assessoria técnica itinerante - sigas.pe.gov.br · violeta parra = suicídio laudelina de campos...
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Tema: Metodologias de Trabalho com Famílias
Metodologias de Trabalho com Famílias
Expositoras: Brígida Taffarel e Raquel Uchôa
PROPOSTA PARA A ATIVIDADE :
PRIMEIRO MOMENTO: Histórico conceitual
- Família do SUAS compreendida em um determinado tempo histórico e
campo conceitual.
SEGUNDO MOMENTO: Teórico Metodológico
- Aspectos metodológicos do trabalho social com família inscritos na
PNAS que sustenta o processo de intervenção compreendido a partir
da realidade na qual se estabelece
A TODO MOMENTO: Provocações / Questionamentos / Diálogos
PONTO DE PARTIDA:
-Compreensão da especificidade da nossa Política.-Clareza sobre qual sua especificidade
QUAL A HIPÓTESE A DISCUTIR:- As dificuldades em desenvolver trabalho social com famílias não são,
fundamentalmente, de base metodológica;- Problema identificado: Não conhecemos em profundidade a Política de
Assistência Social e sua organização ideo-política (SUAS), o que nos coloca as seguintes fragilidades:
a) TEÓRICO-METODOLÓGICO: Leitura (LOAS, PNAS, Tipificação, Resoluções, Orientações Técnicas, Manuais, publicações);
a) ÉTICO-POLÍTICO: Dimensões específicas dos diferentes saberes que subsidiam o trabalho social (psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, sociólogos, educadores sociais, advogados...) = NOB-RH SUAS.
PLACA COLOCADA NA ENTRADA DE UMA UNIVERSIDADE NA ÁFRICA DO SUL
“ A destruição de uma nação não requer o uso de bombas atômicas ou o uso de mísseis de longo alcance. É necessário somente baixar o nível da educação e permitir que os alunos colem nas provas...
Pacientes perdem suas vidas nas mãos de médicos assim formados.Edifícios colapsam quando construídos por tais engenheiros e arquitetos.Dinheiro se perde nas mãos de tais economistas e contadores.A humanidade morre nas mãos desses religiosos.A justiça se perde nas mãos desses juízes.
O COLAPSO DA EDUCAÇÃO É O COLAPSO DE UMA NAÇÃO!”
Afinal: Que política é essa e a quem se destina?
1. Política Pública de proteção social que se estabelece numa dada realidade social
Aldaíza Sposati: Ampliação de um padrão básico decivilidade que afiança
respostas dignas a determinadas necessidades
sociais
Compreender essa afirmação é compreender a política de assistência social...é compreender o sentido, a essência
do trabalho com famílias e indivíduos
FILME: A GUERRA DO FOGO
- HÁ 80.000 ANOS ATRÁS A SOBREVIVÊNCIA DO HOMEMNUMA TERRA VASTA E DESCONHECIDA DEPENDIA DA POSSE DO FOGO.
- PARA AQUELES HUMANOS PRIMITIVOS O FOGO ERA UM OBJETO DE GRANDE MISTÉRIO, UMA VEZ QUE NINGUÉM DOMINAVA A SUA CRIAÇÃO.
- O FOGO TINHA QUE SER ROUBADO DA NATUREZA, TINHA QUE SER MANTIDO VIVO, PROTEGIDO DO VENTO E DA CHUVA, GUARDADO DA COBIÇA DAS TRIBOS RIVAIS.
- O FOGO ERA UM SÍMBOLO DE PODER E SIGNIFICAVA SOBREVIVÊNCIA. A TRIBO QUE POSSUISSE O FOGO, POSSUIA A VIDA!!!!!
Padrão básico de civilidade
O HOMEM PRECISAVA ATENDER A NECESSIDADES BÁSICAS PARA
SOBREVIVER: ALIMENTAÇÃO E PROTEÇÃO
“A Guerra do Fogo”
Padrão básico de civilidade
MEIO PARA ATENDER SUAS NECESSIDADES E MANTER-SE VIVO:
DOMÍNIO DA NATUREZA
Através do uso de instrumentos transforma a natureza e se transforma - TRABALHO.
