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ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA SÉTIMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DO DIA 19 DE MARÇO DE 1997, ÀS 09:00 HORAS. Pag.1 - Secretaria de Serviços Legislativos ATA N 025 - “A” PRESIDENTE - DEPUTADO BENEDITO PINTO (EM EXERCÍCIO) 1 SECRETÁRIO - DEPUTADO ROMOALDO JÚNIOR 2 SECRETÁRIO - DEPUTADO MANOEL DO PRESIDENTE O SR. PRESIDENTE - Declaro aberta a presente Sessão Extraordinária. Com a palavra, o Sr. 2 Secretário, para proceder à leitura da Ata. (O SR. 2 SECRETÁRIO PROCEDE À LEITURA DA ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 12 DE MARÇO DE 1997, ÀS 20:00 HORAS) O SR. PRESIDENTE - Em discussão a Ata que acaba de ser lida (PAUSA). Não havendo impugnação, dou-a por aprovada. Com a palavra, o Sr. 1 Secretário, para proceder à leitura do Expediente. O SR. 1 SECRETÁRIO (LÊ) - “Ofício nº 163/97, da Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral, em resposta ao Requerimento nº 25, do Deputado Emanuel Pinheiro; Ofício nº 053/95, da SANEMAT; Ofício nº 187/97, do PRODEAGRO e nºs 058 e 061/97, do BEMAT, todos em resposta a Indicações dos Deputados.” O SR. PRESIDENTE - Encerrada a primeira parte, passemos à segunda parte do Pequeno Expediente (PAUSA). Com a palavra, o nobre Deputado Eliene. O SR. ELIENE - Sr. Presidente, para apresentar três Indicações e um Requerimento de nossa autoria: 1) INDICAÇÃO: Indica ao Exm Sr. Governador do Estado, com cópias ao Exm Sr. Secretário de Estado de Agricultura, ao Ilm Sr. Presidente da EMPAER, ao Ilm Sr. Presidente Nacional da Agricultura, ao Ilm Sr. Presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso, a Ilmª Srª Delegada da Delegacia Federal de Agricultura de Mato Grosso, a urgente necessidade da inclusão do Município de Canabrava do Norte no PRONAF - Programa Nacional da Agricultura Familiar. Com fulcro na Resolução n 18/91, requeiro à Mesa Diretora, ouvido o egrégio Plenário, seja encaminhado expediente indicatório ao Exm Sr. Governador do Estado, com cópias ao Exm Sr. Secretário de Estado de Agricultura, ao Ilm Sr. Presidente da EMPAER, ao Ilm Sr. Presidente Nacional da Agricultura, ao Ilm Sr. Presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso, e a Ilmª Srª Delegada da Delegacia Federal de Agricultura de Mato Grosso, expondo a urgente necessidade da inclusão do Município de Canabrava do Norte no PRONAF - Programa Nacional da Agricultura Familiar. JUSTIFICATIVA

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Page 1: ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO … fileIlm Sr. Diretor-Presidente da CEMAT, a necessidade de expansão da rede de energia elétrica à Comunidade do Vale do Pacu,

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA SÉTIMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DO DIA 19 DE MARÇO DE 1997, ÀS 09:00 HORAS.

Pag.1 - Secretaria de Serviços Legislativos

ATA N 025 - “A” PRESIDENTE - DEPUTADO BENEDITO PINTO (EM EXERCÍCIO)

1 SECRETÁRIO - DEPUTADO ROMOALDO JÚNIOR

2 SECRETÁRIO - DEPUTADO MANOEL DO PRESIDENTE

O SR. PRESIDENTE - Declaro aberta a presente Sessão Extraordinária.

Com a palavra, o Sr. 2 Secretário, para proceder à leitura da Ata.

(O SR. 2 SECRETÁRIO PROCEDE À LEITURA DA ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 12 DE MARÇO DE 1997, ÀS 20:00 HORAS)

O SR. PRESIDENTE - Em discussão a Ata que acaba de ser lida (PAUSA). Não havendo impugnação, dou-a por aprovada.

Com a palavra, o Sr. 1 Secretário, para proceder à leitura do Expediente.

O SR. 1 SECRETÁRIO (LÊ) - “Ofício nº 163/97, da Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral, em resposta ao Requerimento nº 25, do Deputado Emanuel Pinheiro; Ofício nº 053/95, da SANEMAT; Ofício nº 187/97, do PRODEAGRO e nºs 058 e 061/97, do BEMAT, todos em resposta a Indicações dos Deputados.”

O SR. PRESIDENTE - Encerrada a primeira parte, passemos à segunda parte do Pequeno Expediente (PAUSA). Com a palavra, o nobre Deputado Eliene.

O SR. ELIENE - Sr. Presidente, para apresentar três Indicações e um Requerimento de nossa autoria:

1) INDICAÇÃO: Indica ao Exm Sr. Governador do Estado, com cópias ao

Exm Sr. Secretário de Estado de Agricultura, ao Ilm Sr. Presidente da EMPAER, ao Ilm Sr.

Presidente Nacional da Agricultura, ao Ilm Sr. Presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso, a Ilmª Srª Delegada da Delegacia Federal de Agricultura de Mato Grosso, a urgente necessidade da inclusão do Município de Canabrava do Norte no PRONAF - Programa Nacional da Agricultura Familiar.

Com fulcro na Resolução n 18/91, requeiro à Mesa Diretora, ouvido o

egrégio Plenário, seja encaminhado expediente indicatório ao Exm Sr. Governador do Estado,

com cópias ao Exm Sr. Secretário de Estado de Agricultura, ao Ilm Sr. Presidente da

EMPAER, ao Ilm Sr. Presidente Nacional da Agricultura, ao Ilm Sr. Presidente da Federação da Agricultura de Mato Grosso, e a Ilmª Srª Delegada da Delegacia Federal de Agricultura de Mato Grosso, expondo a urgente necessidade da inclusão do Município de Canabrava do Norte no PRONAF - Programa Nacional da Agricultura Familiar.

JUSTIFICATIVA

Page 2: ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO … fileIlm Sr. Diretor-Presidente da CEMAT, a necessidade de expansão da rede de energia elétrica à Comunidade do Vale do Pacu,

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA SÉTIMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DO DIA 19 DE MARÇO DE 1997, ÀS 09:00 HORAS.

Pag.2 - Secretaria de Serviços Legislativos

A Prefeitura Municipal, a Câmara Municipal de Vereadores e a Associação de Pequenos Produtores - CNB de Canabrava do Norte estão reivindicando a inclusão do Município no PRONAF, já que este se enquadra no programa, uma vez que os produtores são proprietários de terras com menos de quatro módulos fiscais, ou seja, 320 hectares, e que exercem exclusivamente a agricultura familiar, sem contar, portanto, com nenhum funcionário.

Os produtores necessitam desse apoio para poder sair do ostracismo em que se encontram, já que vem desenvolvendo apenas a pecuária de corte, sem maiores melhoramentos ou tecnologias.

Portanto, o programa serviria em muito para melhoramento genético bovino, a produção de novilho precoce, através de inseminação artificial, melhoramento da bacia leiteira.

Com esse programa, os cursos, Assistência Técnica do SENAR, INDEA e EMPAER encontrarão ressonância.

Com base no exposto, justifico esta indicação. Sala das Sessões, 19 de março de 1997 Deputado ELIENE - PSB.

2) INDICAÇÃO: Indica ao Exm Sr. Governador do Estado, com cópia ao

Ilm Sr. Diretor-Presidente da CEMAT, a necessidade de expansão da rede de energia elétrica à Comunidade do Vale do Pacu, no Município de Planalto da Serra.

Com fulcro na Resolução n 18/91, requeiro à Mesa Diretora, ouvido o

egrégio Plenário, seja encaminhado expediente indicatório ao Exm Sr. Governador do Estado,

com cópia ao Ilm Sr. Diretor-Presidente da CEMAT, a necessidade de expansão da rede de energia elétrica à Comunidade do Vale do Pacu, no Município de Planalto da Serra.

