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Secretaria Executiva de Assistência Social Assessoria Técnica Itinerante

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Secretaria Executiva de Assistência

Social

Assessoria Técnica Itinerante

Tema: Metodologias de Trabalho com Famílias

Metodologias de Trabalho com Famílias

Expositoras: Brígida Taffarel e Raquel Uchôa

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS NO SUAS

PROPOSTA PARA A ATIVIDADE :

PRIMEIRO MOMENTO: Histórico conceitual

- Família do SUAS compreendida em um determinado tempo histórico e

campo conceitual.

SEGUNDO MOMENTO: Teórico Metodológico

- Aspectos metodológicos do trabalho social com família inscritos na

PNAS que sustenta o processo de intervenção compreendido a partir

da realidade na qual se estabelece

A TODO MOMENTO: Provocações / Questionamentos / Diálogos

PONTO DE PARTIDA:

-Compreensão da especificidade da nossa Política.-Clareza sobre qual sua especificidade

QUAL A HIPÓTESE A DISCUTIR:- As dificuldades em desenvolver trabalho social com famílias não são,

fundamentalmente, de base metodológica;- Problema identificado: Não conhecemos em profundidade a Política de

Assistência Social e sua organização ideo-política (SUAS), o que nos coloca as seguintes fragilidades:

a) TEÓRICO-METODOLÓGICO: Leitura (LOAS, PNAS, Tipificação, Resoluções, Orientações Técnicas, Manuais, publicações);

a) ÉTICO-POLÍTICO: Dimensões específicas dos diferentes saberes que subsidiam o trabalho social (psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, sociólogos, educadores sociais, advogados...) = NOB-RH SUAS.

PLACA COLOCADA NA ENTRADA DE UMA UNIVERSIDADE NA ÁFRICA DO SUL

“ A destruição de uma nação não requer o uso de bombas atômicas ou o uso de mísseis de longo alcance. É necessário somente baixar o nível da educação e permitir que os alunos colem nas provas...

Pacientes perdem suas vidas nas mãos de médicos assim formados.Edifícios colapsam quando construídos por tais engenheiros e arquitetos.Dinheiro se perde nas mãos de tais economistas e contadores.A humanidade morre nas mãos desses religiosos.A justiça se perde nas mãos desses juízes.

O COLAPSO DA EDUCAÇÃO É O COLAPSO DE UMA NAÇÃO!”

Afinal: Que política é essa e a quem se destina?

POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

Afinal: Que política é essa e a quem se destina?

1. Política Pública de proteção social que se estabelece numa dada realidade social

Aldaíza Sposati: Ampliação de um padrão básico decivilidade que afiança

respostas dignas a determinadas necessidades

sociais

Compreender essa afirmação é compreender a política de assistência social...é compreender o sentido, a essência

do trabalho com famílias e indivíduos

FILME: A GUERRA DO FOGO

- HÁ 80.000 ANOS ATRÁS A SOBREVIVÊNCIA DO HOMEMNUMA TERRA VASTA E DESCONHECIDA DEPENDIA DA POSSE DO FOGO.

- PARA AQUELES HUMANOS PRIMITIVOS O FOGO ERA UM OBJETO DE GRANDE MISTÉRIO, UMA VEZ QUE NINGUÉM DOMINAVA A SUA CRIAÇÃO.

- O FOGO TINHA QUE SER ROUBADO DA NATUREZA, TINHA QUE SER MANTIDO VIVO, PROTEGIDO DO VENTO E DA CHUVA, GUARDADO DA COBIÇA DAS TRIBOS RIVAIS.

- O FOGO ERA UM SÍMBOLO DE PODER E SIGNIFICAVA SOBREVIVÊNCIA. A TRIBO QUE POSSUISSE O FOGO, POSSUIA A VIDA!!!!!