- Garfo
-Caneta- computador
DOMÍNIO DA NATUREZA E SUA TRANSFORMAÇÃO ATRAVÉS DO TRABALHOFOI DETERMINANDO PADRÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E DE
CIVILIZAÇÃO = NOVAS NECESSIDADES
- MAS SERÁ QUE ESSE PADRÃO DE CIVILIZAÇÃO É ALCANÇADAS POR TODOS OS SERES “HUMANOS” DE FORMA IGUAL?
- O QUE DETERMINA QUE ALGUNS TENHAM MUITO ACESSO E OUTROS POUCOS OU NENHUM?
Pega a visão, pega a visão!Pega a visão, pega a visão!
Aquele pique, ó!É o Selminho que tá mandandoAnda, chama!É o Diguinho que tá mandandoAnda, chama!
Pode vir sem dinheiroMas traz uma piranhaPode vir sem dinheiroMas traz uma piranha, aí!
Brota e convoca as putaBrota e convoca as putaMais tarde tem fervoHoje vai rolar suruba
Só uma surubinha de leveSurubinha de leveCom essas filha da puta.Taca a bebidaDepois taca a picaE abandona na rua
Padrão mínimo de civilidade8 de março – Dia internacional da Mulher
130 operárias = morreram carbonizadas;
Mulheres de Tejucupapo = assassinaram soldados holandeses;
Rosa Luxemburgo = Brutalmente assassinada / “Socialismo ou barbárie”
Violeta Parra = suicídio
Laudelina de Campos Melo – 1º sindicato de trabalhadoras domésticas do
Brasil (1936) = levou 80 anos para atenderem revindicações
Anita Garibaldi = Guerra dos Farrapos
Bárbara Alencar (Exu / 1817) = centro da organização da rebelião da
família
Todas aqui presente que fazem da sua profissão um ofício de luta contra
as injustiças
HOMENAGEM AS MULHERES
Aldaíza Sposati: Ampliação de um padrão básico de
civilidade que afiança respostas dignas a
determinadas necessidades sociais
“Quero reestruturar a minha vida por
meio do estudo e do trabalho, formar um novo ciclo, com novas amizades e refazer os laços familiares"...
MINHA CASA, MINHA VIDA
Roseana Jovêncio viveu por sete anos em condições muito precárias família ... um cômodo sem janelas e um banheiro.
PROTEÇÃO SOCIAL VISA RESTAURAR, AMPLIAR OU
MESMO GARANTIR UM PADRÃO BÁSICO / MÍNIMO DE
CIVILIDADE ONDE AS PESSOAS CONSIGAM SATISFAZER
NECESSIDADES QUE HOJE DETERMINAM SUA
EXISTÊNCIA E SUA EMANCIPAÇÃO COMO SER
HUMANO
A grande maioria das famílias está em situação de VULNERABILIDADE e RISCO pois não consegue atender suas necessidades básicas civilizatórias – existência material
e subjetiva!
Por isso Aldaíza afirma que a Assistência Social é uma “Política pública de forte calibre humano”
-Se viabilizaria uma redistribuição de dotações primárias e não básicas – que permita aos menos favorecidos formular expectativas e persegui-las, realizando seus objetivos e escolhas livremente e ao abrigo da estigmatização.
ou
- Apenas mantê-los sobrevivendo em um mundo onde multiplicam-se riscos e incertezas (Reforma da previdência, congelamento recursos da assistência), e onde a economia do conhecimento, a tecnologia e a concorrência, sob a égide do mercados e da lógica financeira, aceleram processos de obsolescência, levando recorrentemente a uma redefinição das necessidades básicas?
A pergunta que se coloca para a PAS:
-A depender de nossa resposta faremos escolhas implicadas em mudanças ou manutenções;
- A depender de nossa resposta operamos junto às famílias através:
a) Seguranças Socioassistenciais – GARANTIA DE DIREITOS
b) Boa vontade, caridade, merecimento –ASSISTENCIALISMO.
- “Portanto, toda orientação ideológica tem implicação METODOLÓGICA”
Quais necessidades básicas
vamos atender?
O QUE A PAS GARANTE?
Garantir aos indivíduos as condições básicas para sua humanização, porque, não nascemos homens, nos constituímos humanos (psicologia histórico cultural)
Dirce Koga = territórios de vivência = onde se desenvolvem as relações humanas (família, comunidade,educação, saúde, cultura, trabalho, organizações sociais).