JUSTIFICATIVA A Comunidade do Vale do Pacu, no Município de Planalto da Serra, encontra-

se desprovida não só do sistema de distribuição de água como também o de energia elétrica. Portanto, a expansão seria de extrema valia, não só para a escola, a igreja e as

famílias residentes, como também para os pequenos, médios e grandes produtores da região, localizados entre a Fazenda Serra Azul, que já está servida de energia, e a Comunidade do Vale do Pacu.

Certos da sensibilização que provocará aos nobres Pares, pelo alcance da propositura, é que apresento esta Indicação, aguardando ressonância nas autoridades competentes constituídas.

Sala das Sessões, 19 de março de 1997 Deputado ELIENE - PSB.

3) INDICAÇÃO: Indica ao Exm Sr. Governador do Estado, com cópia ao

Exm Sr. Secretário de Estado de Educação, a urgente necessidade da ampliação e reforma da

Escola Estadual de 1 e 2 Graus “Alvarina Alves de Freitas”, no Município de Planalto da Serra.

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ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA SÉTIMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DO DIA 19 DE MARÇO DE 1997, ÀS 09:00 HORAS.

Pag.3 - Secretaria de Serviços Legislativos

Com fulcro na Resolução n 18/91, requeiro à Mesa Diretora, ouvido o

egrégio Plenário, seja encaminhado expediente indicatório ao Exm Sr. Governador do Estado,

com cópia ao Exm Sr. Secretário de Estado de Educação, mostrando a urgente necessidade da

ampliação e reforma da Escola Estadual de 1 e 2 Graus “Alvarina Alves de Freitas”, no Município de Planalto da Serra.

JUSTIFICATIVA

A Escola Estadual de 1 e 2 Graus “Alvarina Alves de Freitas” vem, na medida do possível, atendendo bem os alunos e alunas de Planalto da Serra.

Segundo a direção escolar, o atendimento só não é melhor em função de algumas questões infra-estruturais que precisam ser resolvidas, como a superlotação das salas de aula e a falta do muro que deixa a escola muito exposta aos efeitos do vandalismo.

Nesse sentido, a comunidade escolar (pais, alunos, professores e funcionários)

está reivindicando a sua ampliação através da construção do 2 pavilhão e da construção do muro para propiciar maior segurança, bem como reparos gerais para que tenha um aspecto apresentável e receptivo.

Com base no exposto e na reivindicação da Câmara, através do Vereador João dos Santos, é que justifico esta indicação, aguardando aprovação pelas e pelos nobres Pares.

Sala das Sessões, 19 de março de 1997. Deputado ELIENE - LÍDER DO PSB.

4) REQUERIMENTO: Com fulcro no Art. 268, alínea “h”, do Regimento

Interno deste Poder, requeiro à Mesa, ouvido o soberano Plenário, seja encaminhado ao Exm

Sr. Governador do Estado e ao Ilm Sr. Diretor-Presidente da EMPAER, Dr. Jeremias Leite, o presente expediente, solicitando na forma e prazo estatuídos as seguintes informações:

a) o que tem sido feito para viabilizar a ação do Escritório da EMPAER no Município de Porto Alegre do Norte?

B) quando o Escritório da EMPAER, em Porto Alegre do Norte, receberá um veículo novo?

c) quando serão instalados os novos computadores no Escritório da EMPAER em Porto Alegre do Norte?

d) qual o resultado do processo contra o Dr. Carlos Miotti, que pretende se instalar no escritório da EMPAER em Porto Alegre do Norte?

Sala das Sessões, 19 de março de 1997. Deputado ELIENE - LÍDER DO PSB. O SR. PRESIDENTE - Com a palavra, a nobre Deputada Zilda. A SRª ZILDA - Sr. Presidente, Srs. Deputados, para apresentar um

Requerimento de nossa autoria, nos seguintes termos: Tendo em vista o que estabelece o Art. 161, inciso IV, combinado com o Art.

268, alínea “c” e § 2, todos do Regimento Interno deste Legislativo Estadual Mato-Grossense, venho requerer à Mesa, após ouvido o soberano Plenário, seja deliberada a realização de Sessão Especial para o próximo dia 25, às 19:00 horas, no Auditório Milton Figueiredo, em

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comemoração aos 75 anos de fundação do Partido Comunista do Brasil - PC do B, conforme solicitação em anexo.

JUSTIFICATIVA A importância do PC do B - Partido Comunista do Brasil na história de nosso

País é incontestável, e a sua existência como instituição democrática e bandeira de luta pela liberdade e implantação do socialismo denotam a coerência, bravura e persistência de uma organização que resiste há 75 anos aos governos autoritários e ditatoriais, ao capitalismo imposto à sociedade. Falar ou discorrer sobre o PC do B certamente transformaria a nossa justificativa num verdadeiro dossiê histórico, como por exemplo nominar os tantos homens e mulheres que dedicaram suas vidas às causas e lutas pelo Partido. Não poderíamos, pois, ficar alheios à tão importante data.

Sala das Sessões, 19 de março de 1997. Deputada ZILDA - PDT. Recebemos, Sr. Presidente, um Ofício do Partido Comunista do Brasil,

assinado pelo Presidente do Comitê Estadual do PC do B, Altamirano Muniz Filho, nos seguintes termos:

“Ilmª Deputada, Neste ano o Partido Comunista do Brasil - PC do B, comemora 75 anos de sua

fundação, ocorrido em 25 de março, na cidade do Rio de Janeiro. Nesses 75 anos de existência, o PC do B vivenciou as mais diversas

experiências e situações muitas vezes adversas, onde tivemos que resistir às mais terríveis formas de violência e repressão. No entanto, estivemos presente nas principais lutas desenvolvidas pelo nosso povo, especialmente pelos trabalhadores. Jamais arriamos a bandeira da Democracia, Liberdade, Justiça Social e em defesa de um futuro digno e feliz para o nosso povo e para o nosso País.

No intuito de garantirmos maior dimensão às comemorações dos 75 anos do nosso Partido, solicitamos à nobre Deputada o encaminhamento de um Requerimento instituindo uma Sessão Especial alusiva a essa importante e histórica data.

Adiantamos que a referida Sessão poderia ser realizada no dia 24 de março, no Auditório Milton Figueiredo.

Sendo o principal para o momento, aproveitamos o ensejo para renovar os nossos protestos de elevada consideração e apreço.

SAUDAÇÕES SOCIALISTAS! ALTAMIRO MUNIZ FILHO Pres. do Comitê Estadual do PC do B” Por isso, Sr. Presidente, achamos justa essa solicitação. Estamos apresentando

este Requerimento para que esta Casa dê a oportunidade e esse Partido, o PC do B, que participa da História política deste País e comemora 75 anos de muita luta. E, gostaríamos de contar com o apoio de todos os Srs. Deputados. Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE - Com a palavra, o nobre Deputado Manoel do Presidente.

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O SR. MANOEL DO PRESIDENTE - Sr. Presidente, nobres Pares, para apresentar uma Moção de Congratulações:

Fundamentado no Art. 268, alínea “c” do Regimento Interno desta augusta Casa, ouvido o soberano Plenário, solicito à Mesa Diretora deste Poder o encaminhamento desta Moção de Congratulação à Rádio Cultura de Cuiabá, vazada nos seguintes termos:

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO tem o prazer

de congratular-se com a Rádio Cultura de Cuiabá, pelos relevantes serviços prestados na área de comunicação em geral, que há 37 (trinta e sete) anos vem-se pautando por um trabalho sério, constante e acima de tudo com competência, desempenhado pelo elevado “calibre” de seus profissionais.

Com uma cobertura total em toda Baixada Cuiabana e até os mais longínquos municípios, sempre proliferando sua conceituada programação que vem no dia-a-dia trazer entretenimento e informação, notadamente na cobertura desta Casa de Leis, nunca esquecendo-se de ressaltar a cultura deste Estado.

Foi baseado nesta história que, hoje, fazemos esta Moção de Congratulações à Rádio Cultura de Cuiabá, e esperamos, como cidadão mato-grossense, a continuidade eterna de tais serviços, onde sempre prezou pela transparência, seriedade e qualidade, ingredientes que sem sombra de dúvidas contribuem para o desenvolvimento de nosso Estado, nosso povo, nossa gente.