Padrão básico de civilidade

O HOMEM PRECISAVA ATENDER A NECESSIDADES BÁSICAS PARA

SOBREVIVER: ALIMENTAÇÃO E PROTEÇÃO

“A Guerra do Fogo”

Padrão básico de civilidade

MEIO PARA ATENDER SUAS NECESSIDADES E MANTER-SE VIVO:

DOMÍNIO DA NATUREZA

Através do uso de instrumentos transforma a natureza e se transforma - TRABALHO.

- Garfo

-Caneta- computador

DOMÍNIO DA NATUREZA E SUA TRANSFORMAÇÃO ATRAVÉS DO TRABALHOFOI DETERMINANDO PADRÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E DE

CIVILIZAÇÃO = NOVAS NECESSIDADES

NOVAS NECESSIDADES: ALIMENTAÇÃO

NOVAS NECESSIDADES: VESTUÁRIA

NOVAS NECESSIDADES: CULTURA

PORTINARI

PADEDE

NOVAS NECESSIDADES: EDUCAÇÃO

NOVAS NECESSIDADES:PADRÕES RELACIONAIS

Tribos nômades

- MAS SERÁ QUE ESSE PADRÃO DE CIVILIZAÇÃO É ALCANÇADAS POR TODOS OS SERES “HUMANOS” DE FORMA IGUAL?

- O QUE DETERMINA QUE ALGUNS TENHAM MUITO ACESSO E OUTROS POUCOS OU NENHUM?

Padrão mínimo de civilidade

O MENINO E O URUBUKevin Carter - 1993.

Padrão mínimo de civilidade

Padrão mínimo de civilidade

Pega a visão, pega a visão!Pega a visão, pega a visão!

Aquele pique, ó!É o Selminho que tá mandandoAnda, chama!É o Diguinho que tá mandandoAnda, chama!

Pode vir sem dinheiroMas traz uma piranhaPode vir sem dinheiroMas traz uma piranha, aí!

Brota e convoca as putaBrota e convoca as putaMais tarde tem fervoHoje vai rolar suruba

Só uma surubinha de leveSurubinha de leveCom essas filha da puta.Taca a bebidaDepois taca a picaE abandona na rua

Padrão mínimo de civilidade8 de março – Dia internacional da Mulher

130 operárias = morreram carbonizadas;

Mulheres de Tejucupapo = assassinaram soldados holandeses;

Rosa Luxemburgo = Brutalmente assassinada / “Socialismo ou barbárie”

Violeta Parra = suicídio

Laudelina de Campos Melo – 1º sindicato de trabalhadoras domésticas do

Brasil (1936) = levou 80 anos para atenderem revindicações

Anita Garibaldi = Guerra dos Farrapos

Bárbara Alencar (Exu / 1817) = centro da organização da rebelião da

família

Todas aqui presente que fazem da sua profissão um ofício de luta contra

as injustiças

HOMENAGEM AS MULHERES

Aldaíza Sposati: Ampliação de um padrão básico de

civilidade que afiança respostas dignas a

determinadas necessidades sociais

“Quero reestruturar a minha vida por

meio do estudo e do trabalho, formar um novo ciclo, com novas amizades e refazer os laços familiares"...

MINHA CASA, MINHA VIDA

Roseana Jovêncio viveu por sete anos em condições muito precárias família ... um cômodo sem janelas e um banheiro.

PROTEÇÃO SOCIAL VISA RESTAURAR, AMPLIAR OU

MESMO GARANTIR UM PADRÃO BÁSICO / MÍNIMO DE

CIVILIDADE ONDE AS PESSOAS CONSIGAM SATISFAZER

NECESSIDADES QUE HOJE DETERMINAM SUA

EXISTÊNCIA E SUA EMANCIPAÇÃO COMO SER

HUMANO

A grande maioria das famílias está em situação de VULNERABILIDADE e RISCO pois não consegue atender suas necessidades básicas civilizatórias – existência material

e subjetiva!