Segundo Pereira-Pereira (2010), desde a crise econômica mundial dos fins dos anos de 1970, a família vem sendo redescoberta como um importante agente privado de proteção social. Além de foco de culpabilização !!
MAS ATENÇÃO
Em tempos de políticas de corte neoliberal, a redescoberta da família vêm como importantes substitutos privados do Estado na provisão de bens e de serviços sociais
básicos frente a uma retração crescente do Estado!!
“ E eu tenho que pegar a família pela mão? Oxe, Cadê a autonomia”.“ A família não faz porque é preguiçosa, é ruim. A mãe nem deixa o filho fazer a oficina de violão”.“Esse povo quer é dinheiro. Pergunta se quer curso?”“Não quer nada!!!”
“Tira o Bolsa família pra ver!”
“Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem segundo a sua livre vontade; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado. A tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos.” (18 de Brumário – Karl Marx)
Vulnerabilidade se expressa nas dimensões:
MATERIAL (objetiva/concreta) RELACIONAL (subjetiva / sociabilidade)
POBREZA E FALTA DE ACESSOS
expressa no território
= Comprometido: alimentação,
moradia, vestuário
FRAGILIDADE VÍNCULOS
expressa nas relações
Sposati: O que dá identidade, o que especifica a política de assistência social são as SEGURANÇAS que ela objetiva
afiançar!
= Isolamento, discriminação, racismo,
machismo, violência relacional
Afiançar proteção social, através das seguranças
socioassistenciais no contexto de um projeto
neoliberal radicalizado com um Coup d’état???
DESAFIO
Portanto:
O Trabalho social com famílias deve ter como finalidade: afiançar as seguranças socioassistenciais
São elas que orientam as ações que deverão estar contidas nas metodologias de trabalho com as famílias
A EVOLUÇÃO DA FAMÍLIA – Joel Birman*https://www.youtube.com/watch?v=74uaghhoxns
NA EVOLUÇÃO DA FAMÍLIA MUDAM:
Seus Problemas
Os Personagens que compõem esse ambiente família
1. Família pré moderna (XVI ao XVII)
2. Família Moderna (XVIII a 1960)
3. Família contemporânea (1960 até hoje)
CONCEPÇÃO DE FAMÍLIA
1. “O novo cenário tem remetido à discussão: o que éfamília, uma vez que as três dimensões clássicas desua definição (sexualidade, procriação e convivência)já não têm o mesmo grau de imbricamento que seacreditava outrora”.
2. PNAS: “Um conjunto de pessoas que se achamunidas por laços consanguíneos, afetivos e, ou, desolidariedade”.
CONCEPÇÃO DE FAMÍLIA E IMPLICAÇÕES NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (PNAS/2004):
FAMÍLIAS NA PNAS
TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS
Ponto de partida: matricialidade sociofamiliar
“...centralidade da família como núcleo social fundamental paraa efetividade de todas as ações e serviços da política deassistência social”
“...antídoto à fragmentação dos atendimentos, como sujeito à proteção de uma rede de serviços de suporte à família”.
“...Para realizar o trabalho social com as famílias é necessário focar todos os seus membros e TODAS suas demandas”
“uma estratégia efetiva contra a setorialização, segmentação e fragmentação dos atendimentos, levando em consideração a
família em sua totalidade (?)”*
*Fundamentos ético-políticos e rumos teórico-metodológicos para fortalecer o Trabalho Social com Famílias na Política Nacional de Assistência Social
- TOTALIDADE = É UMA CADEIA DE COMPLEXASDETERMINAÇÕES
- Temos que entender portanto:
O que é o INDIVÍDUO (UMA COMPLEXIDADE)
Quem são as FAMÍLIAS (OUTRA COMPLEXIDADEPARA ALÉM DA SOMA DOS INDIVIDUOS QUE ACOMPÕEM)
Onde Elas vivem (COM VÁRIAS COMPLEXIDADES)
Que pertence a uma CIDADE, um PAÍS...
