membro que esteja lesionado e com isso retardando a

desmineralizaccedilatildeo oacutessea (BRASIL 2017)

Outras precauccedilotildees deveratildeo ser administradas ao sujeito idoso portador da

osteoporose para evitar riscos de queda que satildeo os principais fatores complicadores

da sauacutede do idoso Tais procedimentos podem ser a retirada de objetos que podem

dificultar a mobilidade do sujeito idoso por onde anda evitar tapetes escorregadios

colocar materiais antiderrapantes nas superfiacutecies por onde o idoso se movimenta

facilitar o acesso ao banheiro etc (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012)

52

53

3 METODOLOGIA

Tendo a finalidade de desenvolver as propostas que foram apresentadas quando do

comeccedilo deste trabalho optou-se por fazer uma revisatildeo bibliograacutefica do tema sabendo

que essa eacute uma modalidade de pesquisa que se destina a concatenar e observar os

conhecimentos que jaacute foram publicados a respeito de um determinado assunto que

no caso em questatildeo eacute a Assistecircncia de Enfermagem ao sujeito idoso

De acordo com Mancini e Sampaio (2006 p 361 - 472) trabalhos de ldquoRevisotildees da

literatura satildeo caracterizadas pela anaacutelise e pela siacutentese da informaccedilatildeo disponibilizada

por todos os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema[]rdquo Tendo

em vista todos os estudos relevantes publicados por um determinado tema mas sem

limitaacute-lo pois como eacute de amplo conhecimento a quantidade de informaccedilotildees eacute infinita

daiacute a necessidade de se fazer uma limitaccedilatildeo temporal a respeito

Utilizou-se para o desenvolvimento do estudo os seguintes bancos de dados

Scientific Electronic Library (Scielo) Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) Descritores

em Ciecircncia da Sauacutede (DeCS) Ministeacuterio da Sauacutede e livros

Como criteacuterios de inclusatildeo foi estabelecido o uso de revistas acadecircmicas artigos

cientiacuteficos livros etc do ano de 2006 a 2017 Como criteacuterios de exclusatildeo optamos

por natildeo fazermos uso de materiais em liacutenguas estrangeiras materiais antigos

materiais incompletos e materiais que natildeo apresentam rigor cientiacutefico tais como

trabalhos acadecircmicos de revisatildeo

Por fim o presente estudo natildeo necessita de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica (CE) da

Universidade uma vez que as informaccedilotildees coletadas satildeo provenientes de materiais

de acesso puacuteblico e de conhecimento de todos os interessados

54

55

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO

Existem vaacuterias formas de se aplicar a Assistecircncia de Enfermagem e o que eacute utilizado

no Brasil por diversos motivos eacute o que foi desenvolvido em 1979 pela enfermeira e

pesquisadora paraense Wanda Horta atraveacutes de seu livro Processo de Enfermagem

(SILVA et al 2011)

Nas palavras de Silva e outros (2011 p 1381) percebe-se o caraacuteter cientiacutefico e seacuterio

do uso da Assistecircncia de Enfermagem Vejamos

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) eacute conceituada como um meacutetodo de prestaccedilatildeo de cuidados para a obtenccedilatildeo de resultados satisfatoacuterios na implementaccedilatildeo da assistecircncia com o objetivo de reduzir as complicaccedilotildees durante o tratamento de forma a facilitar a adaptaccedilatildeo e recuperaccedilatildeo do paciente O uso do meacutetodo requer o pensamento criacutetico do profissional que deve estar focado nos objetivos e voltado para os resultados de forma a atender as necessidades do paciente e de sua famiacutelia exigindo constante atualizaccedilatildeo habilidades e experiecircncia sendo orientado pela eacutetica e padrotildees de conduta Portanto eacute um modo de exercer a profissatildeo com autonomia baseada nos conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas uacuteltimas deacutecadas

Importante deixar claro o entendimento acerca do que eacute a Sistematizaccedilatildeo da

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem antes de aplicaacute-

los ao sujeito idoso pois tais conceitos satildeo aplicados de forma geral na enfermagem

Todo o profissional de enfermagem precisar ter bem solidificado tais conceitos para

que possam se tornar profissionais competentes e antenados com a real situaccedilatildeo de

seu paciente (GARCIA 2016)

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

A sistematizaccedilatildeo eacute normatizada pela resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN) juntamente com o Processo de Enfermagem (PE) Eacute

entendido como sendo a responsaacutevel por ldquoorganizar o trabalho profissional quanto ao

meacutetodo pessoal e instrumentos tornando possiacutevel a operacionalizaccedilatildeo do processo

de Enfermagemrdquo (BRASIL 2009 p 01)

Garcia (2016) fala a respeito do amplo uso das teacutecnicas da SAE Vejamos

56

Especialmente quando analisamos a dimensatildeo assistencial da praacutetica reconhecemos haver uma ampla gama de situaccedilotildees vivenciadas no cotidiano de cuidados agrave clientela envolvendo a necessidade de sistematizaccedilatildeo da assistecircncia e de aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem aspectos substantivos da profissatildeo (GARCIA 2016 p 05)

A Sistematizaccedilatildeo de Assistecircncia da Enfermagem (SAE) aplicada ao idoso torna-se

dessa forma uma tentativa de fornecer uma assistecircncia de qualidade e personalizada

ao idoso por isso padroniza-se a entrevista que o profissional de enfermagem faz ao

paciente com o intuito de saber a real situaccedilatildeo do cliente Para se fazer tal

assistecircncia o profissional de enfermagem precisa da ajuda do Processo de

Enfermagem que complementa a SAE (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

412 Processo de Enfermagem

Eacute definido como sendo ldquoum instrumento metodoloacutegico que orienta o cuidado do

profissional de enfermagem e a documentaccedilatildeo da praacutetica profissionalrdquo e eacute dividido

em cinco etapas que abaixo satildeo escritas conforme resoluccedilatildeo ndeg 3582009 O Quadro

08 apresentada cada etapa do Processo de Enfermagem (PE) (BRASIL 2009 p 01)

Quadro 08 ndash Etapas do processo de enfermagem PROCESSO DE ENFERMAGEM

ETAPA DESCRICcedilAtildeO

COLETA DE DADOS

Essa eacute a primeira etapa do processo de enfermagem e consiste em colher todos os dados possiacuteveis do paciente valendo de teacutecnicas variadas e com a maior precisatildeo possiacutevel para um melhor atendimento do paciente Importante nessa fase coletar informaccedilotildees por parte da famiacutelia dos pacientes para que as informaccedilotildees possam ser confirmadas devido ser de fontes diversas

DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

Apoacutes a coleta dos dados o profissional de enfermagem passa a processar as informaccedilotildees e interpretando-as para que possa ter a tomada de decisatildeo mais eficaz para o paciente Essa etapa consiste em descrever exatamente o que o paciente tem e funciona como base para a accedilatildeo do profissional de enfermagem

PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Nessa etapa o profissional determina o que espera alcanccedilar de resultados quando das devidas intervenccedilotildees apoacutes a etapa anterior Aqui o profissional cria uma espeacutecie de roteiro para certificar-se do que poderaacute ocorrer

IMPLEMENTACcedilAtildeO Nessa etapa o profissional coloca em praacutetica o que foi decido nas etapas anteriores

AVALIACcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Trata-se de um processo contiacutenuo e analiacutetico no qual o profissional observa o seu paciente fazendo as devidas anotaccedilotildees do quadro dele para posterior mudanccedila das implementaccedilotildees Todo esse processo eacute dinacircmico e por isso o profissional precisa estar atento ao paciente durante todo instante em que ele esteja sob seus cuidados

Fonte Brasil (2009) (Adaptado pela autora)

57

A Figura 09 ilustra o que foi dito a respeito do Processo de Enfermagem no Quadro

08

Figura 09 ndash Processo de Enfermagem

Fonte Autoria proacutepria (2018)

Como pode-se inferir do Quadro 08 descrito desenvolver e aplicar a Sistematizaccedilatildeo

da Assistecircncia de Enfermagem de acordo com o Processo de Enfermagem eacute um

processo que exige muita disciplina e conhecimento do profissional de enfermagem

pois eacute sabido que se trata de um processo teacutecnico-cientiacutefico e somente o enfermeiro

habilitado poderaacute exercitar cada uma das fases que se mostram em conjunto A sua

separaccedilatildeo conforme descrita acima eacute apenas para efeitos didaacuteticos (GARCIA 2016)

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos

Para aplicar a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem e o Processo de

Enfermagem ao sujeito idoso o profissional de enfermagem tem a necessidade de

seguir procedimentos descritos principalmente na NANDA Internacional que se

tornou a principal fonte de diagnoacutesticos de enfermagem e que ldquofavorece a

58

identificaccedilatildeo de estrateacutegias para elevar a qualidade da assistecircncia e contribuir na

formaccedilatildeo de recursos humanosrdquo (KOKUDAI ALVARENGA 2010 p03)

A NANDA eacute dividida em diversos toacutepicos e assim resolvemos separar conforme

Quadro 09 os cuidados necessaacuterios de acordo com cada doenccedila predominante na

terceira idade que foi comentada neste trabalho As descriccedilotildees natildeo se limitam ao que

foi dito pois colocamos apenas algumas situaccedilotildees devido agrave enorme quantidade de

situaccedilotildees diagnoacutesticos e cuidados existentes

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continua)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Hipertensatildeo Arterial

Sistecircmica

Risco de desequiliacutebrio eletroliacutetico

Risco de mudanccedila nos niacuteveis de eletroacutelitos seacutericos capaz de comprometer a sauacutede

Estilo de vida sedentaacuterio Trata-se de um estilo de vida sem a praacutetica de atividades fiacutesicas

Ansiedade

Trata-se de um sentimento desgastante que assola o seu portador diante da expectativa de notiacutecias ou de situaccedilotildees estressantes e novas Pode-se considerar como um sinal de alerta que o organismo desenvolveu para deixar o indiviacuteduo atento em condiccedilotildees de periacuteodo de toda sorte

Padratildeo de sono prejudicado

Devido a fatores externos o indiviacuteduo natildeo possui uma rotina constante e linear de sono sendo que existe a condiccedilatildeo de dormeacorda que prejudica o organismo como um todo

Nutriccedilatildeo desequilibrada

O sujeito alimenta-se de nutrientes que em muitos casos satildeo em excesso ocasionando armazenamento de energia em formato de gordura

Mal de Parkinson

Problemas Motores

Risco de queda Facilidade com que o sujeito tem de desequilibrar e cair o que pode causar enormes danos

Bradicinesia Lentidatildeo de respostas fiacutesicas e psiacutequicas

Mobilidade fiacutesica prejudica

Limitaccedilatildeo no movimento fiacutesico independente e voluntaacuterio do corpo ou de uma ou mais extremidades

Problemas Natildeo-

motores

Demecircncia Enfraquecimento das faculdades intelectuais diante de lesotildees no ceacuterebro

Ansiedade

Vago e incocircmodo sentimento de desconforto ou temor acompanhado por resposta autonocircmica (a fonte eacute frequentemente natildeo especiacutefica ou desconhecida para o indiviacuteduo) sentimento de apreensatildeo causada pela antecipaccedilatildeo de perigo Eacute um sinal de alerta que chama a atenccedilatildeo para um perigo iminente e permite ao indiviacuteduo tomar medidas para lidar com a ameaccedila

59

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continuaccedilatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Alzheimer

Deacuteficit no autocuidado Capacidade prejudicada de realizar ou completar as atividades de banho por si mesmo

Mobilidade fiacutesica prejudicada Limites para movimentar-se seja com movimento voluntaacuterios ou involuntaacuterios

Insuficiecircncia na capaci-dade do a-dulto para melhorar

Depressatildeo Deterioraccedilatildeo funcional progressiva de natureza fiacutesica e cognitiva A capacidade do indiviacuteduo de viver com doenccedilas multissistecircmicas enfrentar os problemas decorrentes e controlar o seu cuidado estaacute notavelmente diminuiacuteda

Decliacutenio da memoacuteria

Distuacuterbio de sono Dificuldade para dormir em periacuteodos prolongados

Confusatildeo crocircnica

Deterioraccedilatildeo irreversiacutevel das faculdades mentais de forma prolongada O indiviacuteduo passa a natildeo perceber os fatores externos que podem indicar algo tal como perigo atenccedilatildeo moral e tantos outros Apresenta distuacuterbios na memoacuteria passando a natildeo mais reconhecer e nem lembrar de coisas e pessoas

Diabetes Mellitus

Autocontrole ineficaz

da sauacutede

Natildeo consegue se controlar e agir conforme necessidade para ter uma sauacutede plena e satisfatoacuteria ou seja natildeo consegue cuidar de si

Perfusatildeo tissular perifeacuterica ineficaz

Reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo sanguiacutenea para a periferia capaz de comprometer a sauacutede

Risco de Infecccedilatildeo

Risco de ter em seu organismo elementos estranhos e que possam danificar a sua sauacutede

Risco de olho seco

Risco de desconforto ocular ou dano agrave coacuternea e agrave conjuntiva devido agrave quantidade reduzida ou agrave qualidade das laacutegrimas para hidratar o olho

Risco de glicemia instaacutevel Natildeo possui uma estabilidade padratildeo em seu niacutevel glicecircmico devido agrave quantidade de glicose no sangue

Infecccedilotildees do trato

urinaacuterio

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Eliminaccedilatildeo urinaacuteria prejudicada Disfunccedilatildeo na eliminaccedilatildeo da urina

Risco de siacutendrome do desuso Devido agrave falta de uso de algum membro do corpo corre-se o risco desse membro atrofiar-se

Risco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircncia

Risco de perda involuntaacuteria de urina que ocorre imediatamente apoacutes uma forte sensaccedilatildeo de urgecircncia para urinar

Conforto prejudicado Percebe-se que inexiste a sensaccedilatildeo de conforto nas dimensotildees do ser humano

Osteoporose

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Risco de constipaccedilatildeo Possibilidade de diminuiccedilatildeo na frequecircncia normal de evacuaccedilatildeo paralela a uma dificuldade de eliminaccedilatildeo das fezes

60

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (conclusatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Osteoporose

Risco para quedas Estado em que o indiviacuteduo tem uma suscetibilidade para quedas aumentada

Mobilidade fiacutesica prejudicada Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute prestes a apresentar limitaccedilotildees dos movimentos fiacutesicos poreacutem ainda natildeo se encontra imoacutevel

Andar prejudicado Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute em risco de apresentar limitaccedilatildeo para andar

Fonte Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA (2013) Santos e outros (2017) Mattos e outros (2011) (Adaptado pela autora)

Saber utilizar os Diagnoacutesticos de Enfermagem corretamente e que satildeo padronizados

eacute bastante eficaz aceito e exigido para evitar que o profissional de enfermagem crie

mecanismos subjetivos de cuidados pois se assim ocorresse haveria um caos na

enfermagem com cada profissional atuando conforme melhor lhe for apresentado

(SOUZA ALVES PASSOS 2010)

A utilizaccedilatildeo do Diagnoacutestico de Enfermagem padronizado eacute um instrumento necessaacuterio

para evitar que os profissionais de enfermagem fragmentem os cuidados e os dilemas

dos pacientes deixando de observaacute-los como um todo e na grande maioria dos casos

prescrevendo cuidados que natildeo possuem nenhuma relaccedilatildeo com os problemas

relatados Dessa forma pode-se observar o Diagnoacutestico de Enfermagem como uma

ferramenta de trabalho altamente eficaz em seu uso cotidiano pois fornece ao

profissional de enfermagem um planejamento pautado no histoacuterico de atuaccedilatildeo pois

uma vez que os problemas sejam conhecidos mapeados e anotados torna-se mais

eficaz e otimizado o processo do cuidado em toda a sua plenitude Por essa oacutetica

constata-se como eacute importante o Diagnoacutestico de Enfermagem para o sujeito idoso

pois consegue construir todo um conjunto de atuaccedilatildeo para o cuidado sempre visando

o bem-estar do idoso (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso

Depois de ter feito o diagnoacutestico de enfermagem do sujeito idoso e de ter descoberto

as suas comorbidades o profissional de enfermagem precisa entatildeo fazer as devidas

intervenccedilotildees Tais intervenccedilotildees satildeo tratadas como prescriccedilotildees de enfermagem e

possuem um campo de atuaccedilatildeo mapeado para natildeo sobrepor ao trabalho do meacutedico

(FAEDA PERROCA 2017)

61

Ainda de acordo com a resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de Enfermagem

(COFEN) o Art 4ordm assim determina

Ao enfermeiro [] incumbe a lideranccedila na execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do Processo de Enfermagem de modo a alcanccedilar os resultados de enfermagem esperados cabendo-lhe privativamente o diagnoacutestico de enfermagem acerca das respostas da pessoa famiacutelia ou coletividade humana em um dado momento do processo sauacutede e doenccedila bem como a prescriccedilatildeo das accedilotildees ou intervenccedilotildees de enfermagem a serem realizadas face a essas respostas (BRASIL 2009 p 03)

Ou seja o profissional de enfermagem tem ampla prerrogativa para desenvolver a

Prescriccedilatildeo de Enfermagem baseado nos protocolos e nos estudos que desenvolveu

na Universidade Dentre os vaacuterios diagnoacutesticos possiacuteveis para o sujeito idoso em

diversas situaccedilotildees iremos nos concentrar em somente aqueles que aqui foram

discutidos Faz-se necessaacuterio observar que a Prescriccedilatildeo de Enfermagem eacute uma

ferramenta de uso dinacircmico Entende-se de uso dinacircmico a ideia de que o profissional

de enfermagem natildeo pode descuidar do seu paciente tendo a necessidade de sempre

observaacute-lo e atualizar o que surgir de novo para que possa estar sempre atualizando

o estado de sauacutede do cliente (FAEDA PERROCA 2017)

Abaixo no Quadro 10 tem-se a Prescriccedilatildeo de Enfermagem para as doenccedilas que

foram discutidas neste trabalho Vale ressaltar que existem diversas doenccedilas que

acometem o sujeito idoso mas vamos nos ater apenas nas principais que foram

tratadas uma vez que satildeo o objeto limitador de estudo deste trabalho (MOROZ

KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (continua)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

Mudanccedila no estilo de vida dos pacientes idosos Eliminaccedilatildeo do uso do sal Controle do peso Controle da ansiedade Praacutetica diaacuteria de atividades fiacutesicas Uso adequado dos medicamentos Abstinecircncia ao fumo e ao aacutelcool

Mal de Parkinson

Programa de exerciacutecios diaacuterios para aumentar a forccedila muscular o que iraacute melhorar a coordenaccedilatildeo e a destreza reduzindo a rigidez muscular Encorajar ensinar e incentivar o cliente durante os exerciacutecios da vida diaacuteria para promover o autocuidado Encorajar o paciente a seguir um padratildeo de horaacuterio regular aumentando a consciecircncia para a ingestatildeo de liacutequidos e a ingestatildeo de alimentos com um conteuacutedo de fibra moderado Monitorar o peso semanalmente indicando se a absorccedilatildeo caloacuterica eacute adequada Desenvolver meacutetodo de comunicaccedilatildeo para satisfazer as necessidades do paciente encorajar o paciente a participar de programas sociais para evitar a depressatildeo

62

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (conclusatildeo)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Alzheimer Orientar a higiene corporal e higiene oral Medidas de prevenccedilatildeo de lesatildeo por pressatildeo Mudanccedila de decuacutebito Administraccedilatildeo de medicaccedilatildeo ansioliacutetica conforme prescriccedilatildeo meacutedica Proporcionar alimentaccedilatildeo saudaacutevel (frutas e legumes) em poucas quantidades vaacuterias vezes ao dia Ajudar no autocuidado Incentivar o autocuidado a comunicaccedilatildeo verbal a cogniccedilatildeo e a memoacuteria atraveacutes de jogos leituras e atividades luacutedicas Auxiliar a famiacutelia no entendimento e no enfrentamento da patologia

Diabetes Mellitus

Fornecer informaccedilotildees ao paciente Desenvolver um plano de ensino para o paciente Avaliar as estrateacutegias de enfrentamento para o paciente e tranquiliza-lo Determinar os meacutetodos de ensino para o paciente Avaliar as habilidades e comportamentos de autocuidado dos pacientes Monitorar pacientes experientes ateacute que eles natildeo cometam erros no autocuidado Instruir pacientes e familiares a reconhecer os sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia

Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

Orientar ao paciente da necessidade do uso adequado do medicamento dos horaacuterios da quantidade e das vias de administraccedilatildeo Orientar os idosos e familiares quanto aos resultados da medicaccedilatildeo Manter o registro da frequecircncia da incontinecircncia urinaacuteria registrar mudanccedilas da pressatildeo arterial do estado mental e das habilidades funcionais Realizar as medidas terapecircuticas Realiza treinamento da bexiga

Osteoporose

Deixar o paciente e o membro afetado em repouso Imobilizar o local da fratura para evitar movimentos Repousar o paciente em uma cama ortopeacutedica Deixar o local da fratura em posiccedilatildeo elevada Aplicar as medicaccedilotildees que foram receitadas Documentar todos os relatos de dores deixando claro onde ocorre e as caracteriacutesticas Incentivar o paciente a discutir os problemas relacionados agrave lesatildeo Medicar antes das atividades de cuidado Revisar a patologia fazendo prognoacutesticos e expectativas futuras Discutir o regime medicamentoso individual de forma apropriada Encorajar exerciacutecios brandos Monitorar a ingestatildeo de alimentos Auxiliar lentamente a pessoa a sentar Aumentar a motilidade dos membros Reduzir ou eliminar os fatores que aumentam a experiecircncia dolorosa

Fonte Florecircncio e outros (2012) Mattos e outros (2011 p 443) Menezes e outros (2013 p04) Tosin e outros (2016) Santos e outros (2017) (Adaptado pela autora)

Agir de acordo com as prescriccedilotildees de enfermagem que aqui foram desenvolvidas

proporciona ao sujeito idoso uma melhoria em sua qualidade de vida e dessa forma

consegue viver a terceira idade com plena satisfaccedilatildeo e alegria sem perder de vista a

extrema necessidade de cuidados constantes que a condiccedilatildeo de sujeito idoso lhe

obriga (LIRA et al 2013)

Conclui-se do que foi apresentado no quadro 10 que o profissional de enfermagem

deteacutem uma importante funccedilatildeo em sua aacuterea de atuaccedilatildeo e que precisa estar sempre

estudando se atualizando das novidades meacutedicas para poder oferecer um bom

cuidado ao seu cliente idoso seja no ambiente hospitalar seja no ambiente de abrigo

de idosos ou no proacuteprio lar do idoso (FAEDA PERROCA 2017)

Diante de todo o estudo realizado acerca do sujeito idoso e da relaccedilatildeo do profissional

de enfermagem com o seu paciente idoso conseguimos ter alguns resultados

63

satisfatoacuterios que a seguir seratildeo apresentados sem a necessidade de estarem em

ordem de prioridade ou seja todos satildeo importantes

64

65

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Envelhecer eacute um verbo que a todos afeta independentemente de sexo raccedila cor etc

Haacute no entanto duas formas de se envelhecer com sauacutede e sem sauacutede Mesmo

diante dessas duas formas de envelhecimento envelhecer com qualidade eacute precioso

para o indiviacuteduo pois dessa forma consegue se aceitar como velho consegue

suportar as doenccedilas que satildeo proacuteprias da terceira idade Consegue ver vantagem em

ser velho

Para se envelhecer com qualidade necessaacuterio eacute que o sujeito tenha uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel que se abstenha de viacutecios que satildeo danosos ao organismo que consiga ter

equiliacutebrio em sua vida pessoal psicoloacutegica iacutentima e em tantos outros campos ou seja

que tenha harmonia em tudo O apoio familiar torna-se primoroso nessa etapa da vida

Ter ao lado quando se estaacute fragilizado devido a velhice pessoas que ama que confia

e por quem eacute amado eacute uma forma de envelhecer com bastante qualidade

O profissional de enfermagem tem um papel fundamental junto a pessoas idosas pois

em muitos casos torna-se seu cuidador principal quando a famiacutelia natildeo pode cuidar

de seu idoso por motivos diversos ou quando o idoso se encontra sozinho sem

famiacutelia e sem amigos Por isso importante ter preparo com pessoas idosas entender

bem o processo de envelhecimento estar sempre atualizado diante das doenccedilas que

atingem os sujeitos idosos

Eacute um trabalho que demanda muito amor por parte do profissional e que por isso natildeo

basta apenas o entender racional de todos os procedimentos precisa ter sentimentos

proacutesperos de ajuda ao proacuteximo e seguir os princiacutepios norteadores de Wanda de

Aguiar Horta para quem a enfermagem foi o maior bem de sua vida pois cuidava de

seus pacientes como se fossem seus filhos

Considerando a taxa de envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira vale destacar

tambeacutem a abertura de mercado gerontoloacutegico para o profissional de enfermagem

Percebemos que com a taxa de envelhecimento da sociedade brasileira acelerada

a demanda por profissionais de enfermagem iraacute aumentar consideravelmente tendo

em vista a necessidade desse profissional para a praacutetica do cuidado com o sujeito

idoso

66

Discussotildees mais aprofundadas em torno do sujeito idoso precisam ser realizadas nas

academias com o intuito de formar profissionais competentes e com entendimento

desse setor pois conforme foi falado eacute um capo em franco crescimento devido ao

envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira Quanto mais capacitado for o profissional

melhor colocaccedilatildeo obteraacute no mercado de trabalho e melhores cuidados conseguiraacute

dispor em favor do paciente idoso

67

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ACIOLE Giovanni Gurgel BATISTA Lucia Helena Promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de incapacidades funcionais dos idosos na estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia a contribuiccedilatildeo da fisioterapia Sauacutede debate Rio de Janeiro v 37 n 96 p 10-19 mar 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-11042013000100003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON O que eacute Parkinson Disponiacutevel em lt

httpwwwparkinsonorgbrgt Acesso em 04 de junho de 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER O que eacute o Alzheimer Disponiacutevel em lt httpwwwabrazorgbrindexphppage=alzheimergt Acesso em 04 de junho de 2018 BAPTISTA Rafael Reimann VAZ Marco Aureacutelio Arquitetura muscular e o envelhecimento adaptaccedilatildeo funcional e aspectos cliacutenicos revisatildeo de literatura Fisioterapia e Pesquisa Satildeo Paulo v16 n4 p368-73 outdez 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdffpv16n415pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 BRASIL Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Osteoporose Boletim Sauacutede e Economia Ano I ndash Ediccedilatildeo nordm 1 agosto de 2009 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt

httpportalanvisagovbrdocuments33884412285Boletim+SaC3BAde+e+Economia+nC2BA+17d49dea4-6610-4a71-9154-c4df75c3dd53gt Acesso em 25 de maio de 2018 BRASIL Cacircmara dos Deputados Estatuto do Idoso Ministeacuterio da Sauacutede - 3 ed 2 reimpr - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2013 70 p ______ Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos Guia de Vigilacircncia em Sauacutede volume uacutenico [recurso eletrocircnico] Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos 2ordf Ed Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2017 705 p Disponiacutevel em lthttpportalarquivos2saudegovbrimagesPDF2017outubro16Volume-Unico-2017pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 ______ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica A Siacutentese dos Indicadores Sociais Uma Anaacutelise das Condiccedilotildees de Vida da Populaccedilatildeo Brasileira - 2016 Disponiacutevel em lthttpswwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimossinteseindicsociais2016defaultshtmgt Acesso em 06 de abril de 2018 ______ Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo nordm 358 do Conselho Federal de Enfermagem 15 de outubro de 2009 (BR) 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384htmlgt Acesso em 27 de abril de 2018

68

BUSNELLO Roberta et al Niacutevel de conhecimento de idosos sobre diabetes mellitus e sua percepccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave qualidade de vida Rev Kairoacutes Gerontologia 201215(3)81-94 Disponiacutevel em lthttpsrevistaspucspbrindexphpkairosarticleviewFile784011432gt Acesso em 23 de abril de 2018 CAMARGOS Mirela Castro Santos BOMFIM Wanderson Costa Osteoporose e Expectativa de Vida Saudaacutevel estimativas para o Brasil em 2008 Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 25 n 1 p 106-112 mar 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2017000100106amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de maio de 2018 CLARES Jorge Wilker Bezerra FREITAS Maria Ceacutelia de PAULINO Monnyck Hellen Couto Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem ao idoso institucionalizado fundamentada em Virginia Henderson Rev Rene (Online) 14(3) 649-658 maio ndash junho de 2013 Disponiacutevel em lt httppesquisabvsaludorgenfermagemresourceptbde-24492gt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 CORDEIRO Juliana et al Efeitos da atividade fiacutesica na memoacuteria declarativa capacidade funcional e qualidade de vida em idosos Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 3 p 541-552 Sept 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000300541amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA [recurso eletrocircnico] definiccedilotildees e classificaccedilatildeo 2012-2014 [NANDA International] traduccedilatildeo Regina Machado Garcez revisatildeo teacutecnica Alba Lucia Bottura Leite de Barros [et al] ndash Dados eletrocircnicos ndash Porto Alegre Artmed 2013 Centro Avanccedilado de Medicina Preventiva ENVELHECIMENTO - Sob o ponto de vista esteacutetico e meacutedico 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwcamepcombrenvelhecimentogt Acesso em 23 maio 2018 ENFERMEIRO aprendiz As Orientaccedilotildees de Enfermagem em Osteoporose 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwenfermeiroaprendizcombras-orientacoes-de-enfermagem-em-osteoporosegt Acesso em 25 maio 2018 ESQUENAZI Danuza SILVA R Boiccedila da GUIMARAtildeES Marco Antocircnio (2014) Aspectos fisiopatoloacutegicos do envelhecimento humano e quedas em idosos Rev Hosp Univ Pedro Ernesto 13(2)11-20 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg1012957rhupe201410124gt Acesso em 04 de junho de 2018 FAEDA Mariacutelia Silveira PERROCA Maacutercia Galan Conformidade na prescriccedilatildeo de enfermagem agraves necessidades de cuidados concepccedilatildeo de enfermeiros Rev Bras Enferm Brasiacutelia v 70 n 2 p 400-406 Apr 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672017000200400amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 May 2018

69

FILHO Mario Alves de Siqueira Envelhecimento e muacutesculo esqueleacutetico forccedila muscular atividade proteassomal e sinalizaccedilatildeo relacionada ao balanccedilo proteacuteico 2012 68 p Tese apresentada ao programa de poacutes-graduaccedilatildeo em fisiologia humana (Doutor em ciecircncias) - Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis4242137tde-12062013-102648enphpgt Acesso em 10 abr 2018 FONSECA Emiacutelio Prado da et al Mortalidade por cacircncer bucal e orofaringe no Brasil entre 2002 e 2011 Revista da Faculdade de Ciecircncias Gerenciais de Manhuaccedilu Manhuaccedilu MG v 11 n 2 p 08-17 Agosto-Dezembro 2014 Disponiacutevel em lthttppensaracademicofacigedubrindexphppensaracademicoarticleview216gt Acesso em 04 de junho de 2018 FLOREcircNCIO Raquel Sampaio et al Adesatildeo ao idoso ao tratamento para hipertensatildeo arterial e intervenccedilotildees de enfermagem Rev Rene 2012 13(2) 343-53 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicosufcbrrenearticleviewFile39243114gt Acesso em 22 de abril de 2018 GARCIA Telma Ribeiro Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem aspecto substantivo da praacutetica profissional Esc Anna Nery Rio de Janeiro 2016 20(1) 5-10 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeanv20n11414-8145-ean-20-01-0005pdfgt Acesso em 27 de abril de 2018 GUERRA Ana Carolina Lima Cavaletti CALDAS Ceacutelia Pereira Dificuldades e recompensas no processo de envelhecimento a percepccedilatildeo do sujeito idoso Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2931-2940 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600031amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 GONCALVES Lucia Hisako Takase ALVAREZ Angela Maria ARRUDA Micheli Coral Pacientes portadores da doenccedila de Parkinson significado de suas vivecircncias Acta paul enferm Satildeo Paulo v 20 n 1 p 62-68 Marccedilo 2007 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002007000100011amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 GONCALVES Endy-Ara Gouvea CARMO Joatildeo dos Santos Diagnoacutestico da doenccedila de Alzheimer na populaccedilatildeo brasileira um levantamento bibliograacutefico Rev Psicol Sauacutede Campo Grande v 4 n 2 p 170-176 dez 2012 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S2177-093X2012000200010amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 JARDIM Luciana Muniz Sanches Siqueira Veiga et al Tratamento Multiprofissional da Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica em Pacientes Muito Idosos Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 108 n 1 p 53-59 Jan 2017 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0066-782X2017000100053amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 JUSTO Joseacute Sterza ROZENDO Adriano da Silva A velhice no Estatuto do Idoso Estud pesqui psicol Rio de Janeiro v 10 n 2 p 471-489 ago 2010

70

Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1808-42812010000200012amplng=ptampnrm=isogt acessos em 22 abr 2018 KOKUDAI Laiacutes Aparecida ALVARENGA Maacutercia Regina Martins Classificaccedilatildeo das necessidades de sauacutede de idosos de acordo com a taxonomia NANDA 2010 Rev Anais do Eniac 6 p Disponiacutevel em lthttpsanaisonlineuemsbrindexphpenicarticleview13241337gt Acesso em 30 de abril de 2018 KUWAE Christiane Ayumi et al Concepccedilotildees de alimentaccedilatildeo saudaacutevel entre idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ normas nutricionais normas do corpo e normas do cotidiano Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 18 n 3 p 621-630 Sept 2015 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232015000300621amplng=enampnrm=isogt Acesso em 20 de maio de 2018 LEAO E SILVA Leonardo Oliveira et al Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica Representaccedilotildees Sociais de idosos sobre a doenccedila e seu tratamento Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 21 n 2 p 121-128 June 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2013000200004amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 de maio de 2018 LIMA Deborah Mendonccedila et al A hipovitaminose B12 eacute fator de risco para desenvolvimento de osteoporose Anais do Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - 1 ed - Satildeo Paulo AC Farmacecircutica 2014 Disponiacutevel em lthttpssbggorgbrwp-contentuploads2014101479477498_Anais_CBGG_-_Verso_finalpdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 LIRA Luana Nogueira et al Histoacuterico de enfermagem para idosos hospitalizados base para diagnoacutesticos e prescriccedilotildees Rev enferm UFPE on line Recife 7(8) 5198-206 ago 2013 Disponiacutevel em lthttpsperiodicosufpebrrevistasrevistaenfermagemarticleviewFile1179314165gt Acesso em 22 de maio de 2018 MANCINI Marisa Cotta SAMPAIO Rosana Ferreira Quando o objeto de estudo eacute a literatura estudos de revisatildeo Rev bras fisioter Satildeo Carlos v 10 n 4 Dec 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-35552006000400001amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 MARQUES Luiz Paulo Joseacute MOREIRA Rosa Maria Portella SANTOS Omar da Rosa Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio nos idosos Satildeo Paulo Editora Sarvier 2010 p 150 ndash 154 Disponiacutevel em lthttpswwwresearchgatenetpublication283487098_INFECCAO_DO_TRATO_URINARIO_NOS_IDOSOSgt Acesso em 30 de abril de 2018 MATTOS Carine Magalhatildees Zanchi de et al Processo de enfermagem aplicado a idosos com alzheimer que participam do projeto estrateacutegias de reabilitaccedilatildeo Estud Interdiscipl Envelhec Porto Alegre v16 ediccedilatildeo especial p 433-447 2011 Disponiacutevel em

71

lthttpseerufrgsbrindexphpRevEnvelhecerarticleview1792116307gt Acesso em 22 de maio de 2018 MACIEL Marcos Gonccedilalves Atividade fiacutesica e funcionalidade do idoso Motriz rev educ fis (Online) Rio Claro v 16 n 4 p 1024-1032 Dec 2010 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1980-65742010000400023amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de junho de 2018 MENEZES Luiza Tereza Gadelha de et al ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA In Congresso Nacional de Envelhecimento Humano 2016 Natal - RN ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA [Sl sn] 2016 p 1-6 Disponiacutevel em lthttpwwweditorarealizecombrrevistascnehtrabalhosTRABALHO_EV054_MD4_SA4_ID558_17082016145144pdfgt Acesso em 22 maio 2018 MORAIS Olga Nazareacute Pantoja de Grupos de idosos atuaccedilatildeo da psicogerontologia no enfoque preventivo Psicol cienc prof Brasiacutelia v 29 n 4 p 846-855 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-98932009000400014amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 06 abr 2018 MOTA Leandro Silva SOUSA Elton Geraldo de AZEVEDO Francisco Honeidy Carvalho Intercorrecircncias da osteoporose na qualidade de vida dos idosos Revista Interdisciplinar NOVAFAPI Teresina v5 n2 p44-49 Abr-Mai-Jun 2012 Disponiacutevel em lthttpsrevistainterdisciplinaruninovafapiedubrrevistainterdisciplinarv5n2revrev1v5n2pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 MOROZ Maisa Bastos KLUTHCOVSKY Ana Claudia Garabeli Cavalli SCHAFRANSKI Marcelo Derbli Controle de pressatildeo arterial em idosas hipertensas em uma Unidade de Sauacutede da Famiacutelia e fatores associados Cad Sauacutede Colet 2016 Rio de Janeiro 24 (1) 111-117 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcadscv24n11414-462X-cadsc-24-1-111pdfgt Acesso em 23 de abril de 2018 PEREIRA Erico Felden TEIXEIRA Clarissa Stefani ETCHEPARE Luciane Sanchotene O envelhecimento e o sistema muacutesculo esqueleacutetico Revista Digital n 101 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwefdeportescomefd101envelhhtmgt Acesso em 04 de junho de 2018 PETERNELLA Fabiana Magalhatildees Navarro MARCON Sonia Silva Descobrindo a Doenccedila de Parkinson impacto para o parkinsoniano e seu familiar Rev bras enferm Brasiacutelia v 62 n 1 p 25-31 Feb 2009 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672009000100004amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 REIS Luciana Arauacutejo dos TRAD Leny Alves Bonfim Suporte familiar ao idoso com comprometimento da funcionalidade a perspectiva da famiacutelia Psicol teor prat Satildeo Paulo v 17 n 3 p 28-41 dez 2015 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1516-

72

36872015000300003amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 RIBEIRO Aline Lima VEIGA Caroline Lagrotta da Associaccedilatildeo entre a capacidade cognitiva e a ocorrecircncia de quedas em idosos de juiz de fora Minas Gerais Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Federal de Juiz de Fora 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwufjfbrfacfisiofiles201307TCC-Aline-Carolinepdfgt Acesso em 10 de abril de 2008 RORIZ-FILHO Jarbas et al Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio Medicina (Ribeiratildeo Preto) 201043(2) 118-25 Disponiacutevel emlthttpwwwrevistasuspbrrmrparticleview166167gt Acesso em 04 de junho de 2018 RUIVO Susana et al Efeito do envelhecimento cronoloacutegico na funccedilatildeo pulmonar Comparaccedilatildeo da funccedilatildeo respiratoacuteria entre adultos e idosos saudaacuteveis Rev Port Pneumol Lisboa v 15 n 4 p 629-653 ago 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielomecptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0873-21592009000400005amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 07 abril de 2018 SANTOS Beatriz Aparecida dos et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem (SAE) no atendimento domiciliar ao paciente portador de osteoporose Revista Sauacutede em Foco ndashEdiccedilatildeo nordm 9 ndash Ano 2017 Disponiacutevel em lthttpunifiaedubrrevista_eletronicarevistassaude_focoartigosano2017072_sistematizacao_ass_enfermagem_saepdf gt Acesso em 25 de maio de 2018 SANCHES Ana Paula R Amadio LEBRAO Maria Luacutecia DUARTE Yeda Aparecida de Oliveira Violecircncia contra idosos uma questatildeo nova Saude soc Satildeo Paulo v 17 n 3 p 90-100 Sept 2008 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-12902008000300010amplng=enampnrm=isogt access on 22 Apr 2018 SENA Edite Lago da Silva et al Tecnologia cuidativa de ajuda muacutetua grupal para pessoas com Parkinson e suas famiacutelias Texto contexto - enferm Florianoacutepolis v 19 n 1 p 93-103 mar 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000100011amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 SERENIKI Adriana VITAL Maria Aparecida Barbato Frazatildeo A doenccedila de Alzheimer aspectos fisiopatoloacutegicos e farmacoloacutegicos Rev psiquiatr Rio Gd Sul Porto Alegre v 30 n 1 supl 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0101-81082008000200002amplng=enampnrm=isogt Acesso em 23 de abril de 2018 SILVA Bruna Rodrigues da FINOCCHIO Ana Luacutecia A velhice como marca da atualidade uma visatildeo psicanaliacutetica Viacutenculo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 23-30 dez 2011 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-24902011000200004amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018

73

SILVA Elisama Gomes Correia et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacutetica Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 45 n 6 p 1380-1386 Dec 2011 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000600015amplng=enampnrm=isogt access on 22 May 2018 SOUZA Rosangela Ferreira de SKUBS Thais BRETAS Ana Cristina Passarella Envelhecimento e famiacutelia uma nova perspectiva para o cuidado de enfermagem Rev bras enferm Brasiacutelia v 60 n 3 p 263-267 June 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672007000300003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de maio de 2018 SOUZA Emannuely Silva de ALVES Thalita Isapaula Feacutelix PASSOS Ana Beatriz Barbosa Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem a um Idoso com Parkinson em uma Instituiccedilatildeo de Apoio do Municiacutepio de Ipatinga Revista Enfermagem Integrada ndash Ipatinga Unileste-MG - V3 - N2 - NovDez 2010 Disponiacutevel em lt httpswwwunilestemgbrenfermagemintegradaartigoV3_209-sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem-a-um-idoso-com-parkinsonpdf gt Acesso em 02 de maio de 2018 TAGLIARINI Mariana Hidroginaacutestica na terceira Idade Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndashUNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2008 Lins 2008 62p il 31cm Disponiacutevel em lthttpwwwunisalesianoedubrbibliotecamonografias46264pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 TAYLOR Carol et al Fundamentos de enfermagem a arte e a ciecircncia do cuidado de enfermagem 7 ed Porto Alegre Artmed 2014 1768 p TEIXEIRA Ilka Niceacuteia DAquino Oliveira GUARIENTO Maria Elena Biologia do envelhecimento teorias mecanismos e perspectivas Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2845-2857 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600022amplng=enampnrm=isogt Acessado em 06 de abril de 2018 TOSIN Michelle Hyczy de Siqueira et al Intervenccedilotildees de Enfermagem para a reabilitaccedilatildeo na doenccedila de Parkinson mapeamento cruzado de termos Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 24 e2728 2016 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692016000100360amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 VARGAS Liane da Silva de LARA Marcus Viniacutecius Soares de MELLO-CARPES Pacircmela Billig Influecircncia da diabetes e a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico e atividades cognitivas e recreativas sobre a funccedilatildeo cognitiva e emotividade em grupos de terceira idade Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 4 p 867-878 dez 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000400867amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 23 abr 2018

74

VERAS Renato Peixoto Prevenccedilatildeo de doenccedilas em idosos os equiacutevocos dos atuais modelos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28 n 10 p 1834-1840 Oct 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-311X2012001000003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 VETTORE Marcelo Vianna et al Avaliaccedilatildeo do manejo da infecccedilatildeo urinaacuteria no preacute-natal em gestantes do Sistema Uacutenico de Sauacutede no municiacutepio do Rio de Janeiro Rev bras epidemiol Satildeo Paulo v 16 n 2 p 338-351 jun 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-790X2013000200338amplng=ptampnrm=isogt acessos em 30 abr 2018

Page 7: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca

RESUMO

O envelhecimento eacute uma condiccedilatildeo natural a que todos os seres vivos seratildeo

submetidos caso natildeo venham a oacutebito No ser humano essa condiccedilatildeo eacute mais

alarmante tendo em vista toda uma vida de independecircncia e posteriormente ter a

necessidade de depender de algueacutem caso natildeo envelheccedila com qualidade de vida

Estima-se que em 2050 a populaccedilatildeo brasileira teraacute em torno de 30 de idosos ou

seja a populaccedilatildeo brasileira estaacute envelhecendo bastante Este trabalho justifica-se

devido agrave enorme quantidade de sujeitos idosos que surgiratildeo devido ao aumento na

expectativa de vida e devido aos profissionais de enfermagem de um modo geral

natildeo estarem capacitados para atuarem junto agrave essa populaccedilatildeo Como objetivos esse

trabalho visa falar sobre o envelhecimento sobre os processos de envelhecimento

sobre doenccedilas inerentes agrave terceira idade sobre a assistecircncia do profissional de

enfermagem sobre a promoccedilatildeo da sauacutede ao sujeito idoso etc Para conseguir atingir

os objetivos apresentados foi usado como metodologia a revisatildeo de literatura sendo

essa um tipo de pesquisa Para tanto foi realizado levantamentos a partir das

seguintes bases Scielo livros e manuais do Ministeacuterio da Sauacutede revistas de sauacutede

etc Os criteacuterios de inclusatildeo foram artigos em liacutengua portuguesa textos completos e

a partir de 2007 O resultado da pesquisa bibliograacutefica mostrou que existe um enorme

campo de atuaccedilatildeo para o profissional de enfermagem quando se fala a respeito do

sujeito idoso devido a isso o profissional de enfermagem precisa estar bastante

capacitado para trabalhar com tal populaccedilatildeo

Palavras-chaves Idoso Envelhecimento Assistecircncia de Enfermagem

ABSTRACT

Aging is a natural condition to which all living beings will be subjected if they do not

die In the human being this condition is more alarming having in view a whole life of

independence and later having the need to depend on someone if it does not age

with quality of life It is estimated that in 2050 the Brazilian population will have around

30 of the elderly that is the Brazilian population is aging a lot This work is justified

due to the enormous amount of elderly subjects that will arise due to the increase in

life expectancy and due to the nursing professionals in general they are not able to

work with this population The objective of this study is to talk about aging aging

processes diseases inherent in the elderly nursing care health promotion to the

elderly etc In order to achieve the presented objectives the literature review was used

as methodology being this one type of research For that purpose surveys were

conducted based on the following bases Scielo books and manuals of the Ministry of

Health health magazines etc The inclusion criteria were articles in Portuguese

language full texts and as of 2007 The results of the bibliographic research showed

that there is a huge field of action for the nursing professional when talking about the

elderly subject because of this the nursing professional must be able to work with such

a population

Keywords Elderly Aging Nursing Assistance

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo28

Figura 2 - Processo de envelhecimento33

Figura 3 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento37

Figura 4 - Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal43

Figura 5 - Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson44

Figura 6 - Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer46

Figura 7 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose49

Figura 8 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril50

Figura 9 - Processo de Enfermagem55

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade27

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens28

Quadro 2 - Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso29

Quadro 3 - Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento34

Quadro 4 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento36

Quadro 5 - Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos40

Quadro 6 - Alimentos recomendados para idosos41

Quadro 7 - Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso49

Quadro 8 - Etapas do processo de enfermagem54

Quadro 9 - Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem56

Quadro 10 - Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE)59

LISTA DE SIGLAS

COFEN ndash Conselho Federal de Enfermagem

OMS ndash Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede

SAE ndash Sistema de Assistecircncia de Enfermagem

SCIELO ndash Scientific Electronic Library Online

BVS - Biblioteca Virtual em Sauacutede

DeCS - Descritores em Ciecircncia da Sauacutede

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

SNC - Sistema Nervoso Central

SUS - Sistema Puacuteblico de Sauacutede

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

AVC - Acidente Vascular Cerebral

ITU - Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

CE - Comitecirc de Eacutetica

PE - Processo de Enfermagem

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO25

11 OBJETIVOS26

111 Objetivo geral26

112 Objetivos especiacuteficos26

12 JUSTIFICATIVA26

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO27

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO

IDOSA NO BRASIL27

22 ESTATUTO DO IDOSO29

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO30

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO

ENVELHECIMENTO31

241 Mecanismos do envelhecimento32

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio35

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco35

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico36

2414 Envelhecimento do sistema nervoso38

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO38

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso39

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso40

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE42

261 Mal de Parkinson42

262 Doenccedila de Alzheimer45

263 Diabetes Mellitus46

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica47

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio48

266 Osteoporose49

3 METODOLOGIA53

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO55

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO55

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) 55

412 Processo de Enfermagem56

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos57

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS65

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS67

25

1 INTRODUCcedilAtildeO

O aumento da populaccedilatildeo idosa tem preocupado todas as autoridades devido ao

aumento do gasto previdenciaacuterio o que se torna um problema de enormes

proporccedilotildees tendo em vista o fato de o governo ter que disponibilizar a cada ano mais

verba para este segmento populacional que jaacute passa dos 15 milhotildees de brasileiros

Tais problemas colocados pela miacutedia amplifica o preconceito com o sujeito idoso e

com isso o medo de envelhecer fica latente a cada dia em que o sujeito chega agrave

terceira idade pois vislumbra-se um futuro sombrio no qual o preconceito conforme

falado seraacute enorme poliacuteticas de ajuda piacutefias verbas escassas e em muitos casos

falta de apoio familiar (GUERRA CALDAS 2010)

Um dos motivos que estatildeo proporcionando o aumento de idosos no Brasil eacute a melhoria

de diversos indicadores E como o aumento da populaccedilatildeo idosa acarreta seacuterios

problemas para a economia de um paiacutes torna-se importante desenvolver poliacuteticas que

podem auxiliar o idoso a envelhecer melhor com qualidade controlando as doenccedilas

caracteriacutesticas da terceira idade funcional e contribuindo com o Estado para que

este natildeo venha a entrar em colapso (VERAS 2012)

Estudos cientiacuteficos tecircm comprovado que exerciacutecios fiacutesicos combinados a uma boa

alimentaccedilatildeo e ateacute mesmo remeacutedios fitoteraacutepicos contribuem para uma melhoria

consideraacutevel para a sauacutede fiacutesica e mental dos idosos o que eacute algo bastante

interessante tendo em vista que a maioria dos acidentes com pessoas idosas ocorrem

quando o sujeito idoso sem forccedila muscular se machuca em pequenas atividades

dentro de casa ou quando sua sauacutede mental natildeo proporciona um envelhecimento

confortaacutevel ou quando as doenccedilas crocircnicas caracteriacutesticas da terceira idade se

apresentam intensamente (ACIOLE BATISTA 2013)

Nos dias atuais um carimbo que existe sobre o sujeito idoso eacute o descaso com ele

satildeo colocados agrave margem da sociedade Muitos natildeo possuem mais aptidatildeo para

trabalhos e muitos apresentam problemas de sauacutede que demandam um cuidado

especial muita atenccedilatildeo e com a ldquovida corridardquo quem deveria cuidar do idoso acaba

negligenciando sua funccedilatildeo e por isso vaacuterios idosos acabam indo para instituiccedilotildees de

asilo que muitas vezes natildeo oferecem condiccedilotildees miacutenimas de cuidados (SILVA

FINOCCHIO 2011)

Por outro lado instituiccedilotildees seacuterias de abrigo de idosos possuem profissionais de

26

diversas aacutereas do saber que atuam em conjunto para um cuidado eficaz do sujeito

idoso Dentre esses profissionais que auxiliam no cuidado do idoso uma figura que

se destaca eacute o enfermeiro que desenvolve ldquosuas atividades com os idosos por meio

de um processo de cuidar que contempla os aspectos biopsicossociais e espirituais

vivenciados durante a institucionalizaccedilatildeordquo quando utiliza a Sistematizaccedilatildeo de

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) por intermeacutedio do Processo de Enfermagem (PE)

permitindo ldquouma avaliaccedilatildeo integral do idoso identificando necessidades e padrotildees de

resposta aos problemas de sauacutede para a determinaccedilatildeo de soluccedilotildees apropriadas no

atendimento dessas necessidadesrdquo (CLARES FREITAS PAULINO 2013 p 02)

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

bull Analisar a partir de uma revisatildeo de literatura a Assistecircncia de Enfermagem ao

sujeito idoso

112 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever o processo de envelhecimento

bull Listar as principais doenccedilas que acometem a populaccedilatildeo idosa

bull Identificar as principais estrateacutegias de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem (SAE) para a populaccedilatildeo idosa

12 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista o aumento do nuacutemero de sujeitos idosos no Brasil devido ao aumento

da expectativa de vida e por ser esta autora jaacute atuante como enfermeira na

assistecircncia agraves pessoas idosas natural foi a escolha pelo tema aqui desenvolvido

27

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO IDOSA

NO BRASIL

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) oacutergatildeo do governo responsaacutevel

por coletar informaccedilotildees a respeito da sociedade brasileira para um melhor

entendimento da realidade lanccedilou em 2016 um livro com uma siacutentese de indicadores

sociais e uma anaacutelise das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo brasileira Tal livro

permeado de dados estatiacutesticos foi utilizado para levantar as estatiacutesticas a respeito

da populaccedilatildeo idosa do Brasil e assim seraacute aqui referenciado

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

A evoluccedilatildeo da composiccedilatildeo populacional por grupos de idade aponta para a tendecircncia de envelhecimento demograacutefico que corresponde ao aumento da participaccedilatildeo percentual dos idosos na populaccedilatildeo e a consequente diminuiccedilatildeo dos demais grupos etaacuterios (BRASIL 2016 p 13)

A constataccedilatildeo de que a sociedade brasileira estaacute envelhecendo pode ser confirmada

na Tabela 01 que reforccedila o que jaacute foi citado anteriormente

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade

IDADE (anos) 2005 () 2015 ()

0 ndash 14 265 210 15 - 29 274 236 30 - 59 362 410

Acima de 60 98 143

Fonte Brasil (2016 p 13)

Ainda sobre a Tabela 01 observa-se a evoluccedilatildeo da populaccedilatildeo brasileira entre os anos

de 2005 a 2015 Observa-se pela tabela que a populaccedilatildeo idosa saiu dos 98 em

2005 para 143 em 2015 ou seja em uma deacutecada a populaccedilatildeo idosa cresceu cerca

de 46 Eacute um crescimento enorme Com essa dinacircmica populacional a expectativa

eacute que em 2050 a populaccedilatildeo idosa no Brasil fique ligeiramente abaixo dos 30

conforme eacute ilustrado na Figura 01 Ela tambeacutem apresenta a projeccedilatildeo da evoluccedilatildeo de

pessoas com mais de 60 anos no restante do mundo (BRASIL 2016)

28

Figura 01 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo

Fonte Brasil (2016) (Adaptado pela autora)

O sujeito idoso apresenta diversas dificuldades no seu dia-a-dia e torna-se um desafio

enorme para a sociedade brasileira como um todo em vista da preocupaccedilatildeo que se

deve ter com o sujeito idoso No Quadro 01 algumas caracteriacutesticas pertinentes aos

idosos (BRASIL 2016)

Quadro 01 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens CARACTERIacuteSTICAS QUANTIDADE

Alguma dificuldade permanente para caminhar 330 ()

Vivem em domiciacutelios em aacutereas sem arborizaccedilatildeo 275 ()

Entidade de assistecircncia social privada sem fins lucrativos 8283

Jaacute se sentiram discriminados no serviccedilo sauacutede 84 ()

Niacutevel de ocupaccedilatildeo dos idosos 263 ()

Proporccedilatildeo de idosos ocupados que recebem aposentadoria 538 ()

Ensino fundamental incompleto 655 ()

Sem plano meacutedico ou odontoloacutegico 680 ()

Sintomas de depressatildeo 93 ()

Fonte Brasil (2016)

O Quadro 01 apresenta diversas informaccedilotildees a respeito do sujeito idoso A que mais

chama atenccedilatildeo eacute a quantidade de idosos sem plano de sauacutede ou odontoloacutegico algo

em torno de 68 pois como eacute sabido a sauacutede puacuteblica no Brasil eacute precaacuteria e com

isso o idoso que acaba por depender do sistema puacuteblico natildeo tem um atendimento

eficaz o que pode agravar suas condiccedilotildees fiacutesicas e de sauacutede (BRASIL 2016)

29

22 ESTATUTO DO IDOSO

O estatuto do idoso eacute o nome popular dado a Lei nordm 10741 de 1ordm de outubro de 2003

que veio para regular os direitos das pessoas com mais de sessenta anos assim

consideradas idosas (BRASIL 2013)

O referido documento agrupou leis que jaacute existiam organizando-as em blocos Todos

os direitos a que o idoso tem mas que em diversas ocasiotildees satildeo deliberadamente

usurpados foram bem discutidos nesta lei Seu art 2ordm assim institui

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes agrave pessoa humana sem prejuiacutezo da proteccedilatildeo integral de que trata esta Lei assegurando-se-lhe por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades para preservaccedilatildeo de sua sauacutede fiacutesica e mental e seu aperfeiccediloamento moral intelectual espiritual e social em condiccedilotildees de liberdade e dignidade (BRASIL 2013 p 07)

O idoso possui sempre prioridades devido a uma seacuterie de fatores e acima de tudo

devido agrave sua fragilidade pela idade avanccedilada O estatuto do idoso determina quais

satildeo essas prioridades No Quadro 02 elas satildeo delineadas (BRASIL 2013)

Quadro 02 ndash Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso INCISO PRIORIDADES

I Ter atendimento prioritaacuterio e personalizado junto a oacutergatildeos que prestam serviccedilos de sauacutede agrave populaccedilatildeo

II Ter prioridades diante das poliacuteticas sociais elaboradas para a sauacutede puacuteblica

III Destinaccedilatildeo privilegiada de recursos puacuteblicos para os setores que possuem obrigaccedilotildees de proteccedilatildeo ao idoso

IV Desenvolvimento de poliacuteticas que torne possiacutevel o conviacutevio do idoso com pessoas de outras geraccedilotildees

V Ser cuidado por membros de sua famiacutelia sendo que a acolhida em abrigos de idosos seria em uma uacuteltima situaccedilatildeo

VI Capacitaccedilatildeo dos profissionais que cuidam de idosos para prestar um atendimento de qualidade de atualizado

VII No desenvolvimento de poliacuteticas que possibilitem a divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees educativas a respeito do idoso para o puacuteblico em geral

VIII Garantia de acessibilidade aos serviccedilos de sauacutede e de assistecircncia social do Estado

IX Primazia quando do recebimento da restituiccedilatildeo do Imposto de Renda

Fonte Brasil (2013) (Adaptado pela autora)

Como pode-se observar no Quadro 02 as prioridades a que o idoso tem direito satildeo

vaacuterias poreacutem o que se observa na praacutetica eacute que muitas delas satildeo ignoradas A cultura

de cada paiacutes diz se os seus velhos seratildeo beneficiados com o respeito ou se seratildeo

maltratados No Brasil impera a cultura de descaso com o sujeito da terceira idade e

muitas vezes vaacuterios deles sofrem verdadeiros maus tratos seja fiacutesica seja

psicologicamente (SANCHES LEBRAO 2008)

30

Referida norma nos dizeres de Justo e Rozendo (2010) apresenta natildeo apenas o

instrumento juriacutedico para preservar e garantir a dignidade do idoso mas ldquo[] mas

tambeacutem como uma produccedilatildeo simboacutelica e conceitual que mediante um conjunto de

signos representaccedilotildees imagens e saberes configura o idoso na cultura []rdquo (JUSTO

ROZENDO 2010 p 472)

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO

O ser humano eacute um animal social e por isso desde haacute muito tempo de eacutepocas

remotas eles se organizam dando alguma ideia de famiacutelia conforme entendemos

atualmente No entanto a ideia de famiacutelia muda agrave medida que a histoacuteria evolui e se

antes o sujeito idoso era considerado o ente mais importante de sua famiacutelia devido

aos conhecimentos que adquiriu ao longo de sua jornada nos dias atuais essa

premissa jaacute natildeo eacute tatildeo mais importante e devido a isso observa-se poucos idosos no

seio da famiacutelia com sua consequente diminuiccedilatildeo (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

Quando se pensa em famiacutelia como instituiccedilatildeo social o que precisa ser levado em

consideraccedilatildeo para uma anaacutelise mais ampla a respeito dessa instituiccedilatildeo social satildeo

ldquo[] aspectos como afetividade companheirismo solidariedade sentimentos e accedilotildees

que podem ser encontradas fora dos laccedilos consanguiacuteneosrdquo Ou seja natildeo se eacute famiacutelia

somente aqueles que possuem o mesmo sangue mas existem outros fatores que

demonstram ser um agrupamento de pessoas considerado famiacutelia ldquoEacute uma construccedilatildeo

social influenciada pela cultura e contexto histoacuterico em que foi concebida []rdquo

(SOUZA SKUBS BRETAS 2007 p 264)

A vida do ser humano eacute repleta de fases desde agrave infacircncia ateacute a velhice Em cada fase

existe todo um conjunto cultural que daacute suporte agravequela fase e por isso nas famiacutelias

atuais existe um certo conflito entre membros familiares de geraccedilotildees diferentes pois

convivem muitas vezes em uma mesma residecircncia crianccedilas adolescentes adultos

e velhos e por isso um maior cuidado para que tais diferenccedilas natildeo interfiram na

harmonia do lar (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

E com o sujeito idoso haacute de se ter uma atenccedilatildeo especial devido a todos os fatores

envolvidos em sua mudanccedila de idade e com a chegada da velhice Tais fatores satildeo

os sociais psicoloacutegicos materiais financeiros autonomia etc Dessa forma o idoso

tende a dar mais trabalho pois uma vez que fora independente e natildeo eacute mais uma

31

vez que fora forte e natildeo eacute mais apresenta uma paciecircncia bastante curta Assim os

familiares que em volta dele estatildeo precisam ter bastante amor e carinho para um

excelente cuidado pois eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia assim fazer conforme preceitua a

Constituiccedilatildeo Federal (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

O apoio da famiacutelia para o sujeito idoso eacute de suma importacircncia para que ele possa ter

uma velhice confortaacutevel e saudaacutevel Reis e Trad possuem palavras interessantes a

respeito Vejamos

O suporte familiar contribui de maneira significativa para a manutenccedilatildeo e a integridade fiacutesica e psicoloacutegica do indiviacuteduo Seu efeito eacute tido como beneacutefico no membro da famiacutelia que o recebe na medida em que o suporte eacute percebido como disponiacutevel e satisfatoacuterio [] Dessa forma eacute fundamental para o planejamento assistencial adequado ao idoso a compreensatildeo do contexto familiar o que implica o entendimento das questotildees que envolvem a formaccedilatildeo e a dinacircmica de funcionamento das famiacutelias em geral (REIS TRAD 2015 p 30)

No entanto abrigos repletos de sujeitos idosos demonstram que na grande maioria

dos casos os familiares preferem abandonar os seus velhos aos cuidados de

enfermeiros que nem conhecem se estatildeo capacitados para lidar com as

necessidades Mesmo com o advento do estatuto do idoso ele continua sofrendo

severos preconceitos (REIS TRAD 2015)

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO

No Brasil de hoje tem-se observado um crescimento substancial do nuacutemero de

sujeitos idosos (aqueles com mais de 60 anos de acordo com o estatuto do idoso) e

isso eacute algo bastante preocupante tendo em vista a infraestrutura precaacuteria do sistema

de sauacutede Apenas a tiacutetulo de entendimento de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatiacutestica (IBGE) a quantidade de sujeitos idosos em 2016 era em cerca

de 143 (BRASIL 2016)

Existem basicamente dois motivos pelos quais a quantidade de sujeitos idosos vem

aumentando no Brasil que satildeo a reduccedilatildeo da taxa de natalidade e a reduccedilatildeo da

mortalidade A tecnologia vem ajudando consideravelmente para que esses dois

fatores sejam os reais motivos pelo aumento da taxa de idosos (MORAIS 2009)

A afirmativa anterior eacute reforccedilada pelo IBGE conforme segue ldquoAs mudanccedilas na razatildeo

de dependecircncia estatildeo diretamente associadas agrave diminuiccedilatildeo da fecundidade e ao

32

aumento na longevidade da populaccedilatildeo especialmente na populaccedilatildeo idosardquo (BRASIL

2016 p 17)

Dessa forma o ato de envelhecer passa a ser visto como algo a que todos os

brasileiros passaratildeo um dia pois haacute um aumento na expectativa de vida e assim

entender o processo de envelhecimento e desenvolver mecanismos para um

envelhecimento saudaacutevel torna-se fundamental pois idosos saudaacuteveis significa

grosso modo menos problemas tanto para a famiacutelia quanto para o governo Mas esse

menos problema natildeo eacute dito de forma vulgar pejorativa mas sim de forma racional

pois com um idoso saudaacutevel em uma famiacutelia esta famiacutelia natildeo sofre com o sofrimento

dele (MORAIS 2009)

Os desafios que se apresentam com o aumento da populaccedilatildeo idosa no Brasil estatildeo

intimamente interligados com a integraccedilatildeo e o cuidado social com o sujeito idoso com

a sauacutede com a assistecircncia social com a previdecircncia social com a forma de

envelhecer saudaacutevel etc (BRASIL 2016)

Dessa forma importante entender o mecanismo bioloacutegico do envelhecimento e sua

correlaccedilatildeo com o meio fiacutesico para um cuidado mais personalizado

241 Mecanismos do envelhecimento

Teixeira e Guariento afirmam que o conhecimento acerca do envelhecimento ou dos

motivos que o causam satildeo limitados devido agrave falta de pesquisas experimentais com

seres humanos o que eacute vedado pela eacutetica meacutedica Dessa forma pode-se fazer

apenas experimentos com animais em especial com roedores moscas de frutas e

isso acaba natildeo trazendo um real significado acerca do processo de envelhecimento

(TEIXEIRA GUARIENTO 2010)

Existem vaacuterias teorias a respeito do envelhecimento e por isso aos poucos foram

sendo agrupadas basicamente em dois grupos a saber teorias programadas e

teorias estocaacutesticas A primeira tem sua ideia central ldquonos reloacutegios bioloacutegicos que

regulam o crescimento a maturidade a senescecircncia e a morterdquo Jaacute a segunda baseia-

se na ldquoidentificaccedilatildeo de agravos que induzem aos danos moleculares e celulares

aleatoacuterios e progressivosrdquo (TEIXEIRA GUARIENTO 2010 p 2846)

33

Fato eacute que os efeitos do envelhecimento satildeo visiacuteveis rugas expostas cabelos

brancos peles caiacutedas dificuldades para se locomoverem decliacutenio das forccedilas

diminuiccedilatildeo do equiliacutebrio diversas doenccedilas dificuldade na respiraccedilatildeo Tudo estaacute

conjuntamente interligado em um processo complexo e variado que envolve tanto o

bioloacutegico quanto o psicossocial e que afeta diversos sistemas Na Figura 02 uma

representaccedilatildeo interessante do processo de envelhecimento (RUIVO et al 2009)

Figura 02 ndash Processo de envelhecimento

Fonte Centro avanccedilado de medicina preventiva (2018)

34

No Quadro 03 eacute apresentado os efeitos da velhice de uma forma geral e resumida

Vaacuterios satildeo os efeitos do envelhecimento no sujeito idoso por isso apenas alguns deles

foram relatados a tiacutetulo de exemplos

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (continua)

MODIFICACcedilOtildeES NO CORPO COM O ENVELHECIMENTO

ESTADO GERAL

Reduccedilatildeo progressiva da eficiecircncia dos processos fisioloacutegicos resulta em equiliacutebrio fraacutegil e impotildee obstaacuteculos agrave capacidade do corpo para manter a homeostase Estressores fiacutesicos e emocionais tornam o idoso mais vulneraacutevel devido agrave diminuiccedilatildeo das reservas fisioloacutegicas O idoso pode continuar a se envolver em todas as atividades da meia-idade embora de maneira intuitiva deva adaptar-se a um ritmo modificado e a periacuteodos de descanso mais frequentes

TEGUMENTAR

Surgimento de rugas e perda da firmeza da pele ocorrem com a reduccedilatildeo da elasticidade ressecamento e descamaccedilatildeo satildeo comuns A queda dos cabelos eacute comum nos homens e as mulheres tecircm afinamento e perda de pigmentaccedilatildeo dos cabelos Sinais de pele e pigmentaccedilatildeo satildeo comuns embora a pele possa clarear devido agrave perda de melanoacutecitos As unhas costumam espessar-se e ficar quebradiccedilas e amareladas

MUSCULOESQUELEacuteTICO

Diminui o tecido subcutacircneo e o peso no idoso A massa e a forccedila musculares diminuem Ocorre desmineralizaccedilatildeo oacutessea e os ossos ficam porosos e quebradiccedilos As articulaccedilotildees tendem a enrijecer e a perder flexibilidade podendo diminuir a amplitude de movimentos Costuma ocorrer lentidatildeo da mobilidade geral e a postura tende a encurvar A altura diminui um pouco

NEUROLOacuteGICO

O Sistema Nervoso Central reage mais lentamente a muacuteltiplos estiacutemulos Assim a resposta cognitiva e comportamental do idoso pode ser retardada Diminui a frequecircncia da reaccedilatildeo reflexa A regulagem da temperatura e a percepccedilatildeo de dorpressatildeo ficam menos eficientes O idoso pode ainda ter dificuldades no equiliacutebrio na coordenaccedilatildeo na motricidade fina e na orientaccedilatildeo espacial o que resulta em maior risco para quedas Costuma encurtar o sono noturno e o idoso pode despertar com mais facilidade

SENTIDOS ESPECIAIS

Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade visual (presbiopia) com maior sensibilidade agrave claridade e menor capacidade de adaptar-se agrave escuridatildeo Reduccedilatildeo da acomodaccedilatildeo reduccedilatildeo da percepccedilatildeo em profundidade e da discriminaccedilatildeo de cores Uma catarata pode obscurecer ainda mais a visatildeo A dificuldade para ler letras miuacutedas pode se tornar mais evidente Dirigir durante o dia ou durante agrave noite pode ficar comprometido Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade auditiva (presbicusia) em especial diminuiccedilatildeo da discriminaccedilatildeo de tons na presenccedila de ruiacutedos ambientais Em consequecircncia dos problemas auditivos o idoso pode retrair-se de eventos sociais As sensaccedilotildees de paladar e olfato diminuem Sensibilidade aos cheiros pode diminuir Problemas nutricionais podem surgir

CARDIOPULMONAR

Os vasos sanguiacuteneos ficam menos elaacutesticos e muitas vezes riacutegidos e tortuosos Depoacutesitos de placas de gordura continuam a ocorrer nos revestimentos dos vasos sanguiacuteneos Edema e esfriamento das extremidades inferiores podem ocorrer em especial com a diminuiccedilatildeo da mobilidade O corpo tem menor capacidade de aumentar a frequecircncia do coraccedilatildeo e o deacutebito cardiacuteaco mediante atividade A elasticidade pulmonar e a accedilatildeo ciliar diminuem de modo que a desobstruccedilatildeo pulmonar se torna menos eficiente Pode aumentar a frequecircncia pulmonar acompanhada de profundidade diminuiacuteda

35

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (conclusatildeo)

GASTRINTESTINAL Os sucos digestivos continuam a diminuir e reduz-se a absorccedilatildeo de nutrientes Desnutriccedilatildeo e anemia satildeo mais comuns Com a reduccedilatildeo do tocircnus muscular e o peristaltismo diminuiacutedo satildeo comuns queixas de constipaccedilatildeo

DENTICcedilAtildeO Perda e caacuterie dentaacuterias continuam para a maioria dos idosos Os haacutebitos alimentares podem mudar em especial se o idoso natildeo tem dentes ou usa dentaduras que natildeo servem bem

GENITURINAacuteRIO

O fluxo sanguiacuteneo para os rins reduz com a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco A quantidade de unidades de neacutefrons funcionando diminui em 50 Produtos a serem eliminados podem ser filtrados e excretados mais lentamente Liacutequidos e eletroacutelitos permanecem dentro das variaccedilotildees normais mas o equiliacutebrio eacute fraacutegil Cerca de 75 dos homens com mais de 65 anos tecircm hipertrofia da glacircndula prostaacutetica Pode haver a necessidade de cirurgia caso ocorra retenccedilatildeo urinaacuteria Haacute atrofia diminuiccedilatildeo de secreccedilotildees e afinamento do trato genital da mulher idosa

Fonte Taylor e outros (2007 p 460)

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio

O Sistema respiratoacuterio envelhece da mesma forma que o restante do organismo e

muitas vezes ele envelhece mais raacutepido devido agrave enorme quantidade de poluiccedilatildeo a

que estamos sujeitos Nas palavras de Ruivo e outros

Pensa-se que o sistema respiratoacuterio seja o sistema do organismo que envelhece mais rapidamente devido agrave maior exposiccedilatildeo a poluentes ambientais ao longo dos anos As mudanccedilas que ocorrem a este niacutevel satildeo clinicamente relevantes porque a deterioraccedilatildeo da funccedilatildeo pulmonar estaacute associada ao aumento da taxa de mortalidade e aleacutem disso o conhecimento das mesmas contribui para a detecccedilatildeo e prevenccedilatildeo de disfunccedilotildees respiratoacuterias em idosos (RUIVO et al 2009 p 631)

Biologicamente com o envelhecimento a estrutura morfoloacutegica da parede toraacutecica

sofre severas alteraccedilotildees que afetam diretamente os pulmotildees Dessa forma a perda

da elasticidade dentre outros problemas torna-se a mais frequente complicaccedilatildeo

pulmonar entre pessoas idosas (RUIVO et al 2009)

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco

O envelhecimento do sistema cardiacuteaco acarreta diversas complicaccedilotildees ao sujeito

idoso e a dinacircmica de como esse processo se dar eacute melhor explicado por Esquenazi

Silva e Guimaratildees

O coraccedilatildeo eacute constituiacutedo por ceacutelulas musculares os cardiomioacutecitos moleacuteculas de matriz extracelular destacando-se o colaacutegeno e ceacutelulas intersticiais cardiacuteacas tais como fibroblastos e ceacutelulas endoteliais Por tratar-se de ceacutelulas terminalmente diferenciadas a identificaccedilatildeo recente de ceacutelulas-tronco residentes no coraccedilatildeo revelou que os cardiomioacutecitos satildeo repostos mas natildeo

36

na proporccedilatildeo ideal para recuperaccedilatildeo de funccedilatildeo alterada consequente a eventuais perdas (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

Dessa forma pode-se realccedilar algumas mudanccedilas sensiacuteveis que ocorrem com o

envelhecimento e que estatildeo listadas no Quadro 04 abaixo

Quadro 04 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento MUDANCcedilAS ORGAcircNICAS COM O ENVELHECIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

A parede ventricular torna-se mais espessa

Diminuiccedilatildeo das ceacutelulas de cardiomioacutecitos

Aumento do conteuacutedo do colaacutegeno

Alteraccedilatildeo do metabolismo mitocondrial

Maior secreccedilatildeo de colaacutegeno

Induccedilatildeo de apoptose das ceacutelulas musculares lisas da parede arterial

Aumento da rigidez aoacutertica

Alteraccedilatildeo da elasticidade aoacutertica

Disfunccedilatildeo diastoacutelica

Hipertrofia do ventriacuteculo esquerdo

Insuficiecircncia cardiacuteaca congestiva

Fonte Esquenazi Silva e Guimaratildees (2014) (Adaptado pela autora)

No envelhecimento ocorrem mudanccedilas em algumas propriedades do coraccedilatildeo e isso

pode acarretar o surgimento de arritmias cardiacuteacas bem como a diminuiccedilatildeo da

possibilidade de alteraccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca durante situaccedilotildees de estresse

Assim devido agrave mudanccedila da frequecircncia cardiacuteaca na populaccedilatildeo da terceira idade eacute

frequentemente adicionado medicamentos como diureacuteticos medicamentos que atuam

para combater a arritmia etc (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico

Haacute diversos estudos que tentam provar que o processo de envelhecimento estaacute

associado agrave diminuiccedilatildeo da massa muscular fenocircmeno conhecido como sarcopenia

Este fenocircmeno debilita diretamente a arquitetura muscular alterando diversas

propriedades tais como ldquoaacuterea da seccedilatildeo transversa anatocircmica comprimento das fibras

musculares volume e acircngulo de penaccedilatildeo dos muacutesculosrdquo Ocasiona uma reduccedilatildeo das

forccedilas do paciente da capacidade aeroacutebica e da taxa metaboacutelica Juntos esses

fatores influenciamalteram a qualidade de vida pois podem aumentar a taxa de

quedas e ocasionar outros problemas ao idoso que repercutem em todos os campos

de sua vida (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

37

Os mais novos estudos cientiacuteficos na aacuterea sugerem que o envelhecimento tambeacutem

estaacute relacionado com a diminuiccedilatildeo da rigidez dos tendotildees o que eacute apreciado na obra

de Baptista e Vaz conforme segue

Modificaccedilotildees morfoloacutegicas na unidade muacutesculo-tendatildeo como a sarcopenia ou a diminuiccedilatildeo da rigidez tendiacutenea reconhecidamente causam alteraccedilotildees de suas propriedades mecacircnicas As propriedades mecacircnicas dos muacutesculos determinam sua capacidade de produccedilatildeo de forccedila em diferentes comprimentos e velocidades podendo assim influenciar de maneira significativa as atividades de vida diaacuteria dos seres humanos independente da faixa etaacuteria (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

Natildeo se consegue entender exatamente como ocorre o processo da sarcopenia pois

eacute um processo complexo no qual diversos outros processos contribuem para que

aconteccedila Alguns estudos sugerem que a diminuiccedilatildeo da ativaccedilatildeo neuromuscular eacute

comeccedilo do processo de perda de massa e de forccedila O que eacute bem entendido e

preocupante satildeo os seus efeitos nos sujeitos idosos que provocam diversas outras

consequecircncias (FILHO 2012)

Eacute sabido que tudo estaacute interligado portanto quando ocorre reduccedilatildeo da estrutura

muscular esqueleacutetica isso acarreta outros problemas natildeo soacute de importacircncia material

assim como de importacircncia imaterial como sedentarismo depressatildeo ansiedade

depressatildeo etc A Figura 03 ilustra esse ciacuterculo vicioso (PEREIRA TEIXEIRA

ETCHEPARE 2006)

Figura 03 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento

Fonte Pereira Teixeira e Etchepare (2006)

38

2414 Envelhecimento do sistema nervoso

O envelhecimento como jaacute foi dito provoca uma seacuterie de alteraccedilotildees no organismo do

sujeito idoso No sistema nervoso diversas alteraccedilotildees anatocircmicas e quiacutemicas satildeo

observadas no enceacutefalo e na medula e essas alteraccedilotildees podem ser vistas tanto

macroscopicamente quanto microscopicamente Ateacute mesmo o tamanho do ceacuterebro e

peso dele satildeo modificados agrave medida que o sujeito envelhece na ordem de 2 a cada

uma deacutecada e com diminuiccedilatildeo de proteiacutenas (TAGLIARINI 2008)

De acordo com anaacutelises feitas ao envelhecer diversas alteraccedilotildees acontecem sendo

que as mais vitais satildeo ldquoa diminuiccedilatildeo de ceacutelulas alteraccedilotildees dendriacuteticas placas senis

degeneraccedilatildeo neurofibrilar degeneraccedilatildeo gracircnulo-vacuolar e acuacutemulo de lipofucsinardquo

(TAGLIARINI 2008 p 18)

As alteraccedilotildees morfoloacutegicas produzidas pelo Sistema Nervoso Central (SNC) se

mostram como sendo de suma importacircncia para o devido funcionamento do sistema

nervoso devido agrave importacircncia na geraccedilatildeo e processamento das memoacuterias e no

transporte de informaccedilotildees ateacute os neurocircnios (TAGLIARINI 2008)

Portanto de tudo o que foi falado a respeito do envelhecimento do sistema nervoso

algumas partes ainda natildeo foram provadas e muita coisa ainda deve ser elucidada

com os anos vindouros Tem-se uma ideia de que as modificaccedilotildees ocorrem tanto de

forma central quanto de forma perifeacuterica ldquocom atrofia cerebral devido agrave diminuiccedilatildeo do

nuacutemero de neurocircnios assim como a reduccedilatildeo da quantidade de substacircncias branca e

cinzenta Ocorre ainda reduccedilatildeo da sinaptogecircnese e da velocidade de conduccedilatildeo

nervosa []rdquo (RIBEIRO VEIGA 2013 p25)

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO

Conforme jaacute foi falado anteriormente a populaccedilatildeo brasileira seguindo o ritmo da

populaccedilatildeo mundial estaacute envelhecendo mais devido agraves inovaccedilotildees tecnoloacutegicas Com

isso mais sujeitos idosos procuram serviccedilos meacutedicos por causa das doenccedilas

inerentes agrave terceira idade Essa demanda impulsiona aos governos criarem poliacuteticas

de sauacutede para que o sujeito envelheccedila com sauacutede pois se assim for proporciona

vantagem para todos os que estatildeo envolvidos com o idoso seja seus parentes que

39

cuidam dele seja o Estado que natildeo precisa gastar muito com remeacutedios Isso

proporciona um aliacutevio na previdecircncia divido agrave imensa diacutevida puacuteblica que existe e por

necessitar fazer corte de gastos A seguir seraacute melhor tratado acerca dos benefiacutecios

da atividade fiacutesica para o idoso para ter um envelhecimento sadio e de haacutebitos

saudaacuteveis que precisa ter para o seu dia-a-dia com sauacutede (ACIOLE BATISTA 2013)

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso

Com o crescimento mundial acelerado da populaccedilatildeo idosa diversas poliacuteticas estatildeo

sendo desenvolvidas para fazer com que o idoso envelheccedila com sauacutede tendo em

vista finalidades variadas tais como o fato de a previdecircncia estar sobrecarregada a

constataccedilatildeo de que o Sistema Puacuteblico de Sauacutede (SUS) natildeo atende com qualidade

as premissas mais baacutesicas da populaccedilatildeo Assim se o idoso chegar agrave terceira fase de

sua vida mais dinacircmico e com mais sauacutede enormes benefiacutecios surgiratildeo natildeo somente

para ele assim como para toda a sociedade (FONSECA et al 2014)

Dentre essas poliacuteticas certamente a que incentiva o idoso a praticar esportes eacute a mais

disseminada juntamente com a boa alimentaccedilatildeo pois eacute comprovado cientificamente

que o idoso ao praticar esportes consegue se manter mais saudaacutevel mais luacutecido e

em melhores condiccedilotildees de enfrentamento de doenccedilas que lhe acometem que satildeo

caracteriacutesticas da terceira idade aleacutem de provocar uma melhoria como um todo ao

sujeito idoso em todas as suas dimensotildees (MACIEL 2010)

De acordo com Maciel (2010 p 1024)

Poreacutem ao se refletir sobre as atividades fiacutesicas precisa-se pensar aleacutem dos benefiacutecios biopsicossociais proporcionados pela sua praacutetica como tambeacutem por exemplo compreender as mudanccedilas de comportamentos individuais eou coletivos para a adesatildeo e manutenccedilatildeo dessas atividades Essas soacute proporcionaratildeo os devidos benefiacutecios se realizadas continua e corretamente

As atividades fiacutesicas que satildeo incentivadas para que o idoso possa praticar satildeo

divididas em quatro dimensotildees lazer deslocamento ativo atividades domeacutesticas e

laboral A primeira eacute dita como atividade estruturada jaacute as demais satildeo atividades natildeo-

estruturais Existem vaacuterias vantagens para o sujeito idoso que se movimenta que

pratica alguma atividade fiacutesica As principais vantagens estatildeo apresentadas no

Quadro 05 (MACIEL 2010)

40

Quadro 05 ndash Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos BENEFIacuteCIOS DA ATIVIDADE FIacuteSICA PARA O IDOSO

Aumentomanutenccedilatildeo da capacidade aeroacutebia

Aumentomanutenccedilatildeo da massa muscular

Reduccedilatildeo significativa da taxa de mortalidade

Prevenccedilatildeo de doenccedilas coronarianas

Melhora do perfil lipiacutedico

Transformaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal devido agrave reduccedilatildeo da massa gorda

Prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes e hipertensatildeo arterial comuns ao sujeito idoso

Diminuiccedilatildeo da possibilidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Nas mulheres idosas possibilidade de prevenccedilatildeo do cacircncer de mama e coacutelon

Reduccedilatildeo da ocorrecircncia de demecircncia

Melhora da autoestima e da autoconfianccedila

Reduccedilatildeo dos ataques de ansiedade e do estresse

Consideraacutevel melhora do humor e da qualidade de vida

Fonte Maciel (2010) (Adaptado pela autora)

Cordeiro e outros (2014) fazendo pesquisas com idosos para entender como as

atividades fiacutesicas afetam as funccedilotildees cognitivas sendo estas definidas como as fases

do processo de informaccedilatildeo tais como aprendizagem raciociacutenio atenccedilatildeo e outras

mais concluiacuteram o seguinte

O melhor desempenho do grupo de idosos ativos no teste de memoacuteria emocional pode estar associado a alteraccedilotildees fisioloacutegicas no sistema nervoso central decorrentes da praacutetica da atividade fiacutesica A accedilatildeo da atividade fiacutesica sobre as funccedilotildees cognitivas pode se dar por meio de diversos mecanismos dentre os quais a melhora na circulaccedilatildeo cerebral alteraccedilatildeo na siacutentese e degradaccedilatildeo de neurotransmissores alteraccedilotildees neuroendoacutecrinas e humorais e aumento de fatores de crescimento como o fator neurotroacutefico derivado do ceacuterebro (BDNF) responsaacutevel pela neuroplasticidade eficaacutecia sinaacuteptica conectividade neuronal e aumento da sobrevivecircncia dos neurocircnios e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) responsaacutevel pela angiogecircnese (CORDEIRO et al 2014 p 549)

Ou seja a praacutetica da atividade fiacutesica proporciona enormes ganhos de qualidade de

vida para o sujeito idoso e possibilita a ele viver mais tempo de forma independente

jaacute que suas funccedilotildees cognitivas respondem melhor e desenvolvem mecanismos mais

duradouros (CORDEIRO et al 2014)

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso

Os alimentos satildeo as fontes de energia para o ser-humano Por isso quando o sujeito

se alimenta bem com qualidade ingerindo alimentos saudaacuteveis todo o seu

organismo funcionaraacute com qualidade e equiliacutebrio o que eacute necessaacuterio e demandado

pela populaccedilatildeo de uma forma geral mas devido agrave agitaccedilatildeo do dia-a-dia acaba por

41

comprometer a sauacutede com alimentos ruins raacutepidos de serem feitos e ingeridos

(MENEZES et al 2008)

O Sujeito idoso precisa ter uma atenccedilatildeo especial com o que ingere pois natildeo possui

mais um organismo jovem que consegue digerir tudo com facilidade e rapidez Seu

organismo agora e conforme jaacute foi falado eacute imensamente lento Natildeo consegue

metabolizar com rapidez os alimentos que lhe chegam ao estocircmago e por isso precisa

ser seletivo (KUWAE et al 2015)

De acordo com Kuwae e outros (2015 p 622 - 624)

No envelhecimento tanto os cuidados nutricionais satildeo diferentes como tambeacutem satildeo singulares agraves concepccedilotildees do que eacute saudaacutevel ou apropriado para esta idade Os cuidados com a alimentaccedilatildeo envolvem uma busca de equiliacutebrio entre as exigecircncias do corpo envelhecido e as limitaccedilotildees decorrentes de algumas patologias muitas delas exigindo seu controletratamento pela alimentaccedilatildeo como a hipertensatildeo diabetes e doenccedilas coronarianas Portanto o envelhecimento estaacute relacionado tanto com as alteraccedilotildees fisioloacutegicas que limitam o repertoacuterio alimentar seja pelas restriccedilotildees decorrentes de patologias crocircnicas ou das alteraccedilotildees de mastigaccedilatildeo e digestatildeo como com as condiccedilotildees de mobilidade autonomia independecircncia financeira condiccedilotildees de sauacutede e da composiccedilatildeo familiar Esses satildeo fatores decisivos sobre o repertoacuterio alimentar a frequecircncia e a qualidade da alimentaccedilatildeo dos idosos

Daiacute surge a necessidade de saber o que o sujeito idoso pode exatamente comer e o

que natildeo pode comer jaacute que em muitas situaccedilotildees o desejo eacute grande De acordo com

Menezes e outros (2008) existem duas classes de alimentos que o sujeito idoso pode

ingerir e satildeo os alimentos bons e os alimentos ruins Na classe dos alimentos bons

estatildeo as frutas verduras legumes carnes brancas etc Jaacute na segunda classe estatildeo

as frituras carnes vermelhas doces massas sal etc O Quadro 06 apresenta uma

lista com os principais alimentos para os idosos aqueles que satildeo recomendados bem

como suas caracteriacutesticas e o motivo pelo satildeo recomendados

Quadro 06 ndash Alimentos recomendados para idosos ALIMENTOS RECOMENDADOS PARA IDOSOS

CLASSE ALIMENTOS DESCRICcedilAtildeO

BONS Frutas verduras legumes carnes brancas etcleites e seus derivados

A comida se torna leve para o organismo do idoso o que proporciona uma raacutepida digestatildeo e o idoso natildeo se sente empazinado

RUINS Carnes vermelhas doces massas sal etc

Satildeo alimentos pesados gordurosos que demoram a fazer digestatildeo com moleacuteculas complexas O idoso natildeo ingere porque pode passar mal e qualquer mal-estar deve ser evitado

Fonte Kuwae e outros (2015)

42

O Quadro 06 eacute uma forma geral de expressar o que eacute bom e o que eacute ruim para o

sujeito idoso no entanto essa questatildeo eacute relativa pois varia de organismo para

organismo e depende de questotildees culturais mas eacute amplamente aceito eacute que todos os

seres humanos precisam ter equiliacutebrio inclusive na alimentaccedilatildeo dessa forma comer

ou deixar de comer algo para se manter saudaacutevel depende do quatildeo equilibrado

encontra-se o organismo do sujeito (KUWAE et al 2015)

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE

Com a chegada da terceira idade vaacuterias doenccedilas inerentes aos sujeitos com idade

acima dos sessenta anos aparecem Identificar tais doenccedilas conhececirc-las de forma

detalhada para desenvolver formas de tratamento adequados satildeo objetivos centrais

para quem cuida do sujeito idoso juntamente com outros conhecimentos do idoso

como sua alimentaccedilatildeo seu dia-a-dia seus haacutebitos etc Tudo estaacute conectado e por

isso entender esse contexto facilita no momento de detalhar a doenccedila que acomete a

populaccedilatildeo idosa A seguir seraacute feito uma siacutentese das principais doenccedilas que

acometem sujeitos idosos (VERAS 2012)

261 Mal de Parkinson

A doenccedila do Mal de Parkinson eacute conhecida da humanidade haacute muito tempo A atual

descriccedilatildeo deu-se pelo Dr James Parkinson por volta do ano de 1817 e no Brasil

atinge cerca de 3 da populaccedilatildeo acima dos sessenta anos Constata-se a existecircncia

da doenccedila por intermeacutedio de anaacutelise cliacutenica observando na maioria dos casos

pessoas idosas uma rigidez muscular tremor mesmo estando em repouso alteraccedilatildeo

na postura dentre outros sintomas (PETERNELLA MARCON 2009)

Grosso modo o Mal de Parkinson eacute um distuacuterbio degenerativo do Sistema Nervoso

Central que afeta diversas funccedilotildees do sujeito sejam motoras sejam natildeo-motoras

Funccedilotildees que podem ser afetadas satildeo tremor de repouso bradicinesia rigidez

corporal instabilidade postural etc Seu diagnoacutestico eacute feito pelo quadro cliacutenico

observado e pela exclusatildeo de outras doenccedilas que se assemelham ao Mal de

Parkinson (PETERNELLA MARCON 2009)

43

Para falar com riqueza de detalhes a respeito de como funciona tal doenccedila vamos

utilizar as palavras de Sena e outros (2010) que diz

A DP eacute uma afecccedilatildeo crocircnico-degenerativa e progressiva de etiologia multifatorial que atinge majoritariamente pessoas idosas embora seja frequente acometecirc-las a partir dos 50 anos de idade beirando atualmente a casa dos 300000 portadores no Brasil A doenccedila atinge o sistema nervoso central mais especificamente a substacircncia negra responsaacutevel por controlar os movimentos do corpo A degradaccedilatildeo das ceacutelulas neuronais dopamineacutergicas acaba por resultar numa gama de sintomatologia como tremores rigidez muscular bradicinesia alteraccedilotildees posturais distuacuterbios na fala e na degluticcedilatildeo obstipaccedilatildeo transpiraccedilatildeo corporal incontinecircncia urinaria depressatildeo O tratamento que pode ser cliacutenico eou ciruacutergico visa ao controle dos sintomas por meio de medicamentos entre os quais se destaca a Levodopa um precursor da dopamina Outros grupos de faacutermacos tambeacutem satildeo utilizados como inibidores enzimaacuteticos agonistas dopamineacutergicos e anti-colineacutergicos Contudo a terapecircutica medicamentosa por si soacute natildeo eacute suficiente para manter o portador em melhores condiccedilotildees de bem-estar e qualidade de vida Por isso tratamentos e cuidados no miacutenimo de enfermagem fisioterapia fonoaudiologia e educaccedilatildeo fiacutesica satildeo imprescindiacuteveis como recursos complementares para ajudar o portador a preservar sua funcionalidade e permitir-lhe desempenhar as atividades da vida diaacuteria e manter o viacutenculo social tatildeo importantes para satisfazer suas necessidades psicossociais de apoio comunitaacuterio para o seu bem-estar e auto-estima (SENA et al 2010 p 94)

Na Figura 04 uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro a respeito de como funciona o Mal de

Parkinson

Figura 04 ndash Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Observa-se na Figura 04 o ceacuterebro de um sujeito normal sem a doenccedila em

comparaccedilatildeo com um sujeito que apresenta a doenccedila Na primeira situaccedilatildeo haacute a

44

existecircncia da substacircncia negra responsaacutevel por controlar as funccedilotildees motoras do

corpo conforme falado na descriccedilatildeo de Sena e outros Jaacute na segunda essa

substacircncia negra natildeo existe atestando a incapacidade motora do paciente

(ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Jaacute na Figura 05 representa-se o neurocircnio normal e um neurocircnio em paciente com a

doenccedila de Parkinson O neurocircnio normal produz a substacircncia dopamina que eacute

responsaacutevel pela conduccedilatildeo dos neurotransmissores Jaacute o neurocircnio afetado apresenta

uma pequena quantidade de dopamina o que afeta a transmissatildeo dos

neurotransmissores e com isso o paciente sofre os diversos males que foram

narrados (ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Figura 05 ndash Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

O detalhe mais pertinente para saber se haacute o surgimento da doenccedila eacute o surgimento

de incapacidades provenientes dos distuacuterbios motores Geralmente aqueles que

sofrem desta doenccedila natildeo se datildeo conta que estatildeo doentes o que precisa ser

observado por quem estar mais perto seja os familiares seja os cuidadores

(GONCALVES ALVAREZ ARRUDA 2007)

Mesmo com todo o desenvolvimento tecnoloacutegico existente no campo da sauacutede ainda

natildeo existe um remeacutedio para acabar com o Mal de Parkinson ou para bloquear o seu

aumento Os procedimentos atuais visam dar condiccedilotildees ao paciente que possui a

doenccedila de viver de forma independente e de manter seu psicoloacutegico forte por mais

tempo Isso eacute feito receitando a ele dopamina estriatal que pode ser aumentada agrave

45

medida que os efeitos da doenccedila vatildeo aumentando (GONCALVES ALVAREZ

ARRUDA 2007)

262 Doenccedila de Alzheimer

A doenccedila de Alzheimer descrita pela primeira vez em 1906 pelo Dr Alois Alzheimer

eacute uma doenccedila que ateacute os dias atuais natildeo apresenta cura e tende a se agravar ao

longo dos anos Eacute a patologia neurodegenerativa mais usual que acomete pacientes

acima dos 55 (cinquenta e cinco) anos e causa transtornos como perda de memoacuteria

desorientaccedilatildeo danos na linguagem falta de atenccedilatildeo e vaacuterias outras situaccedilotildees

constrangedoras (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER 2018)

Natildeo se conhece exatamente os motivos pelos quais a doenccedila surge mas eacute bem

conhecido algumas lesotildees que ocorrem no ceacuterebro de um paciente portador da

doenccedila e as principais lesotildees satildeo as placas senis os emaranhados neurofibrilares e

a reduccedilatildeo de ceacutelulas nervosas sendo certo que ela eacute a responsaacutevel por cinquenta por

cento dos casos de demecircncia em idosos (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE

ALZHEIMER 2018)

Muito embora a cura da doenccedila e a reversatildeo da deterioraccedilatildeo causada pela DA ainda natildeo tenham sido descobertas pesquisadores buscam o aperfeiccediloamento de tratamentos jaacute disponiacuteveis que visam agrave melhora cognitiva e diminuiccedilatildeo de sintomas comportamentais (Aacutevila 2003) Nesse caso a medicaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas cognitivas de reabilitaccedilatildeo aleacutem de informaccedilotildees sobre a doenccedila e o apoio a familiares e cuidadores eacute de suma importacircncia para reverter o quadro cliacutenico e sintomaacutetico da doenccedila (GONCALVES CARMO 2012 p 171)

Haacute uma forte tendecircncia da ciecircncia de tentar explicar o surgimento do Mal de Alzheimer

via geneacutetica pois uma porcentagem consideraacutevel dos pacientes que possuem a

doenccedila apresenta casos semelhantes na famiacutelia Outros fatores tambeacutem satildeo

considerados tais como aminoaacutecidos neurotoacutexicos uso indiscriminado do alumiacutenio

agentes infecciosos etc Abaixo na figura TC uma tentativa de explicaccedilatildeo dessa

doenccedila (SERENIKI VITAL 2008)

Na Figura 06 existe uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro de paciente normal e de um paciente

com a Doenccedila de Alzheimer Percebe-se que o ceacuterebro do paciente com a Doenccedila de

Alzheimer apresenta-se cheio de falhas

46

Figura 06 ndash Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

263 Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus (DM) eacute uma doenccedila crocircnica natildeo-transmitiacutevel que afeta uma

multidatildeo de pessoas em todo o mundo e se caracteriza por um aumento acentuado

da glicemia devido agrave falta de insulina que eacute fabricada pelo pacircncreas Haacute dois tipos

de diabetes um natural (Tipo 01) e outra adquirida (Tipo 02) A do Tipo 02 eacute causada

pela obesidade comidas gordurentas falta de exerciacutecios fiacutesicos e se mostra como o

mal moderno Jaacute a do tipo 01 jaacute nasce com o indiviacuteduo Em ambos os casos o

pacircncreas deixa de fabricar insulina que possui uma moleacutecula que quebra a moleacutecula

de glicose Com isso haacute um aumento de glicose no sangue e isso provoca diversos

danos em outros oacutergatildeos A insulina injetada entra para ajudar na eliminaccedilatildeo do accediluacutecar

excedente (BUSNELLO et al 2012)

De acordo com Vargas Lara e Mello-Carpes ldquono Brasil existem cerca de 500 mil

diabeacuteticos 450 mil fazendo uso da insulina e quase dois milhotildees desconhecendo ter

diabetes Aleacutem disso estima-se que em 2030 o nuacutemero de pessoas acometidas pela

DM dobraraacuterdquo Esses dados para o sujeito idoso satildeo extremamente preocupantes

tendo em vista a necessidade de cuidados constantes (VARGAS LARA MELLO-

CARPES 2014 p 869)

47

Idosos que apresentam a DM apresentam estrutura fiacutesica e emocional prejudicadas

com certa limitaccedilatildeo nos afazeres do dia-a-dia com limitaccedilatildeo na alimentaccedilatildeo e com

liberdade e autonomia afetadas Diferentemente das outras doenccedilas a DM eacute bem

mapeada e consegue-se ter um controle bastante apropriado para amenizar os efeitos

dessa doenccedila (VARGAS LARA MELLO-CARPES 2014)

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

A Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) eacute a doenccedila crocircnica natildeo transmitida mais

presente na vida dos idosos Trata-se de uma doenccedila que eleva a pressatildeo sanguiacutenea

a niacuteveis altiacutessimos e como consequecircncia faz com que o coraccedilatildeo tenha que exercer

uma atividade fora do padratildeo para conseguir fazer o sangue circular pelo corpo do

indiviacuteduo (LEAtildeO E SILVA et al 2013)

Ela aumenta paulatinamente agrave medida que o indiviacuteduo vai envelhecendo e eacute tida por

diversos especialistas como o principal fator de risco para o idoso podendo ocasionar

doenccedilas como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) o infarto do miocaacuterdio e vaacuterias

outras doenccedilas silenciosas Diversos fatores ocasionam um aumento na pressatildeo

arterial dentre eles os mais comuns satildeo o excesso de sal utilizado no dia-a-dia o

estresse etc (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Para um padratildeo de referecircncia com intuito de definir se um idoso apresenta uma

pressatildeo alta ou normal vaacuterios estudos sugerem valores diferentes o que acaba

sendo um ponto de debate interessante entre os especialistas da aacuterea conforme

relatado abaixo

Haacute grande controveacutersia na literatura em relaccedilatildeo ao ponto de corte para o qual a PA pode ser considerada controlada na populaccedilatildeo idosa principalmente nos idosos com idade mais avanccedilada (acima dos 80 anos) Estudos recentes sugerem uma meta de controle mais flexiacutevel (abaixo de 150 mmHg para a PAS e de 90 mmHg para a PAD) para esta faixa etaacuteria por evidenciarem que o controle mais rigoroso pode natildeo ser significativo na reduccedilatildeo das complicaccedilotildees associadas agrave doenccedila (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016 p 112)

Para se ter um controle dessa doenccedila importante salientar os haacutebitos de vida

saudaacuteveis associados com o acompanhamento meacutedico mediccedilatildeo das funccedilotildees vitais

do idoso controle sistemaacutetico porque essa doenccedila sendo uma doenccedila silenciosa

assintomaacutetica pode acarretar outras complicaccedilotildees tais como um Acidente Vascular

Cerebral (AVC) (JARDIM et al 2017)

48

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

A Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (ITU) eacute a inflamaccedilatildeo das vias urinaacuterias e eacute uma doenccedila

responsaacutevel por cerca de quarenta porcento das infecccedilotildees nosocomiais Eacute bastante

rotineira nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e sua probabilidade de ocorrecircncia

em homens idosos aumenta consideravelmente tendo em vista que ldquoA

instrumentaccedilatildeo das vias urinaacuterias ndash incluindo ndash se o cateterismo vesical ndash e a

ocorrecircncia de doenccedila prostaacutetica satildeo os fatores mais implicados no aumento da

incidecircncia no sexo masculinordquo (RORIZ-FILHO et al 2010 p 119)

A mulher idosa tambeacutem tem uma grande possibilidade de desenvolver tal doenccedila

tendo em vista as modificaccedilotildees funcionais da bexiga devido a diversos fatores que

ldquoassociados agraves mudanccedilas troacuteficas do epiteacutelio da mucosa vaginal e a presenccedila de

infecccedilatildeo genital facilitam o desenvolvimento de ITUrdquo (MARQUES MOREIRA

SANTOS 2010 p 151)

Para se ter um diagnoacutestico preciso acerca da Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio faz-se coleta

da urina do paciente e em seguida sua cultura o que leva alguns dias O diagnoacutestico

apresenta-se preciso apoacutes esse procedimento Existem outros exames a serem feitos

que apresentam resultados mais raacutepidos poreacutem natildeo tatildeo precisos Um deles eacute o

exame tipo I e o outro eacute a coloraccedilatildeo pelo meacutetodo Gram (VETTORE et al 2013)

Os principais sintomas que indicam que pode haver uma Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

satildeo urina com odor feacutetido disuacuteria com urgecircncia polaciuacuteria e urecircncia Esses sintomas

satildeo um indicativo muito forte de possibilidade de existecircncia de um quadro infeccioso

e somente pode-se comprovar apoacutes as anaacutelises que foram mencionadas (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010)

Para se fazer um tratamento adequado que apresente resultados de imediato haacute a

necessidade de se observar alguns fatores tais como ldquopresenccedila de comorbidade

fatores predisponentes sintomatologia e repercussatildeo sistecircmica da infecccedilatildeo assim

como para a interaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outros medicamentos []rdquo Importante

observar a relaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outras drogas pois o paciente idoso faz uso

de diversos produtos farmacecircuticos No Quadro 07 um exemplo de drogas que podem

ser utilizadas para o tratamento do idoso com Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010 p 156)

49

Quadro 07 ndash Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso DROGAS UTILIZADAS NA ITU NOS IDOSOS

I ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO INFERIOR (3 A 7 DIAS)

Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprima 160 mg de 12 12h

Norfloxacina 400 mg de 1212h

Ciprofloxacina 250 mg de 1212h

Levofloxacina 250 mg por dia

Nitrofurantoina 100 mg de 88h

II ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO SUPERIOR (14 DIAS)

Ciprofloxacina 500 mg EV de 1212h

Levofloxacina 500 mg EV por dia

Ceftriaxone 1g EV de 1212h

Piperacina soacutedica + Tazobactana soacutedica 225g EV de 88h

Fonte Marques Moreira e Santos (2010 p 158)

266 Osteoporose

A Osteoporose ldquo[] eacute uma doenccedila esqueleacutetica sistecircmica caracterizada por diminuiccedilatildeo

da massa oacutessea e deterioraccedilatildeo microarquitetural do tecido oacutesseo com consequente

aumento da fragilidade oacutessea e susceptibilidade agrave fraturardquo sendo a condiccedilatildeo mais

criacutetica da osteopenia Eacute uma doenccedila predominante em sujeitos idosos e consiste

grosso modo do enfraquecimento dos ossos o que pode levar a diversas

consequecircncias ao idoso A Figura 07 apresenta como ocorre essa doenccedila (LIMA et

al 2014 p 35)

Figura 07 ndash Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

50

Jaacute na Figura 08 tem-se uma vista mais ampla de como a osteoporose atua Pode-se

perceber que ela age deixando o osso em um formato esponjoso como se estivesse

oco como eacute popularmente conhecido tal doenccedila A ilustraccedilatildeo eacute do osso do quadril

mas eacute extensiacutevel a toda a estrutura oacutessea onde ocorrer a comorbidade (LIMA et al

2014)

Figura 08 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Existem diversos tipos de osteoporose que satildeo provocadas por vaacuterios fatores por

isso diz-se que eacute uma doenccedila multifatorial Basicamente satildeo divididas em primaacuteria

com tipos I e II e secundaacuteria a primeira eacute desenvolvida por causas naturais jaacute a

segunda eacute desenvolvida por meio de causas natildeo-naturais tais como a inflamaccedilatildeo

(CAMARGOS BOMFIM 2017)

Consequecircncias diversas podem surgir oriundas da osteoporose tais como ldquoperda da

massa deterioraccedilatildeo do tecido desarranjo da arquitetura e comprometimento da forccedila

oacutessea com aumento no risco de fraturardquo Ela atua de forma silenciosa e na maior parte

dos casos eacute descoberta somente quando ocorre algum acidente por mais simples que

seja com consequente fratura de algum osso do portador de tal doenccedila (BRASIL

2009 p 01)

51

Pode ser diagnosticada tratada e prevenida antes da ocorrecircncia de qualquer evento

que poderaacute comprometer a estrutura oacutessea de seu portador Ocorrendo algum

acidente este poderaacute afetar a estrutura fiacutesica do paciente deformaccedilatildeo no corpo como

um todo etc Na prevenccedilatildeo deve-se utilizar cerca de 1000mgdia de caacutelcio vitamina

D 400ndash800 Uldia ou algum medicamento tais como calcitonina bifosfonatos

raloxifeno e paratormocircnio (BRASIL 2017)

Haacute projeccedilotildees que dizem que cerca de 50 das mulheres e 20 dos homens com

idades acima dos 50 anos poderatildeo sofrer alguma fratura proveniente da osteoporose

ao longo de sua vida Como jaacute foi citado anteriormente a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

para o sujeito idoso e natildeo somente a estes mas ao ser humano em geral eacute uma

praacutetica altamente recomendada pelos profissionais da sauacutede devido agraves pesquisas

cientiacuteficas comprovarem as consequecircncias eficazes de quem se exercita e que por

isso eacute bastante recomendada para pacientes que possuem osteoporose (MOTA

SOUSA AZEVEDO 2012)

Nas palavras de Mota Sousa e Azevedo tem-se

Haacute uma forte correlaccedilatildeo entre a qualidade de vida dos idosos e a atividade fiacutesica pois com a degeneraccedilatildeo do sistema musculoesqueleacutetico nos idosos e a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional a praacutetica da atividade fiacutesica influecircncia no tratamento e na prevenccedilatildeo da osteoporose trazendo benefiacutecios como a melhoria do desempenho das capacidades funcionais o aumento da forccedila muscular e flexibilidade e uma consideraacutevel melhora da coordenaccedilatildeo motora (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012 p47)

Portanto uma forma de reduzir os efeitos que a osteoporose apresenta ao seu

portador eacute praticando exerciacutecios fiacutesicos diariamente que aliado agrave uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel e rica em caacutelcio pode-se gerar resultados bastante satisfatoacuterios

fortalecendo os muacutesculos revigorando o equiliacutebrio afastando a possibilidade de

atrofia pelo natildeo-uso do membro que esteja lesionado e com isso retardando a

desmineralizaccedilatildeo oacutessea (BRASIL 2017)

Outras precauccedilotildees deveratildeo ser administradas ao sujeito idoso portador da

osteoporose para evitar riscos de queda que satildeo os principais fatores complicadores

da sauacutede do idoso Tais procedimentos podem ser a retirada de objetos que podem

dificultar a mobilidade do sujeito idoso por onde anda evitar tapetes escorregadios

colocar materiais antiderrapantes nas superfiacutecies por onde o idoso se movimenta

facilitar o acesso ao banheiro etc (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012)

52

53

3 METODOLOGIA

Tendo a finalidade de desenvolver as propostas que foram apresentadas quando do

comeccedilo deste trabalho optou-se por fazer uma revisatildeo bibliograacutefica do tema sabendo

que essa eacute uma modalidade de pesquisa que se destina a concatenar e observar os

conhecimentos que jaacute foram publicados a respeito de um determinado assunto que

no caso em questatildeo eacute a Assistecircncia de Enfermagem ao sujeito idoso

De acordo com Mancini e Sampaio (2006 p 361 - 472) trabalhos de ldquoRevisotildees da

literatura satildeo caracterizadas pela anaacutelise e pela siacutentese da informaccedilatildeo disponibilizada

por todos os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema[]rdquo Tendo

em vista todos os estudos relevantes publicados por um determinado tema mas sem

limitaacute-lo pois como eacute de amplo conhecimento a quantidade de informaccedilotildees eacute infinita

daiacute a necessidade de se fazer uma limitaccedilatildeo temporal a respeito

Utilizou-se para o desenvolvimento do estudo os seguintes bancos de dados

Scientific Electronic Library (Scielo) Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) Descritores

em Ciecircncia da Sauacutede (DeCS) Ministeacuterio da Sauacutede e livros

Como criteacuterios de inclusatildeo foi estabelecido o uso de revistas acadecircmicas artigos

cientiacuteficos livros etc do ano de 2006 a 2017 Como criteacuterios de exclusatildeo optamos

por natildeo fazermos uso de materiais em liacutenguas estrangeiras materiais antigos

materiais incompletos e materiais que natildeo apresentam rigor cientiacutefico tais como

trabalhos acadecircmicos de revisatildeo

Por fim o presente estudo natildeo necessita de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica (CE) da

Universidade uma vez que as informaccedilotildees coletadas satildeo provenientes de materiais

de acesso puacuteblico e de conhecimento de todos os interessados

54

55

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO

Existem vaacuterias formas de se aplicar a Assistecircncia de Enfermagem e o que eacute utilizado

no Brasil por diversos motivos eacute o que foi desenvolvido em 1979 pela enfermeira e

pesquisadora paraense Wanda Horta atraveacutes de seu livro Processo de Enfermagem

(SILVA et al 2011)

Nas palavras de Silva e outros (2011 p 1381) percebe-se o caraacuteter cientiacutefico e seacuterio

do uso da Assistecircncia de Enfermagem Vejamos

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) eacute conceituada como um meacutetodo de prestaccedilatildeo de cuidados para a obtenccedilatildeo de resultados satisfatoacuterios na implementaccedilatildeo da assistecircncia com o objetivo de reduzir as complicaccedilotildees durante o tratamento de forma a facilitar a adaptaccedilatildeo e recuperaccedilatildeo do paciente O uso do meacutetodo requer o pensamento criacutetico do profissional que deve estar focado nos objetivos e voltado para os resultados de forma a atender as necessidades do paciente e de sua famiacutelia exigindo constante atualizaccedilatildeo habilidades e experiecircncia sendo orientado pela eacutetica e padrotildees de conduta Portanto eacute um modo de exercer a profissatildeo com autonomia baseada nos conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas uacuteltimas deacutecadas

Importante deixar claro o entendimento acerca do que eacute a Sistematizaccedilatildeo da

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem antes de aplicaacute-

los ao sujeito idoso pois tais conceitos satildeo aplicados de forma geral na enfermagem

Todo o profissional de enfermagem precisar ter bem solidificado tais conceitos para

que possam se tornar profissionais competentes e antenados com a real situaccedilatildeo de

seu paciente (GARCIA 2016)

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

A sistematizaccedilatildeo eacute normatizada pela resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN) juntamente com o Processo de Enfermagem (PE) Eacute

entendido como sendo a responsaacutevel por ldquoorganizar o trabalho profissional quanto ao

meacutetodo pessoal e instrumentos tornando possiacutevel a operacionalizaccedilatildeo do processo

de Enfermagemrdquo (BRASIL 2009 p 01)

Garcia (2016) fala a respeito do amplo uso das teacutecnicas da SAE Vejamos

56

Especialmente quando analisamos a dimensatildeo assistencial da praacutetica reconhecemos haver uma ampla gama de situaccedilotildees vivenciadas no cotidiano de cuidados agrave clientela envolvendo a necessidade de sistematizaccedilatildeo da assistecircncia e de aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem aspectos substantivos da profissatildeo (GARCIA 2016 p 05)

A Sistematizaccedilatildeo de Assistecircncia da Enfermagem (SAE) aplicada ao idoso torna-se

dessa forma uma tentativa de fornecer uma assistecircncia de qualidade e personalizada

ao idoso por isso padroniza-se a entrevista que o profissional de enfermagem faz ao

paciente com o intuito de saber a real situaccedilatildeo do cliente Para se fazer tal

assistecircncia o profissional de enfermagem precisa da ajuda do Processo de

Enfermagem que complementa a SAE (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

412 Processo de Enfermagem

Eacute definido como sendo ldquoum instrumento metodoloacutegico que orienta o cuidado do

profissional de enfermagem e a documentaccedilatildeo da praacutetica profissionalrdquo e eacute dividido

em cinco etapas que abaixo satildeo escritas conforme resoluccedilatildeo ndeg 3582009 O Quadro

08 apresentada cada etapa do Processo de Enfermagem (PE) (BRASIL 2009 p 01)

Quadro 08 ndash Etapas do processo de enfermagem PROCESSO DE ENFERMAGEM

ETAPA DESCRICcedilAtildeO

COLETA DE DADOS

Essa eacute a primeira etapa do processo de enfermagem e consiste em colher todos os dados possiacuteveis do paciente valendo de teacutecnicas variadas e com a maior precisatildeo possiacutevel para um melhor atendimento do paciente Importante nessa fase coletar informaccedilotildees por parte da famiacutelia dos pacientes para que as informaccedilotildees possam ser confirmadas devido ser de fontes diversas

DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

Apoacutes a coleta dos dados o profissional de enfermagem passa a processar as informaccedilotildees e interpretando-as para que possa ter a tomada de decisatildeo mais eficaz para o paciente Essa etapa consiste em descrever exatamente o que o paciente tem e funciona como base para a accedilatildeo do profissional de enfermagem

PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Nessa etapa o profissional determina o que espera alcanccedilar de resultados quando das devidas intervenccedilotildees apoacutes a etapa anterior Aqui o profissional cria uma espeacutecie de roteiro para certificar-se do que poderaacute ocorrer

IMPLEMENTACcedilAtildeO Nessa etapa o profissional coloca em praacutetica o que foi decido nas etapas anteriores

AVALIACcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Trata-se de um processo contiacutenuo e analiacutetico no qual o profissional observa o seu paciente fazendo as devidas anotaccedilotildees do quadro dele para posterior mudanccedila das implementaccedilotildees Todo esse processo eacute dinacircmico e por isso o profissional precisa estar atento ao paciente durante todo instante em que ele esteja sob seus cuidados

Fonte Brasil (2009) (Adaptado pela autora)

57

A Figura 09 ilustra o que foi dito a respeito do Processo de Enfermagem no Quadro

08

Figura 09 ndash Processo de Enfermagem

Fonte Autoria proacutepria (2018)

Como pode-se inferir do Quadro 08 descrito desenvolver e aplicar a Sistematizaccedilatildeo

da Assistecircncia de Enfermagem de acordo com o Processo de Enfermagem eacute um

processo que exige muita disciplina e conhecimento do profissional de enfermagem

pois eacute sabido que se trata de um processo teacutecnico-cientiacutefico e somente o enfermeiro

habilitado poderaacute exercitar cada uma das fases que se mostram em conjunto A sua

separaccedilatildeo conforme descrita acima eacute apenas para efeitos didaacuteticos (GARCIA 2016)

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos

Para aplicar a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem e o Processo de

Enfermagem ao sujeito idoso o profissional de enfermagem tem a necessidade de

seguir procedimentos descritos principalmente na NANDA Internacional que se

tornou a principal fonte de diagnoacutesticos de enfermagem e que ldquofavorece a

58

identificaccedilatildeo de estrateacutegias para elevar a qualidade da assistecircncia e contribuir na

formaccedilatildeo de recursos humanosrdquo (KOKUDAI ALVARENGA 2010 p03)

A NANDA eacute dividida em diversos toacutepicos e assim resolvemos separar conforme

Quadro 09 os cuidados necessaacuterios de acordo com cada doenccedila predominante na

terceira idade que foi comentada neste trabalho As descriccedilotildees natildeo se limitam ao que

foi dito pois colocamos apenas algumas situaccedilotildees devido agrave enorme quantidade de

situaccedilotildees diagnoacutesticos e cuidados existentes

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continua)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Hipertensatildeo Arterial

Sistecircmica

Risco de desequiliacutebrio eletroliacutetico

Risco de mudanccedila nos niacuteveis de eletroacutelitos seacutericos capaz de comprometer a sauacutede

Estilo de vida sedentaacuterio Trata-se de um estilo de vida sem a praacutetica de atividades fiacutesicas

Ansiedade

Trata-se de um sentimento desgastante que assola o seu portador diante da expectativa de notiacutecias ou de situaccedilotildees estressantes e novas Pode-se considerar como um sinal de alerta que o organismo desenvolveu para deixar o indiviacuteduo atento em condiccedilotildees de periacuteodo de toda sorte

Padratildeo de sono prejudicado

Devido a fatores externos o indiviacuteduo natildeo possui uma rotina constante e linear de sono sendo que existe a condiccedilatildeo de dormeacorda que prejudica o organismo como um todo

Nutriccedilatildeo desequilibrada

O sujeito alimenta-se de nutrientes que em muitos casos satildeo em excesso ocasionando armazenamento de energia em formato de gordura

Mal de Parkinson

Problemas Motores

Risco de queda Facilidade com que o sujeito tem de desequilibrar e cair o que pode causar enormes danos

Bradicinesia Lentidatildeo de respostas fiacutesicas e psiacutequicas

Mobilidade fiacutesica prejudica

Limitaccedilatildeo no movimento fiacutesico independente e voluntaacuterio do corpo ou de uma ou mais extremidades

Problemas Natildeo-

motores

Demecircncia Enfraquecimento das faculdades intelectuais diante de lesotildees no ceacuterebro

Ansiedade

Vago e incocircmodo sentimento de desconforto ou temor acompanhado por resposta autonocircmica (a fonte eacute frequentemente natildeo especiacutefica ou desconhecida para o indiviacuteduo) sentimento de apreensatildeo causada pela antecipaccedilatildeo de perigo Eacute um sinal de alerta que chama a atenccedilatildeo para um perigo iminente e permite ao indiviacuteduo tomar medidas para lidar com a ameaccedila

59

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continuaccedilatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Alzheimer

Deacuteficit no autocuidado Capacidade prejudicada de realizar ou completar as atividades de banho por si mesmo

Mobilidade fiacutesica prejudicada Limites para movimentar-se seja com movimento voluntaacuterios ou involuntaacuterios

Insuficiecircncia na capaci-dade do a-dulto para melhorar

Depressatildeo Deterioraccedilatildeo funcional progressiva de natureza fiacutesica e cognitiva A capacidade do indiviacuteduo de viver com doenccedilas multissistecircmicas enfrentar os problemas decorrentes e controlar o seu cuidado estaacute notavelmente diminuiacuteda

Decliacutenio da memoacuteria

Distuacuterbio de sono Dificuldade para dormir em periacuteodos prolongados

Confusatildeo crocircnica

Deterioraccedilatildeo irreversiacutevel das faculdades mentais de forma prolongada O indiviacuteduo passa a natildeo perceber os fatores externos que podem indicar algo tal como perigo atenccedilatildeo moral e tantos outros Apresenta distuacuterbios na memoacuteria passando a natildeo mais reconhecer e nem lembrar de coisas e pessoas

Diabetes Mellitus

Autocontrole ineficaz

da sauacutede

Natildeo consegue se controlar e agir conforme necessidade para ter uma sauacutede plena e satisfatoacuteria ou seja natildeo consegue cuidar de si

Perfusatildeo tissular perifeacuterica ineficaz

Reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo sanguiacutenea para a periferia capaz de comprometer a sauacutede

Risco de Infecccedilatildeo

Risco de ter em seu organismo elementos estranhos e que possam danificar a sua sauacutede

Risco de olho seco

Risco de desconforto ocular ou dano agrave coacuternea e agrave conjuntiva devido agrave quantidade reduzida ou agrave qualidade das laacutegrimas para hidratar o olho

Risco de glicemia instaacutevel Natildeo possui uma estabilidade padratildeo em seu niacutevel glicecircmico devido agrave quantidade de glicose no sangue

Infecccedilotildees do trato

urinaacuterio

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Eliminaccedilatildeo urinaacuteria prejudicada Disfunccedilatildeo na eliminaccedilatildeo da urina

Risco de siacutendrome do desuso Devido agrave falta de uso de algum membro do corpo corre-se o risco desse membro atrofiar-se

Risco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircncia

Risco de perda involuntaacuteria de urina que ocorre imediatamente apoacutes uma forte sensaccedilatildeo de urgecircncia para urinar

Conforto prejudicado Percebe-se que inexiste a sensaccedilatildeo de conforto nas dimensotildees do ser humano

Osteoporose

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Risco de constipaccedilatildeo Possibilidade de diminuiccedilatildeo na frequecircncia normal de evacuaccedilatildeo paralela a uma dificuldade de eliminaccedilatildeo das fezes

60

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (conclusatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Osteoporose

Risco para quedas Estado em que o indiviacuteduo tem uma suscetibilidade para quedas aumentada

Mobilidade fiacutesica prejudicada Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute prestes a apresentar limitaccedilotildees dos movimentos fiacutesicos poreacutem ainda natildeo se encontra imoacutevel

Andar prejudicado Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute em risco de apresentar limitaccedilatildeo para andar

Fonte Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA (2013) Santos e outros (2017) Mattos e outros (2011) (Adaptado pela autora)

Saber utilizar os Diagnoacutesticos de Enfermagem corretamente e que satildeo padronizados

eacute bastante eficaz aceito e exigido para evitar que o profissional de enfermagem crie

mecanismos subjetivos de cuidados pois se assim ocorresse haveria um caos na

enfermagem com cada profissional atuando conforme melhor lhe for apresentado

(SOUZA ALVES PASSOS 2010)

A utilizaccedilatildeo do Diagnoacutestico de Enfermagem padronizado eacute um instrumento necessaacuterio

para evitar que os profissionais de enfermagem fragmentem os cuidados e os dilemas

dos pacientes deixando de observaacute-los como um todo e na grande maioria dos casos

prescrevendo cuidados que natildeo possuem nenhuma relaccedilatildeo com os problemas

relatados Dessa forma pode-se observar o Diagnoacutestico de Enfermagem como uma

ferramenta de trabalho altamente eficaz em seu uso cotidiano pois fornece ao

profissional de enfermagem um planejamento pautado no histoacuterico de atuaccedilatildeo pois

uma vez que os problemas sejam conhecidos mapeados e anotados torna-se mais

eficaz e otimizado o processo do cuidado em toda a sua plenitude Por essa oacutetica

constata-se como eacute importante o Diagnoacutestico de Enfermagem para o sujeito idoso

pois consegue construir todo um conjunto de atuaccedilatildeo para o cuidado sempre visando

o bem-estar do idoso (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso

Depois de ter feito o diagnoacutestico de enfermagem do sujeito idoso e de ter descoberto

as suas comorbidades o profissional de enfermagem precisa entatildeo fazer as devidas

intervenccedilotildees Tais intervenccedilotildees satildeo tratadas como prescriccedilotildees de enfermagem e

possuem um campo de atuaccedilatildeo mapeado para natildeo sobrepor ao trabalho do meacutedico

(FAEDA PERROCA 2017)

61

Ainda de acordo com a resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de Enfermagem

(COFEN) o Art 4ordm assim determina

Ao enfermeiro [] incumbe a lideranccedila na execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do Processo de Enfermagem de modo a alcanccedilar os resultados de enfermagem esperados cabendo-lhe privativamente o diagnoacutestico de enfermagem acerca das respostas da pessoa famiacutelia ou coletividade humana em um dado momento do processo sauacutede e doenccedila bem como a prescriccedilatildeo das accedilotildees ou intervenccedilotildees de enfermagem a serem realizadas face a essas respostas (BRASIL 2009 p 03)

Ou seja o profissional de enfermagem tem ampla prerrogativa para desenvolver a

Prescriccedilatildeo de Enfermagem baseado nos protocolos e nos estudos que desenvolveu

na Universidade Dentre os vaacuterios diagnoacutesticos possiacuteveis para o sujeito idoso em

diversas situaccedilotildees iremos nos concentrar em somente aqueles que aqui foram

discutidos Faz-se necessaacuterio observar que a Prescriccedilatildeo de Enfermagem eacute uma

ferramenta de uso dinacircmico Entende-se de uso dinacircmico a ideia de que o profissional

de enfermagem natildeo pode descuidar do seu paciente tendo a necessidade de sempre

observaacute-lo e atualizar o que surgir de novo para que possa estar sempre atualizando

o estado de sauacutede do cliente (FAEDA PERROCA 2017)

Abaixo no Quadro 10 tem-se a Prescriccedilatildeo de Enfermagem para as doenccedilas que

foram discutidas neste trabalho Vale ressaltar que existem diversas doenccedilas que

acometem o sujeito idoso mas vamos nos ater apenas nas principais que foram

tratadas uma vez que satildeo o objeto limitador de estudo deste trabalho (MOROZ

KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (continua)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

Mudanccedila no estilo de vida dos pacientes idosos Eliminaccedilatildeo do uso do sal Controle do peso Controle da ansiedade Praacutetica diaacuteria de atividades fiacutesicas Uso adequado dos medicamentos Abstinecircncia ao fumo e ao aacutelcool

Mal de Parkinson

Programa de exerciacutecios diaacuterios para aumentar a forccedila muscular o que iraacute melhorar a coordenaccedilatildeo e a destreza reduzindo a rigidez muscular Encorajar ensinar e incentivar o cliente durante os exerciacutecios da vida diaacuteria para promover o autocuidado Encorajar o paciente a seguir um padratildeo de horaacuterio regular aumentando a consciecircncia para a ingestatildeo de liacutequidos e a ingestatildeo de alimentos com um conteuacutedo de fibra moderado Monitorar o peso semanalmente indicando se a absorccedilatildeo caloacuterica eacute adequada Desenvolver meacutetodo de comunicaccedilatildeo para satisfazer as necessidades do paciente encorajar o paciente a participar de programas sociais para evitar a depressatildeo

62

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (conclusatildeo)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Alzheimer Orientar a higiene corporal e higiene oral Medidas de prevenccedilatildeo de lesatildeo por pressatildeo Mudanccedila de decuacutebito Administraccedilatildeo de medicaccedilatildeo ansioliacutetica conforme prescriccedilatildeo meacutedica Proporcionar alimentaccedilatildeo saudaacutevel (frutas e legumes) em poucas quantidades vaacuterias vezes ao dia Ajudar no autocuidado Incentivar o autocuidado a comunicaccedilatildeo verbal a cogniccedilatildeo e a memoacuteria atraveacutes de jogos leituras e atividades luacutedicas Auxiliar a famiacutelia no entendimento e no enfrentamento da patologia

Diabetes Mellitus

Fornecer informaccedilotildees ao paciente Desenvolver um plano de ensino para o paciente Avaliar as estrateacutegias de enfrentamento para o paciente e tranquiliza-lo Determinar os meacutetodos de ensino para o paciente Avaliar as habilidades e comportamentos de autocuidado dos pacientes Monitorar pacientes experientes ateacute que eles natildeo cometam erros no autocuidado Instruir pacientes e familiares a reconhecer os sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia

Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

Orientar ao paciente da necessidade do uso adequado do medicamento dos horaacuterios da quantidade e das vias de administraccedilatildeo Orientar os idosos e familiares quanto aos resultados da medicaccedilatildeo Manter o registro da frequecircncia da incontinecircncia urinaacuteria registrar mudanccedilas da pressatildeo arterial do estado mental e das habilidades funcionais Realizar as medidas terapecircuticas Realiza treinamento da bexiga

Osteoporose

Deixar o paciente e o membro afetado em repouso Imobilizar o local da fratura para evitar movimentos Repousar o paciente em uma cama ortopeacutedica Deixar o local da fratura em posiccedilatildeo elevada Aplicar as medicaccedilotildees que foram receitadas Documentar todos os relatos de dores deixando claro onde ocorre e as caracteriacutesticas Incentivar o paciente a discutir os problemas relacionados agrave lesatildeo Medicar antes das atividades de cuidado Revisar a patologia fazendo prognoacutesticos e expectativas futuras Discutir o regime medicamentoso individual de forma apropriada Encorajar exerciacutecios brandos Monitorar a ingestatildeo de alimentos Auxiliar lentamente a pessoa a sentar Aumentar a motilidade dos membros Reduzir ou eliminar os fatores que aumentam a experiecircncia dolorosa

Fonte Florecircncio e outros (2012) Mattos e outros (2011 p 443) Menezes e outros (2013 p04) Tosin e outros (2016) Santos e outros (2017) (Adaptado pela autora)

Agir de acordo com as prescriccedilotildees de enfermagem que aqui foram desenvolvidas

proporciona ao sujeito idoso uma melhoria em sua qualidade de vida e dessa forma

consegue viver a terceira idade com plena satisfaccedilatildeo e alegria sem perder de vista a

extrema necessidade de cuidados constantes que a condiccedilatildeo de sujeito idoso lhe

obriga (LIRA et al 2013)

Conclui-se do que foi apresentado no quadro 10 que o profissional de enfermagem

deteacutem uma importante funccedilatildeo em sua aacuterea de atuaccedilatildeo e que precisa estar sempre

estudando se atualizando das novidades meacutedicas para poder oferecer um bom

cuidado ao seu cliente idoso seja no ambiente hospitalar seja no ambiente de abrigo

de idosos ou no proacuteprio lar do idoso (FAEDA PERROCA 2017)

Diante de todo o estudo realizado acerca do sujeito idoso e da relaccedilatildeo do profissional

de enfermagem com o seu paciente idoso conseguimos ter alguns resultados

63

satisfatoacuterios que a seguir seratildeo apresentados sem a necessidade de estarem em

ordem de prioridade ou seja todos satildeo importantes

64

65

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Envelhecer eacute um verbo que a todos afeta independentemente de sexo raccedila cor etc

Haacute no entanto duas formas de se envelhecer com sauacutede e sem sauacutede Mesmo

diante dessas duas formas de envelhecimento envelhecer com qualidade eacute precioso

para o indiviacuteduo pois dessa forma consegue se aceitar como velho consegue

suportar as doenccedilas que satildeo proacuteprias da terceira idade Consegue ver vantagem em

ser velho

Para se envelhecer com qualidade necessaacuterio eacute que o sujeito tenha uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel que se abstenha de viacutecios que satildeo danosos ao organismo que consiga ter

equiliacutebrio em sua vida pessoal psicoloacutegica iacutentima e em tantos outros campos ou seja

que tenha harmonia em tudo O apoio familiar torna-se primoroso nessa etapa da vida

Ter ao lado quando se estaacute fragilizado devido a velhice pessoas que ama que confia

e por quem eacute amado eacute uma forma de envelhecer com bastante qualidade

O profissional de enfermagem tem um papel fundamental junto a pessoas idosas pois

em muitos casos torna-se seu cuidador principal quando a famiacutelia natildeo pode cuidar

de seu idoso por motivos diversos ou quando o idoso se encontra sozinho sem

famiacutelia e sem amigos Por isso importante ter preparo com pessoas idosas entender

bem o processo de envelhecimento estar sempre atualizado diante das doenccedilas que

atingem os sujeitos idosos

Eacute um trabalho que demanda muito amor por parte do profissional e que por isso natildeo

basta apenas o entender racional de todos os procedimentos precisa ter sentimentos

proacutesperos de ajuda ao proacuteximo e seguir os princiacutepios norteadores de Wanda de

Aguiar Horta para quem a enfermagem foi o maior bem de sua vida pois cuidava de

seus pacientes como se fossem seus filhos

Considerando a taxa de envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira vale destacar

tambeacutem a abertura de mercado gerontoloacutegico para o profissional de enfermagem

Percebemos que com a taxa de envelhecimento da sociedade brasileira acelerada

a demanda por profissionais de enfermagem iraacute aumentar consideravelmente tendo

em vista a necessidade desse profissional para a praacutetica do cuidado com o sujeito

idoso

66

Discussotildees mais aprofundadas em torno do sujeito idoso precisam ser realizadas nas

academias com o intuito de formar profissionais competentes e com entendimento

desse setor pois conforme foi falado eacute um capo em franco crescimento devido ao

envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira Quanto mais capacitado for o profissional

melhor colocaccedilatildeo obteraacute no mercado de trabalho e melhores cuidados conseguiraacute

dispor em favor do paciente idoso

67

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ACIOLE Giovanni Gurgel BATISTA Lucia Helena Promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de incapacidades funcionais dos idosos na estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia a contribuiccedilatildeo da fisioterapia Sauacutede debate Rio de Janeiro v 37 n 96 p 10-19 mar 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-11042013000100003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON O que eacute Parkinson Disponiacutevel em lt

httpwwwparkinsonorgbrgt Acesso em 04 de junho de 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER O que eacute o Alzheimer Disponiacutevel em lt httpwwwabrazorgbrindexphppage=alzheimergt Acesso em 04 de junho de 2018 BAPTISTA Rafael Reimann VAZ Marco Aureacutelio Arquitetura muscular e o envelhecimento adaptaccedilatildeo funcional e aspectos cliacutenicos revisatildeo de literatura Fisioterapia e Pesquisa Satildeo Paulo v16 n4 p368-73 outdez 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdffpv16n415pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 BRASIL Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Osteoporose Boletim Sauacutede e Economia Ano I ndash Ediccedilatildeo nordm 1 agosto de 2009 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt

httpportalanvisagovbrdocuments33884412285Boletim+SaC3BAde+e+Economia+nC2BA+17d49dea4-6610-4a71-9154-c4df75c3dd53gt Acesso em 25 de maio de 2018 BRASIL Cacircmara dos Deputados Estatuto do Idoso Ministeacuterio da Sauacutede - 3 ed 2 reimpr - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2013 70 p ______ Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos Guia de Vigilacircncia em Sauacutede volume uacutenico [recurso eletrocircnico] Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos 2ordf Ed Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2017 705 p Disponiacutevel em lthttpportalarquivos2saudegovbrimagesPDF2017outubro16Volume-Unico-2017pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 ______ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica A Siacutentese dos Indicadores Sociais Uma Anaacutelise das Condiccedilotildees de Vida da Populaccedilatildeo Brasileira - 2016 Disponiacutevel em lthttpswwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimossinteseindicsociais2016defaultshtmgt Acesso em 06 de abril de 2018 ______ Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo nordm 358 do Conselho Federal de Enfermagem 15 de outubro de 2009 (BR) 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384htmlgt Acesso em 27 de abril de 2018

68

BUSNELLO Roberta et al Niacutevel de conhecimento de idosos sobre diabetes mellitus e sua percepccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave qualidade de vida Rev Kairoacutes Gerontologia 201215(3)81-94 Disponiacutevel em lthttpsrevistaspucspbrindexphpkairosarticleviewFile784011432gt Acesso em 23 de abril de 2018 CAMARGOS Mirela Castro Santos BOMFIM Wanderson Costa Osteoporose e Expectativa de Vida Saudaacutevel estimativas para o Brasil em 2008 Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 25 n 1 p 106-112 mar 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2017000100106amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de maio de 2018 CLARES Jorge Wilker Bezerra FREITAS Maria Ceacutelia de PAULINO Monnyck Hellen Couto Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem ao idoso institucionalizado fundamentada em Virginia Henderson Rev Rene (Online) 14(3) 649-658 maio ndash junho de 2013 Disponiacutevel em lt httppesquisabvsaludorgenfermagemresourceptbde-24492gt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 CORDEIRO Juliana et al Efeitos da atividade fiacutesica na memoacuteria declarativa capacidade funcional e qualidade de vida em idosos Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 3 p 541-552 Sept 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000300541amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA [recurso eletrocircnico] definiccedilotildees e classificaccedilatildeo 2012-2014 [NANDA International] traduccedilatildeo Regina Machado Garcez revisatildeo teacutecnica Alba Lucia Bottura Leite de Barros [et al] ndash Dados eletrocircnicos ndash Porto Alegre Artmed 2013 Centro Avanccedilado de Medicina Preventiva ENVELHECIMENTO - Sob o ponto de vista esteacutetico e meacutedico 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwcamepcombrenvelhecimentogt Acesso em 23 maio 2018 ENFERMEIRO aprendiz As Orientaccedilotildees de Enfermagem em Osteoporose 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwenfermeiroaprendizcombras-orientacoes-de-enfermagem-em-osteoporosegt Acesso em 25 maio 2018 ESQUENAZI Danuza SILVA R Boiccedila da GUIMARAtildeES Marco Antocircnio (2014) Aspectos fisiopatoloacutegicos do envelhecimento humano e quedas em idosos Rev Hosp Univ Pedro Ernesto 13(2)11-20 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg1012957rhupe201410124gt Acesso em 04 de junho de 2018 FAEDA Mariacutelia Silveira PERROCA Maacutercia Galan Conformidade na prescriccedilatildeo de enfermagem agraves necessidades de cuidados concepccedilatildeo de enfermeiros Rev Bras Enferm Brasiacutelia v 70 n 2 p 400-406 Apr 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672017000200400amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 May 2018

69

FILHO Mario Alves de Siqueira Envelhecimento e muacutesculo esqueleacutetico forccedila muscular atividade proteassomal e sinalizaccedilatildeo relacionada ao balanccedilo proteacuteico 2012 68 p Tese apresentada ao programa de poacutes-graduaccedilatildeo em fisiologia humana (Doutor em ciecircncias) - Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis4242137tde-12062013-102648enphpgt Acesso em 10 abr 2018 FONSECA Emiacutelio Prado da et al Mortalidade por cacircncer bucal e orofaringe no Brasil entre 2002 e 2011 Revista da Faculdade de Ciecircncias Gerenciais de Manhuaccedilu Manhuaccedilu MG v 11 n 2 p 08-17 Agosto-Dezembro 2014 Disponiacutevel em lthttppensaracademicofacigedubrindexphppensaracademicoarticleview216gt Acesso em 04 de junho de 2018 FLOREcircNCIO Raquel Sampaio et al Adesatildeo ao idoso ao tratamento para hipertensatildeo arterial e intervenccedilotildees de enfermagem Rev Rene 2012 13(2) 343-53 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicosufcbrrenearticleviewFile39243114gt Acesso em 22 de abril de 2018 GARCIA Telma Ribeiro Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem aspecto substantivo da praacutetica profissional Esc Anna Nery Rio de Janeiro 2016 20(1) 5-10 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeanv20n11414-8145-ean-20-01-0005pdfgt Acesso em 27 de abril de 2018 GUERRA Ana Carolina Lima Cavaletti CALDAS Ceacutelia Pereira Dificuldades e recompensas no processo de envelhecimento a percepccedilatildeo do sujeito idoso Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2931-2940 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600031amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 GONCALVES Lucia Hisako Takase ALVAREZ Angela Maria ARRUDA Micheli Coral Pacientes portadores da doenccedila de Parkinson significado de suas vivecircncias Acta paul enferm Satildeo Paulo v 20 n 1 p 62-68 Marccedilo 2007 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002007000100011amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 GONCALVES Endy-Ara Gouvea CARMO Joatildeo dos Santos Diagnoacutestico da doenccedila de Alzheimer na populaccedilatildeo brasileira um levantamento bibliograacutefico Rev Psicol Sauacutede Campo Grande v 4 n 2 p 170-176 dez 2012 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S2177-093X2012000200010amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 JARDIM Luciana Muniz Sanches Siqueira Veiga et al Tratamento Multiprofissional da Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica em Pacientes Muito Idosos Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 108 n 1 p 53-59 Jan 2017 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0066-782X2017000100053amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 JUSTO Joseacute Sterza ROZENDO Adriano da Silva A velhice no Estatuto do Idoso Estud pesqui psicol Rio de Janeiro v 10 n 2 p 471-489 ago 2010

70

Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1808-42812010000200012amplng=ptampnrm=isogt acessos em 22 abr 2018 KOKUDAI Laiacutes Aparecida ALVARENGA Maacutercia Regina Martins Classificaccedilatildeo das necessidades de sauacutede de idosos de acordo com a taxonomia NANDA 2010 Rev Anais do Eniac 6 p Disponiacutevel em lthttpsanaisonlineuemsbrindexphpenicarticleview13241337gt Acesso em 30 de abril de 2018 KUWAE Christiane Ayumi et al Concepccedilotildees de alimentaccedilatildeo saudaacutevel entre idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ normas nutricionais normas do corpo e normas do cotidiano Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 18 n 3 p 621-630 Sept 2015 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232015000300621amplng=enampnrm=isogt Acesso em 20 de maio de 2018 LEAO E SILVA Leonardo Oliveira et al Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica Representaccedilotildees Sociais de idosos sobre a doenccedila e seu tratamento Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 21 n 2 p 121-128 June 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2013000200004amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 de maio de 2018 LIMA Deborah Mendonccedila et al A hipovitaminose B12 eacute fator de risco para desenvolvimento de osteoporose Anais do Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - 1 ed - Satildeo Paulo AC Farmacecircutica 2014 Disponiacutevel em lthttpssbggorgbrwp-contentuploads2014101479477498_Anais_CBGG_-_Verso_finalpdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 LIRA Luana Nogueira et al Histoacuterico de enfermagem para idosos hospitalizados base para diagnoacutesticos e prescriccedilotildees Rev enferm UFPE on line Recife 7(8) 5198-206 ago 2013 Disponiacutevel em lthttpsperiodicosufpebrrevistasrevistaenfermagemarticleviewFile1179314165gt Acesso em 22 de maio de 2018 MANCINI Marisa Cotta SAMPAIO Rosana Ferreira Quando o objeto de estudo eacute a literatura estudos de revisatildeo Rev bras fisioter Satildeo Carlos v 10 n 4 Dec 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-35552006000400001amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 MARQUES Luiz Paulo Joseacute MOREIRA Rosa Maria Portella SANTOS Omar da Rosa Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio nos idosos Satildeo Paulo Editora Sarvier 2010 p 150 ndash 154 Disponiacutevel em lthttpswwwresearchgatenetpublication283487098_INFECCAO_DO_TRATO_URINARIO_NOS_IDOSOSgt Acesso em 30 de abril de 2018 MATTOS Carine Magalhatildees Zanchi de et al Processo de enfermagem aplicado a idosos com alzheimer que participam do projeto estrateacutegias de reabilitaccedilatildeo Estud Interdiscipl Envelhec Porto Alegre v16 ediccedilatildeo especial p 433-447 2011 Disponiacutevel em

71

lthttpseerufrgsbrindexphpRevEnvelhecerarticleview1792116307gt Acesso em 22 de maio de 2018 MACIEL Marcos Gonccedilalves Atividade fiacutesica e funcionalidade do idoso Motriz rev educ fis (Online) Rio Claro v 16 n 4 p 1024-1032 Dec 2010 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1980-65742010000400023amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de junho de 2018 MENEZES Luiza Tereza Gadelha de et al ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA In Congresso Nacional de Envelhecimento Humano 2016 Natal - RN ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA [Sl sn] 2016 p 1-6 Disponiacutevel em lthttpwwweditorarealizecombrrevistascnehtrabalhosTRABALHO_EV054_MD4_SA4_ID558_17082016145144pdfgt Acesso em 22 maio 2018 MORAIS Olga Nazareacute Pantoja de Grupos de idosos atuaccedilatildeo da psicogerontologia no enfoque preventivo Psicol cienc prof Brasiacutelia v 29 n 4 p 846-855 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-98932009000400014amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 06 abr 2018 MOTA Leandro Silva SOUSA Elton Geraldo de AZEVEDO Francisco Honeidy Carvalho Intercorrecircncias da osteoporose na qualidade de vida dos idosos Revista Interdisciplinar NOVAFAPI Teresina v5 n2 p44-49 Abr-Mai-Jun 2012 Disponiacutevel em lthttpsrevistainterdisciplinaruninovafapiedubrrevistainterdisciplinarv5n2revrev1v5n2pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 MOROZ Maisa Bastos KLUTHCOVSKY Ana Claudia Garabeli Cavalli SCHAFRANSKI Marcelo Derbli Controle de pressatildeo arterial em idosas hipertensas em uma Unidade de Sauacutede da Famiacutelia e fatores associados Cad Sauacutede Colet 2016 Rio de Janeiro 24 (1) 111-117 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcadscv24n11414-462X-cadsc-24-1-111pdfgt Acesso em 23 de abril de 2018 PEREIRA Erico Felden TEIXEIRA Clarissa Stefani ETCHEPARE Luciane Sanchotene O envelhecimento e o sistema muacutesculo esqueleacutetico Revista Digital n 101 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwefdeportescomefd101envelhhtmgt Acesso em 04 de junho de 2018 PETERNELLA Fabiana Magalhatildees Navarro MARCON Sonia Silva Descobrindo a Doenccedila de Parkinson impacto para o parkinsoniano e seu familiar Rev bras enferm Brasiacutelia v 62 n 1 p 25-31 Feb 2009 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672009000100004amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 REIS Luciana Arauacutejo dos TRAD Leny Alves Bonfim Suporte familiar ao idoso com comprometimento da funcionalidade a perspectiva da famiacutelia Psicol teor prat Satildeo Paulo v 17 n 3 p 28-41 dez 2015 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1516-

72

36872015000300003amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 RIBEIRO Aline Lima VEIGA Caroline Lagrotta da Associaccedilatildeo entre a capacidade cognitiva e a ocorrecircncia de quedas em idosos de juiz de fora Minas Gerais Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Federal de Juiz de Fora 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwufjfbrfacfisiofiles201307TCC-Aline-Carolinepdfgt Acesso em 10 de abril de 2008 RORIZ-FILHO Jarbas et al Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio Medicina (Ribeiratildeo Preto) 201043(2) 118-25 Disponiacutevel emlthttpwwwrevistasuspbrrmrparticleview166167gt Acesso em 04 de junho de 2018 RUIVO Susana et al Efeito do envelhecimento cronoloacutegico na funccedilatildeo pulmonar Comparaccedilatildeo da funccedilatildeo respiratoacuteria entre adultos e idosos saudaacuteveis Rev Port Pneumol Lisboa v 15 n 4 p 629-653 ago 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielomecptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0873-21592009000400005amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 07 abril de 2018 SANTOS Beatriz Aparecida dos et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem (SAE) no atendimento domiciliar ao paciente portador de osteoporose Revista Sauacutede em Foco ndashEdiccedilatildeo nordm 9 ndash Ano 2017 Disponiacutevel em lthttpunifiaedubrrevista_eletronicarevistassaude_focoartigosano2017072_sistematizacao_ass_enfermagem_saepdf gt Acesso em 25 de maio de 2018 SANCHES Ana Paula R Amadio LEBRAO Maria Luacutecia DUARTE Yeda Aparecida de Oliveira Violecircncia contra idosos uma questatildeo nova Saude soc Satildeo Paulo v 17 n 3 p 90-100 Sept 2008 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-12902008000300010amplng=enampnrm=isogt access on 22 Apr 2018 SENA Edite Lago da Silva et al Tecnologia cuidativa de ajuda muacutetua grupal para pessoas com Parkinson e suas famiacutelias Texto contexto - enferm Florianoacutepolis v 19 n 1 p 93-103 mar 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000100011amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 SERENIKI Adriana VITAL Maria Aparecida Barbato Frazatildeo A doenccedila de Alzheimer aspectos fisiopatoloacutegicos e farmacoloacutegicos Rev psiquiatr Rio Gd Sul Porto Alegre v 30 n 1 supl 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0101-81082008000200002amplng=enampnrm=isogt Acesso em 23 de abril de 2018 SILVA Bruna Rodrigues da FINOCCHIO Ana Luacutecia A velhice como marca da atualidade uma visatildeo psicanaliacutetica Viacutenculo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 23-30 dez 2011 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-24902011000200004amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018

73

SILVA Elisama Gomes Correia et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacutetica Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 45 n 6 p 1380-1386 Dec 2011 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000600015amplng=enampnrm=isogt access on 22 May 2018 SOUZA Rosangela Ferreira de SKUBS Thais BRETAS Ana Cristina Passarella Envelhecimento e famiacutelia uma nova perspectiva para o cuidado de enfermagem Rev bras enferm Brasiacutelia v 60 n 3 p 263-267 June 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672007000300003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de maio de 2018 SOUZA Emannuely Silva de ALVES Thalita Isapaula Feacutelix PASSOS Ana Beatriz Barbosa Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem a um Idoso com Parkinson em uma Instituiccedilatildeo de Apoio do Municiacutepio de Ipatinga Revista Enfermagem Integrada ndash Ipatinga Unileste-MG - V3 - N2 - NovDez 2010 Disponiacutevel em lt httpswwwunilestemgbrenfermagemintegradaartigoV3_209-sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem-a-um-idoso-com-parkinsonpdf gt Acesso em 02 de maio de 2018 TAGLIARINI Mariana Hidroginaacutestica na terceira Idade Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndashUNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2008 Lins 2008 62p il 31cm Disponiacutevel em lthttpwwwunisalesianoedubrbibliotecamonografias46264pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 TAYLOR Carol et al Fundamentos de enfermagem a arte e a ciecircncia do cuidado de enfermagem 7 ed Porto Alegre Artmed 2014 1768 p TEIXEIRA Ilka Niceacuteia DAquino Oliveira GUARIENTO Maria Elena Biologia do envelhecimento teorias mecanismos e perspectivas Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2845-2857 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600022amplng=enampnrm=isogt Acessado em 06 de abril de 2018 TOSIN Michelle Hyczy de Siqueira et al Intervenccedilotildees de Enfermagem para a reabilitaccedilatildeo na doenccedila de Parkinson mapeamento cruzado de termos Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 24 e2728 2016 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692016000100360amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 VARGAS Liane da Silva de LARA Marcus Viniacutecius Soares de MELLO-CARPES Pacircmela Billig Influecircncia da diabetes e a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico e atividades cognitivas e recreativas sobre a funccedilatildeo cognitiva e emotividade em grupos de terceira idade Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 4 p 867-878 dez 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000400867amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 23 abr 2018