Sala das Sessões, em 19 de março de 1997. Deputado MANOEL DO PRESIDENTE - PDT. O SR. PRESIDENTE - Com a palavra, o nobre Deputado Moisés Feltrin. O SR. MOISÉS FELTRIN - Sr. Presidente, para apresentar quatro Indicações de

nossa autoria: 1ª) Indico ao Poder Executivo Estadual a necessidade de adotar providências

que culminem com a construção de uma ponte de concreto sobre o Rio Paraíso, localizado na rodovia estadual MT-260, entre o Distrito de Paraíso do Leste e a MT-130, no Município de Poxoréo.

Fundamentado no que dispõe a Resolução n 18/91, deste Poder Legislativo,

requeiro à Mesa, ouvido o soberano Plenário, seja enviado expediente ao Exm Sr.

Governador do Estado, Engenheiro Dante Martins de Oliveira, com cópia ao Exm Sr.

Secretário de Estado de Infra-Estrutura, Dr. Antônio Joaquim Moraes Rodrigues Neto e o Ilm Sr. Diretor-Presidente do DVOP, Engenheiro Vitor Cândia, mostrando a urgente necessidade de adotar providências que culminem com a construção de uma ponte de concreto sobre o Rio Paraíso, localizado na Rodovia Estadual MT-260, entre o Distrito de Paraíso do Leste e a MT-130, no Município de Poxoréo.

JUSTIFICATIVA A Rodovia Estadual MT-260, pela sua importância, pois liga a cidade de

Poxoréo ao seu principal distrito, que é o Paraíso do Leste, merece ter uma melhor atenção por parte do Governo do Estado. Por esta estrada passa tudo que se produz na região com destino a outros centros e, com isto, o fluxo de veículos de todas as partes, faz com que a boa

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trafegabilidade, fica comprometida devido ao estrago natural pela falta de manutenção e a ação do clima, que nesta época é constante.

O maior problema é enfrentado por todas as pessoas que transitam pela MT-260, e como a ponte sobre o Rio Paraíso está bastante danificada a solução é construir, urgentemente, uma ponte de concreto, sonho antigo de todos os segmentos da região de Poxoréo.

Sala das Sessão, em 19 de março de 1997 Deputado MOISÉS FELTRIN - PFL. 2ª) Indico ao Poder Executivo Estadual a necessidade de adotar providências

que culminem com a construção de uma ponte de concreto sobre o Rio Poxoréo, localizado na rodovia estadual MT-260, entre o Distrito de Paraíso do Leste e o Município de Poxoréo.

Fundamentado no que dispõe a Resolução n 18/91, deste Poder Legislativo,

requeiro à Mesa, ouvido o soberano Plenário, seja enviado expediente ao Exm Sr.

Governador do Estado, Engenheiro Dante Martins de Oliveira, com cópia ao Exm Sr.

Secretário de Estado de Infra-Estrutura, Dr. Antônio Joaquim Moraes Rodrigues Neto e o Ilm Sr. Diretor-Presidente do DVOP, Engenheiro Vitor Cândia, mostrando a urgente necessidade de adotar providências que culminem com a construção de uma ponte de concreto sobre o Rio Poxoréo, localizado na Rodovia Estadual MT-260, entre o Distrito de Paraíso do Leste e o Município de Poxoréo.

JUSTIFICATIVA O Rio Poxoréo é o maior e o mais importante que atravessa o Município de

Poxoréo e que liga de um lado a outro a Rodovia Estadual MT-260, que por sua vez é a rodovia que interliga a cidade de Poxoréo aos seus distritos mais importantes e que dá acesso ao Município de Tesouro.

O problema que mais aflige os moradores e todas as pessoas que necessitam trafegar pela MT-260 e, necessariamente, são obrigados a passarem sobre a ponte do Rio Poxoréo, é o seu estado lastimável de distribuição. A solução mais cabível e a única capaz de evitar uma tragédia maior e, consequentemente, o isolamento daquela região, é a construção de uma ponte de concreto, ponte principal da nossa indicação.

Sala das Sessão, em 19 de março de 1997 Deputado MOISÉS FELTRIN - PFL. 3ª) Indico ao Poder Executivo Estadual a necessidade de adotar providências

que culminem com a construção de uma ponte de concreto sobre o Rio Água Emendada, localizado na rodovia estadual MT-260, entre o Distrito de Paraíso do Leste e o Município de Poxoréo.

Fundamentado no que dispõe a Resolução n 18/91, deste Poder Legislativo,

requeiro à Mesa, ouvido o soberano Plenário, seja enviado expediente ao Exm Sr.

Governador do Estado, Engenheiro Dante Martins de Oliveira, com cópia ao Exm Sr.

Secretário de Estado de Infra-Estrutura, Dr. Antônio Joaquim Moraes Rodrigues Neto e o Ilm Sr. Diretor-Presidente do DVOP, Engenheiro Vitor Cândia, mostrando a urgente necessidade de adotar providências que culminem com a construção de uma ponte de concreto sobre o

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Rio Água Emendada, localizado na Rodovia Estadual MT-260, entre o Distrito de Paraíso do Leste e o Município de Poxoréo.

JUSTIFICATIVA Por ser uma região que agrega pequenas, médias e grandes propriedades, que

juntas produzem boa parte do que se consome na cidade de Poxoréo e cidades vizinhas, está por merecer maior atenção por parte do Governo do Estado.

A atual situação das estradas e das pontes que cortam aquela região é de total precariedade, notadamente a rodovia estadual MT-260, que liga a sede do Município de Poxoréo aos seus principais distritos, como Aparecidinha, Aparecida do Leste, Paraíso do Leste e outros. O maior problema está na ponte sobre o Rio Água Emendada, que necessita urgentemente da construção de uma ponte de concreto, fonte da nossa indicação.

Sala das Sessão, em 19 de março de 1997 Deputado MOISÉS FELTRIN - PFL. 4ª) Indico ao Poder Executivo Estadual a necessidade de adotar providências

que culminem com a construção de uma ponte de concreto sobre o Córrego Lavradinho, localizado na rodovia estadual MT-336, entre o entroncamento da MT-130 e o Projeto Itaqueré, no Município de São Joaquim.

Fundamentado no que dispõe a Resolução n 18/91, deste Poder Legislativo,

requeiro à Mesa, ouvido o soberano Plenário, seja enviado expediente ao Exm Sr.

Governador do Estado, Engenheiro Dante Martins de Oliveira, com cópia ao Exm Sr.

Secretário de Estado de Infra-Estrutura, Dr. Antônio Joaquim Moraes Rodrigues Neto e o Ilm Sr. Diretor-Presidente do DVOP, Engenheiro Vitor Cândia, mostrando a urgente necessidade de adotar providências que culminem com a construção de uma ponte de concreto sobre o Córrego Lavradinho, localizado na Rodovia Estadual MT-336, entre o entroncamento da MT-130 e o Projeto Itaqueré, no Município de São Joaquim.

JUSTIFICATIVA A região citada, a Rodovia Estadual MT-336, tem uma riqueza de elevada

importância para o Estado de Mato Grosso, pois nela se verifica uma agricultura da melhor qualidade, com plantio de soja, arroz, milho, feijão, algodão e outros, além da pecuária de corte e leite, qualificada como de primeira linha.

Porém, todas estas produções estão fadadas ao prejuízo, com enormes perdas devido à falta de melhor trafegabilidade da MT-336 e da possibilidade do trajeto ser interrompido, face o lastimável estado de destruição da ponte ora existente sobre o Córrego Lavradinha. A solução cabível e a única que irá dar resultado será a construção de uma ponte de concreto, antigo sonho de toda aquela comunidade e fonte da nossa indicação.

Sala das Sessão, em 19 de março de 1997 Deputado MOISÉS FELTRIN - PFL. O SR. PRESIDENTE - Com a palavra, o nobre Deputado Quinca dos Santos.