QUE SE
ARTICULCAM
DE FORMA
SISTÊMICA
TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS
1. CONSTATAR O REAL CONCRETO – AVALIAR ASITUAÇÃO EM SUA TOTALIDADE;
2. COMPREENDER, EXPLICAR CIENTIFICAMENTE /TECNICAMENTE AS DETERMINAÇÕES, TOMAR UMAPOSIÇÃO PERANTE A SITUAÇÃO DIAGNÓSTICADA;
3. PROPOR - POSSIBILIDADESSUPERADORAS/EMANCIPATÓRIAS CONSIDERANDOA CONDIÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA DOSUJEITO.
Passos que constituemo Método de trabalhocom famílias
Saviani (2009, p. 20)
NÃO BASTA
“OLHAR/CONSTATAR” AS
SITUAÇÕES
PRECISAMOS ANALISAR,
APROFUNDAR,
ULTRAPASSAR O
PERCEPTÍVEL, IR ALÉM DA
APARÊNCIA PRA
ALACANÇAR SUA
ESSÊNCIA
Passos que constituemo Método de trabalhocom famílias
Assim, nos distancia das formas tradicionais do atendimento às famílias:
- Que tendem a focarem-se na responsabilidade individual das famílias em dar respostas as necessidades e dificuldades no exercício da proteção social;
- Aquelas que buscam solucionar problemas determinados de forma pontual, fragmentada e setorizada
QUAIS COMPROMISSOS DEVEMOS ASSUMIR PARA EFETIVAR A PROTEÇÃO SOCIAL ÀS FAMÍLIAS COM REFERÊNCIA NOS EIXOS
ESTRUTURANTES DO SUAS?
1º PASSO
ATUAR COM CENTRALIDADE NAS FAMÍLIAS
O trabalho com família é a prioridade das equipes do CRAS e
CREAS (alta e média complexidade)
O principal serviço da Proteção Social Básica: PAIF (Serviço de
proteção e Atendimento Integral as Famílias)
O principal serviço da Proteção Social Especial: PAEFI (Serviço
de proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos)
TODA FAMÍLIA PRECISA ESTAR REFERÊNCIADA
NO CRAS OU CREAS?
“o referenciamento visa...tornar factível
(possível/realizável) a articulação dos serviços para
operacionalização e organização do atendimento e/ou
acompanhamento...
Assim, é preciso que sejam estabelecidos fluxos de
encaminhamento e de repasse de informações sobre as
famílias entre o PAIF/PAEFI e demais Serviços”.
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
O SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS
RESOLUÇÃO Nº 33, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012
Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência
Social NOB/SUAS.
Art. 1º A política de assistência social tem por funções:
Proteção social - Vigilância socioassistencial - Defesa de
direitos
PROTEÇÃO SOCIAL
PROTEÇÃO SOCIAL
BÁSICA
Unidade de atendimento:
CRAS
PROTEÇÃO SOCIAL
ESPECIAL
Unidade de atendimento:
CREAS
-Serviços de Proteção Social
Especial de Média
Complexidade- Programa
Serviços de Proteção Social Especial de alta Complexidade
Serviços
Programas
Benefícios
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA
Objetivo: que visa PREVENIRsituações de vulnerabilidade e risco social o desenvolvimento/ fortalecimento das potencialidades, aquisições e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários atuando em caráter:
PROTETIVO
PREVENTIVO
PROATIVO
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL
Atua na reparação do direito e na reconstrução de vínculos para o enfrentamento das situações de violações de direitos.
1º PASSO
- Organizada em dois níveis de proteção:
BÁSICA ESPECIAL
- Desenvolve sua ação por meio de serviços, programas
e benefícios para oferta de PROTEÇÃO SOCIAL!
Fonte: MDS, Orientações Técnicas do CRAS, 2009
1º PASSO
REFERÊNCIA
CONTRAREFERÊNCIA
Atendimento Técnico Procedimento de escuta e identificação de demandas do usuário, viabilizando a realização das intervençõespertinentes aos serviços da Política de Assistência Social.
Os atendimentos podem ser de natureza:
- Pontual – atendimento que se encerra na resolução de umademanda específica dos indivíduos, famílias ou grupos, com ou
sem retorno;
- Processual – atendimento que se dá em um processo no qual
indivíduos, famílias ou grupos são acompanhados, durante um
período determinado, considerando suas diferentes demandas.