74

VERAS Renato Peixoto Prevenccedilatildeo de doenccedilas em idosos os equiacutevocos dos atuais modelos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28 n 10 p 1834-1840 Oct 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-311X2012001000003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 VETTORE Marcelo Vianna et al Avaliaccedilatildeo do manejo da infecccedilatildeo urinaacuteria no preacute-natal em gestantes do Sistema Uacutenico de Sauacutede no municiacutepio do Rio de Janeiro Rev bras epidemiol Satildeo Paulo v 16 n 2 p 338-351 jun 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-790X2013000200338amplng=ptampnrm=isogt acessos em 30 abr 2018

Page 8: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca

ABSTRACT

Aging is a natural condition to which all living beings will be subjected if they do not

die In the human being this condition is more alarming having in view a whole life of

independence and later having the need to depend on someone if it does not age

with quality of life It is estimated that in 2050 the Brazilian population will have around

30 of the elderly that is the Brazilian population is aging a lot This work is justified

due to the enormous amount of elderly subjects that will arise due to the increase in

life expectancy and due to the nursing professionals in general they are not able to

work with this population The objective of this study is to talk about aging aging

processes diseases inherent in the elderly nursing care health promotion to the

elderly etc In order to achieve the presented objectives the literature review was used

as methodology being this one type of research For that purpose surveys were

conducted based on the following bases Scielo books and manuals of the Ministry of

Health health magazines etc The inclusion criteria were articles in Portuguese

language full texts and as of 2007 The results of the bibliographic research showed

that there is a huge field of action for the nursing professional when talking about the

elderly subject because of this the nursing professional must be able to work with such

a population

Keywords Elderly Aging Nursing Assistance

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo28

Figura 2 - Processo de envelhecimento33

Figura 3 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento37

Figura 4 - Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal43

Figura 5 - Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson44

Figura 6 - Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer46

Figura 7 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose49

Figura 8 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril50

Figura 9 - Processo de Enfermagem55

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade27

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens28

Quadro 2 - Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso29

Quadro 3 - Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento34

Quadro 4 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento36

Quadro 5 - Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos40

Quadro 6 - Alimentos recomendados para idosos41

Quadro 7 - Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso49

Quadro 8 - Etapas do processo de enfermagem54

Quadro 9 - Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem56

Quadro 10 - Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE)59

LISTA DE SIGLAS

COFEN ndash Conselho Federal de Enfermagem

OMS ndash Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede

SAE ndash Sistema de Assistecircncia de Enfermagem

SCIELO ndash Scientific Electronic Library Online

BVS - Biblioteca Virtual em Sauacutede

DeCS - Descritores em Ciecircncia da Sauacutede

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

SNC - Sistema Nervoso Central

SUS - Sistema Puacuteblico de Sauacutede

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

AVC - Acidente Vascular Cerebral

ITU - Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

CE - Comitecirc de Eacutetica

PE - Processo de Enfermagem

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO25

11 OBJETIVOS26

111 Objetivo geral26

112 Objetivos especiacuteficos26

12 JUSTIFICATIVA26

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO27

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO

IDOSA NO BRASIL27

22 ESTATUTO DO IDOSO29

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO30

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO

ENVELHECIMENTO31

241 Mecanismos do envelhecimento32

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio35

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco35

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico36

2414 Envelhecimento do sistema nervoso38

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO38

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso39

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso40

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE42

261 Mal de Parkinson42

262 Doenccedila de Alzheimer45

263 Diabetes Mellitus46

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica47

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio48

266 Osteoporose49

3 METODOLOGIA53

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO55

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO55

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) 55

412 Processo de Enfermagem56

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos57

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS65

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS67

25

1 INTRODUCcedilAtildeO

O aumento da populaccedilatildeo idosa tem preocupado todas as autoridades devido ao

aumento do gasto previdenciaacuterio o que se torna um problema de enormes

proporccedilotildees tendo em vista o fato de o governo ter que disponibilizar a cada ano mais

verba para este segmento populacional que jaacute passa dos 15 milhotildees de brasileiros

Tais problemas colocados pela miacutedia amplifica o preconceito com o sujeito idoso e

com isso o medo de envelhecer fica latente a cada dia em que o sujeito chega agrave

terceira idade pois vislumbra-se um futuro sombrio no qual o preconceito conforme

falado seraacute enorme poliacuteticas de ajuda piacutefias verbas escassas e em muitos casos

falta de apoio familiar (GUERRA CALDAS 2010)

Um dos motivos que estatildeo proporcionando o aumento de idosos no Brasil eacute a melhoria

de diversos indicadores E como o aumento da populaccedilatildeo idosa acarreta seacuterios

problemas para a economia de um paiacutes torna-se importante desenvolver poliacuteticas que

podem auxiliar o idoso a envelhecer melhor com qualidade controlando as doenccedilas

caracteriacutesticas da terceira idade funcional e contribuindo com o Estado para que

este natildeo venha a entrar em colapso (VERAS 2012)

Estudos cientiacuteficos tecircm comprovado que exerciacutecios fiacutesicos combinados a uma boa

alimentaccedilatildeo e ateacute mesmo remeacutedios fitoteraacutepicos contribuem para uma melhoria

consideraacutevel para a sauacutede fiacutesica e mental dos idosos o que eacute algo bastante

interessante tendo em vista que a maioria dos acidentes com pessoas idosas ocorrem

quando o sujeito idoso sem forccedila muscular se machuca em pequenas atividades

dentro de casa ou quando sua sauacutede mental natildeo proporciona um envelhecimento

confortaacutevel ou quando as doenccedilas crocircnicas caracteriacutesticas da terceira idade se

apresentam intensamente (ACIOLE BATISTA 2013)

Nos dias atuais um carimbo que existe sobre o sujeito idoso eacute o descaso com ele

satildeo colocados agrave margem da sociedade Muitos natildeo possuem mais aptidatildeo para

trabalhos e muitos apresentam problemas de sauacutede que demandam um cuidado

especial muita atenccedilatildeo e com a ldquovida corridardquo quem deveria cuidar do idoso acaba

negligenciando sua funccedilatildeo e por isso vaacuterios idosos acabam indo para instituiccedilotildees de

asilo que muitas vezes natildeo oferecem condiccedilotildees miacutenimas de cuidados (SILVA

FINOCCHIO 2011)

Por outro lado instituiccedilotildees seacuterias de abrigo de idosos possuem profissionais de

26

diversas aacutereas do saber que atuam em conjunto para um cuidado eficaz do sujeito

idoso Dentre esses profissionais que auxiliam no cuidado do idoso uma figura que

se destaca eacute o enfermeiro que desenvolve ldquosuas atividades com os idosos por meio

de um processo de cuidar que contempla os aspectos biopsicossociais e espirituais

vivenciados durante a institucionalizaccedilatildeordquo quando utiliza a Sistematizaccedilatildeo de

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) por intermeacutedio do Processo de Enfermagem (PE)

permitindo ldquouma avaliaccedilatildeo integral do idoso identificando necessidades e padrotildees de

resposta aos problemas de sauacutede para a determinaccedilatildeo de soluccedilotildees apropriadas no

atendimento dessas necessidadesrdquo (CLARES FREITAS PAULINO 2013 p 02)

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

bull Analisar a partir de uma revisatildeo de literatura a Assistecircncia de Enfermagem ao

sujeito idoso

112 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever o processo de envelhecimento

bull Listar as principais doenccedilas que acometem a populaccedilatildeo idosa

bull Identificar as principais estrateacutegias de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem (SAE) para a populaccedilatildeo idosa

12 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista o aumento do nuacutemero de sujeitos idosos no Brasil devido ao aumento

da expectativa de vida e por ser esta autora jaacute atuante como enfermeira na

assistecircncia agraves pessoas idosas natural foi a escolha pelo tema aqui desenvolvido

27

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO IDOSA

NO BRASIL

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) oacutergatildeo do governo responsaacutevel

por coletar informaccedilotildees a respeito da sociedade brasileira para um melhor

entendimento da realidade lanccedilou em 2016 um livro com uma siacutentese de indicadores

sociais e uma anaacutelise das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo brasileira Tal livro

permeado de dados estatiacutesticos foi utilizado para levantar as estatiacutesticas a respeito

da populaccedilatildeo idosa do Brasil e assim seraacute aqui referenciado

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

A evoluccedilatildeo da composiccedilatildeo populacional por grupos de idade aponta para a tendecircncia de envelhecimento demograacutefico que corresponde ao aumento da participaccedilatildeo percentual dos idosos na populaccedilatildeo e a consequente diminuiccedilatildeo dos demais grupos etaacuterios (BRASIL 2016 p 13)

A constataccedilatildeo de que a sociedade brasileira estaacute envelhecendo pode ser confirmada

na Tabela 01 que reforccedila o que jaacute foi citado anteriormente

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade

IDADE (anos) 2005 () 2015 ()

0 ndash 14 265 210 15 - 29 274 236 30 - 59 362 410

Acima de 60 98 143

Fonte Brasil (2016 p 13)

Ainda sobre a Tabela 01 observa-se a evoluccedilatildeo da populaccedilatildeo brasileira entre os anos

de 2005 a 2015 Observa-se pela tabela que a populaccedilatildeo idosa saiu dos 98 em

2005 para 143 em 2015 ou seja em uma deacutecada a populaccedilatildeo idosa cresceu cerca

de 46 Eacute um crescimento enorme Com essa dinacircmica populacional a expectativa

eacute que em 2050 a populaccedilatildeo idosa no Brasil fique ligeiramente abaixo dos 30

conforme eacute ilustrado na Figura 01 Ela tambeacutem apresenta a projeccedilatildeo da evoluccedilatildeo de

pessoas com mais de 60 anos no restante do mundo (BRASIL 2016)

28

Figura 01 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo

Fonte Brasil (2016) (Adaptado pela autora)

O sujeito idoso apresenta diversas dificuldades no seu dia-a-dia e torna-se um desafio

enorme para a sociedade brasileira como um todo em vista da preocupaccedilatildeo que se

deve ter com o sujeito idoso No Quadro 01 algumas caracteriacutesticas pertinentes aos

idosos (BRASIL 2016)

Quadro 01 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens CARACTERIacuteSTICAS QUANTIDADE

Alguma dificuldade permanente para caminhar 330 ()

Vivem em domiciacutelios em aacutereas sem arborizaccedilatildeo 275 ()

Entidade de assistecircncia social privada sem fins lucrativos 8283

Jaacute se sentiram discriminados no serviccedilo sauacutede 84 ()

Niacutevel de ocupaccedilatildeo dos idosos 263 ()

Proporccedilatildeo de idosos ocupados que recebem aposentadoria 538 ()

Ensino fundamental incompleto 655 ()

Sem plano meacutedico ou odontoloacutegico 680 ()

Sintomas de depressatildeo 93 ()

Fonte Brasil (2016)

O Quadro 01 apresenta diversas informaccedilotildees a respeito do sujeito idoso A que mais

chama atenccedilatildeo eacute a quantidade de idosos sem plano de sauacutede ou odontoloacutegico algo

em torno de 68 pois como eacute sabido a sauacutede puacuteblica no Brasil eacute precaacuteria e com

isso o idoso que acaba por depender do sistema puacuteblico natildeo tem um atendimento

eficaz o que pode agravar suas condiccedilotildees fiacutesicas e de sauacutede (BRASIL 2016)

29

22 ESTATUTO DO IDOSO

O estatuto do idoso eacute o nome popular dado a Lei nordm 10741 de 1ordm de outubro de 2003

que veio para regular os direitos das pessoas com mais de sessenta anos assim

consideradas idosas (BRASIL 2013)

O referido documento agrupou leis que jaacute existiam organizando-as em blocos Todos

os direitos a que o idoso tem mas que em diversas ocasiotildees satildeo deliberadamente

usurpados foram bem discutidos nesta lei Seu art 2ordm assim institui

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes agrave pessoa humana sem prejuiacutezo da proteccedilatildeo integral de que trata esta Lei assegurando-se-lhe por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades para preservaccedilatildeo de sua sauacutede fiacutesica e mental e seu aperfeiccediloamento moral intelectual espiritual e social em condiccedilotildees de liberdade e dignidade (BRASIL 2013 p 07)

O idoso possui sempre prioridades devido a uma seacuterie de fatores e acima de tudo

devido agrave sua fragilidade pela idade avanccedilada O estatuto do idoso determina quais

satildeo essas prioridades No Quadro 02 elas satildeo delineadas (BRASIL 2013)

Quadro 02 ndash Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso INCISO PRIORIDADES

I Ter atendimento prioritaacuterio e personalizado junto a oacutergatildeos que prestam serviccedilos de sauacutede agrave populaccedilatildeo

II Ter prioridades diante das poliacuteticas sociais elaboradas para a sauacutede puacuteblica

III Destinaccedilatildeo privilegiada de recursos puacuteblicos para os setores que possuem obrigaccedilotildees de proteccedilatildeo ao idoso

IV Desenvolvimento de poliacuteticas que torne possiacutevel o conviacutevio do idoso com pessoas de outras geraccedilotildees

V Ser cuidado por membros de sua famiacutelia sendo que a acolhida em abrigos de idosos seria em uma uacuteltima situaccedilatildeo

VI Capacitaccedilatildeo dos profissionais que cuidam de idosos para prestar um atendimento de qualidade de atualizado

VII No desenvolvimento de poliacuteticas que possibilitem a divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees educativas a respeito do idoso para o puacuteblico em geral

VIII Garantia de acessibilidade aos serviccedilos de sauacutede e de assistecircncia social do Estado

IX Primazia quando do recebimento da restituiccedilatildeo do Imposto de Renda

Fonte Brasil (2013) (Adaptado pela autora)

Como pode-se observar no Quadro 02 as prioridades a que o idoso tem direito satildeo

vaacuterias poreacutem o que se observa na praacutetica eacute que muitas delas satildeo ignoradas A cultura

de cada paiacutes diz se os seus velhos seratildeo beneficiados com o respeito ou se seratildeo

maltratados No Brasil impera a cultura de descaso com o sujeito da terceira idade e

muitas vezes vaacuterios deles sofrem verdadeiros maus tratos seja fiacutesica seja

psicologicamente (SANCHES LEBRAO 2008)

30

Referida norma nos dizeres de Justo e Rozendo (2010) apresenta natildeo apenas o

instrumento juriacutedico para preservar e garantir a dignidade do idoso mas ldquo[] mas

tambeacutem como uma produccedilatildeo simboacutelica e conceitual que mediante um conjunto de

signos representaccedilotildees imagens e saberes configura o idoso na cultura []rdquo (JUSTO

ROZENDO 2010 p 472)

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO

O ser humano eacute um animal social e por isso desde haacute muito tempo de eacutepocas

remotas eles se organizam dando alguma ideia de famiacutelia conforme entendemos

atualmente No entanto a ideia de famiacutelia muda agrave medida que a histoacuteria evolui e se

antes o sujeito idoso era considerado o ente mais importante de sua famiacutelia devido

aos conhecimentos que adquiriu ao longo de sua jornada nos dias atuais essa

premissa jaacute natildeo eacute tatildeo mais importante e devido a isso observa-se poucos idosos no

seio da famiacutelia com sua consequente diminuiccedilatildeo (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

Quando se pensa em famiacutelia como instituiccedilatildeo social o que precisa ser levado em

consideraccedilatildeo para uma anaacutelise mais ampla a respeito dessa instituiccedilatildeo social satildeo

ldquo[] aspectos como afetividade companheirismo solidariedade sentimentos e accedilotildees

que podem ser encontradas fora dos laccedilos consanguiacuteneosrdquo Ou seja natildeo se eacute famiacutelia

somente aqueles que possuem o mesmo sangue mas existem outros fatores que

demonstram ser um agrupamento de pessoas considerado famiacutelia ldquoEacute uma construccedilatildeo

social influenciada pela cultura e contexto histoacuterico em que foi concebida []rdquo

(SOUZA SKUBS BRETAS 2007 p 264)

A vida do ser humano eacute repleta de fases desde agrave infacircncia ateacute a velhice Em cada fase

existe todo um conjunto cultural que daacute suporte agravequela fase e por isso nas famiacutelias

atuais existe um certo conflito entre membros familiares de geraccedilotildees diferentes pois

convivem muitas vezes em uma mesma residecircncia crianccedilas adolescentes adultos

e velhos e por isso um maior cuidado para que tais diferenccedilas natildeo interfiram na

harmonia do lar (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

E com o sujeito idoso haacute de se ter uma atenccedilatildeo especial devido a todos os fatores

envolvidos em sua mudanccedila de idade e com a chegada da velhice Tais fatores satildeo

os sociais psicoloacutegicos materiais financeiros autonomia etc Dessa forma o idoso

tende a dar mais trabalho pois uma vez que fora independente e natildeo eacute mais uma

31

vez que fora forte e natildeo eacute mais apresenta uma paciecircncia bastante curta Assim os

familiares que em volta dele estatildeo precisam ter bastante amor e carinho para um

excelente cuidado pois eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia assim fazer conforme preceitua a

Constituiccedilatildeo Federal (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

O apoio da famiacutelia para o sujeito idoso eacute de suma importacircncia para que ele possa ter

uma velhice confortaacutevel e saudaacutevel Reis e Trad possuem palavras interessantes a

respeito Vejamos

O suporte familiar contribui de maneira significativa para a manutenccedilatildeo e a integridade fiacutesica e psicoloacutegica do indiviacuteduo Seu efeito eacute tido como beneacutefico no membro da famiacutelia que o recebe na medida em que o suporte eacute percebido como disponiacutevel e satisfatoacuterio [] Dessa forma eacute fundamental para o planejamento assistencial adequado ao idoso a compreensatildeo do contexto familiar o que implica o entendimento das questotildees que envolvem a formaccedilatildeo e a dinacircmica de funcionamento das famiacutelias em geral (REIS TRAD 2015 p 30)

No entanto abrigos repletos de sujeitos idosos demonstram que na grande maioria

dos casos os familiares preferem abandonar os seus velhos aos cuidados de

enfermeiros que nem conhecem se estatildeo capacitados para lidar com as

necessidades Mesmo com o advento do estatuto do idoso ele continua sofrendo

severos preconceitos (REIS TRAD 2015)

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO

No Brasil de hoje tem-se observado um crescimento substancial do nuacutemero de

sujeitos idosos (aqueles com mais de 60 anos de acordo com o estatuto do idoso) e

isso eacute algo bastante preocupante tendo em vista a infraestrutura precaacuteria do sistema

de sauacutede Apenas a tiacutetulo de entendimento de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatiacutestica (IBGE) a quantidade de sujeitos idosos em 2016 era em cerca

de 143 (BRASIL 2016)

Existem basicamente dois motivos pelos quais a quantidade de sujeitos idosos vem

aumentando no Brasil que satildeo a reduccedilatildeo da taxa de natalidade e a reduccedilatildeo da

mortalidade A tecnologia vem ajudando consideravelmente para que esses dois

fatores sejam os reais motivos pelo aumento da taxa de idosos (MORAIS 2009)

A afirmativa anterior eacute reforccedilada pelo IBGE conforme segue ldquoAs mudanccedilas na razatildeo

de dependecircncia estatildeo diretamente associadas agrave diminuiccedilatildeo da fecundidade e ao

32

aumento na longevidade da populaccedilatildeo especialmente na populaccedilatildeo idosardquo (BRASIL

2016 p 17)

Dessa forma o ato de envelhecer passa a ser visto como algo a que todos os

brasileiros passaratildeo um dia pois haacute um aumento na expectativa de vida e assim

entender o processo de envelhecimento e desenvolver mecanismos para um

envelhecimento saudaacutevel torna-se fundamental pois idosos saudaacuteveis significa

grosso modo menos problemas tanto para a famiacutelia quanto para o governo Mas esse

menos problema natildeo eacute dito de forma vulgar pejorativa mas sim de forma racional

pois com um idoso saudaacutevel em uma famiacutelia esta famiacutelia natildeo sofre com o sofrimento

dele (MORAIS 2009)

Os desafios que se apresentam com o aumento da populaccedilatildeo idosa no Brasil estatildeo

intimamente interligados com a integraccedilatildeo e o cuidado social com o sujeito idoso com

a sauacutede com a assistecircncia social com a previdecircncia social com a forma de

envelhecer saudaacutevel etc (BRASIL 2016)

Dessa forma importante entender o mecanismo bioloacutegico do envelhecimento e sua

correlaccedilatildeo com o meio fiacutesico para um cuidado mais personalizado

241 Mecanismos do envelhecimento

Teixeira e Guariento afirmam que o conhecimento acerca do envelhecimento ou dos

motivos que o causam satildeo limitados devido agrave falta de pesquisas experimentais com

seres humanos o que eacute vedado pela eacutetica meacutedica Dessa forma pode-se fazer

apenas experimentos com animais em especial com roedores moscas de frutas e

isso acaba natildeo trazendo um real significado acerca do processo de envelhecimento

(TEIXEIRA GUARIENTO 2010)

Existem vaacuterias teorias a respeito do envelhecimento e por isso aos poucos foram

sendo agrupadas basicamente em dois grupos a saber teorias programadas e

teorias estocaacutesticas A primeira tem sua ideia central ldquonos reloacutegios bioloacutegicos que

regulam o crescimento a maturidade a senescecircncia e a morterdquo Jaacute a segunda baseia-

se na ldquoidentificaccedilatildeo de agravos que induzem aos danos moleculares e celulares

aleatoacuterios e progressivosrdquo (TEIXEIRA GUARIENTO 2010 p 2846)

33

Fato eacute que os efeitos do envelhecimento satildeo visiacuteveis rugas expostas cabelos

brancos peles caiacutedas dificuldades para se locomoverem decliacutenio das forccedilas

diminuiccedilatildeo do equiliacutebrio diversas doenccedilas dificuldade na respiraccedilatildeo Tudo estaacute

conjuntamente interligado em um processo complexo e variado que envolve tanto o

bioloacutegico quanto o psicossocial e que afeta diversos sistemas Na Figura 02 uma

representaccedilatildeo interessante do processo de envelhecimento (RUIVO et al 2009)

Figura 02 ndash Processo de envelhecimento

Fonte Centro avanccedilado de medicina preventiva (2018)

34

No Quadro 03 eacute apresentado os efeitos da velhice de uma forma geral e resumida

Vaacuterios satildeo os efeitos do envelhecimento no sujeito idoso por isso apenas alguns deles

foram relatados a tiacutetulo de exemplos

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (continua)

MODIFICACcedilOtildeES NO CORPO COM O ENVELHECIMENTO

ESTADO GERAL

Reduccedilatildeo progressiva da eficiecircncia dos processos fisioloacutegicos resulta em equiliacutebrio fraacutegil e impotildee obstaacuteculos agrave capacidade do corpo para manter a homeostase Estressores fiacutesicos e emocionais tornam o idoso mais vulneraacutevel devido agrave diminuiccedilatildeo das reservas fisioloacutegicas O idoso pode continuar a se envolver em todas as atividades da meia-idade embora de maneira intuitiva deva adaptar-se a um ritmo modificado e a periacuteodos de descanso mais frequentes

TEGUMENTAR

Surgimento de rugas e perda da firmeza da pele ocorrem com a reduccedilatildeo da elasticidade ressecamento e descamaccedilatildeo satildeo comuns A queda dos cabelos eacute comum nos homens e as mulheres tecircm afinamento e perda de pigmentaccedilatildeo dos cabelos Sinais de pele e pigmentaccedilatildeo satildeo comuns embora a pele possa clarear devido agrave perda de melanoacutecitos As unhas costumam espessar-se e ficar quebradiccedilas e amareladas

MUSCULOESQUELEacuteTICO

Diminui o tecido subcutacircneo e o peso no idoso A massa e a forccedila musculares diminuem Ocorre desmineralizaccedilatildeo oacutessea e os ossos ficam porosos e quebradiccedilos As articulaccedilotildees tendem a enrijecer e a perder flexibilidade podendo diminuir a amplitude de movimentos Costuma ocorrer lentidatildeo da mobilidade geral e a postura tende a encurvar A altura diminui um pouco

NEUROLOacuteGICO

O Sistema Nervoso Central reage mais lentamente a muacuteltiplos estiacutemulos Assim a resposta cognitiva e comportamental do idoso pode ser retardada Diminui a frequecircncia da reaccedilatildeo reflexa A regulagem da temperatura e a percepccedilatildeo de dorpressatildeo ficam menos eficientes O idoso pode ainda ter dificuldades no equiliacutebrio na coordenaccedilatildeo na motricidade fina e na orientaccedilatildeo espacial o que resulta em maior risco para quedas Costuma encurtar o sono noturno e o idoso pode despertar com mais facilidade

SENTIDOS ESPECIAIS

Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade visual (presbiopia) com maior sensibilidade agrave claridade e menor capacidade de adaptar-se agrave escuridatildeo Reduccedilatildeo da acomodaccedilatildeo reduccedilatildeo da percepccedilatildeo em profundidade e da discriminaccedilatildeo de cores Uma catarata pode obscurecer ainda mais a visatildeo A dificuldade para ler letras miuacutedas pode se tornar mais evidente Dirigir durante o dia ou durante agrave noite pode ficar comprometido Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade auditiva (presbicusia) em especial diminuiccedilatildeo da discriminaccedilatildeo de tons na presenccedila de ruiacutedos ambientais Em consequecircncia dos problemas auditivos o idoso pode retrair-se de eventos sociais As sensaccedilotildees de paladar e olfato diminuem Sensibilidade aos cheiros pode diminuir Problemas nutricionais podem surgir

CARDIOPULMONAR

Os vasos sanguiacuteneos ficam menos elaacutesticos e muitas vezes riacutegidos e tortuosos Depoacutesitos de placas de gordura continuam a ocorrer nos revestimentos dos vasos sanguiacuteneos Edema e esfriamento das extremidades inferiores podem ocorrer em especial com a diminuiccedilatildeo da mobilidade O corpo tem menor capacidade de aumentar a frequecircncia do coraccedilatildeo e o deacutebito cardiacuteaco mediante atividade A elasticidade pulmonar e a accedilatildeo ciliar diminuem de modo que a desobstruccedilatildeo pulmonar se torna menos eficiente Pode aumentar a frequecircncia pulmonar acompanhada de profundidade diminuiacuteda

35

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (conclusatildeo)

GASTRINTESTINAL Os sucos digestivos continuam a diminuir e reduz-se a absorccedilatildeo de nutrientes Desnutriccedilatildeo e anemia satildeo mais comuns Com a reduccedilatildeo do tocircnus muscular e o peristaltismo diminuiacutedo satildeo comuns queixas de constipaccedilatildeo

DENTICcedilAtildeO Perda e caacuterie dentaacuterias continuam para a maioria dos idosos Os haacutebitos alimentares podem mudar em especial se o idoso natildeo tem dentes ou usa dentaduras que natildeo servem bem

GENITURINAacuteRIO

O fluxo sanguiacuteneo para os rins reduz com a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco A quantidade de unidades de neacutefrons funcionando diminui em 50 Produtos a serem eliminados podem ser filtrados e excretados mais lentamente Liacutequidos e eletroacutelitos permanecem dentro das variaccedilotildees normais mas o equiliacutebrio eacute fraacutegil Cerca de 75 dos homens com mais de 65 anos tecircm hipertrofia da glacircndula prostaacutetica Pode haver a necessidade de cirurgia caso ocorra retenccedilatildeo urinaacuteria Haacute atrofia diminuiccedilatildeo de secreccedilotildees e afinamento do trato genital da mulher idosa

Fonte Taylor e outros (2007 p 460)

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio

O Sistema respiratoacuterio envelhece da mesma forma que o restante do organismo e

muitas vezes ele envelhece mais raacutepido devido agrave enorme quantidade de poluiccedilatildeo a

que estamos sujeitos Nas palavras de Ruivo e outros

Pensa-se que o sistema respiratoacuterio seja o sistema do organismo que envelhece mais rapidamente devido agrave maior exposiccedilatildeo a poluentes ambientais ao longo dos anos As mudanccedilas que ocorrem a este niacutevel satildeo clinicamente relevantes porque a deterioraccedilatildeo da funccedilatildeo pulmonar estaacute associada ao aumento da taxa de mortalidade e aleacutem disso o conhecimento das mesmas contribui para a detecccedilatildeo e prevenccedilatildeo de disfunccedilotildees respiratoacuterias em idosos (RUIVO et al 2009 p 631)

Biologicamente com o envelhecimento a estrutura morfoloacutegica da parede toraacutecica

sofre severas alteraccedilotildees que afetam diretamente os pulmotildees Dessa forma a perda

da elasticidade dentre outros problemas torna-se a mais frequente complicaccedilatildeo

pulmonar entre pessoas idosas (RUIVO et al 2009)

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco

O envelhecimento do sistema cardiacuteaco acarreta diversas complicaccedilotildees ao sujeito

idoso e a dinacircmica de como esse processo se dar eacute melhor explicado por Esquenazi

Silva e Guimaratildees

O coraccedilatildeo eacute constituiacutedo por ceacutelulas musculares os cardiomioacutecitos moleacuteculas de matriz extracelular destacando-se o colaacutegeno e ceacutelulas intersticiais cardiacuteacas tais como fibroblastos e ceacutelulas endoteliais Por tratar-se de ceacutelulas terminalmente diferenciadas a identificaccedilatildeo recente de ceacutelulas-tronco residentes no coraccedilatildeo revelou que os cardiomioacutecitos satildeo repostos mas natildeo

36

na proporccedilatildeo ideal para recuperaccedilatildeo de funccedilatildeo alterada consequente a eventuais perdas (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

Dessa forma pode-se realccedilar algumas mudanccedilas sensiacuteveis que ocorrem com o

envelhecimento e que estatildeo listadas no Quadro 04 abaixo

Quadro 04 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento MUDANCcedilAS ORGAcircNICAS COM O ENVELHECIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

A parede ventricular torna-se mais espessa

Diminuiccedilatildeo das ceacutelulas de cardiomioacutecitos

Aumento do conteuacutedo do colaacutegeno

Alteraccedilatildeo do metabolismo mitocondrial

Maior secreccedilatildeo de colaacutegeno

Induccedilatildeo de apoptose das ceacutelulas musculares lisas da parede arterial

Aumento da rigidez aoacutertica

Alteraccedilatildeo da elasticidade aoacutertica

Disfunccedilatildeo diastoacutelica

Hipertrofia do ventriacuteculo esquerdo

Insuficiecircncia cardiacuteaca congestiva

Fonte Esquenazi Silva e Guimaratildees (2014) (Adaptado pela autora)

No envelhecimento ocorrem mudanccedilas em algumas propriedades do coraccedilatildeo e isso

pode acarretar o surgimento de arritmias cardiacuteacas bem como a diminuiccedilatildeo da

possibilidade de alteraccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca durante situaccedilotildees de estresse

Assim devido agrave mudanccedila da frequecircncia cardiacuteaca na populaccedilatildeo da terceira idade eacute

frequentemente adicionado medicamentos como diureacuteticos medicamentos que atuam

para combater a arritmia etc (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico

Haacute diversos estudos que tentam provar que o processo de envelhecimento estaacute

associado agrave diminuiccedilatildeo da massa muscular fenocircmeno conhecido como sarcopenia

Este fenocircmeno debilita diretamente a arquitetura muscular alterando diversas

propriedades tais como ldquoaacuterea da seccedilatildeo transversa anatocircmica comprimento das fibras

musculares volume e acircngulo de penaccedilatildeo dos muacutesculosrdquo Ocasiona uma reduccedilatildeo das

forccedilas do paciente da capacidade aeroacutebica e da taxa metaboacutelica Juntos esses

fatores influenciamalteram a qualidade de vida pois podem aumentar a taxa de

quedas e ocasionar outros problemas ao idoso que repercutem em todos os campos

de sua vida (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

37

Os mais novos estudos cientiacuteficos na aacuterea sugerem que o envelhecimento tambeacutem

estaacute relacionado com a diminuiccedilatildeo da rigidez dos tendotildees o que eacute apreciado na obra

de Baptista e Vaz conforme segue

Modificaccedilotildees morfoloacutegicas na unidade muacutesculo-tendatildeo como a sarcopenia ou a diminuiccedilatildeo da rigidez tendiacutenea reconhecidamente causam alteraccedilotildees de suas propriedades mecacircnicas As propriedades mecacircnicas dos muacutesculos determinam sua capacidade de produccedilatildeo de forccedila em diferentes comprimentos e velocidades podendo assim influenciar de maneira significativa as atividades de vida diaacuteria dos seres humanos independente da faixa etaacuteria (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

Natildeo se consegue entender exatamente como ocorre o processo da sarcopenia pois

eacute um processo complexo no qual diversos outros processos contribuem para que

aconteccedila Alguns estudos sugerem que a diminuiccedilatildeo da ativaccedilatildeo neuromuscular eacute

comeccedilo do processo de perda de massa e de forccedila O que eacute bem entendido e

preocupante satildeo os seus efeitos nos sujeitos idosos que provocam diversas outras

consequecircncias (FILHO 2012)

Eacute sabido que tudo estaacute interligado portanto quando ocorre reduccedilatildeo da estrutura

muscular esqueleacutetica isso acarreta outros problemas natildeo soacute de importacircncia material

assim como de importacircncia imaterial como sedentarismo depressatildeo ansiedade

depressatildeo etc A Figura 03 ilustra esse ciacuterculo vicioso (PEREIRA TEIXEIRA

ETCHEPARE 2006)

Figura 03 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento

Fonte Pereira Teixeira e Etchepare (2006)

38

2414 Envelhecimento do sistema nervoso

O envelhecimento como jaacute foi dito provoca uma seacuterie de alteraccedilotildees no organismo do

sujeito idoso No sistema nervoso diversas alteraccedilotildees anatocircmicas e quiacutemicas satildeo

observadas no enceacutefalo e na medula e essas alteraccedilotildees podem ser vistas tanto

macroscopicamente quanto microscopicamente Ateacute mesmo o tamanho do ceacuterebro e

peso dele satildeo modificados agrave medida que o sujeito envelhece na ordem de 2 a cada

uma deacutecada e com diminuiccedilatildeo de proteiacutenas (TAGLIARINI 2008)

De acordo com anaacutelises feitas ao envelhecer diversas alteraccedilotildees acontecem sendo

que as mais vitais satildeo ldquoa diminuiccedilatildeo de ceacutelulas alteraccedilotildees dendriacuteticas placas senis

degeneraccedilatildeo neurofibrilar degeneraccedilatildeo gracircnulo-vacuolar e acuacutemulo de lipofucsinardquo

(TAGLIARINI 2008 p 18)

As alteraccedilotildees morfoloacutegicas produzidas pelo Sistema Nervoso Central (SNC) se

mostram como sendo de suma importacircncia para o devido funcionamento do sistema

nervoso devido agrave importacircncia na geraccedilatildeo e processamento das memoacuterias e no

transporte de informaccedilotildees ateacute os neurocircnios (TAGLIARINI 2008)

Portanto de tudo o que foi falado a respeito do envelhecimento do sistema nervoso

algumas partes ainda natildeo foram provadas e muita coisa ainda deve ser elucidada

com os anos vindouros Tem-se uma ideia de que as modificaccedilotildees ocorrem tanto de

forma central quanto de forma perifeacuterica ldquocom atrofia cerebral devido agrave diminuiccedilatildeo do

nuacutemero de neurocircnios assim como a reduccedilatildeo da quantidade de substacircncias branca e

cinzenta Ocorre ainda reduccedilatildeo da sinaptogecircnese e da velocidade de conduccedilatildeo

nervosa []rdquo (RIBEIRO VEIGA 2013 p25)

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO

Conforme jaacute foi falado anteriormente a populaccedilatildeo brasileira seguindo o ritmo da

populaccedilatildeo mundial estaacute envelhecendo mais devido agraves inovaccedilotildees tecnoloacutegicas Com

isso mais sujeitos idosos procuram serviccedilos meacutedicos por causa das doenccedilas

inerentes agrave terceira idade Essa demanda impulsiona aos governos criarem poliacuteticas

de sauacutede para que o sujeito envelheccedila com sauacutede pois se assim for proporciona

vantagem para todos os que estatildeo envolvidos com o idoso seja seus parentes que

39

cuidam dele seja o Estado que natildeo precisa gastar muito com remeacutedios Isso

proporciona um aliacutevio na previdecircncia divido agrave imensa diacutevida puacuteblica que existe e por

necessitar fazer corte de gastos A seguir seraacute melhor tratado acerca dos benefiacutecios

da atividade fiacutesica para o idoso para ter um envelhecimento sadio e de haacutebitos

saudaacuteveis que precisa ter para o seu dia-a-dia com sauacutede (ACIOLE BATISTA 2013)

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso

Com o crescimento mundial acelerado da populaccedilatildeo idosa diversas poliacuteticas estatildeo

sendo desenvolvidas para fazer com que o idoso envelheccedila com sauacutede tendo em

vista finalidades variadas tais como o fato de a previdecircncia estar sobrecarregada a

constataccedilatildeo de que o Sistema Puacuteblico de Sauacutede (SUS) natildeo atende com qualidade

as premissas mais baacutesicas da populaccedilatildeo Assim se o idoso chegar agrave terceira fase de

sua vida mais dinacircmico e com mais sauacutede enormes benefiacutecios surgiratildeo natildeo somente

para ele assim como para toda a sociedade (FONSECA et al 2014)

Dentre essas poliacuteticas certamente a que incentiva o idoso a praticar esportes eacute a mais

disseminada juntamente com a boa alimentaccedilatildeo pois eacute comprovado cientificamente

que o idoso ao praticar esportes consegue se manter mais saudaacutevel mais luacutecido e

em melhores condiccedilotildees de enfrentamento de doenccedilas que lhe acometem que satildeo

caracteriacutesticas da terceira idade aleacutem de provocar uma melhoria como um todo ao

sujeito idoso em todas as suas dimensotildees (MACIEL 2010)

De acordo com Maciel (2010 p 1024)

Poreacutem ao se refletir sobre as atividades fiacutesicas precisa-se pensar aleacutem dos benefiacutecios biopsicossociais proporcionados pela sua praacutetica como tambeacutem por exemplo compreender as mudanccedilas de comportamentos individuais eou coletivos para a adesatildeo e manutenccedilatildeo dessas atividades Essas soacute proporcionaratildeo os devidos benefiacutecios se realizadas continua e corretamente

As atividades fiacutesicas que satildeo incentivadas para que o idoso possa praticar satildeo

divididas em quatro dimensotildees lazer deslocamento ativo atividades domeacutesticas e

laboral A primeira eacute dita como atividade estruturada jaacute as demais satildeo atividades natildeo-

estruturais Existem vaacuterias vantagens para o sujeito idoso que se movimenta que

pratica alguma atividade fiacutesica As principais vantagens estatildeo apresentadas no

Quadro 05 (MACIEL 2010)

40

Quadro 05 ndash Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos BENEFIacuteCIOS DA ATIVIDADE FIacuteSICA PARA O IDOSO

Aumentomanutenccedilatildeo da capacidade aeroacutebia

Aumentomanutenccedilatildeo da massa muscular

Reduccedilatildeo significativa da taxa de mortalidade

Prevenccedilatildeo de doenccedilas coronarianas

Melhora do perfil lipiacutedico

Transformaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal devido agrave reduccedilatildeo da massa gorda

Prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes e hipertensatildeo arterial comuns ao sujeito idoso

Diminuiccedilatildeo da possibilidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Nas mulheres idosas possibilidade de prevenccedilatildeo do cacircncer de mama e coacutelon

Reduccedilatildeo da ocorrecircncia de demecircncia

Melhora da autoestima e da autoconfianccedila

Reduccedilatildeo dos ataques de ansiedade e do estresse

Consideraacutevel melhora do humor e da qualidade de vida

Fonte Maciel (2010) (Adaptado pela autora)

Cordeiro e outros (2014) fazendo pesquisas com idosos para entender como as

atividades fiacutesicas afetam as funccedilotildees cognitivas sendo estas definidas como as fases

do processo de informaccedilatildeo tais como aprendizagem raciociacutenio atenccedilatildeo e outras

mais concluiacuteram o seguinte

O melhor desempenho do grupo de idosos ativos no teste de memoacuteria emocional pode estar associado a alteraccedilotildees fisioloacutegicas no sistema nervoso central decorrentes da praacutetica da atividade fiacutesica A accedilatildeo da atividade fiacutesica sobre as funccedilotildees cognitivas pode se dar por meio de diversos mecanismos dentre os quais a melhora na circulaccedilatildeo cerebral alteraccedilatildeo na siacutentese e degradaccedilatildeo de neurotransmissores alteraccedilotildees neuroendoacutecrinas e humorais e aumento de fatores de crescimento como o fator neurotroacutefico derivado do ceacuterebro (BDNF) responsaacutevel pela neuroplasticidade eficaacutecia sinaacuteptica conectividade neuronal e aumento da sobrevivecircncia dos neurocircnios e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) responsaacutevel pela angiogecircnese (CORDEIRO et al 2014 p 549)

Ou seja a praacutetica da atividade fiacutesica proporciona enormes ganhos de qualidade de

vida para o sujeito idoso e possibilita a ele viver mais tempo de forma independente

jaacute que suas funccedilotildees cognitivas respondem melhor e desenvolvem mecanismos mais

duradouros (CORDEIRO et al 2014)

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso

Os alimentos satildeo as fontes de energia para o ser-humano Por isso quando o sujeito

se alimenta bem com qualidade ingerindo alimentos saudaacuteveis todo o seu

organismo funcionaraacute com qualidade e equiliacutebrio o que eacute necessaacuterio e demandado

pela populaccedilatildeo de uma forma geral mas devido agrave agitaccedilatildeo do dia-a-dia acaba por

41

comprometer a sauacutede com alimentos ruins raacutepidos de serem feitos e ingeridos

(MENEZES et al 2008)

O Sujeito idoso precisa ter uma atenccedilatildeo especial com o que ingere pois natildeo possui

mais um organismo jovem que consegue digerir tudo com facilidade e rapidez Seu

organismo agora e conforme jaacute foi falado eacute imensamente lento Natildeo consegue

metabolizar com rapidez os alimentos que lhe chegam ao estocircmago e por isso precisa

ser seletivo (KUWAE et al 2015)

De acordo com Kuwae e outros (2015 p 622 - 624)

No envelhecimento tanto os cuidados nutricionais satildeo diferentes como tambeacutem satildeo singulares agraves concepccedilotildees do que eacute saudaacutevel ou apropriado para esta idade Os cuidados com a alimentaccedilatildeo envolvem uma busca de equiliacutebrio entre as exigecircncias do corpo envelhecido e as limitaccedilotildees decorrentes de algumas patologias muitas delas exigindo seu controletratamento pela alimentaccedilatildeo como a hipertensatildeo diabetes e doenccedilas coronarianas Portanto o envelhecimento estaacute relacionado tanto com as alteraccedilotildees fisioloacutegicas que limitam o repertoacuterio alimentar seja pelas restriccedilotildees decorrentes de patologias crocircnicas ou das alteraccedilotildees de mastigaccedilatildeo e digestatildeo como com as condiccedilotildees de mobilidade autonomia independecircncia financeira condiccedilotildees de sauacutede e da composiccedilatildeo familiar Esses satildeo fatores decisivos sobre o repertoacuterio alimentar a frequecircncia e a qualidade da alimentaccedilatildeo dos idosos

Daiacute surge a necessidade de saber o que o sujeito idoso pode exatamente comer e o

que natildeo pode comer jaacute que em muitas situaccedilotildees o desejo eacute grande De acordo com

Menezes e outros (2008) existem duas classes de alimentos que o sujeito idoso pode

ingerir e satildeo os alimentos bons e os alimentos ruins Na classe dos alimentos bons

estatildeo as frutas verduras legumes carnes brancas etc Jaacute na segunda classe estatildeo

as frituras carnes vermelhas doces massas sal etc O Quadro 06 apresenta uma

lista com os principais alimentos para os idosos aqueles que satildeo recomendados bem

como suas caracteriacutesticas e o motivo pelo satildeo recomendados

Quadro 06 ndash Alimentos recomendados para idosos ALIMENTOS RECOMENDADOS PARA IDOSOS

CLASSE ALIMENTOS DESCRICcedilAtildeO

BONS Frutas verduras legumes carnes brancas etcleites e seus derivados

A comida se torna leve para o organismo do idoso o que proporciona uma raacutepida digestatildeo e o idoso natildeo se sente empazinado

RUINS Carnes vermelhas doces massas sal etc

Satildeo alimentos pesados gordurosos que demoram a fazer digestatildeo com moleacuteculas complexas O idoso natildeo ingere porque pode passar mal e qualquer mal-estar deve ser evitado

Fonte Kuwae e outros (2015)

42

O Quadro 06 eacute uma forma geral de expressar o que eacute bom e o que eacute ruim para o

sujeito idoso no entanto essa questatildeo eacute relativa pois varia de organismo para

organismo e depende de questotildees culturais mas eacute amplamente aceito eacute que todos os

seres humanos precisam ter equiliacutebrio inclusive na alimentaccedilatildeo dessa forma comer

ou deixar de comer algo para se manter saudaacutevel depende do quatildeo equilibrado

encontra-se o organismo do sujeito (KUWAE et al 2015)

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE

Com a chegada da terceira idade vaacuterias doenccedilas inerentes aos sujeitos com idade

acima dos sessenta anos aparecem Identificar tais doenccedilas conhececirc-las de forma

detalhada para desenvolver formas de tratamento adequados satildeo objetivos centrais

para quem cuida do sujeito idoso juntamente com outros conhecimentos do idoso

como sua alimentaccedilatildeo seu dia-a-dia seus haacutebitos etc Tudo estaacute conectado e por

isso entender esse contexto facilita no momento de detalhar a doenccedila que acomete a

populaccedilatildeo idosa A seguir seraacute feito uma siacutentese das principais doenccedilas que

acometem sujeitos idosos (VERAS 2012)

261 Mal de Parkinson

A doenccedila do Mal de Parkinson eacute conhecida da humanidade haacute muito tempo A atual

descriccedilatildeo deu-se pelo Dr James Parkinson por volta do ano de 1817 e no Brasil

atinge cerca de 3 da populaccedilatildeo acima dos sessenta anos Constata-se a existecircncia

da doenccedila por intermeacutedio de anaacutelise cliacutenica observando na maioria dos casos

pessoas idosas uma rigidez muscular tremor mesmo estando em repouso alteraccedilatildeo

na postura dentre outros sintomas (PETERNELLA MARCON 2009)

Grosso modo o Mal de Parkinson eacute um distuacuterbio degenerativo do Sistema Nervoso

Central que afeta diversas funccedilotildees do sujeito sejam motoras sejam natildeo-motoras

Funccedilotildees que podem ser afetadas satildeo tremor de repouso bradicinesia rigidez

corporal instabilidade postural etc Seu diagnoacutestico eacute feito pelo quadro cliacutenico

observado e pela exclusatildeo de outras doenccedilas que se assemelham ao Mal de

Parkinson (PETERNELLA MARCON 2009)

43

Para falar com riqueza de detalhes a respeito de como funciona tal doenccedila vamos

utilizar as palavras de Sena e outros (2010) que diz

A DP eacute uma afecccedilatildeo crocircnico-degenerativa e progressiva de etiologia multifatorial que atinge majoritariamente pessoas idosas embora seja frequente acometecirc-las a partir dos 50 anos de idade beirando atualmente a casa dos 300000 portadores no Brasil A doenccedila atinge o sistema nervoso central mais especificamente a substacircncia negra responsaacutevel por controlar os movimentos do corpo A degradaccedilatildeo das ceacutelulas neuronais dopamineacutergicas acaba por resultar numa gama de sintomatologia como tremores rigidez muscular bradicinesia alteraccedilotildees posturais distuacuterbios na fala e na degluticcedilatildeo obstipaccedilatildeo transpiraccedilatildeo corporal incontinecircncia urinaria depressatildeo O tratamento que pode ser cliacutenico eou ciruacutergico visa ao controle dos sintomas por meio de medicamentos entre os quais se destaca a Levodopa um precursor da dopamina Outros grupos de faacutermacos tambeacutem satildeo utilizados como inibidores enzimaacuteticos agonistas dopamineacutergicos e anti-colineacutergicos Contudo a terapecircutica medicamentosa por si soacute natildeo eacute suficiente para manter o portador em melhores condiccedilotildees de bem-estar e qualidade de vida Por isso tratamentos e cuidados no miacutenimo de enfermagem fisioterapia fonoaudiologia e educaccedilatildeo fiacutesica satildeo imprescindiacuteveis como recursos complementares para ajudar o portador a preservar sua funcionalidade e permitir-lhe desempenhar as atividades da vida diaacuteria e manter o viacutenculo social tatildeo importantes para satisfazer suas necessidades psicossociais de apoio comunitaacuterio para o seu bem-estar e auto-estima (SENA et al 2010 p 94)

Na Figura 04 uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro a respeito de como funciona o Mal de

Parkinson

Figura 04 ndash Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Observa-se na Figura 04 o ceacuterebro de um sujeito normal sem a doenccedila em

comparaccedilatildeo com um sujeito que apresenta a doenccedila Na primeira situaccedilatildeo haacute a

44

existecircncia da substacircncia negra responsaacutevel por controlar as funccedilotildees motoras do

corpo conforme falado na descriccedilatildeo de Sena e outros Jaacute na segunda essa

substacircncia negra natildeo existe atestando a incapacidade motora do paciente

(ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Jaacute na Figura 05 representa-se o neurocircnio normal e um neurocircnio em paciente com a

doenccedila de Parkinson O neurocircnio normal produz a substacircncia dopamina que eacute

responsaacutevel pela conduccedilatildeo dos neurotransmissores Jaacute o neurocircnio afetado apresenta

uma pequena quantidade de dopamina o que afeta a transmissatildeo dos

neurotransmissores e com isso o paciente sofre os diversos males que foram

narrados (ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Figura 05 ndash Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

O detalhe mais pertinente para saber se haacute o surgimento da doenccedila eacute o surgimento

de incapacidades provenientes dos distuacuterbios motores Geralmente aqueles que

sofrem desta doenccedila natildeo se datildeo conta que estatildeo doentes o que precisa ser

observado por quem estar mais perto seja os familiares seja os cuidadores

(GONCALVES ALVAREZ ARRUDA 2007)

Mesmo com todo o desenvolvimento tecnoloacutegico existente no campo da sauacutede ainda

natildeo existe um remeacutedio para acabar com o Mal de Parkinson ou para bloquear o seu

aumento Os procedimentos atuais visam dar condiccedilotildees ao paciente que possui a

doenccedila de viver de forma independente e de manter seu psicoloacutegico forte por mais

tempo Isso eacute feito receitando a ele dopamina estriatal que pode ser aumentada agrave

45

medida que os efeitos da doenccedila vatildeo aumentando (GONCALVES ALVAREZ

ARRUDA 2007)

262 Doenccedila de Alzheimer

A doenccedila de Alzheimer descrita pela primeira vez em 1906 pelo Dr Alois Alzheimer

eacute uma doenccedila que ateacute os dias atuais natildeo apresenta cura e tende a se agravar ao

longo dos anos Eacute a patologia neurodegenerativa mais usual que acomete pacientes

acima dos 55 (cinquenta e cinco) anos e causa transtornos como perda de memoacuteria

desorientaccedilatildeo danos na linguagem falta de atenccedilatildeo e vaacuterias outras situaccedilotildees

constrangedoras (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER 2018)

Natildeo se conhece exatamente os motivos pelos quais a doenccedila surge mas eacute bem

conhecido algumas lesotildees que ocorrem no ceacuterebro de um paciente portador da

doenccedila e as principais lesotildees satildeo as placas senis os emaranhados neurofibrilares e

a reduccedilatildeo de ceacutelulas nervosas sendo certo que ela eacute a responsaacutevel por cinquenta por

cento dos casos de demecircncia em idosos (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE

ALZHEIMER 2018)

Muito embora a cura da doenccedila e a reversatildeo da deterioraccedilatildeo causada pela DA ainda natildeo tenham sido descobertas pesquisadores buscam o aperfeiccediloamento de tratamentos jaacute disponiacuteveis que visam agrave melhora cognitiva e diminuiccedilatildeo de sintomas comportamentais (Aacutevila 2003) Nesse caso a medicaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas cognitivas de reabilitaccedilatildeo aleacutem de informaccedilotildees sobre a doenccedila e o apoio a familiares e cuidadores eacute de suma importacircncia para reverter o quadro cliacutenico e sintomaacutetico da doenccedila (GONCALVES CARMO 2012 p 171)

Haacute uma forte tendecircncia da ciecircncia de tentar explicar o surgimento do Mal de Alzheimer

via geneacutetica pois uma porcentagem consideraacutevel dos pacientes que possuem a

doenccedila apresenta casos semelhantes na famiacutelia Outros fatores tambeacutem satildeo

considerados tais como aminoaacutecidos neurotoacutexicos uso indiscriminado do alumiacutenio

agentes infecciosos etc Abaixo na figura TC uma tentativa de explicaccedilatildeo dessa

doenccedila (SERENIKI VITAL 2008)

Na Figura 06 existe uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro de paciente normal e de um paciente

com a Doenccedila de Alzheimer Percebe-se que o ceacuterebro do paciente com a Doenccedila de

Alzheimer apresenta-se cheio de falhas

46

Figura 06 ndash Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

263 Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus (DM) eacute uma doenccedila crocircnica natildeo-transmitiacutevel que afeta uma

multidatildeo de pessoas em todo o mundo e se caracteriza por um aumento acentuado

da glicemia devido agrave falta de insulina que eacute fabricada pelo pacircncreas Haacute dois tipos

de diabetes um natural (Tipo 01) e outra adquirida (Tipo 02) A do Tipo 02 eacute causada

pela obesidade comidas gordurentas falta de exerciacutecios fiacutesicos e se mostra como o

mal moderno Jaacute a do tipo 01 jaacute nasce com o indiviacuteduo Em ambos os casos o

pacircncreas deixa de fabricar insulina que possui uma moleacutecula que quebra a moleacutecula

de glicose Com isso haacute um aumento de glicose no sangue e isso provoca diversos

danos em outros oacutergatildeos A insulina injetada entra para ajudar na eliminaccedilatildeo do accediluacutecar

excedente (BUSNELLO et al 2012)

De acordo com Vargas Lara e Mello-Carpes ldquono Brasil existem cerca de 500 mil

diabeacuteticos 450 mil fazendo uso da insulina e quase dois milhotildees desconhecendo ter

diabetes Aleacutem disso estima-se que em 2030 o nuacutemero de pessoas acometidas pela

DM dobraraacuterdquo Esses dados para o sujeito idoso satildeo extremamente preocupantes

tendo em vista a necessidade de cuidados constantes (VARGAS LARA MELLO-

CARPES 2014 p 869)

47

Idosos que apresentam a DM apresentam estrutura fiacutesica e emocional prejudicadas

com certa limitaccedilatildeo nos afazeres do dia-a-dia com limitaccedilatildeo na alimentaccedilatildeo e com

liberdade e autonomia afetadas Diferentemente das outras doenccedilas a DM eacute bem

mapeada e consegue-se ter um controle bastante apropriado para amenizar os efeitos

dessa doenccedila (VARGAS LARA MELLO-CARPES 2014)

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

A Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) eacute a doenccedila crocircnica natildeo transmitida mais

presente na vida dos idosos Trata-se de uma doenccedila que eleva a pressatildeo sanguiacutenea

a niacuteveis altiacutessimos e como consequecircncia faz com que o coraccedilatildeo tenha que exercer

uma atividade fora do padratildeo para conseguir fazer o sangue circular pelo corpo do

indiviacuteduo (LEAtildeO E SILVA et al 2013)

Ela aumenta paulatinamente agrave medida que o indiviacuteduo vai envelhecendo e eacute tida por

diversos especialistas como o principal fator de risco para o idoso podendo ocasionar

doenccedilas como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) o infarto do miocaacuterdio e vaacuterias

outras doenccedilas silenciosas Diversos fatores ocasionam um aumento na pressatildeo

arterial dentre eles os mais comuns satildeo o excesso de sal utilizado no dia-a-dia o

estresse etc (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Para um padratildeo de referecircncia com intuito de definir se um idoso apresenta uma

pressatildeo alta ou normal vaacuterios estudos sugerem valores diferentes o que acaba

sendo um ponto de debate interessante entre os especialistas da aacuterea conforme

relatado abaixo

Haacute grande controveacutersia na literatura em relaccedilatildeo ao ponto de corte para o qual a PA pode ser considerada controlada na populaccedilatildeo idosa principalmente nos idosos com idade mais avanccedilada (acima dos 80 anos) Estudos recentes sugerem uma meta de controle mais flexiacutevel (abaixo de 150 mmHg para a PAS e de 90 mmHg para a PAD) para esta faixa etaacuteria por evidenciarem que o controle mais rigoroso pode natildeo ser significativo na reduccedilatildeo das complicaccedilotildees associadas agrave doenccedila (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016 p 112)

Para se ter um controle dessa doenccedila importante salientar os haacutebitos de vida

saudaacuteveis associados com o acompanhamento meacutedico mediccedilatildeo das funccedilotildees vitais

do idoso controle sistemaacutetico porque essa doenccedila sendo uma doenccedila silenciosa

assintomaacutetica pode acarretar outras complicaccedilotildees tais como um Acidente Vascular

Cerebral (AVC) (JARDIM et al 2017)

48

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

A Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (ITU) eacute a inflamaccedilatildeo das vias urinaacuterias e eacute uma doenccedila

responsaacutevel por cerca de quarenta porcento das infecccedilotildees nosocomiais Eacute bastante

rotineira nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e sua probabilidade de ocorrecircncia

em homens idosos aumenta consideravelmente tendo em vista que ldquoA

instrumentaccedilatildeo das vias urinaacuterias ndash incluindo ndash se o cateterismo vesical ndash e a

ocorrecircncia de doenccedila prostaacutetica satildeo os fatores mais implicados no aumento da

incidecircncia no sexo masculinordquo (RORIZ-FILHO et al 2010 p 119)

A mulher idosa tambeacutem tem uma grande possibilidade de desenvolver tal doenccedila

tendo em vista as modificaccedilotildees funcionais da bexiga devido a diversos fatores que

ldquoassociados agraves mudanccedilas troacuteficas do epiteacutelio da mucosa vaginal e a presenccedila de

infecccedilatildeo genital facilitam o desenvolvimento de ITUrdquo (MARQUES MOREIRA

SANTOS 2010 p 151)

Para se ter um diagnoacutestico preciso acerca da Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio faz-se coleta

da urina do paciente e em seguida sua cultura o que leva alguns dias O diagnoacutestico

apresenta-se preciso apoacutes esse procedimento Existem outros exames a serem feitos

que apresentam resultados mais raacutepidos poreacutem natildeo tatildeo precisos Um deles eacute o

exame tipo I e o outro eacute a coloraccedilatildeo pelo meacutetodo Gram (VETTORE et al 2013)

Os principais sintomas que indicam que pode haver uma Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

satildeo urina com odor feacutetido disuacuteria com urgecircncia polaciuacuteria e urecircncia Esses sintomas

satildeo um indicativo muito forte de possibilidade de existecircncia de um quadro infeccioso

e somente pode-se comprovar apoacutes as anaacutelises que foram mencionadas (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010)

Para se fazer um tratamento adequado que apresente resultados de imediato haacute a

necessidade de se observar alguns fatores tais como ldquopresenccedila de comorbidade

fatores predisponentes sintomatologia e repercussatildeo sistecircmica da infecccedilatildeo assim

como para a interaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outros medicamentos []rdquo Importante

observar a relaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outras drogas pois o paciente idoso faz uso

de diversos produtos farmacecircuticos No Quadro 07 um exemplo de drogas que podem

ser utilizadas para o tratamento do idoso com Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010 p 156)

49

Quadro 07 ndash Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso DROGAS UTILIZADAS NA ITU NOS IDOSOS

I ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO INFERIOR (3 A 7 DIAS)

Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprima 160 mg de 12 12h

Norfloxacina 400 mg de 1212h

Ciprofloxacina 250 mg de 1212h

Levofloxacina 250 mg por dia

Nitrofurantoina 100 mg de 88h

II ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO SUPERIOR (14 DIAS)

Ciprofloxacina 500 mg EV de 1212h

Levofloxacina 500 mg EV por dia

Ceftriaxone 1g EV de 1212h

Piperacina soacutedica + Tazobactana soacutedica 225g EV de 88h

Fonte Marques Moreira e Santos (2010 p 158)

266 Osteoporose

A Osteoporose ldquo[] eacute uma doenccedila esqueleacutetica sistecircmica caracterizada por diminuiccedilatildeo

da massa oacutessea e deterioraccedilatildeo microarquitetural do tecido oacutesseo com consequente

aumento da fragilidade oacutessea e susceptibilidade agrave fraturardquo sendo a condiccedilatildeo mais

criacutetica da osteopenia Eacute uma doenccedila predominante em sujeitos idosos e consiste

grosso modo do enfraquecimento dos ossos o que pode levar a diversas

consequecircncias ao idoso A Figura 07 apresenta como ocorre essa doenccedila (LIMA et

al 2014 p 35)

Figura 07 ndash Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

50

Jaacute na Figura 08 tem-se uma vista mais ampla de como a osteoporose atua Pode-se

perceber que ela age deixando o osso em um formato esponjoso como se estivesse

oco como eacute popularmente conhecido tal doenccedila A ilustraccedilatildeo eacute do osso do quadril

mas eacute extensiacutevel a toda a estrutura oacutessea onde ocorrer a comorbidade (LIMA et al

2014)

Figura 08 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Existem diversos tipos de osteoporose que satildeo provocadas por vaacuterios fatores por

isso diz-se que eacute uma doenccedila multifatorial Basicamente satildeo divididas em primaacuteria

com tipos I e II e secundaacuteria a primeira eacute desenvolvida por causas naturais jaacute a

segunda eacute desenvolvida por meio de causas natildeo-naturais tais como a inflamaccedilatildeo

(CAMARGOS BOMFIM 2017)

Consequecircncias diversas podem surgir oriundas da osteoporose tais como ldquoperda da

massa deterioraccedilatildeo do tecido desarranjo da arquitetura e comprometimento da forccedila

oacutessea com aumento no risco de fraturardquo Ela atua de forma silenciosa e na maior parte

dos casos eacute descoberta somente quando ocorre algum acidente por mais simples que

seja com consequente fratura de algum osso do portador de tal doenccedila (BRASIL

2009 p 01)

51

Pode ser diagnosticada tratada e prevenida antes da ocorrecircncia de qualquer evento

que poderaacute comprometer a estrutura oacutessea de seu portador Ocorrendo algum

acidente este poderaacute afetar a estrutura fiacutesica do paciente deformaccedilatildeo no corpo como

um todo etc Na prevenccedilatildeo deve-se utilizar cerca de 1000mgdia de caacutelcio vitamina

D 400ndash800 Uldia ou algum medicamento tais como calcitonina bifosfonatos

raloxifeno e paratormocircnio (BRASIL 2017)

Haacute projeccedilotildees que dizem que cerca de 50 das mulheres e 20 dos homens com

idades acima dos 50 anos poderatildeo sofrer alguma fratura proveniente da osteoporose

ao longo de sua vida Como jaacute foi citado anteriormente a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

para o sujeito idoso e natildeo somente a estes mas ao ser humano em geral eacute uma

praacutetica altamente recomendada pelos profissionais da sauacutede devido agraves pesquisas

cientiacuteficas comprovarem as consequecircncias eficazes de quem se exercita e que por

isso eacute bastante recomendada para pacientes que possuem osteoporose (MOTA

SOUSA AZEVEDO 2012)

Nas palavras de Mota Sousa e Azevedo tem-se

Haacute uma forte correlaccedilatildeo entre a qualidade de vida dos idosos e a atividade fiacutesica pois com a degeneraccedilatildeo do sistema musculoesqueleacutetico nos idosos e a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional a praacutetica da atividade fiacutesica influecircncia no tratamento e na prevenccedilatildeo da osteoporose trazendo benefiacutecios como a melhoria do desempenho das capacidades funcionais o aumento da forccedila muscular e flexibilidade e uma consideraacutevel melhora da coordenaccedilatildeo motora (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012 p47)

Portanto uma forma de reduzir os efeitos que a osteoporose apresenta ao seu

portador eacute praticando exerciacutecios fiacutesicos diariamente que aliado agrave uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel e rica em caacutelcio pode-se gerar resultados bastante satisfatoacuterios

fortalecendo os muacutesculos revigorando o equiliacutebrio afastando a possibilidade de

atrofia pelo natildeo-uso do membro que esteja lesionado e com isso retardando a

desmineralizaccedilatildeo oacutessea (BRASIL 2017)

Outras precauccedilotildees deveratildeo ser administradas ao sujeito idoso portador da

osteoporose para evitar riscos de queda que satildeo os principais fatores complicadores

da sauacutede do idoso Tais procedimentos podem ser a retirada de objetos que podem

dificultar a mobilidade do sujeito idoso por onde anda evitar tapetes escorregadios

colocar materiais antiderrapantes nas superfiacutecies por onde o idoso se movimenta

facilitar o acesso ao banheiro etc (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012)

52

53

3 METODOLOGIA

Tendo a finalidade de desenvolver as propostas que foram apresentadas quando do

comeccedilo deste trabalho optou-se por fazer uma revisatildeo bibliograacutefica do tema sabendo

que essa eacute uma modalidade de pesquisa que se destina a concatenar e observar os

conhecimentos que jaacute foram publicados a respeito de um determinado assunto que

no caso em questatildeo eacute a Assistecircncia de Enfermagem ao sujeito idoso

De acordo com Mancini e Sampaio (2006 p 361 - 472) trabalhos de ldquoRevisotildees da

literatura satildeo caracterizadas pela anaacutelise e pela siacutentese da informaccedilatildeo disponibilizada

por todos os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema[]rdquo Tendo

em vista todos os estudos relevantes publicados por um determinado tema mas sem

limitaacute-lo pois como eacute de amplo conhecimento a quantidade de informaccedilotildees eacute infinita

daiacute a necessidade de se fazer uma limitaccedilatildeo temporal a respeito

Utilizou-se para o desenvolvimento do estudo os seguintes bancos de dados

Scientific Electronic Library (Scielo) Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) Descritores

em Ciecircncia da Sauacutede (DeCS) Ministeacuterio da Sauacutede e livros

Como criteacuterios de inclusatildeo foi estabelecido o uso de revistas acadecircmicas artigos

cientiacuteficos livros etc do ano de 2006 a 2017 Como criteacuterios de exclusatildeo optamos

por natildeo fazermos uso de materiais em liacutenguas estrangeiras materiais antigos

materiais incompletos e materiais que natildeo apresentam rigor cientiacutefico tais como

trabalhos acadecircmicos de revisatildeo

Por fim o presente estudo natildeo necessita de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica (CE) da

Universidade uma vez que as informaccedilotildees coletadas satildeo provenientes de materiais

de acesso puacuteblico e de conhecimento de todos os interessados

54

55

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO

Existem vaacuterias formas de se aplicar a Assistecircncia de Enfermagem e o que eacute utilizado

no Brasil por diversos motivos eacute o que foi desenvolvido em 1979 pela enfermeira e

pesquisadora paraense Wanda Horta atraveacutes de seu livro Processo de Enfermagem

(SILVA et al 2011)

Nas palavras de Silva e outros (2011 p 1381) percebe-se o caraacuteter cientiacutefico e seacuterio

do uso da Assistecircncia de Enfermagem Vejamos

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) eacute conceituada como um meacutetodo de prestaccedilatildeo de cuidados para a obtenccedilatildeo de resultados satisfatoacuterios na implementaccedilatildeo da assistecircncia com o objetivo de reduzir as complicaccedilotildees durante o tratamento de forma a facilitar a adaptaccedilatildeo e recuperaccedilatildeo do paciente O uso do meacutetodo requer o pensamento criacutetico do profissional que deve estar focado nos objetivos e voltado para os resultados de forma a atender as necessidades do paciente e de sua famiacutelia exigindo constante atualizaccedilatildeo habilidades e experiecircncia sendo orientado pela eacutetica e padrotildees de conduta Portanto eacute um modo de exercer a profissatildeo com autonomia baseada nos conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas uacuteltimas deacutecadas

Importante deixar claro o entendimento acerca do que eacute a Sistematizaccedilatildeo da

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem antes de aplicaacute-

los ao sujeito idoso pois tais conceitos satildeo aplicados de forma geral na enfermagem

Todo o profissional de enfermagem precisar ter bem solidificado tais conceitos para

que possam se tornar profissionais competentes e antenados com a real situaccedilatildeo de

seu paciente (GARCIA 2016)

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

A sistematizaccedilatildeo eacute normatizada pela resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN) juntamente com o Processo de Enfermagem (PE) Eacute

entendido como sendo a responsaacutevel por ldquoorganizar o trabalho profissional quanto ao

meacutetodo pessoal e instrumentos tornando possiacutevel a operacionalizaccedilatildeo do processo

de Enfermagemrdquo (BRASIL 2009 p 01)

Garcia (2016) fala a respeito do amplo uso das teacutecnicas da SAE Vejamos

56

Especialmente quando analisamos a dimensatildeo assistencial da praacutetica reconhecemos haver uma ampla gama de situaccedilotildees vivenciadas no cotidiano de cuidados agrave clientela envolvendo a necessidade de sistematizaccedilatildeo da assistecircncia e de aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem aspectos substantivos da profissatildeo (GARCIA 2016 p 05)

A Sistematizaccedilatildeo de Assistecircncia da Enfermagem (SAE) aplicada ao idoso torna-se

dessa forma uma tentativa de fornecer uma assistecircncia de qualidade e personalizada

ao idoso por isso padroniza-se a entrevista que o profissional de enfermagem faz ao

paciente com o intuito de saber a real situaccedilatildeo do cliente Para se fazer tal

assistecircncia o profissional de enfermagem precisa da ajuda do Processo de

Enfermagem que complementa a SAE (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

412 Processo de Enfermagem

Eacute definido como sendo ldquoum instrumento metodoloacutegico que orienta o cuidado do

profissional de enfermagem e a documentaccedilatildeo da praacutetica profissionalrdquo e eacute dividido

em cinco etapas que abaixo satildeo escritas conforme resoluccedilatildeo ndeg 3582009 O Quadro

08 apresentada cada etapa do Processo de Enfermagem (PE) (BRASIL 2009 p 01)

Quadro 08 ndash Etapas do processo de enfermagem PROCESSO DE ENFERMAGEM

ETAPA DESCRICcedilAtildeO

COLETA DE DADOS

Essa eacute a primeira etapa do processo de enfermagem e consiste em colher todos os dados possiacuteveis do paciente valendo de teacutecnicas variadas e com a maior precisatildeo possiacutevel para um melhor atendimento do paciente Importante nessa fase coletar informaccedilotildees por parte da famiacutelia dos pacientes para que as informaccedilotildees possam ser confirmadas devido ser de fontes diversas

DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

Apoacutes a coleta dos dados o profissional de enfermagem passa a processar as informaccedilotildees e interpretando-as para que possa ter a tomada de decisatildeo mais eficaz para o paciente Essa etapa consiste em descrever exatamente o que o paciente tem e funciona como base para a accedilatildeo do profissional de enfermagem

PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Nessa etapa o profissional determina o que espera alcanccedilar de resultados quando das devidas intervenccedilotildees apoacutes a etapa anterior Aqui o profissional cria uma espeacutecie de roteiro para certificar-se do que poderaacute ocorrer

IMPLEMENTACcedilAtildeO Nessa etapa o profissional coloca em praacutetica o que foi decido nas etapas anteriores

AVALIACcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Trata-se de um processo contiacutenuo e analiacutetico no qual o profissional observa o seu paciente fazendo as devidas anotaccedilotildees do quadro dele para posterior mudanccedila das implementaccedilotildees Todo esse processo eacute dinacircmico e por isso o profissional precisa estar atento ao paciente durante todo instante em que ele esteja sob seus cuidados

Fonte Brasil (2009) (Adaptado pela autora)

57

A Figura 09 ilustra o que foi dito a respeito do Processo de Enfermagem no Quadro

08

Figura 09 ndash Processo de Enfermagem

Fonte Autoria proacutepria (2018)

Como pode-se inferir do Quadro 08 descrito desenvolver e aplicar a Sistematizaccedilatildeo

da Assistecircncia de Enfermagem de acordo com o Processo de Enfermagem eacute um

processo que exige muita disciplina e conhecimento do profissional de enfermagem

pois eacute sabido que se trata de um processo teacutecnico-cientiacutefico e somente o enfermeiro

habilitado poderaacute exercitar cada uma das fases que se mostram em conjunto A sua

separaccedilatildeo conforme descrita acima eacute apenas para efeitos didaacuteticos (GARCIA 2016)

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos

Para aplicar a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem e o Processo de

Enfermagem ao sujeito idoso o profissional de enfermagem tem a necessidade de

seguir procedimentos descritos principalmente na NANDA Internacional que se

tornou a principal fonte de diagnoacutesticos de enfermagem e que ldquofavorece a

58

identificaccedilatildeo de estrateacutegias para elevar a qualidade da assistecircncia e contribuir na

formaccedilatildeo de recursos humanosrdquo (KOKUDAI ALVARENGA 2010 p03)

A NANDA eacute dividida em diversos toacutepicos e assim resolvemos separar conforme

Quadro 09 os cuidados necessaacuterios de acordo com cada doenccedila predominante na

terceira idade que foi comentada neste trabalho As descriccedilotildees natildeo se limitam ao que

foi dito pois colocamos apenas algumas situaccedilotildees devido agrave enorme quantidade de

situaccedilotildees diagnoacutesticos e cuidados existentes

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continua)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Hipertensatildeo Arterial

Sistecircmica

Risco de desequiliacutebrio eletroliacutetico

Risco de mudanccedila nos niacuteveis de eletroacutelitos seacutericos capaz de comprometer a sauacutede

Estilo de vida sedentaacuterio Trata-se de um estilo de vida sem a praacutetica de atividades fiacutesicas

Ansiedade

Trata-se de um sentimento desgastante que assola o seu portador diante da expectativa de notiacutecias ou de situaccedilotildees estressantes e novas Pode-se considerar como um sinal de alerta que o organismo desenvolveu para deixar o indiviacuteduo atento em condiccedilotildees de periacuteodo de toda sorte

Padratildeo de sono prejudicado

Devido a fatores externos o indiviacuteduo natildeo possui uma rotina constante e linear de sono sendo que existe a condiccedilatildeo de dormeacorda que prejudica o organismo como um todo

Nutriccedilatildeo desequilibrada

O sujeito alimenta-se de nutrientes que em muitos casos satildeo em excesso ocasionando armazenamento de energia em formato de gordura

Mal de Parkinson

Problemas Motores

Risco de queda Facilidade com que o sujeito tem de desequilibrar e cair o que pode causar enormes danos

Bradicinesia Lentidatildeo de respostas fiacutesicas e psiacutequicas

Mobilidade fiacutesica prejudica

Limitaccedilatildeo no movimento fiacutesico independente e voluntaacuterio do corpo ou de uma ou mais extremidades

Problemas Natildeo-

motores

Demecircncia Enfraquecimento das faculdades intelectuais diante de lesotildees no ceacuterebro

Ansiedade

Vago e incocircmodo sentimento de desconforto ou temor acompanhado por resposta autonocircmica (a fonte eacute frequentemente natildeo especiacutefica ou desconhecida para o indiviacuteduo) sentimento de apreensatildeo causada pela antecipaccedilatildeo de perigo Eacute um sinal de alerta que chama a atenccedilatildeo para um perigo iminente e permite ao indiviacuteduo tomar medidas para lidar com a ameaccedila

59

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continuaccedilatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Alzheimer

Deacuteficit no autocuidado Capacidade prejudicada de realizar ou completar as atividades de banho por si mesmo

Mobilidade fiacutesica prejudicada Limites para movimentar-se seja com movimento voluntaacuterios ou involuntaacuterios

Insuficiecircncia na capaci-dade do a-dulto para melhorar

Depressatildeo Deterioraccedilatildeo funcional progressiva de natureza fiacutesica e cognitiva A capacidade do indiviacuteduo de viver com doenccedilas multissistecircmicas enfrentar os problemas decorrentes e controlar o seu cuidado estaacute notavelmente diminuiacuteda

Decliacutenio da memoacuteria

Distuacuterbio de sono Dificuldade para dormir em periacuteodos prolongados

Confusatildeo crocircnica

Deterioraccedilatildeo irreversiacutevel das faculdades mentais de forma prolongada O indiviacuteduo passa a natildeo perceber os fatores externos que podem indicar algo tal como perigo atenccedilatildeo moral e tantos outros Apresenta distuacuterbios na memoacuteria passando a natildeo mais reconhecer e nem lembrar de coisas e pessoas

Diabetes Mellitus

Autocontrole ineficaz

da sauacutede

Natildeo consegue se controlar e agir conforme necessidade para ter uma sauacutede plena e satisfatoacuteria ou seja natildeo consegue cuidar de si

Perfusatildeo tissular perifeacuterica ineficaz

Reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo sanguiacutenea para a periferia capaz de comprometer a sauacutede

Risco de Infecccedilatildeo

Risco de ter em seu organismo elementos estranhos e que possam danificar a sua sauacutede

Risco de olho seco

Risco de desconforto ocular ou dano agrave coacuternea e agrave conjuntiva devido agrave quantidade reduzida ou agrave qualidade das laacutegrimas para hidratar o olho

Risco de glicemia instaacutevel Natildeo possui uma estabilidade padratildeo em seu niacutevel glicecircmico devido agrave quantidade de glicose no sangue

Infecccedilotildees do trato

urinaacuterio

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Eliminaccedilatildeo urinaacuteria prejudicada Disfunccedilatildeo na eliminaccedilatildeo da urina

Risco de siacutendrome do desuso Devido agrave falta de uso de algum membro do corpo corre-se o risco desse membro atrofiar-se

Risco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircncia

Risco de perda involuntaacuteria de urina que ocorre imediatamente apoacutes uma forte sensaccedilatildeo de urgecircncia para urinar

Conforto prejudicado Percebe-se que inexiste a sensaccedilatildeo de conforto nas dimensotildees do ser humano

Osteoporose

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Risco de constipaccedilatildeo Possibilidade de diminuiccedilatildeo na frequecircncia normal de evacuaccedilatildeo paralela a uma dificuldade de eliminaccedilatildeo das fezes

60

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (conclusatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Osteoporose

Risco para quedas Estado em que o indiviacuteduo tem uma suscetibilidade para quedas aumentada

Mobilidade fiacutesica prejudicada Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute prestes a apresentar limitaccedilotildees dos movimentos fiacutesicos poreacutem ainda natildeo se encontra imoacutevel

Andar prejudicado Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute em risco de apresentar limitaccedilatildeo para andar

Fonte Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA (2013) Santos e outros (2017) Mattos e outros (2011) (Adaptado pela autora)

Saber utilizar os Diagnoacutesticos de Enfermagem corretamente e que satildeo padronizados

eacute bastante eficaz aceito e exigido para evitar que o profissional de enfermagem crie

mecanismos subjetivos de cuidados pois se assim ocorresse haveria um caos na

enfermagem com cada profissional atuando conforme melhor lhe for apresentado

(SOUZA ALVES PASSOS 2010)

A utilizaccedilatildeo do Diagnoacutestico de Enfermagem padronizado eacute um instrumento necessaacuterio

para evitar que os profissionais de enfermagem fragmentem os cuidados e os dilemas

dos pacientes deixando de observaacute-los como um todo e na grande maioria dos casos

prescrevendo cuidados que natildeo possuem nenhuma relaccedilatildeo com os problemas

relatados Dessa forma pode-se observar o Diagnoacutestico de Enfermagem como uma

ferramenta de trabalho altamente eficaz em seu uso cotidiano pois fornece ao

profissional de enfermagem um planejamento pautado no histoacuterico de atuaccedilatildeo pois

uma vez que os problemas sejam conhecidos mapeados e anotados torna-se mais

eficaz e otimizado o processo do cuidado em toda a sua plenitude Por essa oacutetica

constata-se como eacute importante o Diagnoacutestico de Enfermagem para o sujeito idoso

pois consegue construir todo um conjunto de atuaccedilatildeo para o cuidado sempre visando

o bem-estar do idoso (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso

Depois de ter feito o diagnoacutestico de enfermagem do sujeito idoso e de ter descoberto

as suas comorbidades o profissional de enfermagem precisa entatildeo fazer as devidas

intervenccedilotildees Tais intervenccedilotildees satildeo tratadas como prescriccedilotildees de enfermagem e

possuem um campo de atuaccedilatildeo mapeado para natildeo sobrepor ao trabalho do meacutedico

(FAEDA PERROCA 2017)

61

Ainda de acordo com a resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de Enfermagem

(COFEN) o Art 4ordm assim determina

Ao enfermeiro [] incumbe a lideranccedila na execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do Processo de Enfermagem de modo a alcanccedilar os resultados de enfermagem esperados cabendo-lhe privativamente o diagnoacutestico de enfermagem acerca das respostas da pessoa famiacutelia ou coletividade humana em um dado momento do processo sauacutede e doenccedila bem como a prescriccedilatildeo das accedilotildees ou intervenccedilotildees de enfermagem a serem realizadas face a essas respostas (BRASIL 2009 p 03)

Ou seja o profissional de enfermagem tem ampla prerrogativa para desenvolver a

Prescriccedilatildeo de Enfermagem baseado nos protocolos e nos estudos que desenvolveu

na Universidade Dentre os vaacuterios diagnoacutesticos possiacuteveis para o sujeito idoso em

diversas situaccedilotildees iremos nos concentrar em somente aqueles que aqui foram

discutidos Faz-se necessaacuterio observar que a Prescriccedilatildeo de Enfermagem eacute uma

ferramenta de uso dinacircmico Entende-se de uso dinacircmico a ideia de que o profissional

de enfermagem natildeo pode descuidar do seu paciente tendo a necessidade de sempre

observaacute-lo e atualizar o que surgir de novo para que possa estar sempre atualizando

o estado de sauacutede do cliente (FAEDA PERROCA 2017)

Abaixo no Quadro 10 tem-se a Prescriccedilatildeo de Enfermagem para as doenccedilas que

foram discutidas neste trabalho Vale ressaltar que existem diversas doenccedilas que

acometem o sujeito idoso mas vamos nos ater apenas nas principais que foram

tratadas uma vez que satildeo o objeto limitador de estudo deste trabalho (MOROZ

KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (continua)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

Mudanccedila no estilo de vida dos pacientes idosos Eliminaccedilatildeo do uso do sal Controle do peso Controle da ansiedade Praacutetica diaacuteria de atividades fiacutesicas Uso adequado dos medicamentos Abstinecircncia ao fumo e ao aacutelcool

Mal de Parkinson

Programa de exerciacutecios diaacuterios para aumentar a forccedila muscular o que iraacute melhorar a coordenaccedilatildeo e a destreza reduzindo a rigidez muscular Encorajar ensinar e incentivar o cliente durante os exerciacutecios da vida diaacuteria para promover o autocuidado Encorajar o paciente a seguir um padratildeo de horaacuterio regular aumentando a consciecircncia para a ingestatildeo de liacutequidos e a ingestatildeo de alimentos com um conteuacutedo de fibra moderado Monitorar o peso semanalmente indicando se a absorccedilatildeo caloacuterica eacute adequada Desenvolver meacutetodo de comunicaccedilatildeo para satisfazer as necessidades do paciente encorajar o paciente a participar de programas sociais para evitar a depressatildeo

62

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (conclusatildeo)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Alzheimer Orientar a higiene corporal e higiene oral Medidas de prevenccedilatildeo de lesatildeo por pressatildeo Mudanccedila de decuacutebito Administraccedilatildeo de medicaccedilatildeo ansioliacutetica conforme prescriccedilatildeo meacutedica Proporcionar alimentaccedilatildeo saudaacutevel (frutas e legumes) em poucas quantidades vaacuterias vezes ao dia Ajudar no autocuidado Incentivar o autocuidado a comunicaccedilatildeo verbal a cogniccedilatildeo e a memoacuteria atraveacutes de jogos leituras e atividades luacutedicas Auxiliar a famiacutelia no entendimento e no enfrentamento da patologia

Diabetes Mellitus

Fornecer informaccedilotildees ao paciente Desenvolver um plano de ensino para o paciente Avaliar as estrateacutegias de enfrentamento para o paciente e tranquiliza-lo Determinar os meacutetodos de ensino para o paciente Avaliar as habilidades e comportamentos de autocuidado dos pacientes Monitorar pacientes experientes ateacute que eles natildeo cometam erros no autocuidado Instruir pacientes e familiares a reconhecer os sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia

Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

Orientar ao paciente da necessidade do uso adequado do medicamento dos horaacuterios da quantidade e das vias de administraccedilatildeo Orientar os idosos e familiares quanto aos resultados da medicaccedilatildeo Manter o registro da frequecircncia da incontinecircncia urinaacuteria registrar mudanccedilas da pressatildeo arterial do estado mental e das habilidades funcionais Realizar as medidas terapecircuticas Realiza treinamento da bexiga

Osteoporose

Deixar o paciente e o membro afetado em repouso Imobilizar o local da fratura para evitar movimentos Repousar o paciente em uma cama ortopeacutedica Deixar o local da fratura em posiccedilatildeo elevada Aplicar as medicaccedilotildees que foram receitadas Documentar todos os relatos de dores deixando claro onde ocorre e as caracteriacutesticas Incentivar o paciente a discutir os problemas relacionados agrave lesatildeo Medicar antes das atividades de cuidado Revisar a patologia fazendo prognoacutesticos e expectativas futuras Discutir o regime medicamentoso individual de forma apropriada Encorajar exerciacutecios brandos Monitorar a ingestatildeo de alimentos Auxiliar lentamente a pessoa a sentar Aumentar a motilidade dos membros Reduzir ou eliminar os fatores que aumentam a experiecircncia dolorosa

Fonte Florecircncio e outros (2012) Mattos e outros (2011 p 443) Menezes e outros (2013 p04) Tosin e outros (2016) Santos e outros (2017) (Adaptado pela autora)

Agir de acordo com as prescriccedilotildees de enfermagem que aqui foram desenvolvidas

proporciona ao sujeito idoso uma melhoria em sua qualidade de vida e dessa forma

consegue viver a terceira idade com plena satisfaccedilatildeo e alegria sem perder de vista a

extrema necessidade de cuidados constantes que a condiccedilatildeo de sujeito idoso lhe

obriga (LIRA et al 2013)

Conclui-se do que foi apresentado no quadro 10 que o profissional de enfermagem

deteacutem uma importante funccedilatildeo em sua aacuterea de atuaccedilatildeo e que precisa estar sempre

estudando se atualizando das novidades meacutedicas para poder oferecer um bom

cuidado ao seu cliente idoso seja no ambiente hospitalar seja no ambiente de abrigo

de idosos ou no proacuteprio lar do idoso (FAEDA PERROCA 2017)

Diante de todo o estudo realizado acerca do sujeito idoso e da relaccedilatildeo do profissional

de enfermagem com o seu paciente idoso conseguimos ter alguns resultados

63

satisfatoacuterios que a seguir seratildeo apresentados sem a necessidade de estarem em

ordem de prioridade ou seja todos satildeo importantes

64

65

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Envelhecer eacute um verbo que a todos afeta independentemente de sexo raccedila cor etc

Haacute no entanto duas formas de se envelhecer com sauacutede e sem sauacutede Mesmo

diante dessas duas formas de envelhecimento envelhecer com qualidade eacute precioso

para o indiviacuteduo pois dessa forma consegue se aceitar como velho consegue

suportar as doenccedilas que satildeo proacuteprias da terceira idade Consegue ver vantagem em

ser velho

Para se envelhecer com qualidade necessaacuterio eacute que o sujeito tenha uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel que se abstenha de viacutecios que satildeo danosos ao organismo que consiga ter

equiliacutebrio em sua vida pessoal psicoloacutegica iacutentima e em tantos outros campos ou seja

que tenha harmonia em tudo O apoio familiar torna-se primoroso nessa etapa da vida

Ter ao lado quando se estaacute fragilizado devido a velhice pessoas que ama que confia

e por quem eacute amado eacute uma forma de envelhecer com bastante qualidade

O profissional de enfermagem tem um papel fundamental junto a pessoas idosas pois

em muitos casos torna-se seu cuidador principal quando a famiacutelia natildeo pode cuidar

de seu idoso por motivos diversos ou quando o idoso se encontra sozinho sem

famiacutelia e sem amigos Por isso importante ter preparo com pessoas idosas entender

bem o processo de envelhecimento estar sempre atualizado diante das doenccedilas que

atingem os sujeitos idosos

Eacute um trabalho que demanda muito amor por parte do profissional e que por isso natildeo

basta apenas o entender racional de todos os procedimentos precisa ter sentimentos

proacutesperos de ajuda ao proacuteximo e seguir os princiacutepios norteadores de Wanda de

Aguiar Horta para quem a enfermagem foi o maior bem de sua vida pois cuidava de

seus pacientes como se fossem seus filhos

Considerando a taxa de envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira vale destacar

tambeacutem a abertura de mercado gerontoloacutegico para o profissional de enfermagem

Percebemos que com a taxa de envelhecimento da sociedade brasileira acelerada

a demanda por profissionais de enfermagem iraacute aumentar consideravelmente tendo

em vista a necessidade desse profissional para a praacutetica do cuidado com o sujeito

idoso

66

Discussotildees mais aprofundadas em torno do sujeito idoso precisam ser realizadas nas

academias com o intuito de formar profissionais competentes e com entendimento

desse setor pois conforme foi falado eacute um capo em franco crescimento devido ao

envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira Quanto mais capacitado for o profissional

melhor colocaccedilatildeo obteraacute no mercado de trabalho e melhores cuidados conseguiraacute

dispor em favor do paciente idoso

67

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ACIOLE Giovanni Gurgel BATISTA Lucia Helena Promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de incapacidades funcionais dos idosos na estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia a contribuiccedilatildeo da fisioterapia Sauacutede debate Rio de Janeiro v 37 n 96 p 10-19 mar 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-11042013000100003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON O que eacute Parkinson Disponiacutevel em lt

httpwwwparkinsonorgbrgt Acesso em 04 de junho de 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER O que eacute o Alzheimer Disponiacutevel em lt httpwwwabrazorgbrindexphppage=alzheimergt Acesso em 04 de junho de 2018 BAPTISTA Rafael Reimann VAZ Marco Aureacutelio Arquitetura muscular e o envelhecimento adaptaccedilatildeo funcional e aspectos cliacutenicos revisatildeo de literatura Fisioterapia e Pesquisa Satildeo Paulo v16 n4 p368-73 outdez 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdffpv16n415pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 BRASIL Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Osteoporose Boletim Sauacutede e Economia Ano I ndash Ediccedilatildeo nordm 1 agosto de 2009 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt

httpportalanvisagovbrdocuments33884412285Boletim+SaC3BAde+e+Economia+nC2BA+17d49dea4-6610-4a71-9154-c4df75c3dd53gt Acesso em 25 de maio de 2018 BRASIL Cacircmara dos Deputados Estatuto do Idoso Ministeacuterio da Sauacutede - 3 ed 2 reimpr - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2013 70 p ______ Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos Guia de Vigilacircncia em Sauacutede volume uacutenico [recurso eletrocircnico] Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos 2ordf Ed Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2017 705 p Disponiacutevel em lthttpportalarquivos2saudegovbrimagesPDF2017outubro16Volume-Unico-2017pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 ______ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica A Siacutentese dos Indicadores Sociais Uma Anaacutelise das Condiccedilotildees de Vida da Populaccedilatildeo Brasileira - 2016 Disponiacutevel em lthttpswwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimossinteseindicsociais2016defaultshtmgt Acesso em 06 de abril de 2018 ______ Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo nordm 358 do Conselho Federal de Enfermagem 15 de outubro de 2009 (BR) 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384htmlgt Acesso em 27 de abril de 2018

68

BUSNELLO Roberta et al Niacutevel de conhecimento de idosos sobre diabetes mellitus e sua percepccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave qualidade de vida Rev Kairoacutes Gerontologia 201215(3)81-94 Disponiacutevel em lthttpsrevistaspucspbrindexphpkairosarticleviewFile784011432gt Acesso em 23 de abril de 2018 CAMARGOS Mirela Castro Santos BOMFIM Wanderson Costa Osteoporose e Expectativa de Vida Saudaacutevel estimativas para o Brasil em 2008 Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 25 n 1 p 106-112 mar 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2017000100106amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de maio de 2018 CLARES Jorge Wilker Bezerra FREITAS Maria Ceacutelia de PAULINO Monnyck Hellen Couto Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem ao idoso institucionalizado fundamentada em Virginia Henderson Rev Rene (Online) 14(3) 649-658 maio ndash junho de 2013 Disponiacutevel em lt httppesquisabvsaludorgenfermagemresourceptbde-24492gt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 CORDEIRO Juliana et al Efeitos da atividade fiacutesica na memoacuteria declarativa capacidade funcional e qualidade de vida em idosos Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 3 p 541-552 Sept 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000300541amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA [recurso eletrocircnico] definiccedilotildees e classificaccedilatildeo 2012-2014 [NANDA International] traduccedilatildeo Regina Machado Garcez revisatildeo teacutecnica Alba Lucia Bottura Leite de Barros [et al] ndash Dados eletrocircnicos ndash Porto Alegre Artmed 2013 Centro Avanccedilado de Medicina Preventiva ENVELHECIMENTO - Sob o ponto de vista esteacutetico e meacutedico 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwcamepcombrenvelhecimentogt Acesso em 23 maio 2018 ENFERMEIRO aprendiz As Orientaccedilotildees de Enfermagem em Osteoporose 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwenfermeiroaprendizcombras-orientacoes-de-enfermagem-em-osteoporosegt Acesso em 25 maio 2018 ESQUENAZI Danuza SILVA R Boiccedila da GUIMARAtildeES Marco Antocircnio (2014) Aspectos fisiopatoloacutegicos do envelhecimento humano e quedas em idosos Rev Hosp Univ Pedro Ernesto 13(2)11-20 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg1012957rhupe201410124gt Acesso em 04 de junho de 2018 FAEDA Mariacutelia Silveira PERROCA Maacutercia Galan Conformidade na prescriccedilatildeo de enfermagem agraves necessidades de cuidados concepccedilatildeo de enfermeiros Rev Bras Enferm Brasiacutelia v 70 n 2 p 400-406 Apr 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672017000200400amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 May 2018

69

FILHO Mario Alves de Siqueira Envelhecimento e muacutesculo esqueleacutetico forccedila muscular atividade proteassomal e sinalizaccedilatildeo relacionada ao balanccedilo proteacuteico 2012 68 p Tese apresentada ao programa de poacutes-graduaccedilatildeo em fisiologia humana (Doutor em ciecircncias) - Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis4242137tde-12062013-102648enphpgt Acesso em 10 abr 2018 FONSECA Emiacutelio Prado da et al Mortalidade por cacircncer bucal e orofaringe no Brasil entre 2002 e 2011 Revista da Faculdade de Ciecircncias Gerenciais de Manhuaccedilu Manhuaccedilu MG v 11 n 2 p 08-17 Agosto-Dezembro 2014 Disponiacutevel em lthttppensaracademicofacigedubrindexphppensaracademicoarticleview216gt Acesso em 04 de junho de 2018 FLOREcircNCIO Raquel Sampaio et al Adesatildeo ao idoso ao tratamento para hipertensatildeo arterial e intervenccedilotildees de enfermagem Rev Rene 2012 13(2) 343-53 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicosufcbrrenearticleviewFile39243114gt Acesso em 22 de abril de 2018 GARCIA Telma Ribeiro Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem aspecto substantivo da praacutetica profissional Esc Anna Nery Rio de Janeiro 2016 20(1) 5-10 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeanv20n11414-8145-ean-20-01-0005pdfgt Acesso em 27 de abril de 2018 GUERRA Ana Carolina Lima Cavaletti CALDAS Ceacutelia Pereira Dificuldades e recompensas no processo de envelhecimento a percepccedilatildeo do sujeito idoso Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2931-2940 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600031amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 GONCALVES Lucia Hisako Takase ALVAREZ Angela Maria ARRUDA Micheli Coral Pacientes portadores da doenccedila de Parkinson significado de suas vivecircncias Acta paul enferm Satildeo Paulo v 20 n 1 p 62-68 Marccedilo 2007 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002007000100011amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 GONCALVES Endy-Ara Gouvea CARMO Joatildeo dos Santos Diagnoacutestico da doenccedila de Alzheimer na populaccedilatildeo brasileira um levantamento bibliograacutefico Rev Psicol Sauacutede Campo Grande v 4 n 2 p 170-176 dez 2012 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S2177-093X2012000200010amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 JARDIM Luciana Muniz Sanches Siqueira Veiga et al Tratamento Multiprofissional da Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica em Pacientes Muito Idosos Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 108 n 1 p 53-59 Jan 2017 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0066-782X2017000100053amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 JUSTO Joseacute Sterza ROZENDO Adriano da Silva A velhice no Estatuto do Idoso Estud pesqui psicol Rio de Janeiro v 10 n 2 p 471-489 ago 2010

70

Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1808-42812010000200012amplng=ptampnrm=isogt acessos em 22 abr 2018 KOKUDAI Laiacutes Aparecida ALVARENGA Maacutercia Regina Martins Classificaccedilatildeo das necessidades de sauacutede de idosos de acordo com a taxonomia NANDA 2010 Rev Anais do Eniac 6 p Disponiacutevel em lthttpsanaisonlineuemsbrindexphpenicarticleview13241337gt Acesso em 30 de abril de 2018 KUWAE Christiane Ayumi et al Concepccedilotildees de alimentaccedilatildeo saudaacutevel entre idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ normas nutricionais normas do corpo e normas do cotidiano Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 18 n 3 p 621-630 Sept 2015 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232015000300621amplng=enampnrm=isogt Acesso em 20 de maio de 2018 LEAO E SILVA Leonardo Oliveira et al Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica Representaccedilotildees Sociais de idosos sobre a doenccedila e seu tratamento Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 21 n 2 p 121-128 June 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2013000200004amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 de maio de 2018 LIMA Deborah Mendonccedila et al A hipovitaminose B12 eacute fator de risco para desenvolvimento de osteoporose Anais do Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - 1 ed - Satildeo Paulo AC Farmacecircutica 2014 Disponiacutevel em lthttpssbggorgbrwp-contentuploads2014101479477498_Anais_CBGG_-_Verso_finalpdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 LIRA Luana Nogueira et al Histoacuterico de enfermagem para idosos hospitalizados base para diagnoacutesticos e prescriccedilotildees Rev enferm UFPE on line Recife 7(8) 5198-206 ago 2013 Disponiacutevel em lthttpsperiodicosufpebrrevistasrevistaenfermagemarticleviewFile1179314165gt Acesso em 22 de maio de 2018 MANCINI Marisa Cotta SAMPAIO Rosana Ferreira Quando o objeto de estudo eacute a literatura estudos de revisatildeo Rev bras fisioter Satildeo Carlos v 10 n 4 Dec 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-35552006000400001amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 MARQUES Luiz Paulo Joseacute MOREIRA Rosa Maria Portella SANTOS Omar da Rosa Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio nos idosos Satildeo Paulo Editora Sarvier 2010 p 150 ndash 154 Disponiacutevel em lthttpswwwresearchgatenetpublication283487098_INFECCAO_DO_TRATO_URINARIO_NOS_IDOSOSgt Acesso em 30 de abril de 2018 MATTOS Carine Magalhatildees Zanchi de et al Processo de enfermagem aplicado a idosos com alzheimer que participam do projeto estrateacutegias de reabilitaccedilatildeo Estud Interdiscipl Envelhec Porto Alegre v16 ediccedilatildeo especial p 433-447 2011 Disponiacutevel em

71

lthttpseerufrgsbrindexphpRevEnvelhecerarticleview1792116307gt Acesso em 22 de maio de 2018 MACIEL Marcos Gonccedilalves Atividade fiacutesica e funcionalidade do idoso Motriz rev educ fis (Online) Rio Claro v 16 n 4 p 1024-1032 Dec 2010 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1980-65742010000400023amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de junho de 2018 MENEZES Luiza Tereza Gadelha de et al ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA In Congresso Nacional de Envelhecimento Humano 2016 Natal - RN ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA [Sl sn] 2016 p 1-6 Disponiacutevel em lthttpwwweditorarealizecombrrevistascnehtrabalhosTRABALHO_EV054_MD4_SA4_ID558_17082016145144pdfgt Acesso em 22 maio 2018 MORAIS Olga Nazareacute Pantoja de Grupos de idosos atuaccedilatildeo da psicogerontologia no enfoque preventivo Psicol cienc prof Brasiacutelia v 29 n 4 p 846-855 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-98932009000400014amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 06 abr 2018 MOTA Leandro Silva SOUSA Elton Geraldo de AZEVEDO Francisco Honeidy Carvalho Intercorrecircncias da osteoporose na qualidade de vida dos idosos Revista Interdisciplinar NOVAFAPI Teresina v5 n2 p44-49 Abr-Mai-Jun 2012 Disponiacutevel em lthttpsrevistainterdisciplinaruninovafapiedubrrevistainterdisciplinarv5n2revrev1v5n2pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 MOROZ Maisa Bastos KLUTHCOVSKY Ana Claudia Garabeli Cavalli SCHAFRANSKI Marcelo Derbli Controle de pressatildeo arterial em idosas hipertensas em uma Unidade de Sauacutede da Famiacutelia e fatores associados Cad Sauacutede Colet 2016 Rio de Janeiro 24 (1) 111-117 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcadscv24n11414-462X-cadsc-24-1-111pdfgt Acesso em 23 de abril de 2018 PEREIRA Erico Felden TEIXEIRA Clarissa Stefani ETCHEPARE Luciane Sanchotene O envelhecimento e o sistema muacutesculo esqueleacutetico Revista Digital n 101 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwefdeportescomefd101envelhhtmgt Acesso em 04 de junho de 2018 PETERNELLA Fabiana Magalhatildees Navarro MARCON Sonia Silva Descobrindo a Doenccedila de Parkinson impacto para o parkinsoniano e seu familiar Rev bras enferm Brasiacutelia v 62 n 1 p 25-31 Feb 2009 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672009000100004amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 REIS Luciana Arauacutejo dos TRAD Leny Alves Bonfim Suporte familiar ao idoso com comprometimento da funcionalidade a perspectiva da famiacutelia Psicol teor prat Satildeo Paulo v 17 n 3 p 28-41 dez 2015 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1516-

72

36872015000300003amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 RIBEIRO Aline Lima VEIGA Caroline Lagrotta da Associaccedilatildeo entre a capacidade cognitiva e a ocorrecircncia de quedas em idosos de juiz de fora Minas Gerais Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Federal de Juiz de Fora 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwufjfbrfacfisiofiles201307TCC-Aline-Carolinepdfgt Acesso em 10 de abril de 2008 RORIZ-FILHO Jarbas et al Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio Medicina (Ribeiratildeo Preto) 201043(2) 118-25 Disponiacutevel emlthttpwwwrevistasuspbrrmrparticleview166167gt Acesso em 04 de junho de 2018 RUIVO Susana et al Efeito do envelhecimento cronoloacutegico na funccedilatildeo pulmonar Comparaccedilatildeo da funccedilatildeo respiratoacuteria entre adultos e idosos saudaacuteveis Rev Port Pneumol Lisboa v 15 n 4 p 629-653 ago 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielomecptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0873-21592009000400005amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 07 abril de 2018 SANTOS Beatriz Aparecida dos et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem (SAE) no atendimento domiciliar ao paciente portador de osteoporose Revista Sauacutede em Foco ndashEdiccedilatildeo nordm 9 ndash Ano 2017 Disponiacutevel em lthttpunifiaedubrrevista_eletronicarevistassaude_focoartigosano2017072_sistematizacao_ass_enfermagem_saepdf gt Acesso em 25 de maio de 2018 SANCHES Ana Paula R Amadio LEBRAO Maria Luacutecia DUARTE Yeda Aparecida de Oliveira Violecircncia contra idosos uma questatildeo nova Saude soc Satildeo Paulo v 17 n 3 p 90-100 Sept 2008 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-12902008000300010amplng=enampnrm=isogt access on 22 Apr 2018 SENA Edite Lago da Silva et al Tecnologia cuidativa de ajuda muacutetua grupal para pessoas com Parkinson e suas famiacutelias Texto contexto - enferm Florianoacutepolis v 19 n 1 p 93-103 mar 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000100011amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 SERENIKI Adriana VITAL Maria Aparecida Barbato Frazatildeo A doenccedila de Alzheimer aspectos fisiopatoloacutegicos e farmacoloacutegicos Rev psiquiatr Rio Gd Sul Porto Alegre v 30 n 1 supl 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0101-81082008000200002amplng=enampnrm=isogt Acesso em 23 de abril de 2018 SILVA Bruna Rodrigues da FINOCCHIO Ana Luacutecia A velhice como marca da atualidade uma visatildeo psicanaliacutetica Viacutenculo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 23-30 dez 2011 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-24902011000200004amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018

73

SILVA Elisama Gomes Correia et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacutetica Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 45 n 6 p 1380-1386 Dec 2011 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000600015amplng=enampnrm=isogt access on 22 May 2018 SOUZA Rosangela Ferreira de SKUBS Thais BRETAS Ana Cristina Passarella Envelhecimento e famiacutelia uma nova perspectiva para o cuidado de enfermagem Rev bras enferm Brasiacutelia v 60 n 3 p 263-267 June 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672007000300003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de maio de 2018 SOUZA Emannuely Silva de ALVES Thalita Isapaula Feacutelix PASSOS Ana Beatriz Barbosa Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem a um Idoso com Parkinson em uma Instituiccedilatildeo de Apoio do Municiacutepio de Ipatinga Revista Enfermagem Integrada ndash Ipatinga Unileste-MG - V3 - N2 - NovDez 2010 Disponiacutevel em lt httpswwwunilestemgbrenfermagemintegradaartigoV3_209-sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem-a-um-idoso-com-parkinsonpdf gt Acesso em 02 de maio de 2018 TAGLIARINI Mariana Hidroginaacutestica na terceira Idade Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndashUNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2008 Lins 2008 62p il 31cm Disponiacutevel em lthttpwwwunisalesianoedubrbibliotecamonografias46264pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 TAYLOR Carol et al Fundamentos de enfermagem a arte e a ciecircncia do cuidado de enfermagem 7 ed Porto Alegre Artmed 2014 1768 p TEIXEIRA Ilka Niceacuteia DAquino Oliveira GUARIENTO Maria Elena Biologia do envelhecimento teorias mecanismos e perspectivas Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2845-2857 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600022amplng=enampnrm=isogt Acessado em 06 de abril de 2018 TOSIN Michelle Hyczy de Siqueira et al Intervenccedilotildees de Enfermagem para a reabilitaccedilatildeo na doenccedila de Parkinson mapeamento cruzado de termos Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 24 e2728 2016 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692016000100360amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 VARGAS Liane da Silva de LARA Marcus Viniacutecius Soares de MELLO-CARPES Pacircmela Billig Influecircncia da diabetes e a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico e atividades cognitivas e recreativas sobre a funccedilatildeo cognitiva e emotividade em grupos de terceira idade Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 4 p 867-878 dez 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000400867amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 23 abr 2018

74

VERAS Renato Peixoto Prevenccedilatildeo de doenccedilas em idosos os equiacutevocos dos atuais modelos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28 n 10 p 1834-1840 Oct 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-311X2012001000003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 VETTORE Marcelo Vianna et al Avaliaccedilatildeo do manejo da infecccedilatildeo urinaacuteria no preacute-natal em gestantes do Sistema Uacutenico de Sauacutede no municiacutepio do Rio de Janeiro Rev bras epidemiol Satildeo Paulo v 16 n 2 p 338-351 jun 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-790X2013000200338amplng=ptampnrm=isogt acessos em 30 abr 2018

Page 9: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo28

Figura 2 - Processo de envelhecimento33

Figura 3 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento37

Figura 4 - Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal43

Figura 5 - Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson44

Figura 6 - Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer46

Figura 7 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose49

Figura 8 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril50

Figura 9 - Processo de Enfermagem55

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade27

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens28

Quadro 2 - Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso29

Quadro 3 - Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento34

Quadro 4 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento36

Quadro 5 - Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos40

Quadro 6 - Alimentos recomendados para idosos41

Quadro 7 - Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso49

Quadro 8 - Etapas do processo de enfermagem54

Quadro 9 - Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem56

Quadro 10 - Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE)59

LISTA DE SIGLAS

COFEN ndash Conselho Federal de Enfermagem

OMS ndash Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede

SAE ndash Sistema de Assistecircncia de Enfermagem

SCIELO ndash Scientific Electronic Library Online

BVS - Biblioteca Virtual em Sauacutede

DeCS - Descritores em Ciecircncia da Sauacutede

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

SNC - Sistema Nervoso Central

SUS - Sistema Puacuteblico de Sauacutede

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

AVC - Acidente Vascular Cerebral

ITU - Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

CE - Comitecirc de Eacutetica

PE - Processo de Enfermagem

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO25

11 OBJETIVOS26

111 Objetivo geral26

112 Objetivos especiacuteficos26

12 JUSTIFICATIVA26

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO27

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO

IDOSA NO BRASIL27

22 ESTATUTO DO IDOSO29

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO30

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO

ENVELHECIMENTO31

241 Mecanismos do envelhecimento32

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio35

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco35

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico36

2414 Envelhecimento do sistema nervoso38

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO38

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso39

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso40

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE42

261 Mal de Parkinson42

262 Doenccedila de Alzheimer45

263 Diabetes Mellitus46

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica47

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio48

266 Osteoporose49

3 METODOLOGIA53

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO55

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO55

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) 55

412 Processo de Enfermagem56

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos57

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS65

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS67

25

1 INTRODUCcedilAtildeO

O aumento da populaccedilatildeo idosa tem preocupado todas as autoridades devido ao

aumento do gasto previdenciaacuterio o que se torna um problema de enormes

proporccedilotildees tendo em vista o fato de o governo ter que disponibilizar a cada ano mais

verba para este segmento populacional que jaacute passa dos 15 milhotildees de brasileiros

Tais problemas colocados pela miacutedia amplifica o preconceito com o sujeito idoso e

com isso o medo de envelhecer fica latente a cada dia em que o sujeito chega agrave

terceira idade pois vislumbra-se um futuro sombrio no qual o preconceito conforme

falado seraacute enorme poliacuteticas de ajuda piacutefias verbas escassas e em muitos casos

falta de apoio familiar (GUERRA CALDAS 2010)

Um dos motivos que estatildeo proporcionando o aumento de idosos no Brasil eacute a melhoria

de diversos indicadores E como o aumento da populaccedilatildeo idosa acarreta seacuterios

problemas para a economia de um paiacutes torna-se importante desenvolver poliacuteticas que

podem auxiliar o idoso a envelhecer melhor com qualidade controlando as doenccedilas

caracteriacutesticas da terceira idade funcional e contribuindo com o Estado para que

este natildeo venha a entrar em colapso (VERAS 2012)

Estudos cientiacuteficos tecircm comprovado que exerciacutecios fiacutesicos combinados a uma boa

alimentaccedilatildeo e ateacute mesmo remeacutedios fitoteraacutepicos contribuem para uma melhoria

consideraacutevel para a sauacutede fiacutesica e mental dos idosos o que eacute algo bastante

interessante tendo em vista que a maioria dos acidentes com pessoas idosas ocorrem

quando o sujeito idoso sem forccedila muscular se machuca em pequenas atividades

dentro de casa ou quando sua sauacutede mental natildeo proporciona um envelhecimento

confortaacutevel ou quando as doenccedilas crocircnicas caracteriacutesticas da terceira idade se

apresentam intensamente (ACIOLE BATISTA 2013)

Nos dias atuais um carimbo que existe sobre o sujeito idoso eacute o descaso com ele

satildeo colocados agrave margem da sociedade Muitos natildeo possuem mais aptidatildeo para

trabalhos e muitos apresentam problemas de sauacutede que demandam um cuidado

especial muita atenccedilatildeo e com a ldquovida corridardquo quem deveria cuidar do idoso acaba

negligenciando sua funccedilatildeo e por isso vaacuterios idosos acabam indo para instituiccedilotildees de

asilo que muitas vezes natildeo oferecem condiccedilotildees miacutenimas de cuidados (SILVA

FINOCCHIO 2011)

Por outro lado instituiccedilotildees seacuterias de abrigo de idosos possuem profissionais de

26

diversas aacutereas do saber que atuam em conjunto para um cuidado eficaz do sujeito

idoso Dentre esses profissionais que auxiliam no cuidado do idoso uma figura que

se destaca eacute o enfermeiro que desenvolve ldquosuas atividades com os idosos por meio

de um processo de cuidar que contempla os aspectos biopsicossociais e espirituais

vivenciados durante a institucionalizaccedilatildeordquo quando utiliza a Sistematizaccedilatildeo de

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) por intermeacutedio do Processo de Enfermagem (PE)

permitindo ldquouma avaliaccedilatildeo integral do idoso identificando necessidades e padrotildees de

resposta aos problemas de sauacutede para a determinaccedilatildeo de soluccedilotildees apropriadas no

atendimento dessas necessidadesrdquo (CLARES FREITAS PAULINO 2013 p 02)

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

bull Analisar a partir de uma revisatildeo de literatura a Assistecircncia de Enfermagem ao

sujeito idoso

112 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever o processo de envelhecimento

bull Listar as principais doenccedilas que acometem a populaccedilatildeo idosa

bull Identificar as principais estrateacutegias de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem (SAE) para a populaccedilatildeo idosa

12 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista o aumento do nuacutemero de sujeitos idosos no Brasil devido ao aumento

da expectativa de vida e por ser esta autora jaacute atuante como enfermeira na

assistecircncia agraves pessoas idosas natural foi a escolha pelo tema aqui desenvolvido

27

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO IDOSA

NO BRASIL

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) oacutergatildeo do governo responsaacutevel

por coletar informaccedilotildees a respeito da sociedade brasileira para um melhor

entendimento da realidade lanccedilou em 2016 um livro com uma siacutentese de indicadores

sociais e uma anaacutelise das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo brasileira Tal livro

permeado de dados estatiacutesticos foi utilizado para levantar as estatiacutesticas a respeito

da populaccedilatildeo idosa do Brasil e assim seraacute aqui referenciado

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

A evoluccedilatildeo da composiccedilatildeo populacional por grupos de idade aponta para a tendecircncia de envelhecimento demograacutefico que corresponde ao aumento da participaccedilatildeo percentual dos idosos na populaccedilatildeo e a consequente diminuiccedilatildeo dos demais grupos etaacuterios (BRASIL 2016 p 13)

A constataccedilatildeo de que a sociedade brasileira estaacute envelhecendo pode ser confirmada

na Tabela 01 que reforccedila o que jaacute foi citado anteriormente

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade

IDADE (anos) 2005 () 2015 ()

0 ndash 14 265 210 15 - 29 274 236 30 - 59 362 410

Acima de 60 98 143

Fonte Brasil (2016 p 13)

Ainda sobre a Tabela 01 observa-se a evoluccedilatildeo da populaccedilatildeo brasileira entre os anos

de 2005 a 2015 Observa-se pela tabela que a populaccedilatildeo idosa saiu dos 98 em

2005 para 143 em 2015 ou seja em uma deacutecada a populaccedilatildeo idosa cresceu cerca

de 46 Eacute um crescimento enorme Com essa dinacircmica populacional a expectativa

eacute que em 2050 a populaccedilatildeo idosa no Brasil fique ligeiramente abaixo dos 30

conforme eacute ilustrado na Figura 01 Ela tambeacutem apresenta a projeccedilatildeo da evoluccedilatildeo de

pessoas com mais de 60 anos no restante do mundo (BRASIL 2016)

28

Figura 01 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo

Fonte Brasil (2016) (Adaptado pela autora)

O sujeito idoso apresenta diversas dificuldades no seu dia-a-dia e torna-se um desafio

enorme para a sociedade brasileira como um todo em vista da preocupaccedilatildeo que se

deve ter com o sujeito idoso No Quadro 01 algumas caracteriacutesticas pertinentes aos

idosos (BRASIL 2016)

Quadro 01 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens CARACTERIacuteSTICAS QUANTIDADE

Alguma dificuldade permanente para caminhar 330 ()

Vivem em domiciacutelios em aacutereas sem arborizaccedilatildeo 275 ()

Entidade de assistecircncia social privada sem fins lucrativos 8283

Jaacute se sentiram discriminados no serviccedilo sauacutede 84 ()

Niacutevel de ocupaccedilatildeo dos idosos 263 ()

Proporccedilatildeo de idosos ocupados que recebem aposentadoria 538 ()

Ensino fundamental incompleto 655 ()

Sem plano meacutedico ou odontoloacutegico 680 ()

Sintomas de depressatildeo 93 ()

Fonte Brasil (2016)

O Quadro 01 apresenta diversas informaccedilotildees a respeito do sujeito idoso A que mais

chama atenccedilatildeo eacute a quantidade de idosos sem plano de sauacutede ou odontoloacutegico algo

em torno de 68 pois como eacute sabido a sauacutede puacuteblica no Brasil eacute precaacuteria e com

isso o idoso que acaba por depender do sistema puacuteblico natildeo tem um atendimento

eficaz o que pode agravar suas condiccedilotildees fiacutesicas e de sauacutede (BRASIL 2016)

29

22 ESTATUTO DO IDOSO

O estatuto do idoso eacute o nome popular dado a Lei nordm 10741 de 1ordm de outubro de 2003

que veio para regular os direitos das pessoas com mais de sessenta anos assim

consideradas idosas (BRASIL 2013)

O referido documento agrupou leis que jaacute existiam organizando-as em blocos Todos

os direitos a que o idoso tem mas que em diversas ocasiotildees satildeo deliberadamente

usurpados foram bem discutidos nesta lei Seu art 2ordm assim institui

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes agrave pessoa humana sem prejuiacutezo da proteccedilatildeo integral de que trata esta Lei assegurando-se-lhe por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades para preservaccedilatildeo de sua sauacutede fiacutesica e mental e seu aperfeiccediloamento moral intelectual espiritual e social em condiccedilotildees de liberdade e dignidade (BRASIL 2013 p 07)

O idoso possui sempre prioridades devido a uma seacuterie de fatores e acima de tudo

devido agrave sua fragilidade pela idade avanccedilada O estatuto do idoso determina quais

satildeo essas prioridades No Quadro 02 elas satildeo delineadas (BRASIL 2013)

Quadro 02 ndash Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso INCISO PRIORIDADES

I Ter atendimento prioritaacuterio e personalizado junto a oacutergatildeos que prestam serviccedilos de sauacutede agrave populaccedilatildeo

II Ter prioridades diante das poliacuteticas sociais elaboradas para a sauacutede puacuteblica

III Destinaccedilatildeo privilegiada de recursos puacuteblicos para os setores que possuem obrigaccedilotildees de proteccedilatildeo ao idoso

IV Desenvolvimento de poliacuteticas que torne possiacutevel o conviacutevio do idoso com pessoas de outras geraccedilotildees

V Ser cuidado por membros de sua famiacutelia sendo que a acolhida em abrigos de idosos seria em uma uacuteltima situaccedilatildeo

VI Capacitaccedilatildeo dos profissionais que cuidam de idosos para prestar um atendimento de qualidade de atualizado

VII No desenvolvimento de poliacuteticas que possibilitem a divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees educativas a respeito do idoso para o puacuteblico em geral

VIII Garantia de acessibilidade aos serviccedilos de sauacutede e de assistecircncia social do Estado

IX Primazia quando do recebimento da restituiccedilatildeo do Imposto de Renda

Fonte Brasil (2013) (Adaptado pela autora)

Como pode-se observar no Quadro 02 as prioridades a que o idoso tem direito satildeo

vaacuterias poreacutem o que se observa na praacutetica eacute que muitas delas satildeo ignoradas A cultura

de cada paiacutes diz se os seus velhos seratildeo beneficiados com o respeito ou se seratildeo

maltratados No Brasil impera a cultura de descaso com o sujeito da terceira idade e

muitas vezes vaacuterios deles sofrem verdadeiros maus tratos seja fiacutesica seja

psicologicamente (SANCHES LEBRAO 2008)

30

Referida norma nos dizeres de Justo e Rozendo (2010) apresenta natildeo apenas o

instrumento juriacutedico para preservar e garantir a dignidade do idoso mas ldquo[] mas

tambeacutem como uma produccedilatildeo simboacutelica e conceitual que mediante um conjunto de

signos representaccedilotildees imagens e saberes configura o idoso na cultura []rdquo (JUSTO

ROZENDO 2010 p 472)

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO

O ser humano eacute um animal social e por isso desde haacute muito tempo de eacutepocas

remotas eles se organizam dando alguma ideia de famiacutelia conforme entendemos

atualmente No entanto a ideia de famiacutelia muda agrave medida que a histoacuteria evolui e se

antes o sujeito idoso era considerado o ente mais importante de sua famiacutelia devido

aos conhecimentos que adquiriu ao longo de sua jornada nos dias atuais essa

premissa jaacute natildeo eacute tatildeo mais importante e devido a isso observa-se poucos idosos no

seio da famiacutelia com sua consequente diminuiccedilatildeo (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

Quando se pensa em famiacutelia como instituiccedilatildeo social o que precisa ser levado em

consideraccedilatildeo para uma anaacutelise mais ampla a respeito dessa instituiccedilatildeo social satildeo

ldquo[] aspectos como afetividade companheirismo solidariedade sentimentos e accedilotildees

que podem ser encontradas fora dos laccedilos consanguiacuteneosrdquo Ou seja natildeo se eacute famiacutelia

somente aqueles que possuem o mesmo sangue mas existem outros fatores que

demonstram ser um agrupamento de pessoas considerado famiacutelia ldquoEacute uma construccedilatildeo

social influenciada pela cultura e contexto histoacuterico em que foi concebida []rdquo

(SOUZA SKUBS BRETAS 2007 p 264)

A vida do ser humano eacute repleta de fases desde agrave infacircncia ateacute a velhice Em cada fase

existe todo um conjunto cultural que daacute suporte agravequela fase e por isso nas famiacutelias

atuais existe um certo conflito entre membros familiares de geraccedilotildees diferentes pois

convivem muitas vezes em uma mesma residecircncia crianccedilas adolescentes adultos

e velhos e por isso um maior cuidado para que tais diferenccedilas natildeo interfiram na

harmonia do lar (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

E com o sujeito idoso haacute de se ter uma atenccedilatildeo especial devido a todos os fatores

envolvidos em sua mudanccedila de idade e com a chegada da velhice Tais fatores satildeo

os sociais psicoloacutegicos materiais financeiros autonomia etc Dessa forma o idoso

tende a dar mais trabalho pois uma vez que fora independente e natildeo eacute mais uma

31

vez que fora forte e natildeo eacute mais apresenta uma paciecircncia bastante curta Assim os

familiares que em volta dele estatildeo precisam ter bastante amor e carinho para um

excelente cuidado pois eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia assim fazer conforme preceitua a

Constituiccedilatildeo Federal (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

O apoio da famiacutelia para o sujeito idoso eacute de suma importacircncia para que ele possa ter

uma velhice confortaacutevel e saudaacutevel Reis e Trad possuem palavras interessantes a

respeito Vejamos

O suporte familiar contribui de maneira significativa para a manutenccedilatildeo e a integridade fiacutesica e psicoloacutegica do indiviacuteduo Seu efeito eacute tido como beneacutefico no membro da famiacutelia que o recebe na medida em que o suporte eacute percebido como disponiacutevel e satisfatoacuterio [] Dessa forma eacute fundamental para o planejamento assistencial adequado ao idoso a compreensatildeo do contexto familiar o que implica o entendimento das questotildees que envolvem a formaccedilatildeo e a dinacircmica de funcionamento das famiacutelias em geral (REIS TRAD 2015 p 30)

No entanto abrigos repletos de sujeitos idosos demonstram que na grande maioria

dos casos os familiares preferem abandonar os seus velhos aos cuidados de

enfermeiros que nem conhecem se estatildeo capacitados para lidar com as

necessidades Mesmo com o advento do estatuto do idoso ele continua sofrendo

severos preconceitos (REIS TRAD 2015)

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO

No Brasil de hoje tem-se observado um crescimento substancial do nuacutemero de

sujeitos idosos (aqueles com mais de 60 anos de acordo com o estatuto do idoso) e

isso eacute algo bastante preocupante tendo em vista a infraestrutura precaacuteria do sistema

de sauacutede Apenas a tiacutetulo de entendimento de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatiacutestica (IBGE) a quantidade de sujeitos idosos em 2016 era em cerca

de 143 (BRASIL 2016)

Existem basicamente dois motivos pelos quais a quantidade de sujeitos idosos vem

aumentando no Brasil que satildeo a reduccedilatildeo da taxa de natalidade e a reduccedilatildeo da

mortalidade A tecnologia vem ajudando consideravelmente para que esses dois

fatores sejam os reais motivos pelo aumento da taxa de idosos (MORAIS 2009)

A afirmativa anterior eacute reforccedilada pelo IBGE conforme segue ldquoAs mudanccedilas na razatildeo

de dependecircncia estatildeo diretamente associadas agrave diminuiccedilatildeo da fecundidade e ao

32

aumento na longevidade da populaccedilatildeo especialmente na populaccedilatildeo idosardquo (BRASIL

2016 p 17)

Dessa forma o ato de envelhecer passa a ser visto como algo a que todos os

brasileiros passaratildeo um dia pois haacute um aumento na expectativa de vida e assim

entender o processo de envelhecimento e desenvolver mecanismos para um

envelhecimento saudaacutevel torna-se fundamental pois idosos saudaacuteveis significa

grosso modo menos problemas tanto para a famiacutelia quanto para o governo Mas esse

menos problema natildeo eacute dito de forma vulgar pejorativa mas sim de forma racional

pois com um idoso saudaacutevel em uma famiacutelia esta famiacutelia natildeo sofre com o sofrimento

dele (MORAIS 2009)

Os desafios que se apresentam com o aumento da populaccedilatildeo idosa no Brasil estatildeo

intimamente interligados com a integraccedilatildeo e o cuidado social com o sujeito idoso com

a sauacutede com a assistecircncia social com a previdecircncia social com a forma de

envelhecer saudaacutevel etc (BRASIL 2016)

Dessa forma importante entender o mecanismo bioloacutegico do envelhecimento e sua

correlaccedilatildeo com o meio fiacutesico para um cuidado mais personalizado

241 Mecanismos do envelhecimento

Teixeira e Guariento afirmam que o conhecimento acerca do envelhecimento ou dos

motivos que o causam satildeo limitados devido agrave falta de pesquisas experimentais com

seres humanos o que eacute vedado pela eacutetica meacutedica Dessa forma pode-se fazer

apenas experimentos com animais em especial com roedores moscas de frutas e

isso acaba natildeo trazendo um real significado acerca do processo de envelhecimento

(TEIXEIRA GUARIENTO 2010)

Existem vaacuterias teorias a respeito do envelhecimento e por isso aos poucos foram

sendo agrupadas basicamente em dois grupos a saber teorias programadas e

teorias estocaacutesticas A primeira tem sua ideia central ldquonos reloacutegios bioloacutegicos que

regulam o crescimento a maturidade a senescecircncia e a morterdquo Jaacute a segunda baseia-

se na ldquoidentificaccedilatildeo de agravos que induzem aos danos moleculares e celulares

aleatoacuterios e progressivosrdquo (TEIXEIRA GUARIENTO 2010 p 2846)

33

Fato eacute que os efeitos do envelhecimento satildeo visiacuteveis rugas expostas cabelos

brancos peles caiacutedas dificuldades para se locomoverem decliacutenio das forccedilas

diminuiccedilatildeo do equiliacutebrio diversas doenccedilas dificuldade na respiraccedilatildeo Tudo estaacute

conjuntamente interligado em um processo complexo e variado que envolve tanto o

bioloacutegico quanto o psicossocial e que afeta diversos sistemas Na Figura 02 uma

representaccedilatildeo interessante do processo de envelhecimento (RUIVO et al 2009)

Figura 02 ndash Processo de envelhecimento

Fonte Centro avanccedilado de medicina preventiva (2018)

34

No Quadro 03 eacute apresentado os efeitos da velhice de uma forma geral e resumida

Vaacuterios satildeo os efeitos do envelhecimento no sujeito idoso por isso apenas alguns deles

foram relatados a tiacutetulo de exemplos

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (continua)

MODIFICACcedilOtildeES NO CORPO COM O ENVELHECIMENTO

ESTADO GERAL

Reduccedilatildeo progressiva da eficiecircncia dos processos fisioloacutegicos resulta em equiliacutebrio fraacutegil e impotildee obstaacuteculos agrave capacidade do corpo para manter a homeostase Estressores fiacutesicos e emocionais tornam o idoso mais vulneraacutevel devido agrave diminuiccedilatildeo das reservas fisioloacutegicas O idoso pode continuar a se envolver em todas as atividades da meia-idade embora de maneira intuitiva deva adaptar-se a um ritmo modificado e a periacuteodos de descanso mais frequentes

TEGUMENTAR

Surgimento de rugas e perda da firmeza da pele ocorrem com a reduccedilatildeo da elasticidade ressecamento e descamaccedilatildeo satildeo comuns A queda dos cabelos eacute comum nos homens e as mulheres tecircm afinamento e perda de pigmentaccedilatildeo dos cabelos Sinais de pele e pigmentaccedilatildeo satildeo comuns embora a pele possa clarear devido agrave perda de melanoacutecitos As unhas costumam espessar-se e ficar quebradiccedilas e amareladas

MUSCULOESQUELEacuteTICO

Diminui o tecido subcutacircneo e o peso no idoso A massa e a forccedila musculares diminuem Ocorre desmineralizaccedilatildeo oacutessea e os ossos ficam porosos e quebradiccedilos As articulaccedilotildees tendem a enrijecer e a perder flexibilidade podendo diminuir a amplitude de movimentos Costuma ocorrer lentidatildeo da mobilidade geral e a postura tende a encurvar A altura diminui um pouco

NEUROLOacuteGICO

O Sistema Nervoso Central reage mais lentamente a muacuteltiplos estiacutemulos Assim a resposta cognitiva e comportamental do idoso pode ser retardada Diminui a frequecircncia da reaccedilatildeo reflexa A regulagem da temperatura e a percepccedilatildeo de dorpressatildeo ficam menos eficientes O idoso pode ainda ter dificuldades no equiliacutebrio na coordenaccedilatildeo na motricidade fina e na orientaccedilatildeo espacial o que resulta em maior risco para quedas Costuma encurtar o sono noturno e o idoso pode despertar com mais facilidade

SENTIDOS ESPECIAIS

Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade visual (presbiopia) com maior sensibilidade agrave claridade e menor capacidade de adaptar-se agrave escuridatildeo Reduccedilatildeo da acomodaccedilatildeo reduccedilatildeo da percepccedilatildeo em profundidade e da discriminaccedilatildeo de cores Uma catarata pode obscurecer ainda mais a visatildeo A dificuldade para ler letras miuacutedas pode se tornar mais evidente Dirigir durante o dia ou durante agrave noite pode ficar comprometido Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade auditiva (presbicusia) em especial diminuiccedilatildeo da discriminaccedilatildeo de tons na presenccedila de ruiacutedos ambientais Em consequecircncia dos problemas auditivos o idoso pode retrair-se de eventos sociais As sensaccedilotildees de paladar e olfato diminuem Sensibilidade aos cheiros pode diminuir Problemas nutricionais podem surgir

CARDIOPULMONAR

Os vasos sanguiacuteneos ficam menos elaacutesticos e muitas vezes riacutegidos e tortuosos Depoacutesitos de placas de gordura continuam a ocorrer nos revestimentos dos vasos sanguiacuteneos Edema e esfriamento das extremidades inferiores podem ocorrer em especial com a diminuiccedilatildeo da mobilidade O corpo tem menor capacidade de aumentar a frequecircncia do coraccedilatildeo e o deacutebito cardiacuteaco mediante atividade A elasticidade pulmonar e a accedilatildeo ciliar diminuem de modo que a desobstruccedilatildeo pulmonar se torna menos eficiente Pode aumentar a frequecircncia pulmonar acompanhada de profundidade diminuiacuteda

35

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (conclusatildeo)

GASTRINTESTINAL Os sucos digestivos continuam a diminuir e reduz-se a absorccedilatildeo de nutrientes Desnutriccedilatildeo e anemia satildeo mais comuns Com a reduccedilatildeo do tocircnus muscular e o peristaltismo diminuiacutedo satildeo comuns queixas de constipaccedilatildeo

DENTICcedilAtildeO Perda e caacuterie dentaacuterias continuam para a maioria dos idosos Os haacutebitos alimentares podem mudar em especial se o idoso natildeo tem dentes ou usa dentaduras que natildeo servem bem

GENITURINAacuteRIO

O fluxo sanguiacuteneo para os rins reduz com a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco A quantidade de unidades de neacutefrons funcionando diminui em 50 Produtos a serem eliminados podem ser filtrados e excretados mais lentamente Liacutequidos e eletroacutelitos permanecem dentro das variaccedilotildees normais mas o equiliacutebrio eacute fraacutegil Cerca de 75 dos homens com mais de 65 anos tecircm hipertrofia da glacircndula prostaacutetica Pode haver a necessidade de cirurgia caso ocorra retenccedilatildeo urinaacuteria Haacute atrofia diminuiccedilatildeo de secreccedilotildees e afinamento do trato genital da mulher idosa

Fonte Taylor e outros (2007 p 460)

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio

O Sistema respiratoacuterio envelhece da mesma forma que o restante do organismo e

muitas vezes ele envelhece mais raacutepido devido agrave enorme quantidade de poluiccedilatildeo a

que estamos sujeitos Nas palavras de Ruivo e outros

Pensa-se que o sistema respiratoacuterio seja o sistema do organismo que envelhece mais rapidamente devido agrave maior exposiccedilatildeo a poluentes ambientais ao longo dos anos As mudanccedilas que ocorrem a este niacutevel satildeo clinicamente relevantes porque a deterioraccedilatildeo da funccedilatildeo pulmonar estaacute associada ao aumento da taxa de mortalidade e aleacutem disso o conhecimento das mesmas contribui para a detecccedilatildeo e prevenccedilatildeo de disfunccedilotildees respiratoacuterias em idosos (RUIVO et al 2009 p 631)

Biologicamente com o envelhecimento a estrutura morfoloacutegica da parede toraacutecica

sofre severas alteraccedilotildees que afetam diretamente os pulmotildees Dessa forma a perda

da elasticidade dentre outros problemas torna-se a mais frequente complicaccedilatildeo

pulmonar entre pessoas idosas (RUIVO et al 2009)

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco

O envelhecimento do sistema cardiacuteaco acarreta diversas complicaccedilotildees ao sujeito

idoso e a dinacircmica de como esse processo se dar eacute melhor explicado por Esquenazi

Silva e Guimaratildees

O coraccedilatildeo eacute constituiacutedo por ceacutelulas musculares os cardiomioacutecitos moleacuteculas de matriz extracelular destacando-se o colaacutegeno e ceacutelulas intersticiais cardiacuteacas tais como fibroblastos e ceacutelulas endoteliais Por tratar-se de ceacutelulas terminalmente diferenciadas a identificaccedilatildeo recente de ceacutelulas-tronco residentes no coraccedilatildeo revelou que os cardiomioacutecitos satildeo repostos mas natildeo

36

na proporccedilatildeo ideal para recuperaccedilatildeo de funccedilatildeo alterada consequente a eventuais perdas (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

Dessa forma pode-se realccedilar algumas mudanccedilas sensiacuteveis que ocorrem com o

envelhecimento e que estatildeo listadas no Quadro 04 abaixo

Quadro 04 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento MUDANCcedilAS ORGAcircNICAS COM O ENVELHECIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

A parede ventricular torna-se mais espessa

Diminuiccedilatildeo das ceacutelulas de cardiomioacutecitos

Aumento do conteuacutedo do colaacutegeno

Alteraccedilatildeo do metabolismo mitocondrial

Maior secreccedilatildeo de colaacutegeno

Induccedilatildeo de apoptose das ceacutelulas musculares lisas da parede arterial

Aumento da rigidez aoacutertica

Alteraccedilatildeo da elasticidade aoacutertica

Disfunccedilatildeo diastoacutelica

Hipertrofia do ventriacuteculo esquerdo

Insuficiecircncia cardiacuteaca congestiva

Fonte Esquenazi Silva e Guimaratildees (2014) (Adaptado pela autora)

No envelhecimento ocorrem mudanccedilas em algumas propriedades do coraccedilatildeo e isso

pode acarretar o surgimento de arritmias cardiacuteacas bem como a diminuiccedilatildeo da

possibilidade de alteraccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca durante situaccedilotildees de estresse

Assim devido agrave mudanccedila da frequecircncia cardiacuteaca na populaccedilatildeo da terceira idade eacute

frequentemente adicionado medicamentos como diureacuteticos medicamentos que atuam

para combater a arritmia etc (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico

Haacute diversos estudos que tentam provar que o processo de envelhecimento estaacute

associado agrave diminuiccedilatildeo da massa muscular fenocircmeno conhecido como sarcopenia

Este fenocircmeno debilita diretamente a arquitetura muscular alterando diversas

propriedades tais como ldquoaacuterea da seccedilatildeo transversa anatocircmica comprimento das fibras

musculares volume e acircngulo de penaccedilatildeo dos muacutesculosrdquo Ocasiona uma reduccedilatildeo das

forccedilas do paciente da capacidade aeroacutebica e da taxa metaboacutelica Juntos esses

fatores influenciamalteram a qualidade de vida pois podem aumentar a taxa de

quedas e ocasionar outros problemas ao idoso que repercutem em todos os campos

de sua vida (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

37

Os mais novos estudos cientiacuteficos na aacuterea sugerem que o envelhecimento tambeacutem

estaacute relacionado com a diminuiccedilatildeo da rigidez dos tendotildees o que eacute apreciado na obra

de Baptista e Vaz conforme segue

Modificaccedilotildees morfoloacutegicas na unidade muacutesculo-tendatildeo como a sarcopenia ou a diminuiccedilatildeo da rigidez tendiacutenea reconhecidamente causam alteraccedilotildees de suas propriedades mecacircnicas As propriedades mecacircnicas dos muacutesculos determinam sua capacidade de produccedilatildeo de forccedila em diferentes comprimentos e velocidades podendo assim influenciar de maneira significativa as atividades de vida diaacuteria dos seres humanos independente da faixa etaacuteria (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

Natildeo se consegue entender exatamente como ocorre o processo da sarcopenia pois

eacute um processo complexo no qual diversos outros processos contribuem para que

aconteccedila Alguns estudos sugerem que a diminuiccedilatildeo da ativaccedilatildeo neuromuscular eacute

comeccedilo do processo de perda de massa e de forccedila O que eacute bem entendido e

preocupante satildeo os seus efeitos nos sujeitos idosos que provocam diversas outras

consequecircncias (FILHO 2012)

Eacute sabido que tudo estaacute interligado portanto quando ocorre reduccedilatildeo da estrutura

muscular esqueleacutetica isso acarreta outros problemas natildeo soacute de importacircncia material

assim como de importacircncia imaterial como sedentarismo depressatildeo ansiedade

depressatildeo etc A Figura 03 ilustra esse ciacuterculo vicioso (PEREIRA TEIXEIRA

ETCHEPARE 2006)

Figura 03 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento

Fonte Pereira Teixeira e Etchepare (2006)

38

2414 Envelhecimento do sistema nervoso

O envelhecimento como jaacute foi dito provoca uma seacuterie de alteraccedilotildees no organismo do

sujeito idoso No sistema nervoso diversas alteraccedilotildees anatocircmicas e quiacutemicas satildeo

observadas no enceacutefalo e na medula e essas alteraccedilotildees podem ser vistas tanto

macroscopicamente quanto microscopicamente Ateacute mesmo o tamanho do ceacuterebro e

peso dele satildeo modificados agrave medida que o sujeito envelhece na ordem de 2 a cada

uma deacutecada e com diminuiccedilatildeo de proteiacutenas (TAGLIARINI 2008)

De acordo com anaacutelises feitas ao envelhecer diversas alteraccedilotildees acontecem sendo

que as mais vitais satildeo ldquoa diminuiccedilatildeo de ceacutelulas alteraccedilotildees dendriacuteticas placas senis

degeneraccedilatildeo neurofibrilar degeneraccedilatildeo gracircnulo-vacuolar e acuacutemulo de lipofucsinardquo

(TAGLIARINI 2008 p 18)

As alteraccedilotildees morfoloacutegicas produzidas pelo Sistema Nervoso Central (SNC) se

mostram como sendo de suma importacircncia para o devido funcionamento do sistema

nervoso devido agrave importacircncia na geraccedilatildeo e processamento das memoacuterias e no

transporte de informaccedilotildees ateacute os neurocircnios (TAGLIARINI 2008)

Portanto de tudo o que foi falado a respeito do envelhecimento do sistema nervoso

algumas partes ainda natildeo foram provadas e muita coisa ainda deve ser elucidada

com os anos vindouros Tem-se uma ideia de que as modificaccedilotildees ocorrem tanto de

forma central quanto de forma perifeacuterica ldquocom atrofia cerebral devido agrave diminuiccedilatildeo do

nuacutemero de neurocircnios assim como a reduccedilatildeo da quantidade de substacircncias branca e

cinzenta Ocorre ainda reduccedilatildeo da sinaptogecircnese e da velocidade de conduccedilatildeo

nervosa []rdquo (RIBEIRO VEIGA 2013 p25)

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO

Conforme jaacute foi falado anteriormente a populaccedilatildeo brasileira seguindo o ritmo da

populaccedilatildeo mundial estaacute envelhecendo mais devido agraves inovaccedilotildees tecnoloacutegicas Com

isso mais sujeitos idosos procuram serviccedilos meacutedicos por causa das doenccedilas

inerentes agrave terceira idade Essa demanda impulsiona aos governos criarem poliacuteticas

de sauacutede para que o sujeito envelheccedila com sauacutede pois se assim for proporciona

vantagem para todos os que estatildeo envolvidos com o idoso seja seus parentes que

39

cuidam dele seja o Estado que natildeo precisa gastar muito com remeacutedios Isso

proporciona um aliacutevio na previdecircncia divido agrave imensa diacutevida puacuteblica que existe e por

necessitar fazer corte de gastos A seguir seraacute melhor tratado acerca dos benefiacutecios

da atividade fiacutesica para o idoso para ter um envelhecimento sadio e de haacutebitos

saudaacuteveis que precisa ter para o seu dia-a-dia com sauacutede (ACIOLE BATISTA 2013)

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso

Com o crescimento mundial acelerado da populaccedilatildeo idosa diversas poliacuteticas estatildeo

sendo desenvolvidas para fazer com que o idoso envelheccedila com sauacutede tendo em

vista finalidades variadas tais como o fato de a previdecircncia estar sobrecarregada a

constataccedilatildeo de que o Sistema Puacuteblico de Sauacutede (SUS) natildeo atende com qualidade

as premissas mais baacutesicas da populaccedilatildeo Assim se o idoso chegar agrave terceira fase de

sua vida mais dinacircmico e com mais sauacutede enormes benefiacutecios surgiratildeo natildeo somente

para ele assim como para toda a sociedade (FONSECA et al 2014)

Dentre essas poliacuteticas certamente a que incentiva o idoso a praticar esportes eacute a mais

disseminada juntamente com a boa alimentaccedilatildeo pois eacute comprovado cientificamente

que o idoso ao praticar esportes consegue se manter mais saudaacutevel mais luacutecido e

em melhores condiccedilotildees de enfrentamento de doenccedilas que lhe acometem que satildeo

caracteriacutesticas da terceira idade aleacutem de provocar uma melhoria como um todo ao

sujeito idoso em todas as suas dimensotildees (MACIEL 2010)

De acordo com Maciel (2010 p 1024)

Poreacutem ao se refletir sobre as atividades fiacutesicas precisa-se pensar aleacutem dos benefiacutecios biopsicossociais proporcionados pela sua praacutetica como tambeacutem por exemplo compreender as mudanccedilas de comportamentos individuais eou coletivos para a adesatildeo e manutenccedilatildeo dessas atividades Essas soacute proporcionaratildeo os devidos benefiacutecios se realizadas continua e corretamente

As atividades fiacutesicas que satildeo incentivadas para que o idoso possa praticar satildeo

divididas em quatro dimensotildees lazer deslocamento ativo atividades domeacutesticas e

laboral A primeira eacute dita como atividade estruturada jaacute as demais satildeo atividades natildeo-

estruturais Existem vaacuterias vantagens para o sujeito idoso que se movimenta que

pratica alguma atividade fiacutesica As principais vantagens estatildeo apresentadas no

Quadro 05 (MACIEL 2010)

40

Quadro 05 ndash Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos BENEFIacuteCIOS DA ATIVIDADE FIacuteSICA PARA O IDOSO

Aumentomanutenccedilatildeo da capacidade aeroacutebia

Aumentomanutenccedilatildeo da massa muscular

Reduccedilatildeo significativa da taxa de mortalidade

Prevenccedilatildeo de doenccedilas coronarianas

Melhora do perfil lipiacutedico

Transformaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal devido agrave reduccedilatildeo da massa gorda

Prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes e hipertensatildeo arterial comuns ao sujeito idoso

Diminuiccedilatildeo da possibilidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Nas mulheres idosas possibilidade de prevenccedilatildeo do cacircncer de mama e coacutelon

Reduccedilatildeo da ocorrecircncia de demecircncia

Melhora da autoestima e da autoconfianccedila

Reduccedilatildeo dos ataques de ansiedade e do estresse

Consideraacutevel melhora do humor e da qualidade de vida

Fonte Maciel (2010) (Adaptado pela autora)

Cordeiro e outros (2014) fazendo pesquisas com idosos para entender como as

atividades fiacutesicas afetam as funccedilotildees cognitivas sendo estas definidas como as fases

do processo de informaccedilatildeo tais como aprendizagem raciociacutenio atenccedilatildeo e outras

mais concluiacuteram o seguinte

O melhor desempenho do grupo de idosos ativos no teste de memoacuteria emocional pode estar associado a alteraccedilotildees fisioloacutegicas no sistema nervoso central decorrentes da praacutetica da atividade fiacutesica A accedilatildeo da atividade fiacutesica sobre as funccedilotildees cognitivas pode se dar por meio de diversos mecanismos dentre os quais a melhora na circulaccedilatildeo cerebral alteraccedilatildeo na siacutentese e degradaccedilatildeo de neurotransmissores alteraccedilotildees neuroendoacutecrinas e humorais e aumento de fatores de crescimento como o fator neurotroacutefico derivado do ceacuterebro (BDNF) responsaacutevel pela neuroplasticidade eficaacutecia sinaacuteptica conectividade neuronal e aumento da sobrevivecircncia dos neurocircnios e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) responsaacutevel pela angiogecircnese (CORDEIRO et al 2014 p 549)

Ou seja a praacutetica da atividade fiacutesica proporciona enormes ganhos de qualidade de

vida para o sujeito idoso e possibilita a ele viver mais tempo de forma independente

jaacute que suas funccedilotildees cognitivas respondem melhor e desenvolvem mecanismos mais

duradouros (CORDEIRO et al 2014)

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso

Os alimentos satildeo as fontes de energia para o ser-humano Por isso quando o sujeito

se alimenta bem com qualidade ingerindo alimentos saudaacuteveis todo o seu

organismo funcionaraacute com qualidade e equiliacutebrio o que eacute necessaacuterio e demandado

pela populaccedilatildeo de uma forma geral mas devido agrave agitaccedilatildeo do dia-a-dia acaba por

41

comprometer a sauacutede com alimentos ruins raacutepidos de serem feitos e ingeridos

(MENEZES et al 2008)

O Sujeito idoso precisa ter uma atenccedilatildeo especial com o que ingere pois natildeo possui

mais um organismo jovem que consegue digerir tudo com facilidade e rapidez Seu

organismo agora e conforme jaacute foi falado eacute imensamente lento Natildeo consegue

metabolizar com rapidez os alimentos que lhe chegam ao estocircmago e por isso precisa

ser seletivo (KUWAE et al 2015)

De acordo com Kuwae e outros (2015 p 622 - 624)

No envelhecimento tanto os cuidados nutricionais satildeo diferentes como tambeacutem satildeo singulares agraves concepccedilotildees do que eacute saudaacutevel ou apropriado para esta idade Os cuidados com a alimentaccedilatildeo envolvem uma busca de equiliacutebrio entre as exigecircncias do corpo envelhecido e as limitaccedilotildees decorrentes de algumas patologias muitas delas exigindo seu controletratamento pela alimentaccedilatildeo como a hipertensatildeo diabetes e doenccedilas coronarianas Portanto o envelhecimento estaacute relacionado tanto com as alteraccedilotildees fisioloacutegicas que limitam o repertoacuterio alimentar seja pelas restriccedilotildees decorrentes de patologias crocircnicas ou das alteraccedilotildees de mastigaccedilatildeo e digestatildeo como com as condiccedilotildees de mobilidade autonomia independecircncia financeira condiccedilotildees de sauacutede e da composiccedilatildeo familiar Esses satildeo fatores decisivos sobre o repertoacuterio alimentar a frequecircncia e a qualidade da alimentaccedilatildeo dos idosos

Daiacute surge a necessidade de saber o que o sujeito idoso pode exatamente comer e o

que natildeo pode comer jaacute que em muitas situaccedilotildees o desejo eacute grande De acordo com

