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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DAS CALDAS DA RAINHA SESSÃO ORDINÁRIA ACTA Nº 3/2017 Acta n.º 03 de 11 de Abril de 2017 60 Aos onze dias do mês de Abril do ano dois mil e dezassete, pelas vinte e uma horas e trinta e cinco minutos, hora a que a Mesa constatou a existência de quórum, reuniu a Assembleia Municipal convocada para as vinte e uma horas. VERIFICARAM-SE AS SEGUINTES PRESENÇAS MEMBROS ELEITOS José Luís de Carvalho Lalanda Ribeiro, Manuel Mendes Nunes, Rui Filipe Joanaz Ribeiro Constantino, Jaime Manuel Rodrigues Neto, Joana António Alves Agostinho, Maria Luísa Santos Barros Gomes Barbosa, Maria Susana Morais da Costa, Paulo Jorge Correia do Espírito Santo, José Carlos Mateus Abegão, Vítor Manuel Marques Fernandes, António Cipriano da Silva, Emanuel Ferreira Rocha Pontes, João Miguel da Nazaré Dinis, Tânia Filipa Borges Correia Galeão, Pedro António do Rosário Assunção Seixas, Pedro Miguel de Oliveira Marques, Maria da Conceição Quirino Catalino Paramos de Carvalho, Paulo Ribeiro e Ana Patrícia dos Santos Gomes. PRESIDENTES DE JUNTA DE FREGUESIA Alvorninha, Carvalhal Benfeito, Landal, Nadadouro, Salir de Matos, Santa Catarina, União das Freguesias de Caldas da Rainha-Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, União das Freguesias de Tornada e Salir do Porto e Vidais respectivamente: Avelino Custodio, Maria João dos Santos Ribeiro Querido, António José Carvalho de Almeida, Maria Alice Roberto Gesteiro Pedro, Rui Manuel Ribeiro Jacinto, Rui Miguel Norte Rocha, Vítor Manuel Calisto Marques, Henrique José Teresa, e Virgílio Caetano Filipe. CÂMARA MUNICIPAL Esteve presente o Senhor Presidente da Câmara Fernando Manuel Tinta Ferreira e os senhores Vereadores Maria da Conceição Jardim Pereira, Alberto Manuel de Oliveira Reis Pereira e Rui Filipe Nobre Gonçalves FALTAS

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DAS CALDAS DA RAINHA

SESSÃO ORDINÁRIA

ACTA Nº 3/2017

Acta n.º 03 de 11 de Abril de 2017

60

Aos onze dias do mês de Abril do ano dois mil e dezassete, pelas vinte e uma horas

e trinta e cinco minutos, hora a que a Mesa constatou a existência de quórum,

reuniu a Assembleia Municipal convocada para as vinte e uma horas.

VERIFICARAM-SE AS SEGUINTES PRESENÇAS

MEMBROS ELEITOS

José Luís de Carvalho Lalanda Ribeiro, Manuel Mendes Nunes, Rui Filipe Joanaz

Ribeiro Constantino, Jaime Manuel Rodrigues Neto, Joana António Alves Agostinho,

Maria Luísa Santos Barros Gomes Barbosa, Maria Susana Morais da Costa, Paulo

Jorge Correia do Espírito Santo, José Carlos Mateus Abegão, Vítor Manuel Marques

Fernandes, António Cipriano da Silva, Emanuel Ferreira Rocha Pontes, João Miguel

da Nazaré Dinis, Tânia Filipa Borges Correia Galeão, Pedro António do Rosário

Assunção Seixas, Pedro Miguel de Oliveira Marques, Maria da Conceição Quirino

Catalino Paramos de Carvalho, Paulo Ribeiro e Ana Patrícia dos Santos Gomes.

PRESIDENTES DE JUNTA DE FREGUESIA

Alvorninha, Carvalhal Benfeito, Landal, Nadadouro, Salir de Matos, Santa Catarina,

União das Freguesias de Caldas da Rainha-Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São

Gregório, União das Freguesias de Tornada e Salir do Porto e Vidais

respectivamente:

Avelino Custodio, Maria João dos Santos Ribeiro Querido, António José Carvalho de

Almeida, Maria Alice Roberto Gesteiro Pedro, Rui Manuel Ribeiro Jacinto, Rui Miguel

Norte Rocha, Vítor Manuel Calisto Marques, Henrique José Teresa, e Virgílio

Caetano Filipe.

CÂMARA MUNICIPAL

Esteve presente o Senhor Presidente da Câmara Fernando Manuel Tinta Ferreira e

os senhores Vereadores Maria da Conceição Jardim Pereira, Alberto Manuel de

Oliveira Reis Pereira e Rui Filipe Nobre Gonçalves

FALTAS

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ACTA Nº 3/2017

Acta n.º 03 de 11 de Abril de 2017

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PRESIDENTES DE JUNTA DE FREGUESIA

Faltaram à reunião os Presidentes das Juntas de Freguesias de A-dos-Francos, Foz

do Arelho e União das Freguesias de Caldas da Rainha Santo Onofre e Serra do

Bouro, António Manuel Rosa Monteiro, Fernando Luís Santos Sousa e Abílio Maria

Camacho respectivamente.

VOTOS DE PESAR

O Senhor Presidente da Assembleia apresentou três votos de pesar:

Pelo falecimento dos Srs Ergildo Ferreira Velhinho e Coronel Garcia Monroy que

foram ambos Presidentes da Câmara Municipal das Caldas da Rainha. O sr.

Velhinho foi o segundo Presidente da Comissão Administrativa a seguir ao 25 de

Abril, em funções até à tomada de posse da Câmara eleita em Dezembro de 1976.

O sr. Coronel Monroy foi candidato à Câmara nas eleições de 1976 pelo CDS e foi

eleito Vereador, substituído mais tarde por ter pedido renúncia ao mandato. Nas

eleições de 1982 foi novamente candidato, sendo o cabeça de lista, o sr. Engº Paiva

e Sousa que viria a falecer a meio do mandato e foi substituído pelo sr. Coronel

Monroy que terminou o mandato.

Pela dedicação à causa pública e ao trabalho pelo nosso concelho, propôs um voto

de pesar e um minuto de silêncio.

Apresentou também um voto de pesar pelo falecimento do Dr. António Neto, irmão

do membro da Assembleia Jaime Neto que foi director do Cencal.

Os votos de pesar foram aprovados por unanimidade.

Acta da sessão de 21 de Fevereiro de 2017

A Assembleia Municipal deliberou aprovar, por unanimidade, a redacção final da

acta da sessão extraordinária realizada em 21 de Fevereiro de 2017 e cuja leitura

foi dispensada por ter sido previamente distribuída.

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CORRESPONDÊNCIA

Foi dado conhecimento da correspondência recebida e expedida.

PEDIDOS DE SUBSTITUIÇÃO

MEMBROS ELEITOS

Os membros da Assembleia Filomena Maria Marques Seabra Rodrigues e Daniel

Miguel Rebelo eleitos pelo PSD pediram substituição para a reunião tendo apenas o

primeiro sido substituído por Rui Filipe Joanaz Ribeiro Constantino.

O membro da Assembleia Edgar Nunes Ximenes Henriques eleito pelo MVC pediu

substituição para a reunião, tendo sido substituído Joana António Alves Agostinho.

O membro da Assembleia Luís Miguel Rodrigues Brás Gil eleito pelo CDS-PP pediu

substituição para a reunião, não tendo sido substituído.

NOVOS PONTOS

23 - ATRIBUIÇÃO DE MEDALHAS DE HONRA DO MUNICÍPIO – 2017;

24 - PROCESSO 03/2016/1308 TITULADO POR ANTÓNIO COSTA PEREIRA,

SOLICITANDO A EMISSÃO DE CERTIDÃO DA DELIBERAÇÃO DE RECONHECIMENTO

DO INTERESSE PÚBLICO MUNICIPAL;

25 - CONCESSÃO DO DIREITO DE EXPLORAÇÃO DO RESTAURANTE E ÁREAS

CONTÍGUAS DO PARQUE DE CAMPISMO MUNICIPAL DA FOZ DO ARELHO” – AJUSTE

DIRECTO NOS TERMOS DA ALÍNEA A) DO N.º 1 DO ART.º 21.º E N.º 3 DO ART.º

31.º, CONJUGADOS COM O N.º 2 DO ART.º 407.º DO DECRETO-LEI N.º 18/2008

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DE 29 DE JANEIRO, NA REDACÇÃO VIGENTE – PROPOSTA DE ESCOLHA E INÍCIO

DO PROCEDIMENTO;

26 - AUDITORIA AO MUNICÍPIO DAS CALDAS DA RAINHA – COMUNICAÇÃO DE

HOMOLOGAÇÃO DE RELATÓRIO DE AUDITORIA N.º 1738/2015 DA INSPECÇÃO-

GERAL DE FINANÇAS;

27 - ABERTURA DE PROCEDIMENTO PARA RECRUTAMENTO DE CARGO DE

DIRECÇÃO INTERMÉDIA – 1.º GRAU – DIRECTOR DELEGADO NOS SERVIÇOS

MUNICIPALIZADOS DA CÂMARA MUNICIPAL DAS CALDAS DA RAINHA;

28 – AUTORIZAÇÃO DE REPARTIÇÃO DE ENCARGOS EM MAIS DE UM ANO

ECONÓMICO E AUTORIZAÇÃO DE ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS PLURIANUAIS.

INTERVENÇÕES DO PÚBLICO

Encontrando-se inscritos cinco elementos do público, usou da palavra o primeiro,

Dr. Miguel José Costa na qualidade de morador, para falar sobre o ruído na Praça

5 de Outubro e zonas envolventes.

Usou da palavra o segundo inscrito, sr. Francisco Ferreira na qualidade de

proprietário de casas de arrendamento, sobre o mesmo assunto.

Usou da palavra o terceiro inscrito, sr. Paulo Mendes na qualidade de proprietário

de um bar situado na Praça 5 de Outubro.

Usou da palavra o quarto inscrito, sr. Rui Columbano na qualidade de proprietário

de um bar situado na Praça 5 de Outubro.

Por último usou da palavra o quinto inscrito, sr. Jorge Columbano irmão do

anterior e co proprietário do mesmo bar.

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RESPOSTAS ÀS INTERVENÇÕES DO PÚBLICO

O membro da Assembleia Rui Constantino apesar de se sentir preocupado com

o problema do ruído, lamenta que a juventude do concelho tenha que ir para outros

para se poder divertir à noite. Apelou ao bom senso para se resolver este problema

porque as Caldas precisa de locais onde a juventude se possa divertir à noite.

O membro da Assembleia Manuel Nunes recordou situações idênticas noutros

locais da cidade nomeadamente na Praça da Fruta, na zona do Sítio da Várzea e

junto à Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Verifica-se um adiamento de

decisão pela complexidade da resolução dos problemas.

Chamou à atenção para uma deliberação da Câmara que altera as normas para a

instalação e concessão de esplanadas da Praça 5 de Outubro e que aumenta o

período de funcionamento.

Para terminar sugeriu que a Câmara reúna com ambas as partes e se chegue a

uma conclusão de consenso.

O membro da Assembleia Vítor Fernandes disse que se trata de um problema

que tem que ser tratado com muito cuidado porque se por um lado está em causa o

direito ao descanso, por outro o direito dos comerciantes a exercer a sua

actividade. Na sua opinião o problema essencial é o excesso, o excesso de barulho

e actividades ilícitas e isso cabe à polícia resolver, mas se houver um policiamento

correcto e regular nestas zonas, haverá por certo muito menos excessos. Lamenta

que se tenha deixado chegar esta situação a um ponto de ruptura, o que não é

bom, mas a Câmara tem que encontrar soluções rapidamente para resolver a

situação conjuntamente com a P.S.P.

O membro da Assembleia Joana Agostinho relativamente às intervenções do

público apenas referiu que é preciso preservar o descanso mas também é preciso

manter os jovens.

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Deu conhecimento que o concelho subiu dois pontos em relação ao ano anterior

num estudo efectuado e está em 8º lugar ao nível da região.

O membro da Assembleia Paulo Espírito Santo corroborou as palavras do

membro da assembleia Vítor Fernandes no sentido de que tem que haver um ponto

de equilíbrio. Esclareceu que não houve um alargamento do horário de

funcionamento como foi referido, mas sim uma restrição porque a legislação

permite que os estabelecimentos estejam abertos 24 horas, podendo a Câmara

restringir esse horário. Todos os exemplos que o membro da Assembleia Manuel

Nunes deu, resultaram no encerramento dos estabelecimentos e não lhe parece

que uma cidade que se quer viva e dinâmica passe por encerrar estabelecimentos

mas sim haver um ponto de equilíbrio entre a actividade comercial e o direito ao

descanso.

O membro da Assembleia João Miguel Dinis disse que está bastante dividido

porque se por um lado reconhece razões nos moradores também reconhece razões

nos empresários dos bares da Praça 5 de Outubro e será muito difícil encontrar um

ponto de equilíbrio. Reforçou que há que distinguir o que são questões sob a alçada

da Câmara e as que são da ordem pública que cabem à polícia.

Quando se discutiu o Regulamento Municipal do Ruído, era sua convicção que se

estava a discutir um regulamento equilibrado e que tentava salvaguardar os

interesses das diferentes partes. Com as questões que se têm levantado noutros

locais parece-lhe que deve ser revisto novamente no sentido de se tentar encontrar

equilíbrios.

O Senhor Presidente da Câmara cumprimentou os intervenientes do público que

manifestaram as suas preocupações, ambas legítimas. Começou por dizer que os

regulamentos municipais dependem muito da legislação em vigor. Em 1996 a lei

estabeleceu que os bares encerravam às 2 horas e as discotecas às 4 horas e o

regulamento da Câmara permitia por interesses turísticos que os bares

encerrassem às 3 horas e as discotecas às 6 horas. Em 2006 por força de algum

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descontentamento em relação ao ruído, a Câmara deliberou que as esplanadas

durante a semana estriam abertas até á meia noite e aos fins de semana até á 1

hora. Em Janeiro de 2015 estabeleceu que os estabelecimentos têm horário de

funcionamento livre mas se houver razões que o justifiquem e devidamente

fundamentadas, o município pode determinar ordens de restrição. As esplanadas

hoje podem funcionar durante a semana até às 2 horas e aos fins de semana até às

3 horas.

Para além do ruído há ainda outras questões como a falta de higiene e outras

relacionadas com a segurança.

A obra que foi feita foi muito importante tanto em termos de estacionamento como

de actividade comercial nomeadamente actividade nocturna porque a nossa

juventude precisa de espaços para se divertir na cidade.