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O SR. QUINCA DOS SANTOS - Sr. Presidente, Srs. Deputados, para apresentar um Requerimento de nossa autoria:

Conforme disposições contidas no Art. 261 do Regimento Interno desta Casa, requeiro à douta Mesa, ouvido o soberano Plenário, seja encaminhado expediente a Ilmª Srª Presidente da PROSOL, solicitando informar o seguinte quesito:

I - quando serão efetivamente entregues às prefeituras os tratores e implementos adquiridos com recursos da Secretaria Federal de Assistência Social vinculado ao Ministério da Previdência e Assistência Social, para serem utilizados em serviços comunitários?

Outrossim, com suporte no aludido dispositivo regimental, seja consignado no próprio requerimento prazo razoável para seu atendimento, ficando então estipulado o prazo de 15 (quinze) dias para a resposta do pedido formulado.

Sala das Sessões, em 19 de março de 1997 Deputado QUINCA DOS SANTOS - PPB. O SR. PRESIDENTE - Não havendo mais orador inscrito no Pequeno... A Srª Serys Slhessarenko - Peço a palavra, pela Liderança do PT, Sr.

Presidente. O SR. PRESIDENTE - Com a palavra, pela Liderança do PT, a nobre Deputada

Serys Slhessarenko, que dispõe de 20 minutos. A SRª SERYS SLHESSARENKO - Sr. Presidente, Srs. Deputados, infelizmente nós

não tivemos o Grande Expediente, porque esta é uma Sessão Extraordinária, mas vamos falar nesses vinte minutos - não serão suficientes, mas dá para dizer alguma coisa - da nossa preocupação, Srs. Deputados aqui presentes, com o que está acontecendo em nosso Estado com relação aos recursos.

No ano passado, a novela do Governo é de que não tinha dinheiro para atualizar o salário com um, dois, três, quatro meses de atraso. Entrou janeiro com três meses de atraso e aquela confusão toda...

Eu pediria aos Srs. Deputados que atentassem, porque daqui a pouco, Deputado Moisés Feltrin, vai chegar aqui na Assembléia Legislativa mais um pedido de empréstimo do Governo. Ah, vai! Com certeza vai. Por quê? Porque está aqui: mês de janeiro...

O Sr. Moisés Feltrin - Permita-me um aparte, nobre Deputada? A SRª SERYS SLHESSARENKO - Pois não, nobre Deputado.

O Sr. Moisés Feltrin - Nobre Deputada, a Mensagem n 10 é sobre empréstimo, também. V. Exª sabe disso, não é? O Líder do Governo já tentou umas duas ou três vezes aprová-la, inclusive com o auxílio da Mesa, já passou em 1ª discussão, e trata de empréstimo, também.

A SRª SERYS SLHESSARENKO - Além dessas medidas camufladas, de possibilidade de empréstimo, virão aquelas bem abertas, em que ele atrasa dois, três, quatro meses de salário, Deputado, e depois que atrasa tudo isso, ele traz uma medida pedindo um empréstimo tipo assim: “V. Exªs votam o empréstimo, ou eu não pago o salário...” Porque isso já virou moda aqui. Aí tem que se aprovar de qualquer jeito, porque os servidores estão desesperados.

Agora V. Exªs vejam aqui: no mês de janeiro, a arrecadação foi de cento e setenta e cinco ponto oito milhões e, desses aí, cem milhões são provenientes de empréstimos e

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setenta e tantos milhões de Arrecadação. Aqui ele diz que pagou novembro e dezembro, que deu setenta e dois milhões, ou seja, a folha de pagamento está em trinta e seis milhões, Senhores. Trinta e seis milhões! E a Arrecadação, sem empréstimo, dá mais de setenta, ou seja, setenta e cinco milhões. Em janeiro, que costumam dizer ser um mês ruim, etc, etc. Fevereiro, dizem que também não é um mês bom; março, já começa a melhorar. Ontem, eu abordei o Secretário de Fazenda abertamente, na Audiência Pública, cheguei a ele e perguntei: Por favor, Sr. Secretário, qual a Arrecadação da primeira parte do primeiro trimestre do mês de março, porque eu sei que o pico da Arrecadação é de 10 a 12. De 20 a 30, dá uns 10% de arrecadação, não chega a 20%. Então, 80%, hoje, já foi arrecadado, do mês de março. E se o mês de março é um mês que já começa a melhorar a arrecadação, eu pergunto aos Senhores: O que foi feito da arrecadação do mês de março? Porque o pagamento, segundo a Constituição, tinha que começar dia 10. O pico da arrecadação é 10-12, e hoje nós estamos no dia 19. O que foi feito da arrecadação do mês de março?

Se até o dia 20 ele não se pronunciou em pagar salário, ele não vai pagar salário no mês de março, ou então ele está investindo esse dinheiro em outro lugar, o que não acho vantajoso, porque hoje não temos mais a ciranda. Se não há mais a ciranda financeira, aonde está guardado esse dinheiro? Está depositado em algum lugar esse dinheiro da arrecadação? Ou vai chegar o final do mês e ele não pagou, ou ele vai começar a receber a arrecadação no mês de abril e daí no começo de abril ele vai pagar o mês de fevereiro, e aí já está feita a porcaria - desculpem-me o termo.

Se entrar o primeiro de abril - que não será a grande mentira, porque para Dante de Oliveira tudo é uma grande mentira, não é? - e nós não tivermos efetuado o pagamento do mês de fevereiro do servidor público de Mato Grosso, adeus! Adeus! Está feita a história. Lá estarão os salários, novamente, atrasados, porque ele vai pagar em abril o mês de fevereiro e vai continuar com um mês atrasado.

É inacreditável, Senhores, este Governo que pegou 100 milhões agora, no mês de janeiro e fevereiro, cem milhões, que atualizou os salários, que fez... Eu não tenho aqui os dados, porque isso me chegou às mãos agora de manhã, apesar de fazer dias que eu já venho agendando por aí, para se saber o tanto de empréstimos que foi feito no ano de 95/96, que nós afirmávamos nos dois anos que todas as folhas de pagamento foram feitas com empréstimos, Deputado Benedito Pinto. Todas, praticamente. Eu sempre cobrava: Cadê a arrecadação? Eu quero saber da arrecadação do mês tal e do mês tal. Eu não sei. Cheguei a me perder.

Hoje, eu teria que requerer todos os discursos que fiz aqui para saber aonde foi essa arrecadação. Obrigatoriamente, até o dia de hoje, por baixo, sendo muito complacente, ele tem que ter arrecadado, já, cinqüenta milhões. Mas assim, com a maior benevolência: cinqüenta milhões.

E aí alguns dirão: “Ah, mas ele já repassou para os Poderes! Treze milhões para os Poderes.” Cinqüenta milhões menos treze milhões, sobram trinta e sete milhões, o que cobre e sobra a folha no total, e ele não dá nenhuma posição para o funcionalismo. Amanhã é dia 20, já vai acabar a semana e vai começar a semana com o dia 24, e se ele vai pagar só na semana que vem - bom demais se ele pagar na semana que vem, porque na outra semana nós já teremos o primeiro de abril.

Então, realmente nós precisamos, como Deputados, tomar uma atitude, exigir, saber aonde está o dinheiro da arrecadação.

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Meus Senhores, a arrecadação é o todo dos recursos do Estado que são trazidos, todo mês para os cofres do Tesouro. Se nós não exigirmos... É aquele Requerimento que eu encaminhei no começo de 1996, onde eu solicitei ao Governo do Estado, ao Tribunal de Contas, que colocasse junto aos cofres públicos uma Auditoria para diariamente nos fornecer os dados de entrada e saída dos recursos. Infelizmente, o meu Requerimento, que tinha sido aqui aprovado, foi logo depois rejeitado. Se isso não tivesse acontecido, tudo seria evitado, porque o dinheiro da arrecadação não teria sumido de vários meses de 1995, de vários meses de 1996... E já começou a sumir em 1997! Não sentiram muita falta no primeiro mês, porque tinha o gigantesco empréstimo que daria para pagar mais de quatro folhas, e o Governo pagou apenas duas folhas. O resto do dinheiro... Foram só duas folhas: setenta e dois milhões - de cento e setenta e cinco milhões. Sobraram mais de cem milhões. E são cento e setenta e cinco milhões, tirando o repasse aos municípios e tudo mais. Portanto, é arrecadação limpa, limpíssima! E, deste valor, ele tirou setenta e dois milhões. Sobraram mais de cem milhões. Para ser mais precisa, sobraram cento e três milhões e oitocentos mil reais deste pagamento aqui...(A ORADORA MOSTRA O QUADRO DEMONSTRATIVO DE RECEITA E DESPESA AO PLENÁRIO).