Menezes e outros (2008) existem duas classes de alimentos que o sujeito idoso pode

ingerir e satildeo os alimentos bons e os alimentos ruins Na classe dos alimentos bons

estatildeo as frutas verduras legumes carnes brancas etc Jaacute na segunda classe estatildeo

as frituras carnes vermelhas doces massas sal etc O Quadro 06 apresenta uma

lista com os principais alimentos para os idosos aqueles que satildeo recomendados bem

como suas caracteriacutesticas e o motivo pelo satildeo recomendados

Quadro 06 ndash Alimentos recomendados para idosos ALIMENTOS RECOMENDADOS PARA IDOSOS

CLASSE ALIMENTOS DESCRICcedilAtildeO

BONS Frutas verduras legumes carnes brancas etcleites e seus derivados

A comida se torna leve para o organismo do idoso o que proporciona uma raacutepida digestatildeo e o idoso natildeo se sente empazinado

RUINS Carnes vermelhas doces massas sal etc

Satildeo alimentos pesados gordurosos que demoram a fazer digestatildeo com moleacuteculas complexas O idoso natildeo ingere porque pode passar mal e qualquer mal-estar deve ser evitado

Fonte Kuwae e outros (2015)

42

O Quadro 06 eacute uma forma geral de expressar o que eacute bom e o que eacute ruim para o

sujeito idoso no entanto essa questatildeo eacute relativa pois varia de organismo para

organismo e depende de questotildees culturais mas eacute amplamente aceito eacute que todos os

seres humanos precisam ter equiliacutebrio inclusive na alimentaccedilatildeo dessa forma comer

ou deixar de comer algo para se manter saudaacutevel depende do quatildeo equilibrado

encontra-se o organismo do sujeito (KUWAE et al 2015)

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE

Com a chegada da terceira idade vaacuterias doenccedilas inerentes aos sujeitos com idade

acima dos sessenta anos aparecem Identificar tais doenccedilas conhececirc-las de forma

detalhada para desenvolver formas de tratamento adequados satildeo objetivos centrais

para quem cuida do sujeito idoso juntamente com outros conhecimentos do idoso

como sua alimentaccedilatildeo seu dia-a-dia seus haacutebitos etc Tudo estaacute conectado e por

isso entender esse contexto facilita no momento de detalhar a doenccedila que acomete a

populaccedilatildeo idosa A seguir seraacute feito uma siacutentese das principais doenccedilas que

acometem sujeitos idosos (VERAS 2012)

261 Mal de Parkinson

A doenccedila do Mal de Parkinson eacute conhecida da humanidade haacute muito tempo A atual

descriccedilatildeo deu-se pelo Dr James Parkinson por volta do ano de 1817 e no Brasil

atinge cerca de 3 da populaccedilatildeo acima dos sessenta anos Constata-se a existecircncia

da doenccedila por intermeacutedio de anaacutelise cliacutenica observando na maioria dos casos

pessoas idosas uma rigidez muscular tremor mesmo estando em repouso alteraccedilatildeo

na postura dentre outros sintomas (PETERNELLA MARCON 2009)

Grosso modo o Mal de Parkinson eacute um distuacuterbio degenerativo do Sistema Nervoso

Central que afeta diversas funccedilotildees do sujeito sejam motoras sejam natildeo-motoras

Funccedilotildees que podem ser afetadas satildeo tremor de repouso bradicinesia rigidez

corporal instabilidade postural etc Seu diagnoacutestico eacute feito pelo quadro cliacutenico

observado e pela exclusatildeo de outras doenccedilas que se assemelham ao Mal de

Parkinson (PETERNELLA MARCON 2009)

43

Para falar com riqueza de detalhes a respeito de como funciona tal doenccedila vamos

utilizar as palavras de Sena e outros (2010) que diz

A DP eacute uma afecccedilatildeo crocircnico-degenerativa e progressiva de etiologia multifatorial que atinge majoritariamente pessoas idosas embora seja frequente acometecirc-las a partir dos 50 anos de idade beirando atualmente a casa dos 300000 portadores no Brasil A doenccedila atinge o sistema nervoso central mais especificamente a substacircncia negra responsaacutevel por controlar os movimentos do corpo A degradaccedilatildeo das ceacutelulas neuronais dopamineacutergicas acaba por resultar numa gama de sintomatologia como tremores rigidez muscular bradicinesia alteraccedilotildees posturais distuacuterbios na fala e na degluticcedilatildeo obstipaccedilatildeo transpiraccedilatildeo corporal incontinecircncia urinaria depressatildeo O tratamento que pode ser cliacutenico eou ciruacutergico visa ao controle dos sintomas por meio de medicamentos entre os quais se destaca a Levodopa um precursor da dopamina Outros grupos de faacutermacos tambeacutem satildeo utilizados como inibidores enzimaacuteticos agonistas dopamineacutergicos e anti-colineacutergicos Contudo a terapecircutica medicamentosa por si soacute natildeo eacute suficiente para manter o portador em melhores condiccedilotildees de bem-estar e qualidade de vida Por isso tratamentos e cuidados no miacutenimo de enfermagem fisioterapia fonoaudiologia e educaccedilatildeo fiacutesica satildeo imprescindiacuteveis como recursos complementares para ajudar o portador a preservar sua funcionalidade e permitir-lhe desempenhar as atividades da vida diaacuteria e manter o viacutenculo social tatildeo importantes para satisfazer suas necessidades psicossociais de apoio comunitaacuterio para o seu bem-estar e auto-estima (SENA et al 2010 p 94)

Na Figura 04 uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro a respeito de como funciona o Mal de

Parkinson

Figura 04 ndash Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Observa-se na Figura 04 o ceacuterebro de um sujeito normal sem a doenccedila em

comparaccedilatildeo com um sujeito que apresenta a doenccedila Na primeira situaccedilatildeo haacute a

44

existecircncia da substacircncia negra responsaacutevel por controlar as funccedilotildees motoras do

corpo conforme falado na descriccedilatildeo de Sena e outros Jaacute na segunda essa

substacircncia negra natildeo existe atestando a incapacidade motora do paciente

(ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Jaacute na Figura 05 representa-se o neurocircnio normal e um neurocircnio em paciente com a

doenccedila de Parkinson O neurocircnio normal produz a substacircncia dopamina que eacute

responsaacutevel pela conduccedilatildeo dos neurotransmissores Jaacute o neurocircnio afetado apresenta

uma pequena quantidade de dopamina o que afeta a transmissatildeo dos

neurotransmissores e com isso o paciente sofre os diversos males que foram

narrados (ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Figura 05 ndash Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

O detalhe mais pertinente para saber se haacute o surgimento da doenccedila eacute o surgimento

de incapacidades provenientes dos distuacuterbios motores Geralmente aqueles que

sofrem desta doenccedila natildeo se datildeo conta que estatildeo doentes o que precisa ser

observado por quem estar mais perto seja os familiares seja os cuidadores

(GONCALVES ALVAREZ ARRUDA 2007)

Mesmo com todo o desenvolvimento tecnoloacutegico existente no campo da sauacutede ainda

natildeo existe um remeacutedio para acabar com o Mal de Parkinson ou para bloquear o seu

aumento Os procedimentos atuais visam dar condiccedilotildees ao paciente que possui a

doenccedila de viver de forma independente e de manter seu psicoloacutegico forte por mais

tempo Isso eacute feito receitando a ele dopamina estriatal que pode ser aumentada agrave

45

medida que os efeitos da doenccedila vatildeo aumentando (GONCALVES ALVAREZ

ARRUDA 2007)

262 Doenccedila de Alzheimer

A doenccedila de Alzheimer descrita pela primeira vez em 1906 pelo Dr Alois Alzheimer

eacute uma doenccedila que ateacute os dias atuais natildeo apresenta cura e tende a se agravar ao

longo dos anos Eacute a patologia neurodegenerativa mais usual que acomete pacientes

acima dos 55 (cinquenta e cinco) anos e causa transtornos como perda de memoacuteria

desorientaccedilatildeo danos na linguagem falta de atenccedilatildeo e vaacuterias outras situaccedilotildees

constrangedoras (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER 2018)

Natildeo se conhece exatamente os motivos pelos quais a doenccedila surge mas eacute bem

conhecido algumas lesotildees que ocorrem no ceacuterebro de um paciente portador da

doenccedila e as principais lesotildees satildeo as placas senis os emaranhados neurofibrilares e

a reduccedilatildeo de ceacutelulas nervosas sendo certo que ela eacute a responsaacutevel por cinquenta por

cento dos casos de demecircncia em idosos (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE

ALZHEIMER 2018)

Muito embora a cura da doenccedila e a reversatildeo da deterioraccedilatildeo causada pela DA ainda natildeo tenham sido descobertas pesquisadores buscam o aperfeiccediloamento de tratamentos jaacute disponiacuteveis que visam agrave melhora cognitiva e diminuiccedilatildeo de sintomas comportamentais (Aacutevila 2003) Nesse caso a medicaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas cognitivas de reabilitaccedilatildeo aleacutem de informaccedilotildees sobre a doenccedila e o apoio a familiares e cuidadores eacute de suma importacircncia para reverter o quadro cliacutenico e sintomaacutetico da doenccedila (GONCALVES CARMO 2012 p 171)

Haacute uma forte tendecircncia da ciecircncia de tentar explicar o surgimento do Mal de Alzheimer

via geneacutetica pois uma porcentagem consideraacutevel dos pacientes que possuem a

doenccedila apresenta casos semelhantes na famiacutelia Outros fatores tambeacutem satildeo

considerados tais como aminoaacutecidos neurotoacutexicos uso indiscriminado do alumiacutenio

agentes infecciosos etc Abaixo na figura TC uma tentativa de explicaccedilatildeo dessa

doenccedila (SERENIKI VITAL 2008)

Na Figura 06 existe uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro de paciente normal e de um paciente

com a Doenccedila de Alzheimer Percebe-se que o ceacuterebro do paciente com a Doenccedila de

Alzheimer apresenta-se cheio de falhas

46

Figura 06 ndash Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

263 Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus (DM) eacute uma doenccedila crocircnica natildeo-transmitiacutevel que afeta uma

multidatildeo de pessoas em todo o mundo e se caracteriza por um aumento acentuado

da glicemia devido agrave falta de insulina que eacute fabricada pelo pacircncreas Haacute dois tipos

de diabetes um natural (Tipo 01) e outra adquirida (Tipo 02) A do Tipo 02 eacute causada

pela obesidade comidas gordurentas falta de exerciacutecios fiacutesicos e se mostra como o

mal moderno Jaacute a do tipo 01 jaacute nasce com o indiviacuteduo Em ambos os casos o

pacircncreas deixa de fabricar insulina que possui uma moleacutecula que quebra a moleacutecula

de glicose Com isso haacute um aumento de glicose no sangue e isso provoca diversos

danos em outros oacutergatildeos A insulina injetada entra para ajudar na eliminaccedilatildeo do accediluacutecar

excedente (BUSNELLO et al 2012)

De acordo com Vargas Lara e Mello-Carpes ldquono Brasil existem cerca de 500 mil

diabeacuteticos 450 mil fazendo uso da insulina e quase dois milhotildees desconhecendo ter

diabetes Aleacutem disso estima-se que em 2030 o nuacutemero de pessoas acometidas pela

DM dobraraacuterdquo Esses dados para o sujeito idoso satildeo extremamente preocupantes

tendo em vista a necessidade de cuidados constantes (VARGAS LARA MELLO-

CARPES 2014 p 869)

47

Idosos que apresentam a DM apresentam estrutura fiacutesica e emocional prejudicadas

com certa limitaccedilatildeo nos afazeres do dia-a-dia com limitaccedilatildeo na alimentaccedilatildeo e com

liberdade e autonomia afetadas Diferentemente das outras doenccedilas a DM eacute bem

mapeada e consegue-se ter um controle bastante apropriado para amenizar os efeitos

dessa doenccedila (VARGAS LARA MELLO-CARPES 2014)

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

A Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) eacute a doenccedila crocircnica natildeo transmitida mais

presente na vida dos idosos Trata-se de uma doenccedila que eleva a pressatildeo sanguiacutenea

a niacuteveis altiacutessimos e como consequecircncia faz com que o coraccedilatildeo tenha que exercer

uma atividade fora do padratildeo para conseguir fazer o sangue circular pelo corpo do

indiviacuteduo (LEAtildeO E SILVA et al 2013)

Ela aumenta paulatinamente agrave medida que o indiviacuteduo vai envelhecendo e eacute tida por

diversos especialistas como o principal fator de risco para o idoso podendo ocasionar

doenccedilas como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) o infarto do miocaacuterdio e vaacuterias

outras doenccedilas silenciosas Diversos fatores ocasionam um aumento na pressatildeo

arterial dentre eles os mais comuns satildeo o excesso de sal utilizado no dia-a-dia o

estresse etc (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Para um padratildeo de referecircncia com intuito de definir se um idoso apresenta uma

pressatildeo alta ou normal vaacuterios estudos sugerem valores diferentes o que acaba

sendo um ponto de debate interessante entre os especialistas da aacuterea conforme

relatado abaixo

Haacute grande controveacutersia na literatura em relaccedilatildeo ao ponto de corte para o qual a PA pode ser considerada controlada na populaccedilatildeo idosa principalmente nos idosos com idade mais avanccedilada (acima dos 80 anos) Estudos recentes sugerem uma meta de controle mais flexiacutevel (abaixo de 150 mmHg para a PAS e de 90 mmHg para a PAD) para esta faixa etaacuteria por evidenciarem que o controle mais rigoroso pode natildeo ser significativo na reduccedilatildeo das complicaccedilotildees associadas agrave doenccedila (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016 p 112)

Para se ter um controle dessa doenccedila importante salientar os haacutebitos de vida

saudaacuteveis associados com o acompanhamento meacutedico mediccedilatildeo das funccedilotildees vitais

do idoso controle sistemaacutetico porque essa doenccedila sendo uma doenccedila silenciosa

assintomaacutetica pode acarretar outras complicaccedilotildees tais como um Acidente Vascular

Cerebral (AVC) (JARDIM et al 2017)

48

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

A Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (ITU) eacute a inflamaccedilatildeo das vias urinaacuterias e eacute uma doenccedila

responsaacutevel por cerca de quarenta porcento das infecccedilotildees nosocomiais Eacute bastante

rotineira nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e sua probabilidade de ocorrecircncia

em homens idosos aumenta consideravelmente tendo em vista que ldquoA

instrumentaccedilatildeo das vias urinaacuterias ndash incluindo ndash se o cateterismo vesical ndash e a

ocorrecircncia de doenccedila prostaacutetica satildeo os fatores mais implicados no aumento da

incidecircncia no sexo masculinordquo (RORIZ-FILHO et al 2010 p 119)

A mulher idosa tambeacutem tem uma grande possibilidade de desenvolver tal doenccedila

tendo em vista as modificaccedilotildees funcionais da bexiga devido a diversos fatores que

ldquoassociados agraves mudanccedilas troacuteficas do epiteacutelio da mucosa vaginal e a presenccedila de

infecccedilatildeo genital facilitam o desenvolvimento de ITUrdquo (MARQUES MOREIRA

SANTOS 2010 p 151)

Para se ter um diagnoacutestico preciso acerca da Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio faz-se coleta

da urina do paciente e em seguida sua cultura o que leva alguns dias O diagnoacutestico

apresenta-se preciso apoacutes esse procedimento Existem outros exames a serem feitos

que apresentam resultados mais raacutepidos poreacutem natildeo tatildeo precisos Um deles eacute o

exame tipo I e o outro eacute a coloraccedilatildeo pelo meacutetodo Gram (VETTORE et al 2013)

Os principais sintomas que indicam que pode haver uma Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

satildeo urina com odor feacutetido disuacuteria com urgecircncia polaciuacuteria e urecircncia Esses sintomas

satildeo um indicativo muito forte de possibilidade de existecircncia de um quadro infeccioso

e somente pode-se comprovar apoacutes as anaacutelises que foram mencionadas (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010)

Para se fazer um tratamento adequado que apresente resultados de imediato haacute a

necessidade de se observar alguns fatores tais como ldquopresenccedila de comorbidade

fatores predisponentes sintomatologia e repercussatildeo sistecircmica da infecccedilatildeo assim

como para a interaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outros medicamentos []rdquo Importante

observar a relaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outras drogas pois o paciente idoso faz uso

de diversos produtos farmacecircuticos No Quadro 07 um exemplo de drogas que podem

ser utilizadas para o tratamento do idoso com Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010 p 156)

49

Quadro 07 ndash Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso DROGAS UTILIZADAS NA ITU NOS IDOSOS

I ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO INFERIOR (3 A 7 DIAS)

Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprima 160 mg de 12 12h

Norfloxacina 400 mg de 1212h

Ciprofloxacina 250 mg de 1212h

Levofloxacina 250 mg por dia

Nitrofurantoina 100 mg de 88h

II ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO SUPERIOR (14 DIAS)

Ciprofloxacina 500 mg EV de 1212h

Levofloxacina 500 mg EV por dia

Ceftriaxone 1g EV de 1212h

Piperacina soacutedica + Tazobactana soacutedica 225g EV de 88h

Fonte Marques Moreira e Santos (2010 p 158)

266 Osteoporose

A Osteoporose ldquo[] eacute uma doenccedila esqueleacutetica sistecircmica caracterizada por diminuiccedilatildeo

da massa oacutessea e deterioraccedilatildeo microarquitetural do tecido oacutesseo com consequente

aumento da fragilidade oacutessea e susceptibilidade agrave fraturardquo sendo a condiccedilatildeo mais

criacutetica da osteopenia Eacute uma doenccedila predominante em sujeitos idosos e consiste

grosso modo do enfraquecimento dos ossos o que pode levar a diversas

consequecircncias ao idoso A Figura 07 apresenta como ocorre essa doenccedila (LIMA et

al 2014 p 35)

Figura 07 ndash Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

50

Jaacute na Figura 08 tem-se uma vista mais ampla de como a osteoporose atua Pode-se

perceber que ela age deixando o osso em um formato esponjoso como se estivesse

oco como eacute popularmente conhecido tal doenccedila A ilustraccedilatildeo eacute do osso do quadril

mas eacute extensiacutevel a toda a estrutura oacutessea onde ocorrer a comorbidade (LIMA et al

2014)

Figura 08 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Existem diversos tipos de osteoporose que satildeo provocadas por vaacuterios fatores por

isso diz-se que eacute uma doenccedila multifatorial Basicamente satildeo divididas em primaacuteria

com tipos I e II e secundaacuteria a primeira eacute desenvolvida por causas naturais jaacute a

segunda eacute desenvolvida por meio de causas natildeo-naturais tais como a inflamaccedilatildeo

(CAMARGOS BOMFIM 2017)

Consequecircncias diversas podem surgir oriundas da osteoporose tais como ldquoperda da

massa deterioraccedilatildeo do tecido desarranjo da arquitetura e comprometimento da forccedila

oacutessea com aumento no risco de fraturardquo Ela atua de forma silenciosa e na maior parte

dos casos eacute descoberta somente quando ocorre algum acidente por mais simples que

seja com consequente fratura de algum osso do portador de tal doenccedila (BRASIL

2009 p 01)

51

Pode ser diagnosticada tratada e prevenida antes da ocorrecircncia de qualquer evento

que poderaacute comprometer a estrutura oacutessea de seu portador Ocorrendo algum

acidente este poderaacute afetar a estrutura fiacutesica do paciente deformaccedilatildeo no corpo como

um todo etc Na prevenccedilatildeo deve-se utilizar cerca de 1000mgdia de caacutelcio vitamina

D 400ndash800 Uldia ou algum medicamento tais como calcitonina bifosfonatos

raloxifeno e paratormocircnio (BRASIL 2017)

Haacute projeccedilotildees que dizem que cerca de 50 das mulheres e 20 dos homens com

idades acima dos 50 anos poderatildeo sofrer alguma fratura proveniente da osteoporose

ao longo de sua vida Como jaacute foi citado anteriormente a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

para o sujeito idoso e natildeo somente a estes mas ao ser humano em geral eacute uma

praacutetica altamente recomendada pelos profissionais da sauacutede devido agraves pesquisas

cientiacuteficas comprovarem as consequecircncias eficazes de quem se exercita e que por

isso eacute bastante recomendada para pacientes que possuem osteoporose (MOTA

SOUSA AZEVEDO 2012)

Nas palavras de Mota Sousa e Azevedo tem-se

Haacute uma forte correlaccedilatildeo entre a qualidade de vida dos idosos e a atividade fiacutesica pois com a degeneraccedilatildeo do sistema musculoesqueleacutetico nos idosos e a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional a praacutetica da atividade fiacutesica influecircncia no tratamento e na prevenccedilatildeo da osteoporose trazendo benefiacutecios como a melhoria do desempenho das capacidades funcionais o aumento da forccedila muscular e flexibilidade e uma consideraacutevel melhora da coordenaccedilatildeo motora (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012 p47)

Portanto uma forma de reduzir os efeitos que a osteoporose apresenta ao seu

portador eacute praticando exerciacutecios fiacutesicos diariamente que aliado agrave uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel e rica em caacutelcio pode-se gerar resultados bastante satisfatoacuterios

fortalecendo os muacutesculos revigorando o equiliacutebrio afastando a possibilidade de

atrofia pelo natildeo-uso do membro que esteja lesionado e com isso retardando a

desmineralizaccedilatildeo oacutessea (BRASIL 2017)

Outras precauccedilotildees deveratildeo ser administradas ao sujeito idoso portador da

osteoporose para evitar riscos de queda que satildeo os principais fatores complicadores

da sauacutede do idoso Tais procedimentos podem ser a retirada de objetos que podem

dificultar a mobilidade do sujeito idoso por onde anda evitar tapetes escorregadios

colocar materiais antiderrapantes nas superfiacutecies por onde o idoso se movimenta

facilitar o acesso ao banheiro etc (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012)

52

53

3 METODOLOGIA

Tendo a finalidade de desenvolver as propostas que foram apresentadas quando do

comeccedilo deste trabalho optou-se por fazer uma revisatildeo bibliograacutefica do tema sabendo

que essa eacute uma modalidade de pesquisa que se destina a concatenar e observar os

conhecimentos que jaacute foram publicados a respeito de um determinado assunto que

no caso em questatildeo eacute a Assistecircncia de Enfermagem ao sujeito idoso

De acordo com Mancini e Sampaio (2006 p 361 - 472) trabalhos de ldquoRevisotildees da

literatura satildeo caracterizadas pela anaacutelise e pela siacutentese da informaccedilatildeo disponibilizada

por todos os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema[]rdquo Tendo

em vista todos os estudos relevantes publicados por um determinado tema mas sem

limitaacute-lo pois como eacute de amplo conhecimento a quantidade de informaccedilotildees eacute infinita

daiacute a necessidade de se fazer uma limitaccedilatildeo temporal a respeito

Utilizou-se para o desenvolvimento do estudo os seguintes bancos de dados

Scientific Electronic Library (Scielo) Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) Descritores

em Ciecircncia da Sauacutede (DeCS) Ministeacuterio da Sauacutede e livros

Como criteacuterios de inclusatildeo foi estabelecido o uso de revistas acadecircmicas artigos

cientiacuteficos livros etc do ano de 2006 a 2017 Como criteacuterios de exclusatildeo optamos

por natildeo fazermos uso de materiais em liacutenguas estrangeiras materiais antigos

materiais incompletos e materiais que natildeo apresentam rigor cientiacutefico tais como

trabalhos acadecircmicos de revisatildeo

Por fim o presente estudo natildeo necessita de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica (CE) da

Universidade uma vez que as informaccedilotildees coletadas satildeo provenientes de materiais

de acesso puacuteblico e de conhecimento de todos os interessados

54

55

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO

Existem vaacuterias formas de se aplicar a Assistecircncia de Enfermagem e o que eacute utilizado

no Brasil por diversos motivos eacute o que foi desenvolvido em 1979 pela enfermeira e

pesquisadora paraense Wanda Horta atraveacutes de seu livro Processo de Enfermagem

(SILVA et al 2011)

Nas palavras de Silva e outros (2011 p 1381) percebe-se o caraacuteter cientiacutefico e seacuterio

do uso da Assistecircncia de Enfermagem Vejamos

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) eacute conceituada como um meacutetodo de prestaccedilatildeo de cuidados para a obtenccedilatildeo de resultados satisfatoacuterios na implementaccedilatildeo da assistecircncia com o objetivo de reduzir as complicaccedilotildees durante o tratamento de forma a facilitar a adaptaccedilatildeo e recuperaccedilatildeo do paciente O uso do meacutetodo requer o pensamento criacutetico do profissional que deve estar focado nos objetivos e voltado para os resultados de forma a atender as necessidades do paciente e de sua famiacutelia exigindo constante atualizaccedilatildeo habilidades e experiecircncia sendo orientado pela eacutetica e padrotildees de conduta Portanto eacute um modo de exercer a profissatildeo com autonomia baseada nos conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas uacuteltimas deacutecadas

Importante deixar claro o entendimento acerca do que eacute a Sistematizaccedilatildeo da

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem antes de aplicaacute-

los ao sujeito idoso pois tais conceitos satildeo aplicados de forma geral na enfermagem

Todo o profissional de enfermagem precisar ter bem solidificado tais conceitos para

que possam se tornar profissionais competentes e antenados com a real situaccedilatildeo de

seu paciente (GARCIA 2016)

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

A sistematizaccedilatildeo eacute normatizada pela resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN) juntamente com o Processo de Enfermagem (PE) Eacute

entendido como sendo a responsaacutevel por ldquoorganizar o trabalho profissional quanto ao

meacutetodo pessoal e instrumentos tornando possiacutevel a operacionalizaccedilatildeo do processo

de Enfermagemrdquo (BRASIL 2009 p 01)

Garcia (2016) fala a respeito do amplo uso das teacutecnicas da SAE Vejamos

56

Especialmente quando analisamos a dimensatildeo assistencial da praacutetica reconhecemos haver uma ampla gama de situaccedilotildees vivenciadas no cotidiano de cuidados agrave clientela envolvendo a necessidade de sistematizaccedilatildeo da assistecircncia e de aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem aspectos substantivos da profissatildeo (GARCIA 2016 p 05)

A Sistematizaccedilatildeo de Assistecircncia da Enfermagem (SAE) aplicada ao idoso torna-se

dessa forma uma tentativa de fornecer uma assistecircncia de qualidade e personalizada

ao idoso por isso padroniza-se a entrevista que o profissional de enfermagem faz ao

paciente com o intuito de saber a real situaccedilatildeo do cliente Para se fazer tal

assistecircncia o profissional de enfermagem precisa da ajuda do Processo de

Enfermagem que complementa a SAE (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

412 Processo de Enfermagem

Eacute definido como sendo ldquoum instrumento metodoloacutegico que orienta o cuidado do

profissional de enfermagem e a documentaccedilatildeo da praacutetica profissionalrdquo e eacute dividido

em cinco etapas que abaixo satildeo escritas conforme resoluccedilatildeo ndeg 3582009 O Quadro

08 apresentada cada etapa do Processo de Enfermagem (PE) (BRASIL 2009 p 01)

Quadro 08 ndash Etapas do processo de enfermagem PROCESSO DE ENFERMAGEM

ETAPA DESCRICcedilAtildeO

COLETA DE DADOS

Essa eacute a primeira etapa do processo de enfermagem e consiste em colher todos os dados possiacuteveis do paciente valendo de teacutecnicas variadas e com a maior precisatildeo possiacutevel para um melhor atendimento do paciente Importante nessa fase coletar informaccedilotildees por parte da famiacutelia dos pacientes para que as informaccedilotildees possam ser confirmadas devido ser de fontes diversas

DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

Apoacutes a coleta dos dados o profissional de enfermagem passa a processar as informaccedilotildees e interpretando-as para que possa ter a tomada de decisatildeo mais eficaz para o paciente Essa etapa consiste em descrever exatamente o que o paciente tem e funciona como base para a accedilatildeo do profissional de enfermagem

PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Nessa etapa o profissional determina o que espera alcanccedilar de resultados quando das devidas intervenccedilotildees apoacutes a etapa anterior Aqui o profissional cria uma espeacutecie de roteiro para certificar-se do que poderaacute ocorrer

IMPLEMENTACcedilAtildeO Nessa etapa o profissional coloca em praacutetica o que foi decido nas etapas anteriores

AVALIACcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Trata-se de um processo contiacutenuo e analiacutetico no qual o profissional observa o seu paciente fazendo as devidas anotaccedilotildees do quadro dele para posterior mudanccedila das implementaccedilotildees Todo esse processo eacute dinacircmico e por isso o profissional precisa estar atento ao paciente durante todo instante em que ele esteja sob seus cuidados

Fonte Brasil (2009) (Adaptado pela autora)

57

A Figura 09 ilustra o que foi dito a respeito do Processo de Enfermagem no Quadro

08

Figura 09 ndash Processo de Enfermagem

Fonte Autoria proacutepria (2018)

Como pode-se inferir do Quadro 08 descrito desenvolver e aplicar a Sistematizaccedilatildeo

da Assistecircncia de Enfermagem de acordo com o Processo de Enfermagem eacute um

processo que exige muita disciplina e conhecimento do profissional de enfermagem

pois eacute sabido que se trata de um processo teacutecnico-cientiacutefico e somente o enfermeiro

habilitado poderaacute exercitar cada uma das fases que se mostram em conjunto A sua

separaccedilatildeo conforme descrita acima eacute apenas para efeitos didaacuteticos (GARCIA 2016)

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos

Para aplicar a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem e o Processo de

Enfermagem ao sujeito idoso o profissional de enfermagem tem a necessidade de

seguir procedimentos descritos principalmente na NANDA Internacional que se

tornou a principal fonte de diagnoacutesticos de enfermagem e que ldquofavorece a

58

identificaccedilatildeo de estrateacutegias para elevar a qualidade da assistecircncia e contribuir na

formaccedilatildeo de recursos humanosrdquo (KOKUDAI ALVARENGA 2010 p03)

A NANDA eacute dividida em diversos toacutepicos e assim resolvemos separar conforme

Quadro 09 os cuidados necessaacuterios de acordo com cada doenccedila predominante na

terceira idade que foi comentada neste trabalho As descriccedilotildees natildeo se limitam ao que

foi dito pois colocamos apenas algumas situaccedilotildees devido agrave enorme quantidade de

situaccedilotildees diagnoacutesticos e cuidados existentes

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continua)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Hipertensatildeo Arterial

Sistecircmica

Risco de desequiliacutebrio eletroliacutetico

Risco de mudanccedila nos niacuteveis de eletroacutelitos seacutericos capaz de comprometer a sauacutede

Estilo de vida sedentaacuterio Trata-se de um estilo de vida sem a praacutetica de atividades fiacutesicas

Ansiedade

Trata-se de um sentimento desgastante que assola o seu portador diante da expectativa de notiacutecias ou de situaccedilotildees estressantes e novas Pode-se considerar como um sinal de alerta que o organismo desenvolveu para deixar o indiviacuteduo atento em condiccedilotildees de periacuteodo de toda sorte

Padratildeo de sono prejudicado

Devido a fatores externos o indiviacuteduo natildeo possui uma rotina constante e linear de sono sendo que existe a condiccedilatildeo de dormeacorda que prejudica o organismo como um todo

Nutriccedilatildeo desequilibrada

O sujeito alimenta-se de nutrientes que em muitos casos satildeo em excesso ocasionando armazenamento de energia em formato de gordura

Mal de Parkinson

Problemas Motores

Risco de queda Facilidade com que o sujeito tem de desequilibrar e cair o que pode causar enormes danos

Bradicinesia Lentidatildeo de respostas fiacutesicas e psiacutequicas

Mobilidade fiacutesica prejudica

Limitaccedilatildeo no movimento fiacutesico independente e voluntaacuterio do corpo ou de uma ou mais extremidades

Problemas Natildeo-

motores

Demecircncia Enfraquecimento das faculdades intelectuais diante de lesotildees no ceacuterebro

Ansiedade

Vago e incocircmodo sentimento de desconforto ou temor acompanhado por resposta autonocircmica (a fonte eacute frequentemente natildeo especiacutefica ou desconhecida para o indiviacuteduo) sentimento de apreensatildeo causada pela antecipaccedilatildeo de perigo Eacute um sinal de alerta que chama a atenccedilatildeo para um perigo iminente e permite ao indiviacuteduo tomar medidas para lidar com a ameaccedila

59

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continuaccedilatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Alzheimer

Deacuteficit no autocuidado Capacidade prejudicada de realizar ou completar as atividades de banho por si mesmo

Mobilidade fiacutesica prejudicada Limites para movimentar-se seja com movimento voluntaacuterios ou involuntaacuterios

Insuficiecircncia na capaci-dade do a-dulto para melhorar

Depressatildeo Deterioraccedilatildeo funcional progressiva de natureza fiacutesica e cognitiva A capacidade do indiviacuteduo de viver com doenccedilas multissistecircmicas enfrentar os problemas decorrentes e controlar o seu cuidado estaacute notavelmente diminuiacuteda

Decliacutenio da memoacuteria

Distuacuterbio de sono Dificuldade para dormir em periacuteodos prolongados

Confusatildeo crocircnica

Deterioraccedilatildeo irreversiacutevel das faculdades mentais de forma prolongada O indiviacuteduo passa a natildeo perceber os fatores externos que podem indicar algo tal como perigo atenccedilatildeo moral e tantos outros Apresenta distuacuterbios na memoacuteria passando a natildeo mais reconhecer e nem lembrar de coisas e pessoas

Diabetes Mellitus

Autocontrole ineficaz

da sauacutede

Natildeo consegue se controlar e agir conforme necessidade para ter uma sauacutede plena e satisfatoacuteria ou seja natildeo consegue cuidar de si

Perfusatildeo tissular perifeacuterica ineficaz

Reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo sanguiacutenea para a periferia capaz de comprometer a sauacutede

Risco de Infecccedilatildeo

Risco de ter em seu organismo elementos estranhos e que possam danificar a sua sauacutede

Risco de olho seco

Risco de desconforto ocular ou dano agrave coacuternea e agrave conjuntiva devido agrave quantidade reduzida ou agrave qualidade das laacutegrimas para hidratar o olho

Risco de glicemia instaacutevel Natildeo possui uma estabilidade padratildeo em seu niacutevel glicecircmico devido agrave quantidade de glicose no sangue

Infecccedilotildees do trato

urinaacuterio

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Eliminaccedilatildeo urinaacuteria prejudicada Disfunccedilatildeo na eliminaccedilatildeo da urina

Risco de siacutendrome do desuso Devido agrave falta de uso de algum membro do corpo corre-se o risco desse membro atrofiar-se

Risco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircncia

Risco de perda involuntaacuteria de urina que ocorre imediatamente apoacutes uma forte sensaccedilatildeo de urgecircncia para urinar

Conforto prejudicado Percebe-se que inexiste a sensaccedilatildeo de conforto nas dimensotildees do ser humano

Osteoporose

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Risco de constipaccedilatildeo Possibilidade de diminuiccedilatildeo na frequecircncia normal de evacuaccedilatildeo paralela a uma dificuldade de eliminaccedilatildeo das fezes

60

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (conclusatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Osteoporose

Risco para quedas Estado em que o indiviacuteduo tem uma suscetibilidade para quedas aumentada

Mobilidade fiacutesica prejudicada Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute prestes a apresentar limitaccedilotildees dos movimentos fiacutesicos poreacutem ainda natildeo se encontra imoacutevel

Andar prejudicado Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute em risco de apresentar limitaccedilatildeo para andar

Fonte Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA (2013) Santos e outros (2017) Mattos e outros (2011) (Adaptado pela autora)

Saber utilizar os Diagnoacutesticos de Enfermagem corretamente e que satildeo padronizados

eacute bastante eficaz aceito e exigido para evitar que o profissional de enfermagem crie

mecanismos subjetivos de cuidados pois se assim ocorresse haveria um caos na

enfermagem com cada profissional atuando conforme melhor lhe for apresentado

(SOUZA ALVES PASSOS 2010)

A utilizaccedilatildeo do Diagnoacutestico de Enfermagem padronizado eacute um instrumento necessaacuterio

para evitar que os profissionais de enfermagem fragmentem os cuidados e os dilemas

dos pacientes deixando de observaacute-los como um todo e na grande maioria dos casos

prescrevendo cuidados que natildeo possuem nenhuma relaccedilatildeo com os problemas

relatados Dessa forma pode-se observar o Diagnoacutestico de Enfermagem como uma

ferramenta de trabalho altamente eficaz em seu uso cotidiano pois fornece ao

profissional de enfermagem um planejamento pautado no histoacuterico de atuaccedilatildeo pois

uma vez que os problemas sejam conhecidos mapeados e anotados torna-se mais

eficaz e otimizado o processo do cuidado em toda a sua plenitude Por essa oacutetica

constata-se como eacute importante o Diagnoacutestico de Enfermagem para o sujeito idoso

pois consegue construir todo um conjunto de atuaccedilatildeo para o cuidado sempre visando

o bem-estar do idoso (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso

Depois de ter feito o diagnoacutestico de enfermagem do sujeito idoso e de ter descoberto

as suas comorbidades o profissional de enfermagem precisa entatildeo fazer as devidas

intervenccedilotildees Tais intervenccedilotildees satildeo tratadas como prescriccedilotildees de enfermagem e

possuem um campo de atuaccedilatildeo mapeado para natildeo sobrepor ao trabalho do meacutedico

(FAEDA PERROCA 2017)

61

Ainda de acordo com a resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de Enfermagem

(COFEN) o Art 4ordm assim determina

Ao enfermeiro [] incumbe a lideranccedila na execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do Processo de Enfermagem de modo a alcanccedilar os resultados de enfermagem esperados cabendo-lhe privativamente o diagnoacutestico de enfermagem acerca das respostas da pessoa famiacutelia ou coletividade humana em um dado momento do processo sauacutede e doenccedila bem como a prescriccedilatildeo das accedilotildees ou intervenccedilotildees de enfermagem a serem realizadas face a essas respostas (BRASIL 2009 p 03)

Ou seja o profissional de enfermagem tem ampla prerrogativa para desenvolver a

Prescriccedilatildeo de Enfermagem baseado nos protocolos e nos estudos que desenvolveu

na Universidade Dentre os vaacuterios diagnoacutesticos possiacuteveis para o sujeito idoso em

diversas situaccedilotildees iremos nos concentrar em somente aqueles que aqui foram

discutidos Faz-se necessaacuterio observar que a Prescriccedilatildeo de Enfermagem eacute uma

ferramenta de uso dinacircmico Entende-se de uso dinacircmico a ideia de que o profissional

de enfermagem natildeo pode descuidar do seu paciente tendo a necessidade de sempre

observaacute-lo e atualizar o que surgir de novo para que possa estar sempre atualizando

o estado de sauacutede do cliente (FAEDA PERROCA 2017)

Abaixo no Quadro 10 tem-se a Prescriccedilatildeo de Enfermagem para as doenccedilas que

foram discutidas neste trabalho Vale ressaltar que existem diversas doenccedilas que

acometem o sujeito idoso mas vamos nos ater apenas nas principais que foram

tratadas uma vez que satildeo o objeto limitador de estudo deste trabalho (MOROZ

KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (continua)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

Mudanccedila no estilo de vida dos pacientes idosos Eliminaccedilatildeo do uso do sal Controle do peso Controle da ansiedade Praacutetica diaacuteria de atividades fiacutesicas Uso adequado dos medicamentos Abstinecircncia ao fumo e ao aacutelcool

Mal de Parkinson

Programa de exerciacutecios diaacuterios para aumentar a forccedila muscular o que iraacute melhorar a coordenaccedilatildeo e a destreza reduzindo a rigidez muscular Encorajar ensinar e incentivar o cliente durante os exerciacutecios da vida diaacuteria para promover o autocuidado Encorajar o paciente a seguir um padratildeo de horaacuterio regular aumentando a consciecircncia para a ingestatildeo de liacutequidos e a ingestatildeo de alimentos com um conteuacutedo de fibra moderado Monitorar o peso semanalmente indicando se a absorccedilatildeo caloacuterica eacute adequada Desenvolver meacutetodo de comunicaccedilatildeo para satisfazer as necessidades do paciente encorajar o paciente a participar de programas sociais para evitar a depressatildeo

62

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (conclusatildeo)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Alzheimer Orientar a higiene corporal e higiene oral Medidas de prevenccedilatildeo de lesatildeo por pressatildeo Mudanccedila de decuacutebito Administraccedilatildeo de medicaccedilatildeo ansioliacutetica conforme prescriccedilatildeo meacutedica Proporcionar alimentaccedilatildeo saudaacutevel (frutas e legumes) em poucas quantidades vaacuterias vezes ao dia Ajudar no autocuidado Incentivar o autocuidado a comunicaccedilatildeo verbal a cogniccedilatildeo e a memoacuteria atraveacutes de jogos leituras e atividades luacutedicas Auxiliar a famiacutelia no entendimento e no enfrentamento da patologia

Diabetes Mellitus

Fornecer informaccedilotildees ao paciente Desenvolver um plano de ensino para o paciente Avaliar as estrateacutegias de enfrentamento para o paciente e tranquiliza-lo Determinar os meacutetodos de ensino para o paciente Avaliar as habilidades e comportamentos de autocuidado dos pacientes Monitorar pacientes experientes ateacute que eles natildeo cometam erros no autocuidado Instruir pacientes e familiares a reconhecer os sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia

Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

Orientar ao paciente da necessidade do uso adequado do medicamento dos horaacuterios da quantidade e das vias de administraccedilatildeo Orientar os idosos e familiares quanto aos resultados da medicaccedilatildeo Manter o registro da frequecircncia da incontinecircncia urinaacuteria registrar mudanccedilas da pressatildeo arterial do estado mental e das habilidades funcionais Realizar as medidas terapecircuticas Realiza treinamento da bexiga

Osteoporose

Deixar o paciente e o membro afetado em repouso Imobilizar o local da fratura para evitar movimentos Repousar o paciente em uma cama ortopeacutedica Deixar o local da fratura em posiccedilatildeo elevada Aplicar as medicaccedilotildees que foram receitadas Documentar todos os relatos de dores deixando claro onde ocorre e as caracteriacutesticas Incentivar o paciente a discutir os problemas relacionados agrave lesatildeo Medicar antes das atividades de cuidado Revisar a patologia fazendo prognoacutesticos e expectativas futuras Discutir o regime medicamentoso individual de forma apropriada Encorajar exerciacutecios brandos Monitorar a ingestatildeo de alimentos Auxiliar lentamente a pessoa a sentar Aumentar a motilidade dos membros Reduzir ou eliminar os fatores que aumentam a experiecircncia dolorosa

Fonte Florecircncio e outros (2012) Mattos e outros (2011 p 443) Menezes e outros (2013 p04) Tosin e outros (2016) Santos e outros (2017) (Adaptado pela autora)

Agir de acordo com as prescriccedilotildees de enfermagem que aqui foram desenvolvidas

proporciona ao sujeito idoso uma melhoria em sua qualidade de vida e dessa forma

consegue viver a terceira idade com plena satisfaccedilatildeo e alegria sem perder de vista a

extrema necessidade de cuidados constantes que a condiccedilatildeo de sujeito idoso lhe

obriga (LIRA et al 2013)

Conclui-se do que foi apresentado no quadro 10 que o profissional de enfermagem

deteacutem uma importante funccedilatildeo em sua aacuterea de atuaccedilatildeo e que precisa estar sempre

estudando se atualizando das novidades meacutedicas para poder oferecer um bom

cuidado ao seu cliente idoso seja no ambiente hospitalar seja no ambiente de abrigo

de idosos ou no proacuteprio lar do idoso (FAEDA PERROCA 2017)

Diante de todo o estudo realizado acerca do sujeito idoso e da relaccedilatildeo do profissional

de enfermagem com o seu paciente idoso conseguimos ter alguns resultados

63

satisfatoacuterios que a seguir seratildeo apresentados sem a necessidade de estarem em

ordem de prioridade ou seja todos satildeo importantes

64

65

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Envelhecer eacute um verbo que a todos afeta independentemente de sexo raccedila cor etc

Haacute no entanto duas formas de se envelhecer com sauacutede e sem sauacutede Mesmo

diante dessas duas formas de envelhecimento envelhecer com qualidade eacute precioso

para o indiviacuteduo pois dessa forma consegue se aceitar como velho consegue

suportar as doenccedilas que satildeo proacuteprias da terceira idade Consegue ver vantagem em

ser velho

Para se envelhecer com qualidade necessaacuterio eacute que o sujeito tenha uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel que se abstenha de viacutecios que satildeo danosos ao organismo que consiga ter

equiliacutebrio em sua vida pessoal psicoloacutegica iacutentima e em tantos outros campos ou seja

que tenha harmonia em tudo O apoio familiar torna-se primoroso nessa etapa da vida

Ter ao lado quando se estaacute fragilizado devido a velhice pessoas que ama que confia

e por quem eacute amado eacute uma forma de envelhecer com bastante qualidade

O profissional de enfermagem tem um papel fundamental junto a pessoas idosas pois

em muitos casos torna-se seu cuidador principal quando a famiacutelia natildeo pode cuidar

de seu idoso por motivos diversos ou quando o idoso se encontra sozinho sem

famiacutelia e sem amigos Por isso importante ter preparo com pessoas idosas entender

bem o processo de envelhecimento estar sempre atualizado diante das doenccedilas que

atingem os sujeitos idosos

Eacute um trabalho que demanda muito amor por parte do profissional e que por isso natildeo

basta apenas o entender racional de todos os procedimentos precisa ter sentimentos

proacutesperos de ajuda ao proacuteximo e seguir os princiacutepios norteadores de Wanda de

Aguiar Horta para quem a enfermagem foi o maior bem de sua vida pois cuidava de

seus pacientes como se fossem seus filhos

Considerando a taxa de envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira vale destacar

tambeacutem a abertura de mercado gerontoloacutegico para o profissional de enfermagem

Percebemos que com a taxa de envelhecimento da sociedade brasileira acelerada

a demanda por profissionais de enfermagem iraacute aumentar consideravelmente tendo

em vista a necessidade desse profissional para a praacutetica do cuidado com o sujeito

idoso

66

Discussotildees mais aprofundadas em torno do sujeito idoso precisam ser realizadas nas

academias com o intuito de formar profissionais competentes e com entendimento

desse setor pois conforme foi falado eacute um capo em franco crescimento devido ao

envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira Quanto mais capacitado for o profissional

melhor colocaccedilatildeo obteraacute no mercado de trabalho e melhores cuidados conseguiraacute

dispor em favor do paciente idoso

67

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ACIOLE Giovanni Gurgel BATISTA Lucia Helena Promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de incapacidades funcionais dos idosos na estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia a contribuiccedilatildeo da fisioterapia Sauacutede debate Rio de Janeiro v 37 n 96 p 10-19 mar 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-11042013000100003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON O que eacute Parkinson Disponiacutevel em lt

httpwwwparkinsonorgbrgt Acesso em 04 de junho de 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER O que eacute o Alzheimer Disponiacutevel em lt httpwwwabrazorgbrindexphppage=alzheimergt Acesso em 04 de junho de 2018 BAPTISTA Rafael Reimann VAZ Marco Aureacutelio Arquitetura muscular e o envelhecimento adaptaccedilatildeo funcional e aspectos cliacutenicos revisatildeo de literatura Fisioterapia e Pesquisa Satildeo Paulo v16 n4 p368-73 outdez 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdffpv16n415pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 BRASIL Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Osteoporose Boletim Sauacutede e Economia Ano I ndash Ediccedilatildeo nordm 1 agosto de 2009 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt

httpportalanvisagovbrdocuments33884412285Boletim+SaC3BAde+e+Economia+nC2BA+17d49dea4-6610-4a71-9154-c4df75c3dd53gt Acesso em 25 de maio de 2018 BRASIL Cacircmara dos Deputados Estatuto do Idoso Ministeacuterio da Sauacutede - 3 ed 2 reimpr - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2013 70 p ______ Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos Guia de Vigilacircncia em Sauacutede volume uacutenico [recurso eletrocircnico] Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos 2ordf Ed Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2017 705 p Disponiacutevel em lthttpportalarquivos2saudegovbrimagesPDF2017outubro16Volume-Unico-2017pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 ______ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica A Siacutentese dos Indicadores Sociais Uma Anaacutelise das Condiccedilotildees de Vida da Populaccedilatildeo Brasileira - 2016 Disponiacutevel em lthttpswwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimossinteseindicsociais2016defaultshtmgt Acesso em 06 de abril de 2018 ______ Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo nordm 358 do Conselho Federal de Enfermagem 15 de outubro de 2009 (BR) 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384htmlgt Acesso em 27 de abril de 2018

68

BUSNELLO Roberta et al Niacutevel de conhecimento de idosos sobre diabetes mellitus e sua percepccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave qualidade de vida Rev Kairoacutes Gerontologia 201215(3)81-94 Disponiacutevel em lthttpsrevistaspucspbrindexphpkairosarticleviewFile784011432gt Acesso em 23 de abril de 2018 CAMARGOS Mirela Castro Santos BOMFIM Wanderson Costa Osteoporose e Expectativa de Vida Saudaacutevel estimativas para o Brasil em 2008 Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 25 n 1 p 106-112 mar 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2017000100106amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de maio de 2018 CLARES Jorge Wilker Bezerra FREITAS Maria Ceacutelia de PAULINO Monnyck Hellen Couto Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem ao idoso institucionalizado fundamentada em Virginia Henderson Rev Rene (Online) 14(3) 649-658 maio ndash junho de 2013 Disponiacutevel em lt httppesquisabvsaludorgenfermagemresourceptbde-24492gt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 CORDEIRO Juliana et al Efeitos da atividade fiacutesica na memoacuteria declarativa capacidade funcional e qualidade de vida em idosos Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 3 p 541-552 Sept 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000300541amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA [recurso eletrocircnico] definiccedilotildees e classificaccedilatildeo 2012-2014 [NANDA International] traduccedilatildeo Regina Machado Garcez revisatildeo teacutecnica Alba Lucia Bottura Leite de Barros [et al] ndash Dados eletrocircnicos ndash Porto Alegre Artmed 2013 Centro Avanccedilado de Medicina Preventiva ENVELHECIMENTO - Sob o ponto de vista esteacutetico e meacutedico 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwcamepcombrenvelhecimentogt Acesso em 23 maio 2018 ENFERMEIRO aprendiz As Orientaccedilotildees de Enfermagem em Osteoporose 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwenfermeiroaprendizcombras-orientacoes-de-enfermagem-em-osteoporosegt Acesso em 25 maio 2018 ESQUENAZI Danuza SILVA R Boiccedila da GUIMARAtildeES Marco Antocircnio (2014) Aspectos fisiopatoloacutegicos do envelhecimento humano e quedas em idosos Rev Hosp Univ Pedro Ernesto 13(2)11-20 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg1012957rhupe201410124gt Acesso em 04 de junho de 2018 FAEDA Mariacutelia Silveira PERROCA Maacutercia Galan Conformidade na prescriccedilatildeo de enfermagem agraves necessidades de cuidados concepccedilatildeo de enfermeiros Rev Bras Enferm Brasiacutelia v 70 n 2 p 400-406 Apr 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672017000200400amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 May 2018

69

FILHO Mario Alves de Siqueira Envelhecimento e muacutesculo esqueleacutetico forccedila muscular atividade proteassomal e sinalizaccedilatildeo relacionada ao balanccedilo proteacuteico 2012 68 p Tese apresentada ao programa de poacutes-graduaccedilatildeo em fisiologia humana (Doutor em ciecircncias) - Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis4242137tde-12062013-102648enphpgt Acesso em 10 abr 2018 FONSECA Emiacutelio Prado da et al Mortalidade por cacircncer bucal e orofaringe no Brasil entre 2002 e 2011 Revista da Faculdade de Ciecircncias Gerenciais de Manhuaccedilu Manhuaccedilu MG v 11 n 2 p 08-17 Agosto-Dezembro 2014 Disponiacutevel em lthttppensaracademicofacigedubrindexphppensaracademicoarticleview216gt Acesso em 04 de junho de 2018 FLOREcircNCIO Raquel Sampaio et al Adesatildeo ao idoso ao tratamento para hipertensatildeo arterial e intervenccedilotildees de enfermagem Rev Rene 2012 13(2) 343-53 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicosufcbrrenearticleviewFile39243114gt Acesso em 22 de abril de 2018 GARCIA Telma Ribeiro Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem aspecto substantivo da praacutetica profissional Esc Anna Nery Rio de Janeiro 2016 20(1) 5-10 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeanv20n11414-8145-ean-20-01-0005pdfgt Acesso em 27 de abril de 2018 GUERRA Ana Carolina Lima Cavaletti CALDAS Ceacutelia Pereira Dificuldades e recompensas no processo de envelhecimento a percepccedilatildeo do sujeito idoso Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2931-2940 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600031amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 GONCALVES Lucia Hisako Takase ALVAREZ Angela Maria ARRUDA Micheli Coral Pacientes portadores da doenccedila de Parkinson significado de suas vivecircncias Acta paul enferm Satildeo Paulo v 20 n 1 p 62-68 Marccedilo 2007 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002007000100011amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 GONCALVES Endy-Ara Gouvea CARMO Joatildeo dos Santos Diagnoacutestico da doenccedila de Alzheimer na populaccedilatildeo brasileira um levantamento bibliograacutefico Rev Psicol Sauacutede Campo Grande v 4 n 2 p 170-176 dez 2012 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S2177-093X2012000200010amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 JARDIM Luciana Muniz Sanches Siqueira Veiga et al Tratamento Multiprofissional da Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica em Pacientes Muito Idosos Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 108 n 1 p 53-59 Jan 2017 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0066-782X2017000100053amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 JUSTO Joseacute Sterza ROZENDO Adriano da Silva A velhice no Estatuto do Idoso Estud pesqui psicol Rio de Janeiro v 10 n 2 p 471-489 ago 2010

70

Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1808-42812010000200012amplng=ptampnrm=isogt acessos em 22 abr 2018 KOKUDAI Laiacutes Aparecida ALVARENGA Maacutercia Regina Martins Classificaccedilatildeo das necessidades de sauacutede de idosos de acordo com a taxonomia NANDA 2010 Rev Anais do Eniac 6 p Disponiacutevel em lthttpsanaisonlineuemsbrindexphpenicarticleview13241337gt Acesso em 30 de abril de 2018 KUWAE Christiane Ayumi et al Concepccedilotildees de alimentaccedilatildeo saudaacutevel entre idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ normas nutricionais normas do corpo e normas do cotidiano Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 18 n 3 p 621-630 Sept 2015 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232015000300621amplng=enampnrm=isogt Acesso em 20 de maio de 2018 LEAO E SILVA Leonardo Oliveira et al Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica Representaccedilotildees Sociais de idosos sobre a doenccedila e seu tratamento Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 21 n 2 p 121-128 June 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2013000200004amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 de maio de 2018 LIMA Deborah Mendonccedila et al A hipovitaminose B12 eacute fator de risco para desenvolvimento de osteoporose Anais do Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - 1 ed - Satildeo Paulo AC Farmacecircutica 2014 Disponiacutevel em lthttpssbggorgbrwp-contentuploads2014101479477498_Anais_CBGG_-_Verso_finalpdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 LIRA Luana Nogueira et al Histoacuterico de enfermagem para idosos hospitalizados base para diagnoacutesticos e prescriccedilotildees Rev enferm UFPE on line Recife 7(8) 5198-206 ago 2013 Disponiacutevel em lthttpsperiodicosufpebrrevistasrevistaenfermagemarticleviewFile1179314165gt Acesso em 22 de maio de 2018 MANCINI Marisa Cotta SAMPAIO Rosana Ferreira Quando o objeto de estudo eacute a literatura estudos de revisatildeo Rev bras fisioter Satildeo Carlos v 10 n 4 Dec 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-35552006000400001amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 MARQUES Luiz Paulo Joseacute MOREIRA Rosa Maria Portella SANTOS Omar da Rosa Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio nos idosos Satildeo Paulo Editora Sarvier 2010 p 150 ndash 154 Disponiacutevel em lthttpswwwresearchgatenetpublication283487098_INFECCAO_DO_TRATO_URINARIO_NOS_IDOSOSgt Acesso em 30 de abril de 2018 MATTOS Carine Magalhatildees Zanchi de et al Processo de enfermagem aplicado a idosos com alzheimer que participam do projeto estrateacutegias de reabilitaccedilatildeo Estud Interdiscipl Envelhec Porto Alegre v16 ediccedilatildeo especial p 433-447 2011 Disponiacutevel em

71

lthttpseerufrgsbrindexphpRevEnvelhecerarticleview1792116307gt Acesso em 22 de maio de 2018 MACIEL Marcos Gonccedilalves Atividade fiacutesica e funcionalidade do idoso Motriz rev educ fis (Online) Rio Claro v 16 n 4 p 1024-1032 Dec 2010 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1980-65742010000400023amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de junho de 2018 MENEZES Luiza Tereza Gadelha de et al ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA In Congresso Nacional de Envelhecimento Humano 2016 Natal - RN ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA [Sl sn] 2016 p 1-6 Disponiacutevel em lthttpwwweditorarealizecombrrevistascnehtrabalhosTRABALHO_EV054_MD4_SA4_ID558_17082016145144pdfgt Acesso em 22 maio 2018 MORAIS Olga Nazareacute Pantoja de Grupos de idosos atuaccedilatildeo da psicogerontologia no enfoque preventivo Psicol cienc prof Brasiacutelia v 29 n 4 p 846-855 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-98932009000400014amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 06 abr 2018 MOTA Leandro Silva SOUSA Elton Geraldo de AZEVEDO Francisco Honeidy Carvalho Intercorrecircncias da osteoporose na qualidade de vida dos idosos Revista Interdisciplinar NOVAFAPI Teresina v5 n2 p44-49 Abr-Mai-Jun 2012 Disponiacutevel em lthttpsrevistainterdisciplinaruninovafapiedubrrevistainterdisciplinarv5n2revrev1v5n2pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 MOROZ Maisa Bastos KLUTHCOVSKY Ana Claudia Garabeli Cavalli SCHAFRANSKI Marcelo Derbli Controle de pressatildeo arterial em idosas hipertensas em uma Unidade de Sauacutede da Famiacutelia e fatores associados Cad Sauacutede Colet 2016 Rio de Janeiro 24 (1) 111-117 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcadscv24n11414-462X-cadsc-24-1-111pdfgt Acesso em 23 de abril de 2018 PEREIRA Erico Felden TEIXEIRA Clarissa Stefani ETCHEPARE Luciane Sanchotene O envelhecimento e o sistema muacutesculo esqueleacutetico Revista Digital n 101 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwefdeportescomefd101envelhhtmgt Acesso em 04 de junho de 2018 PETERNELLA Fabiana Magalhatildees Navarro MARCON Sonia Silva Descobrindo a Doenccedila de Parkinson impacto para o parkinsoniano e seu familiar Rev bras enferm Brasiacutelia v 62 n 1 p 25-31 Feb 2009 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672009000100004amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 REIS Luciana Arauacutejo dos TRAD Leny Alves Bonfim Suporte familiar ao idoso com comprometimento da funcionalidade a perspectiva da famiacutelia Psicol teor prat Satildeo Paulo v 17 n 3 p 28-41 dez 2015 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1516-

72

36872015000300003amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 RIBEIRO Aline Lima VEIGA Caroline Lagrotta da Associaccedilatildeo entre a capacidade cognitiva e a ocorrecircncia de quedas em idosos de juiz de fora Minas Gerais Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Federal de Juiz de Fora 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwufjfbrfacfisiofiles201307TCC-Aline-Carolinepdfgt Acesso em 10 de abril de 2008 RORIZ-FILHO Jarbas et al Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio Medicina (Ribeiratildeo Preto) 201043(2) 118-25 Disponiacutevel emlthttpwwwrevistasuspbrrmrparticleview166167gt Acesso em 04 de junho de 2018 RUIVO Susana et al Efeito do envelhecimento cronoloacutegico na funccedilatildeo pulmonar Comparaccedilatildeo da funccedilatildeo respiratoacuteria entre adultos e idosos saudaacuteveis Rev Port Pneumol Lisboa v 15 n 4 p 629-653 ago 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielomecptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0873-21592009000400005amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 07 abril de 2018 SANTOS Beatriz Aparecida dos et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem (SAE) no atendimento domiciliar ao paciente portador de osteoporose Revista Sauacutede em Foco ndashEdiccedilatildeo nordm 9 ndash Ano 2017 Disponiacutevel em lthttpunifiaedubrrevista_eletronicarevistassaude_focoartigosano2017072_sistematizacao_ass_enfermagem_saepdf gt Acesso em 25 de maio de 2018 SANCHES Ana Paula R Amadio LEBRAO Maria Luacutecia DUARTE Yeda Aparecida de Oliveira Violecircncia contra idosos uma questatildeo nova Saude soc Satildeo Paulo v 17 n 3 p 90-100 Sept 2008 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-12902008000300010amplng=enampnrm=isogt access on 22 Apr 2018 SENA Edite Lago da Silva et al Tecnologia cuidativa de ajuda muacutetua grupal para pessoas com Parkinson e suas famiacutelias Texto contexto - enferm Florianoacutepolis v 19 n 1 p 93-103 mar 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000100011amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 SERENIKI Adriana VITAL Maria Aparecida Barbato Frazatildeo A doenccedila de Alzheimer aspectos fisiopatoloacutegicos e farmacoloacutegicos Rev psiquiatr Rio Gd Sul Porto Alegre v 30 n 1 supl 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0101-81082008000200002amplng=enampnrm=isogt Acesso em 23 de abril de 2018 SILVA Bruna Rodrigues da FINOCCHIO Ana Luacutecia A velhice como marca da atualidade uma visatildeo psicanaliacutetica Viacutenculo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 23-30 dez 2011 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-24902011000200004amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018

73

SILVA Elisama Gomes Correia et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacutetica Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 45 n 6 p 1380-1386 Dec 2011 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000600015amplng=enampnrm=isogt access on 22 May 2018 SOUZA Rosangela Ferreira de SKUBS Thais BRETAS Ana Cristina Passarella Envelhecimento e famiacutelia uma nova perspectiva para o cuidado de enfermagem Rev bras enferm Brasiacutelia v 60 n 3 p 263-267 June 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672007000300003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de maio de 2018 SOUZA Emannuely Silva de ALVES Thalita Isapaula Feacutelix PASSOS Ana Beatriz Barbosa Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem a um Idoso com Parkinson em uma Instituiccedilatildeo de Apoio do Municiacutepio de Ipatinga Revista Enfermagem Integrada ndash Ipatinga Unileste-MG - V3 - N2 - NovDez 2010 Disponiacutevel em lt httpswwwunilestemgbrenfermagemintegradaartigoV3_209-sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem-a-um-idoso-com-parkinsonpdf gt Acesso em 02 de maio de 2018 TAGLIARINI Mariana Hidroginaacutestica na terceira Idade Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndashUNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2008 Lins 2008 62p il 31cm Disponiacutevel em lthttpwwwunisalesianoedubrbibliotecamonografias46264pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 TAYLOR Carol et al Fundamentos de enfermagem a arte e a ciecircncia do cuidado de enfermagem 7 ed Porto Alegre Artmed 2014 1768 p TEIXEIRA Ilka Niceacuteia DAquino Oliveira GUARIENTO Maria Elena Biologia do envelhecimento teorias mecanismos e perspectivas Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2845-2857 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600022amplng=enampnrm=isogt Acessado em 06 de abril de 2018 TOSIN Michelle Hyczy de Siqueira et al Intervenccedilotildees de Enfermagem para a reabilitaccedilatildeo na doenccedila de Parkinson mapeamento cruzado de termos Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 24 e2728 2016 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692016000100360amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 VARGAS Liane da Silva de LARA Marcus Viniacutecius Soares de MELLO-CARPES Pacircmela Billig Influecircncia da diabetes e a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico e atividades cognitivas e recreativas sobre a funccedilatildeo cognitiva e emotividade em grupos de terceira idade Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 4 p 867-878 dez 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000400867amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 23 abr 2018

74

VERAS Renato Peixoto Prevenccedilatildeo de doenccedilas em idosos os equiacutevocos dos atuais modelos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28 n 10 p 1834-1840 Oct 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-311X2012001000003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 VETTORE Marcelo Vianna et al Avaliaccedilatildeo do manejo da infecccedilatildeo urinaacuteria no preacute-natal em gestantes do Sistema Uacutenico de Sauacutede no municiacutepio do Rio de Janeiro Rev bras epidemiol Satildeo Paulo v 16 n 2 p 338-351 jun 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-790X2013000200338amplng=ptampnrm=isogt acessos em 30 abr 2018

Page 10: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade27

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens28

Quadro 2 - Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso29

Quadro 3 - Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento34

Quadro 4 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento36

Quadro 5 - Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos40

Quadro 6 - Alimentos recomendados para idosos41

Quadro 7 - Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso49

Quadro 8 - Etapas do processo de enfermagem54

Quadro 9 - Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem56

Quadro 10 - Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE)59

LISTA DE SIGLAS

COFEN ndash Conselho Federal de Enfermagem

OMS ndash Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede

SAE ndash Sistema de Assistecircncia de Enfermagem

SCIELO ndash Scientific Electronic Library Online

BVS - Biblioteca Virtual em Sauacutede

DeCS - Descritores em Ciecircncia da Sauacutede

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

SNC - Sistema Nervoso Central

SUS - Sistema Puacuteblico de Sauacutede

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

AVC - Acidente Vascular Cerebral

ITU - Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

CE - Comitecirc de Eacutetica

PE - Processo de Enfermagem

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO25

11 OBJETIVOS26

111 Objetivo geral26

112 Objetivos especiacuteficos26

12 JUSTIFICATIVA26

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO27

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO

IDOSA NO BRASIL27

22 ESTATUTO DO IDOSO29

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO30

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO

ENVELHECIMENTO31

241 Mecanismos do envelhecimento32

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio35

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco35

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico36

2414 Envelhecimento do sistema nervoso38

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO38

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso39

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso40

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE42

261 Mal de Parkinson42

262 Doenccedila de Alzheimer45

263 Diabetes Mellitus46

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica47

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio48

266 Osteoporose49

3 METODOLOGIA53

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO55

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO55

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) 55

412 Processo de Enfermagem56

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos57

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS65

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS67

25

1 INTRODUCcedilAtildeO

O aumento da populaccedilatildeo idosa tem preocupado todas as autoridades devido ao

aumento do gasto previdenciaacuterio o que se torna um problema de enormes

proporccedilotildees tendo em vista o fato de o governo ter que disponibilizar a cada ano mais

verba para este segmento populacional que jaacute passa dos 15 milhotildees de brasileiros

Tais problemas colocados pela miacutedia amplifica o preconceito com o sujeito idoso e

com isso o medo de envelhecer fica latente a cada dia em que o sujeito chega agrave

terceira idade pois vislumbra-se um futuro sombrio no qual o preconceito conforme

falado seraacute enorme poliacuteticas de ajuda piacutefias verbas escassas e em muitos casos

falta de apoio familiar (GUERRA CALDAS 2010)

Um dos motivos que estatildeo proporcionando o aumento de idosos no Brasil eacute a melhoria

de diversos indicadores E como o aumento da populaccedilatildeo idosa acarreta seacuterios

problemas para a economia de um paiacutes torna-se importante desenvolver poliacuteticas que

podem auxiliar o idoso a envelhecer melhor com qualidade controlando as doenccedilas

caracteriacutesticas da terceira idade funcional e contribuindo com o Estado para que

este natildeo venha a entrar em colapso (VERAS 2012)

Estudos cientiacuteficos tecircm comprovado que exerciacutecios fiacutesicos combinados a uma boa

alimentaccedilatildeo e ateacute mesmo remeacutedios fitoteraacutepicos contribuem para uma melhoria

consideraacutevel para a sauacutede fiacutesica e mental dos idosos o que eacute algo bastante

interessante tendo em vista que a maioria dos acidentes com pessoas idosas ocorrem

quando o sujeito idoso sem forccedila muscular se machuca em pequenas atividades

dentro de casa ou quando sua sauacutede mental natildeo proporciona um envelhecimento

confortaacutevel ou quando as doenccedilas crocircnicas caracteriacutesticas da terceira idade se

apresentam intensamente (ACIOLE BATISTA 2013)

Nos dias atuais um carimbo que existe sobre o sujeito idoso eacute o descaso com ele

satildeo colocados agrave margem da sociedade Muitos natildeo possuem mais aptidatildeo para

trabalhos e muitos apresentam problemas de sauacutede que demandam um cuidado

especial muita atenccedilatildeo e com a ldquovida corridardquo quem deveria cuidar do idoso acaba

negligenciando sua funccedilatildeo e por isso vaacuterios idosos acabam indo para instituiccedilotildees de

asilo que muitas vezes natildeo oferecem condiccedilotildees miacutenimas de cuidados (SILVA

FINOCCHIO 2011)

Por outro lado instituiccedilotildees seacuterias de abrigo de idosos possuem profissionais de

26

diversas aacutereas do saber que atuam em conjunto para um cuidado eficaz do sujeito

idoso Dentre esses profissionais que auxiliam no cuidado do idoso uma figura que

se destaca eacute o enfermeiro que desenvolve ldquosuas atividades com os idosos por meio

de um processo de cuidar que contempla os aspectos biopsicossociais e espirituais

vivenciados durante a institucionalizaccedilatildeordquo quando utiliza a Sistematizaccedilatildeo de

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) por intermeacutedio do Processo de Enfermagem (PE)

permitindo ldquouma avaliaccedilatildeo integral do idoso identificando necessidades e padrotildees de

resposta aos problemas de sauacutede para a determinaccedilatildeo de soluccedilotildees apropriadas no

atendimento dessas necessidadesrdquo (CLARES FREITAS PAULINO 2013 p 02)

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

bull Analisar a partir de uma revisatildeo de literatura a Assistecircncia de Enfermagem ao

sujeito idoso

112 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever o processo de envelhecimento

bull Listar as principais doenccedilas que acometem a populaccedilatildeo idosa

bull Identificar as principais estrateacutegias de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem (SAE) para a populaccedilatildeo idosa

12 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista o aumento do nuacutemero de sujeitos idosos no Brasil devido ao aumento

da expectativa de vida e por ser esta autora jaacute atuante como enfermeira na

assistecircncia agraves pessoas idosas natural foi a escolha pelo tema aqui desenvolvido

27

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO IDOSA

NO BRASIL

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) oacutergatildeo do governo responsaacutevel

por coletar informaccedilotildees a respeito da sociedade brasileira para um melhor

entendimento da realidade lanccedilou em 2016 um livro com uma siacutentese de indicadores

sociais e uma anaacutelise das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo brasileira Tal livro

permeado de dados estatiacutesticos foi utilizado para levantar as estatiacutesticas a respeito

da populaccedilatildeo idosa do Brasil e assim seraacute aqui referenciado

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

A evoluccedilatildeo da composiccedilatildeo populacional por grupos de idade aponta para a tendecircncia de envelhecimento demograacutefico que corresponde ao aumento da participaccedilatildeo percentual dos idosos na populaccedilatildeo e a consequente diminuiccedilatildeo dos demais grupos etaacuterios (BRASIL 2016 p 13)

A constataccedilatildeo de que a sociedade brasileira estaacute envelhecendo pode ser confirmada

na Tabela 01 que reforccedila o que jaacute foi citado anteriormente

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade

IDADE (anos) 2005 () 2015 ()

0 ndash 14 265 210 15 - 29 274 236 30 - 59 362 410

Acima de 60 98 143

Fonte Brasil (2016 p 13)

Ainda sobre a Tabela 01 observa-se a evoluccedilatildeo da populaccedilatildeo brasileira entre os anos

de 2005 a 2015 Observa-se pela tabela que a populaccedilatildeo idosa saiu dos 98 em

2005 para 143 em 2015 ou seja em uma deacutecada a populaccedilatildeo idosa cresceu cerca

de 46 Eacute um crescimento enorme Com essa dinacircmica populacional a expectativa

eacute que em 2050 a populaccedilatildeo idosa no Brasil fique ligeiramente abaixo dos 30

conforme eacute ilustrado na Figura 01 Ela tambeacutem apresenta a projeccedilatildeo da evoluccedilatildeo de

pessoas com mais de 60 anos no restante do mundo (BRASIL 2016)

28

Figura 01 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo

Fonte Brasil (2016) (Adaptado pela autora)

O sujeito idoso apresenta diversas dificuldades no seu dia-a-dia e torna-se um desafio

enorme para a sociedade brasileira como um todo em vista da preocupaccedilatildeo que se

deve ter com o sujeito idoso No Quadro 01 algumas caracteriacutesticas pertinentes aos

idosos (BRASIL 2016)

Quadro 01 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens CARACTERIacuteSTICAS QUANTIDADE

Alguma dificuldade permanente para caminhar 330 ()

Vivem em domiciacutelios em aacutereas sem arborizaccedilatildeo 275 ()

Entidade de assistecircncia social privada sem fins lucrativos 8283

Jaacute se sentiram discriminados no serviccedilo sauacutede 84 ()

Niacutevel de ocupaccedilatildeo dos idosos 263 ()

Proporccedilatildeo de idosos ocupados que recebem aposentadoria 538 ()

Ensino fundamental incompleto 655 ()

Sem plano meacutedico ou odontoloacutegico 680 ()

Sintomas de depressatildeo 93 ()

Fonte Brasil (2016)

O Quadro 01 apresenta diversas informaccedilotildees a respeito do sujeito idoso A que mais

chama atenccedilatildeo eacute a quantidade de idosos sem plano de sauacutede ou odontoloacutegico algo

em torno de 68 pois como eacute sabido a sauacutede puacuteblica no Brasil eacute precaacuteria e com

isso o idoso que acaba por depender do sistema puacuteblico natildeo tem um atendimento

eficaz o que pode agravar suas condiccedilotildees fiacutesicas e de sauacutede (BRASIL 2016)

29

22 ESTATUTO DO IDOSO

O estatuto do idoso eacute o nome popular dado a Lei nordm 10741 de 1ordm de outubro de 2003

que veio para regular os direitos das pessoas com mais de sessenta anos assim

consideradas idosas (BRASIL 2013)

O referido documento agrupou leis que jaacute existiam organizando-as em blocos Todos

os direitos a que o idoso tem mas que em diversas ocasiotildees satildeo deliberadamente

usurpados foram bem discutidos nesta lei Seu art 2ordm assim institui

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes agrave pessoa humana sem prejuiacutezo da proteccedilatildeo integral de que trata esta Lei assegurando-se-lhe por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades para preservaccedilatildeo de sua sauacutede fiacutesica e mental e seu aperfeiccediloamento moral intelectual espiritual e social em condiccedilotildees de liberdade e dignidade (BRASIL 2013 p 07)

O idoso possui sempre prioridades devido a uma seacuterie de fatores e acima de tudo

devido agrave sua fragilidade pela idade avanccedilada O estatuto do idoso determina quais

satildeo essas prioridades No Quadro 02 elas satildeo delineadas (BRASIL 2013)

Quadro 02 ndash Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso INCISO PRIORIDADES

I Ter atendimento prioritaacuterio e personalizado junto a oacutergatildeos que prestam serviccedilos de sauacutede agrave populaccedilatildeo

II Ter prioridades diante das poliacuteticas sociais elaboradas para a sauacutede puacuteblica

III Destinaccedilatildeo privilegiada de recursos puacuteblicos para os setores que possuem obrigaccedilotildees de proteccedilatildeo ao idoso

IV Desenvolvimento de poliacuteticas que torne possiacutevel o conviacutevio do idoso com pessoas de outras geraccedilotildees

V Ser cuidado por membros de sua famiacutelia sendo que a acolhida em abrigos de idosos seria em uma uacuteltima situaccedilatildeo

VI Capacitaccedilatildeo dos profissionais que cuidam de idosos para prestar um atendimento de qualidade de atualizado

VII No desenvolvimento de poliacuteticas que possibilitem a divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees educativas a respeito do idoso para o puacuteblico em geral

VIII Garantia de acessibilidade aos serviccedilos de sauacutede e de assistecircncia social do Estado

IX Primazia quando do recebimento da restituiccedilatildeo do Imposto de Renda

Fonte Brasil (2013) (Adaptado pela autora)

Como pode-se observar no Quadro 02 as prioridades a que o idoso tem direito satildeo

vaacuterias poreacutem o que se observa na praacutetica eacute que muitas delas satildeo ignoradas A cultura

de cada paiacutes diz se os seus velhos seratildeo beneficiados com o respeito ou se seratildeo

maltratados No Brasil impera a cultura de descaso com o sujeito da terceira idade e

muitas vezes vaacuterios deles sofrem verdadeiros maus tratos seja fiacutesica seja

psicologicamente (SANCHES LEBRAO 2008)

30

Referida norma nos dizeres de Justo e Rozendo (2010) apresenta natildeo apenas o

instrumento juriacutedico para preservar e garantir a dignidade do idoso mas ldquo[] mas

tambeacutem como uma produccedilatildeo simboacutelica e conceitual que mediante um conjunto de

signos representaccedilotildees imagens e saberes configura o idoso na cultura []rdquo (JUSTO

ROZENDO 2010 p 472)

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO

O ser humano eacute um animal social e por isso desde haacute muito tempo de eacutepocas

remotas eles se organizam dando alguma ideia de famiacutelia conforme entendemos

atualmente No entanto a ideia de famiacutelia muda agrave medida que a histoacuteria evolui e se

antes o sujeito idoso era considerado o ente mais importante de sua famiacutelia devido

aos conhecimentos que adquiriu ao longo de sua jornada nos dias atuais essa

premissa jaacute natildeo eacute tatildeo mais importante e devido a isso observa-se poucos idosos no

seio da famiacutelia com sua consequente diminuiccedilatildeo (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

Quando se pensa em famiacutelia como instituiccedilatildeo social o que precisa ser levado em

consideraccedilatildeo para uma anaacutelise mais ampla a respeito dessa instituiccedilatildeo social satildeo

ldquo[] aspectos como afetividade companheirismo solidariedade sentimentos e accedilotildees

que podem ser encontradas fora dos laccedilos consanguiacuteneosrdquo Ou seja natildeo se eacute famiacutelia

somente aqueles que possuem o mesmo sangue mas existem outros fatores que

demonstram ser um agrupamento de pessoas considerado famiacutelia ldquoEacute uma construccedilatildeo

social influenciada pela cultura e contexto histoacuterico em que foi concebida []rdquo

(SOUZA SKUBS BRETAS 2007 p 264)

A vida do ser humano eacute repleta de fases desde agrave infacircncia ateacute a velhice Em cada fase

existe todo um conjunto cultural que daacute suporte agravequela fase e por isso nas famiacutelias

atuais existe um certo conflito entre membros familiares de geraccedilotildees diferentes pois

convivem muitas vezes em uma mesma residecircncia crianccedilas adolescentes adultos

e velhos e por isso um maior cuidado para que tais diferenccedilas natildeo interfiram na

harmonia do lar (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

E com o sujeito idoso haacute de se ter uma atenccedilatildeo especial devido a todos os fatores

envolvidos em sua mudanccedila de idade e com a chegada da velhice Tais fatores satildeo

os sociais psicoloacutegicos materiais financeiros autonomia etc Dessa forma o idoso

tende a dar mais trabalho pois uma vez que fora independente e natildeo eacute mais uma

31

vez que fora forte e natildeo eacute mais apresenta uma paciecircncia bastante curta Assim os

familiares que em volta dele estatildeo precisam ter bastante amor e carinho para um

excelente cuidado pois eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia assim fazer conforme preceitua a

Constituiccedilatildeo Federal (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

O apoio da famiacutelia para o sujeito idoso eacute de suma importacircncia para que ele possa ter

uma velhice confortaacutevel e saudaacutevel Reis e Trad possuem palavras interessantes a

respeito Vejamos

O suporte familiar contribui de maneira significativa para a manutenccedilatildeo e a integridade fiacutesica e psicoloacutegica do indiviacuteduo Seu efeito eacute tido como beneacutefico no membro da famiacutelia que o recebe na medida em que o suporte eacute percebido como disponiacutevel e satisfatoacuterio [] Dessa forma eacute fundamental para o planejamento assistencial adequado ao idoso a compreensatildeo do contexto familiar o que implica o entendimento das questotildees que envolvem a formaccedilatildeo e a dinacircmica de funcionamento das famiacutelias em geral (REIS TRAD 2015 p 30)

No entanto abrigos repletos de sujeitos idosos demonstram que na grande maioria

dos casos os familiares preferem abandonar os seus velhos aos cuidados de

enfermeiros que nem conhecem se estatildeo capacitados para lidar com as

necessidades Mesmo com o advento do estatuto do idoso ele continua sofrendo

severos preconceitos (REIS TRAD 2015)

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO

No Brasil de hoje tem-se observado um crescimento substancial do nuacutemero de

sujeitos idosos (aqueles com mais de 60 anos de acordo com o estatuto do idoso) e

isso eacute algo bastante preocupante tendo em vista a infraestrutura precaacuteria do sistema

de sauacutede Apenas a tiacutetulo de entendimento de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatiacutestica (IBGE) a quantidade de sujeitos idosos em 2016 era em cerca

de 143 (BRASIL 2016)

Existem basicamente dois motivos pelos quais a quantidade de sujeitos idosos vem

aumentando no Brasil que satildeo a reduccedilatildeo da taxa de natalidade e a reduccedilatildeo da

mortalidade A tecnologia vem ajudando consideravelmente para que esses dois

fatores sejam os reais motivos pelo aumento da taxa de idosos (MORAIS 2009)

A afirmativa anterior eacute reforccedilada pelo IBGE conforme segue ldquoAs mudanccedilas na razatildeo

de dependecircncia estatildeo diretamente associadas agrave diminuiccedilatildeo da fecundidade e ao

32

aumento na longevidade da populaccedilatildeo especialmente na populaccedilatildeo idosardquo (BRASIL

2016 p 17)

Dessa forma o ato de envelhecer passa a ser visto como algo a que todos os

brasileiros passaratildeo um dia pois haacute um aumento na expectativa de vida e assim

entender o processo de envelhecimento e desenvolver mecanismos para um

envelhecimento saudaacutevel torna-se fundamental pois idosos saudaacuteveis significa

grosso modo menos problemas tanto para a famiacutelia quanto para o governo Mas esse

menos problema natildeo eacute dito de forma vulgar pejorativa mas sim de forma racional

pois com um idoso saudaacutevel em uma famiacutelia esta famiacutelia natildeo sofre com o sofrimento

dele (MORAIS 2009)

Os desafios que se apresentam com o aumento da populaccedilatildeo idosa no Brasil estatildeo

intimamente interligados com a integraccedilatildeo e o cuidado social com o sujeito idoso com

a sauacutede com a assistecircncia social com a previdecircncia social com a forma de

envelhecer saudaacutevel etc (BRASIL 2016)

Dessa forma importante entender o mecanismo bioloacutegico do envelhecimento e sua

correlaccedilatildeo com o meio fiacutesico para um cuidado mais personalizado

241 Mecanismos do envelhecimento

Teixeira e Guariento afirmam que o conhecimento acerca do envelhecimento ou dos

motivos que o causam satildeo limitados devido agrave falta de pesquisas experimentais com

seres humanos o que eacute vedado pela eacutetica meacutedica Dessa forma pode-se fazer

apenas experimentos com animais em especial com roedores moscas de frutas e

isso acaba natildeo trazendo um real significado acerca do processo de envelhecimento

(TEIXEIRA GUARIENTO 2010)

Existem vaacuterias teorias a respeito do envelhecimento e por isso aos poucos foram

sendo agrupadas basicamente em dois grupos a saber teorias programadas e

teorias estocaacutesticas A primeira tem sua ideia central ldquonos reloacutegios bioloacutegicos que

regulam o crescimento a maturidade a senescecircncia e a morterdquo Jaacute a segunda baseia-

se na ldquoidentificaccedilatildeo de agravos que induzem aos danos moleculares e celulares

aleatoacuterios e progressivosrdquo (TEIXEIRA GUARIENTO 2010 p 2846)

33

Fato eacute que os efeitos do envelhecimento satildeo visiacuteveis rugas expostas cabelos

brancos peles caiacutedas dificuldades para se locomoverem decliacutenio das forccedilas

diminuiccedilatildeo do equiliacutebrio diversas doenccedilas dificuldade na respiraccedilatildeo Tudo estaacute

conjuntamente interligado em um processo complexo e variado que envolve tanto o

bioloacutegico quanto o psicossocial e que afeta diversos sistemas Na Figura 02 uma

representaccedilatildeo interessante do processo de envelhecimento (RUIVO et al 2009)

Figura 02 ndash Processo de envelhecimento

Fonte Centro avanccedilado de medicina preventiva (2018)

34

No Quadro 03 eacute apresentado os efeitos da velhice de uma forma geral e resumida

Vaacuterios satildeo os efeitos do envelhecimento no sujeito idoso por isso apenas alguns deles

foram relatados a tiacutetulo de exemplos

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (continua)

MODIFICACcedilOtildeES NO CORPO COM O ENVELHECIMENTO

ESTADO GERAL

Reduccedilatildeo progressiva da eficiecircncia dos processos fisioloacutegicos resulta em equiliacutebrio fraacutegil e impotildee obstaacuteculos agrave capacidade do corpo para manter a homeostase Estressores fiacutesicos e emocionais tornam o idoso mais vulneraacutevel devido agrave diminuiccedilatildeo das reservas fisioloacutegicas O idoso pode continuar a se envolver em todas as atividades da meia-idade embora de maneira intuitiva deva adaptar-se a um ritmo modificado e a periacuteodos de descanso mais frequentes

TEGUMENTAR

Surgimento de rugas e perda da firmeza da pele ocorrem com a reduccedilatildeo da elasticidade ressecamento e descamaccedilatildeo satildeo comuns A queda dos cabelos eacute comum nos homens e as mulheres tecircm afinamento e perda de pigmentaccedilatildeo dos cabelos Sinais de pele e pigmentaccedilatildeo satildeo comuns embora a pele possa clarear devido agrave perda de melanoacutecitos As unhas costumam espessar-se e ficar quebradiccedilas e amareladas

MUSCULOESQUELEacuteTICO

Diminui o tecido subcutacircneo e o peso no idoso A massa e a forccedila musculares diminuem Ocorre desmineralizaccedilatildeo oacutessea e os ossos ficam porosos e quebradiccedilos As articulaccedilotildees tendem a enrijecer e a perder flexibilidade podendo diminuir a amplitude de movimentos Costuma ocorrer lentidatildeo da mobilidade geral e a postura tende a encurvar A altura diminui um pouco

NEUROLOacuteGICO

O Sistema Nervoso Central reage mais lentamente a muacuteltiplos estiacutemulos Assim a resposta cognitiva e comportamental do idoso pode ser retardada Diminui a frequecircncia da reaccedilatildeo reflexa A regulagem da temperatura e a percepccedilatildeo de dorpressatildeo ficam menos eficientes O idoso pode ainda ter dificuldades no equiliacutebrio na coordenaccedilatildeo na motricidade fina e na orientaccedilatildeo espacial o que resulta em maior risco para quedas Costuma encurtar o sono noturno e o idoso pode despertar com mais facilidade

SENTIDOS ESPECIAIS

Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade visual (presbiopia) com maior sensibilidade agrave claridade e menor capacidade de adaptar-se agrave escuridatildeo Reduccedilatildeo da acomodaccedilatildeo reduccedilatildeo da percepccedilatildeo em profundidade e da discriminaccedilatildeo de cores Uma catarata pode obscurecer ainda mais a visatildeo A dificuldade para ler letras miuacutedas pode se tornar mais evidente Dirigir durante o dia ou durante agrave noite pode ficar comprometido Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade auditiva (presbicusia) em especial diminuiccedilatildeo da discriminaccedilatildeo de tons na presenccedila de ruiacutedos ambientais Em consequecircncia dos problemas auditivos o idoso pode retrair-se de eventos sociais As sensaccedilotildees de paladar e olfato diminuem Sensibilidade aos cheiros pode diminuir Problemas nutricionais podem surgir

CARDIOPULMONAR

Os vasos sanguiacuteneos ficam menos elaacutesticos e muitas vezes riacutegidos e tortuosos Depoacutesitos de placas de gordura continuam a ocorrer nos revestimentos dos vasos sanguiacuteneos Edema e esfriamento das extremidades inferiores podem ocorrer em especial com a diminuiccedilatildeo da mobilidade O corpo tem menor capacidade de aumentar a frequecircncia do coraccedilatildeo e o deacutebito cardiacuteaco mediante atividade A elasticidade pulmonar e a accedilatildeo ciliar diminuem de modo que a desobstruccedilatildeo pulmonar se torna menos eficiente Pode aumentar a frequecircncia pulmonar acompanhada de profundidade diminuiacuteda

35

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (conclusatildeo)

GASTRINTESTINAL Os sucos digestivos continuam a diminuir e reduz-se a absorccedilatildeo de nutrientes Desnutriccedilatildeo e anemia satildeo mais comuns Com a reduccedilatildeo do tocircnus muscular e o peristaltismo diminuiacutedo satildeo comuns queixas de constipaccedilatildeo

DENTICcedilAtildeO Perda e caacuterie dentaacuterias continuam para a maioria dos idosos Os haacutebitos alimentares podem mudar em especial se o idoso natildeo tem dentes ou usa dentaduras que natildeo servem bem

GENITURINAacuteRIO

O fluxo sanguiacuteneo para os rins reduz com a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco A quantidade de unidades de neacutefrons funcionando diminui em 50 Produtos a serem eliminados podem ser filtrados e excretados mais lentamente Liacutequidos e eletroacutelitos permanecem dentro das variaccedilotildees normais mas o equiliacutebrio eacute fraacutegil Cerca de 75 dos homens com mais de 65 anos tecircm hipertrofia da glacircndula prostaacutetica Pode haver a necessidade de cirurgia caso ocorra retenccedilatildeo urinaacuteria Haacute atrofia diminuiccedilatildeo de secreccedilotildees e afinamento do trato genital da mulher idosa

Fonte Taylor e outros (2007 p 460)

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio

O Sistema respiratoacuterio envelhece da mesma forma que o restante do organismo e

muitas vezes ele envelhece mais raacutepido devido agrave enorme quantidade de poluiccedilatildeo a

que estamos sujeitos Nas palavras de Ruivo e outros

Pensa-se que o sistema respiratoacuterio seja o sistema do organismo que envelhece mais rapidamente devido agrave maior exposiccedilatildeo a poluentes ambientais ao longo dos anos As mudanccedilas que ocorrem a este niacutevel satildeo clinicamente relevantes porque a deterioraccedilatildeo da funccedilatildeo pulmonar estaacute associada ao aumento da taxa de mortalidade e aleacutem disso o conhecimento das mesmas contribui para a detecccedilatildeo e prevenccedilatildeo de disfunccedilotildees respiratoacuterias em idosos (RUIVO et al 2009 p 631)

Biologicamente com o envelhecimento a estrutura morfoloacutegica da parede toraacutecica

sofre severas alteraccedilotildees que afetam diretamente os pulmotildees Dessa forma a perda

da elasticidade dentre outros problemas torna-se a mais frequente complicaccedilatildeo

pulmonar entre pessoas idosas (RUIVO et al 2009)

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco

O envelhecimento do sistema cardiacuteaco acarreta diversas complicaccedilotildees ao sujeito

idoso e a dinacircmica de como esse processo se dar eacute melhor explicado por Esquenazi

Silva e Guimaratildees

O coraccedilatildeo eacute constituiacutedo por ceacutelulas musculares os cardiomioacutecitos moleacuteculas de matriz extracelular destacando-se o colaacutegeno e ceacutelulas intersticiais cardiacuteacas tais como fibroblastos e ceacutelulas endoteliais Por tratar-se de ceacutelulas terminalmente diferenciadas a identificaccedilatildeo recente de ceacutelulas-tronco residentes no coraccedilatildeo revelou que os cardiomioacutecitos satildeo repostos mas natildeo

36

na proporccedilatildeo ideal para recuperaccedilatildeo de funccedilatildeo alterada consequente a eventuais perdas (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

Dessa forma pode-se realccedilar algumas mudanccedilas sensiacuteveis que ocorrem com o

envelhecimento e que estatildeo listadas no Quadro 04 abaixo

Quadro 04 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento MUDANCcedilAS ORGAcircNICAS COM O ENVELHECIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

A parede ventricular torna-se mais espessa

Diminuiccedilatildeo das ceacutelulas de cardiomioacutecitos

Aumento do conteuacutedo do colaacutegeno

Alteraccedilatildeo do metabolismo mitocondrial

Maior secreccedilatildeo de colaacutegeno

Induccedilatildeo de apoptose das ceacutelulas musculares lisas da parede arterial

Aumento da rigidez aoacutertica

Alteraccedilatildeo da elasticidade aoacutertica

Disfunccedilatildeo diastoacutelica

Hipertrofia do ventriacuteculo esquerdo

Insuficiecircncia cardiacuteaca congestiva

Fonte Esquenazi Silva e Guimaratildees (2014) (Adaptado pela autora)

No envelhecimento ocorrem mudanccedilas em algumas propriedades do coraccedilatildeo e isso

pode acarretar o surgimento de arritmias cardiacuteacas bem como a diminuiccedilatildeo da

possibilidade de alteraccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca durante situaccedilotildees de estresse

Assim devido agrave mudanccedila da frequecircncia cardiacuteaca na populaccedilatildeo da terceira idade eacute

frequentemente adicionado medicamentos como diureacuteticos medicamentos que atuam

para combater a arritmia etc (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico

Haacute diversos estudos que tentam provar que o processo de envelhecimento estaacute

associado agrave diminuiccedilatildeo da massa muscular fenocircmeno conhecido como sarcopenia

Este fenocircmeno debilita diretamente a arquitetura muscular alterando diversas

propriedades tais como ldquoaacuterea da seccedilatildeo transversa anatocircmica comprimento das fibras

musculares volume e acircngulo de penaccedilatildeo dos muacutesculosrdquo Ocasiona uma reduccedilatildeo das

forccedilas do paciente da capacidade aeroacutebica e da taxa metaboacutelica Juntos esses

fatores influenciamalteram a qualidade de vida pois podem aumentar a taxa de

quedas e ocasionar outros problemas ao idoso que repercutem em todos os campos

de sua vida (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

37

Os mais novos estudos cientiacuteficos na aacuterea sugerem que o envelhecimento tambeacutem

estaacute relacionado com a diminuiccedilatildeo da rigidez dos tendotildees o que eacute apreciado na obra

de Baptista e Vaz conforme segue

Modificaccedilotildees morfoloacutegicas na unidade muacutesculo-tendatildeo como a sarcopenia ou a diminuiccedilatildeo da rigidez tendiacutenea reconhecidamente causam alteraccedilotildees de suas propriedades mecacircnicas As propriedades mecacircnicas dos muacutesculos determinam sua capacidade de produccedilatildeo de forccedila em diferentes comprimentos e velocidades podendo assim influenciar de maneira significativa as atividades de vida diaacuteria dos seres humanos independente da faixa etaacuteria (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

Natildeo se consegue entender exatamente como ocorre o processo da sarcopenia pois

eacute um processo complexo no qual diversos outros processos contribuem para que

aconteccedila Alguns estudos sugerem que a diminuiccedilatildeo da ativaccedilatildeo neuromuscular eacute

comeccedilo do processo de perda de massa e de forccedila O que eacute bem entendido e

preocupante satildeo os seus efeitos nos sujeitos idosos que provocam diversas outras

consequecircncias (FILHO 2012)

Eacute sabido que tudo estaacute interligado portanto quando ocorre reduccedilatildeo da estrutura

muscular esqueleacutetica isso acarreta outros problemas natildeo soacute de importacircncia material

assim como de importacircncia imaterial como sedentarismo depressatildeo ansiedade

depressatildeo etc A Figura 03 ilustra esse ciacuterculo vicioso (PEREIRA TEIXEIRA

ETCHEPARE 2006)

Figura 03 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento

Fonte Pereira Teixeira e Etchepare (2006)

38

2414 Envelhecimento do sistema nervoso

O envelhecimento como jaacute foi dito provoca uma seacuterie de alteraccedilotildees no organismo do

sujeito idoso No sistema nervoso diversas alteraccedilotildees anatocircmicas e quiacutemicas satildeo

observadas no enceacutefalo e na medula e essas alteraccedilotildees podem ser vistas tanto

macroscopicamente quanto microscopicamente Ateacute mesmo o tamanho do ceacuterebro e

peso dele satildeo modificados agrave medida que o sujeito envelhece na ordem de 2 a cada

uma deacutecada e com diminuiccedilatildeo de proteiacutenas (TAGLIARINI 2008)

De acordo com anaacutelises feitas ao envelhecer diversas alteraccedilotildees acontecem sendo

que as mais vitais satildeo ldquoa diminuiccedilatildeo de ceacutelulas alteraccedilotildees dendriacuteticas placas senis

degeneraccedilatildeo neurofibrilar degeneraccedilatildeo gracircnulo-vacuolar e acuacutemulo de lipofucsinardquo

(TAGLIARINI 2008 p 18)

As alteraccedilotildees morfoloacutegicas produzidas pelo Sistema Nervoso Central (SNC) se

mostram como sendo de suma importacircncia para o devido funcionamento do sistema

nervoso devido agrave importacircncia na geraccedilatildeo e processamento das memoacuterias e no

transporte de informaccedilotildees ateacute os neurocircnios (TAGLIARINI 2008)

Portanto de tudo o que foi falado a respeito do envelhecimento do sistema nervoso

algumas partes ainda natildeo foram provadas e muita coisa ainda deve ser elucidada

com os anos vindouros Tem-se uma ideia de que as modificaccedilotildees ocorrem tanto de

forma central quanto de forma perifeacuterica ldquocom atrofia cerebral devido agrave diminuiccedilatildeo do

nuacutemero de neurocircnios assim como a reduccedilatildeo da quantidade de substacircncias branca e

cinzenta Ocorre ainda reduccedilatildeo da sinaptogecircnese e da velocidade de conduccedilatildeo

nervosa []rdquo (RIBEIRO VEIGA 2013 p25)

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO

Conforme jaacute foi falado anteriormente a populaccedilatildeo brasileira seguindo o ritmo da

populaccedilatildeo mundial estaacute envelhecendo mais devido agraves inovaccedilotildees tecnoloacutegicas Com

isso mais sujeitos idosos procuram serviccedilos meacutedicos por causa das doenccedilas

inerentes agrave terceira idade Essa demanda impulsiona aos governos criarem poliacuteticas

de sauacutede para que o sujeito envelheccedila com sauacutede pois se assim for proporciona

vantagem para todos os que estatildeo envolvidos com o idoso seja seus parentes que

39

cuidam dele seja o Estado que natildeo precisa gastar muito com remeacutedios Isso

proporciona um aliacutevio na previdecircncia divido agrave imensa diacutevida puacuteblica que existe e por

necessitar fazer corte de gastos A seguir seraacute melhor tratado acerca dos benefiacutecios

da atividade fiacutesica para o idoso para ter um envelhecimento sadio e de haacutebitos

saudaacuteveis que precisa ter para o seu dia-a-dia com sauacutede (ACIOLE BATISTA 2013)

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso

Com o crescimento mundial acelerado da populaccedilatildeo idosa diversas poliacuteticas estatildeo

sendo desenvolvidas para fazer com que o idoso envelheccedila com sauacutede tendo em

vista finalidades variadas tais como o fato de a previdecircncia estar sobrecarregada a

constataccedilatildeo de que o Sistema Puacuteblico de Sauacutede (SUS) natildeo atende com qualidade

as premissas mais baacutesicas da populaccedilatildeo Assim se o idoso chegar agrave terceira fase de

sua vida mais dinacircmico e com mais sauacutede enormes benefiacutecios surgiratildeo natildeo somente

para ele assim como para toda a sociedade (FONSECA et al 2014)

Dentre essas poliacuteticas certamente a que incentiva o idoso a praticar esportes eacute a mais

disseminada juntamente com a boa alimentaccedilatildeo pois eacute comprovado cientificamente

que o idoso ao praticar esportes consegue se manter mais saudaacutevel mais luacutecido e

em melhores condiccedilotildees de enfrentamento de doenccedilas que lhe acometem que satildeo

caracteriacutesticas da terceira idade aleacutem de provocar uma melhoria como um todo ao

sujeito idoso em todas as suas dimensotildees (MACIEL 2010)

De acordo com Maciel (2010 p 1024)

Poreacutem ao se refletir sobre as atividades fiacutesicas precisa-se pensar aleacutem dos benefiacutecios biopsicossociais proporcionados pela sua praacutetica como tambeacutem por exemplo compreender as mudanccedilas de comportamentos individuais eou coletivos para a adesatildeo e manutenccedilatildeo dessas atividades Essas soacute proporcionaratildeo os devidos benefiacutecios se realizadas continua e corretamente

As atividades fiacutesicas que satildeo incentivadas para que o idoso possa praticar satildeo

divididas em quatro dimensotildees lazer deslocamento ativo atividades domeacutesticas e

laboral A primeira eacute dita como atividade estruturada jaacute as demais satildeo atividades natildeo-

estruturais Existem vaacuterias vantagens para o sujeito idoso que se movimenta que

pratica alguma atividade fiacutesica As principais vantagens estatildeo apresentadas no

Quadro 05 (MACIEL 2010)

40

Quadro 05 ndash Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos BENEFIacuteCIOS DA ATIVIDADE FIacuteSICA PARA O IDOSO

Aumentomanutenccedilatildeo da capacidade aeroacutebia

Aumentomanutenccedilatildeo da massa muscular

Reduccedilatildeo significativa da taxa de mortalidade

Prevenccedilatildeo de doenccedilas coronarianas

Melhora do perfil lipiacutedico

Transformaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal devido agrave reduccedilatildeo da massa gorda

Prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes e hipertensatildeo arterial comuns ao sujeito idoso

Diminuiccedilatildeo da possibilidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Nas mulheres idosas possibilidade de prevenccedilatildeo do cacircncer de mama e coacutelon

Reduccedilatildeo da ocorrecircncia de demecircncia

Melhora da autoestima e da autoconfianccedila

Reduccedilatildeo dos ataques de ansiedade e do estresse

Consideraacutevel melhora do humor e da qualidade de vida

Fonte Maciel (2010) (Adaptado pela autora)

Cordeiro e outros (2014) fazendo pesquisas com idosos para entender como as

atividades fiacutesicas afetam as funccedilotildees cognitivas sendo estas definidas como as fases

do processo de informaccedilatildeo tais como aprendizagem raciociacutenio atenccedilatildeo e outras

mais concluiacuteram o seguinte

O melhor desempenho do grupo de idosos ativos no teste de memoacuteria emocional pode estar associado a alteraccedilotildees fisioloacutegicas no sistema nervoso central decorrentes da praacutetica da atividade fiacutesica A accedilatildeo da atividade fiacutesica sobre as funccedilotildees cognitivas pode se dar por meio de diversos mecanismos dentre os quais a melhora na circulaccedilatildeo cerebral alteraccedilatildeo na siacutentese e degradaccedilatildeo de neurotransmissores alteraccedilotildees neuroendoacutecrinas e humorais e aumento de fatores de crescimento como o fator neurotroacutefico derivado do ceacuterebro (BDNF) responsaacutevel pela neuroplasticidade eficaacutecia sinaacuteptica conectividade neuronal e aumento da sobrevivecircncia dos neurocircnios e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) responsaacutevel pela angiogecircnese (CORDEIRO et al 2014 p 549)

Ou seja a praacutetica da atividade fiacutesica proporciona enormes ganhos de qualidade de

vida para o sujeito idoso e possibilita a ele viver mais tempo de forma independente

jaacute que suas funccedilotildees cognitivas respondem melhor e desenvolvem mecanismos mais

duradouros (CORDEIRO et al 2014)

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso

Os alimentos satildeo as fontes de energia para o ser-humano Por isso quando o sujeito

se alimenta bem com qualidade ingerindo alimentos saudaacuteveis todo o seu

organismo funcionaraacute com qualidade e equiliacutebrio o que eacute necessaacuterio e demandado

pela populaccedilatildeo de uma forma geral mas devido agrave agitaccedilatildeo do dia-a-dia acaba por

41

comprometer a sauacutede com alimentos ruins raacutepidos de serem feitos e ingeridos

(MENEZES et al 2008)

O Sujeito idoso precisa ter uma atenccedilatildeo especial com o que ingere pois natildeo possui

mais um organismo jovem que consegue digerir tudo com facilidade e rapidez Seu

organismo agora e conforme jaacute foi falado eacute imensamente lento Natildeo consegue

metabolizar com rapidez os alimentos que lhe chegam ao estocircmago e por isso precisa

ser seletivo (KUWAE et al 2015)

De acordo com Kuwae e outros (2015 p 622 - 624)

No envelhecimento tanto os cuidados nutricionais satildeo diferentes como tambeacutem satildeo singulares agraves concepccedilotildees do que eacute saudaacutevel ou apropriado para esta idade Os cuidados com a alimentaccedilatildeo envolvem uma busca de equiliacutebrio entre as exigecircncias do corpo envelhecido e as limitaccedilotildees decorrentes de algumas patologias muitas delas exigindo seu controletratamento pela alimentaccedilatildeo como a hipertensatildeo diabetes e doenccedilas coronarianas Portanto o envelhecimento estaacute relacionado tanto com as alteraccedilotildees fisioloacutegicas que limitam o repertoacuterio alimentar seja pelas restriccedilotildees decorrentes de patologias crocircnicas ou das alteraccedilotildees de mastigaccedilatildeo e digestatildeo como com as condiccedilotildees de mobilidade autonomia independecircncia financeira condiccedilotildees de sauacutede e da composiccedilatildeo familiar Esses satildeo fatores decisivos sobre o repertoacuterio alimentar a frequecircncia e a qualidade da alimentaccedilatildeo dos idosos

Daiacute surge a necessidade de saber o que o sujeito idoso pode exatamente comer e o

que natildeo pode comer jaacute que em muitas situaccedilotildees o desejo eacute grande De acordo com

Menezes e outros (2008) existem duas classes de alimentos que o sujeito idoso pode

ingerir e satildeo os alimentos bons e os alimentos ruins Na classe dos alimentos bons

estatildeo as frutas verduras legumes carnes brancas etc Jaacute na segunda classe estatildeo

as frituras carnes vermelhas doces massas sal etc O Quadro 06 apresenta uma

lista com os principais alimentos para os idosos aqueles que satildeo recomendados bem

como suas caracteriacutesticas e o motivo pelo satildeo recomendados

Quadro 06 ndash Alimentos recomendados para idosos ALIMENTOS RECOMENDADOS PARA IDOSOS

CLASSE ALIMENTOS DESCRICcedilAtildeO

BONS Frutas verduras legumes carnes brancas etcleites e seus derivados

A comida se torna leve para o organismo do idoso o que proporciona uma raacutepida digestatildeo e o idoso natildeo se sente empazinado

RUINS Carnes vermelhas doces massas sal etc

Satildeo alimentos pesados gordurosos que demoram a fazer digestatildeo com moleacuteculas complexas O idoso natildeo ingere porque pode passar mal e qualquer mal-estar deve ser evitado

Fonte Kuwae e outros (2015)

42

O Quadro 06 eacute uma forma geral de expressar o que eacute bom e o que eacute ruim para o

sujeito idoso no entanto essa questatildeo eacute relativa pois varia de organismo para

organismo e depende de questotildees culturais mas eacute amplamente aceito eacute que todos os

seres humanos precisam ter equiliacutebrio inclusive na alimentaccedilatildeo dessa forma comer

ou deixar de comer algo para se manter saudaacutevel depende do quatildeo equilibrado

encontra-se o organismo do sujeito (KUWAE et al 2015)

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE

Com a chegada da terceira idade vaacuterias doenccedilas inerentes aos sujeitos com idade

acima dos sessenta anos aparecem Identificar tais doenccedilas conhececirc-las de forma

detalhada para desenvolver formas de tratamento adequados satildeo objetivos centrais

para quem cuida do sujeito idoso juntamente com outros conhecimentos do idoso

como sua alimentaccedilatildeo seu dia-a-dia seus haacutebitos etc Tudo estaacute conectado e por

isso entender esse contexto facilita no momento de detalhar a doenccedila que acomete a

populaccedilatildeo idosa A seguir seraacute feito uma siacutentese das principais doenccedilas que

acometem sujeitos idosos (VERAS 2012)

261 Mal de Parkinson

A doenccedila do Mal de Parkinson eacute conhecida da humanidade haacute muito tempo A atual

descriccedilatildeo deu-se pelo Dr James Parkinson por volta do ano de 1817 e no Brasil

atinge cerca de 3 da populaccedilatildeo acima dos sessenta anos Constata-se a existecircncia

da doenccedila por intermeacutedio de anaacutelise cliacutenica observando na maioria dos casos

pessoas idosas uma rigidez muscular tremor mesmo estando em repouso alteraccedilatildeo

na postura dentre outros sintomas (PETERNELLA MARCON 2009)

Grosso modo o Mal de Parkinson eacute um distuacuterbio degenerativo do Sistema Nervoso

Central que afeta diversas funccedilotildees do sujeito sejam motoras sejam natildeo-motoras

Funccedilotildees que podem ser afetadas satildeo tremor de repouso bradicinesia rigidez

corporal instabilidade postural etc Seu diagnoacutestico eacute feito pelo quadro cliacutenico

observado e pela exclusatildeo de outras doenccedilas que se assemelham ao Mal de

Parkinson (PETERNELLA MARCON 2009)

43

Para falar com riqueza de detalhes a respeito de como funciona tal doenccedila vamos

utilizar as palavras de Sena e outros (2010) que diz

A DP eacute uma afecccedilatildeo crocircnico-degenerativa e progressiva de etiologia multifatorial que atinge majoritariamente pessoas idosas embora seja frequente acometecirc-las a partir dos 50 anos de idade beirando atualmente a casa dos 300000 portadores no Brasil A doenccedila atinge o sistema nervoso central mais especificamente a substacircncia negra responsaacutevel por controlar os movimentos do corpo A degradaccedilatildeo das ceacutelulas neuronais dopamineacutergicas acaba por resultar numa gama de sintomatologia como tremores rigidez muscular bradicinesia alteraccedilotildees posturais distuacuterbios na fala e na degluticcedilatildeo obstipaccedilatildeo transpiraccedilatildeo corporal incontinecircncia urinaria depressatildeo O tratamento que pode ser cliacutenico eou ciruacutergico visa ao controle dos sintomas por meio de medicamentos entre os quais se destaca a Levodopa um precursor da dopamina Outros grupos de faacutermacos tambeacutem satildeo utilizados como inibidores enzimaacuteticos agonistas dopamineacutergicos e anti-colineacutergicos Contudo a terapecircutica medicamentosa por si soacute natildeo eacute suficiente para manter o portador em melhores condiccedilotildees de bem-estar e qualidade de vida Por isso tratamentos e cuidados no miacutenimo de enfermagem fisioterapia fonoaudiologia e educaccedilatildeo fiacutesica satildeo imprescindiacuteveis como recursos complementares para ajudar o portador a preservar sua funcionalidade e permitir-lhe desempenhar as atividades da vida diaacuteria e manter o viacutenculo social tatildeo importantes para satisfazer suas necessidades psicossociais de apoio comunitaacuterio para o seu bem-estar e auto-estima (SENA et al 2010 p 94)

Na Figura 04 uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro a respeito de como funciona o Mal de

Parkinson

Figura 04 ndash Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Observa-se na Figura 04 o ceacuterebro de um sujeito normal sem a doenccedila em

comparaccedilatildeo com um sujeito que apresenta a doenccedila Na primeira situaccedilatildeo haacute a

44

existecircncia da substacircncia negra responsaacutevel por controlar as funccedilotildees motoras do

corpo conforme falado na descriccedilatildeo de Sena e outros Jaacute na segunda essa

substacircncia negra natildeo existe atestando a incapacidade motora do paciente

(ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Jaacute na Figura 05 representa-se o neurocircnio normal e um neurocircnio em paciente com a

doenccedila de Parkinson O neurocircnio normal produz a substacircncia dopamina que eacute

responsaacutevel pela conduccedilatildeo dos neurotransmissores Jaacute o neurocircnio afetado apresenta

uma pequena quantidade de dopamina o que afeta a transmissatildeo dos

neurotransmissores e com isso o paciente sofre os diversos males que foram

narrados (ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Figura 05 ndash Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

O detalhe mais pertinente para saber se haacute o surgimento da doenccedila eacute o surgimento

de incapacidades provenientes dos distuacuterbios motores Geralmente aqueles que

sofrem desta doenccedila natildeo se datildeo conta que estatildeo doentes o que precisa ser

observado por quem estar mais perto seja os familiares seja os cuidadores

(GONCALVES ALVAREZ ARRUDA 2007)

Mesmo com todo o desenvolvimento tecnoloacutegico existente no campo da sauacutede ainda

natildeo existe um remeacutedio para acabar com o Mal de Parkinson ou para bloquear o seu

aumento Os procedimentos atuais visam dar condiccedilotildees ao paciente que possui a

doenccedila de viver de forma independente e de manter seu psicoloacutegico forte por mais

tempo Isso eacute feito receitando a ele dopamina estriatal que pode ser aumentada agrave

45

medida que os efeitos da doenccedila vatildeo aumentando (GONCALVES ALVAREZ

ARRUDA 2007)

262 Doenccedila de Alzheimer

A doenccedila de Alzheimer descrita pela primeira vez em 1906 pelo Dr Alois Alzheimer

eacute uma doenccedila que ateacute os dias atuais natildeo apresenta cura e tende a se agravar ao

longo dos anos Eacute a patologia neurodegenerativa mais usual que acomete pacientes

acima dos 55 (cinquenta e cinco) anos e causa transtornos como perda de memoacuteria

desorientaccedilatildeo danos na linguagem falta de atenccedilatildeo e vaacuterias outras situaccedilotildees

constrangedoras (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER 2018)

Natildeo se conhece exatamente os motivos pelos quais a doenccedila surge mas eacute bem

conhecido algumas lesotildees que ocorrem no ceacuterebro de um paciente portador da

doenccedila e as principais lesotildees satildeo as placas senis os emaranhados neurofibrilares e

a reduccedilatildeo de ceacutelulas nervosas sendo certo que ela eacute a responsaacutevel por cinquenta por

cento dos casos de demecircncia em idosos (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE

ALZHEIMER 2018)

Muito embora a cura da doenccedila e a reversatildeo da deterioraccedilatildeo causada pela DA ainda natildeo tenham sido descobertas pesquisadores buscam o aperfeiccediloamento de tratamentos jaacute disponiacuteveis que visam agrave melhora cognitiva e diminuiccedilatildeo de sintomas comportamentais (Aacutevila 2003) Nesse caso a medicaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas cognitivas de reabilitaccedilatildeo aleacutem de informaccedilotildees sobre a doenccedila e o apoio a familiares e cuidadores eacute de suma importacircncia para reverter o quadro cliacutenico e sintomaacutetico da doenccedila (GONCALVES CARMO 2012 p 171)

Haacute uma forte tendecircncia da ciecircncia de tentar explicar o surgimento do Mal de Alzheimer

via geneacutetica pois uma porcentagem consideraacutevel dos pacientes que possuem a

doenccedila apresenta casos semelhantes na famiacutelia Outros fatores tambeacutem satildeo

considerados tais como aminoaacutecidos neurotoacutexicos uso indiscriminado do alumiacutenio

agentes infecciosos etc Abaixo na figura TC uma tentativa de explicaccedilatildeo dessa

doenccedila (SERENIKI VITAL 2008)

Na Figura 06 existe uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro de paciente normal e de um paciente

com a Doenccedila de Alzheimer Percebe-se que o ceacuterebro do paciente com a Doenccedila de

Alzheimer apresenta-se cheio de falhas

46

Figura 06 ndash Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

263 Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus (DM) eacute uma doenccedila crocircnica natildeo-transmitiacutevel que afeta uma

multidatildeo de pessoas em todo o mundo e se caracteriza por um aumento acentuado

da glicemia devido agrave falta de insulina que eacute fabricada pelo pacircncreas Haacute dois tipos

de diabetes um natural (Tipo 01) e outra adquirida (Tipo 02) A do Tipo 02 eacute causada

pela obesidade comidas gordurentas falta de exerciacutecios fiacutesicos e se mostra como o

mal moderno Jaacute a do tipo 01 jaacute nasce com o indiviacuteduo Em ambos os casos o

pacircncreas deixa de fabricar insulina que possui uma moleacutecula que quebra a moleacutecula

de glicose Com isso haacute um aumento de glicose no sangue e isso provoca diversos

danos em outros oacutergatildeos A insulina injetada entra para ajudar na eliminaccedilatildeo do accediluacutecar

excedente (BUSNELLO et al 2012)

De acordo com Vargas Lara e Mello-Carpes ldquono Brasil existem cerca de 500 mil

diabeacuteticos 450 mil fazendo uso da insulina e quase dois milhotildees desconhecendo ter

diabetes Aleacutem disso estima-se que em 2030 o nuacutemero de pessoas acometidas pela

DM dobraraacuterdquo Esses dados para o sujeito idoso satildeo extremamente preocupantes

tendo em vista a necessidade de cuidados constantes (VARGAS LARA MELLO-

CARPES 2014 p 869)

47

Idosos que apresentam a DM apresentam estrutura fiacutesica e emocional prejudicadas

com certa limitaccedilatildeo nos afazeres do dia-a-dia com limitaccedilatildeo na alimentaccedilatildeo e com

liberdade e autonomia afetadas Diferentemente das outras doenccedilas a DM eacute bem

mapeada e consegue-se ter um controle bastante apropriado para amenizar os efeitos

dessa doenccedila (VARGAS LARA MELLO-CARPES 2014)

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

A Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) eacute a doenccedila crocircnica natildeo transmitida mais

presente na vida dos idosos Trata-se de uma doenccedila que eleva a pressatildeo sanguiacutenea

a niacuteveis altiacutessimos e como consequecircncia faz com que o coraccedilatildeo tenha que exercer

uma atividade fora do padratildeo para conseguir fazer o sangue circular pelo corpo do

indiviacuteduo (LEAtildeO E SILVA et al 2013)

Ela aumenta paulatinamente agrave medida que o indiviacuteduo vai envelhecendo e eacute tida por

diversos especialistas como o principal fator de risco para o idoso podendo ocasionar

doenccedilas como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) o infarto do miocaacuterdio e vaacuterias

outras doenccedilas silenciosas Diversos fatores ocasionam um aumento na pressatildeo

arterial dentre eles os mais comuns satildeo o excesso de sal utilizado no dia-a-dia o

estresse etc (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Para um padratildeo de referecircncia com intuito de definir se um idoso apresenta uma

pressatildeo alta ou normal vaacuterios estudos sugerem valores diferentes o que acaba

sendo um ponto de debate interessante entre os especialistas da aacuterea conforme

relatado abaixo

Haacute grande controveacutersia na literatura em relaccedilatildeo ao ponto de corte para o qual a PA pode ser considerada controlada na populaccedilatildeo idosa principalmente nos idosos com idade mais avanccedilada (acima dos 80 anos) Estudos recentes sugerem uma meta de controle mais flexiacutevel (abaixo de 150 mmHg para a PAS e de 90 mmHg para a PAD) para esta faixa etaacuteria por evidenciarem que o controle mais rigoroso pode natildeo ser significativo na reduccedilatildeo das complicaccedilotildees associadas agrave doenccedila (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016 p 112)

Para se ter um controle dessa doenccedila importante salientar os haacutebitos de vida

saudaacuteveis associados com o acompanhamento meacutedico mediccedilatildeo das funccedilotildees vitais

do idoso controle sistemaacutetico porque essa doenccedila sendo uma doenccedila silenciosa

assintomaacutetica pode acarretar outras complicaccedilotildees tais como um Acidente Vascular

Cerebral (AVC) (JARDIM et al 2017)

48

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

A Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (ITU) eacute a inflamaccedilatildeo das vias urinaacuterias e eacute uma doenccedila

responsaacutevel por cerca de quarenta porcento das infecccedilotildees nosocomiais Eacute bastante

rotineira nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e sua probabilidade de ocorrecircncia

em homens idosos aumenta consideravelmente tendo em vista que ldquoA

instrumentaccedilatildeo das vias urinaacuterias ndash incluindo ndash se o cateterismo vesical ndash e a

ocorrecircncia de doenccedila prostaacutetica satildeo os fatores mais implicados no aumento da

incidecircncia no sexo masculinordquo (RORIZ-FILHO et al 2010 p 119)

A mulher idosa tambeacutem tem uma grande possibilidade de desenvolver tal doenccedila

tendo em vista as modificaccedilotildees funcionais da bexiga devido a diversos fatores que

ldquoassociados agraves mudanccedilas troacuteficas do epiteacutelio da mucosa vaginal e a presenccedila de

infecccedilatildeo genital facilitam o desenvolvimento de ITUrdquo (MARQUES MOREIRA

SANTOS 2010 p 151)

Para se ter um diagnoacutestico preciso acerca da Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio faz-se coleta

da urina do paciente e em seguida sua cultura o que leva alguns dias O diagnoacutestico

apresenta-se preciso apoacutes esse procedimento Existem outros exames a serem feitos

que apresentam resultados mais raacutepidos poreacutem natildeo tatildeo precisos Um deles eacute o

exame tipo I e o outro eacute a coloraccedilatildeo pelo meacutetodo Gram (VETTORE et al 2013)

Os principais sintomas que indicam que pode haver uma Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

satildeo urina com odor feacutetido disuacuteria com urgecircncia polaciuacuteria e urecircncia Esses sintomas

satildeo um indicativo muito forte de possibilidade de existecircncia de um quadro infeccioso

e somente pode-se comprovar apoacutes as anaacutelises que foram mencionadas (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010)

Para se fazer um tratamento adequado que apresente resultados de imediato haacute a

necessidade de se observar alguns fatores tais como ldquopresenccedila de comorbidade

fatores predisponentes sintomatologia e repercussatildeo sistecircmica da infecccedilatildeo assim

como para a interaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outros medicamentos []rdquo Importante

observar a relaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outras drogas pois o paciente idoso faz uso

de diversos produtos farmacecircuticos No Quadro 07 um exemplo de drogas que podem

ser utilizadas para o tratamento do idoso com Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010 p 156)

49

Quadro 07 ndash Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso DROGAS UTILIZADAS NA ITU NOS IDOSOS

I ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO INFERIOR (3 A 7 DIAS)

Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprima 160 mg de 12 12h

Norfloxacina 400 mg de 1212h

Ciprofloxacina 250 mg de 1212h

Levofloxacina 250 mg por dia

Nitrofurantoina 100 mg de 88h

II ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO SUPERIOR (14 DIAS)

Ciprofloxacina 500 mg EV de 1212h

Levofloxacina 500 mg EV por dia

Ceftriaxone 1g EV de 1212h

Piperacina soacutedica + Tazobactana soacutedica 225g EV de 88h

Fonte Marques Moreira e Santos (2010 p 158)

266 Osteoporose

A Osteoporose ldquo[] eacute uma doenccedila esqueleacutetica sistecircmica caracterizada por diminuiccedilatildeo

da massa oacutessea e deterioraccedilatildeo microarquitetural do tecido oacutesseo com consequente

aumento da fragilidade oacutessea e susceptibilidade agrave fraturardquo sendo a condiccedilatildeo mais

criacutetica da osteopenia Eacute uma doenccedila predominante em sujeitos idosos e consiste

grosso modo do enfraquecimento dos ossos o que pode levar a diversas

consequecircncias ao idoso A Figura 07 apresenta como ocorre essa doenccedila (LIMA et

al 2014 p 35)

Figura 07 ndash Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

50

Jaacute na Figura 08 tem-se uma vista mais ampla de como a osteoporose atua Pode-se

perceber que ela age deixando o osso em um formato esponjoso como se estivesse

oco como eacute popularmente conhecido tal doenccedila A ilustraccedilatildeo eacute do osso do quadril

mas eacute extensiacutevel a toda a estrutura oacutessea onde ocorrer a comorbidade (LIMA et al

2014)

Figura 08 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Existem diversos tipos de osteoporose que satildeo provocadas por vaacuterios fatores por

isso diz-se que eacute uma doenccedila multifatorial Basicamente satildeo divididas em primaacuteria

com tipos I e II e secundaacuteria a primeira eacute desenvolvida por causas naturais jaacute a

segunda eacute desenvolvida por meio de causas natildeo-naturais tais como a inflamaccedilatildeo

(CAMARGOS BOMFIM 2017)

Consequecircncias diversas podem surgir oriundas da osteoporose tais como ldquoperda da

massa deterioraccedilatildeo do tecido desarranjo da arquitetura e comprometimento da forccedila

oacutessea com aumento no risco de fraturardquo Ela atua de forma silenciosa e na maior parte

dos casos eacute descoberta somente quando ocorre algum acidente por mais simples que

seja com consequente fratura de algum osso do portador de tal doenccedila (BRASIL

2009 p 01)

51

Pode ser diagnosticada tratada e prevenida antes da ocorrecircncia de qualquer evento

que poderaacute comprometer a estrutura oacutessea de seu portador Ocorrendo algum

acidente este poderaacute afetar a estrutura fiacutesica do paciente deformaccedilatildeo no corpo como

um todo etc Na prevenccedilatildeo deve-se utilizar cerca de 1000mgdia de caacutelcio vitamina

D 400ndash800 Uldia ou algum medicamento tais como calcitonina bifosfonatos

raloxifeno e paratormocircnio (BRASIL 2017)

Haacute projeccedilotildees que dizem que cerca de 50 das mulheres e 20 dos homens com

idades acima dos 50 anos poderatildeo sofrer alguma fratura proveniente da osteoporose

ao longo de sua vida Como jaacute foi citado anteriormente a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

para o sujeito idoso e natildeo somente a estes mas ao ser humano em geral eacute uma

praacutetica altamente recomendada pelos profissionais da sauacutede devido agraves pesquisas

cientiacuteficas comprovarem as consequecircncias eficazes de quem se exercita e que por

isso eacute bastante recomendada para pacientes que possuem osteoporose (MOTA

SOUSA AZEVEDO 2012)

Nas palavras de Mota Sousa e Azevedo tem-se

Haacute uma forte correlaccedilatildeo entre a qualidade de vida dos idosos e a atividade fiacutesica pois com a degeneraccedilatildeo do sistema musculoesqueleacutetico nos idosos e a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional a praacutetica da atividade fiacutesica influecircncia no tratamento e na prevenccedilatildeo da osteoporose trazendo benefiacutecios como a melhoria do desempenho das capacidades funcionais o aumento da forccedila muscular e flexibilidade e uma consideraacutevel melhora da coordenaccedilatildeo motora (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012 p47)

Portanto uma forma de reduzir os efeitos que a osteoporose apresenta ao seu

portador eacute praticando exerciacutecios fiacutesicos diariamente que aliado agrave uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel e rica em caacutelcio pode-se gerar resultados bastante satisfatoacuterios

fortalecendo os muacutesculos revigorando o equiliacutebrio afastando a possibilidade de

atrofia pelo natildeo-uso do membro que esteja lesionado e com isso retardando a

desmineralizaccedilatildeo oacutessea (BRASIL 2017)

Outras precauccedilotildees deveratildeo ser administradas ao sujeito idoso portador da

osteoporose para evitar riscos de queda que satildeo os principais fatores complicadores

da sauacutede do idoso Tais procedimentos podem ser a retirada de objetos que podem

dificultar a mobilidade do sujeito idoso por onde anda evitar tapetes escorregadios

colocar materiais antiderrapantes nas superfiacutecies por onde o idoso se movimenta

facilitar o acesso ao banheiro etc (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012)

52

53

3 METODOLOGIA

Tendo a finalidade de desenvolver as propostas que foram apresentadas quando do

comeccedilo deste trabalho optou-se por fazer uma revisatildeo bibliograacutefica do tema sabendo

que essa eacute uma modalidade de pesquisa que se destina a concatenar e observar os

conhecimentos que jaacute foram publicados a respeito de um determinado assunto que

no caso em questatildeo eacute a Assistecircncia de Enfermagem ao sujeito idoso

De acordo com Mancini e Sampaio (2006 p 361 - 472) trabalhos de ldquoRevisotildees da

literatura satildeo caracterizadas pela anaacutelise e pela siacutentese da informaccedilatildeo disponibilizada

por todos os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema[]rdquo Tendo

em vista todos os estudos relevantes publicados por um determinado tema mas sem

limitaacute-lo pois como eacute de amplo conhecimento a quantidade de informaccedilotildees eacute infinita

daiacute a necessidade de se fazer uma limitaccedilatildeo temporal a respeito

Utilizou-se para o desenvolvimento do estudo os seguintes bancos de dados

Scientific Electronic Library (Scielo) Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) Descritores

em Ciecircncia da Sauacutede (DeCS) Ministeacuterio da Sauacutede e livros

Como criteacuterios de inclusatildeo foi estabelecido o uso de revistas acadecircmicas artigos

cientiacuteficos livros etc do ano de 2006 a 2017 Como criteacuterios de exclusatildeo optamos

por natildeo fazermos uso de materiais em liacutenguas estrangeiras materiais antigos

materiais incompletos e materiais que natildeo apresentam rigor cientiacutefico tais como

trabalhos acadecircmicos de revisatildeo

Por fim o presente estudo natildeo necessita de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica (CE) da

Universidade uma vez que as informaccedilotildees coletadas satildeo provenientes de materiais

de acesso puacuteblico e de conhecimento de todos os interessados

54

55

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO

Existem vaacuterias formas de se aplicar a Assistecircncia de Enfermagem e o que eacute utilizado

no Brasil por diversos motivos eacute o que foi desenvolvido em 1979 pela enfermeira e

pesquisadora paraense Wanda Horta atraveacutes de seu livro Processo de Enfermagem

(SILVA et al 2011)

Nas palavras de Silva e outros (2011 p 1381) percebe-se o caraacuteter cientiacutefico e seacuterio

do uso da Assistecircncia de Enfermagem Vejamos

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) eacute conceituada como um meacutetodo de prestaccedilatildeo de cuidados para a obtenccedilatildeo de resultados satisfatoacuterios na implementaccedilatildeo da assistecircncia com o objetivo de reduzir as complicaccedilotildees durante o tratamento de forma a facilitar a adaptaccedilatildeo e recuperaccedilatildeo do paciente O uso do meacutetodo requer o pensamento criacutetico do profissional que deve estar focado nos objetivos e voltado para os resultados de forma a atender as necessidades do paciente e de sua famiacutelia exigindo constante atualizaccedilatildeo habilidades e experiecircncia sendo orientado pela eacutetica e padrotildees de conduta Portanto eacute um modo de exercer a profissatildeo com autonomia baseada nos conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas uacuteltimas deacutecadas

Importante deixar claro o entendimento acerca do que eacute a Sistematizaccedilatildeo da

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem antes de aplicaacute-

los ao sujeito idoso pois tais conceitos satildeo aplicados de forma geral na enfermagem

Todo o profissional de enfermagem precisar ter bem solidificado tais conceitos para

que possam se tornar profissionais competentes e antenados com a real situaccedilatildeo de

seu paciente (GARCIA 2016)

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

A sistematizaccedilatildeo eacute normatizada pela resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN) juntamente com o Processo de Enfermagem (PE) Eacute

entendido como sendo a responsaacutevel por ldquoorganizar o trabalho profissional quanto ao

meacutetodo pessoal e instrumentos tornando possiacutevel a operacionalizaccedilatildeo do processo

de Enfermagemrdquo (BRASIL 2009 p 01)

Garcia (2016) fala a respeito do amplo uso das teacutecnicas da SAE Vejamos

56

Especialmente quando analisamos a dimensatildeo assistencial da praacutetica reconhecemos haver uma ampla gama de situaccedilotildees vivenciadas no cotidiano de cuidados agrave clientela envolvendo a necessidade de sistematizaccedilatildeo da assistecircncia e de aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem aspectos substantivos da profissatildeo (GARCIA 2016 p 05)

A Sistematizaccedilatildeo de Assistecircncia da Enfermagem (SAE) aplicada ao idoso torna-se

dessa forma uma tentativa de fornecer uma assistecircncia de qualidade e personalizada

ao idoso por isso padroniza-se a entrevista que o profissional de enfermagem faz ao

paciente com o intuito de saber a real situaccedilatildeo do cliente Para se fazer tal

assistecircncia o profissional de enfermagem precisa da ajuda do Processo de

Enfermagem que complementa a SAE (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

412 Processo de Enfermagem

Eacute definido como sendo ldquoum instrumento metodoloacutegico que orienta o cuidado do

profissional de enfermagem e a documentaccedilatildeo da praacutetica profissionalrdquo e eacute dividido

em cinco etapas que abaixo satildeo escritas conforme resoluccedilatildeo ndeg 3582009 O Quadro

08 apresentada cada etapa do Processo de Enfermagem (PE) (BRASIL 2009 p 01)

Quadro 08 ndash Etapas do processo de enfermagem PROCESSO DE ENFERMAGEM

ETAPA DESCRICcedilAtildeO

COLETA DE DADOS

Essa eacute a primeira etapa do processo de enfermagem e consiste em colher todos os dados possiacuteveis do paciente valendo de teacutecnicas variadas e com a maior precisatildeo possiacutevel para um melhor atendimento do paciente Importante nessa fase coletar informaccedilotildees por parte da famiacutelia dos pacientes para que as informaccedilotildees possam ser confirmadas devido ser de fontes diversas

DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

Apoacutes a coleta dos dados o profissional de enfermagem passa a processar as informaccedilotildees e interpretando-as para que possa ter a tomada de decisatildeo mais eficaz para o paciente Essa etapa consiste em descrever exatamente o que o paciente tem e funciona como base para a accedilatildeo do profissional de enfermagem

PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Nessa etapa o profissional determina o que espera alcanccedilar de resultados quando das devidas intervenccedilotildees apoacutes a etapa anterior Aqui o profissional cria uma espeacutecie de roteiro para certificar-se do que poderaacute ocorrer

IMPLEMENTACcedilAtildeO Nessa etapa o profissional coloca em praacutetica o que foi decido nas etapas anteriores

AVALIACcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Trata-se de um processo contiacutenuo e analiacutetico no qual o profissional observa o seu paciente fazendo as devidas anotaccedilotildees do quadro dele para posterior mudanccedila das implementaccedilotildees Todo esse processo eacute dinacircmico e por isso o profissional precisa estar atento ao paciente durante todo instante em que ele esteja sob seus cuidados

Fonte Brasil (2009) (Adaptado pela autora)

57

A Figura 09 ilustra o que foi dito a respeito do Processo de Enfermagem no Quadro

08

Figura 09 ndash Processo de Enfermagem

Fonte Autoria proacutepria (2018)

Como pode-se inferir do Quadro 08 descrito desenvolver e aplicar a Sistematizaccedilatildeo

da Assistecircncia de Enfermagem de acordo com o Processo de Enfermagem eacute um

processo que exige muita disciplina e conhecimento do profissional de enfermagem

pois eacute sabido que se trata de um processo teacutecnico-cientiacutefico e somente o enfermeiro

habilitado poderaacute exercitar cada uma das fases que se mostram em conjunto A sua

separaccedilatildeo conforme descrita acima eacute apenas para efeitos didaacuteticos (GARCIA 2016)

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos

Para aplicar a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem e o Processo de

Enfermagem ao sujeito idoso o profissional de enfermagem tem a necessidade de

seguir procedimentos descritos principalmente na NANDA Internacional que se

tornou a principal fonte de diagnoacutesticos de enfermagem e que ldquofavorece a

58

identificaccedilatildeo de estrateacutegias para elevar a qualidade da assistecircncia e contribuir na

formaccedilatildeo de recursos humanosrdquo (KOKUDAI ALVARENGA 2010 p03)

A NANDA eacute dividida em diversos toacutepicos e assim resolvemos separar conforme

Quadro 09 os cuidados necessaacuterios de acordo com cada doenccedila predominante na

terceira idade que foi comentada neste trabalho As descriccedilotildees natildeo se limitam ao que

foi dito pois colocamos apenas algumas situaccedilotildees devido agrave enorme quantidade de

situaccedilotildees diagnoacutesticos e cuidados existentes

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continua)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Hipertensatildeo Arterial

Sistecircmica

Risco de desequiliacutebrio eletroliacutetico

Risco de mudanccedila nos niacuteveis de eletroacutelitos seacutericos capaz de comprometer a sauacutede

Estilo de vida sedentaacuterio Trata-se de um estilo de vida sem a praacutetica de atividades fiacutesicas

Ansiedade

Trata-se de um sentimento desgastante que assola o seu portador diante da expectativa de notiacutecias ou de situaccedilotildees estressantes e novas Pode-se considerar como um sinal de alerta que o organismo desenvolveu para deixar o indiviacuteduo atento em condiccedilotildees de periacuteodo de toda sorte

Padratildeo de sono prejudicado

Devido a fatores externos o indiviacuteduo natildeo possui uma rotina constante e linear de sono sendo que existe a condiccedilatildeo de dormeacorda que prejudica o organismo como um todo

Nutriccedilatildeo desequilibrada

O sujeito alimenta-se de nutrientes que em muitos casos satildeo em excesso ocasionando armazenamento de energia em formato de gordura

Mal de Parkinson

Problemas Motores

Risco de queda Facilidade com que o sujeito tem de desequilibrar e cair o que pode causar enormes danos

Bradicinesia Lentidatildeo de respostas fiacutesicas e psiacutequicas

Mobilidade fiacutesica prejudica

Limitaccedilatildeo no movimento fiacutesico independente e voluntaacuterio do corpo ou de uma ou mais extremidades

Problemas Natildeo-

motores

Demecircncia Enfraquecimento das faculdades intelectuais diante de lesotildees no ceacuterebro

Ansiedade

Vago e incocircmodo sentimento de desconforto ou temor acompanhado por resposta autonocircmica (a fonte eacute frequentemente natildeo especiacutefica ou desconhecida para o indiviacuteduo) sentimento de apreensatildeo causada pela antecipaccedilatildeo de perigo Eacute um sinal de alerta que chama a atenccedilatildeo para um perigo iminente e permite ao indiviacuteduo tomar medidas para lidar com a ameaccedila

59

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continuaccedilatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Alzheimer

Deacuteficit no autocuidado Capacidade prejudicada de realizar ou completar as atividades de banho por si mesmo

Mobilidade fiacutesica prejudicada Limites para movimentar-se seja com movimento voluntaacuterios ou involuntaacuterios

Insuficiecircncia na capaci-dade do a-dulto para melhorar

Depressatildeo Deterioraccedilatildeo funcional progressiva de natureza fiacutesica e cognitiva A capacidade do indiviacuteduo de viver com doenccedilas multissistecircmicas enfrentar os problemas decorrentes e controlar o seu cuidado estaacute notavelmente diminuiacuteda

Decliacutenio da memoacuteria

Distuacuterbio de sono Dificuldade para dormir em periacuteodos prolongados

Confusatildeo crocircnica

Deterioraccedilatildeo irreversiacutevel das faculdades mentais de forma prolongada O indiviacuteduo passa a natildeo perceber os fatores externos que podem indicar algo tal como perigo atenccedilatildeo moral e tantos outros Apresenta distuacuterbios na memoacuteria passando a natildeo mais reconhecer e nem lembrar de coisas e pessoas

Diabetes Mellitus

Autocontrole ineficaz

da sauacutede

Natildeo consegue se controlar e agir conforme necessidade para ter uma sauacutede plena e satisfatoacuteria ou seja natildeo consegue cuidar de si

Perfusatildeo tissular perifeacuterica ineficaz

Reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo sanguiacutenea para a periferia capaz de comprometer a sauacutede

Risco de Infecccedilatildeo

Risco de ter em seu organismo elementos estranhos e que possam danificar a sua sauacutede

Risco de olho seco

Risco de desconforto ocular ou dano agrave coacuternea e agrave conjuntiva devido agrave quantidade reduzida ou agrave qualidade das laacutegrimas para hidratar o olho

Risco de glicemia instaacutevel Natildeo possui uma estabilidade padratildeo em seu niacutevel glicecircmico devido agrave quantidade de glicose no sangue

Infecccedilotildees do trato

urinaacuterio

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Eliminaccedilatildeo urinaacuteria prejudicada Disfunccedilatildeo na eliminaccedilatildeo da urina

Risco de siacutendrome do desuso Devido agrave falta de uso de algum membro do corpo corre-se o risco desse membro atrofiar-se

Risco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircncia

Risco de perda involuntaacuteria de urina que ocorre imediatamente apoacutes uma forte sensaccedilatildeo de urgecircncia para urinar

Conforto prejudicado Percebe-se que inexiste a sensaccedilatildeo de conforto nas dimensotildees do ser humano

Osteoporose

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Risco de constipaccedilatildeo Possibilidade de diminuiccedilatildeo na frequecircncia normal de evacuaccedilatildeo paralela a uma dificuldade de eliminaccedilatildeo das fezes

60

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (conclusatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Osteoporose

Risco para quedas Estado em que o indiviacuteduo tem uma suscetibilidade para quedas aumentada

Mobilidade fiacutesica prejudicada Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute prestes a apresentar limitaccedilotildees dos movimentos fiacutesicos poreacutem ainda natildeo se encontra imoacutevel

Andar prejudicado Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute em risco de apresentar limitaccedilatildeo para andar

Fonte Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA (2013) Santos e outros (2017) Mattos e outros (2011) (Adaptado pela autora)

Saber utilizar os Diagnoacutesticos de Enfermagem corretamente e que satildeo padronizados

eacute bastante eficaz aceito e exigido para evitar que o profissional de enfermagem crie

mecanismos subjetivos de cuidados pois se assim ocorresse haveria um caos na

enfermagem com cada profissional atuando conforme melhor lhe for apresentado

(SOUZA ALVES PASSOS 2010)

A utilizaccedilatildeo do Diagnoacutestico de Enfermagem padronizado eacute um instrumento necessaacuterio

para evitar que os profissionais de enfermagem fragmentem os cuidados e os dilemas

dos pacientes deixando de observaacute-los como um todo e na grande maioria dos casos

prescrevendo cuidados que natildeo possuem nenhuma relaccedilatildeo com os problemas

relatados Dessa forma pode-se observar o Diagnoacutestico de Enfermagem como uma

ferramenta de trabalho altamente eficaz em seu uso cotidiano pois fornece ao

profissional de enfermagem um planejamento pautado no histoacuterico de atuaccedilatildeo pois

uma vez que os problemas sejam conhecidos mapeados e anotados torna-se mais

eficaz e otimizado o processo do cuidado em toda a sua plenitude Por essa oacutetica

constata-se como eacute importante o Diagnoacutestico de Enfermagem para o sujeito idoso

pois consegue construir todo um conjunto de atuaccedilatildeo para o cuidado sempre visando

o bem-estar do idoso (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso

Depois de ter feito o diagnoacutestico de enfermagem do sujeito idoso e de ter descoberto

as suas comorbidades o profissional de enfermagem precisa entatildeo fazer as devidas

intervenccedilotildees Tais intervenccedilotildees satildeo tratadas como prescriccedilotildees de enfermagem e

possuem um campo de atuaccedilatildeo mapeado para natildeo sobrepor ao trabalho do meacutedico

(FAEDA PERROCA 2017)

61

Ainda de acordo com a resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de Enfermagem

(COFEN) o Art 4ordm assim determina

Ao enfermeiro [] incumbe a lideranccedila na execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do Processo de Enfermagem de modo a alcanccedilar os resultados de enfermagem esperados cabendo-lhe privativamente o diagnoacutestico de enfermagem acerca das respostas da pessoa famiacutelia ou coletividade humana em um dado momento do processo sauacutede e doenccedila bem como a prescriccedilatildeo das accedilotildees ou intervenccedilotildees de enfermagem a serem realizadas face a essas respostas (BRASIL 2009 p 03)

Ou seja o profissional de enfermagem tem ampla prerrogativa para desenvolver a

Prescriccedilatildeo de Enfermagem baseado nos protocolos e nos estudos que desenvolveu

na Universidade Dentre os vaacuterios diagnoacutesticos possiacuteveis para o sujeito idoso em

diversas situaccedilotildees iremos nos concentrar em somente aqueles que aqui foram

discutidos Faz-se necessaacuterio observar que a Prescriccedilatildeo de Enfermagem eacute uma

ferramenta de uso dinacircmico Entende-se de uso dinacircmico a ideia de que o profissional

de enfermagem natildeo pode descuidar do seu paciente tendo a necessidade de sempre

observaacute-lo e atualizar o que surgir de novo para que possa estar sempre atualizando

o estado de sauacutede do cliente (FAEDA PERROCA 2017)

Abaixo no Quadro 10 tem-se a Prescriccedilatildeo de Enfermagem para as doenccedilas que

foram discutidas neste trabalho Vale ressaltar que existem diversas doenccedilas que

acometem o sujeito idoso mas vamos nos ater apenas nas principais que foram

tratadas uma vez que satildeo o objeto limitador de estudo deste trabalho (MOROZ

KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (continua)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

Mudanccedila no estilo de vida dos pacientes idosos Eliminaccedilatildeo do uso do sal Controle do peso Controle da ansiedade Praacutetica diaacuteria de atividades fiacutesicas Uso adequado dos medicamentos Abstinecircncia ao fumo e ao aacutelcool

Mal de Parkinson

Programa de exerciacutecios diaacuterios para aumentar a forccedila muscular o que iraacute melhorar a coordenaccedilatildeo e a destreza reduzindo a rigidez muscular Encorajar ensinar e incentivar o cliente durante os exerciacutecios da vida diaacuteria para promover o autocuidado Encorajar o paciente a seguir um padratildeo de horaacuterio regular aumentando a consciecircncia para a ingestatildeo de liacutequidos e a ingestatildeo de alimentos com um conteuacutedo de fibra moderado Monitorar o peso semanalmente indicando se a absorccedilatildeo caloacuterica eacute adequada Desenvolver meacutetodo de comunicaccedilatildeo para satisfazer as necessidades do paciente encorajar o paciente a participar de programas sociais para evitar a depressatildeo

62

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (conclusatildeo)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Alzheimer Orientar a higiene corporal e higiene oral Medidas de prevenccedilatildeo de lesatildeo por pressatildeo Mudanccedila de decuacutebito Administraccedilatildeo de medicaccedilatildeo ansioliacutetica conforme prescriccedilatildeo meacutedica Proporcionar alimentaccedilatildeo saudaacutevel (frutas e legumes) em poucas quantidades vaacuterias vezes ao dia Ajudar no autocuidado Incentivar o autocuidado a comunicaccedilatildeo verbal a cogniccedilatildeo e a memoacuteria atraveacutes de jogos leituras e atividades luacutedicas Auxiliar a famiacutelia no entendimento e no enfrentamento da patologia

Diabetes Mellitus

Fornecer informaccedilotildees ao paciente Desenvolver um plano de ensino para o paciente Avaliar as estrateacutegias de enfrentamento para o paciente e tranquiliza-lo Determinar os meacutetodos de ensino para o paciente Avaliar as habilidades e comportamentos de autocuidado dos pacientes Monitorar pacientes experientes ateacute que eles natildeo cometam erros no autocuidado Instruir pacientes e familiares a reconhecer os sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia

Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

Orientar ao paciente da necessidade do uso adequado do medicamento dos horaacuterios da quantidade e das vias de administraccedilatildeo Orientar os idosos e familiares quanto aos resultados da medicaccedilatildeo Manter o registro da frequecircncia da incontinecircncia urinaacuteria registrar mudanccedilas da pressatildeo arterial do estado mental e das habilidades funcionais Realizar as medidas terapecircuticas Realiza treinamento da bexiga

Osteoporose

Deixar o paciente e o membro afetado em repouso Imobilizar o local da fratura para evitar movimentos Repousar o paciente em uma cama ortopeacutedica Deixar o local da fratura em posiccedilatildeo elevada Aplicar as medicaccedilotildees que foram receitadas Documentar todos os relatos de dores deixando claro onde ocorre e as caracteriacutesticas Incentivar o paciente a discutir os problemas relacionados agrave lesatildeo Medicar antes das atividades de cuidado Revisar a patologia fazendo prognoacutesticos e expectativas futuras Discutir o regime medicamentoso individual de forma apropriada Encorajar exerciacutecios brandos Monitorar a ingestatildeo de alimentos Auxiliar lentamente a pessoa a sentar Aumentar a motilidade dos membros Reduzir ou eliminar os fatores que aumentam a experiecircncia dolorosa

Fonte Florecircncio e outros (2012) Mattos e outros (2011 p 443) Menezes e outros (2013 p04) Tosin e outros (2016) Santos e outros (2017) (Adaptado pela autora)

Agir de acordo com as prescriccedilotildees de enfermagem que aqui foram desenvolvidas

proporciona ao sujeito idoso uma melhoria em sua qualidade de vida e dessa forma

consegue viver a terceira idade com plena satisfaccedilatildeo e alegria sem perder de vista a

extrema necessidade de cuidados constantes que a condiccedilatildeo de sujeito idoso lhe

obriga (LIRA et al 2013)

Conclui-se do que foi apresentado no quadro 10 que o profissional de enfermagem

deteacutem uma importante funccedilatildeo em sua aacuterea de atuaccedilatildeo e que precisa estar sempre

estudando se atualizando das novidades meacutedicas para poder oferecer um bom

cuidado ao seu cliente idoso seja no ambiente hospitalar seja no ambiente de abrigo

de idosos ou no proacuteprio lar do idoso (FAEDA PERROCA 2017)

Diante de todo o estudo realizado acerca do sujeito idoso e da relaccedilatildeo do profissional

de enfermagem com o seu paciente idoso conseguimos ter alguns resultados

63

satisfatoacuterios que a seguir seratildeo apresentados sem a necessidade de estarem em

ordem de prioridade ou seja todos satildeo importantes

64

65

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Envelhecer eacute um verbo que a todos afeta independentemente de sexo raccedila cor etc

Haacute no entanto duas formas de se envelhecer com sauacutede e sem sauacutede Mesmo

diante dessas duas formas de envelhecimento envelhecer com qualidade eacute precioso

para o indiviacuteduo pois dessa forma consegue se aceitar como velho consegue

suportar as doenccedilas que satildeo proacuteprias da terceira idade Consegue ver vantagem em

ser velho

Para se envelhecer com qualidade necessaacuterio eacute que o sujeito tenha uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel que se abstenha de viacutecios que satildeo danosos ao organismo que consiga ter

equiliacutebrio em sua vida pessoal psicoloacutegica iacutentima e em tantos outros campos ou seja

que tenha harmonia em tudo O apoio familiar torna-se primoroso nessa etapa da vida