Resumindo há três matérias que a Câmara tem que decidir. Uma relacionada com o

horário de funcionamento das esplanadas, outra relacionada com questões de

limpeza e por último a segurança em horário que não prejudique.

Deu conhecimento que no âmbito do Orçamento Participativo foi aprovado um

projecto de requalificação da Praça e será apresentado na Assembleia na devida

altura de modo a que possa ser apreciado e permita uma melhoria da Praça.

A Câmara tomará uma decisão sobre o ruído das esplanadas na próxima reunião e

promoverão o reforço da segurança junto da PSP assim como uma melhor limpeza

da Praça.

PERIODO ANTES DA ORDEM DO DIA

O membro da Assembleia Vítor Fernandes disse que leu na comunicação social

que o Senhor Presidente da Câmara foi recebido pelo Senhor Ministro da Saúde,

acompanhado pelos Vereadores do Partido Socialista e do CDS. Lamenta que as

outras forças políticas que têm acento nesta Assembleia tenham sido ignoradas

nessa delegação e que tenham tido conhecimento das conclusões dessa reunião

através da comunicação socia. Lamenta dizê-lo mas noutros tempos e com outro

Presidente “As coisas eram um bocadinho melhores, havia mais cuidado em

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envolver todas as forças políticas nestas questões tão importantes como são as

questões do hospital e quando íamos às entidades oficiais íamos todos”.

Pediu ao Senhor Presidente que dê informação sobre essa reunião.

Soube também que o Senhor Presidente foi recebido pela Administração da CP e

gostaria de saber o resultado dessa reunião.

Perguntou em que situação se encontra o cadastro da rede de água e por último e

uma vez que recentemente foram colocados pilaretes na zona da Igreja do Espírito

Santo no Largo João de Deus, voltou a abordar a questão das obras que ficaram

por concluir e que foram prometidas aos moradores, nomeadamente o

estacionamento e colocação de contentores de reciclagem.

Para terminar apresentou a seguinte moção:

Moção

Considerando:

1. “Os mais recentes constrangimentos verificados na Linha do Oeste, com

frequentes supressões de comboios, substituídos, ou não, por carreiras de

autocarros;

2. A decisão, logo concretizada em Janeiro, de deslocar da Linha do Oeste as

composições “592” que serviam os comboios inter-regionais entre as Caldas

da Rainha e Coimbra e que passaram a circular na Linha do Douro por conta

de um projecto turístico;

3. A persistente falta de informação na hora, aos passageiros, sobre a

circulação e horários dos comboios, a ausência de guarnição em diversas

estações, várias delas encerradas em parte no período do dia ou sem o

mínimo de comodidade;

4. A ausência de medidas governamentais e da CP para resolver de forma

urgente e consistente o cada vez mais grave problema da falte de material

circulante a diesel, problema este que mais se acentua a cada dia que

passa;

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5. O atraso já registado na concretização do Plano Ferrovia 2020, de

electrificação e automatização do troço entre Meleças e Caldas da Rainha, no

que à Linha do Oeste diz respeito;

6. A insuficiência deste Plano, que só electrifica e automatiza o troço a jusante

das Caldas da Rainha, deixando de fora o troço a montante, prejudicando o

processo de modernização e requalificação da Linha do Oeste;

A Assembleia Municipal das Caldas da Rainha reunida em 11 de Abril de 2017,

decide manifestar ao Governo, à CP e à IP, SA, as suas preocupações pelo que aqui

é considerado e exigir que os mesmos adoptem as medidas adequadas à urgente

regularização do funcionamento da Linha do Oeste, importante meio de

comunicação regional e inter-regional, factor potencial de desenvolvimento

económico e social local e regional e elemento da maior importância na rede

ferroviária nacional, como única alternativa à Linha do Norte, entre Coimbra e

Lisboa.”

A moção foi aprovada por unanimidade.

VOTOS DE LOUVOR

O membro da Assembleia Jaime Neto em nome da bancada do Partido

Socialista apresentou os seguintes votos de louvor:

“Eneida Tavares, jovem designer formada pela ESAD que escolheu estabelecer-se

nas Caldas da Rainha após terminar o mestrado em Design de Produto e acabou

por montar um atelier nos Silos Contentor Criativo. Eneida Tavares foi nomeada

pela revista britânica Monocle na sua edição de Março de 2017 (com 75 000 leitores

em todo o mundo) como uma “graduada a não perder de vista” pelo seu trabalho

que conjuga a tradição cerâmica caldense com as técnicas angolanas de cestaria.

Os pais da jovem designer nasceram em Angola e Cabo Verde, daí que as suas

peças também tenham uma inspiração africana na sua simbiose cosmopolita de

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materiais. Apesar da sua obra ser ainda recente, o grupo municipal do PS quer

valorizar através deste Voto de Louvor o elevado valor simbólico da vontade de

uma jovem designer em fixar-se nas Caldas da Rainha trabalhando com matérias-

primas locais e obter deste modo reconhecimento internacional.

A Assembleia Municipal das Caldas da Rainha propõe um voto de louvor à designer

Eneida Tavares, pela distinção alcançada ao nível internacional, elevando desta

forma a Cultura, o Design e bom nome das Caldas da Rainha e reforçando a sua

centralidade cultural no contexto da Região Oeste.”

“Isabel Lopes, atriz do Teatro da Rainha, recebeu uma menção honrosa atribuída

pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro / 2016 no dia 7 de Abril às 19h,

no Teatro Nacional D. Maria II, devido à sua interpretação nas peças “Eu não” e

“Cadeira de embalar”, integradas no espetáculo “Dramatículos 2”, textos de Samuel

Beckett, encenação de Fernando Mora Ramos, tradução e dramaturgia de Isabel

Lopes, estreada nas Caldas da Rainha em Outubro de 2016. A Associação

Portuguesa de Críticos de Teatro entendeu destacar a atriz Isabel Lopes "pela sua

excecional composição de Boca e Mulher sentada, num registo criativo da

personagem que conjugava, de forma subtil, vaidade e recato, quietude e

sobressalto”.

A Assembleia Municipal das caldas da Rainha propõe um voto de louvor à atriz

Isabel Lopes, assim como ao Teatro da Rainha, pela distinção alcançada ao nível

nacional, elevando desta forma a Cultura e o bom nome das Caldas da Rainha e

reforçando a sua centralidade cultural no contexto da Região Oeste.”

Os votos de louvor foram aprovados por unanimidade.

O Presidente da União das Freguesias de Caldas da Rainha Nossa Senhora

do Pópulo, Coto e São Gregório apelou ao bom censo em relação à Praça 5 de

Outubro na resolução do funcionamento dos bares e do direito ao descanso dos

moradores e recomendou que de futuro se possa criar condições em espaços

específicos para a actividade de diversão.

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Em relação ao Largo João de Deus esclareceu que os contentores de reciclagem

foram colocados junto à entrada do parque de estacionamento da Parada visto que

devido à forma como a recolha é feita, não é possível colocá-los noutro local.

Informou que o parque de estacionamento da Parada é devidamente iluminado,

funciona gratuitamente 24 horas e estão previstos 120 lugares de estacionamento.

Em relação à colocação de pilaretes junto às escadinhas da Igreja do Espírito Santo

informou que foram colocados precisamente para evitar que se estacionasse nesse

local.

Deu conta de uma viagem que alguns autarcas e empresários fizeram aos Estados

Unidos e Canadá e deixou uma nota de agradecimento e de reconhecimento pela

forma como foram recebidos. Chamou à atenção da forma como por todos é

reconhecido tudo o que se faz nas diversas freguesias e como chega a informação

de tudo o que se cá passa.

Concluiu dizendo que a Câmara e as Associações do Concelho fazem inúmeras

actividades ao longo do ano com tanta qualidade e é uma pena que isso seja

reconhecido por quem está fora e os de cá não apreciam.

O membro da Assembleia Manuel Nunes perguntou se junto ao Hospital Termal

se mantem aquele modelo de trânsito e se não irá ser mais permitido

estacionamento naquela zona.

Pediu ao Senhor Presidente que dê informações sobre as duas reuniões que teve

com o Senhor Ministro da Saúde.

Sobre a Lagoa de Óbidos perguntou quando começam as obras da 2ª fase e que

trabalhos vão ser feitos.

Para terminar perguntou com o está a situação do Museu de Cerâmica e o Centro

de Interpretação do 16 de Março, apresentado o aprovado nesta Assembleia há

cerca de três anos.

O Senhor Presidente da Câmara associou-se aos votos de pesar apresentados,

bem como aos votos de louvor.

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Fez referência a uma carta enviada pelo Tribunal de Contas que homologou as

Contas de 2014, ano que em que foi decidida a aquisição do terreno onde está

instalado a EBI de Santo Onofre e a contracção do empréstimo tão contestado na

altura.

Fez referência a um estudo da Bloom Consolting que avalia a patente de negócios

“viver e visitar” e destaca as Caldas da Rainha como um dos concelhos que mais

sobe.

Sobre a reunião com o Senhor Ministro da Saúde esclareceu que esteve presente o

Presidente da Câmara e os Vereadores e o Senhor Presidente da Assembleia em

representação da Assembleia. Foram faladas a questão das obras, a importância da

passagem a E.P.E., a autonomização do Hospital Oeste Norte, a falta de médicos, a

questão dos precários e outras situações da actualidade.

O Senhor Ministro disse que as obras eram para fazer e o concurso já estava aberto

e prevê estejam concluídas no Inverno de 2018.

Com a passagem a E.P.E., a questão dos precários seria resolvida. Quanto à falta

de médicos tem a espectativa que alguns daqueles que se forem acabando os

cursos possam vir para o Hospital das Caldas, atendendo até que Caldas da Rainha

está na lista dos concelhos que têm uma majoração de quase 40% nos médicos

que se pretendam instalar e deu orientações ao representante da A.R.S., também

presente, para que fossem adquiridos equipamentos “de ponta” para que possam

estimular a vinda desses médicos.

Quanto à reversão do processo e voltar a ser CHON, o Senhor Ministro não é

favorável mas concorda que haja uma maior autonomização dos respectivos polos.

Não se pareceu que esteja muito de acordo com a criação da Unidade de Saúde

Local e manifestou disponibilidade para o que for preciso.

Para terminar foi também abordada a questão do Hospital Termal, nomeadamente

uma possível parceria com o Ministério da Saúde no que respeita à colaboração ao

nível de recursos humanos e na contratação de serviços e na utilização das

instalações do Hospital Termal para serviços do hospital comparticipando os custos

desse funcionamento. Para isso foi criado um grupo de trabalho tendo a Câmara

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indicado a srª Vereadora Maria da Conceição e o Dr. Luís Ribeiro. Fazem ainda

parte o assessor do Senhor Ministro e um representante da A.R.S.

Foi transmitido pelo Senhor Ministro que os tratamentos termais vão ser

comparticipados pela A.D.S.E.

Na reunião com a administração da C.P. no âmbito da Comunidade Intermunicipal

do Oeste, foi argumentado que não há comboios disponíveis para entrega e os que

há são alugados a Espanha. Por outro lado como ao que estão a circula são velhos,

não há recursos humanos em número suficiente para as reparações. A solução que

têm é a aquisição de comboios novos, híbridos que permitam circular em carris

normais e também eléctricos em toda a Linha do Oeste e no caso de Caldas da

Rainha para Lisboa haveria uma redução de 40 minutos. Com estas informações

pediu ao Presidente da Comunidade Intermunicipal que pedissem uma audiência ao

Senhor Ministro, porque havendo vontade da C.P. em adquirir comboios, tem que

ser autorizado superiormente.

Sobre o Cadastro informou que os trabalhos já iniciaram e a sua conclusão está

prevista para Agosto de 2018, neste momento apenas Santa Catarina está

concluída.

Sobre o estacionamento no largo do Hospital Termal disse que não está previsto

por força das condutas termais que passam no subsolo. Por outro lado fez notar

que há 900 lugares de estacionamento coberto no perímetro do Centro da Cidade

sendo a 1ª hora gratuita e no Centro Comercial também considerado central tem

duas horas gratuitas.

Sobre a Lagoa de Óbidos disse que está a ficar preocupado porque está a haver

problemas com o depósito dos dragados.

Sobre o Museu da Cerâmica disse que atendendo a que se trata de uma obra de

grande dimensão o município não tem orçamento para tal e através dos Fundos

Comunitário de momento só é possível quando se trate de reabilitação.

Sobre o Centro de Interpretação do 16 de Março disse que estão em conversação

com a Escola de Sargentos do Exército porque existe a possibilidade de ser

desenvolvido dentro do próprio Quartel.

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PERIODO DA ORDEM DO DIA

01 - APRECIAÇÃO DE UMA INFORMAÇÃO DO PRESIDENTE DA CÂMARA ACERCA DA

ACTIVIDADE MUNICIPAL, SEGUNDO A ALª C) DO Nº 2, DO ARTº 25º DA LEI Nº

75/2013, DE 12 DE SETEMBRO;

02 – DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS DA CÂMARA MUNICIPAL DAS

CALDAS DA RAINHA – ANO DE 2016;

03 - RELATÓRIO E CONTAS DO ANO DE 2016 DOS SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS

DA CÂMARA MUNICIPAL DAS CALDAS DA RAINHA;

04 - 2.ª REVISÃO AO ORÇAMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DAS CALDAS DA

RAINHA E 2.ª REVISÃO ÀS G.O.P. (P.P.I. E A.M.R) PARA O ANO DE 2017;

05 - 1.ª REVISÃO AO ORÇAMENTO DA RECEITA E DA DESPESA E PLANO

PLURIANUAL DE INVESTIMENTO DOS SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DA CÂMARA

MUNICIPAL DAS CALDAS DA RAINHA PARA O ANO DE 2017;

06 - ISENÇÃO DE TAXAS MUNICIPAIS RELATIVAS AO CAFÉ RESTAURANTE DO

ESPAÇO TURISMO E DO CAFÉ RESTAURANTE DO PARQUE D. CARLOS I;

07 – DEMOLIÇÃO DE UM CANTEIRO NO LARGO DR. JOSÉ BARBOSA;

08 – PROPOSTA APRESENTADA PELA ASSEMBLEIA MUNICIPAL, NO ÂMBITO DAS

COMEMORAÇÕES DO 42º ANIVERSÁRIO DO 25 DE ABRIL E DO 40º ANIVERSÁRIO

DA 1ª ELEIÇÃO PARA O PODER LOCAL, CONSTANTE NO SEU OFÍCIO Nº 18 DE

15.03.2016;

09 - CLASSIFICAÇÃO DE INTERESSE MUNICIPAL DAS ESPÉCIES BOTÂNICAS

NOTÁVEIS DO PARQUE D. CARLOS I E MATA RAINHA D. LEONOR – MODELO DE

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DAS CALDAS DA RAINHA

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GESTÃO DO PATRIMÓNIO FLORESTAL; (PEDIDO DE AGENDAMENTO DO P.S.,

M.V.C., C.D.S.-P.P. E P.S.D.) (PROPOSTA DO P.S.)