Por isso Aldaíza afirma que a Assistência Social é uma “Política pública de forte calibre humano”

-Se viabilizaria uma redistribuição de dotações primárias e não básicas – que permita aos menos favorecidos formular expectativas e persegui-las, realizando seus objetivos e escolhas livremente e ao abrigo da estigmatização.

ou

- Apenas mantê-los sobrevivendo em um mundo onde multiplicam-se riscos e incertezas (Reforma da previdência, congelamento recursos da assistência), e onde a economia do conhecimento, a tecnologia e a concorrência, sob a égide do mercados e da lógica financeira, aceleram processos de obsolescência, levando recorrentemente a uma redefinição das necessidades básicas?

A pergunta que se coloca para a PAS:

-A depender de nossa resposta faremos escolhas implicadas em mudanças ou manutenções;

- A depender de nossa resposta operamos junto às famílias através:

a) Seguranças Socioassistenciais – GARANTIA DE DIREITOS

b) Boa vontade, caridade, merecimento –ASSISTENCIALISMO.

- “Portanto, toda orientação ideológica tem implicação METODOLÓGICA”

Quais necessidades básicas

vamos atender?

TRABALHO SOCIAL NO SUAS

O QUE A PAS GARANTE?

Garantir aos indivíduos as condições básicas para sua humanização, porque, não nascemos homens, nos constituímos humanos (psicologia histórico cultural)

Dirce Koga = territórios de vivência = onde se desenvolvem as relações humanas (família, comunidade,educação, saúde, cultura, trabalho, organizações sociais).

Segundo Pereira-Pereira (2010), desde a crise econômica mundial dos fins dos anos de 1970, a família vem sendo redescoberta como um importante agente privado de proteção social. Além de foco de culpabilização !!

MAS ATENÇÃO

Em tempos de políticas de corte neoliberal, a redescoberta da família vêm como importantes substitutos privados do Estado na provisão de bens e de serviços sociais

básicos frente a uma retração crescente do Estado!!

“ E eu tenho que pegar a família pela mão? Oxe, Cadê a autonomia”.“ A família não faz porque é preguiçosa, é ruim. A mãe nem deixa o filho fazer a oficina de violão”.“Esse povo quer é dinheiro. Pergunta se quer curso?”“Não quer nada!!!”

“Tira o Bolsa família pra ver!”

“Os homens fazem a sua própria história, mas não a fazem segundo a sua livre vontade; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado. A tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos.” (18 de Brumário – Karl Marx)

Vulnerabilidade se expressa nas dimensões:

MATERIAL (objetiva/concreta) RELACIONAL (subjetiva / sociabilidade)

POBREZA E FALTA DE ACESSOS

expressa no território

= Comprometido: alimentação,

moradia, vestuário

FRAGILIDADE VÍNCULOS

expressa nas relações

Sposati: O que dá identidade, o que especifica a política de assistência social são as SEGURANÇAS que ela objetiva

afiançar!

= Isolamento, discriminação, racismo,

machismo, violência relacional

Afiançar proteção social, através das seguranças

socioassistenciais no contexto de um projeto

neoliberal radicalizado com um Coup d’état???

DESAFIO

ACOLHIDA AUTONOMIA

AUXÍLIO RENDA

CONVÍVIO

Seguranças Socioassistenciais

Portanto:

O Trabalho social com famílias deve ter como finalidade: afiançar as seguranças socioassistenciais

São elas que orientam as ações que deverão estar contidas nas metodologias de trabalho com as famílias

A EVOLUÇÃO DA FAMÍLIA – Joel Birman*https://www.youtube.com/watch?v=74uaghhoxns

NA EVOLUÇÃO DA FAMÍLIA MUDAM:

Seus Problemas

Os Personagens que compõem esse ambiente família

1. Família pré moderna (XVI ao XVII)

2. Família Moderna (XVIII a 1960)

3. Família contemporânea (1960 até hoje)

CONCEPÇÃO DE FAMÍLIA

FAMÍLIAS

Famílias trazem em si e fazem a

história

ARRANJOS FAMILIARES

ARRANJOS FAMILIARES

1. “O novo cenário tem remetido à discussão: o que éfamília, uma vez que as três dimensões clássicas desua definição (sexualidade, procriação e convivência)já não têm o mesmo grau de imbricamento que seacreditava outrora”.