Ter ao lado quando se estaacute fragilizado devido a velhice pessoas que ama que confia

e por quem eacute amado eacute uma forma de envelhecer com bastante qualidade

O profissional de enfermagem tem um papel fundamental junto a pessoas idosas pois

em muitos casos torna-se seu cuidador principal quando a famiacutelia natildeo pode cuidar

de seu idoso por motivos diversos ou quando o idoso se encontra sozinho sem

famiacutelia e sem amigos Por isso importante ter preparo com pessoas idosas entender

bem o processo de envelhecimento estar sempre atualizado diante das doenccedilas que

atingem os sujeitos idosos

Eacute um trabalho que demanda muito amor por parte do profissional e que por isso natildeo

basta apenas o entender racional de todos os procedimentos precisa ter sentimentos

proacutesperos de ajuda ao proacuteximo e seguir os princiacutepios norteadores de Wanda de

Aguiar Horta para quem a enfermagem foi o maior bem de sua vida pois cuidava de

seus pacientes como se fossem seus filhos

Considerando a taxa de envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira vale destacar

tambeacutem a abertura de mercado gerontoloacutegico para o profissional de enfermagem

Percebemos que com a taxa de envelhecimento da sociedade brasileira acelerada

a demanda por profissionais de enfermagem iraacute aumentar consideravelmente tendo

em vista a necessidade desse profissional para a praacutetica do cuidado com o sujeito

idoso

66

Discussotildees mais aprofundadas em torno do sujeito idoso precisam ser realizadas nas

academias com o intuito de formar profissionais competentes e com entendimento

desse setor pois conforme foi falado eacute um capo em franco crescimento devido ao

envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira Quanto mais capacitado for o profissional

melhor colocaccedilatildeo obteraacute no mercado de trabalho e melhores cuidados conseguiraacute

dispor em favor do paciente idoso

67

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ACIOLE Giovanni Gurgel BATISTA Lucia Helena Promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de incapacidades funcionais dos idosos na estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia a contribuiccedilatildeo da fisioterapia Sauacutede debate Rio de Janeiro v 37 n 96 p 10-19 mar 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-11042013000100003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON O que eacute Parkinson Disponiacutevel em lt

httpwwwparkinsonorgbrgt Acesso em 04 de junho de 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER O que eacute o Alzheimer Disponiacutevel em lt httpwwwabrazorgbrindexphppage=alzheimergt Acesso em 04 de junho de 2018 BAPTISTA Rafael Reimann VAZ Marco Aureacutelio Arquitetura muscular e o envelhecimento adaptaccedilatildeo funcional e aspectos cliacutenicos revisatildeo de literatura Fisioterapia e Pesquisa Satildeo Paulo v16 n4 p368-73 outdez 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdffpv16n415pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 BRASIL Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Osteoporose Boletim Sauacutede e Economia Ano I ndash Ediccedilatildeo nordm 1 agosto de 2009 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt

httpportalanvisagovbrdocuments33884412285Boletim+SaC3BAde+e+Economia+nC2BA+17d49dea4-6610-4a71-9154-c4df75c3dd53gt Acesso em 25 de maio de 2018 BRASIL Cacircmara dos Deputados Estatuto do Idoso Ministeacuterio da Sauacutede - 3 ed 2 reimpr - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2013 70 p ______ Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos Guia de Vigilacircncia em Sauacutede volume uacutenico [recurso eletrocircnico] Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos 2ordf Ed Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2017 705 p Disponiacutevel em lthttpportalarquivos2saudegovbrimagesPDF2017outubro16Volume-Unico-2017pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 ______ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica A Siacutentese dos Indicadores Sociais Uma Anaacutelise das Condiccedilotildees de Vida da Populaccedilatildeo Brasileira - 2016 Disponiacutevel em lthttpswwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimossinteseindicsociais2016defaultshtmgt Acesso em 06 de abril de 2018 ______ Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo nordm 358 do Conselho Federal de Enfermagem 15 de outubro de 2009 (BR) 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384htmlgt Acesso em 27 de abril de 2018

68

BUSNELLO Roberta et al Niacutevel de conhecimento de idosos sobre diabetes mellitus e sua percepccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave qualidade de vida Rev Kairoacutes Gerontologia 201215(3)81-94 Disponiacutevel em lthttpsrevistaspucspbrindexphpkairosarticleviewFile784011432gt Acesso em 23 de abril de 2018 CAMARGOS Mirela Castro Santos BOMFIM Wanderson Costa Osteoporose e Expectativa de Vida Saudaacutevel estimativas para o Brasil em 2008 Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 25 n 1 p 106-112 mar 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2017000100106amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de maio de 2018 CLARES Jorge Wilker Bezerra FREITAS Maria Ceacutelia de PAULINO Monnyck Hellen Couto Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem ao idoso institucionalizado fundamentada em Virginia Henderson Rev Rene (Online) 14(3) 649-658 maio ndash junho de 2013 Disponiacutevel em lt httppesquisabvsaludorgenfermagemresourceptbde-24492gt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 CORDEIRO Juliana et al Efeitos da atividade fiacutesica na memoacuteria declarativa capacidade funcional e qualidade de vida em idosos Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 3 p 541-552 Sept 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000300541amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA [recurso eletrocircnico] definiccedilotildees e classificaccedilatildeo 2012-2014 [NANDA International] traduccedilatildeo Regina Machado Garcez revisatildeo teacutecnica Alba Lucia Bottura Leite de Barros [et al] ndash Dados eletrocircnicos ndash Porto Alegre Artmed 2013 Centro Avanccedilado de Medicina Preventiva ENVELHECIMENTO - Sob o ponto de vista esteacutetico e meacutedico 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwcamepcombrenvelhecimentogt Acesso em 23 maio 2018 ENFERMEIRO aprendiz As Orientaccedilotildees de Enfermagem em Osteoporose 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwenfermeiroaprendizcombras-orientacoes-de-enfermagem-em-osteoporosegt Acesso em 25 maio 2018 ESQUENAZI Danuza SILVA R Boiccedila da GUIMARAtildeES Marco Antocircnio (2014) Aspectos fisiopatoloacutegicos do envelhecimento humano e quedas em idosos Rev Hosp Univ Pedro Ernesto 13(2)11-20 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg1012957rhupe201410124gt Acesso em 04 de junho de 2018 FAEDA Mariacutelia Silveira PERROCA Maacutercia Galan Conformidade na prescriccedilatildeo de enfermagem agraves necessidades de cuidados concepccedilatildeo de enfermeiros Rev Bras Enferm Brasiacutelia v 70 n 2 p 400-406 Apr 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672017000200400amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 May 2018

69

FILHO Mario Alves de Siqueira Envelhecimento e muacutesculo esqueleacutetico forccedila muscular atividade proteassomal e sinalizaccedilatildeo relacionada ao balanccedilo proteacuteico 2012 68 p Tese apresentada ao programa de poacutes-graduaccedilatildeo em fisiologia humana (Doutor em ciecircncias) - Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis4242137tde-12062013-102648enphpgt Acesso em 10 abr 2018 FONSECA Emiacutelio Prado da et al Mortalidade por cacircncer bucal e orofaringe no Brasil entre 2002 e 2011 Revista da Faculdade de Ciecircncias Gerenciais de Manhuaccedilu Manhuaccedilu MG v 11 n 2 p 08-17 Agosto-Dezembro 2014 Disponiacutevel em lthttppensaracademicofacigedubrindexphppensaracademicoarticleview216gt Acesso em 04 de junho de 2018 FLOREcircNCIO Raquel Sampaio et al Adesatildeo ao idoso ao tratamento para hipertensatildeo arterial e intervenccedilotildees de enfermagem Rev Rene 2012 13(2) 343-53 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicosufcbrrenearticleviewFile39243114gt Acesso em 22 de abril de 2018 GARCIA Telma Ribeiro Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem aspecto substantivo da praacutetica profissional Esc Anna Nery Rio de Janeiro 2016 20(1) 5-10 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeanv20n11414-8145-ean-20-01-0005pdfgt Acesso em 27 de abril de 2018 GUERRA Ana Carolina Lima Cavaletti CALDAS Ceacutelia Pereira Dificuldades e recompensas no processo de envelhecimento a percepccedilatildeo do sujeito idoso Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2931-2940 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600031amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 GONCALVES Lucia Hisako Takase ALVAREZ Angela Maria ARRUDA Micheli Coral Pacientes portadores da doenccedila de Parkinson significado de suas vivecircncias Acta paul enferm Satildeo Paulo v 20 n 1 p 62-68 Marccedilo 2007 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002007000100011amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 GONCALVES Endy-Ara Gouvea CARMO Joatildeo dos Santos Diagnoacutestico da doenccedila de Alzheimer na populaccedilatildeo brasileira um levantamento bibliograacutefico Rev Psicol Sauacutede Campo Grande v 4 n 2 p 170-176 dez 2012 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S2177-093X2012000200010amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 JARDIM Luciana Muniz Sanches Siqueira Veiga et al Tratamento Multiprofissional da Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica em Pacientes Muito Idosos Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 108 n 1 p 53-59 Jan 2017 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0066-782X2017000100053amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 JUSTO Joseacute Sterza ROZENDO Adriano da Silva A velhice no Estatuto do Idoso Estud pesqui psicol Rio de Janeiro v 10 n 2 p 471-489 ago 2010

70

Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1808-42812010000200012amplng=ptampnrm=isogt acessos em 22 abr 2018 KOKUDAI Laiacutes Aparecida ALVARENGA Maacutercia Regina Martins Classificaccedilatildeo das necessidades de sauacutede de idosos de acordo com a taxonomia NANDA 2010 Rev Anais do Eniac 6 p Disponiacutevel em lthttpsanaisonlineuemsbrindexphpenicarticleview13241337gt Acesso em 30 de abril de 2018 KUWAE Christiane Ayumi et al Concepccedilotildees de alimentaccedilatildeo saudaacutevel entre idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ normas nutricionais normas do corpo e normas do cotidiano Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 18 n 3 p 621-630 Sept 2015 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232015000300621amplng=enampnrm=isogt Acesso em 20 de maio de 2018 LEAO E SILVA Leonardo Oliveira et al Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica Representaccedilotildees Sociais de idosos sobre a doenccedila e seu tratamento Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 21 n 2 p 121-128 June 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2013000200004amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 de maio de 2018 LIMA Deborah Mendonccedila et al A hipovitaminose B12 eacute fator de risco para desenvolvimento de osteoporose Anais do Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - 1 ed - Satildeo Paulo AC Farmacecircutica 2014 Disponiacutevel em lthttpssbggorgbrwp-contentuploads2014101479477498_Anais_CBGG_-_Verso_finalpdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 LIRA Luana Nogueira et al Histoacuterico de enfermagem para idosos hospitalizados base para diagnoacutesticos e prescriccedilotildees Rev enferm UFPE on line Recife 7(8) 5198-206 ago 2013 Disponiacutevel em lthttpsperiodicosufpebrrevistasrevistaenfermagemarticleviewFile1179314165gt Acesso em 22 de maio de 2018 MANCINI Marisa Cotta SAMPAIO Rosana Ferreira Quando o objeto de estudo eacute a literatura estudos de revisatildeo Rev bras fisioter Satildeo Carlos v 10 n 4 Dec 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-35552006000400001amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 MARQUES Luiz Paulo Joseacute MOREIRA Rosa Maria Portella SANTOS Omar da Rosa Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio nos idosos Satildeo Paulo Editora Sarvier 2010 p 150 ndash 154 Disponiacutevel em lthttpswwwresearchgatenetpublication283487098_INFECCAO_DO_TRATO_URINARIO_NOS_IDOSOSgt Acesso em 30 de abril de 2018 MATTOS Carine Magalhatildees Zanchi de et al Processo de enfermagem aplicado a idosos com alzheimer que participam do projeto estrateacutegias de reabilitaccedilatildeo Estud Interdiscipl Envelhec Porto Alegre v16 ediccedilatildeo especial p 433-447 2011 Disponiacutevel em

71

lthttpseerufrgsbrindexphpRevEnvelhecerarticleview1792116307gt Acesso em 22 de maio de 2018 MACIEL Marcos Gonccedilalves Atividade fiacutesica e funcionalidade do idoso Motriz rev educ fis (Online) Rio Claro v 16 n 4 p 1024-1032 Dec 2010 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1980-65742010000400023amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de junho de 2018 MENEZES Luiza Tereza Gadelha de et al ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA In Congresso Nacional de Envelhecimento Humano 2016 Natal - RN ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA [Sl sn] 2016 p 1-6 Disponiacutevel em lthttpwwweditorarealizecombrrevistascnehtrabalhosTRABALHO_EV054_MD4_SA4_ID558_17082016145144pdfgt Acesso em 22 maio 2018 MORAIS Olga Nazareacute Pantoja de Grupos de idosos atuaccedilatildeo da psicogerontologia no enfoque preventivo Psicol cienc prof Brasiacutelia v 29 n 4 p 846-855 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-98932009000400014amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 06 abr 2018 MOTA Leandro Silva SOUSA Elton Geraldo de AZEVEDO Francisco Honeidy Carvalho Intercorrecircncias da osteoporose na qualidade de vida dos idosos Revista Interdisciplinar NOVAFAPI Teresina v5 n2 p44-49 Abr-Mai-Jun 2012 Disponiacutevel em lthttpsrevistainterdisciplinaruninovafapiedubrrevistainterdisciplinarv5n2revrev1v5n2pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 MOROZ Maisa Bastos KLUTHCOVSKY Ana Claudia Garabeli Cavalli SCHAFRANSKI Marcelo Derbli Controle de pressatildeo arterial em idosas hipertensas em uma Unidade de Sauacutede da Famiacutelia e fatores associados Cad Sauacutede Colet 2016 Rio de Janeiro 24 (1) 111-117 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcadscv24n11414-462X-cadsc-24-1-111pdfgt Acesso em 23 de abril de 2018 PEREIRA Erico Felden TEIXEIRA Clarissa Stefani ETCHEPARE Luciane Sanchotene O envelhecimento e o sistema muacutesculo esqueleacutetico Revista Digital n 101 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwefdeportescomefd101envelhhtmgt Acesso em 04 de junho de 2018 PETERNELLA Fabiana Magalhatildees Navarro MARCON Sonia Silva Descobrindo a Doenccedila de Parkinson impacto para o parkinsoniano e seu familiar Rev bras enferm Brasiacutelia v 62 n 1 p 25-31 Feb 2009 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672009000100004amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 REIS Luciana Arauacutejo dos TRAD Leny Alves Bonfim Suporte familiar ao idoso com comprometimento da funcionalidade a perspectiva da famiacutelia Psicol teor prat Satildeo Paulo v 17 n 3 p 28-41 dez 2015 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1516-

72

36872015000300003amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 RIBEIRO Aline Lima VEIGA Caroline Lagrotta da Associaccedilatildeo entre a capacidade cognitiva e a ocorrecircncia de quedas em idosos de juiz de fora Minas Gerais Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Federal de Juiz de Fora 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwufjfbrfacfisiofiles201307TCC-Aline-Carolinepdfgt Acesso em 10 de abril de 2008 RORIZ-FILHO Jarbas et al Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio Medicina (Ribeiratildeo Preto) 201043(2) 118-25 Disponiacutevel emlthttpwwwrevistasuspbrrmrparticleview166167gt Acesso em 04 de junho de 2018 RUIVO Susana et al Efeito do envelhecimento cronoloacutegico na funccedilatildeo pulmonar Comparaccedilatildeo da funccedilatildeo respiratoacuteria entre adultos e idosos saudaacuteveis Rev Port Pneumol Lisboa v 15 n 4 p 629-653 ago 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielomecptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0873-21592009000400005amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 07 abril de 2018 SANTOS Beatriz Aparecida dos et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem (SAE) no atendimento domiciliar ao paciente portador de osteoporose Revista Sauacutede em Foco ndashEdiccedilatildeo nordm 9 ndash Ano 2017 Disponiacutevel em lthttpunifiaedubrrevista_eletronicarevistassaude_focoartigosano2017072_sistematizacao_ass_enfermagem_saepdf gt Acesso em 25 de maio de 2018 SANCHES Ana Paula R Amadio LEBRAO Maria Luacutecia DUARTE Yeda Aparecida de Oliveira Violecircncia contra idosos uma questatildeo nova Saude soc Satildeo Paulo v 17 n 3 p 90-100 Sept 2008 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-12902008000300010amplng=enampnrm=isogt access on 22 Apr 2018 SENA Edite Lago da Silva et al Tecnologia cuidativa de ajuda muacutetua grupal para pessoas com Parkinson e suas famiacutelias Texto contexto - enferm Florianoacutepolis v 19 n 1 p 93-103 mar 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000100011amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 SERENIKI Adriana VITAL Maria Aparecida Barbato Frazatildeo A doenccedila de Alzheimer aspectos fisiopatoloacutegicos e farmacoloacutegicos Rev psiquiatr Rio Gd Sul Porto Alegre v 30 n 1 supl 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0101-81082008000200002amplng=enampnrm=isogt Acesso em 23 de abril de 2018 SILVA Bruna Rodrigues da FINOCCHIO Ana Luacutecia A velhice como marca da atualidade uma visatildeo psicanaliacutetica Viacutenculo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 23-30 dez 2011 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-24902011000200004amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018

73

SILVA Elisama Gomes Correia et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacutetica Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 45 n 6 p 1380-1386 Dec 2011 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000600015amplng=enampnrm=isogt access on 22 May 2018 SOUZA Rosangela Ferreira de SKUBS Thais BRETAS Ana Cristina Passarella Envelhecimento e famiacutelia uma nova perspectiva para o cuidado de enfermagem Rev bras enferm Brasiacutelia v 60 n 3 p 263-267 June 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672007000300003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de maio de 2018 SOUZA Emannuely Silva de ALVES Thalita Isapaula Feacutelix PASSOS Ana Beatriz Barbosa Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem a um Idoso com Parkinson em uma Instituiccedilatildeo de Apoio do Municiacutepio de Ipatinga Revista Enfermagem Integrada ndash Ipatinga Unileste-MG - V3 - N2 - NovDez 2010 Disponiacutevel em lt httpswwwunilestemgbrenfermagemintegradaartigoV3_209-sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem-a-um-idoso-com-parkinsonpdf gt Acesso em 02 de maio de 2018 TAGLIARINI Mariana Hidroginaacutestica na terceira Idade Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndashUNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2008 Lins 2008 62p il 31cm Disponiacutevel em lthttpwwwunisalesianoedubrbibliotecamonografias46264pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 TAYLOR Carol et al Fundamentos de enfermagem a arte e a ciecircncia do cuidado de enfermagem 7 ed Porto Alegre Artmed 2014 1768 p TEIXEIRA Ilka Niceacuteia DAquino Oliveira GUARIENTO Maria Elena Biologia do envelhecimento teorias mecanismos e perspectivas Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2845-2857 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600022amplng=enampnrm=isogt Acessado em 06 de abril de 2018 TOSIN Michelle Hyczy de Siqueira et al Intervenccedilotildees de Enfermagem para a reabilitaccedilatildeo na doenccedila de Parkinson mapeamento cruzado de termos Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 24 e2728 2016 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692016000100360amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 VARGAS Liane da Silva de LARA Marcus Viniacutecius Soares de MELLO-CARPES Pacircmela Billig Influecircncia da diabetes e a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico e atividades cognitivas e recreativas sobre a funccedilatildeo cognitiva e emotividade em grupos de terceira idade Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 4 p 867-878 dez 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000400867amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 23 abr 2018

74

VERAS Renato Peixoto Prevenccedilatildeo de doenccedilas em idosos os equiacutevocos dos atuais modelos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28 n 10 p 1834-1840 Oct 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-311X2012001000003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 VETTORE Marcelo Vianna et al Avaliaccedilatildeo do manejo da infecccedilatildeo urinaacuteria no preacute-natal em gestantes do Sistema Uacutenico de Sauacutede no municiacutepio do Rio de Janeiro Rev bras epidemiol Satildeo Paulo v 16 n 2 p 338-351 jun 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-790X2013000200338amplng=ptampnrm=isogt acessos em 30 abr 2018

Page 11: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens28

Quadro 2 - Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso29

Quadro 3 - Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento34

Quadro 4 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento36

Quadro 5 - Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos40

Quadro 6 - Alimentos recomendados para idosos41

Quadro 7 - Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso49

Quadro 8 - Etapas do processo de enfermagem54

Quadro 9 - Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem56

Quadro 10 - Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE)59

LISTA DE SIGLAS

COFEN ndash Conselho Federal de Enfermagem

OMS ndash Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede

SAE ndash Sistema de Assistecircncia de Enfermagem

SCIELO ndash Scientific Electronic Library Online

BVS - Biblioteca Virtual em Sauacutede

DeCS - Descritores em Ciecircncia da Sauacutede

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

SNC - Sistema Nervoso Central

SUS - Sistema Puacuteblico de Sauacutede

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

AVC - Acidente Vascular Cerebral

ITU - Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

CE - Comitecirc de Eacutetica

PE - Processo de Enfermagem

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO25

11 OBJETIVOS26

111 Objetivo geral26

112 Objetivos especiacuteficos26

12 JUSTIFICATIVA26

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO27

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO

IDOSA NO BRASIL27

22 ESTATUTO DO IDOSO29

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO30

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO

ENVELHECIMENTO31

241 Mecanismos do envelhecimento32

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio35

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco35

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico36

2414 Envelhecimento do sistema nervoso38

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO38

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso39

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso40

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE42

261 Mal de Parkinson42

262 Doenccedila de Alzheimer45

263 Diabetes Mellitus46

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica47

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio48

266 Osteoporose49

3 METODOLOGIA53

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO55

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO55

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) 55

412 Processo de Enfermagem56

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos57

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS65

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS67

25

1 INTRODUCcedilAtildeO

O aumento da populaccedilatildeo idosa tem preocupado todas as autoridades devido ao

aumento do gasto previdenciaacuterio o que se torna um problema de enormes

proporccedilotildees tendo em vista o fato de o governo ter que disponibilizar a cada ano mais

verba para este segmento populacional que jaacute passa dos 15 milhotildees de brasileiros

Tais problemas colocados pela miacutedia amplifica o preconceito com o sujeito idoso e

com isso o medo de envelhecer fica latente a cada dia em que o sujeito chega agrave

terceira idade pois vislumbra-se um futuro sombrio no qual o preconceito conforme

falado seraacute enorme poliacuteticas de ajuda piacutefias verbas escassas e em muitos casos

falta de apoio familiar (GUERRA CALDAS 2010)

Um dos motivos que estatildeo proporcionando o aumento de idosos no Brasil eacute a melhoria

de diversos indicadores E como o aumento da populaccedilatildeo idosa acarreta seacuterios

problemas para a economia de um paiacutes torna-se importante desenvolver poliacuteticas que

podem auxiliar o idoso a envelhecer melhor com qualidade controlando as doenccedilas

caracteriacutesticas da terceira idade funcional e contribuindo com o Estado para que

este natildeo venha a entrar em colapso (VERAS 2012)

Estudos cientiacuteficos tecircm comprovado que exerciacutecios fiacutesicos combinados a uma boa

alimentaccedilatildeo e ateacute mesmo remeacutedios fitoteraacutepicos contribuem para uma melhoria

consideraacutevel para a sauacutede fiacutesica e mental dos idosos o que eacute algo bastante

interessante tendo em vista que a maioria dos acidentes com pessoas idosas ocorrem

quando o sujeito idoso sem forccedila muscular se machuca em pequenas atividades

dentro de casa ou quando sua sauacutede mental natildeo proporciona um envelhecimento

confortaacutevel ou quando as doenccedilas crocircnicas caracteriacutesticas da terceira idade se

apresentam intensamente (ACIOLE BATISTA 2013)

Nos dias atuais um carimbo que existe sobre o sujeito idoso eacute o descaso com ele

satildeo colocados agrave margem da sociedade Muitos natildeo possuem mais aptidatildeo para

trabalhos e muitos apresentam problemas de sauacutede que demandam um cuidado

especial muita atenccedilatildeo e com a ldquovida corridardquo quem deveria cuidar do idoso acaba

negligenciando sua funccedilatildeo e por isso vaacuterios idosos acabam indo para instituiccedilotildees de

asilo que muitas vezes natildeo oferecem condiccedilotildees miacutenimas de cuidados (SILVA

FINOCCHIO 2011)

Por outro lado instituiccedilotildees seacuterias de abrigo de idosos possuem profissionais de

26

diversas aacutereas do saber que atuam em conjunto para um cuidado eficaz do sujeito

idoso Dentre esses profissionais que auxiliam no cuidado do idoso uma figura que

se destaca eacute o enfermeiro que desenvolve ldquosuas atividades com os idosos por meio

de um processo de cuidar que contempla os aspectos biopsicossociais e espirituais

vivenciados durante a institucionalizaccedilatildeordquo quando utiliza a Sistematizaccedilatildeo de

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) por intermeacutedio do Processo de Enfermagem (PE)

permitindo ldquouma avaliaccedilatildeo integral do idoso identificando necessidades e padrotildees de

resposta aos problemas de sauacutede para a determinaccedilatildeo de soluccedilotildees apropriadas no

atendimento dessas necessidadesrdquo (CLARES FREITAS PAULINO 2013 p 02)

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

bull Analisar a partir de uma revisatildeo de literatura a Assistecircncia de Enfermagem ao

sujeito idoso

112 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever o processo de envelhecimento

bull Listar as principais doenccedilas que acometem a populaccedilatildeo idosa

bull Identificar as principais estrateacutegias de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem (SAE) para a populaccedilatildeo idosa

12 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista o aumento do nuacutemero de sujeitos idosos no Brasil devido ao aumento

da expectativa de vida e por ser esta autora jaacute atuante como enfermeira na

assistecircncia agraves pessoas idosas natural foi a escolha pelo tema aqui desenvolvido

27

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO IDOSA

NO BRASIL

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) oacutergatildeo do governo responsaacutevel

por coletar informaccedilotildees a respeito da sociedade brasileira para um melhor

entendimento da realidade lanccedilou em 2016 um livro com uma siacutentese de indicadores

sociais e uma anaacutelise das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo brasileira Tal livro

permeado de dados estatiacutesticos foi utilizado para levantar as estatiacutesticas a respeito

da populaccedilatildeo idosa do Brasil e assim seraacute aqui referenciado

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

A evoluccedilatildeo da composiccedilatildeo populacional por grupos de idade aponta para a tendecircncia de envelhecimento demograacutefico que corresponde ao aumento da participaccedilatildeo percentual dos idosos na populaccedilatildeo e a consequente diminuiccedilatildeo dos demais grupos etaacuterios (BRASIL 2016 p 13)

A constataccedilatildeo de que a sociedade brasileira estaacute envelhecendo pode ser confirmada

na Tabela 01 que reforccedila o que jaacute foi citado anteriormente

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade

IDADE (anos) 2005 () 2015 ()

0 ndash 14 265 210 15 - 29 274 236 30 - 59 362 410

Acima de 60 98 143

Fonte Brasil (2016 p 13)

Ainda sobre a Tabela 01 observa-se a evoluccedilatildeo da populaccedilatildeo brasileira entre os anos

de 2005 a 2015 Observa-se pela tabela que a populaccedilatildeo idosa saiu dos 98 em

2005 para 143 em 2015 ou seja em uma deacutecada a populaccedilatildeo idosa cresceu cerca

de 46 Eacute um crescimento enorme Com essa dinacircmica populacional a expectativa

eacute que em 2050 a populaccedilatildeo idosa no Brasil fique ligeiramente abaixo dos 30

conforme eacute ilustrado na Figura 01 Ela tambeacutem apresenta a projeccedilatildeo da evoluccedilatildeo de

pessoas com mais de 60 anos no restante do mundo (BRASIL 2016)

28

Figura 01 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo

Fonte Brasil (2016) (Adaptado pela autora)

O sujeito idoso apresenta diversas dificuldades no seu dia-a-dia e torna-se um desafio

enorme para a sociedade brasileira como um todo em vista da preocupaccedilatildeo que se

deve ter com o sujeito idoso No Quadro 01 algumas caracteriacutesticas pertinentes aos

idosos (BRASIL 2016)

Quadro 01 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens CARACTERIacuteSTICAS QUANTIDADE

Alguma dificuldade permanente para caminhar 330 ()

Vivem em domiciacutelios em aacutereas sem arborizaccedilatildeo 275 ()

Entidade de assistecircncia social privada sem fins lucrativos 8283

Jaacute se sentiram discriminados no serviccedilo sauacutede 84 ()

Niacutevel de ocupaccedilatildeo dos idosos 263 ()

Proporccedilatildeo de idosos ocupados que recebem aposentadoria 538 ()

Ensino fundamental incompleto 655 ()

Sem plano meacutedico ou odontoloacutegico 680 ()

Sintomas de depressatildeo 93 ()

Fonte Brasil (2016)

O Quadro 01 apresenta diversas informaccedilotildees a respeito do sujeito idoso A que mais

chama atenccedilatildeo eacute a quantidade de idosos sem plano de sauacutede ou odontoloacutegico algo

em torno de 68 pois como eacute sabido a sauacutede puacuteblica no Brasil eacute precaacuteria e com

isso o idoso que acaba por depender do sistema puacuteblico natildeo tem um atendimento

eficaz o que pode agravar suas condiccedilotildees fiacutesicas e de sauacutede (BRASIL 2016)

29

22 ESTATUTO DO IDOSO

O estatuto do idoso eacute o nome popular dado a Lei nordm 10741 de 1ordm de outubro de 2003

que veio para regular os direitos das pessoas com mais de sessenta anos assim

consideradas idosas (BRASIL 2013)

O referido documento agrupou leis que jaacute existiam organizando-as em blocos Todos

os direitos a que o idoso tem mas que em diversas ocasiotildees satildeo deliberadamente

usurpados foram bem discutidos nesta lei Seu art 2ordm assim institui

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes agrave pessoa humana sem prejuiacutezo da proteccedilatildeo integral de que trata esta Lei assegurando-se-lhe por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades para preservaccedilatildeo de sua sauacutede fiacutesica e mental e seu aperfeiccediloamento moral intelectual espiritual e social em condiccedilotildees de liberdade e dignidade (BRASIL 2013 p 07)

O idoso possui sempre prioridades devido a uma seacuterie de fatores e acima de tudo

devido agrave sua fragilidade pela idade avanccedilada O estatuto do idoso determina quais

satildeo essas prioridades No Quadro 02 elas satildeo delineadas (BRASIL 2013)

Quadro 02 ndash Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso INCISO PRIORIDADES

I Ter atendimento prioritaacuterio e personalizado junto a oacutergatildeos que prestam serviccedilos de sauacutede agrave populaccedilatildeo

II Ter prioridades diante das poliacuteticas sociais elaboradas para a sauacutede puacuteblica

III Destinaccedilatildeo privilegiada de recursos puacuteblicos para os setores que possuem obrigaccedilotildees de proteccedilatildeo ao idoso

IV Desenvolvimento de poliacuteticas que torne possiacutevel o conviacutevio do idoso com pessoas de outras geraccedilotildees

V Ser cuidado por membros de sua famiacutelia sendo que a acolhida em abrigos de idosos seria em uma uacuteltima situaccedilatildeo

VI Capacitaccedilatildeo dos profissionais que cuidam de idosos para prestar um atendimento de qualidade de atualizado

VII No desenvolvimento de poliacuteticas que possibilitem a divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees educativas a respeito do idoso para o puacuteblico em geral

VIII Garantia de acessibilidade aos serviccedilos de sauacutede e de assistecircncia social do Estado

IX Primazia quando do recebimento da restituiccedilatildeo do Imposto de Renda

Fonte Brasil (2013) (Adaptado pela autora)

Como pode-se observar no Quadro 02 as prioridades a que o idoso tem direito satildeo

vaacuterias poreacutem o que se observa na praacutetica eacute que muitas delas satildeo ignoradas A cultura

de cada paiacutes diz se os seus velhos seratildeo beneficiados com o respeito ou se seratildeo

maltratados No Brasil impera a cultura de descaso com o sujeito da terceira idade e

muitas vezes vaacuterios deles sofrem verdadeiros maus tratos seja fiacutesica seja

psicologicamente (SANCHES LEBRAO 2008)

30

Referida norma nos dizeres de Justo e Rozendo (2010) apresenta natildeo apenas o

instrumento juriacutedico para preservar e garantir a dignidade do idoso mas ldquo[] mas

tambeacutem como uma produccedilatildeo simboacutelica e conceitual que mediante um conjunto de

signos representaccedilotildees imagens e saberes configura o idoso na cultura []rdquo (JUSTO

ROZENDO 2010 p 472)

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO

O ser humano eacute um animal social e por isso desde haacute muito tempo de eacutepocas

remotas eles se organizam dando alguma ideia de famiacutelia conforme entendemos

atualmente No entanto a ideia de famiacutelia muda agrave medida que a histoacuteria evolui e se

antes o sujeito idoso era considerado o ente mais importante de sua famiacutelia devido

aos conhecimentos que adquiriu ao longo de sua jornada nos dias atuais essa

premissa jaacute natildeo eacute tatildeo mais importante e devido a isso observa-se poucos idosos no

seio da famiacutelia com sua consequente diminuiccedilatildeo (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

Quando se pensa em famiacutelia como instituiccedilatildeo social o que precisa ser levado em

consideraccedilatildeo para uma anaacutelise mais ampla a respeito dessa instituiccedilatildeo social satildeo

ldquo[] aspectos como afetividade companheirismo solidariedade sentimentos e accedilotildees

que podem ser encontradas fora dos laccedilos consanguiacuteneosrdquo Ou seja natildeo se eacute famiacutelia

somente aqueles que possuem o mesmo sangue mas existem outros fatores que

demonstram ser um agrupamento de pessoas considerado famiacutelia ldquoEacute uma construccedilatildeo

social influenciada pela cultura e contexto histoacuterico em que foi concebida []rdquo

(SOUZA SKUBS BRETAS 2007 p 264)

A vida do ser humano eacute repleta de fases desde agrave infacircncia ateacute a velhice Em cada fase

existe todo um conjunto cultural que daacute suporte agravequela fase e por isso nas famiacutelias

atuais existe um certo conflito entre membros familiares de geraccedilotildees diferentes pois

convivem muitas vezes em uma mesma residecircncia crianccedilas adolescentes adultos

e velhos e por isso um maior cuidado para que tais diferenccedilas natildeo interfiram na

harmonia do lar (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

E com o sujeito idoso haacute de se ter uma atenccedilatildeo especial devido a todos os fatores

envolvidos em sua mudanccedila de idade e com a chegada da velhice Tais fatores satildeo

os sociais psicoloacutegicos materiais financeiros autonomia etc Dessa forma o idoso

tende a dar mais trabalho pois uma vez que fora independente e natildeo eacute mais uma

31

vez que fora forte e natildeo eacute mais apresenta uma paciecircncia bastante curta Assim os

familiares que em volta dele estatildeo precisam ter bastante amor e carinho para um

excelente cuidado pois eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia assim fazer conforme preceitua a

Constituiccedilatildeo Federal (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

O apoio da famiacutelia para o sujeito idoso eacute de suma importacircncia para que ele possa ter

uma velhice confortaacutevel e saudaacutevel Reis e Trad possuem palavras interessantes a

respeito Vejamos

O suporte familiar contribui de maneira significativa para a manutenccedilatildeo e a integridade fiacutesica e psicoloacutegica do indiviacuteduo Seu efeito eacute tido como beneacutefico no membro da famiacutelia que o recebe na medida em que o suporte eacute percebido como disponiacutevel e satisfatoacuterio [] Dessa forma eacute fundamental para o planejamento assistencial adequado ao idoso a compreensatildeo do contexto familiar o que implica o entendimento das questotildees que envolvem a formaccedilatildeo e a dinacircmica de funcionamento das famiacutelias em geral (REIS TRAD 2015 p 30)

No entanto abrigos repletos de sujeitos idosos demonstram que na grande maioria

dos casos os familiares preferem abandonar os seus velhos aos cuidados de

enfermeiros que nem conhecem se estatildeo capacitados para lidar com as

necessidades Mesmo com o advento do estatuto do idoso ele continua sofrendo

severos preconceitos (REIS TRAD 2015)

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO

No Brasil de hoje tem-se observado um crescimento substancial do nuacutemero de

sujeitos idosos (aqueles com mais de 60 anos de acordo com o estatuto do idoso) e

isso eacute algo bastante preocupante tendo em vista a infraestrutura precaacuteria do sistema

de sauacutede Apenas a tiacutetulo de entendimento de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatiacutestica (IBGE) a quantidade de sujeitos idosos em 2016 era em cerca

de 143 (BRASIL 2016)

Existem basicamente dois motivos pelos quais a quantidade de sujeitos idosos vem

aumentando no Brasil que satildeo a reduccedilatildeo da taxa de natalidade e a reduccedilatildeo da

mortalidade A tecnologia vem ajudando consideravelmente para que esses dois

fatores sejam os reais motivos pelo aumento da taxa de idosos (MORAIS 2009)

A afirmativa anterior eacute reforccedilada pelo IBGE conforme segue ldquoAs mudanccedilas na razatildeo

de dependecircncia estatildeo diretamente associadas agrave diminuiccedilatildeo da fecundidade e ao

32

aumento na longevidade da populaccedilatildeo especialmente na populaccedilatildeo idosardquo (BRASIL

2016 p 17)

Dessa forma o ato de envelhecer passa a ser visto como algo a que todos os

brasileiros passaratildeo um dia pois haacute um aumento na expectativa de vida e assim

entender o processo de envelhecimento e desenvolver mecanismos para um

envelhecimento saudaacutevel torna-se fundamental pois idosos saudaacuteveis significa

grosso modo menos problemas tanto para a famiacutelia quanto para o governo Mas esse

menos problema natildeo eacute dito de forma vulgar pejorativa mas sim de forma racional

pois com um idoso saudaacutevel em uma famiacutelia esta famiacutelia natildeo sofre com o sofrimento

dele (MORAIS 2009)

Os desafios que se apresentam com o aumento da populaccedilatildeo idosa no Brasil estatildeo

intimamente interligados com a integraccedilatildeo e o cuidado social com o sujeito idoso com

a sauacutede com a assistecircncia social com a previdecircncia social com a forma de

envelhecer saudaacutevel etc (BRASIL 2016)

Dessa forma importante entender o mecanismo bioloacutegico do envelhecimento e sua

correlaccedilatildeo com o meio fiacutesico para um cuidado mais personalizado

241 Mecanismos do envelhecimento

Teixeira e Guariento afirmam que o conhecimento acerca do envelhecimento ou dos

motivos que o causam satildeo limitados devido agrave falta de pesquisas experimentais com

seres humanos o que eacute vedado pela eacutetica meacutedica Dessa forma pode-se fazer

apenas experimentos com animais em especial com roedores moscas de frutas e

isso acaba natildeo trazendo um real significado acerca do processo de envelhecimento

(TEIXEIRA GUARIENTO 2010)

Existem vaacuterias teorias a respeito do envelhecimento e por isso aos poucos foram

sendo agrupadas basicamente em dois grupos a saber teorias programadas e

teorias estocaacutesticas A primeira tem sua ideia central ldquonos reloacutegios bioloacutegicos que

regulam o crescimento a maturidade a senescecircncia e a morterdquo Jaacute a segunda baseia-

se na ldquoidentificaccedilatildeo de agravos que induzem aos danos moleculares e celulares

aleatoacuterios e progressivosrdquo (TEIXEIRA GUARIENTO 2010 p 2846)

33

Fato eacute que os efeitos do envelhecimento satildeo visiacuteveis rugas expostas cabelos

brancos peles caiacutedas dificuldades para se locomoverem decliacutenio das forccedilas

diminuiccedilatildeo do equiliacutebrio diversas doenccedilas dificuldade na respiraccedilatildeo Tudo estaacute

conjuntamente interligado em um processo complexo e variado que envolve tanto o

bioloacutegico quanto o psicossocial e que afeta diversos sistemas Na Figura 02 uma

representaccedilatildeo interessante do processo de envelhecimento (RUIVO et al 2009)

Figura 02 ndash Processo de envelhecimento

Fonte Centro avanccedilado de medicina preventiva (2018)

34

No Quadro 03 eacute apresentado os efeitos da velhice de uma forma geral e resumida

Vaacuterios satildeo os efeitos do envelhecimento no sujeito idoso por isso apenas alguns deles

foram relatados a tiacutetulo de exemplos

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (continua)

MODIFICACcedilOtildeES NO CORPO COM O ENVELHECIMENTO

ESTADO GERAL

Reduccedilatildeo progressiva da eficiecircncia dos processos fisioloacutegicos resulta em equiliacutebrio fraacutegil e impotildee obstaacuteculos agrave capacidade do corpo para manter a homeostase Estressores fiacutesicos e emocionais tornam o idoso mais vulneraacutevel devido agrave diminuiccedilatildeo das reservas fisioloacutegicas O idoso pode continuar a se envolver em todas as atividades da meia-idade embora de maneira intuitiva deva adaptar-se a um ritmo modificado e a periacuteodos de descanso mais frequentes

TEGUMENTAR

Surgimento de rugas e perda da firmeza da pele ocorrem com a reduccedilatildeo da elasticidade ressecamento e descamaccedilatildeo satildeo comuns A queda dos cabelos eacute comum nos homens e as mulheres tecircm afinamento e perda de pigmentaccedilatildeo dos cabelos Sinais de pele e pigmentaccedilatildeo satildeo comuns embora a pele possa clarear devido agrave perda de melanoacutecitos As unhas costumam espessar-se e ficar quebradiccedilas e amareladas

MUSCULOESQUELEacuteTICO

Diminui o tecido subcutacircneo e o peso no idoso A massa e a forccedila musculares diminuem Ocorre desmineralizaccedilatildeo oacutessea e os ossos ficam porosos e quebradiccedilos As articulaccedilotildees tendem a enrijecer e a perder flexibilidade podendo diminuir a amplitude de movimentos Costuma ocorrer lentidatildeo da mobilidade geral e a postura tende a encurvar A altura diminui um pouco

NEUROLOacuteGICO

O Sistema Nervoso Central reage mais lentamente a muacuteltiplos estiacutemulos Assim a resposta cognitiva e comportamental do idoso pode ser retardada Diminui a frequecircncia da reaccedilatildeo reflexa A regulagem da temperatura e a percepccedilatildeo de dorpressatildeo ficam menos eficientes O idoso pode ainda ter dificuldades no equiliacutebrio na coordenaccedilatildeo na motricidade fina e na orientaccedilatildeo espacial o que resulta em maior risco para quedas Costuma encurtar o sono noturno e o idoso pode despertar com mais facilidade

SENTIDOS ESPECIAIS

Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade visual (presbiopia) com maior sensibilidade agrave claridade e menor capacidade de adaptar-se agrave escuridatildeo Reduccedilatildeo da acomodaccedilatildeo reduccedilatildeo da percepccedilatildeo em profundidade e da discriminaccedilatildeo de cores Uma catarata pode obscurecer ainda mais a visatildeo A dificuldade para ler letras miuacutedas pode se tornar mais evidente Dirigir durante o dia ou durante agrave noite pode ficar comprometido Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade auditiva (presbicusia) em especial diminuiccedilatildeo da discriminaccedilatildeo de tons na presenccedila de ruiacutedos ambientais Em consequecircncia dos problemas auditivos o idoso pode retrair-se de eventos sociais As sensaccedilotildees de paladar e olfato diminuem Sensibilidade aos cheiros pode diminuir Problemas nutricionais podem surgir

CARDIOPULMONAR

Os vasos sanguiacuteneos ficam menos elaacutesticos e muitas vezes riacutegidos e tortuosos Depoacutesitos de placas de gordura continuam a ocorrer nos revestimentos dos vasos sanguiacuteneos Edema e esfriamento das extremidades inferiores podem ocorrer em especial com a diminuiccedilatildeo da mobilidade O corpo tem menor capacidade de aumentar a frequecircncia do coraccedilatildeo e o deacutebito cardiacuteaco mediante atividade A elasticidade pulmonar e a accedilatildeo ciliar diminuem de modo que a desobstruccedilatildeo pulmonar se torna menos eficiente Pode aumentar a frequecircncia pulmonar acompanhada de profundidade diminuiacuteda

35

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (conclusatildeo)

GASTRINTESTINAL Os sucos digestivos continuam a diminuir e reduz-se a absorccedilatildeo de nutrientes Desnutriccedilatildeo e anemia satildeo mais comuns Com a reduccedilatildeo do tocircnus muscular e o peristaltismo diminuiacutedo satildeo comuns queixas de constipaccedilatildeo

DENTICcedilAtildeO Perda e caacuterie dentaacuterias continuam para a maioria dos idosos Os haacutebitos alimentares podem mudar em especial se o idoso natildeo tem dentes ou usa dentaduras que natildeo servem bem

GENITURINAacuteRIO

O fluxo sanguiacuteneo para os rins reduz com a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco A quantidade de unidades de neacutefrons funcionando diminui em 50 Produtos a serem eliminados podem ser filtrados e excretados mais lentamente Liacutequidos e eletroacutelitos permanecem dentro das variaccedilotildees normais mas o equiliacutebrio eacute fraacutegil Cerca de 75 dos homens com mais de 65 anos tecircm hipertrofia da glacircndula prostaacutetica Pode haver a necessidade de cirurgia caso ocorra retenccedilatildeo urinaacuteria Haacute atrofia diminuiccedilatildeo de secreccedilotildees e afinamento do trato genital da mulher idosa

Fonte Taylor e outros (2007 p 460)

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio

O Sistema respiratoacuterio envelhece da mesma forma que o restante do organismo e

muitas vezes ele envelhece mais raacutepido devido agrave enorme quantidade de poluiccedilatildeo a

que estamos sujeitos Nas palavras de Ruivo e outros

Pensa-se que o sistema respiratoacuterio seja o sistema do organismo que envelhece mais rapidamente devido agrave maior exposiccedilatildeo a poluentes ambientais ao longo dos anos As mudanccedilas que ocorrem a este niacutevel satildeo clinicamente relevantes porque a deterioraccedilatildeo da funccedilatildeo pulmonar estaacute associada ao aumento da taxa de mortalidade e aleacutem disso o conhecimento das mesmas contribui para a detecccedilatildeo e prevenccedilatildeo de disfunccedilotildees respiratoacuterias em idosos (RUIVO et al 2009 p 631)

Biologicamente com o envelhecimento a estrutura morfoloacutegica da parede toraacutecica

sofre severas alteraccedilotildees que afetam diretamente os pulmotildees Dessa forma a perda

da elasticidade dentre outros problemas torna-se a mais frequente complicaccedilatildeo

pulmonar entre pessoas idosas (RUIVO et al 2009)

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco

O envelhecimento do sistema cardiacuteaco acarreta diversas complicaccedilotildees ao sujeito

idoso e a dinacircmica de como esse processo se dar eacute melhor explicado por Esquenazi

Silva e Guimaratildees

O coraccedilatildeo eacute constituiacutedo por ceacutelulas musculares os cardiomioacutecitos moleacuteculas de matriz extracelular destacando-se o colaacutegeno e ceacutelulas intersticiais cardiacuteacas tais como fibroblastos e ceacutelulas endoteliais Por tratar-se de ceacutelulas terminalmente diferenciadas a identificaccedilatildeo recente de ceacutelulas-tronco residentes no coraccedilatildeo revelou que os cardiomioacutecitos satildeo repostos mas natildeo

36

na proporccedilatildeo ideal para recuperaccedilatildeo de funccedilatildeo alterada consequente a eventuais perdas (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

Dessa forma pode-se realccedilar algumas mudanccedilas sensiacuteveis que ocorrem com o

envelhecimento e que estatildeo listadas no Quadro 04 abaixo

Quadro 04 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento MUDANCcedilAS ORGAcircNICAS COM O ENVELHECIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

A parede ventricular torna-se mais espessa

Diminuiccedilatildeo das ceacutelulas de cardiomioacutecitos

Aumento do conteuacutedo do colaacutegeno

Alteraccedilatildeo do metabolismo mitocondrial

Maior secreccedilatildeo de colaacutegeno

Induccedilatildeo de apoptose das ceacutelulas musculares lisas da parede arterial

Aumento da rigidez aoacutertica

Alteraccedilatildeo da elasticidade aoacutertica

Disfunccedilatildeo diastoacutelica

Hipertrofia do ventriacuteculo esquerdo

Insuficiecircncia cardiacuteaca congestiva

Fonte Esquenazi Silva e Guimaratildees (2014) (Adaptado pela autora)

No envelhecimento ocorrem mudanccedilas em algumas propriedades do coraccedilatildeo e isso

pode acarretar o surgimento de arritmias cardiacuteacas bem como a diminuiccedilatildeo da

possibilidade de alteraccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca durante situaccedilotildees de estresse

Assim devido agrave mudanccedila da frequecircncia cardiacuteaca na populaccedilatildeo da terceira idade eacute

frequentemente adicionado medicamentos como diureacuteticos medicamentos que atuam

para combater a arritmia etc (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico

Haacute diversos estudos que tentam provar que o processo de envelhecimento estaacute

associado agrave diminuiccedilatildeo da massa muscular fenocircmeno conhecido como sarcopenia

Este fenocircmeno debilita diretamente a arquitetura muscular alterando diversas

propriedades tais como ldquoaacuterea da seccedilatildeo transversa anatocircmica comprimento das fibras

musculares volume e acircngulo de penaccedilatildeo dos muacutesculosrdquo Ocasiona uma reduccedilatildeo das

forccedilas do paciente da capacidade aeroacutebica e da taxa metaboacutelica Juntos esses

fatores influenciamalteram a qualidade de vida pois podem aumentar a taxa de

quedas e ocasionar outros problemas ao idoso que repercutem em todos os campos

de sua vida (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

37

Os mais novos estudos cientiacuteficos na aacuterea sugerem que o envelhecimento tambeacutem

estaacute relacionado com a diminuiccedilatildeo da rigidez dos tendotildees o que eacute apreciado na obra

de Baptista e Vaz conforme segue

Modificaccedilotildees morfoloacutegicas na unidade muacutesculo-tendatildeo como a sarcopenia ou a diminuiccedilatildeo da rigidez tendiacutenea reconhecidamente causam alteraccedilotildees de suas propriedades mecacircnicas As propriedades mecacircnicas dos muacutesculos determinam sua capacidade de produccedilatildeo de forccedila em diferentes comprimentos e velocidades podendo assim influenciar de maneira significativa as atividades de vida diaacuteria dos seres humanos independente da faixa etaacuteria (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

Natildeo se consegue entender exatamente como ocorre o processo da sarcopenia pois

eacute um processo complexo no qual diversos outros processos contribuem para que

aconteccedila Alguns estudos sugerem que a diminuiccedilatildeo da ativaccedilatildeo neuromuscular eacute

comeccedilo do processo de perda de massa e de forccedila O que eacute bem entendido e

preocupante satildeo os seus efeitos nos sujeitos idosos que provocam diversas outras

consequecircncias (FILHO 2012)

Eacute sabido que tudo estaacute interligado portanto quando ocorre reduccedilatildeo da estrutura

muscular esqueleacutetica isso acarreta outros problemas natildeo soacute de importacircncia material

assim como de importacircncia imaterial como sedentarismo depressatildeo ansiedade

depressatildeo etc A Figura 03 ilustra esse ciacuterculo vicioso (PEREIRA TEIXEIRA

ETCHEPARE 2006)

Figura 03 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento

Fonte Pereira Teixeira e Etchepare (2006)

38

2414 Envelhecimento do sistema nervoso

O envelhecimento como jaacute foi dito provoca uma seacuterie de alteraccedilotildees no organismo do

sujeito idoso No sistema nervoso diversas alteraccedilotildees anatocircmicas e quiacutemicas satildeo

observadas no enceacutefalo e na medula e essas alteraccedilotildees podem ser vistas tanto

macroscopicamente quanto microscopicamente Ateacute mesmo o tamanho do ceacuterebro e

peso dele satildeo modificados agrave medida que o sujeito envelhece na ordem de 2 a cada

uma deacutecada e com diminuiccedilatildeo de proteiacutenas (TAGLIARINI 2008)

De acordo com anaacutelises feitas ao envelhecer diversas alteraccedilotildees acontecem sendo

que as mais vitais satildeo ldquoa diminuiccedilatildeo de ceacutelulas alteraccedilotildees dendriacuteticas placas senis

degeneraccedilatildeo neurofibrilar degeneraccedilatildeo gracircnulo-vacuolar e acuacutemulo de lipofucsinardquo

(TAGLIARINI 2008 p 18)

As alteraccedilotildees morfoloacutegicas produzidas pelo Sistema Nervoso Central (SNC) se

mostram como sendo de suma importacircncia para o devido funcionamento do sistema

nervoso devido agrave importacircncia na geraccedilatildeo e processamento das memoacuterias e no

transporte de informaccedilotildees ateacute os neurocircnios (TAGLIARINI 2008)

Portanto de tudo o que foi falado a respeito do envelhecimento do sistema nervoso

algumas partes ainda natildeo foram provadas e muita coisa ainda deve ser elucidada

com os anos vindouros Tem-se uma ideia de que as modificaccedilotildees ocorrem tanto de

forma central quanto de forma perifeacuterica ldquocom atrofia cerebral devido agrave diminuiccedilatildeo do

nuacutemero de neurocircnios assim como a reduccedilatildeo da quantidade de substacircncias branca e

cinzenta Ocorre ainda reduccedilatildeo da sinaptogecircnese e da velocidade de conduccedilatildeo

nervosa []rdquo (RIBEIRO VEIGA 2013 p25)

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO

Conforme jaacute foi falado anteriormente a populaccedilatildeo brasileira seguindo o ritmo da

populaccedilatildeo mundial estaacute envelhecendo mais devido agraves inovaccedilotildees tecnoloacutegicas Com

isso mais sujeitos idosos procuram serviccedilos meacutedicos por causa das doenccedilas

inerentes agrave terceira idade Essa demanda impulsiona aos governos criarem poliacuteticas

de sauacutede para que o sujeito envelheccedila com sauacutede pois se assim for proporciona

vantagem para todos os que estatildeo envolvidos com o idoso seja seus parentes que

39

cuidam dele seja o Estado que natildeo precisa gastar muito com remeacutedios Isso

proporciona um aliacutevio na previdecircncia divido agrave imensa diacutevida puacuteblica que existe e por

necessitar fazer corte de gastos A seguir seraacute melhor tratado acerca dos benefiacutecios

da atividade fiacutesica para o idoso para ter um envelhecimento sadio e de haacutebitos

saudaacuteveis que precisa ter para o seu dia-a-dia com sauacutede (ACIOLE BATISTA 2013)

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso

Com o crescimento mundial acelerado da populaccedilatildeo idosa diversas poliacuteticas estatildeo

sendo desenvolvidas para fazer com que o idoso envelheccedila com sauacutede tendo em

vista finalidades variadas tais como o fato de a previdecircncia estar sobrecarregada a

constataccedilatildeo de que o Sistema Puacuteblico de Sauacutede (SUS) natildeo atende com qualidade

as premissas mais baacutesicas da populaccedilatildeo Assim se o idoso chegar agrave terceira fase de

sua vida mais dinacircmico e com mais sauacutede enormes benefiacutecios surgiratildeo natildeo somente

para ele assim como para toda a sociedade (FONSECA et al 2014)

Dentre essas poliacuteticas certamente a que incentiva o idoso a praticar esportes eacute a mais

disseminada juntamente com a boa alimentaccedilatildeo pois eacute comprovado cientificamente

que o idoso ao praticar esportes consegue se manter mais saudaacutevel mais luacutecido e

em melhores condiccedilotildees de enfrentamento de doenccedilas que lhe acometem que satildeo

caracteriacutesticas da terceira idade aleacutem de provocar uma melhoria como um todo ao

sujeito idoso em todas as suas dimensotildees (MACIEL 2010)

De acordo com Maciel (2010 p 1024)

Poreacutem ao se refletir sobre as atividades fiacutesicas precisa-se pensar aleacutem dos benefiacutecios biopsicossociais proporcionados pela sua praacutetica como tambeacutem por exemplo compreender as mudanccedilas de comportamentos individuais eou coletivos para a adesatildeo e manutenccedilatildeo dessas atividades Essas soacute proporcionaratildeo os devidos benefiacutecios se realizadas continua e corretamente

As atividades fiacutesicas que satildeo incentivadas para que o idoso possa praticar satildeo

divididas em quatro dimensotildees lazer deslocamento ativo atividades domeacutesticas e

laboral A primeira eacute dita como atividade estruturada jaacute as demais satildeo atividades natildeo-

estruturais Existem vaacuterias vantagens para o sujeito idoso que se movimenta que

pratica alguma atividade fiacutesica As principais vantagens estatildeo apresentadas no

Quadro 05 (MACIEL 2010)

40

Quadro 05 ndash Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos BENEFIacuteCIOS DA ATIVIDADE FIacuteSICA PARA O IDOSO

Aumentomanutenccedilatildeo da capacidade aeroacutebia

Aumentomanutenccedilatildeo da massa muscular

Reduccedilatildeo significativa da taxa de mortalidade

Prevenccedilatildeo de doenccedilas coronarianas

Melhora do perfil lipiacutedico

Transformaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal devido agrave reduccedilatildeo da massa gorda

Prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes e hipertensatildeo arterial comuns ao sujeito idoso

Diminuiccedilatildeo da possibilidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Nas mulheres idosas possibilidade de prevenccedilatildeo do cacircncer de mama e coacutelon

Reduccedilatildeo da ocorrecircncia de demecircncia

Melhora da autoestima e da autoconfianccedila

Reduccedilatildeo dos ataques de ansiedade e do estresse

Consideraacutevel melhora do humor e da qualidade de vida

Fonte Maciel (2010) (Adaptado pela autora)

Cordeiro e outros (2014) fazendo pesquisas com idosos para entender como as

atividades fiacutesicas afetam as funccedilotildees cognitivas sendo estas definidas como as fases

do processo de informaccedilatildeo tais como aprendizagem raciociacutenio atenccedilatildeo e outras

mais concluiacuteram o seguinte

O melhor desempenho do grupo de idosos ativos no teste de memoacuteria emocional pode estar associado a alteraccedilotildees fisioloacutegicas no sistema nervoso central decorrentes da praacutetica da atividade fiacutesica A accedilatildeo da atividade fiacutesica sobre as funccedilotildees cognitivas pode se dar por meio de diversos mecanismos dentre os quais a melhora na circulaccedilatildeo cerebral alteraccedilatildeo na siacutentese e degradaccedilatildeo de neurotransmissores alteraccedilotildees neuroendoacutecrinas e humorais e aumento de fatores de crescimento como o fator neurotroacutefico derivado do ceacuterebro (BDNF) responsaacutevel pela neuroplasticidade eficaacutecia sinaacuteptica conectividade neuronal e aumento da sobrevivecircncia dos neurocircnios e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) responsaacutevel pela angiogecircnese (CORDEIRO et al 2014 p 549)

Ou seja a praacutetica da atividade fiacutesica proporciona enormes ganhos de qualidade de

vida para o sujeito idoso e possibilita a ele viver mais tempo de forma independente

jaacute que suas funccedilotildees cognitivas respondem melhor e desenvolvem mecanismos mais

duradouros (CORDEIRO et al 2014)

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso

Os alimentos satildeo as fontes de energia para o ser-humano Por isso quando o sujeito

se alimenta bem com qualidade ingerindo alimentos saudaacuteveis todo o seu

organismo funcionaraacute com qualidade e equiliacutebrio o que eacute necessaacuterio e demandado

pela populaccedilatildeo de uma forma geral mas devido agrave agitaccedilatildeo do dia-a-dia acaba por

41

comprometer a sauacutede com alimentos ruins raacutepidos de serem feitos e ingeridos

(MENEZES et al 2008)

O Sujeito idoso precisa ter uma atenccedilatildeo especial com o que ingere pois natildeo possui

mais um organismo jovem que consegue digerir tudo com facilidade e rapidez Seu

organismo agora e conforme jaacute foi falado eacute imensamente lento Natildeo consegue

metabolizar com rapidez os alimentos que lhe chegam ao estocircmago e por isso precisa

ser seletivo (KUWAE et al 2015)

De acordo com Kuwae e outros (2015 p 622 - 624)

No envelhecimento tanto os cuidados nutricionais satildeo diferentes como tambeacutem satildeo singulares agraves concepccedilotildees do que eacute saudaacutevel ou apropriado para esta idade Os cuidados com a alimentaccedilatildeo envolvem uma busca de equiliacutebrio entre as exigecircncias do corpo envelhecido e as limitaccedilotildees decorrentes de algumas patologias muitas delas exigindo seu controletratamento pela alimentaccedilatildeo como a hipertensatildeo diabetes e doenccedilas coronarianas Portanto o envelhecimento estaacute relacionado tanto com as alteraccedilotildees fisioloacutegicas que limitam o repertoacuterio alimentar seja pelas restriccedilotildees decorrentes de patologias crocircnicas ou das alteraccedilotildees de mastigaccedilatildeo e digestatildeo como com as condiccedilotildees de mobilidade autonomia independecircncia financeira condiccedilotildees de sauacutede e da composiccedilatildeo familiar Esses satildeo fatores decisivos sobre o repertoacuterio alimentar a frequecircncia e a qualidade da alimentaccedilatildeo dos idosos

Daiacute surge a necessidade de saber o que o sujeito idoso pode exatamente comer e o

que natildeo pode comer jaacute que em muitas situaccedilotildees o desejo eacute grande De acordo com

Menezes e outros (2008) existem duas classes de alimentos que o sujeito idoso pode

ingerir e satildeo os alimentos bons e os alimentos ruins Na classe dos alimentos bons

estatildeo as frutas verduras legumes carnes brancas etc Jaacute na segunda classe estatildeo

as frituras carnes vermelhas doces massas sal etc O Quadro 06 apresenta uma

lista com os principais alimentos para os idosos aqueles que satildeo recomendados bem

como suas caracteriacutesticas e o motivo pelo satildeo recomendados

Quadro 06 ndash Alimentos recomendados para idosos ALIMENTOS RECOMENDADOS PARA IDOSOS

CLASSE ALIMENTOS DESCRICcedilAtildeO

BONS Frutas verduras legumes carnes brancas etcleites e seus derivados

A comida se torna leve para o organismo do idoso o que proporciona uma raacutepida digestatildeo e o idoso natildeo se sente empazinado

RUINS Carnes vermelhas doces massas sal etc

Satildeo alimentos pesados gordurosos que demoram a fazer digestatildeo com moleacuteculas complexas O idoso natildeo ingere porque pode passar mal e qualquer mal-estar deve ser evitado

Fonte Kuwae e outros (2015)

42

O Quadro 06 eacute uma forma geral de expressar o que eacute bom e o que eacute ruim para o

sujeito idoso no entanto essa questatildeo eacute relativa pois varia de organismo para

organismo e depende de questotildees culturais mas eacute amplamente aceito eacute que todos os

seres humanos precisam ter equiliacutebrio inclusive na alimentaccedilatildeo dessa forma comer

ou deixar de comer algo para se manter saudaacutevel depende do quatildeo equilibrado

encontra-se o organismo do sujeito (KUWAE et al 2015)

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE

Com a chegada da terceira idade vaacuterias doenccedilas inerentes aos sujeitos com idade

acima dos sessenta anos aparecem Identificar tais doenccedilas conhececirc-las de forma

detalhada para desenvolver formas de tratamento adequados satildeo objetivos centrais

para quem cuida do sujeito idoso juntamente com outros conhecimentos do idoso

como sua alimentaccedilatildeo seu dia-a-dia seus haacutebitos etc Tudo estaacute conectado e por

isso entender esse contexto facilita no momento de detalhar a doenccedila que acomete a

populaccedilatildeo idosa A seguir seraacute feito uma siacutentese das principais doenccedilas que

acometem sujeitos idosos (VERAS 2012)

261 Mal de Parkinson

A doenccedila do Mal de Parkinson eacute conhecida da humanidade haacute muito tempo A atual

descriccedilatildeo deu-se pelo Dr James Parkinson por volta do ano de 1817 e no Brasil

atinge cerca de 3 da populaccedilatildeo acima dos sessenta anos Constata-se a existecircncia

da doenccedila por intermeacutedio de anaacutelise cliacutenica observando na maioria dos casos

pessoas idosas uma rigidez muscular tremor mesmo estando em repouso alteraccedilatildeo

na postura dentre outros sintomas (PETERNELLA MARCON 2009)

Grosso modo o Mal de Parkinson eacute um distuacuterbio degenerativo do Sistema Nervoso

Central que afeta diversas funccedilotildees do sujeito sejam motoras sejam natildeo-motoras

Funccedilotildees que podem ser afetadas satildeo tremor de repouso bradicinesia rigidez

corporal instabilidade postural etc Seu diagnoacutestico eacute feito pelo quadro cliacutenico

observado e pela exclusatildeo de outras doenccedilas que se assemelham ao Mal de

Parkinson (PETERNELLA MARCON 2009)

43

Para falar com riqueza de detalhes a respeito de como funciona tal doenccedila vamos

utilizar as palavras de Sena e outros (2010) que diz

A DP eacute uma afecccedilatildeo crocircnico-degenerativa e progressiva de etiologia multifatorial que atinge majoritariamente pessoas idosas embora seja frequente acometecirc-las a partir dos 50 anos de idade beirando atualmente a casa dos 300000 portadores no Brasil A doenccedila atinge o sistema nervoso central mais especificamente a substacircncia negra responsaacutevel por controlar os movimentos do corpo A degradaccedilatildeo das ceacutelulas neuronais dopamineacutergicas acaba por resultar numa gama de sintomatologia como tremores rigidez muscular bradicinesia alteraccedilotildees posturais distuacuterbios na fala e na degluticcedilatildeo obstipaccedilatildeo transpiraccedilatildeo corporal incontinecircncia urinaria depressatildeo O tratamento que pode ser cliacutenico eou ciruacutergico visa ao controle dos sintomas por meio de medicamentos entre os quais se destaca a Levodopa um precursor da dopamina Outros grupos de faacutermacos tambeacutem satildeo utilizados como inibidores enzimaacuteticos agonistas dopamineacutergicos e anti-colineacutergicos Contudo a terapecircutica medicamentosa por si soacute natildeo eacute suficiente para manter o portador em melhores condiccedilotildees de bem-estar e qualidade de vida Por isso tratamentos e cuidados no miacutenimo de enfermagem fisioterapia fonoaudiologia e educaccedilatildeo fiacutesica satildeo imprescindiacuteveis como recursos complementares para ajudar o portador a preservar sua funcionalidade e permitir-lhe desempenhar as atividades da vida diaacuteria e manter o viacutenculo social tatildeo importantes para satisfazer suas necessidades psicossociais de apoio comunitaacuterio para o seu bem-estar e auto-estima (SENA et al 2010 p 94)

Na Figura 04 uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro a respeito de como funciona o Mal de

Parkinson

Figura 04 ndash Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Observa-se na Figura 04 o ceacuterebro de um sujeito normal sem a doenccedila em

comparaccedilatildeo com um sujeito que apresenta a doenccedila Na primeira situaccedilatildeo haacute a

44

existecircncia da substacircncia negra responsaacutevel por controlar as funccedilotildees motoras do

corpo conforme falado na descriccedilatildeo de Sena e outros Jaacute na segunda essa

substacircncia negra natildeo existe atestando a incapacidade motora do paciente

(ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Jaacute na Figura 05 representa-se o neurocircnio normal e um neurocircnio em paciente com a

doenccedila de Parkinson O neurocircnio normal produz a substacircncia dopamina que eacute

responsaacutevel pela conduccedilatildeo dos neurotransmissores Jaacute o neurocircnio afetado apresenta

uma pequena quantidade de dopamina o que afeta a transmissatildeo dos

neurotransmissores e com isso o paciente sofre os diversos males que foram

narrados (ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Figura 05 ndash Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

O detalhe mais pertinente para saber se haacute o surgimento da doenccedila eacute o surgimento

de incapacidades provenientes dos distuacuterbios motores Geralmente aqueles que

sofrem desta doenccedila natildeo se datildeo conta que estatildeo doentes o que precisa ser

observado por quem estar mais perto seja os familiares seja os cuidadores

(GONCALVES ALVAREZ ARRUDA 2007)

Mesmo com todo o desenvolvimento tecnoloacutegico existente no campo da sauacutede ainda

natildeo existe um remeacutedio para acabar com o Mal de Parkinson ou para bloquear o seu

aumento Os procedimentos atuais visam dar condiccedilotildees ao paciente que possui a

doenccedila de viver de forma independente e de manter seu psicoloacutegico forte por mais

tempo Isso eacute feito receitando a ele dopamina estriatal que pode ser aumentada agrave

45

medida que os efeitos da doenccedila vatildeo aumentando (GONCALVES ALVAREZ

ARRUDA 2007)

262 Doenccedila de Alzheimer

A doenccedila de Alzheimer descrita pela primeira vez em 1906 pelo Dr Alois Alzheimer

eacute uma doenccedila que ateacute os dias atuais natildeo apresenta cura e tende a se agravar ao

longo dos anos Eacute a patologia neurodegenerativa mais usual que acomete pacientes

acima dos 55 (cinquenta e cinco) anos e causa transtornos como perda de memoacuteria

desorientaccedilatildeo danos na linguagem falta de atenccedilatildeo e vaacuterias outras situaccedilotildees

constrangedoras (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER 2018)

Natildeo se conhece exatamente os motivos pelos quais a doenccedila surge mas eacute bem

conhecido algumas lesotildees que ocorrem no ceacuterebro de um paciente portador da

doenccedila e as principais lesotildees satildeo as placas senis os emaranhados neurofibrilares e

a reduccedilatildeo de ceacutelulas nervosas sendo certo que ela eacute a responsaacutevel por cinquenta por

cento dos casos de demecircncia em idosos (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE

ALZHEIMER 2018)

Muito embora a cura da doenccedila e a reversatildeo da deterioraccedilatildeo causada pela DA ainda natildeo tenham sido descobertas pesquisadores buscam o aperfeiccediloamento de tratamentos jaacute disponiacuteveis que visam agrave melhora cognitiva e diminuiccedilatildeo de sintomas comportamentais (Aacutevila 2003) Nesse caso a medicaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas cognitivas de reabilitaccedilatildeo aleacutem de informaccedilotildees sobre a doenccedila e o apoio a familiares e cuidadores eacute de suma importacircncia para reverter o quadro cliacutenico e sintomaacutetico da doenccedila (GONCALVES CARMO 2012 p 171)

Haacute uma forte tendecircncia da ciecircncia de tentar explicar o surgimento do Mal de Alzheimer

via geneacutetica pois uma porcentagem consideraacutevel dos pacientes que possuem a

doenccedila apresenta casos semelhantes na famiacutelia Outros fatores tambeacutem satildeo

considerados tais como aminoaacutecidos neurotoacutexicos uso indiscriminado do alumiacutenio

agentes infecciosos etc Abaixo na figura TC uma tentativa de explicaccedilatildeo dessa

doenccedila (SERENIKI VITAL 2008)

Na Figura 06 existe uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro de paciente normal e de um paciente

com a Doenccedila de Alzheimer Percebe-se que o ceacuterebro do paciente com a Doenccedila de

Alzheimer apresenta-se cheio de falhas

46

Figura 06 ndash Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

263 Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus (DM) eacute uma doenccedila crocircnica natildeo-transmitiacutevel que afeta uma

multidatildeo de pessoas em todo o mundo e se caracteriza por um aumento acentuado

da glicemia devido agrave falta de insulina que eacute fabricada pelo pacircncreas Haacute dois tipos

de diabetes um natural (Tipo 01) e outra adquirida (Tipo 02) A do Tipo 02 eacute causada

pela obesidade comidas gordurentas falta de exerciacutecios fiacutesicos e se mostra como o

mal moderno Jaacute a do tipo 01 jaacute nasce com o indiviacuteduo Em ambos os casos o

pacircncreas deixa de fabricar insulina que possui uma moleacutecula que quebra a moleacutecula

de glicose Com isso haacute um aumento de glicose no sangue e isso provoca diversos

danos em outros oacutergatildeos A insulina injetada entra para ajudar na eliminaccedilatildeo do accediluacutecar

excedente (BUSNELLO et al 2012)

De acordo com Vargas Lara e Mello-Carpes ldquono Brasil existem cerca de 500 mil

diabeacuteticos 450 mil fazendo uso da insulina e quase dois milhotildees desconhecendo ter

diabetes Aleacutem disso estima-se que em 2030 o nuacutemero de pessoas acometidas pela

DM dobraraacuterdquo Esses dados para o sujeito idoso satildeo extremamente preocupantes

tendo em vista a necessidade de cuidados constantes (VARGAS LARA MELLO-

CARPES 2014 p 869)

47

Idosos que apresentam a DM apresentam estrutura fiacutesica e emocional prejudicadas

com certa limitaccedilatildeo nos afazeres do dia-a-dia com limitaccedilatildeo na alimentaccedilatildeo e com

liberdade e autonomia afetadas Diferentemente das outras doenccedilas a DM eacute bem

mapeada e consegue-se ter um controle bastante apropriado para amenizar os efeitos

dessa doenccedila (VARGAS LARA MELLO-CARPES 2014)

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

A Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) eacute a doenccedila crocircnica natildeo transmitida mais

presente na vida dos idosos Trata-se de uma doenccedila que eleva a pressatildeo sanguiacutenea

a niacuteveis altiacutessimos e como consequecircncia faz com que o coraccedilatildeo tenha que exercer

uma atividade fora do padratildeo para conseguir fazer o sangue circular pelo corpo do

indiviacuteduo (LEAtildeO E SILVA et al 2013)

Ela aumenta paulatinamente agrave medida que o indiviacuteduo vai envelhecendo e eacute tida por

diversos especialistas como o principal fator de risco para o idoso podendo ocasionar

doenccedilas como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) o infarto do miocaacuterdio e vaacuterias

outras doenccedilas silenciosas Diversos fatores ocasionam um aumento na pressatildeo

arterial dentre eles os mais comuns satildeo o excesso de sal utilizado no dia-a-dia o

estresse etc (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Para um padratildeo de referecircncia com intuito de definir se um idoso apresenta uma

pressatildeo alta ou normal vaacuterios estudos sugerem valores diferentes o que acaba

sendo um ponto de debate interessante entre os especialistas da aacuterea conforme

relatado abaixo

Haacute grande controveacutersia na literatura em relaccedilatildeo ao ponto de corte para o qual a PA pode ser considerada controlada na populaccedilatildeo idosa principalmente nos idosos com idade mais avanccedilada (acima dos 80 anos) Estudos recentes sugerem uma meta de controle mais flexiacutevel (abaixo de 150 mmHg para a PAS e de 90 mmHg para a PAD) para esta faixa etaacuteria por evidenciarem que o controle mais rigoroso pode natildeo ser significativo na reduccedilatildeo das complicaccedilotildees associadas agrave doenccedila (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016 p 112)

Para se ter um controle dessa doenccedila importante salientar os haacutebitos de vida

saudaacuteveis associados com o acompanhamento meacutedico mediccedilatildeo das funccedilotildees vitais

do idoso controle sistemaacutetico porque essa doenccedila sendo uma doenccedila silenciosa

assintomaacutetica pode acarretar outras complicaccedilotildees tais como um Acidente Vascular

Cerebral (AVC) (JARDIM et al 2017)

48

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

A Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (ITU) eacute a inflamaccedilatildeo das vias urinaacuterias e eacute uma doenccedila

responsaacutevel por cerca de quarenta porcento das infecccedilotildees nosocomiais Eacute bastante

rotineira nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e sua probabilidade de ocorrecircncia

em homens idosos aumenta consideravelmente tendo em vista que ldquoA

instrumentaccedilatildeo das vias urinaacuterias ndash incluindo ndash se o cateterismo vesical ndash e a

ocorrecircncia de doenccedila prostaacutetica satildeo os fatores mais implicados no aumento da

incidecircncia no sexo masculinordquo (RORIZ-FILHO et al 2010 p 119)

A mulher idosa tambeacutem tem uma grande possibilidade de desenvolver tal doenccedila

tendo em vista as modificaccedilotildees funcionais da bexiga devido a diversos fatores que

ldquoassociados agraves mudanccedilas troacuteficas do epiteacutelio da mucosa vaginal e a presenccedila de

infecccedilatildeo genital facilitam o desenvolvimento de ITUrdquo (MARQUES MOREIRA

SANTOS 2010 p 151)

Para se ter um diagnoacutestico preciso acerca da Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio faz-se coleta

da urina do paciente e em seguida sua cultura o que leva alguns dias O diagnoacutestico

apresenta-se preciso apoacutes esse procedimento Existem outros exames a serem feitos

que apresentam resultados mais raacutepidos poreacutem natildeo tatildeo precisos Um deles eacute o

exame tipo I e o outro eacute a coloraccedilatildeo pelo meacutetodo Gram (VETTORE et al 2013)

Os principais sintomas que indicam que pode haver uma Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

satildeo urina com odor feacutetido disuacuteria com urgecircncia polaciuacuteria e urecircncia Esses sintomas

satildeo um indicativo muito forte de possibilidade de existecircncia de um quadro infeccioso

e somente pode-se comprovar apoacutes as anaacutelises que foram mencionadas (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010)

Para se fazer um tratamento adequado que apresente resultados de imediato haacute a

necessidade de se observar alguns fatores tais como ldquopresenccedila de comorbidade

fatores predisponentes sintomatologia e repercussatildeo sistecircmica da infecccedilatildeo assim

como para a interaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outros medicamentos []rdquo Importante

observar a relaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outras drogas pois o paciente idoso faz uso

de diversos produtos farmacecircuticos No Quadro 07 um exemplo de drogas que podem

ser utilizadas para o tratamento do idoso com Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010 p 156)

49

Quadro 07 ndash Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso DROGAS UTILIZADAS NA ITU NOS IDOSOS

I ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO INFERIOR (3 A 7 DIAS)

Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprima 160 mg de 12 12h

Norfloxacina 400 mg de 1212h

Ciprofloxacina 250 mg de 1212h

Levofloxacina 250 mg por dia

Nitrofurantoina 100 mg de 88h

II ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO SUPERIOR (14 DIAS)

Ciprofloxacina 500 mg EV de 1212h

Levofloxacina 500 mg EV por dia

Ceftriaxone 1g EV de 1212h

Piperacina soacutedica + Tazobactana soacutedica 225g EV de 88h

Fonte Marques Moreira e Santos (2010 p 158)

266 Osteoporose

A Osteoporose ldquo[] eacute uma doenccedila esqueleacutetica sistecircmica caracterizada por diminuiccedilatildeo

da massa oacutessea e deterioraccedilatildeo microarquitetural do tecido oacutesseo com consequente

aumento da fragilidade oacutessea e susceptibilidade agrave fraturardquo sendo a condiccedilatildeo mais

criacutetica da osteopenia Eacute uma doenccedila predominante em sujeitos idosos e consiste

grosso modo do enfraquecimento dos ossos o que pode levar a diversas

consequecircncias ao idoso A Figura 07 apresenta como ocorre essa doenccedila (LIMA et

al 2014 p 35)

Figura 07 ndash Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

50

Jaacute na Figura 08 tem-se uma vista mais ampla de como a osteoporose atua Pode-se

perceber que ela age deixando o osso em um formato esponjoso como se estivesse

oco como eacute popularmente conhecido tal doenccedila A ilustraccedilatildeo eacute do osso do quadril

mas eacute extensiacutevel a toda a estrutura oacutessea onde ocorrer a comorbidade (LIMA et al

2014)

Figura 08 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Existem diversos tipos de osteoporose que satildeo provocadas por vaacuterios fatores por

isso diz-se que eacute uma doenccedila multifatorial Basicamente satildeo divididas em primaacuteria

com tipos I e II e secundaacuteria a primeira eacute desenvolvida por causas naturais jaacute a

segunda eacute desenvolvida por meio de causas natildeo-naturais tais como a inflamaccedilatildeo

(CAMARGOS BOMFIM 2017)

Consequecircncias diversas podem surgir oriundas da osteoporose tais como ldquoperda da

massa deterioraccedilatildeo do tecido desarranjo da arquitetura e comprometimento da forccedila

oacutessea com aumento no risco de fraturardquo Ela atua de forma silenciosa e na maior parte

dos casos eacute descoberta somente quando ocorre algum acidente por mais simples que

seja com consequente fratura de algum osso do portador de tal doenccedila (BRASIL

2009 p 01)

51

Pode ser diagnosticada tratada e prevenida antes da ocorrecircncia de qualquer evento

que poderaacute comprometer a estrutura oacutessea de seu portador Ocorrendo algum

acidente este poderaacute afetar a estrutura fiacutesica do paciente deformaccedilatildeo no corpo como

um todo etc Na prevenccedilatildeo deve-se utilizar cerca de 1000mgdia de caacutelcio vitamina

D 400ndash800 Uldia ou algum medicamento tais como calcitonina bifosfonatos

raloxifeno e paratormocircnio (BRASIL 2017)

Haacute projeccedilotildees que dizem que cerca de 50 das mulheres e 20 dos homens com

idades acima dos 50 anos poderatildeo sofrer alguma fratura proveniente da osteoporose

ao longo de sua vida Como jaacute foi citado anteriormente a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

para o sujeito idoso e natildeo somente a estes mas ao ser humano em geral eacute uma

praacutetica altamente recomendada pelos profissionais da sauacutede devido agraves pesquisas

cientiacuteficas comprovarem as consequecircncias eficazes de quem se exercita e que por

isso eacute bastante recomendada para pacientes que possuem osteoporose (MOTA

SOUSA AZEVEDO 2012)

Nas palavras de Mota Sousa e Azevedo tem-se

Haacute uma forte correlaccedilatildeo entre a qualidade de vida dos idosos e a atividade fiacutesica pois com a degeneraccedilatildeo do sistema musculoesqueleacutetico nos idosos e a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional a praacutetica da atividade fiacutesica influecircncia no tratamento e na prevenccedilatildeo da osteoporose trazendo benefiacutecios como a melhoria do desempenho das capacidades funcionais o aumento da forccedila muscular e flexibilidade e uma consideraacutevel melhora da coordenaccedilatildeo motora (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012 p47)

Portanto uma forma de reduzir os efeitos que a osteoporose apresenta ao seu

portador eacute praticando exerciacutecios fiacutesicos diariamente que aliado agrave uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel e rica em caacutelcio pode-se gerar resultados bastante satisfatoacuterios

fortalecendo os muacutesculos revigorando o equiliacutebrio afastando a possibilidade de

atrofia pelo natildeo-uso do membro que esteja lesionado e com isso retardando a

desmineralizaccedilatildeo oacutessea (BRASIL 2017)

Outras precauccedilotildees deveratildeo ser administradas ao sujeito idoso portador da

osteoporose para evitar riscos de queda que satildeo os principais fatores complicadores

da sauacutede do idoso Tais procedimentos podem ser a retirada de objetos que podem

dificultar a mobilidade do sujeito idoso por onde anda evitar tapetes escorregadios

colocar materiais antiderrapantes nas superfiacutecies por onde o idoso se movimenta

facilitar o acesso ao banheiro etc (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012)

52

53

3 METODOLOGIA

Tendo a finalidade de desenvolver as propostas que foram apresentadas quando do

comeccedilo deste trabalho optou-se por fazer uma revisatildeo bibliograacutefica do tema sabendo

que essa eacute uma modalidade de pesquisa que se destina a concatenar e observar os

conhecimentos que jaacute foram publicados a respeito de um determinado assunto que

no caso em questatildeo eacute a Assistecircncia de Enfermagem ao sujeito idoso

De acordo com Mancini e Sampaio (2006 p 361 - 472) trabalhos de ldquoRevisotildees da

literatura satildeo caracterizadas pela anaacutelise e pela siacutentese da informaccedilatildeo disponibilizada

por todos os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema[]rdquo Tendo

em vista todos os estudos relevantes publicados por um determinado tema mas sem

limitaacute-lo pois como eacute de amplo conhecimento a quantidade de informaccedilotildees eacute infinita

daiacute a necessidade de se fazer uma limitaccedilatildeo temporal a respeito

Utilizou-se para o desenvolvimento do estudo os seguintes bancos de dados

Scientific Electronic Library (Scielo) Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) Descritores

em Ciecircncia da Sauacutede (DeCS) Ministeacuterio da Sauacutede e livros

Como criteacuterios de inclusatildeo foi estabelecido o uso de revistas acadecircmicas artigos

cientiacuteficos livros etc do ano de 2006 a 2017 Como criteacuterios de exclusatildeo optamos

por natildeo fazermos uso de materiais em liacutenguas estrangeiras materiais antigos

materiais incompletos e materiais que natildeo apresentam rigor cientiacutefico tais como

trabalhos acadecircmicos de revisatildeo

Por fim o presente estudo natildeo necessita de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica (CE) da

Universidade uma vez que as informaccedilotildees coletadas satildeo provenientes de materiais

de acesso puacuteblico e de conhecimento de todos os interessados

54

55

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO

Existem vaacuterias formas de se aplicar a Assistecircncia de Enfermagem e o que eacute utilizado

no Brasil por diversos motivos eacute o que foi desenvolvido em 1979 pela enfermeira e

pesquisadora paraense Wanda Horta atraveacutes de seu livro Processo de Enfermagem

(SILVA et al 2011)

Nas palavras de Silva e outros (2011 p 1381) percebe-se o caraacuteter cientiacutefico e seacuterio

do uso da Assistecircncia de Enfermagem Vejamos

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) eacute conceituada como um meacutetodo de prestaccedilatildeo de cuidados para a obtenccedilatildeo de resultados satisfatoacuterios na implementaccedilatildeo da assistecircncia com o objetivo de reduzir as complicaccedilotildees durante o tratamento de forma a facilitar a adaptaccedilatildeo e recuperaccedilatildeo do paciente O uso do meacutetodo requer o pensamento criacutetico do profissional que deve estar focado nos objetivos e voltado para os resultados de forma a atender as necessidades do paciente e de sua famiacutelia exigindo constante atualizaccedilatildeo habilidades e experiecircncia sendo orientado pela eacutetica e padrotildees de conduta Portanto eacute um modo de exercer a profissatildeo com autonomia baseada nos conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas uacuteltimas deacutecadas

Importante deixar claro o entendimento acerca do que eacute a Sistematizaccedilatildeo da

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem antes de aplicaacute-

los ao sujeito idoso pois tais conceitos satildeo aplicados de forma geral na enfermagem

Todo o profissional de enfermagem precisar ter bem solidificado tais conceitos para

que possam se tornar profissionais competentes e antenados com a real situaccedilatildeo de

seu paciente (GARCIA 2016)

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

A sistematizaccedilatildeo eacute normatizada pela resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN) juntamente com o Processo de Enfermagem (PE) Eacute

entendido como sendo a responsaacutevel por ldquoorganizar o trabalho profissional quanto ao

meacutetodo pessoal e instrumentos tornando possiacutevel a operacionalizaccedilatildeo do processo

de Enfermagemrdquo (BRASIL 2009 p 01)

Garcia (2016) fala a respeito do amplo uso das teacutecnicas da SAE Vejamos

56

Especialmente quando analisamos a dimensatildeo assistencial da praacutetica reconhecemos haver uma ampla gama de situaccedilotildees vivenciadas no cotidiano de cuidados agrave clientela envolvendo a necessidade de sistematizaccedilatildeo da assistecircncia e de aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem aspectos substantivos da profissatildeo (GARCIA 2016 p 05)

A Sistematizaccedilatildeo de Assistecircncia da Enfermagem (SAE) aplicada ao idoso torna-se

dessa forma uma tentativa de fornecer uma assistecircncia de qualidade e personalizada

ao idoso por isso padroniza-se a entrevista que o profissional de enfermagem faz ao

paciente com o intuito de saber a real situaccedilatildeo do cliente Para se fazer tal

assistecircncia o profissional de enfermagem precisa da ajuda do Processo de

Enfermagem que complementa a SAE (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

412 Processo de Enfermagem

Eacute definido como sendo ldquoum instrumento metodoloacutegico que orienta o cuidado do

profissional de enfermagem e a documentaccedilatildeo da praacutetica profissionalrdquo e eacute dividido

em cinco etapas que abaixo satildeo escritas conforme resoluccedilatildeo ndeg 3582009 O Quadro

08 apresentada cada etapa do Processo de Enfermagem (PE) (BRASIL 2009 p 01)

Quadro 08 ndash Etapas do processo de enfermagem PROCESSO DE ENFERMAGEM

ETAPA DESCRICcedilAtildeO

COLETA DE DADOS

Essa eacute a primeira etapa do processo de enfermagem e consiste em colher todos os dados possiacuteveis do paciente valendo de teacutecnicas variadas e com a maior precisatildeo possiacutevel para um melhor atendimento do paciente Importante nessa fase coletar informaccedilotildees por parte da famiacutelia dos pacientes para que as informaccedilotildees possam ser confirmadas devido ser de fontes diversas

DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

Apoacutes a coleta dos dados o profissional de enfermagem passa a processar as informaccedilotildees e interpretando-as para que possa ter a tomada de decisatildeo mais eficaz para o paciente Essa etapa consiste em descrever exatamente o que o paciente tem e funciona como base para a accedilatildeo do profissional de enfermagem

PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Nessa etapa o profissional determina o que espera alcanccedilar de resultados quando das devidas intervenccedilotildees apoacutes a etapa anterior Aqui o profissional cria uma espeacutecie de roteiro para certificar-se do que poderaacute ocorrer

IMPLEMENTACcedilAtildeO Nessa etapa o profissional coloca em praacutetica o que foi decido nas etapas anteriores

AVALIACcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Trata-se de um processo contiacutenuo e analiacutetico no qual o profissional observa o seu paciente fazendo as devidas anotaccedilotildees do quadro dele para posterior mudanccedila das implementaccedilotildees Todo esse processo eacute dinacircmico e por isso o profissional precisa estar atento ao paciente durante todo instante em que ele esteja sob seus cuidados

Fonte Brasil (2009) (Adaptado pela autora)

57

A Figura 09 ilustra o que foi dito a respeito do Processo de Enfermagem no Quadro

08

Figura 09 ndash Processo de Enfermagem

Fonte Autoria proacutepria (2018)

Como pode-se inferir do Quadro 08 descrito desenvolver e aplicar a Sistematizaccedilatildeo

da Assistecircncia de Enfermagem de acordo com o Processo de Enfermagem eacute um

processo que exige muita disciplina e conhecimento do profissional de enfermagem

pois eacute sabido que se trata de um processo teacutecnico-cientiacutefico e somente o enfermeiro

habilitado poderaacute exercitar cada uma das fases que se mostram em conjunto A sua

separaccedilatildeo conforme descrita acima eacute apenas para efeitos didaacuteticos (GARCIA 2016)

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos

Para aplicar a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem e o Processo de

Enfermagem ao sujeito idoso o profissional de enfermagem tem a necessidade de

seguir procedimentos descritos principalmente na NANDA Internacional que se

tornou a principal fonte de diagnoacutesticos de enfermagem e que ldquofavorece a

58

identificaccedilatildeo de estrateacutegias para elevar a qualidade da assistecircncia e contribuir na

formaccedilatildeo de recursos humanosrdquo (KOKUDAI ALVARENGA 2010 p03)

A NANDA eacute dividida em diversos toacutepicos e assim resolvemos separar conforme

Quadro 09 os cuidados necessaacuterios de acordo com cada doenccedila predominante na

terceira idade que foi comentada neste trabalho As descriccedilotildees natildeo se limitam ao que

foi dito pois colocamos apenas algumas situaccedilotildees devido agrave enorme quantidade de

situaccedilotildees diagnoacutesticos e cuidados existentes

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continua)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Hipertensatildeo Arterial

Sistecircmica

Risco de desequiliacutebrio eletroliacutetico

Risco de mudanccedila nos niacuteveis de eletroacutelitos seacutericos capaz de comprometer a sauacutede

Estilo de vida sedentaacuterio Trata-se de um estilo de vida sem a praacutetica de atividades fiacutesicas

Ansiedade

Trata-se de um sentimento desgastante que assola o seu portador diante da expectativa de notiacutecias ou de situaccedilotildees estressantes e novas Pode-se considerar como um sinal de alerta que o organismo desenvolveu para deixar o indiviacuteduo atento em condiccedilotildees de periacuteodo de toda sorte

Padratildeo de sono prejudicado

Devido a fatores externos o indiviacuteduo natildeo possui uma rotina constante e linear de sono sendo que existe a condiccedilatildeo de dormeacorda que prejudica o organismo como um todo

Nutriccedilatildeo desequilibrada

O sujeito alimenta-se de nutrientes que em muitos casos satildeo em excesso ocasionando armazenamento de energia em formato de gordura

Mal de Parkinson

Problemas Motores

Risco de queda Facilidade com que o sujeito tem de desequilibrar e cair o que pode causar enormes danos

Bradicinesia Lentidatildeo de respostas fiacutesicas e psiacutequicas

Mobilidade fiacutesica prejudica

Limitaccedilatildeo no movimento fiacutesico independente e voluntaacuterio do corpo ou de uma ou mais extremidades

Problemas Natildeo-

motores

Demecircncia Enfraquecimento das faculdades intelectuais diante de lesotildees no ceacuterebro

Ansiedade

Vago e incocircmodo sentimento de desconforto ou temor acompanhado por resposta autonocircmica (a fonte eacute frequentemente natildeo especiacutefica ou desconhecida para o indiviacuteduo) sentimento de apreensatildeo causada pela antecipaccedilatildeo de perigo Eacute um sinal de alerta que chama a atenccedilatildeo para um perigo iminente e permite ao indiviacuteduo tomar medidas para lidar com a ameaccedila

59

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continuaccedilatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Alzheimer

Deacuteficit no autocuidado Capacidade prejudicada de realizar ou completar as atividades de banho por si mesmo

Mobilidade fiacutesica prejudicada Limites para movimentar-se seja com movimento voluntaacuterios ou involuntaacuterios

Insuficiecircncia na capaci-dade do a-dulto para melhorar

Depressatildeo Deterioraccedilatildeo funcional progressiva de natureza fiacutesica e cognitiva A capacidade do indiviacuteduo de viver com doenccedilas multissistecircmicas enfrentar os problemas decorrentes e controlar o seu cuidado estaacute notavelmente diminuiacuteda

Decliacutenio da memoacuteria

Distuacuterbio de sono Dificuldade para dormir em periacuteodos prolongados

Confusatildeo crocircnica

Deterioraccedilatildeo irreversiacutevel das faculdades mentais de forma prolongada O indiviacuteduo passa a natildeo perceber os fatores externos que podem indicar algo tal como perigo atenccedilatildeo moral e tantos outros Apresenta distuacuterbios na memoacuteria passando a natildeo mais reconhecer e nem lembrar de coisas e pessoas

Diabetes Mellitus

Autocontrole ineficaz

da sauacutede

Natildeo consegue se controlar e agir conforme necessidade para ter uma sauacutede plena e satisfatoacuteria ou seja natildeo consegue cuidar de si

Perfusatildeo tissular perifeacuterica ineficaz

Reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo sanguiacutenea para a periferia capaz de comprometer a sauacutede

Risco de Infecccedilatildeo

Risco de ter em seu organismo elementos estranhos e que possam danificar a sua sauacutede

Risco de olho seco

Risco de desconforto ocular ou dano agrave coacuternea e agrave conjuntiva devido agrave quantidade reduzida ou agrave qualidade das laacutegrimas para hidratar o olho

Risco de glicemia instaacutevel Natildeo possui uma estabilidade padratildeo em seu niacutevel glicecircmico devido agrave quantidade de glicose no sangue

Infecccedilotildees do trato

urinaacuterio

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Eliminaccedilatildeo urinaacuteria prejudicada Disfunccedilatildeo na eliminaccedilatildeo da urina

Risco de siacutendrome do desuso Devido agrave falta de uso de algum membro do corpo corre-se o risco desse membro atrofiar-se

Risco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircncia

Risco de perda involuntaacuteria de urina que ocorre imediatamente apoacutes uma forte sensaccedilatildeo de urgecircncia para urinar

Conforto prejudicado Percebe-se que inexiste a sensaccedilatildeo de conforto nas dimensotildees do ser humano

Osteoporose

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Risco de constipaccedilatildeo Possibilidade de diminuiccedilatildeo na frequecircncia normal de evacuaccedilatildeo paralela a uma dificuldade de eliminaccedilatildeo das fezes

60

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (conclusatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Osteoporose

Risco para quedas Estado em que o indiviacuteduo tem uma suscetibilidade para quedas aumentada

Mobilidade fiacutesica prejudicada Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute prestes a apresentar limitaccedilotildees dos movimentos fiacutesicos poreacutem ainda natildeo se encontra imoacutevel

Andar prejudicado Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute em risco de apresentar limitaccedilatildeo para andar

Fonte Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA (2013) Santos e outros (2017) Mattos e outros (2011) (Adaptado pela autora)

Saber utilizar os Diagnoacutesticos de Enfermagem corretamente e que satildeo padronizados

eacute bastante eficaz aceito e exigido para evitar que o profissional de enfermagem crie

mecanismos subjetivos de cuidados pois se assim ocorresse haveria um caos na

enfermagem com cada profissional atuando conforme melhor lhe for apresentado

(SOUZA ALVES PASSOS 2010)

A utilizaccedilatildeo do Diagnoacutestico de Enfermagem padronizado eacute um instrumento necessaacuterio

para evitar que os profissionais de enfermagem fragmentem os cuidados e os dilemas

dos pacientes deixando de observaacute-los como um todo e na grande maioria dos casos

prescrevendo cuidados que natildeo possuem nenhuma relaccedilatildeo com os problemas

relatados Dessa forma pode-se observar o Diagnoacutestico de Enfermagem como uma

ferramenta de trabalho altamente eficaz em seu uso cotidiano pois fornece ao

profissional de enfermagem um planejamento pautado no histoacuterico de atuaccedilatildeo pois

uma vez que os problemas sejam conhecidos mapeados e anotados torna-se mais

eficaz e otimizado o processo do cuidado em toda a sua plenitude Por essa oacutetica

constata-se como eacute importante o Diagnoacutestico de Enfermagem para o sujeito idoso

pois consegue construir todo um conjunto de atuaccedilatildeo para o cuidado sempre visando

o bem-estar do idoso (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso

Depois de ter feito o diagnoacutestico de enfermagem do sujeito idoso e de ter descoberto

as suas comorbidades o profissional de enfermagem precisa entatildeo fazer as devidas

intervenccedilotildees Tais intervenccedilotildees satildeo tratadas como prescriccedilotildees de enfermagem e

possuem um campo de atuaccedilatildeo mapeado para natildeo sobrepor ao trabalho do meacutedico

(FAEDA PERROCA 2017)

61

Ainda de acordo com a resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de Enfermagem

(COFEN) o Art 4ordm assim determina

Ao enfermeiro [] incumbe a lideranccedila na execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do Processo de Enfermagem de modo a alcanccedilar os resultados de enfermagem esperados cabendo-lhe privativamente o diagnoacutestico de enfermagem acerca das respostas da pessoa famiacutelia ou coletividade humana em um dado momento do processo sauacutede e doenccedila bem como a prescriccedilatildeo das accedilotildees ou intervenccedilotildees de enfermagem a serem realizadas face a essas respostas (BRASIL 2009 p 03)

Ou seja o profissional de enfermagem tem ampla prerrogativa para desenvolver a

Prescriccedilatildeo de Enfermagem baseado nos protocolos e nos estudos que desenvolveu

na Universidade Dentre os vaacuterios diagnoacutesticos possiacuteveis para o sujeito idoso em

diversas situaccedilotildees iremos nos concentrar em somente aqueles que aqui foram

discutidos Faz-se necessaacuterio observar que a Prescriccedilatildeo de Enfermagem eacute uma

ferramenta de uso dinacircmico Entende-se de uso dinacircmico a ideia de que o profissional

de enfermagem natildeo pode descuidar do seu paciente tendo a necessidade de sempre

observaacute-lo e atualizar o que surgir de novo para que possa estar sempre atualizando

o estado de sauacutede do cliente (FAEDA PERROCA 2017)

Abaixo no Quadro 10 tem-se a Prescriccedilatildeo de Enfermagem para as doenccedilas que

foram discutidas neste trabalho Vale ressaltar que existem diversas doenccedilas que

acometem o sujeito idoso mas vamos nos ater apenas nas principais que foram

tratadas uma vez que satildeo o objeto limitador de estudo deste trabalho (MOROZ

KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (continua)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

Mudanccedila no estilo de vida dos pacientes idosos Eliminaccedilatildeo do uso do sal Controle do peso Controle da ansiedade Praacutetica diaacuteria de atividades fiacutesicas Uso adequado dos medicamentos Abstinecircncia ao fumo e ao aacutelcool

Mal de Parkinson

Programa de exerciacutecios diaacuterios para aumentar a forccedila muscular o que iraacute melhorar a coordenaccedilatildeo e a destreza reduzindo a rigidez muscular Encorajar ensinar e incentivar o cliente durante os exerciacutecios da vida diaacuteria para promover o autocuidado Encorajar o paciente a seguir um padratildeo de horaacuterio regular aumentando a consciecircncia para a ingestatildeo de liacutequidos e a ingestatildeo de alimentos com um conteuacutedo de fibra moderado Monitorar o peso semanalmente indicando se a absorccedilatildeo caloacuterica eacute adequada Desenvolver meacutetodo de comunicaccedilatildeo para satisfazer as necessidades do paciente encorajar o paciente a participar de programas sociais para evitar a depressatildeo

62

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (conclusatildeo)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Alzheimer Orientar a higiene corporal e higiene oral Medidas de prevenccedilatildeo de lesatildeo por pressatildeo Mudanccedila de decuacutebito Administraccedilatildeo de medicaccedilatildeo ansioliacutetica conforme prescriccedilatildeo meacutedica Proporcionar alimentaccedilatildeo saudaacutevel (frutas e legumes) em poucas quantidades vaacuterias vezes ao dia Ajudar no autocuidado Incentivar o autocuidado a comunicaccedilatildeo verbal a cogniccedilatildeo e a memoacuteria atraveacutes de jogos leituras e atividades luacutedicas Auxiliar a famiacutelia no entendimento e no enfrentamento da patologia

Diabetes Mellitus

Fornecer informaccedilotildees ao paciente Desenvolver um plano de ensino para o paciente Avaliar as estrateacutegias de enfrentamento para o paciente e tranquiliza-lo Determinar os meacutetodos de ensino para o paciente Avaliar as habilidades e comportamentos de autocuidado dos pacientes Monitorar pacientes experientes ateacute que eles natildeo cometam erros no autocuidado Instruir pacientes e familiares a reconhecer os sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia

Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

Orientar ao paciente da necessidade do uso adequado do medicamento dos horaacuterios da quantidade e das vias de administraccedilatildeo Orientar os idosos e familiares quanto aos resultados da medicaccedilatildeo Manter o registro da frequecircncia da incontinecircncia urinaacuteria registrar mudanccedilas da pressatildeo arterial do estado mental e das habilidades funcionais Realizar as medidas terapecircuticas Realiza treinamento da bexiga

Osteoporose

Deixar o paciente e o membro afetado em repouso Imobilizar o local da fratura para evitar movimentos Repousar o paciente em uma cama ortopeacutedica Deixar o local da fratura em posiccedilatildeo elevada Aplicar as medicaccedilotildees que foram receitadas Documentar todos os relatos de dores deixando claro onde ocorre e as caracteriacutesticas Incentivar o paciente a discutir os problemas relacionados agrave lesatildeo Medicar antes das atividades de cuidado Revisar a patologia fazendo prognoacutesticos e expectativas futuras Discutir o regime medicamentoso individual de forma apropriada Encorajar exerciacutecios brandos Monitorar a ingestatildeo de alimentos Auxiliar lentamente a pessoa a sentar Aumentar a motilidade dos membros Reduzir ou eliminar os fatores que aumentam a experiecircncia dolorosa

Fonte Florecircncio e outros (2012) Mattos e outros (2011 p 443) Menezes e outros (2013 p04) Tosin e outros (2016) Santos e outros (2017) (Adaptado pela autora)

Agir de acordo com as prescriccedilotildees de enfermagem que aqui foram desenvolvidas

proporciona ao sujeito idoso uma melhoria em sua qualidade de vida e dessa forma

consegue viver a terceira idade com plena satisfaccedilatildeo e alegria sem perder de vista a

extrema necessidade de cuidados constantes que a condiccedilatildeo de sujeito idoso lhe

obriga (LIRA et al 2013)

Conclui-se do que foi apresentado no quadro 10 que o profissional de enfermagem

deteacutem uma importante funccedilatildeo em sua aacuterea de atuaccedilatildeo e que precisa estar sempre

estudando se atualizando das novidades meacutedicas para poder oferecer um bom

cuidado ao seu cliente idoso seja no ambiente hospitalar seja no ambiente de abrigo

de idosos ou no proacuteprio lar do idoso (FAEDA PERROCA 2017)

Diante de todo o estudo realizado acerca do sujeito idoso e da relaccedilatildeo do profissional

de enfermagem com o seu paciente idoso conseguimos ter alguns resultados

63

satisfatoacuterios que a seguir seratildeo apresentados sem a necessidade de estarem em

ordem de prioridade ou seja todos satildeo importantes

64

65

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Envelhecer eacute um verbo que a todos afeta independentemente de sexo raccedila cor etc

Haacute no entanto duas formas de se envelhecer com sauacutede e sem sauacutede Mesmo

diante dessas duas formas de envelhecimento envelhecer com qualidade eacute precioso

para o indiviacuteduo pois dessa forma consegue se aceitar como velho consegue

suportar as doenccedilas que satildeo proacuteprias da terceira idade Consegue ver vantagem em

ser velho

Para se envelhecer com qualidade necessaacuterio eacute que o sujeito tenha uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel que se abstenha de viacutecios que satildeo danosos ao organismo que consiga ter

equiliacutebrio em sua vida pessoal psicoloacutegica iacutentima e em tantos outros campos ou seja

que tenha harmonia em tudo O apoio familiar torna-se primoroso nessa etapa da vida

Ter ao lado quando se estaacute fragilizado devido a velhice pessoas que ama que confia

e por quem eacute amado eacute uma forma de envelhecer com bastante qualidade

O profissional de enfermagem tem um papel fundamental junto a pessoas idosas pois

em muitos casos torna-se seu cuidador principal quando a famiacutelia natildeo pode cuidar

de seu idoso por motivos diversos ou quando o idoso se encontra sozinho sem

famiacutelia e sem amigos Por isso importante ter preparo com pessoas idosas entender

bem o processo de envelhecimento estar sempre atualizado diante das doenccedilas que

atingem os sujeitos idosos

Eacute um trabalho que demanda muito amor por parte do profissional e que por isso natildeo

basta apenas o entender racional de todos os procedimentos precisa ter sentimentos

proacutesperos de ajuda ao proacuteximo e seguir os princiacutepios norteadores de Wanda de

Aguiar Horta para quem a enfermagem foi o maior bem de sua vida pois cuidava de

seus pacientes como se fossem seus filhos

Considerando a taxa de envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira vale destacar

tambeacutem a abertura de mercado gerontoloacutegico para o profissional de enfermagem

Percebemos que com a taxa de envelhecimento da sociedade brasileira acelerada

a demanda por profissionais de enfermagem iraacute aumentar consideravelmente tendo

em vista a necessidade desse profissional para a praacutetica do cuidado com o sujeito

idoso

66

Discussotildees mais aprofundadas em torno do sujeito idoso precisam ser realizadas nas

academias com o intuito de formar profissionais competentes e com entendimento

desse setor pois conforme foi falado eacute um capo em franco crescimento devido ao

envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira Quanto mais capacitado for o profissional

melhor colocaccedilatildeo obteraacute no mercado de trabalho e melhores cuidados conseguiraacute

dispor em favor do paciente idoso

67

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ACIOLE Giovanni Gurgel BATISTA Lucia Helena Promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de incapacidades funcionais dos idosos na estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia a contribuiccedilatildeo da fisioterapia Sauacutede debate Rio de Janeiro v 37 n 96 p 10-19 mar 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-11042013000100003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON O que eacute Parkinson Disponiacutevel em lt

httpwwwparkinsonorgbrgt Acesso em 04 de junho de 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER O que eacute o Alzheimer Disponiacutevel em lt httpwwwabrazorgbrindexphppage=alzheimergt Acesso em 04 de junho de 2018 BAPTISTA Rafael Reimann VAZ Marco Aureacutelio Arquitetura muscular e o envelhecimento adaptaccedilatildeo funcional e aspectos cliacutenicos revisatildeo de literatura Fisioterapia e Pesquisa Satildeo Paulo v16 n4 p368-73 outdez 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdffpv16n415pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 BRASIL Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Osteoporose Boletim Sauacutede e Economia Ano I ndash Ediccedilatildeo nordm 1 agosto de 2009 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt

httpportalanvisagovbrdocuments33884412285Boletim+SaC3BAde+e+Economia+nC2BA+17d49dea4-6610-4a71-9154-c4df75c3dd53gt Acesso em 25 de maio de 2018 BRASIL Cacircmara dos Deputados Estatuto do Idoso Ministeacuterio da Sauacutede - 3 ed 2 reimpr - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2013 70 p ______ Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos Guia de Vigilacircncia em Sauacutede volume uacutenico [recurso eletrocircnico] Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos 2ordf Ed Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2017 705 p Disponiacutevel em lthttpportalarquivos2saudegovbrimagesPDF2017outubro16Volume-Unico-2017pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 ______ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica A Siacutentese dos Indicadores Sociais Uma Anaacutelise das Condiccedilotildees de Vida da Populaccedilatildeo Brasileira - 2016 Disponiacutevel em lthttpswwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimossinteseindicsociais2016defaultshtmgt Acesso em 06 de abril de 2018 ______ Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo nordm 358 do Conselho Federal de Enfermagem 15 de outubro de 2009 (BR) 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384htmlgt Acesso em 27 de abril de 2018

68

BUSNELLO Roberta et al Niacutevel de conhecimento de idosos sobre diabetes mellitus e sua percepccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave qualidade de vida Rev Kairoacutes Gerontologia 201215(3)81-94 Disponiacutevel em lthttpsrevistaspucspbrindexphpkairosarticleviewFile784011432gt Acesso em 23 de abril de 2018 CAMARGOS Mirela Castro Santos BOMFIM Wanderson Costa Osteoporose e Expectativa de Vida Saudaacutevel estimativas para o Brasil em 2008 Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 25 n 1 p 106-112 mar 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2017000100106amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de maio de 2018 CLARES Jorge Wilker Bezerra FREITAS Maria Ceacutelia de PAULINO Monnyck Hellen Couto Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem ao idoso institucionalizado fundamentada em Virginia Henderson Rev Rene (Online) 14(3) 649-658 maio ndash junho de 2013 Disponiacutevel em lt httppesquisabvsaludorgenfermagemresourceptbde-24492gt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 CORDEIRO Juliana et al Efeitos da atividade fiacutesica na memoacuteria declarativa capacidade funcional e qualidade de vida em idosos Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 3 p 541-552 Sept 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000300541amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA [recurso eletrocircnico] definiccedilotildees e classificaccedilatildeo 2012-2014 [NANDA International] traduccedilatildeo Regina Machado Garcez revisatildeo teacutecnica Alba Lucia Bottura Leite de Barros [et al] ndash Dados eletrocircnicos ndash Porto Alegre Artmed 2013 Centro Avanccedilado de Medicina Preventiva ENVELHECIMENTO - Sob o ponto de vista esteacutetico e meacutedico 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwcamepcombrenvelhecimentogt Acesso em 23 maio 2018 ENFERMEIRO aprendiz As Orientaccedilotildees de Enfermagem em Osteoporose 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwenfermeiroaprendizcombras-orientacoes-de-enfermagem-em-osteoporosegt Acesso em 25 maio 2018 ESQUENAZI Danuza SILVA R Boiccedila da GUIMARAtildeES Marco Antocircnio (2014) Aspectos fisiopatoloacutegicos do envelhecimento humano e quedas em idosos Rev Hosp Univ Pedro Ernesto 13(2)11-20 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg1012957rhupe201410124gt Acesso em 04 de junho de 2018 FAEDA Mariacutelia Silveira PERROCA Maacutercia Galan Conformidade na prescriccedilatildeo de enfermagem agraves necessidades de cuidados concepccedilatildeo de enfermeiros Rev Bras Enferm Brasiacutelia v 70 n 2 p 400-406 Apr 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672017000200400amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 May 2018

69

FILHO Mario Alves de Siqueira Envelhecimento e muacutesculo esqueleacutetico forccedila muscular atividade proteassomal e sinalizaccedilatildeo relacionada ao balanccedilo proteacuteico 2012 68 p Tese apresentada ao programa de poacutes-graduaccedilatildeo em fisiologia humana (Doutor em ciecircncias) - Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis4242137tde-12062013-102648enphpgt Acesso em 10 abr 2018 FONSECA Emiacutelio Prado da et al Mortalidade por cacircncer bucal e orofaringe no Brasil entre 2002 e 2011 Revista da Faculdade de Ciecircncias Gerenciais de Manhuaccedilu Manhuaccedilu MG v 11 n 2 p 08-17 Agosto-Dezembro 2014 Disponiacutevel em lthttppensaracademicofacigedubrindexphppensaracademicoarticleview216gt Acesso em 04 de junho de 2018 FLOREcircNCIO Raquel Sampaio et al Adesatildeo ao idoso ao tratamento para hipertensatildeo arterial e intervenccedilotildees de enfermagem Rev Rene 2012 13(2) 343-53 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicosufcbrrenearticleviewFile39243114gt Acesso em 22 de abril de 2018 GARCIA Telma Ribeiro Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem aspecto substantivo da praacutetica profissional Esc Anna Nery Rio de Janeiro 2016 20(1) 5-10 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeanv20n11414-8145-ean-20-01-0005pdfgt Acesso em 27 de abril de 2018 GUERRA Ana Carolina Lima Cavaletti CALDAS Ceacutelia Pereira Dificuldades e recompensas no processo de envelhecimento a percepccedilatildeo do sujeito idoso Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2931-2940 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600031amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 GONCALVES Lucia Hisako Takase ALVAREZ Angela Maria ARRUDA Micheli Coral Pacientes portadores da doenccedila de Parkinson significado de suas vivecircncias Acta paul enferm Satildeo Paulo v 20 n 1 p 62-68 Marccedilo 2007 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002007000100011amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 GONCALVES Endy-Ara Gouvea CARMO Joatildeo dos Santos Diagnoacutestico da doenccedila de Alzheimer na populaccedilatildeo brasileira um levantamento bibliograacutefico Rev Psicol Sauacutede Campo Grande v 4 n 2 p 170-176 dez 2012 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S2177-093X2012000200010amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 JARDIM Luciana Muniz Sanches Siqueira Veiga et al Tratamento Multiprofissional da Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica em Pacientes Muito Idosos Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 108 n 1 p 53-59 Jan 2017 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0066-782X2017000100053amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 JUSTO Joseacute Sterza ROZENDO Adriano da Silva A velhice no Estatuto do Idoso Estud pesqui psicol Rio de Janeiro v 10 n 2 p 471-489 ago 2010

70

Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1808-42812010000200012amplng=ptampnrm=isogt acessos em 22 abr 2018 KOKUDAI Laiacutes Aparecida ALVARENGA Maacutercia Regina Martins Classificaccedilatildeo das necessidades de sauacutede de idosos de acordo com a taxonomia NANDA 2010 Rev Anais do Eniac 6 p Disponiacutevel em lthttpsanaisonlineuemsbrindexphpenicarticleview13241337gt Acesso em 30 de abril de 2018 KUWAE Christiane Ayumi et al Concepccedilotildees de alimentaccedilatildeo saudaacutevel entre idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ normas nutricionais normas do corpo e normas do cotidiano Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 18 n 3 p 621-630 Sept 2015 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232015000300621amplng=enampnrm=isogt Acesso em 20 de maio de 2018 LEAO E SILVA Leonardo Oliveira et al Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica Representaccedilotildees Sociais de idosos sobre a doenccedila e seu tratamento Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 21 n 2 p 121-128 June 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2013000200004amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 de maio de 2018 LIMA Deborah Mendonccedila et al A hipovitaminose B12 eacute fator de risco para desenvolvimento de osteoporose Anais do Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - 1 ed - Satildeo Paulo AC Farmacecircutica 2014 Disponiacutevel em lthttpssbggorgbrwp-contentuploads2014101479477498_Anais_CBGG_-_Verso_finalpdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 LIRA Luana Nogueira et al Histoacuterico de enfermagem para idosos hospitalizados base para diagnoacutesticos e prescriccedilotildees Rev enferm UFPE on line Recife 7(8) 5198-206 ago 2013 Disponiacutevel em lthttpsperiodicosufpebrrevistasrevistaenfermagemarticleviewFile1179314165gt Acesso em 22 de maio de 2018 MANCINI Marisa Cotta SAMPAIO Rosana Ferreira Quando o objeto de estudo eacute a literatura estudos de revisatildeo Rev bras fisioter Satildeo Carlos v 10 n 4 Dec 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-35552006000400001amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 MARQUES Luiz Paulo Joseacute MOREIRA Rosa Maria Portella SANTOS Omar da Rosa Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio nos idosos Satildeo Paulo Editora Sarvier 2010 p 150 ndash 154 Disponiacutevel em lthttpswwwresearchgatenetpublication283487098_INFECCAO_DO_TRATO_URINARIO_NOS_IDOSOSgt Acesso em 30 de abril de 2018 MATTOS Carine Magalhatildees Zanchi de et al Processo de enfermagem aplicado a idosos com alzheimer que participam do projeto estrateacutegias de reabilitaccedilatildeo Estud Interdiscipl Envelhec Porto Alegre v16 ediccedilatildeo especial p 433-447 2011 Disponiacutevel em

71

lthttpseerufrgsbrindexphpRevEnvelhecerarticleview1792116307gt Acesso em 22 de maio de 2018 MACIEL Marcos Gonccedilalves Atividade fiacutesica e funcionalidade do idoso Motriz rev educ fis (Online) Rio Claro v 16 n 4 p 1024-1032 Dec 2010 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1980-65742010000400023amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de junho de 2018 MENEZES Luiza Tereza Gadelha de et al ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA In Congresso Nacional de Envelhecimento Humano 2016 Natal - RN ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA [Sl sn] 2016 p 1-6 Disponiacutevel em lthttpwwweditorarealizecombrrevistascnehtrabalhosTRABALHO_EV054_MD4_SA4_ID558_17082016145144pdfgt Acesso em 22 maio 2018 MORAIS Olga Nazareacute Pantoja de Grupos de idosos atuaccedilatildeo da psicogerontologia no enfoque preventivo Psicol cienc prof Brasiacutelia v 29 n 4 p 846-855 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-98932009000400014amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 06 abr 2018 MOTA Leandro Silva SOUSA Elton Geraldo de AZEVEDO Francisco Honeidy Carvalho Intercorrecircncias da osteoporose na qualidade de vida dos idosos Revista Interdisciplinar NOVAFAPI Teresina v5 n2 p44-49 Abr-Mai-Jun 2012 Disponiacutevel em lthttpsrevistainterdisciplinaruninovafapiedubrrevistainterdisciplinarv5n2revrev1v5n2pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 MOROZ Maisa Bastos KLUTHCOVSKY Ana Claudia Garabeli Cavalli SCHAFRANSKI Marcelo Derbli Controle de pressatildeo arterial em idosas hipertensas em uma Unidade de Sauacutede da Famiacutelia e fatores associados Cad Sauacutede Colet 2016 Rio de Janeiro 24 (1) 111-117 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcadscv24n11414-462X-cadsc-24-1-111pdfgt Acesso em 23 de abril de 2018 PEREIRA Erico Felden TEIXEIRA Clarissa Stefani ETCHEPARE Luciane Sanchotene O envelhecimento e o sistema muacutesculo esqueleacutetico Revista Digital n 101 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwefdeportescomefd101envelhhtmgt Acesso em 04 de junho de 2018 PETERNELLA Fabiana Magalhatildees Navarro MARCON Sonia Silva Descobrindo a Doenccedila de Parkinson impacto para o parkinsoniano e seu familiar Rev bras enferm Brasiacutelia v 62 n 1 p 25-31 Feb 2009 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672009000100004amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 REIS Luciana Arauacutejo dos TRAD Leny Alves Bonfim Suporte familiar ao idoso com comprometimento da funcionalidade a perspectiva da famiacutelia Psicol teor prat Satildeo Paulo v 17 n 3 p 28-41 dez 2015 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1516-

72

36872015000300003amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 RIBEIRO Aline Lima VEIGA Caroline Lagrotta da Associaccedilatildeo entre a capacidade cognitiva e a ocorrecircncia de quedas em idosos de juiz de fora Minas Gerais Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Federal de Juiz de Fora 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwufjfbrfacfisiofiles201307TCC-Aline-Carolinepdfgt Acesso em 10 de abril de 2008 RORIZ-FILHO Jarbas et al Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio Medicina (Ribeiratildeo Preto) 201043(2) 118-25 Disponiacutevel emlthttpwwwrevistasuspbrrmrparticleview166167gt Acesso em 04 de junho de 2018 RUIVO Susana et al Efeito do envelhecimento cronoloacutegico na funccedilatildeo pulmonar Comparaccedilatildeo da funccedilatildeo respiratoacuteria entre adultos e idosos saudaacuteveis Rev Port Pneumol Lisboa v 15 n 4 p 629-653 ago 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielomecptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0873-21592009000400005amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 07 abril de 2018 SANTOS Beatriz Aparecida dos et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem (SAE) no atendimento domiciliar ao paciente portador de osteoporose Revista Sauacutede em Foco ndashEdiccedilatildeo nordm 9 ndash Ano 2017 Disponiacutevel em lthttpunifiaedubrrevista_eletronicarevistassaude_focoartigosano2017072_sistematizacao_ass_enfermagem_saepdf gt Acesso em 25 de maio de 2018 SANCHES Ana Paula R Amadio LEBRAO Maria Luacutecia DUARTE Yeda Aparecida de Oliveira Violecircncia contra idosos uma questatildeo nova Saude soc Satildeo Paulo v 17 n 3 p 90-100 Sept 2008 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-12902008000300010amplng=enampnrm=isogt access on 22 Apr 2018 SENA Edite Lago da Silva et al Tecnologia cuidativa de ajuda muacutetua grupal para pessoas com Parkinson e suas famiacutelias Texto contexto - enferm Florianoacutepolis v 19 n 1 p 93-103 mar 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000100011amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 SERENIKI Adriana VITAL Maria Aparecida Barbato Frazatildeo A doenccedila de Alzheimer aspectos fisiopatoloacutegicos e farmacoloacutegicos Rev psiquiatr Rio Gd Sul Porto Alegre v 30 n 1 supl 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0101-81082008000200002amplng=enampnrm=isogt Acesso em 23 de abril de 2018 SILVA Bruna Rodrigues da FINOCCHIO Ana Luacutecia A velhice como marca da atualidade uma visatildeo psicanaliacutetica Viacutenculo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 23-30 dez 2011 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-24902011000200004amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018

73

SILVA Elisama Gomes Correia et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacutetica Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 45 n 6 p 1380-1386 Dec 2011 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000600015amplng=enampnrm=isogt access on 22 May 2018 SOUZA Rosangela Ferreira de SKUBS Thais BRETAS Ana Cristina Passarella Envelhecimento e famiacutelia uma nova perspectiva para o cuidado de enfermagem Rev bras enferm Brasiacutelia v 60 n 3 p 263-267 June 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672007000300003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de maio de 2018 SOUZA Emannuely Silva de ALVES Thalita Isapaula Feacutelix PASSOS Ana Beatriz Barbosa Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem a um Idoso com Parkinson em uma Instituiccedilatildeo de Apoio do Municiacutepio de Ipatinga Revista Enfermagem Integrada ndash Ipatinga Unileste-MG - V3 - N2 - NovDez 2010 Disponiacutevel em lt httpswwwunilestemgbrenfermagemintegradaartigoV3_209-sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem-a-um-idoso-com-parkinsonpdf gt Acesso em 02 de maio de 2018 TAGLIARINI Mariana Hidroginaacutestica na terceira Idade Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndashUNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2008 Lins 2008 62p il 31cm Disponiacutevel em lthttpwwwunisalesianoedubrbibliotecamonografias46264pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 TAYLOR Carol et al Fundamentos de enfermagem a arte e a ciecircncia do cuidado de enfermagem 7 ed Porto Alegre Artmed 2014 1768 p TEIXEIRA Ilka Niceacuteia DAquino Oliveira GUARIENTO Maria Elena Biologia do envelhecimento teorias mecanismos e perspectivas Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2845-2857 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600022amplng=enampnrm=isogt Acessado em 06 de abril de 2018 TOSIN Michelle Hyczy de Siqueira et al Intervenccedilotildees de Enfermagem para a reabilitaccedilatildeo na doenccedila de Parkinson mapeamento cruzado de termos Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 24 e2728 2016 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692016000100360amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 VARGAS Liane da Silva de LARA Marcus Viniacutecius Soares de MELLO-CARPES Pacircmela Billig Influecircncia da diabetes e a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico e atividades cognitivas e recreativas sobre a funccedilatildeo cognitiva e emotividade em grupos de terceira idade Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 4 p 867-878 dez 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000400867amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 23 abr 2018

74

VERAS Renato Peixoto Prevenccedilatildeo de doenccedilas em idosos os equiacutevocos dos atuais modelos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28 n 10 p 1834-1840 Oct 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-311X2012001000003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 VETTORE Marcelo Vianna et al Avaliaccedilatildeo do manejo da infecccedilatildeo urinaacuteria no preacute-natal em gestantes do Sistema Uacutenico de Sauacutede no municiacutepio do Rio de Janeiro Rev bras epidemiol Satildeo Paulo v 16 n 2 p 338-351 jun 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-790X2013000200338amplng=ptampnrm=isogt acessos em 30 abr 2018

Page 12: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca

LISTA DE SIGLAS

COFEN ndash Conselho Federal de Enfermagem

OMS ndash Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede

SAE ndash Sistema de Assistecircncia de Enfermagem

SCIELO ndash Scientific Electronic Library Online

BVS - Biblioteca Virtual em Sauacutede

DeCS - Descritores em Ciecircncia da Sauacutede

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

SNC - Sistema Nervoso Central

SUS - Sistema Puacuteblico de Sauacutede

HAS - Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

AVC - Acidente Vascular Cerebral

ITU - Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

CE - Comitecirc de Eacutetica

PE - Processo de Enfermagem

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO25

11 OBJETIVOS26

111 Objetivo geral26

112 Objetivos especiacuteficos26

12 JUSTIFICATIVA26

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO27

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO

IDOSA NO BRASIL27

22 ESTATUTO DO IDOSO29

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO30

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO

ENVELHECIMENTO31

241 Mecanismos do envelhecimento32

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio35

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco35

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico36

2414 Envelhecimento do sistema nervoso38

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO38

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso39

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso40

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE42

261 Mal de Parkinson42

262 Doenccedila de Alzheimer45

263 Diabetes Mellitus46

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica47

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio48

266 Osteoporose49

3 METODOLOGIA53

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO55

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO55

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) 55

412 Processo de Enfermagem56

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos57

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS65

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS67

25

1 INTRODUCcedilAtildeO

O aumento da populaccedilatildeo idosa tem preocupado todas as autoridades devido ao

aumento do gasto previdenciaacuterio o que se torna um problema de enormes

proporccedilotildees tendo em vista o fato de o governo ter que disponibilizar a cada ano mais

verba para este segmento populacional que jaacute passa dos 15 milhotildees de brasileiros

Tais problemas colocados pela miacutedia amplifica o preconceito com o sujeito idoso e

com isso o medo de envelhecer fica latente a cada dia em que o sujeito chega agrave

terceira idade pois vislumbra-se um futuro sombrio no qual o preconceito conforme

falado seraacute enorme poliacuteticas de ajuda piacutefias verbas escassas e em muitos casos

falta de apoio familiar (GUERRA CALDAS 2010)

Um dos motivos que estatildeo proporcionando o aumento de idosos no Brasil eacute a melhoria

de diversos indicadores E como o aumento da populaccedilatildeo idosa acarreta seacuterios

problemas para a economia de um paiacutes torna-se importante desenvolver poliacuteticas que

podem auxiliar o idoso a envelhecer melhor com qualidade controlando as doenccedilas

caracteriacutesticas da terceira idade funcional e contribuindo com o Estado para que

este natildeo venha a entrar em colapso (VERAS 2012)

Estudos cientiacuteficos tecircm comprovado que exerciacutecios fiacutesicos combinados a uma boa

alimentaccedilatildeo e ateacute mesmo remeacutedios fitoteraacutepicos contribuem para uma melhoria

consideraacutevel para a sauacutede fiacutesica e mental dos idosos o que eacute algo bastante

interessante tendo em vista que a maioria dos acidentes com pessoas idosas ocorrem

quando o sujeito idoso sem forccedila muscular se machuca em pequenas atividades

dentro de casa ou quando sua sauacutede mental natildeo proporciona um envelhecimento

confortaacutevel ou quando as doenccedilas crocircnicas caracteriacutesticas da terceira idade se

apresentam intensamente (ACIOLE BATISTA 2013)

Nos dias atuais um carimbo que existe sobre o sujeito idoso eacute o descaso com ele

satildeo colocados agrave margem da sociedade Muitos natildeo possuem mais aptidatildeo para

trabalhos e muitos apresentam problemas de sauacutede que demandam um cuidado

especial muita atenccedilatildeo e com a ldquovida corridardquo quem deveria cuidar do idoso acaba

negligenciando sua funccedilatildeo e por isso vaacuterios idosos acabam indo para instituiccedilotildees de

asilo que muitas vezes natildeo oferecem condiccedilotildees miacutenimas de cuidados (SILVA

FINOCCHIO 2011)

Por outro lado instituiccedilotildees seacuterias de abrigo de idosos possuem profissionais de

26

diversas aacutereas do saber que atuam em conjunto para um cuidado eficaz do sujeito

idoso Dentre esses profissionais que auxiliam no cuidado do idoso uma figura que

se destaca eacute o enfermeiro que desenvolve ldquosuas atividades com os idosos por meio

de um processo de cuidar que contempla os aspectos biopsicossociais e espirituais

vivenciados durante a institucionalizaccedilatildeordquo quando utiliza a Sistematizaccedilatildeo de

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) por intermeacutedio do Processo de Enfermagem (PE)

permitindo ldquouma avaliaccedilatildeo integral do idoso identificando necessidades e padrotildees de

resposta aos problemas de sauacutede para a determinaccedilatildeo de soluccedilotildees apropriadas no

atendimento dessas necessidadesrdquo (CLARES FREITAS PAULINO 2013 p 02)

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

bull Analisar a partir de uma revisatildeo de literatura a Assistecircncia de Enfermagem ao

sujeito idoso

112 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever o processo de envelhecimento

bull Listar as principais doenccedilas que acometem a populaccedilatildeo idosa

bull Identificar as principais estrateacutegias de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem (SAE) para a populaccedilatildeo idosa

12 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista o aumento do nuacutemero de sujeitos idosos no Brasil devido ao aumento

da expectativa de vida e por ser esta autora jaacute atuante como enfermeira na

assistecircncia agraves pessoas idosas natural foi a escolha pelo tema aqui desenvolvido

27

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO IDOSA

NO BRASIL

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) oacutergatildeo do governo responsaacutevel

por coletar informaccedilotildees a respeito da sociedade brasileira para um melhor

entendimento da realidade lanccedilou em 2016 um livro com uma siacutentese de indicadores

sociais e uma anaacutelise das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo brasileira Tal livro

permeado de dados estatiacutesticos foi utilizado para levantar as estatiacutesticas a respeito

da populaccedilatildeo idosa do Brasil e assim seraacute aqui referenciado

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

A evoluccedilatildeo da composiccedilatildeo populacional por grupos de idade aponta para a tendecircncia de envelhecimento demograacutefico que corresponde ao aumento da participaccedilatildeo percentual dos idosos na populaccedilatildeo e a consequente diminuiccedilatildeo dos demais grupos etaacuterios (BRASIL 2016 p 13)

A constataccedilatildeo de que a sociedade brasileira estaacute envelhecendo pode ser confirmada

na Tabela 01 que reforccedila o que jaacute foi citado anteriormente

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade

IDADE (anos) 2005 () 2015 ()

0 ndash 14 265 210 15 - 29 274 236 30 - 59 362 410

Acima de 60 98 143

Fonte Brasil (2016 p 13)

Ainda sobre a Tabela 01 observa-se a evoluccedilatildeo da populaccedilatildeo brasileira entre os anos

de 2005 a 2015 Observa-se pela tabela que a populaccedilatildeo idosa saiu dos 98 em

2005 para 143 em 2015 ou seja em uma deacutecada a populaccedilatildeo idosa cresceu cerca

de 46 Eacute um crescimento enorme Com essa dinacircmica populacional a expectativa

eacute que em 2050 a populaccedilatildeo idosa no Brasil fique ligeiramente abaixo dos 30

conforme eacute ilustrado na Figura 01 Ela tambeacutem apresenta a projeccedilatildeo da evoluccedilatildeo de

pessoas com mais de 60 anos no restante do mundo (BRASIL 2016)

28

Figura 01 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo

Fonte Brasil (2016) (Adaptado pela autora)

O sujeito idoso apresenta diversas dificuldades no seu dia-a-dia e torna-se um desafio

enorme para a sociedade brasileira como um todo em vista da preocupaccedilatildeo que se

deve ter com o sujeito idoso No Quadro 01 algumas caracteriacutesticas pertinentes aos

idosos (BRASIL 2016)

Quadro 01 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens CARACTERIacuteSTICAS QUANTIDADE

Alguma dificuldade permanente para caminhar 330 ()

Vivem em domiciacutelios em aacutereas sem arborizaccedilatildeo 275 ()

Entidade de assistecircncia social privada sem fins lucrativos 8283

Jaacute se sentiram discriminados no serviccedilo sauacutede 84 ()

Niacutevel de ocupaccedilatildeo dos idosos 263 ()

Proporccedilatildeo de idosos ocupados que recebem aposentadoria 538 ()

Ensino fundamental incompleto 655 ()

Sem plano meacutedico ou odontoloacutegico 680 ()

Sintomas de depressatildeo 93 ()

Fonte Brasil (2016)

O Quadro 01 apresenta diversas informaccedilotildees a respeito do sujeito idoso A que mais

chama atenccedilatildeo eacute a quantidade de idosos sem plano de sauacutede ou odontoloacutegico algo

em torno de 68 pois como eacute sabido a sauacutede puacuteblica no Brasil eacute precaacuteria e com

isso o idoso que acaba por depender do sistema puacuteblico natildeo tem um atendimento

eficaz o que pode agravar suas condiccedilotildees fiacutesicas e de sauacutede (BRASIL 2016)

29

22 ESTATUTO DO IDOSO

O estatuto do idoso eacute o nome popular dado a Lei nordm 10741 de 1ordm de outubro de 2003

que veio para regular os direitos das pessoas com mais de sessenta anos assim

consideradas idosas (BRASIL 2013)

O referido documento agrupou leis que jaacute existiam organizando-as em blocos Todos

os direitos a que o idoso tem mas que em diversas ocasiotildees satildeo deliberadamente

usurpados foram bem discutidos nesta lei Seu art 2ordm assim institui

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes agrave pessoa humana sem prejuiacutezo da proteccedilatildeo integral de que trata esta Lei assegurando-se-lhe por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades para preservaccedilatildeo de sua sauacutede fiacutesica e mental e seu aperfeiccediloamento moral intelectual espiritual e social em condiccedilotildees de liberdade e dignidade (BRASIL 2013 p 07)

O idoso possui sempre prioridades devido a uma seacuterie de fatores e acima de tudo

devido agrave sua fragilidade pela idade avanccedilada O estatuto do idoso determina quais

satildeo essas prioridades No Quadro 02 elas satildeo delineadas (BRASIL 2013)

Quadro 02 ndash Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso INCISO PRIORIDADES

I Ter atendimento prioritaacuterio e personalizado junto a oacutergatildeos que prestam serviccedilos de sauacutede agrave populaccedilatildeo

II Ter prioridades diante das poliacuteticas sociais elaboradas para a sauacutede puacuteblica

III Destinaccedilatildeo privilegiada de recursos puacuteblicos para os setores que possuem obrigaccedilotildees de proteccedilatildeo ao idoso

IV Desenvolvimento de poliacuteticas que torne possiacutevel o conviacutevio do idoso com pessoas de outras geraccedilotildees

V Ser cuidado por membros de sua famiacutelia sendo que a acolhida em abrigos de idosos seria em uma uacuteltima situaccedilatildeo

VI Capacitaccedilatildeo dos profissionais que cuidam de idosos para prestar um atendimento de qualidade de atualizado

VII No desenvolvimento de poliacuteticas que possibilitem a divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees educativas a respeito do idoso para o puacuteblico em geral

VIII Garantia de acessibilidade aos serviccedilos de sauacutede e de assistecircncia social do Estado

IX Primazia quando do recebimento da restituiccedilatildeo do Imposto de Renda

Fonte Brasil (2013) (Adaptado pela autora)

Como pode-se observar no Quadro 02 as prioridades a que o idoso tem direito satildeo

vaacuterias poreacutem o que se observa na praacutetica eacute que muitas delas satildeo ignoradas A cultura

de cada paiacutes diz se os seus velhos seratildeo beneficiados com o respeito ou se seratildeo

maltratados No Brasil impera a cultura de descaso com o sujeito da terceira idade e

muitas vezes vaacuterios deles sofrem verdadeiros maus tratos seja fiacutesica seja

psicologicamente (SANCHES LEBRAO 2008)

30

Referida norma nos dizeres de Justo e Rozendo (2010) apresenta natildeo apenas o

instrumento juriacutedico para preservar e garantir a dignidade do idoso mas ldquo[] mas

tambeacutem como uma produccedilatildeo simboacutelica e conceitual que mediante um conjunto de

signos representaccedilotildees imagens e saberes configura o idoso na cultura []rdquo (JUSTO

ROZENDO 2010 p 472)

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO

O ser humano eacute um animal social e por isso desde haacute muito tempo de eacutepocas

remotas eles se organizam dando alguma ideia de famiacutelia conforme entendemos

atualmente No entanto a ideia de famiacutelia muda agrave medida que a histoacuteria evolui e se

antes o sujeito idoso era considerado o ente mais importante de sua famiacutelia devido

aos conhecimentos que adquiriu ao longo de sua jornada nos dias atuais essa

premissa jaacute natildeo eacute tatildeo mais importante e devido a isso observa-se poucos idosos no

seio da famiacutelia com sua consequente diminuiccedilatildeo (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

Quando se pensa em famiacutelia como instituiccedilatildeo social o que precisa ser levado em

consideraccedilatildeo para uma anaacutelise mais ampla a respeito dessa instituiccedilatildeo social satildeo

ldquo[] aspectos como afetividade companheirismo solidariedade sentimentos e accedilotildees

que podem ser encontradas fora dos laccedilos consanguiacuteneosrdquo Ou seja natildeo se eacute famiacutelia

somente aqueles que possuem o mesmo sangue mas existem outros fatores que

demonstram ser um agrupamento de pessoas considerado famiacutelia ldquoEacute uma construccedilatildeo

social influenciada pela cultura e contexto histoacuterico em que foi concebida []rdquo

(SOUZA SKUBS BRETAS 2007 p 264)

A vida do ser humano eacute repleta de fases desde agrave infacircncia ateacute a velhice Em cada fase

existe todo um conjunto cultural que daacute suporte agravequela fase e por isso nas famiacutelias

atuais existe um certo conflito entre membros familiares de geraccedilotildees diferentes pois

convivem muitas vezes em uma mesma residecircncia crianccedilas adolescentes adultos

e velhos e por isso um maior cuidado para que tais diferenccedilas natildeo interfiram na

harmonia do lar (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

E com o sujeito idoso haacute de se ter uma atenccedilatildeo especial devido a todos os fatores

envolvidos em sua mudanccedila de idade e com a chegada da velhice Tais fatores satildeo

os sociais psicoloacutegicos materiais financeiros autonomia etc Dessa forma o idoso

tende a dar mais trabalho pois uma vez que fora independente e natildeo eacute mais uma

31

vez que fora forte e natildeo eacute mais apresenta uma paciecircncia bastante curta Assim os

familiares que em volta dele estatildeo precisam ter bastante amor e carinho para um

excelente cuidado pois eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia assim fazer conforme preceitua a

Constituiccedilatildeo Federal (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

O apoio da famiacutelia para o sujeito idoso eacute de suma importacircncia para que ele possa ter

uma velhice confortaacutevel e saudaacutevel Reis e Trad possuem palavras interessantes a

respeito Vejamos

O suporte familiar contribui de maneira significativa para a manutenccedilatildeo e a integridade fiacutesica e psicoloacutegica do indiviacuteduo Seu efeito eacute tido como beneacutefico no membro da famiacutelia que o recebe na medida em que o suporte eacute percebido como disponiacutevel e satisfatoacuterio [] Dessa forma eacute fundamental para o planejamento assistencial adequado ao idoso a compreensatildeo do contexto familiar o que implica o entendimento das questotildees que envolvem a formaccedilatildeo e a dinacircmica de funcionamento das famiacutelias em geral (REIS TRAD 2015 p 30)

No entanto abrigos repletos de sujeitos idosos demonstram que na grande maioria

dos casos os familiares preferem abandonar os seus velhos aos cuidados de

enfermeiros que nem conhecem se estatildeo capacitados para lidar com as

necessidades Mesmo com o advento do estatuto do idoso ele continua sofrendo

severos preconceitos (REIS TRAD 2015)

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO

No Brasil de hoje tem-se observado um crescimento substancial do nuacutemero de

sujeitos idosos (aqueles com mais de 60 anos de acordo com o estatuto do idoso) e

isso eacute algo bastante preocupante tendo em vista a infraestrutura precaacuteria do sistema

de sauacutede Apenas a tiacutetulo de entendimento de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatiacutestica (IBGE) a quantidade de sujeitos idosos em 2016 era em cerca

de 143 (BRASIL 2016)

Existem basicamente dois motivos pelos quais a quantidade de sujeitos idosos vem

aumentando no Brasil que satildeo a reduccedilatildeo da taxa de natalidade e a reduccedilatildeo da

mortalidade A tecnologia vem ajudando consideravelmente para que esses dois

fatores sejam os reais motivos pelo aumento da taxa de idosos (MORAIS 2009)

A afirmativa anterior eacute reforccedilada pelo IBGE conforme segue ldquoAs mudanccedilas na razatildeo

de dependecircncia estatildeo diretamente associadas agrave diminuiccedilatildeo da fecundidade e ao

32

aumento na longevidade da populaccedilatildeo especialmente na populaccedilatildeo idosardquo (BRASIL

2016 p 17)

Dessa forma o ato de envelhecer passa a ser visto como algo a que todos os

brasileiros passaratildeo um dia pois haacute um aumento na expectativa de vida e assim

entender o processo de envelhecimento e desenvolver mecanismos para um

envelhecimento saudaacutevel torna-se fundamental pois idosos saudaacuteveis significa

grosso modo menos problemas tanto para a famiacutelia quanto para o governo Mas esse

menos problema natildeo eacute dito de forma vulgar pejorativa mas sim de forma racional

pois com um idoso saudaacutevel em uma famiacutelia esta famiacutelia natildeo sofre com o sofrimento

dele (MORAIS 2009)

Os desafios que se apresentam com o aumento da populaccedilatildeo idosa no Brasil estatildeo

intimamente interligados com a integraccedilatildeo e o cuidado social com o sujeito idoso com

a sauacutede com a assistecircncia social com a previdecircncia social com a forma de

envelhecer saudaacutevel etc (BRASIL 2016)

Dessa forma importante entender o mecanismo bioloacutegico do envelhecimento e sua

correlaccedilatildeo com o meio fiacutesico para um cuidado mais personalizado

241 Mecanismos do envelhecimento

Teixeira e Guariento afirmam que o conhecimento acerca do envelhecimento ou dos

motivos que o causam satildeo limitados devido agrave falta de pesquisas experimentais com

seres humanos o que eacute vedado pela eacutetica meacutedica Dessa forma pode-se fazer

apenas experimentos com animais em especial com roedores moscas de frutas e

isso acaba natildeo trazendo um real significado acerca do processo de envelhecimento

(TEIXEIRA GUARIENTO 2010)

Existem vaacuterias teorias a respeito do envelhecimento e por isso aos poucos foram

sendo agrupadas basicamente em dois grupos a saber teorias programadas e

teorias estocaacutesticas A primeira tem sua ideia central ldquonos reloacutegios bioloacutegicos que

regulam o crescimento a maturidade a senescecircncia e a morterdquo Jaacute a segunda baseia-

se na ldquoidentificaccedilatildeo de agravos que induzem aos danos moleculares e celulares

aleatoacuterios e progressivosrdquo (TEIXEIRA GUARIENTO 2010 p 2846)

33

Fato eacute que os efeitos do envelhecimento satildeo visiacuteveis rugas expostas cabelos

brancos peles caiacutedas dificuldades para se locomoverem decliacutenio das forccedilas

diminuiccedilatildeo do equiliacutebrio diversas doenccedilas dificuldade na respiraccedilatildeo Tudo estaacute

conjuntamente interligado em um processo complexo e variado que envolve tanto o

bioloacutegico quanto o psicossocial e que afeta diversos sistemas Na Figura 02 uma

representaccedilatildeo interessante do processo de envelhecimento (RUIVO et al 2009)

Figura 02 ndash Processo de envelhecimento

Fonte Centro avanccedilado de medicina preventiva (2018)

34

No Quadro 03 eacute apresentado os efeitos da velhice de uma forma geral e resumida

Vaacuterios satildeo os efeitos do envelhecimento no sujeito idoso por isso apenas alguns deles

foram relatados a tiacutetulo de exemplos

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (continua)

MODIFICACcedilOtildeES NO CORPO COM O ENVELHECIMENTO

ESTADO GERAL

Reduccedilatildeo progressiva da eficiecircncia dos processos fisioloacutegicos resulta em equiliacutebrio fraacutegil e impotildee obstaacuteculos agrave capacidade do corpo para manter a homeostase Estressores fiacutesicos e emocionais tornam o idoso mais vulneraacutevel devido agrave diminuiccedilatildeo das reservas fisioloacutegicas O idoso pode continuar a se envolver em todas as atividades da meia-idade embora de maneira intuitiva deva adaptar-se a um ritmo modificado e a periacuteodos de descanso mais frequentes

TEGUMENTAR

Surgimento de rugas e perda da firmeza da pele ocorrem com a reduccedilatildeo da elasticidade ressecamento e descamaccedilatildeo satildeo comuns A queda dos cabelos eacute comum nos homens e as mulheres tecircm afinamento e perda de pigmentaccedilatildeo dos cabelos Sinais de pele e pigmentaccedilatildeo satildeo comuns embora a pele possa clarear devido agrave perda de melanoacutecitos As unhas costumam espessar-se e ficar quebradiccedilas e amareladas

MUSCULOESQUELEacuteTICO

Diminui o tecido subcutacircneo e o peso no idoso A massa e a forccedila musculares diminuem Ocorre desmineralizaccedilatildeo oacutessea e os ossos ficam porosos e quebradiccedilos As articulaccedilotildees tendem a enrijecer e a perder flexibilidade podendo diminuir a amplitude de movimentos Costuma ocorrer lentidatildeo da mobilidade geral e a postura tende a encurvar A altura diminui um pouco

NEUROLOacuteGICO

O Sistema Nervoso Central reage mais lentamente a muacuteltiplos estiacutemulos Assim a resposta cognitiva e comportamental do idoso pode ser retardada Diminui a frequecircncia da reaccedilatildeo reflexa A regulagem da temperatura e a percepccedilatildeo de dorpressatildeo ficam menos eficientes O idoso pode ainda ter dificuldades no equiliacutebrio na coordenaccedilatildeo na motricidade fina e na orientaccedilatildeo espacial o que resulta em maior risco para quedas Costuma encurtar o sono noturno e o idoso pode despertar com mais facilidade

SENTIDOS ESPECIAIS

Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade visual (presbiopia) com maior sensibilidade agrave claridade e menor capacidade de adaptar-se agrave escuridatildeo Reduccedilatildeo da acomodaccedilatildeo reduccedilatildeo da percepccedilatildeo em profundidade e da discriminaccedilatildeo de cores Uma catarata pode obscurecer ainda mais a visatildeo A dificuldade para ler letras miuacutedas pode se tornar mais evidente Dirigir durante o dia ou durante agrave noite pode ficar comprometido Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade auditiva (presbicusia) em especial diminuiccedilatildeo da discriminaccedilatildeo de tons na presenccedila de ruiacutedos ambientais Em consequecircncia dos problemas auditivos o idoso pode retrair-se de eventos sociais As sensaccedilotildees de paladar e olfato diminuem Sensibilidade aos cheiros pode diminuir Problemas nutricionais podem surgir

CARDIOPULMONAR

Os vasos sanguiacuteneos ficam menos elaacutesticos e muitas vezes riacutegidos e tortuosos Depoacutesitos de placas de gordura continuam a ocorrer nos revestimentos dos vasos sanguiacuteneos Edema e esfriamento das extremidades inferiores podem ocorrer em especial com a diminuiccedilatildeo da mobilidade O corpo tem menor capacidade de aumentar a frequecircncia do coraccedilatildeo e o deacutebito cardiacuteaco mediante atividade A elasticidade pulmonar e a accedilatildeo ciliar diminuem de modo que a desobstruccedilatildeo pulmonar se torna menos eficiente Pode aumentar a frequecircncia pulmonar acompanhada de profundidade diminuiacuteda

35

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (conclusatildeo)

GASTRINTESTINAL Os sucos digestivos continuam a diminuir e reduz-se a absorccedilatildeo de nutrientes Desnutriccedilatildeo e anemia satildeo mais comuns Com a reduccedilatildeo do tocircnus muscular e o peristaltismo diminuiacutedo satildeo comuns queixas de constipaccedilatildeo

DENTICcedilAtildeO Perda e caacuterie dentaacuterias continuam para a maioria dos idosos Os haacutebitos alimentares podem mudar em especial se o idoso natildeo tem dentes ou usa dentaduras que natildeo servem bem

GENITURINAacuteRIO

O fluxo sanguiacuteneo para os rins reduz com a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco A quantidade de unidades de neacutefrons funcionando diminui em 50 Produtos a serem eliminados podem ser filtrados e excretados mais lentamente Liacutequidos e eletroacutelitos permanecem dentro das variaccedilotildees normais mas o equiliacutebrio eacute fraacutegil Cerca de 75 dos homens com mais de 65 anos tecircm hipertrofia da glacircndula prostaacutetica Pode haver a necessidade de cirurgia caso ocorra retenccedilatildeo urinaacuteria Haacute atrofia diminuiccedilatildeo de secreccedilotildees e afinamento do trato genital da mulher idosa

Fonte Taylor e outros (2007 p 460)