Só que aqui não aparece isso, porque ele fez não sei mais o quê, não sei mais o quê, e etc, etc. Mas, assim mesmo sobrou dinheiro.

Ele está aqui, dizendo que sobrou, entenderam? E, agora, ele não paga a folha de fevereiro e não há perspectiva. Porque ontem eu fui taxativa, cheguei ao Secretário e perguntei: Eu quero saber quanto foi arrecadado? Ele respondeu: “Ah! Pois é, tem que ver... Não sei o quê... Vou autorizar que ele passe... Etc, etc.” Em síntese, não me disse nada, ficou branquinho. E por que não paga? Quando começa a pagar? “Ah! Porque não sei o quê... Porque nós vamos ver... Porque salário é prioridade!...”

Salário é prioridade, Deputado Gilmar Fabris, que agora está aqui chegando, mas não pagam. Arrecadam, mas não pagam. E se nós continuarmos desse jeito, nessa permissividade, o que acontecerá? Chegará ao momento em que nós estaremos não mais com uma folha, como já estamos, porque o princípio constitucional diz que teria que pagar até o dia 10, amanhã é dia 20, e o Governo não pagou o mês de fevereiro. A continuar assim... Aliás, eu hoje já estou dizendo que a folha de pagamento, apesar de tantos empréstimos, de tanto endividamento com que o Governo encalacrou o Estado de Mato Grosso, já está com a folha de pagamento atrasada e não tem mais empréstimo.

Chega! Chega! Porque o Estado já está inviável. É só dívida e o sumidouro da fonte da arrecadação.

Eu gostaria - além de dizer do estado de preocupação dos funcionários, pelo não recebimento do salário do mês de fevereiro, e já feita a arrecadação - eu gostaria de fazer uma rápida fala, além da questão dos funcionários, que para isso, em nome disso, ele já entregou a CEMAT, BEMAT, já entregou todo o Estado de Mato Grosso e, agora, ele está querendo uma confusão, aí, com a SANEMAT.

Eu gostaria de fazer um relatório, aqui, com os Srs. Deputados que porventura não tenham estado presentes numa reunião que houve no Hotel Fazenda. Eu não sei se por sorte ou por azar, mas eu cheguei lá justamente na hora em que o Governador estava fazendo o seu discurso. Senhores, eu fiquei perplexa! Eu não tinha a menor intenção de ir lá ouvir o discurso dele, porque o seu discurso consegue me irritar, principalmente quando não posso usar a palavra para falar também.

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O Governador disse, em síntese, num discurso muito alongado, chamou os prefeitos, senhores estes extremamente ocupados - eu acho que ninguém aqui vai discutir que um prefeito tem muito o que fazer no seu município, tem pouco recurso, tinham vindo há poucos dias aqui em Cuiabá para uma outra reunião e ele chamou todos os prefeitos. “Atentem para discutir a questão da SANEMAT”, estava escrito lá. Discutir a questão da SANEMAT, municipalização - ele está dando o nome de municipalização - mas é privatização, porque ele mesmo disse isso. Chamou os prefeitos, encheu aquela sala de um tanto que não dava para ninguém se mexer. Chegou lá e fez um discurso gigantesco, dizendo que estava mais convencido do que nunca e que a melhor coisa para a SANEMAT era a municipalização, que inclusive já tinha avisado todos os empresários que estava com grandes possibilidades - eu não sei o que a municipalização tem a ver com os empresários. Privatização tem! Freud deve explicar isso aí... Portanto, ele cometeu esse ato de, ao invés de dizer “municipalização”, ele estava lá tratando era de “privatização”.

Mas o pior não foi isso, não! O pior foi ele chamar todos os prefeitos para fazerem papel de marionetes, de bonecos de presépio, pois foi o que os prefeitos fizeram lá. E nós, no final do discurso do Governador, quando eu saí da sala, muitos Prefeitos saíram extremamente irritados, por quê? Porque ele chamou para discutir, fez um discurso de 40 minutos, bateu na mesa e disse: “É irreversível o que eu estou dizendo, aqui! É o que vai acontecer.” Eu não estou entendendo! Que discussão é essa? Eu chamo todos os Prefeitos para discutir, digo o que é para ser feito, bato na mesa, e digo que é irreversível, que é isso que vai acontecer! A palavra “irreversível” eu marquei, na minha agenda, porque ele falou cinco vezes. E, no final, ainda falou assim: “E tem mais, a SANEMAT tem mais de 200 milhões em dívida, e os Prefeitos que se cuidem...” Eu acho que foi o que ele disse. “Está-nos parecendo que nós vamos ter que dividir essa dívida com os Prefeitos.” Ou seja, chamou os Prefeitos para discutir, não abriu a palavra para os Prefeitos, os Prefeitos não falaram enquanto ele estava lá, apresentou o prato pronto e mandou pagar a conta, não é isso? Ao invés de chamar os Prefeitos para uma discussão aberta, democrática, etc, chamou os Prefeitos e disse: “Se gostam dessa comida ou não, o prato é esse e é irreversível! E ainda tem conta para vocês pagarem!”

Esse é o Governo democrático e participativo. É realmente aquele participativo, Deputado Quinca dos Santos, que pensa as coisas fechado, com seus iluminados, chega lá e apresenta para as pessoas. Ou seja, está participando, só que está comunicando. Porque participativo é você realmente discutir e buscar a melhor solução num conjunto, num consenso. Nada disso foi feito e ele, além de dizer que a proposta estava pronta e que era irreversível, disse que os prefeitos estão sujeitos a ter que ajudar a pagar conta.

Meus Senhores, a coisa vai de mal a pior. E eu alerto, mais uma vez, os Srs. Deputados: vamos ficar atentos, vem mais pedido de empréstimo, camuflado ou aberto, e vem nos colocando, mais uma vez, naquela posição muito complicada de saber que o dinheiro da arrecadação está sumido. Você não consegue ter a tal da transparência, por mais que eu peça, procure... E eu realmente incomodo, eu quero saber da arrecadação, eu duvido que tem alguém que perturbe mais a Secretaria de Fazenda do que eu. E não consigo saber! Daqui a pouco estarei aqui me vendo numa situação de ter que aprovar mais um empréstimo, porque os funcionários estão em situação de desespero. É o Governo que some mensalmente... Some! E eu não tenho medo de dizer isso aqui! Eu quero que me apresente a arrecadação até o dia 12 de março e o que foi feito com ela, detalhadamente, sob pena de eu dizer que sumiram - e

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“sumiram” tem um outro nome - com o recurso público. “Botaram a mão” nos cofres públicos e o funcionalismo não sabe, a população de Mato Grosso não sabe para onde está indo esse recurso.

E nós, como Deputados, Deputado Moisés Feltrin, temos obrigação de impedir, nós não podemos permitir que isso continue acontecendo.

Muito obrigada, Sr. Presidente... Eu teria que falar aqui ainda - mas o meu tempo já se esgotou - da situação das escolas, da situação do Liceu Cuiabano, nossa tradicional escola mato-grossense, onde praticamente todos que estão aqui hoje passaram

pelo Liceu Cuiabano, pelo 1 ou 2 graus, e conhecem a história do Liceu Cuiabano. O Liceu Cuiabano tem que ser um patrimônio histórico de Mato Grosso, um patrimônio, porque lá está a história do nosso Estado, lá está a história caindo, caindo... E sabemos que com pouca coisa poderia ser restabelecido.

Outra escola gigante em Mato Grosso é o Colégio Médici, que está lá de dar pena. Não dá para entrar naquela escola, pela situação em que se encontra.

Eu não sei, Srs. Deputados, para onde está indo esse dinheiro, porque além do repasse dos Poderes, que nós temos aí até de uma forma até transparente, afinal, é obrigatória, mas o restante do dinheiro não se sabe.