10 - LEVANTAMENTO FITOSSANITÁRIO E AVALIAÇÃO DE RISCO DE RUPTURA DE

ÁRVORES NO PARQUE D. CARLOS I NAS CALDAS DA RAINHA;- (PARA

CONHECIMENTO)

11 - POLÍTICAS ESTRATÉGICAS DE ATRACÇÃO TURÍSTICA PARA CALDAS DA

RAINHA; (PEDIDO DE AGENDAMENTO DO P.S.)

12 – PROCESSO Nº 01/2000/4 TITULADO POR CLARO & LEAL LDª RELATIVO A

CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIO SITO NA RUA VITORINO FRÓIS E TRAVESSA DA ÁGUA

QUENTE NA UNIÃO DAS FREGUESIAS DE CALDAS DA RAINHA, COTO E SÃO

GREGÓRIO;

13 – PLANO DE ACÇÃO DE REGENERAÇÃO URBANA – ESPAÇO PÚBLICO – ÁREA 5;

14 - PLANO DIRECTOR MUNICIPAL DAS CALDAS DA RAINHA - DECLARAÇÃO DE

CORRECÇÃO MATERIAL DA CARTA DE CONDICIONANTES, DA CARTA DE

ORDENAMENTO E DA CARTA DA REN, NA ZONA DO PINHAL DA CÂMARA – UNIÃO

DAS FREGUESIAS DE CALDAS DA RAINHA, SANTO ONOFRE E SERRA DO BOURO;

(PARA CONHECIMENTO)

15 - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA DE INSTALAÇÕES MUNICIPAIS –

CONCURSO PÚBLICO AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA B) DO Nº 1 DO ARTº

20º, Nº 1 DO ARTº 36º, ARTº 38º, ARTºS 130º A 154º, DO CÓDIGO DOS

CONTRATOS PÚBLICOS- AUTORIZAÇÃO DE REPARTIÇÃO DE ENCARGOS E

COMPROMISSOS PLURIANUAIS;

16 - PROTOCOLO DE INTENÇÕES DE GEMINAÇÃO ENTRE OS MUNICÍPIOS DE

SANTO AMARO DA IMPERATRIZ – BRASIL E CALDAS DA RAINHA;

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ACTA Nº 3/2017

Acta n.º 03 de 11 de Abril de 2017

75

17 - APOIO ÀS FREGUESIAS NO QUADRO DA PROMOÇÃO E SALVAGUARDA

ARTICULADA DOS INTERESSES PRÓPRIOS DAS POPULAÇÕES – OFÍCIO DA JUNTA

DE FREGUESIA DO LANDAL SOLICITANDO APOIO NAS DESPESAS COM AS

ILUMINAÇÕES DE NATAL 2016;

18 -APOIO ÀS FREGUESIAS NO QUADRO DA PROMOÇÃO E SALVAGUARDA

ARTICULADA DOS INTERESSES PRÓPRIOS DAS POPULAÇÕES – OFÍCIO DA JUNTA

DE FREGUESIA DO LANDAL NO ÂMBITO DO PROJECTO OTL SÉNIOR 2016;

19 - DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS DA CÂMARA MUNICIPAL DAS CALDAS DA

RAINHA NA JUNTA DE FREGUESIA DA FOZ DO ARELHO - REPARAÇÃO DA ESCOLA

BÁSICA DA FOZ DO ARELHO;

20 - PROCESSO 03/2017/72 TITULADO POR J.N.M. AGROPECUÁRIA, LDA,

SOLICITANDO A EMISSÃO DE CERTIDÃO DA DELIBERAÇÃO DE RECONHECIMENTO

DE INTERESSE PÚBLICO MUNICIPAL, PARA A REGULARIZAÇÃO DA AMPLIAÇÃO DO

PAVILHÃO “H”, DAS ZONAS TÉCNICAS ANEXAS AOS PAVILHÕES “A,B,D,F,G E H” E

DO ARMAZÉM DE APARAS, DA ACTIVIDADE PECUÁRIA SITA NA TRAVESSA DO

GILBERTO, AMIAIS, FREGUESIA DO LANDAL;

21 - MINUTA DE PROTOCOLO PARA APOIO ÀS FREGUESIAS NO QUADRO DA

PROMOÇÃO E SALVAGUARDA ARTICULADA DOS INTERESSES PRÓPRIOS DAS

POPULAÇÕES - ACTIVIDADES EDUCATIVAS E SÓCIO-EDUCATIVAS, MANUTENÇÃO

E CONSERVAÇÃO DE CAMINHOS E DE MOBILIÁRIO URBANO E GESTÃO E

MANUTENÇÃO DE PARQUES INFANTIS PÚBLICOS;

22 - PRÉDIOS INSERIDOS NO PATRIMÓNIO MUNICIPAL.

ALTERAÇÃO DA ORDEM DE TRABALHOS

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76

O Senhor Presidente da Câmara solicitou que a ordem passe a ser a seguinte:

02 – DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS DA CÂMARA MUNICIPAL DAS

CALDAS DA RAINHA – ANO DE 2016;

03 - RELATÓRIO E CONTAS DO ANO DE 2016 DOS SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS

DA CÂMARA MUNICIPAL DAS CALDAS DA RAINHA;

04 - 2.ª REVISÃO AO ORÇAMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DAS CALDAS DA

RAINHA E 2.ª REVISÃO ÀS G.O.P. (P.P.I. E A.M.R) PARA O ANO DE 2017;

05 - 1.ª REVISÃO AO ORÇAMENTO DA RECEITA E DA DESPESA E PLANO

PLURIANUAL DE INVESTIMENTO DOS SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DA CÂMARA

MUNICIPAL DAS CALDAS DA RAINHA PARA O ANO DE 2017;

21 - MINUTA DE PROTOCOLO PARA APOIO ÀS FREGUESIAS NO QUADRO DA

PROMOÇÃO E SALVAGUARDA ARTICULADA DOS INTERESSES PRÓPRIOS DAS

POPULAÇÕES - ACTIVIDADES EDUCATIVAS E SÓCIO-EDUCATIVAS, MANUTENÇÃO

E CONSERVAÇÃO DE CAMINHOS E DE MOBILIÁRIO URBANO E GESTÃO E

MANUTENÇÃO DE PARQUES INFANTIS PÚBLICOS;

25 - CONCESSÃO DO DIREITO DE EXPLORAÇÃO DO RESTAURANTE E ÁREAS

CONTÍGUAS DO PARQUE DE CAMPISMO MUNICIPAL DA FOZ DO ARELHO” – AJUSTE

DIRECTO NOS TERMOS DA ALÍNEA A) DO N.º 1 DO ART.º 21.º E N.º 3 DO ART.º

31.º, CONJUGADOS COM O N.º 2 DO ART.º 407.º DO DECRETO-LEI N.º 18/2008

DE 29 DE JANEIRO, NA REDACÇÃO VIGENTE – PROPOSTA DE ESCOLHA E INÍCIO

DO PROCEDIMENTO;

14 - PLANO DIRECTOR MUNICIPAL DAS CALDAS DA RAINHA - DECLARAÇÃO DE

CORRECÇÃO MATERIAL DA CARTA DE CONDICIONANTES, DA CARTA DE

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ORDENAMENTO E DA CARTA DA REN, NA ZONA DO PINHAL DA CÂMARA – UNIÃO

DAS FREGUESIAS DE CALDAS DA RAINHA, SANTO ONOFRE E SERRA DO BOURO;

(PARA CONHECIMENTO)

15 - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA DE INSTALAÇÕES MUNICIPAIS –

CONCURSO PÚBLICO AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA B) DO Nº 1 DO ARTº

20º, Nº 1 DO ARTº 36º, ARTº 38º, ARTºS 130º A 154º, DO CÓDIGO DOS

CONTRATOS PÚBLICOS- AUTORIZAÇÃO DE REPARTIÇÃO DE ENCARGOS E

COMPROMISSOS PLURIANUAIS;

17 - APOIO ÀS FREGUESIAS NO QUADRO DA PROMOÇÃO E SALVAGUARDA

ARTICULADA DOS INTERESSES PRÓPRIOS DAS POPULAÇÕES – OFÍCIO DA JUNTA

DE FREGUESIA DO LANDAL SOLICITANDO APOIO NAS DESPESAS COM AS

ILUMINAÇÕES DE NATAL 2016;

18 -APOIO ÀS FREGUESIAS NO QUADRO DA PROMOÇÃO E SALVAGUARDA

ARTICULADA DOS INTERESSES PRÓPRIOS DAS POPULAÇÕES – OFÍCIO DA JUNTA

DE FREGUESIA DO LANDAL NO ÂMBITO DO PROJECTO OTL SÉNIOR 2016;

19 - DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS DA CÂMARA MUNICIPAL DAS CALDAS DA

RAINHA NA JUNTA DE FREGUESIA DA FOZ DO ARELHO - REPARAÇÃO DA ESCOLA

BÁSICA DA FOZ DO ARELHO;

22 - PRÉDIOS INSERIDOS NO PATRIMÓNIO MUNICIPAL.

27 - ABERTURA DE PROCEDIMENTO PARA RECRUTAMENTO DE CARGO DE

DIRECÇÃO INTERMÉDIA – 1.º GRAU – DIRECTOR DELEGADO NOS SERVIÇOS

MUNICIPALIZADOS DA CÂMARA MUNICIPAL DAS CALDAS DA RAINHA;

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28 – AUTORIZAÇÃO DE REPARTIÇÃO DE ENCARGOS EM MAIS DE UM ANO

ECONÓMICO E AUTORIZAÇÃO DE ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS PLURIANUAIS.

17 - DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS DA CÂMARA MUNICIPAL

DAS CALDAS DA RAINHA – ANO DE 2016:

Presente deliberação da Câmara nº 542/2017 de 29 de Março em que foi presente

os documentos relativos à prestação de contas do ano de 2016 da Câmara Municipal,

elaborados de acordo com o Decreto-Lei n.º 54-A/99, de 22 de Fevereiro (Pocal) com a

redacção dada pela Lei n.º 162/99, de 14-09, apresentando o resultado liquido do exercício

(negativo) de € 57.584,78, sendo a aplicação dos resultados na rubrica resultados transitados,

na percentagem de 100%.

Inventário de todos os bens, direitos e obrigações patrimoniais e respectiva

avaliação, adquiridos ou abatidos no ano de 2016.

A Câmara apreciou o inventário dos bens, direitos e obrigações patrimoniais e a

respectiva avaliação, bem como os documentos de Prestação de Contas, e

deliberou aprovar os documentos presentes, incluindo o Relatório de Gestão do ano

de 2016, Balanço Social e as Declarações previstas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do

art.º 15.º da Lei n.º 8/2012 de 21 de Fevereiro, com a nova redacção da Lei n.º

22/2015 de 17 de Março, os quais aqui se dão por integralmente reproduzidos e

como fazendo parte integrante desta acta e se arquivam.

Mais deliberou a Câmara submeter a presente deliberação à apreciação e aprovação

da ASSEMBLEIA MUNICIPAL, conforme o disposto na alínea l) do n.º 2 do art.º 25.º

do Anexo I da Lei n.º 75/2013 de 12 de Setembro e ponto 13 do POCAL.

A presente deliberação foi aprovada em minuta nos termos do disposto no n.º 3 do

art.º 57.º do Anexo I da Lei n.º 75/2013 de 12 de Setembro e tomada por maioria

do Executivo Camarário, com 4 votos a favor e 3 votos contra.

Votaram a favor o Presidente da Câmara, Fernando Manuel Tinta Ferreira, o Vice-

Presidente Hugo Patrício Martinho de Oliveira e os Vereadores Maria da Conceição

Feliciano Antunes Bretts Jardim Pereira e Alberto Manuel de Oliveira Reis Pereira.

Votaram contra os Vereadores Rui José Antunes da Cunha Simões Correia, Jorge

Manuel dos Santos Sobral e Rui Filipe Nobre Gonçalves.

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Declaração de voto apresentada pelo Vereador Rui Gonçalves:

Analisamos o “Relatório e Contas de 2016” da Câmara Municipal, apenas na

perspectiva das opções políticas. E é face ao evidenciado nas “contas”, que focamos

a nossa apreciação, tomando como termo de comparação as propostas que temos

vindo a defender de forma coerente, ao longo deste mandato.

Se na discussão das GOP e Orçamento para 2016, já tínhamos manifestado as

nossas divergências relativamente às opções políticas, finalizado o exercício, essas

divergências não só se confirmaram, como se agudizaram.

Entendemos que só é possível o desenvolvimento socioeconómico sustentável, de

forma harmoniosa e humanizada, com um forte e inequívoco incentivo ao

investimento, direccionado para a economia reprodutiva. Esta é única forma para

alavancar e promover o desenvolvimento. O incentivo ao investimento deve ser o

foco e preocupação fundamental da actividade municipal.

É por esta razão, de elementar filosofia de gestão autárquica, que temos vindo a

fazer propostas neste sentido, que a maioria do PSD na Câmara Municipal teima em

rejeitar e seguir um caminho inverso ao que defendemos. Foi por estas razões que

a, propósito da discussão das Grandes Opções do Plano (GOP) e Orçamento para

2016, defendemos a implementação de um Plano Municipal de Incentivos à

Captação de Empresas, a Requalificação da Zona Industrial, no que respeita à

adaptação a Parque Empresarial e à sua requalificação urbanística e ainda, a

efectiva implementação do Plano Local de Promoção da Acessibilidade e da Matriz

Energética do Concelho, dois exemplos de como se efectiva a modernização de uma

cidade, rumo ao seu desenvolvimento. Estes são apenas alguns exemplos do que

temos vindo a defender, como matriz de modernização urbana e de

desenvolvimento socioeconómico, porque uma é indissociável do outro.

O “exercício autárquico” agora em apreciação, diz-nos exactamente o contrário do

que defendemos. Naquilo que é designado como “Desenvolvimento Económico e

Abastecimento Público”, por sua vez dividido em três áreas, “Turismo”, “Mercados e

Feiras” e “Zonas Industriais / Empresariais”, está demonstrada a inércia municipal.

No capítulo “Turismo”, os investimentos resumem-se a 42.400,00€ em “limpeza de

praias” e 17.300,00€ em promoção turística, declarados nos documentos agora em

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análise. Se mais fosse necessário, ficaria tudo dito, sobre a importância que o

turismo representa para este executivo municipal do PSD. No que respeita ao item

“Mercados e Feiras”, com um valor de 445.000,00€ resultante da feira da Fruta e

do subsídio à ADIO – Expoeste, com uma gestão incompatível com o equilíbrio

financeiro que se exige e que temos vindo a defender desde o início do mandato.