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio

O Sistema respiratoacuterio envelhece da mesma forma que o restante do organismo e

muitas vezes ele envelhece mais raacutepido devido agrave enorme quantidade de poluiccedilatildeo a

que estamos sujeitos Nas palavras de Ruivo e outros

Pensa-se que o sistema respiratoacuterio seja o sistema do organismo que envelhece mais rapidamente devido agrave maior exposiccedilatildeo a poluentes ambientais ao longo dos anos As mudanccedilas que ocorrem a este niacutevel satildeo clinicamente relevantes porque a deterioraccedilatildeo da funccedilatildeo pulmonar estaacute associada ao aumento da taxa de mortalidade e aleacutem disso o conhecimento das mesmas contribui para a detecccedilatildeo e prevenccedilatildeo de disfunccedilotildees respiratoacuterias em idosos (RUIVO et al 2009 p 631)

Biologicamente com o envelhecimento a estrutura morfoloacutegica da parede toraacutecica

sofre severas alteraccedilotildees que afetam diretamente os pulmotildees Dessa forma a perda

da elasticidade dentre outros problemas torna-se a mais frequente complicaccedilatildeo

pulmonar entre pessoas idosas (RUIVO et al 2009)

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco

O envelhecimento do sistema cardiacuteaco acarreta diversas complicaccedilotildees ao sujeito

idoso e a dinacircmica de como esse processo se dar eacute melhor explicado por Esquenazi

Silva e Guimaratildees

O coraccedilatildeo eacute constituiacutedo por ceacutelulas musculares os cardiomioacutecitos moleacuteculas de matriz extracelular destacando-se o colaacutegeno e ceacutelulas intersticiais cardiacuteacas tais como fibroblastos e ceacutelulas endoteliais Por tratar-se de ceacutelulas terminalmente diferenciadas a identificaccedilatildeo recente de ceacutelulas-tronco residentes no coraccedilatildeo revelou que os cardiomioacutecitos satildeo repostos mas natildeo

36

na proporccedilatildeo ideal para recuperaccedilatildeo de funccedilatildeo alterada consequente a eventuais perdas (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

Dessa forma pode-se realccedilar algumas mudanccedilas sensiacuteveis que ocorrem com o

envelhecimento e que estatildeo listadas no Quadro 04 abaixo

Quadro 04 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento MUDANCcedilAS ORGAcircNICAS COM O ENVELHECIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

A parede ventricular torna-se mais espessa

Diminuiccedilatildeo das ceacutelulas de cardiomioacutecitos

Aumento do conteuacutedo do colaacutegeno

Alteraccedilatildeo do metabolismo mitocondrial

Maior secreccedilatildeo de colaacutegeno

Induccedilatildeo de apoptose das ceacutelulas musculares lisas da parede arterial

Aumento da rigidez aoacutertica

Alteraccedilatildeo da elasticidade aoacutertica

Disfunccedilatildeo diastoacutelica

Hipertrofia do ventriacuteculo esquerdo

Insuficiecircncia cardiacuteaca congestiva

Fonte Esquenazi Silva e Guimaratildees (2014) (Adaptado pela autora)

No envelhecimento ocorrem mudanccedilas em algumas propriedades do coraccedilatildeo e isso

pode acarretar o surgimento de arritmias cardiacuteacas bem como a diminuiccedilatildeo da

possibilidade de alteraccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca durante situaccedilotildees de estresse

Assim devido agrave mudanccedila da frequecircncia cardiacuteaca na populaccedilatildeo da terceira idade eacute

frequentemente adicionado medicamentos como diureacuteticos medicamentos que atuam

para combater a arritmia etc (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico

Haacute diversos estudos que tentam provar que o processo de envelhecimento estaacute

associado agrave diminuiccedilatildeo da massa muscular fenocircmeno conhecido como sarcopenia

Este fenocircmeno debilita diretamente a arquitetura muscular alterando diversas

propriedades tais como ldquoaacuterea da seccedilatildeo transversa anatocircmica comprimento das fibras

musculares volume e acircngulo de penaccedilatildeo dos muacutesculosrdquo Ocasiona uma reduccedilatildeo das

forccedilas do paciente da capacidade aeroacutebica e da taxa metaboacutelica Juntos esses

fatores influenciamalteram a qualidade de vida pois podem aumentar a taxa de

quedas e ocasionar outros problemas ao idoso que repercutem em todos os campos

de sua vida (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

37

Os mais novos estudos cientiacuteficos na aacuterea sugerem que o envelhecimento tambeacutem

estaacute relacionado com a diminuiccedilatildeo da rigidez dos tendotildees o que eacute apreciado na obra

de Baptista e Vaz conforme segue

Modificaccedilotildees morfoloacutegicas na unidade muacutesculo-tendatildeo como a sarcopenia ou a diminuiccedilatildeo da rigidez tendiacutenea reconhecidamente causam alteraccedilotildees de suas propriedades mecacircnicas As propriedades mecacircnicas dos muacutesculos determinam sua capacidade de produccedilatildeo de forccedila em diferentes comprimentos e velocidades podendo assim influenciar de maneira significativa as atividades de vida diaacuteria dos seres humanos independente da faixa etaacuteria (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

Natildeo se consegue entender exatamente como ocorre o processo da sarcopenia pois

eacute um processo complexo no qual diversos outros processos contribuem para que

aconteccedila Alguns estudos sugerem que a diminuiccedilatildeo da ativaccedilatildeo neuromuscular eacute

comeccedilo do processo de perda de massa e de forccedila O que eacute bem entendido e

preocupante satildeo os seus efeitos nos sujeitos idosos que provocam diversas outras

consequecircncias (FILHO 2012)

Eacute sabido que tudo estaacute interligado portanto quando ocorre reduccedilatildeo da estrutura

muscular esqueleacutetica isso acarreta outros problemas natildeo soacute de importacircncia material

assim como de importacircncia imaterial como sedentarismo depressatildeo ansiedade

depressatildeo etc A Figura 03 ilustra esse ciacuterculo vicioso (PEREIRA TEIXEIRA

ETCHEPARE 2006)

Figura 03 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento

Fonte Pereira Teixeira e Etchepare (2006)

38

2414 Envelhecimento do sistema nervoso

O envelhecimento como jaacute foi dito provoca uma seacuterie de alteraccedilotildees no organismo do

sujeito idoso No sistema nervoso diversas alteraccedilotildees anatocircmicas e quiacutemicas satildeo

observadas no enceacutefalo e na medula e essas alteraccedilotildees podem ser vistas tanto

macroscopicamente quanto microscopicamente Ateacute mesmo o tamanho do ceacuterebro e

peso dele satildeo modificados agrave medida que o sujeito envelhece na ordem de 2 a cada

uma deacutecada e com diminuiccedilatildeo de proteiacutenas (TAGLIARINI 2008)

De acordo com anaacutelises feitas ao envelhecer diversas alteraccedilotildees acontecem sendo

que as mais vitais satildeo ldquoa diminuiccedilatildeo de ceacutelulas alteraccedilotildees dendriacuteticas placas senis

degeneraccedilatildeo neurofibrilar degeneraccedilatildeo gracircnulo-vacuolar e acuacutemulo de lipofucsinardquo

(TAGLIARINI 2008 p 18)

As alteraccedilotildees morfoloacutegicas produzidas pelo Sistema Nervoso Central (SNC) se

mostram como sendo de suma importacircncia para o devido funcionamento do sistema

nervoso devido agrave importacircncia na geraccedilatildeo e processamento das memoacuterias e no

transporte de informaccedilotildees ateacute os neurocircnios (TAGLIARINI 2008)

Portanto de tudo o que foi falado a respeito do envelhecimento do sistema nervoso

algumas partes ainda natildeo foram provadas e muita coisa ainda deve ser elucidada

com os anos vindouros Tem-se uma ideia de que as modificaccedilotildees ocorrem tanto de

forma central quanto de forma perifeacuterica ldquocom atrofia cerebral devido agrave diminuiccedilatildeo do

nuacutemero de neurocircnios assim como a reduccedilatildeo da quantidade de substacircncias branca e

cinzenta Ocorre ainda reduccedilatildeo da sinaptogecircnese e da velocidade de conduccedilatildeo

nervosa []rdquo (RIBEIRO VEIGA 2013 p25)

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO

Conforme jaacute foi falado anteriormente a populaccedilatildeo brasileira seguindo o ritmo da

populaccedilatildeo mundial estaacute envelhecendo mais devido agraves inovaccedilotildees tecnoloacutegicas Com

isso mais sujeitos idosos procuram serviccedilos meacutedicos por causa das doenccedilas

inerentes agrave terceira idade Essa demanda impulsiona aos governos criarem poliacuteticas

de sauacutede para que o sujeito envelheccedila com sauacutede pois se assim for proporciona

vantagem para todos os que estatildeo envolvidos com o idoso seja seus parentes que

39

cuidam dele seja o Estado que natildeo precisa gastar muito com remeacutedios Isso

proporciona um aliacutevio na previdecircncia divido agrave imensa diacutevida puacuteblica que existe e por

necessitar fazer corte de gastos A seguir seraacute melhor tratado acerca dos benefiacutecios

da atividade fiacutesica para o idoso para ter um envelhecimento sadio e de haacutebitos

saudaacuteveis que precisa ter para o seu dia-a-dia com sauacutede (ACIOLE BATISTA 2013)

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso

Com o crescimento mundial acelerado da populaccedilatildeo idosa diversas poliacuteticas estatildeo

sendo desenvolvidas para fazer com que o idoso envelheccedila com sauacutede tendo em

vista finalidades variadas tais como o fato de a previdecircncia estar sobrecarregada a

constataccedilatildeo de que o Sistema Puacuteblico de Sauacutede (SUS) natildeo atende com qualidade

as premissas mais baacutesicas da populaccedilatildeo Assim se o idoso chegar agrave terceira fase de

sua vida mais dinacircmico e com mais sauacutede enormes benefiacutecios surgiratildeo natildeo somente

para ele assim como para toda a sociedade (FONSECA et al 2014)

Dentre essas poliacuteticas certamente a que incentiva o idoso a praticar esportes eacute a mais

disseminada juntamente com a boa alimentaccedilatildeo pois eacute comprovado cientificamente

que o idoso ao praticar esportes consegue se manter mais saudaacutevel mais luacutecido e

em melhores condiccedilotildees de enfrentamento de doenccedilas que lhe acometem que satildeo

caracteriacutesticas da terceira idade aleacutem de provocar uma melhoria como um todo ao

sujeito idoso em todas as suas dimensotildees (MACIEL 2010)

De acordo com Maciel (2010 p 1024)

Poreacutem ao se refletir sobre as atividades fiacutesicas precisa-se pensar aleacutem dos benefiacutecios biopsicossociais proporcionados pela sua praacutetica como tambeacutem por exemplo compreender as mudanccedilas de comportamentos individuais eou coletivos para a adesatildeo e manutenccedilatildeo dessas atividades Essas soacute proporcionaratildeo os devidos benefiacutecios se realizadas continua e corretamente

As atividades fiacutesicas que satildeo incentivadas para que o idoso possa praticar satildeo

divididas em quatro dimensotildees lazer deslocamento ativo atividades domeacutesticas e

laboral A primeira eacute dita como atividade estruturada jaacute as demais satildeo atividades natildeo-

estruturais Existem vaacuterias vantagens para o sujeito idoso que se movimenta que

pratica alguma atividade fiacutesica As principais vantagens estatildeo apresentadas no

Quadro 05 (MACIEL 2010)

40

Quadro 05 ndash Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos BENEFIacuteCIOS DA ATIVIDADE FIacuteSICA PARA O IDOSO

Aumentomanutenccedilatildeo da capacidade aeroacutebia

Aumentomanutenccedilatildeo da massa muscular

Reduccedilatildeo significativa da taxa de mortalidade

Prevenccedilatildeo de doenccedilas coronarianas

Melhora do perfil lipiacutedico

Transformaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal devido agrave reduccedilatildeo da massa gorda

Prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes e hipertensatildeo arterial comuns ao sujeito idoso

Diminuiccedilatildeo da possibilidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Nas mulheres idosas possibilidade de prevenccedilatildeo do cacircncer de mama e coacutelon

Reduccedilatildeo da ocorrecircncia de demecircncia

Melhora da autoestima e da autoconfianccedila

Reduccedilatildeo dos ataques de ansiedade e do estresse

Consideraacutevel melhora do humor e da qualidade de vida

Fonte Maciel (2010) (Adaptado pela autora)

Cordeiro e outros (2014) fazendo pesquisas com idosos para entender como as

atividades fiacutesicas afetam as funccedilotildees cognitivas sendo estas definidas como as fases

do processo de informaccedilatildeo tais como aprendizagem raciociacutenio atenccedilatildeo e outras

mais concluiacuteram o seguinte

O melhor desempenho do grupo de idosos ativos no teste de memoacuteria emocional pode estar associado a alteraccedilotildees fisioloacutegicas no sistema nervoso central decorrentes da praacutetica da atividade fiacutesica A accedilatildeo da atividade fiacutesica sobre as funccedilotildees cognitivas pode se dar por meio de diversos mecanismos dentre os quais a melhora na circulaccedilatildeo cerebral alteraccedilatildeo na siacutentese e degradaccedilatildeo de neurotransmissores alteraccedilotildees neuroendoacutecrinas e humorais e aumento de fatores de crescimento como o fator neurotroacutefico derivado do ceacuterebro (BDNF) responsaacutevel pela neuroplasticidade eficaacutecia sinaacuteptica conectividade neuronal e aumento da sobrevivecircncia dos neurocircnios e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) responsaacutevel pela angiogecircnese (CORDEIRO et al 2014 p 549)

Ou seja a praacutetica da atividade fiacutesica proporciona enormes ganhos de qualidade de

vida para o sujeito idoso e possibilita a ele viver mais tempo de forma independente

jaacute que suas funccedilotildees cognitivas respondem melhor e desenvolvem mecanismos mais

duradouros (CORDEIRO et al 2014)

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso

Os alimentos satildeo as fontes de energia para o ser-humano Por isso quando o sujeito

se alimenta bem com qualidade ingerindo alimentos saudaacuteveis todo o seu

organismo funcionaraacute com qualidade e equiliacutebrio o que eacute necessaacuterio e demandado

pela populaccedilatildeo de uma forma geral mas devido agrave agitaccedilatildeo do dia-a-dia acaba por

41

comprometer a sauacutede com alimentos ruins raacutepidos de serem feitos e ingeridos

(MENEZES et al 2008)

O Sujeito idoso precisa ter uma atenccedilatildeo especial com o que ingere pois natildeo possui

mais um organismo jovem que consegue digerir tudo com facilidade e rapidez Seu

organismo agora e conforme jaacute foi falado eacute imensamente lento Natildeo consegue

metabolizar com rapidez os alimentos que lhe chegam ao estocircmago e por isso precisa

ser seletivo (KUWAE et al 2015)

De acordo com Kuwae e outros (2015 p 622 - 624)

No envelhecimento tanto os cuidados nutricionais satildeo diferentes como tambeacutem satildeo singulares agraves concepccedilotildees do que eacute saudaacutevel ou apropriado para esta idade Os cuidados com a alimentaccedilatildeo envolvem uma busca de equiliacutebrio entre as exigecircncias do corpo envelhecido e as limitaccedilotildees decorrentes de algumas patologias muitas delas exigindo seu controletratamento pela alimentaccedilatildeo como a hipertensatildeo diabetes e doenccedilas coronarianas Portanto o envelhecimento estaacute relacionado tanto com as alteraccedilotildees fisioloacutegicas que limitam o repertoacuterio alimentar seja pelas restriccedilotildees decorrentes de patologias crocircnicas ou das alteraccedilotildees de mastigaccedilatildeo e digestatildeo como com as condiccedilotildees de mobilidade autonomia independecircncia financeira condiccedilotildees de sauacutede e da composiccedilatildeo familiar Esses satildeo fatores decisivos sobre o repertoacuterio alimentar a frequecircncia e a qualidade da alimentaccedilatildeo dos idosos

Daiacute surge a necessidade de saber o que o sujeito idoso pode exatamente comer e o

que natildeo pode comer jaacute que em muitas situaccedilotildees o desejo eacute grande De acordo com

Menezes e outros (2008) existem duas classes de alimentos que o sujeito idoso pode

ingerir e satildeo os alimentos bons e os alimentos ruins Na classe dos alimentos bons

estatildeo as frutas verduras legumes carnes brancas etc Jaacute na segunda classe estatildeo

as frituras carnes vermelhas doces massas sal etc O Quadro 06 apresenta uma

lista com os principais alimentos para os idosos aqueles que satildeo recomendados bem

como suas caracteriacutesticas e o motivo pelo satildeo recomendados

Quadro 06 ndash Alimentos recomendados para idosos ALIMENTOS RECOMENDADOS PARA IDOSOS

CLASSE ALIMENTOS DESCRICcedilAtildeO

BONS Frutas verduras legumes carnes brancas etcleites e seus derivados

A comida se torna leve para o organismo do idoso o que proporciona uma raacutepida digestatildeo e o idoso natildeo se sente empazinado

RUINS Carnes vermelhas doces massas sal etc

Satildeo alimentos pesados gordurosos que demoram a fazer digestatildeo com moleacuteculas complexas O idoso natildeo ingere porque pode passar mal e qualquer mal-estar deve ser evitado

Fonte Kuwae e outros (2015)

42

O Quadro 06 eacute uma forma geral de expressar o que eacute bom e o que eacute ruim para o

sujeito idoso no entanto essa questatildeo eacute relativa pois varia de organismo para

organismo e depende de questotildees culturais mas eacute amplamente aceito eacute que todos os

seres humanos precisam ter equiliacutebrio inclusive na alimentaccedilatildeo dessa forma comer

ou deixar de comer algo para se manter saudaacutevel depende do quatildeo equilibrado

encontra-se o organismo do sujeito (KUWAE et al 2015)

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE

Com a chegada da terceira idade vaacuterias doenccedilas inerentes aos sujeitos com idade

acima dos sessenta anos aparecem Identificar tais doenccedilas conhececirc-las de forma

detalhada para desenvolver formas de tratamento adequados satildeo objetivos centrais

para quem cuida do sujeito idoso juntamente com outros conhecimentos do idoso

como sua alimentaccedilatildeo seu dia-a-dia seus haacutebitos etc Tudo estaacute conectado e por

isso entender esse contexto facilita no momento de detalhar a doenccedila que acomete a

populaccedilatildeo idosa A seguir seraacute feito uma siacutentese das principais doenccedilas que

acometem sujeitos idosos (VERAS 2012)

261 Mal de Parkinson

A doenccedila do Mal de Parkinson eacute conhecida da humanidade haacute muito tempo A atual

descriccedilatildeo deu-se pelo Dr James Parkinson por volta do ano de 1817 e no Brasil

atinge cerca de 3 da populaccedilatildeo acima dos sessenta anos Constata-se a existecircncia

da doenccedila por intermeacutedio de anaacutelise cliacutenica observando na maioria dos casos

pessoas idosas uma rigidez muscular tremor mesmo estando em repouso alteraccedilatildeo

na postura dentre outros sintomas (PETERNELLA MARCON 2009)

Grosso modo o Mal de Parkinson eacute um distuacuterbio degenerativo do Sistema Nervoso

Central que afeta diversas funccedilotildees do sujeito sejam motoras sejam natildeo-motoras

Funccedilotildees que podem ser afetadas satildeo tremor de repouso bradicinesia rigidez

corporal instabilidade postural etc Seu diagnoacutestico eacute feito pelo quadro cliacutenico

observado e pela exclusatildeo de outras doenccedilas que se assemelham ao Mal de

Parkinson (PETERNELLA MARCON 2009)

43

Para falar com riqueza de detalhes a respeito de como funciona tal doenccedila vamos

utilizar as palavras de Sena e outros (2010) que diz

A DP eacute uma afecccedilatildeo crocircnico-degenerativa e progressiva de etiologia multifatorial que atinge majoritariamente pessoas idosas embora seja frequente acometecirc-las a partir dos 50 anos de idade beirando atualmente a casa dos 300000 portadores no Brasil A doenccedila atinge o sistema nervoso central mais especificamente a substacircncia negra responsaacutevel por controlar os movimentos do corpo A degradaccedilatildeo das ceacutelulas neuronais dopamineacutergicas acaba por resultar numa gama de sintomatologia como tremores rigidez muscular bradicinesia alteraccedilotildees posturais distuacuterbios na fala e na degluticcedilatildeo obstipaccedilatildeo transpiraccedilatildeo corporal incontinecircncia urinaria depressatildeo O tratamento que pode ser cliacutenico eou ciruacutergico visa ao controle dos sintomas por meio de medicamentos entre os quais se destaca a Levodopa um precursor da dopamina Outros grupos de faacutermacos tambeacutem satildeo utilizados como inibidores enzimaacuteticos agonistas dopamineacutergicos e anti-colineacutergicos Contudo a terapecircutica medicamentosa por si soacute natildeo eacute suficiente para manter o portador em melhores condiccedilotildees de bem-estar e qualidade de vida Por isso tratamentos e cuidados no miacutenimo de enfermagem fisioterapia fonoaudiologia e educaccedilatildeo fiacutesica satildeo imprescindiacuteveis como recursos complementares para ajudar o portador a preservar sua funcionalidade e permitir-lhe desempenhar as atividades da vida diaacuteria e manter o viacutenculo social tatildeo importantes para satisfazer suas necessidades psicossociais de apoio comunitaacuterio para o seu bem-estar e auto-estima (SENA et al 2010 p 94)

Na Figura 04 uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro a respeito de como funciona o Mal de

Parkinson

Figura 04 ndash Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Observa-se na Figura 04 o ceacuterebro de um sujeito normal sem a doenccedila em

comparaccedilatildeo com um sujeito que apresenta a doenccedila Na primeira situaccedilatildeo haacute a

44

existecircncia da substacircncia negra responsaacutevel por controlar as funccedilotildees motoras do

corpo conforme falado na descriccedilatildeo de Sena e outros Jaacute na segunda essa

substacircncia negra natildeo existe atestando a incapacidade motora do paciente

(ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Jaacute na Figura 05 representa-se o neurocircnio normal e um neurocircnio em paciente com a

doenccedila de Parkinson O neurocircnio normal produz a substacircncia dopamina que eacute

responsaacutevel pela conduccedilatildeo dos neurotransmissores Jaacute o neurocircnio afetado apresenta

uma pequena quantidade de dopamina o que afeta a transmissatildeo dos

neurotransmissores e com isso o paciente sofre os diversos males que foram

narrados (ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Figura 05 ndash Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

O detalhe mais pertinente para saber se haacute o surgimento da doenccedila eacute o surgimento

de incapacidades provenientes dos distuacuterbios motores Geralmente aqueles que

sofrem desta doenccedila natildeo se datildeo conta que estatildeo doentes o que precisa ser

observado por quem estar mais perto seja os familiares seja os cuidadores

(GONCALVES ALVAREZ ARRUDA 2007)

Mesmo com todo o desenvolvimento tecnoloacutegico existente no campo da sauacutede ainda

natildeo existe um remeacutedio para acabar com o Mal de Parkinson ou para bloquear o seu

aumento Os procedimentos atuais visam dar condiccedilotildees ao paciente que possui a

doenccedila de viver de forma independente e de manter seu psicoloacutegico forte por mais

tempo Isso eacute feito receitando a ele dopamina estriatal que pode ser aumentada agrave

45

medida que os efeitos da doenccedila vatildeo aumentando (GONCALVES ALVAREZ

ARRUDA 2007)

262 Doenccedila de Alzheimer

A doenccedila de Alzheimer descrita pela primeira vez em 1906 pelo Dr Alois Alzheimer

eacute uma doenccedila que ateacute os dias atuais natildeo apresenta cura e tende a se agravar ao

longo dos anos Eacute a patologia neurodegenerativa mais usual que acomete pacientes

acima dos 55 (cinquenta e cinco) anos e causa transtornos como perda de memoacuteria

desorientaccedilatildeo danos na linguagem falta de atenccedilatildeo e vaacuterias outras situaccedilotildees

constrangedoras (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER 2018)

Natildeo se conhece exatamente os motivos pelos quais a doenccedila surge mas eacute bem

conhecido algumas lesotildees que ocorrem no ceacuterebro de um paciente portador da

doenccedila e as principais lesotildees satildeo as placas senis os emaranhados neurofibrilares e

a reduccedilatildeo de ceacutelulas nervosas sendo certo que ela eacute a responsaacutevel por cinquenta por

cento dos casos de demecircncia em idosos (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE

ALZHEIMER 2018)

Muito embora a cura da doenccedila e a reversatildeo da deterioraccedilatildeo causada pela DA ainda natildeo tenham sido descobertas pesquisadores buscam o aperfeiccediloamento de tratamentos jaacute disponiacuteveis que visam agrave melhora cognitiva e diminuiccedilatildeo de sintomas comportamentais (Aacutevila 2003) Nesse caso a medicaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas cognitivas de reabilitaccedilatildeo aleacutem de informaccedilotildees sobre a doenccedila e o apoio a familiares e cuidadores eacute de suma importacircncia para reverter o quadro cliacutenico e sintomaacutetico da doenccedila (GONCALVES CARMO 2012 p 171)

Haacute uma forte tendecircncia da ciecircncia de tentar explicar o surgimento do Mal de Alzheimer

via geneacutetica pois uma porcentagem consideraacutevel dos pacientes que possuem a

doenccedila apresenta casos semelhantes na famiacutelia Outros fatores tambeacutem satildeo

considerados tais como aminoaacutecidos neurotoacutexicos uso indiscriminado do alumiacutenio

agentes infecciosos etc Abaixo na figura TC uma tentativa de explicaccedilatildeo dessa

doenccedila (SERENIKI VITAL 2008)

Na Figura 06 existe uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro de paciente normal e de um paciente

com a Doenccedila de Alzheimer Percebe-se que o ceacuterebro do paciente com a Doenccedila de

Alzheimer apresenta-se cheio de falhas

46

Figura 06 ndash Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

263 Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus (DM) eacute uma doenccedila crocircnica natildeo-transmitiacutevel que afeta uma

multidatildeo de pessoas em todo o mundo e se caracteriza por um aumento acentuado

da glicemia devido agrave falta de insulina que eacute fabricada pelo pacircncreas Haacute dois tipos

de diabetes um natural (Tipo 01) e outra adquirida (Tipo 02) A do Tipo 02 eacute causada

pela obesidade comidas gordurentas falta de exerciacutecios fiacutesicos e se mostra como o

mal moderno Jaacute a do tipo 01 jaacute nasce com o indiviacuteduo Em ambos os casos o

pacircncreas deixa de fabricar insulina que possui uma moleacutecula que quebra a moleacutecula

de glicose Com isso haacute um aumento de glicose no sangue e isso provoca diversos

danos em outros oacutergatildeos A insulina injetada entra para ajudar na eliminaccedilatildeo do accediluacutecar

excedente (BUSNELLO et al 2012)

De acordo com Vargas Lara e Mello-Carpes ldquono Brasil existem cerca de 500 mil

diabeacuteticos 450 mil fazendo uso da insulina e quase dois milhotildees desconhecendo ter

diabetes Aleacutem disso estima-se que em 2030 o nuacutemero de pessoas acometidas pela

DM dobraraacuterdquo Esses dados para o sujeito idoso satildeo extremamente preocupantes

tendo em vista a necessidade de cuidados constantes (VARGAS LARA MELLO-

CARPES 2014 p 869)

47

Idosos que apresentam a DM apresentam estrutura fiacutesica e emocional prejudicadas

com certa limitaccedilatildeo nos afazeres do dia-a-dia com limitaccedilatildeo na alimentaccedilatildeo e com

liberdade e autonomia afetadas Diferentemente das outras doenccedilas a DM eacute bem

mapeada e consegue-se ter um controle bastante apropriado para amenizar os efeitos

dessa doenccedila (VARGAS LARA MELLO-CARPES 2014)

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

A Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) eacute a doenccedila crocircnica natildeo transmitida mais

presente na vida dos idosos Trata-se de uma doenccedila que eleva a pressatildeo sanguiacutenea

a niacuteveis altiacutessimos e como consequecircncia faz com que o coraccedilatildeo tenha que exercer

uma atividade fora do padratildeo para conseguir fazer o sangue circular pelo corpo do

indiviacuteduo (LEAtildeO E SILVA et al 2013)

Ela aumenta paulatinamente agrave medida que o indiviacuteduo vai envelhecendo e eacute tida por

diversos especialistas como o principal fator de risco para o idoso podendo ocasionar

doenccedilas como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) o infarto do miocaacuterdio e vaacuterias

outras doenccedilas silenciosas Diversos fatores ocasionam um aumento na pressatildeo

arterial dentre eles os mais comuns satildeo o excesso de sal utilizado no dia-a-dia o

estresse etc (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Para um padratildeo de referecircncia com intuito de definir se um idoso apresenta uma

pressatildeo alta ou normal vaacuterios estudos sugerem valores diferentes o que acaba

sendo um ponto de debate interessante entre os especialistas da aacuterea conforme

relatado abaixo

Haacute grande controveacutersia na literatura em relaccedilatildeo ao ponto de corte para o qual a PA pode ser considerada controlada na populaccedilatildeo idosa principalmente nos idosos com idade mais avanccedilada (acima dos 80 anos) Estudos recentes sugerem uma meta de controle mais flexiacutevel (abaixo de 150 mmHg para a PAS e de 90 mmHg para a PAD) para esta faixa etaacuteria por evidenciarem que o controle mais rigoroso pode natildeo ser significativo na reduccedilatildeo das complicaccedilotildees associadas agrave doenccedila (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016 p 112)

Para se ter um controle dessa doenccedila importante salientar os haacutebitos de vida

saudaacuteveis associados com o acompanhamento meacutedico mediccedilatildeo das funccedilotildees vitais

do idoso controle sistemaacutetico porque essa doenccedila sendo uma doenccedila silenciosa

assintomaacutetica pode acarretar outras complicaccedilotildees tais como um Acidente Vascular

Cerebral (AVC) (JARDIM et al 2017)

48

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

A Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (ITU) eacute a inflamaccedilatildeo das vias urinaacuterias e eacute uma doenccedila

responsaacutevel por cerca de quarenta porcento das infecccedilotildees nosocomiais Eacute bastante

rotineira nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e sua probabilidade de ocorrecircncia

em homens idosos aumenta consideravelmente tendo em vista que ldquoA

instrumentaccedilatildeo das vias urinaacuterias ndash incluindo ndash se o cateterismo vesical ndash e a

ocorrecircncia de doenccedila prostaacutetica satildeo os fatores mais implicados no aumento da

incidecircncia no sexo masculinordquo (RORIZ-FILHO et al 2010 p 119)

A mulher idosa tambeacutem tem uma grande possibilidade de desenvolver tal doenccedila

tendo em vista as modificaccedilotildees funcionais da bexiga devido a diversos fatores que

ldquoassociados agraves mudanccedilas troacuteficas do epiteacutelio da mucosa vaginal e a presenccedila de

infecccedilatildeo genital facilitam o desenvolvimento de ITUrdquo (MARQUES MOREIRA

SANTOS 2010 p 151)

Para se ter um diagnoacutestico preciso acerca da Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio faz-se coleta

da urina do paciente e em seguida sua cultura o que leva alguns dias O diagnoacutestico

apresenta-se preciso apoacutes esse procedimento Existem outros exames a serem feitos

que apresentam resultados mais raacutepidos poreacutem natildeo tatildeo precisos Um deles eacute o

exame tipo I e o outro eacute a coloraccedilatildeo pelo meacutetodo Gram (VETTORE et al 2013)

Os principais sintomas que indicam que pode haver uma Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

satildeo urina com odor feacutetido disuacuteria com urgecircncia polaciuacuteria e urecircncia Esses sintomas

satildeo um indicativo muito forte de possibilidade de existecircncia de um quadro infeccioso

e somente pode-se comprovar apoacutes as anaacutelises que foram mencionadas (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010)

Para se fazer um tratamento adequado que apresente resultados de imediato haacute a

necessidade de se observar alguns fatores tais como ldquopresenccedila de comorbidade

fatores predisponentes sintomatologia e repercussatildeo sistecircmica da infecccedilatildeo assim

como para a interaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outros medicamentos []rdquo Importante

observar a relaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outras drogas pois o paciente idoso faz uso

de diversos produtos farmacecircuticos No Quadro 07 um exemplo de drogas que podem

ser utilizadas para o tratamento do idoso com Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010 p 156)

49

Quadro 07 ndash Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso DROGAS UTILIZADAS NA ITU NOS IDOSOS

I ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO INFERIOR (3 A 7 DIAS)

Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprima 160 mg de 12 12h

Norfloxacina 400 mg de 1212h

Ciprofloxacina 250 mg de 1212h

Levofloxacina 250 mg por dia

Nitrofurantoina 100 mg de 88h

II ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO SUPERIOR (14 DIAS)

Ciprofloxacina 500 mg EV de 1212h

Levofloxacina 500 mg EV por dia

Ceftriaxone 1g EV de 1212h

Piperacina soacutedica + Tazobactana soacutedica 225g EV de 88h

Fonte Marques Moreira e Santos (2010 p 158)

266 Osteoporose

A Osteoporose ldquo[] eacute uma doenccedila esqueleacutetica sistecircmica caracterizada por diminuiccedilatildeo

da massa oacutessea e deterioraccedilatildeo microarquitetural do tecido oacutesseo com consequente

aumento da fragilidade oacutessea e susceptibilidade agrave fraturardquo sendo a condiccedilatildeo mais

criacutetica da osteopenia Eacute uma doenccedila predominante em sujeitos idosos e consiste

grosso modo do enfraquecimento dos ossos o que pode levar a diversas

consequecircncias ao idoso A Figura 07 apresenta como ocorre essa doenccedila (LIMA et

al 2014 p 35)

Figura 07 ndash Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

50

Jaacute na Figura 08 tem-se uma vista mais ampla de como a osteoporose atua Pode-se

perceber que ela age deixando o osso em um formato esponjoso como se estivesse

oco como eacute popularmente conhecido tal doenccedila A ilustraccedilatildeo eacute do osso do quadril

mas eacute extensiacutevel a toda a estrutura oacutessea onde ocorrer a comorbidade (LIMA et al

2014)

Figura 08 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Existem diversos tipos de osteoporose que satildeo provocadas por vaacuterios fatores por

isso diz-se que eacute uma doenccedila multifatorial Basicamente satildeo divididas em primaacuteria

com tipos I e II e secundaacuteria a primeira eacute desenvolvida por causas naturais jaacute a

segunda eacute desenvolvida por meio de causas natildeo-naturais tais como a inflamaccedilatildeo

(CAMARGOS BOMFIM 2017)

Consequecircncias diversas podem surgir oriundas da osteoporose tais como ldquoperda da

massa deterioraccedilatildeo do tecido desarranjo da arquitetura e comprometimento da forccedila

oacutessea com aumento no risco de fraturardquo Ela atua de forma silenciosa e na maior parte

dos casos eacute descoberta somente quando ocorre algum acidente por mais simples que

seja com consequente fratura de algum osso do portador de tal doenccedila (BRASIL

2009 p 01)

51

Pode ser diagnosticada tratada e prevenida antes da ocorrecircncia de qualquer evento

que poderaacute comprometer a estrutura oacutessea de seu portador Ocorrendo algum

acidente este poderaacute afetar a estrutura fiacutesica do paciente deformaccedilatildeo no corpo como

um todo etc Na prevenccedilatildeo deve-se utilizar cerca de 1000mgdia de caacutelcio vitamina

D 400ndash800 Uldia ou algum medicamento tais como calcitonina bifosfonatos

raloxifeno e paratormocircnio (BRASIL 2017)

Haacute projeccedilotildees que dizem que cerca de 50 das mulheres e 20 dos homens com

idades acima dos 50 anos poderatildeo sofrer alguma fratura proveniente da osteoporose

ao longo de sua vida Como jaacute foi citado anteriormente a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

para o sujeito idoso e natildeo somente a estes mas ao ser humano em geral eacute uma

praacutetica altamente recomendada pelos profissionais da sauacutede devido agraves pesquisas

cientiacuteficas comprovarem as consequecircncias eficazes de quem se exercita e que por

isso eacute bastante recomendada para pacientes que possuem osteoporose (MOTA

SOUSA AZEVEDO 2012)

Nas palavras de Mota Sousa e Azevedo tem-se

Haacute uma forte correlaccedilatildeo entre a qualidade de vida dos idosos e a atividade fiacutesica pois com a degeneraccedilatildeo do sistema musculoesqueleacutetico nos idosos e a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional a praacutetica da atividade fiacutesica influecircncia no tratamento e na prevenccedilatildeo da osteoporose trazendo benefiacutecios como a melhoria do desempenho das capacidades funcionais o aumento da forccedila muscular e flexibilidade e uma consideraacutevel melhora da coordenaccedilatildeo motora (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012 p47)

Portanto uma forma de reduzir os efeitos que a osteoporose apresenta ao seu

portador eacute praticando exerciacutecios fiacutesicos diariamente que aliado agrave uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel e rica em caacutelcio pode-se gerar resultados bastante satisfatoacuterios

fortalecendo os muacutesculos revigorando o equiliacutebrio afastando a possibilidade de

atrofia pelo natildeo-uso do membro que esteja lesionado e com isso retardando a

desmineralizaccedilatildeo oacutessea (BRASIL 2017)

Outras precauccedilotildees deveratildeo ser administradas ao sujeito idoso portador da

osteoporose para evitar riscos de queda que satildeo os principais fatores complicadores

da sauacutede do idoso Tais procedimentos podem ser a retirada de objetos que podem

dificultar a mobilidade do sujeito idoso por onde anda evitar tapetes escorregadios

colocar materiais antiderrapantes nas superfiacutecies por onde o idoso se movimenta

facilitar o acesso ao banheiro etc (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012)

52

53

3 METODOLOGIA

Tendo a finalidade de desenvolver as propostas que foram apresentadas quando do

comeccedilo deste trabalho optou-se por fazer uma revisatildeo bibliograacutefica do tema sabendo

que essa eacute uma modalidade de pesquisa que se destina a concatenar e observar os

conhecimentos que jaacute foram publicados a respeito de um determinado assunto que

no caso em questatildeo eacute a Assistecircncia de Enfermagem ao sujeito idoso

De acordo com Mancini e Sampaio (2006 p 361 - 472) trabalhos de ldquoRevisotildees da

literatura satildeo caracterizadas pela anaacutelise e pela siacutentese da informaccedilatildeo disponibilizada

por todos os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema[]rdquo Tendo

em vista todos os estudos relevantes publicados por um determinado tema mas sem

limitaacute-lo pois como eacute de amplo conhecimento a quantidade de informaccedilotildees eacute infinita

daiacute a necessidade de se fazer uma limitaccedilatildeo temporal a respeito

Utilizou-se para o desenvolvimento do estudo os seguintes bancos de dados

Scientific Electronic Library (Scielo) Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) Descritores

em Ciecircncia da Sauacutede (DeCS) Ministeacuterio da Sauacutede e livros

Como criteacuterios de inclusatildeo foi estabelecido o uso de revistas acadecircmicas artigos

cientiacuteficos livros etc do ano de 2006 a 2017 Como criteacuterios de exclusatildeo optamos

por natildeo fazermos uso de materiais em liacutenguas estrangeiras materiais antigos

materiais incompletos e materiais que natildeo apresentam rigor cientiacutefico tais como

trabalhos acadecircmicos de revisatildeo

Por fim o presente estudo natildeo necessita de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica (CE) da

Universidade uma vez que as informaccedilotildees coletadas satildeo provenientes de materiais

de acesso puacuteblico e de conhecimento de todos os interessados

54

55

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO

Existem vaacuterias formas de se aplicar a Assistecircncia de Enfermagem e o que eacute utilizado

no Brasil por diversos motivos eacute o que foi desenvolvido em 1979 pela enfermeira e

pesquisadora paraense Wanda Horta atraveacutes de seu livro Processo de Enfermagem

(SILVA et al 2011)

Nas palavras de Silva e outros (2011 p 1381) percebe-se o caraacuteter cientiacutefico e seacuterio

do uso da Assistecircncia de Enfermagem Vejamos

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) eacute conceituada como um meacutetodo de prestaccedilatildeo de cuidados para a obtenccedilatildeo de resultados satisfatoacuterios na implementaccedilatildeo da assistecircncia com o objetivo de reduzir as complicaccedilotildees durante o tratamento de forma a facilitar a adaptaccedilatildeo e recuperaccedilatildeo do paciente O uso do meacutetodo requer o pensamento criacutetico do profissional que deve estar focado nos objetivos e voltado para os resultados de forma a atender as necessidades do paciente e de sua famiacutelia exigindo constante atualizaccedilatildeo habilidades e experiecircncia sendo orientado pela eacutetica e padrotildees de conduta Portanto eacute um modo de exercer a profissatildeo com autonomia baseada nos conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas uacuteltimas deacutecadas

Importante deixar claro o entendimento acerca do que eacute a Sistematizaccedilatildeo da

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem antes de aplicaacute-

los ao sujeito idoso pois tais conceitos satildeo aplicados de forma geral na enfermagem

Todo o profissional de enfermagem precisar ter bem solidificado tais conceitos para

que possam se tornar profissionais competentes e antenados com a real situaccedilatildeo de

seu paciente (GARCIA 2016)

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

A sistematizaccedilatildeo eacute normatizada pela resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN) juntamente com o Processo de Enfermagem (PE) Eacute

entendido como sendo a responsaacutevel por ldquoorganizar o trabalho profissional quanto ao

meacutetodo pessoal e instrumentos tornando possiacutevel a operacionalizaccedilatildeo do processo

de Enfermagemrdquo (BRASIL 2009 p 01)

Garcia (2016) fala a respeito do amplo uso das teacutecnicas da SAE Vejamos

56

Especialmente quando analisamos a dimensatildeo assistencial da praacutetica reconhecemos haver uma ampla gama de situaccedilotildees vivenciadas no cotidiano de cuidados agrave clientela envolvendo a necessidade de sistematizaccedilatildeo da assistecircncia e de aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem aspectos substantivos da profissatildeo (GARCIA 2016 p 05)

A Sistematizaccedilatildeo de Assistecircncia da Enfermagem (SAE) aplicada ao idoso torna-se

dessa forma uma tentativa de fornecer uma assistecircncia de qualidade e personalizada

ao idoso por isso padroniza-se a entrevista que o profissional de enfermagem faz ao

paciente com o intuito de saber a real situaccedilatildeo do cliente Para se fazer tal

assistecircncia o profissional de enfermagem precisa da ajuda do Processo de

Enfermagem que complementa a SAE (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

412 Processo de Enfermagem

Eacute definido como sendo ldquoum instrumento metodoloacutegico que orienta o cuidado do

profissional de enfermagem e a documentaccedilatildeo da praacutetica profissionalrdquo e eacute dividido

em cinco etapas que abaixo satildeo escritas conforme resoluccedilatildeo ndeg 3582009 O Quadro

08 apresentada cada etapa do Processo de Enfermagem (PE) (BRASIL 2009 p 01)

Quadro 08 ndash Etapas do processo de enfermagem PROCESSO DE ENFERMAGEM

ETAPA DESCRICcedilAtildeO

COLETA DE DADOS

Essa eacute a primeira etapa do processo de enfermagem e consiste em colher todos os dados possiacuteveis do paciente valendo de teacutecnicas variadas e com a maior precisatildeo possiacutevel para um melhor atendimento do paciente Importante nessa fase coletar informaccedilotildees por parte da famiacutelia dos pacientes para que as informaccedilotildees possam ser confirmadas devido ser de fontes diversas

DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

Apoacutes a coleta dos dados o profissional de enfermagem passa a processar as informaccedilotildees e interpretando-as para que possa ter a tomada de decisatildeo mais eficaz para o paciente Essa etapa consiste em descrever exatamente o que o paciente tem e funciona como base para a accedilatildeo do profissional de enfermagem

PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Nessa etapa o profissional determina o que espera alcanccedilar de resultados quando das devidas intervenccedilotildees apoacutes a etapa anterior Aqui o profissional cria uma espeacutecie de roteiro para certificar-se do que poderaacute ocorrer

IMPLEMENTACcedilAtildeO Nessa etapa o profissional coloca em praacutetica o que foi decido nas etapas anteriores

AVALIACcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Trata-se de um processo contiacutenuo e analiacutetico no qual o profissional observa o seu paciente fazendo as devidas anotaccedilotildees do quadro dele para posterior mudanccedila das implementaccedilotildees Todo esse processo eacute dinacircmico e por isso o profissional precisa estar atento ao paciente durante todo instante em que ele esteja sob seus cuidados

Fonte Brasil (2009) (Adaptado pela autora)

57

A Figura 09 ilustra o que foi dito a respeito do Processo de Enfermagem no Quadro

08

Figura 09 ndash Processo de Enfermagem

Fonte Autoria proacutepria (2018)

Como pode-se inferir do Quadro 08 descrito desenvolver e aplicar a Sistematizaccedilatildeo

da Assistecircncia de Enfermagem de acordo com o Processo de Enfermagem eacute um

processo que exige muita disciplina e conhecimento do profissional de enfermagem

pois eacute sabido que se trata de um processo teacutecnico-cientiacutefico e somente o enfermeiro

habilitado poderaacute exercitar cada uma das fases que se mostram em conjunto A sua

separaccedilatildeo conforme descrita acima eacute apenas para efeitos didaacuteticos (GARCIA 2016)

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos

Para aplicar a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem e o Processo de

Enfermagem ao sujeito idoso o profissional de enfermagem tem a necessidade de

seguir procedimentos descritos principalmente na NANDA Internacional que se

tornou a principal fonte de diagnoacutesticos de enfermagem e que ldquofavorece a

58

identificaccedilatildeo de estrateacutegias para elevar a qualidade da assistecircncia e contribuir na

formaccedilatildeo de recursos humanosrdquo (KOKUDAI ALVARENGA 2010 p03)

A NANDA eacute dividida em diversos toacutepicos e assim resolvemos separar conforme

Quadro 09 os cuidados necessaacuterios de acordo com cada doenccedila predominante na

terceira idade que foi comentada neste trabalho As descriccedilotildees natildeo se limitam ao que

foi dito pois colocamos apenas algumas situaccedilotildees devido agrave enorme quantidade de

situaccedilotildees diagnoacutesticos e cuidados existentes

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continua)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Hipertensatildeo Arterial

Sistecircmica

Risco de desequiliacutebrio eletroliacutetico

Risco de mudanccedila nos niacuteveis de eletroacutelitos seacutericos capaz de comprometer a sauacutede

Estilo de vida sedentaacuterio Trata-se de um estilo de vida sem a praacutetica de atividades fiacutesicas

Ansiedade

Trata-se de um sentimento desgastante que assola o seu portador diante da expectativa de notiacutecias ou de situaccedilotildees estressantes e novas Pode-se considerar como um sinal de alerta que o organismo desenvolveu para deixar o indiviacuteduo atento em condiccedilotildees de periacuteodo de toda sorte

Padratildeo de sono prejudicado

Devido a fatores externos o indiviacuteduo natildeo possui uma rotina constante e linear de sono sendo que existe a condiccedilatildeo de dormeacorda que prejudica o organismo como um todo

Nutriccedilatildeo desequilibrada

O sujeito alimenta-se de nutrientes que em muitos casos satildeo em excesso ocasionando armazenamento de energia em formato de gordura

Mal de Parkinson

Problemas Motores

Risco de queda Facilidade com que o sujeito tem de desequilibrar e cair o que pode causar enormes danos

Bradicinesia Lentidatildeo de respostas fiacutesicas e psiacutequicas

Mobilidade fiacutesica prejudica

Limitaccedilatildeo no movimento fiacutesico independente e voluntaacuterio do corpo ou de uma ou mais extremidades

Problemas Natildeo-

motores

Demecircncia Enfraquecimento das faculdades intelectuais diante de lesotildees no ceacuterebro

Ansiedade

Vago e incocircmodo sentimento de desconforto ou temor acompanhado por resposta autonocircmica (a fonte eacute frequentemente natildeo especiacutefica ou desconhecida para o indiviacuteduo) sentimento de apreensatildeo causada pela antecipaccedilatildeo de perigo Eacute um sinal de alerta que chama a atenccedilatildeo para um perigo iminente e permite ao indiviacuteduo tomar medidas para lidar com a ameaccedila

59

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continuaccedilatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Alzheimer

Deacuteficit no autocuidado Capacidade prejudicada de realizar ou completar as atividades de banho por si mesmo

Mobilidade fiacutesica prejudicada Limites para movimentar-se seja com movimento voluntaacuterios ou involuntaacuterios

Insuficiecircncia na capaci-dade do a-dulto para melhorar

Depressatildeo Deterioraccedilatildeo funcional progressiva de natureza fiacutesica e cognitiva A capacidade do indiviacuteduo de viver com doenccedilas multissistecircmicas enfrentar os problemas decorrentes e controlar o seu cuidado estaacute notavelmente diminuiacuteda

Decliacutenio da memoacuteria

Distuacuterbio de sono Dificuldade para dormir em periacuteodos prolongados

Confusatildeo crocircnica

Deterioraccedilatildeo irreversiacutevel das faculdades mentais de forma prolongada O indiviacuteduo passa a natildeo perceber os fatores externos que podem indicar algo tal como perigo atenccedilatildeo moral e tantos outros Apresenta distuacuterbios na memoacuteria passando a natildeo mais reconhecer e nem lembrar de coisas e pessoas

Diabetes Mellitus

Autocontrole ineficaz

da sauacutede

Natildeo consegue se controlar e agir conforme necessidade para ter uma sauacutede plena e satisfatoacuteria ou seja natildeo consegue cuidar de si

Perfusatildeo tissular perifeacuterica ineficaz

Reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo sanguiacutenea para a periferia capaz de comprometer a sauacutede

Risco de Infecccedilatildeo

Risco de ter em seu organismo elementos estranhos e que possam danificar a sua sauacutede

Risco de olho seco

Risco de desconforto ocular ou dano agrave coacuternea e agrave conjuntiva devido agrave quantidade reduzida ou agrave qualidade das laacutegrimas para hidratar o olho

Risco de glicemia instaacutevel Natildeo possui uma estabilidade padratildeo em seu niacutevel glicecircmico devido agrave quantidade de glicose no sangue

Infecccedilotildees do trato

urinaacuterio

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Eliminaccedilatildeo urinaacuteria prejudicada Disfunccedilatildeo na eliminaccedilatildeo da urina

Risco de siacutendrome do desuso Devido agrave falta de uso de algum membro do corpo corre-se o risco desse membro atrofiar-se

Risco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircncia

Risco de perda involuntaacuteria de urina que ocorre imediatamente apoacutes uma forte sensaccedilatildeo de urgecircncia para urinar

Conforto prejudicado Percebe-se que inexiste a sensaccedilatildeo de conforto nas dimensotildees do ser humano

Osteoporose

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Risco de constipaccedilatildeo Possibilidade de diminuiccedilatildeo na frequecircncia normal de evacuaccedilatildeo paralela a uma dificuldade de eliminaccedilatildeo das fezes

60

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (conclusatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Osteoporose

Risco para quedas Estado em que o indiviacuteduo tem uma suscetibilidade para quedas aumentada

Mobilidade fiacutesica prejudicada Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute prestes a apresentar limitaccedilotildees dos movimentos fiacutesicos poreacutem ainda natildeo se encontra imoacutevel

Andar prejudicado Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute em risco de apresentar limitaccedilatildeo para andar

Fonte Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA (2013) Santos e outros (2017) Mattos e outros (2011) (Adaptado pela autora)

Saber utilizar os Diagnoacutesticos de Enfermagem corretamente e que satildeo padronizados

eacute bastante eficaz aceito e exigido para evitar que o profissional de enfermagem crie

mecanismos subjetivos de cuidados pois se assim ocorresse haveria um caos na

enfermagem com cada profissional atuando conforme melhor lhe for apresentado

(SOUZA ALVES PASSOS 2010)

A utilizaccedilatildeo do Diagnoacutestico de Enfermagem padronizado eacute um instrumento necessaacuterio

para evitar que os profissionais de enfermagem fragmentem os cuidados e os dilemas

dos pacientes deixando de observaacute-los como um todo e na grande maioria dos casos

prescrevendo cuidados que natildeo possuem nenhuma relaccedilatildeo com os problemas

relatados Dessa forma pode-se observar o Diagnoacutestico de Enfermagem como uma

ferramenta de trabalho altamente eficaz em seu uso cotidiano pois fornece ao

profissional de enfermagem um planejamento pautado no histoacuterico de atuaccedilatildeo pois

uma vez que os problemas sejam conhecidos mapeados e anotados torna-se mais

eficaz e otimizado o processo do cuidado em toda a sua plenitude Por essa oacutetica

constata-se como eacute importante o Diagnoacutestico de Enfermagem para o sujeito idoso

pois consegue construir todo um conjunto de atuaccedilatildeo para o cuidado sempre visando

o bem-estar do idoso (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso

Depois de ter feito o diagnoacutestico de enfermagem do sujeito idoso e de ter descoberto

as suas comorbidades o profissional de enfermagem precisa entatildeo fazer as devidas

intervenccedilotildees Tais intervenccedilotildees satildeo tratadas como prescriccedilotildees de enfermagem e

possuem um campo de atuaccedilatildeo mapeado para natildeo sobrepor ao trabalho do meacutedico

(FAEDA PERROCA 2017)

61

Ainda de acordo com a resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de Enfermagem

(COFEN) o Art 4ordm assim determina

Ao enfermeiro [] incumbe a lideranccedila na execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do Processo de Enfermagem de modo a alcanccedilar os resultados de enfermagem esperados cabendo-lhe privativamente o diagnoacutestico de enfermagem acerca das respostas da pessoa famiacutelia ou coletividade humana em um dado momento do processo sauacutede e doenccedila bem como a prescriccedilatildeo das accedilotildees ou intervenccedilotildees de enfermagem a serem realizadas face a essas respostas (BRASIL 2009 p 03)

Ou seja o profissional de enfermagem tem ampla prerrogativa para desenvolver a

Prescriccedilatildeo de Enfermagem baseado nos protocolos e nos estudos que desenvolveu

na Universidade Dentre os vaacuterios diagnoacutesticos possiacuteveis para o sujeito idoso em

diversas situaccedilotildees iremos nos concentrar em somente aqueles que aqui foram

discutidos Faz-se necessaacuterio observar que a Prescriccedilatildeo de Enfermagem eacute uma

ferramenta de uso dinacircmico Entende-se de uso dinacircmico a ideia de que o profissional

de enfermagem natildeo pode descuidar do seu paciente tendo a necessidade de sempre

observaacute-lo e atualizar o que surgir de novo para que possa estar sempre atualizando

o estado de sauacutede do cliente (FAEDA PERROCA 2017)

Abaixo no Quadro 10 tem-se a Prescriccedilatildeo de Enfermagem para as doenccedilas que

foram discutidas neste trabalho Vale ressaltar que existem diversas doenccedilas que

acometem o sujeito idoso mas vamos nos ater apenas nas principais que foram

tratadas uma vez que satildeo o objeto limitador de estudo deste trabalho (MOROZ

KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (continua)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

Mudanccedila no estilo de vida dos pacientes idosos Eliminaccedilatildeo do uso do sal Controle do peso Controle da ansiedade Praacutetica diaacuteria de atividades fiacutesicas Uso adequado dos medicamentos Abstinecircncia ao fumo e ao aacutelcool

Mal de Parkinson

Programa de exerciacutecios diaacuterios para aumentar a forccedila muscular o que iraacute melhorar a coordenaccedilatildeo e a destreza reduzindo a rigidez muscular Encorajar ensinar e incentivar o cliente durante os exerciacutecios da vida diaacuteria para promover o autocuidado Encorajar o paciente a seguir um padratildeo de horaacuterio regular aumentando a consciecircncia para a ingestatildeo de liacutequidos e a ingestatildeo de alimentos com um conteuacutedo de fibra moderado Monitorar o peso semanalmente indicando se a absorccedilatildeo caloacuterica eacute adequada Desenvolver meacutetodo de comunicaccedilatildeo para satisfazer as necessidades do paciente encorajar o paciente a participar de programas sociais para evitar a depressatildeo

62

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (conclusatildeo)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Alzheimer Orientar a higiene corporal e higiene oral Medidas de prevenccedilatildeo de lesatildeo por pressatildeo Mudanccedila de decuacutebito Administraccedilatildeo de medicaccedilatildeo ansioliacutetica conforme prescriccedilatildeo meacutedica Proporcionar alimentaccedilatildeo saudaacutevel (frutas e legumes) em poucas quantidades vaacuterias vezes ao dia Ajudar no autocuidado Incentivar o autocuidado a comunicaccedilatildeo verbal a cogniccedilatildeo e a memoacuteria atraveacutes de jogos leituras e atividades luacutedicas Auxiliar a famiacutelia no entendimento e no enfrentamento da patologia

Diabetes Mellitus

Fornecer informaccedilotildees ao paciente Desenvolver um plano de ensino para o paciente Avaliar as estrateacutegias de enfrentamento para o paciente e tranquiliza-lo Determinar os meacutetodos de ensino para o paciente Avaliar as habilidades e comportamentos de autocuidado dos pacientes Monitorar pacientes experientes ateacute que eles natildeo cometam erros no autocuidado Instruir pacientes e familiares a reconhecer os sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia

Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

Orientar ao paciente da necessidade do uso adequado do medicamento dos horaacuterios da quantidade e das vias de administraccedilatildeo Orientar os idosos e familiares quanto aos resultados da medicaccedilatildeo Manter o registro da frequecircncia da incontinecircncia urinaacuteria registrar mudanccedilas da pressatildeo arterial do estado mental e das habilidades funcionais Realizar as medidas terapecircuticas Realiza treinamento da bexiga

Osteoporose

Deixar o paciente e o membro afetado em repouso Imobilizar o local da fratura para evitar movimentos Repousar o paciente em uma cama ortopeacutedica Deixar o local da fratura em posiccedilatildeo elevada Aplicar as medicaccedilotildees que foram receitadas Documentar todos os relatos de dores deixando claro onde ocorre e as caracteriacutesticas Incentivar o paciente a discutir os problemas relacionados agrave lesatildeo Medicar antes das atividades de cuidado Revisar a patologia fazendo prognoacutesticos e expectativas futuras Discutir o regime medicamentoso individual de forma apropriada Encorajar exerciacutecios brandos Monitorar a ingestatildeo de alimentos Auxiliar lentamente a pessoa a sentar Aumentar a motilidade dos membros Reduzir ou eliminar os fatores que aumentam a experiecircncia dolorosa

Fonte Florecircncio e outros (2012) Mattos e outros (2011 p 443) Menezes e outros (2013 p04) Tosin e outros (2016) Santos e outros (2017) (Adaptado pela autora)

Agir de acordo com as prescriccedilotildees de enfermagem que aqui foram desenvolvidas

proporciona ao sujeito idoso uma melhoria em sua qualidade de vida e dessa forma

consegue viver a terceira idade com plena satisfaccedilatildeo e alegria sem perder de vista a

extrema necessidade de cuidados constantes que a condiccedilatildeo de sujeito idoso lhe

obriga (LIRA et al 2013)

Conclui-se do que foi apresentado no quadro 10 que o profissional de enfermagem

deteacutem uma importante funccedilatildeo em sua aacuterea de atuaccedilatildeo e que precisa estar sempre

estudando se atualizando das novidades meacutedicas para poder oferecer um bom

cuidado ao seu cliente idoso seja no ambiente hospitalar seja no ambiente de abrigo

de idosos ou no proacuteprio lar do idoso (FAEDA PERROCA 2017)

Diante de todo o estudo realizado acerca do sujeito idoso e da relaccedilatildeo do profissional

de enfermagem com o seu paciente idoso conseguimos ter alguns resultados

63

satisfatoacuterios que a seguir seratildeo apresentados sem a necessidade de estarem em

ordem de prioridade ou seja todos satildeo importantes

64

65

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Envelhecer eacute um verbo que a todos afeta independentemente de sexo raccedila cor etc

Haacute no entanto duas formas de se envelhecer com sauacutede e sem sauacutede Mesmo

diante dessas duas formas de envelhecimento envelhecer com qualidade eacute precioso

para o indiviacuteduo pois dessa forma consegue se aceitar como velho consegue

suportar as doenccedilas que satildeo proacuteprias da terceira idade Consegue ver vantagem em

ser velho

Para se envelhecer com qualidade necessaacuterio eacute que o sujeito tenha uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel que se abstenha de viacutecios que satildeo danosos ao organismo que consiga ter

equiliacutebrio em sua vida pessoal psicoloacutegica iacutentima e em tantos outros campos ou seja

que tenha harmonia em tudo O apoio familiar torna-se primoroso nessa etapa da vida

Ter ao lado quando se estaacute fragilizado devido a velhice pessoas que ama que confia

e por quem eacute amado eacute uma forma de envelhecer com bastante qualidade

O profissional de enfermagem tem um papel fundamental junto a pessoas idosas pois

em muitos casos torna-se seu cuidador principal quando a famiacutelia natildeo pode cuidar

de seu idoso por motivos diversos ou quando o idoso se encontra sozinho sem

famiacutelia e sem amigos Por isso importante ter preparo com pessoas idosas entender

bem o processo de envelhecimento estar sempre atualizado diante das doenccedilas que

atingem os sujeitos idosos

Eacute um trabalho que demanda muito amor por parte do profissional e que por isso natildeo

basta apenas o entender racional de todos os procedimentos precisa ter sentimentos

proacutesperos de ajuda ao proacuteximo e seguir os princiacutepios norteadores de Wanda de

Aguiar Horta para quem a enfermagem foi o maior bem de sua vida pois cuidava de

seus pacientes como se fossem seus filhos

Considerando a taxa de envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira vale destacar

tambeacutem a abertura de mercado gerontoloacutegico para o profissional de enfermagem

Percebemos que com a taxa de envelhecimento da sociedade brasileira acelerada

a demanda por profissionais de enfermagem iraacute aumentar consideravelmente tendo

em vista a necessidade desse profissional para a praacutetica do cuidado com o sujeito

idoso

66

Discussotildees mais aprofundadas em torno do sujeito idoso precisam ser realizadas nas

academias com o intuito de formar profissionais competentes e com entendimento

desse setor pois conforme foi falado eacute um capo em franco crescimento devido ao

envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira Quanto mais capacitado for o profissional

melhor colocaccedilatildeo obteraacute no mercado de trabalho e melhores cuidados conseguiraacute

dispor em favor do paciente idoso

67

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ACIOLE Giovanni Gurgel BATISTA Lucia Helena Promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de incapacidades funcionais dos idosos na estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia a contribuiccedilatildeo da fisioterapia Sauacutede debate Rio de Janeiro v 37 n 96 p 10-19 mar 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-11042013000100003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON O que eacute Parkinson Disponiacutevel em lt

httpwwwparkinsonorgbrgt Acesso em 04 de junho de 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER O que eacute o Alzheimer Disponiacutevel em lt httpwwwabrazorgbrindexphppage=alzheimergt Acesso em 04 de junho de 2018 BAPTISTA Rafael Reimann VAZ Marco Aureacutelio Arquitetura muscular e o envelhecimento adaptaccedilatildeo funcional e aspectos cliacutenicos revisatildeo de literatura Fisioterapia e Pesquisa Satildeo Paulo v16 n4 p368-73 outdez 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdffpv16n415pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 BRASIL Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Osteoporose Boletim Sauacutede e Economia Ano I ndash Ediccedilatildeo nordm 1 agosto de 2009 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt

httpportalanvisagovbrdocuments33884412285Boletim+SaC3BAde+e+Economia+nC2BA+17d49dea4-6610-4a71-9154-c4df75c3dd53gt Acesso em 25 de maio de 2018 BRASIL Cacircmara dos Deputados Estatuto do Idoso Ministeacuterio da Sauacutede - 3 ed 2 reimpr - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2013 70 p ______ Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos Guia de Vigilacircncia em Sauacutede volume uacutenico [recurso eletrocircnico] Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos 2ordf Ed Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2017 705 p Disponiacutevel em lthttpportalarquivos2saudegovbrimagesPDF2017outubro16Volume-Unico-2017pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 ______ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica A Siacutentese dos Indicadores Sociais Uma Anaacutelise das Condiccedilotildees de Vida da Populaccedilatildeo Brasileira - 2016 Disponiacutevel em lthttpswwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimossinteseindicsociais2016defaultshtmgt Acesso em 06 de abril de 2018 ______ Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo nordm 358 do Conselho Federal de Enfermagem 15 de outubro de 2009 (BR) 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384htmlgt Acesso em 27 de abril de 2018

68

BUSNELLO Roberta et al Niacutevel de conhecimento de idosos sobre diabetes mellitus e sua percepccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave qualidade de vida Rev Kairoacutes Gerontologia 201215(3)81-94 Disponiacutevel em lthttpsrevistaspucspbrindexphpkairosarticleviewFile784011432gt Acesso em 23 de abril de 2018 CAMARGOS Mirela Castro Santos BOMFIM Wanderson Costa Osteoporose e Expectativa de Vida Saudaacutevel estimativas para o Brasil em 2008 Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 25 n 1 p 106-112 mar 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2017000100106amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de maio de 2018 CLARES Jorge Wilker Bezerra FREITAS Maria Ceacutelia de PAULINO Monnyck Hellen Couto Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem ao idoso institucionalizado fundamentada em Virginia Henderson Rev Rene (Online) 14(3) 649-658 maio ndash junho de 2013 Disponiacutevel em lt httppesquisabvsaludorgenfermagemresourceptbde-24492gt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 CORDEIRO Juliana et al Efeitos da atividade fiacutesica na memoacuteria declarativa capacidade funcional e qualidade de vida em idosos Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 3 p 541-552 Sept 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000300541amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA [recurso eletrocircnico] definiccedilotildees e classificaccedilatildeo 2012-2014 [NANDA International] traduccedilatildeo Regina Machado Garcez revisatildeo teacutecnica Alba Lucia Bottura Leite de Barros [et al] ndash Dados eletrocircnicos ndash Porto Alegre Artmed 2013 Centro Avanccedilado de Medicina Preventiva ENVELHECIMENTO - Sob o ponto de vista esteacutetico e meacutedico 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwcamepcombrenvelhecimentogt Acesso em 23 maio 2018 ENFERMEIRO aprendiz As Orientaccedilotildees de Enfermagem em Osteoporose 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwenfermeiroaprendizcombras-orientacoes-de-enfermagem-em-osteoporosegt Acesso em 25 maio 2018 ESQUENAZI Danuza SILVA R Boiccedila da GUIMARAtildeES Marco Antocircnio (2014) Aspectos fisiopatoloacutegicos do envelhecimento humano e quedas em idosos Rev Hosp Univ Pedro Ernesto 13(2)11-20 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg1012957rhupe201410124gt Acesso em 04 de junho de 2018 FAEDA Mariacutelia Silveira PERROCA Maacutercia Galan Conformidade na prescriccedilatildeo de enfermagem agraves necessidades de cuidados concepccedilatildeo de enfermeiros Rev Bras Enferm Brasiacutelia v 70 n 2 p 400-406 Apr 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672017000200400amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 May 2018

69

FILHO Mario Alves de Siqueira Envelhecimento e muacutesculo esqueleacutetico forccedila muscular atividade proteassomal e sinalizaccedilatildeo relacionada ao balanccedilo proteacuteico 2012 68 p Tese apresentada ao programa de poacutes-graduaccedilatildeo em fisiologia humana (Doutor em ciecircncias) - Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis4242137tde-12062013-102648enphpgt Acesso em 10 abr 2018 FONSECA Emiacutelio Prado da et al Mortalidade por cacircncer bucal e orofaringe no Brasil entre 2002 e 2011 Revista da Faculdade de Ciecircncias Gerenciais de Manhuaccedilu Manhuaccedilu MG v 11 n 2 p 08-17 Agosto-Dezembro 2014 Disponiacutevel em lthttppensaracademicofacigedubrindexphppensaracademicoarticleview216gt Acesso em 04 de junho de 2018 FLOREcircNCIO Raquel Sampaio et al Adesatildeo ao idoso ao tratamento para hipertensatildeo arterial e intervenccedilotildees de enfermagem Rev Rene 2012 13(2) 343-53 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicosufcbrrenearticleviewFile39243114gt Acesso em 22 de abril de 2018 GARCIA Telma Ribeiro Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem aspecto substantivo da praacutetica profissional Esc Anna Nery Rio de Janeiro 2016 20(1) 5-10 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeanv20n11414-8145-ean-20-01-0005pdfgt Acesso em 27 de abril de 2018 GUERRA Ana Carolina Lima Cavaletti CALDAS Ceacutelia Pereira Dificuldades e recompensas no processo de envelhecimento a percepccedilatildeo do sujeito idoso Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2931-2940 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600031amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 GONCALVES Lucia Hisako Takase ALVAREZ Angela Maria ARRUDA Micheli Coral Pacientes portadores da doenccedila de Parkinson significado de suas vivecircncias Acta paul enferm Satildeo Paulo v 20 n 1 p 62-68 Marccedilo 2007 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002007000100011amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 GONCALVES Endy-Ara Gouvea CARMO Joatildeo dos Santos Diagnoacutestico da doenccedila de Alzheimer na populaccedilatildeo brasileira um levantamento bibliograacutefico Rev Psicol Sauacutede Campo Grande v 4 n 2 p 170-176 dez 2012 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S2177-093X2012000200010amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 JARDIM Luciana Muniz Sanches Siqueira Veiga et al Tratamento Multiprofissional da Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica em Pacientes Muito Idosos Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 108 n 1 p 53-59 Jan 2017 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0066-782X2017000100053amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 JUSTO Joseacute Sterza ROZENDO Adriano da Silva A velhice no Estatuto do Idoso Estud pesqui psicol Rio de Janeiro v 10 n 2 p 471-489 ago 2010

70

Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1808-42812010000200012amplng=ptampnrm=isogt acessos em 22 abr 2018 KOKUDAI Laiacutes Aparecida ALVARENGA Maacutercia Regina Martins Classificaccedilatildeo das necessidades de sauacutede de idosos de acordo com a taxonomia NANDA 2010 Rev Anais do Eniac 6 p Disponiacutevel em lthttpsanaisonlineuemsbrindexphpenicarticleview13241337gt Acesso em 30 de abril de 2018 KUWAE Christiane Ayumi et al Concepccedilotildees de alimentaccedilatildeo saudaacutevel entre idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ normas nutricionais normas do corpo e normas do cotidiano Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 18 n 3 p 621-630 Sept 2015 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232015000300621amplng=enampnrm=isogt Acesso em 20 de maio de 2018 LEAO E SILVA Leonardo Oliveira et al Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica Representaccedilotildees Sociais de idosos sobre a doenccedila e seu tratamento Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 21 n 2 p 121-128 June 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2013000200004amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 de maio de 2018 LIMA Deborah Mendonccedila et al A hipovitaminose B12 eacute fator de risco para desenvolvimento de osteoporose Anais do Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - 1 ed - Satildeo Paulo AC Farmacecircutica 2014 Disponiacutevel em lthttpssbggorgbrwp-contentuploads2014101479477498_Anais_CBGG_-_Verso_finalpdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 LIRA Luana Nogueira et al Histoacuterico de enfermagem para idosos hospitalizados base para diagnoacutesticos e prescriccedilotildees Rev enferm UFPE on line Recife 7(8) 5198-206 ago 2013 Disponiacutevel em lthttpsperiodicosufpebrrevistasrevistaenfermagemarticleviewFile1179314165gt Acesso em 22 de maio de 2018 MANCINI Marisa Cotta SAMPAIO Rosana Ferreira Quando o objeto de estudo eacute a literatura estudos de revisatildeo Rev bras fisioter Satildeo Carlos v 10 n 4 Dec 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-35552006000400001amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 MARQUES Luiz Paulo Joseacute MOREIRA Rosa Maria Portella SANTOS Omar da Rosa Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio nos idosos Satildeo Paulo Editora Sarvier 2010 p 150 ndash 154 Disponiacutevel em lthttpswwwresearchgatenetpublication283487098_INFECCAO_DO_TRATO_URINARIO_NOS_IDOSOSgt Acesso em 30 de abril de 2018 MATTOS Carine Magalhatildees Zanchi de et al Processo de enfermagem aplicado a idosos com alzheimer que participam do projeto estrateacutegias de reabilitaccedilatildeo Estud Interdiscipl Envelhec Porto Alegre v16 ediccedilatildeo especial p 433-447 2011 Disponiacutevel em

71

lthttpseerufrgsbrindexphpRevEnvelhecerarticleview1792116307gt Acesso em 22 de maio de 2018 MACIEL Marcos Gonccedilalves Atividade fiacutesica e funcionalidade do idoso Motriz rev educ fis (Online) Rio Claro v 16 n 4 p 1024-1032 Dec 2010 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1980-65742010000400023amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de junho de 2018 MENEZES Luiza Tereza Gadelha de et al ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA In Congresso Nacional de Envelhecimento Humano 2016 Natal - RN ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA [Sl sn] 2016 p 1-6 Disponiacutevel em lthttpwwweditorarealizecombrrevistascnehtrabalhosTRABALHO_EV054_MD4_SA4_ID558_17082016145144pdfgt Acesso em 22 maio 2018 MORAIS Olga Nazareacute Pantoja de Grupos de idosos atuaccedilatildeo da psicogerontologia no enfoque preventivo Psicol cienc prof Brasiacutelia v 29 n 4 p 846-855 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-98932009000400014amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 06 abr 2018 MOTA Leandro Silva SOUSA Elton Geraldo de AZEVEDO Francisco Honeidy Carvalho Intercorrecircncias da osteoporose na qualidade de vida dos idosos Revista Interdisciplinar NOVAFAPI Teresina v5 n2 p44-49 Abr-Mai-Jun 2012 Disponiacutevel em lthttpsrevistainterdisciplinaruninovafapiedubrrevistainterdisciplinarv5n2revrev1v5n2pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 MOROZ Maisa Bastos KLUTHCOVSKY Ana Claudia Garabeli Cavalli SCHAFRANSKI Marcelo Derbli Controle de pressatildeo arterial em idosas hipertensas em uma Unidade de Sauacutede da Famiacutelia e fatores associados Cad Sauacutede Colet 2016 Rio de Janeiro 24 (1) 111-117 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcadscv24n11414-462X-cadsc-24-1-111pdfgt Acesso em 23 de abril de 2018 PEREIRA Erico Felden TEIXEIRA Clarissa Stefani ETCHEPARE Luciane Sanchotene O envelhecimento e o sistema muacutesculo esqueleacutetico Revista Digital n 101 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwefdeportescomefd101envelhhtmgt Acesso em 04 de junho de 2018 PETERNELLA Fabiana Magalhatildees Navarro MARCON Sonia Silva Descobrindo a Doenccedila de Parkinson impacto para o parkinsoniano e seu familiar Rev bras enferm Brasiacutelia v 62 n 1 p 25-31 Feb 2009 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672009000100004amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 REIS Luciana Arauacutejo dos TRAD Leny Alves Bonfim Suporte familiar ao idoso com comprometimento da funcionalidade a perspectiva da famiacutelia Psicol teor prat Satildeo Paulo v 17 n 3 p 28-41 dez 2015 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1516-

72

36872015000300003amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 RIBEIRO Aline Lima VEIGA Caroline Lagrotta da Associaccedilatildeo entre a capacidade cognitiva e a ocorrecircncia de quedas em idosos de juiz de fora Minas Gerais Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Federal de Juiz de Fora 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwufjfbrfacfisiofiles201307TCC-Aline-Carolinepdfgt Acesso em 10 de abril de 2008 RORIZ-FILHO Jarbas et al Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio Medicina (Ribeiratildeo Preto) 201043(2) 118-25 Disponiacutevel emlthttpwwwrevistasuspbrrmrparticleview166167gt Acesso em 04 de junho de 2018 RUIVO Susana et al Efeito do envelhecimento cronoloacutegico na funccedilatildeo pulmonar Comparaccedilatildeo da funccedilatildeo respiratoacuteria entre adultos e idosos saudaacuteveis Rev Port Pneumol Lisboa v 15 n 4 p 629-653 ago 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielomecptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0873-21592009000400005amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 07 abril de 2018 SANTOS Beatriz Aparecida dos et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem (SAE) no atendimento domiciliar ao paciente portador de osteoporose Revista Sauacutede em Foco ndashEdiccedilatildeo nordm 9 ndash Ano 2017 Disponiacutevel em lthttpunifiaedubrrevista_eletronicarevistassaude_focoartigosano2017072_sistematizacao_ass_enfermagem_saepdf gt Acesso em 25 de maio de 2018 SANCHES Ana Paula R Amadio LEBRAO Maria Luacutecia DUARTE Yeda Aparecida de Oliveira Violecircncia contra idosos uma questatildeo nova Saude soc Satildeo Paulo v 17 n 3 p 90-100 Sept 2008 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-12902008000300010amplng=enampnrm=isogt access on 22 Apr 2018 SENA Edite Lago da Silva et al Tecnologia cuidativa de ajuda muacutetua grupal para pessoas com Parkinson e suas famiacutelias Texto contexto - enferm Florianoacutepolis v 19 n 1 p 93-103 mar 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000100011amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 SERENIKI Adriana VITAL Maria Aparecida Barbato Frazatildeo A doenccedila de Alzheimer aspectos fisiopatoloacutegicos e farmacoloacutegicos Rev psiquiatr Rio Gd Sul Porto Alegre v 30 n 1 supl 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0101-81082008000200002amplng=enampnrm=isogt Acesso em 23 de abril de 2018 SILVA Bruna Rodrigues da FINOCCHIO Ana Luacutecia A velhice como marca da atualidade uma visatildeo psicanaliacutetica Viacutenculo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 23-30 dez 2011 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-24902011000200004amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018

73

SILVA Elisama Gomes Correia et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacutetica Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 45 n 6 p 1380-1386 Dec 2011 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000600015amplng=enampnrm=isogt access on 22 May 2018 SOUZA Rosangela Ferreira de SKUBS Thais BRETAS Ana Cristina Passarella Envelhecimento e famiacutelia uma nova perspectiva para o cuidado de enfermagem Rev bras enferm Brasiacutelia v 60 n 3 p 263-267 June 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672007000300003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de maio de 2018 SOUZA Emannuely Silva de ALVES Thalita Isapaula Feacutelix PASSOS Ana Beatriz Barbosa Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem a um Idoso com Parkinson em uma Instituiccedilatildeo de Apoio do Municiacutepio de Ipatinga Revista Enfermagem Integrada ndash Ipatinga Unileste-MG - V3 - N2 - NovDez 2010 Disponiacutevel em lt httpswwwunilestemgbrenfermagemintegradaartigoV3_209-sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem-a-um-idoso-com-parkinsonpdf gt Acesso em 02 de maio de 2018 TAGLIARINI Mariana Hidroginaacutestica na terceira Idade Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndashUNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2008 Lins 2008 62p il 31cm Disponiacutevel em lthttpwwwunisalesianoedubrbibliotecamonografias46264pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 TAYLOR Carol et al Fundamentos de enfermagem a arte e a ciecircncia do cuidado de enfermagem 7 ed Porto Alegre Artmed 2014 1768 p TEIXEIRA Ilka Niceacuteia DAquino Oliveira GUARIENTO Maria Elena Biologia do envelhecimento teorias mecanismos e perspectivas Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2845-2857 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600022amplng=enampnrm=isogt Acessado em 06 de abril de 2018 TOSIN Michelle Hyczy de Siqueira et al Intervenccedilotildees de Enfermagem para a reabilitaccedilatildeo na doenccedila de Parkinson mapeamento cruzado de termos Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 24 e2728 2016 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692016000100360amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 VARGAS Liane da Silva de LARA Marcus Viniacutecius Soares de MELLO-CARPES Pacircmela Billig Influecircncia da diabetes e a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico e atividades cognitivas e recreativas sobre a funccedilatildeo cognitiva e emotividade em grupos de terceira idade Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 4 p 867-878 dez 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000400867amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 23 abr 2018

74

VERAS Renato Peixoto Prevenccedilatildeo de doenccedilas em idosos os equiacutevocos dos atuais modelos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28 n 10 p 1834-1840 Oct 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-311X2012001000003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 VETTORE Marcelo Vianna et al Avaliaccedilatildeo do manejo da infecccedilatildeo urinaacuteria no preacute-natal em gestantes do Sistema Uacutenico de Sauacutede no municiacutepio do Rio de Janeiro Rev bras epidemiol Satildeo Paulo v 16 n 2 p 338-351 jun 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-790X2013000200338amplng=ptampnrm=isogt acessos em 30 abr 2018

Page 13: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO25

11 OBJETIVOS26

111 Objetivo geral26

112 Objetivos especiacuteficos26

12 JUSTIFICATIVA26

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO27

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO

IDOSA NO BRASIL27

22 ESTATUTO DO IDOSO29

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO30

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO

ENVELHECIMENTO31

241 Mecanismos do envelhecimento32

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio35

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco35

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico36

2414 Envelhecimento do sistema nervoso38

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO38

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso39

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso40

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE42

261 Mal de Parkinson42

262 Doenccedila de Alzheimer45

263 Diabetes Mellitus46

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica47

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio48

266 Osteoporose49

3 METODOLOGIA53

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO55

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO55

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) 55

412 Processo de Enfermagem56

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos57

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS65

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS67

25

1 INTRODUCcedilAtildeO

O aumento da populaccedilatildeo idosa tem preocupado todas as autoridades devido ao

aumento do gasto previdenciaacuterio o que se torna um problema de enormes

proporccedilotildees tendo em vista o fato de o governo ter que disponibilizar a cada ano mais

verba para este segmento populacional que jaacute passa dos 15 milhotildees de brasileiros

Tais problemas colocados pela miacutedia amplifica o preconceito com o sujeito idoso e

com isso o medo de envelhecer fica latente a cada dia em que o sujeito chega agrave

terceira idade pois vislumbra-se um futuro sombrio no qual o preconceito conforme

falado seraacute enorme poliacuteticas de ajuda piacutefias verbas escassas e em muitos casos

falta de apoio familiar (GUERRA CALDAS 2010)

Um dos motivos que estatildeo proporcionando o aumento de idosos no Brasil eacute a melhoria

de diversos indicadores E como o aumento da populaccedilatildeo idosa acarreta seacuterios

problemas para a economia de um paiacutes torna-se importante desenvolver poliacuteticas que

podem auxiliar o idoso a envelhecer melhor com qualidade controlando as doenccedilas

caracteriacutesticas da terceira idade funcional e contribuindo com o Estado para que

este natildeo venha a entrar em colapso (VERAS 2012)

Estudos cientiacuteficos tecircm comprovado que exerciacutecios fiacutesicos combinados a uma boa

alimentaccedilatildeo e ateacute mesmo remeacutedios fitoteraacutepicos contribuem para uma melhoria

consideraacutevel para a sauacutede fiacutesica e mental dos idosos o que eacute algo bastante

interessante tendo em vista que a maioria dos acidentes com pessoas idosas ocorrem

quando o sujeito idoso sem forccedila muscular se machuca em pequenas atividades

dentro de casa ou quando sua sauacutede mental natildeo proporciona um envelhecimento

confortaacutevel ou quando as doenccedilas crocircnicas caracteriacutesticas da terceira idade se

apresentam intensamente (ACIOLE BATISTA 2013)

Nos dias atuais um carimbo que existe sobre o sujeito idoso eacute o descaso com ele

satildeo colocados agrave margem da sociedade Muitos natildeo possuem mais aptidatildeo para

trabalhos e muitos apresentam problemas de sauacutede que demandam um cuidado

especial muita atenccedilatildeo e com a ldquovida corridardquo quem deveria cuidar do idoso acaba

negligenciando sua funccedilatildeo e por isso vaacuterios idosos acabam indo para instituiccedilotildees de

asilo que muitas vezes natildeo oferecem condiccedilotildees miacutenimas de cuidados (SILVA

FINOCCHIO 2011)

Por outro lado instituiccedilotildees seacuterias de abrigo de idosos possuem profissionais de

26

diversas aacutereas do saber que atuam em conjunto para um cuidado eficaz do sujeito

idoso Dentre esses profissionais que auxiliam no cuidado do idoso uma figura que

se destaca eacute o enfermeiro que desenvolve ldquosuas atividades com os idosos por meio

de um processo de cuidar que contempla os aspectos biopsicossociais e espirituais

vivenciados durante a institucionalizaccedilatildeordquo quando utiliza a Sistematizaccedilatildeo de

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) por intermeacutedio do Processo de Enfermagem (PE)

permitindo ldquouma avaliaccedilatildeo integral do idoso identificando necessidades e padrotildees de

resposta aos problemas de sauacutede para a determinaccedilatildeo de soluccedilotildees apropriadas no

atendimento dessas necessidadesrdquo (CLARES FREITAS PAULINO 2013 p 02)

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

bull Analisar a partir de uma revisatildeo de literatura a Assistecircncia de Enfermagem ao

sujeito idoso

112 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever o processo de envelhecimento

bull Listar as principais doenccedilas que acometem a populaccedilatildeo idosa

bull Identificar as principais estrateacutegias de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem (SAE) para a populaccedilatildeo idosa

12 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista o aumento do nuacutemero de sujeitos idosos no Brasil devido ao aumento

da expectativa de vida e por ser esta autora jaacute atuante como enfermeira na

assistecircncia agraves pessoas idosas natural foi a escolha pelo tema aqui desenvolvido

27

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO IDOSA

NO BRASIL

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) oacutergatildeo do governo responsaacutevel

por coletar informaccedilotildees a respeito da sociedade brasileira para um melhor

entendimento da realidade lanccedilou em 2016 um livro com uma siacutentese de indicadores

sociais e uma anaacutelise das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo brasileira Tal livro

permeado de dados estatiacutesticos foi utilizado para levantar as estatiacutesticas a respeito

da populaccedilatildeo idosa do Brasil e assim seraacute aqui referenciado

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

A evoluccedilatildeo da composiccedilatildeo populacional por grupos de idade aponta para a tendecircncia de envelhecimento demograacutefico que corresponde ao aumento da participaccedilatildeo percentual dos idosos na populaccedilatildeo e a consequente diminuiccedilatildeo dos demais grupos etaacuterios (BRASIL 2016 p 13)

A constataccedilatildeo de que a sociedade brasileira estaacute envelhecendo pode ser confirmada

na Tabela 01 que reforccedila o que jaacute foi citado anteriormente

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade

IDADE (anos) 2005 () 2015 ()

0 ndash 14 265 210 15 - 29 274 236 30 - 59 362 410

Acima de 60 98 143

Fonte Brasil (2016 p 13)

Ainda sobre a Tabela 01 observa-se a evoluccedilatildeo da populaccedilatildeo brasileira entre os anos

de 2005 a 2015 Observa-se pela tabela que a populaccedilatildeo idosa saiu dos 98 em

2005 para 143 em 2015 ou seja em uma deacutecada a populaccedilatildeo idosa cresceu cerca

de 46 Eacute um crescimento enorme Com essa dinacircmica populacional a expectativa

eacute que em 2050 a populaccedilatildeo idosa no Brasil fique ligeiramente abaixo dos 30

conforme eacute ilustrado na Figura 01 Ela tambeacutem apresenta a projeccedilatildeo da evoluccedilatildeo de

pessoas com mais de 60 anos no restante do mundo (BRASIL 2016)

28

Figura 01 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo

Fonte Brasil (2016) (Adaptado pela autora)

O sujeito idoso apresenta diversas dificuldades no seu dia-a-dia e torna-se um desafio

enorme para a sociedade brasileira como um todo em vista da preocupaccedilatildeo que se

deve ter com o sujeito idoso No Quadro 01 algumas caracteriacutesticas pertinentes aos

idosos (BRASIL 2016)

Quadro 01 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens CARACTERIacuteSTICAS QUANTIDADE

Alguma dificuldade permanente para caminhar 330 ()

Vivem em domiciacutelios em aacutereas sem arborizaccedilatildeo 275 ()

Entidade de assistecircncia social privada sem fins lucrativos 8283

Jaacute se sentiram discriminados no serviccedilo sauacutede 84 ()

Niacutevel de ocupaccedilatildeo dos idosos 263 ()

Proporccedilatildeo de idosos ocupados que recebem aposentadoria 538 ()

Ensino fundamental incompleto 655 ()

Sem plano meacutedico ou odontoloacutegico 680 ()

Sintomas de depressatildeo 93 ()

Fonte Brasil (2016)

O Quadro 01 apresenta diversas informaccedilotildees a respeito do sujeito idoso A que mais

chama atenccedilatildeo eacute a quantidade de idosos sem plano de sauacutede ou odontoloacutegico algo

em torno de 68 pois como eacute sabido a sauacutede puacuteblica no Brasil eacute precaacuteria e com

isso o idoso que acaba por depender do sistema puacuteblico natildeo tem um atendimento

eficaz o que pode agravar suas condiccedilotildees fiacutesicas e de sauacutede (BRASIL 2016)

29

22 ESTATUTO DO IDOSO

O estatuto do idoso eacute o nome popular dado a Lei nordm 10741 de 1ordm de outubro de 2003

que veio para regular os direitos das pessoas com mais de sessenta anos assim

consideradas idosas (BRASIL 2013)

O referido documento agrupou leis que jaacute existiam organizando-as em blocos Todos

os direitos a que o idoso tem mas que em diversas ocasiotildees satildeo deliberadamente

usurpados foram bem discutidos nesta lei Seu art 2ordm assim institui

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes agrave pessoa humana sem prejuiacutezo da proteccedilatildeo integral de que trata esta Lei assegurando-se-lhe por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades para preservaccedilatildeo de sua sauacutede fiacutesica e mental e seu aperfeiccediloamento moral intelectual espiritual e social em condiccedilotildees de liberdade e dignidade (BRASIL 2013 p 07)

O idoso possui sempre prioridades devido a uma seacuterie de fatores e acima de tudo

devido agrave sua fragilidade pela idade avanccedilada O estatuto do idoso determina quais

satildeo essas prioridades No Quadro 02 elas satildeo delineadas (BRASIL 2013)

Quadro 02 ndash Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso INCISO PRIORIDADES

I Ter atendimento prioritaacuterio e personalizado junto a oacutergatildeos que prestam serviccedilos de sauacutede agrave populaccedilatildeo

II Ter prioridades diante das poliacuteticas sociais elaboradas para a sauacutede puacuteblica

III Destinaccedilatildeo privilegiada de recursos puacuteblicos para os setores que possuem obrigaccedilotildees de proteccedilatildeo ao idoso

IV Desenvolvimento de poliacuteticas que torne possiacutevel o conviacutevio do idoso com pessoas de outras geraccedilotildees

V Ser cuidado por membros de sua famiacutelia sendo que a acolhida em abrigos de idosos seria em uma uacuteltima situaccedilatildeo

VI Capacitaccedilatildeo dos profissionais que cuidam de idosos para prestar um atendimento de qualidade de atualizado

VII No desenvolvimento de poliacuteticas que possibilitem a divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees educativas a respeito do idoso para o puacuteblico em geral

VIII Garantia de acessibilidade aos serviccedilos de sauacutede e de assistecircncia social do Estado

IX Primazia quando do recebimento da restituiccedilatildeo do Imposto de Renda

Fonte Brasil (2013) (Adaptado pela autora)

Como pode-se observar no Quadro 02 as prioridades a que o idoso tem direito satildeo

vaacuterias poreacutem o que se observa na praacutetica eacute que muitas delas satildeo ignoradas A cultura

de cada paiacutes diz se os seus velhos seratildeo beneficiados com o respeito ou se seratildeo

maltratados No Brasil impera a cultura de descaso com o sujeito da terceira idade e

muitas vezes vaacuterios deles sofrem verdadeiros maus tratos seja fiacutesica seja

psicologicamente (SANCHES LEBRAO 2008)

30

Referida norma nos dizeres de Justo e Rozendo (2010) apresenta natildeo apenas o

instrumento juriacutedico para preservar e garantir a dignidade do idoso mas ldquo[] mas

tambeacutem como uma produccedilatildeo simboacutelica e conceitual que mediante um conjunto de

signos representaccedilotildees imagens e saberes configura o idoso na cultura []rdquo (JUSTO

ROZENDO 2010 p 472)

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO

O ser humano eacute um animal social e por isso desde haacute muito tempo de eacutepocas

remotas eles se organizam dando alguma ideia de famiacutelia conforme entendemos

atualmente No entanto a ideia de famiacutelia muda agrave medida que a histoacuteria evolui e se

antes o sujeito idoso era considerado o ente mais importante de sua famiacutelia devido

aos conhecimentos que adquiriu ao longo de sua jornada nos dias atuais essa

premissa jaacute natildeo eacute tatildeo mais importante e devido a isso observa-se poucos idosos no

seio da famiacutelia com sua consequente diminuiccedilatildeo (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

Quando se pensa em famiacutelia como instituiccedilatildeo social o que precisa ser levado em

consideraccedilatildeo para uma anaacutelise mais ampla a respeito dessa instituiccedilatildeo social satildeo

ldquo[] aspectos como afetividade companheirismo solidariedade sentimentos e accedilotildees

que podem ser encontradas fora dos laccedilos consanguiacuteneosrdquo Ou seja natildeo se eacute famiacutelia

somente aqueles que possuem o mesmo sangue mas existem outros fatores que

demonstram ser um agrupamento de pessoas considerado famiacutelia ldquoEacute uma construccedilatildeo

social influenciada pela cultura e contexto histoacuterico em que foi concebida []rdquo

(SOUZA SKUBS BRETAS 2007 p 264)

A vida do ser humano eacute repleta de fases desde agrave infacircncia ateacute a velhice Em cada fase

existe todo um conjunto cultural que daacute suporte agravequela fase e por isso nas famiacutelias

atuais existe um certo conflito entre membros familiares de geraccedilotildees diferentes pois

convivem muitas vezes em uma mesma residecircncia crianccedilas adolescentes adultos

e velhos e por isso um maior cuidado para que tais diferenccedilas natildeo interfiram na

harmonia do lar (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

E com o sujeito idoso haacute de se ter uma atenccedilatildeo especial devido a todos os fatores

envolvidos em sua mudanccedila de idade e com a chegada da velhice Tais fatores satildeo

os sociais psicoloacutegicos materiais financeiros autonomia etc Dessa forma o idoso

tende a dar mais trabalho pois uma vez que fora independente e natildeo eacute mais uma

31

vez que fora forte e natildeo eacute mais apresenta uma paciecircncia bastante curta Assim os

familiares que em volta dele estatildeo precisam ter bastante amor e carinho para um

excelente cuidado pois eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia assim fazer conforme preceitua a

Constituiccedilatildeo Federal (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

O apoio da famiacutelia para o sujeito idoso eacute de suma importacircncia para que ele possa ter

uma velhice confortaacutevel e saudaacutevel Reis e Trad possuem palavras interessantes a

respeito Vejamos

O suporte familiar contribui de maneira significativa para a manutenccedilatildeo e a integridade fiacutesica e psicoloacutegica do indiviacuteduo Seu efeito eacute tido como beneacutefico no membro da famiacutelia que o recebe na medida em que o suporte eacute percebido como disponiacutevel e satisfatoacuterio [] Dessa forma eacute fundamental para o planejamento assistencial adequado ao idoso a compreensatildeo do contexto familiar o que implica o entendimento das questotildees que envolvem a formaccedilatildeo e a dinacircmica de funcionamento das famiacutelias em geral (REIS TRAD 2015 p 30)

No entanto abrigos repletos de sujeitos idosos demonstram que na grande maioria

dos casos os familiares preferem abandonar os seus velhos aos cuidados de

enfermeiros que nem conhecem se estatildeo capacitados para lidar com as

necessidades Mesmo com o advento do estatuto do idoso ele continua sofrendo

severos preconceitos (REIS TRAD 2015)

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO

No Brasil de hoje tem-se observado um crescimento substancial do nuacutemero de

sujeitos idosos (aqueles com mais de 60 anos de acordo com o estatuto do idoso) e

isso eacute algo bastante preocupante tendo em vista a infraestrutura precaacuteria do sistema

de sauacutede Apenas a tiacutetulo de entendimento de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatiacutestica (IBGE) a quantidade de sujeitos idosos em 2016 era em cerca

de 143 (BRASIL 2016)

Existem basicamente dois motivos pelos quais a quantidade de sujeitos idosos vem

aumentando no Brasil que satildeo a reduccedilatildeo da taxa de natalidade e a reduccedilatildeo da

mortalidade A tecnologia vem ajudando consideravelmente para que esses dois

fatores sejam os reais motivos pelo aumento da taxa de idosos (MORAIS 2009)

A afirmativa anterior eacute reforccedilada pelo IBGE conforme segue ldquoAs mudanccedilas na razatildeo

de dependecircncia estatildeo diretamente associadas agrave diminuiccedilatildeo da fecundidade e ao

32

aumento na longevidade da populaccedilatildeo especialmente na populaccedilatildeo idosardquo (BRASIL

2016 p 17)

Dessa forma o ato de envelhecer passa a ser visto como algo a que todos os

brasileiros passaratildeo um dia pois haacute um aumento na expectativa de vida e assim

entender o processo de envelhecimento e desenvolver mecanismos para um

envelhecimento saudaacutevel torna-se fundamental pois idosos saudaacuteveis significa

grosso modo menos problemas tanto para a famiacutelia quanto para o governo Mas esse

menos problema natildeo eacute dito de forma vulgar pejorativa mas sim de forma racional

pois com um idoso saudaacutevel em uma famiacutelia esta famiacutelia natildeo sofre com o sofrimento

dele (MORAIS 2009)

Os desafios que se apresentam com o aumento da populaccedilatildeo idosa no Brasil estatildeo

intimamente interligados com a integraccedilatildeo e o cuidado social com o sujeito idoso com

a sauacutede com a assistecircncia social com a previdecircncia social com a forma de

envelhecer saudaacutevel etc (BRASIL 2016)

Dessa forma importante entender o mecanismo bioloacutegico do envelhecimento e sua

correlaccedilatildeo com o meio fiacutesico para um cuidado mais personalizado

241 Mecanismos do envelhecimento

Teixeira e Guariento afirmam que o conhecimento acerca do envelhecimento ou dos

motivos que o causam satildeo limitados devido agrave falta de pesquisas experimentais com

seres humanos o que eacute vedado pela eacutetica meacutedica Dessa forma pode-se fazer

apenas experimentos com animais em especial com roedores moscas de frutas e

isso acaba natildeo trazendo um real significado acerca do processo de envelhecimento

(TEIXEIRA GUARIENTO 2010)

Existem vaacuterias teorias a respeito do envelhecimento e por isso aos poucos foram

sendo agrupadas basicamente em dois grupos a saber teorias programadas e

teorias estocaacutesticas A primeira tem sua ideia central ldquonos reloacutegios bioloacutegicos que

regulam o crescimento a maturidade a senescecircncia e a morterdquo Jaacute a segunda baseia-

se na ldquoidentificaccedilatildeo de agravos que induzem aos danos moleculares e celulares

aleatoacuterios e progressivosrdquo (TEIXEIRA GUARIENTO 2010 p 2846)

33

Fato eacute que os efeitos do envelhecimento satildeo visiacuteveis rugas expostas cabelos

brancos peles caiacutedas dificuldades para se locomoverem decliacutenio das forccedilas

diminuiccedilatildeo do equiliacutebrio diversas doenccedilas dificuldade na respiraccedilatildeo Tudo estaacute

conjuntamente interligado em um processo complexo e variado que envolve tanto o

bioloacutegico quanto o psicossocial e que afeta diversos sistemas Na Figura 02 uma

representaccedilatildeo interessante do processo de envelhecimento (RUIVO et al 2009)

Figura 02 ndash Processo de envelhecimento

Fonte Centro avanccedilado de medicina preventiva (2018)

34

No Quadro 03 eacute apresentado os efeitos da velhice de uma forma geral e resumida

Vaacuterios satildeo os efeitos do envelhecimento no sujeito idoso por isso apenas alguns deles

foram relatados a tiacutetulo de exemplos

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (continua)

MODIFICACcedilOtildeES NO CORPO COM O ENVELHECIMENTO

ESTADO GERAL

Reduccedilatildeo progressiva da eficiecircncia dos processos fisioloacutegicos resulta em equiliacutebrio fraacutegil e impotildee obstaacuteculos agrave capacidade do corpo para manter a homeostase Estressores fiacutesicos e emocionais tornam o idoso mais vulneraacutevel devido agrave diminuiccedilatildeo das reservas fisioloacutegicas O idoso pode continuar a se envolver em todas as atividades da meia-idade embora de maneira intuitiva deva adaptar-se a um ritmo modificado e a periacuteodos de descanso mais frequentes

TEGUMENTAR

Surgimento de rugas e perda da firmeza da pele ocorrem com a reduccedilatildeo da elasticidade ressecamento e descamaccedilatildeo satildeo comuns A queda dos cabelos eacute comum nos homens e as mulheres tecircm afinamento e perda de pigmentaccedilatildeo dos cabelos Sinais de pele e pigmentaccedilatildeo satildeo comuns embora a pele possa clarear devido agrave perda de melanoacutecitos As unhas costumam espessar-se e ficar quebradiccedilas e amareladas

MUSCULOESQUELEacuteTICO

Diminui o tecido subcutacircneo e o peso no idoso A massa e a forccedila musculares diminuem Ocorre desmineralizaccedilatildeo oacutessea e os ossos ficam porosos e quebradiccedilos As articulaccedilotildees tendem a enrijecer e a perder flexibilidade podendo diminuir a amplitude de movimentos Costuma ocorrer lentidatildeo da mobilidade geral e a postura tende a encurvar A altura diminui um pouco

NEUROLOacuteGICO

O Sistema Nervoso Central reage mais lentamente a muacuteltiplos estiacutemulos Assim a resposta cognitiva e comportamental do idoso pode ser retardada Diminui a frequecircncia da reaccedilatildeo reflexa A regulagem da temperatura e a percepccedilatildeo de dorpressatildeo ficam menos eficientes O idoso pode ainda ter dificuldades no equiliacutebrio na coordenaccedilatildeo na motricidade fina e na orientaccedilatildeo espacial o que resulta em maior risco para quedas Costuma encurtar o sono noturno e o idoso pode despertar com mais facilidade

SENTIDOS ESPECIAIS

Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade visual (presbiopia) com maior sensibilidade agrave claridade e menor capacidade de adaptar-se agrave escuridatildeo Reduccedilatildeo da acomodaccedilatildeo reduccedilatildeo da percepccedilatildeo em profundidade e da discriminaccedilatildeo de cores Uma catarata pode obscurecer ainda mais a visatildeo A dificuldade para ler letras miuacutedas pode se tornar mais evidente Dirigir durante o dia ou durante agrave noite pode ficar comprometido Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade auditiva (presbicusia) em especial diminuiccedilatildeo da discriminaccedilatildeo de tons na presenccedila de ruiacutedos ambientais Em consequecircncia dos problemas auditivos o idoso pode retrair-se de eventos sociais As sensaccedilotildees de paladar e olfato diminuem Sensibilidade aos cheiros pode diminuir Problemas nutricionais podem surgir

CARDIOPULMONAR

Os vasos sanguiacuteneos ficam menos elaacutesticos e muitas vezes riacutegidos e tortuosos Depoacutesitos de placas de gordura continuam a ocorrer nos revestimentos dos vasos sanguiacuteneos Edema e esfriamento das extremidades inferiores podem ocorrer em especial com a diminuiccedilatildeo da mobilidade O corpo tem menor capacidade de aumentar a frequecircncia do coraccedilatildeo e o deacutebito cardiacuteaco mediante atividade A elasticidade pulmonar e a accedilatildeo ciliar diminuem de modo que a desobstruccedilatildeo pulmonar se torna menos eficiente Pode aumentar a frequecircncia pulmonar acompanhada de profundidade diminuiacuteda

35

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (conclusatildeo)

GASTRINTESTINAL Os sucos digestivos continuam a diminuir e reduz-se a absorccedilatildeo de nutrientes Desnutriccedilatildeo e anemia satildeo mais comuns Com a reduccedilatildeo do tocircnus muscular e o peristaltismo diminuiacutedo satildeo comuns queixas de constipaccedilatildeo

DENTICcedilAtildeO Perda e caacuterie dentaacuterias continuam para a maioria dos idosos Os haacutebitos alimentares podem mudar em especial se o idoso natildeo tem dentes ou usa dentaduras que natildeo servem bem

GENITURINAacuteRIO

O fluxo sanguiacuteneo para os rins reduz com a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco A quantidade de unidades de neacutefrons funcionando diminui em 50 Produtos a serem eliminados podem ser filtrados e excretados mais lentamente Liacutequidos e eletroacutelitos permanecem dentro das variaccedilotildees normais mas o equiliacutebrio eacute fraacutegil Cerca de 75 dos homens com mais de 65 anos tecircm hipertrofia da glacircndula prostaacutetica Pode haver a necessidade de cirurgia caso ocorra retenccedilatildeo urinaacuteria Haacute atrofia diminuiccedilatildeo de secreccedilotildees e afinamento do trato genital da mulher idosa

Fonte Taylor e outros (2007 p 460)

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio

O Sistema respiratoacuterio envelhece da mesma forma que o restante do organismo e

muitas vezes ele envelhece mais raacutepido devido agrave enorme quantidade de poluiccedilatildeo a

que estamos sujeitos Nas palavras de Ruivo e outros

Pensa-se que o sistema respiratoacuterio seja o sistema do organismo que envelhece mais rapidamente devido agrave maior exposiccedilatildeo a poluentes ambientais ao longo dos anos As mudanccedilas que ocorrem a este niacutevel satildeo clinicamente relevantes porque a deterioraccedilatildeo da funccedilatildeo pulmonar estaacute associada ao aumento da taxa de mortalidade e aleacutem disso o conhecimento das mesmas contribui para a detecccedilatildeo e prevenccedilatildeo de disfunccedilotildees respiratoacuterias em idosos (RUIVO et al 2009 p 631)

Biologicamente com o envelhecimento a estrutura morfoloacutegica da parede toraacutecica

sofre severas alteraccedilotildees que afetam diretamente os pulmotildees Dessa forma a perda

da elasticidade dentre outros problemas torna-se a mais frequente complicaccedilatildeo

pulmonar entre pessoas idosas (RUIVO et al 2009)

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco

O envelhecimento do sistema cardiacuteaco acarreta diversas complicaccedilotildees ao sujeito

idoso e a dinacircmica de como esse processo se dar eacute melhor explicado por Esquenazi

Silva e Guimaratildees

O coraccedilatildeo eacute constituiacutedo por ceacutelulas musculares os cardiomioacutecitos moleacuteculas de matriz extracelular destacando-se o colaacutegeno e ceacutelulas intersticiais cardiacuteacas tais como fibroblastos e ceacutelulas endoteliais Por tratar-se de ceacutelulas terminalmente diferenciadas a identificaccedilatildeo recente de ceacutelulas-tronco residentes no coraccedilatildeo revelou que os cardiomioacutecitos satildeo repostos mas natildeo

36

na proporccedilatildeo ideal para recuperaccedilatildeo de funccedilatildeo alterada consequente a eventuais perdas (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

Dessa forma pode-se realccedilar algumas mudanccedilas sensiacuteveis que ocorrem com o

envelhecimento e que estatildeo listadas no Quadro 04 abaixo

Quadro 04 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento MUDANCcedilAS ORGAcircNICAS COM O ENVELHECIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

A parede ventricular torna-se mais espessa

Diminuiccedilatildeo das ceacutelulas de cardiomioacutecitos

Aumento do conteuacutedo do colaacutegeno

Alteraccedilatildeo do metabolismo mitocondrial

Maior secreccedilatildeo de colaacutegeno

Induccedilatildeo de apoptose das ceacutelulas musculares lisas da parede arterial

Aumento da rigidez aoacutertica

Alteraccedilatildeo da elasticidade aoacutertica

Disfunccedilatildeo diastoacutelica

Hipertrofia do ventriacuteculo esquerdo

Insuficiecircncia cardiacuteaca congestiva

Fonte Esquenazi Silva e Guimaratildees (2014) (Adaptado pela autora)

No envelhecimento ocorrem mudanccedilas em algumas propriedades do coraccedilatildeo e isso

pode acarretar o surgimento de arritmias cardiacuteacas bem como a diminuiccedilatildeo da

possibilidade de alteraccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca durante situaccedilotildees de estresse

Assim devido agrave mudanccedila da frequecircncia cardiacuteaca na populaccedilatildeo da terceira idade eacute

frequentemente adicionado medicamentos como diureacuteticos medicamentos que atuam

para combater a arritmia etc (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico

Haacute diversos estudos que tentam provar que o processo de envelhecimento estaacute

associado agrave diminuiccedilatildeo da massa muscular fenocircmeno conhecido como sarcopenia

Este fenocircmeno debilita diretamente a arquitetura muscular alterando diversas

propriedades tais como ldquoaacuterea da seccedilatildeo transversa anatocircmica comprimento das fibras

musculares volume e acircngulo de penaccedilatildeo dos muacutesculosrdquo Ocasiona uma reduccedilatildeo das

forccedilas do paciente da capacidade aeroacutebica e da taxa metaboacutelica Juntos esses

fatores influenciamalteram a qualidade de vida pois podem aumentar a taxa de

quedas e ocasionar outros problemas ao idoso que repercutem em todos os campos

de sua vida (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

37

Os mais novos estudos cientiacuteficos na aacuterea sugerem que o envelhecimento tambeacutem

estaacute relacionado com a diminuiccedilatildeo da rigidez dos tendotildees o que eacute apreciado na obra

de Baptista e Vaz conforme segue

Modificaccedilotildees morfoloacutegicas na unidade muacutesculo-tendatildeo como a sarcopenia ou a diminuiccedilatildeo da rigidez tendiacutenea reconhecidamente causam alteraccedilotildees de suas propriedades mecacircnicas As propriedades mecacircnicas dos muacutesculos determinam sua capacidade de produccedilatildeo de forccedila em diferentes comprimentos e velocidades podendo assim influenciar de maneira significativa as atividades de vida diaacuteria dos seres humanos independente da faixa etaacuteria (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

Natildeo se consegue entender exatamente como ocorre o processo da sarcopenia pois

eacute um processo complexo no qual diversos outros processos contribuem para que

aconteccedila Alguns estudos sugerem que a diminuiccedilatildeo da ativaccedilatildeo neuromuscular eacute

comeccedilo do processo de perda de massa e de forccedila O que eacute bem entendido e

preocupante satildeo os seus efeitos nos sujeitos idosos que provocam diversas outras

consequecircncias (FILHO 2012)

Eacute sabido que tudo estaacute interligado portanto quando ocorre reduccedilatildeo da estrutura

muscular esqueleacutetica isso acarreta outros problemas natildeo soacute de importacircncia material

assim como de importacircncia imaterial como sedentarismo depressatildeo ansiedade

depressatildeo etc A Figura 03 ilustra esse ciacuterculo vicioso (PEREIRA TEIXEIRA

ETCHEPARE 2006)

Figura 03 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento

Fonte Pereira Teixeira e Etchepare (2006)

38

2414 Envelhecimento do sistema nervoso

O envelhecimento como jaacute foi dito provoca uma seacuterie de alteraccedilotildees no organismo do

sujeito idoso No sistema nervoso diversas alteraccedilotildees anatocircmicas e quiacutemicas satildeo

observadas no enceacutefalo e na medula e essas alteraccedilotildees podem ser vistas tanto

macroscopicamente quanto microscopicamente Ateacute mesmo o tamanho do ceacuterebro e

peso dele satildeo modificados agrave medida que o sujeito envelhece na ordem de 2 a cada

uma deacutecada e com diminuiccedilatildeo de proteiacutenas (TAGLIARINI 2008)

De acordo com anaacutelises feitas ao envelhecer diversas alteraccedilotildees acontecem sendo

que as mais vitais satildeo ldquoa diminuiccedilatildeo de ceacutelulas alteraccedilotildees dendriacuteticas placas senis

degeneraccedilatildeo neurofibrilar degeneraccedilatildeo gracircnulo-vacuolar e acuacutemulo de lipofucsinardquo

(TAGLIARINI 2008 p 18)

As alteraccedilotildees morfoloacutegicas produzidas pelo Sistema Nervoso Central (SNC) se

mostram como sendo de suma importacircncia para o devido funcionamento do sistema

nervoso devido agrave importacircncia na geraccedilatildeo e processamento das memoacuterias e no

transporte de informaccedilotildees ateacute os neurocircnios (TAGLIARINI 2008)

Portanto de tudo o que foi falado a respeito do envelhecimento do sistema nervoso

algumas partes ainda natildeo foram provadas e muita coisa ainda deve ser elucidada

com os anos vindouros Tem-se uma ideia de que as modificaccedilotildees ocorrem tanto de

forma central quanto de forma perifeacuterica ldquocom atrofia cerebral devido agrave diminuiccedilatildeo do

nuacutemero de neurocircnios assim como a reduccedilatildeo da quantidade de substacircncias branca e

cinzenta Ocorre ainda reduccedilatildeo da sinaptogecircnese e da velocidade de conduccedilatildeo

nervosa []rdquo (RIBEIRO VEIGA 2013 p25)

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO

Conforme jaacute foi falado anteriormente a populaccedilatildeo brasileira seguindo o ritmo da

populaccedilatildeo mundial estaacute envelhecendo mais devido agraves inovaccedilotildees tecnoloacutegicas Com

isso mais sujeitos idosos procuram serviccedilos meacutedicos por causa das doenccedilas

inerentes agrave terceira idade Essa demanda impulsiona aos governos criarem poliacuteticas

de sauacutede para que o sujeito envelheccedila com sauacutede pois se assim for proporciona

vantagem para todos os que estatildeo envolvidos com o idoso seja seus parentes que

39

cuidam dele seja o Estado que natildeo precisa gastar muito com remeacutedios Isso

proporciona um aliacutevio na previdecircncia divido agrave imensa diacutevida puacuteblica que existe e por

necessitar fazer corte de gastos A seguir seraacute melhor tratado acerca dos benefiacutecios

da atividade fiacutesica para o idoso para ter um envelhecimento sadio e de haacutebitos

saudaacuteveis que precisa ter para o seu dia-a-dia com sauacutede (ACIOLE BATISTA 2013)

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso

Com o crescimento mundial acelerado da populaccedilatildeo idosa diversas poliacuteticas estatildeo

sendo desenvolvidas para fazer com que o idoso envelheccedila com sauacutede tendo em

vista finalidades variadas tais como o fato de a previdecircncia estar sobrecarregada a

constataccedilatildeo de que o Sistema Puacuteblico de Sauacutede (SUS) natildeo atende com qualidade

as premissas mais baacutesicas da populaccedilatildeo Assim se o idoso chegar agrave terceira fase de

sua vida mais dinacircmico e com mais sauacutede enormes benefiacutecios surgiratildeo natildeo somente

para ele assim como para toda a sociedade (FONSECA et al 2014)

Dentre essas poliacuteticas certamente a que incentiva o idoso a praticar esportes eacute a mais

disseminada juntamente com a boa alimentaccedilatildeo pois eacute comprovado cientificamente

que o idoso ao praticar esportes consegue se manter mais saudaacutevel mais luacutecido e

em melhores condiccedilotildees de enfrentamento de doenccedilas que lhe acometem que satildeo

caracteriacutesticas da terceira idade aleacutem de provocar uma melhoria como um todo ao

sujeito idoso em todas as suas dimensotildees (MACIEL 2010)

De acordo com Maciel (2010 p 1024)

Poreacutem ao se refletir sobre as atividades fiacutesicas precisa-se pensar aleacutem dos benefiacutecios biopsicossociais proporcionados pela sua praacutetica como tambeacutem por exemplo compreender as mudanccedilas de comportamentos individuais eou coletivos para a adesatildeo e manutenccedilatildeo dessas atividades Essas soacute proporcionaratildeo os devidos benefiacutecios se realizadas continua e corretamente

As atividades fiacutesicas que satildeo incentivadas para que o idoso possa praticar satildeo

divididas em quatro dimensotildees lazer deslocamento ativo atividades domeacutesticas e

laboral A primeira eacute dita como atividade estruturada jaacute as demais satildeo atividades natildeo-

estruturais Existem vaacuterias vantagens para o sujeito idoso que se movimenta que

pratica alguma atividade fiacutesica As principais vantagens estatildeo apresentadas no

Quadro 05 (MACIEL 2010)

40

Quadro 05 ndash Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos BENEFIacuteCIOS DA ATIVIDADE FIacuteSICA PARA O IDOSO

Aumentomanutenccedilatildeo da capacidade aeroacutebia

Aumentomanutenccedilatildeo da massa muscular

Reduccedilatildeo significativa da taxa de mortalidade

Prevenccedilatildeo de doenccedilas coronarianas

Melhora do perfil lipiacutedico

Transformaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal devido agrave reduccedilatildeo da massa gorda

Prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes e hipertensatildeo arterial comuns ao sujeito idoso

Diminuiccedilatildeo da possibilidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Nas mulheres idosas possibilidade de prevenccedilatildeo do cacircncer de mama e coacutelon

Reduccedilatildeo da ocorrecircncia de demecircncia

Melhora da autoestima e da autoconfianccedila

Reduccedilatildeo dos ataques de ansiedade e do estresse

Consideraacutevel melhora do humor e da qualidade de vida

Fonte Maciel (2010) (Adaptado pela autora)

Cordeiro e outros (2014) fazendo pesquisas com idosos para entender como as

atividades fiacutesicas afetam as funccedilotildees cognitivas sendo estas definidas como as fases

do processo de informaccedilatildeo tais como aprendizagem raciociacutenio atenccedilatildeo e outras

mais concluiacuteram o seguinte

O melhor desempenho do grupo de idosos ativos no teste de memoacuteria emocional pode estar associado a alteraccedilotildees fisioloacutegicas no sistema nervoso central decorrentes da praacutetica da atividade fiacutesica A accedilatildeo da atividade fiacutesica sobre as funccedilotildees cognitivas pode se dar por meio de diversos mecanismos dentre os quais a melhora na circulaccedilatildeo cerebral alteraccedilatildeo na siacutentese e degradaccedilatildeo de neurotransmissores alteraccedilotildees neuroendoacutecrinas e humorais e aumento de fatores de crescimento como o fator neurotroacutefico derivado do ceacuterebro (BDNF) responsaacutevel pela neuroplasticidade eficaacutecia sinaacuteptica conectividade neuronal e aumento da sobrevivecircncia dos neurocircnios e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) responsaacutevel pela angiogecircnese (CORDEIRO et al 2014 p 549)

Ou seja a praacutetica da atividade fiacutesica proporciona enormes ganhos de qualidade de

vida para o sujeito idoso e possibilita a ele viver mais tempo de forma independente

jaacute que suas funccedilotildees cognitivas respondem melhor e desenvolvem mecanismos mais

duradouros (CORDEIRO et al 2014)

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso

Os alimentos satildeo as fontes de energia para o ser-humano Por isso quando o sujeito

se alimenta bem com qualidade ingerindo alimentos saudaacuteveis todo o seu

organismo funcionaraacute com qualidade e equiliacutebrio o que eacute necessaacuterio e demandado

pela populaccedilatildeo de uma forma geral mas devido agrave agitaccedilatildeo do dia-a-dia acaba por

41

comprometer a sauacutede com alimentos ruins raacutepidos de serem feitos e ingeridos

(MENEZES et al 2008)

O Sujeito idoso precisa ter uma atenccedilatildeo especial com o que ingere pois natildeo possui

mais um organismo jovem que consegue digerir tudo com facilidade e rapidez Seu

organismo agora e conforme jaacute foi falado eacute imensamente lento Natildeo consegue

metabolizar com rapidez os alimentos que lhe chegam ao estocircmago e por isso precisa

ser seletivo (KUWAE et al 2015)

De acordo com Kuwae e outros (2015 p 622 - 624)

No envelhecimento tanto os cuidados nutricionais satildeo diferentes como tambeacutem satildeo singulares agraves concepccedilotildees do que eacute saudaacutevel ou apropriado para esta idade Os cuidados com a alimentaccedilatildeo envolvem uma busca de equiliacutebrio entre as exigecircncias do corpo envelhecido e as limitaccedilotildees decorrentes de algumas patologias muitas delas exigindo seu controletratamento pela alimentaccedilatildeo como a hipertensatildeo diabetes e doenccedilas coronarianas Portanto o envelhecimento estaacute relacionado tanto com as alteraccedilotildees fisioloacutegicas que limitam o repertoacuterio alimentar seja pelas restriccedilotildees decorrentes de patologias crocircnicas ou das alteraccedilotildees de mastigaccedilatildeo e digestatildeo como com as condiccedilotildees de mobilidade autonomia independecircncia financeira condiccedilotildees de sauacutede e da composiccedilatildeo familiar Esses satildeo fatores decisivos sobre o repertoacuterio alimentar a frequecircncia e a qualidade da alimentaccedilatildeo dos idosos

Daiacute surge a necessidade de saber o que o sujeito idoso pode exatamente comer e o

que natildeo pode comer jaacute que em muitas situaccedilotildees o desejo eacute grande De acordo com

Menezes e outros (2008) existem duas classes de alimentos que o sujeito idoso pode

ingerir e satildeo os alimentos bons e os alimentos ruins Na classe dos alimentos bons

estatildeo as frutas verduras legumes carnes brancas etc Jaacute na segunda classe estatildeo

as frituras carnes vermelhas doces massas sal etc O Quadro 06 apresenta uma

lista com os principais alimentos para os idosos aqueles que satildeo recomendados bem

como suas caracteriacutesticas e o motivo pelo satildeo recomendados

Quadro 06 ndash Alimentos recomendados para idosos ALIMENTOS RECOMENDADOS PARA IDOSOS

CLASSE ALIMENTOS DESCRICcedilAtildeO

BONS Frutas verduras legumes carnes brancas etcleites e seus derivados

A comida se torna leve para o organismo do idoso o que proporciona uma raacutepida digestatildeo e o idoso natildeo se sente empazinado

RUINS Carnes vermelhas doces massas sal etc

Satildeo alimentos pesados gordurosos que demoram a fazer digestatildeo com moleacuteculas complexas O idoso natildeo ingere porque pode passar mal e qualquer mal-estar deve ser evitado

Fonte Kuwae e outros (2015)

42

O Quadro 06 eacute uma forma geral de expressar o que eacute bom e o que eacute ruim para o

sujeito idoso no entanto essa questatildeo eacute relativa pois varia de organismo para

organismo e depende de questotildees culturais mas eacute amplamente aceito eacute que todos os

seres humanos precisam ter equiliacutebrio inclusive na alimentaccedilatildeo dessa forma comer

ou deixar de comer algo para se manter saudaacutevel depende do quatildeo equilibrado

encontra-se o organismo do sujeito (KUWAE et al 2015)

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE

Com a chegada da terceira idade vaacuterias doenccedilas inerentes aos sujeitos com idade

acima dos sessenta anos aparecem Identificar tais doenccedilas conhececirc-las de forma

detalhada para desenvolver formas de tratamento adequados satildeo objetivos centrais

para quem cuida do sujeito idoso juntamente com outros conhecimentos do idoso

como sua alimentaccedilatildeo seu dia-a-dia seus haacutebitos etc Tudo estaacute conectado e por

isso entender esse contexto facilita no momento de detalhar a doenccedila que acomete a

populaccedilatildeo idosa A seguir seraacute feito uma siacutentese das principais doenccedilas que

acometem sujeitos idosos (VERAS 2012)

261 Mal de Parkinson

A doenccedila do Mal de Parkinson eacute conhecida da humanidade haacute muito tempo A atual

descriccedilatildeo deu-se pelo Dr James Parkinson por volta do ano de 1817 e no Brasil

atinge cerca de 3 da populaccedilatildeo acima dos sessenta anos Constata-se a existecircncia

da doenccedila por intermeacutedio de anaacutelise cliacutenica observando na maioria dos casos

pessoas idosas uma rigidez muscular tremor mesmo estando em repouso alteraccedilatildeo

na postura dentre outros sintomas (PETERNELLA MARCON 2009)

Grosso modo o Mal de Parkinson eacute um distuacuterbio degenerativo do Sistema Nervoso

Central que afeta diversas funccedilotildees do sujeito sejam motoras sejam natildeo-motoras

Funccedilotildees que podem ser afetadas satildeo tremor de repouso bradicinesia rigidez

corporal instabilidade postural etc Seu diagnoacutestico eacute feito pelo quadro cliacutenico

observado e pela exclusatildeo de outras doenccedilas que se assemelham ao Mal de

Parkinson (PETERNELLA MARCON 2009)

43

Para falar com riqueza de detalhes a respeito de como funciona tal doenccedila vamos

utilizar as palavras de Sena e outros (2010) que diz

A DP eacute uma afecccedilatildeo crocircnico-degenerativa e progressiva de etiologia multifatorial que atinge majoritariamente pessoas idosas embora seja frequente acometecirc-las a partir dos 50 anos de idade beirando atualmente a casa dos 300000 portadores no Brasil A doenccedila atinge o sistema nervoso central mais especificamente a substacircncia negra responsaacutevel por controlar os movimentos do corpo A degradaccedilatildeo das ceacutelulas neuronais dopamineacutergicas acaba por resultar numa gama de sintomatologia como tremores rigidez muscular bradicinesia alteraccedilotildees posturais distuacuterbios na fala e na degluticcedilatildeo obstipaccedilatildeo transpiraccedilatildeo corporal incontinecircncia urinaria depressatildeo O tratamento que pode ser cliacutenico eou ciruacutergico visa ao controle dos sintomas por meio de medicamentos entre os quais se destaca a Levodopa um precursor da dopamina Outros grupos de faacutermacos tambeacutem satildeo utilizados como inibidores enzimaacuteticos agonistas dopamineacutergicos e anti-colineacutergicos Contudo a terapecircutica medicamentosa por si soacute natildeo eacute suficiente para manter o portador em melhores condiccedilotildees de bem-estar e qualidade de vida Por isso tratamentos e cuidados no miacutenimo de enfermagem fisioterapia fonoaudiologia e educaccedilatildeo fiacutesica satildeo imprescindiacuteveis como recursos complementares para ajudar o portador a preservar sua funcionalidade e permitir-lhe desempenhar as atividades da vida diaacuteria e manter o viacutenculo social tatildeo importantes para satisfazer suas necessidades psicossociais de apoio comunitaacuterio para o seu bem-estar e auto-estima (SENA et al 2010 p 94)

Na Figura 04 uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro a respeito de como funciona o Mal de

Parkinson

Figura 04 ndash Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Observa-se na Figura 04 o ceacuterebro de um sujeito normal sem a doenccedila em

comparaccedilatildeo com um sujeito que apresenta a doenccedila Na primeira situaccedilatildeo haacute a

44

existecircncia da substacircncia negra responsaacutevel por controlar as funccedilotildees motoras do

corpo conforme falado na descriccedilatildeo de Sena e outros Jaacute na segunda essa

substacircncia negra natildeo existe atestando a incapacidade motora do paciente

(ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Jaacute na Figura 05 representa-se o neurocircnio normal e um neurocircnio em paciente com a

doenccedila de Parkinson O neurocircnio normal produz a substacircncia dopamina que eacute

responsaacutevel pela conduccedilatildeo dos neurotransmissores Jaacute o neurocircnio afetado apresenta

uma pequena quantidade de dopamina o que afeta a transmissatildeo dos

neurotransmissores e com isso o paciente sofre os diversos males que foram

narrados (ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Figura 05 ndash Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

O detalhe mais pertinente para saber se haacute o surgimento da doenccedila eacute o surgimento

de incapacidades provenientes dos distuacuterbios motores Geralmente aqueles que

sofrem desta doenccedila natildeo se datildeo conta que estatildeo doentes o que precisa ser

observado por quem estar mais perto seja os familiares seja os cuidadores

(GONCALVES ALVAREZ ARRUDA 2007)

Mesmo com todo o desenvolvimento tecnoloacutegico existente no campo da sauacutede ainda

natildeo existe um remeacutedio para acabar com o Mal de Parkinson ou para bloquear o seu

aumento Os procedimentos atuais visam dar condiccedilotildees ao paciente que possui a

doenccedila de viver de forma independente e de manter seu psicoloacutegico forte por mais

tempo Isso eacute feito receitando a ele dopamina estriatal que pode ser aumentada agrave

45

medida que os efeitos da doenccedila vatildeo aumentando (GONCALVES ALVAREZ

ARRUDA 2007)

262 Doenccedila de Alzheimer

A doenccedila de Alzheimer descrita pela primeira vez em 1906 pelo Dr Alois Alzheimer

eacute uma doenccedila que ateacute os dias atuais natildeo apresenta cura e tende a se agravar ao

longo dos anos Eacute a patologia neurodegenerativa mais usual que acomete pacientes

acima dos 55 (cinquenta e cinco) anos e causa transtornos como perda de memoacuteria

desorientaccedilatildeo danos na linguagem falta de atenccedilatildeo e vaacuterias outras situaccedilotildees

constrangedoras (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER 2018)

Natildeo se conhece exatamente os motivos pelos quais a doenccedila surge mas eacute bem

conhecido algumas lesotildees que ocorrem no ceacuterebro de um paciente portador da

doenccedila e as principais lesotildees satildeo as placas senis os emaranhados neurofibrilares e

a reduccedilatildeo de ceacutelulas nervosas sendo certo que ela eacute a responsaacutevel por cinquenta por

cento dos casos de demecircncia em idosos (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE

ALZHEIMER 2018)

Muito embora a cura da doenccedila e a reversatildeo da deterioraccedilatildeo causada pela DA ainda natildeo tenham sido descobertas pesquisadores buscam o aperfeiccediloamento de tratamentos jaacute disponiacuteveis que visam agrave melhora cognitiva e diminuiccedilatildeo de sintomas comportamentais (Aacutevila 2003) Nesse caso a medicaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas cognitivas de reabilitaccedilatildeo aleacutem de informaccedilotildees sobre a doenccedila e o apoio a familiares e cuidadores eacute de suma importacircncia para reverter o quadro cliacutenico e sintomaacutetico da doenccedila (GONCALVES CARMO 2012 p 171)

Haacute uma forte tendecircncia da ciecircncia de tentar explicar o surgimento do Mal de Alzheimer

via geneacutetica pois uma porcentagem consideraacutevel dos pacientes que possuem a

doenccedila apresenta casos semelhantes na famiacutelia Outros fatores tambeacutem satildeo

considerados tais como aminoaacutecidos neurotoacutexicos uso indiscriminado do alumiacutenio

agentes infecciosos etc Abaixo na figura TC uma tentativa de explicaccedilatildeo dessa

doenccedila (SERENIKI VITAL 2008)

Na Figura 06 existe uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro de paciente normal e de um paciente

com a Doenccedila de Alzheimer Percebe-se que o ceacuterebro do paciente com a Doenccedila de

Alzheimer apresenta-se cheio de falhas

46

Figura 06 ndash Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

263 Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus (DM) eacute uma doenccedila crocircnica natildeo-transmitiacutevel que afeta uma

multidatildeo de pessoas em todo o mundo e se caracteriza por um aumento acentuado

da glicemia devido agrave falta de insulina que eacute fabricada pelo pacircncreas Haacute dois tipos

de diabetes um natural (Tipo 01) e outra adquirida (Tipo 02) A do Tipo 02 eacute causada

pela obesidade comidas gordurentas falta de exerciacutecios fiacutesicos e se mostra como o

mal moderno Jaacute a do tipo 01 jaacute nasce com o indiviacuteduo Em ambos os casos o

pacircncreas deixa de fabricar insulina que possui uma moleacutecula que quebra a moleacutecula

de glicose Com isso haacute um aumento de glicose no sangue e isso provoca diversos

danos em outros oacutergatildeos A insulina injetada entra para ajudar na eliminaccedilatildeo do accediluacutecar

excedente (BUSNELLO et al 2012)

De acordo com Vargas Lara e Mello-Carpes ldquono Brasil existem cerca de 500 mil

diabeacuteticos 450 mil fazendo uso da insulina e quase dois milhotildees desconhecendo ter

diabetes Aleacutem disso estima-se que em 2030 o nuacutemero de pessoas acometidas pela

DM dobraraacuterdquo Esses dados para o sujeito idoso satildeo extremamente preocupantes

tendo em vista a necessidade de cuidados constantes (VARGAS LARA MELLO-

CARPES 2014 p 869)

47

Idosos que apresentam a DM apresentam estrutura fiacutesica e emocional prejudicadas

com certa limitaccedilatildeo nos afazeres do dia-a-dia com limitaccedilatildeo na alimentaccedilatildeo e com

liberdade e autonomia afetadas Diferentemente das outras doenccedilas a DM eacute bem

mapeada e consegue-se ter um controle bastante apropriado para amenizar os efeitos

dessa doenccedila (VARGAS LARA MELLO-CARPES 2014)

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

A Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) eacute a doenccedila crocircnica natildeo transmitida mais

presente na vida dos idosos Trata-se de uma doenccedila que eleva a pressatildeo sanguiacutenea

a niacuteveis altiacutessimos e como consequecircncia faz com que o coraccedilatildeo tenha que exercer

uma atividade fora do padratildeo para conseguir fazer o sangue circular pelo corpo do

indiviacuteduo (LEAtildeO E SILVA et al 2013)

Ela aumenta paulatinamente agrave medida que o indiviacuteduo vai envelhecendo e eacute tida por

diversos especialistas como o principal fator de risco para o idoso podendo ocasionar

doenccedilas como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) o infarto do miocaacuterdio e vaacuterias

outras doenccedilas silenciosas Diversos fatores ocasionam um aumento na pressatildeo

arterial dentre eles os mais comuns satildeo o excesso de sal utilizado no dia-a-dia o

estresse etc (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Para um padratildeo de referecircncia com intuito de definir se um idoso apresenta uma

pressatildeo alta ou normal vaacuterios estudos sugerem valores diferentes o que acaba

sendo um ponto de debate interessante entre os especialistas da aacuterea conforme

relatado abaixo

Haacute grande controveacutersia na literatura em relaccedilatildeo ao ponto de corte para o qual a PA pode ser considerada controlada na populaccedilatildeo idosa principalmente nos idosos com idade mais avanccedilada (acima dos 80 anos) Estudos recentes sugerem uma meta de controle mais flexiacutevel (abaixo de 150 mmHg para a PAS e de 90 mmHg para a PAD) para esta faixa etaacuteria por evidenciarem que o controle mais rigoroso pode natildeo ser significativo na reduccedilatildeo das complicaccedilotildees associadas agrave doenccedila (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016 p 112)

Para se ter um controle dessa doenccedila importante salientar os haacutebitos de vida

saudaacuteveis associados com o acompanhamento meacutedico mediccedilatildeo das funccedilotildees vitais

do idoso controle sistemaacutetico porque essa doenccedila sendo uma doenccedila silenciosa

assintomaacutetica pode acarretar outras complicaccedilotildees tais como um Acidente Vascular

Cerebral (AVC) (JARDIM et al 2017)

48

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

A Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (ITU) eacute a inflamaccedilatildeo das vias urinaacuterias e eacute uma doenccedila

responsaacutevel por cerca de quarenta porcento das infecccedilotildees nosocomiais Eacute bastante

rotineira nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e sua probabilidade de ocorrecircncia

em homens idosos aumenta consideravelmente tendo em vista que ldquoA

instrumentaccedilatildeo das vias urinaacuterias ndash incluindo ndash se o cateterismo vesical ndash e a

ocorrecircncia de doenccedila prostaacutetica satildeo os fatores mais implicados no aumento da

incidecircncia no sexo masculinordquo (RORIZ-FILHO et al 2010 p 119)

A mulher idosa tambeacutem tem uma grande possibilidade de desenvolver tal doenccedila

tendo em vista as modificaccedilotildees funcionais da bexiga devido a diversos fatores que

ldquoassociados agraves mudanccedilas troacuteficas do epiteacutelio da mucosa vaginal e a presenccedila de

infecccedilatildeo genital facilitam o desenvolvimento de ITUrdquo (MARQUES MOREIRA

SANTOS 2010 p 151)

Para se ter um diagnoacutestico preciso acerca da Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio faz-se coleta

da urina do paciente e em seguida sua cultura o que leva alguns dias O diagnoacutestico

apresenta-se preciso apoacutes esse procedimento Existem outros exames a serem feitos

que apresentam resultados mais raacutepidos poreacutem natildeo tatildeo precisos Um deles eacute o

exame tipo I e o outro eacute a coloraccedilatildeo pelo meacutetodo Gram (VETTORE et al 2013)

Os principais sintomas que indicam que pode haver uma Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

satildeo urina com odor feacutetido disuacuteria com urgecircncia polaciuacuteria e urecircncia Esses sintomas

satildeo um indicativo muito forte de possibilidade de existecircncia de um quadro infeccioso

e somente pode-se comprovar apoacutes as anaacutelises que foram mencionadas (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010)

Para se fazer um tratamento adequado que apresente resultados de imediato haacute a

necessidade de se observar alguns fatores tais como ldquopresenccedila de comorbidade

fatores predisponentes sintomatologia e repercussatildeo sistecircmica da infecccedilatildeo assim

como para a interaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outros medicamentos []rdquo Importante

observar a relaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outras drogas pois o paciente idoso faz uso

de diversos produtos farmacecircuticos No Quadro 07 um exemplo de drogas que podem

ser utilizadas para o tratamento do idoso com Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010 p 156)

49

Quadro 07 ndash Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso DROGAS UTILIZADAS NA ITU NOS IDOSOS

I ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO INFERIOR (3 A 7 DIAS)

Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprima 160 mg de 12 12h

Norfloxacina 400 mg de 1212h

Ciprofloxacina 250 mg de 1212h

Levofloxacina 250 mg por dia

Nitrofurantoina 100 mg de 88h

II ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO SUPERIOR (14 DIAS)

Ciprofloxacina 500 mg EV de 1212h

Levofloxacina 500 mg EV por dia

Ceftriaxone 1g EV de 1212h

Piperacina soacutedica + Tazobactana soacutedica 225g EV de 88h

Fonte Marques Moreira e Santos (2010 p 158)

266 Osteoporose

A Osteoporose ldquo[] eacute uma doenccedila esqueleacutetica sistecircmica caracterizada por diminuiccedilatildeo

da massa oacutessea e deterioraccedilatildeo microarquitetural do tecido oacutesseo com consequente

aumento da fragilidade oacutessea e susceptibilidade agrave fraturardquo sendo a condiccedilatildeo mais

criacutetica da osteopenia Eacute uma doenccedila predominante em sujeitos idosos e consiste

grosso modo do enfraquecimento dos ossos o que pode levar a diversas

consequecircncias ao idoso A Figura 07 apresenta como ocorre essa doenccedila (LIMA et

al 2014 p 35)

Figura 07 ndash Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

50

Jaacute na Figura 08 tem-se uma vista mais ampla de como a osteoporose atua Pode-se

perceber que ela age deixando o osso em um formato esponjoso como se estivesse

oco como eacute popularmente conhecido tal doenccedila A ilustraccedilatildeo eacute do osso do quadril

mas eacute extensiacutevel a toda a estrutura oacutessea onde ocorrer a comorbidade (LIMA et al

2014)

Figura 08 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Existem diversos tipos de osteoporose que satildeo provocadas por vaacuterios fatores por

isso diz-se que eacute uma doenccedila multifatorial Basicamente satildeo divididas em primaacuteria

com tipos I e II e secundaacuteria a primeira eacute desenvolvida por causas naturais jaacute a

segunda eacute desenvolvida por meio de causas natildeo-naturais tais como a inflamaccedilatildeo

(CAMARGOS BOMFIM 2017)

Consequecircncias diversas podem surgir oriundas da osteoporose tais como ldquoperda da

massa deterioraccedilatildeo do tecido desarranjo da arquitetura e comprometimento da forccedila

oacutessea com aumento no risco de fraturardquo Ela atua de forma silenciosa e na maior parte

dos casos eacute descoberta somente quando ocorre algum acidente por mais simples que

seja com consequente fratura de algum osso do portador de tal doenccedila (BRASIL

2009 p 01)

51

Pode ser diagnosticada tratada e prevenida antes da ocorrecircncia de qualquer evento

que poderaacute comprometer a estrutura oacutessea de seu portador Ocorrendo algum

acidente este poderaacute afetar a estrutura fiacutesica do paciente deformaccedilatildeo no corpo como

um todo etc Na prevenccedilatildeo deve-se utilizar cerca de 1000mgdia de caacutelcio vitamina

D 400ndash800 Uldia ou algum medicamento tais como calcitonina bifosfonatos

raloxifeno e paratormocircnio (BRASIL 2017)

Haacute projeccedilotildees que dizem que cerca de 50 das mulheres e 20 dos homens com

idades acima dos 50 anos poderatildeo sofrer alguma fratura proveniente da osteoporose

ao longo de sua vida Como jaacute foi citado anteriormente a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

para o sujeito idoso e natildeo somente a estes mas ao ser humano em geral eacute uma

praacutetica altamente recomendada pelos profissionais da sauacutede devido agraves pesquisas

cientiacuteficas comprovarem as consequecircncias eficazes de quem se exercita e que por

isso eacute bastante recomendada para pacientes que possuem osteoporose (MOTA

SOUSA AZEVEDO 2012)

Nas palavras de Mota Sousa e Azevedo tem-se

Haacute uma forte correlaccedilatildeo entre a qualidade de vida dos idosos e a atividade fiacutesica pois com a degeneraccedilatildeo do sistema musculoesqueleacutetico nos idosos e a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional a praacutetica da atividade fiacutesica influecircncia no tratamento e na prevenccedilatildeo da osteoporose trazendo benefiacutecios como a melhoria do desempenho das capacidades funcionais o aumento da forccedila muscular e flexibilidade e uma consideraacutevel melhora da coordenaccedilatildeo motora (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012 p47)

Portanto uma forma de reduzir os efeitos que a osteoporose apresenta ao seu

portador eacute praticando exerciacutecios fiacutesicos diariamente que aliado agrave uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel e rica em caacutelcio pode-se gerar resultados bastante satisfatoacuterios

fortalecendo os muacutesculos revigorando o equiliacutebrio afastando a possibilidade de

atrofia pelo natildeo-uso do membro que esteja lesionado e com isso retardando a

desmineralizaccedilatildeo oacutessea (BRASIL 2017)

Outras precauccedilotildees deveratildeo ser administradas ao sujeito idoso portador da

osteoporose para evitar riscos de queda que satildeo os principais fatores complicadores

da sauacutede do idoso Tais procedimentos podem ser a retirada de objetos que podem

dificultar a mobilidade do sujeito idoso por onde anda evitar tapetes escorregadios

colocar materiais antiderrapantes nas superfiacutecies por onde o idoso se movimenta

facilitar o acesso ao banheiro etc (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012)

52

53

3 METODOLOGIA

Tendo a finalidade de desenvolver as propostas que foram apresentadas quando do

comeccedilo deste trabalho optou-se por fazer uma revisatildeo bibliograacutefica do tema sabendo

que essa eacute uma modalidade de pesquisa que se destina a concatenar e observar os

conhecimentos que jaacute foram publicados a respeito de um determinado assunto que

no caso em questatildeo eacute a Assistecircncia de Enfermagem ao sujeito idoso

De acordo com Mancini e Sampaio (2006 p 361 - 472) trabalhos de ldquoRevisotildees da

literatura satildeo caracterizadas pela anaacutelise e pela siacutentese da informaccedilatildeo disponibilizada

por todos os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema[]rdquo Tendo

em vista todos os estudos relevantes publicados por um determinado tema mas sem

limitaacute-lo pois como eacute de amplo conhecimento a quantidade de informaccedilotildees eacute infinita

daiacute a necessidade de se fazer uma limitaccedilatildeo temporal a respeito

Utilizou-se para o desenvolvimento do estudo os seguintes bancos de dados

Scientific Electronic Library (Scielo) Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) Descritores

em Ciecircncia da Sauacutede (DeCS) Ministeacuterio da Sauacutede e livros

Como criteacuterios de inclusatildeo foi estabelecido o uso de revistas acadecircmicas artigos

cientiacuteficos livros etc do ano de 2006 a 2017 Como criteacuterios de exclusatildeo optamos

por natildeo fazermos uso de materiais em liacutenguas estrangeiras materiais antigos

materiais incompletos e materiais que natildeo apresentam rigor cientiacutefico tais como

trabalhos acadecircmicos de revisatildeo

Por fim o presente estudo natildeo necessita de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica (CE) da

Universidade uma vez que as informaccedilotildees coletadas satildeo provenientes de materiais

de acesso puacuteblico e de conhecimento de todos os interessados

54

55

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO

Existem vaacuterias formas de se aplicar a Assistecircncia de Enfermagem e o que eacute utilizado

no Brasil por diversos motivos eacute o que foi desenvolvido em 1979 pela enfermeira e

pesquisadora paraense Wanda Horta atraveacutes de seu livro Processo de Enfermagem

(SILVA et al 2011)

Nas palavras de Silva e outros (2011 p 1381) percebe-se o caraacuteter cientiacutefico e seacuterio

do uso da Assistecircncia de Enfermagem Vejamos

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) eacute conceituada como um meacutetodo de prestaccedilatildeo de cuidados para a obtenccedilatildeo de resultados satisfatoacuterios na implementaccedilatildeo da assistecircncia com o objetivo de reduzir as complicaccedilotildees durante o tratamento de forma a facilitar a adaptaccedilatildeo e recuperaccedilatildeo do paciente O uso do meacutetodo requer o pensamento criacutetico do profissional que deve estar focado nos objetivos e voltado para os resultados de forma a atender as necessidades do paciente e de sua famiacutelia exigindo constante atualizaccedilatildeo habilidades e experiecircncia sendo orientado pela eacutetica e padrotildees de conduta Portanto eacute um modo de exercer a profissatildeo com autonomia baseada nos conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas uacuteltimas deacutecadas

Importante deixar claro o entendimento acerca do que eacute a Sistematizaccedilatildeo da

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem antes de aplicaacute-

los ao sujeito idoso pois tais conceitos satildeo aplicados de forma geral na enfermagem

Todo o profissional de enfermagem precisar ter bem solidificado tais conceitos para

que possam se tornar profissionais competentes e antenados com a real situaccedilatildeo de

seu paciente (GARCIA 2016)

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

A sistematizaccedilatildeo eacute normatizada pela resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN) juntamente com o Processo de Enfermagem (PE) Eacute

entendido como sendo a responsaacutevel por ldquoorganizar o trabalho profissional quanto ao

meacutetodo pessoal e instrumentos tornando possiacutevel a operacionalizaccedilatildeo do processo

de Enfermagemrdquo (BRASIL 2009 p 01)

Garcia (2016) fala a respeito do amplo uso das teacutecnicas da SAE Vejamos

56

Especialmente quando analisamos a dimensatildeo assistencial da praacutetica reconhecemos haver uma ampla gama de situaccedilotildees vivenciadas no cotidiano de cuidados agrave clientela envolvendo a necessidade de sistematizaccedilatildeo da assistecircncia e de aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem aspectos substantivos da profissatildeo (GARCIA 2016 p 05)

A Sistematizaccedilatildeo de Assistecircncia da Enfermagem (SAE) aplicada ao idoso torna-se

dessa forma uma tentativa de fornecer uma assistecircncia de qualidade e personalizada

ao idoso por isso padroniza-se a entrevista que o profissional de enfermagem faz ao

paciente com o intuito de saber a real situaccedilatildeo do cliente Para se fazer tal

assistecircncia o profissional de enfermagem precisa da ajuda do Processo de

Enfermagem que complementa a SAE (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

412 Processo de Enfermagem

Eacute definido como sendo ldquoum instrumento metodoloacutegico que orienta o cuidado do

profissional de enfermagem e a documentaccedilatildeo da praacutetica profissionalrdquo e eacute dividido

em cinco etapas que abaixo satildeo escritas conforme resoluccedilatildeo ndeg 3582009 O Quadro

08 apresentada cada etapa do Processo de Enfermagem (PE) (BRASIL 2009 p 01)

Quadro 08 ndash Etapas do processo de enfermagem PROCESSO DE ENFERMAGEM

ETAPA DESCRICcedilAtildeO

COLETA DE DADOS

Essa eacute a primeira etapa do processo de enfermagem e consiste em colher todos os dados possiacuteveis do paciente valendo de teacutecnicas variadas e com a maior precisatildeo possiacutevel para um melhor atendimento do paciente Importante nessa fase coletar informaccedilotildees por parte da famiacutelia dos pacientes para que as informaccedilotildees possam ser confirmadas devido ser de fontes diversas

DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

Apoacutes a coleta dos dados o profissional de enfermagem passa a processar as informaccedilotildees e interpretando-as para que possa ter a tomada de decisatildeo mais eficaz para o paciente Essa etapa consiste em descrever exatamente o que o paciente tem e funciona como base para a accedilatildeo do profissional de enfermagem

PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Nessa etapa o profissional determina o que espera alcanccedilar de resultados quando das devidas intervenccedilotildees apoacutes a etapa anterior Aqui o profissional cria uma espeacutecie de roteiro para certificar-se do que poderaacute ocorrer

IMPLEMENTACcedilAtildeO Nessa etapa o profissional coloca em praacutetica o que foi decido nas etapas anteriores

AVALIACcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Trata-se de um processo contiacutenuo e analiacutetico no qual o profissional observa o seu paciente fazendo as devidas anotaccedilotildees do quadro dele para posterior mudanccedila das implementaccedilotildees Todo esse processo eacute dinacircmico e por isso o profissional precisa estar atento ao paciente durante todo instante em que ele esteja sob seus cuidados

Fonte Brasil (2009) (Adaptado pela autora)

57

A Figura 09 ilustra o que foi dito a respeito do Processo de Enfermagem no Quadro

08

Figura 09 ndash Processo de Enfermagem

Fonte Autoria proacutepria (2018)

Como pode-se inferir do Quadro 08 descrito desenvolver e aplicar a Sistematizaccedilatildeo

da Assistecircncia de Enfermagem de acordo com o Processo de Enfermagem eacute um

processo que exige muita disciplina e conhecimento do profissional de enfermagem

pois eacute sabido que se trata de um processo teacutecnico-cientiacutefico e somente o enfermeiro

habilitado poderaacute exercitar cada uma das fases que se mostram em conjunto A sua

separaccedilatildeo conforme descrita acima eacute apenas para efeitos didaacuteticos (GARCIA 2016)

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos

Para aplicar a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem e o Processo de

Enfermagem ao sujeito idoso o profissional de enfermagem tem a necessidade de

seguir procedimentos descritos principalmente na NANDA Internacional que se

tornou a principal fonte de diagnoacutesticos de enfermagem e que ldquofavorece a

58

identificaccedilatildeo de estrateacutegias para elevar a qualidade da assistecircncia e contribuir na

formaccedilatildeo de recursos humanosrdquo (KOKUDAI ALVARENGA 2010 p03)

A NANDA eacute dividida em diversos toacutepicos e assim resolvemos separar conforme