E aqui fica uma cobrança veemente: eu quero o pagamento dos salários já, porque a arrecadação já está no Tesouro! Muito obrigada.

O Sr. Gilmar Fabris - Solicito a palavra, pela Liderança do PL, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE - Com a palavra, pela Liderança do PL, o Deputado Gilmar

Fabris, que dispõe de vinte minutos. O SR. GILMAR FABRIS - Sr. Presidente, Srs. Deputados, companheiros da

imprensa, eu tenho vários assuntos a serem abordados na manhã de hoje, mas quero iniciar falando de um assunto de nível nacional.

Eu me refiro à pessoa do Senador da República, Roberto Requião, que a todo instante o Brasil inteiro, principalmente nós, parlamentares, por parte da imprensa do Brasil, vemos o desfile de um candidato a candidato à Presidência da República fazendo, das desgraças dos brasileiros, a sua campanha. Num ato, acredito, até certo ponto, de ironia, quando trata dessa questão do escândalo dos precatórios.

Para que todos entendam, eu pergunto aos Srs. Deputados - e devo até fazer uma nota de repúdio contra esse Senador -: Quem é que mais deve na história do tal dos precatórios?

O primeiro, no meu entender, o Governador do Estado que emitiu ao Senado da República um pedido de emissão de notas acima dos seus precatórios. Devia 20 mil? Eles tinham 300 mil de títulos. Esse, sim, é o culpado!

O segundo culpado: o Senado da República, que não apurou e aprovou da maneira que foi feito, mas quem “paga o pato”, é o Sr. Wagner. O Sr. Wagner nada mais é do que um comerciante. Ele ganhou 60%! Tomara que ganhasse 80, 100... Ele não roubou nenhum Governador e as notas que foram emitidas, muito menos. Ele não fez nada de errado. Mas o Sr. Roberto Requião, querendo aparecer e, por sinal... Em relação a esse tipo de coisa ninguém gosta de se pronunciar, todo mundo acha que está correto. Está correto não! Requião quer se aparecer... E vai sobrar para ele, porque o “rabo” dele, no Paraná, vai daqui aos Estados Unidos, ele ia ser cassado lá. Malandro de grandeza e, agora, dando uma de “certinho”. Mas, nesses dias, vai sobrar para ele. Se ele tivesse mexido com o Senado, V.Exªs já tinham visto Antônio Carlos Magalhães ter saído em cima dele lá. Mas, por enquanto, ele está

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mexendo com o Wagner, está mexendo com outro coitado que não sei o quê, e assim por diante.

Então, este País - isso eu estou dizendo até para voltar a esta Casa - não leva as coisas a sério. Se querem fazer realmente uma CPI, porque que já não se fez uma CPI, primeiro, buscando a razão do Senado ter aprovado. Quem foi o lobbysta, dentro do Senado, para conseguirem aprovar sem sequer ir aos Estados fazer um rigoroso estudo e, acima de tudo, uma investigação, se os títulos expedidos do Governador eram condizentes com as dívidas que tinham dos precatórios.

Então, deveria se fazer uma CPI para apurar quem foi o Senador responsável. Não fez! Deveria a CPI se fundamentar, porque o Governador do Estado trocou aqueles títulos por tão pouco valor? Mas aí eu digo mais uma: nós estamos aí a gastar os TDA’s emitidos pelo Governo Federal. Quanto vale um TDA no mercado, hoje? Não vale nem 40% do seu valor. Nem por 40% não tem comprador. Você, hoje, vende uma terra para o INCRA, desapropria e ele lhe paga com TDA. O cara vem comprar seus TDA’s, paga 30% do valor. Não está dando cadeia para ninguém! É mercado! É o que vale! Mas, acontece que a CPI quer conversa, o Sr. Requião quer saber do carro alugado que a esposa do atual Prefeito de São Paulo diz que foi alugado pelo Banco Vetor.

Palhaçada tem hora! Será que o Secretário de Finanças da Prefeitura de São Paulo... Para que vocês tenham uma idéia, ser Secretário de Finanças da Prefeitura de São Paulo é melhor do que ser Ministro da Fazenda do Governo Federal. Será que ele precisa que o Banco Vetor pague um carro alugado para ele em São Paulo? Eu acho que a Prefeitura de São Paulo tem milhares de carros, milhares de carros à disposição do Secretário de Finanças.

Então, é só palhaçada! “Olha, descobriram mais um escândalo: o Banco Vetor pagou um carro alugado para a esposa do Pitta levar o primo ao médico!” É, realmente, o Pitta estava precisando do aluguel desse carro, ele estava num cargo tão fraco, num cargo tão sem recurso, num cargo onde não deveria ter mil carros, que ele iria precisar pedir para o Banco Vetor alugar um carro.

Ontem, eu não sei se os Senhores assistiram, no Jornal Nacional, o Fernando Collor de Mello. Ele deu um verdadeiro show. Collor pode ter os seus defeitos. Collor tem as suas dívidas com o País? Eu não sei, porque ele foi até então - como ele disse - absolvido pela maior Corte deste País.

E, ontem, deixou bem claro. Voltava a moça a falar do caso do carro da Fiat Elba. Isso não tem cabimento! Srs. Deputados e os Senhores que estão na galeria, um Presidente da República pode pegar até um telefone e ligar agora, para qualquer fábrica de automóveis do País, e dizer que o Presidente da República do Brasil quer usar um carro de marca Volvo, Mercedes, BMW, qualquer tipo de carro, que no mesmo momento o fabricante tem o maior interesse de mandar, de graça, o melhor carro que ele tiver na fábrica. O Presidente da República do Brasil usa uma BMW. Então, dizem: “Não, mas o Fernando Collor roubou a Elba...” que custava 10 mil reais!

Agora, eu não sei que seriedade é essa, que CPI é essa! Outra coisa, o Sr. Requião está fazendo um papel de polícia. Ele põe o cidadão sentado na frente e diz: “Eu quero saber do Senhor onde foi parar o roubo, o dinheiro que roubado, os 400 mil reais.” Está faltando um homem naquela CPI para falar para ele, para entestá-lo. Deveria falar: “Eu, Wagner, quero dizer para o Senhor que eu simplesmente fui contratado pelo Governo A, B ou C, para vender os títulos que o Senhor, como Senador, autorizou. Afinal, está aqui

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autorizado.” Mas, eles já pegaram uma barra pesada com o Prefeito Paulo Maluf, em São Paulo.

Maluf, de cara, está viajando para Europa, agora, porque não deu atenção para o assunto e disse o seguinte: “As guias e os meus títulos quem autorizou foi o Presidente Fernando Henrique Cardoso, como Senador, e o Senador Suplicy. Está autorizado, de acordo

com a lei n tal, assinada por eles. Eu negociei, e provo! E até logo, acabou.” Então, eu quero que isso sirva de exemplo para nós aqui, na Assembléia Legislativa.

Esse caso dessa CPI que desenrola no Congresso Nacional, eu acho que deve servir de exemplo para que nós, Deputados, não fiquemos a todo instante propondo CPIs aqui na Assembléia Legislativa. E, quando se propor alguma CPI, que se chegue a um resultado.

Ouvi alguém dizer sobre o arquivamento da CPI do BEMAT e vi alguém também dizer que são os mesmos Deputados que ora propõem uma nova CPI sobre as debêntures da CEMAT.

Com todo o respeito a V.Exª, Deputada Serys que era autora da CPI, da proposta da CPI do BEMAT, eu entendo que a questão do BEMAT, que já tem 10 anos e que já se encontra na Polícia Federal, com os bens arrestados, o povo já “bateu piano” na Polícia Federal, já está em fase conclusiva e inclusive de se dar cadeia ou não, de ter culpado ou não, tinha passado da hora de se fazer uma CPI. Esse é o meu ponto de vista. Já está adiantado do caso. Eu acho que caberia até fazer uma cobrança à Polícia Federal ou quem quer que seja, do resultado do escândalo do BEMAT. Aí, sim, eu acho que realmente tinha por que existir.

A nova CPI que ora se propõe, essa é iniciante, é um assunto novo e então pode fazer uma investigação inicial - se assim os colegas e companheiros entenderem que há necessidade de ter uma CPI sobre o assunto que foi proposto.