Quanto às “Zonas Industriais / Empresariais”, é a “cereja no topo do bolo” de um

total desprezo pelo desenvolvimento económico do concelho, com a ridícula e

inacreditável mas elucidativa quantia de 26.000,00€ referentes a um subsídio à

AIRO. Se dúvidas houvesse sobre o futuro do concelho, elas ficariam dissipadas.

Não foi por acaso que a “execução” neste capítulo foi de 710.000,00€, menos

193.000,00€ relativamente à já ridícula verba prevista de 904.000,00€, isto

significa uma redução de cerca de mais de 20% de verbas que foram desviadas

para outros fins. Não há futuro num concelho que dedica ao “Desenvolvimento

Económico” 2,9% do seu orçamento.

Onde não há investimento, não há futuro, mas a maioria do PSD que gere a

Câmara não percebe o óbvio.

Mas as nossas divergências em relação ao presente relatório e contas, não ficam

por aqui. Também no que respeita ao “Planeamento”, que consideramos

fundamental para o tal desígnio do desenvolvimento socioeconómico com

sustentabilidade, divergimos claramente da total ausência retractada neste relatório

e contas. A “Revisão do PDM” – 0 (zero) investido, com o prejuízo que daqui advém

para muitos proprietários, em especial para as freguesias rurais, onde a capacidade

construtiva é diminuta e impede interessados de habitarem nas suas terras. Não

perceber que a revisão do PDM é fundamental para uma actualização do modelo de

desenvolvimento urbano, é o desleixo em forma de política autárquica. “Plano de

Urbanização da Foz do Arelho / Nadadouro e Plano de Pormenor de Apoio Náutico”

– 0 (zero) investido, significa não reconhecer a importância fundamental daquela

zona lagunar no contexto turístico e económico do concelho e pior, ignorar as mais

simples normas de planear estrategicamente o futuro. “Plano de Pormenor do

Centro Histórico” – 0 (zero) investido. Um processo que se arrasta há vários anos,

com enormes prejuízos para os proprietários dos edifícios do centro da cidade e

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consequentemente para o Município, inclusive em termos financeiros, ao descartar

a possibilidade de aumentar as receitas de IMI. “Plano de Mobilidade Sustentável” –

0 (zero) investido. Se fosse necessário esta demonstração, aqui estava a evidência.

Decidida e definitivamente, não nos revemos nesta falta de visão estratégica, nesta

ausência de planeamento, neste sonambulismo de ideias e de vontades, retractado

pelo relatório.

Uma política de festividades consecutivas, que não instalam empresas, não criam

postos de trabalho, sem qualquer sustentabilidade, que consomem grande parte

dos recursos financeiros do Município, sem que ao menos se saiba qual e se têm

retorno, manifesta um desvario de consequências imprevisíveis a médio prazo.

Aumentar os custos operacionais em 1.000.000,00 €, além de não ser normal,

deviam ser o suficiente para responsavelmente fazer arrepiar caminho, mas não,

sabe-se que o precipício está ali, mas vamos em frente.

Distribuir mais de 1.000.000,00€ (um milhão de euros) em subsídios ou outras

formas encapotadas de incentivos, a associações directamente dependentes do

Município, ou para fins da directa responsabilidade municipal, sem que se conheça

ao menos se tem algum retorno, significa continuar um modelo de gestão

autárquica que tem tanto de ultrapassado, como de ruinoso. Não perceber que o

paradigma mudou e é necessário reduzir drasticamente as despesas e encontrar

mais e novas formas de arrecadação de receitas, significa não perceber que com o

tempo, tudo mudou.

Se fosse necessário, os documentos apresentados são elucidativos e não deixam

dúvidas quanto ao futuro. É declarado no mapa de “Controlo Orçamental da

Receita” que a receita cobrada é de 23.110.000,00€. Se considerarmos que o mapa

de “Controlo Orçamental de Despesa” nos indica que os compromissos assumidos

no exercício agora em análise são de 27.500.000,00€ e temos como

“Compromissos por Pagar” 4.056.000,00€ e ainda que temos “Compromissos

assumidos para exercícios futuros” 23.850.000,00€, significa isto que não há

receitas suficientes para os encargos assumidos e despesas de funcionamento e

deixa clara a necessidade de recurso ao endividamento cada vez maior.

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A incapacidade de adaptação a uma nova realidade estruturante do país e da

economia global, é a causa do retrocesso desta cidade e deste concelho, que perde,

de dia para dia, a sua capacidade reivindicativa e o seu peso político. Este é o

caminho que nos leva à incapacidade de investimento e ao consequente

empobrecimento, afastando-nos cada vez mais dos caminhos de desenvolvimento

sustentável.

Arrepiar caminho, é urgente, mas impossível com a actual maioria que se recusa a

ver o precipício.

O CDS-PP manifesta a sua total divergência com o modelo de gestão autárquica

confirmado no Relatório e Contas de 2016 agora em análise e manifesta o seu voto

“CONTRA”.”

Declaração de Voto apresentada pelos Vereadores do Partido Socialista:

“Os vereadores do partido socialista em sede de apreciação dos documentos de

prestação de contas da Câmara Municipal das Caldas da Rainha para o ano de 2016

manifestaram o seu desagrado perante a exiguidade de tempo disponibilizado para

um exame necessariamente circunstanciado do instrumento que demonstra a

qualidade da governação do município.

O relatório de prestação de contas serve primordialmente para detalhar qual o

exercício de uma administração. Nele se verifica da aplicação dos dinheiros públicos

nas rubricas que foram lançadas em orçamento. Dito de forma mais simples: estes

relatórios têm a serventia de, com eles, podermos confirmar se durante o ano civil

transacto a autarquia gastou o dinheiro naquilo que prometera que iria gastar.

Dito isto, cumpre referir que nem sempre as rubricas abertas num ano vão a tempo

de ser concretizadas nesse mesmo ano. Entre o processo de abrir concursos e de

iniciar obras decorrem numerosos procedimentos que conduzem a atrasos na

execução e, portanto, na concretização do que se apresentara em orçamento.

É com esta ressalva, repita-se, é com esta ressalva do mais elementar senso de

realidade e de experiência autárquica sempre presentes que procedemos, todos os

anos à nossa avaliação.

1 – Constatamos com agrado terem sido corrigidos erros por nós indicados e

patentes em relatórios anteriores que procediam a comparações entre anos,

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dispensando a comparação entre previsão e execução. Verifica-se, porém, que

houve uma restrição desmedida das comparações entre anos, o que igualmente nos

parece menos positivo. Cumpre manter as duas perspectivas - diacrónica e

sincrónica - para a boa percepção dos exercícios.

2 – Verificamos que a prática positiva de ajustamento dos cômputos de receitas

previstas e cobradas que revelam uma passagem de 31% para 3% em 2 anos. Este

facto confirma as críticas que sempre apontáramos a estes relatórios,

demonstrando cabalmente o carácter falseador das contas apresentadas até 2014.

3 – Registamos que os resultados líquidos negativos do exercício culminam num

valor negativo de € 57.584,78, considerando que este valor representa a

consequência inevitável de custos e perdas de diverso cariz.

4 – É de referir que a receita corrente cobrada conhece este ano um ligeiro

aumento, contrastando com o desvio negativo de 49,8% de receitas de capital.

5 – Confirma-se que a despesa global estimada e a despesa global paga

apresentam uma discrepância de cerca de 18,35% (5,3 milhões de euros), o que

revela uma disparidade excessiva entre o orçamento apresentado no início do ano e

o resultado global.

É, de resto neste ponto que se alicerça grande parte do caminho por percorrer para

as Caldas da Rainha. O executivo PSD não consegue apresentar um orçamento que

consiga executar.

Curiosamente a este propósito, talvez valesse apena citar o que é mencionado, e

bem, no relatório do SMAS, quando lá se diz: “É de salientar o facto da execução

orçamental da receita ter atingido os 99,0%, revelando assim o extremo cuidado na

elaboração do orçamento dos Serviços.”.

Acompanhamos este ponto de vista. Consideramos que um orçamento precisa de

ser um documento que saiba prever com a maior exactidão quais os rumos que são

dados aos dinheiros públicos. Chegar ao fim do exercício financeiro com uma

disparidade gritante entre previsão e execução é iludir os munícipes com obras e

encargos que se sabe de antemão que não serão executados.

Esta displicência financeira revela uma clara incapacidade de resposta por parte do

executivo que, obstinadamente, continua a considerar que este município se

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governa com três pessoas. Não governa. E, se, atendendo aos considerandos que

nos primeiros parágrafos desta declaração, apenas nos cingirmos a obras

prometidas há já vários anos que, também este ano não conheceram

concretização, é fácil perceber que este relatório de prestação de contas demonstra

justamente essa inoperacionalidade em que se encontra este município.

Salientamos apenas algumas das faltas mais gritantes:

Cultura e Desporto

Quinta da Saúde: verba prevista: 14023€, verba executada: zero.

Abraço verde: verba prevista: 159100€, verba executada: zero.

Acção Social

Fundo de emergência social (equipamento): verba prevista: 2500€, verba

executada: zero.

Transferências âmbito social (Juntas de Freguesia): verba prevista: 11661€, verba

executada: zero.

Saúde

Conservação dos pavilhões do parque: verba prevista: 14688€, verba executada:

zero.

Balneário Novo: verba prevista: 30642€, verba executada: zero.

Substituição de rede de adução: verba prevista: 449132€, verba executada:

83743€ (18.65%).

Habitação e Urbanização

Planeamento urbanístico: verba prevista: 124780€, verba executada: 76567€.

Habitação jovem: verba prevista para anos seguintes (tal como em orçamentos

anteriores): 1000.000€, verba executada: zero.

Iluminação sustentável: verba prevista: 146500€, verba executada: zero.

Conservação rede viária Cidade e Coto: verba prevista: 58975€, verba executada:

zero.

Beneficiação do espaço público (JF): verba prevista: 150250€, verba executada:

17211€ (11.45%).

Comércio

Abrigos TOMA: verba prevista: 22450€, verba executada: zero.

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Caldas comércio e cidade Eixo 1: verba prevista: 33164€, verba executada: 9129€

(27%).

Desenvolvimento económico

Turismo

Requalificação da Frente Lagunar: verba prevista: 123001€, verba executada: zero.

Açude insuflável Tornada: verba prevista: 27700€, verba executada: zero.

Acções de promoção turística: verba prevista: 24710€, verba executada: 17311€

(70%)

Comunicações

Repavimentação Santa Catrina/Carvalhal Benfeito/ Salir de Matos: verba prevista:

43500€, verba executada: 18461€ (42.4%).

Estrada Caldas/Santa Catarina: verba prevista: 37101€, verba executada: zero.

Defesa do Meio Ambiente

Todas as verbas foram executadas. 100% de realização. Com o detalhe ilustrador e

excêntrico de quase todas as rubricas terem sido lançadas com um orçamento de

zero €: Agenda XXI, recolha de óleos usados. Requalificação de linhas de água.

Plano de acção de sustentabilidade, (como noutra área, havia sido relegado o plano

de acção de mobilidade).

Administração municipal

Nesta matéria é de destacar que o orçamento previu para instalações municipais

Canil/Gatil 250 mil euros para os anos seguintes e para 2016 o valor de 5800€.

Verba executada: zero.

Renovação de equipamento informático para cultura: verba prevista: 11568€,

verba executada: zero.

Renovação de equipamento informático para juventude: verba prevista: 1796€,

verba executada: zero.

Renovação de equipamento informático para educação: verba prevista: 26850€,

verba executada: zero.

Orçamento participativo

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Apresenta-se uma execução de 50.25%, facto que, somado à convocação bienal

deste instrumento de cidadania, é bem revelador da falta de prioridade que lhe foi

concedida durante o ano de 2016.

Outras notas de análise nos parecem relevantes.

Como podemos nós aceitar que tudo, mas tudo, quanto diz respeito à promoção do

empreendedorismo se cinja ao subsídio prestado à ADIO e ao mesmo tempo

queixarmo-nos de que as empresas não querem fixar-se nas Caldas da Rainha?

Continua a ser desconcertante o exíguo exercício do fundo de emergência social.

Não é aceitável que, havendo dinheiro para apoiar quem mais necessita e apenas,

reconhecida e identificadamente, no terreno, quem mais necessita, não se

encontrem formas de fazer chegar esse dinheiro a essa população que tanto dele

precisa.

Pode parecer excessivo, mas convidamos o leitor, o munícipe a analisar os níveis de

desempenho de cada objectivo financeiro, de cada total para cada área de

investimento. Não há um que cumpra o que prometeu.

O fraquíssimo exercício de todas, repita-se, de todas as áreas de desenvolvimento

municipal ficou aquém, muito aquém do que a própria câmara propusera. Não se

trata, pois de uma crítica previsível da oposição, trata-se da constatação de factos

quantificados pela própria autarquia. São perfeitamente justas as críticas que se

apontam a este executivo. Falta de dinâmica, ausência de ideias e falência

generalizada da sua capacidade de trazer para as Caldas da Rainha um importe de

energia e de projectos consistentes que a consigam afirmar como capital de alguma

coisa, seja do que for. Perguntemo-nos: que causas defende e persegue Caldas da

Rainha? Quem queremos nós convencer? Sem investir no comércio, na incubação

de empresas, no equilíbrio ambiental (agora que também a cidade se junta aos

municípios com pestilentos maus cheiros, infestação de pombos e gaivotas e

desordem na fiscalização ambiental), que podemos esperar do futuro? Como pode

uma vocação termalista, empresarial, sobreviver assim?

Por quanto fica demonstrado, conclui-se que se mantém nas Caldas da Rainha uma

velha dinâmica de descuido clamoroso por uma indispensável cultura de

planeamento. Um cuidado com o futuro. O resultado de viver de ilusões e ter mais

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olhos que barriga, é gerar desperdícios de toda a ordem: desperdício humano,

desperdício financeiro, perda de energia e uma volatilidade de princípios e de fins,

dissipação de metas e o trilhar de um percurso sem rumo, uma navegação à vista,

uma filosofia de convocação de eventos, dispendiosos e desenquadrados, numa

valorização inevitável do imediato e uma dilapidação do futuro.

O presente relatório de contas representa uma ilustração dessa gigantesca perda

de tempo em que nos encontramos e que, evidentemente, não podemos admitir.”