2. PNAS: “Um conjunto de pessoas que se achamunidas por laços consanguíneos, afetivos e, ou, desolidariedade”.

CONCEPÇÃO DE FAMÍLIA E IMPLICAÇÕES NA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (PNAS/2004):

FAMÍLIAS NA PNAS

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS

Ponto de partida: matricialidade sociofamiliar

“...centralidade da família como núcleo social fundamental paraa efetividade de todas as ações e serviços da política deassistência social”

“...antídoto à fragmentação dos atendimentos, como sujeito à proteção de uma rede de serviços de suporte à família”.

“...Para realizar o trabalho social com as famílias é necessário focar todos os seus membros e TODAS suas demandas”

“uma estratégia efetiva contra a setorialização, segmentação e fragmentação dos atendimentos, levando em consideração a

família em sua totalidade (?)”*

*Fundamentos ético-políticos e rumos teórico-metodológicos para fortalecer o Trabalho Social com Famílias na Política Nacional de Assistência Social

O QUE É TOTALIDADE MESMO??

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS

- TOTALIDADE = É UMA CADEIA DE COMPLEXASDETERMINAÇÕES

- Temos que entender portanto:

O que é o INDIVÍDUO (UMA COMPLEXIDADE)

Quem são as FAMÍLIAS (OUTRA COMPLEXIDADEPARA ALÉM DA SOMA DOS INDIVIDUOS QUE ACOMPÕEM)

Onde Elas vivem (COM VÁRIAS COMPLEXIDADES)

Que pertence a uma CIDADE, um PAÍS...

QUE SE

ARTICULCAM

DE FORMA

SISTÊMICA

TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS

INSTRUMENTALIDADE NO TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIA

ASPECTOS CONSTITUINTES DA AÇÃO

1. CONSTATAR O REAL CONCRETO – AVALIAR ASITUAÇÃO EM SUA TOTALIDADE;

2. COMPREENDER, EXPLICAR CIENTIFICAMENTE /TECNICAMENTE AS DETERMINAÇÕES, TOMAR UMAPOSIÇÃO PERANTE A SITUAÇÃO DIAGNÓSTICADA;

3. PROPOR - POSSIBILIDADESSUPERADORAS/EMANCIPATÓRIAS CONSIDERANDOA CONDIÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA DOSUJEITO.

Passos que constituemo Método de trabalhocom famílias

Saviani (2009, p. 20)

NÃO BASTA

“OLHAR/CONSTATAR” AS

SITUAÇÕES

PRECISAMOS ANALISAR,

APROFUNDAR,

ULTRAPASSAR O

PERCEPTÍVEL, IR ALÉM DA

APARÊNCIA PRA

ALACANÇAR SUA

ESSÊNCIA

Passos que constituemo Método de trabalhocom famílias

Assim, nos distancia das formas tradicionais do atendimento às famílias:

- Que tendem a focarem-se na responsabilidade individual das famílias em dar respostas as necessidades e dificuldades no exercício da proteção social;

- Aquelas que buscam solucionar problemas determinados de forma pontual, fragmentada e setorizada

QUAIS COMPROMISSOS DEVEMOS ASSUMIR PARA EFETIVAR A PROTEÇÃO SOCIAL ÀS FAMÍLIAS COM REFERÊNCIA NOS EIXOS

ESTRUTURANTES DO SUAS?