Quadro 09 os cuidados necessaacuterios de acordo com cada doenccedila predominante na

terceira idade que foi comentada neste trabalho As descriccedilotildees natildeo se limitam ao que

foi dito pois colocamos apenas algumas situaccedilotildees devido agrave enorme quantidade de

situaccedilotildees diagnoacutesticos e cuidados existentes

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continua)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Hipertensatildeo Arterial

Sistecircmica

Risco de desequiliacutebrio eletroliacutetico

Risco de mudanccedila nos niacuteveis de eletroacutelitos seacutericos capaz de comprometer a sauacutede

Estilo de vida sedentaacuterio Trata-se de um estilo de vida sem a praacutetica de atividades fiacutesicas

Ansiedade

Trata-se de um sentimento desgastante que assola o seu portador diante da expectativa de notiacutecias ou de situaccedilotildees estressantes e novas Pode-se considerar como um sinal de alerta que o organismo desenvolveu para deixar o indiviacuteduo atento em condiccedilotildees de periacuteodo de toda sorte

Padratildeo de sono prejudicado

Devido a fatores externos o indiviacuteduo natildeo possui uma rotina constante e linear de sono sendo que existe a condiccedilatildeo de dormeacorda que prejudica o organismo como um todo

Nutriccedilatildeo desequilibrada

O sujeito alimenta-se de nutrientes que em muitos casos satildeo em excesso ocasionando armazenamento de energia em formato de gordura

Mal de Parkinson

Problemas Motores

Risco de queda Facilidade com que o sujeito tem de desequilibrar e cair o que pode causar enormes danos

Bradicinesia Lentidatildeo de respostas fiacutesicas e psiacutequicas

Mobilidade fiacutesica prejudica

Limitaccedilatildeo no movimento fiacutesico independente e voluntaacuterio do corpo ou de uma ou mais extremidades

Problemas Natildeo-

motores

Demecircncia Enfraquecimento das faculdades intelectuais diante de lesotildees no ceacuterebro

Ansiedade

Vago e incocircmodo sentimento de desconforto ou temor acompanhado por resposta autonocircmica (a fonte eacute frequentemente natildeo especiacutefica ou desconhecida para o indiviacuteduo) sentimento de apreensatildeo causada pela antecipaccedilatildeo de perigo Eacute um sinal de alerta que chama a atenccedilatildeo para um perigo iminente e permite ao indiviacuteduo tomar medidas para lidar com a ameaccedila

59

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continuaccedilatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Alzheimer

Deacuteficit no autocuidado Capacidade prejudicada de realizar ou completar as atividades de banho por si mesmo

Mobilidade fiacutesica prejudicada Limites para movimentar-se seja com movimento voluntaacuterios ou involuntaacuterios

Insuficiecircncia na capaci-dade do a-dulto para melhorar

Depressatildeo Deterioraccedilatildeo funcional progressiva de natureza fiacutesica e cognitiva A capacidade do indiviacuteduo de viver com doenccedilas multissistecircmicas enfrentar os problemas decorrentes e controlar o seu cuidado estaacute notavelmente diminuiacuteda

Decliacutenio da memoacuteria

Distuacuterbio de sono Dificuldade para dormir em periacuteodos prolongados

Confusatildeo crocircnica

Deterioraccedilatildeo irreversiacutevel das faculdades mentais de forma prolongada O indiviacuteduo passa a natildeo perceber os fatores externos que podem indicar algo tal como perigo atenccedilatildeo moral e tantos outros Apresenta distuacuterbios na memoacuteria passando a natildeo mais reconhecer e nem lembrar de coisas e pessoas

Diabetes Mellitus

Autocontrole ineficaz

da sauacutede

Natildeo consegue se controlar e agir conforme necessidade para ter uma sauacutede plena e satisfatoacuteria ou seja natildeo consegue cuidar de si

Perfusatildeo tissular perifeacuterica ineficaz

Reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo sanguiacutenea para a periferia capaz de comprometer a sauacutede

Risco de Infecccedilatildeo

Risco de ter em seu organismo elementos estranhos e que possam danificar a sua sauacutede

Risco de olho seco

Risco de desconforto ocular ou dano agrave coacuternea e agrave conjuntiva devido agrave quantidade reduzida ou agrave qualidade das laacutegrimas para hidratar o olho

Risco de glicemia instaacutevel Natildeo possui uma estabilidade padratildeo em seu niacutevel glicecircmico devido agrave quantidade de glicose no sangue

Infecccedilotildees do trato

urinaacuterio

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Eliminaccedilatildeo urinaacuteria prejudicada Disfunccedilatildeo na eliminaccedilatildeo da urina

Risco de siacutendrome do desuso Devido agrave falta de uso de algum membro do corpo corre-se o risco desse membro atrofiar-se

Risco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircncia

Risco de perda involuntaacuteria de urina que ocorre imediatamente apoacutes uma forte sensaccedilatildeo de urgecircncia para urinar

Conforto prejudicado Percebe-se que inexiste a sensaccedilatildeo de conforto nas dimensotildees do ser humano

Osteoporose

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Risco de constipaccedilatildeo Possibilidade de diminuiccedilatildeo na frequecircncia normal de evacuaccedilatildeo paralela a uma dificuldade de eliminaccedilatildeo das fezes

60

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (conclusatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Osteoporose

Risco para quedas Estado em que o indiviacuteduo tem uma suscetibilidade para quedas aumentada

Mobilidade fiacutesica prejudicada Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute prestes a apresentar limitaccedilotildees dos movimentos fiacutesicos poreacutem ainda natildeo se encontra imoacutevel

Andar prejudicado Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute em risco de apresentar limitaccedilatildeo para andar

Fonte Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA (2013) Santos e outros (2017) Mattos e outros (2011) (Adaptado pela autora)

Saber utilizar os Diagnoacutesticos de Enfermagem corretamente e que satildeo padronizados

eacute bastante eficaz aceito e exigido para evitar que o profissional de enfermagem crie

mecanismos subjetivos de cuidados pois se assim ocorresse haveria um caos na

enfermagem com cada profissional atuando conforme melhor lhe for apresentado

(SOUZA ALVES PASSOS 2010)

A utilizaccedilatildeo do Diagnoacutestico de Enfermagem padronizado eacute um instrumento necessaacuterio

para evitar que os profissionais de enfermagem fragmentem os cuidados e os dilemas

dos pacientes deixando de observaacute-los como um todo e na grande maioria dos casos

prescrevendo cuidados que natildeo possuem nenhuma relaccedilatildeo com os problemas

relatados Dessa forma pode-se observar o Diagnoacutestico de Enfermagem como uma

ferramenta de trabalho altamente eficaz em seu uso cotidiano pois fornece ao

profissional de enfermagem um planejamento pautado no histoacuterico de atuaccedilatildeo pois

uma vez que os problemas sejam conhecidos mapeados e anotados torna-se mais

eficaz e otimizado o processo do cuidado em toda a sua plenitude Por essa oacutetica

constata-se como eacute importante o Diagnoacutestico de Enfermagem para o sujeito idoso

pois consegue construir todo um conjunto de atuaccedilatildeo para o cuidado sempre visando

o bem-estar do idoso (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso

Depois de ter feito o diagnoacutestico de enfermagem do sujeito idoso e de ter descoberto

as suas comorbidades o profissional de enfermagem precisa entatildeo fazer as devidas

intervenccedilotildees Tais intervenccedilotildees satildeo tratadas como prescriccedilotildees de enfermagem e

possuem um campo de atuaccedilatildeo mapeado para natildeo sobrepor ao trabalho do meacutedico

(FAEDA PERROCA 2017)

61

Ainda de acordo com a resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de Enfermagem

(COFEN) o Art 4ordm assim determina

Ao enfermeiro [] incumbe a lideranccedila na execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do Processo de Enfermagem de modo a alcanccedilar os resultados de enfermagem esperados cabendo-lhe privativamente o diagnoacutestico de enfermagem acerca das respostas da pessoa famiacutelia ou coletividade humana em um dado momento do processo sauacutede e doenccedila bem como a prescriccedilatildeo das accedilotildees ou intervenccedilotildees de enfermagem a serem realizadas face a essas respostas (BRASIL 2009 p 03)

Ou seja o profissional de enfermagem tem ampla prerrogativa para desenvolver a

Prescriccedilatildeo de Enfermagem baseado nos protocolos e nos estudos que desenvolveu

na Universidade Dentre os vaacuterios diagnoacutesticos possiacuteveis para o sujeito idoso em

diversas situaccedilotildees iremos nos concentrar em somente aqueles que aqui foram

discutidos Faz-se necessaacuterio observar que a Prescriccedilatildeo de Enfermagem eacute uma

ferramenta de uso dinacircmico Entende-se de uso dinacircmico a ideia de que o profissional

de enfermagem natildeo pode descuidar do seu paciente tendo a necessidade de sempre

observaacute-lo e atualizar o que surgir de novo para que possa estar sempre atualizando

o estado de sauacutede do cliente (FAEDA PERROCA 2017)

Abaixo no Quadro 10 tem-se a Prescriccedilatildeo de Enfermagem para as doenccedilas que

foram discutidas neste trabalho Vale ressaltar que existem diversas doenccedilas que

acometem o sujeito idoso mas vamos nos ater apenas nas principais que foram

tratadas uma vez que satildeo o objeto limitador de estudo deste trabalho (MOROZ

KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (continua)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

Mudanccedila no estilo de vida dos pacientes idosos Eliminaccedilatildeo do uso do sal Controle do peso Controle da ansiedade Praacutetica diaacuteria de atividades fiacutesicas Uso adequado dos medicamentos Abstinecircncia ao fumo e ao aacutelcool

Mal de Parkinson

Programa de exerciacutecios diaacuterios para aumentar a forccedila muscular o que iraacute melhorar a coordenaccedilatildeo e a destreza reduzindo a rigidez muscular Encorajar ensinar e incentivar o cliente durante os exerciacutecios da vida diaacuteria para promover o autocuidado Encorajar o paciente a seguir um padratildeo de horaacuterio regular aumentando a consciecircncia para a ingestatildeo de liacutequidos e a ingestatildeo de alimentos com um conteuacutedo de fibra moderado Monitorar o peso semanalmente indicando se a absorccedilatildeo caloacuterica eacute adequada Desenvolver meacutetodo de comunicaccedilatildeo para satisfazer as necessidades do paciente encorajar o paciente a participar de programas sociais para evitar a depressatildeo

62

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (conclusatildeo)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Alzheimer Orientar a higiene corporal e higiene oral Medidas de prevenccedilatildeo de lesatildeo por pressatildeo Mudanccedila de decuacutebito Administraccedilatildeo de medicaccedilatildeo ansioliacutetica conforme prescriccedilatildeo meacutedica Proporcionar alimentaccedilatildeo saudaacutevel (frutas e legumes) em poucas quantidades vaacuterias vezes ao dia Ajudar no autocuidado Incentivar o autocuidado a comunicaccedilatildeo verbal a cogniccedilatildeo e a memoacuteria atraveacutes de jogos leituras e atividades luacutedicas Auxiliar a famiacutelia no entendimento e no enfrentamento da patologia

Diabetes Mellitus

Fornecer informaccedilotildees ao paciente Desenvolver um plano de ensino para o paciente Avaliar as estrateacutegias de enfrentamento para o paciente e tranquiliza-lo Determinar os meacutetodos de ensino para o paciente Avaliar as habilidades e comportamentos de autocuidado dos pacientes Monitorar pacientes experientes ateacute que eles natildeo cometam erros no autocuidado Instruir pacientes e familiares a reconhecer os sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia

Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

Orientar ao paciente da necessidade do uso adequado do medicamento dos horaacuterios da quantidade e das vias de administraccedilatildeo Orientar os idosos e familiares quanto aos resultados da medicaccedilatildeo Manter o registro da frequecircncia da incontinecircncia urinaacuteria registrar mudanccedilas da pressatildeo arterial do estado mental e das habilidades funcionais Realizar as medidas terapecircuticas Realiza treinamento da bexiga

Osteoporose

Deixar o paciente e o membro afetado em repouso Imobilizar o local da fratura para evitar movimentos Repousar o paciente em uma cama ortopeacutedica Deixar o local da fratura em posiccedilatildeo elevada Aplicar as medicaccedilotildees que foram receitadas Documentar todos os relatos de dores deixando claro onde ocorre e as caracteriacutesticas Incentivar o paciente a discutir os problemas relacionados agrave lesatildeo Medicar antes das atividades de cuidado Revisar a patologia fazendo prognoacutesticos e expectativas futuras Discutir o regime medicamentoso individual de forma apropriada Encorajar exerciacutecios brandos Monitorar a ingestatildeo de alimentos Auxiliar lentamente a pessoa a sentar Aumentar a motilidade dos membros Reduzir ou eliminar os fatores que aumentam a experiecircncia dolorosa

Fonte Florecircncio e outros (2012) Mattos e outros (2011 p 443) Menezes e outros (2013 p04) Tosin e outros (2016) Santos e outros (2017) (Adaptado pela autora)

Agir de acordo com as prescriccedilotildees de enfermagem que aqui foram desenvolvidas

proporciona ao sujeito idoso uma melhoria em sua qualidade de vida e dessa forma

consegue viver a terceira idade com plena satisfaccedilatildeo e alegria sem perder de vista a

extrema necessidade de cuidados constantes que a condiccedilatildeo de sujeito idoso lhe

obriga (LIRA et al 2013)

Conclui-se do que foi apresentado no quadro 10 que o profissional de enfermagem

deteacutem uma importante funccedilatildeo em sua aacuterea de atuaccedilatildeo e que precisa estar sempre

estudando se atualizando das novidades meacutedicas para poder oferecer um bom

cuidado ao seu cliente idoso seja no ambiente hospitalar seja no ambiente de abrigo

de idosos ou no proacuteprio lar do idoso (FAEDA PERROCA 2017)

Diante de todo o estudo realizado acerca do sujeito idoso e da relaccedilatildeo do profissional

de enfermagem com o seu paciente idoso conseguimos ter alguns resultados

63

satisfatoacuterios que a seguir seratildeo apresentados sem a necessidade de estarem em

ordem de prioridade ou seja todos satildeo importantes

64

65

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Envelhecer eacute um verbo que a todos afeta independentemente de sexo raccedila cor etc

Haacute no entanto duas formas de se envelhecer com sauacutede e sem sauacutede Mesmo

diante dessas duas formas de envelhecimento envelhecer com qualidade eacute precioso

para o indiviacuteduo pois dessa forma consegue se aceitar como velho consegue

suportar as doenccedilas que satildeo proacuteprias da terceira idade Consegue ver vantagem em

ser velho

Para se envelhecer com qualidade necessaacuterio eacute que o sujeito tenha uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel que se abstenha de viacutecios que satildeo danosos ao organismo que consiga ter

equiliacutebrio em sua vida pessoal psicoloacutegica iacutentima e em tantos outros campos ou seja

que tenha harmonia em tudo O apoio familiar torna-se primoroso nessa etapa da vida

Ter ao lado quando se estaacute fragilizado devido a velhice pessoas que ama que confia

e por quem eacute amado eacute uma forma de envelhecer com bastante qualidade

O profissional de enfermagem tem um papel fundamental junto a pessoas idosas pois

em muitos casos torna-se seu cuidador principal quando a famiacutelia natildeo pode cuidar

de seu idoso por motivos diversos ou quando o idoso se encontra sozinho sem

famiacutelia e sem amigos Por isso importante ter preparo com pessoas idosas entender

bem o processo de envelhecimento estar sempre atualizado diante das doenccedilas que

atingem os sujeitos idosos

Eacute um trabalho que demanda muito amor por parte do profissional e que por isso natildeo

basta apenas o entender racional de todos os procedimentos precisa ter sentimentos

proacutesperos de ajuda ao proacuteximo e seguir os princiacutepios norteadores de Wanda de

Aguiar Horta para quem a enfermagem foi o maior bem de sua vida pois cuidava de

seus pacientes como se fossem seus filhos

Considerando a taxa de envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira vale destacar

tambeacutem a abertura de mercado gerontoloacutegico para o profissional de enfermagem

Percebemos que com a taxa de envelhecimento da sociedade brasileira acelerada

a demanda por profissionais de enfermagem iraacute aumentar consideravelmente tendo

em vista a necessidade desse profissional para a praacutetica do cuidado com o sujeito

idoso

66

Discussotildees mais aprofundadas em torno do sujeito idoso precisam ser realizadas nas

academias com o intuito de formar profissionais competentes e com entendimento

desse setor pois conforme foi falado eacute um capo em franco crescimento devido ao

envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira Quanto mais capacitado for o profissional

melhor colocaccedilatildeo obteraacute no mercado de trabalho e melhores cuidados conseguiraacute

dispor em favor do paciente idoso

67

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ACIOLE Giovanni Gurgel BATISTA Lucia Helena Promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de incapacidades funcionais dos idosos na estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia a contribuiccedilatildeo da fisioterapia Sauacutede debate Rio de Janeiro v 37 n 96 p 10-19 mar 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-11042013000100003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON O que eacute Parkinson Disponiacutevel em lt

httpwwwparkinsonorgbrgt Acesso em 04 de junho de 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER O que eacute o Alzheimer Disponiacutevel em lt httpwwwabrazorgbrindexphppage=alzheimergt Acesso em 04 de junho de 2018 BAPTISTA Rafael Reimann VAZ Marco Aureacutelio Arquitetura muscular e o envelhecimento adaptaccedilatildeo funcional e aspectos cliacutenicos revisatildeo de literatura Fisioterapia e Pesquisa Satildeo Paulo v16 n4 p368-73 outdez 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdffpv16n415pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 BRASIL Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Osteoporose Boletim Sauacutede e Economia Ano I ndash Ediccedilatildeo nordm 1 agosto de 2009 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt

httpportalanvisagovbrdocuments33884412285Boletim+SaC3BAde+e+Economia+nC2BA+17d49dea4-6610-4a71-9154-c4df75c3dd53gt Acesso em 25 de maio de 2018 BRASIL Cacircmara dos Deputados Estatuto do Idoso Ministeacuterio da Sauacutede - 3 ed 2 reimpr - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2013 70 p ______ Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos Guia de Vigilacircncia em Sauacutede volume uacutenico [recurso eletrocircnico] Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos 2ordf Ed Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2017 705 p Disponiacutevel em lthttpportalarquivos2saudegovbrimagesPDF2017outubro16Volume-Unico-2017pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 ______ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica A Siacutentese dos Indicadores Sociais Uma Anaacutelise das Condiccedilotildees de Vida da Populaccedilatildeo Brasileira - 2016 Disponiacutevel em lthttpswwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimossinteseindicsociais2016defaultshtmgt Acesso em 06 de abril de 2018 ______ Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo nordm 358 do Conselho Federal de Enfermagem 15 de outubro de 2009 (BR) 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384htmlgt Acesso em 27 de abril de 2018

68

BUSNELLO Roberta et al Niacutevel de conhecimento de idosos sobre diabetes mellitus e sua percepccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave qualidade de vida Rev Kairoacutes Gerontologia 201215(3)81-94 Disponiacutevel em lthttpsrevistaspucspbrindexphpkairosarticleviewFile784011432gt Acesso em 23 de abril de 2018 CAMARGOS Mirela Castro Santos BOMFIM Wanderson Costa Osteoporose e Expectativa de Vida Saudaacutevel estimativas para o Brasil em 2008 Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 25 n 1 p 106-112 mar 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2017000100106amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de maio de 2018 CLARES Jorge Wilker Bezerra FREITAS Maria Ceacutelia de PAULINO Monnyck Hellen Couto Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem ao idoso institucionalizado fundamentada em Virginia Henderson Rev Rene (Online) 14(3) 649-658 maio ndash junho de 2013 Disponiacutevel em lt httppesquisabvsaludorgenfermagemresourceptbde-24492gt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 CORDEIRO Juliana et al Efeitos da atividade fiacutesica na memoacuteria declarativa capacidade funcional e qualidade de vida em idosos Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 3 p 541-552 Sept 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000300541amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA [recurso eletrocircnico] definiccedilotildees e classificaccedilatildeo 2012-2014 [NANDA International] traduccedilatildeo Regina Machado Garcez revisatildeo teacutecnica Alba Lucia Bottura Leite de Barros [et al] ndash Dados eletrocircnicos ndash Porto Alegre Artmed 2013 Centro Avanccedilado de Medicina Preventiva ENVELHECIMENTO - Sob o ponto de vista esteacutetico e meacutedico 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwcamepcombrenvelhecimentogt Acesso em 23 maio 2018 ENFERMEIRO aprendiz As Orientaccedilotildees de Enfermagem em Osteoporose 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwenfermeiroaprendizcombras-orientacoes-de-enfermagem-em-osteoporosegt Acesso em 25 maio 2018 ESQUENAZI Danuza SILVA R Boiccedila da GUIMARAtildeES Marco Antocircnio (2014) Aspectos fisiopatoloacutegicos do envelhecimento humano e quedas em idosos Rev Hosp Univ Pedro Ernesto 13(2)11-20 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg1012957rhupe201410124gt Acesso em 04 de junho de 2018 FAEDA Mariacutelia Silveira PERROCA Maacutercia Galan Conformidade na prescriccedilatildeo de enfermagem agraves necessidades de cuidados concepccedilatildeo de enfermeiros Rev Bras Enferm Brasiacutelia v 70 n 2 p 400-406 Apr 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672017000200400amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 May 2018

69

FILHO Mario Alves de Siqueira Envelhecimento e muacutesculo esqueleacutetico forccedila muscular atividade proteassomal e sinalizaccedilatildeo relacionada ao balanccedilo proteacuteico 2012 68 p Tese apresentada ao programa de poacutes-graduaccedilatildeo em fisiologia humana (Doutor em ciecircncias) - Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis4242137tde-12062013-102648enphpgt Acesso em 10 abr 2018 FONSECA Emiacutelio Prado da et al Mortalidade por cacircncer bucal e orofaringe no Brasil entre 2002 e 2011 Revista da Faculdade de Ciecircncias Gerenciais de Manhuaccedilu Manhuaccedilu MG v 11 n 2 p 08-17 Agosto-Dezembro 2014 Disponiacutevel em lthttppensaracademicofacigedubrindexphppensaracademicoarticleview216gt Acesso em 04 de junho de 2018 FLOREcircNCIO Raquel Sampaio et al Adesatildeo ao idoso ao tratamento para hipertensatildeo arterial e intervenccedilotildees de enfermagem Rev Rene 2012 13(2) 343-53 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicosufcbrrenearticleviewFile39243114gt Acesso em 22 de abril de 2018 GARCIA Telma Ribeiro Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem aspecto substantivo da praacutetica profissional Esc Anna Nery Rio de Janeiro 2016 20(1) 5-10 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeanv20n11414-8145-ean-20-01-0005pdfgt Acesso em 27 de abril de 2018 GUERRA Ana Carolina Lima Cavaletti CALDAS Ceacutelia Pereira Dificuldades e recompensas no processo de envelhecimento a percepccedilatildeo do sujeito idoso Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2931-2940 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600031amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 GONCALVES Lucia Hisako Takase ALVAREZ Angela Maria ARRUDA Micheli Coral Pacientes portadores da doenccedila de Parkinson significado de suas vivecircncias Acta paul enferm Satildeo Paulo v 20 n 1 p 62-68 Marccedilo 2007 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002007000100011amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 GONCALVES Endy-Ara Gouvea CARMO Joatildeo dos Santos Diagnoacutestico da doenccedila de Alzheimer na populaccedilatildeo brasileira um levantamento bibliograacutefico Rev Psicol Sauacutede Campo Grande v 4 n 2 p 170-176 dez 2012 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S2177-093X2012000200010amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 JARDIM Luciana Muniz Sanches Siqueira Veiga et al Tratamento Multiprofissional da Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica em Pacientes Muito Idosos Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 108 n 1 p 53-59 Jan 2017 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0066-782X2017000100053amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 JUSTO Joseacute Sterza ROZENDO Adriano da Silva A velhice no Estatuto do Idoso Estud pesqui psicol Rio de Janeiro v 10 n 2 p 471-489 ago 2010

70

Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1808-42812010000200012amplng=ptampnrm=isogt acessos em 22 abr 2018 KOKUDAI Laiacutes Aparecida ALVARENGA Maacutercia Regina Martins Classificaccedilatildeo das necessidades de sauacutede de idosos de acordo com a taxonomia NANDA 2010 Rev Anais do Eniac 6 p Disponiacutevel em lthttpsanaisonlineuemsbrindexphpenicarticleview13241337gt Acesso em 30 de abril de 2018 KUWAE Christiane Ayumi et al Concepccedilotildees de alimentaccedilatildeo saudaacutevel entre idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ normas nutricionais normas do corpo e normas do cotidiano Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 18 n 3 p 621-630 Sept 2015 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232015000300621amplng=enampnrm=isogt Acesso em 20 de maio de 2018 LEAO E SILVA Leonardo Oliveira et al Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica Representaccedilotildees Sociais de idosos sobre a doenccedila e seu tratamento Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 21 n 2 p 121-128 June 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2013000200004amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 de maio de 2018 LIMA Deborah Mendonccedila et al A hipovitaminose B12 eacute fator de risco para desenvolvimento de osteoporose Anais do Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - 1 ed - Satildeo Paulo AC Farmacecircutica 2014 Disponiacutevel em lthttpssbggorgbrwp-contentuploads2014101479477498_Anais_CBGG_-_Verso_finalpdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 LIRA Luana Nogueira et al Histoacuterico de enfermagem para idosos hospitalizados base para diagnoacutesticos e prescriccedilotildees Rev enferm UFPE on line Recife 7(8) 5198-206 ago 2013 Disponiacutevel em lthttpsperiodicosufpebrrevistasrevistaenfermagemarticleviewFile1179314165gt Acesso em 22 de maio de 2018 MANCINI Marisa Cotta SAMPAIO Rosana Ferreira Quando o objeto de estudo eacute a literatura estudos de revisatildeo Rev bras fisioter Satildeo Carlos v 10 n 4 Dec 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-35552006000400001amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 MARQUES Luiz Paulo Joseacute MOREIRA Rosa Maria Portella SANTOS Omar da Rosa Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio nos idosos Satildeo Paulo Editora Sarvier 2010 p 150 ndash 154 Disponiacutevel em lthttpswwwresearchgatenetpublication283487098_INFECCAO_DO_TRATO_URINARIO_NOS_IDOSOSgt Acesso em 30 de abril de 2018 MATTOS Carine Magalhatildees Zanchi de et al Processo de enfermagem aplicado a idosos com alzheimer que participam do projeto estrateacutegias de reabilitaccedilatildeo Estud Interdiscipl Envelhec Porto Alegre v16 ediccedilatildeo especial p 433-447 2011 Disponiacutevel em

71

lthttpseerufrgsbrindexphpRevEnvelhecerarticleview1792116307gt Acesso em 22 de maio de 2018 MACIEL Marcos Gonccedilalves Atividade fiacutesica e funcionalidade do idoso Motriz rev educ fis (Online) Rio Claro v 16 n 4 p 1024-1032 Dec 2010 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1980-65742010000400023amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de junho de 2018 MENEZES Luiza Tereza Gadelha de et al ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA In Congresso Nacional de Envelhecimento Humano 2016 Natal - RN ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA [Sl sn] 2016 p 1-6 Disponiacutevel em lthttpwwweditorarealizecombrrevistascnehtrabalhosTRABALHO_EV054_MD4_SA4_ID558_17082016145144pdfgt Acesso em 22 maio 2018 MORAIS Olga Nazareacute Pantoja de Grupos de idosos atuaccedilatildeo da psicogerontologia no enfoque preventivo Psicol cienc prof Brasiacutelia v 29 n 4 p 846-855 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-98932009000400014amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 06 abr 2018 MOTA Leandro Silva SOUSA Elton Geraldo de AZEVEDO Francisco Honeidy Carvalho Intercorrecircncias da osteoporose na qualidade de vida dos idosos Revista Interdisciplinar NOVAFAPI Teresina v5 n2 p44-49 Abr-Mai-Jun 2012 Disponiacutevel em lthttpsrevistainterdisciplinaruninovafapiedubrrevistainterdisciplinarv5n2revrev1v5n2pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 MOROZ Maisa Bastos KLUTHCOVSKY Ana Claudia Garabeli Cavalli SCHAFRANSKI Marcelo Derbli Controle de pressatildeo arterial em idosas hipertensas em uma Unidade de Sauacutede da Famiacutelia e fatores associados Cad Sauacutede Colet 2016 Rio de Janeiro 24 (1) 111-117 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcadscv24n11414-462X-cadsc-24-1-111pdfgt Acesso em 23 de abril de 2018 PEREIRA Erico Felden TEIXEIRA Clarissa Stefani ETCHEPARE Luciane Sanchotene O envelhecimento e o sistema muacutesculo esqueleacutetico Revista Digital n 101 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwefdeportescomefd101envelhhtmgt Acesso em 04 de junho de 2018 PETERNELLA Fabiana Magalhatildees Navarro MARCON Sonia Silva Descobrindo a Doenccedila de Parkinson impacto para o parkinsoniano e seu familiar Rev bras enferm Brasiacutelia v 62 n 1 p 25-31 Feb 2009 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672009000100004amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 REIS Luciana Arauacutejo dos TRAD Leny Alves Bonfim Suporte familiar ao idoso com comprometimento da funcionalidade a perspectiva da famiacutelia Psicol teor prat Satildeo Paulo v 17 n 3 p 28-41 dez 2015 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1516-

72

36872015000300003amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 RIBEIRO Aline Lima VEIGA Caroline Lagrotta da Associaccedilatildeo entre a capacidade cognitiva e a ocorrecircncia de quedas em idosos de juiz de fora Minas Gerais Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Federal de Juiz de Fora 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwufjfbrfacfisiofiles201307TCC-Aline-Carolinepdfgt Acesso em 10 de abril de 2008 RORIZ-FILHO Jarbas et al Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio Medicina (Ribeiratildeo Preto) 201043(2) 118-25 Disponiacutevel emlthttpwwwrevistasuspbrrmrparticleview166167gt Acesso em 04 de junho de 2018 RUIVO Susana et al Efeito do envelhecimento cronoloacutegico na funccedilatildeo pulmonar Comparaccedilatildeo da funccedilatildeo respiratoacuteria entre adultos e idosos saudaacuteveis Rev Port Pneumol Lisboa v 15 n 4 p 629-653 ago 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielomecptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0873-21592009000400005amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 07 abril de 2018 SANTOS Beatriz Aparecida dos et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem (SAE) no atendimento domiciliar ao paciente portador de osteoporose Revista Sauacutede em Foco ndashEdiccedilatildeo nordm 9 ndash Ano 2017 Disponiacutevel em lthttpunifiaedubrrevista_eletronicarevistassaude_focoartigosano2017072_sistematizacao_ass_enfermagem_saepdf gt Acesso em 25 de maio de 2018 SANCHES Ana Paula R Amadio LEBRAO Maria Luacutecia DUARTE Yeda Aparecida de Oliveira Violecircncia contra idosos uma questatildeo nova Saude soc Satildeo Paulo v 17 n 3 p 90-100 Sept 2008 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-12902008000300010amplng=enampnrm=isogt access on 22 Apr 2018 SENA Edite Lago da Silva et al Tecnologia cuidativa de ajuda muacutetua grupal para pessoas com Parkinson e suas famiacutelias Texto contexto - enferm Florianoacutepolis v 19 n 1 p 93-103 mar 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000100011amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 SERENIKI Adriana VITAL Maria Aparecida Barbato Frazatildeo A doenccedila de Alzheimer aspectos fisiopatoloacutegicos e farmacoloacutegicos Rev psiquiatr Rio Gd Sul Porto Alegre v 30 n 1 supl 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0101-81082008000200002amplng=enampnrm=isogt Acesso em 23 de abril de 2018 SILVA Bruna Rodrigues da FINOCCHIO Ana Luacutecia A velhice como marca da atualidade uma visatildeo psicanaliacutetica Viacutenculo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 23-30 dez 2011 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-24902011000200004amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018

73

SILVA Elisama Gomes Correia et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacutetica Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 45 n 6 p 1380-1386 Dec 2011 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000600015amplng=enampnrm=isogt access on 22 May 2018 SOUZA Rosangela Ferreira de SKUBS Thais BRETAS Ana Cristina Passarella Envelhecimento e famiacutelia uma nova perspectiva para o cuidado de enfermagem Rev bras enferm Brasiacutelia v 60 n 3 p 263-267 June 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672007000300003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de maio de 2018 SOUZA Emannuely Silva de ALVES Thalita Isapaula Feacutelix PASSOS Ana Beatriz Barbosa Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem a um Idoso com Parkinson em uma Instituiccedilatildeo de Apoio do Municiacutepio de Ipatinga Revista Enfermagem Integrada ndash Ipatinga Unileste-MG - V3 - N2 - NovDez 2010 Disponiacutevel em lt httpswwwunilestemgbrenfermagemintegradaartigoV3_209-sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem-a-um-idoso-com-parkinsonpdf gt Acesso em 02 de maio de 2018 TAGLIARINI Mariana Hidroginaacutestica na terceira Idade Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndashUNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2008 Lins 2008 62p il 31cm Disponiacutevel em lthttpwwwunisalesianoedubrbibliotecamonografias46264pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 TAYLOR Carol et al Fundamentos de enfermagem a arte e a ciecircncia do cuidado de enfermagem 7 ed Porto Alegre Artmed 2014 1768 p TEIXEIRA Ilka Niceacuteia DAquino Oliveira GUARIENTO Maria Elena Biologia do envelhecimento teorias mecanismos e perspectivas Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2845-2857 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600022amplng=enampnrm=isogt Acessado em 06 de abril de 2018 TOSIN Michelle Hyczy de Siqueira et al Intervenccedilotildees de Enfermagem para a reabilitaccedilatildeo na doenccedila de Parkinson mapeamento cruzado de termos Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 24 e2728 2016 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692016000100360amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 VARGAS Liane da Silva de LARA Marcus Viniacutecius Soares de MELLO-CARPES Pacircmela Billig Influecircncia da diabetes e a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico e atividades cognitivas e recreativas sobre a funccedilatildeo cognitiva e emotividade em grupos de terceira idade Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 4 p 867-878 dez 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000400867amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 23 abr 2018

74

VERAS Renato Peixoto Prevenccedilatildeo de doenccedilas em idosos os equiacutevocos dos atuais modelos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28 n 10 p 1834-1840 Oct 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-311X2012001000003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 VETTORE Marcelo Vianna et al Avaliaccedilatildeo do manejo da infecccedilatildeo urinaacuteria no preacute-natal em gestantes do Sistema Uacutenico de Sauacutede no municiacutepio do Rio de Janeiro Rev bras epidemiol Satildeo Paulo v 16 n 2 p 338-351 jun 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-790X2013000200338amplng=ptampnrm=isogt acessos em 30 abr 2018

Page 14: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica47

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio48

266 Osteoporose49

3 METODOLOGIA53

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO55

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO55

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) 55

412 Processo de Enfermagem56

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos57

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso60

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS65

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS67

25

1 INTRODUCcedilAtildeO

O aumento da populaccedilatildeo idosa tem preocupado todas as autoridades devido ao

aumento do gasto previdenciaacuterio o que se torna um problema de enormes

proporccedilotildees tendo em vista o fato de o governo ter que disponibilizar a cada ano mais

verba para este segmento populacional que jaacute passa dos 15 milhotildees de brasileiros

Tais problemas colocados pela miacutedia amplifica o preconceito com o sujeito idoso e

com isso o medo de envelhecer fica latente a cada dia em que o sujeito chega agrave

terceira idade pois vislumbra-se um futuro sombrio no qual o preconceito conforme

falado seraacute enorme poliacuteticas de ajuda piacutefias verbas escassas e em muitos casos

falta de apoio familiar (GUERRA CALDAS 2010)

Um dos motivos que estatildeo proporcionando o aumento de idosos no Brasil eacute a melhoria

de diversos indicadores E como o aumento da populaccedilatildeo idosa acarreta seacuterios

problemas para a economia de um paiacutes torna-se importante desenvolver poliacuteticas que

podem auxiliar o idoso a envelhecer melhor com qualidade controlando as doenccedilas

caracteriacutesticas da terceira idade funcional e contribuindo com o Estado para que

este natildeo venha a entrar em colapso (VERAS 2012)

Estudos cientiacuteficos tecircm comprovado que exerciacutecios fiacutesicos combinados a uma boa

alimentaccedilatildeo e ateacute mesmo remeacutedios fitoteraacutepicos contribuem para uma melhoria

consideraacutevel para a sauacutede fiacutesica e mental dos idosos o que eacute algo bastante

interessante tendo em vista que a maioria dos acidentes com pessoas idosas ocorrem

quando o sujeito idoso sem forccedila muscular se machuca em pequenas atividades

dentro de casa ou quando sua sauacutede mental natildeo proporciona um envelhecimento

confortaacutevel ou quando as doenccedilas crocircnicas caracteriacutesticas da terceira idade se

apresentam intensamente (ACIOLE BATISTA 2013)

Nos dias atuais um carimbo que existe sobre o sujeito idoso eacute o descaso com ele

satildeo colocados agrave margem da sociedade Muitos natildeo possuem mais aptidatildeo para

trabalhos e muitos apresentam problemas de sauacutede que demandam um cuidado

especial muita atenccedilatildeo e com a ldquovida corridardquo quem deveria cuidar do idoso acaba

negligenciando sua funccedilatildeo e por isso vaacuterios idosos acabam indo para instituiccedilotildees de

asilo que muitas vezes natildeo oferecem condiccedilotildees miacutenimas de cuidados (SILVA

FINOCCHIO 2011)

Por outro lado instituiccedilotildees seacuterias de abrigo de idosos possuem profissionais de

26

diversas aacutereas do saber que atuam em conjunto para um cuidado eficaz do sujeito

idoso Dentre esses profissionais que auxiliam no cuidado do idoso uma figura que

se destaca eacute o enfermeiro que desenvolve ldquosuas atividades com os idosos por meio

de um processo de cuidar que contempla os aspectos biopsicossociais e espirituais

vivenciados durante a institucionalizaccedilatildeordquo quando utiliza a Sistematizaccedilatildeo de

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) por intermeacutedio do Processo de Enfermagem (PE)

permitindo ldquouma avaliaccedilatildeo integral do idoso identificando necessidades e padrotildees de

resposta aos problemas de sauacutede para a determinaccedilatildeo de soluccedilotildees apropriadas no

atendimento dessas necessidadesrdquo (CLARES FREITAS PAULINO 2013 p 02)

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

bull Analisar a partir de uma revisatildeo de literatura a Assistecircncia de Enfermagem ao

sujeito idoso

112 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever o processo de envelhecimento

bull Listar as principais doenccedilas que acometem a populaccedilatildeo idosa

bull Identificar as principais estrateacutegias de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem (SAE) para a populaccedilatildeo idosa

12 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista o aumento do nuacutemero de sujeitos idosos no Brasil devido ao aumento

da expectativa de vida e por ser esta autora jaacute atuante como enfermeira na

assistecircncia agraves pessoas idosas natural foi a escolha pelo tema aqui desenvolvido

27

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO IDOSA

NO BRASIL

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) oacutergatildeo do governo responsaacutevel

por coletar informaccedilotildees a respeito da sociedade brasileira para um melhor

entendimento da realidade lanccedilou em 2016 um livro com uma siacutentese de indicadores

sociais e uma anaacutelise das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo brasileira Tal livro

permeado de dados estatiacutesticos foi utilizado para levantar as estatiacutesticas a respeito

da populaccedilatildeo idosa do Brasil e assim seraacute aqui referenciado

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

A evoluccedilatildeo da composiccedilatildeo populacional por grupos de idade aponta para a tendecircncia de envelhecimento demograacutefico que corresponde ao aumento da participaccedilatildeo percentual dos idosos na populaccedilatildeo e a consequente diminuiccedilatildeo dos demais grupos etaacuterios (BRASIL 2016 p 13)

A constataccedilatildeo de que a sociedade brasileira estaacute envelhecendo pode ser confirmada

na Tabela 01 que reforccedila o que jaacute foi citado anteriormente

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade

IDADE (anos) 2005 () 2015 ()

0 ndash 14 265 210 15 - 29 274 236 30 - 59 362 410

Acima de 60 98 143

Fonte Brasil (2016 p 13)

Ainda sobre a Tabela 01 observa-se a evoluccedilatildeo da populaccedilatildeo brasileira entre os anos

de 2005 a 2015 Observa-se pela tabela que a populaccedilatildeo idosa saiu dos 98 em

2005 para 143 em 2015 ou seja em uma deacutecada a populaccedilatildeo idosa cresceu cerca

de 46 Eacute um crescimento enorme Com essa dinacircmica populacional a expectativa

eacute que em 2050 a populaccedilatildeo idosa no Brasil fique ligeiramente abaixo dos 30

conforme eacute ilustrado na Figura 01 Ela tambeacutem apresenta a projeccedilatildeo da evoluccedilatildeo de

pessoas com mais de 60 anos no restante do mundo (BRASIL 2016)

28

Figura 01 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo

Fonte Brasil (2016) (Adaptado pela autora)

O sujeito idoso apresenta diversas dificuldades no seu dia-a-dia e torna-se um desafio

enorme para a sociedade brasileira como um todo em vista da preocupaccedilatildeo que se

deve ter com o sujeito idoso No Quadro 01 algumas caracteriacutesticas pertinentes aos

idosos (BRASIL 2016)

Quadro 01 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens CARACTERIacuteSTICAS QUANTIDADE

Alguma dificuldade permanente para caminhar 330 ()

Vivem em domiciacutelios em aacutereas sem arborizaccedilatildeo 275 ()

Entidade de assistecircncia social privada sem fins lucrativos 8283

Jaacute se sentiram discriminados no serviccedilo sauacutede 84 ()

Niacutevel de ocupaccedilatildeo dos idosos 263 ()

Proporccedilatildeo de idosos ocupados que recebem aposentadoria 538 ()

Ensino fundamental incompleto 655 ()

Sem plano meacutedico ou odontoloacutegico 680 ()

Sintomas de depressatildeo 93 ()

Fonte Brasil (2016)

O Quadro 01 apresenta diversas informaccedilotildees a respeito do sujeito idoso A que mais

chama atenccedilatildeo eacute a quantidade de idosos sem plano de sauacutede ou odontoloacutegico algo

em torno de 68 pois como eacute sabido a sauacutede puacuteblica no Brasil eacute precaacuteria e com

isso o idoso que acaba por depender do sistema puacuteblico natildeo tem um atendimento

eficaz o que pode agravar suas condiccedilotildees fiacutesicas e de sauacutede (BRASIL 2016)

29

22 ESTATUTO DO IDOSO

O estatuto do idoso eacute o nome popular dado a Lei nordm 10741 de 1ordm de outubro de 2003

que veio para regular os direitos das pessoas com mais de sessenta anos assim

consideradas idosas (BRASIL 2013)

O referido documento agrupou leis que jaacute existiam organizando-as em blocos Todos

os direitos a que o idoso tem mas que em diversas ocasiotildees satildeo deliberadamente

usurpados foram bem discutidos nesta lei Seu art 2ordm assim institui

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes agrave pessoa humana sem prejuiacutezo da proteccedilatildeo integral de que trata esta Lei assegurando-se-lhe por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades para preservaccedilatildeo de sua sauacutede fiacutesica e mental e seu aperfeiccediloamento moral intelectual espiritual e social em condiccedilotildees de liberdade e dignidade (BRASIL 2013 p 07)

O idoso possui sempre prioridades devido a uma seacuterie de fatores e acima de tudo

devido agrave sua fragilidade pela idade avanccedilada O estatuto do idoso determina quais

satildeo essas prioridades No Quadro 02 elas satildeo delineadas (BRASIL 2013)

Quadro 02 ndash Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso INCISO PRIORIDADES

I Ter atendimento prioritaacuterio e personalizado junto a oacutergatildeos que prestam serviccedilos de sauacutede agrave populaccedilatildeo

II Ter prioridades diante das poliacuteticas sociais elaboradas para a sauacutede puacuteblica

III Destinaccedilatildeo privilegiada de recursos puacuteblicos para os setores que possuem obrigaccedilotildees de proteccedilatildeo ao idoso

IV Desenvolvimento de poliacuteticas que torne possiacutevel o conviacutevio do idoso com pessoas de outras geraccedilotildees

V Ser cuidado por membros de sua famiacutelia sendo que a acolhida em abrigos de idosos seria em uma uacuteltima situaccedilatildeo

VI Capacitaccedilatildeo dos profissionais que cuidam de idosos para prestar um atendimento de qualidade de atualizado

VII No desenvolvimento de poliacuteticas que possibilitem a divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees educativas a respeito do idoso para o puacuteblico em geral

VIII Garantia de acessibilidade aos serviccedilos de sauacutede e de assistecircncia social do Estado

IX Primazia quando do recebimento da restituiccedilatildeo do Imposto de Renda

Fonte Brasil (2013) (Adaptado pela autora)

Como pode-se observar no Quadro 02 as prioridades a que o idoso tem direito satildeo

vaacuterias poreacutem o que se observa na praacutetica eacute que muitas delas satildeo ignoradas A cultura

de cada paiacutes diz se os seus velhos seratildeo beneficiados com o respeito ou se seratildeo

maltratados No Brasil impera a cultura de descaso com o sujeito da terceira idade e

muitas vezes vaacuterios deles sofrem verdadeiros maus tratos seja fiacutesica seja

psicologicamente (SANCHES LEBRAO 2008)

30

Referida norma nos dizeres de Justo e Rozendo (2010) apresenta natildeo apenas o

instrumento juriacutedico para preservar e garantir a dignidade do idoso mas ldquo[] mas

tambeacutem como uma produccedilatildeo simboacutelica e conceitual que mediante um conjunto de

signos representaccedilotildees imagens e saberes configura o idoso na cultura []rdquo (JUSTO

ROZENDO 2010 p 472)

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO

O ser humano eacute um animal social e por isso desde haacute muito tempo de eacutepocas

remotas eles se organizam dando alguma ideia de famiacutelia conforme entendemos

atualmente No entanto a ideia de famiacutelia muda agrave medida que a histoacuteria evolui e se

antes o sujeito idoso era considerado o ente mais importante de sua famiacutelia devido

aos conhecimentos que adquiriu ao longo de sua jornada nos dias atuais essa

premissa jaacute natildeo eacute tatildeo mais importante e devido a isso observa-se poucos idosos no

seio da famiacutelia com sua consequente diminuiccedilatildeo (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

Quando se pensa em famiacutelia como instituiccedilatildeo social o que precisa ser levado em

consideraccedilatildeo para uma anaacutelise mais ampla a respeito dessa instituiccedilatildeo social satildeo

ldquo[] aspectos como afetividade companheirismo solidariedade sentimentos e accedilotildees

que podem ser encontradas fora dos laccedilos consanguiacuteneosrdquo Ou seja natildeo se eacute famiacutelia

somente aqueles que possuem o mesmo sangue mas existem outros fatores que

demonstram ser um agrupamento de pessoas considerado famiacutelia ldquoEacute uma construccedilatildeo

social influenciada pela cultura e contexto histoacuterico em que foi concebida []rdquo

(SOUZA SKUBS BRETAS 2007 p 264)

A vida do ser humano eacute repleta de fases desde agrave infacircncia ateacute a velhice Em cada fase

existe todo um conjunto cultural que daacute suporte agravequela fase e por isso nas famiacutelias

atuais existe um certo conflito entre membros familiares de geraccedilotildees diferentes pois

convivem muitas vezes em uma mesma residecircncia crianccedilas adolescentes adultos

e velhos e por isso um maior cuidado para que tais diferenccedilas natildeo interfiram na

harmonia do lar (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

E com o sujeito idoso haacute de se ter uma atenccedilatildeo especial devido a todos os fatores

envolvidos em sua mudanccedila de idade e com a chegada da velhice Tais fatores satildeo

os sociais psicoloacutegicos materiais financeiros autonomia etc Dessa forma o idoso

tende a dar mais trabalho pois uma vez que fora independente e natildeo eacute mais uma

31

vez que fora forte e natildeo eacute mais apresenta uma paciecircncia bastante curta Assim os

familiares que em volta dele estatildeo precisam ter bastante amor e carinho para um

excelente cuidado pois eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia assim fazer conforme preceitua a

Constituiccedilatildeo Federal (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

O apoio da famiacutelia para o sujeito idoso eacute de suma importacircncia para que ele possa ter

uma velhice confortaacutevel e saudaacutevel Reis e Trad possuem palavras interessantes a

respeito Vejamos

O suporte familiar contribui de maneira significativa para a manutenccedilatildeo e a integridade fiacutesica e psicoloacutegica do indiviacuteduo Seu efeito eacute tido como beneacutefico no membro da famiacutelia que o recebe na medida em que o suporte eacute percebido como disponiacutevel e satisfatoacuterio [] Dessa forma eacute fundamental para o planejamento assistencial adequado ao idoso a compreensatildeo do contexto familiar o que implica o entendimento das questotildees que envolvem a formaccedilatildeo e a dinacircmica de funcionamento das famiacutelias em geral (REIS TRAD 2015 p 30)

No entanto abrigos repletos de sujeitos idosos demonstram que na grande maioria

dos casos os familiares preferem abandonar os seus velhos aos cuidados de

enfermeiros que nem conhecem se estatildeo capacitados para lidar com as

necessidades Mesmo com o advento do estatuto do idoso ele continua sofrendo

severos preconceitos (REIS TRAD 2015)

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO

No Brasil de hoje tem-se observado um crescimento substancial do nuacutemero de

sujeitos idosos (aqueles com mais de 60 anos de acordo com o estatuto do idoso) e

isso eacute algo bastante preocupante tendo em vista a infraestrutura precaacuteria do sistema

de sauacutede Apenas a tiacutetulo de entendimento de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatiacutestica (IBGE) a quantidade de sujeitos idosos em 2016 era em cerca

de 143 (BRASIL 2016)

Existem basicamente dois motivos pelos quais a quantidade de sujeitos idosos vem

aumentando no Brasil que satildeo a reduccedilatildeo da taxa de natalidade e a reduccedilatildeo da

mortalidade A tecnologia vem ajudando consideravelmente para que esses dois

fatores sejam os reais motivos pelo aumento da taxa de idosos (MORAIS 2009)

A afirmativa anterior eacute reforccedilada pelo IBGE conforme segue ldquoAs mudanccedilas na razatildeo

de dependecircncia estatildeo diretamente associadas agrave diminuiccedilatildeo da fecundidade e ao

32

aumento na longevidade da populaccedilatildeo especialmente na populaccedilatildeo idosardquo (BRASIL

2016 p 17)

Dessa forma o ato de envelhecer passa a ser visto como algo a que todos os

brasileiros passaratildeo um dia pois haacute um aumento na expectativa de vida e assim

entender o processo de envelhecimento e desenvolver mecanismos para um

envelhecimento saudaacutevel torna-se fundamental pois idosos saudaacuteveis significa

grosso modo menos problemas tanto para a famiacutelia quanto para o governo Mas esse

menos problema natildeo eacute dito de forma vulgar pejorativa mas sim de forma racional

pois com um idoso saudaacutevel em uma famiacutelia esta famiacutelia natildeo sofre com o sofrimento

dele (MORAIS 2009)

Os desafios que se apresentam com o aumento da populaccedilatildeo idosa no Brasil estatildeo

intimamente interligados com a integraccedilatildeo e o cuidado social com o sujeito idoso com

a sauacutede com a assistecircncia social com a previdecircncia social com a forma de

envelhecer saudaacutevel etc (BRASIL 2016)

Dessa forma importante entender o mecanismo bioloacutegico do envelhecimento e sua

correlaccedilatildeo com o meio fiacutesico para um cuidado mais personalizado

241 Mecanismos do envelhecimento

Teixeira e Guariento afirmam que o conhecimento acerca do envelhecimento ou dos

motivos que o causam satildeo limitados devido agrave falta de pesquisas experimentais com

seres humanos o que eacute vedado pela eacutetica meacutedica Dessa forma pode-se fazer

apenas experimentos com animais em especial com roedores moscas de frutas e

isso acaba natildeo trazendo um real significado acerca do processo de envelhecimento

(TEIXEIRA GUARIENTO 2010)

Existem vaacuterias teorias a respeito do envelhecimento e por isso aos poucos foram

sendo agrupadas basicamente em dois grupos a saber teorias programadas e

teorias estocaacutesticas A primeira tem sua ideia central ldquonos reloacutegios bioloacutegicos que

regulam o crescimento a maturidade a senescecircncia e a morterdquo Jaacute a segunda baseia-

se na ldquoidentificaccedilatildeo de agravos que induzem aos danos moleculares e celulares

aleatoacuterios e progressivosrdquo (TEIXEIRA GUARIENTO 2010 p 2846)

33

Fato eacute que os efeitos do envelhecimento satildeo visiacuteveis rugas expostas cabelos

brancos peles caiacutedas dificuldades para se locomoverem decliacutenio das forccedilas

diminuiccedilatildeo do equiliacutebrio diversas doenccedilas dificuldade na respiraccedilatildeo Tudo estaacute

conjuntamente interligado em um processo complexo e variado que envolve tanto o

bioloacutegico quanto o psicossocial e que afeta diversos sistemas Na Figura 02 uma

representaccedilatildeo interessante do processo de envelhecimento (RUIVO et al 2009)

Figura 02 ndash Processo de envelhecimento

Fonte Centro avanccedilado de medicina preventiva (2018)

34

No Quadro 03 eacute apresentado os efeitos da velhice de uma forma geral e resumida

Vaacuterios satildeo os efeitos do envelhecimento no sujeito idoso por isso apenas alguns deles

foram relatados a tiacutetulo de exemplos

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (continua)

MODIFICACcedilOtildeES NO CORPO COM O ENVELHECIMENTO

ESTADO GERAL

Reduccedilatildeo progressiva da eficiecircncia dos processos fisioloacutegicos resulta em equiliacutebrio fraacutegil e impotildee obstaacuteculos agrave capacidade do corpo para manter a homeostase Estressores fiacutesicos e emocionais tornam o idoso mais vulneraacutevel devido agrave diminuiccedilatildeo das reservas fisioloacutegicas O idoso pode continuar a se envolver em todas as atividades da meia-idade embora de maneira intuitiva deva adaptar-se a um ritmo modificado e a periacuteodos de descanso mais frequentes

TEGUMENTAR

Surgimento de rugas e perda da firmeza da pele ocorrem com a reduccedilatildeo da elasticidade ressecamento e descamaccedilatildeo satildeo comuns A queda dos cabelos eacute comum nos homens e as mulheres tecircm afinamento e perda de pigmentaccedilatildeo dos cabelos Sinais de pele e pigmentaccedilatildeo satildeo comuns embora a pele possa clarear devido agrave perda de melanoacutecitos As unhas costumam espessar-se e ficar quebradiccedilas e amareladas

MUSCULOESQUELEacuteTICO

Diminui o tecido subcutacircneo e o peso no idoso A massa e a forccedila musculares diminuem Ocorre desmineralizaccedilatildeo oacutessea e os ossos ficam porosos e quebradiccedilos As articulaccedilotildees tendem a enrijecer e a perder flexibilidade podendo diminuir a amplitude de movimentos Costuma ocorrer lentidatildeo da mobilidade geral e a postura tende a encurvar A altura diminui um pouco

NEUROLOacuteGICO

O Sistema Nervoso Central reage mais lentamente a muacuteltiplos estiacutemulos Assim a resposta cognitiva e comportamental do idoso pode ser retardada Diminui a frequecircncia da reaccedilatildeo reflexa A regulagem da temperatura e a percepccedilatildeo de dorpressatildeo ficam menos eficientes O idoso pode ainda ter dificuldades no equiliacutebrio na coordenaccedilatildeo na motricidade fina e na orientaccedilatildeo espacial o que resulta em maior risco para quedas Costuma encurtar o sono noturno e o idoso pode despertar com mais facilidade

SENTIDOS ESPECIAIS

Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade visual (presbiopia) com maior sensibilidade agrave claridade e menor capacidade de adaptar-se agrave escuridatildeo Reduccedilatildeo da acomodaccedilatildeo reduccedilatildeo da percepccedilatildeo em profundidade e da discriminaccedilatildeo de cores Uma catarata pode obscurecer ainda mais a visatildeo A dificuldade para ler letras miuacutedas pode se tornar mais evidente Dirigir durante o dia ou durante agrave noite pode ficar comprometido Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade auditiva (presbicusia) em especial diminuiccedilatildeo da discriminaccedilatildeo de tons na presenccedila de ruiacutedos ambientais Em consequecircncia dos problemas auditivos o idoso pode retrair-se de eventos sociais As sensaccedilotildees de paladar e olfato diminuem Sensibilidade aos cheiros pode diminuir Problemas nutricionais podem surgir

CARDIOPULMONAR

Os vasos sanguiacuteneos ficam menos elaacutesticos e muitas vezes riacutegidos e tortuosos Depoacutesitos de placas de gordura continuam a ocorrer nos revestimentos dos vasos sanguiacuteneos Edema e esfriamento das extremidades inferiores podem ocorrer em especial com a diminuiccedilatildeo da mobilidade O corpo tem menor capacidade de aumentar a frequecircncia do coraccedilatildeo e o deacutebito cardiacuteaco mediante atividade A elasticidade pulmonar e a accedilatildeo ciliar diminuem de modo que a desobstruccedilatildeo pulmonar se torna menos eficiente Pode aumentar a frequecircncia pulmonar acompanhada de profundidade diminuiacuteda

35

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (conclusatildeo)

GASTRINTESTINAL Os sucos digestivos continuam a diminuir e reduz-se a absorccedilatildeo de nutrientes Desnutriccedilatildeo e anemia satildeo mais comuns Com a reduccedilatildeo do tocircnus muscular e o peristaltismo diminuiacutedo satildeo comuns queixas de constipaccedilatildeo

DENTICcedilAtildeO Perda e caacuterie dentaacuterias continuam para a maioria dos idosos Os haacutebitos alimentares podem mudar em especial se o idoso natildeo tem dentes ou usa dentaduras que natildeo servem bem

GENITURINAacuteRIO

O fluxo sanguiacuteneo para os rins reduz com a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco A quantidade de unidades de neacutefrons funcionando diminui em 50 Produtos a serem eliminados podem ser filtrados e excretados mais lentamente Liacutequidos e eletroacutelitos permanecem dentro das variaccedilotildees normais mas o equiliacutebrio eacute fraacutegil Cerca de 75 dos homens com mais de 65 anos tecircm hipertrofia da glacircndula prostaacutetica Pode haver a necessidade de cirurgia caso ocorra retenccedilatildeo urinaacuteria Haacute atrofia diminuiccedilatildeo de secreccedilotildees e afinamento do trato genital da mulher idosa

Fonte Taylor e outros (2007 p 460)

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio

O Sistema respiratoacuterio envelhece da mesma forma que o restante do organismo e

muitas vezes ele envelhece mais raacutepido devido agrave enorme quantidade de poluiccedilatildeo a

que estamos sujeitos Nas palavras de Ruivo e outros

Pensa-se que o sistema respiratoacuterio seja o sistema do organismo que envelhece mais rapidamente devido agrave maior exposiccedilatildeo a poluentes ambientais ao longo dos anos As mudanccedilas que ocorrem a este niacutevel satildeo clinicamente relevantes porque a deterioraccedilatildeo da funccedilatildeo pulmonar estaacute associada ao aumento da taxa de mortalidade e aleacutem disso o conhecimento das mesmas contribui para a detecccedilatildeo e prevenccedilatildeo de disfunccedilotildees respiratoacuterias em idosos (RUIVO et al 2009 p 631)

Biologicamente com o envelhecimento a estrutura morfoloacutegica da parede toraacutecica

sofre severas alteraccedilotildees que afetam diretamente os pulmotildees Dessa forma a perda

da elasticidade dentre outros problemas torna-se a mais frequente complicaccedilatildeo

pulmonar entre pessoas idosas (RUIVO et al 2009)

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco

O envelhecimento do sistema cardiacuteaco acarreta diversas complicaccedilotildees ao sujeito

idoso e a dinacircmica de como esse processo se dar eacute melhor explicado por Esquenazi

Silva e Guimaratildees

O coraccedilatildeo eacute constituiacutedo por ceacutelulas musculares os cardiomioacutecitos moleacuteculas de matriz extracelular destacando-se o colaacutegeno e ceacutelulas intersticiais cardiacuteacas tais como fibroblastos e ceacutelulas endoteliais Por tratar-se de ceacutelulas terminalmente diferenciadas a identificaccedilatildeo recente de ceacutelulas-tronco residentes no coraccedilatildeo revelou que os cardiomioacutecitos satildeo repostos mas natildeo

36

na proporccedilatildeo ideal para recuperaccedilatildeo de funccedilatildeo alterada consequente a eventuais perdas (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

Dessa forma pode-se realccedilar algumas mudanccedilas sensiacuteveis que ocorrem com o

envelhecimento e que estatildeo listadas no Quadro 04 abaixo

Quadro 04 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento MUDANCcedilAS ORGAcircNICAS COM O ENVELHECIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

A parede ventricular torna-se mais espessa

Diminuiccedilatildeo das ceacutelulas de cardiomioacutecitos

Aumento do conteuacutedo do colaacutegeno

Alteraccedilatildeo do metabolismo mitocondrial

Maior secreccedilatildeo de colaacutegeno

Induccedilatildeo de apoptose das ceacutelulas musculares lisas da parede arterial

Aumento da rigidez aoacutertica

Alteraccedilatildeo da elasticidade aoacutertica

Disfunccedilatildeo diastoacutelica

Hipertrofia do ventriacuteculo esquerdo

Insuficiecircncia cardiacuteaca congestiva

Fonte Esquenazi Silva e Guimaratildees (2014) (Adaptado pela autora)

No envelhecimento ocorrem mudanccedilas em algumas propriedades do coraccedilatildeo e isso

pode acarretar o surgimento de arritmias cardiacuteacas bem como a diminuiccedilatildeo da

possibilidade de alteraccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca durante situaccedilotildees de estresse

Assim devido agrave mudanccedila da frequecircncia cardiacuteaca na populaccedilatildeo da terceira idade eacute

frequentemente adicionado medicamentos como diureacuteticos medicamentos que atuam

para combater a arritmia etc (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico

Haacute diversos estudos que tentam provar que o processo de envelhecimento estaacute

associado agrave diminuiccedilatildeo da massa muscular fenocircmeno conhecido como sarcopenia

Este fenocircmeno debilita diretamente a arquitetura muscular alterando diversas

propriedades tais como ldquoaacuterea da seccedilatildeo transversa anatocircmica comprimento das fibras

musculares volume e acircngulo de penaccedilatildeo dos muacutesculosrdquo Ocasiona uma reduccedilatildeo das

forccedilas do paciente da capacidade aeroacutebica e da taxa metaboacutelica Juntos esses

fatores influenciamalteram a qualidade de vida pois podem aumentar a taxa de

quedas e ocasionar outros problemas ao idoso que repercutem em todos os campos

de sua vida (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

37

Os mais novos estudos cientiacuteficos na aacuterea sugerem que o envelhecimento tambeacutem

estaacute relacionado com a diminuiccedilatildeo da rigidez dos tendotildees o que eacute apreciado na obra

de Baptista e Vaz conforme segue

Modificaccedilotildees morfoloacutegicas na unidade muacutesculo-tendatildeo como a sarcopenia ou a diminuiccedilatildeo da rigidez tendiacutenea reconhecidamente causam alteraccedilotildees de suas propriedades mecacircnicas As propriedades mecacircnicas dos muacutesculos determinam sua capacidade de produccedilatildeo de forccedila em diferentes comprimentos e velocidades podendo assim influenciar de maneira significativa as atividades de vida diaacuteria dos seres humanos independente da faixa etaacuteria (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

Natildeo se consegue entender exatamente como ocorre o processo da sarcopenia pois

eacute um processo complexo no qual diversos outros processos contribuem para que

aconteccedila Alguns estudos sugerem que a diminuiccedilatildeo da ativaccedilatildeo neuromuscular eacute

comeccedilo do processo de perda de massa e de forccedila O que eacute bem entendido e

preocupante satildeo os seus efeitos nos sujeitos idosos que provocam diversas outras

consequecircncias (FILHO 2012)

Eacute sabido que tudo estaacute interligado portanto quando ocorre reduccedilatildeo da estrutura

muscular esqueleacutetica isso acarreta outros problemas natildeo soacute de importacircncia material

assim como de importacircncia imaterial como sedentarismo depressatildeo ansiedade

depressatildeo etc A Figura 03 ilustra esse ciacuterculo vicioso (PEREIRA TEIXEIRA

ETCHEPARE 2006)

Figura 03 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento

Fonte Pereira Teixeira e Etchepare (2006)

38

2414 Envelhecimento do sistema nervoso

O envelhecimento como jaacute foi dito provoca uma seacuterie de alteraccedilotildees no organismo do

sujeito idoso No sistema nervoso diversas alteraccedilotildees anatocircmicas e quiacutemicas satildeo

observadas no enceacutefalo e na medula e essas alteraccedilotildees podem ser vistas tanto

macroscopicamente quanto microscopicamente Ateacute mesmo o tamanho do ceacuterebro e

peso dele satildeo modificados agrave medida que o sujeito envelhece na ordem de 2 a cada

uma deacutecada e com diminuiccedilatildeo de proteiacutenas (TAGLIARINI 2008)

De acordo com anaacutelises feitas ao envelhecer diversas alteraccedilotildees acontecem sendo

que as mais vitais satildeo ldquoa diminuiccedilatildeo de ceacutelulas alteraccedilotildees dendriacuteticas placas senis

degeneraccedilatildeo neurofibrilar degeneraccedilatildeo gracircnulo-vacuolar e acuacutemulo de lipofucsinardquo

(TAGLIARINI 2008 p 18)

As alteraccedilotildees morfoloacutegicas produzidas pelo Sistema Nervoso Central (SNC) se

mostram como sendo de suma importacircncia para o devido funcionamento do sistema

nervoso devido agrave importacircncia na geraccedilatildeo e processamento das memoacuterias e no

transporte de informaccedilotildees ateacute os neurocircnios (TAGLIARINI 2008)

Portanto de tudo o que foi falado a respeito do envelhecimento do sistema nervoso

algumas partes ainda natildeo foram provadas e muita coisa ainda deve ser elucidada

com os anos vindouros Tem-se uma ideia de que as modificaccedilotildees ocorrem tanto de

forma central quanto de forma perifeacuterica ldquocom atrofia cerebral devido agrave diminuiccedilatildeo do

nuacutemero de neurocircnios assim como a reduccedilatildeo da quantidade de substacircncias branca e

cinzenta Ocorre ainda reduccedilatildeo da sinaptogecircnese e da velocidade de conduccedilatildeo

nervosa []rdquo (RIBEIRO VEIGA 2013 p25)

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO

Conforme jaacute foi falado anteriormente a populaccedilatildeo brasileira seguindo o ritmo da

populaccedilatildeo mundial estaacute envelhecendo mais devido agraves inovaccedilotildees tecnoloacutegicas Com

isso mais sujeitos idosos procuram serviccedilos meacutedicos por causa das doenccedilas

inerentes agrave terceira idade Essa demanda impulsiona aos governos criarem poliacuteticas

de sauacutede para que o sujeito envelheccedila com sauacutede pois se assim for proporciona

vantagem para todos os que estatildeo envolvidos com o idoso seja seus parentes que

39

cuidam dele seja o Estado que natildeo precisa gastar muito com remeacutedios Isso

proporciona um aliacutevio na previdecircncia divido agrave imensa diacutevida puacuteblica que existe e por

necessitar fazer corte de gastos A seguir seraacute melhor tratado acerca dos benefiacutecios

da atividade fiacutesica para o idoso para ter um envelhecimento sadio e de haacutebitos

saudaacuteveis que precisa ter para o seu dia-a-dia com sauacutede (ACIOLE BATISTA 2013)

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso

Com o crescimento mundial acelerado da populaccedilatildeo idosa diversas poliacuteticas estatildeo

sendo desenvolvidas para fazer com que o idoso envelheccedila com sauacutede tendo em

vista finalidades variadas tais como o fato de a previdecircncia estar sobrecarregada a

constataccedilatildeo de que o Sistema Puacuteblico de Sauacutede (SUS) natildeo atende com qualidade

as premissas mais baacutesicas da populaccedilatildeo Assim se o idoso chegar agrave terceira fase de

sua vida mais dinacircmico e com mais sauacutede enormes benefiacutecios surgiratildeo natildeo somente

para ele assim como para toda a sociedade (FONSECA et al 2014)

Dentre essas poliacuteticas certamente a que incentiva o idoso a praticar esportes eacute a mais

disseminada juntamente com a boa alimentaccedilatildeo pois eacute comprovado cientificamente

que o idoso ao praticar esportes consegue se manter mais saudaacutevel mais luacutecido e

em melhores condiccedilotildees de enfrentamento de doenccedilas que lhe acometem que satildeo

caracteriacutesticas da terceira idade aleacutem de provocar uma melhoria como um todo ao

sujeito idoso em todas as suas dimensotildees (MACIEL 2010)

De acordo com Maciel (2010 p 1024)

Poreacutem ao se refletir sobre as atividades fiacutesicas precisa-se pensar aleacutem dos benefiacutecios biopsicossociais proporcionados pela sua praacutetica como tambeacutem por exemplo compreender as mudanccedilas de comportamentos individuais eou coletivos para a adesatildeo e manutenccedilatildeo dessas atividades Essas soacute proporcionaratildeo os devidos benefiacutecios se realizadas continua e corretamente

As atividades fiacutesicas que satildeo incentivadas para que o idoso possa praticar satildeo

divididas em quatro dimensotildees lazer deslocamento ativo atividades domeacutesticas e

laboral A primeira eacute dita como atividade estruturada jaacute as demais satildeo atividades natildeo-

estruturais Existem vaacuterias vantagens para o sujeito idoso que se movimenta que

pratica alguma atividade fiacutesica As principais vantagens estatildeo apresentadas no

Quadro 05 (MACIEL 2010)

40

Quadro 05 ndash Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos BENEFIacuteCIOS DA ATIVIDADE FIacuteSICA PARA O IDOSO

Aumentomanutenccedilatildeo da capacidade aeroacutebia

Aumentomanutenccedilatildeo da massa muscular

Reduccedilatildeo significativa da taxa de mortalidade

Prevenccedilatildeo de doenccedilas coronarianas

Melhora do perfil lipiacutedico

Transformaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal devido agrave reduccedilatildeo da massa gorda

Prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes e hipertensatildeo arterial comuns ao sujeito idoso

Diminuiccedilatildeo da possibilidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Nas mulheres idosas possibilidade de prevenccedilatildeo do cacircncer de mama e coacutelon

Reduccedilatildeo da ocorrecircncia de demecircncia

Melhora da autoestima e da autoconfianccedila

Reduccedilatildeo dos ataques de ansiedade e do estresse

Consideraacutevel melhora do humor e da qualidade de vida

Fonte Maciel (2010) (Adaptado pela autora)

Cordeiro e outros (2014) fazendo pesquisas com idosos para entender como as

atividades fiacutesicas afetam as funccedilotildees cognitivas sendo estas definidas como as fases

do processo de informaccedilatildeo tais como aprendizagem raciociacutenio atenccedilatildeo e outras

mais concluiacuteram o seguinte

O melhor desempenho do grupo de idosos ativos no teste de memoacuteria emocional pode estar associado a alteraccedilotildees fisioloacutegicas no sistema nervoso central decorrentes da praacutetica da atividade fiacutesica A accedilatildeo da atividade fiacutesica sobre as funccedilotildees cognitivas pode se dar por meio de diversos mecanismos dentre os quais a melhora na circulaccedilatildeo cerebral alteraccedilatildeo na siacutentese e degradaccedilatildeo de neurotransmissores alteraccedilotildees neuroendoacutecrinas e humorais e aumento de fatores de crescimento como o fator neurotroacutefico derivado do ceacuterebro (BDNF) responsaacutevel pela neuroplasticidade eficaacutecia sinaacuteptica conectividade neuronal e aumento da sobrevivecircncia dos neurocircnios e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) responsaacutevel pela angiogecircnese (CORDEIRO et al 2014 p 549)

Ou seja a praacutetica da atividade fiacutesica proporciona enormes ganhos de qualidade de

vida para o sujeito idoso e possibilita a ele viver mais tempo de forma independente

jaacute que suas funccedilotildees cognitivas respondem melhor e desenvolvem mecanismos mais

duradouros (CORDEIRO et al 2014)

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso

Os alimentos satildeo as fontes de energia para o ser-humano Por isso quando o sujeito

se alimenta bem com qualidade ingerindo alimentos saudaacuteveis todo o seu

organismo funcionaraacute com qualidade e equiliacutebrio o que eacute necessaacuterio e demandado

pela populaccedilatildeo de uma forma geral mas devido agrave agitaccedilatildeo do dia-a-dia acaba por

41

comprometer a sauacutede com alimentos ruins raacutepidos de serem feitos e ingeridos

(MENEZES et al 2008)

O Sujeito idoso precisa ter uma atenccedilatildeo especial com o que ingere pois natildeo possui

mais um organismo jovem que consegue digerir tudo com facilidade e rapidez Seu

organismo agora e conforme jaacute foi falado eacute imensamente lento Natildeo consegue

metabolizar com rapidez os alimentos que lhe chegam ao estocircmago e por isso precisa

ser seletivo (KUWAE et al 2015)

De acordo com Kuwae e outros (2015 p 622 - 624)

No envelhecimento tanto os cuidados nutricionais satildeo diferentes como tambeacutem satildeo singulares agraves concepccedilotildees do que eacute saudaacutevel ou apropriado para esta idade Os cuidados com a alimentaccedilatildeo envolvem uma busca de equiliacutebrio entre as exigecircncias do corpo envelhecido e as limitaccedilotildees decorrentes de algumas patologias muitas delas exigindo seu controletratamento pela alimentaccedilatildeo como a hipertensatildeo diabetes e doenccedilas coronarianas Portanto o envelhecimento estaacute relacionado tanto com as alteraccedilotildees fisioloacutegicas que limitam o repertoacuterio alimentar seja pelas restriccedilotildees decorrentes de patologias crocircnicas ou das alteraccedilotildees de mastigaccedilatildeo e digestatildeo como com as condiccedilotildees de mobilidade autonomia independecircncia financeira condiccedilotildees de sauacutede e da composiccedilatildeo familiar Esses satildeo fatores decisivos sobre o repertoacuterio alimentar a frequecircncia e a qualidade da alimentaccedilatildeo dos idosos

Daiacute surge a necessidade de saber o que o sujeito idoso pode exatamente comer e o

que natildeo pode comer jaacute que em muitas situaccedilotildees o desejo eacute grande De acordo com

Menezes e outros (2008) existem duas classes de alimentos que o sujeito idoso pode

ingerir e satildeo os alimentos bons e os alimentos ruins Na classe dos alimentos bons

estatildeo as frutas verduras legumes carnes brancas etc Jaacute na segunda classe estatildeo

as frituras carnes vermelhas doces massas sal etc O Quadro 06 apresenta uma

lista com os principais alimentos para os idosos aqueles que satildeo recomendados bem

como suas caracteriacutesticas e o motivo pelo satildeo recomendados

Quadro 06 ndash Alimentos recomendados para idosos ALIMENTOS RECOMENDADOS PARA IDOSOS

CLASSE ALIMENTOS DESCRICcedilAtildeO

BONS Frutas verduras legumes carnes brancas etcleites e seus derivados

A comida se torna leve para o organismo do idoso o que proporciona uma raacutepida digestatildeo e o idoso natildeo se sente empazinado

RUINS Carnes vermelhas doces massas sal etc

Satildeo alimentos pesados gordurosos que demoram a fazer digestatildeo com moleacuteculas complexas O idoso natildeo ingere porque pode passar mal e qualquer mal-estar deve ser evitado

Fonte Kuwae e outros (2015)

42

O Quadro 06 eacute uma forma geral de expressar o que eacute bom e o que eacute ruim para o

sujeito idoso no entanto essa questatildeo eacute relativa pois varia de organismo para

organismo e depende de questotildees culturais mas eacute amplamente aceito eacute que todos os

seres humanos precisam ter equiliacutebrio inclusive na alimentaccedilatildeo dessa forma comer

ou deixar de comer algo para se manter saudaacutevel depende do quatildeo equilibrado

encontra-se o organismo do sujeito (KUWAE et al 2015)

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE

Com a chegada da terceira idade vaacuterias doenccedilas inerentes aos sujeitos com idade

acima dos sessenta anos aparecem Identificar tais doenccedilas conhececirc-las de forma

detalhada para desenvolver formas de tratamento adequados satildeo objetivos centrais

para quem cuida do sujeito idoso juntamente com outros conhecimentos do idoso

como sua alimentaccedilatildeo seu dia-a-dia seus haacutebitos etc Tudo estaacute conectado e por

isso entender esse contexto facilita no momento de detalhar a doenccedila que acomete a

populaccedilatildeo idosa A seguir seraacute feito uma siacutentese das principais doenccedilas que

acometem sujeitos idosos (VERAS 2012)

261 Mal de Parkinson

A doenccedila do Mal de Parkinson eacute conhecida da humanidade haacute muito tempo A atual

descriccedilatildeo deu-se pelo Dr James Parkinson por volta do ano de 1817 e no Brasil

atinge cerca de 3 da populaccedilatildeo acima dos sessenta anos Constata-se a existecircncia

da doenccedila por intermeacutedio de anaacutelise cliacutenica observando na maioria dos casos

pessoas idosas uma rigidez muscular tremor mesmo estando em repouso alteraccedilatildeo

na postura dentre outros sintomas (PETERNELLA MARCON 2009)

Grosso modo o Mal de Parkinson eacute um distuacuterbio degenerativo do Sistema Nervoso

Central que afeta diversas funccedilotildees do sujeito sejam motoras sejam natildeo-motoras

Funccedilotildees que podem ser afetadas satildeo tremor de repouso bradicinesia rigidez

corporal instabilidade postural etc Seu diagnoacutestico eacute feito pelo quadro cliacutenico

observado e pela exclusatildeo de outras doenccedilas que se assemelham ao Mal de

Parkinson (PETERNELLA MARCON 2009)

43

Para falar com riqueza de detalhes a respeito de como funciona tal doenccedila vamos

utilizar as palavras de Sena e outros (2010) que diz

A DP eacute uma afecccedilatildeo crocircnico-degenerativa e progressiva de etiologia multifatorial que atinge majoritariamente pessoas idosas embora seja frequente acometecirc-las a partir dos 50 anos de idade beirando atualmente a casa dos 300000 portadores no Brasil A doenccedila atinge o sistema nervoso central mais especificamente a substacircncia negra responsaacutevel por controlar os movimentos do corpo A degradaccedilatildeo das ceacutelulas neuronais dopamineacutergicas acaba por resultar numa gama de sintomatologia como tremores rigidez muscular bradicinesia alteraccedilotildees posturais distuacuterbios na fala e na degluticcedilatildeo obstipaccedilatildeo transpiraccedilatildeo corporal incontinecircncia urinaria depressatildeo O tratamento que pode ser cliacutenico eou ciruacutergico visa ao controle dos sintomas por meio de medicamentos entre os quais se destaca a Levodopa um precursor da dopamina Outros grupos de faacutermacos tambeacutem satildeo utilizados como inibidores enzimaacuteticos agonistas dopamineacutergicos e anti-colineacutergicos Contudo a terapecircutica medicamentosa por si soacute natildeo eacute suficiente para manter o portador em melhores condiccedilotildees de bem-estar e qualidade de vida Por isso tratamentos e cuidados no miacutenimo de enfermagem fisioterapia fonoaudiologia e educaccedilatildeo fiacutesica satildeo imprescindiacuteveis como recursos complementares para ajudar o portador a preservar sua funcionalidade e permitir-lhe desempenhar as atividades da vida diaacuteria e manter o viacutenculo social tatildeo importantes para satisfazer suas necessidades psicossociais de apoio comunitaacuterio para o seu bem-estar e auto-estima (SENA et al 2010 p 94)

Na Figura 04 uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro a respeito de como funciona o Mal de

Parkinson

Figura 04 ndash Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Observa-se na Figura 04 o ceacuterebro de um sujeito normal sem a doenccedila em

comparaccedilatildeo com um sujeito que apresenta a doenccedila Na primeira situaccedilatildeo haacute a

44

existecircncia da substacircncia negra responsaacutevel por controlar as funccedilotildees motoras do

corpo conforme falado na descriccedilatildeo de Sena e outros Jaacute na segunda essa

substacircncia negra natildeo existe atestando a incapacidade motora do paciente

(ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Jaacute na Figura 05 representa-se o neurocircnio normal e um neurocircnio em paciente com a

doenccedila de Parkinson O neurocircnio normal produz a substacircncia dopamina que eacute

responsaacutevel pela conduccedilatildeo dos neurotransmissores Jaacute o neurocircnio afetado apresenta

uma pequena quantidade de dopamina o que afeta a transmissatildeo dos

neurotransmissores e com isso o paciente sofre os diversos males que foram

narrados (ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Figura 05 ndash Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

O detalhe mais pertinente para saber se haacute o surgimento da doenccedila eacute o surgimento

de incapacidades provenientes dos distuacuterbios motores Geralmente aqueles que

sofrem desta doenccedila natildeo se datildeo conta que estatildeo doentes o que precisa ser

observado por quem estar mais perto seja os familiares seja os cuidadores

(GONCALVES ALVAREZ ARRUDA 2007)

Mesmo com todo o desenvolvimento tecnoloacutegico existente no campo da sauacutede ainda

natildeo existe um remeacutedio para acabar com o Mal de Parkinson ou para bloquear o seu

aumento Os procedimentos atuais visam dar condiccedilotildees ao paciente que possui a

doenccedila de viver de forma independente e de manter seu psicoloacutegico forte por mais

tempo Isso eacute feito receitando a ele dopamina estriatal que pode ser aumentada agrave

45

medida que os efeitos da doenccedila vatildeo aumentando (GONCALVES ALVAREZ

ARRUDA 2007)

262 Doenccedila de Alzheimer

A doenccedila de Alzheimer descrita pela primeira vez em 1906 pelo Dr Alois Alzheimer

eacute uma doenccedila que ateacute os dias atuais natildeo apresenta cura e tende a se agravar ao

longo dos anos Eacute a patologia neurodegenerativa mais usual que acomete pacientes

acima dos 55 (cinquenta e cinco) anos e causa transtornos como perda de memoacuteria

desorientaccedilatildeo danos na linguagem falta de atenccedilatildeo e vaacuterias outras situaccedilotildees

constrangedoras (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER 2018)

Natildeo se conhece exatamente os motivos pelos quais a doenccedila surge mas eacute bem

conhecido algumas lesotildees que ocorrem no ceacuterebro de um paciente portador da

doenccedila e as principais lesotildees satildeo as placas senis os emaranhados neurofibrilares e

a reduccedilatildeo de ceacutelulas nervosas sendo certo que ela eacute a responsaacutevel por cinquenta por

cento dos casos de demecircncia em idosos (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE

ALZHEIMER 2018)

Muito embora a cura da doenccedila e a reversatildeo da deterioraccedilatildeo causada pela DA ainda natildeo tenham sido descobertas pesquisadores buscam o aperfeiccediloamento de tratamentos jaacute disponiacuteveis que visam agrave melhora cognitiva e diminuiccedilatildeo de sintomas comportamentais (Aacutevila 2003) Nesse caso a medicaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas cognitivas de reabilitaccedilatildeo aleacutem de informaccedilotildees sobre a doenccedila e o apoio a familiares e cuidadores eacute de suma importacircncia para reverter o quadro cliacutenico e sintomaacutetico da doenccedila (GONCALVES CARMO 2012 p 171)

Haacute uma forte tendecircncia da ciecircncia de tentar explicar o surgimento do Mal de Alzheimer

via geneacutetica pois uma porcentagem consideraacutevel dos pacientes que possuem a

doenccedila apresenta casos semelhantes na famiacutelia Outros fatores tambeacutem satildeo

considerados tais como aminoaacutecidos neurotoacutexicos uso indiscriminado do alumiacutenio

agentes infecciosos etc Abaixo na figura TC uma tentativa de explicaccedilatildeo dessa

doenccedila (SERENIKI VITAL 2008)

Na Figura 06 existe uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro de paciente normal e de um paciente

com a Doenccedila de Alzheimer Percebe-se que o ceacuterebro do paciente com a Doenccedila de

Alzheimer apresenta-se cheio de falhas

46

Figura 06 ndash Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

263 Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus (DM) eacute uma doenccedila crocircnica natildeo-transmitiacutevel que afeta uma

multidatildeo de pessoas em todo o mundo e se caracteriza por um aumento acentuado

da glicemia devido agrave falta de insulina que eacute fabricada pelo pacircncreas Haacute dois tipos

de diabetes um natural (Tipo 01) e outra adquirida (Tipo 02) A do Tipo 02 eacute causada

pela obesidade comidas gordurentas falta de exerciacutecios fiacutesicos e se mostra como o

mal moderno Jaacute a do tipo 01 jaacute nasce com o indiviacuteduo Em ambos os casos o

pacircncreas deixa de fabricar insulina que possui uma moleacutecula que quebra a moleacutecula

de glicose Com isso haacute um aumento de glicose no sangue e isso provoca diversos

danos em outros oacutergatildeos A insulina injetada entra para ajudar na eliminaccedilatildeo do accediluacutecar

excedente (BUSNELLO et al 2012)

De acordo com Vargas Lara e Mello-Carpes ldquono Brasil existem cerca de 500 mil

diabeacuteticos 450 mil fazendo uso da insulina e quase dois milhotildees desconhecendo ter

diabetes Aleacutem disso estima-se que em 2030 o nuacutemero de pessoas acometidas pela

DM dobraraacuterdquo Esses dados para o sujeito idoso satildeo extremamente preocupantes

tendo em vista a necessidade de cuidados constantes (VARGAS LARA MELLO-

CARPES 2014 p 869)

47

Idosos que apresentam a DM apresentam estrutura fiacutesica e emocional prejudicadas

com certa limitaccedilatildeo nos afazeres do dia-a-dia com limitaccedilatildeo na alimentaccedilatildeo e com

liberdade e autonomia afetadas Diferentemente das outras doenccedilas a DM eacute bem

mapeada e consegue-se ter um controle bastante apropriado para amenizar os efeitos

dessa doenccedila (VARGAS LARA MELLO-CARPES 2014)

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

A Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) eacute a doenccedila crocircnica natildeo transmitida mais

presente na vida dos idosos Trata-se de uma doenccedila que eleva a pressatildeo sanguiacutenea

a niacuteveis altiacutessimos e como consequecircncia faz com que o coraccedilatildeo tenha que exercer

uma atividade fora do padratildeo para conseguir fazer o sangue circular pelo corpo do

indiviacuteduo (LEAtildeO E SILVA et al 2013)

Ela aumenta paulatinamente agrave medida que o indiviacuteduo vai envelhecendo e eacute tida por

diversos especialistas como o principal fator de risco para o idoso podendo ocasionar

doenccedilas como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) o infarto do miocaacuterdio e vaacuterias

outras doenccedilas silenciosas Diversos fatores ocasionam um aumento na pressatildeo

arterial dentre eles os mais comuns satildeo o excesso de sal utilizado no dia-a-dia o

estresse etc (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Para um padratildeo de referecircncia com intuito de definir se um idoso apresenta uma

pressatildeo alta ou normal vaacuterios estudos sugerem valores diferentes o que acaba

sendo um ponto de debate interessante entre os especialistas da aacuterea conforme

relatado abaixo

Haacute grande controveacutersia na literatura em relaccedilatildeo ao ponto de corte para o qual a PA pode ser considerada controlada na populaccedilatildeo idosa principalmente nos idosos com idade mais avanccedilada (acima dos 80 anos) Estudos recentes sugerem uma meta de controle mais flexiacutevel (abaixo de 150 mmHg para a PAS e de 90 mmHg para a PAD) para esta faixa etaacuteria por evidenciarem que o controle mais rigoroso pode natildeo ser significativo na reduccedilatildeo das complicaccedilotildees associadas agrave doenccedila (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016 p 112)

Para se ter um controle dessa doenccedila importante salientar os haacutebitos de vida

saudaacuteveis associados com o acompanhamento meacutedico mediccedilatildeo das funccedilotildees vitais

do idoso controle sistemaacutetico porque essa doenccedila sendo uma doenccedila silenciosa

assintomaacutetica pode acarretar outras complicaccedilotildees tais como um Acidente Vascular

Cerebral (AVC) (JARDIM et al 2017)

48

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

A Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (ITU) eacute a inflamaccedilatildeo das vias urinaacuterias e eacute uma doenccedila

responsaacutevel por cerca de quarenta porcento das infecccedilotildees nosocomiais Eacute bastante

rotineira nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e sua probabilidade de ocorrecircncia

em homens idosos aumenta consideravelmente tendo em vista que ldquoA

instrumentaccedilatildeo das vias urinaacuterias ndash incluindo ndash se o cateterismo vesical ndash e a

ocorrecircncia de doenccedila prostaacutetica satildeo os fatores mais implicados no aumento da

incidecircncia no sexo masculinordquo (RORIZ-FILHO et al 2010 p 119)

A mulher idosa tambeacutem tem uma grande possibilidade de desenvolver tal doenccedila

tendo em vista as modificaccedilotildees funcionais da bexiga devido a diversos fatores que

ldquoassociados agraves mudanccedilas troacuteficas do epiteacutelio da mucosa vaginal e a presenccedila de

infecccedilatildeo genital facilitam o desenvolvimento de ITUrdquo (MARQUES MOREIRA

SANTOS 2010 p 151)

Para se ter um diagnoacutestico preciso acerca da Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio faz-se coleta

da urina do paciente e em seguida sua cultura o que leva alguns dias O diagnoacutestico

apresenta-se preciso apoacutes esse procedimento Existem outros exames a serem feitos

que apresentam resultados mais raacutepidos poreacutem natildeo tatildeo precisos Um deles eacute o

exame tipo I e o outro eacute a coloraccedilatildeo pelo meacutetodo Gram (VETTORE et al 2013)

Os principais sintomas que indicam que pode haver uma Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

satildeo urina com odor feacutetido disuacuteria com urgecircncia polaciuacuteria e urecircncia Esses sintomas

satildeo um indicativo muito forte de possibilidade de existecircncia de um quadro infeccioso

e somente pode-se comprovar apoacutes as anaacutelises que foram mencionadas (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010)

Para se fazer um tratamento adequado que apresente resultados de imediato haacute a

necessidade de se observar alguns fatores tais como ldquopresenccedila de comorbidade

fatores predisponentes sintomatologia e repercussatildeo sistecircmica da infecccedilatildeo assim

como para a interaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outros medicamentos []rdquo Importante

observar a relaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outras drogas pois o paciente idoso faz uso

de diversos produtos farmacecircuticos No Quadro 07 um exemplo de drogas que podem

ser utilizadas para o tratamento do idoso com Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010 p 156)

49

Quadro 07 ndash Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso DROGAS UTILIZADAS NA ITU NOS IDOSOS

I ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO INFERIOR (3 A 7 DIAS)

Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprima 160 mg de 12 12h

Norfloxacina 400 mg de 1212h

Ciprofloxacina 250 mg de 1212h

Levofloxacina 250 mg por dia

Nitrofurantoina 100 mg de 88h

II ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO SUPERIOR (14 DIAS)

Ciprofloxacina 500 mg EV de 1212h

Levofloxacina 500 mg EV por dia

Ceftriaxone 1g EV de 1212h

Piperacina soacutedica + Tazobactana soacutedica 225g EV de 88h

Fonte Marques Moreira e Santos (2010 p 158)

266 Osteoporose

A Osteoporose ldquo[] eacute uma doenccedila esqueleacutetica sistecircmica caracterizada por diminuiccedilatildeo

da massa oacutessea e deterioraccedilatildeo microarquitetural do tecido oacutesseo com consequente

aumento da fragilidade oacutessea e susceptibilidade agrave fraturardquo sendo a condiccedilatildeo mais

criacutetica da osteopenia Eacute uma doenccedila predominante em sujeitos idosos e consiste

grosso modo do enfraquecimento dos ossos o que pode levar a diversas

consequecircncias ao idoso A Figura 07 apresenta como ocorre essa doenccedila (LIMA et

al 2014 p 35)

Figura 07 ndash Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

50

Jaacute na Figura 08 tem-se uma vista mais ampla de como a osteoporose atua Pode-se

perceber que ela age deixando o osso em um formato esponjoso como se estivesse

oco como eacute popularmente conhecido tal doenccedila A ilustraccedilatildeo eacute do osso do quadril

mas eacute extensiacutevel a toda a estrutura oacutessea onde ocorrer a comorbidade (LIMA et al

2014)

Figura 08 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Existem diversos tipos de osteoporose que satildeo provocadas por vaacuterios fatores por

isso diz-se que eacute uma doenccedila multifatorial Basicamente satildeo divididas em primaacuteria

com tipos I e II e secundaacuteria a primeira eacute desenvolvida por causas naturais jaacute a

segunda eacute desenvolvida por meio de causas natildeo-naturais tais como a inflamaccedilatildeo

(CAMARGOS BOMFIM 2017)

Consequecircncias diversas podem surgir oriundas da osteoporose tais como ldquoperda da

massa deterioraccedilatildeo do tecido desarranjo da arquitetura e comprometimento da forccedila

oacutessea com aumento no risco de fraturardquo Ela atua de forma silenciosa e na maior parte

dos casos eacute descoberta somente quando ocorre algum acidente por mais simples que

seja com consequente fratura de algum osso do portador de tal doenccedila (BRASIL

2009 p 01)

51

Pode ser diagnosticada tratada e prevenida antes da ocorrecircncia de qualquer evento

que poderaacute comprometer a estrutura oacutessea de seu portador Ocorrendo algum

acidente este poderaacute afetar a estrutura fiacutesica do paciente deformaccedilatildeo no corpo como

um todo etc Na prevenccedilatildeo deve-se utilizar cerca de 1000mgdia de caacutelcio vitamina

D 400ndash800 Uldia ou algum medicamento tais como calcitonina bifosfonatos

raloxifeno e paratormocircnio (BRASIL 2017)

Haacute projeccedilotildees que dizem que cerca de 50 das mulheres e 20 dos homens com

idades acima dos 50 anos poderatildeo sofrer alguma fratura proveniente da osteoporose

ao longo de sua vida Como jaacute foi citado anteriormente a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

para o sujeito idoso e natildeo somente a estes mas ao ser humano em geral eacute uma

praacutetica altamente recomendada pelos profissionais da sauacutede devido agraves pesquisas

cientiacuteficas comprovarem as consequecircncias eficazes de quem se exercita e que por

isso eacute bastante recomendada para pacientes que possuem osteoporose (MOTA

SOUSA AZEVEDO 2012)

Nas palavras de Mota Sousa e Azevedo tem-se

Haacute uma forte correlaccedilatildeo entre a qualidade de vida dos idosos e a atividade fiacutesica pois com a degeneraccedilatildeo do sistema musculoesqueleacutetico nos idosos e a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional a praacutetica da atividade fiacutesica influecircncia no tratamento e na prevenccedilatildeo da osteoporose trazendo benefiacutecios como a melhoria do desempenho das capacidades funcionais o aumento da forccedila muscular e flexibilidade e uma consideraacutevel melhora da coordenaccedilatildeo motora (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012 p47)

Portanto uma forma de reduzir os efeitos que a osteoporose apresenta ao seu

portador eacute praticando exerciacutecios fiacutesicos diariamente que aliado agrave uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel e rica em caacutelcio pode-se gerar resultados bastante satisfatoacuterios

fortalecendo os muacutesculos revigorando o equiliacutebrio afastando a possibilidade de

atrofia pelo natildeo-uso do membro que esteja lesionado e com isso retardando a

desmineralizaccedilatildeo oacutessea (BRASIL 2017)

Outras precauccedilotildees deveratildeo ser administradas ao sujeito idoso portador da

osteoporose para evitar riscos de queda que satildeo os principais fatores complicadores

da sauacutede do idoso Tais procedimentos podem ser a retirada de objetos que podem

dificultar a mobilidade do sujeito idoso por onde anda evitar tapetes escorregadios

colocar materiais antiderrapantes nas superfiacutecies por onde o idoso se movimenta

facilitar o acesso ao banheiro etc (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012)

52

53

3 METODOLOGIA

Tendo a finalidade de desenvolver as propostas que foram apresentadas quando do

comeccedilo deste trabalho optou-se por fazer uma revisatildeo bibliograacutefica do tema sabendo

que essa eacute uma modalidade de pesquisa que se destina a concatenar e observar os

conhecimentos que jaacute foram publicados a respeito de um determinado assunto que

no caso em questatildeo eacute a Assistecircncia de Enfermagem ao sujeito idoso

De acordo com Mancini e Sampaio (2006 p 361 - 472) trabalhos de ldquoRevisotildees da

literatura satildeo caracterizadas pela anaacutelise e pela siacutentese da informaccedilatildeo disponibilizada

por todos os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema[]rdquo Tendo

em vista todos os estudos relevantes publicados por um determinado tema mas sem

limitaacute-lo pois como eacute de amplo conhecimento a quantidade de informaccedilotildees eacute infinita

daiacute a necessidade de se fazer uma limitaccedilatildeo temporal a respeito

Utilizou-se para o desenvolvimento do estudo os seguintes bancos de dados

Scientific Electronic Library (Scielo) Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) Descritores

em Ciecircncia da Sauacutede (DeCS) Ministeacuterio da Sauacutede e livros

Como criteacuterios de inclusatildeo foi estabelecido o uso de revistas acadecircmicas artigos

cientiacuteficos livros etc do ano de 2006 a 2017 Como criteacuterios de exclusatildeo optamos

por natildeo fazermos uso de materiais em liacutenguas estrangeiras materiais antigos

materiais incompletos e materiais que natildeo apresentam rigor cientiacutefico tais como

trabalhos acadecircmicos de revisatildeo

Por fim o presente estudo natildeo necessita de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica (CE) da

Universidade uma vez que as informaccedilotildees coletadas satildeo provenientes de materiais

de acesso puacuteblico e de conhecimento de todos os interessados

54

55

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO

Existem vaacuterias formas de se aplicar a Assistecircncia de Enfermagem e o que eacute utilizado

no Brasil por diversos motivos eacute o que foi desenvolvido em 1979 pela enfermeira e

pesquisadora paraense Wanda Horta atraveacutes de seu livro Processo de Enfermagem

(SILVA et al 2011)

Nas palavras de Silva e outros (2011 p 1381) percebe-se o caraacuteter cientiacutefico e seacuterio

do uso da Assistecircncia de Enfermagem Vejamos

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) eacute conceituada como um meacutetodo de prestaccedilatildeo de cuidados para a obtenccedilatildeo de resultados satisfatoacuterios na implementaccedilatildeo da assistecircncia com o objetivo de reduzir as complicaccedilotildees durante o tratamento de forma a facilitar a adaptaccedilatildeo e recuperaccedilatildeo do paciente O uso do meacutetodo requer o pensamento criacutetico do profissional que deve estar focado nos objetivos e voltado para os resultados de forma a atender as necessidades do paciente e de sua famiacutelia exigindo constante atualizaccedilatildeo habilidades e experiecircncia sendo orientado pela eacutetica e padrotildees de conduta Portanto eacute um modo de exercer a profissatildeo com autonomia baseada nos conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas uacuteltimas deacutecadas

Importante deixar claro o entendimento acerca do que eacute a Sistematizaccedilatildeo da

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem antes de aplicaacute-

los ao sujeito idoso pois tais conceitos satildeo aplicados de forma geral na enfermagem

Todo o profissional de enfermagem precisar ter bem solidificado tais conceitos para

que possam se tornar profissionais competentes e antenados com a real situaccedilatildeo de

seu paciente (GARCIA 2016)

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

A sistematizaccedilatildeo eacute normatizada pela resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN) juntamente com o Processo de Enfermagem (PE) Eacute

entendido como sendo a responsaacutevel por ldquoorganizar o trabalho profissional quanto ao

meacutetodo pessoal e instrumentos tornando possiacutevel a operacionalizaccedilatildeo do processo

de Enfermagemrdquo (BRASIL 2009 p 01)

Garcia (2016) fala a respeito do amplo uso das teacutecnicas da SAE Vejamos

56

Especialmente quando analisamos a dimensatildeo assistencial da praacutetica reconhecemos haver uma ampla gama de situaccedilotildees vivenciadas no cotidiano de cuidados agrave clientela envolvendo a necessidade de sistematizaccedilatildeo da assistecircncia e de aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem aspectos substantivos da profissatildeo (GARCIA 2016 p 05)

A Sistematizaccedilatildeo de Assistecircncia da Enfermagem (SAE) aplicada ao idoso torna-se

dessa forma uma tentativa de fornecer uma assistecircncia de qualidade e personalizada

ao idoso por isso padroniza-se a entrevista que o profissional de enfermagem faz ao

paciente com o intuito de saber a real situaccedilatildeo do cliente Para se fazer tal

assistecircncia o profissional de enfermagem precisa da ajuda do Processo de

Enfermagem que complementa a SAE (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

412 Processo de Enfermagem

Eacute definido como sendo ldquoum instrumento metodoloacutegico que orienta o cuidado do

profissional de enfermagem e a documentaccedilatildeo da praacutetica profissionalrdquo e eacute dividido

em cinco etapas que abaixo satildeo escritas conforme resoluccedilatildeo ndeg 3582009 O Quadro

08 apresentada cada etapa do Processo de Enfermagem (PE) (BRASIL 2009 p 01)

Quadro 08 ndash Etapas do processo de enfermagem PROCESSO DE ENFERMAGEM

ETAPA DESCRICcedilAtildeO

COLETA DE DADOS

Essa eacute a primeira etapa do processo de enfermagem e consiste em colher todos os dados possiacuteveis do paciente valendo de teacutecnicas variadas e com a maior precisatildeo possiacutevel para um melhor atendimento do paciente Importante nessa fase coletar informaccedilotildees por parte da famiacutelia dos pacientes para que as informaccedilotildees possam ser confirmadas devido ser de fontes diversas

DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

Apoacutes a coleta dos dados o profissional de enfermagem passa a processar as informaccedilotildees e interpretando-as para que possa ter a tomada de decisatildeo mais eficaz para o paciente Essa etapa consiste em descrever exatamente o que o paciente tem e funciona como base para a accedilatildeo do profissional de enfermagem

PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Nessa etapa o profissional determina o que espera alcanccedilar de resultados quando das devidas intervenccedilotildees apoacutes a etapa anterior Aqui o profissional cria uma espeacutecie de roteiro para certificar-se do que poderaacute ocorrer

IMPLEMENTACcedilAtildeO Nessa etapa o profissional coloca em praacutetica o que foi decido nas etapas anteriores

AVALIACcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Trata-se de um processo contiacutenuo e analiacutetico no qual o profissional observa o seu paciente fazendo as devidas anotaccedilotildees do quadro dele para posterior mudanccedila das implementaccedilotildees Todo esse processo eacute dinacircmico e por isso o profissional precisa estar atento ao paciente durante todo instante em que ele esteja sob seus cuidados

Fonte Brasil (2009) (Adaptado pela autora)

57

A Figura 09 ilustra o que foi dito a respeito do Processo de Enfermagem no Quadro

08

Figura 09 ndash Processo de Enfermagem

Fonte Autoria proacutepria (2018)

Como pode-se inferir do Quadro 08 descrito desenvolver e aplicar a Sistematizaccedilatildeo

da Assistecircncia de Enfermagem de acordo com o Processo de Enfermagem eacute um

processo que exige muita disciplina e conhecimento do profissional de enfermagem

pois eacute sabido que se trata de um processo teacutecnico-cientiacutefico e somente o enfermeiro

habilitado poderaacute exercitar cada uma das fases que se mostram em conjunto A sua

separaccedilatildeo conforme descrita acima eacute apenas para efeitos didaacuteticos (GARCIA 2016)

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos

Para aplicar a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem e o Processo de

Enfermagem ao sujeito idoso o profissional de enfermagem tem a necessidade de

seguir procedimentos descritos principalmente na NANDA Internacional que se

tornou a principal fonte de diagnoacutesticos de enfermagem e que ldquofavorece a

58

identificaccedilatildeo de estrateacutegias para elevar a qualidade da assistecircncia e contribuir na

formaccedilatildeo de recursos humanosrdquo (KOKUDAI ALVARENGA 2010 p03)

A NANDA eacute dividida em diversos toacutepicos e assim resolvemos separar conforme

Quadro 09 os cuidados necessaacuterios de acordo com cada doenccedila predominante na

terceira idade que foi comentada neste trabalho As descriccedilotildees natildeo se limitam ao que

foi dito pois colocamos apenas algumas situaccedilotildees devido agrave enorme quantidade de

situaccedilotildees diagnoacutesticos e cuidados existentes

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continua)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Hipertensatildeo Arterial

Sistecircmica

Risco de desequiliacutebrio eletroliacutetico

Risco de mudanccedila nos niacuteveis de eletroacutelitos seacutericos capaz de comprometer a sauacutede

Estilo de vida sedentaacuterio Trata-se de um estilo de vida sem a praacutetica de atividades fiacutesicas

Ansiedade

Trata-se de um sentimento desgastante que assola o seu portador diante da expectativa de notiacutecias ou de situaccedilotildees estressantes e novas Pode-se considerar como um sinal de alerta que o organismo desenvolveu para deixar o indiviacuteduo atento em condiccedilotildees de periacuteodo de toda sorte

Padratildeo de sono prejudicado

Devido a fatores externos o indiviacuteduo natildeo possui uma rotina constante e linear de sono sendo que existe a condiccedilatildeo de dormeacorda que prejudica o organismo como um todo

Nutriccedilatildeo desequilibrada

O sujeito alimenta-se de nutrientes que em muitos casos satildeo em excesso ocasionando armazenamento de energia em formato de gordura

Mal de Parkinson

Problemas Motores

Risco de queda Facilidade com que o sujeito tem de desequilibrar e cair o que pode causar enormes danos

Bradicinesia Lentidatildeo de respostas fiacutesicas e psiacutequicas

Mobilidade fiacutesica prejudica

Limitaccedilatildeo no movimento fiacutesico independente e voluntaacuterio do corpo ou de uma ou mais extremidades

Problemas Natildeo-

motores

Demecircncia Enfraquecimento das faculdades intelectuais diante de lesotildees no ceacuterebro

Ansiedade

Vago e incocircmodo sentimento de desconforto ou temor acompanhado por resposta autonocircmica (a fonte eacute frequentemente natildeo especiacutefica ou desconhecida para o indiviacuteduo) sentimento de apreensatildeo causada pela antecipaccedilatildeo de perigo Eacute um sinal de alerta que chama a atenccedilatildeo para um perigo iminente e permite ao indiviacuteduo tomar medidas para lidar com a ameaccedila

59

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continuaccedilatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Alzheimer

Deacuteficit no autocuidado Capacidade prejudicada de realizar ou completar as atividades de banho por si mesmo

Mobilidade fiacutesica prejudicada Limites para movimentar-se seja com movimento voluntaacuterios ou involuntaacuterios

Insuficiecircncia na capaci-dade do a-dulto para melhorar

Depressatildeo Deterioraccedilatildeo funcional progressiva de natureza fiacutesica e cognitiva A capacidade do indiviacuteduo de viver com doenccedilas multissistecircmicas enfrentar os problemas decorrentes e controlar o seu cuidado estaacute notavelmente diminuiacuteda

Decliacutenio da memoacuteria

Distuacuterbio de sono Dificuldade para dormir em periacuteodos prolongados

Confusatildeo crocircnica

Deterioraccedilatildeo irreversiacutevel das faculdades mentais de forma prolongada O indiviacuteduo passa a natildeo perceber os fatores externos que podem indicar algo tal como perigo atenccedilatildeo moral e tantos outros Apresenta distuacuterbios na memoacuteria passando a natildeo mais reconhecer e nem lembrar de coisas e pessoas

Diabetes Mellitus

Autocontrole ineficaz

da sauacutede

Natildeo consegue se controlar e agir conforme necessidade para ter uma sauacutede plena e satisfatoacuteria ou seja natildeo consegue cuidar de si

Perfusatildeo tissular perifeacuterica ineficaz

Reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo sanguiacutenea para a periferia capaz de comprometer a sauacutede

Risco de Infecccedilatildeo

Risco de ter em seu organismo elementos estranhos e que possam danificar a sua sauacutede

Risco de olho seco

Risco de desconforto ocular ou dano agrave coacuternea e agrave conjuntiva devido agrave quantidade reduzida ou agrave qualidade das laacutegrimas para hidratar o olho

Risco de glicemia instaacutevel Natildeo possui uma estabilidade padratildeo em seu niacutevel glicecircmico devido agrave quantidade de glicose no sangue

Infecccedilotildees do trato

urinaacuterio

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Eliminaccedilatildeo urinaacuteria prejudicada Disfunccedilatildeo na eliminaccedilatildeo da urina

Risco de siacutendrome do desuso Devido agrave falta de uso de algum membro do corpo corre-se o risco desse membro atrofiar-se

Risco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircncia

Risco de perda involuntaacuteria de urina que ocorre imediatamente apoacutes uma forte sensaccedilatildeo de urgecircncia para urinar

Conforto prejudicado Percebe-se que inexiste a sensaccedilatildeo de conforto nas dimensotildees do ser humano

Osteoporose

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Risco de constipaccedilatildeo Possibilidade de diminuiccedilatildeo na frequecircncia normal de evacuaccedilatildeo paralela a uma dificuldade de eliminaccedilatildeo das fezes

60

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (conclusatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Osteoporose

Risco para quedas Estado em que o indiviacuteduo tem uma suscetibilidade para quedas aumentada

Mobilidade fiacutesica prejudicada Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute prestes a apresentar limitaccedilotildees dos movimentos fiacutesicos poreacutem ainda natildeo se encontra imoacutevel

Andar prejudicado Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute em risco de apresentar limitaccedilatildeo para andar

Fonte Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA (2013) Santos e outros (2017) Mattos e outros (2011) (Adaptado pela autora)

Saber utilizar os Diagnoacutesticos de Enfermagem corretamente e que satildeo padronizados

eacute bastante eficaz aceito e exigido para evitar que o profissional de enfermagem crie

mecanismos subjetivos de cuidados pois se assim ocorresse haveria um caos na

enfermagem com cada profissional atuando conforme melhor lhe for apresentado

(SOUZA ALVES PASSOS 2010)

A utilizaccedilatildeo do Diagnoacutestico de Enfermagem padronizado eacute um instrumento necessaacuterio

para evitar que os profissionais de enfermagem fragmentem os cuidados e os dilemas

dos pacientes deixando de observaacute-los como um todo e na grande maioria dos casos

prescrevendo cuidados que natildeo possuem nenhuma relaccedilatildeo com os problemas

relatados Dessa forma pode-se observar o Diagnoacutestico de Enfermagem como uma

ferramenta de trabalho altamente eficaz em seu uso cotidiano pois fornece ao

profissional de enfermagem um planejamento pautado no histoacuterico de atuaccedilatildeo pois

uma vez que os problemas sejam conhecidos mapeados e anotados torna-se mais

eficaz e otimizado o processo do cuidado em toda a sua plenitude Por essa oacutetica

constata-se como eacute importante o Diagnoacutestico de Enfermagem para o sujeito idoso

pois consegue construir todo um conjunto de atuaccedilatildeo para o cuidado sempre visando

o bem-estar do idoso (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso

Depois de ter feito o diagnoacutestico de enfermagem do sujeito idoso e de ter descoberto

as suas comorbidades o profissional de enfermagem precisa entatildeo fazer as devidas

intervenccedilotildees Tais intervenccedilotildees satildeo tratadas como prescriccedilotildees de enfermagem e

possuem um campo de atuaccedilatildeo mapeado para natildeo sobrepor ao trabalho do meacutedico

(FAEDA PERROCA 2017)

61

Ainda de acordo com a resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de Enfermagem

(COFEN) o Art 4ordm assim determina

Ao enfermeiro [] incumbe a lideranccedila na execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do Processo de Enfermagem de modo a alcanccedilar os resultados de enfermagem esperados cabendo-lhe privativamente o diagnoacutestico de enfermagem acerca das respostas da pessoa famiacutelia ou coletividade humana em um dado momento do processo sauacutede e doenccedila bem como a prescriccedilatildeo das accedilotildees ou intervenccedilotildees de enfermagem a serem realizadas face a essas respostas (BRASIL 2009 p 03)

Ou seja o profissional de enfermagem tem ampla prerrogativa para desenvolver a

Prescriccedilatildeo de Enfermagem baseado nos protocolos e nos estudos que desenvolveu

na Universidade Dentre os vaacuterios diagnoacutesticos possiacuteveis para o sujeito idoso em

diversas situaccedilotildees iremos nos concentrar em somente aqueles que aqui foram

discutidos Faz-se necessaacuterio observar que a Prescriccedilatildeo de Enfermagem eacute uma

ferramenta de uso dinacircmico Entende-se de uso dinacircmico a ideia de que o profissional

de enfermagem natildeo pode descuidar do seu paciente tendo a necessidade de sempre

observaacute-lo e atualizar o que surgir de novo para que possa estar sempre atualizando

o estado de sauacutede do cliente (FAEDA PERROCA 2017)

Abaixo no Quadro 10 tem-se a Prescriccedilatildeo de Enfermagem para as doenccedilas que

foram discutidas neste trabalho Vale ressaltar que existem diversas doenccedilas que

acometem o sujeito idoso mas vamos nos ater apenas nas principais que foram

tratadas uma vez que satildeo o objeto limitador de estudo deste trabalho (MOROZ

KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (continua)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

Mudanccedila no estilo de vida dos pacientes idosos Eliminaccedilatildeo do uso do sal Controle do peso Controle da ansiedade Praacutetica diaacuteria de atividades fiacutesicas Uso adequado dos medicamentos Abstinecircncia ao fumo e ao aacutelcool

Mal de Parkinson

Programa de exerciacutecios diaacuterios para aumentar a forccedila muscular o que iraacute melhorar a coordenaccedilatildeo e a destreza reduzindo a rigidez muscular Encorajar ensinar e incentivar o cliente durante os exerciacutecios da vida diaacuteria para promover o autocuidado Encorajar o paciente a seguir um padratildeo de horaacuterio regular aumentando a consciecircncia para a ingestatildeo de liacutequidos e a ingestatildeo de alimentos com um conteuacutedo de fibra moderado Monitorar o peso semanalmente indicando se a absorccedilatildeo caloacuterica eacute adequada Desenvolver meacutetodo de comunicaccedilatildeo para satisfazer as necessidades do paciente encorajar o paciente a participar de programas sociais para evitar a depressatildeo

62

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (conclusatildeo)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Alzheimer Orientar a higiene corporal e higiene oral Medidas de prevenccedilatildeo de lesatildeo por pressatildeo Mudanccedila de decuacutebito Administraccedilatildeo de medicaccedilatildeo ansioliacutetica conforme prescriccedilatildeo meacutedica Proporcionar alimentaccedilatildeo saudaacutevel (frutas e legumes) em poucas quantidades vaacuterias vezes ao dia Ajudar no autocuidado Incentivar o autocuidado a comunicaccedilatildeo verbal a cogniccedilatildeo e a memoacuteria atraveacutes de jogos leituras e atividades luacutedicas Auxiliar a famiacutelia no entendimento e no enfrentamento da patologia

Diabetes Mellitus

Fornecer informaccedilotildees ao paciente Desenvolver um plano de ensino para o paciente Avaliar as estrateacutegias de enfrentamento para o paciente e tranquiliza-lo Determinar os meacutetodos de ensino para o paciente Avaliar as habilidades e comportamentos de autocuidado dos pacientes Monitorar pacientes experientes ateacute que eles natildeo cometam erros no autocuidado Instruir pacientes e familiares a reconhecer os sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia

Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

Orientar ao paciente da necessidade do uso adequado do medicamento dos horaacuterios da quantidade e das vias de administraccedilatildeo Orientar os idosos e familiares quanto aos resultados da medicaccedilatildeo Manter o registro da frequecircncia da incontinecircncia urinaacuteria registrar mudanccedilas da pressatildeo arterial do estado mental e das habilidades funcionais Realizar as medidas terapecircuticas Realiza treinamento da bexiga

Osteoporose

Deixar o paciente e o membro afetado em repouso Imobilizar o local da fratura para evitar movimentos Repousar o paciente em uma cama ortopeacutedica Deixar o local da fratura em posiccedilatildeo elevada Aplicar as medicaccedilotildees que foram receitadas Documentar todos os relatos de dores deixando claro onde ocorre e as caracteriacutesticas Incentivar o paciente a discutir os problemas relacionados agrave lesatildeo Medicar antes das atividades de cuidado Revisar a patologia fazendo prognoacutesticos e expectativas futuras Discutir o regime medicamentoso individual de forma apropriada Encorajar exerciacutecios brandos Monitorar a ingestatildeo de alimentos Auxiliar lentamente a pessoa a sentar Aumentar a motilidade dos membros Reduzir ou eliminar os fatores que aumentam a experiecircncia dolorosa

Fonte Florecircncio e outros (2012) Mattos e outros (2011 p 443) Menezes e outros (2013 p04) Tosin e outros (2016) Santos e outros (2017) (Adaptado pela autora)

Agir de acordo com as prescriccedilotildees de enfermagem que aqui foram desenvolvidas

proporciona ao sujeito idoso uma melhoria em sua qualidade de vida e dessa forma

consegue viver a terceira idade com plena satisfaccedilatildeo e alegria sem perder de vista a

extrema necessidade de cuidados constantes que a condiccedilatildeo de sujeito idoso lhe

obriga (LIRA et al 2013)

Conclui-se do que foi apresentado no quadro 10 que o profissional de enfermagem

deteacutem uma importante funccedilatildeo em sua aacuterea de atuaccedilatildeo e que precisa estar sempre

estudando se atualizando das novidades meacutedicas para poder oferecer um bom

cuidado ao seu cliente idoso seja no ambiente hospitalar seja no ambiente de abrigo

de idosos ou no proacuteprio lar do idoso (FAEDA PERROCA 2017)

Diante de todo o estudo realizado acerca do sujeito idoso e da relaccedilatildeo do profissional

de enfermagem com o seu paciente idoso conseguimos ter alguns resultados

63

satisfatoacuterios que a seguir seratildeo apresentados sem a necessidade de estarem em

ordem de prioridade ou seja todos satildeo importantes

64

65

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Envelhecer eacute um verbo que a todos afeta independentemente de sexo raccedila cor etc

Haacute no entanto duas formas de se envelhecer com sauacutede e sem sauacutede Mesmo

diante dessas duas formas de envelhecimento envelhecer com qualidade eacute precioso

para o indiviacuteduo pois dessa forma consegue se aceitar como velho consegue

suportar as doenccedilas que satildeo proacuteprias da terceira idade Consegue ver vantagem em

ser velho

Para se envelhecer com qualidade necessaacuterio eacute que o sujeito tenha uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel que se abstenha de viacutecios que satildeo danosos ao organismo que consiga ter

equiliacutebrio em sua vida pessoal psicoloacutegica iacutentima e em tantos outros campos ou seja

que tenha harmonia em tudo O apoio familiar torna-se primoroso nessa etapa da vida

Ter ao lado quando se estaacute fragilizado devido a velhice pessoas que ama que confia

e por quem eacute amado eacute uma forma de envelhecer com bastante qualidade

O profissional de enfermagem tem um papel fundamental junto a pessoas idosas pois

em muitos casos torna-se seu cuidador principal quando a famiacutelia natildeo pode cuidar

de seu idoso por motivos diversos ou quando o idoso se encontra sozinho sem

famiacutelia e sem amigos Por isso importante ter preparo com pessoas idosas entender

bem o processo de envelhecimento estar sempre atualizado diante das doenccedilas que

atingem os sujeitos idosos

Eacute um trabalho que demanda muito amor por parte do profissional e que por isso natildeo

basta apenas o entender racional de todos os procedimentos precisa ter sentimentos

proacutesperos de ajuda ao proacuteximo e seguir os princiacutepios norteadores de Wanda de

Aguiar Horta para quem a enfermagem foi o maior bem de sua vida pois cuidava de

seus pacientes como se fossem seus filhos

Considerando a taxa de envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira vale destacar

tambeacutem a abertura de mercado gerontoloacutegico para o profissional de enfermagem

Percebemos que com a taxa de envelhecimento da sociedade brasileira acelerada

a demanda por profissionais de enfermagem iraacute aumentar consideravelmente tendo

em vista a necessidade desse profissional para a praacutetica do cuidado com o sujeito

idoso

66

Discussotildees mais aprofundadas em torno do sujeito idoso precisam ser realizadas nas

academias com o intuito de formar profissionais competentes e com entendimento

desse setor pois conforme foi falado eacute um capo em franco crescimento devido ao

envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira Quanto mais capacitado for o profissional

melhor colocaccedilatildeo obteraacute no mercado de trabalho e melhores cuidados conseguiraacute

dispor em favor do paciente idoso

67

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ACIOLE Giovanni Gurgel BATISTA Lucia Helena Promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de incapacidades funcionais dos idosos na estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia a contribuiccedilatildeo da fisioterapia Sauacutede debate Rio de Janeiro v 37 n 96 p 10-19 mar 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-11042013000100003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON O que eacute Parkinson Disponiacutevel em lt

httpwwwparkinsonorgbrgt Acesso em 04 de junho de 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER O que eacute o Alzheimer Disponiacutevel em lt httpwwwabrazorgbrindexphppage=alzheimergt Acesso em 04 de junho de 2018 BAPTISTA Rafael Reimann VAZ Marco Aureacutelio Arquitetura muscular e o envelhecimento adaptaccedilatildeo funcional e aspectos cliacutenicos revisatildeo de literatura Fisioterapia e Pesquisa Satildeo Paulo v16 n4 p368-73 outdez 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdffpv16n415pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 BRASIL Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Osteoporose Boletim Sauacutede e Economia Ano I ndash Ediccedilatildeo nordm 1 agosto de 2009 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt

httpportalanvisagovbrdocuments33884412285Boletim+SaC3BAde+e+Economia+nC2BA+17d49dea4-6610-4a71-9154-c4df75c3dd53gt Acesso em 25 de maio de 2018 BRASIL Cacircmara dos Deputados Estatuto do Idoso Ministeacuterio da Sauacutede - 3 ed 2 reimpr - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2013 70 p ______ Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos Guia de Vigilacircncia em Sauacutede volume uacutenico [recurso eletrocircnico] Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos 2ordf Ed Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2017 705 p Disponiacutevel em lthttpportalarquivos2saudegovbrimagesPDF2017outubro16Volume-Unico-2017pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 ______ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica A Siacutentese dos Indicadores Sociais Uma Anaacutelise das Condiccedilotildees de Vida da Populaccedilatildeo Brasileira - 2016 Disponiacutevel em lthttpswwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimossinteseindicsociais2016defaultshtmgt Acesso em 06 de abril de 2018 ______ Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo nordm 358 do Conselho Federal de Enfermagem 15 de outubro de 2009 (BR) 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384htmlgt Acesso em 27 de abril de 2018

68

BUSNELLO Roberta et al Niacutevel de conhecimento de idosos sobre diabetes mellitus e sua percepccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave qualidade de vida Rev Kairoacutes Gerontologia 201215(3)81-94 Disponiacutevel em lthttpsrevistaspucspbrindexphpkairosarticleviewFile784011432gt Acesso em 23 de abril de 2018 CAMARGOS Mirela Castro Santos BOMFIM Wanderson Costa Osteoporose e Expectativa de Vida Saudaacutevel estimativas para o Brasil em 2008 Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 25 n 1 p 106-112 mar 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2017000100106amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de maio de 2018 CLARES Jorge Wilker Bezerra FREITAS Maria Ceacutelia de PAULINO Monnyck Hellen Couto Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem ao idoso institucionalizado fundamentada em Virginia Henderson Rev Rene (Online) 14(3) 649-658 maio ndash junho de 2013 Disponiacutevel em lt httppesquisabvsaludorgenfermagemresourceptbde-24492gt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 CORDEIRO Juliana et al Efeitos da atividade fiacutesica na memoacuteria declarativa capacidade funcional e qualidade de vida em idosos Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 3 p 541-552 Sept 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000300541amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA [recurso eletrocircnico] definiccedilotildees e classificaccedilatildeo 2012-2014 [NANDA International] traduccedilatildeo Regina Machado Garcez revisatildeo teacutecnica Alba Lucia Bottura Leite de Barros [et al] ndash Dados eletrocircnicos ndash Porto Alegre Artmed 2013 Centro Avanccedilado de Medicina Preventiva ENVELHECIMENTO - Sob o ponto de vista esteacutetico e meacutedico 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwcamepcombrenvelhecimentogt Acesso em 23 maio 2018 ENFERMEIRO aprendiz As Orientaccedilotildees de Enfermagem em Osteoporose 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwenfermeiroaprendizcombras-orientacoes-de-enfermagem-em-osteoporosegt Acesso em 25 maio 2018 ESQUENAZI Danuza SILVA R Boiccedila da GUIMARAtildeES Marco Antocircnio (2014) Aspectos fisiopatoloacutegicos do envelhecimento humano e quedas em idosos Rev Hosp Univ Pedro Ernesto 13(2)11-20 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg1012957rhupe201410124gt Acesso em 04 de junho de 2018 FAEDA Mariacutelia Silveira PERROCA Maacutercia Galan Conformidade na prescriccedilatildeo de enfermagem agraves necessidades de cuidados concepccedilatildeo de enfermeiros Rev Bras Enferm Brasiacutelia v 70 n 2 p 400-406 Apr 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672017000200400amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 May 2018

69

FILHO Mario Alves de Siqueira Envelhecimento e muacutesculo esqueleacutetico forccedila muscular atividade proteassomal e sinalizaccedilatildeo relacionada ao balanccedilo proteacuteico 2012 68 p Tese apresentada ao programa de poacutes-graduaccedilatildeo em fisiologia humana (Doutor em ciecircncias) - Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis4242137tde-12062013-102648enphpgt Acesso em 10 abr 2018 FONSECA Emiacutelio Prado da et al Mortalidade por cacircncer bucal e orofaringe no Brasil entre 2002 e 2011 Revista da Faculdade de Ciecircncias Gerenciais de Manhuaccedilu Manhuaccedilu MG v 11 n 2 p 08-17 Agosto-Dezembro 2014 Disponiacutevel em lthttppensaracademicofacigedubrindexphppensaracademicoarticleview216gt Acesso em 04 de junho de 2018 FLOREcircNCIO Raquel Sampaio et al Adesatildeo ao idoso ao tratamento para hipertensatildeo arterial e intervenccedilotildees de enfermagem Rev Rene 2012 13(2) 343-53 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicosufcbrrenearticleviewFile39243114gt Acesso em 22 de abril de 2018 GARCIA Telma Ribeiro Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem aspecto substantivo da praacutetica profissional Esc Anna Nery Rio de Janeiro 2016 20(1) 5-10 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeanv20n11414-8145-ean-20-01-0005pdfgt Acesso em 27 de abril de 2018 GUERRA Ana Carolina Lima Cavaletti CALDAS Ceacutelia Pereira Dificuldades e recompensas no processo de envelhecimento a percepccedilatildeo do sujeito idoso Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2931-2940 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600031amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 GONCALVES Lucia Hisako Takase ALVAREZ Angela Maria ARRUDA Micheli Coral Pacientes portadores da doenccedila de Parkinson significado de suas vivecircncias Acta paul enferm Satildeo Paulo v 20 n 1 p 62-68 Marccedilo 2007 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002007000100011amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 GONCALVES Endy-Ara Gouvea CARMO Joatildeo dos Santos Diagnoacutestico da doenccedila de Alzheimer na populaccedilatildeo brasileira um levantamento bibliograacutefico Rev Psicol Sauacutede Campo Grande v 4 n 2 p 170-176 dez 2012 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S2177-093X2012000200010amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 JARDIM Luciana Muniz Sanches Siqueira Veiga et al Tratamento Multiprofissional da Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica em Pacientes Muito Idosos Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 108 n 1 p 53-59 Jan 2017 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0066-782X2017000100053amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 JUSTO Joseacute Sterza ROZENDO Adriano da Silva A velhice no Estatuto do Idoso Estud pesqui psicol Rio de Janeiro v 10 n 2 p 471-489 ago 2010

70

Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1808-42812010000200012amplng=ptampnrm=isogt acessos em 22 abr 2018 KOKUDAI Laiacutes Aparecida ALVARENGA Maacutercia Regina Martins Classificaccedilatildeo das necessidades de sauacutede de idosos de acordo com a taxonomia NANDA 2010 Rev Anais do Eniac 6 p Disponiacutevel em lthttpsanaisonlineuemsbrindexphpenicarticleview13241337gt Acesso em 30 de abril de 2018 KUWAE Christiane Ayumi et al Concepccedilotildees de alimentaccedilatildeo saudaacutevel entre idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ normas nutricionais normas do corpo e normas do cotidiano Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 18 n 3 p 621-630 Sept 2015 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232015000300621amplng=enampnrm=isogt Acesso em 20 de maio de 2018 LEAO E SILVA Leonardo Oliveira et al Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica Representaccedilotildees Sociais de idosos sobre a doenccedila e seu tratamento Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 21 n 2 p 121-128 June 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2013000200004amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 de maio de 2018 LIMA Deborah Mendonccedila et al A hipovitaminose B12 eacute fator de risco para desenvolvimento de osteoporose Anais do Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - 1 ed - Satildeo Paulo AC Farmacecircutica 2014 Disponiacutevel em lthttpssbggorgbrwp-contentuploads2014101479477498_Anais_CBGG_-_Verso_finalpdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 LIRA Luana Nogueira et al Histoacuterico de enfermagem para idosos hospitalizados base para diagnoacutesticos e prescriccedilotildees Rev enferm UFPE on line Recife 7(8) 5198-206 ago 2013 Disponiacutevel em lthttpsperiodicosufpebrrevistasrevistaenfermagemarticleviewFile1179314165gt Acesso em 22 de maio de 2018 MANCINI Marisa Cotta SAMPAIO Rosana Ferreira Quando o objeto de estudo eacute a literatura estudos de revisatildeo Rev bras fisioter Satildeo Carlos v 10 n 4 Dec 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-35552006000400001amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 MARQUES Luiz Paulo Joseacute MOREIRA Rosa Maria Portella SANTOS Omar da Rosa Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio nos idosos Satildeo Paulo Editora Sarvier 2010 p 150 ndash 154 Disponiacutevel em lthttpswwwresearchgatenetpublication283487098_INFECCAO_DO_TRATO_URINARIO_NOS_IDOSOSgt Acesso em 30 de abril de 2018 MATTOS Carine Magalhatildees Zanchi de et al Processo de enfermagem aplicado a idosos com alzheimer que participam do projeto estrateacutegias de reabilitaccedilatildeo Estud Interdiscipl Envelhec Porto Alegre v16 ediccedilatildeo especial p 433-447 2011 Disponiacutevel em

71

lthttpseerufrgsbrindexphpRevEnvelhecerarticleview1792116307gt Acesso em 22 de maio de 2018 MACIEL Marcos Gonccedilalves Atividade fiacutesica e funcionalidade do idoso Motriz rev educ fis (Online) Rio Claro v 16 n 4 p 1024-1032 Dec 2010 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1980-65742010000400023amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de junho de 2018 MENEZES Luiza Tereza Gadelha de et al ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA In Congresso Nacional de Envelhecimento Humano 2016 Natal - RN ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA [Sl sn] 2016 p 1-6 Disponiacutevel em lthttpwwweditorarealizecombrrevistascnehtrabalhosTRABALHO_EV054_MD4_SA4_ID558_17082016145144pdfgt Acesso em 22 maio 2018 MORAIS Olga Nazareacute Pantoja de Grupos de idosos atuaccedilatildeo da psicogerontologia no enfoque preventivo Psicol cienc prof Brasiacutelia v 29 n 4 p 846-855 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-98932009000400014amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 06 abr 2018 MOTA Leandro Silva SOUSA Elton Geraldo de AZEVEDO Francisco Honeidy Carvalho Intercorrecircncias da osteoporose na qualidade de vida dos idosos Revista Interdisciplinar NOVAFAPI Teresina v5 n2 p44-49 Abr-Mai-Jun 2012 Disponiacutevel em lthttpsrevistainterdisciplinaruninovafapiedubrrevistainterdisciplinarv5n2revrev1v5n2pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 MOROZ Maisa Bastos KLUTHCOVSKY Ana Claudia Garabeli Cavalli SCHAFRANSKI Marcelo Derbli Controle de pressatildeo arterial em idosas hipertensas em uma Unidade de Sauacutede da Famiacutelia e fatores associados Cad Sauacutede Colet 2016 Rio de Janeiro 24 (1) 111-117 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcadscv24n11414-462X-cadsc-24-1-111pdfgt Acesso em 23 de abril de 2018 PEREIRA Erico Felden TEIXEIRA Clarissa Stefani ETCHEPARE Luciane Sanchotene O envelhecimento e o sistema muacutesculo esqueleacutetico Revista Digital n 101 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwefdeportescomefd101envelhhtmgt Acesso em 04 de junho de 2018 PETERNELLA Fabiana Magalhatildees Navarro MARCON Sonia Silva Descobrindo a Doenccedila de Parkinson impacto para o parkinsoniano e seu familiar Rev bras enferm Brasiacutelia v 62 n 1 p 25-31 Feb 2009 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672009000100004amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 REIS Luciana Arauacutejo dos TRAD Leny Alves Bonfim Suporte familiar ao idoso com comprometimento da funcionalidade a perspectiva da famiacutelia Psicol teor prat Satildeo Paulo v 17 n 3 p 28-41 dez 2015 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1516-

72

36872015000300003amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 RIBEIRO Aline Lima VEIGA Caroline Lagrotta da Associaccedilatildeo entre a capacidade cognitiva e a ocorrecircncia de quedas em idosos de juiz de fora Minas Gerais Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Federal de Juiz de Fora 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwufjfbrfacfisiofiles201307TCC-Aline-Carolinepdfgt Acesso em 10 de abril de 2008 RORIZ-FILHO Jarbas et al Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio Medicina (Ribeiratildeo Preto) 201043(2) 118-25 Disponiacutevel emlthttpwwwrevistasuspbrrmrparticleview166167gt Acesso em 04 de junho de 2018 RUIVO Susana et al Efeito do envelhecimento cronoloacutegico na funccedilatildeo pulmonar Comparaccedilatildeo da funccedilatildeo respiratoacuteria entre adultos e idosos saudaacuteveis Rev Port Pneumol Lisboa v 15 n 4 p 629-653 ago 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielomecptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0873-21592009000400005amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 07 abril de 2018 SANTOS Beatriz Aparecida dos et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem (SAE) no atendimento domiciliar ao paciente portador de osteoporose Revista Sauacutede em Foco ndashEdiccedilatildeo nordm 9 ndash Ano 2017 Disponiacutevel em lthttpunifiaedubrrevista_eletronicarevistassaude_focoartigosano2017072_sistematizacao_ass_enfermagem_saepdf gt Acesso em 25 de maio de 2018 SANCHES Ana Paula R Amadio LEBRAO Maria Luacutecia DUARTE Yeda Aparecida de Oliveira Violecircncia contra idosos uma questatildeo nova Saude soc Satildeo Paulo v 17 n 3 p 90-100 Sept 2008 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-12902008000300010amplng=enampnrm=isogt access on 22 Apr 2018 SENA Edite Lago da Silva et al Tecnologia cuidativa de ajuda muacutetua grupal para pessoas com Parkinson e suas famiacutelias Texto contexto - enferm Florianoacutepolis v 19 n 1 p 93-103 mar 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000100011amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 SERENIKI Adriana VITAL Maria Aparecida Barbato Frazatildeo A doenccedila de Alzheimer aspectos fisiopatoloacutegicos e farmacoloacutegicos Rev psiquiatr Rio Gd Sul Porto Alegre v 30 n 1 supl 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0101-81082008000200002amplng=enampnrm=isogt Acesso em 23 de abril de 2018 SILVA Bruna Rodrigues da FINOCCHIO Ana Luacutecia A velhice como marca da atualidade uma visatildeo psicanaliacutetica Viacutenculo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 23-30 dez 2011 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-24902011000200004amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018

73

SILVA Elisama Gomes Correia et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacutetica Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 45 n 6 p 1380-1386 Dec 2011 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000600015amplng=enampnrm=isogt access on 22 May 2018 SOUZA Rosangela Ferreira de SKUBS Thais BRETAS Ana Cristina Passarella Envelhecimento e famiacutelia uma nova perspectiva para o cuidado de enfermagem Rev bras enferm Brasiacutelia v 60 n 3 p 263-267 June 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672007000300003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de maio de 2018 SOUZA Emannuely Silva de ALVES Thalita Isapaula Feacutelix PASSOS Ana Beatriz Barbosa Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem a um Idoso com Parkinson em uma Instituiccedilatildeo de Apoio do Municiacutepio de Ipatinga Revista Enfermagem Integrada ndash Ipatinga Unileste-MG - V3 - N2 - NovDez 2010 Disponiacutevel em lt httpswwwunilestemgbrenfermagemintegradaartigoV3_209-sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem-a-um-idoso-com-parkinsonpdf gt Acesso em 02 de maio de 2018 TAGLIARINI Mariana Hidroginaacutestica na terceira Idade Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndashUNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2008 Lins 2008 62p il 31cm Disponiacutevel em lthttpwwwunisalesianoedubrbibliotecamonografias46264pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 TAYLOR Carol et al Fundamentos de enfermagem a arte e a ciecircncia do cuidado de enfermagem 7 ed Porto Alegre Artmed 2014 1768 p TEIXEIRA Ilka Niceacuteia DAquino Oliveira GUARIENTO Maria Elena Biologia do envelhecimento teorias mecanismos e perspectivas Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2845-2857 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600022amplng=enampnrm=isogt Acessado em 06 de abril de 2018 TOSIN Michelle Hyczy de Siqueira et al Intervenccedilotildees de Enfermagem para a reabilitaccedilatildeo na doenccedila de Parkinson mapeamento cruzado de termos Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 24 e2728 2016 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692016000100360amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 VARGAS Liane da Silva de LARA Marcus Viniacutecius Soares de MELLO-CARPES Pacircmela Billig Influecircncia da diabetes e a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico e atividades cognitivas e recreativas sobre a funccedilatildeo cognitiva e emotividade em grupos de terceira idade Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 4 p 867-878 dez 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000400867amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 23 abr 2018

74

VERAS Renato Peixoto Prevenccedilatildeo de doenccedilas em idosos os equiacutevocos dos atuais modelos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28 n 10 p 1834-1840 Oct 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-311X2012001000003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 VETTORE Marcelo Vianna et al Avaliaccedilatildeo do manejo da infecccedilatildeo urinaacuteria no preacute-natal em gestantes do Sistema Uacutenico de Sauacutede no municiacutepio do Rio de Janeiro Rev bras epidemiol Satildeo Paulo v 16 n 2 p 338-351 jun 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-790X2013000200338amplng=ptampnrm=isogt acessos em 30 abr 2018

Page 15: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca

25

1 INTRODUCcedilAtildeO

O aumento da populaccedilatildeo idosa tem preocupado todas as autoridades devido ao

aumento do gasto previdenciaacuterio o que se torna um problema de enormes

proporccedilotildees tendo em vista o fato de o governo ter que disponibilizar a cada ano mais

verba para este segmento populacional que jaacute passa dos 15 milhotildees de brasileiros

Tais problemas colocados pela miacutedia amplifica o preconceito com o sujeito idoso e

com isso o medo de envelhecer fica latente a cada dia em que o sujeito chega agrave

terceira idade pois vislumbra-se um futuro sombrio no qual o preconceito conforme

falado seraacute enorme poliacuteticas de ajuda piacutefias verbas escassas e em muitos casos

falta de apoio familiar (GUERRA CALDAS 2010)

Um dos motivos que estatildeo proporcionando o aumento de idosos no Brasil eacute a melhoria

de diversos indicadores E como o aumento da populaccedilatildeo idosa acarreta seacuterios

problemas para a economia de um paiacutes torna-se importante desenvolver poliacuteticas que

podem auxiliar o idoso a envelhecer melhor com qualidade controlando as doenccedilas

caracteriacutesticas da terceira idade funcional e contribuindo com o Estado para que

este natildeo venha a entrar em colapso (VERAS 2012)

Estudos cientiacuteficos tecircm comprovado que exerciacutecios fiacutesicos combinados a uma boa

alimentaccedilatildeo e ateacute mesmo remeacutedios fitoteraacutepicos contribuem para uma melhoria

consideraacutevel para a sauacutede fiacutesica e mental dos idosos o que eacute algo bastante

interessante tendo em vista que a maioria dos acidentes com pessoas idosas ocorrem

quando o sujeito idoso sem forccedila muscular se machuca em pequenas atividades

dentro de casa ou quando sua sauacutede mental natildeo proporciona um envelhecimento

confortaacutevel ou quando as doenccedilas crocircnicas caracteriacutesticas da terceira idade se

apresentam intensamente (ACIOLE BATISTA 2013)

Nos dias atuais um carimbo que existe sobre o sujeito idoso eacute o descaso com ele

satildeo colocados agrave margem da sociedade Muitos natildeo possuem mais aptidatildeo para

trabalhos e muitos apresentam problemas de sauacutede que demandam um cuidado

especial muita atenccedilatildeo e com a ldquovida corridardquo quem deveria cuidar do idoso acaba

negligenciando sua funccedilatildeo e por isso vaacuterios idosos acabam indo para instituiccedilotildees de

asilo que muitas vezes natildeo oferecem condiccedilotildees miacutenimas de cuidados (SILVA

FINOCCHIO 2011)

Por outro lado instituiccedilotildees seacuterias de abrigo de idosos possuem profissionais de

26

diversas aacutereas do saber que atuam em conjunto para um cuidado eficaz do sujeito

idoso Dentre esses profissionais que auxiliam no cuidado do idoso uma figura que

se destaca eacute o enfermeiro que desenvolve ldquosuas atividades com os idosos por meio

de um processo de cuidar que contempla os aspectos biopsicossociais e espirituais

vivenciados durante a institucionalizaccedilatildeordquo quando utiliza a Sistematizaccedilatildeo de

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) por intermeacutedio do Processo de Enfermagem (PE)

permitindo ldquouma avaliaccedilatildeo integral do idoso identificando necessidades e padrotildees de

resposta aos problemas de sauacutede para a determinaccedilatildeo de soluccedilotildees apropriadas no

atendimento dessas necessidadesrdquo (CLARES FREITAS PAULINO 2013 p 02)

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

bull Analisar a partir de uma revisatildeo de literatura a Assistecircncia de Enfermagem ao

sujeito idoso

112 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever o processo de envelhecimento

bull Listar as principais doenccedilas que acometem a populaccedilatildeo idosa

bull Identificar as principais estrateacutegias de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem (SAE) para a populaccedilatildeo idosa

12 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista o aumento do nuacutemero de sujeitos idosos no Brasil devido ao aumento

da expectativa de vida e por ser esta autora jaacute atuante como enfermeira na

assistecircncia agraves pessoas idosas natural foi a escolha pelo tema aqui desenvolvido

27

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO IDOSA

NO BRASIL

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) oacutergatildeo do governo responsaacutevel

por coletar informaccedilotildees a respeito da sociedade brasileira para um melhor

entendimento da realidade lanccedilou em 2016 um livro com uma siacutentese de indicadores

sociais e uma anaacutelise das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo brasileira Tal livro

permeado de dados estatiacutesticos foi utilizado para levantar as estatiacutesticas a respeito

da populaccedilatildeo idosa do Brasil e assim seraacute aqui referenciado

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

A evoluccedilatildeo da composiccedilatildeo populacional por grupos de idade aponta para a tendecircncia de envelhecimento demograacutefico que corresponde ao aumento da participaccedilatildeo percentual dos idosos na populaccedilatildeo e a consequente diminuiccedilatildeo dos demais grupos etaacuterios (BRASIL 2016 p 13)

A constataccedilatildeo de que a sociedade brasileira estaacute envelhecendo pode ser confirmada

na Tabela 01 que reforccedila o que jaacute foi citado anteriormente

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade

IDADE (anos) 2005 () 2015 ()

0 ndash 14 265 210 15 - 29 274 236 30 - 59 362 410

Acima de 60 98 143

Fonte Brasil (2016 p 13)

Ainda sobre a Tabela 01 observa-se a evoluccedilatildeo da populaccedilatildeo brasileira entre os anos

de 2005 a 2015 Observa-se pela tabela que a populaccedilatildeo idosa saiu dos 98 em

2005 para 143 em 2015 ou seja em uma deacutecada a populaccedilatildeo idosa cresceu cerca

de 46 Eacute um crescimento enorme Com essa dinacircmica populacional a expectativa

eacute que em 2050 a populaccedilatildeo idosa no Brasil fique ligeiramente abaixo dos 30

conforme eacute ilustrado na Figura 01 Ela tambeacutem apresenta a projeccedilatildeo da evoluccedilatildeo de

pessoas com mais de 60 anos no restante do mundo (BRASIL 2016)

28

Figura 01 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo

Fonte Brasil (2016) (Adaptado pela autora)

O sujeito idoso apresenta diversas dificuldades no seu dia-a-dia e torna-se um desafio

enorme para a sociedade brasileira como um todo em vista da preocupaccedilatildeo que se

deve ter com o sujeito idoso No Quadro 01 algumas caracteriacutesticas pertinentes aos

idosos (BRASIL 2016)

Quadro 01 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens CARACTERIacuteSTICAS QUANTIDADE

Alguma dificuldade permanente para caminhar 330 ()

Vivem em domiciacutelios em aacutereas sem arborizaccedilatildeo 275 ()

Entidade de assistecircncia social privada sem fins lucrativos 8283

Jaacute se sentiram discriminados no serviccedilo sauacutede 84 ()

Niacutevel de ocupaccedilatildeo dos idosos 263 ()

Proporccedilatildeo de idosos ocupados que recebem aposentadoria 538 ()

Ensino fundamental incompleto 655 ()

Sem plano meacutedico ou odontoloacutegico 680 ()

Sintomas de depressatildeo 93 ()

Fonte Brasil (2016)

O Quadro 01 apresenta diversas informaccedilotildees a respeito do sujeito idoso A que mais

chama atenccedilatildeo eacute a quantidade de idosos sem plano de sauacutede ou odontoloacutegico algo

em torno de 68 pois como eacute sabido a sauacutede puacuteblica no Brasil eacute precaacuteria e com

isso o idoso que acaba por depender do sistema puacuteblico natildeo tem um atendimento

eficaz o que pode agravar suas condiccedilotildees fiacutesicas e de sauacutede (BRASIL 2016)

29

22 ESTATUTO DO IDOSO

O estatuto do idoso eacute o nome popular dado a Lei nordm 10741 de 1ordm de outubro de 2003

que veio para regular os direitos das pessoas com mais de sessenta anos assim

consideradas idosas (BRASIL 2013)

O referido documento agrupou leis que jaacute existiam organizando-as em blocos Todos

os direitos a que o idoso tem mas que em diversas ocasiotildees satildeo deliberadamente

usurpados foram bem discutidos nesta lei Seu art 2ordm assim institui

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes agrave pessoa humana sem prejuiacutezo da proteccedilatildeo integral de que trata esta Lei assegurando-se-lhe por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades para preservaccedilatildeo de sua sauacutede fiacutesica e mental e seu aperfeiccediloamento moral intelectual espiritual e social em condiccedilotildees de liberdade e dignidade (BRASIL 2013 p 07)

O idoso possui sempre prioridades devido a uma seacuterie de fatores e acima de tudo

devido agrave sua fragilidade pela idade avanccedilada O estatuto do idoso determina quais

satildeo essas prioridades No Quadro 02 elas satildeo delineadas (BRASIL 2013)

Quadro 02 ndash Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso INCISO PRIORIDADES

I Ter atendimento prioritaacuterio e personalizado junto a oacutergatildeos que prestam serviccedilos de sauacutede agrave populaccedilatildeo

II Ter prioridades diante das poliacuteticas sociais elaboradas para a sauacutede puacuteblica

III Destinaccedilatildeo privilegiada de recursos puacuteblicos para os setores que possuem obrigaccedilotildees de proteccedilatildeo ao idoso

IV Desenvolvimento de poliacuteticas que torne possiacutevel o conviacutevio do idoso com pessoas de outras geraccedilotildees

V Ser cuidado por membros de sua famiacutelia sendo que a acolhida em abrigos de idosos seria em uma uacuteltima situaccedilatildeo

VI Capacitaccedilatildeo dos profissionais que cuidam de idosos para prestar um atendimento de qualidade de atualizado

VII No desenvolvimento de poliacuteticas que possibilitem a divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees educativas a respeito do idoso para o puacuteblico em geral

VIII Garantia de acessibilidade aos serviccedilos de sauacutede e de assistecircncia social do Estado

IX Primazia quando do recebimento da restituiccedilatildeo do Imposto de Renda

Fonte Brasil (2013) (Adaptado pela autora)

Como pode-se observar no Quadro 02 as prioridades a que o idoso tem direito satildeo

vaacuterias poreacutem o que se observa na praacutetica eacute que muitas delas satildeo ignoradas A cultura

de cada paiacutes diz se os seus velhos seratildeo beneficiados com o respeito ou se seratildeo

maltratados No Brasil impera a cultura de descaso com o sujeito da terceira idade e

muitas vezes vaacuterios deles sofrem verdadeiros maus tratos seja fiacutesica seja

psicologicamente (SANCHES LEBRAO 2008)

30

Referida norma nos dizeres de Justo e Rozendo (2010) apresenta natildeo apenas o

instrumento juriacutedico para preservar e garantir a dignidade do idoso mas ldquo[] mas

tambeacutem como uma produccedilatildeo simboacutelica e conceitual que mediante um conjunto de

signos representaccedilotildees imagens e saberes configura o idoso na cultura []rdquo (JUSTO

ROZENDO 2010 p 472)

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO

O ser humano eacute um animal social e por isso desde haacute muito tempo de eacutepocas

remotas eles se organizam dando alguma ideia de famiacutelia conforme entendemos

atualmente No entanto a ideia de famiacutelia muda agrave medida que a histoacuteria evolui e se

antes o sujeito idoso era considerado o ente mais importante de sua famiacutelia devido

aos conhecimentos que adquiriu ao longo de sua jornada nos dias atuais essa

premissa jaacute natildeo eacute tatildeo mais importante e devido a isso observa-se poucos idosos no

seio da famiacutelia com sua consequente diminuiccedilatildeo (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