18 - RELATÓRIO E CONTAS DO ANO DE 2016 DOS SERVIÇOS

MUNICIPALIZADOS DA CÂMARA MUNICIPAL DAS CALDAS DA RAINHA:

Presente deliberação da Câmara nº 546/2017 de 29 de Março em que foi presente

ofício n.º 1153 dos Serviços Municipalizados da Câmara Municipal das Caldas da Rainha,

datado de 27 de Março de 2017, acompanhado de Relatório e Contas do ano de 2016,

aprovado em reunião do Conselho de Administração dos Serviços Municipalizados de 27 de

Março de 2017, para efeitos de aprovação.

A Câmara apreciou e deliberou aprovar os documentos presentes.

Mais deliberou a Câmara submeter a presente deliberação à apreciação e aprovação

da ASSEMBLEIA MUNICIPAL, conforme o disposto na alínea l) do n.º 2 do art.º 25.º

do Anexo I da Lei n.º 75/2013 de 12 de Setembro e ponto 13 do POCAL.

A presente deliberação foi aprovada em minuta nos termos do disposto no n.º 3 do

art.º 57.º do Anexo I da Lei n.º 75/2013 de 12 de Setembro e tomada por maioria

do Executivo Camarário, com 4 votos a favor e 3 abstenções.

Votaram a favor o Presidente da Câmara, Fernando Manuel Tinta Ferreira, o Vice-

Presidente Hugo Patrício Martinho de Oliveira e os Vereadores Maria da Conceição

Feliciano Antunes Bretts Jardim Pereira e Alberto Manuel de Oliveira Reis Pereira.

Abstiveram-se os Vereadores Rui José Antunes da Cunha Simões Correia, Jorge

Manuel dos Santos Sobral e Rui Filipe Nobre Gonçalves.

Declaração de Voto apresentada pelos Vereadores do Partido Socialista:

“Os vereadores do Partido Socialista abstiveram-se quanto à apreciação do relatório

de prestação de contas dos serviços municipalizados das Caldas da Rainha para o

ano de 2016. Consideramos que se trata de um documento bem elaborado, que

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responde de forma cabal às necessidades de comunicação que um documento

desta natureza deve atender. Registamos a proximidade que existe entre o

orçamento apresentado aos munícipes e a concretização das tarefas executadas.

Sentimos que as críticas – e foram numerosas, reconhecemo-lo - que foram

apontadas pelo partido socialista terão contribuído para que estes documentos

constituam hoje instrumentos de utilidade real, aspecto essencial que difere

diametralmente do que tradicionalmente era apresentado há uns mandatos atrás.

Consideramos, porém, que as orientações políticas da actuação do SMAS não

correspondem ao interesse das populações. Fomos muito claros em recusar o

aumento do preço do abastecimento de água, como forma de compensar algumas

das perdas financeiras do SMAS. Há ainda muito por fazer de forma a garantir uma

melhoria do abastecimento e da qualidade da água, que, de resto, não se mede por

médias de potabilidade. A água não pode sair das torneiras com uma qualidade

média apreciável. Sempre que algum munícipe abre uma torneira ele tem de ter a

certeza da alta qualidade por que paga. São excessivamente numerosos os casos

de água poluída que chega às nossas casas, por uma ou outra razão. Ocorreram,

além do mais, este ano erros excêntricos e inaceitáveis que feriram de novo a

reputação e o trabalho do SMAS e que nunca deveriam ter sucedido. Queremos,

pois, desta forma sublinhar que, ao esforço exigido aos cidadãos, não correspondeu

uma melhoria notória da qualidade do abastecimento. Verifica-se, também, que

não existe nenhuma redução relevante nas exorbitantes perdas de água, facto que

nos leva a perceber que muito há e houve a ser feito antes de se proceder aos

aumentos. Finalmente, consideramos que muito há também por fazer para explicar

por que razão, havendo necessidade de um milhão e meio de m3 de água para ser

fornecido por entidades exteriores à câmara, persistimos no erro perdulário de

comprar todos os anos 2 milhões de m3. É inadiável uma renegociação com os

fornecedores. Este elemento é ainda mais reforçado pela conclusão, apresentada e

documentada em relatório, segundo a qual apenas exploramos cerca de 49% dos

recursos hídricos que poderiam teoricamente ser explorados.

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Em síntese, trata-se de um documento bem elaborado, que todavia reflecte

orientações de gestão que não acompanhamos o que, por esses motivos, justifica a

nossa abstenção.”

A presente deliberação foi aprovada em minuta e tomada por unanimidade, nos

termos do disposto no n.º 3 do art.º 57.º do Anexo I da Lei n.º 75/2013 de 12 de

Setembro.

O Senhor Presidente da Assembleia propôs que os documentos sejam

discutidos em conjunto, sendo a votação em separado.

O Senhor Presidente da Câmara começou por dizer que o desvio entre a receita

prevista e cobrada é apenas de 3%.

Relativamente à despesa disse que se retirarmos o saldo da gerência, a diferença

entre a despesa prevista e a paga é de apenas 2,2%.

Fez a comparação dos saldos da gerência entre os anos de 2007 e 2016 e no

mesmo período comparou as dívidas a médio e curto prazo e a diferença entre o

saldo da gerência e a dívida e concluiu que o ano de 2016 é o 2º melhor ano dos

últimos 10 anos.

No que respeita aos Serviços Municipalizados, a situação é positiva. Para além de

transitar com um saldo de 3.314 milhões e uma dívida de 513 mil euros, o

resultado é positivo em 400 mil euros e foram desenvolvidas as principais

empreitadas.

Em resumo a actividade do município foi aquela que o Plano e o Orçamento

permitiam e os saldos de gerência e a sua relação com a dívida colocam o

município no 2º melhor ano nos últimos 10 anos.

O assunto foi posto à discussão.

O membro da Assembleia Vítor Fernandes fez a seguinte intervenção:

“Os resultados do exercício revelam-nos que a receita cobrada é de 23.110

000,00€, quando os compromissos assumidos são de 27.500.000,00€, o que

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significa que não há receitas suficientes para os encargos assumidos e aponta,

claramente, para uma cada vez maior necessidade do recurso ao endividamento.

Mas esta necessidade até podia ser positiva dada a situação financeira da

autarquia, desde que se fosse mais ambicioso e se apostasse no desenvolvimento

económico.

No Turismo, Mercados e Feiras e Áreas Industriais, o investimento é muito limitado.

Obras importantes para o desenvolvimento do concelho, atraindo investimento e

criando emprego continuam por realizar.

Requalificação da Frente Lagunar Marítima da Foz do Arelho;

Parque de Feiras e Mercados;

2ª fase da Requalificação da Zona Industrial;

Parque Empresarial de Base Tecnológica;

Zona Industrial de S. Gregório.

O Programa Municipal de incentivos à captação de Empresa, vai continuando

adiado.

Também na área do Planeamento se continua a marcar passo. Já era tempo de se

avançar decisivamente na resolução de vários Planos:

Plano de Pormenor do Centro Histórico;

Revisão do P.D.M;

Plano de Urbanização da Foz do Arelho e Nadadouro;

Plano de Mobilidade Sustentável.

O Plano Estratégico que tanto tempo levou a ser considerado, está a ser elaborado,

mas parece-nos que está a andar muito devagar.

Também na Habitação Social e para Jovens, na Saúde e nos Cemitérios,

esperávamos muito mais deste executivo camarário.

Na substituição da Rede de Adução e Distribuição do Hospital Termal, o andamento

da obra parece-nos muito lento, mas estamos a falar de 2016 e já estamos em

Abril de 2017.

Na Urbanização, obras que há muito são essenciais para o desenvolvimento,

imagem e atracção do concelho, continuam adiadas, tais como:

Prolongamento da 2ª Circular;

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1ª Circular;

Rua Timor Lorosae;

Arranjo da Entrada Nascente da cidade;

Arranjo da Entra Norte da cidade;

Estrada Caldas da Rainha/Santa Catarina/Benedita.

No que diz respeito a imóveis abandonados e degradados, urbanizações

inacabadas, edifícios industriais em ruínas e com coberturas de amianto, nada foi

feito e não parece haver qualquer intenção de começar a resolver estes graves

problemas.

Na Cultura, para além dos mais de um milhão de euros de subsídios e outros apoios

a associações e colectividades e que era bom sabermos se todas apresentam

planos de actividade e prestam contas da utilização desses dinheiros, fica o

CCC/Culturcaldas onde, além dos 225 mil euros, gostaríamos de saber quais os

custos reais da Câmara com esta Associação, visto que existem outros encargos do

Município.

Também não nos parece correcto que se continue a financiar a ADIO em mais de

185 mil euros depois de se ter recomprado a Expoeste com o objectivo de sanear

financeiramente esta associação.

Em relação ao Ambiente é lamentável que se continue a não investir 1 euro na

requalificação de Linhas de Água Urbanas e Ribeiros que em tão mau estado se

encontram.

Em resumo, continua a não haver uma estratégia para colocar a cidade e o

concelho no rumo do desenvolvimento, atrair novos investimentos, com vista à

criação de mais emprego, divulgar as nossas potencialidades junto dos operadores

turísticos, promover a mobilidade urbana, valorizar e requalificar as entradas da

cidade, tornando-a mais atractiva para os que nos visitam e com melhor qualidade

de vida para os residentes”.

O membro da Assembleia João Miguel Dinis fez a seguinte intervenção:

“Permitam-me que comece por citar as conclusões do relatório de revisão legal às

contas, onde é afirmado:

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“Em nossa opinião, o relatório de gestão foi preparado de acordo com os requisitos

legais e regulamentares aplicáveis em vigor e a informação nele constante é

coerente com as demonstrações financeiras auditadas, não tendo sido identificadas

incorrecções materiais”.

Nos anos anteriores e sempre que se discutiu as contas do Município, o CDS

afirmou, e reitera-o mais uma vez, que não está em causa a execução técnica das

contas, a sua transparência e o cumprimento das obrigações legais do Município.

As nossas objecções não são portanto, nem nunca o foram nos últimos anos, de

natureza legal ou técnica. As nossas objecções são de natureza política e

manifestam a nossa preocupação, relativamente às opções do Executivo Municipal.

Repetidamente temos vindo a chamar a atenção para a dificuldade crescente de

financiamento (sem recurso ao endividamento) que as contas do município

mostram. Ao revelarem uma preocupante estagnação na arrecadação de receita,

que em nada está em linha com os compromissos e promessas desta Câmara, que

implicam investimentos de monta. Se, por exemplo, aos compromissos futuros

assumidos juntarmos as obrigações relativas às despesas com pessoal vemos a

pequeníssima margem de manobra que resta ao município.

Muito havia a referir relativamente à gestão realizada e que os relatórios de

prestação de contas revelam - vamos centrar-nos só em algumas questões que são

quanto a nós exemplificativas:

Há algum tempo atrás referimos que víamos com preocupação a posição de Caldas

da Rainha no índice de transparência municipal, na altura o Senhor Presidente,

como se esperava, desvalorizou a questão. Vemos agora que, no ano transacto,

66% dos contratos adjudicados por esta Câmara foram-no por ajuste directo.

Retomo aqui um antigo slogan “Contra factos não há argumentos”.

Já me explicaram os técnicos da Câmara que o problema está no meu browser,

mas o que é certo é que quase nunca consigo ter acesso ao site do Município onde

apesar das reiteradas promessas continuo a não ver melhorias. Duas notas,

primeiro enquanto munícipe espero que seja a oferta a adaptar-se e portanto o

problema não pode estar no meu browser, é exigível que o site seja compatível

com todas as aplicações de utilização comum. Segundo, está publicado no relatório

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de prestação de contas (pág. 110) que os condicionamentos ao trânsito são

publicitados no site – dada a dificuldade de acesso referida tal solução não me

descansa nada!

Finalmente – e esta é possivelmente a maior objecção que apresentamos e também

a nossa maior preocupação: no capítulo do desenvolvimento económico (6.7) só

existem dois subcapítulos, o 6.7.1 intitulado “Turismo” e o 6.7.2 “Mercados e

feiras”. Fica-se por estas vertentes o conceito de desenvolvimento do executivo

municipal.

Não nos escapou, no relatório de gestão, a referência à “Elaboração do Estudo

Prévio/ Projecto Base de Alargamento do Parque Empresarial…” mas ele está no

ponto 6.5.5 “Comércio”, enfim numa primeira análise pode parecer fazer sentido

mas uma melhor leitura cria-nos alguma estupefacção, o ponto chama-se

“Comércio/Eventos”, significativa esta visão do enquadramento da actividade

comercial, mas, mais confuso ainda é encontrar-se nesta rubrica, que, relembro, se

chama “Comércio”, referências ao “projecto de requalificação dos separadores da

circular externa…” ou o “projecto de parque infantil na Rua Pereira Brazão…” ou

ainda (exemplos não faltam) “a requalificação paisagística de um troço do rio da

Cal”. Sinceramente não sei como qualificar, mas fico muito preocupado.

Porque este relatório reflecte a gestão camarária com a qual não nos revemos e

que é para nós um motivo de preocupação por não acautelar o futuro do Concelho,

garantindo-lhe um crescimento sustentável, votamos contra este relatório de

prestação de contas.”

O membro da Assembleia Manuel Nunes fez a seguinte intervenção:

“Os membros do Grupo Municipal do Partido Socialista analisaram os documentos

relativos ao exercício da Câmara Municipal das Caldas da Rainha (CMCR) para o

ano de 2016, e desejam enaltecer, os Serviços Camarários pelo trabalho

apresentado, que evidencia, a competência profissional no desempenho técnico da

sua função autárquica.

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Quanto à análise política do conteúdo dos documentos, pretendemos que a nossa

intervenção contribua para a sua melhoria gradual e aperfeiçoamento global no

futuro.

A. Em primeiro lugar gostaríamos de efectuar algumas considerações sobre os

Recursos Humanos (RH) da CMCR:

� Em 2014 diminuiu 5 funcionários (-1,6%), em 2015 diminui 4 (-1,3%), o que deve

ter perturbado o normal funcionamento dos serviços, em virtude do aumento de

competências registadas. Agora, verifica-se um aumento de 22 (6,9%), por certo,

como resultado das orientações emanadas do Governo, através do OE;

� Para além da caracterização bem efectuada pela Unidade dos RH, seria importante

saber os rácios dos funcionários em relação ao número de habitantes e o seu

significado para o serviço prestado para a população. Este pedido já tinha sido

formulado nos anos anteriores;

� Absentismo – Apesar de diminuir o nº global de dias de ausência, registou-se que o

número de Atestado por Doença do próprio foi de 38,4% - 2013; 62,2% - 2014,

79% - 2015, para agora ser 75%. Por outro lado, verifica-se o aumento nas

ausências por acidente em serviço ou doença profissional nos Assistentes

Operacionais de 572 dias (545 – 2015), pelo que é importante perceber o

significado desta situação;

� Medidas de Apoio ao Emprego CEI – Destaca-se o número de 24 - 2016 (53 –

2015; 140 - 2014) beneficiários abrangidos por este programa do IEFP. Atendendo

que o seu maior nº foi na Educação, Limpeza e Administrativos (2015 – pág. 45) é

necessário esclarecer o impacto da sua continuidade no funcionamento futuro das

respectivas Unidades Orgânicas;

� Em relação à distribuição dos efectivos pelos Serviços, verifica-se que aqueles que

têm mais trabalhadores são os seguintes:

o Unidade de Educação – 70 funcionários;

o Departamento de Obras, Urbanismo e Defesa do Ambiente (DOUDDA) – 52

funcionários;

o Divisão de Execução de Obras – 49 funcionários.