(Ver ACOMPANHAMENTO)
TIPOS DE ATENDIMENTO:
- Atendimento individual: atendimento a um indivíduo;- Atendimento familiar: atendimento a mais de um membro do grupo familiar;- Atendimento coletivo: atendimento realizado a um grupo de indivíduos e/ou famílias.
Acompanhamento Procedimento técnico realizado pelos profissionais da Assistência Social, de caráter continuado, por período de tempo determinado, no qual, via de regra, faz-se necessário o estabelecimento de vínculos entre usuários e profissionais.
No processo de acompanhamento podem ser realizadas várias atividades, procedimentos e técnicas.
PRONTUÁRIO SUAS PIA
2º PASSO
AFIANÇAR AS SEGURANÇAS SOCIOASSISTENCIAIS
DESENVOLVIMENTO DE CAPACIDADES TÉCNICAS E
HABILIDADES PARA ASSEGURAR:
- ACOLHIDA
- CONVÍVIO
- AUTONOMIA
- RENDA E AUXÍLIO
“É a responsabilidade por essas seguranças
que definem a identidade dessa política”
* Fundamentos ético-políticos e rumos teórico-metodológicos para fortalecer o Trabalho Social com
Famílias na Política Nacional de Assistência Social
Atuar com base nos preceitos éticos:
1. Conhecer o nome e a credencial de quem o atende;2. Direito à escuta, à informação, à defesa, à provisão
direta ou indireta ou ao encaminhamento de suas demandas;
3. Dispor de locais adequados para seu atendimento com sigilo;
4. Usar linguagem clara e simples para receber explicações sobre os serviços e sobre seu atendimento;
5. Ter seus encaminhamentos por escrito, identificados com o nome dos profissionais e seu registro no Conselho ou Ordem Profissional de forma clara e legível;
3º PASSO
6. Ter protegida sua privacidade, com ética profissional, desde
que não acarrete riscos a outras pessoas
7. Ter sua identidade e singularidade preservadas e sua história
de vida respeitada
8. Poder avaliar o serviço recebido, contando com espaço de
escuta para expressar sua opinião;
9. Ter acesso ao registro dos seus dados se assim desejar;
10. Ter acesso às deliberações das conferências municipais,
estaduais e nacionais de assistência social, entre outros.
Fonte: Brasil, Orientações Técnicas – CRAS (2009, p.14).
3º PASSO
4º PASSO
DEFINIÇÃO DE METOLOGIAS, O QUE REQUER:
Identificação da realidade
Conhecimento da rede local - Vigilância Socioassistencial
Planejamento e organização das ações: Prontuário/PIA
Definição de prioridades / estratégias e metas
Organização das ações
Acompanhamento e redirecionamento permanentes:
Avaliação e monitoramento.
Acompanhamento familiar
FAMÍLIA
ACOLHER A FAMÍLIA- Constatar, compreender, apreender suas demandas e dinâmicas nos territórios de
vivência em sua totalidade. Instrumentais e técnicas.
• Definição de técnico de referência;
• Busca ativa das famílias;
• Acolhimento às famílias no CRAS;
• Entrevista com a família;
• Prontuário
• Visitas domiciliares;
• Oficinas.
PAIF/PAEFI
Quem são as famílias?
Como elas vivem?
Como elas exercem a
proteção social?
1.Acolhida
2.Busca Ativa
3.Entrevistas
4.Visitas domiciliares
5.Reuniões
6. Assembleias
7. Grupos / Oficinas
8.Encaminhamentos
Instrumentos técnico-operativos
Meios através dos quais as ações se
realizam
Conforme o Protocolo de Gestão Integrada de
Serviços, Benefícios e Transferências de Renda
no âmbito do SUAS (art. 20), o acompanhamento
familiar é especificado como:
“conjunto de intervenções desenvolvidas em
serviços continuados, com objetivos
estabelecidos, que possibilitam à família acesso
a um espaço onde possa refletir sobre sua
realidade, construir novos projetos de vida e
transformar suas relações – sejam elas
familiares ou comunitárias”.
O trabalho com grupo de famílias é uma metodologia complexa que requer uma intervenção planejada, diretiva e construída a partir da realidade em que está incrustada.
O Prontuário SUAS é um dos instrumentos que auxiliam as equipes para o registro e controle dos atendimentos. Além deste, existe o Plano de Acompanhamento Familiar que consiste no planejamento do atendimento que será prestado no CRAS ou no CREAS.