Então, eu peço aos colegas Deputados, inclusive, o nosso Regimento, Sr. Presidente, eu diria a V. Exª que me parece que nesta Casa não pode existir mais do que três CPIs...

A Srª Serys Slhessarenko (FALA DA SUA BANCADA) - Cinco, Deputado Gilmar Fabris!

O SR. GILMAR FABRIS - Ah! São cinco. Pensei que eram três. Mas, cinco eu acho que é até um volume muito grande, porque uma CPI não é brincadeira. Uma CPI tem gasto financeiro, ela tem gasto emocional, tem gasto de tempo. Como podem 24 Deputados tocarem cinco CPIs de uma vez só? Eu acho que é demais.

Por isso eu peço aos Srs. colegas Deputados, que a partir de agora tenhamos mais consciência na hora de se propor uma CPI, realmente, somente na hora em que existir fundamento para tal. Para que não aconteça uma CPI como estou vendo no Congresso Nacional, direcionada aos coitados, àqueles que ora estão no mercado para ganhar dinheiro.

Qual é a função do Banco Vetor? É ganhar dinheiro! Ele é um Banco, é um mercado financeiro e vai em busca de ganhar. Se o Governador do Estado de Mato Grosso está propondo uma coisa que vale 100 reais e sai por 20 reais, o Banco é comprador! Eu também sou comprador e os Senhores também são. Quem está no mercado, está pronto para comprar.

Ninguém, ninguém contesta quanto vale numa bolsa de valores. Compra-se um título e, no outro dia, no dia seguinte, esse título vale o dobro ou se perde o dobro! Já quebraram centenas de pessoas na bolsa de valores e já enricaram centenas de pessoas na Bolsa de Valores, também. Ninguém contesta quando se vende uma arroba de boi, hoje, por 20 reais e amanhã estará 30 reais! O Banco Vetor nada mais é do que uma empresa privada

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no mercado financeiro, e com certeza, se o Banco Vetor pudesse comprar esses títulos por muito menos do que pagou, ele compraria.

Agora eu pergunto, Deputada Serys Slhessarenko, o erro está no Banco Vetor, de fazer uma proposta indecente de compra? Ou daquele que ora representa o patrimônio público, que é o Governador, vender aquilo que não era dele? Aí sim! Quem vendeu, quem entregou ao Banco Vetor é o responsável. Se tem que ir alguém para a cadeia, é quem vendeu o patrimônio público! Não é quem comprou.

Por isso, essa CPI no Congresso Nacional - para mim - que me desculpe o Senador Roberto Requião, que está sendo o Relator da CPI, muito “aparecido”, mas vai sobrar para ele nos últimos minutos, podem ter certeza que vão dar nele lá. Porque ele está com um...

Ontem mesmo, eu vi um repórter perguntar: “Que dia vai chegar a investigação até o Senado, Relator? Quando vão investigar o Senado?” “Ah, o Senado... Nós precisamos...” Se o Senado não autorizasse, não tinha sido realizado nenhum negócio.

O Sr. Wagner Ramos esteve em Mato Grosso, eu não sei se os Senhores sabem! Esteve reunido com o Sr. Carlos de Almeida, na época, Secretário de Fazenda. E o Secretário Carlos de Almeida, que se faça justiça, uma pessoa que merece o nosso respeito, não aceitou a proposta. Era uma proposta, segundo informações de quem estava presente, das mais indecentes! “Quanto tem de precatória?” - “Tem 20 milhões.” “Positivo.” - “Olha, eu dou conta de emitir para os Senhores, 300 milhões de títulos. Eu aprovo no Congresso Nacional.” - “Ah, não! Não aceitamos e coisa e tal!” Nem as procurações que ele desejava ele não levou assinado.

Tudo bem, então teve coisa... “Ah, mas... E o Sr. Wagner Ramos!” O Sr. Wagner está aí! Eu quero saber quem, no Congresso, aceitou esse tipo de coisa e quero saber os governadores que aceitaram vender os títulos que não eram deles, que era de emissão do Estado pela metade do preço. E também saber se, na época, existia preço melhor, porque às vezes se faz injustiça e às vezes também o preço de mercado, momentaneamente, era esse. Houve algum crime? Houve! Emitiram título acima daquilo que devia. Primeiro crime. Houve outro crime? Houve! O Congresso Nacional aprovar o que não investigou, aprovar às escuras! Houve um terceiro crime? Aí já não sei! Tem que verificar se o Governo realmente vendeu a preço de mercado ou se vendeu muito abaixo do mercado, sendo que 10% é seu, 20% é meu e tanto é do Governo. “Ah, mas houve crime porque o dinheiro foi desviado e pagou pessoal!” Até aonde vai esse crime? Se todos os governantes que cometessem um crime, usassem o dinheiro público para pagar pessoal, eu não vejo como crime! Eu acho que estaria até justificado.

Então, eu acho que nós, Deputados, nessa questão das CPIs, devemos ter um cuidado muito especial para que não possamos, de forma errônea, cair em CPIs que, realmente, não resultem em nada.

Eu quero aproveitar para parabenizar e, acima de tudo, cobrar do Governo atual, do Governo Estadual... Quero parabenizar o Deputado Quinca dos Santos pelo Requerimento de Informação que ele encaminha ao Governo, solicitando informações dos tais 126 tratores, sendo que já é do conhecimento da imprensa, do conhecimento de todos os mato-grossenses de que esses tratores foram doados às prefeituras, pelo Governo. Esteve aqui, numa festa, o Ministro, Secretários, enfim, o Governador e até o exato momento nenhum prefeito levou trator!

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Há uma informação também de que há dezenas de ambulâncias recolhidas em pátios e também ninguém levou essas ambulâncias, por enquanto.

Eu espero que nós, Deputados - parabéns a V. Exª, Deputado Quinca dos Santos - realmente venhamos a saber da realidade e que façamos entregar o mais rápido possível, para que não seja “levado com a barriga” até 98 e sirva de instrumento eleitoral.

Então, eu acho que se estão no pátio, se já estão prontos para serem doados, os tratores já foram anunciados e os senhores prefeitos ainda não receberam, Deputado Quincas, V. Exª pode contar com o apoio de todos os Deputados. E como o Requerimento é de autoria de V. Exª, eu acho que V. Exª deve se aprofundar na investigação e até na cobrança, marcando uma audiência com o Governador para ver que dia começam a mandar os tratores aos Srs. Prefeitos. Eu acho que o Governador, sem sombra de dúvida, com esse Requerimento, apressará a entrega não só dos tratores e, se existirem as tais ambulâncias, que se entregue para cuidar de quem está morrendo, porque não é dentro do pátio que se vai carregar doente.

Quero passar às mãos de V. Exª, Sr. Presidente, um Requerimento - não sei se V. Exª tem conhecimento, mas o Governo Federal está mudando a lei de licitação, e isso vai desdobrar para os municípios e estados. O Governo Federal entende - e é o mais correto, hoje não é assim - que a lei de licitação não pode ser uma, generalizada, e o correto é exatamente que não seja assim, porque é o que mais acontece em licitações aqui. “Ah, pega três empresas lá, duas com preços menores e uma com preço maior”. V.Exªs acham que tem cabimento, em Santa Terezinha, lá no final do Vale do Araguaia, que não tem nem papel timbrado, ter que achar duzentos tipos de papéis para se fazer uma licitação de compra de remédios de quinhentos reais? Tem que passar por um trâmite de duzentos papéis para que possa, depois, encaminhar ao Tribunal de Contas e suas contas não serem rejeitadas.

Então, por isso estou propondo nesse Requerimento, Sr. Presidente, Srs. Deputados, a convocação de sessão especial com a finalidade de levar à discussão o anteprojeto de iniciativa do Ministério da Administração e Reforma do Estado, que trata da nova lei de licitações. Que se marque, então, e aqui tem a justificativa, uma Sessão para discutir com os Srs. Prefeitos, com os Srs. Deputados, para nós formarmos um anteprojeto e encaminharmos para o Congresso Nacional, como deveria: dois papéis fazem uma licitação. Pronto, acabou! Faz-se uma licitação com dois papéis e está encerrado o assunto.