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Esta situação vem dar razão, aos argumentos apresentados pelo PS, várias vezes,

ao longo do mandato, sobre a necessidade de existir uma outra estrutura orgânica

mais ágil na CMCR, para responder de uma forma mais eficaz aos desafios e

objectivos políticos do desenvolvimento económico e social do nosso concelho.

B. Ao realizarmos uma análise sintética da execução orçamental, financeira e

económica, verificamos o seguinte:

� Evolução das Receitas Correntes e de Capital – Apesar das muitas observações

realizadas anteriormente, pelos membros do PS nesta Assembleia Municipal (AM) e

dos vereadores na CM, para a elaboração dos Planos de Actividades e Orçamento e

apesar das imposições legais, ainda se verifica um desvio negativo entre a receita

global prevista e a receita cobrada na ordem dos 3,0% (4,8% - 2015; 31% -

2014), ou seja registou-se um desvio negativo no valor de 861.726,00€

(1.433.132,00€ - 2015; 11.598.883,00€ - 2014).

Este valor que tinha vindo a aumentar até 2014, teve nos dois últimos anos, um

abrandamento progressivo, que merece ser melhor analisado.

Nas Receitas Correntes Cobradas verificou-se um desvio de 1.513.854,00€

(431.902,00€ - 2,05% - 2015), representando um aumento de 3,14%, o que não

tem sido habitual nos anos anteriores, tendo contribuído para isso a diminuição dos

Rendimentos de Propriedade, e o aumento dos Impostos Directos e Indirectos,

Taxas, Multas e Outras Penalidades, Transferências Correntes, a Venda de Bens e

Prestações de Serviços Correntes e Outras Receitas Correntes.

Por outro lado, as Receitas de Capital diminuíram cerca de 49,9% (43,7% - 2015;

64,2% - 2014) em relação ao previsto no Orçamento, ou seja existe um desvio

negativo de 1.758.616,00€ (1.912.398,00€ - 2015; 11.545.990,00€ - 2014).

Para a obtenção deste resultado contribui decididamente a fraca execução na

Transferência de Capital, cuja diferença atinge um valor de 1.758.616,00€

(1.952.991,00€ - 2015; 3.905.208,00€ - 2014). Importa destacar que a Receita

Corrente Cobrada Líquida representa cerca de 77% (74,8% -2015; 75% - 2014),

contribuindo, assim, para o bom funcionamento do Município de CR.

� Evolução das Despesas – Registou-se um valor negativo entre a Despesa Prevista e

a Paga na ordem de 18,4% (19,9% - 2015; 28,1% - 2014), ou seja existiu um

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desvio negativo de 5.269.743,00€ (5.997.539,00€ - 2015; 10.510.669,00€ -

2014). Na Despesa Corrente estimada e paga registou-se um desvio negativo de

cerca 12,0% (16,4% - 2015; 18,3% - 2014), enquanto na de Capital o desvio

negativo foi de 32,9% (25,8% - 2015; 38,6% - 2014).

Assim, o Resultado Líquido do Exercício do Município de CR em 2016, foi negativo

registando-se o valor de – 57.584,72€ (76.761,61€ - 2015; -2.182.992,05€ - 2014

e 433.096,77€ - 2013).

2013 433.096,77€

2014 - 2.812.992,05€

2015 76.761,61€

2016 - 57.584,72€

Este valor reflecte bem as opções efectuadas pelo EM no decorrer deste ano, não

podendo esquecer as constantes observações que os membros do PS efectuaram

ao longo do mandato, que em muitos casos, não aprovámos. Este resultado, por

muito que não se queira, parece que nos vem dar razão.

Quanto à Dívida Global em 2013, era de 5.156.012,00€, em 2014 - 7.119.313,00€,

em 2015 - 6.632.596,00€, e agora é de 5.861.277,00€, verificando-se uma

tendência de descida, mas ainda é significativa e superior à registada em 2013.

Ano Valor Diferença %

2011 9.104.540,00€ - -

2012 7.176.992,00€ - 1.927.548,00€ - 21,2%

2013 5.156.012,00€ - 2.020.980,00€ - 28,2%

2014 7.119.313,00€ 2.036.301,00€ 39,55

2015 6.632.579,00€ - 559.716,00€ - 7,8%

2016 5.861.277,00€ - 771.320,00€ - 11,65

À partida parece uma boa informação, mas será que é mesmo assim? Este

aumento verificou-se porquê? Foi por aumentar a eficiência da gestão camarária?

Não, foi essencialmente pela acção conjunta de dois factores bem diferentes, que já

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apresentámos no no passado, e que parece não merecer destaque nem reflexão do

EM, mas que agora melhor se evidencia:

1 – Aumento significativo do valor das rubricas dos Impostos recebidos em relação

a 2015

o Impostos Directos Cobrados em 1.028.954,00€ (+10,8%);

Ano Previsto Recebido Diferença %

2013 9.438.652,00€ 8.907.473,00€ - 531.179,00€ - 5,6%

2014 9.155.948,00€ 9.578.294,00€ 422.346,00€ 4,6%

2015 9.185.383,00€ 9.876.377,00€ 690.995,00€ 7,55

2016 9.493.536,00€ 10.522.490,00€ 1.028.954,00€ 10,8%

o Impostos Indirectos Cobrados em 44.292,00€ (+18,4%);

Ano Previsto Recebido Diferença %

2013 379.490,00€ 227.843,00€ - 151.647,00€ - 40,0%

2014 252.432,00€ 165.550,00€ - 86.882,00€ - 34,4%

2015 189.167,00€ 302.908,00€ 113.741,00€ 60,1%

2016 240.438,00€ 284.730,00€ 44.292,00€ 18,4%

o Taxas, Multas e Outras Penalidades em 56.143,00€ (+12,7%),

Ano Previsto Recebido Diferença %

2013 441.350,00€ 408.726,00€ - 32.624,00 - 7,4%

2014 406.394,00€ 503.069,00€ 96.675,00€ 23,8%

2015 423.558,00€ 478.255,00€ 54.697,00€ 12,9%

2016 441.965,00€ 498.108,00€ 56.143,00€ 12,7%

Registando na globalidade o valor de 1.129.389,00€. (859.433,00€ - 2015).

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Mas, na realidade o aumento dos Impostos Recebidos em 2016, em relação ao ano

anterior foi de 647.788,00€, representando 6%.

E para ter havido este aumento nas rubricas indicadas é porque aumentaram os:

Impostos Directos:

o Imposto Municipal sobre Imóveis;

o Imposto Único de Circulação;

o Imposto Municipal sobre Transmissão Onerosas de Imóveis;

o Derrama.

� Impostos Indirectos:

o Mercados e Feiras, Loteamentos e Obras, Ocupação da Via

Pública, Publicidade e Outros.

Assim, este aumento de receita deve-se exclusivamente a um maior pagamento de

impostos pelos cidadãos e agentes económicos caldenses e também bens. Aliás,

quando da aprovação do Orçamento/2017 e 2016, já o PS tinha chamado à atenção

para este muito significativo pormenor. Portanto, quando se pretende destacar este

facto, ele realmente existe porque os caldenses pagaram efectivamente mais

impostos.

Em 2016 o valor do somatório dos Impostos mais as Taxas e Multas Recebidos foi

de 11.305.328,00€, representando 56,9% dos Proveitos Operacionais.

Ano Impostos

Directos

Impostos

Indirectos

Taxas Total

2013 8.907.473,00€ 227.843,00€ 408.726,00€

2014 9.578.294,00€

(670.821,00€-

7,5%)

165.550,00€ 503.069,00€

2015 9.876.377,00€

(298.083,00€-

3,1%)

302.908,00€ 478.255,00€ 10.657.540,00€

2016 10.522.490,00€ 284.730,00€ 498.108,00€ 11.305.328,00€

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(646.113,00€-

6,5%)

Evolução

p/ 2013

1.615.017,00€ 56.887,00€ 89.382,00€ 1.761.286,00€

% 18,1% 29,4% 21,9% -

Aliás, tem vindo a registar-se um progressivo aumento do valor relativo dos

Impostos+Multas e uma diminuição das Transferências e Subsídios nos Proveitos

Operacionais, demonstrando bem a importância desta rubrica para o funcionamento

da CMCR.

Ano Impostos + Multas

Recebidos

% Transferências e

Subsídios

%

2013 9.643.833,00€ 52,9% 7.748.170,00€ 42,5%

2014 9.710.312,00€ 54,5% 7.414.013,00€ 41,6%

2015 10.657.540,00€ 55,6% 7.729.072,00€ 40,3%

2016 11.305.328,00€ 56,9% 7.797.833,00€ 38,4%

2 – Projectos/Programas – É habitual efectuarmos uma análise aos

projectos/programas propostos no PAA e Orçamento e, discordando daquilo que

designamos como o grau zero da política do executivo camarário nas Caldas da

Rainha, isto é, a prática habitual de abrir rubricas para a realização de projectos

que todos os partidos reconhecem como fundamentais e em relação aos quais o

executivo nada executa. Enunciamos, alguns, a título de exemplo, que há anos

permanecem no limbo das "coisas indispensáveis por fazer que nunca se farão":

Cultura:

• Quinta da Saúde: prevista: 14.023€;

Acção Social:

• Fundo de emergência social (equipamento): prevista: 2.500€;

• Transferências âmbito social (JF): prevista: 11.661€;

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Saúde:

• Conservação dos pavilhões do parque: verba prevista: 14.688€;

• Balneário Novo: verba prevista: 30.642€;

Habitação e Urbanização:

• Habitação JOVEM - Freguesias: verba prevista para anos seguintes (tal como em

orçamentos anteriores): 1.000.000€.

• Iluminação sustentável: prevista: 146.500€;

• Conservação rede viária Cidade e Coto: prevista: 58.975€.

Comércio:

• Abrigos TOMA;

Desenvolvimento Económico

Turismo:

• Requalificação da Frente Lagunar: prevista: 123.001€.

• Açude insuflável Tornada: prevista: 27.700€.

Comunicações:

• Estrada Caldas/Santa Catarina/Benedita: prevista: 37.101€.

Administração Municipal

Modernização dos Serviços:

• Renovação de equipamento informático para:

o Cultura: prevista: 11.568€.

o Juventude: verba prevista: 1.796€.

o Educação: verba prevista: 26.850€.

Esta situação começa a ser muito contínua, repetitiva, monótona e pouco eficaz, tal

a sua frequência e também já percebemos que não tem qualquer interesse para o

EM, porque continua a cometer sistematicamente as mesmas lacunas políticas.

Como, entendemos que, estamos em fim de mandato, consideramos mais

oportuno, agora apresentarmos algumas questões de enquadramento político com

base nos documentos agora em análise:

1. Parques de Estacionamento – É referido no RG (pág. 108) que os 3 parques de

estacionamento apresentam uma determinada ocupação. No entanto, gostaríamos

de saber a opinião do Sr. Presidente sobre as seguintes questões:

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• Como é que interpreta a situação verificada no Parque 5 de Outubro, que é o que

tem mais assinantes e menos ocupação ocasional?

• Sabendo que, o valor da média diária de utilização no Parque 5 de Outubro é de

521 carros, se não considera este valor muito baixo em relação ao grande número

de viaturas que entram todos os dias na cidade e estacionam à superfície, muitas

vezes de uma forma irregular?

Em caso afirmativo, como pensa o EM resolver o problema se se quiser combater a

desertificação que se está verificar na cidade.

2. Desenvolvimento Económico – Sabendo da importância do desenvolvimento

económico para qualquer região territorial, como ainda é possível verificar a aposta

nesta área com os valores que vêm mencionados no RG (pág. 125), em que se

registam os seguintes factos:

• Ações de promoção turística com um baixíssimo valor de investimento e um muito

fraco valor de execução (70% - previsto 24.710,00€ e executado – 17.311,00€);

• Não é importante apostar nesta área com o incentivo à captação de empresas e os

objectivos políticos de requalificação da zona industrial?

• Não deveríamos ter mais e melhor capacidade em realizar investimento para a

atracção e fixação de empresas no concelho?

• E não deveria haver menos gastos em viagens de representação internacional com

significado retórico e sem efeito no indispensável reforço da centralidade territorial

das Caldas da Rainha, factor fundamental para a fixação de novos agentes

económicos?

3. Como interpreta o Sr. Presidente o facto de se verificar todos os anos um aumento

progressivo dos Custos Operacionais da CMCR, quando se está ainda numa fase de

rigor orçamental.

Resultados Operacionais

Ano Custos Proveitos

2012 19.590.882,00€ 18.790.026,00€

2013 20.360.438,00€ 18.224.325,00€

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2014 21.426.798,00€ 17.224.325,00€

2015 21.486.332,00€ 19.170.449,00€

2016 22.326.029,00€ 20.329.376,00€

4. Atendendo à actual situação verificada com a desertificação da cidade, a dificuldade

de acessibilidade existente e aos valores indicados da receita no RG (Pág. 128-

132), mas com a falta dos dados da despesa, porque é que continua o EM a não ter

uma solução estratégica credível para o Mercado Abastecedor, Praça da Fruta,

Praça do Peixe e Mercado Semanal e até poderemos acrescentar a EXPO?

5. No mapa do Controlo Orçamental – Despesa, está indicado que:

a. Compromissos Assumidos no exercício – 27.497.040,47€;

b. Despesas Pagas – 23.440.960,33€;

c. Compromissos por Pagar – 4.056.080,14€.

Sabendo que o Saldo da Conta de Gerência do ano anterior foi – 4.738.876,00€,

podemos concluir que existe uma lacuna no Planeamento Orçamental da CMCR

todos os anos, para cumprir as suas responsabilidades económicas e financeiras,

em tempo útil?

Perante este cenário, consideramos que é preciso realizar todos os anos um

empréstimo bancário, se o valor do saldo da Conta de Gerência for inferior às

despesas previamente assumidas.