1º PASSO

ATUAR COM CENTRALIDADE NAS FAMÍLIAS

O trabalho com família é a prioridade das equipes do CRAS e

CREAS (alta e média complexidade)

O principal serviço da Proteção Social Básica: PAIF (Serviço de

proteção e Atendimento Integral as Famílias)

O principal serviço da Proteção Social Especial: PAEFI (Serviço

de proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos)

TODA FAMÍLIA PRECISA ESTAR REFERÊNCIADA

NO CRAS OU CREAS?

“o referenciamento visa...tornar factível

(possível/realizável) a articulação dos serviços para

operacionalização e organização do atendimento e/ou

acompanhamento...

Assim, é preciso que sejam estabelecidos fluxos de

encaminhamento e de repasse de informações sobre as

famílias entre o PAIF/PAEFI e demais Serviços”.

POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

O SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS

RESOLUÇÃO Nº 33, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012

Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência

Social NOB/SUAS.

Art. 1º A política de assistência social tem por funções:

Proteção social - Vigilância socioassistencial - Defesa de

direitos

PROTEÇÃO SOCIAL

PROTEÇÃO SOCIAL

BÁSICA

Unidade de atendimento:

CRAS

PROTEÇÃO SOCIAL

ESPECIAL

Unidade de atendimento:

CREAS

-Serviços de Proteção Social

Especial de Média

Complexidade- Programa

Serviços de Proteção Social Especial de alta Complexidade

Serviços

Programas

Benefícios

PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA

Objetivo: que visa PREVENIRsituações de vulnerabilidade e risco social o desenvolvimento/ fortalecimento das potencialidades, aquisições e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários atuando em caráter:

PROTETIVO

PREVENTIVO

PROATIVO

PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL

Atua na reparação do direito e na reconstrução de vínculos para o enfrentamento das situações de violações de direitos.

1º PASSO

- Organizada em dois níveis de proteção:

BÁSICA ESPECIAL

- Desenvolve sua ação por meio de serviços, programas

e benefícios para oferta de PROTEÇÃO SOCIAL!

Fonte: MDS, Orientações Técnicas do CRAS, 2009

1º PASSO

REFERÊNCIA

CONTRAREFERÊNCIA

Atendimento Técnico Procedimento de escuta e identificação de demandas do usuário, viabilizando a realização das intervençõespertinentes aos serviços da Política de Assistência Social.

Os atendimentos podem ser de natureza:

- Pontual – atendimento que se encerra na resolução de umademanda específica dos indivíduos, famílias ou grupos, com ou

sem retorno;

- Processual – atendimento que se dá em um processo no qual

indivíduos, famílias ou grupos são acompanhados, durante um

período determinado, considerando suas diferentes demandas.

(Ver ACOMPANHAMENTO)

TIPOS DE ATENDIMENTO:

- Atendimento individual: atendimento a um indivíduo;- Atendimento familiar: atendimento a mais de um membro do grupo familiar;- Atendimento coletivo: atendimento realizado a um grupo de indivíduos e/ou famílias.

Acompanhamento Procedimento técnico realizado pelos profissionais da Assistência Social, de caráter continuado, por período de tempo determinado, no qual, via de regra, faz-se necessário o estabelecimento de vínculos entre usuários e profissionais.

No processo de acompanhamento podem ser realizadas várias atividades, procedimentos e técnicas.

PRONTUÁRIO SUAS PIA

2º PASSO

AFIANÇAR AS SEGURANÇAS SOCIOASSISTENCIAIS

DESENVOLVIMENTO DE CAPACIDADES TÉCNICAS E

HABILIDADES PARA ASSEGURAR:

- ACOLHIDA

- CONVÍVIO

- AUTONOMIA

- RENDA E AUXÍLIO

“É a responsabilidade por essas seguranças

que definem a identidade dessa política”

* Fundamentos ético-políticos e rumos teórico-metodológicos para fortalecer o Trabalho Social com

Famílias na Política Nacional de Assistência Social

Atuar com base nos preceitos éticos:

1. Conhecer o nome e a credencial de quem o atende;2. Direito à escuta, à informação, à defesa, à provisão

direta ou indireta ou ao encaminhamento de suas demandas;

3. Dispor de locais adequados para seu atendimento com sigilo;

4. Usar linguagem clara e simples para receber explicações sobre os serviços e sobre seu atendimento;

5. Ter seus encaminhamentos por escrito, identificados com o nome dos profissionais e seu registro no Conselho ou Ordem Profissional de forma clara e legível;

3º PASSO

6. Ter protegida sua privacidade, com ética profissional, desde

que não acarrete riscos a outras pessoas

7. Ter sua identidade e singularidade preservadas e sua história

de vida respeitada

8. Poder avaliar o serviço recebido, contando com espaço de

escuta para expressar sua opinião;

9. Ter acesso ao registro dos seus dados se assim desejar;

10. Ter acesso às deliberações das conferências municipais,

estaduais e nacionais de assistência social, entre outros.

Fonte: Brasil, Orientações Técnicas – CRAS (2009, p.14).

3º PASSO

4º PASSO

DEFINIÇÃO DE METOLOGIAS, O QUE REQUER:

Identificação da realidade

Conhecimento da rede local - Vigilância Socioassistencial

Planejamento e organização das ações: Prontuário/PIA

Definição de prioridades / estratégias e metas

Organização das ações

Acompanhamento e redirecionamento permanentes:

Avaliação e monitoramento.

Acompanhamento familiar

FAMÍLIA

ACOLHER A FAMÍLIA- Constatar, compreender, apreender suas demandas e dinâmicas nos territórios de

vivência em sua totalidade. Instrumentais e técnicas.

• Definição de técnico de referência;

• Busca ativa das famílias;

• Acolhimento às famílias no CRAS;

• Entrevista com a família;

• Prontuário

• Visitas domiciliares;

• Oficinas.

PAIF/PAEFI

Quem são as famílias?

Como elas vivem?

Como elas exercem a

proteção social?

1.Acolhida

2.Busca Ativa

3.Entrevistas

4.Visitas domiciliares

5.Reuniões

6. Assembleias

7. Grupos / Oficinas

8.Encaminhamentos

Instrumentos técnico-operativos

Meios através dos quais as ações se

realizam

Conforme o Protocolo de Gestão Integrada de

Serviços, Benefícios e Transferências de Renda

no âmbito do SUAS (art. 20), o acompanhamento

familiar é especificado como:

“conjunto de intervenções desenvolvidas em

serviços continuados, com objetivos

estabelecidos, que possibilitam à família acesso

a um espaço onde possa refletir sobre sua

realidade, construir novos projetos de vida e

transformar suas relações – sejam elas

familiares ou comunitárias”.

O trabalho com grupo de famílias é uma metodologia complexa que requer uma intervenção planejada, diretiva e construída a partir da realidade em que está incrustada.

O Prontuário SUAS é um dos instrumentos que auxiliam as equipes para o registro e controle dos atendimentos. Além deste, existe o Plano de Acompanhamento Familiar que consiste no planejamento do atendimento que será prestado no CRAS ou no CREAS.

Instrumentos técnico-operativos

Acolhida:

Implicam: Habilidade técnica para estabelecer vínculo e na geração de

informações e encaminhamentos

Levantamento de informações através de formulários ou

diálogos abertos

Instrumentos técnico-operativos

Entrevistas : Conversas, de natureza técnica entre estabelecidas entre profissionais e usuários dos serviços, ou com outros agentes institucionais

Implicam: Habilidade técnica para estabelecer vínculo e na geração de

informações e encaminhamentos

Levantamento de informações através de formulários ou

diálogos abertos

Instrumentos técnico-operativos

Visitas domiciliares: Aproximações realizadas com as famílias

em suas próprias residências visando conhecer melhor suas

condições de vida (residência, território) e os aspectos do

cotidiano das relações

Implicam:PNAS/SUAS: Preservação da privacidade e do respeito à

individualidade e aos modos de vida das famílias.