Quando se pensa em famiacutelia como instituiccedilatildeo social o que precisa ser levado em

consideraccedilatildeo para uma anaacutelise mais ampla a respeito dessa instituiccedilatildeo social satildeo

ldquo[] aspectos como afetividade companheirismo solidariedade sentimentos e accedilotildees

que podem ser encontradas fora dos laccedilos consanguiacuteneosrdquo Ou seja natildeo se eacute famiacutelia

somente aqueles que possuem o mesmo sangue mas existem outros fatores que

demonstram ser um agrupamento de pessoas considerado famiacutelia ldquoEacute uma construccedilatildeo

social influenciada pela cultura e contexto histoacuterico em que foi concebida []rdquo

(SOUZA SKUBS BRETAS 2007 p 264)

A vida do ser humano eacute repleta de fases desde agrave infacircncia ateacute a velhice Em cada fase

existe todo um conjunto cultural que daacute suporte agravequela fase e por isso nas famiacutelias

atuais existe um certo conflito entre membros familiares de geraccedilotildees diferentes pois

convivem muitas vezes em uma mesma residecircncia crianccedilas adolescentes adultos

e velhos e por isso um maior cuidado para que tais diferenccedilas natildeo interfiram na

harmonia do lar (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

E com o sujeito idoso haacute de se ter uma atenccedilatildeo especial devido a todos os fatores

envolvidos em sua mudanccedila de idade e com a chegada da velhice Tais fatores satildeo

os sociais psicoloacutegicos materiais financeiros autonomia etc Dessa forma o idoso

tende a dar mais trabalho pois uma vez que fora independente e natildeo eacute mais uma

31

vez que fora forte e natildeo eacute mais apresenta uma paciecircncia bastante curta Assim os

familiares que em volta dele estatildeo precisam ter bastante amor e carinho para um

excelente cuidado pois eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia assim fazer conforme preceitua a

Constituiccedilatildeo Federal (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

O apoio da famiacutelia para o sujeito idoso eacute de suma importacircncia para que ele possa ter

uma velhice confortaacutevel e saudaacutevel Reis e Trad possuem palavras interessantes a

respeito Vejamos

O suporte familiar contribui de maneira significativa para a manutenccedilatildeo e a integridade fiacutesica e psicoloacutegica do indiviacuteduo Seu efeito eacute tido como beneacutefico no membro da famiacutelia que o recebe na medida em que o suporte eacute percebido como disponiacutevel e satisfatoacuterio [] Dessa forma eacute fundamental para o planejamento assistencial adequado ao idoso a compreensatildeo do contexto familiar o que implica o entendimento das questotildees que envolvem a formaccedilatildeo e a dinacircmica de funcionamento das famiacutelias em geral (REIS TRAD 2015 p 30)

No entanto abrigos repletos de sujeitos idosos demonstram que na grande maioria

dos casos os familiares preferem abandonar os seus velhos aos cuidados de

enfermeiros que nem conhecem se estatildeo capacitados para lidar com as

necessidades Mesmo com o advento do estatuto do idoso ele continua sofrendo

severos preconceitos (REIS TRAD 2015)

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO

No Brasil de hoje tem-se observado um crescimento substancial do nuacutemero de

sujeitos idosos (aqueles com mais de 60 anos de acordo com o estatuto do idoso) e

isso eacute algo bastante preocupante tendo em vista a infraestrutura precaacuteria do sistema

de sauacutede Apenas a tiacutetulo de entendimento de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatiacutestica (IBGE) a quantidade de sujeitos idosos em 2016 era em cerca

de 143 (BRASIL 2016)

Existem basicamente dois motivos pelos quais a quantidade de sujeitos idosos vem

aumentando no Brasil que satildeo a reduccedilatildeo da taxa de natalidade e a reduccedilatildeo da

mortalidade A tecnologia vem ajudando consideravelmente para que esses dois

fatores sejam os reais motivos pelo aumento da taxa de idosos (MORAIS 2009)

A afirmativa anterior eacute reforccedilada pelo IBGE conforme segue ldquoAs mudanccedilas na razatildeo

de dependecircncia estatildeo diretamente associadas agrave diminuiccedilatildeo da fecundidade e ao

32

aumento na longevidade da populaccedilatildeo especialmente na populaccedilatildeo idosardquo (BRASIL

2016 p 17)

Dessa forma o ato de envelhecer passa a ser visto como algo a que todos os

brasileiros passaratildeo um dia pois haacute um aumento na expectativa de vida e assim

entender o processo de envelhecimento e desenvolver mecanismos para um

envelhecimento saudaacutevel torna-se fundamental pois idosos saudaacuteveis significa

grosso modo menos problemas tanto para a famiacutelia quanto para o governo Mas esse

menos problema natildeo eacute dito de forma vulgar pejorativa mas sim de forma racional

pois com um idoso saudaacutevel em uma famiacutelia esta famiacutelia natildeo sofre com o sofrimento

dele (MORAIS 2009)

Os desafios que se apresentam com o aumento da populaccedilatildeo idosa no Brasil estatildeo

intimamente interligados com a integraccedilatildeo e o cuidado social com o sujeito idoso com

a sauacutede com a assistecircncia social com a previdecircncia social com a forma de

envelhecer saudaacutevel etc (BRASIL 2016)

Dessa forma importante entender o mecanismo bioloacutegico do envelhecimento e sua

correlaccedilatildeo com o meio fiacutesico para um cuidado mais personalizado

241 Mecanismos do envelhecimento

Teixeira e Guariento afirmam que o conhecimento acerca do envelhecimento ou dos

motivos que o causam satildeo limitados devido agrave falta de pesquisas experimentais com

seres humanos o que eacute vedado pela eacutetica meacutedica Dessa forma pode-se fazer

apenas experimentos com animais em especial com roedores moscas de frutas e

isso acaba natildeo trazendo um real significado acerca do processo de envelhecimento

(TEIXEIRA GUARIENTO 2010)

Existem vaacuterias teorias a respeito do envelhecimento e por isso aos poucos foram

sendo agrupadas basicamente em dois grupos a saber teorias programadas e

teorias estocaacutesticas A primeira tem sua ideia central ldquonos reloacutegios bioloacutegicos que

regulam o crescimento a maturidade a senescecircncia e a morterdquo Jaacute a segunda baseia-

se na ldquoidentificaccedilatildeo de agravos que induzem aos danos moleculares e celulares

aleatoacuterios e progressivosrdquo (TEIXEIRA GUARIENTO 2010 p 2846)

33

Fato eacute que os efeitos do envelhecimento satildeo visiacuteveis rugas expostas cabelos

brancos peles caiacutedas dificuldades para se locomoverem decliacutenio das forccedilas

diminuiccedilatildeo do equiliacutebrio diversas doenccedilas dificuldade na respiraccedilatildeo Tudo estaacute

conjuntamente interligado em um processo complexo e variado que envolve tanto o

bioloacutegico quanto o psicossocial e que afeta diversos sistemas Na Figura 02 uma

representaccedilatildeo interessante do processo de envelhecimento (RUIVO et al 2009)

Figura 02 ndash Processo de envelhecimento

Fonte Centro avanccedilado de medicina preventiva (2018)

34

No Quadro 03 eacute apresentado os efeitos da velhice de uma forma geral e resumida

Vaacuterios satildeo os efeitos do envelhecimento no sujeito idoso por isso apenas alguns deles

foram relatados a tiacutetulo de exemplos

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (continua)

MODIFICACcedilOtildeES NO CORPO COM O ENVELHECIMENTO

ESTADO GERAL

Reduccedilatildeo progressiva da eficiecircncia dos processos fisioloacutegicos resulta em equiliacutebrio fraacutegil e impotildee obstaacuteculos agrave capacidade do corpo para manter a homeostase Estressores fiacutesicos e emocionais tornam o idoso mais vulneraacutevel devido agrave diminuiccedilatildeo das reservas fisioloacutegicas O idoso pode continuar a se envolver em todas as atividades da meia-idade embora de maneira intuitiva deva adaptar-se a um ritmo modificado e a periacuteodos de descanso mais frequentes

TEGUMENTAR

Surgimento de rugas e perda da firmeza da pele ocorrem com a reduccedilatildeo da elasticidade ressecamento e descamaccedilatildeo satildeo comuns A queda dos cabelos eacute comum nos homens e as mulheres tecircm afinamento e perda de pigmentaccedilatildeo dos cabelos Sinais de pele e pigmentaccedilatildeo satildeo comuns embora a pele possa clarear devido agrave perda de melanoacutecitos As unhas costumam espessar-se e ficar quebradiccedilas e amareladas

MUSCULOESQUELEacuteTICO

Diminui o tecido subcutacircneo e o peso no idoso A massa e a forccedila musculares diminuem Ocorre desmineralizaccedilatildeo oacutessea e os ossos ficam porosos e quebradiccedilos As articulaccedilotildees tendem a enrijecer e a perder flexibilidade podendo diminuir a amplitude de movimentos Costuma ocorrer lentidatildeo da mobilidade geral e a postura tende a encurvar A altura diminui um pouco

NEUROLOacuteGICO

O Sistema Nervoso Central reage mais lentamente a muacuteltiplos estiacutemulos Assim a resposta cognitiva e comportamental do idoso pode ser retardada Diminui a frequecircncia da reaccedilatildeo reflexa A regulagem da temperatura e a percepccedilatildeo de dorpressatildeo ficam menos eficientes O idoso pode ainda ter dificuldades no equiliacutebrio na coordenaccedilatildeo na motricidade fina e na orientaccedilatildeo espacial o que resulta em maior risco para quedas Costuma encurtar o sono noturno e o idoso pode despertar com mais facilidade

SENTIDOS ESPECIAIS

Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade visual (presbiopia) com maior sensibilidade agrave claridade e menor capacidade de adaptar-se agrave escuridatildeo Reduccedilatildeo da acomodaccedilatildeo reduccedilatildeo da percepccedilatildeo em profundidade e da discriminaccedilatildeo de cores Uma catarata pode obscurecer ainda mais a visatildeo A dificuldade para ler letras miuacutedas pode se tornar mais evidente Dirigir durante o dia ou durante agrave noite pode ficar comprometido Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade auditiva (presbicusia) em especial diminuiccedilatildeo da discriminaccedilatildeo de tons na presenccedila de ruiacutedos ambientais Em consequecircncia dos problemas auditivos o idoso pode retrair-se de eventos sociais As sensaccedilotildees de paladar e olfato diminuem Sensibilidade aos cheiros pode diminuir Problemas nutricionais podem surgir

CARDIOPULMONAR

Os vasos sanguiacuteneos ficam menos elaacutesticos e muitas vezes riacutegidos e tortuosos Depoacutesitos de placas de gordura continuam a ocorrer nos revestimentos dos vasos sanguiacuteneos Edema e esfriamento das extremidades inferiores podem ocorrer em especial com a diminuiccedilatildeo da mobilidade O corpo tem menor capacidade de aumentar a frequecircncia do coraccedilatildeo e o deacutebito cardiacuteaco mediante atividade A elasticidade pulmonar e a accedilatildeo ciliar diminuem de modo que a desobstruccedilatildeo pulmonar se torna menos eficiente Pode aumentar a frequecircncia pulmonar acompanhada de profundidade diminuiacuteda

35

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (conclusatildeo)

GASTRINTESTINAL Os sucos digestivos continuam a diminuir e reduz-se a absorccedilatildeo de nutrientes Desnutriccedilatildeo e anemia satildeo mais comuns Com a reduccedilatildeo do tocircnus muscular e o peristaltismo diminuiacutedo satildeo comuns queixas de constipaccedilatildeo

DENTICcedilAtildeO Perda e caacuterie dentaacuterias continuam para a maioria dos idosos Os haacutebitos alimentares podem mudar em especial se o idoso natildeo tem dentes ou usa dentaduras que natildeo servem bem

GENITURINAacuteRIO

O fluxo sanguiacuteneo para os rins reduz com a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco A quantidade de unidades de neacutefrons funcionando diminui em 50 Produtos a serem eliminados podem ser filtrados e excretados mais lentamente Liacutequidos e eletroacutelitos permanecem dentro das variaccedilotildees normais mas o equiliacutebrio eacute fraacutegil Cerca de 75 dos homens com mais de 65 anos tecircm hipertrofia da glacircndula prostaacutetica Pode haver a necessidade de cirurgia caso ocorra retenccedilatildeo urinaacuteria Haacute atrofia diminuiccedilatildeo de secreccedilotildees e afinamento do trato genital da mulher idosa

Fonte Taylor e outros (2007 p 460)

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio

O Sistema respiratoacuterio envelhece da mesma forma que o restante do organismo e

muitas vezes ele envelhece mais raacutepido devido agrave enorme quantidade de poluiccedilatildeo a

que estamos sujeitos Nas palavras de Ruivo e outros

Pensa-se que o sistema respiratoacuterio seja o sistema do organismo que envelhece mais rapidamente devido agrave maior exposiccedilatildeo a poluentes ambientais ao longo dos anos As mudanccedilas que ocorrem a este niacutevel satildeo clinicamente relevantes porque a deterioraccedilatildeo da funccedilatildeo pulmonar estaacute associada ao aumento da taxa de mortalidade e aleacutem disso o conhecimento das mesmas contribui para a detecccedilatildeo e prevenccedilatildeo de disfunccedilotildees respiratoacuterias em idosos (RUIVO et al 2009 p 631)

Biologicamente com o envelhecimento a estrutura morfoloacutegica da parede toraacutecica

sofre severas alteraccedilotildees que afetam diretamente os pulmotildees Dessa forma a perda

da elasticidade dentre outros problemas torna-se a mais frequente complicaccedilatildeo

pulmonar entre pessoas idosas (RUIVO et al 2009)

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco

O envelhecimento do sistema cardiacuteaco acarreta diversas complicaccedilotildees ao sujeito

idoso e a dinacircmica de como esse processo se dar eacute melhor explicado por Esquenazi

Silva e Guimaratildees

O coraccedilatildeo eacute constituiacutedo por ceacutelulas musculares os cardiomioacutecitos moleacuteculas de matriz extracelular destacando-se o colaacutegeno e ceacutelulas intersticiais cardiacuteacas tais como fibroblastos e ceacutelulas endoteliais Por tratar-se de ceacutelulas terminalmente diferenciadas a identificaccedilatildeo recente de ceacutelulas-tronco residentes no coraccedilatildeo revelou que os cardiomioacutecitos satildeo repostos mas natildeo

36

na proporccedilatildeo ideal para recuperaccedilatildeo de funccedilatildeo alterada consequente a eventuais perdas (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

Dessa forma pode-se realccedilar algumas mudanccedilas sensiacuteveis que ocorrem com o

envelhecimento e que estatildeo listadas no Quadro 04 abaixo

Quadro 04 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento MUDANCcedilAS ORGAcircNICAS COM O ENVELHECIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

A parede ventricular torna-se mais espessa

Diminuiccedilatildeo das ceacutelulas de cardiomioacutecitos

Aumento do conteuacutedo do colaacutegeno

Alteraccedilatildeo do metabolismo mitocondrial

Maior secreccedilatildeo de colaacutegeno

Induccedilatildeo de apoptose das ceacutelulas musculares lisas da parede arterial

Aumento da rigidez aoacutertica

Alteraccedilatildeo da elasticidade aoacutertica

Disfunccedilatildeo diastoacutelica

Hipertrofia do ventriacuteculo esquerdo

Insuficiecircncia cardiacuteaca congestiva

Fonte Esquenazi Silva e Guimaratildees (2014) (Adaptado pela autora)

No envelhecimento ocorrem mudanccedilas em algumas propriedades do coraccedilatildeo e isso

pode acarretar o surgimento de arritmias cardiacuteacas bem como a diminuiccedilatildeo da

possibilidade de alteraccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca durante situaccedilotildees de estresse

Assim devido agrave mudanccedila da frequecircncia cardiacuteaca na populaccedilatildeo da terceira idade eacute

frequentemente adicionado medicamentos como diureacuteticos medicamentos que atuam

para combater a arritmia etc (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico

Haacute diversos estudos que tentam provar que o processo de envelhecimento estaacute

associado agrave diminuiccedilatildeo da massa muscular fenocircmeno conhecido como sarcopenia

Este fenocircmeno debilita diretamente a arquitetura muscular alterando diversas

propriedades tais como ldquoaacuterea da seccedilatildeo transversa anatocircmica comprimento das fibras

musculares volume e acircngulo de penaccedilatildeo dos muacutesculosrdquo Ocasiona uma reduccedilatildeo das

forccedilas do paciente da capacidade aeroacutebica e da taxa metaboacutelica Juntos esses

fatores influenciamalteram a qualidade de vida pois podem aumentar a taxa de

quedas e ocasionar outros problemas ao idoso que repercutem em todos os campos

de sua vida (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

37

Os mais novos estudos cientiacuteficos na aacuterea sugerem que o envelhecimento tambeacutem

estaacute relacionado com a diminuiccedilatildeo da rigidez dos tendotildees o que eacute apreciado na obra

de Baptista e Vaz conforme segue

Modificaccedilotildees morfoloacutegicas na unidade muacutesculo-tendatildeo como a sarcopenia ou a diminuiccedilatildeo da rigidez tendiacutenea reconhecidamente causam alteraccedilotildees de suas propriedades mecacircnicas As propriedades mecacircnicas dos muacutesculos determinam sua capacidade de produccedilatildeo de forccedila em diferentes comprimentos e velocidades podendo assim influenciar de maneira significativa as atividades de vida diaacuteria dos seres humanos independente da faixa etaacuteria (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

Natildeo se consegue entender exatamente como ocorre o processo da sarcopenia pois

eacute um processo complexo no qual diversos outros processos contribuem para que

aconteccedila Alguns estudos sugerem que a diminuiccedilatildeo da ativaccedilatildeo neuromuscular eacute

comeccedilo do processo de perda de massa e de forccedila O que eacute bem entendido e

preocupante satildeo os seus efeitos nos sujeitos idosos que provocam diversas outras

consequecircncias (FILHO 2012)

Eacute sabido que tudo estaacute interligado portanto quando ocorre reduccedilatildeo da estrutura

muscular esqueleacutetica isso acarreta outros problemas natildeo soacute de importacircncia material

assim como de importacircncia imaterial como sedentarismo depressatildeo ansiedade

depressatildeo etc A Figura 03 ilustra esse ciacuterculo vicioso (PEREIRA TEIXEIRA

ETCHEPARE 2006)

Figura 03 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento

Fonte Pereira Teixeira e Etchepare (2006)

38

2414 Envelhecimento do sistema nervoso

O envelhecimento como jaacute foi dito provoca uma seacuterie de alteraccedilotildees no organismo do

sujeito idoso No sistema nervoso diversas alteraccedilotildees anatocircmicas e quiacutemicas satildeo

observadas no enceacutefalo e na medula e essas alteraccedilotildees podem ser vistas tanto

macroscopicamente quanto microscopicamente Ateacute mesmo o tamanho do ceacuterebro e

peso dele satildeo modificados agrave medida que o sujeito envelhece na ordem de 2 a cada

uma deacutecada e com diminuiccedilatildeo de proteiacutenas (TAGLIARINI 2008)

De acordo com anaacutelises feitas ao envelhecer diversas alteraccedilotildees acontecem sendo

que as mais vitais satildeo ldquoa diminuiccedilatildeo de ceacutelulas alteraccedilotildees dendriacuteticas placas senis

degeneraccedilatildeo neurofibrilar degeneraccedilatildeo gracircnulo-vacuolar e acuacutemulo de lipofucsinardquo

(TAGLIARINI 2008 p 18)

As alteraccedilotildees morfoloacutegicas produzidas pelo Sistema Nervoso Central (SNC) se

mostram como sendo de suma importacircncia para o devido funcionamento do sistema

nervoso devido agrave importacircncia na geraccedilatildeo e processamento das memoacuterias e no

transporte de informaccedilotildees ateacute os neurocircnios (TAGLIARINI 2008)

Portanto de tudo o que foi falado a respeito do envelhecimento do sistema nervoso

algumas partes ainda natildeo foram provadas e muita coisa ainda deve ser elucidada

com os anos vindouros Tem-se uma ideia de que as modificaccedilotildees ocorrem tanto de

forma central quanto de forma perifeacuterica ldquocom atrofia cerebral devido agrave diminuiccedilatildeo do

nuacutemero de neurocircnios assim como a reduccedilatildeo da quantidade de substacircncias branca e

cinzenta Ocorre ainda reduccedilatildeo da sinaptogecircnese e da velocidade de conduccedilatildeo

nervosa []rdquo (RIBEIRO VEIGA 2013 p25)

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO

Conforme jaacute foi falado anteriormente a populaccedilatildeo brasileira seguindo o ritmo da

populaccedilatildeo mundial estaacute envelhecendo mais devido agraves inovaccedilotildees tecnoloacutegicas Com

isso mais sujeitos idosos procuram serviccedilos meacutedicos por causa das doenccedilas

inerentes agrave terceira idade Essa demanda impulsiona aos governos criarem poliacuteticas

de sauacutede para que o sujeito envelheccedila com sauacutede pois se assim for proporciona

vantagem para todos os que estatildeo envolvidos com o idoso seja seus parentes que

39

cuidam dele seja o Estado que natildeo precisa gastar muito com remeacutedios Isso

proporciona um aliacutevio na previdecircncia divido agrave imensa diacutevida puacuteblica que existe e por

necessitar fazer corte de gastos A seguir seraacute melhor tratado acerca dos benefiacutecios

da atividade fiacutesica para o idoso para ter um envelhecimento sadio e de haacutebitos

saudaacuteveis que precisa ter para o seu dia-a-dia com sauacutede (ACIOLE BATISTA 2013)

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso

Com o crescimento mundial acelerado da populaccedilatildeo idosa diversas poliacuteticas estatildeo

sendo desenvolvidas para fazer com que o idoso envelheccedila com sauacutede tendo em

vista finalidades variadas tais como o fato de a previdecircncia estar sobrecarregada a

constataccedilatildeo de que o Sistema Puacuteblico de Sauacutede (SUS) natildeo atende com qualidade

as premissas mais baacutesicas da populaccedilatildeo Assim se o idoso chegar agrave terceira fase de

sua vida mais dinacircmico e com mais sauacutede enormes benefiacutecios surgiratildeo natildeo somente

para ele assim como para toda a sociedade (FONSECA et al 2014)

Dentre essas poliacuteticas certamente a que incentiva o idoso a praticar esportes eacute a mais

disseminada juntamente com a boa alimentaccedilatildeo pois eacute comprovado cientificamente

que o idoso ao praticar esportes consegue se manter mais saudaacutevel mais luacutecido e

em melhores condiccedilotildees de enfrentamento de doenccedilas que lhe acometem que satildeo

caracteriacutesticas da terceira idade aleacutem de provocar uma melhoria como um todo ao

sujeito idoso em todas as suas dimensotildees (MACIEL 2010)

De acordo com Maciel (2010 p 1024)

Poreacutem ao se refletir sobre as atividades fiacutesicas precisa-se pensar aleacutem dos benefiacutecios biopsicossociais proporcionados pela sua praacutetica como tambeacutem por exemplo compreender as mudanccedilas de comportamentos individuais eou coletivos para a adesatildeo e manutenccedilatildeo dessas atividades Essas soacute proporcionaratildeo os devidos benefiacutecios se realizadas continua e corretamente

As atividades fiacutesicas que satildeo incentivadas para que o idoso possa praticar satildeo

divididas em quatro dimensotildees lazer deslocamento ativo atividades domeacutesticas e

laboral A primeira eacute dita como atividade estruturada jaacute as demais satildeo atividades natildeo-

estruturais Existem vaacuterias vantagens para o sujeito idoso que se movimenta que

pratica alguma atividade fiacutesica As principais vantagens estatildeo apresentadas no

Quadro 05 (MACIEL 2010)

40

Quadro 05 ndash Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos BENEFIacuteCIOS DA ATIVIDADE FIacuteSICA PARA O IDOSO

Aumentomanutenccedilatildeo da capacidade aeroacutebia

Aumentomanutenccedilatildeo da massa muscular

Reduccedilatildeo significativa da taxa de mortalidade

Prevenccedilatildeo de doenccedilas coronarianas

Melhora do perfil lipiacutedico

Transformaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal devido agrave reduccedilatildeo da massa gorda

Prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes e hipertensatildeo arterial comuns ao sujeito idoso

Diminuiccedilatildeo da possibilidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Nas mulheres idosas possibilidade de prevenccedilatildeo do cacircncer de mama e coacutelon

Reduccedilatildeo da ocorrecircncia de demecircncia

Melhora da autoestima e da autoconfianccedila

Reduccedilatildeo dos ataques de ansiedade e do estresse

Consideraacutevel melhora do humor e da qualidade de vida

Fonte Maciel (2010) (Adaptado pela autora)

Cordeiro e outros (2014) fazendo pesquisas com idosos para entender como as

atividades fiacutesicas afetam as funccedilotildees cognitivas sendo estas definidas como as fases

do processo de informaccedilatildeo tais como aprendizagem raciociacutenio atenccedilatildeo e outras

mais concluiacuteram o seguinte

O melhor desempenho do grupo de idosos ativos no teste de memoacuteria emocional pode estar associado a alteraccedilotildees fisioloacutegicas no sistema nervoso central decorrentes da praacutetica da atividade fiacutesica A accedilatildeo da atividade fiacutesica sobre as funccedilotildees cognitivas pode se dar por meio de diversos mecanismos dentre os quais a melhora na circulaccedilatildeo cerebral alteraccedilatildeo na siacutentese e degradaccedilatildeo de neurotransmissores alteraccedilotildees neuroendoacutecrinas e humorais e aumento de fatores de crescimento como o fator neurotroacutefico derivado do ceacuterebro (BDNF) responsaacutevel pela neuroplasticidade eficaacutecia sinaacuteptica conectividade neuronal e aumento da sobrevivecircncia dos neurocircnios e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) responsaacutevel pela angiogecircnese (CORDEIRO et al 2014 p 549)

Ou seja a praacutetica da atividade fiacutesica proporciona enormes ganhos de qualidade de

vida para o sujeito idoso e possibilita a ele viver mais tempo de forma independente

jaacute que suas funccedilotildees cognitivas respondem melhor e desenvolvem mecanismos mais

duradouros (CORDEIRO et al 2014)

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso

Os alimentos satildeo as fontes de energia para o ser-humano Por isso quando o sujeito

se alimenta bem com qualidade ingerindo alimentos saudaacuteveis todo o seu

organismo funcionaraacute com qualidade e equiliacutebrio o que eacute necessaacuterio e demandado

pela populaccedilatildeo de uma forma geral mas devido agrave agitaccedilatildeo do dia-a-dia acaba por

41

comprometer a sauacutede com alimentos ruins raacutepidos de serem feitos e ingeridos

(MENEZES et al 2008)

O Sujeito idoso precisa ter uma atenccedilatildeo especial com o que ingere pois natildeo possui

mais um organismo jovem que consegue digerir tudo com facilidade e rapidez Seu

organismo agora e conforme jaacute foi falado eacute imensamente lento Natildeo consegue

metabolizar com rapidez os alimentos que lhe chegam ao estocircmago e por isso precisa

ser seletivo (KUWAE et al 2015)

De acordo com Kuwae e outros (2015 p 622 - 624)

No envelhecimento tanto os cuidados nutricionais satildeo diferentes como tambeacutem satildeo singulares agraves concepccedilotildees do que eacute saudaacutevel ou apropriado para esta idade Os cuidados com a alimentaccedilatildeo envolvem uma busca de equiliacutebrio entre as exigecircncias do corpo envelhecido e as limitaccedilotildees decorrentes de algumas patologias muitas delas exigindo seu controletratamento pela alimentaccedilatildeo como a hipertensatildeo diabetes e doenccedilas coronarianas Portanto o envelhecimento estaacute relacionado tanto com as alteraccedilotildees fisioloacutegicas que limitam o repertoacuterio alimentar seja pelas restriccedilotildees decorrentes de patologias crocircnicas ou das alteraccedilotildees de mastigaccedilatildeo e digestatildeo como com as condiccedilotildees de mobilidade autonomia independecircncia financeira condiccedilotildees de sauacutede e da composiccedilatildeo familiar Esses satildeo fatores decisivos sobre o repertoacuterio alimentar a frequecircncia e a qualidade da alimentaccedilatildeo dos idosos

Daiacute surge a necessidade de saber o que o sujeito idoso pode exatamente comer e o

que natildeo pode comer jaacute que em muitas situaccedilotildees o desejo eacute grande De acordo com

Menezes e outros (2008) existem duas classes de alimentos que o sujeito idoso pode

ingerir e satildeo os alimentos bons e os alimentos ruins Na classe dos alimentos bons

estatildeo as frutas verduras legumes carnes brancas etc Jaacute na segunda classe estatildeo

as frituras carnes vermelhas doces massas sal etc O Quadro 06 apresenta uma

lista com os principais alimentos para os idosos aqueles que satildeo recomendados bem

como suas caracteriacutesticas e o motivo pelo satildeo recomendados

Quadro 06 ndash Alimentos recomendados para idosos ALIMENTOS RECOMENDADOS PARA IDOSOS

CLASSE ALIMENTOS DESCRICcedilAtildeO

BONS Frutas verduras legumes carnes brancas etcleites e seus derivados

A comida se torna leve para o organismo do idoso o que proporciona uma raacutepida digestatildeo e o idoso natildeo se sente empazinado

RUINS Carnes vermelhas doces massas sal etc

Satildeo alimentos pesados gordurosos que demoram a fazer digestatildeo com moleacuteculas complexas O idoso natildeo ingere porque pode passar mal e qualquer mal-estar deve ser evitado

Fonte Kuwae e outros (2015)

42

O Quadro 06 eacute uma forma geral de expressar o que eacute bom e o que eacute ruim para o

sujeito idoso no entanto essa questatildeo eacute relativa pois varia de organismo para

organismo e depende de questotildees culturais mas eacute amplamente aceito eacute que todos os

seres humanos precisam ter equiliacutebrio inclusive na alimentaccedilatildeo dessa forma comer

ou deixar de comer algo para se manter saudaacutevel depende do quatildeo equilibrado

encontra-se o organismo do sujeito (KUWAE et al 2015)

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE

Com a chegada da terceira idade vaacuterias doenccedilas inerentes aos sujeitos com idade

acima dos sessenta anos aparecem Identificar tais doenccedilas conhececirc-las de forma

detalhada para desenvolver formas de tratamento adequados satildeo objetivos centrais

para quem cuida do sujeito idoso juntamente com outros conhecimentos do idoso

como sua alimentaccedilatildeo seu dia-a-dia seus haacutebitos etc Tudo estaacute conectado e por

isso entender esse contexto facilita no momento de detalhar a doenccedila que acomete a

populaccedilatildeo idosa A seguir seraacute feito uma siacutentese das principais doenccedilas que

acometem sujeitos idosos (VERAS 2012)

261 Mal de Parkinson

A doenccedila do Mal de Parkinson eacute conhecida da humanidade haacute muito tempo A atual

descriccedilatildeo deu-se pelo Dr James Parkinson por volta do ano de 1817 e no Brasil

atinge cerca de 3 da populaccedilatildeo acima dos sessenta anos Constata-se a existecircncia

da doenccedila por intermeacutedio de anaacutelise cliacutenica observando na maioria dos casos

pessoas idosas uma rigidez muscular tremor mesmo estando em repouso alteraccedilatildeo

na postura dentre outros sintomas (PETERNELLA MARCON 2009)

Grosso modo o Mal de Parkinson eacute um distuacuterbio degenerativo do Sistema Nervoso

Central que afeta diversas funccedilotildees do sujeito sejam motoras sejam natildeo-motoras

Funccedilotildees que podem ser afetadas satildeo tremor de repouso bradicinesia rigidez

corporal instabilidade postural etc Seu diagnoacutestico eacute feito pelo quadro cliacutenico

observado e pela exclusatildeo de outras doenccedilas que se assemelham ao Mal de

Parkinson (PETERNELLA MARCON 2009)

43

Para falar com riqueza de detalhes a respeito de como funciona tal doenccedila vamos

utilizar as palavras de Sena e outros (2010) que diz

A DP eacute uma afecccedilatildeo crocircnico-degenerativa e progressiva de etiologia multifatorial que atinge majoritariamente pessoas idosas embora seja frequente acometecirc-las a partir dos 50 anos de idade beirando atualmente a casa dos 300000 portadores no Brasil A doenccedila atinge o sistema nervoso central mais especificamente a substacircncia negra responsaacutevel por controlar os movimentos do corpo A degradaccedilatildeo das ceacutelulas neuronais dopamineacutergicas acaba por resultar numa gama de sintomatologia como tremores rigidez muscular bradicinesia alteraccedilotildees posturais distuacuterbios na fala e na degluticcedilatildeo obstipaccedilatildeo transpiraccedilatildeo corporal incontinecircncia urinaria depressatildeo O tratamento que pode ser cliacutenico eou ciruacutergico visa ao controle dos sintomas por meio de medicamentos entre os quais se destaca a Levodopa um precursor da dopamina Outros grupos de faacutermacos tambeacutem satildeo utilizados como inibidores enzimaacuteticos agonistas dopamineacutergicos e anti-colineacutergicos Contudo a terapecircutica medicamentosa por si soacute natildeo eacute suficiente para manter o portador em melhores condiccedilotildees de bem-estar e qualidade de vida Por isso tratamentos e cuidados no miacutenimo de enfermagem fisioterapia fonoaudiologia e educaccedilatildeo fiacutesica satildeo imprescindiacuteveis como recursos complementares para ajudar o portador a preservar sua funcionalidade e permitir-lhe desempenhar as atividades da vida diaacuteria e manter o viacutenculo social tatildeo importantes para satisfazer suas necessidades psicossociais de apoio comunitaacuterio para o seu bem-estar e auto-estima (SENA et al 2010 p 94)

Na Figura 04 uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro a respeito de como funciona o Mal de

Parkinson

Figura 04 ndash Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Observa-se na Figura 04 o ceacuterebro de um sujeito normal sem a doenccedila em

comparaccedilatildeo com um sujeito que apresenta a doenccedila Na primeira situaccedilatildeo haacute a

44

existecircncia da substacircncia negra responsaacutevel por controlar as funccedilotildees motoras do

corpo conforme falado na descriccedilatildeo de Sena e outros Jaacute na segunda essa

substacircncia negra natildeo existe atestando a incapacidade motora do paciente

(ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Jaacute na Figura 05 representa-se o neurocircnio normal e um neurocircnio em paciente com a

doenccedila de Parkinson O neurocircnio normal produz a substacircncia dopamina que eacute

responsaacutevel pela conduccedilatildeo dos neurotransmissores Jaacute o neurocircnio afetado apresenta

uma pequena quantidade de dopamina o que afeta a transmissatildeo dos

neurotransmissores e com isso o paciente sofre os diversos males que foram

narrados (ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Figura 05 ndash Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

O detalhe mais pertinente para saber se haacute o surgimento da doenccedila eacute o surgimento

de incapacidades provenientes dos distuacuterbios motores Geralmente aqueles que

sofrem desta doenccedila natildeo se datildeo conta que estatildeo doentes o que precisa ser

observado por quem estar mais perto seja os familiares seja os cuidadores

(GONCALVES ALVAREZ ARRUDA 2007)

Mesmo com todo o desenvolvimento tecnoloacutegico existente no campo da sauacutede ainda

natildeo existe um remeacutedio para acabar com o Mal de Parkinson ou para bloquear o seu

aumento Os procedimentos atuais visam dar condiccedilotildees ao paciente que possui a

doenccedila de viver de forma independente e de manter seu psicoloacutegico forte por mais

tempo Isso eacute feito receitando a ele dopamina estriatal que pode ser aumentada agrave

45

medida que os efeitos da doenccedila vatildeo aumentando (GONCALVES ALVAREZ

ARRUDA 2007)

262 Doenccedila de Alzheimer

A doenccedila de Alzheimer descrita pela primeira vez em 1906 pelo Dr Alois Alzheimer

eacute uma doenccedila que ateacute os dias atuais natildeo apresenta cura e tende a se agravar ao

longo dos anos Eacute a patologia neurodegenerativa mais usual que acomete pacientes

acima dos 55 (cinquenta e cinco) anos e causa transtornos como perda de memoacuteria

desorientaccedilatildeo danos na linguagem falta de atenccedilatildeo e vaacuterias outras situaccedilotildees

constrangedoras (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER 2018)

Natildeo se conhece exatamente os motivos pelos quais a doenccedila surge mas eacute bem

conhecido algumas lesotildees que ocorrem no ceacuterebro de um paciente portador da

doenccedila e as principais lesotildees satildeo as placas senis os emaranhados neurofibrilares e

a reduccedilatildeo de ceacutelulas nervosas sendo certo que ela eacute a responsaacutevel por cinquenta por

cento dos casos de demecircncia em idosos (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE

ALZHEIMER 2018)

Muito embora a cura da doenccedila e a reversatildeo da deterioraccedilatildeo causada pela DA ainda natildeo tenham sido descobertas pesquisadores buscam o aperfeiccediloamento de tratamentos jaacute disponiacuteveis que visam agrave melhora cognitiva e diminuiccedilatildeo de sintomas comportamentais (Aacutevila 2003) Nesse caso a medicaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas cognitivas de reabilitaccedilatildeo aleacutem de informaccedilotildees sobre a doenccedila e o apoio a familiares e cuidadores eacute de suma importacircncia para reverter o quadro cliacutenico e sintomaacutetico da doenccedila (GONCALVES CARMO 2012 p 171)

Haacute uma forte tendecircncia da ciecircncia de tentar explicar o surgimento do Mal de Alzheimer

via geneacutetica pois uma porcentagem consideraacutevel dos pacientes que possuem a

doenccedila apresenta casos semelhantes na famiacutelia Outros fatores tambeacutem satildeo

considerados tais como aminoaacutecidos neurotoacutexicos uso indiscriminado do alumiacutenio

agentes infecciosos etc Abaixo na figura TC uma tentativa de explicaccedilatildeo dessa

doenccedila (SERENIKI VITAL 2008)

Na Figura 06 existe uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro de paciente normal e de um paciente

com a Doenccedila de Alzheimer Percebe-se que o ceacuterebro do paciente com a Doenccedila de

Alzheimer apresenta-se cheio de falhas

46

Figura 06 ndash Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

263 Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus (DM) eacute uma doenccedila crocircnica natildeo-transmitiacutevel que afeta uma

multidatildeo de pessoas em todo o mundo e se caracteriza por um aumento acentuado

da glicemia devido agrave falta de insulina que eacute fabricada pelo pacircncreas Haacute dois tipos

de diabetes um natural (Tipo 01) e outra adquirida (Tipo 02) A do Tipo 02 eacute causada

pela obesidade comidas gordurentas falta de exerciacutecios fiacutesicos e se mostra como o

mal moderno Jaacute a do tipo 01 jaacute nasce com o indiviacuteduo Em ambos os casos o

pacircncreas deixa de fabricar insulina que possui uma moleacutecula que quebra a moleacutecula

de glicose Com isso haacute um aumento de glicose no sangue e isso provoca diversos

danos em outros oacutergatildeos A insulina injetada entra para ajudar na eliminaccedilatildeo do accediluacutecar

excedente (BUSNELLO et al 2012)

De acordo com Vargas Lara e Mello-Carpes ldquono Brasil existem cerca de 500 mil

diabeacuteticos 450 mil fazendo uso da insulina e quase dois milhotildees desconhecendo ter

diabetes Aleacutem disso estima-se que em 2030 o nuacutemero de pessoas acometidas pela

DM dobraraacuterdquo Esses dados para o sujeito idoso satildeo extremamente preocupantes

tendo em vista a necessidade de cuidados constantes (VARGAS LARA MELLO-

CARPES 2014 p 869)

47

Idosos que apresentam a DM apresentam estrutura fiacutesica e emocional prejudicadas

com certa limitaccedilatildeo nos afazeres do dia-a-dia com limitaccedilatildeo na alimentaccedilatildeo e com

liberdade e autonomia afetadas Diferentemente das outras doenccedilas a DM eacute bem

mapeada e consegue-se ter um controle bastante apropriado para amenizar os efeitos

dessa doenccedila (VARGAS LARA MELLO-CARPES 2014)

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

A Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) eacute a doenccedila crocircnica natildeo transmitida mais

presente na vida dos idosos Trata-se de uma doenccedila que eleva a pressatildeo sanguiacutenea

a niacuteveis altiacutessimos e como consequecircncia faz com que o coraccedilatildeo tenha que exercer

uma atividade fora do padratildeo para conseguir fazer o sangue circular pelo corpo do

indiviacuteduo (LEAtildeO E SILVA et al 2013)

Ela aumenta paulatinamente agrave medida que o indiviacuteduo vai envelhecendo e eacute tida por

diversos especialistas como o principal fator de risco para o idoso podendo ocasionar

doenccedilas como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) o infarto do miocaacuterdio e vaacuterias

outras doenccedilas silenciosas Diversos fatores ocasionam um aumento na pressatildeo

arterial dentre eles os mais comuns satildeo o excesso de sal utilizado no dia-a-dia o

estresse etc (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Para um padratildeo de referecircncia com intuito de definir se um idoso apresenta uma

pressatildeo alta ou normal vaacuterios estudos sugerem valores diferentes o que acaba

sendo um ponto de debate interessante entre os especialistas da aacuterea conforme

relatado abaixo

Haacute grande controveacutersia na literatura em relaccedilatildeo ao ponto de corte para o qual a PA pode ser considerada controlada na populaccedilatildeo idosa principalmente nos idosos com idade mais avanccedilada (acima dos 80 anos) Estudos recentes sugerem uma meta de controle mais flexiacutevel (abaixo de 150 mmHg para a PAS e de 90 mmHg para a PAD) para esta faixa etaacuteria por evidenciarem que o controle mais rigoroso pode natildeo ser significativo na reduccedilatildeo das complicaccedilotildees associadas agrave doenccedila (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016 p 112)

Para se ter um controle dessa doenccedila importante salientar os haacutebitos de vida

saudaacuteveis associados com o acompanhamento meacutedico mediccedilatildeo das funccedilotildees vitais

do idoso controle sistemaacutetico porque essa doenccedila sendo uma doenccedila silenciosa

assintomaacutetica pode acarretar outras complicaccedilotildees tais como um Acidente Vascular

Cerebral (AVC) (JARDIM et al 2017)

48

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

A Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (ITU) eacute a inflamaccedilatildeo das vias urinaacuterias e eacute uma doenccedila

responsaacutevel por cerca de quarenta porcento das infecccedilotildees nosocomiais Eacute bastante

rotineira nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e sua probabilidade de ocorrecircncia

em homens idosos aumenta consideravelmente tendo em vista que ldquoA

instrumentaccedilatildeo das vias urinaacuterias ndash incluindo ndash se o cateterismo vesical ndash e a

ocorrecircncia de doenccedila prostaacutetica satildeo os fatores mais implicados no aumento da

incidecircncia no sexo masculinordquo (RORIZ-FILHO et al 2010 p 119)

A mulher idosa tambeacutem tem uma grande possibilidade de desenvolver tal doenccedila

tendo em vista as modificaccedilotildees funcionais da bexiga devido a diversos fatores que

ldquoassociados agraves mudanccedilas troacuteficas do epiteacutelio da mucosa vaginal e a presenccedila de

infecccedilatildeo genital facilitam o desenvolvimento de ITUrdquo (MARQUES MOREIRA

SANTOS 2010 p 151)

Para se ter um diagnoacutestico preciso acerca da Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio faz-se coleta

da urina do paciente e em seguida sua cultura o que leva alguns dias O diagnoacutestico

apresenta-se preciso apoacutes esse procedimento Existem outros exames a serem feitos

que apresentam resultados mais raacutepidos poreacutem natildeo tatildeo precisos Um deles eacute o

exame tipo I e o outro eacute a coloraccedilatildeo pelo meacutetodo Gram (VETTORE et al 2013)

Os principais sintomas que indicam que pode haver uma Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

satildeo urina com odor feacutetido disuacuteria com urgecircncia polaciuacuteria e urecircncia Esses sintomas

satildeo um indicativo muito forte de possibilidade de existecircncia de um quadro infeccioso

e somente pode-se comprovar apoacutes as anaacutelises que foram mencionadas (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010)

Para se fazer um tratamento adequado que apresente resultados de imediato haacute a

necessidade de se observar alguns fatores tais como ldquopresenccedila de comorbidade

fatores predisponentes sintomatologia e repercussatildeo sistecircmica da infecccedilatildeo assim

como para a interaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outros medicamentos []rdquo Importante

observar a relaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outras drogas pois o paciente idoso faz uso

de diversos produtos farmacecircuticos No Quadro 07 um exemplo de drogas que podem

ser utilizadas para o tratamento do idoso com Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010 p 156)

49

Quadro 07 ndash Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso DROGAS UTILIZADAS NA ITU NOS IDOSOS

I ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO INFERIOR (3 A 7 DIAS)

Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprima 160 mg de 12 12h

Norfloxacina 400 mg de 1212h

Ciprofloxacina 250 mg de 1212h

Levofloxacina 250 mg por dia

Nitrofurantoina 100 mg de 88h

II ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO SUPERIOR (14 DIAS)

Ciprofloxacina 500 mg EV de 1212h

Levofloxacina 500 mg EV por dia

Ceftriaxone 1g EV de 1212h

Piperacina soacutedica + Tazobactana soacutedica 225g EV de 88h

Fonte Marques Moreira e Santos (2010 p 158)

266 Osteoporose

A Osteoporose ldquo[] eacute uma doenccedila esqueleacutetica sistecircmica caracterizada por diminuiccedilatildeo

da massa oacutessea e deterioraccedilatildeo microarquitetural do tecido oacutesseo com consequente

aumento da fragilidade oacutessea e susceptibilidade agrave fraturardquo sendo a condiccedilatildeo mais

criacutetica da osteopenia Eacute uma doenccedila predominante em sujeitos idosos e consiste

grosso modo do enfraquecimento dos ossos o que pode levar a diversas

consequecircncias ao idoso A Figura 07 apresenta como ocorre essa doenccedila (LIMA et

al 2014 p 35)

Figura 07 ndash Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

50

Jaacute na Figura 08 tem-se uma vista mais ampla de como a osteoporose atua Pode-se

perceber que ela age deixando o osso em um formato esponjoso como se estivesse

oco como eacute popularmente conhecido tal doenccedila A ilustraccedilatildeo eacute do osso do quadril

mas eacute extensiacutevel a toda a estrutura oacutessea onde ocorrer a comorbidade (LIMA et al

2014)

Figura 08 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Existem diversos tipos de osteoporose que satildeo provocadas por vaacuterios fatores por

isso diz-se que eacute uma doenccedila multifatorial Basicamente satildeo divididas em primaacuteria

com tipos I e II e secundaacuteria a primeira eacute desenvolvida por causas naturais jaacute a

segunda eacute desenvolvida por meio de causas natildeo-naturais tais como a inflamaccedilatildeo

(CAMARGOS BOMFIM 2017)

Consequecircncias diversas podem surgir oriundas da osteoporose tais como ldquoperda da

massa deterioraccedilatildeo do tecido desarranjo da arquitetura e comprometimento da forccedila

oacutessea com aumento no risco de fraturardquo Ela atua de forma silenciosa e na maior parte

dos casos eacute descoberta somente quando ocorre algum acidente por mais simples que

seja com consequente fratura de algum osso do portador de tal doenccedila (BRASIL

2009 p 01)

51

Pode ser diagnosticada tratada e prevenida antes da ocorrecircncia de qualquer evento

que poderaacute comprometer a estrutura oacutessea de seu portador Ocorrendo algum

acidente este poderaacute afetar a estrutura fiacutesica do paciente deformaccedilatildeo no corpo como

um todo etc Na prevenccedilatildeo deve-se utilizar cerca de 1000mgdia de caacutelcio vitamina

D 400ndash800 Uldia ou algum medicamento tais como calcitonina bifosfonatos

raloxifeno e paratormocircnio (BRASIL 2017)

Haacute projeccedilotildees que dizem que cerca de 50 das mulheres e 20 dos homens com

idades acima dos 50 anos poderatildeo sofrer alguma fratura proveniente da osteoporose

ao longo de sua vida Como jaacute foi citado anteriormente a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

para o sujeito idoso e natildeo somente a estes mas ao ser humano em geral eacute uma

praacutetica altamente recomendada pelos profissionais da sauacutede devido agraves pesquisas

cientiacuteficas comprovarem as consequecircncias eficazes de quem se exercita e que por

isso eacute bastante recomendada para pacientes que possuem osteoporose (MOTA

SOUSA AZEVEDO 2012)

Nas palavras de Mota Sousa e Azevedo tem-se

Haacute uma forte correlaccedilatildeo entre a qualidade de vida dos idosos e a atividade fiacutesica pois com a degeneraccedilatildeo do sistema musculoesqueleacutetico nos idosos e a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional a praacutetica da atividade fiacutesica influecircncia no tratamento e na prevenccedilatildeo da osteoporose trazendo benefiacutecios como a melhoria do desempenho das capacidades funcionais o aumento da forccedila muscular e flexibilidade e uma consideraacutevel melhora da coordenaccedilatildeo motora (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012 p47)

Portanto uma forma de reduzir os efeitos que a osteoporose apresenta ao seu

portador eacute praticando exerciacutecios fiacutesicos diariamente que aliado agrave uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel e rica em caacutelcio pode-se gerar resultados bastante satisfatoacuterios

fortalecendo os muacutesculos revigorando o equiliacutebrio afastando a possibilidade de

atrofia pelo natildeo-uso do membro que esteja lesionado e com isso retardando a

desmineralizaccedilatildeo oacutessea (BRASIL 2017)

Outras precauccedilotildees deveratildeo ser administradas ao sujeito idoso portador da

osteoporose para evitar riscos de queda que satildeo os principais fatores complicadores

da sauacutede do idoso Tais procedimentos podem ser a retirada de objetos que podem

dificultar a mobilidade do sujeito idoso por onde anda evitar tapetes escorregadios

colocar materiais antiderrapantes nas superfiacutecies por onde o idoso se movimenta

facilitar o acesso ao banheiro etc (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012)

52

53

3 METODOLOGIA

Tendo a finalidade de desenvolver as propostas que foram apresentadas quando do

comeccedilo deste trabalho optou-se por fazer uma revisatildeo bibliograacutefica do tema sabendo

que essa eacute uma modalidade de pesquisa que se destina a concatenar e observar os

conhecimentos que jaacute foram publicados a respeito de um determinado assunto que

no caso em questatildeo eacute a Assistecircncia de Enfermagem ao sujeito idoso

De acordo com Mancini e Sampaio (2006 p 361 - 472) trabalhos de ldquoRevisotildees da

literatura satildeo caracterizadas pela anaacutelise e pela siacutentese da informaccedilatildeo disponibilizada

por todos os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema[]rdquo Tendo

em vista todos os estudos relevantes publicados por um determinado tema mas sem

limitaacute-lo pois como eacute de amplo conhecimento a quantidade de informaccedilotildees eacute infinita

daiacute a necessidade de se fazer uma limitaccedilatildeo temporal a respeito

Utilizou-se para o desenvolvimento do estudo os seguintes bancos de dados

Scientific Electronic Library (Scielo) Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) Descritores

em Ciecircncia da Sauacutede (DeCS) Ministeacuterio da Sauacutede e livros

Como criteacuterios de inclusatildeo foi estabelecido o uso de revistas acadecircmicas artigos

cientiacuteficos livros etc do ano de 2006 a 2017 Como criteacuterios de exclusatildeo optamos

por natildeo fazermos uso de materiais em liacutenguas estrangeiras materiais antigos

materiais incompletos e materiais que natildeo apresentam rigor cientiacutefico tais como

trabalhos acadecircmicos de revisatildeo

Por fim o presente estudo natildeo necessita de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica (CE) da

Universidade uma vez que as informaccedilotildees coletadas satildeo provenientes de materiais

de acesso puacuteblico e de conhecimento de todos os interessados

54

55

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO

Existem vaacuterias formas de se aplicar a Assistecircncia de Enfermagem e o que eacute utilizado

no Brasil por diversos motivos eacute o que foi desenvolvido em 1979 pela enfermeira e

pesquisadora paraense Wanda Horta atraveacutes de seu livro Processo de Enfermagem

(SILVA et al 2011)

Nas palavras de Silva e outros (2011 p 1381) percebe-se o caraacuteter cientiacutefico e seacuterio

do uso da Assistecircncia de Enfermagem Vejamos

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) eacute conceituada como um meacutetodo de prestaccedilatildeo de cuidados para a obtenccedilatildeo de resultados satisfatoacuterios na implementaccedilatildeo da assistecircncia com o objetivo de reduzir as complicaccedilotildees durante o tratamento de forma a facilitar a adaptaccedilatildeo e recuperaccedilatildeo do paciente O uso do meacutetodo requer o pensamento criacutetico do profissional que deve estar focado nos objetivos e voltado para os resultados de forma a atender as necessidades do paciente e de sua famiacutelia exigindo constante atualizaccedilatildeo habilidades e experiecircncia sendo orientado pela eacutetica e padrotildees de conduta Portanto eacute um modo de exercer a profissatildeo com autonomia baseada nos conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas uacuteltimas deacutecadas

Importante deixar claro o entendimento acerca do que eacute a Sistematizaccedilatildeo da

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem antes de aplicaacute-

los ao sujeito idoso pois tais conceitos satildeo aplicados de forma geral na enfermagem

Todo o profissional de enfermagem precisar ter bem solidificado tais conceitos para

que possam se tornar profissionais competentes e antenados com a real situaccedilatildeo de

seu paciente (GARCIA 2016)

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

A sistematizaccedilatildeo eacute normatizada pela resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN) juntamente com o Processo de Enfermagem (PE) Eacute

entendido como sendo a responsaacutevel por ldquoorganizar o trabalho profissional quanto ao

meacutetodo pessoal e instrumentos tornando possiacutevel a operacionalizaccedilatildeo do processo

de Enfermagemrdquo (BRASIL 2009 p 01)

Garcia (2016) fala a respeito do amplo uso das teacutecnicas da SAE Vejamos

56

Especialmente quando analisamos a dimensatildeo assistencial da praacutetica reconhecemos haver uma ampla gama de situaccedilotildees vivenciadas no cotidiano de cuidados agrave clientela envolvendo a necessidade de sistematizaccedilatildeo da assistecircncia e de aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem aspectos substantivos da profissatildeo (GARCIA 2016 p 05)

A Sistematizaccedilatildeo de Assistecircncia da Enfermagem (SAE) aplicada ao idoso torna-se

dessa forma uma tentativa de fornecer uma assistecircncia de qualidade e personalizada

ao idoso por isso padroniza-se a entrevista que o profissional de enfermagem faz ao

paciente com o intuito de saber a real situaccedilatildeo do cliente Para se fazer tal

assistecircncia o profissional de enfermagem precisa da ajuda do Processo de

Enfermagem que complementa a SAE (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

412 Processo de Enfermagem

Eacute definido como sendo ldquoum instrumento metodoloacutegico que orienta o cuidado do

profissional de enfermagem e a documentaccedilatildeo da praacutetica profissionalrdquo e eacute dividido

em cinco etapas que abaixo satildeo escritas conforme resoluccedilatildeo ndeg 3582009 O Quadro

08 apresentada cada etapa do Processo de Enfermagem (PE) (BRASIL 2009 p 01)

Quadro 08 ndash Etapas do processo de enfermagem PROCESSO DE ENFERMAGEM

ETAPA DESCRICcedilAtildeO

COLETA DE DADOS

Essa eacute a primeira etapa do processo de enfermagem e consiste em colher todos os dados possiacuteveis do paciente valendo de teacutecnicas variadas e com a maior precisatildeo possiacutevel para um melhor atendimento do paciente Importante nessa fase coletar informaccedilotildees por parte da famiacutelia dos pacientes para que as informaccedilotildees possam ser confirmadas devido ser de fontes diversas

DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

Apoacutes a coleta dos dados o profissional de enfermagem passa a processar as informaccedilotildees e interpretando-as para que possa ter a tomada de decisatildeo mais eficaz para o paciente Essa etapa consiste em descrever exatamente o que o paciente tem e funciona como base para a accedilatildeo do profissional de enfermagem

PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Nessa etapa o profissional determina o que espera alcanccedilar de resultados quando das devidas intervenccedilotildees apoacutes a etapa anterior Aqui o profissional cria uma espeacutecie de roteiro para certificar-se do que poderaacute ocorrer

IMPLEMENTACcedilAtildeO Nessa etapa o profissional coloca em praacutetica o que foi decido nas etapas anteriores

AVALIACcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Trata-se de um processo contiacutenuo e analiacutetico no qual o profissional observa o seu paciente fazendo as devidas anotaccedilotildees do quadro dele para posterior mudanccedila das implementaccedilotildees Todo esse processo eacute dinacircmico e por isso o profissional precisa estar atento ao paciente durante todo instante em que ele esteja sob seus cuidados

Fonte Brasil (2009) (Adaptado pela autora)

57

A Figura 09 ilustra o que foi dito a respeito do Processo de Enfermagem no Quadro

08

Figura 09 ndash Processo de Enfermagem

Fonte Autoria proacutepria (2018)

Como pode-se inferir do Quadro 08 descrito desenvolver e aplicar a Sistematizaccedilatildeo

da Assistecircncia de Enfermagem de acordo com o Processo de Enfermagem eacute um

processo que exige muita disciplina e conhecimento do profissional de enfermagem

pois eacute sabido que se trata de um processo teacutecnico-cientiacutefico e somente o enfermeiro

habilitado poderaacute exercitar cada uma das fases que se mostram em conjunto A sua

separaccedilatildeo conforme descrita acima eacute apenas para efeitos didaacuteticos (GARCIA 2016)

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos

Para aplicar a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem e o Processo de

Enfermagem ao sujeito idoso o profissional de enfermagem tem a necessidade de

seguir procedimentos descritos principalmente na NANDA Internacional que se

tornou a principal fonte de diagnoacutesticos de enfermagem e que ldquofavorece a

58

identificaccedilatildeo de estrateacutegias para elevar a qualidade da assistecircncia e contribuir na

formaccedilatildeo de recursos humanosrdquo (KOKUDAI ALVARENGA 2010 p03)

A NANDA eacute dividida em diversos toacutepicos e assim resolvemos separar conforme

Quadro 09 os cuidados necessaacuterios de acordo com cada doenccedila predominante na

terceira idade que foi comentada neste trabalho As descriccedilotildees natildeo se limitam ao que

foi dito pois colocamos apenas algumas situaccedilotildees devido agrave enorme quantidade de

situaccedilotildees diagnoacutesticos e cuidados existentes

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continua)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Hipertensatildeo Arterial

Sistecircmica

Risco de desequiliacutebrio eletroliacutetico

Risco de mudanccedila nos niacuteveis de eletroacutelitos seacutericos capaz de comprometer a sauacutede

Estilo de vida sedentaacuterio Trata-se de um estilo de vida sem a praacutetica de atividades fiacutesicas

Ansiedade

Trata-se de um sentimento desgastante que assola o seu portador diante da expectativa de notiacutecias ou de situaccedilotildees estressantes e novas Pode-se considerar como um sinal de alerta que o organismo desenvolveu para deixar o indiviacuteduo atento em condiccedilotildees de periacuteodo de toda sorte

Padratildeo de sono prejudicado

Devido a fatores externos o indiviacuteduo natildeo possui uma rotina constante e linear de sono sendo que existe a condiccedilatildeo de dormeacorda que prejudica o organismo como um todo

Nutriccedilatildeo desequilibrada

O sujeito alimenta-se de nutrientes que em muitos casos satildeo em excesso ocasionando armazenamento de energia em formato de gordura

Mal de Parkinson

Problemas Motores

Risco de queda Facilidade com que o sujeito tem de desequilibrar e cair o que pode causar enormes danos

Bradicinesia Lentidatildeo de respostas fiacutesicas e psiacutequicas

Mobilidade fiacutesica prejudica

Limitaccedilatildeo no movimento fiacutesico independente e voluntaacuterio do corpo ou de uma ou mais extremidades

Problemas Natildeo-

motores

Demecircncia Enfraquecimento das faculdades intelectuais diante de lesotildees no ceacuterebro

Ansiedade

Vago e incocircmodo sentimento de desconforto ou temor acompanhado por resposta autonocircmica (a fonte eacute frequentemente natildeo especiacutefica ou desconhecida para o indiviacuteduo) sentimento de apreensatildeo causada pela antecipaccedilatildeo de perigo Eacute um sinal de alerta que chama a atenccedilatildeo para um perigo iminente e permite ao indiviacuteduo tomar medidas para lidar com a ameaccedila

59

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continuaccedilatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Alzheimer

Deacuteficit no autocuidado Capacidade prejudicada de realizar ou completar as atividades de banho por si mesmo

Mobilidade fiacutesica prejudicada Limites para movimentar-se seja com movimento voluntaacuterios ou involuntaacuterios

Insuficiecircncia na capaci-dade do a-dulto para melhorar

Depressatildeo Deterioraccedilatildeo funcional progressiva de natureza fiacutesica e cognitiva A capacidade do indiviacuteduo de viver com doenccedilas multissistecircmicas enfrentar os problemas decorrentes e controlar o seu cuidado estaacute notavelmente diminuiacuteda

Decliacutenio da memoacuteria

Distuacuterbio de sono Dificuldade para dormir em periacuteodos prolongados

Confusatildeo crocircnica

Deterioraccedilatildeo irreversiacutevel das faculdades mentais de forma prolongada O indiviacuteduo passa a natildeo perceber os fatores externos que podem indicar algo tal como perigo atenccedilatildeo moral e tantos outros Apresenta distuacuterbios na memoacuteria passando a natildeo mais reconhecer e nem lembrar de coisas e pessoas

Diabetes Mellitus

Autocontrole ineficaz

da sauacutede

Natildeo consegue se controlar e agir conforme necessidade para ter uma sauacutede plena e satisfatoacuteria ou seja natildeo consegue cuidar de si

Perfusatildeo tissular perifeacuterica ineficaz

Reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo sanguiacutenea para a periferia capaz de comprometer a sauacutede

Risco de Infecccedilatildeo

Risco de ter em seu organismo elementos estranhos e que possam danificar a sua sauacutede

Risco de olho seco

Risco de desconforto ocular ou dano agrave coacuternea e agrave conjuntiva devido agrave quantidade reduzida ou agrave qualidade das laacutegrimas para hidratar o olho

Risco de glicemia instaacutevel Natildeo possui uma estabilidade padratildeo em seu niacutevel glicecircmico devido agrave quantidade de glicose no sangue

Infecccedilotildees do trato

urinaacuterio

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Eliminaccedilatildeo urinaacuteria prejudicada Disfunccedilatildeo na eliminaccedilatildeo da urina

Risco de siacutendrome do desuso Devido agrave falta de uso de algum membro do corpo corre-se o risco desse membro atrofiar-se

Risco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircncia

Risco de perda involuntaacuteria de urina que ocorre imediatamente apoacutes uma forte sensaccedilatildeo de urgecircncia para urinar

Conforto prejudicado Percebe-se que inexiste a sensaccedilatildeo de conforto nas dimensotildees do ser humano

Osteoporose

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Risco de constipaccedilatildeo Possibilidade de diminuiccedilatildeo na frequecircncia normal de evacuaccedilatildeo paralela a uma dificuldade de eliminaccedilatildeo das fezes

60

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (conclusatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Osteoporose

Risco para quedas Estado em que o indiviacuteduo tem uma suscetibilidade para quedas aumentada

Mobilidade fiacutesica prejudicada Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute prestes a apresentar limitaccedilotildees dos movimentos fiacutesicos poreacutem ainda natildeo se encontra imoacutevel

Andar prejudicado Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute em risco de apresentar limitaccedilatildeo para andar

Fonte Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA (2013) Santos e outros (2017) Mattos e outros (2011) (Adaptado pela autora)

Saber utilizar os Diagnoacutesticos de Enfermagem corretamente e que satildeo padronizados

eacute bastante eficaz aceito e exigido para evitar que o profissional de enfermagem crie

mecanismos subjetivos de cuidados pois se assim ocorresse haveria um caos na

enfermagem com cada profissional atuando conforme melhor lhe for apresentado

(SOUZA ALVES PASSOS 2010)

A utilizaccedilatildeo do Diagnoacutestico de Enfermagem padronizado eacute um instrumento necessaacuterio

para evitar que os profissionais de enfermagem fragmentem os cuidados e os dilemas

dos pacientes deixando de observaacute-los como um todo e na grande maioria dos casos

prescrevendo cuidados que natildeo possuem nenhuma relaccedilatildeo com os problemas

relatados Dessa forma pode-se observar o Diagnoacutestico de Enfermagem como uma

ferramenta de trabalho altamente eficaz em seu uso cotidiano pois fornece ao

profissional de enfermagem um planejamento pautado no histoacuterico de atuaccedilatildeo pois

uma vez que os problemas sejam conhecidos mapeados e anotados torna-se mais

eficaz e otimizado o processo do cuidado em toda a sua plenitude Por essa oacutetica

constata-se como eacute importante o Diagnoacutestico de Enfermagem para o sujeito idoso

pois consegue construir todo um conjunto de atuaccedilatildeo para o cuidado sempre visando

o bem-estar do idoso (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso

Depois de ter feito o diagnoacutestico de enfermagem do sujeito idoso e de ter descoberto

as suas comorbidades o profissional de enfermagem precisa entatildeo fazer as devidas

intervenccedilotildees Tais intervenccedilotildees satildeo tratadas como prescriccedilotildees de enfermagem e

possuem um campo de atuaccedilatildeo mapeado para natildeo sobrepor ao trabalho do meacutedico

(FAEDA PERROCA 2017)

61

Ainda de acordo com a resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de Enfermagem

(COFEN) o Art 4ordm assim determina

Ao enfermeiro [] incumbe a lideranccedila na execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do Processo de Enfermagem de modo a alcanccedilar os resultados de enfermagem esperados cabendo-lhe privativamente o diagnoacutestico de enfermagem acerca das respostas da pessoa famiacutelia ou coletividade humana em um dado momento do processo sauacutede e doenccedila bem como a prescriccedilatildeo das accedilotildees ou intervenccedilotildees de enfermagem a serem realizadas face a essas respostas (BRASIL 2009 p 03)

Ou seja o profissional de enfermagem tem ampla prerrogativa para desenvolver a

Prescriccedilatildeo de Enfermagem baseado nos protocolos e nos estudos que desenvolveu

na Universidade Dentre os vaacuterios diagnoacutesticos possiacuteveis para o sujeito idoso em

diversas situaccedilotildees iremos nos concentrar em somente aqueles que aqui foram

discutidos Faz-se necessaacuterio observar que a Prescriccedilatildeo de Enfermagem eacute uma

ferramenta de uso dinacircmico Entende-se de uso dinacircmico a ideia de que o profissional

de enfermagem natildeo pode descuidar do seu paciente tendo a necessidade de sempre

observaacute-lo e atualizar o que surgir de novo para que possa estar sempre atualizando

o estado de sauacutede do cliente (FAEDA PERROCA 2017)

Abaixo no Quadro 10 tem-se a Prescriccedilatildeo de Enfermagem para as doenccedilas que

foram discutidas neste trabalho Vale ressaltar que existem diversas doenccedilas que

acometem o sujeito idoso mas vamos nos ater apenas nas principais que foram

tratadas uma vez que satildeo o objeto limitador de estudo deste trabalho (MOROZ

KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (continua)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

Mudanccedila no estilo de vida dos pacientes idosos Eliminaccedilatildeo do uso do sal Controle do peso Controle da ansiedade Praacutetica diaacuteria de atividades fiacutesicas Uso adequado dos medicamentos Abstinecircncia ao fumo e ao aacutelcool

Mal de Parkinson

Programa de exerciacutecios diaacuterios para aumentar a forccedila muscular o que iraacute melhorar a coordenaccedilatildeo e a destreza reduzindo a rigidez muscular Encorajar ensinar e incentivar o cliente durante os exerciacutecios da vida diaacuteria para promover o autocuidado Encorajar o paciente a seguir um padratildeo de horaacuterio regular aumentando a consciecircncia para a ingestatildeo de liacutequidos e a ingestatildeo de alimentos com um conteuacutedo de fibra moderado Monitorar o peso semanalmente indicando se a absorccedilatildeo caloacuterica eacute adequada Desenvolver meacutetodo de comunicaccedilatildeo para satisfazer as necessidades do paciente encorajar o paciente a participar de programas sociais para evitar a depressatildeo

62

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (conclusatildeo)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Alzheimer Orientar a higiene corporal e higiene oral Medidas de prevenccedilatildeo de lesatildeo por pressatildeo Mudanccedila de decuacutebito Administraccedilatildeo de medicaccedilatildeo ansioliacutetica conforme prescriccedilatildeo meacutedica Proporcionar alimentaccedilatildeo saudaacutevel (frutas e legumes) em poucas quantidades vaacuterias vezes ao dia Ajudar no autocuidado Incentivar o autocuidado a comunicaccedilatildeo verbal a cogniccedilatildeo e a memoacuteria atraveacutes de jogos leituras e atividades luacutedicas Auxiliar a famiacutelia no entendimento e no enfrentamento da patologia

Diabetes Mellitus

Fornecer informaccedilotildees ao paciente Desenvolver um plano de ensino para o paciente Avaliar as estrateacutegias de enfrentamento para o paciente e tranquiliza-lo Determinar os meacutetodos de ensino para o paciente Avaliar as habilidades e comportamentos de autocuidado dos pacientes Monitorar pacientes experientes ateacute que eles natildeo cometam erros no autocuidado Instruir pacientes e familiares a reconhecer os sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia

Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

Orientar ao paciente da necessidade do uso adequado do medicamento dos horaacuterios da quantidade e das vias de administraccedilatildeo Orientar os idosos e familiares quanto aos resultados da medicaccedilatildeo Manter o registro da frequecircncia da incontinecircncia urinaacuteria registrar mudanccedilas da pressatildeo arterial do estado mental e das habilidades funcionais Realizar as medidas terapecircuticas Realiza treinamento da bexiga

Osteoporose

Deixar o paciente e o membro afetado em repouso Imobilizar o local da fratura para evitar movimentos Repousar o paciente em uma cama ortopeacutedica Deixar o local da fratura em posiccedilatildeo elevada Aplicar as medicaccedilotildees que foram receitadas Documentar todos os relatos de dores deixando claro onde ocorre e as caracteriacutesticas Incentivar o paciente a discutir os problemas relacionados agrave lesatildeo Medicar antes das atividades de cuidado Revisar a patologia fazendo prognoacutesticos e expectativas futuras Discutir o regime medicamentoso individual de forma apropriada Encorajar exerciacutecios brandos Monitorar a ingestatildeo de alimentos Auxiliar lentamente a pessoa a sentar Aumentar a motilidade dos membros Reduzir ou eliminar os fatores que aumentam a experiecircncia dolorosa

Fonte Florecircncio e outros (2012) Mattos e outros (2011 p 443) Menezes e outros (2013 p04) Tosin e outros (2016) Santos e outros (2017) (Adaptado pela autora)

Agir de acordo com as prescriccedilotildees de enfermagem que aqui foram desenvolvidas

proporciona ao sujeito idoso uma melhoria em sua qualidade de vida e dessa forma

consegue viver a terceira idade com plena satisfaccedilatildeo e alegria sem perder de vista a

extrema necessidade de cuidados constantes que a condiccedilatildeo de sujeito idoso lhe

obriga (LIRA et al 2013)

Conclui-se do que foi apresentado no quadro 10 que o profissional de enfermagem

deteacutem uma importante funccedilatildeo em sua aacuterea de atuaccedilatildeo e que precisa estar sempre

estudando se atualizando das novidades meacutedicas para poder oferecer um bom

cuidado ao seu cliente idoso seja no ambiente hospitalar seja no ambiente de abrigo

de idosos ou no proacuteprio lar do idoso (FAEDA PERROCA 2017)

Diante de todo o estudo realizado acerca do sujeito idoso e da relaccedilatildeo do profissional

de enfermagem com o seu paciente idoso conseguimos ter alguns resultados

63

satisfatoacuterios que a seguir seratildeo apresentados sem a necessidade de estarem em

ordem de prioridade ou seja todos satildeo importantes

64

65

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Envelhecer eacute um verbo que a todos afeta independentemente de sexo raccedila cor etc

Haacute no entanto duas formas de se envelhecer com sauacutede e sem sauacutede Mesmo

diante dessas duas formas de envelhecimento envelhecer com qualidade eacute precioso

para o indiviacuteduo pois dessa forma consegue se aceitar como velho consegue

suportar as doenccedilas que satildeo proacuteprias da terceira idade Consegue ver vantagem em

ser velho

Para se envelhecer com qualidade necessaacuterio eacute que o sujeito tenha uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel que se abstenha de viacutecios que satildeo danosos ao organismo que consiga ter

equiliacutebrio em sua vida pessoal psicoloacutegica iacutentima e em tantos outros campos ou seja

que tenha harmonia em tudo O apoio familiar torna-se primoroso nessa etapa da vida

Ter ao lado quando se estaacute fragilizado devido a velhice pessoas que ama que confia

e por quem eacute amado eacute uma forma de envelhecer com bastante qualidade

O profissional de enfermagem tem um papel fundamental junto a pessoas idosas pois

em muitos casos torna-se seu cuidador principal quando a famiacutelia natildeo pode cuidar

de seu idoso por motivos diversos ou quando o idoso se encontra sozinho sem

famiacutelia e sem amigos Por isso importante ter preparo com pessoas idosas entender

bem o processo de envelhecimento estar sempre atualizado diante das doenccedilas que

atingem os sujeitos idosos

Eacute um trabalho que demanda muito amor por parte do profissional e que por isso natildeo

basta apenas o entender racional de todos os procedimentos precisa ter sentimentos

proacutesperos de ajuda ao proacuteximo e seguir os princiacutepios norteadores de Wanda de

Aguiar Horta para quem a enfermagem foi o maior bem de sua vida pois cuidava de

seus pacientes como se fossem seus filhos

Considerando a taxa de envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira vale destacar

tambeacutem a abertura de mercado gerontoloacutegico para o profissional de enfermagem

Percebemos que com a taxa de envelhecimento da sociedade brasileira acelerada

a demanda por profissionais de enfermagem iraacute aumentar consideravelmente tendo

em vista a necessidade desse profissional para a praacutetica do cuidado com o sujeito

idoso

66

Discussotildees mais aprofundadas em torno do sujeito idoso precisam ser realizadas nas

academias com o intuito de formar profissionais competentes e com entendimento

desse setor pois conforme foi falado eacute um capo em franco crescimento devido ao

envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira Quanto mais capacitado for o profissional

melhor colocaccedilatildeo obteraacute no mercado de trabalho e melhores cuidados conseguiraacute

dispor em favor do paciente idoso

67

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ACIOLE Giovanni Gurgel BATISTA Lucia Helena Promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de incapacidades funcionais dos idosos na estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia a contribuiccedilatildeo da fisioterapia Sauacutede debate Rio de Janeiro v 37 n 96 p 10-19 mar 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-11042013000100003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON O que eacute Parkinson Disponiacutevel em lt

httpwwwparkinsonorgbrgt Acesso em 04 de junho de 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER O que eacute o Alzheimer Disponiacutevel em lt httpwwwabrazorgbrindexphppage=alzheimergt Acesso em 04 de junho de 2018 BAPTISTA Rafael Reimann VAZ Marco Aureacutelio Arquitetura muscular e o envelhecimento adaptaccedilatildeo funcional e aspectos cliacutenicos revisatildeo de literatura Fisioterapia e Pesquisa Satildeo Paulo v16 n4 p368-73 outdez 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdffpv16n415pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 BRASIL Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Osteoporose Boletim Sauacutede e Economia Ano I ndash Ediccedilatildeo nordm 1 agosto de 2009 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt

httpportalanvisagovbrdocuments33884412285Boletim+SaC3BAde+e+Economia+nC2BA+17d49dea4-6610-4a71-9154-c4df75c3dd53gt Acesso em 25 de maio de 2018 BRASIL Cacircmara dos Deputados Estatuto do Idoso Ministeacuterio da Sauacutede - 3 ed 2 reimpr - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2013 70 p ______ Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos Guia de Vigilacircncia em Sauacutede volume uacutenico [recurso eletrocircnico] Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos 2ordf Ed Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2017 705 p Disponiacutevel em lthttpportalarquivos2saudegovbrimagesPDF2017outubro16Volume-Unico-2017pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 ______ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica A Siacutentese dos Indicadores Sociais Uma Anaacutelise das Condiccedilotildees de Vida da Populaccedilatildeo Brasileira - 2016 Disponiacutevel em lthttpswwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimossinteseindicsociais2016defaultshtmgt Acesso em 06 de abril de 2018 ______ Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo nordm 358 do Conselho Federal de Enfermagem 15 de outubro de 2009 (BR) 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384htmlgt Acesso em 27 de abril de 2018

68

BUSNELLO Roberta et al Niacutevel de conhecimento de idosos sobre diabetes mellitus e sua percepccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave qualidade de vida Rev Kairoacutes Gerontologia 201215(3)81-94 Disponiacutevel em lthttpsrevistaspucspbrindexphpkairosarticleviewFile784011432gt Acesso em 23 de abril de 2018 CAMARGOS Mirela Castro Santos BOMFIM Wanderson Costa Osteoporose e Expectativa de Vida Saudaacutevel estimativas para o Brasil em 2008 Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 25 n 1 p 106-112 mar 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2017000100106amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de maio de 2018 CLARES Jorge Wilker Bezerra FREITAS Maria Ceacutelia de PAULINO Monnyck Hellen Couto Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem ao idoso institucionalizado fundamentada em Virginia Henderson Rev Rene (Online) 14(3) 649-658 maio ndash junho de 2013 Disponiacutevel em lt httppesquisabvsaludorgenfermagemresourceptbde-24492gt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 CORDEIRO Juliana et al Efeitos da atividade fiacutesica na memoacuteria declarativa capacidade funcional e qualidade de vida em idosos Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 3 p 541-552 Sept 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000300541amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA [recurso eletrocircnico] definiccedilotildees e classificaccedilatildeo 2012-2014 [NANDA International] traduccedilatildeo Regina Machado Garcez revisatildeo teacutecnica Alba Lucia Bottura Leite de Barros [et al] ndash Dados eletrocircnicos ndash Porto Alegre Artmed 2013 Centro Avanccedilado de Medicina Preventiva ENVELHECIMENTO - Sob o ponto de vista esteacutetico e meacutedico 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwcamepcombrenvelhecimentogt Acesso em 23 maio 2018 ENFERMEIRO aprendiz As Orientaccedilotildees de Enfermagem em Osteoporose 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwenfermeiroaprendizcombras-orientacoes-de-enfermagem-em-osteoporosegt Acesso em 25 maio 2018 ESQUENAZI Danuza SILVA R Boiccedila da GUIMARAtildeES Marco Antocircnio (2014) Aspectos fisiopatoloacutegicos do envelhecimento humano e quedas em idosos Rev Hosp Univ Pedro Ernesto 13(2)11-20 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg1012957rhupe201410124gt Acesso em 04 de junho de 2018 FAEDA Mariacutelia Silveira PERROCA Maacutercia Galan Conformidade na prescriccedilatildeo de enfermagem agraves necessidades de cuidados concepccedilatildeo de enfermeiros Rev Bras Enferm Brasiacutelia v 70 n 2 p 400-406 Apr 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672017000200400amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 May 2018

69

FILHO Mario Alves de Siqueira Envelhecimento e muacutesculo esqueleacutetico forccedila muscular atividade proteassomal e sinalizaccedilatildeo relacionada ao balanccedilo proteacuteico 2012 68 p Tese apresentada ao programa de poacutes-graduaccedilatildeo em fisiologia humana (Doutor em ciecircncias) - Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis4242137tde-12062013-102648enphpgt Acesso em 10 abr 2018 FONSECA Emiacutelio Prado da et al Mortalidade por cacircncer bucal e orofaringe no Brasil entre 2002 e 2011 Revista da Faculdade de Ciecircncias Gerenciais de Manhuaccedilu Manhuaccedilu MG v 11 n 2 p 08-17 Agosto-Dezembro 2014 Disponiacutevel em lthttppensaracademicofacigedubrindexphppensaracademicoarticleview216gt Acesso em 04 de junho de 2018 FLOREcircNCIO Raquel Sampaio et al Adesatildeo ao idoso ao tratamento para hipertensatildeo arterial e intervenccedilotildees de enfermagem Rev Rene 2012 13(2) 343-53 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicosufcbrrenearticleviewFile39243114gt Acesso em 22 de abril de 2018 GARCIA Telma Ribeiro Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem aspecto substantivo da praacutetica profissional Esc Anna Nery Rio de Janeiro 2016 20(1) 5-10 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeanv20n11414-8145-ean-20-01-0005pdfgt Acesso em 27 de abril de 2018 GUERRA Ana Carolina Lima Cavaletti CALDAS Ceacutelia Pereira Dificuldades e recompensas no processo de envelhecimento a percepccedilatildeo do sujeito idoso Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2931-2940 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600031amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 GONCALVES Lucia Hisako Takase ALVAREZ Angela Maria ARRUDA Micheli Coral Pacientes portadores da doenccedila de Parkinson significado de suas vivecircncias Acta paul enferm Satildeo Paulo v 20 n 1 p 62-68 Marccedilo 2007 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002007000100011amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 GONCALVES Endy-Ara Gouvea CARMO Joatildeo dos Santos Diagnoacutestico da doenccedila de Alzheimer na populaccedilatildeo brasileira um levantamento bibliograacutefico Rev Psicol Sauacutede Campo Grande v 4 n 2 p 170-176 dez 2012 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S2177-093X2012000200010amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 JARDIM Luciana Muniz Sanches Siqueira Veiga et al Tratamento Multiprofissional da Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica em Pacientes Muito Idosos Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 108 n 1 p 53-59 Jan 2017 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0066-782X2017000100053amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 JUSTO Joseacute Sterza ROZENDO Adriano da Silva A velhice no Estatuto do Idoso Estud pesqui psicol Rio de Janeiro v 10 n 2 p 471-489 ago 2010

70

Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1808-42812010000200012amplng=ptampnrm=isogt acessos em 22 abr 2018 KOKUDAI Laiacutes Aparecida ALVARENGA Maacutercia Regina Martins Classificaccedilatildeo das necessidades de sauacutede de idosos de acordo com a taxonomia NANDA 2010 Rev Anais do Eniac 6 p Disponiacutevel em lthttpsanaisonlineuemsbrindexphpenicarticleview13241337gt Acesso em 30 de abril de 2018 KUWAE Christiane Ayumi et al Concepccedilotildees de alimentaccedilatildeo saudaacutevel entre idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ normas nutricionais normas do corpo e normas do cotidiano Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 18 n 3 p 621-630 Sept 2015 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232015000300621amplng=enampnrm=isogt Acesso em 20 de maio de 2018 LEAO E SILVA Leonardo Oliveira et al Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica Representaccedilotildees Sociais de idosos sobre a doenccedila e seu tratamento Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 21 n 2 p 121-128 June 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2013000200004amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 de maio de 2018 LIMA Deborah Mendonccedila et al A hipovitaminose B12 eacute fator de risco para desenvolvimento de osteoporose Anais do Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - 1 ed - Satildeo Paulo AC Farmacecircutica 2014 Disponiacutevel em lthttpssbggorgbrwp-contentuploads2014101479477498_Anais_CBGG_-_Verso_finalpdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 LIRA Luana Nogueira et al Histoacuterico de enfermagem para idosos hospitalizados base para diagnoacutesticos e prescriccedilotildees Rev enferm UFPE on line Recife 7(8) 5198-206 ago 2013 Disponiacutevel em lthttpsperiodicosufpebrrevistasrevistaenfermagemarticleviewFile1179314165gt Acesso em 22 de maio de 2018 MANCINI Marisa Cotta SAMPAIO Rosana Ferreira Quando o objeto de estudo eacute a literatura estudos de revisatildeo Rev bras fisioter Satildeo Carlos v 10 n 4 Dec 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-35552006000400001amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 MARQUES Luiz Paulo Joseacute MOREIRA Rosa Maria Portella SANTOS Omar da Rosa Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio nos idosos Satildeo Paulo Editora Sarvier 2010 p 150 ndash 154 Disponiacutevel em lthttpswwwresearchgatenetpublication283487098_INFECCAO_DO_TRATO_URINARIO_NOS_IDOSOSgt Acesso em 30 de abril de 2018 MATTOS Carine Magalhatildees Zanchi de et al Processo de enfermagem aplicado a idosos com alzheimer que participam do projeto estrateacutegias de reabilitaccedilatildeo Estud Interdiscipl Envelhec Porto Alegre v16 ediccedilatildeo especial p 433-447 2011 Disponiacutevel em

71

lthttpseerufrgsbrindexphpRevEnvelhecerarticleview1792116307gt Acesso em 22 de maio de 2018 MACIEL Marcos Gonccedilalves Atividade fiacutesica e funcionalidade do idoso Motriz rev educ fis (Online) Rio Claro v 16 n 4 p 1024-1032 Dec 2010 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1980-65742010000400023amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de junho de 2018 MENEZES Luiza Tereza Gadelha de et al ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA In Congresso Nacional de Envelhecimento Humano 2016 Natal - RN ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA [Sl sn] 2016 p 1-6 Disponiacutevel em lthttpwwweditorarealizecombrrevistascnehtrabalhosTRABALHO_EV054_MD4_SA4_ID558_17082016145144pdfgt Acesso em 22 maio 2018 MORAIS Olga Nazareacute Pantoja de Grupos de idosos atuaccedilatildeo da psicogerontologia no enfoque preventivo Psicol cienc prof Brasiacutelia v 29 n 4 p 846-855 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-98932009000400014amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 06 abr 2018 MOTA Leandro Silva SOUSA Elton Geraldo de AZEVEDO Francisco Honeidy Carvalho Intercorrecircncias da osteoporose na qualidade de vida dos idosos Revista Interdisciplinar NOVAFAPI Teresina v5 n2 p44-49 Abr-Mai-Jun 2012 Disponiacutevel em lthttpsrevistainterdisciplinaruninovafapiedubrrevistainterdisciplinarv5n2revrev1v5n2pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 MOROZ Maisa Bastos KLUTHCOVSKY Ana Claudia Garabeli Cavalli SCHAFRANSKI Marcelo Derbli Controle de pressatildeo arterial em idosas hipertensas em uma Unidade de Sauacutede da Famiacutelia e fatores associados Cad Sauacutede Colet 2016 Rio de Janeiro 24 (1) 111-117 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcadscv24n11414-462X-cadsc-24-1-111pdfgt Acesso em 23 de abril de 2018 PEREIRA Erico Felden TEIXEIRA Clarissa Stefani ETCHEPARE Luciane Sanchotene O envelhecimento e o sistema muacutesculo esqueleacutetico Revista Digital n 101 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwefdeportescomefd101envelhhtmgt Acesso em 04 de junho de 2018 PETERNELLA Fabiana Magalhatildees Navarro MARCON Sonia Silva Descobrindo a Doenccedila de Parkinson impacto para o parkinsoniano e seu familiar Rev bras enferm Brasiacutelia v 62 n 1 p 25-31 Feb 2009 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672009000100004amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 REIS Luciana Arauacutejo dos TRAD Leny Alves Bonfim Suporte familiar ao idoso com comprometimento da funcionalidade a perspectiva da famiacutelia Psicol teor prat Satildeo Paulo v 17 n 3 p 28-41 dez 2015 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1516-

72

36872015000300003amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 RIBEIRO Aline Lima VEIGA Caroline Lagrotta da Associaccedilatildeo entre a capacidade cognitiva e a ocorrecircncia de quedas em idosos de juiz de fora Minas Gerais Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Federal de Juiz de Fora 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwufjfbrfacfisiofiles201307TCC-Aline-Carolinepdfgt Acesso em 10 de abril de 2008 RORIZ-FILHO Jarbas et al Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio Medicina (Ribeiratildeo Preto) 201043(2) 118-25 Disponiacutevel emlthttpwwwrevistasuspbrrmrparticleview166167gt Acesso em 04 de junho de 2018 RUIVO Susana et al Efeito do envelhecimento cronoloacutegico na funccedilatildeo pulmonar Comparaccedilatildeo da funccedilatildeo respiratoacuteria entre adultos e idosos saudaacuteveis Rev Port Pneumol Lisboa v 15 n 4 p 629-653 ago 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielomecptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0873-21592009000400005amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 07 abril de 2018 SANTOS Beatriz Aparecida dos et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem (SAE) no atendimento domiciliar ao paciente portador de osteoporose Revista Sauacutede em Foco ndashEdiccedilatildeo nordm 9 ndash Ano 2017 Disponiacutevel em lthttpunifiaedubrrevista_eletronicarevistassaude_focoartigosano2017072_sistematizacao_ass_enfermagem_saepdf gt Acesso em 25 de maio de 2018 SANCHES Ana Paula R Amadio LEBRAO Maria Luacutecia DUARTE Yeda Aparecida de Oliveira Violecircncia contra idosos uma questatildeo nova Saude soc Satildeo Paulo v 17 n 3 p 90-100 Sept 2008 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-12902008000300010amplng=enampnrm=isogt access on 22 Apr 2018 SENA Edite Lago da Silva et al Tecnologia cuidativa de ajuda muacutetua grupal para pessoas com Parkinson e suas famiacutelias Texto contexto - enferm Florianoacutepolis v 19 n 1 p 93-103 mar 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000100011amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 SERENIKI Adriana VITAL Maria Aparecida Barbato Frazatildeo A doenccedila de Alzheimer aspectos fisiopatoloacutegicos e farmacoloacutegicos Rev psiquiatr Rio Gd Sul Porto Alegre v 30 n 1 supl 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0101-81082008000200002amplng=enampnrm=isogt Acesso em 23 de abril de 2018 SILVA Bruna Rodrigues da FINOCCHIO Ana Luacutecia A velhice como marca da atualidade uma visatildeo psicanaliacutetica Viacutenculo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 23-30 dez 2011 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-24902011000200004amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018

73

SILVA Elisama Gomes Correia et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacutetica Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 45 n 6 p 1380-1386 Dec 2011 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000600015amplng=enampnrm=isogt access on 22 May 2018 SOUZA Rosangela Ferreira de SKUBS Thais BRETAS Ana Cristina Passarella Envelhecimento e famiacutelia uma nova perspectiva para o cuidado de enfermagem Rev bras enferm Brasiacutelia v 60 n 3 p 263-267 June 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672007000300003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de maio de 2018 SOUZA Emannuely Silva de ALVES Thalita Isapaula Feacutelix PASSOS Ana Beatriz Barbosa Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem a um Idoso com Parkinson em uma Instituiccedilatildeo de Apoio do Municiacutepio de Ipatinga Revista Enfermagem Integrada ndash Ipatinga Unileste-MG - V3 - N2 - NovDez 2010 Disponiacutevel em lt httpswwwunilestemgbrenfermagemintegradaartigoV3_209-sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem-a-um-idoso-com-parkinsonpdf gt Acesso em 02 de maio de 2018 TAGLIARINI Mariana Hidroginaacutestica na terceira Idade Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndashUNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2008 Lins 2008 62p il 31cm Disponiacutevel em lthttpwwwunisalesianoedubrbibliotecamonografias46264pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 TAYLOR Carol et al Fundamentos de enfermagem a arte e a ciecircncia do cuidado de enfermagem 7 ed Porto Alegre Artmed 2014 1768 p TEIXEIRA Ilka Niceacuteia DAquino Oliveira GUARIENTO Maria Elena Biologia do envelhecimento teorias mecanismos e perspectivas Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2845-2857 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600022amplng=enampnrm=isogt Acessado em 06 de abril de 2018 TOSIN Michelle Hyczy de Siqueira et al Intervenccedilotildees de Enfermagem para a reabilitaccedilatildeo na doenccedila de Parkinson mapeamento cruzado de termos Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 24 e2728 2016 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692016000100360amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 VARGAS Liane da Silva de LARA Marcus Viniacutecius Soares de MELLO-CARPES Pacircmela Billig Influecircncia da diabetes e a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico e atividades cognitivas e recreativas sobre a funccedilatildeo cognitiva e emotividade em grupos de terceira idade Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 4 p 867-878 dez 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000400867amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 23 abr 2018

74

VERAS Renato Peixoto Prevenccedilatildeo de doenccedilas em idosos os equiacutevocos dos atuais modelos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28 n 10 p 1834-1840 Oct 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-311X2012001000003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 VETTORE Marcelo Vianna et al Avaliaccedilatildeo do manejo da infecccedilatildeo urinaacuteria no preacute-natal em gestantes do Sistema Uacutenico de Sauacutede no municiacutepio do Rio de Janeiro Rev bras epidemiol Satildeo Paulo v 16 n 2 p 338-351 jun 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-790X2013000200338amplng=ptampnrm=isogt acessos em 30 abr 2018

Page 16: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca

26

diversas aacutereas do saber que atuam em conjunto para um cuidado eficaz do sujeito

idoso Dentre esses profissionais que auxiliam no cuidado do idoso uma figura que

se destaca eacute o enfermeiro que desenvolve ldquosuas atividades com os idosos por meio

de um processo de cuidar que contempla os aspectos biopsicossociais e espirituais

vivenciados durante a institucionalizaccedilatildeordquo quando utiliza a Sistematizaccedilatildeo de

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) por intermeacutedio do Processo de Enfermagem (PE)

permitindo ldquouma avaliaccedilatildeo integral do idoso identificando necessidades e padrotildees de

resposta aos problemas de sauacutede para a determinaccedilatildeo de soluccedilotildees apropriadas no

atendimento dessas necessidadesrdquo (CLARES FREITAS PAULINO 2013 p 02)

11 OBJETIVOS

111 Objetivo geral

bull Analisar a partir de uma revisatildeo de literatura a Assistecircncia de Enfermagem ao

sujeito idoso

112 Objetivos especiacuteficos

bull Descrever o processo de envelhecimento

bull Listar as principais doenccedilas que acometem a populaccedilatildeo idosa

bull Identificar as principais estrateacutegias de Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de

Enfermagem (SAE) para a populaccedilatildeo idosa

12 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista o aumento do nuacutemero de sujeitos idosos no Brasil devido ao aumento

da expectativa de vida e por ser esta autora jaacute atuante como enfermeira na

assistecircncia agraves pessoas idosas natural foi a escolha pelo tema aqui desenvolvido

27

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO IDOSA

NO BRASIL

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) oacutergatildeo do governo responsaacutevel

por coletar informaccedilotildees a respeito da sociedade brasileira para um melhor

entendimento da realidade lanccedilou em 2016 um livro com uma siacutentese de indicadores

sociais e uma anaacutelise das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo brasileira Tal livro

permeado de dados estatiacutesticos foi utilizado para levantar as estatiacutesticas a respeito

da populaccedilatildeo idosa do Brasil e assim seraacute aqui referenciado

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

A evoluccedilatildeo da composiccedilatildeo populacional por grupos de idade aponta para a tendecircncia de envelhecimento demograacutefico que corresponde ao aumento da participaccedilatildeo percentual dos idosos na populaccedilatildeo e a consequente diminuiccedilatildeo dos demais grupos etaacuterios (BRASIL 2016 p 13)

A constataccedilatildeo de que a sociedade brasileira estaacute envelhecendo pode ser confirmada

na Tabela 01 que reforccedila o que jaacute foi citado anteriormente

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade

IDADE (anos) 2005 () 2015 ()

0 ndash 14 265 210 15 - 29 274 236 30 - 59 362 410

Acima de 60 98 143

Fonte Brasil (2016 p 13)

Ainda sobre a Tabela 01 observa-se a evoluccedilatildeo da populaccedilatildeo brasileira entre os anos

de 2005 a 2015 Observa-se pela tabela que a populaccedilatildeo idosa saiu dos 98 em

2005 para 143 em 2015 ou seja em uma deacutecada a populaccedilatildeo idosa cresceu cerca

de 46 Eacute um crescimento enorme Com essa dinacircmica populacional a expectativa

eacute que em 2050 a populaccedilatildeo idosa no Brasil fique ligeiramente abaixo dos 30

conforme eacute ilustrado na Figura 01 Ela tambeacutem apresenta a projeccedilatildeo da evoluccedilatildeo de

pessoas com mais de 60 anos no restante do mundo (BRASIL 2016)

28

Figura 01 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo

Fonte Brasil (2016) (Adaptado pela autora)

O sujeito idoso apresenta diversas dificuldades no seu dia-a-dia e torna-se um desafio

enorme para a sociedade brasileira como um todo em vista da preocupaccedilatildeo que se

deve ter com o sujeito idoso No Quadro 01 algumas caracteriacutesticas pertinentes aos

idosos (BRASIL 2016)

Quadro 01 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens CARACTERIacuteSTICAS QUANTIDADE

Alguma dificuldade permanente para caminhar 330 ()

Vivem em domiciacutelios em aacutereas sem arborizaccedilatildeo 275 ()

Entidade de assistecircncia social privada sem fins lucrativos 8283

Jaacute se sentiram discriminados no serviccedilo sauacutede 84 ()

Niacutevel de ocupaccedilatildeo dos idosos 263 ()

Proporccedilatildeo de idosos ocupados que recebem aposentadoria 538 ()

Ensino fundamental incompleto 655 ()

Sem plano meacutedico ou odontoloacutegico 680 ()

Sintomas de depressatildeo 93 ()

Fonte Brasil (2016)

O Quadro 01 apresenta diversas informaccedilotildees a respeito do sujeito idoso A que mais

chama atenccedilatildeo eacute a quantidade de idosos sem plano de sauacutede ou odontoloacutegico algo

em torno de 68 pois como eacute sabido a sauacutede puacuteblica no Brasil eacute precaacuteria e com

isso o idoso que acaba por depender do sistema puacuteblico natildeo tem um atendimento

eficaz o que pode agravar suas condiccedilotildees fiacutesicas e de sauacutede (BRASIL 2016)

29

22 ESTATUTO DO IDOSO

O estatuto do idoso eacute o nome popular dado a Lei nordm 10741 de 1ordm de outubro de 2003

que veio para regular os direitos das pessoas com mais de sessenta anos assim

consideradas idosas (BRASIL 2013)

O referido documento agrupou leis que jaacute existiam organizando-as em blocos Todos

os direitos a que o idoso tem mas que em diversas ocasiotildees satildeo deliberadamente

usurpados foram bem discutidos nesta lei Seu art 2ordm assim institui

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes agrave pessoa humana sem prejuiacutezo da proteccedilatildeo integral de que trata esta Lei assegurando-se-lhe por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades para preservaccedilatildeo de sua sauacutede fiacutesica e mental e seu aperfeiccediloamento moral intelectual espiritual e social em condiccedilotildees de liberdade e dignidade (BRASIL 2013 p 07)

O idoso possui sempre prioridades devido a uma seacuterie de fatores e acima de tudo

devido agrave sua fragilidade pela idade avanccedilada O estatuto do idoso determina quais

satildeo essas prioridades No Quadro 02 elas satildeo delineadas (BRASIL 2013)

Quadro 02 ndash Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso INCISO PRIORIDADES

I Ter atendimento prioritaacuterio e personalizado junto a oacutergatildeos que prestam serviccedilos de sauacutede agrave populaccedilatildeo

II Ter prioridades diante das poliacuteticas sociais elaboradas para a sauacutede puacuteblica

III Destinaccedilatildeo privilegiada de recursos puacuteblicos para os setores que possuem obrigaccedilotildees de proteccedilatildeo ao idoso

IV Desenvolvimento de poliacuteticas que torne possiacutevel o conviacutevio do idoso com pessoas de outras geraccedilotildees

V Ser cuidado por membros de sua famiacutelia sendo que a acolhida em abrigos de idosos seria em uma uacuteltima situaccedilatildeo

VI Capacitaccedilatildeo dos profissionais que cuidam de idosos para prestar um atendimento de qualidade de atualizado

VII No desenvolvimento de poliacuteticas que possibilitem a divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees educativas a respeito do idoso para o puacuteblico em geral

VIII Garantia de acessibilidade aos serviccedilos de sauacutede e de assistecircncia social do Estado

IX Primazia quando do recebimento da restituiccedilatildeo do Imposto de Renda

Fonte Brasil (2013) (Adaptado pela autora)

Como pode-se observar no Quadro 02 as prioridades a que o idoso tem direito satildeo

vaacuterias poreacutem o que se observa na praacutetica eacute que muitas delas satildeo ignoradas A cultura

de cada paiacutes diz se os seus velhos seratildeo beneficiados com o respeito ou se seratildeo

maltratados No Brasil impera a cultura de descaso com o sujeito da terceira idade e

muitas vezes vaacuterios deles sofrem verdadeiros maus tratos seja fiacutesica seja

psicologicamente (SANCHES LEBRAO 2008)

30

Referida norma nos dizeres de Justo e Rozendo (2010) apresenta natildeo apenas o

instrumento juriacutedico para preservar e garantir a dignidade do idoso mas ldquo[] mas

tambeacutem como uma produccedilatildeo simboacutelica e conceitual que mediante um conjunto de

signos representaccedilotildees imagens e saberes configura o idoso na cultura []rdquo (JUSTO

ROZENDO 2010 p 472)

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO

O ser humano eacute um animal social e por isso desde haacute muito tempo de eacutepocas

remotas eles se organizam dando alguma ideia de famiacutelia conforme entendemos

atualmente No entanto a ideia de famiacutelia muda agrave medida que a histoacuteria evolui e se

antes o sujeito idoso era considerado o ente mais importante de sua famiacutelia devido

aos conhecimentos que adquiriu ao longo de sua jornada nos dias atuais essa

premissa jaacute natildeo eacute tatildeo mais importante e devido a isso observa-se poucos idosos no

seio da famiacutelia com sua consequente diminuiccedilatildeo (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

Quando se pensa em famiacutelia como instituiccedilatildeo social o que precisa ser levado em

consideraccedilatildeo para uma anaacutelise mais ampla a respeito dessa instituiccedilatildeo social satildeo

ldquo[] aspectos como afetividade companheirismo solidariedade sentimentos e accedilotildees

que podem ser encontradas fora dos laccedilos consanguiacuteneosrdquo Ou seja natildeo se eacute famiacutelia

somente aqueles que possuem o mesmo sangue mas existem outros fatores que

demonstram ser um agrupamento de pessoas considerado famiacutelia ldquoEacute uma construccedilatildeo

social influenciada pela cultura e contexto histoacuterico em que foi concebida []rdquo

(SOUZA SKUBS BRETAS 2007 p 264)

A vida do ser humano eacute repleta de fases desde agrave infacircncia ateacute a velhice Em cada fase

existe todo um conjunto cultural que daacute suporte agravequela fase e por isso nas famiacutelias

atuais existe um certo conflito entre membros familiares de geraccedilotildees diferentes pois

convivem muitas vezes em uma mesma residecircncia crianccedilas adolescentes adultos

e velhos e por isso um maior cuidado para que tais diferenccedilas natildeo interfiram na

harmonia do lar (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

E com o sujeito idoso haacute de se ter uma atenccedilatildeo especial devido a todos os fatores

envolvidos em sua mudanccedila de idade e com a chegada da velhice Tais fatores satildeo

os sociais psicoloacutegicos materiais financeiros autonomia etc Dessa forma o idoso

tende a dar mais trabalho pois uma vez que fora independente e natildeo eacute mais uma

31

vez que fora forte e natildeo eacute mais apresenta uma paciecircncia bastante curta Assim os

familiares que em volta dele estatildeo precisam ter bastante amor e carinho para um

excelente cuidado pois eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia assim fazer conforme preceitua a

Constituiccedilatildeo Federal (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

O apoio da famiacutelia para o sujeito idoso eacute de suma importacircncia para que ele possa ter

uma velhice confortaacutevel e saudaacutevel Reis e Trad possuem palavras interessantes a

respeito Vejamos

O suporte familiar contribui de maneira significativa para a manutenccedilatildeo e a integridade fiacutesica e psicoloacutegica do indiviacuteduo Seu efeito eacute tido como beneacutefico no membro da famiacutelia que o recebe na medida em que o suporte eacute percebido como disponiacutevel e satisfatoacuterio [] Dessa forma eacute fundamental para o planejamento assistencial adequado ao idoso a compreensatildeo do contexto familiar o que implica o entendimento das questotildees que envolvem a formaccedilatildeo e a dinacircmica de funcionamento das famiacutelias em geral (REIS TRAD 2015 p 30)

No entanto abrigos repletos de sujeitos idosos demonstram que na grande maioria

dos casos os familiares preferem abandonar os seus velhos aos cuidados de

enfermeiros que nem conhecem se estatildeo capacitados para lidar com as

necessidades Mesmo com o advento do estatuto do idoso ele continua sofrendo

severos preconceitos (REIS TRAD 2015)

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO

No Brasil de hoje tem-se observado um crescimento substancial do nuacutemero de

sujeitos idosos (aqueles com mais de 60 anos de acordo com o estatuto do idoso) e

isso eacute algo bastante preocupante tendo em vista a infraestrutura precaacuteria do sistema

de sauacutede Apenas a tiacutetulo de entendimento de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatiacutestica (IBGE) a quantidade de sujeitos idosos em 2016 era em cerca

de 143 (BRASIL 2016)

Existem basicamente dois motivos pelos quais a quantidade de sujeitos idosos vem

aumentando no Brasil que satildeo a reduccedilatildeo da taxa de natalidade e a reduccedilatildeo da

mortalidade A tecnologia vem ajudando consideravelmente para que esses dois

fatores sejam os reais motivos pelo aumento da taxa de idosos (MORAIS 2009)

A afirmativa anterior eacute reforccedilada pelo IBGE conforme segue ldquoAs mudanccedilas na razatildeo

de dependecircncia estatildeo diretamente associadas agrave diminuiccedilatildeo da fecundidade e ao

32

aumento na longevidade da populaccedilatildeo especialmente na populaccedilatildeo idosardquo (BRASIL

2016 p 17)

Dessa forma o ato de envelhecer passa a ser visto como algo a que todos os

brasileiros passaratildeo um dia pois haacute um aumento na expectativa de vida e assim

entender o processo de envelhecimento e desenvolver mecanismos para um

envelhecimento saudaacutevel torna-se fundamental pois idosos saudaacuteveis significa

grosso modo menos problemas tanto para a famiacutelia quanto para o governo Mas esse

menos problema natildeo eacute dito de forma vulgar pejorativa mas sim de forma racional

pois com um idoso saudaacutevel em uma famiacutelia esta famiacutelia natildeo sofre com o sofrimento

dele (MORAIS 2009)

Os desafios que se apresentam com o aumento da populaccedilatildeo idosa no Brasil estatildeo

intimamente interligados com a integraccedilatildeo e o cuidado social com o sujeito idoso com

a sauacutede com a assistecircncia social com a previdecircncia social com a forma de

envelhecer saudaacutevel etc (BRASIL 2016)

Dessa forma importante entender o mecanismo bioloacutegico do envelhecimento e sua

correlaccedilatildeo com o meio fiacutesico para um cuidado mais personalizado

241 Mecanismos do envelhecimento

Teixeira e Guariento afirmam que o conhecimento acerca do envelhecimento ou dos

motivos que o causam satildeo limitados devido agrave falta de pesquisas experimentais com

seres humanos o que eacute vedado pela eacutetica meacutedica Dessa forma pode-se fazer

apenas experimentos com animais em especial com roedores moscas de frutas e

isso acaba natildeo trazendo um real significado acerca do processo de envelhecimento

(TEIXEIRA GUARIENTO 2010)

Existem vaacuterias teorias a respeito do envelhecimento e por isso aos poucos foram

sendo agrupadas basicamente em dois grupos a saber teorias programadas e

teorias estocaacutesticas A primeira tem sua ideia central ldquonos reloacutegios bioloacutegicos que

regulam o crescimento a maturidade a senescecircncia e a morterdquo Jaacute a segunda baseia-

se na ldquoidentificaccedilatildeo de agravos que induzem aos danos moleculares e celulares

aleatoacuterios e progressivosrdquo (TEIXEIRA GUARIENTO 2010 p 2846)

33

Fato eacute que os efeitos do envelhecimento satildeo visiacuteveis rugas expostas cabelos

brancos peles caiacutedas dificuldades para se locomoverem decliacutenio das forccedilas

diminuiccedilatildeo do equiliacutebrio diversas doenccedilas dificuldade na respiraccedilatildeo Tudo estaacute

conjuntamente interligado em um processo complexo e variado que envolve tanto o

bioloacutegico quanto o psicossocial e que afeta diversos sistemas Na Figura 02 uma

representaccedilatildeo interessante do processo de envelhecimento (RUIVO et al 2009)

Figura 02 ndash Processo de envelhecimento

Fonte Centro avanccedilado de medicina preventiva (2018)

34

No Quadro 03 eacute apresentado os efeitos da velhice de uma forma geral e resumida

Vaacuterios satildeo os efeitos do envelhecimento no sujeito idoso por isso apenas alguns deles

foram relatados a tiacutetulo de exemplos

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (continua)

MODIFICACcedilOtildeES NO CORPO COM O ENVELHECIMENTO

ESTADO GERAL

Reduccedilatildeo progressiva da eficiecircncia dos processos fisioloacutegicos resulta em equiliacutebrio fraacutegil e impotildee obstaacuteculos agrave capacidade do corpo para manter a homeostase Estressores fiacutesicos e emocionais tornam o idoso mais vulneraacutevel devido agrave diminuiccedilatildeo das reservas fisioloacutegicas O idoso pode continuar a se envolver em todas as atividades da meia-idade embora de maneira intuitiva deva adaptar-se a um ritmo modificado e a periacuteodos de descanso mais frequentes

TEGUMENTAR

Surgimento de rugas e perda da firmeza da pele ocorrem com a reduccedilatildeo da elasticidade ressecamento e descamaccedilatildeo satildeo comuns A queda dos cabelos eacute comum nos homens e as mulheres tecircm afinamento e perda de pigmentaccedilatildeo dos cabelos Sinais de pele e pigmentaccedilatildeo satildeo comuns embora a pele possa clarear devido agrave perda de melanoacutecitos As unhas costumam espessar-se e ficar quebradiccedilas e amareladas

MUSCULOESQUELEacuteTICO

Diminui o tecido subcutacircneo e o peso no idoso A massa e a forccedila musculares diminuem Ocorre desmineralizaccedilatildeo oacutessea e os ossos ficam porosos e quebradiccedilos As articulaccedilotildees tendem a enrijecer e a perder flexibilidade podendo diminuir a amplitude de movimentos Costuma ocorrer lentidatildeo da mobilidade geral e a postura tende a encurvar A altura diminui um pouco

NEUROLOacuteGICO

O Sistema Nervoso Central reage mais lentamente a muacuteltiplos estiacutemulos Assim a resposta cognitiva e comportamental do idoso pode ser retardada Diminui a frequecircncia da reaccedilatildeo reflexa A regulagem da temperatura e a percepccedilatildeo de dorpressatildeo ficam menos eficientes O idoso pode ainda ter dificuldades no equiliacutebrio na coordenaccedilatildeo na motricidade fina e na orientaccedilatildeo espacial o que resulta em maior risco para quedas Costuma encurtar o sono noturno e o idoso pode despertar com mais facilidade

SENTIDOS ESPECIAIS

Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade visual (presbiopia) com maior sensibilidade agrave claridade e menor capacidade de adaptar-se agrave escuridatildeo Reduccedilatildeo da acomodaccedilatildeo reduccedilatildeo da percepccedilatildeo em profundidade e da discriminaccedilatildeo de cores Uma catarata pode obscurecer ainda mais a visatildeo A dificuldade para ler letras miuacutedas pode se tornar mais evidente Dirigir durante o dia ou durante agrave noite pode ficar comprometido Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade auditiva (presbicusia) em especial diminuiccedilatildeo da discriminaccedilatildeo de tons na presenccedila de ruiacutedos ambientais Em consequecircncia dos problemas auditivos o idoso pode retrair-se de eventos sociais As sensaccedilotildees de paladar e olfato diminuem Sensibilidade aos cheiros pode diminuir Problemas nutricionais podem surgir

CARDIOPULMONAR

Os vasos sanguiacuteneos ficam menos elaacutesticos e muitas vezes riacutegidos e tortuosos Depoacutesitos de placas de gordura continuam a ocorrer nos revestimentos dos vasos sanguiacuteneos Edema e esfriamento das extremidades inferiores podem ocorrer em especial com a diminuiccedilatildeo da mobilidade O corpo tem menor capacidade de aumentar a frequecircncia do coraccedilatildeo e o deacutebito cardiacuteaco mediante atividade A elasticidade pulmonar e a accedilatildeo ciliar diminuem de modo que a desobstruccedilatildeo pulmonar se torna menos eficiente Pode aumentar a frequecircncia pulmonar acompanhada de profundidade diminuiacuteda

35

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (conclusatildeo)

GASTRINTESTINAL Os sucos digestivos continuam a diminuir e reduz-se a absorccedilatildeo de nutrientes Desnutriccedilatildeo e anemia satildeo mais comuns Com a reduccedilatildeo do tocircnus muscular e o peristaltismo diminuiacutedo satildeo comuns queixas de constipaccedilatildeo

DENTICcedilAtildeO Perda e caacuterie dentaacuterias continuam para a maioria dos idosos Os haacutebitos alimentares podem mudar em especial se o idoso natildeo tem dentes ou usa dentaduras que natildeo servem bem

GENITURINAacuteRIO

O fluxo sanguiacuteneo para os rins reduz com a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco A quantidade de unidades de neacutefrons funcionando diminui em 50 Produtos a serem eliminados podem ser filtrados e excretados mais lentamente Liacutequidos e eletroacutelitos permanecem dentro das variaccedilotildees normais mas o equiliacutebrio eacute fraacutegil Cerca de 75 dos homens com mais de 65 anos tecircm hipertrofia da glacircndula prostaacutetica Pode haver a necessidade de cirurgia caso ocorra retenccedilatildeo urinaacuteria Haacute atrofia diminuiccedilatildeo de secreccedilotildees e afinamento do trato genital da mulher idosa

Fonte Taylor e outros (2007 p 460)

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio

O Sistema respiratoacuterio envelhece da mesma forma que o restante do organismo e

muitas vezes ele envelhece mais raacutepido devido agrave enorme quantidade de poluiccedilatildeo a

que estamos sujeitos Nas palavras de Ruivo e outros

Pensa-se que o sistema respiratoacuterio seja o sistema do organismo que envelhece mais rapidamente devido agrave maior exposiccedilatildeo a poluentes ambientais ao longo dos anos As mudanccedilas que ocorrem a este niacutevel satildeo clinicamente relevantes porque a deterioraccedilatildeo da funccedilatildeo pulmonar estaacute associada ao aumento da taxa de mortalidade e aleacutem disso o conhecimento das mesmas contribui para a detecccedilatildeo e prevenccedilatildeo de disfunccedilotildees respiratoacuterias em idosos (RUIVO et al 2009 p 631)

Biologicamente com o envelhecimento a estrutura morfoloacutegica da parede toraacutecica

sofre severas alteraccedilotildees que afetam diretamente os pulmotildees Dessa forma a perda

da elasticidade dentre outros problemas torna-se a mais frequente complicaccedilatildeo

pulmonar entre pessoas idosas (RUIVO et al 2009)

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco

O envelhecimento do sistema cardiacuteaco acarreta diversas complicaccedilotildees ao sujeito

idoso e a dinacircmica de como esse processo se dar eacute melhor explicado por Esquenazi

Silva e Guimaratildees

O coraccedilatildeo eacute constituiacutedo por ceacutelulas musculares os cardiomioacutecitos moleacuteculas de matriz extracelular destacando-se o colaacutegeno e ceacutelulas intersticiais cardiacuteacas tais como fibroblastos e ceacutelulas endoteliais Por tratar-se de ceacutelulas terminalmente diferenciadas a identificaccedilatildeo recente de ceacutelulas-tronco residentes no coraccedilatildeo revelou que os cardiomioacutecitos satildeo repostos mas natildeo

36

na proporccedilatildeo ideal para recuperaccedilatildeo de funccedilatildeo alterada consequente a eventuais perdas (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

Dessa forma pode-se realccedilar algumas mudanccedilas sensiacuteveis que ocorrem com o

envelhecimento e que estatildeo listadas no Quadro 04 abaixo

Quadro 04 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento MUDANCcedilAS ORGAcircNICAS COM O ENVELHECIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

A parede ventricular torna-se mais espessa

Diminuiccedilatildeo das ceacutelulas de cardiomioacutecitos

Aumento do conteuacutedo do colaacutegeno

Alteraccedilatildeo do metabolismo mitocondrial

Maior secreccedilatildeo de colaacutegeno

Induccedilatildeo de apoptose das ceacutelulas musculares lisas da parede arterial

Aumento da rigidez aoacutertica

Alteraccedilatildeo da elasticidade aoacutertica

Disfunccedilatildeo diastoacutelica

Hipertrofia do ventriacuteculo esquerdo

Insuficiecircncia cardiacuteaca congestiva

Fonte Esquenazi Silva e Guimaratildees (2014) (Adaptado pela autora)

No envelhecimento ocorrem mudanccedilas em algumas propriedades do coraccedilatildeo e isso

pode acarretar o surgimento de arritmias cardiacuteacas bem como a diminuiccedilatildeo da

possibilidade de alteraccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca durante situaccedilotildees de estresse

Assim devido agrave mudanccedila da frequecircncia cardiacuteaca na populaccedilatildeo da terceira idade eacute

frequentemente adicionado medicamentos como diureacuteticos medicamentos que atuam

para combater a arritmia etc (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico

Haacute diversos estudos que tentam provar que o processo de envelhecimento estaacute

associado agrave diminuiccedilatildeo da massa muscular fenocircmeno conhecido como sarcopenia

Este fenocircmeno debilita diretamente a arquitetura muscular alterando diversas

propriedades tais como ldquoaacuterea da seccedilatildeo transversa anatocircmica comprimento das fibras

musculares volume e acircngulo de penaccedilatildeo dos muacutesculosrdquo Ocasiona uma reduccedilatildeo das

forccedilas do paciente da capacidade aeroacutebica e da taxa metaboacutelica Juntos esses

fatores influenciamalteram a qualidade de vida pois podem aumentar a taxa de

quedas e ocasionar outros problemas ao idoso que repercutem em todos os campos

de sua vida (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

37

Os mais novos estudos cientiacuteficos na aacuterea sugerem que o envelhecimento tambeacutem

estaacute relacionado com a diminuiccedilatildeo da rigidez dos tendotildees o que eacute apreciado na obra

de Baptista e Vaz conforme segue

Modificaccedilotildees morfoloacutegicas na unidade muacutesculo-tendatildeo como a sarcopenia ou a diminuiccedilatildeo da rigidez tendiacutenea reconhecidamente causam alteraccedilotildees de suas propriedades mecacircnicas As propriedades mecacircnicas dos muacutesculos determinam sua capacidade de produccedilatildeo de forccedila em diferentes comprimentos e velocidades podendo assim influenciar de maneira significativa as atividades de vida diaacuteria dos seres humanos independente da faixa etaacuteria (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

Natildeo se consegue entender exatamente como ocorre o processo da sarcopenia pois

eacute um processo complexo no qual diversos outros processos contribuem para que

aconteccedila Alguns estudos sugerem que a diminuiccedilatildeo da ativaccedilatildeo neuromuscular eacute

comeccedilo do processo de perda de massa e de forccedila O que eacute bem entendido e

preocupante satildeo os seus efeitos nos sujeitos idosos que provocam diversas outras

consequecircncias (FILHO 2012)

Eacute sabido que tudo estaacute interligado portanto quando ocorre reduccedilatildeo da estrutura

muscular esqueleacutetica isso acarreta outros problemas natildeo soacute de importacircncia material

assim como de importacircncia imaterial como sedentarismo depressatildeo ansiedade

depressatildeo etc A Figura 03 ilustra esse ciacuterculo vicioso (PEREIRA TEIXEIRA

ETCHEPARE 2006)

Figura 03 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento

Fonte Pereira Teixeira e Etchepare (2006)

38

2414 Envelhecimento do sistema nervoso

O envelhecimento como jaacute foi dito provoca uma seacuterie de alteraccedilotildees no organismo do

sujeito idoso No sistema nervoso diversas alteraccedilotildees anatocircmicas e quiacutemicas satildeo

observadas no enceacutefalo e na medula e essas alteraccedilotildees podem ser vistas tanto

macroscopicamente quanto microscopicamente Ateacute mesmo o tamanho do ceacuterebro e

peso dele satildeo modificados agrave medida que o sujeito envelhece na ordem de 2 a cada

uma deacutecada e com diminuiccedilatildeo de proteiacutenas (TAGLIARINI 2008)

De acordo com anaacutelises feitas ao envelhecer diversas alteraccedilotildees acontecem sendo

que as mais vitais satildeo ldquoa diminuiccedilatildeo de ceacutelulas alteraccedilotildees dendriacuteticas placas senis

degeneraccedilatildeo neurofibrilar degeneraccedilatildeo gracircnulo-vacuolar e acuacutemulo de lipofucsinardquo

(TAGLIARINI 2008 p 18)

As alteraccedilotildees morfoloacutegicas produzidas pelo Sistema Nervoso Central (SNC) se

mostram como sendo de suma importacircncia para o devido funcionamento do sistema

nervoso devido agrave importacircncia na geraccedilatildeo e processamento das memoacuterias e no

transporte de informaccedilotildees ateacute os neurocircnios (TAGLIARINI 2008)

Portanto de tudo o que foi falado a respeito do envelhecimento do sistema nervoso

algumas partes ainda natildeo foram provadas e muita coisa ainda deve ser elucidada

com os anos vindouros Tem-se uma ideia de que as modificaccedilotildees ocorrem tanto de

forma central quanto de forma perifeacuterica ldquocom atrofia cerebral devido agrave diminuiccedilatildeo do

nuacutemero de neurocircnios assim como a reduccedilatildeo da quantidade de substacircncias branca e

cinzenta Ocorre ainda reduccedilatildeo da sinaptogecircnese e da velocidade de conduccedilatildeo

nervosa []rdquo (RIBEIRO VEIGA 2013 p25)

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO

Conforme jaacute foi falado anteriormente a populaccedilatildeo brasileira seguindo o ritmo da

populaccedilatildeo mundial estaacute envelhecendo mais devido agraves inovaccedilotildees tecnoloacutegicas Com

isso mais sujeitos idosos procuram serviccedilos meacutedicos por causa das doenccedilas

inerentes agrave terceira idade Essa demanda impulsiona aos governos criarem poliacuteticas

de sauacutede para que o sujeito envelheccedila com sauacutede pois se assim for proporciona

vantagem para todos os que estatildeo envolvidos com o idoso seja seus parentes que

39

cuidam dele seja o Estado que natildeo precisa gastar muito com remeacutedios Isso

proporciona um aliacutevio na previdecircncia divido agrave imensa diacutevida puacuteblica que existe e por

necessitar fazer corte de gastos A seguir seraacute melhor tratado acerca dos benefiacutecios

da atividade fiacutesica para o idoso para ter um envelhecimento sadio e de haacutebitos

saudaacuteveis que precisa ter para o seu dia-a-dia com sauacutede (ACIOLE BATISTA 2013)

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso

Com o crescimento mundial acelerado da populaccedilatildeo idosa diversas poliacuteticas estatildeo

sendo desenvolvidas para fazer com que o idoso envelheccedila com sauacutede tendo em

vista finalidades variadas tais como o fato de a previdecircncia estar sobrecarregada a

constataccedilatildeo de que o Sistema Puacuteblico de Sauacutede (SUS) natildeo atende com qualidade

as premissas mais baacutesicas da populaccedilatildeo Assim se o idoso chegar agrave terceira fase de

sua vida mais dinacircmico e com mais sauacutede enormes benefiacutecios surgiratildeo natildeo somente

para ele assim como para toda a sociedade (FONSECA et al 2014)

Dentre essas poliacuteticas certamente a que incentiva o idoso a praticar esportes eacute a mais

disseminada juntamente com a boa alimentaccedilatildeo pois eacute comprovado cientificamente

que o idoso ao praticar esportes consegue se manter mais saudaacutevel mais luacutecido e

em melhores condiccedilotildees de enfrentamento de doenccedilas que lhe acometem que satildeo

caracteriacutesticas da terceira idade aleacutem de provocar uma melhoria como um todo ao

sujeito idoso em todas as suas dimensotildees (MACIEL 2010)

De acordo com Maciel (2010 p 1024)

Poreacutem ao se refletir sobre as atividades fiacutesicas precisa-se pensar aleacutem dos benefiacutecios biopsicossociais proporcionados pela sua praacutetica como tambeacutem por exemplo compreender as mudanccedilas de comportamentos individuais eou coletivos para a adesatildeo e manutenccedilatildeo dessas atividades Essas soacute proporcionaratildeo os devidos benefiacutecios se realizadas continua e corretamente

As atividades fiacutesicas que satildeo incentivadas para que o idoso possa praticar satildeo

divididas em quatro dimensotildees lazer deslocamento ativo atividades domeacutesticas e

laboral A primeira eacute dita como atividade estruturada jaacute as demais satildeo atividades natildeo-

estruturais Existem vaacuterias vantagens para o sujeito idoso que se movimenta que

pratica alguma atividade fiacutesica As principais vantagens estatildeo apresentadas no

Quadro 05 (MACIEL 2010)

40

Quadro 05 ndash Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos BENEFIacuteCIOS DA ATIVIDADE FIacuteSICA PARA O IDOSO

Aumentomanutenccedilatildeo da capacidade aeroacutebia

Aumentomanutenccedilatildeo da massa muscular

Reduccedilatildeo significativa da taxa de mortalidade

Prevenccedilatildeo de doenccedilas coronarianas

Melhora do perfil lipiacutedico

Transformaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal devido agrave reduccedilatildeo da massa gorda

Prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes e hipertensatildeo arterial comuns ao sujeito idoso

Diminuiccedilatildeo da possibilidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Nas mulheres idosas possibilidade de prevenccedilatildeo do cacircncer de mama e coacutelon

Reduccedilatildeo da ocorrecircncia de demecircncia

Melhora da autoestima e da autoconfianccedila

Reduccedilatildeo dos ataques de ansiedade e do estresse

Consideraacutevel melhora do humor e da qualidade de vida

Fonte Maciel (2010) (Adaptado pela autora)

Cordeiro e outros (2014) fazendo pesquisas com idosos para entender como as

atividades fiacutesicas afetam as funccedilotildees cognitivas sendo estas definidas como as fases

do processo de informaccedilatildeo tais como aprendizagem raciociacutenio atenccedilatildeo e outras

mais concluiacuteram o seguinte

O melhor desempenho do grupo de idosos ativos no teste de memoacuteria emocional pode estar associado a alteraccedilotildees fisioloacutegicas no sistema nervoso central decorrentes da praacutetica da atividade fiacutesica A accedilatildeo da atividade fiacutesica sobre as funccedilotildees cognitivas pode se dar por meio de diversos mecanismos dentre os quais a melhora na circulaccedilatildeo cerebral alteraccedilatildeo na siacutentese e degradaccedilatildeo de neurotransmissores alteraccedilotildees neuroendoacutecrinas e humorais e aumento de fatores de crescimento como o fator neurotroacutefico derivado do ceacuterebro (BDNF) responsaacutevel pela neuroplasticidade eficaacutecia sinaacuteptica conectividade neuronal e aumento da sobrevivecircncia dos neurocircnios e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) responsaacutevel pela angiogecircnese (CORDEIRO et al 2014 p 549)

Ou seja a praacutetica da atividade fiacutesica proporciona enormes ganhos de qualidade de

vida para o sujeito idoso e possibilita a ele viver mais tempo de forma independente

jaacute que suas funccedilotildees cognitivas respondem melhor e desenvolvem mecanismos mais

duradouros (CORDEIRO et al 2014)

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso

Os alimentos satildeo as fontes de energia para o ser-humano Por isso quando o sujeito

se alimenta bem com qualidade ingerindo alimentos saudaacuteveis todo o seu

organismo funcionaraacute com qualidade e equiliacutebrio o que eacute necessaacuterio e demandado

pela populaccedilatildeo de uma forma geral mas devido agrave agitaccedilatildeo do dia-a-dia acaba por

41

comprometer a sauacutede com alimentos ruins raacutepidos de serem feitos e ingeridos

(MENEZES et al 2008)

O Sujeito idoso precisa ter uma atenccedilatildeo especial com o que ingere pois natildeo possui

mais um organismo jovem que consegue digerir tudo com facilidade e rapidez Seu

organismo agora e conforme jaacute foi falado eacute imensamente lento Natildeo consegue

metabolizar com rapidez os alimentos que lhe chegam ao estocircmago e por isso precisa

ser seletivo (KUWAE et al 2015)

De acordo com Kuwae e outros (2015 p 622 - 624)

No envelhecimento tanto os cuidados nutricionais satildeo diferentes como tambeacutem satildeo singulares agraves concepccedilotildees do que eacute saudaacutevel ou apropriado para esta idade Os cuidados com a alimentaccedilatildeo envolvem uma busca de equiliacutebrio entre as exigecircncias do corpo envelhecido e as limitaccedilotildees decorrentes de algumas patologias muitas delas exigindo seu controletratamento pela alimentaccedilatildeo como a hipertensatildeo diabetes e doenccedilas coronarianas Portanto o envelhecimento estaacute relacionado tanto com as alteraccedilotildees fisioloacutegicas que limitam o repertoacuterio alimentar seja pelas restriccedilotildees decorrentes de patologias crocircnicas ou das alteraccedilotildees de mastigaccedilatildeo e digestatildeo como com as condiccedilotildees de mobilidade autonomia independecircncia financeira condiccedilotildees de sauacutede e da composiccedilatildeo familiar Esses satildeo fatores decisivos sobre o repertoacuterio alimentar a frequecircncia e a qualidade da alimentaccedilatildeo dos idosos

Daiacute surge a necessidade de saber o que o sujeito idoso pode exatamente comer e o

que natildeo pode comer jaacute que em muitas situaccedilotildees o desejo eacute grande De acordo com

Menezes e outros (2008) existem duas classes de alimentos que o sujeito idoso pode

ingerir e satildeo os alimentos bons e os alimentos ruins Na classe dos alimentos bons

estatildeo as frutas verduras legumes carnes brancas etc Jaacute na segunda classe estatildeo

as frituras carnes vermelhas doces massas sal etc O Quadro 06 apresenta uma

lista com os principais alimentos para os idosos aqueles que satildeo recomendados bem

como suas caracteriacutesticas e o motivo pelo satildeo recomendados

Quadro 06 ndash Alimentos recomendados para idosos ALIMENTOS RECOMENDADOS PARA IDOSOS

CLASSE ALIMENTOS DESCRICcedilAtildeO

BONS Frutas verduras legumes carnes brancas etcleites e seus derivados

A comida se torna leve para o organismo do idoso o que proporciona uma raacutepida digestatildeo e o idoso natildeo se sente empazinado

RUINS Carnes vermelhas doces massas sal etc

Satildeo alimentos pesados gordurosos que demoram a fazer digestatildeo com moleacuteculas complexas O idoso natildeo ingere porque pode passar mal e qualquer mal-estar deve ser evitado

Fonte Kuwae e outros (2015)

42

O Quadro 06 eacute uma forma geral de expressar o que eacute bom e o que eacute ruim para o

sujeito idoso no entanto essa questatildeo eacute relativa pois varia de organismo para

organismo e depende de questotildees culturais mas eacute amplamente aceito eacute que todos os

seres humanos precisam ter equiliacutebrio inclusive na alimentaccedilatildeo dessa forma comer

ou deixar de comer algo para se manter saudaacutevel depende do quatildeo equilibrado

encontra-se o organismo do sujeito (KUWAE et al 2015)

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE

Com a chegada da terceira idade vaacuterias doenccedilas inerentes aos sujeitos com idade

acima dos sessenta anos aparecem Identificar tais doenccedilas conhececirc-las de forma

detalhada para desenvolver formas de tratamento adequados satildeo objetivos centrais

para quem cuida do sujeito idoso juntamente com outros conhecimentos do idoso

como sua alimentaccedilatildeo seu dia-a-dia seus haacutebitos etc Tudo estaacute conectado e por

isso entender esse contexto facilita no momento de detalhar a doenccedila que acomete a

populaccedilatildeo idosa A seguir seraacute feito uma siacutentese das principais doenccedilas que

acometem sujeitos idosos (VERAS 2012)

261 Mal de Parkinson

A doenccedila do Mal de Parkinson eacute conhecida da humanidade haacute muito tempo A atual

descriccedilatildeo deu-se pelo Dr James Parkinson por volta do ano de 1817 e no Brasil

atinge cerca de 3 da populaccedilatildeo acima dos sessenta anos Constata-se a existecircncia

da doenccedila por intermeacutedio de anaacutelise cliacutenica observando na maioria dos casos

pessoas idosas uma rigidez muscular tremor mesmo estando em repouso alteraccedilatildeo

na postura dentre outros sintomas (PETERNELLA MARCON 2009)

Grosso modo o Mal de Parkinson eacute um distuacuterbio degenerativo do Sistema Nervoso

Central que afeta diversas funccedilotildees do sujeito sejam motoras sejam natildeo-motoras

Funccedilotildees que podem ser afetadas satildeo tremor de repouso bradicinesia rigidez

corporal instabilidade postural etc Seu diagnoacutestico eacute feito pelo quadro cliacutenico

observado e pela exclusatildeo de outras doenccedilas que se assemelham ao Mal de

Parkinson (PETERNELLA MARCON 2009)

43

Para falar com riqueza de detalhes a respeito de como funciona tal doenccedila vamos

utilizar as palavras de Sena e outros (2010) que diz

A DP eacute uma afecccedilatildeo crocircnico-degenerativa e progressiva de etiologia multifatorial que atinge majoritariamente pessoas idosas embora seja frequente acometecirc-las a partir dos 50 anos de idade beirando atualmente a casa dos 300000 portadores no Brasil A doenccedila atinge o sistema nervoso central mais especificamente a substacircncia negra responsaacutevel por controlar os movimentos do corpo A degradaccedilatildeo das ceacutelulas neuronais dopamineacutergicas acaba por resultar numa gama de sintomatologia como tremores rigidez muscular bradicinesia alteraccedilotildees posturais distuacuterbios na fala e na degluticcedilatildeo obstipaccedilatildeo transpiraccedilatildeo corporal incontinecircncia urinaria depressatildeo O tratamento que pode ser cliacutenico eou ciruacutergico visa ao controle dos sintomas por meio de medicamentos entre os quais se destaca a Levodopa um precursor da dopamina Outros grupos de faacutermacos tambeacutem satildeo utilizados como inibidores enzimaacuteticos agonistas dopamineacutergicos e anti-colineacutergicos Contudo a terapecircutica medicamentosa por si soacute natildeo eacute suficiente para manter o portador em melhores condiccedilotildees de bem-estar e qualidade de vida Por isso tratamentos e cuidados no miacutenimo de enfermagem fisioterapia fonoaudiologia e educaccedilatildeo fiacutesica satildeo imprescindiacuteveis como recursos complementares para ajudar o portador a preservar sua funcionalidade e permitir-lhe desempenhar as atividades da vida diaacuteria e manter o viacutenculo social tatildeo importantes para satisfazer suas necessidades psicossociais de apoio comunitaacuterio para o seu bem-estar e auto-estima (SENA et al 2010 p 94)

Na Figura 04 uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro a respeito de como funciona o Mal de

Parkinson

Figura 04 ndash Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Observa-se na Figura 04 o ceacuterebro de um sujeito normal sem a doenccedila em

comparaccedilatildeo com um sujeito que apresenta a doenccedila Na primeira situaccedilatildeo haacute a

44

existecircncia da substacircncia negra responsaacutevel por controlar as funccedilotildees motoras do

corpo conforme falado na descriccedilatildeo de Sena e outros Jaacute na segunda essa

substacircncia negra natildeo existe atestando a incapacidade motora do paciente

(ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Jaacute na Figura 05 representa-se o neurocircnio normal e um neurocircnio em paciente com a

doenccedila de Parkinson O neurocircnio normal produz a substacircncia dopamina que eacute

responsaacutevel pela conduccedilatildeo dos neurotransmissores Jaacute o neurocircnio afetado apresenta

uma pequena quantidade de dopamina o que afeta a transmissatildeo dos

neurotransmissores e com isso o paciente sofre os diversos males que foram

narrados (ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Figura 05 ndash Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

O detalhe mais pertinente para saber se haacute o surgimento da doenccedila eacute o surgimento

de incapacidades provenientes dos distuacuterbios motores Geralmente aqueles que

sofrem desta doenccedila natildeo se datildeo conta que estatildeo doentes o que precisa ser

observado por quem estar mais perto seja os familiares seja os cuidadores

(GONCALVES ALVAREZ ARRUDA 2007)

Mesmo com todo o desenvolvimento tecnoloacutegico existente no campo da sauacutede ainda

natildeo existe um remeacutedio para acabar com o Mal de Parkinson ou para bloquear o seu

aumento Os procedimentos atuais visam dar condiccedilotildees ao paciente que possui a

doenccedila de viver de forma independente e de manter seu psicoloacutegico forte por mais

tempo Isso eacute feito receitando a ele dopamina estriatal que pode ser aumentada agrave

45

medida que os efeitos da doenccedila vatildeo aumentando (GONCALVES ALVAREZ

ARRUDA 2007)

262 Doenccedila de Alzheimer

A doenccedila de Alzheimer descrita pela primeira vez em 1906 pelo Dr Alois Alzheimer

eacute uma doenccedila que ateacute os dias atuais natildeo apresenta cura e tende a se agravar ao

longo dos anos Eacute a patologia neurodegenerativa mais usual que acomete pacientes

acima dos 55 (cinquenta e cinco) anos e causa transtornos como perda de memoacuteria

desorientaccedilatildeo danos na linguagem falta de atenccedilatildeo e vaacuterias outras situaccedilotildees

constrangedoras (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER 2018)

Natildeo se conhece exatamente os motivos pelos quais a doenccedila surge mas eacute bem

conhecido algumas lesotildees que ocorrem no ceacuterebro de um paciente portador da

doenccedila e as principais lesotildees satildeo as placas senis os emaranhados neurofibrilares e

a reduccedilatildeo de ceacutelulas nervosas sendo certo que ela eacute a responsaacutevel por cinquenta por

cento dos casos de demecircncia em idosos (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE

ALZHEIMER 2018)

Muito embora a cura da doenccedila e a reversatildeo da deterioraccedilatildeo causada pela DA ainda natildeo tenham sido descobertas pesquisadores buscam o aperfeiccediloamento de tratamentos jaacute disponiacuteveis que visam agrave melhora cognitiva e diminuiccedilatildeo de sintomas comportamentais (Aacutevila 2003) Nesse caso a medicaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas cognitivas de reabilitaccedilatildeo aleacutem de informaccedilotildees sobre a doenccedila e o apoio a familiares e cuidadores eacute de suma importacircncia para reverter o quadro cliacutenico e sintomaacutetico da doenccedila (GONCALVES CARMO 2012 p 171)

Haacute uma forte tendecircncia da ciecircncia de tentar explicar o surgimento do Mal de Alzheimer

via geneacutetica pois uma porcentagem consideraacutevel dos pacientes que possuem a

doenccedila apresenta casos semelhantes na famiacutelia Outros fatores tambeacutem satildeo

considerados tais como aminoaacutecidos neurotoacutexicos uso indiscriminado do alumiacutenio

agentes infecciosos etc Abaixo na figura TC uma tentativa de explicaccedilatildeo dessa

doenccedila (SERENIKI VITAL 2008)

Na Figura 06 existe uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro de paciente normal e de um paciente

com a Doenccedila de Alzheimer Percebe-se que o ceacuterebro do paciente com a Doenccedila de

Alzheimer apresenta-se cheio de falhas

46

Figura 06 ndash Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

263 Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus (DM) eacute uma doenccedila crocircnica natildeo-transmitiacutevel que afeta uma

multidatildeo de pessoas em todo o mundo e se caracteriza por um aumento acentuado

da glicemia devido agrave falta de insulina que eacute fabricada pelo pacircncreas Haacute dois tipos

de diabetes um natural (Tipo 01) e outra adquirida (Tipo 02) A do Tipo 02 eacute causada

pela obesidade comidas gordurentas falta de exerciacutecios fiacutesicos e se mostra como o

mal moderno Jaacute a do tipo 01 jaacute nasce com o indiviacuteduo Em ambos os casos o

pacircncreas deixa de fabricar insulina que possui uma moleacutecula que quebra a moleacutecula

de glicose Com isso haacute um aumento de glicose no sangue e isso provoca diversos

danos em outros oacutergatildeos A insulina injetada entra para ajudar na eliminaccedilatildeo do accediluacutecar

excedente (BUSNELLO et al 2012)

De acordo com Vargas Lara e Mello-Carpes ldquono Brasil existem cerca de 500 mil

diabeacuteticos 450 mil fazendo uso da insulina e quase dois milhotildees desconhecendo ter

diabetes Aleacutem disso estima-se que em 2030 o nuacutemero de pessoas acometidas pela

DM dobraraacuterdquo Esses dados para o sujeito idoso satildeo extremamente preocupantes

tendo em vista a necessidade de cuidados constantes (VARGAS LARA MELLO-

CARPES 2014 p 869)

47

Idosos que apresentam a DM apresentam estrutura fiacutesica e emocional prejudicadas

com certa limitaccedilatildeo nos afazeres do dia-a-dia com limitaccedilatildeo na alimentaccedilatildeo e com

liberdade e autonomia afetadas Diferentemente das outras doenccedilas a DM eacute bem

mapeada e consegue-se ter um controle bastante apropriado para amenizar os efeitos

dessa doenccedila (VARGAS LARA MELLO-CARPES 2014)

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

A Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) eacute a doenccedila crocircnica natildeo transmitida mais

presente na vida dos idosos Trata-se de uma doenccedila que eleva a pressatildeo sanguiacutenea

a niacuteveis altiacutessimos e como consequecircncia faz com que o coraccedilatildeo tenha que exercer

uma atividade fora do padratildeo para conseguir fazer o sangue circular pelo corpo do

indiviacuteduo (LEAtildeO E SILVA et al 2013)

Ela aumenta paulatinamente agrave medida que o indiviacuteduo vai envelhecendo e eacute tida por

diversos especialistas como o principal fator de risco para o idoso podendo ocasionar

doenccedilas como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) o infarto do miocaacuterdio e vaacuterias

outras doenccedilas silenciosas Diversos fatores ocasionam um aumento na pressatildeo

arterial dentre eles os mais comuns satildeo o excesso de sal utilizado no dia-a-dia o

estresse etc (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Para um padratildeo de referecircncia com intuito de definir se um idoso apresenta uma

pressatildeo alta ou normal vaacuterios estudos sugerem valores diferentes o que acaba

sendo um ponto de debate interessante entre os especialistas da aacuterea conforme

relatado abaixo

Haacute grande controveacutersia na literatura em relaccedilatildeo ao ponto de corte para o qual a PA pode ser considerada controlada na populaccedilatildeo idosa principalmente nos idosos com idade mais avanccedilada (acima dos 80 anos) Estudos recentes sugerem uma meta de controle mais flexiacutevel (abaixo de 150 mmHg para a PAS e de 90 mmHg para a PAD) para esta faixa etaacuteria por evidenciarem que o controle mais rigoroso pode natildeo ser significativo na reduccedilatildeo das complicaccedilotildees associadas agrave doenccedila (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016 p 112)

Para se ter um controle dessa doenccedila importante salientar os haacutebitos de vida

saudaacuteveis associados com o acompanhamento meacutedico mediccedilatildeo das funccedilotildees vitais

do idoso controle sistemaacutetico porque essa doenccedila sendo uma doenccedila silenciosa

assintomaacutetica pode acarretar outras complicaccedilotildees tais como um Acidente Vascular

Cerebral (AVC) (JARDIM et al 2017)

48

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

A Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (ITU) eacute a inflamaccedilatildeo das vias urinaacuterias e eacute uma doenccedila

responsaacutevel por cerca de quarenta porcento das infecccedilotildees nosocomiais Eacute bastante

rotineira nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e sua probabilidade de ocorrecircncia

em homens idosos aumenta consideravelmente tendo em vista que ldquoA

instrumentaccedilatildeo das vias urinaacuterias ndash incluindo ndash se o cateterismo vesical ndash e a

ocorrecircncia de doenccedila prostaacutetica satildeo os fatores mais implicados no aumento da

incidecircncia no sexo masculinordquo (RORIZ-FILHO et al 2010 p 119)

A mulher idosa tambeacutem tem uma grande possibilidade de desenvolver tal doenccedila

tendo em vista as modificaccedilotildees funcionais da bexiga devido a diversos fatores que

ldquoassociados agraves mudanccedilas troacuteficas do epiteacutelio da mucosa vaginal e a presenccedila de

infecccedilatildeo genital facilitam o desenvolvimento de ITUrdquo (MARQUES MOREIRA

SANTOS 2010 p 151)

Para se ter um diagnoacutestico preciso acerca da Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio faz-se coleta

da urina do paciente e em seguida sua cultura o que leva alguns dias O diagnoacutestico

apresenta-se preciso apoacutes esse procedimento Existem outros exames a serem feitos

que apresentam resultados mais raacutepidos poreacutem natildeo tatildeo precisos Um deles eacute o

exame tipo I e o outro eacute a coloraccedilatildeo pelo meacutetodo Gram (VETTORE et al 2013)

Os principais sintomas que indicam que pode haver uma Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

satildeo urina com odor feacutetido disuacuteria com urgecircncia polaciuacuteria e urecircncia Esses sintomas

satildeo um indicativo muito forte de possibilidade de existecircncia de um quadro infeccioso

e somente pode-se comprovar apoacutes as anaacutelises que foram mencionadas (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010)

Para se fazer um tratamento adequado que apresente resultados de imediato haacute a

necessidade de se observar alguns fatores tais como ldquopresenccedila de comorbidade

fatores predisponentes sintomatologia e repercussatildeo sistecircmica da infecccedilatildeo assim

como para a interaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outros medicamentos []rdquo Importante

observar a relaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outras drogas pois o paciente idoso faz uso

de diversos produtos farmacecircuticos No Quadro 07 um exemplo de drogas que podem

ser utilizadas para o tratamento do idoso com Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010 p 156)

49

Quadro 07 ndash Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso DROGAS UTILIZADAS NA ITU NOS IDOSOS

I ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO INFERIOR (3 A 7 DIAS)

Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprima 160 mg de 12 12h

Norfloxacina 400 mg de 1212h

Ciprofloxacina 250 mg de 1212h

Levofloxacina 250 mg por dia

Nitrofurantoina 100 mg de 88h

II ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO SUPERIOR (14 DIAS)

Ciprofloxacina 500 mg EV de 1212h

Levofloxacina 500 mg EV por dia

Ceftriaxone 1g EV de 1212h

Piperacina soacutedica + Tazobactana soacutedica 225g EV de 88h

Fonte Marques Moreira e Santos (2010 p 158)

266 Osteoporose

A Osteoporose ldquo[] eacute uma doenccedila esqueleacutetica sistecircmica caracterizada por diminuiccedilatildeo

da massa oacutessea e deterioraccedilatildeo microarquitetural do tecido oacutesseo com consequente

aumento da fragilidade oacutessea e susceptibilidade agrave fraturardquo sendo a condiccedilatildeo mais

criacutetica da osteopenia Eacute uma doenccedila predominante em sujeitos idosos e consiste

grosso modo do enfraquecimento dos ossos o que pode levar a diversas

consequecircncias ao idoso A Figura 07 apresenta como ocorre essa doenccedila (LIMA et

al 2014 p 35)

Figura 07 ndash Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

50

Jaacute na Figura 08 tem-se uma vista mais ampla de como a osteoporose atua Pode-se

perceber que ela age deixando o osso em um formato esponjoso como se estivesse

oco como eacute popularmente conhecido tal doenccedila A ilustraccedilatildeo eacute do osso do quadril

mas eacute extensiacutevel a toda a estrutura oacutessea onde ocorrer a comorbidade (LIMA et al

2014)

Figura 08 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Existem diversos tipos de osteoporose que satildeo provocadas por vaacuterios fatores por

isso diz-se que eacute uma doenccedila multifatorial Basicamente satildeo divididas em primaacuteria

com tipos I e II e secundaacuteria a primeira eacute desenvolvida por causas naturais jaacute a

segunda eacute desenvolvida por meio de causas natildeo-naturais tais como a inflamaccedilatildeo

(CAMARGOS BOMFIM 2017)

Consequecircncias diversas podem surgir oriundas da osteoporose tais como ldquoperda da

massa deterioraccedilatildeo do tecido desarranjo da arquitetura e comprometimento da forccedila

oacutessea com aumento no risco de fraturardquo Ela atua de forma silenciosa e na maior parte

dos casos eacute descoberta somente quando ocorre algum acidente por mais simples que

seja com consequente fratura de algum osso do portador de tal doenccedila (BRASIL

2009 p 01)

51

Pode ser diagnosticada tratada e prevenida antes da ocorrecircncia de qualquer evento

que poderaacute comprometer a estrutura oacutessea de seu portador Ocorrendo algum

acidente este poderaacute afetar a estrutura fiacutesica do paciente deformaccedilatildeo no corpo como

um todo etc Na prevenccedilatildeo deve-se utilizar cerca de 1000mgdia de caacutelcio vitamina

D 400ndash800 Uldia ou algum medicamento tais como calcitonina bifosfonatos

raloxifeno e paratormocircnio (BRASIL 2017)

Haacute projeccedilotildees que dizem que cerca de 50 das mulheres e 20 dos homens com

idades acima dos 50 anos poderatildeo sofrer alguma fratura proveniente da osteoporose

ao longo de sua vida Como jaacute foi citado anteriormente a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

para o sujeito idoso e natildeo somente a estes mas ao ser humano em geral eacute uma

praacutetica altamente recomendada pelos profissionais da sauacutede devido agraves pesquisas

cientiacuteficas comprovarem as consequecircncias eficazes de quem se exercita e que por

isso eacute bastante recomendada para pacientes que possuem osteoporose (MOTA

SOUSA AZEVEDO 2012)

Nas palavras de Mota Sousa e Azevedo tem-se

Haacute uma forte correlaccedilatildeo entre a qualidade de vida dos idosos e a atividade fiacutesica pois com a degeneraccedilatildeo do sistema musculoesqueleacutetico nos idosos e a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional a praacutetica da atividade fiacutesica influecircncia no tratamento e na prevenccedilatildeo da osteoporose trazendo benefiacutecios como a melhoria do desempenho das capacidades funcionais o aumento da forccedila muscular e flexibilidade e uma consideraacutevel melhora da coordenaccedilatildeo motora (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012 p47)