Com base nesta análise, concluímos que o Município das Caldas da Rainha deverá

futuramente ter em atenção os seguintes aspectos fulcrais para a melhoria da sua

eficácia governativa:

Mercado Abastecedor Praça da

Fruta

Praça

do

peixe

Semanal Receita

Mensal

Receita

Anual

Receita 3.000,00€ 3.500,00€ 800.00€ 3.500,00€ 10.000,00€ 117.891,25€

Despesa

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• Reestruturar o mapa orgânico dos Serviços Camarários, tendo como objectivo a sua

melhor adaptação e resposta aos desafios políticos do desenvolvimento económico

e social;

• Investir no progressivo apetrechamento técnico dos Recursos Humanos,

nomeadamente ao nível dos sistemas de produção e partilha de informação como,

por exemplo, os Sistemas de Informação Geográfica (SIG’s);

• Efectuar mais e melhor planeamento, organização e gestão dos projectos,

valorizando e reforçando o número e qualidade dos projectos e parcerias europeias

como elemento fundamental da diversificação dos recursos de financiamento;

• Recusar o aumento sistemático da receita à custa de maiores encargos dos

munícipes, focalizando as políticas municipais no objectivo central da diversificação

da base económica do concelho;

C. Quanto à Prestação de Contas, destaca-se um nível de execução orçamental

anual baixo nos seguintes programas:

• Saúde – 40,9% (22,6% - 2015; 6,4% - 2014);

• Habitação – 0,0%;

• Iluminação Pública – 26,6%;

• Planeamento Urbanístico – 27,2% (4,28%);

• Cemitérios – 0,0 (43,97% - 2015 27,78% - 2014);

• Turismo – 56,3% (49,4% - 2015; 11,65% - 2014);

Atendendo à importância que têm para o desenvolvimento económico e social das

Caldas da Rainha, não podemos deixar de dar uma palavra especial, entre outras,

sobre as seguintes áreas de actuação da política municipal:

1. Baixíssimo investimento em áreas estratégicas como é o caso da Cultura,

Turismo, Habitação, Juventude, Zonas Industriais/Empresariais e Ambiente.

2. Na área do Planeamento Urbanístico, verifica-se uma estabilização

inexplicável, quanto à evolução dos instrumentos de Planeamento Territorial e

Urbano, nomeadamente das seguintes:

• Projectos de Especialidades do Plano de Pormenor do Centro Histórico das Caldas

da Rainha (PPCH_CR) – indispensável para a requalificação e valorização do Centro

Histórico da cidade e, consequentemente, da inversão da sua desertificação,

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melhoria das suas qualidades ambientais e valorização como local de fixação de

novos agentes económicos;

• Plano Estratégico do Concelho (2015-2030);

• Plano de Urbanização da Foz do Arelho e da Área de Integração do Nadadouro;

• Plano de Pormenor da Área de Equipamento de Apoio Náutico da Foz do Arelho;

Em termos globais verificamos que continuam a existir determinadas características

na acção política do executivo camarário, contra as quais manifestamos a nossa

discordância frontal:

� Opções políticas que não permitem o efectivo desenvolvimento económico e

social do concelho na sua diversidade, desde o litoral ao interior, assegurando

globalmente a coesão social e territorial;

� Opções políticas que não investem no reforço da centralidade territorial e na

adequada modernização da cidade das Caldas da Rainha em particular,

nomeadamente ao nível da qualidade ambiental e urbana, como várias vezes

alertámos nesta AM;

� Ausência de uma visão estratégica coerente e devidamente informada,

planeada e partilhada, balizadora não só das opções e acções políticas do município

como também dos objectivos e acções de todos os agentes económicos e sociais;

� Uma exagerada actuação com base na atribuição de

subsídios/transferências, (1.741.608,00€ - 2015), sem que o regulamento

municipal de atribuição de subsídios e transferências, que regule e enquadre estas

acções, esteja devidamente actualizado;

3 – Conclusões

Respeitamos todos os constrangimentos que a actividade pública municipal exige,

bem como um executivo que tenha poucas ideias e prioridades diferentes das

nossas, que até nem tenha muitas obras para fazer ou apresentar, caso não tenha

condições para as realizar. Mas o que não é aceitável é constatar a acção política de

um executivo com as seguintes características:

• Implementação de projectos desfasados de uma estratégia minimamente elaborada

de integração das políticas municipais nas várias áreas de actuação com os

objectivos políticos globais de desenvolvimento económico e social;

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• Desvalorização pelas propostas e recomendações válidas dos partidos da oposição,

cujas acções, propostas e sugestões são uma demonstração inequívoca da sua boa

fé.

Por nós, continuaremos a defender um forte investimento nas condições de

acolhimento de todos os agentes económicos, famílias e empresas, factor

fundamental para a concretização do desejável objectivo político de diversificação

da base económica do nosso concelho, porque o Município das Caldas da Rainha

não investe na requalificação das Zonas Industriais existentes, nem planeia a

execução de novos espaços atractivos para a fixação de novas empresas ou

ampliação da actividade de empresas já existentes.

Continuaremos a entender ser necessário implementar um Plano de Incentivos à

Captação de Investimento, instrumento indispensável para o reforço da

centralidade territorial e de mercado das Caldas da Rainha, que este Município

efectivamente não tem.

Entendemos ainda que é absolutamente necessário implementar um Plano

Municipal de Turismo, que acentue, focalize e integre as diversificadas acções

estratégicas e opções políticas do Município através de um forte e sustentado

investimento no Termalismo, Saúde e Bem-estar. Investimento que não só permita

o crescimento do número e qualidade dos visitantes, como melhore efectivamente

a qualidade de vida dos cidadãos caldenses, favorecendo a fixação de novos

agentes económicos, famílias e empresas.

Não é possível promover o turismo no concelho com um investimento anual

executado de apenas €17.300,00. É preciso divulgar a nossa terra, as nossas

gentes, cultura e património aquém e além fronteiras, ter presença nos principais

certames nacionais e internacionais da especialidade. Não basta reagir à falta de

representatividade do Oeste no certame da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).

Exige-se que o EM, tenha a capacidade de antecipar, de planear e agir antes dos

factos consumados, de ser proactivo na valorização e promoção do nosso concelho.

Por outro lado, como é possível que o Município das Caldas da Rainha continue, ano

após ano, mandato após mandato, a fazer tábua rasa de um sector económico e

social tão relevante como a Agricultura e o mundo rural?! O investimento do EM na

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Agricultura esgota-se na manutenção dos caminhos vicinais. É manifestamente

incipiente para apoiar este sector económico e social que precisa urgentemente de

ser promovido e que pode e deve ser beneficiado com investimento intermunicipal

ao nível da investigação e inovação tecnológica, por exemplo.

Por fim, referimos que as nossas preocupações continuam a dirigir-se para o

objectivo da construção de uma liderança forte e esclarecida do Município, o que

implica a existência de uma boa política integrada em todas as áreas do domínio

público, com objectivos bem definidos, os meios bem seleccionados, apoiada numa

estratégia consolidada e com uma ampla discussão e participação públicas.

Atendendo às várias situações verificadas durante o ano de 2016, o PS afirma que

não deixaremos de reclamar em tempo útil o Direito à Oposição, através de todas

as formas legais ao nosso alcance, sempre que verificarmos que os procedimentos

democráticos em vigor não estejam a ser devidamente cumpridos.

D. Por tudo aquilo que apresentámos ao longo desta declaração política em relação

à Prestação de Contas e Relatório de Gestão da CMCR para o exercício de 2016, o

voto do PS é contra.”

3 – Relatório e contas dos serviços municipalizados da câmara municipal – ano de

2016;

Atendendo que, em 2016:

• Se verificou uma ligeira diminuição do consumo de água em – 6,2% (12,4% -

2015; -2,9% - 2014), evidenciado pelos utilizadores domésticos;

• As perdas de água aumentaram 1.486.323 m3 – 32,2% (1.426.456 m3, 29,9% -

2015; 35,2% - 2014) (Nível nacional – 30,5%), levando a perceber que muito

havia a ser feito antes de se proceder aos aumentos tarifários;

• Se manteve constante o nº de clientes, 302 – 1% (255 clientes, 0,9% - 2015;

0,3% - 2014);

• Se verificou um aumento dos Custos com o Pessoal;

• Continuamos a não concordar com a alteração tarifária aprovada a 9 de Dezembro

de 2015 nesta AMCR, com o argumento de ir equilibrar economicamente os SMCR,

através da recuperação dos resultados operacionais dos últimos anos, porque não

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nos parece ser a causa directa as mudanças pretendidas. E o tempo deu-nos razão

porque, o esforço exigido aos cidadãos, não correspondeu de forma directa para a

melhoria da qualidade do abastecimento;

• Foram imensos os casos de água poluída que chegou às casas muitos caldenses,

durante muito tempo, e que o PS teve a oportunidade de solicitar esclarecimentos

nesta AM e CM em tempo útil;

• Se continua a comprar todos os anos 2 milhões de m3. É, por isso obrigatório uma

renegociação com os fornecedores.

• Não nos apercebemos da existência do Relatório de Auditoria;

A posição de voto dos membros do PS, sobre o Relatório e Contas dos SMCR –

2016, é a abstenção”.

O membro da Assembleia António Cipriano fez a seguinte intervenção:

“A “Prestação de Contas “ é o momento em que é feito o diagnóstico sobre a

energia, força e, dinamismo do município, através da análise da situação financeira.

Analisa-se o que foi feito, o que se esta a fazer, e a sustentabilidade financeira do

município.

Este executivo habituou os caldenses a uma gestão criteriosa dos recursos públicos,

pelo que não seria necessário analisar os documentos de prestação de contas, para

saber que a município goza de uma boa situação financeira. Não obstante ser

importante evidenciar os bons resultados financeiros da “prestação de contas”,

estes não são um fim em si mesmo.

Permitam-me olhar para fora, para os efeitos da “prestação de contas” na vida dos

caldenses. A poucos meses do final do presente mandato temos um concelho mais

vivo, economicamente mais dinâmico e empreendedor, numa óptica de

desenvolvimento inovador, em que a matriz água-barro não foi esquecida. Hoje, os

caldenses vivem com esperança, e confiança reforçada no futuro. Mas não uma

esperança vã, distante. O futuro é já hoje. Um presente/ futuro com certezas e

segurança.

O desemprego no concelho reduziu-se em mais de 40%, sendo necessário recuar

até 2001 para encontrar um número tão baixo de inscrito no centro de emprego.

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Novos investimentos privados foram anunciados e concretizados: ROL/Schefler –

investimento de 23 milhões de euros (+100 postos de trabalho); Grupo Alemão

Martin, investimento de 5 milhões; empresas da região que se deslocalizaram para

o concelho (Varios Sabores, Lda da Benedita), reforço da Fabrica Bordalo Pinheiro,

investimentos na agricultura e pecuária. Não obstante sermos um concelho de

serviços somo o 4º maior concelho do distrito em volume de negócios, exportando

quase 100 milhões de euros. Tivemos taxas de ocupação hoteleiras elevadas, fruto

do incremento do turismo no concelho. Tivemos em 2016 um incremento da

actividade económica concelhia, bem patente no acréscimo de novos processos de

licenciamento em mais de 18% e no consequente aumento das receitas correntes

do município.

Temos uma cidade mais bonita, mais aprazível, mais contemporânea, mais amiga

do cidadão, fruto das obras de regeneração urbana, e de projectos inovadores

como a Rota Bordaliana. Regressamos ao Parque D. Carlos I, a qual foi restituído a

dignidade perdida após anos de abandono pelo poder central. Voltamos a ter

eventos com dimensão nacional como a Feira dos Frutos, ou o Festival do Cavalo

Lusitano. O património Termal voltou a ser alvo de atenção, estando o Hospital

termal perto da sua reabertura.

Continuamos a ser uma cidade de cultura com, múltiplos eventos que de destacam

em 2016 a MOLDA e o SIMPETTRA.

Somos um concelho de desporto, com múltiplos eventos com os internacionais de

Badminton, o campeonato internacional de artes marciais ou os campeonatos de

danças desportivas. Temos um concelho com infra-estruturas desportivas, com

campos e pavilhões, cheios de jovens (vejam os mapas de ocupação das

estruturas).

Continuamos a nos afirmar como um concelho de educação, com ópticas

infraestruturas físicas e projectos pedagógicos inovadores com o “Conhecimento em

Movimento”, ou o Aprender Mais CR: com iniciativas como Jazz na Escola, Yoga no

pré-escolar, mandarim., que nos auxiliaram na obtenção de excelentes resultados

escolares.

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Mas 2016 foi também um ano de reflexão, de parar para pensar, de perspectivar o

futuro. 2016 foi o ano do inicio da elaboração do Plano Estratégico pela “Augusto

Mateus Associados”., com a realização de conferências temáticas com objectivo da

obtenção de contributos da sociedade civil.

E tudo isto mantendo a sustentabilidade e a saúde financeira do município.

Permitam-me evidenciar alguns dados financeiros

Em 2016 tivemos um aumento das receitas próprias do município em mais

€352.328 fruto do aumento da verba decorrente de impostos directos consequente

do incremento da actividade económica do concelho.

Em 2016 tivemos um desvio positivo ao nível das receitas correntes face ao

orçamentado em €656.427,00.

As Receitas próprias do Município cobrem 62% das despesas Totais (Independência

Financeira).

Saldo corrente P - (RC-DC) = €3.943.017 (ou seja as receitas correntes são

superiores às despesas correntes em mais de 3 milhões de euros)

Saldo corrente Primário (diferença entre receitas correntes e despesas correntes

sem juros) =€3.877.011

Ou seja A CMCR, supre a regra de ouro das finanças públicas de Saldo Corrente

Primário, nulo ou superavitário.

Significa isto que as receitas correntes do município suportam a totalidade da

despesa corrente e dos juros, libertando ainda €3.8777.011 para a Despesas de

Capital (Investimento)

Juros representam apenas 0,26% da despesa total

Liquidez Geral de 161,88%

Liquidez Imediata de 151,21%

Os SMAS geraram um Casflow de €2.267.123 (+5% do que em 2015) e um

resultado líquido positivo de €467.064,19

Em 2016 o município gerou um cashflow de €4.979.021

SALDO DE GERÊNCIA POSITIVO EM €5.401.532,54

Tudo isto mantendo uma política de baixa intensidade fiscal.

Meus senhores e minha senhoras.

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Em 2016, muito foi feito. Mas muito ainda há para fazer. Os documentos de

“Prestação de contas” reflectem na íntegra o esforço, a dedicação, empenho e o

rigor, desde executivo no trilhar de um caminho de desenvolvimento.