Ter o consentimento dos grupos familiares para realização das

visitas domiciliares

Agendamento prévio com as famílias, sempre que possível.

Instrumentos técnico-operativos

Reuniões: instrumento privilegiado que permite o encontro de

sujeitos que muito podem se beneficiar da convivência e da troca

de informações e experiências

Implicam: Organização prévia;

Definição objetivos.

Instrumentos técnico-operativos

Assembleias: Ações de caráter político-organizativo, reunião de

um grupo maior de pessoas, que possuindo um interesse em

comum, se reúne para analisar, discutir e decidir sobre

determinados assuntos

Exemplo: Comunidade se reúne em assembleia para decidir sobre

formas de reivindicação para a implantação de uma escola de

educação infantil no território.

Instrumentos técnico-operativos

Encaminhamentos: Instrumento que permite reportar as

famílias a outros serviços ou profissionais, sejam eles no âmbito

do próprio SUAS ou não

Implicam: Articulações prévias para definição de fluxos

Monitoramento para que possa ser efetivo

Instrumentos técnico-operativos

Grupos / Oficinas:

-Grupos que objetivem: segurança de acolhida, segurança de

convívio familiar e comunitário e segurança do desenvolvimento

da autonomia.

-Grupos de acompanhamento familiar organizados a partir de

demandas comuns e buscam a organização comunitária, a

emancipação social, o protagonismo como cidadão

Instrumentos técnico-operativos

Grupos / Oficinas:

- Podem ter por objetivo*:

1. acompanhamento social de famílias em situação de

vulnerabilidades de ordem econômica e emocional com

objetivo de informar sobre direitos, incentivar a reflexão

sobre suas realidades;

2. Prima pela organização comunitária e é formado por líderes

de bairro e representante de Sindicatos;

3. Objetiva o desenvolvimento da reflexão, organização

comunitária e o desenvolvimento do sentimento de pertença

e valorização do local onde vivem.

http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2015/pdfs/eixo4/a-politica-de-assistencia-social-e-o-acompanhamento-familiar-atraves-de-grupos-de-familias.pdf

5º PASSO

Organização da gestão:

- Instrumentais- Fluxos- Procedimentos

PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL

Serviços de Convivência e

Fortalecimento de vínculo

Serviços de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de

MSE de LA e PSC

PAIF PAEFI

Exemplo: Como encaminhar uma família PSE para PSB?

? ? ?

6º PASSO

FORTALECIMENTO DE UMA REDE DE PROTEÇÃO SOCIAL!

SAÚDE

CULTURA

EDUCAÇÃO

LAZER

PREVIDÊNCIA

DESENVOLVIMENTO

REGIONAL

TRABALHO

ASSISTÊNCIA SOCIAL

DIREITOS HUMANOS

7º PASSO

Comprometimento com a qualidade do trabalho ofertado:

- Cuidado e zelo com o registro e sigilo das informações;

- Atuar na perspectiva da complementaridade dos saberes;

8º PASSO

RECURSOS HUMANOS QUALIFICADOS

- Capacitação- Concurso público

9º PASSO

GESTÕES E PROFISSIONAIS COMPROMETIDAS COM A

DEFESA, EFETIVAÇÃO E FORTALECIMENTO DO SUAS

Considerações finais

i. Ruptura com a lógica histórica de tomar como central o problema que se apresenta em nossa frente para a adoção da lógica ancorada no conjunto das necessidades das famílias;

ii. Deve-se transitar, sempre, entre o individual e o coletivo, abandonando a centralidade do “caso”;

iii. Atuar efetivamente para que as necessidades das famílias sejam realmente atendidas;

iv. O trabalho é coletivo, portanto técnicos e gestores estão implicados.