Instrumentos técnico-operativos
Acolhida:
Implicam: Habilidade técnica para estabelecer vínculo e na geração de
informações e encaminhamentos
Levantamento de informações através de formulários ou
diálogos abertos
Instrumentos técnico-operativos
Entrevistas : Conversas, de natureza técnica entre estabelecidas entre profissionais e usuários dos serviços, ou com outros agentes institucionais
Implicam: Habilidade técnica para estabelecer vínculo e na geração de
informações e encaminhamentos
Levantamento de informações através de formulários ou
diálogos abertos
Instrumentos técnico-operativos
Visitas domiciliares: Aproximações realizadas com as famílias
em suas próprias residências visando conhecer melhor suas
condições de vida (residência, território) e os aspectos do
cotidiano das relações
Implicam:PNAS/SUAS: Preservação da privacidade e do respeito à
individualidade e aos modos de vida das famílias.
Ter o consentimento dos grupos familiares para realização das
visitas domiciliares
Agendamento prévio com as famílias, sempre que possível.
Instrumentos técnico-operativos
Reuniões: instrumento privilegiado que permite o encontro de
sujeitos que muito podem se beneficiar da convivência e da troca
de informações e experiências
Implicam: Organização prévia;
Definição objetivos.
Instrumentos técnico-operativos
Assembleias: Ações de caráter político-organizativo, reunião de
um grupo maior de pessoas, que possuindo um interesse em
comum, se reúne para analisar, discutir e decidir sobre
determinados assuntos
Exemplo: Comunidade se reúne em assembleia para decidir sobre
formas de reivindicação para a implantação de uma escola de
educação infantil no território.
Instrumentos técnico-operativos
Encaminhamentos: Instrumento que permite reportar as
famílias a outros serviços ou profissionais, sejam eles no âmbito
do próprio SUAS ou não
Implicam: Articulações prévias para definição de fluxos
Monitoramento para que possa ser efetivo
Instrumentos técnico-operativos
Grupos / Oficinas:
-Grupos que objetivem: segurança de acolhida, segurança de
convívio familiar e comunitário e segurança do desenvolvimento
da autonomia.
-Grupos de acompanhamento familiar organizados a partir de
demandas comuns e buscam a organização comunitária, a
emancipação social, o protagonismo como cidadão
Instrumentos técnico-operativos
Grupos / Oficinas:
- Podem ter por objetivo*:
1. acompanhamento social de famílias em situação de
vulnerabilidades de ordem econômica e emocional com
objetivo de informar sobre direitos, incentivar a reflexão
sobre suas realidades;
2. Prima pela organização comunitária e é formado por líderes
de bairro e representante de Sindicatos;
3. Objetiva o desenvolvimento da reflexão, organização
comunitária e o desenvolvimento do sentimento de pertença
e valorização do local onde vivem.
http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2015/pdfs/eixo4/a-politica-de-assistencia-social-e-o-acompanhamento-familiar-atraves-de-grupos-de-familias.pdf
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL
Serviços de Convivência e
Fortalecimento de vínculo
Serviços de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de
MSE de LA e PSC
PAIF PAEFI
Exemplo: Como encaminhar uma família PSE para PSB?
? ? ?
6º PASSO
FORTALECIMENTO DE UMA REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL!
SAÚDE
CULTURA
EDUCAÇÃO
LAZER
PREVIDÊNCIA
DESENVOLVIMENTO
REGIONAL
TRABALHO
ASSISTÊNCIA SOCIAL
DIREITOS HUMANOS
7º PASSO
Comprometimento com a qualidade do trabalho ofertado:
- Cuidado e zelo com o registro e sigilo das informações;
- Atuar na perspectiva da complementaridade dos saberes;
Considerações finais
i. Ruptura com a lógica histórica de tomar como central o problema que se apresenta em nossa frente para a adoção da lógica ancorada no conjunto das necessidades das famílias;
ii. Deve-se transitar, sempre, entre o individual e o coletivo, abandonando a centralidade do “caso”;
iii. Atuar efetivamente para que as necessidades das famílias sejam realmente atendidas;
iv. O trabalho é coletivo, portanto técnicos e gestores estão implicados.