O Padre António Vieira dizia:

“Para falar ao vento bastam palavras, para falar ao coração são precisas obras”

Marca água desde executivo e desta maioria, não são as palavras, mas sim as

obras. É com as “obras” bem expressas na prestação de contas, que falamos ao

coração dos caldenses”.

O membro da Assembleia Joana Agostinho fez a seguinte intervenção:

“A execução do orçamento de 2015 revela uma evolução positiva: taxa de execução

da receita de 95,2% (69% em 2014); taxa de execução da despesa de 80,1%

(71,9% em 2014).

O resultado líquido é negativo, no montante de -57.584 euros, em contraste com o

resultado ligeiramente positivo de 2015 (76.761 euros), mas longe do resultado

negativo de 2014 (-2.182.992 euros). A situação actual deve-se ao facto dos

resultados financeiros, cujo saldo é positivo, mas em queda, acabarem por não

anular os resultados operacionais negativos, apesar destes terem evoluído

positivamente. As contas revelam que, apesar de terem aumentado, os proveitos

operacionais continuam a não cobrir os custos operacionais, continuando estes a

aumentar quase na mesma proporção.

A dívida total aumentou para 7.809.349 euros (7.192.000 euros em 2014), embora

este aumento se deva essencialmente à incorporação das prestações ao FAM. A

dívida a médio prazo diminuiu, mas aumentou a de curto prazo. O montante global

da dívida corresponde a cerca de 20% do limite de endividamento e a liquidez

imediata situa-se acima dos 150%.

Partindo deste quadro, faz sentido referir o que concluíram as auditorias efectuadas

às contas da CMCR.

Para a DFK, as contas são fiáveis, não obstante as reservas que ainda persistem

relativamente à inventariação e valorização de bens imóveis, assim como a

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polémica questão dos valores recebidos pelo município referentes a obras

financiadas pelos SMAS.

Quanto à auditoria realizada pela IGF, abrangendo o triénio 2012-2014, vale a pena

destacar algumas das conclusões do seu relatório (datado de Outubro de 2015,

mas que só agora é dado ao nosso conhecimento oficial):

Manutenção, entre 2012/2014, de uma prática sistemática de empolamento das

receitas orçamentais, com reduzidas taxas de execução (2014: 85%), em especial,

na componente de capital (2014: 36%), o que possibilitava e potenciava, de forma

artificial, a realização e/ou existência de elevados montantes de despesa para o

pagamento dos quais não existiam disponibilidades financeiras (2014: m€ 5,8).

Cumprimento, entre 2012/2014, do princípio do equilíbrio orçamental em sentido

substancial, o que espelha uma gestão orçamental equilibrada e, assim, a não

concretização do risco a que aludimos.

Crescimento significativo da dívida entre 2012/2014 (m€ 1,4 e 18%), passando

para m€ 9, ainda que apenas por força da consideração, no último ano, da relativa

à subscrição das unidades de participação no FAM (m€ 1,4).

Existência de um nível global de endividamento sustentável face ao quadro

financeiro da autarquia, em especial, às receitas orçamentais, bem como uma

situação financeira de curto prazo equilibrada.

Cumprimento, no final de 2013 e 2014, dos limites legais de endividamento.

Em termos globais, a situação financeira da CMCR é estável e confortável,

sobretudo quando comparada com a da maioria dos municípios.

Neste mandato autárquico, tem sido evidente o esforço do actual executivo no

sentido de expurgar as práticas menos boas da gestão anterior, o que acaba por

contaminar o presente mandato.

Faltando aproximadamente um semestre para o fim do actual mandato dos órgãos

autárquicos, é preocupante constatar a evidente incapacidade do município em

alcançar investimentos que viabilizem novos projectos estratégicos, correndo-se o

risco de parecer que, do ponto de vista financeiro, que este mandato não é mais do

que uma sequela menor da aplicação de fundos do anterior quadro comunitário de

apoio.

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Em suma, o problema não está tanto no presente, mas no que pode vir a acontecer

no futuro.

Assim sendo, repito as perguntas que já foram feitas em exercícios anteriores:

O que fazer para aumentar os recursos próprios da autarquia?

Que perspectivas para um eventual aumento de receitas de capital?

Onde e com que prioridade vão ser aplicados os mais de 5 milhões de euros

aquando da integração deste saldo de gerência no orçamento de 2017?”

O Senhor Presidente da Câmara respondeu às perguntas que lhe foram

colocadas.

Esclareceu que o município executou 97,8% mas falta ainda fazer muita coisa,

falta, mas então perguntou o que propõem que se deixe de fazer para poder

executar outras.

Há obras que constam no Plano há vários anos porque ainda não houve

oportunidade de as fazer.

Por vezes a Câmara é criticada relativamente às despesas com eventos, mas não

podemos esquecer que toda a cidade ganha em termos do comércio, restauração,

ocupação hoteleira, etc e para haver turismo, vivência cultural, crescimento

económico e comercial tem que haver festas e consequentemente despesa.

A receita tem aumentado em diversos sectores fruto da maior dinâmica no

concelho. Os impostos não aumentaram, o que está a originar o pagamento de

mais impostos resulta do aumento da actividade económica, mais construção e

consequentemente mais IMI a pagar.

Sobre o índice de transparência municipal disse que o Presidente da Associação

Nacional de Municípios Portugueses declarou que o estudo que foi feito não tem

credibilidade.

Sobre os ajustes directos disse que na sua maioria são com consulta, à excepção

daqueles de baixo valor, e apenas para agilizar os processos.

Sobre o estudo da Bloom, ao contrário do que foi dito, os concelhos que estão à

nossa frente são todos maiores que o nosso.

Justificou o baixo investimento que se está a verificar com os Fundos Comunitários.

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DAS CALDAS DA RAINHA

SESSÃO ORDINÁRIA

ACTA Nº 3/2017

Acta n.º 03 de 11 de Abril de 2017

113

Posta à votação a deliberação da Câmara nº 542/2017 de 29 de Março

“DOCUMENTOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS DA CÂMARA MUNICIPAL DAS

CALDAS DA RAINHA – ANO DE 2016”, foi aprovada por maioria com oito

votos contra do PS, CDS e CDU, duas abstenções do MVC e dezassete votos

a favor.

Posta à votação a deliberação da Câmara nº 546/2017 de 29 de Março

“RELATÓRIO E CONTAS DO ANO DE 2016 DOS SERVIÇOS

MUNICIPALIZADOS DA CÂMARA MUNICIPAL DAS CALDAS DA RAINHA”, foi

aprovada por maioria com sete abstenções do PS, CDS, MVC e dezanove

votos a favor.

O membro da Assembleia eleito pelo MVC Emanuel Ferreira Rocha Pontes

não participou na votação.

19 - 2.ª REVISÃO AO ORÇAMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DAS CALDAS

DA RAINHA E 2.ª REVISÃO ÀS G.O.P. (P.P.I. E A.M.R) PARA O ANO DE

2017:

Presente deliberação da Câmara nº 543/2017 de 29 de Março em que foi presente

a segunda proposta de revisão ao orçamento da Câmara Municipal das Caldas da

Rainha e segunda proposta de revisão às Grandes Opções do Plano – PPI e AMR –

Revisão n.º 2, para o ano económico de 2017.

A Câmara tomou conhecimento e deliberou aprovar.

Mais foi deliberado submeter a presente deliberação à ASSEMBLEIA MUNICIPAL

para efeitos do disposto na alínea a) do nº 1 do Artigo 25.º do Anexo I da Lei n.º

75/2013 de 12 de Setembro.

A presente deliberação foi aprovada em minuta nos termos do disposto no n.º 3 do

art.º 57.º do Anexo I da Lei n.º 75/2013 de 12 de Setembro e tomada por maioria

do Executivo Camarário, com 6 votos a favor e 1 voto contra.

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ACTA Nº 3/2017

Acta n.º 03 de 11 de Abril de 2017

114

Votaram a favor o Presidente da Câmara, Fernando Manuel Tinta Ferreira, o Vice-

Presidente Hugo Patrício Martinho de Oliveira e os Vereadores Maria da Conceição

Feliciano Antunes Bretts Jardim Pereira, Alberto Manuel de Oliveira Reis Pereira, Rui

José Antunes da Cunha Simões Correia e Jorge Manuel dos Santos Sobral. Votou

contra o Vereador Rui Filipe Nobre Gonçalves, o qual apresentou a seguinte

declaração de voto:

“Tem esta Revisão o objectivo de inserir o saldo de 2016 nas GOP e Orçamento de

2017. Tem sido norma na discussão das GOP e Orçamento, a elaboração de

propostas por parte do CDS-PP, no sentido de as vermos concretizadas e mais uma

vez assim sucedeu relativamente a 2017. Algumas das propostas apresentadas são

recuperadas de anos anteriores, uma vez que nunca foram concretizadas pela

maioria do PSD, outras foram introduzidas nas GOP este ano, sempre com

introdução fictícia é certo, mas também sempre sem verba, com o argumento de

que a verba será atribuída através do saldo de gerência que vier a transitar.

Estando perante a introdução do saldo de gerência de cerca de 4.600.000,00€, não

está contemplada nenhuma das propostas apresentadas pelo CDS-PP, aliás como é

habitual. Isto manifesta mais uma vez, a habitual sobranceria, desprezo e

arrogância face às propostas da oposição.

Sabemos que as opções políticas do PSD, estão nos antípodas das opções do CDS-

PP, mas também sabemos que o caminho que está a ser trilhado nos levará a um

beco sem saída, que não tardará, como demonstramos na apreciação que fazemos

do “Relatório e Contas” de 2016.

A verba agora em transição, resultante do saldo de 2016, é como sempre tem sido,

aplicada numa política de continuidade, em grande parte de reforço de verbas

destinadas a eventos de atração pontual e de menor interesse em termos

económicos, sem que se conheça se quer, se têm ou qual o seu retorno.

O CDS-PP discorda em absoluto deste tipo de política fácil e sem rumo, pelo que

vota CONTRA esta Revisão às GOP e Orçamento.”

O Senhor Presidente da Câmara esclareceu que ao contrário de anos anteriores

não foram incluídas rubricas novas, apenas foram reforçadas algumas já existentes.

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ACTA Nº 3/2017

Acta n.º 03 de 11 de Abril de 2017

115

Posta à votação a deliberação da Câmara nº 543/2017 de 29 de Março foi

aprovada por maioria com três votos contra do MVC e CDS-PP, uma

abstenção da CDU e vinte e três votos a favor.

20 - 1.ª REVISÃO AO ORÇAMENTO DA RECEITA E DA DESPESA E PLANO

PLURIANUAL DE INVESTIMENTO PARA O ANO DE 2017:

Presente deliberação da Câmara nº 547/2017 de 29 de Março em que foi presente

ofício n.º 1154 dos Serviços Municipalizados da Câmara Municipal das Caldas da

Rainha, datado de 27 de Março de 2017, remetendo para efeitos de aprovação,

fotocópia da deliberação do Conselho de Administração tomada em reunião de 27

de Março de 2017, relativa à aprovação da 1.ª Revisão ao Orçamento da Receita e

da Despesa e Plano Plurianual de Investimentos para o ano de 2017.

A Câmara tomou conhecimento e deliberou ratificar a deliberação tomada pelos

Serviços Municipalizados da Câmara Municipal de Caldas da Rainha em 27 de Março

de 2017, relativa ao assunto mencionado em epígrafe.

Mais foi deliberado submeter a presente deliberação à ASSEMBLEIA MUNICIPAL

para efeitos do disposto na alínea a) do nº 1 do Artigo 25.º do Anexo I da Lei n.º

75/2013 de 12 de Setembro.

A presente deliberação foi aprovada em minuta e tomada por unanimidade, nos

termos do disposto no n.º 3 do art.º 57.º do Anexo I da Lei n.º 75/2013 de 12 de

Setembro.

O Senhor Presidente da Câmara referiu que foram abertas três rubricas para

investimentos importantes, o projecto de ampliação da ETAR das Caldas da Rainha,

complemento das redes de saneamento nas freguesias e aquisição de um veículo

limpa fossas.

Posta à votação a deliberação da Câmara nº 547/2017 de 29 de Março foi

aprovada por maioria com uma abstenção do CDS-PP e vinte e cinco votos

a favor.

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ACTA Nº 3/2017

Acta n.º 03 de 11 de Abril de 2017

116

O membro da Assembleia eleito pelo MVC Emanuel Ferreira Rocha Pontes

não participou na votação.

21 - PRÉDIOS INSERIDOS NO PATRIMÓNIO MUNICIPAL:

Presente deliberação da Câmara nº 526/2017 de 29 de Março em que foi presente

informação elaborada pela Unidade Financeira, Aprovisionamento e Património,

datada de 16 de Março de 2017, acompanhada de uma relação de 44 prédios a

inserir no Património Municipal.

A Câmara tomou conhecimento da informação supra referida e deliberou autorizar a

inserção no património municipal, dos 44 prédios constantes na listagem anexa ao

referido documento, de acordo com os pontos 2.8.1 e 4.1.1 do Pocal – Plano Oficial

de Contabilidade das Autarquias Locais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 54-A/99 de

22 de Fevereiro.

Mais deliberou a Câmara remeter a presente deliberação à Assembleia Municipal,

para efeitos de aprovação, nos termos do n.º 2 do art.º 27.º do Anexo I da Lei n.º

75/2013 de 12 de Setembro.

A presente deliberação foi aprovada em minuta e tomada por unanimidade, nos

termos do disposto no n.º 3 do art.º 57.º do Anexo I da Lei n.º 75/2013 de 12 de

Setembro.

O Senhor Presidente da Câmara esclareceu que se trata da actualização do

património municipal.

Posta à votação a deliberação da Câmara nº 526/2017 de 29 de Março foi

aprovada por unanimidade.

O Senhor Presidente da Assembleia marcou nova Sessão para o dia 18 de Abril.

22 - APROVAÇÃO EM MINUTA

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SESSÃO ORDINÁRIA

ACTA Nº 3/2017

Acta n.º 03 de 11 de Abril de 2017

117

A Assembleia Municipal deliberou aprovar a presente acta em minuta, nos termos

do disposto no n.º 3 do art.º 57.º da Lei n.º 75/2013 de 12 de Setembro.

HORA DE ENCERRAMENTO

Era uma hora e trinta minutos do dia doze de Abril de 2017 quando pelo Presidente

da Assembleia Municipal foi declarada encerrada a reunião da qual se lavrou a

presente acta que vai ser assinada por ele e por mim, Natércia do Rosário Marcelino

Colaço Tempero, Técnico de Informática do Grau 1, na qualidade de Secretária

desta Assembleia Municipal nos termos e para os efeitos do disposto no nº 2 do

art.º 57.º da Lei n.º 75/2013 de 12 de Setembro.