Portanto uma forma de reduzir os efeitos que a osteoporose apresenta ao seu

portador eacute praticando exerciacutecios fiacutesicos diariamente que aliado agrave uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel e rica em caacutelcio pode-se gerar resultados bastante satisfatoacuterios

fortalecendo os muacutesculos revigorando o equiliacutebrio afastando a possibilidade de

atrofia pelo natildeo-uso do membro que esteja lesionado e com isso retardando a

desmineralizaccedilatildeo oacutessea (BRASIL 2017)

Outras precauccedilotildees deveratildeo ser administradas ao sujeito idoso portador da

osteoporose para evitar riscos de queda que satildeo os principais fatores complicadores

da sauacutede do idoso Tais procedimentos podem ser a retirada de objetos que podem

dificultar a mobilidade do sujeito idoso por onde anda evitar tapetes escorregadios

colocar materiais antiderrapantes nas superfiacutecies por onde o idoso se movimenta

facilitar o acesso ao banheiro etc (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012)

52

53

3 METODOLOGIA

Tendo a finalidade de desenvolver as propostas que foram apresentadas quando do

comeccedilo deste trabalho optou-se por fazer uma revisatildeo bibliograacutefica do tema sabendo

que essa eacute uma modalidade de pesquisa que se destina a concatenar e observar os

conhecimentos que jaacute foram publicados a respeito de um determinado assunto que

no caso em questatildeo eacute a Assistecircncia de Enfermagem ao sujeito idoso

De acordo com Mancini e Sampaio (2006 p 361 - 472) trabalhos de ldquoRevisotildees da

literatura satildeo caracterizadas pela anaacutelise e pela siacutentese da informaccedilatildeo disponibilizada

por todos os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema[]rdquo Tendo

em vista todos os estudos relevantes publicados por um determinado tema mas sem

limitaacute-lo pois como eacute de amplo conhecimento a quantidade de informaccedilotildees eacute infinita

daiacute a necessidade de se fazer uma limitaccedilatildeo temporal a respeito

Utilizou-se para o desenvolvimento do estudo os seguintes bancos de dados

Scientific Electronic Library (Scielo) Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) Descritores

em Ciecircncia da Sauacutede (DeCS) Ministeacuterio da Sauacutede e livros

Como criteacuterios de inclusatildeo foi estabelecido o uso de revistas acadecircmicas artigos

cientiacuteficos livros etc do ano de 2006 a 2017 Como criteacuterios de exclusatildeo optamos

por natildeo fazermos uso de materiais em liacutenguas estrangeiras materiais antigos

materiais incompletos e materiais que natildeo apresentam rigor cientiacutefico tais como

trabalhos acadecircmicos de revisatildeo

Por fim o presente estudo natildeo necessita de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica (CE) da

Universidade uma vez que as informaccedilotildees coletadas satildeo provenientes de materiais

de acesso puacuteblico e de conhecimento de todos os interessados

54

55

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO

Existem vaacuterias formas de se aplicar a Assistecircncia de Enfermagem e o que eacute utilizado

no Brasil por diversos motivos eacute o que foi desenvolvido em 1979 pela enfermeira e

pesquisadora paraense Wanda Horta atraveacutes de seu livro Processo de Enfermagem

(SILVA et al 2011)

Nas palavras de Silva e outros (2011 p 1381) percebe-se o caraacuteter cientiacutefico e seacuterio

do uso da Assistecircncia de Enfermagem Vejamos

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) eacute conceituada como um meacutetodo de prestaccedilatildeo de cuidados para a obtenccedilatildeo de resultados satisfatoacuterios na implementaccedilatildeo da assistecircncia com o objetivo de reduzir as complicaccedilotildees durante o tratamento de forma a facilitar a adaptaccedilatildeo e recuperaccedilatildeo do paciente O uso do meacutetodo requer o pensamento criacutetico do profissional que deve estar focado nos objetivos e voltado para os resultados de forma a atender as necessidades do paciente e de sua famiacutelia exigindo constante atualizaccedilatildeo habilidades e experiecircncia sendo orientado pela eacutetica e padrotildees de conduta Portanto eacute um modo de exercer a profissatildeo com autonomia baseada nos conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas uacuteltimas deacutecadas

Importante deixar claro o entendimento acerca do que eacute a Sistematizaccedilatildeo da

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem antes de aplicaacute-

los ao sujeito idoso pois tais conceitos satildeo aplicados de forma geral na enfermagem

Todo o profissional de enfermagem precisar ter bem solidificado tais conceitos para

que possam se tornar profissionais competentes e antenados com a real situaccedilatildeo de

seu paciente (GARCIA 2016)

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

A sistematizaccedilatildeo eacute normatizada pela resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN) juntamente com o Processo de Enfermagem (PE) Eacute

entendido como sendo a responsaacutevel por ldquoorganizar o trabalho profissional quanto ao

meacutetodo pessoal e instrumentos tornando possiacutevel a operacionalizaccedilatildeo do processo

de Enfermagemrdquo (BRASIL 2009 p 01)

Garcia (2016) fala a respeito do amplo uso das teacutecnicas da SAE Vejamos

56

Especialmente quando analisamos a dimensatildeo assistencial da praacutetica reconhecemos haver uma ampla gama de situaccedilotildees vivenciadas no cotidiano de cuidados agrave clientela envolvendo a necessidade de sistematizaccedilatildeo da assistecircncia e de aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem aspectos substantivos da profissatildeo (GARCIA 2016 p 05)

A Sistematizaccedilatildeo de Assistecircncia da Enfermagem (SAE) aplicada ao idoso torna-se

dessa forma uma tentativa de fornecer uma assistecircncia de qualidade e personalizada

ao idoso por isso padroniza-se a entrevista que o profissional de enfermagem faz ao

paciente com o intuito de saber a real situaccedilatildeo do cliente Para se fazer tal

assistecircncia o profissional de enfermagem precisa da ajuda do Processo de

Enfermagem que complementa a SAE (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

412 Processo de Enfermagem

Eacute definido como sendo ldquoum instrumento metodoloacutegico que orienta o cuidado do

profissional de enfermagem e a documentaccedilatildeo da praacutetica profissionalrdquo e eacute dividido

em cinco etapas que abaixo satildeo escritas conforme resoluccedilatildeo ndeg 3582009 O Quadro

08 apresentada cada etapa do Processo de Enfermagem (PE) (BRASIL 2009 p 01)

Quadro 08 ndash Etapas do processo de enfermagem PROCESSO DE ENFERMAGEM

ETAPA DESCRICcedilAtildeO

COLETA DE DADOS

Essa eacute a primeira etapa do processo de enfermagem e consiste em colher todos os dados possiacuteveis do paciente valendo de teacutecnicas variadas e com a maior precisatildeo possiacutevel para um melhor atendimento do paciente Importante nessa fase coletar informaccedilotildees por parte da famiacutelia dos pacientes para que as informaccedilotildees possam ser confirmadas devido ser de fontes diversas

DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

Apoacutes a coleta dos dados o profissional de enfermagem passa a processar as informaccedilotildees e interpretando-as para que possa ter a tomada de decisatildeo mais eficaz para o paciente Essa etapa consiste em descrever exatamente o que o paciente tem e funciona como base para a accedilatildeo do profissional de enfermagem

PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Nessa etapa o profissional determina o que espera alcanccedilar de resultados quando das devidas intervenccedilotildees apoacutes a etapa anterior Aqui o profissional cria uma espeacutecie de roteiro para certificar-se do que poderaacute ocorrer

IMPLEMENTACcedilAtildeO Nessa etapa o profissional coloca em praacutetica o que foi decido nas etapas anteriores

AVALIACcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Trata-se de um processo contiacutenuo e analiacutetico no qual o profissional observa o seu paciente fazendo as devidas anotaccedilotildees do quadro dele para posterior mudanccedila das implementaccedilotildees Todo esse processo eacute dinacircmico e por isso o profissional precisa estar atento ao paciente durante todo instante em que ele esteja sob seus cuidados

Fonte Brasil (2009) (Adaptado pela autora)

57

A Figura 09 ilustra o que foi dito a respeito do Processo de Enfermagem no Quadro

08

Figura 09 ndash Processo de Enfermagem

Fonte Autoria proacutepria (2018)

Como pode-se inferir do Quadro 08 descrito desenvolver e aplicar a Sistematizaccedilatildeo

da Assistecircncia de Enfermagem de acordo com o Processo de Enfermagem eacute um

processo que exige muita disciplina e conhecimento do profissional de enfermagem

pois eacute sabido que se trata de um processo teacutecnico-cientiacutefico e somente o enfermeiro

habilitado poderaacute exercitar cada uma das fases que se mostram em conjunto A sua

separaccedilatildeo conforme descrita acima eacute apenas para efeitos didaacuteticos (GARCIA 2016)

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos

Para aplicar a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem e o Processo de

Enfermagem ao sujeito idoso o profissional de enfermagem tem a necessidade de

seguir procedimentos descritos principalmente na NANDA Internacional que se

tornou a principal fonte de diagnoacutesticos de enfermagem e que ldquofavorece a

58

identificaccedilatildeo de estrateacutegias para elevar a qualidade da assistecircncia e contribuir na

formaccedilatildeo de recursos humanosrdquo (KOKUDAI ALVARENGA 2010 p03)

A NANDA eacute dividida em diversos toacutepicos e assim resolvemos separar conforme

Quadro 09 os cuidados necessaacuterios de acordo com cada doenccedila predominante na

terceira idade que foi comentada neste trabalho As descriccedilotildees natildeo se limitam ao que

foi dito pois colocamos apenas algumas situaccedilotildees devido agrave enorme quantidade de

situaccedilotildees diagnoacutesticos e cuidados existentes

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continua)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Hipertensatildeo Arterial

Sistecircmica

Risco de desequiliacutebrio eletroliacutetico

Risco de mudanccedila nos niacuteveis de eletroacutelitos seacutericos capaz de comprometer a sauacutede

Estilo de vida sedentaacuterio Trata-se de um estilo de vida sem a praacutetica de atividades fiacutesicas

Ansiedade

Trata-se de um sentimento desgastante que assola o seu portador diante da expectativa de notiacutecias ou de situaccedilotildees estressantes e novas Pode-se considerar como um sinal de alerta que o organismo desenvolveu para deixar o indiviacuteduo atento em condiccedilotildees de periacuteodo de toda sorte

Padratildeo de sono prejudicado

Devido a fatores externos o indiviacuteduo natildeo possui uma rotina constante e linear de sono sendo que existe a condiccedilatildeo de dormeacorda que prejudica o organismo como um todo

Nutriccedilatildeo desequilibrada

O sujeito alimenta-se de nutrientes que em muitos casos satildeo em excesso ocasionando armazenamento de energia em formato de gordura

Mal de Parkinson

Problemas Motores

Risco de queda Facilidade com que o sujeito tem de desequilibrar e cair o que pode causar enormes danos

Bradicinesia Lentidatildeo de respostas fiacutesicas e psiacutequicas

Mobilidade fiacutesica prejudica

Limitaccedilatildeo no movimento fiacutesico independente e voluntaacuterio do corpo ou de uma ou mais extremidades

Problemas Natildeo-

motores

Demecircncia Enfraquecimento das faculdades intelectuais diante de lesotildees no ceacuterebro

Ansiedade

Vago e incocircmodo sentimento de desconforto ou temor acompanhado por resposta autonocircmica (a fonte eacute frequentemente natildeo especiacutefica ou desconhecida para o indiviacuteduo) sentimento de apreensatildeo causada pela antecipaccedilatildeo de perigo Eacute um sinal de alerta que chama a atenccedilatildeo para um perigo iminente e permite ao indiviacuteduo tomar medidas para lidar com a ameaccedila

59

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continuaccedilatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Alzheimer

Deacuteficit no autocuidado Capacidade prejudicada de realizar ou completar as atividades de banho por si mesmo

Mobilidade fiacutesica prejudicada Limites para movimentar-se seja com movimento voluntaacuterios ou involuntaacuterios

Insuficiecircncia na capaci-dade do a-dulto para melhorar

Depressatildeo Deterioraccedilatildeo funcional progressiva de natureza fiacutesica e cognitiva A capacidade do indiviacuteduo de viver com doenccedilas multissistecircmicas enfrentar os problemas decorrentes e controlar o seu cuidado estaacute notavelmente diminuiacuteda

Decliacutenio da memoacuteria

Distuacuterbio de sono Dificuldade para dormir em periacuteodos prolongados

Confusatildeo crocircnica

Deterioraccedilatildeo irreversiacutevel das faculdades mentais de forma prolongada O indiviacuteduo passa a natildeo perceber os fatores externos que podem indicar algo tal como perigo atenccedilatildeo moral e tantos outros Apresenta distuacuterbios na memoacuteria passando a natildeo mais reconhecer e nem lembrar de coisas e pessoas

Diabetes Mellitus

Autocontrole ineficaz

da sauacutede

Natildeo consegue se controlar e agir conforme necessidade para ter uma sauacutede plena e satisfatoacuteria ou seja natildeo consegue cuidar de si

Perfusatildeo tissular perifeacuterica ineficaz

Reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo sanguiacutenea para a periferia capaz de comprometer a sauacutede

Risco de Infecccedilatildeo

Risco de ter em seu organismo elementos estranhos e que possam danificar a sua sauacutede

Risco de olho seco

Risco de desconforto ocular ou dano agrave coacuternea e agrave conjuntiva devido agrave quantidade reduzida ou agrave qualidade das laacutegrimas para hidratar o olho

Risco de glicemia instaacutevel Natildeo possui uma estabilidade padratildeo em seu niacutevel glicecircmico devido agrave quantidade de glicose no sangue

Infecccedilotildees do trato

urinaacuterio

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Eliminaccedilatildeo urinaacuteria prejudicada Disfunccedilatildeo na eliminaccedilatildeo da urina

Risco de siacutendrome do desuso Devido agrave falta de uso de algum membro do corpo corre-se o risco desse membro atrofiar-se

Risco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircncia

Risco de perda involuntaacuteria de urina que ocorre imediatamente apoacutes uma forte sensaccedilatildeo de urgecircncia para urinar

Conforto prejudicado Percebe-se que inexiste a sensaccedilatildeo de conforto nas dimensotildees do ser humano

Osteoporose

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Risco de constipaccedilatildeo Possibilidade de diminuiccedilatildeo na frequecircncia normal de evacuaccedilatildeo paralela a uma dificuldade de eliminaccedilatildeo das fezes

60

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (conclusatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Osteoporose

Risco para quedas Estado em que o indiviacuteduo tem uma suscetibilidade para quedas aumentada

Mobilidade fiacutesica prejudicada Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute prestes a apresentar limitaccedilotildees dos movimentos fiacutesicos poreacutem ainda natildeo se encontra imoacutevel

Andar prejudicado Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute em risco de apresentar limitaccedilatildeo para andar

Fonte Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA (2013) Santos e outros (2017) Mattos e outros (2011) (Adaptado pela autora)

Saber utilizar os Diagnoacutesticos de Enfermagem corretamente e que satildeo padronizados

eacute bastante eficaz aceito e exigido para evitar que o profissional de enfermagem crie

mecanismos subjetivos de cuidados pois se assim ocorresse haveria um caos na

enfermagem com cada profissional atuando conforme melhor lhe for apresentado

(SOUZA ALVES PASSOS 2010)

A utilizaccedilatildeo do Diagnoacutestico de Enfermagem padronizado eacute um instrumento necessaacuterio

para evitar que os profissionais de enfermagem fragmentem os cuidados e os dilemas

dos pacientes deixando de observaacute-los como um todo e na grande maioria dos casos

prescrevendo cuidados que natildeo possuem nenhuma relaccedilatildeo com os problemas

relatados Dessa forma pode-se observar o Diagnoacutestico de Enfermagem como uma

ferramenta de trabalho altamente eficaz em seu uso cotidiano pois fornece ao

profissional de enfermagem um planejamento pautado no histoacuterico de atuaccedilatildeo pois

uma vez que os problemas sejam conhecidos mapeados e anotados torna-se mais

eficaz e otimizado o processo do cuidado em toda a sua plenitude Por essa oacutetica

constata-se como eacute importante o Diagnoacutestico de Enfermagem para o sujeito idoso

pois consegue construir todo um conjunto de atuaccedilatildeo para o cuidado sempre visando

o bem-estar do idoso (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso

Depois de ter feito o diagnoacutestico de enfermagem do sujeito idoso e de ter descoberto

as suas comorbidades o profissional de enfermagem precisa entatildeo fazer as devidas

intervenccedilotildees Tais intervenccedilotildees satildeo tratadas como prescriccedilotildees de enfermagem e

possuem um campo de atuaccedilatildeo mapeado para natildeo sobrepor ao trabalho do meacutedico

(FAEDA PERROCA 2017)

61

Ainda de acordo com a resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de Enfermagem

(COFEN) o Art 4ordm assim determina

Ao enfermeiro [] incumbe a lideranccedila na execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do Processo de Enfermagem de modo a alcanccedilar os resultados de enfermagem esperados cabendo-lhe privativamente o diagnoacutestico de enfermagem acerca das respostas da pessoa famiacutelia ou coletividade humana em um dado momento do processo sauacutede e doenccedila bem como a prescriccedilatildeo das accedilotildees ou intervenccedilotildees de enfermagem a serem realizadas face a essas respostas (BRASIL 2009 p 03)

Ou seja o profissional de enfermagem tem ampla prerrogativa para desenvolver a

Prescriccedilatildeo de Enfermagem baseado nos protocolos e nos estudos que desenvolveu

na Universidade Dentre os vaacuterios diagnoacutesticos possiacuteveis para o sujeito idoso em

diversas situaccedilotildees iremos nos concentrar em somente aqueles que aqui foram

discutidos Faz-se necessaacuterio observar que a Prescriccedilatildeo de Enfermagem eacute uma

ferramenta de uso dinacircmico Entende-se de uso dinacircmico a ideia de que o profissional

de enfermagem natildeo pode descuidar do seu paciente tendo a necessidade de sempre

observaacute-lo e atualizar o que surgir de novo para que possa estar sempre atualizando

o estado de sauacutede do cliente (FAEDA PERROCA 2017)

Abaixo no Quadro 10 tem-se a Prescriccedilatildeo de Enfermagem para as doenccedilas que

foram discutidas neste trabalho Vale ressaltar que existem diversas doenccedilas que

acometem o sujeito idoso mas vamos nos ater apenas nas principais que foram

tratadas uma vez que satildeo o objeto limitador de estudo deste trabalho (MOROZ

KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (continua)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

Mudanccedila no estilo de vida dos pacientes idosos Eliminaccedilatildeo do uso do sal Controle do peso Controle da ansiedade Praacutetica diaacuteria de atividades fiacutesicas Uso adequado dos medicamentos Abstinecircncia ao fumo e ao aacutelcool

Mal de Parkinson

Programa de exerciacutecios diaacuterios para aumentar a forccedila muscular o que iraacute melhorar a coordenaccedilatildeo e a destreza reduzindo a rigidez muscular Encorajar ensinar e incentivar o cliente durante os exerciacutecios da vida diaacuteria para promover o autocuidado Encorajar o paciente a seguir um padratildeo de horaacuterio regular aumentando a consciecircncia para a ingestatildeo de liacutequidos e a ingestatildeo de alimentos com um conteuacutedo de fibra moderado Monitorar o peso semanalmente indicando se a absorccedilatildeo caloacuterica eacute adequada Desenvolver meacutetodo de comunicaccedilatildeo para satisfazer as necessidades do paciente encorajar o paciente a participar de programas sociais para evitar a depressatildeo

62

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (conclusatildeo)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Alzheimer Orientar a higiene corporal e higiene oral Medidas de prevenccedilatildeo de lesatildeo por pressatildeo Mudanccedila de decuacutebito Administraccedilatildeo de medicaccedilatildeo ansioliacutetica conforme prescriccedilatildeo meacutedica Proporcionar alimentaccedilatildeo saudaacutevel (frutas e legumes) em poucas quantidades vaacuterias vezes ao dia Ajudar no autocuidado Incentivar o autocuidado a comunicaccedilatildeo verbal a cogniccedilatildeo e a memoacuteria atraveacutes de jogos leituras e atividades luacutedicas Auxiliar a famiacutelia no entendimento e no enfrentamento da patologia

Diabetes Mellitus

Fornecer informaccedilotildees ao paciente Desenvolver um plano de ensino para o paciente Avaliar as estrateacutegias de enfrentamento para o paciente e tranquiliza-lo Determinar os meacutetodos de ensino para o paciente Avaliar as habilidades e comportamentos de autocuidado dos pacientes Monitorar pacientes experientes ateacute que eles natildeo cometam erros no autocuidado Instruir pacientes e familiares a reconhecer os sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia

Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

Orientar ao paciente da necessidade do uso adequado do medicamento dos horaacuterios da quantidade e das vias de administraccedilatildeo Orientar os idosos e familiares quanto aos resultados da medicaccedilatildeo Manter o registro da frequecircncia da incontinecircncia urinaacuteria registrar mudanccedilas da pressatildeo arterial do estado mental e das habilidades funcionais Realizar as medidas terapecircuticas Realiza treinamento da bexiga

Osteoporose

Deixar o paciente e o membro afetado em repouso Imobilizar o local da fratura para evitar movimentos Repousar o paciente em uma cama ortopeacutedica Deixar o local da fratura em posiccedilatildeo elevada Aplicar as medicaccedilotildees que foram receitadas Documentar todos os relatos de dores deixando claro onde ocorre e as caracteriacutesticas Incentivar o paciente a discutir os problemas relacionados agrave lesatildeo Medicar antes das atividades de cuidado Revisar a patologia fazendo prognoacutesticos e expectativas futuras Discutir o regime medicamentoso individual de forma apropriada Encorajar exerciacutecios brandos Monitorar a ingestatildeo de alimentos Auxiliar lentamente a pessoa a sentar Aumentar a motilidade dos membros Reduzir ou eliminar os fatores que aumentam a experiecircncia dolorosa

Fonte Florecircncio e outros (2012) Mattos e outros (2011 p 443) Menezes e outros (2013 p04) Tosin e outros (2016) Santos e outros (2017) (Adaptado pela autora)

Agir de acordo com as prescriccedilotildees de enfermagem que aqui foram desenvolvidas

proporciona ao sujeito idoso uma melhoria em sua qualidade de vida e dessa forma

consegue viver a terceira idade com plena satisfaccedilatildeo e alegria sem perder de vista a

extrema necessidade de cuidados constantes que a condiccedilatildeo de sujeito idoso lhe

obriga (LIRA et al 2013)

Conclui-se do que foi apresentado no quadro 10 que o profissional de enfermagem

deteacutem uma importante funccedilatildeo em sua aacuterea de atuaccedilatildeo e que precisa estar sempre

estudando se atualizando das novidades meacutedicas para poder oferecer um bom

cuidado ao seu cliente idoso seja no ambiente hospitalar seja no ambiente de abrigo

de idosos ou no proacuteprio lar do idoso (FAEDA PERROCA 2017)

Diante de todo o estudo realizado acerca do sujeito idoso e da relaccedilatildeo do profissional

de enfermagem com o seu paciente idoso conseguimos ter alguns resultados

63

satisfatoacuterios que a seguir seratildeo apresentados sem a necessidade de estarem em

ordem de prioridade ou seja todos satildeo importantes

64

65

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Envelhecer eacute um verbo que a todos afeta independentemente de sexo raccedila cor etc

Haacute no entanto duas formas de se envelhecer com sauacutede e sem sauacutede Mesmo

diante dessas duas formas de envelhecimento envelhecer com qualidade eacute precioso

para o indiviacuteduo pois dessa forma consegue se aceitar como velho consegue

suportar as doenccedilas que satildeo proacuteprias da terceira idade Consegue ver vantagem em

ser velho

Para se envelhecer com qualidade necessaacuterio eacute que o sujeito tenha uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel que se abstenha de viacutecios que satildeo danosos ao organismo que consiga ter

equiliacutebrio em sua vida pessoal psicoloacutegica iacutentima e em tantos outros campos ou seja

que tenha harmonia em tudo O apoio familiar torna-se primoroso nessa etapa da vida

Ter ao lado quando se estaacute fragilizado devido a velhice pessoas que ama que confia

e por quem eacute amado eacute uma forma de envelhecer com bastante qualidade

O profissional de enfermagem tem um papel fundamental junto a pessoas idosas pois

em muitos casos torna-se seu cuidador principal quando a famiacutelia natildeo pode cuidar

de seu idoso por motivos diversos ou quando o idoso se encontra sozinho sem

famiacutelia e sem amigos Por isso importante ter preparo com pessoas idosas entender

bem o processo de envelhecimento estar sempre atualizado diante das doenccedilas que

atingem os sujeitos idosos

Eacute um trabalho que demanda muito amor por parte do profissional e que por isso natildeo

basta apenas o entender racional de todos os procedimentos precisa ter sentimentos

proacutesperos de ajuda ao proacuteximo e seguir os princiacutepios norteadores de Wanda de

Aguiar Horta para quem a enfermagem foi o maior bem de sua vida pois cuidava de

seus pacientes como se fossem seus filhos

Considerando a taxa de envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira vale destacar

tambeacutem a abertura de mercado gerontoloacutegico para o profissional de enfermagem

Percebemos que com a taxa de envelhecimento da sociedade brasileira acelerada

a demanda por profissionais de enfermagem iraacute aumentar consideravelmente tendo

em vista a necessidade desse profissional para a praacutetica do cuidado com o sujeito

idoso

66

Discussotildees mais aprofundadas em torno do sujeito idoso precisam ser realizadas nas

academias com o intuito de formar profissionais competentes e com entendimento

desse setor pois conforme foi falado eacute um capo em franco crescimento devido ao

envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira Quanto mais capacitado for o profissional

melhor colocaccedilatildeo obteraacute no mercado de trabalho e melhores cuidados conseguiraacute

dispor em favor do paciente idoso

67

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ACIOLE Giovanni Gurgel BATISTA Lucia Helena Promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de incapacidades funcionais dos idosos na estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia a contribuiccedilatildeo da fisioterapia Sauacutede debate Rio de Janeiro v 37 n 96 p 10-19 mar 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-11042013000100003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON O que eacute Parkinson Disponiacutevel em lt

httpwwwparkinsonorgbrgt Acesso em 04 de junho de 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER O que eacute o Alzheimer Disponiacutevel em lt httpwwwabrazorgbrindexphppage=alzheimergt Acesso em 04 de junho de 2018 BAPTISTA Rafael Reimann VAZ Marco Aureacutelio Arquitetura muscular e o envelhecimento adaptaccedilatildeo funcional e aspectos cliacutenicos revisatildeo de literatura Fisioterapia e Pesquisa Satildeo Paulo v16 n4 p368-73 outdez 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdffpv16n415pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 BRASIL Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Osteoporose Boletim Sauacutede e Economia Ano I ndash Ediccedilatildeo nordm 1 agosto de 2009 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt

httpportalanvisagovbrdocuments33884412285Boletim+SaC3BAde+e+Economia+nC2BA+17d49dea4-6610-4a71-9154-c4df75c3dd53gt Acesso em 25 de maio de 2018 BRASIL Cacircmara dos Deputados Estatuto do Idoso Ministeacuterio da Sauacutede - 3 ed 2 reimpr - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2013 70 p ______ Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos Guia de Vigilacircncia em Sauacutede volume uacutenico [recurso eletrocircnico] Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos 2ordf Ed Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2017 705 p Disponiacutevel em lthttpportalarquivos2saudegovbrimagesPDF2017outubro16Volume-Unico-2017pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 ______ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica A Siacutentese dos Indicadores Sociais Uma Anaacutelise das Condiccedilotildees de Vida da Populaccedilatildeo Brasileira - 2016 Disponiacutevel em lthttpswwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimossinteseindicsociais2016defaultshtmgt Acesso em 06 de abril de 2018 ______ Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo nordm 358 do Conselho Federal de Enfermagem 15 de outubro de 2009 (BR) 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384htmlgt Acesso em 27 de abril de 2018

68

BUSNELLO Roberta et al Niacutevel de conhecimento de idosos sobre diabetes mellitus e sua percepccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave qualidade de vida Rev Kairoacutes Gerontologia 201215(3)81-94 Disponiacutevel em lthttpsrevistaspucspbrindexphpkairosarticleviewFile784011432gt Acesso em 23 de abril de 2018 CAMARGOS Mirela Castro Santos BOMFIM Wanderson Costa Osteoporose e Expectativa de Vida Saudaacutevel estimativas para o Brasil em 2008 Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 25 n 1 p 106-112 mar 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2017000100106amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de maio de 2018 CLARES Jorge Wilker Bezerra FREITAS Maria Ceacutelia de PAULINO Monnyck Hellen Couto Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem ao idoso institucionalizado fundamentada em Virginia Henderson Rev Rene (Online) 14(3) 649-658 maio ndash junho de 2013 Disponiacutevel em lt httppesquisabvsaludorgenfermagemresourceptbde-24492gt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 CORDEIRO Juliana et al Efeitos da atividade fiacutesica na memoacuteria declarativa capacidade funcional e qualidade de vida em idosos Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 3 p 541-552 Sept 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000300541amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA [recurso eletrocircnico] definiccedilotildees e classificaccedilatildeo 2012-2014 [NANDA International] traduccedilatildeo Regina Machado Garcez revisatildeo teacutecnica Alba Lucia Bottura Leite de Barros [et al] ndash Dados eletrocircnicos ndash Porto Alegre Artmed 2013 Centro Avanccedilado de Medicina Preventiva ENVELHECIMENTO - Sob o ponto de vista esteacutetico e meacutedico 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwcamepcombrenvelhecimentogt Acesso em 23 maio 2018 ENFERMEIRO aprendiz As Orientaccedilotildees de Enfermagem em Osteoporose 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwenfermeiroaprendizcombras-orientacoes-de-enfermagem-em-osteoporosegt Acesso em 25 maio 2018 ESQUENAZI Danuza SILVA R Boiccedila da GUIMARAtildeES Marco Antocircnio (2014) Aspectos fisiopatoloacutegicos do envelhecimento humano e quedas em idosos Rev Hosp Univ Pedro Ernesto 13(2)11-20 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg1012957rhupe201410124gt Acesso em 04 de junho de 2018 FAEDA Mariacutelia Silveira PERROCA Maacutercia Galan Conformidade na prescriccedilatildeo de enfermagem agraves necessidades de cuidados concepccedilatildeo de enfermeiros Rev Bras Enferm Brasiacutelia v 70 n 2 p 400-406 Apr 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672017000200400amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 May 2018

69

FILHO Mario Alves de Siqueira Envelhecimento e muacutesculo esqueleacutetico forccedila muscular atividade proteassomal e sinalizaccedilatildeo relacionada ao balanccedilo proteacuteico 2012 68 p Tese apresentada ao programa de poacutes-graduaccedilatildeo em fisiologia humana (Doutor em ciecircncias) - Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis4242137tde-12062013-102648enphpgt Acesso em 10 abr 2018 FONSECA Emiacutelio Prado da et al Mortalidade por cacircncer bucal e orofaringe no Brasil entre 2002 e 2011 Revista da Faculdade de Ciecircncias Gerenciais de Manhuaccedilu Manhuaccedilu MG v 11 n 2 p 08-17 Agosto-Dezembro 2014 Disponiacutevel em lthttppensaracademicofacigedubrindexphppensaracademicoarticleview216gt Acesso em 04 de junho de 2018 FLOREcircNCIO Raquel Sampaio et al Adesatildeo ao idoso ao tratamento para hipertensatildeo arterial e intervenccedilotildees de enfermagem Rev Rene 2012 13(2) 343-53 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicosufcbrrenearticleviewFile39243114gt Acesso em 22 de abril de 2018 GARCIA Telma Ribeiro Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem aspecto substantivo da praacutetica profissional Esc Anna Nery Rio de Janeiro 2016 20(1) 5-10 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeanv20n11414-8145-ean-20-01-0005pdfgt Acesso em 27 de abril de 2018 GUERRA Ana Carolina Lima Cavaletti CALDAS Ceacutelia Pereira Dificuldades e recompensas no processo de envelhecimento a percepccedilatildeo do sujeito idoso Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2931-2940 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600031amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 GONCALVES Lucia Hisako Takase ALVAREZ Angela Maria ARRUDA Micheli Coral Pacientes portadores da doenccedila de Parkinson significado de suas vivecircncias Acta paul enferm Satildeo Paulo v 20 n 1 p 62-68 Marccedilo 2007 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002007000100011amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 GONCALVES Endy-Ara Gouvea CARMO Joatildeo dos Santos Diagnoacutestico da doenccedila de Alzheimer na populaccedilatildeo brasileira um levantamento bibliograacutefico Rev Psicol Sauacutede Campo Grande v 4 n 2 p 170-176 dez 2012 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S2177-093X2012000200010amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 JARDIM Luciana Muniz Sanches Siqueira Veiga et al Tratamento Multiprofissional da Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica em Pacientes Muito Idosos Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 108 n 1 p 53-59 Jan 2017 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0066-782X2017000100053amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 JUSTO Joseacute Sterza ROZENDO Adriano da Silva A velhice no Estatuto do Idoso Estud pesqui psicol Rio de Janeiro v 10 n 2 p 471-489 ago 2010

70

Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1808-42812010000200012amplng=ptampnrm=isogt acessos em 22 abr 2018 KOKUDAI Laiacutes Aparecida ALVARENGA Maacutercia Regina Martins Classificaccedilatildeo das necessidades de sauacutede de idosos de acordo com a taxonomia NANDA 2010 Rev Anais do Eniac 6 p Disponiacutevel em lthttpsanaisonlineuemsbrindexphpenicarticleview13241337gt Acesso em 30 de abril de 2018 KUWAE Christiane Ayumi et al Concepccedilotildees de alimentaccedilatildeo saudaacutevel entre idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ normas nutricionais normas do corpo e normas do cotidiano Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 18 n 3 p 621-630 Sept 2015 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232015000300621amplng=enampnrm=isogt Acesso em 20 de maio de 2018 LEAO E SILVA Leonardo Oliveira et al Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica Representaccedilotildees Sociais de idosos sobre a doenccedila e seu tratamento Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 21 n 2 p 121-128 June 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2013000200004amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 de maio de 2018 LIMA Deborah Mendonccedila et al A hipovitaminose B12 eacute fator de risco para desenvolvimento de osteoporose Anais do Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - 1 ed - Satildeo Paulo AC Farmacecircutica 2014 Disponiacutevel em lthttpssbggorgbrwp-contentuploads2014101479477498_Anais_CBGG_-_Verso_finalpdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 LIRA Luana Nogueira et al Histoacuterico de enfermagem para idosos hospitalizados base para diagnoacutesticos e prescriccedilotildees Rev enferm UFPE on line Recife 7(8) 5198-206 ago 2013 Disponiacutevel em lthttpsperiodicosufpebrrevistasrevistaenfermagemarticleviewFile1179314165gt Acesso em 22 de maio de 2018 MANCINI Marisa Cotta SAMPAIO Rosana Ferreira Quando o objeto de estudo eacute a literatura estudos de revisatildeo Rev bras fisioter Satildeo Carlos v 10 n 4 Dec 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-35552006000400001amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 MARQUES Luiz Paulo Joseacute MOREIRA Rosa Maria Portella SANTOS Omar da Rosa Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio nos idosos Satildeo Paulo Editora Sarvier 2010 p 150 ndash 154 Disponiacutevel em lthttpswwwresearchgatenetpublication283487098_INFECCAO_DO_TRATO_URINARIO_NOS_IDOSOSgt Acesso em 30 de abril de 2018 MATTOS Carine Magalhatildees Zanchi de et al Processo de enfermagem aplicado a idosos com alzheimer que participam do projeto estrateacutegias de reabilitaccedilatildeo Estud Interdiscipl Envelhec Porto Alegre v16 ediccedilatildeo especial p 433-447 2011 Disponiacutevel em

71

lthttpseerufrgsbrindexphpRevEnvelhecerarticleview1792116307gt Acesso em 22 de maio de 2018 MACIEL Marcos Gonccedilalves Atividade fiacutesica e funcionalidade do idoso Motriz rev educ fis (Online) Rio Claro v 16 n 4 p 1024-1032 Dec 2010 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1980-65742010000400023amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de junho de 2018 MENEZES Luiza Tereza Gadelha de et al ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA In Congresso Nacional de Envelhecimento Humano 2016 Natal - RN ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA [Sl sn] 2016 p 1-6 Disponiacutevel em lthttpwwweditorarealizecombrrevistascnehtrabalhosTRABALHO_EV054_MD4_SA4_ID558_17082016145144pdfgt Acesso em 22 maio 2018 MORAIS Olga Nazareacute Pantoja de Grupos de idosos atuaccedilatildeo da psicogerontologia no enfoque preventivo Psicol cienc prof Brasiacutelia v 29 n 4 p 846-855 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-98932009000400014amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 06 abr 2018 MOTA Leandro Silva SOUSA Elton Geraldo de AZEVEDO Francisco Honeidy Carvalho Intercorrecircncias da osteoporose na qualidade de vida dos idosos Revista Interdisciplinar NOVAFAPI Teresina v5 n2 p44-49 Abr-Mai-Jun 2012 Disponiacutevel em lthttpsrevistainterdisciplinaruninovafapiedubrrevistainterdisciplinarv5n2revrev1v5n2pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 MOROZ Maisa Bastos KLUTHCOVSKY Ana Claudia Garabeli Cavalli SCHAFRANSKI Marcelo Derbli Controle de pressatildeo arterial em idosas hipertensas em uma Unidade de Sauacutede da Famiacutelia e fatores associados Cad Sauacutede Colet 2016 Rio de Janeiro 24 (1) 111-117 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcadscv24n11414-462X-cadsc-24-1-111pdfgt Acesso em 23 de abril de 2018 PEREIRA Erico Felden TEIXEIRA Clarissa Stefani ETCHEPARE Luciane Sanchotene O envelhecimento e o sistema muacutesculo esqueleacutetico Revista Digital n 101 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwefdeportescomefd101envelhhtmgt Acesso em 04 de junho de 2018 PETERNELLA Fabiana Magalhatildees Navarro MARCON Sonia Silva Descobrindo a Doenccedila de Parkinson impacto para o parkinsoniano e seu familiar Rev bras enferm Brasiacutelia v 62 n 1 p 25-31 Feb 2009 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672009000100004amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 REIS Luciana Arauacutejo dos TRAD Leny Alves Bonfim Suporte familiar ao idoso com comprometimento da funcionalidade a perspectiva da famiacutelia Psicol teor prat Satildeo Paulo v 17 n 3 p 28-41 dez 2015 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1516-

72

36872015000300003amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 RIBEIRO Aline Lima VEIGA Caroline Lagrotta da Associaccedilatildeo entre a capacidade cognitiva e a ocorrecircncia de quedas em idosos de juiz de fora Minas Gerais Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Federal de Juiz de Fora 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwufjfbrfacfisiofiles201307TCC-Aline-Carolinepdfgt Acesso em 10 de abril de 2008 RORIZ-FILHO Jarbas et al Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio Medicina (Ribeiratildeo Preto) 201043(2) 118-25 Disponiacutevel emlthttpwwwrevistasuspbrrmrparticleview166167gt Acesso em 04 de junho de 2018 RUIVO Susana et al Efeito do envelhecimento cronoloacutegico na funccedilatildeo pulmonar Comparaccedilatildeo da funccedilatildeo respiratoacuteria entre adultos e idosos saudaacuteveis Rev Port Pneumol Lisboa v 15 n 4 p 629-653 ago 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielomecptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0873-21592009000400005amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 07 abril de 2018 SANTOS Beatriz Aparecida dos et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem (SAE) no atendimento domiciliar ao paciente portador de osteoporose Revista Sauacutede em Foco ndashEdiccedilatildeo nordm 9 ndash Ano 2017 Disponiacutevel em lthttpunifiaedubrrevista_eletronicarevistassaude_focoartigosano2017072_sistematizacao_ass_enfermagem_saepdf gt Acesso em 25 de maio de 2018 SANCHES Ana Paula R Amadio LEBRAO Maria Luacutecia DUARTE Yeda Aparecida de Oliveira Violecircncia contra idosos uma questatildeo nova Saude soc Satildeo Paulo v 17 n 3 p 90-100 Sept 2008 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-12902008000300010amplng=enampnrm=isogt access on 22 Apr 2018 SENA Edite Lago da Silva et al Tecnologia cuidativa de ajuda muacutetua grupal para pessoas com Parkinson e suas famiacutelias Texto contexto - enferm Florianoacutepolis v 19 n 1 p 93-103 mar 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000100011amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 SERENIKI Adriana VITAL Maria Aparecida Barbato Frazatildeo A doenccedila de Alzheimer aspectos fisiopatoloacutegicos e farmacoloacutegicos Rev psiquiatr Rio Gd Sul Porto Alegre v 30 n 1 supl 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0101-81082008000200002amplng=enampnrm=isogt Acesso em 23 de abril de 2018 SILVA Bruna Rodrigues da FINOCCHIO Ana Luacutecia A velhice como marca da atualidade uma visatildeo psicanaliacutetica Viacutenculo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 23-30 dez 2011 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-24902011000200004amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018

73

SILVA Elisama Gomes Correia et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacutetica Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 45 n 6 p 1380-1386 Dec 2011 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000600015amplng=enampnrm=isogt access on 22 May 2018 SOUZA Rosangela Ferreira de SKUBS Thais BRETAS Ana Cristina Passarella Envelhecimento e famiacutelia uma nova perspectiva para o cuidado de enfermagem Rev bras enferm Brasiacutelia v 60 n 3 p 263-267 June 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672007000300003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de maio de 2018 SOUZA Emannuely Silva de ALVES Thalita Isapaula Feacutelix PASSOS Ana Beatriz Barbosa Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem a um Idoso com Parkinson em uma Instituiccedilatildeo de Apoio do Municiacutepio de Ipatinga Revista Enfermagem Integrada ndash Ipatinga Unileste-MG - V3 - N2 - NovDez 2010 Disponiacutevel em lt httpswwwunilestemgbrenfermagemintegradaartigoV3_209-sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem-a-um-idoso-com-parkinsonpdf gt Acesso em 02 de maio de 2018 TAGLIARINI Mariana Hidroginaacutestica na terceira Idade Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndashUNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2008 Lins 2008 62p il 31cm Disponiacutevel em lthttpwwwunisalesianoedubrbibliotecamonografias46264pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 TAYLOR Carol et al Fundamentos de enfermagem a arte e a ciecircncia do cuidado de enfermagem 7 ed Porto Alegre Artmed 2014 1768 p TEIXEIRA Ilka Niceacuteia DAquino Oliveira GUARIENTO Maria Elena Biologia do envelhecimento teorias mecanismos e perspectivas Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2845-2857 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600022amplng=enampnrm=isogt Acessado em 06 de abril de 2018 TOSIN Michelle Hyczy de Siqueira et al Intervenccedilotildees de Enfermagem para a reabilitaccedilatildeo na doenccedila de Parkinson mapeamento cruzado de termos Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 24 e2728 2016 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692016000100360amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 VARGAS Liane da Silva de LARA Marcus Viniacutecius Soares de MELLO-CARPES Pacircmela Billig Influecircncia da diabetes e a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico e atividades cognitivas e recreativas sobre a funccedilatildeo cognitiva e emotividade em grupos de terceira idade Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 4 p 867-878 dez 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000400867amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 23 abr 2018

74

VERAS Renato Peixoto Prevenccedilatildeo de doenccedilas em idosos os equiacutevocos dos atuais modelos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28 n 10 p 1834-1840 Oct 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-311X2012001000003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 VETTORE Marcelo Vianna et al Avaliaccedilatildeo do manejo da infecccedilatildeo urinaacuteria no preacute-natal em gestantes do Sistema Uacutenico de Sauacutede no municiacutepio do Rio de Janeiro Rev bras epidemiol Satildeo Paulo v 16 n 2 p 338-351 jun 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-790X2013000200338amplng=ptampnrm=isogt acessos em 30 abr 2018

Page 17: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca

27

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 BREVES CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE ESTATIacuteSTICAS DA POPULACcedilAtildeO IDOSA

NO BRASIL

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) oacutergatildeo do governo responsaacutevel

por coletar informaccedilotildees a respeito da sociedade brasileira para um melhor

entendimento da realidade lanccedilou em 2016 um livro com uma siacutentese de indicadores

sociais e uma anaacutelise das condiccedilotildees de vida da populaccedilatildeo brasileira Tal livro

permeado de dados estatiacutesticos foi utilizado para levantar as estatiacutesticas a respeito

da populaccedilatildeo idosa do Brasil e assim seraacute aqui referenciado

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

A evoluccedilatildeo da composiccedilatildeo populacional por grupos de idade aponta para a tendecircncia de envelhecimento demograacutefico que corresponde ao aumento da participaccedilatildeo percentual dos idosos na populaccedilatildeo e a consequente diminuiccedilatildeo dos demais grupos etaacuterios (BRASIL 2016 p 13)

A constataccedilatildeo de que a sociedade brasileira estaacute envelhecendo pode ser confirmada

na Tabela 01 que reforccedila o que jaacute foi citado anteriormente

Tabela 01 - Evoluccedilatildeo populacional por grupos de idade

IDADE (anos) 2005 () 2015 ()

0 ndash 14 265 210 15 - 29 274 236 30 - 59 362 410

Acima de 60 98 143

Fonte Brasil (2016 p 13)

Ainda sobre a Tabela 01 observa-se a evoluccedilatildeo da populaccedilatildeo brasileira entre os anos

de 2005 a 2015 Observa-se pela tabela que a populaccedilatildeo idosa saiu dos 98 em

2005 para 143 em 2015 ou seja em uma deacutecada a populaccedilatildeo idosa cresceu cerca

de 46 Eacute um crescimento enorme Com essa dinacircmica populacional a expectativa

eacute que em 2050 a populaccedilatildeo idosa no Brasil fique ligeiramente abaixo dos 30

conforme eacute ilustrado na Figura 01 Ela tambeacutem apresenta a projeccedilatildeo da evoluccedilatildeo de

pessoas com mais de 60 anos no restante do mundo (BRASIL 2016)

28

Figura 01 - Projeccedilatildeo de pessoas idosas no Brasil e no mundo

Fonte Brasil (2016) (Adaptado pela autora)

O sujeito idoso apresenta diversas dificuldades no seu dia-a-dia e torna-se um desafio

enorme para a sociedade brasileira como um todo em vista da preocupaccedilatildeo que se

deve ter com o sujeito idoso No Quadro 01 algumas caracteriacutesticas pertinentes aos

idosos (BRASIL 2016)

Quadro 01 - Caracteriacutesticas de sujeitos idosos e porcentagens CARACTERIacuteSTICAS QUANTIDADE

Alguma dificuldade permanente para caminhar 330 ()

Vivem em domiciacutelios em aacutereas sem arborizaccedilatildeo 275 ()

Entidade de assistecircncia social privada sem fins lucrativos 8283

Jaacute se sentiram discriminados no serviccedilo sauacutede 84 ()

Niacutevel de ocupaccedilatildeo dos idosos 263 ()

Proporccedilatildeo de idosos ocupados que recebem aposentadoria 538 ()

Ensino fundamental incompleto 655 ()

Sem plano meacutedico ou odontoloacutegico 680 ()

Sintomas de depressatildeo 93 ()

Fonte Brasil (2016)

O Quadro 01 apresenta diversas informaccedilotildees a respeito do sujeito idoso A que mais

chama atenccedilatildeo eacute a quantidade de idosos sem plano de sauacutede ou odontoloacutegico algo

em torno de 68 pois como eacute sabido a sauacutede puacuteblica no Brasil eacute precaacuteria e com

isso o idoso que acaba por depender do sistema puacuteblico natildeo tem um atendimento

eficaz o que pode agravar suas condiccedilotildees fiacutesicas e de sauacutede (BRASIL 2016)

29

22 ESTATUTO DO IDOSO

O estatuto do idoso eacute o nome popular dado a Lei nordm 10741 de 1ordm de outubro de 2003

que veio para regular os direitos das pessoas com mais de sessenta anos assim

consideradas idosas (BRASIL 2013)

O referido documento agrupou leis que jaacute existiam organizando-as em blocos Todos

os direitos a que o idoso tem mas que em diversas ocasiotildees satildeo deliberadamente

usurpados foram bem discutidos nesta lei Seu art 2ordm assim institui

O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes agrave pessoa humana sem prejuiacutezo da proteccedilatildeo integral de que trata esta Lei assegurando-se-lhe por lei ou por outros meios todas as oportunidades e facilidades para preservaccedilatildeo de sua sauacutede fiacutesica e mental e seu aperfeiccediloamento moral intelectual espiritual e social em condiccedilotildees de liberdade e dignidade (BRASIL 2013 p 07)

O idoso possui sempre prioridades devido a uma seacuterie de fatores e acima de tudo

devido agrave sua fragilidade pela idade avanccedilada O estatuto do idoso determina quais

satildeo essas prioridades No Quadro 02 elas satildeo delineadas (BRASIL 2013)

Quadro 02 ndash Prioridades para os idosos segundo o Estatuto do Idoso INCISO PRIORIDADES

I Ter atendimento prioritaacuterio e personalizado junto a oacutergatildeos que prestam serviccedilos de sauacutede agrave populaccedilatildeo

II Ter prioridades diante das poliacuteticas sociais elaboradas para a sauacutede puacuteblica

III Destinaccedilatildeo privilegiada de recursos puacuteblicos para os setores que possuem obrigaccedilotildees de proteccedilatildeo ao idoso

IV Desenvolvimento de poliacuteticas que torne possiacutevel o conviacutevio do idoso com pessoas de outras geraccedilotildees

V Ser cuidado por membros de sua famiacutelia sendo que a acolhida em abrigos de idosos seria em uma uacuteltima situaccedilatildeo

VI Capacitaccedilatildeo dos profissionais que cuidam de idosos para prestar um atendimento de qualidade de atualizado

VII No desenvolvimento de poliacuteticas que possibilitem a divulgaccedilatildeo de informaccedilotildees educativas a respeito do idoso para o puacuteblico em geral

VIII Garantia de acessibilidade aos serviccedilos de sauacutede e de assistecircncia social do Estado

IX Primazia quando do recebimento da restituiccedilatildeo do Imposto de Renda

Fonte Brasil (2013) (Adaptado pela autora)

Como pode-se observar no Quadro 02 as prioridades a que o idoso tem direito satildeo

vaacuterias poreacutem o que se observa na praacutetica eacute que muitas delas satildeo ignoradas A cultura

de cada paiacutes diz se os seus velhos seratildeo beneficiados com o respeito ou se seratildeo

maltratados No Brasil impera a cultura de descaso com o sujeito da terceira idade e

muitas vezes vaacuterios deles sofrem verdadeiros maus tratos seja fiacutesica seja

psicologicamente (SANCHES LEBRAO 2008)

30

Referida norma nos dizeres de Justo e Rozendo (2010) apresenta natildeo apenas o

instrumento juriacutedico para preservar e garantir a dignidade do idoso mas ldquo[] mas

tambeacutem como uma produccedilatildeo simboacutelica e conceitual que mediante um conjunto de

signos representaccedilotildees imagens e saberes configura o idoso na cultura []rdquo (JUSTO

ROZENDO 2010 p 472)

23 APOIO FAMILIAR PARA O IDOSO

O ser humano eacute um animal social e por isso desde haacute muito tempo de eacutepocas

remotas eles se organizam dando alguma ideia de famiacutelia conforme entendemos

atualmente No entanto a ideia de famiacutelia muda agrave medida que a histoacuteria evolui e se

antes o sujeito idoso era considerado o ente mais importante de sua famiacutelia devido

aos conhecimentos que adquiriu ao longo de sua jornada nos dias atuais essa

premissa jaacute natildeo eacute tatildeo mais importante e devido a isso observa-se poucos idosos no

seio da famiacutelia com sua consequente diminuiccedilatildeo (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

Quando se pensa em famiacutelia como instituiccedilatildeo social o que precisa ser levado em

consideraccedilatildeo para uma anaacutelise mais ampla a respeito dessa instituiccedilatildeo social satildeo

ldquo[] aspectos como afetividade companheirismo solidariedade sentimentos e accedilotildees

que podem ser encontradas fora dos laccedilos consanguiacuteneosrdquo Ou seja natildeo se eacute famiacutelia

somente aqueles que possuem o mesmo sangue mas existem outros fatores que

demonstram ser um agrupamento de pessoas considerado famiacutelia ldquoEacute uma construccedilatildeo

social influenciada pela cultura e contexto histoacuterico em que foi concebida []rdquo

(SOUZA SKUBS BRETAS 2007 p 264)

A vida do ser humano eacute repleta de fases desde agrave infacircncia ateacute a velhice Em cada fase

existe todo um conjunto cultural que daacute suporte agravequela fase e por isso nas famiacutelias

atuais existe um certo conflito entre membros familiares de geraccedilotildees diferentes pois

convivem muitas vezes em uma mesma residecircncia crianccedilas adolescentes adultos

e velhos e por isso um maior cuidado para que tais diferenccedilas natildeo interfiram na

harmonia do lar (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

E com o sujeito idoso haacute de se ter uma atenccedilatildeo especial devido a todos os fatores

envolvidos em sua mudanccedila de idade e com a chegada da velhice Tais fatores satildeo

os sociais psicoloacutegicos materiais financeiros autonomia etc Dessa forma o idoso

tende a dar mais trabalho pois uma vez que fora independente e natildeo eacute mais uma

31

vez que fora forte e natildeo eacute mais apresenta uma paciecircncia bastante curta Assim os

familiares que em volta dele estatildeo precisam ter bastante amor e carinho para um

excelente cuidado pois eacute obrigaccedilatildeo da famiacutelia assim fazer conforme preceitua a

Constituiccedilatildeo Federal (SOUZA SKUBS BRETAS 2007)

O apoio da famiacutelia para o sujeito idoso eacute de suma importacircncia para que ele possa ter

uma velhice confortaacutevel e saudaacutevel Reis e Trad possuem palavras interessantes a

respeito Vejamos

O suporte familiar contribui de maneira significativa para a manutenccedilatildeo e a integridade fiacutesica e psicoloacutegica do indiviacuteduo Seu efeito eacute tido como beneacutefico no membro da famiacutelia que o recebe na medida em que o suporte eacute percebido como disponiacutevel e satisfatoacuterio [] Dessa forma eacute fundamental para o planejamento assistencial adequado ao idoso a compreensatildeo do contexto familiar o que implica o entendimento das questotildees que envolvem a formaccedilatildeo e a dinacircmica de funcionamento das famiacutelias em geral (REIS TRAD 2015 p 30)

No entanto abrigos repletos de sujeitos idosos demonstram que na grande maioria

dos casos os familiares preferem abandonar os seus velhos aos cuidados de

enfermeiros que nem conhecem se estatildeo capacitados para lidar com as

necessidades Mesmo com o advento do estatuto do idoso ele continua sofrendo

severos preconceitos (REIS TRAD 2015)

24 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O PROCESSO NATURAL DO ENVELHECIMENTO

No Brasil de hoje tem-se observado um crescimento substancial do nuacutemero de

sujeitos idosos (aqueles com mais de 60 anos de acordo com o estatuto do idoso) e

isso eacute algo bastante preocupante tendo em vista a infraestrutura precaacuteria do sistema

de sauacutede Apenas a tiacutetulo de entendimento de acordo com o Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatiacutestica (IBGE) a quantidade de sujeitos idosos em 2016 era em cerca

de 143 (BRASIL 2016)

Existem basicamente dois motivos pelos quais a quantidade de sujeitos idosos vem

aumentando no Brasil que satildeo a reduccedilatildeo da taxa de natalidade e a reduccedilatildeo da

mortalidade A tecnologia vem ajudando consideravelmente para que esses dois

fatores sejam os reais motivos pelo aumento da taxa de idosos (MORAIS 2009)

A afirmativa anterior eacute reforccedilada pelo IBGE conforme segue ldquoAs mudanccedilas na razatildeo

de dependecircncia estatildeo diretamente associadas agrave diminuiccedilatildeo da fecundidade e ao

32

aumento na longevidade da populaccedilatildeo especialmente na populaccedilatildeo idosardquo (BRASIL

2016 p 17)

Dessa forma o ato de envelhecer passa a ser visto como algo a que todos os

brasileiros passaratildeo um dia pois haacute um aumento na expectativa de vida e assim

entender o processo de envelhecimento e desenvolver mecanismos para um

envelhecimento saudaacutevel torna-se fundamental pois idosos saudaacuteveis significa

grosso modo menos problemas tanto para a famiacutelia quanto para o governo Mas esse

menos problema natildeo eacute dito de forma vulgar pejorativa mas sim de forma racional

pois com um idoso saudaacutevel em uma famiacutelia esta famiacutelia natildeo sofre com o sofrimento

dele (MORAIS 2009)

Os desafios que se apresentam com o aumento da populaccedilatildeo idosa no Brasil estatildeo

intimamente interligados com a integraccedilatildeo e o cuidado social com o sujeito idoso com

a sauacutede com a assistecircncia social com a previdecircncia social com a forma de

envelhecer saudaacutevel etc (BRASIL 2016)

Dessa forma importante entender o mecanismo bioloacutegico do envelhecimento e sua

correlaccedilatildeo com o meio fiacutesico para um cuidado mais personalizado

241 Mecanismos do envelhecimento

Teixeira e Guariento afirmam que o conhecimento acerca do envelhecimento ou dos

motivos que o causam satildeo limitados devido agrave falta de pesquisas experimentais com

seres humanos o que eacute vedado pela eacutetica meacutedica Dessa forma pode-se fazer

apenas experimentos com animais em especial com roedores moscas de frutas e

isso acaba natildeo trazendo um real significado acerca do processo de envelhecimento

(TEIXEIRA GUARIENTO 2010)

Existem vaacuterias teorias a respeito do envelhecimento e por isso aos poucos foram

sendo agrupadas basicamente em dois grupos a saber teorias programadas e

teorias estocaacutesticas A primeira tem sua ideia central ldquonos reloacutegios bioloacutegicos que

regulam o crescimento a maturidade a senescecircncia e a morterdquo Jaacute a segunda baseia-

se na ldquoidentificaccedilatildeo de agravos que induzem aos danos moleculares e celulares

aleatoacuterios e progressivosrdquo (TEIXEIRA GUARIENTO 2010 p 2846)

33

Fato eacute que os efeitos do envelhecimento satildeo visiacuteveis rugas expostas cabelos

brancos peles caiacutedas dificuldades para se locomoverem decliacutenio das forccedilas

diminuiccedilatildeo do equiliacutebrio diversas doenccedilas dificuldade na respiraccedilatildeo Tudo estaacute

conjuntamente interligado em um processo complexo e variado que envolve tanto o

bioloacutegico quanto o psicossocial e que afeta diversos sistemas Na Figura 02 uma

representaccedilatildeo interessante do processo de envelhecimento (RUIVO et al 2009)

Figura 02 ndash Processo de envelhecimento

Fonte Centro avanccedilado de medicina preventiva (2018)

34

No Quadro 03 eacute apresentado os efeitos da velhice de uma forma geral e resumida

Vaacuterios satildeo os efeitos do envelhecimento no sujeito idoso por isso apenas alguns deles

foram relatados a tiacutetulo de exemplos

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (continua)

MODIFICACcedilOtildeES NO CORPO COM O ENVELHECIMENTO

ESTADO GERAL

Reduccedilatildeo progressiva da eficiecircncia dos processos fisioloacutegicos resulta em equiliacutebrio fraacutegil e impotildee obstaacuteculos agrave capacidade do corpo para manter a homeostase Estressores fiacutesicos e emocionais tornam o idoso mais vulneraacutevel devido agrave diminuiccedilatildeo das reservas fisioloacutegicas O idoso pode continuar a se envolver em todas as atividades da meia-idade embora de maneira intuitiva deva adaptar-se a um ritmo modificado e a periacuteodos de descanso mais frequentes

TEGUMENTAR

Surgimento de rugas e perda da firmeza da pele ocorrem com a reduccedilatildeo da elasticidade ressecamento e descamaccedilatildeo satildeo comuns A queda dos cabelos eacute comum nos homens e as mulheres tecircm afinamento e perda de pigmentaccedilatildeo dos cabelos Sinais de pele e pigmentaccedilatildeo satildeo comuns embora a pele possa clarear devido agrave perda de melanoacutecitos As unhas costumam espessar-se e ficar quebradiccedilas e amareladas

MUSCULOESQUELEacuteTICO

Diminui o tecido subcutacircneo e o peso no idoso A massa e a forccedila musculares diminuem Ocorre desmineralizaccedilatildeo oacutessea e os ossos ficam porosos e quebradiccedilos As articulaccedilotildees tendem a enrijecer e a perder flexibilidade podendo diminuir a amplitude de movimentos Costuma ocorrer lentidatildeo da mobilidade geral e a postura tende a encurvar A altura diminui um pouco

NEUROLOacuteGICO

O Sistema Nervoso Central reage mais lentamente a muacuteltiplos estiacutemulos Assim a resposta cognitiva e comportamental do idoso pode ser retardada Diminui a frequecircncia da reaccedilatildeo reflexa A regulagem da temperatura e a percepccedilatildeo de dorpressatildeo ficam menos eficientes O idoso pode ainda ter dificuldades no equiliacutebrio na coordenaccedilatildeo na motricidade fina e na orientaccedilatildeo espacial o que resulta em maior risco para quedas Costuma encurtar o sono noturno e o idoso pode despertar com mais facilidade

SENTIDOS ESPECIAIS

Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade visual (presbiopia) com maior sensibilidade agrave claridade e menor capacidade de adaptar-se agrave escuridatildeo Reduccedilatildeo da acomodaccedilatildeo reduccedilatildeo da percepccedilatildeo em profundidade e da discriminaccedilatildeo de cores Uma catarata pode obscurecer ainda mais a visatildeo A dificuldade para ler letras miuacutedas pode se tornar mais evidente Dirigir durante o dia ou durante agrave noite pode ficar comprometido Ocorre diminuiccedilatildeo da acuidade auditiva (presbicusia) em especial diminuiccedilatildeo da discriminaccedilatildeo de tons na presenccedila de ruiacutedos ambientais Em consequecircncia dos problemas auditivos o idoso pode retrair-se de eventos sociais As sensaccedilotildees de paladar e olfato diminuem Sensibilidade aos cheiros pode diminuir Problemas nutricionais podem surgir

CARDIOPULMONAR

Os vasos sanguiacuteneos ficam menos elaacutesticos e muitas vezes riacutegidos e tortuosos Depoacutesitos de placas de gordura continuam a ocorrer nos revestimentos dos vasos sanguiacuteneos Edema e esfriamento das extremidades inferiores podem ocorrer em especial com a diminuiccedilatildeo da mobilidade O corpo tem menor capacidade de aumentar a frequecircncia do coraccedilatildeo e o deacutebito cardiacuteaco mediante atividade A elasticidade pulmonar e a accedilatildeo ciliar diminuem de modo que a desobstruccedilatildeo pulmonar se torna menos eficiente Pode aumentar a frequecircncia pulmonar acompanhada de profundidade diminuiacuteda

35

Quadro 03 ndash Mudanccedilas fisioloacutegicas com o envelhecimento (conclusatildeo)

GASTRINTESTINAL Os sucos digestivos continuam a diminuir e reduz-se a absorccedilatildeo de nutrientes Desnutriccedilatildeo e anemia satildeo mais comuns Com a reduccedilatildeo do tocircnus muscular e o peristaltismo diminuiacutedo satildeo comuns queixas de constipaccedilatildeo

DENTICcedilAtildeO Perda e caacuterie dentaacuterias continuam para a maioria dos idosos Os haacutebitos alimentares podem mudar em especial se o idoso natildeo tem dentes ou usa dentaduras que natildeo servem bem

GENITURINAacuteRIO

O fluxo sanguiacuteneo para os rins reduz com a diminuiccedilatildeo do deacutebito cardiacuteaco A quantidade de unidades de neacutefrons funcionando diminui em 50 Produtos a serem eliminados podem ser filtrados e excretados mais lentamente Liacutequidos e eletroacutelitos permanecem dentro das variaccedilotildees normais mas o equiliacutebrio eacute fraacutegil Cerca de 75 dos homens com mais de 65 anos tecircm hipertrofia da glacircndula prostaacutetica Pode haver a necessidade de cirurgia caso ocorra retenccedilatildeo urinaacuteria Haacute atrofia diminuiccedilatildeo de secreccedilotildees e afinamento do trato genital da mulher idosa

Fonte Taylor e outros (2007 p 460)

2411 Envelhecimento do sistema respiratoacuterio

O Sistema respiratoacuterio envelhece da mesma forma que o restante do organismo e

muitas vezes ele envelhece mais raacutepido devido agrave enorme quantidade de poluiccedilatildeo a

que estamos sujeitos Nas palavras de Ruivo e outros

Pensa-se que o sistema respiratoacuterio seja o sistema do organismo que envelhece mais rapidamente devido agrave maior exposiccedilatildeo a poluentes ambientais ao longo dos anos As mudanccedilas que ocorrem a este niacutevel satildeo clinicamente relevantes porque a deterioraccedilatildeo da funccedilatildeo pulmonar estaacute associada ao aumento da taxa de mortalidade e aleacutem disso o conhecimento das mesmas contribui para a detecccedilatildeo e prevenccedilatildeo de disfunccedilotildees respiratoacuterias em idosos (RUIVO et al 2009 p 631)

Biologicamente com o envelhecimento a estrutura morfoloacutegica da parede toraacutecica

sofre severas alteraccedilotildees que afetam diretamente os pulmotildees Dessa forma a perda

da elasticidade dentre outros problemas torna-se a mais frequente complicaccedilatildeo

pulmonar entre pessoas idosas (RUIVO et al 2009)

2412 Envelhecimento do sistema cardiacuteaco

O envelhecimento do sistema cardiacuteaco acarreta diversas complicaccedilotildees ao sujeito

idoso e a dinacircmica de como esse processo se dar eacute melhor explicado por Esquenazi

Silva e Guimaratildees

O coraccedilatildeo eacute constituiacutedo por ceacutelulas musculares os cardiomioacutecitos moleacuteculas de matriz extracelular destacando-se o colaacutegeno e ceacutelulas intersticiais cardiacuteacas tais como fibroblastos e ceacutelulas endoteliais Por tratar-se de ceacutelulas terminalmente diferenciadas a identificaccedilatildeo recente de ceacutelulas-tronco residentes no coraccedilatildeo revelou que os cardiomioacutecitos satildeo repostos mas natildeo

36

na proporccedilatildeo ideal para recuperaccedilatildeo de funccedilatildeo alterada consequente a eventuais perdas (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

Dessa forma pode-se realccedilar algumas mudanccedilas sensiacuteveis que ocorrem com o

envelhecimento e que estatildeo listadas no Quadro 04 abaixo

Quadro 04 - Mudanccedilas fiacutesicas do coraccedilatildeo com o envelhecimento MUDANCcedilAS ORGAcircNICAS COM O ENVELHECIMENTO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

A parede ventricular torna-se mais espessa

Diminuiccedilatildeo das ceacutelulas de cardiomioacutecitos

Aumento do conteuacutedo do colaacutegeno

Alteraccedilatildeo do metabolismo mitocondrial

Maior secreccedilatildeo de colaacutegeno

Induccedilatildeo de apoptose das ceacutelulas musculares lisas da parede arterial

Aumento da rigidez aoacutertica

Alteraccedilatildeo da elasticidade aoacutertica

Disfunccedilatildeo diastoacutelica

Hipertrofia do ventriacuteculo esquerdo

Insuficiecircncia cardiacuteaca congestiva

Fonte Esquenazi Silva e Guimaratildees (2014) (Adaptado pela autora)

No envelhecimento ocorrem mudanccedilas em algumas propriedades do coraccedilatildeo e isso

pode acarretar o surgimento de arritmias cardiacuteacas bem como a diminuiccedilatildeo da

possibilidade de alteraccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca durante situaccedilotildees de estresse

Assim devido agrave mudanccedila da frequecircncia cardiacuteaca na populaccedilatildeo da terceira idade eacute

frequentemente adicionado medicamentos como diureacuteticos medicamentos que atuam

para combater a arritmia etc (ESQUENAZI SILVA GUIMARAtildeES 2014 p 16)

2413 Envelhecimento musculoesqueleacutetico

Haacute diversos estudos que tentam provar que o processo de envelhecimento estaacute

associado agrave diminuiccedilatildeo da massa muscular fenocircmeno conhecido como sarcopenia

Este fenocircmeno debilita diretamente a arquitetura muscular alterando diversas

propriedades tais como ldquoaacuterea da seccedilatildeo transversa anatocircmica comprimento das fibras

musculares volume e acircngulo de penaccedilatildeo dos muacutesculosrdquo Ocasiona uma reduccedilatildeo das

forccedilas do paciente da capacidade aeroacutebica e da taxa metaboacutelica Juntos esses

fatores influenciamalteram a qualidade de vida pois podem aumentar a taxa de

quedas e ocasionar outros problemas ao idoso que repercutem em todos os campos

de sua vida (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

37

Os mais novos estudos cientiacuteficos na aacuterea sugerem que o envelhecimento tambeacutem

estaacute relacionado com a diminuiccedilatildeo da rigidez dos tendotildees o que eacute apreciado na obra

de Baptista e Vaz conforme segue

Modificaccedilotildees morfoloacutegicas na unidade muacutesculo-tendatildeo como a sarcopenia ou a diminuiccedilatildeo da rigidez tendiacutenea reconhecidamente causam alteraccedilotildees de suas propriedades mecacircnicas As propriedades mecacircnicas dos muacutesculos determinam sua capacidade de produccedilatildeo de forccedila em diferentes comprimentos e velocidades podendo assim influenciar de maneira significativa as atividades de vida diaacuteria dos seres humanos independente da faixa etaacuteria (BAPTISTA VAZ 2009 p 369)

Natildeo se consegue entender exatamente como ocorre o processo da sarcopenia pois

eacute um processo complexo no qual diversos outros processos contribuem para que

aconteccedila Alguns estudos sugerem que a diminuiccedilatildeo da ativaccedilatildeo neuromuscular eacute

comeccedilo do processo de perda de massa e de forccedila O que eacute bem entendido e

preocupante satildeo os seus efeitos nos sujeitos idosos que provocam diversas outras

consequecircncias (FILHO 2012)

Eacute sabido que tudo estaacute interligado portanto quando ocorre reduccedilatildeo da estrutura

muscular esqueleacutetica isso acarreta outros problemas natildeo soacute de importacircncia material

assim como de importacircncia imaterial como sedentarismo depressatildeo ansiedade

depressatildeo etc A Figura 03 ilustra esse ciacuterculo vicioso (PEREIRA TEIXEIRA

ETCHEPARE 2006)

Figura 03 - Ciacuterculo vicioso do envelhecimento

Fonte Pereira Teixeira e Etchepare (2006)

38

2414 Envelhecimento do sistema nervoso

O envelhecimento como jaacute foi dito provoca uma seacuterie de alteraccedilotildees no organismo do

sujeito idoso No sistema nervoso diversas alteraccedilotildees anatocircmicas e quiacutemicas satildeo

observadas no enceacutefalo e na medula e essas alteraccedilotildees podem ser vistas tanto

macroscopicamente quanto microscopicamente Ateacute mesmo o tamanho do ceacuterebro e

peso dele satildeo modificados agrave medida que o sujeito envelhece na ordem de 2 a cada

uma deacutecada e com diminuiccedilatildeo de proteiacutenas (TAGLIARINI 2008)

De acordo com anaacutelises feitas ao envelhecer diversas alteraccedilotildees acontecem sendo

que as mais vitais satildeo ldquoa diminuiccedilatildeo de ceacutelulas alteraccedilotildees dendriacuteticas placas senis

degeneraccedilatildeo neurofibrilar degeneraccedilatildeo gracircnulo-vacuolar e acuacutemulo de lipofucsinardquo

(TAGLIARINI 2008 p 18)

As alteraccedilotildees morfoloacutegicas produzidas pelo Sistema Nervoso Central (SNC) se

mostram como sendo de suma importacircncia para o devido funcionamento do sistema

nervoso devido agrave importacircncia na geraccedilatildeo e processamento das memoacuterias e no

transporte de informaccedilotildees ateacute os neurocircnios (TAGLIARINI 2008)

Portanto de tudo o que foi falado a respeito do envelhecimento do sistema nervoso

algumas partes ainda natildeo foram provadas e muita coisa ainda deve ser elucidada

com os anos vindouros Tem-se uma ideia de que as modificaccedilotildees ocorrem tanto de

forma central quanto de forma perifeacuterica ldquocom atrofia cerebral devido agrave diminuiccedilatildeo do

nuacutemero de neurocircnios assim como a reduccedilatildeo da quantidade de substacircncias branca e

cinzenta Ocorre ainda reduccedilatildeo da sinaptogecircnese e da velocidade de conduccedilatildeo

nervosa []rdquo (RIBEIRO VEIGA 2013 p25)

25 PREVENCcedilAtildeO E PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE DO IDOSO

Conforme jaacute foi falado anteriormente a populaccedilatildeo brasileira seguindo o ritmo da

populaccedilatildeo mundial estaacute envelhecendo mais devido agraves inovaccedilotildees tecnoloacutegicas Com

isso mais sujeitos idosos procuram serviccedilos meacutedicos por causa das doenccedilas

inerentes agrave terceira idade Essa demanda impulsiona aos governos criarem poliacuteticas

de sauacutede para que o sujeito envelheccedila com sauacutede pois se assim for proporciona

vantagem para todos os que estatildeo envolvidos com o idoso seja seus parentes que

39

cuidam dele seja o Estado que natildeo precisa gastar muito com remeacutedios Isso

proporciona um aliacutevio na previdecircncia divido agrave imensa diacutevida puacuteblica que existe e por

necessitar fazer corte de gastos A seguir seraacute melhor tratado acerca dos benefiacutecios

da atividade fiacutesica para o idoso para ter um envelhecimento sadio e de haacutebitos

saudaacuteveis que precisa ter para o seu dia-a-dia com sauacutede (ACIOLE BATISTA 2013)

251 Benefiacutecios da atividade fiacutesica para o idoso

Com o crescimento mundial acelerado da populaccedilatildeo idosa diversas poliacuteticas estatildeo

sendo desenvolvidas para fazer com que o idoso envelheccedila com sauacutede tendo em

vista finalidades variadas tais como o fato de a previdecircncia estar sobrecarregada a

constataccedilatildeo de que o Sistema Puacuteblico de Sauacutede (SUS) natildeo atende com qualidade

as premissas mais baacutesicas da populaccedilatildeo Assim se o idoso chegar agrave terceira fase de

sua vida mais dinacircmico e com mais sauacutede enormes benefiacutecios surgiratildeo natildeo somente

para ele assim como para toda a sociedade (FONSECA et al 2014)

Dentre essas poliacuteticas certamente a que incentiva o idoso a praticar esportes eacute a mais

disseminada juntamente com a boa alimentaccedilatildeo pois eacute comprovado cientificamente

que o idoso ao praticar esportes consegue se manter mais saudaacutevel mais luacutecido e

em melhores condiccedilotildees de enfrentamento de doenccedilas que lhe acometem que satildeo

caracteriacutesticas da terceira idade aleacutem de provocar uma melhoria como um todo ao

sujeito idoso em todas as suas dimensotildees (MACIEL 2010)

De acordo com Maciel (2010 p 1024)

Poreacutem ao se refletir sobre as atividades fiacutesicas precisa-se pensar aleacutem dos benefiacutecios biopsicossociais proporcionados pela sua praacutetica como tambeacutem por exemplo compreender as mudanccedilas de comportamentos individuais eou coletivos para a adesatildeo e manutenccedilatildeo dessas atividades Essas soacute proporcionaratildeo os devidos benefiacutecios se realizadas continua e corretamente

As atividades fiacutesicas que satildeo incentivadas para que o idoso possa praticar satildeo

divididas em quatro dimensotildees lazer deslocamento ativo atividades domeacutesticas e

laboral A primeira eacute dita como atividade estruturada jaacute as demais satildeo atividades natildeo-

estruturais Existem vaacuterias vantagens para o sujeito idoso que se movimenta que

pratica alguma atividade fiacutesica As principais vantagens estatildeo apresentadas no

Quadro 05 (MACIEL 2010)

40

Quadro 05 ndash Principais benefiacutecios da atividade fiacutesica para os idosos BENEFIacuteCIOS DA ATIVIDADE FIacuteSICA PARA O IDOSO

Aumentomanutenccedilatildeo da capacidade aeroacutebia

Aumentomanutenccedilatildeo da massa muscular

Reduccedilatildeo significativa da taxa de mortalidade

Prevenccedilatildeo de doenccedilas coronarianas

Melhora do perfil lipiacutedico

Transformaccedilatildeo da composiccedilatildeo corporal devido agrave reduccedilatildeo da massa gorda

Prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes e hipertensatildeo arterial comuns ao sujeito idoso

Diminuiccedilatildeo da possibilidade de Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Nas mulheres idosas possibilidade de prevenccedilatildeo do cacircncer de mama e coacutelon

Reduccedilatildeo da ocorrecircncia de demecircncia

Melhora da autoestima e da autoconfianccedila

Reduccedilatildeo dos ataques de ansiedade e do estresse

Consideraacutevel melhora do humor e da qualidade de vida

Fonte Maciel (2010) (Adaptado pela autora)

Cordeiro e outros (2014) fazendo pesquisas com idosos para entender como as

atividades fiacutesicas afetam as funccedilotildees cognitivas sendo estas definidas como as fases

do processo de informaccedilatildeo tais como aprendizagem raciociacutenio atenccedilatildeo e outras

mais concluiacuteram o seguinte

O melhor desempenho do grupo de idosos ativos no teste de memoacuteria emocional pode estar associado a alteraccedilotildees fisioloacutegicas no sistema nervoso central decorrentes da praacutetica da atividade fiacutesica A accedilatildeo da atividade fiacutesica sobre as funccedilotildees cognitivas pode se dar por meio de diversos mecanismos dentre os quais a melhora na circulaccedilatildeo cerebral alteraccedilatildeo na siacutentese e degradaccedilatildeo de neurotransmissores alteraccedilotildees neuroendoacutecrinas e humorais e aumento de fatores de crescimento como o fator neurotroacutefico derivado do ceacuterebro (BDNF) responsaacutevel pela neuroplasticidade eficaacutecia sinaacuteptica conectividade neuronal e aumento da sobrevivecircncia dos neurocircnios e o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) responsaacutevel pela angiogecircnese (CORDEIRO et al 2014 p 549)

Ou seja a praacutetica da atividade fiacutesica proporciona enormes ganhos de qualidade de

vida para o sujeito idoso e possibilita a ele viver mais tempo de forma independente

jaacute que suas funccedilotildees cognitivas respondem melhor e desenvolvem mecanismos mais

duradouros (CORDEIRO et al 2014)

252 Haacutebitos saudaacuteveis de alimentaccedilatildeo para o idoso

Os alimentos satildeo as fontes de energia para o ser-humano Por isso quando o sujeito

se alimenta bem com qualidade ingerindo alimentos saudaacuteveis todo o seu

organismo funcionaraacute com qualidade e equiliacutebrio o que eacute necessaacuterio e demandado

pela populaccedilatildeo de uma forma geral mas devido agrave agitaccedilatildeo do dia-a-dia acaba por

41

comprometer a sauacutede com alimentos ruins raacutepidos de serem feitos e ingeridos

(MENEZES et al 2008)

O Sujeito idoso precisa ter uma atenccedilatildeo especial com o que ingere pois natildeo possui

mais um organismo jovem que consegue digerir tudo com facilidade e rapidez Seu

organismo agora e conforme jaacute foi falado eacute imensamente lento Natildeo consegue

metabolizar com rapidez os alimentos que lhe chegam ao estocircmago e por isso precisa

ser seletivo (KUWAE et al 2015)

De acordo com Kuwae e outros (2015 p 622 - 624)

No envelhecimento tanto os cuidados nutricionais satildeo diferentes como tambeacutem satildeo singulares agraves concepccedilotildees do que eacute saudaacutevel ou apropriado para esta idade Os cuidados com a alimentaccedilatildeo envolvem uma busca de equiliacutebrio entre as exigecircncias do corpo envelhecido e as limitaccedilotildees decorrentes de algumas patologias muitas delas exigindo seu controletratamento pela alimentaccedilatildeo como a hipertensatildeo diabetes e doenccedilas coronarianas Portanto o envelhecimento estaacute relacionado tanto com as alteraccedilotildees fisioloacutegicas que limitam o repertoacuterio alimentar seja pelas restriccedilotildees decorrentes de patologias crocircnicas ou das alteraccedilotildees de mastigaccedilatildeo e digestatildeo como com as condiccedilotildees de mobilidade autonomia independecircncia financeira condiccedilotildees de sauacutede e da composiccedilatildeo familiar Esses satildeo fatores decisivos sobre o repertoacuterio alimentar a frequecircncia e a qualidade da alimentaccedilatildeo dos idosos

Daiacute surge a necessidade de saber o que o sujeito idoso pode exatamente comer e o

que natildeo pode comer jaacute que em muitas situaccedilotildees o desejo eacute grande De acordo com

Menezes e outros (2008) existem duas classes de alimentos que o sujeito idoso pode

ingerir e satildeo os alimentos bons e os alimentos ruins Na classe dos alimentos bons

estatildeo as frutas verduras legumes carnes brancas etc Jaacute na segunda classe estatildeo

as frituras carnes vermelhas doces massas sal etc O Quadro 06 apresenta uma

lista com os principais alimentos para os idosos aqueles que satildeo recomendados bem

como suas caracteriacutesticas e o motivo pelo satildeo recomendados

Quadro 06 ndash Alimentos recomendados para idosos ALIMENTOS RECOMENDADOS PARA IDOSOS

CLASSE ALIMENTOS DESCRICcedilAtildeO

BONS Frutas verduras legumes carnes brancas etcleites e seus derivados

A comida se torna leve para o organismo do idoso o que proporciona uma raacutepida digestatildeo e o idoso natildeo se sente empazinado

RUINS Carnes vermelhas doces massas sal etc

Satildeo alimentos pesados gordurosos que demoram a fazer digestatildeo com moleacuteculas complexas O idoso natildeo ingere porque pode passar mal e qualquer mal-estar deve ser evitado

Fonte Kuwae e outros (2015)

42

O Quadro 06 eacute uma forma geral de expressar o que eacute bom e o que eacute ruim para o

sujeito idoso no entanto essa questatildeo eacute relativa pois varia de organismo para

organismo e depende de questotildees culturais mas eacute amplamente aceito eacute que todos os

seres humanos precisam ter equiliacutebrio inclusive na alimentaccedilatildeo dessa forma comer

ou deixar de comer algo para se manter saudaacutevel depende do quatildeo equilibrado

encontra-se o organismo do sujeito (KUWAE et al 2015)

26 PRINCIPAIS DOENCcedilAS E AGRAVOS NA TERCEIRA IDADE

Com a chegada da terceira idade vaacuterias doenccedilas inerentes aos sujeitos com idade

acima dos sessenta anos aparecem Identificar tais doenccedilas conhececirc-las de forma

detalhada para desenvolver formas de tratamento adequados satildeo objetivos centrais

para quem cuida do sujeito idoso juntamente com outros conhecimentos do idoso

como sua alimentaccedilatildeo seu dia-a-dia seus haacutebitos etc Tudo estaacute conectado e por

isso entender esse contexto facilita no momento de detalhar a doenccedila que acomete a

populaccedilatildeo idosa A seguir seraacute feito uma siacutentese das principais doenccedilas que

acometem sujeitos idosos (VERAS 2012)

261 Mal de Parkinson

A doenccedila do Mal de Parkinson eacute conhecida da humanidade haacute muito tempo A atual

descriccedilatildeo deu-se pelo Dr James Parkinson por volta do ano de 1817 e no Brasil

atinge cerca de 3 da populaccedilatildeo acima dos sessenta anos Constata-se a existecircncia

da doenccedila por intermeacutedio de anaacutelise cliacutenica observando na maioria dos casos

pessoas idosas uma rigidez muscular tremor mesmo estando em repouso alteraccedilatildeo

na postura dentre outros sintomas (PETERNELLA MARCON 2009)

Grosso modo o Mal de Parkinson eacute um distuacuterbio degenerativo do Sistema Nervoso

Central que afeta diversas funccedilotildees do sujeito sejam motoras sejam natildeo-motoras

Funccedilotildees que podem ser afetadas satildeo tremor de repouso bradicinesia rigidez

corporal instabilidade postural etc Seu diagnoacutestico eacute feito pelo quadro cliacutenico

observado e pela exclusatildeo de outras doenccedilas que se assemelham ao Mal de

Parkinson (PETERNELLA MARCON 2009)

43

Para falar com riqueza de detalhes a respeito de como funciona tal doenccedila vamos

utilizar as palavras de Sena e outros (2010) que diz

A DP eacute uma afecccedilatildeo crocircnico-degenerativa e progressiva de etiologia multifatorial que atinge majoritariamente pessoas idosas embora seja frequente acometecirc-las a partir dos 50 anos de idade beirando atualmente a casa dos 300000 portadores no Brasil A doenccedila atinge o sistema nervoso central mais especificamente a substacircncia negra responsaacutevel por controlar os movimentos do corpo A degradaccedilatildeo das ceacutelulas neuronais dopamineacutergicas acaba por resultar numa gama de sintomatologia como tremores rigidez muscular bradicinesia alteraccedilotildees posturais distuacuterbios na fala e na degluticcedilatildeo obstipaccedilatildeo transpiraccedilatildeo corporal incontinecircncia urinaria depressatildeo O tratamento que pode ser cliacutenico eou ciruacutergico visa ao controle dos sintomas por meio de medicamentos entre os quais se destaca a Levodopa um precursor da dopamina Outros grupos de faacutermacos tambeacutem satildeo utilizados como inibidores enzimaacuteticos agonistas dopamineacutergicos e anti-colineacutergicos Contudo a terapecircutica medicamentosa por si soacute natildeo eacute suficiente para manter o portador em melhores condiccedilotildees de bem-estar e qualidade de vida Por isso tratamentos e cuidados no miacutenimo de enfermagem fisioterapia fonoaudiologia e educaccedilatildeo fiacutesica satildeo imprescindiacuteveis como recursos complementares para ajudar o portador a preservar sua funcionalidade e permitir-lhe desempenhar as atividades da vida diaacuteria e manter o viacutenculo social tatildeo importantes para satisfazer suas necessidades psicossociais de apoio comunitaacuterio para o seu bem-estar e auto-estima (SENA et al 2010 p 94)

Na Figura 04 uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro a respeito de como funciona o Mal de

Parkinson

Figura 04 ndash Substacircncia negra normal e degeneraccedilatildeo neuronal

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Observa-se na Figura 04 o ceacuterebro de um sujeito normal sem a doenccedila em

comparaccedilatildeo com um sujeito que apresenta a doenccedila Na primeira situaccedilatildeo haacute a

44

existecircncia da substacircncia negra responsaacutevel por controlar as funccedilotildees motoras do

corpo conforme falado na descriccedilatildeo de Sena e outros Jaacute na segunda essa

substacircncia negra natildeo existe atestando a incapacidade motora do paciente

(ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Jaacute na Figura 05 representa-se o neurocircnio normal e um neurocircnio em paciente com a

doenccedila de Parkinson O neurocircnio normal produz a substacircncia dopamina que eacute

responsaacutevel pela conduccedilatildeo dos neurotransmissores Jaacute o neurocircnio afetado apresenta

uma pequena quantidade de dopamina o que afeta a transmissatildeo dos

neurotransmissores e com isso o paciente sofre os diversos males que foram

narrados (ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON 2018)

Figura 05 ndash Comparativo de neurocircnico normal e neurocircnio com Parkinson

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

O detalhe mais pertinente para saber se haacute o surgimento da doenccedila eacute o surgimento

de incapacidades provenientes dos distuacuterbios motores Geralmente aqueles que

sofrem desta doenccedila natildeo se datildeo conta que estatildeo doentes o que precisa ser

observado por quem estar mais perto seja os familiares seja os cuidadores

(GONCALVES ALVAREZ ARRUDA 2007)

Mesmo com todo o desenvolvimento tecnoloacutegico existente no campo da sauacutede ainda

natildeo existe um remeacutedio para acabar com o Mal de Parkinson ou para bloquear o seu

aumento Os procedimentos atuais visam dar condiccedilotildees ao paciente que possui a

doenccedila de viver de forma independente e de manter seu psicoloacutegico forte por mais

tempo Isso eacute feito receitando a ele dopamina estriatal que pode ser aumentada agrave

45

medida que os efeitos da doenccedila vatildeo aumentando (GONCALVES ALVAREZ

ARRUDA 2007)

262 Doenccedila de Alzheimer

A doenccedila de Alzheimer descrita pela primeira vez em 1906 pelo Dr Alois Alzheimer

eacute uma doenccedila que ateacute os dias atuais natildeo apresenta cura e tende a se agravar ao

longo dos anos Eacute a patologia neurodegenerativa mais usual que acomete pacientes

acima dos 55 (cinquenta e cinco) anos e causa transtornos como perda de memoacuteria

desorientaccedilatildeo danos na linguagem falta de atenccedilatildeo e vaacuterias outras situaccedilotildees

constrangedoras (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER 2018)

Natildeo se conhece exatamente os motivos pelos quais a doenccedila surge mas eacute bem

conhecido algumas lesotildees que ocorrem no ceacuterebro de um paciente portador da

doenccedila e as principais lesotildees satildeo as placas senis os emaranhados neurofibrilares e

a reduccedilatildeo de ceacutelulas nervosas sendo certo que ela eacute a responsaacutevel por cinquenta por

cento dos casos de demecircncia em idosos (ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE

ALZHEIMER 2018)

Muito embora a cura da doenccedila e a reversatildeo da deterioraccedilatildeo causada pela DA ainda natildeo tenham sido descobertas pesquisadores buscam o aperfeiccediloamento de tratamentos jaacute disponiacuteveis que visam agrave melhora cognitiva e diminuiccedilatildeo de sintomas comportamentais (Aacutevila 2003) Nesse caso a medicaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas cognitivas de reabilitaccedilatildeo aleacutem de informaccedilotildees sobre a doenccedila e o apoio a familiares e cuidadores eacute de suma importacircncia para reverter o quadro cliacutenico e sintomaacutetico da doenccedila (GONCALVES CARMO 2012 p 171)

Haacute uma forte tendecircncia da ciecircncia de tentar explicar o surgimento do Mal de Alzheimer

via geneacutetica pois uma porcentagem consideraacutevel dos pacientes que possuem a

doenccedila apresenta casos semelhantes na famiacutelia Outros fatores tambeacutem satildeo

considerados tais como aminoaacutecidos neurotoacutexicos uso indiscriminado do alumiacutenio

agentes infecciosos etc Abaixo na figura TC uma tentativa de explicaccedilatildeo dessa

doenccedila (SERENIKI VITAL 2008)

Na Figura 06 existe uma ilustraccedilatildeo do ceacuterebro de paciente normal e de um paciente

com a Doenccedila de Alzheimer Percebe-se que o ceacuterebro do paciente com a Doenccedila de

Alzheimer apresenta-se cheio de falhas

46

Figura 06 ndash Ceacuterebro normal versus ceacuterebro com Alzheimer

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

263 Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus (DM) eacute uma doenccedila crocircnica natildeo-transmitiacutevel que afeta uma

multidatildeo de pessoas em todo o mundo e se caracteriza por um aumento acentuado

da glicemia devido agrave falta de insulina que eacute fabricada pelo pacircncreas Haacute dois tipos

de diabetes um natural (Tipo 01) e outra adquirida (Tipo 02) A do Tipo 02 eacute causada

pela obesidade comidas gordurentas falta de exerciacutecios fiacutesicos e se mostra como o

mal moderno Jaacute a do tipo 01 jaacute nasce com o indiviacuteduo Em ambos os casos o

pacircncreas deixa de fabricar insulina que possui uma moleacutecula que quebra a moleacutecula

de glicose Com isso haacute um aumento de glicose no sangue e isso provoca diversos

danos em outros oacutergatildeos A insulina injetada entra para ajudar na eliminaccedilatildeo do accediluacutecar

excedente (BUSNELLO et al 2012)

De acordo com Vargas Lara e Mello-Carpes ldquono Brasil existem cerca de 500 mil

diabeacuteticos 450 mil fazendo uso da insulina e quase dois milhotildees desconhecendo ter

diabetes Aleacutem disso estima-se que em 2030 o nuacutemero de pessoas acometidas pela

DM dobraraacuterdquo Esses dados para o sujeito idoso satildeo extremamente preocupantes

tendo em vista a necessidade de cuidados constantes (VARGAS LARA MELLO-

CARPES 2014 p 869)

47

Idosos que apresentam a DM apresentam estrutura fiacutesica e emocional prejudicadas

com certa limitaccedilatildeo nos afazeres do dia-a-dia com limitaccedilatildeo na alimentaccedilatildeo e com

liberdade e autonomia afetadas Diferentemente das outras doenccedilas a DM eacute bem

mapeada e consegue-se ter um controle bastante apropriado para amenizar os efeitos

dessa doenccedila (VARGAS LARA MELLO-CARPES 2014)

264 Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

A Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica (HAS) eacute a doenccedila crocircnica natildeo transmitida mais

presente na vida dos idosos Trata-se de uma doenccedila que eleva a pressatildeo sanguiacutenea

a niacuteveis altiacutessimos e como consequecircncia faz com que o coraccedilatildeo tenha que exercer

uma atividade fora do padratildeo para conseguir fazer o sangue circular pelo corpo do

indiviacuteduo (LEAtildeO E SILVA et al 2013)

Ela aumenta paulatinamente agrave medida que o indiviacuteduo vai envelhecendo e eacute tida por

diversos especialistas como o principal fator de risco para o idoso podendo ocasionar

doenccedilas como o Acidente Vascular Cerebral (AVC) o infarto do miocaacuterdio e vaacuterias

outras doenccedilas silenciosas Diversos fatores ocasionam um aumento na pressatildeo

arterial dentre eles os mais comuns satildeo o excesso de sal utilizado no dia-a-dia o

estresse etc (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Para um padratildeo de referecircncia com intuito de definir se um idoso apresenta uma

pressatildeo alta ou normal vaacuterios estudos sugerem valores diferentes o que acaba

sendo um ponto de debate interessante entre os especialistas da aacuterea conforme

relatado abaixo

Haacute grande controveacutersia na literatura em relaccedilatildeo ao ponto de corte para o qual a PA pode ser considerada controlada na populaccedilatildeo idosa principalmente nos idosos com idade mais avanccedilada (acima dos 80 anos) Estudos recentes sugerem uma meta de controle mais flexiacutevel (abaixo de 150 mmHg para a PAS e de 90 mmHg para a PAD) para esta faixa etaacuteria por evidenciarem que o controle mais rigoroso pode natildeo ser significativo na reduccedilatildeo das complicaccedilotildees associadas agrave doenccedila (MOROZ KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016 p 112)

Para se ter um controle dessa doenccedila importante salientar os haacutebitos de vida

saudaacuteveis associados com o acompanhamento meacutedico mediccedilatildeo das funccedilotildees vitais

do idoso controle sistemaacutetico porque essa doenccedila sendo uma doenccedila silenciosa

assintomaacutetica pode acarretar outras complicaccedilotildees tais como um Acidente Vascular

Cerebral (AVC) (JARDIM et al 2017)

48

265 Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

A Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (ITU) eacute a inflamaccedilatildeo das vias urinaacuterias e eacute uma doenccedila

responsaacutevel por cerca de quarenta porcento das infecccedilotildees nosocomiais Eacute bastante

rotineira nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e sua probabilidade de ocorrecircncia

em homens idosos aumenta consideravelmente tendo em vista que ldquoA

instrumentaccedilatildeo das vias urinaacuterias ndash incluindo ndash se o cateterismo vesical ndash e a

ocorrecircncia de doenccedila prostaacutetica satildeo os fatores mais implicados no aumento da

incidecircncia no sexo masculinordquo (RORIZ-FILHO et al 2010 p 119)

A mulher idosa tambeacutem tem uma grande possibilidade de desenvolver tal doenccedila

tendo em vista as modificaccedilotildees funcionais da bexiga devido a diversos fatores que

ldquoassociados agraves mudanccedilas troacuteficas do epiteacutelio da mucosa vaginal e a presenccedila de

infecccedilatildeo genital facilitam o desenvolvimento de ITUrdquo (MARQUES MOREIRA

SANTOS 2010 p 151)

Para se ter um diagnoacutestico preciso acerca da Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio faz-se coleta

da urina do paciente e em seguida sua cultura o que leva alguns dias O diagnoacutestico

apresenta-se preciso apoacutes esse procedimento Existem outros exames a serem feitos

que apresentam resultados mais raacutepidos poreacutem natildeo tatildeo precisos Um deles eacute o

exame tipo I e o outro eacute a coloraccedilatildeo pelo meacutetodo Gram (VETTORE et al 2013)

Os principais sintomas que indicam que pode haver uma Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio

satildeo urina com odor feacutetido disuacuteria com urgecircncia polaciuacuteria e urecircncia Esses sintomas

satildeo um indicativo muito forte de possibilidade de existecircncia de um quadro infeccioso

e somente pode-se comprovar apoacutes as anaacutelises que foram mencionadas (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010)

Para se fazer um tratamento adequado que apresente resultados de imediato haacute a

necessidade de se observar alguns fatores tais como ldquopresenccedila de comorbidade

fatores predisponentes sintomatologia e repercussatildeo sistecircmica da infecccedilatildeo assim

como para a interaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outros medicamentos []rdquo Importante

observar a relaccedilatildeo dos antibioacuteticos com outras drogas pois o paciente idoso faz uso

de diversos produtos farmacecircuticos No Quadro 07 um exemplo de drogas que podem

ser utilizadas para o tratamento do idoso com Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio (MARQUES

MOREIRA SANTOS 2010 p 156)

49

Quadro 07 ndash Drogas que seratildeo utilizadas no tratamento do idoso DROGAS UTILIZADAS NA ITU NOS IDOSOS

I ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO INFERIOR (3 A 7 DIAS)

Sulfametoxazol 800 mg + Trimetoprima 160 mg de 12 12h

Norfloxacina 400 mg de 1212h

Ciprofloxacina 250 mg de 1212h

Levofloxacina 250 mg por dia

Nitrofurantoina 100 mg de 88h

II ndash INFECCcedilAtildeO DO TRATO URINAacuteRIO SUPERIOR (14 DIAS)

Ciprofloxacina 500 mg EV de 1212h

Levofloxacina 500 mg EV por dia

Ceftriaxone 1g EV de 1212h

Piperacina soacutedica + Tazobactana soacutedica 225g EV de 88h

Fonte Marques Moreira e Santos (2010 p 158)

266 Osteoporose

A Osteoporose ldquo[] eacute uma doenccedila esqueleacutetica sistecircmica caracterizada por diminuiccedilatildeo

da massa oacutessea e deterioraccedilatildeo microarquitetural do tecido oacutesseo com consequente

aumento da fragilidade oacutessea e susceptibilidade agrave fraturardquo sendo a condiccedilatildeo mais

criacutetica da osteopenia Eacute uma doenccedila predominante em sujeitos idosos e consiste

grosso modo do enfraquecimento dos ossos o que pode levar a diversas

consequecircncias ao idoso A Figura 07 apresenta como ocorre essa doenccedila (LIMA et

al 2014 p 35)

Figura 07 ndash Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

50

Jaacute na Figura 08 tem-se uma vista mais ampla de como a osteoporose atua Pode-se

perceber que ela age deixando o osso em um formato esponjoso como se estivesse

oco como eacute popularmente conhecido tal doenccedila A ilustraccedilatildeo eacute do osso do quadril

mas eacute extensiacutevel a toda a estrutura oacutessea onde ocorrer a comorbidade (LIMA et al

2014)

Figura 08 - Osso saudaacutevel versus osso com osteoporose do quadril

Fonte Enfermeiro aprendiz (2018) (Adaptado pela autora)

Existem diversos tipos de osteoporose que satildeo provocadas por vaacuterios fatores por

isso diz-se que eacute uma doenccedila multifatorial Basicamente satildeo divididas em primaacuteria

com tipos I e II e secundaacuteria a primeira eacute desenvolvida por causas naturais jaacute a

segunda eacute desenvolvida por meio de causas natildeo-naturais tais como a inflamaccedilatildeo

(CAMARGOS BOMFIM 2017)

Consequecircncias diversas podem surgir oriundas da osteoporose tais como ldquoperda da

massa deterioraccedilatildeo do tecido desarranjo da arquitetura e comprometimento da forccedila

oacutessea com aumento no risco de fraturardquo Ela atua de forma silenciosa e na maior parte

dos casos eacute descoberta somente quando ocorre algum acidente por mais simples que

seja com consequente fratura de algum osso do portador de tal doenccedila (BRASIL

2009 p 01)

51

Pode ser diagnosticada tratada e prevenida antes da ocorrecircncia de qualquer evento

que poderaacute comprometer a estrutura oacutessea de seu portador Ocorrendo algum

acidente este poderaacute afetar a estrutura fiacutesica do paciente deformaccedilatildeo no corpo como

um todo etc Na prevenccedilatildeo deve-se utilizar cerca de 1000mgdia de caacutelcio vitamina

D 400ndash800 Uldia ou algum medicamento tais como calcitonina bifosfonatos

raloxifeno e paratormocircnio (BRASIL 2017)

Haacute projeccedilotildees que dizem que cerca de 50 das mulheres e 20 dos homens com

idades acima dos 50 anos poderatildeo sofrer alguma fratura proveniente da osteoporose

ao longo de sua vida Como jaacute foi citado anteriormente a praacutetica de exerciacutecios fiacutesicos

para o sujeito idoso e natildeo somente a estes mas ao ser humano em geral eacute uma

praacutetica altamente recomendada pelos profissionais da sauacutede devido agraves pesquisas

cientiacuteficas comprovarem as consequecircncias eficazes de quem se exercita e que por

isso eacute bastante recomendada para pacientes que possuem osteoporose (MOTA

SOUSA AZEVEDO 2012)

Nas palavras de Mota Sousa e Azevedo tem-se

Haacute uma forte correlaccedilatildeo entre a qualidade de vida dos idosos e a atividade fiacutesica pois com a degeneraccedilatildeo do sistema musculoesqueleacutetico nos idosos e a diminuiccedilatildeo da capacidade funcional a praacutetica da atividade fiacutesica influecircncia no tratamento e na prevenccedilatildeo da osteoporose trazendo benefiacutecios como a melhoria do desempenho das capacidades funcionais o aumento da forccedila muscular e flexibilidade e uma consideraacutevel melhora da coordenaccedilatildeo motora (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012 p47)

Portanto uma forma de reduzir os efeitos que a osteoporose apresenta ao seu

portador eacute praticando exerciacutecios fiacutesicos diariamente que aliado agrave uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel e rica em caacutelcio pode-se gerar resultados bastante satisfatoacuterios

fortalecendo os muacutesculos revigorando o equiliacutebrio afastando a possibilidade de

atrofia pelo natildeo-uso do membro que esteja lesionado e com isso retardando a

desmineralizaccedilatildeo oacutessea (BRASIL 2017)

Outras precauccedilotildees deveratildeo ser administradas ao sujeito idoso portador da

osteoporose para evitar riscos de queda que satildeo os principais fatores complicadores

da sauacutede do idoso Tais procedimentos podem ser a retirada de objetos que podem

dificultar a mobilidade do sujeito idoso por onde anda evitar tapetes escorregadios

colocar materiais antiderrapantes nas superfiacutecies por onde o idoso se movimenta

facilitar o acesso ao banheiro etc (MOTA SOUSA AZEVEDO 2012)

52

53

3 METODOLOGIA

Tendo a finalidade de desenvolver as propostas que foram apresentadas quando do

comeccedilo deste trabalho optou-se por fazer uma revisatildeo bibliograacutefica do tema sabendo

que essa eacute uma modalidade de pesquisa que se destina a concatenar e observar os

conhecimentos que jaacute foram publicados a respeito de um determinado assunto que

no caso em questatildeo eacute a Assistecircncia de Enfermagem ao sujeito idoso

De acordo com Mancini e Sampaio (2006 p 361 - 472) trabalhos de ldquoRevisotildees da

literatura satildeo caracterizadas pela anaacutelise e pela siacutentese da informaccedilatildeo disponibilizada

por todos os estudos relevantes publicados sobre um determinado tema[]rdquo Tendo

em vista todos os estudos relevantes publicados por um determinado tema mas sem

limitaacute-lo pois como eacute de amplo conhecimento a quantidade de informaccedilotildees eacute infinita

daiacute a necessidade de se fazer uma limitaccedilatildeo temporal a respeito

Utilizou-se para o desenvolvimento do estudo os seguintes bancos de dados

Scientific Electronic Library (Scielo) Biblioteca Virtual em Sauacutede (BVS) Descritores

em Ciecircncia da Sauacutede (DeCS) Ministeacuterio da Sauacutede e livros

Como criteacuterios de inclusatildeo foi estabelecido o uso de revistas acadecircmicas artigos

cientiacuteficos livros etc do ano de 2006 a 2017 Como criteacuterios de exclusatildeo optamos

por natildeo fazermos uso de materiais em liacutenguas estrangeiras materiais antigos

materiais incompletos e materiais que natildeo apresentam rigor cientiacutefico tais como

trabalhos acadecircmicos de revisatildeo

Por fim o presente estudo natildeo necessita de aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica (CE) da

Universidade uma vez que as informaccedilotildees coletadas satildeo provenientes de materiais

de acesso puacuteblico e de conhecimento de todos os interessados

54

55

4 RESULTADOS E DISCUSSAtildeO

41 SISTEMATIZACcedilAtildeO DA ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM E PROCESSO DE

ENFERMAGEM PARA O IDOSO

Existem vaacuterias formas de se aplicar a Assistecircncia de Enfermagem e o que eacute utilizado

no Brasil por diversos motivos eacute o que foi desenvolvido em 1979 pela enfermeira e

pesquisadora paraense Wanda Horta atraveacutes de seu livro Processo de Enfermagem

(SILVA et al 2011)

Nas palavras de Silva e outros (2011 p 1381) percebe-se o caraacuteter cientiacutefico e seacuterio

do uso da Assistecircncia de Enfermagem Vejamos

A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE) eacute conceituada como um meacutetodo de prestaccedilatildeo de cuidados para a obtenccedilatildeo de resultados satisfatoacuterios na implementaccedilatildeo da assistecircncia com o objetivo de reduzir as complicaccedilotildees durante o tratamento de forma a facilitar a adaptaccedilatildeo e recuperaccedilatildeo do paciente O uso do meacutetodo requer o pensamento criacutetico do profissional que deve estar focado nos objetivos e voltado para os resultados de forma a atender as necessidades do paciente e de sua famiacutelia exigindo constante atualizaccedilatildeo habilidades e experiecircncia sendo orientado pela eacutetica e padrotildees de conduta Portanto eacute um modo de exercer a profissatildeo com autonomia baseada nos conhecimentos teacutecnico-cientiacuteficos no qual a categoria vem se desenvolvendo nas uacuteltimas deacutecadas

Importante deixar claro o entendimento acerca do que eacute a Sistematizaccedilatildeo da

Assistecircncia de Enfermagem (SAE) e do Processo de Enfermagem antes de aplicaacute-

los ao sujeito idoso pois tais conceitos satildeo aplicados de forma geral na enfermagem

Todo o profissional de enfermagem precisar ter bem solidificado tais conceitos para

que possam se tornar profissionais competentes e antenados com a real situaccedilatildeo de

seu paciente (GARCIA 2016)

411 Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem (SAE)

A sistematizaccedilatildeo eacute normatizada pela resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN) juntamente com o Processo de Enfermagem (PE) Eacute

entendido como sendo a responsaacutevel por ldquoorganizar o trabalho profissional quanto ao

meacutetodo pessoal e instrumentos tornando possiacutevel a operacionalizaccedilatildeo do processo

de Enfermagemrdquo (BRASIL 2009 p 01)

Garcia (2016) fala a respeito do amplo uso das teacutecnicas da SAE Vejamos

56

Especialmente quando analisamos a dimensatildeo assistencial da praacutetica reconhecemos haver uma ampla gama de situaccedilotildees vivenciadas no cotidiano de cuidados agrave clientela envolvendo a necessidade de sistematizaccedilatildeo da assistecircncia e de aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem aspectos substantivos da profissatildeo (GARCIA 2016 p 05)

A Sistematizaccedilatildeo de Assistecircncia da Enfermagem (SAE) aplicada ao idoso torna-se

dessa forma uma tentativa de fornecer uma assistecircncia de qualidade e personalizada

ao idoso por isso padroniza-se a entrevista que o profissional de enfermagem faz ao

paciente com o intuito de saber a real situaccedilatildeo do cliente Para se fazer tal

assistecircncia o profissional de enfermagem precisa da ajuda do Processo de

Enfermagem que complementa a SAE (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

412 Processo de Enfermagem

Eacute definido como sendo ldquoum instrumento metodoloacutegico que orienta o cuidado do

profissional de enfermagem e a documentaccedilatildeo da praacutetica profissionalrdquo e eacute dividido

em cinco etapas que abaixo satildeo escritas conforme resoluccedilatildeo ndeg 3582009 O Quadro

08 apresentada cada etapa do Processo de Enfermagem (PE) (BRASIL 2009 p 01)

Quadro 08 ndash Etapas do processo de enfermagem PROCESSO DE ENFERMAGEM

ETAPA DESCRICcedilAtildeO

COLETA DE DADOS

Essa eacute a primeira etapa do processo de enfermagem e consiste em colher todos os dados possiacuteveis do paciente valendo de teacutecnicas variadas e com a maior precisatildeo possiacutevel para um melhor atendimento do paciente Importante nessa fase coletar informaccedilotildees por parte da famiacutelia dos pacientes para que as informaccedilotildees possam ser confirmadas devido ser de fontes diversas

DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

Apoacutes a coleta dos dados o profissional de enfermagem passa a processar as informaccedilotildees e interpretando-as para que possa ter a tomada de decisatildeo mais eficaz para o paciente Essa etapa consiste em descrever exatamente o que o paciente tem e funciona como base para a accedilatildeo do profissional de enfermagem

PLANEJAMENTO DE ENFERMAGEM

Nessa etapa o profissional determina o que espera alcanccedilar de resultados quando das devidas intervenccedilotildees apoacutes a etapa anterior Aqui o profissional cria uma espeacutecie de roteiro para certificar-se do que poderaacute ocorrer

IMPLEMENTACcedilAtildeO Nessa etapa o profissional coloca em praacutetica o que foi decido nas etapas anteriores

AVALIACcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Trata-se de um processo contiacutenuo e analiacutetico no qual o profissional observa o seu paciente fazendo as devidas anotaccedilotildees do quadro dele para posterior mudanccedila das implementaccedilotildees Todo esse processo eacute dinacircmico e por isso o profissional precisa estar atento ao paciente durante todo instante em que ele esteja sob seus cuidados

Fonte Brasil (2009) (Adaptado pela autora)

57

A Figura 09 ilustra o que foi dito a respeito do Processo de Enfermagem no Quadro

08

Figura 09 ndash Processo de Enfermagem

Fonte Autoria proacutepria (2018)

Como pode-se inferir do Quadro 08 descrito desenvolver e aplicar a Sistematizaccedilatildeo

da Assistecircncia de Enfermagem de acordo com o Processo de Enfermagem eacute um

processo que exige muita disciplina e conhecimento do profissional de enfermagem

pois eacute sabido que se trata de um processo teacutecnico-cientiacutefico e somente o enfermeiro

habilitado poderaacute exercitar cada uma das fases que se mostram em conjunto A sua

separaccedilatildeo conforme descrita acima eacute apenas para efeitos didaacuteticos (GARCIA 2016)

413 Atuaccedilatildeo do enfermeiro com os idosos

Para aplicar a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem e o Processo de

Enfermagem ao sujeito idoso o profissional de enfermagem tem a necessidade de

seguir procedimentos descritos principalmente na NANDA Internacional que se

tornou a principal fonte de diagnoacutesticos de enfermagem e que ldquofavorece a

58

identificaccedilatildeo de estrateacutegias para elevar a qualidade da assistecircncia e contribuir na

formaccedilatildeo de recursos humanosrdquo (KOKUDAI ALVARENGA 2010 p03)

A NANDA eacute dividida em diversos toacutepicos e assim resolvemos separar conforme

Quadro 09 os cuidados necessaacuterios de acordo com cada doenccedila predominante na

terceira idade que foi comentada neste trabalho As descriccedilotildees natildeo se limitam ao que

foi dito pois colocamos apenas algumas situaccedilotildees devido agrave enorme quantidade de

situaccedilotildees diagnoacutesticos e cuidados existentes

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continua)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Hipertensatildeo Arterial

Sistecircmica

Risco de desequiliacutebrio eletroliacutetico

Risco de mudanccedila nos niacuteveis de eletroacutelitos seacutericos capaz de comprometer a sauacutede

Estilo de vida sedentaacuterio Trata-se de um estilo de vida sem a praacutetica de atividades fiacutesicas

Ansiedade

Trata-se de um sentimento desgastante que assola o seu portador diante da expectativa de notiacutecias ou de situaccedilotildees estressantes e novas Pode-se considerar como um sinal de alerta que o organismo desenvolveu para deixar o indiviacuteduo atento em condiccedilotildees de periacuteodo de toda sorte

Padratildeo de sono prejudicado

Devido a fatores externos o indiviacuteduo natildeo possui uma rotina constante e linear de sono sendo que existe a condiccedilatildeo de dormeacorda que prejudica o organismo como um todo

Nutriccedilatildeo desequilibrada

O sujeito alimenta-se de nutrientes que em muitos casos satildeo em excesso ocasionando armazenamento de energia em formato de gordura

Mal de Parkinson

Problemas Motores

Risco de queda Facilidade com que o sujeito tem de desequilibrar e cair o que pode causar enormes danos

Bradicinesia Lentidatildeo de respostas fiacutesicas e psiacutequicas

Mobilidade fiacutesica prejudica

Limitaccedilatildeo no movimento fiacutesico independente e voluntaacuterio do corpo ou de uma ou mais extremidades

Problemas Natildeo-

motores

Demecircncia Enfraquecimento das faculdades intelectuais diante de lesotildees no ceacuterebro

Ansiedade

Vago e incocircmodo sentimento de desconforto ou temor acompanhado por resposta autonocircmica (a fonte eacute frequentemente natildeo especiacutefica ou desconhecida para o indiviacuteduo) sentimento de apreensatildeo causada pela antecipaccedilatildeo de perigo Eacute um sinal de alerta que chama a atenccedilatildeo para um perigo iminente e permite ao indiviacuteduo tomar medidas para lidar com a ameaccedila

59

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (continuaccedilatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Alzheimer

Deacuteficit no autocuidado Capacidade prejudicada de realizar ou completar as atividades de banho por si mesmo

Mobilidade fiacutesica prejudicada Limites para movimentar-se seja com movimento voluntaacuterios ou involuntaacuterios

Insuficiecircncia na capaci-dade do a-dulto para melhorar

Depressatildeo Deterioraccedilatildeo funcional progressiva de natureza fiacutesica e cognitiva A capacidade do indiviacuteduo de viver com doenccedilas multissistecircmicas enfrentar os problemas decorrentes e controlar o seu cuidado estaacute notavelmente diminuiacuteda

Decliacutenio da memoacuteria

Distuacuterbio de sono Dificuldade para dormir em periacuteodos prolongados

Confusatildeo crocircnica

Deterioraccedilatildeo irreversiacutevel das faculdades mentais de forma prolongada O indiviacuteduo passa a natildeo perceber os fatores externos que podem indicar algo tal como perigo atenccedilatildeo moral e tantos outros Apresenta distuacuterbios na memoacuteria passando a natildeo mais reconhecer e nem lembrar de coisas e pessoas

Diabetes Mellitus

Autocontrole ineficaz

da sauacutede

Natildeo consegue se controlar e agir conforme necessidade para ter uma sauacutede plena e satisfatoacuteria ou seja natildeo consegue cuidar de si

Perfusatildeo tissular perifeacuterica ineficaz

Reduccedilatildeo na circulaccedilatildeo sanguiacutenea para a periferia capaz de comprometer a sauacutede

Risco de Infecccedilatildeo

Risco de ter em seu organismo elementos estranhos e que possam danificar a sua sauacutede

Risco de olho seco

Risco de desconforto ocular ou dano agrave coacuternea e agrave conjuntiva devido agrave quantidade reduzida ou agrave qualidade das laacutegrimas para hidratar o olho

Risco de glicemia instaacutevel Natildeo possui uma estabilidade padratildeo em seu niacutevel glicecircmico devido agrave quantidade de glicose no sangue

Infecccedilotildees do trato

urinaacuterio

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Eliminaccedilatildeo urinaacuteria prejudicada Disfunccedilatildeo na eliminaccedilatildeo da urina

Risco de siacutendrome do desuso Devido agrave falta de uso de algum membro do corpo corre-se o risco desse membro atrofiar-se

Risco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircncia

Risco de perda involuntaacuteria de urina que ocorre imediatamente apoacutes uma forte sensaccedilatildeo de urgecircncia para urinar

Conforto prejudicado Percebe-se que inexiste a sensaccedilatildeo de conforto nas dimensotildees do ser humano

Osteoporose

Dor aguda

Condiccedilatildeo em que o indiviacuteduo enorme desconforte devido a algo que o perturba podendo ser originado de fatores externos e internos Pode der uma longa durabilidade ou curta

Risco de constipaccedilatildeo Possibilidade de diminuiccedilatildeo na frequecircncia normal de evacuaccedilatildeo paralela a uma dificuldade de eliminaccedilatildeo das fezes

60

Quadro 09 ndash Associaccedilatildeo Americana de Diagnoacutesticos de Enfermagem (conclusatildeo)

DOENCcedilA DIAGNOacuteSTICOS DEFINICcedilAtildeO

Osteoporose

Risco para quedas Estado em que o indiviacuteduo tem uma suscetibilidade para quedas aumentada

Mobilidade fiacutesica prejudicada Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute prestes a apresentar limitaccedilotildees dos movimentos fiacutesicos poreacutem ainda natildeo se encontra imoacutevel

Andar prejudicado Estado em que o indiviacuteduo apresenta ou estaacute em risco de apresentar limitaccedilatildeo para andar

Fonte Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA (2013) Santos e outros (2017) Mattos e outros (2011) (Adaptado pela autora)

Saber utilizar os Diagnoacutesticos de Enfermagem corretamente e que satildeo padronizados

eacute bastante eficaz aceito e exigido para evitar que o profissional de enfermagem crie

mecanismos subjetivos de cuidados pois se assim ocorresse haveria um caos na

enfermagem com cada profissional atuando conforme melhor lhe for apresentado

(SOUZA ALVES PASSOS 2010)

A utilizaccedilatildeo do Diagnoacutestico de Enfermagem padronizado eacute um instrumento necessaacuterio

para evitar que os profissionais de enfermagem fragmentem os cuidados e os dilemas

dos pacientes deixando de observaacute-los como um todo e na grande maioria dos casos

prescrevendo cuidados que natildeo possuem nenhuma relaccedilatildeo com os problemas

relatados Dessa forma pode-se observar o Diagnoacutestico de Enfermagem como uma

ferramenta de trabalho altamente eficaz em seu uso cotidiano pois fornece ao

profissional de enfermagem um planejamento pautado no histoacuterico de atuaccedilatildeo pois

uma vez que os problemas sejam conhecidos mapeados e anotados torna-se mais

eficaz e otimizado o processo do cuidado em toda a sua plenitude Por essa oacutetica

constata-se como eacute importante o Diagnoacutestico de Enfermagem para o sujeito idoso

pois consegue construir todo um conjunto de atuaccedilatildeo para o cuidado sempre visando

o bem-estar do idoso (SOUZA ALVES PASSOS 2010)

414 Prescriccedilatildeo de enfermagem ao sujeito idoso

Depois de ter feito o diagnoacutestico de enfermagem do sujeito idoso e de ter descoberto

as suas comorbidades o profissional de enfermagem precisa entatildeo fazer as devidas

intervenccedilotildees Tais intervenccedilotildees satildeo tratadas como prescriccedilotildees de enfermagem e

possuem um campo de atuaccedilatildeo mapeado para natildeo sobrepor ao trabalho do meacutedico

(FAEDA PERROCA 2017)

61

Ainda de acordo com a resoluccedilatildeo nordm 3582009 do Conselho Federal de Enfermagem

(COFEN) o Art 4ordm assim determina

Ao enfermeiro [] incumbe a lideranccedila na execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do Processo de Enfermagem de modo a alcanccedilar os resultados de enfermagem esperados cabendo-lhe privativamente o diagnoacutestico de enfermagem acerca das respostas da pessoa famiacutelia ou coletividade humana em um dado momento do processo sauacutede e doenccedila bem como a prescriccedilatildeo das accedilotildees ou intervenccedilotildees de enfermagem a serem realizadas face a essas respostas (BRASIL 2009 p 03)

Ou seja o profissional de enfermagem tem ampla prerrogativa para desenvolver a

Prescriccedilatildeo de Enfermagem baseado nos protocolos e nos estudos que desenvolveu

na Universidade Dentre os vaacuterios diagnoacutesticos possiacuteveis para o sujeito idoso em

diversas situaccedilotildees iremos nos concentrar em somente aqueles que aqui foram

discutidos Faz-se necessaacuterio observar que a Prescriccedilatildeo de Enfermagem eacute uma

ferramenta de uso dinacircmico Entende-se de uso dinacircmico a ideia de que o profissional

de enfermagem natildeo pode descuidar do seu paciente tendo a necessidade de sempre

observaacute-lo e atualizar o que surgir de novo para que possa estar sempre atualizando

o estado de sauacutede do cliente (FAEDA PERROCA 2017)

Abaixo no Quadro 10 tem-se a Prescriccedilatildeo de Enfermagem para as doenccedilas que

foram discutidas neste trabalho Vale ressaltar que existem diversas doenccedilas que

acometem o sujeito idoso mas vamos nos ater apenas nas principais que foram

tratadas uma vez que satildeo o objeto limitador de estudo deste trabalho (MOROZ

KLUTHCOVSKY SCHAFRANSKI 2016)

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (continua)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

Mudanccedila no estilo de vida dos pacientes idosos Eliminaccedilatildeo do uso do sal Controle do peso Controle da ansiedade Praacutetica diaacuteria de atividades fiacutesicas Uso adequado dos medicamentos Abstinecircncia ao fumo e ao aacutelcool

Mal de Parkinson

Programa de exerciacutecios diaacuterios para aumentar a forccedila muscular o que iraacute melhorar a coordenaccedilatildeo e a destreza reduzindo a rigidez muscular Encorajar ensinar e incentivar o cliente durante os exerciacutecios da vida diaacuteria para promover o autocuidado Encorajar o paciente a seguir um padratildeo de horaacuterio regular aumentando a consciecircncia para a ingestatildeo de liacutequidos e a ingestatildeo de alimentos com um conteuacutedo de fibra moderado Monitorar o peso semanalmente indicando se a absorccedilatildeo caloacuterica eacute adequada Desenvolver meacutetodo de comunicaccedilatildeo para satisfazer as necessidades do paciente encorajar o paciente a participar de programas sociais para evitar a depressatildeo

62

Quadro 10 ndash Prescriccedilatildeo de Enfermagem (PE) (conclusatildeo)

DOENCcedilA PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

Alzheimer Orientar a higiene corporal e higiene oral Medidas de prevenccedilatildeo de lesatildeo por pressatildeo Mudanccedila de decuacutebito Administraccedilatildeo de medicaccedilatildeo ansioliacutetica conforme prescriccedilatildeo meacutedica Proporcionar alimentaccedilatildeo saudaacutevel (frutas e legumes) em poucas quantidades vaacuterias vezes ao dia Ajudar no autocuidado Incentivar o autocuidado a comunicaccedilatildeo verbal a cogniccedilatildeo e a memoacuteria atraveacutes de jogos leituras e atividades luacutedicas Auxiliar a famiacutelia no entendimento e no enfrentamento da patologia

Diabetes Mellitus

Fornecer informaccedilotildees ao paciente Desenvolver um plano de ensino para o paciente Avaliar as estrateacutegias de enfrentamento para o paciente e tranquiliza-lo Determinar os meacutetodos de ensino para o paciente Avaliar as habilidades e comportamentos de autocuidado dos pacientes Monitorar pacientes experientes ateacute que eles natildeo cometam erros no autocuidado Instruir pacientes e familiares a reconhecer os sintomas de hipoglicemia e hiperglicemia

Infecccedilotildees do trato urinaacuterio

Orientar ao paciente da necessidade do uso adequado do medicamento dos horaacuterios da quantidade e das vias de administraccedilatildeo Orientar os idosos e familiares quanto aos resultados da medicaccedilatildeo Manter o registro da frequecircncia da incontinecircncia urinaacuteria registrar mudanccedilas da pressatildeo arterial do estado mental e das habilidades funcionais Realizar as medidas terapecircuticas Realiza treinamento da bexiga

Osteoporose

Deixar o paciente e o membro afetado em repouso Imobilizar o local da fratura para evitar movimentos Repousar o paciente em uma cama ortopeacutedica Deixar o local da fratura em posiccedilatildeo elevada Aplicar as medicaccedilotildees que foram receitadas Documentar todos os relatos de dores deixando claro onde ocorre e as caracteriacutesticas Incentivar o paciente a discutir os problemas relacionados agrave lesatildeo Medicar antes das atividades de cuidado Revisar a patologia fazendo prognoacutesticos e expectativas futuras Discutir o regime medicamentoso individual de forma apropriada Encorajar exerciacutecios brandos Monitorar a ingestatildeo de alimentos Auxiliar lentamente a pessoa a sentar Aumentar a motilidade dos membros Reduzir ou eliminar os fatores que aumentam a experiecircncia dolorosa

Fonte Florecircncio e outros (2012) Mattos e outros (2011 p 443) Menezes e outros (2013 p04) Tosin e outros (2016) Santos e outros (2017) (Adaptado pela autora)

Agir de acordo com as prescriccedilotildees de enfermagem que aqui foram desenvolvidas

proporciona ao sujeito idoso uma melhoria em sua qualidade de vida e dessa forma

consegue viver a terceira idade com plena satisfaccedilatildeo e alegria sem perder de vista a

extrema necessidade de cuidados constantes que a condiccedilatildeo de sujeito idoso lhe

obriga (LIRA et al 2013)

Conclui-se do que foi apresentado no quadro 10 que o profissional de enfermagem

deteacutem uma importante funccedilatildeo em sua aacuterea de atuaccedilatildeo e que precisa estar sempre

estudando se atualizando das novidades meacutedicas para poder oferecer um bom

cuidado ao seu cliente idoso seja no ambiente hospitalar seja no ambiente de abrigo

de idosos ou no proacuteprio lar do idoso (FAEDA PERROCA 2017)

Diante de todo o estudo realizado acerca do sujeito idoso e da relaccedilatildeo do profissional

de enfermagem com o seu paciente idoso conseguimos ter alguns resultados

63

satisfatoacuterios que a seguir seratildeo apresentados sem a necessidade de estarem em

ordem de prioridade ou seja todos satildeo importantes

64

65

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Envelhecer eacute um verbo que a todos afeta independentemente de sexo raccedila cor etc

Haacute no entanto duas formas de se envelhecer com sauacutede e sem sauacutede Mesmo

diante dessas duas formas de envelhecimento envelhecer com qualidade eacute precioso

para o indiviacuteduo pois dessa forma consegue se aceitar como velho consegue

suportar as doenccedilas que satildeo proacuteprias da terceira idade Consegue ver vantagem em

ser velho

Para se envelhecer com qualidade necessaacuterio eacute que o sujeito tenha uma alimentaccedilatildeo

saudaacutevel que se abstenha de viacutecios que satildeo danosos ao organismo que consiga ter

equiliacutebrio em sua vida pessoal psicoloacutegica iacutentima e em tantos outros campos ou seja

que tenha harmonia em tudo O apoio familiar torna-se primoroso nessa etapa da vida

Ter ao lado quando se estaacute fragilizado devido a velhice pessoas que ama que confia

e por quem eacute amado eacute uma forma de envelhecer com bastante qualidade

O profissional de enfermagem tem um papel fundamental junto a pessoas idosas pois

em muitos casos torna-se seu cuidador principal quando a famiacutelia natildeo pode cuidar

de seu idoso por motivos diversos ou quando o idoso se encontra sozinho sem

famiacutelia e sem amigos Por isso importante ter preparo com pessoas idosas entender

bem o processo de envelhecimento estar sempre atualizado diante das doenccedilas que

atingem os sujeitos idosos

Eacute um trabalho que demanda muito amor por parte do profissional e que por isso natildeo

basta apenas o entender racional de todos os procedimentos precisa ter sentimentos

proacutesperos de ajuda ao proacuteximo e seguir os princiacutepios norteadores de Wanda de

Aguiar Horta para quem a enfermagem foi o maior bem de sua vida pois cuidava de

seus pacientes como se fossem seus filhos

Considerando a taxa de envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira vale destacar

tambeacutem a abertura de mercado gerontoloacutegico para o profissional de enfermagem

Percebemos que com a taxa de envelhecimento da sociedade brasileira acelerada

a demanda por profissionais de enfermagem iraacute aumentar consideravelmente tendo

em vista a necessidade desse profissional para a praacutetica do cuidado com o sujeito

idoso

66

Discussotildees mais aprofundadas em torno do sujeito idoso precisam ser realizadas nas

academias com o intuito de formar profissionais competentes e com entendimento

desse setor pois conforme foi falado eacute um capo em franco crescimento devido ao

envelhecimento da populaccedilatildeo brasileira Quanto mais capacitado for o profissional

melhor colocaccedilatildeo obteraacute no mercado de trabalho e melhores cuidados conseguiraacute

dispor em favor do paciente idoso

67

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ACIOLE Giovanni Gurgel BATISTA Lucia Helena Promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de incapacidades funcionais dos idosos na estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia a contribuiccedilatildeo da fisioterapia Sauacutede debate Rio de Janeiro v 37 n 96 p 10-19 mar 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-11042013000100003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASIL PARKINSON O que eacute Parkinson Disponiacutevel em lt

httpwwwparkinsonorgbrgt Acesso em 04 de junho de 2018 ASSOCIACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ALZHEIMER O que eacute o Alzheimer Disponiacutevel em lt httpwwwabrazorgbrindexphppage=alzheimergt Acesso em 04 de junho de 2018 BAPTISTA Rafael Reimann VAZ Marco Aureacutelio Arquitetura muscular e o envelhecimento adaptaccedilatildeo funcional e aspectos cliacutenicos revisatildeo de literatura Fisioterapia e Pesquisa Satildeo Paulo v16 n4 p368-73 outdez 2009 Disponiacutevel em lt httpwwwscielobrpdffpv16n415pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 BRASIL Agecircncia Nacional de Vigilacircncia Sanitaacuteria Osteoporose Boletim Sauacutede e Economia Ano I ndash Ediccedilatildeo nordm 1 agosto de 2009 Brasiacutelia Disponiacutevel em lt

httpportalanvisagovbrdocuments33884412285Boletim+SaC3BAde+e+Economia+nC2BA+17d49dea4-6610-4a71-9154-c4df75c3dd53gt Acesso em 25 de maio de 2018 BRASIL Cacircmara dos Deputados Estatuto do Idoso Ministeacuterio da Sauacutede - 3 ed 2 reimpr - Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2013 70 p ______ Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos Guia de Vigilacircncia em Sauacutede volume uacutenico [recurso eletrocircnico] Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de Vigilacircncia em Sauacutede Coordenaccedilatildeo-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviccedilos 2ordf Ed Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede 2017 705 p Disponiacutevel em lthttpportalarquivos2saudegovbrimagesPDF2017outubro16Volume-Unico-2017pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 ______ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica A Siacutentese dos Indicadores Sociais Uma Anaacutelise das Condiccedilotildees de Vida da Populaccedilatildeo Brasileira - 2016 Disponiacutevel em lthttpswwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimossinteseindicsociais2016defaultshtmgt Acesso em 06 de abril de 2018 ______ Conselho Federal de Enfermagem Resoluccedilatildeo nordm 358 do Conselho Federal de Enfermagem 15 de outubro de 2009 (BR) 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwcofengovbrresoluo-cofen-3582009_4384htmlgt Acesso em 27 de abril de 2018

68

BUSNELLO Roberta et al Niacutevel de conhecimento de idosos sobre diabetes mellitus e sua percepccedilatildeo em relaccedilatildeo agrave qualidade de vida Rev Kairoacutes Gerontologia 201215(3)81-94 Disponiacutevel em lthttpsrevistaspucspbrindexphpkairosarticleviewFile784011432gt Acesso em 23 de abril de 2018 CAMARGOS Mirela Castro Santos BOMFIM Wanderson Costa Osteoporose e Expectativa de Vida Saudaacutevel estimativas para o Brasil em 2008 Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 25 n 1 p 106-112 mar 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2017000100106amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de maio de 2018 CLARES Jorge Wilker Bezerra FREITAS Maria Ceacutelia de PAULINO Monnyck Hellen Couto Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem ao idoso institucionalizado fundamentada em Virginia Henderson Rev Rene (Online) 14(3) 649-658 maio ndash junho de 2013 Disponiacutevel em lt httppesquisabvsaludorgenfermagemresourceptbde-24492gt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 CORDEIRO Juliana et al Efeitos da atividade fiacutesica na memoacuteria declarativa capacidade funcional e qualidade de vida em idosos Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 3 p 541-552 Sept 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000300541amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 Diagnoacutesticos de enfermagem da NANDA [recurso eletrocircnico] definiccedilotildees e classificaccedilatildeo 2012-2014 [NANDA International] traduccedilatildeo Regina Machado Garcez revisatildeo teacutecnica Alba Lucia Bottura Leite de Barros [et al] ndash Dados eletrocircnicos ndash Porto Alegre Artmed 2013 Centro Avanccedilado de Medicina Preventiva ENVELHECIMENTO - Sob o ponto de vista esteacutetico e meacutedico 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwcamepcombrenvelhecimentogt Acesso em 23 maio 2018 ENFERMEIRO aprendiz As Orientaccedilotildees de Enfermagem em Osteoporose 2018 Disponiacutevel em lthttpwwwenfermeiroaprendizcombras-orientacoes-de-enfermagem-em-osteoporosegt Acesso em 25 maio 2018 ESQUENAZI Danuza SILVA R Boiccedila da GUIMARAtildeES Marco Antocircnio (2014) Aspectos fisiopatoloacutegicos do envelhecimento humano e quedas em idosos Rev Hosp Univ Pedro Ernesto 13(2)11-20 Disponiacutevel em lthttpdxdoiorg1012957rhupe201410124gt Acesso em 04 de junho de 2018 FAEDA Mariacutelia Silveira PERROCA Maacutercia Galan Conformidade na prescriccedilatildeo de enfermagem agraves necessidades de cuidados concepccedilatildeo de enfermeiros Rev Bras Enferm Brasiacutelia v 70 n 2 p 400-406 Apr 2017 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672017000200400amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 May 2018

69

FILHO Mario Alves de Siqueira Envelhecimento e muacutesculo esqueleacutetico forccedila muscular atividade proteassomal e sinalizaccedilatildeo relacionada ao balanccedilo proteacuteico 2012 68 p Tese apresentada ao programa de poacutes-graduaccedilatildeo em fisiologia humana (Doutor em ciecircncias) - Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis4242137tde-12062013-102648enphpgt Acesso em 10 abr 2018 FONSECA Emiacutelio Prado da et al Mortalidade por cacircncer bucal e orofaringe no Brasil entre 2002 e 2011 Revista da Faculdade de Ciecircncias Gerenciais de Manhuaccedilu Manhuaccedilu MG v 11 n 2 p 08-17 Agosto-Dezembro 2014 Disponiacutevel em lthttppensaracademicofacigedubrindexphppensaracademicoarticleview216gt Acesso em 04 de junho de 2018 FLOREcircNCIO Raquel Sampaio et al Adesatildeo ao idoso ao tratamento para hipertensatildeo arterial e intervenccedilotildees de enfermagem Rev Rene 2012 13(2) 343-53 Disponiacutevel em lthttpwwwperiodicosufcbrrenearticleviewFile39243114gt Acesso em 22 de abril de 2018 GARCIA Telma Ribeiro Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem aspecto substantivo da praacutetica profissional Esc Anna Nery Rio de Janeiro 2016 20(1) 5-10 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfeanv20n11414-8145-ean-20-01-0005pdfgt Acesso em 27 de abril de 2018 GUERRA Ana Carolina Lima Cavaletti CALDAS Ceacutelia Pereira Dificuldades e recompensas no processo de envelhecimento a percepccedilatildeo do sujeito idoso Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2931-2940 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600031amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 GONCALVES Lucia Hisako Takase ALVAREZ Angela Maria ARRUDA Micheli Coral Pacientes portadores da doenccedila de Parkinson significado de suas vivecircncias Acta paul enferm Satildeo Paulo v 20 n 1 p 62-68 Marccedilo 2007 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0103-21002007000100011amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 GONCALVES Endy-Ara Gouvea CARMO Joatildeo dos Santos Diagnoacutestico da doenccedila de Alzheimer na populaccedilatildeo brasileira um levantamento bibliograacutefico Rev Psicol Sauacutede Campo Grande v 4 n 2 p 170-176 dez 2012 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S2177-093X2012000200010amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 JARDIM Luciana Muniz Sanches Siqueira Veiga et al Tratamento Multiprofissional da Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica em Pacientes Muito Idosos Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 108 n 1 p 53-59 Jan 2017 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0066-782X2017000100053amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 JUSTO Joseacute Sterza ROZENDO Adriano da Silva A velhice no Estatuto do Idoso Estud pesqui psicol Rio de Janeiro v 10 n 2 p 471-489 ago 2010

70

Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1808-42812010000200012amplng=ptampnrm=isogt acessos em 22 abr 2018 KOKUDAI Laiacutes Aparecida ALVARENGA Maacutercia Regina Martins Classificaccedilatildeo das necessidades de sauacutede de idosos de acordo com a taxonomia NANDA 2010 Rev Anais do Eniac 6 p Disponiacutevel em lthttpsanaisonlineuemsbrindexphpenicarticleview13241337gt Acesso em 30 de abril de 2018 KUWAE Christiane Ayumi et al Concepccedilotildees de alimentaccedilatildeo saudaacutevel entre idosos na Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ normas nutricionais normas do corpo e normas do cotidiano Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 18 n 3 p 621-630 Sept 2015 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232015000300621amplng=enampnrm=isogt Acesso em 20 de maio de 2018 LEAO E SILVA Leonardo Oliveira et al Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica Representaccedilotildees Sociais de idosos sobre a doenccedila e seu tratamento Cad sauacutede colet Rio de Janeiro v 21 n 2 p 121-128 June 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-462X2013000200004amplng=enampnrm=isogt Acesso em 30 de maio de 2018 LIMA Deborah Mendonccedila et al A hipovitaminose B12 eacute fator de risco para desenvolvimento de osteoporose Anais do Congresso Brasileiro Geriatria e Gerontologia Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - 1 ed - Satildeo Paulo AC Farmacecircutica 2014 Disponiacutevel em lthttpssbggorgbrwp-contentuploads2014101479477498_Anais_CBGG_-_Verso_finalpdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 LIRA Luana Nogueira et al Histoacuterico de enfermagem para idosos hospitalizados base para diagnoacutesticos e prescriccedilotildees Rev enferm UFPE on line Recife 7(8) 5198-206 ago 2013 Disponiacutevel em lthttpsperiodicosufpebrrevistasrevistaenfermagemarticleviewFile1179314165gt Acesso em 22 de maio de 2018 MANCINI Marisa Cotta SAMPAIO Rosana Ferreira Quando o objeto de estudo eacute a literatura estudos de revisatildeo Rev bras fisioter Satildeo Carlos v 10 n 4 Dec 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-35552006000400001amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 de marccedilo de 2018 MARQUES Luiz Paulo Joseacute MOREIRA Rosa Maria Portella SANTOS Omar da Rosa Infecccedilatildeo do Trato Urinaacuterio nos idosos Satildeo Paulo Editora Sarvier 2010 p 150 ndash 154 Disponiacutevel em lthttpswwwresearchgatenetpublication283487098_INFECCAO_DO_TRATO_URINARIO_NOS_IDOSOSgt Acesso em 30 de abril de 2018 MATTOS Carine Magalhatildees Zanchi de et al Processo de enfermagem aplicado a idosos com alzheimer que participam do projeto estrateacutegias de reabilitaccedilatildeo Estud Interdiscipl Envelhec Porto Alegre v16 ediccedilatildeo especial p 433-447 2011 Disponiacutevel em

71

lthttpseerufrgsbrindexphpRevEnvelhecerarticleview1792116307gt Acesso em 22 de maio de 2018 MACIEL Marcos Gonccedilalves Atividade fiacutesica e funcionalidade do idoso Motriz rev educ fis (Online) Rio Claro v 16 n 4 p 1024-1032 Dec 2010 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1980-65742010000400023amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de junho de 2018 MENEZES Luiza Tereza Gadelha de et al ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA In Congresso Nacional de Envelhecimento Humano 2016 Natal - RN ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM AO IDOSO COM DIABETES MELLITUS UMA REVISAtildeO DE LITERATURA [Sl sn] 2016 p 1-6 Disponiacutevel em lthttpwwweditorarealizecombrrevistascnehtrabalhosTRABALHO_EV054_MD4_SA4_ID558_17082016145144pdfgt Acesso em 22 maio 2018 MORAIS Olga Nazareacute Pantoja de Grupos de idosos atuaccedilatildeo da psicogerontologia no enfoque preventivo Psicol cienc prof Brasiacutelia v 29 n 4 p 846-855 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1414-98932009000400014amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 06 abr 2018 MOTA Leandro Silva SOUSA Elton Geraldo de AZEVEDO Francisco Honeidy Carvalho Intercorrecircncias da osteoporose na qualidade de vida dos idosos Revista Interdisciplinar NOVAFAPI Teresina v5 n2 p44-49 Abr-Mai-Jun 2012 Disponiacutevel em lthttpsrevistainterdisciplinaruninovafapiedubrrevistainterdisciplinarv5n2revrev1v5n2pdfgt Acesso em 25 de maio de 2018 MOROZ Maisa Bastos KLUTHCOVSKY Ana Claudia Garabeli Cavalli SCHAFRANSKI Marcelo Derbli Controle de pressatildeo arterial em idosas hipertensas em uma Unidade de Sauacutede da Famiacutelia e fatores associados Cad Sauacutede Colet 2016 Rio de Janeiro 24 (1) 111-117 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcadscv24n11414-462X-cadsc-24-1-111pdfgt Acesso em 23 de abril de 2018 PEREIRA Erico Felden TEIXEIRA Clarissa Stefani ETCHEPARE Luciane Sanchotene O envelhecimento e o sistema muacutesculo esqueleacutetico Revista Digital n 101 2006 Disponiacutevel em lthttpwwwefdeportescomefd101envelhhtmgt Acesso em 04 de junho de 2018 PETERNELLA Fabiana Magalhatildees Navarro MARCON Sonia Silva Descobrindo a Doenccedila de Parkinson impacto para o parkinsoniano e seu familiar Rev bras enferm Brasiacutelia v 62 n 1 p 25-31 Feb 2009 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672009000100004amplng=enampnrm=isogt access on 23 Apr 2018 REIS Luciana Arauacutejo dos TRAD Leny Alves Bonfim Suporte familiar ao idoso com comprometimento da funcionalidade a perspectiva da famiacutelia Psicol teor prat Satildeo Paulo v 17 n 3 p 28-41 dez 2015 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1516-

72

36872015000300003amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 RIBEIRO Aline Lima VEIGA Caroline Lagrotta da Associaccedilatildeo entre a capacidade cognitiva e a ocorrecircncia de quedas em idosos de juiz de fora Minas Gerais Trabalho de Conclusatildeo de Curso Universidade Federal de Juiz de Fora 2013 Disponiacutevel emlt httpwwwufjfbrfacfisiofiles201307TCC-Aline-Carolinepdfgt Acesso em 10 de abril de 2008 RORIZ-FILHO Jarbas et al Infecccedilatildeo do trato urinaacuterio Medicina (Ribeiratildeo Preto) 201043(2) 118-25 Disponiacutevel emlthttpwwwrevistasuspbrrmrparticleview166167gt Acesso em 04 de junho de 2018 RUIVO Susana et al Efeito do envelhecimento cronoloacutegico na funccedilatildeo pulmonar Comparaccedilatildeo da funccedilatildeo respiratoacuteria entre adultos e idosos saudaacuteveis Rev Port Pneumol Lisboa v 15 n 4 p 629-653 ago 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwscielomecptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0873-21592009000400005amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 07 abril de 2018 SANTOS Beatriz Aparecida dos et al Sistematizaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem (SAE) no atendimento domiciliar ao paciente portador de osteoporose Revista Sauacutede em Foco ndashEdiccedilatildeo nordm 9 ndash Ano 2017 Disponiacutevel em lthttpunifiaedubrrevista_eletronicarevistassaude_focoartigosano2017072_sistematizacao_ass_enfermagem_saepdf gt Acesso em 25 de maio de 2018 SANCHES Ana Paula R Amadio LEBRAO Maria Luacutecia DUARTE Yeda Aparecida de Oliveira Violecircncia contra idosos uma questatildeo nova Saude soc Satildeo Paulo v 17 n 3 p 90-100 Sept 2008 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-12902008000300010amplng=enampnrm=isogt access on 22 Apr 2018 SENA Edite Lago da Silva et al Tecnologia cuidativa de ajuda muacutetua grupal para pessoas com Parkinson e suas famiacutelias Texto contexto - enferm Florianoacutepolis v 19 n 1 p 93-103 mar 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-07072010000100011amplng=ptampnrm=isogt acessos em 23 abr 2018 SERENIKI Adriana VITAL Maria Aparecida Barbato Frazatildeo A doenccedila de Alzheimer aspectos fisiopatoloacutegicos e farmacoloacutegicos Rev psiquiatr Rio Gd Sul Porto Alegre v 30 n 1 supl 2008 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0101-81082008000200002amplng=enampnrm=isogt Acesso em 23 de abril de 2018 SILVA Bruna Rodrigues da FINOCCHIO Ana Luacutecia A velhice como marca da atualidade uma visatildeo psicanaliacutetica Viacutenculo Satildeo Paulo v 8 n 2 p 23-30 dez 2011 Disponiacutevel em lthttppepsicbvsaludorgscielophpscript=sci_arttextamppid=S1806-24902011000200004amplng=ptampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018

73

SILVA Elisama Gomes Correia et al O conhecimento do enfermeiro sobre a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem da teoria agrave praacutetica Rev esc enferm USP Satildeo Paulo v 45 n 6 p 1380-1386 Dec 2011 Available from lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0080-62342011000600015amplng=enampnrm=isogt access on 22 May 2018 SOUZA Rosangela Ferreira de SKUBS Thais BRETAS Ana Cristina Passarella Envelhecimento e famiacutelia uma nova perspectiva para o cuidado de enfermagem Rev bras enferm Brasiacutelia v 60 n 3 p 263-267 June 2007 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-71672007000300003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 01 de maio de 2018 SOUZA Emannuely Silva de ALVES Thalita Isapaula Feacutelix PASSOS Ana Beatriz Barbosa Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem a um Idoso com Parkinson em uma Instituiccedilatildeo de Apoio do Municiacutepio de Ipatinga Revista Enfermagem Integrada ndash Ipatinga Unileste-MG - V3 - N2 - NovDez 2010 Disponiacutevel em lt httpswwwunilestemgbrenfermagemintegradaartigoV3_209-sistematizacao-da-assistencia-de-enfermagem-a-um-idoso-com-parkinsonpdf gt Acesso em 02 de maio de 2018 TAGLIARINI Mariana Hidroginaacutestica na terceira Idade Monografia apresentada ao Centro Universitaacuterio Catoacutelico Salesiano Auxilium ndashUNISALESIANO Lins-SP para graduaccedilatildeo em Educaccedilatildeo Fiacutesica 2008 Lins 2008 62p il 31cm Disponiacutevel em lthttpwwwunisalesianoedubrbibliotecamonografias46264pdfgt Acesso em 10 de abril de 2018 TAYLOR Carol et al Fundamentos de enfermagem a arte e a ciecircncia do cuidado de enfermagem 7 ed Porto Alegre Artmed 2014 1768 p TEIXEIRA Ilka Niceacuteia DAquino Oliveira GUARIENTO Maria Elena Biologia do envelhecimento teorias mecanismos e perspectivas Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v 15 n 6 p 2845-2857 Sept 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-81232010000600022amplng=enampnrm=isogt Acessado em 06 de abril de 2018 TOSIN Michelle Hyczy de Siqueira et al Intervenccedilotildees de Enfermagem para a reabilitaccedilatildeo na doenccedila de Parkinson mapeamento cruzado de termos Rev Latino-Am Enfermagem Ribeiratildeo Preto v 24 e2728 2016 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-11692016000100360amplng=enampnrm=isogt Acesso em 22 de maio de 2018 VARGAS Liane da Silva de LARA Marcus Viniacutecius Soares de MELLO-CARPES Pacircmela Billig Influecircncia da diabetes e a praacutetica de exerciacutecio fiacutesico e atividades cognitivas e recreativas sobre a funccedilatildeo cognitiva e emotividade em grupos de terceira idade Rev bras geriatr gerontol Rio de Janeiro v 17 n 4 p 867-878 dez 2014 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1809-98232014000400867amplng=ptampnrm=isogt Acessos em 23 abr 2018

74

VERAS Renato Peixoto Prevenccedilatildeo de doenccedilas em idosos os equiacutevocos dos atuais modelos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28 n 10 p 1834-1840 Oct 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-311X2012001000003amplng=enampnrm=isogt Acesso em 25 mar 2018 VETTORE Marcelo Vianna et al Avaliaccedilatildeo do manejo da infecccedilatildeo urinaacuteria no preacute-natal em gestantes do Sistema Uacutenico de Sauacutede no municiacutepio do Rio de Janeiro Rev bras epidemiol Satildeo Paulo v 16 n 2 p 338-351 jun 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1415-790X2013000200338amplng=ptampnrm=isogt acessos em 30 abr 2018

Page 18: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 19: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 20: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 21: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 22: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 23: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 24: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 25: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 26: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 27: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 28: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 29: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 30: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 31: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 32: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 33: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 34: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 35: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 36: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 37: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 38: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 39: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 40: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 41: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 42: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 43: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 44: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 45: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 46: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 47: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 48: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 49: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 50: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 51: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 52: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 53: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 54: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 55: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 56: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 57: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 58: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 59: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 60: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 61: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 62: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 63: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca
Page 64: ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO SUJEITO IDOSO: UMA … · 2018. 8. 17. · SAE – Sistema de Assistência de Enfermagem SCIELO – Scientific Electronic Library Online BVS - Biblioteca