O Requerimento é vazado nos seguintes termos: REQUERIMENTO: Com fundamento no que dispõe o item IV do Artigo 161,

combinado com o Artigo 258, do Regimento Interno deste Poder Legislativo, requeiro à Mesa, após deliberação do soberano Plenário, a convocação de Sessão Especial com a finalidade de levar à discussão o anteprojeto de iniciativa do Ministério da Administração e Reforma do Estado e que trata da nova Lei de Licitações.

A Sessão Especial referida, de data e horário a critério da Mesa Diretora, deverá ser realizada no Auditório Milton Figueiredo, nesta Assembléia Legislativa, e contará com a presença dos Srs. Deputados Estaduais e autoridades convidadas, como prefeitos, vereadores, membros dos Tribunais de Contas da União e do Estado, da Associação Mato-grossense dos Municípios, e outras autoridades e Associações de Classe.

JUSTIFICATIVA É inegável, a nível de Governo Federal, a adoção de medidas com o escopo de

adequar o estado brasileiro às novas exigências da era pós-industrial.

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ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA SÉTIMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DO DIA 19 DE MARÇO DE 1997, ÀS 09:00 HORAS.

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É o caso do anteprojeto de lei de iniciativa do Ministro Luiz Carlos Bresser Pereira, da Administração e Reforma do Estado, que estabelece salutares parâmetros da nova lei de licitações mais adequada ao dinamismo das administrações públicas atuais. Para o Ministro, a nova lei só deve fixar normas gerais, deixando para os estados, para as estatais e para os municípios a tarefa da fixação dos regulamentos atinentes ao assunto. O seu esclarecido raciocínio é explicitado ao dizer que “a Constituição é clara sobre isso. Não faz sentido fazer uma lei geral para todo mundo”. É lógico que, em se tratando da administração federal direta, autarquias e fundações, a União fixará os regulamentos apropriados.

Como já vivi a rica experiência de ter sido vereador e convivido por algum tempo com os problemas municipais, e deles nunca me separado, tenho a convicção de que a atual Lei de Licitações, como as anteriores, se assemelham e assemelhavam-se a verdadeiras camisas-de-força. Pode a atual até não enlouquecer o prefeito, mas é fonte de emperramento da administração municipal e causa de desperdício de recursos humanos e financeiros, a troco de nada, ou sejam a troco de uma burocracia lenta, pesada, arcaica e centralizada.

O insurgimento contra este estado de coisa já é um fenômeno internacional. Como observam David Osborne e Ted Garbler no livro “Reinventando o Governo” (deveria ser leitura obrigatória de todo administrador público): “...o tipo de Governo que se desenvolveu durante a era industrial, com suas burocracias lentas e centralizadas, preocupadas com normas e regulamentos, sujeito a cadeias de comando hierárquicos, deixou de funcionar bem” para esclarecerem com mais ênfase: “As burocracias hierárquicas, centralizadas, concebidas nas décadas de 30 e 40, simplesmente não funcionam bem no quadro altamente mutável da sociedade e da economia dos anos 90, rico de informações e conhecimento”.

Esses autores são norte-americanos e estão se referindo à sociedade e administração pública americanas, o que não significa que a carapuça não sirva também para nós.

Acredito, afinal, que o atual anteprojeto de lei que cuida das normas licitatórias que hão de vir, consulta aos interesses das administrações estadual e municipais do nosso Estado, correndo o risco, no entanto, de sofrer distorções em seus princípios como conseqüência da reação de setores públicos e privados resistentes a mudanças. Daí a conveniência da Sessão Especial requerida com a finalidade de se discutir esse anteprojeto e congregar forças para o acompanhamento de sua tramitação no Congresso nacional.

Sala das Sessões, em 19 de março de 1997 Deputado GILMAR FABRIS - PL. Também encaminho um Requerimento de Informação, dentro de um projeto

que ora estou desenvolvendo, quanto à questão da saúde do Estado de Mato Grosso, endereçado ao Presidente do IPEMAT.

REQUERIMENTO: Com fulcro na alínea “h”, do Artigo 268 do Regimento Interno deste Parlamento, requeiro à Mesa, com o beneplácito do soberano Plenário, o presente Requerimento de Informação dirigido ao IPEMAT - Instituto de Previdência do Estado de Mato Grosso, para, no prazo de 15 dias, prestar as seguintes informações:

1) Receita e despesa do órgão em 1996, especificando quais as despesas decorrentes de gastos em:

a- assistência à saúde; b - no pagamento salarial de aposentados e pensionistas;

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2) no período de 05/10/89 a 14/10/90, quantas pessoas se aposentaram e quantas foram beneficiadas com pensão e, finalmente, o que representou em termos percentuais de aumento no cômputo geral de tais despesas.

Sala das Sessões, em 19 de março de 1997 Deputado GILMAR FABRIS - PL. Eu quero dizer aos Senhores, quanto a essa questão do IPEMAT, que eu não

estou investigando o IPEMAT, não. Não é para investigar o IPEMAT, não! É para saber, porque eu tenho certeza que eles não prestaram assistência médica pra ninguém ou para muito pouca gente.

E quero também mandar o meu recado ao IPEMAT e aos outros órgãos de Mato Grosso, porque aqui tem a mania do Deputado encaminhar um requerimento e não obter resposta. Eu quero mandar este Requerimento e vou aguardar 15 dias, após a chegada deste Requerimento ao IPEMAT, e assim, se não vier a resposta, vou entrar na Justiça. Daqui pra frente é o seguinte: Deputado vai ter que ser respeitado. Porque encaminhamos requerimento, eles engavetam e não respondem ao Requerimento. Requerimento é uma arma importante nas mãos de um Deputado.

Mas eu pergunto: O Deputado Benedito Pinto encaminhou, se não me falha a memória, um requerimento à CEMAT. Já obteve resposta, nobre Deputado?

O SR. BENEDITO PINTO (FALA DA SUA BANCADA) - Não! O SR. GILMAR FABRIS - Até agora nada de resposta. É por isso que se pega e

forma uma CPI. Poderia, se tivesse a informação, até ter evitado a formação de uma CPI, mas não veio a informação. Agora, vai este pedido para o IPEMAT e, por favor, dentro de 15 dias, que se encaminhe essa resposta, documentada, para que eu possa saber certinho. Eu já sei que vocês não tratam de ninguém, não cuidam de ninguém. Disso eu já tenho certeza. Só quero ter os documentos nas mãos.

O outro Requerimento que apresento... Esses dias atrás um cidadão - o nome dele está na minha pasta - dizia que o

que eu estou propondo, a nível de plano de saúde, nada mais é do que como se propusesse que todos os carros, a partir de então, viessem com ar-condicionado, volante hidráulico, etc.

Vejam só a irresponsabilidade desse cidadão que toca o plano de saúde: comparar saúde, comparar ser humano, tratamento, com volante de carro, com ar-condicionado, enfim, com equipamento de automóvel. Talvez seja o que ele está fazendo com o dinheiro do povo, e disso ele entende bem, porque eu já disse na reportagem, deve ser o que ele faz, comprar carros bem equipados com o dinheiro que ele arrecada. Só que ele mentia, mais uma vez, tentando jogar a população contra o meu projeto: “Se por ventura isso acontecer, teremos que cobrar 500% a mais de cada plano de saúde.”

É mentira desse cidadão, desse irresponsável, desse homem que, com certeza, será demitido, porque nunca se viu comparar saúde de um ser humano com um projeto de equipamento de um carro. Só na cabeça de um irresponsável! Então, aprofundei-me, realmente, para saber se o meu projeto estava errado e se os planos de saúde precisariam subir 500% para atender a todos os tipos de doença. E cheguei rapidamente na mentira desse cidadão.

Por isso, estou enviando um Requerimento, que diz o seguinte:

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Com fundamento no que dispõe o Artigo 258, do Regimento Interno desta Casa de Leis, requeiro à Mesa, após deliberação do soberano Plenário, seja encaminhado expediente ao Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), com sede na Cidade do Rio de Janeiro (fone:021-272-0200) e vinculado ao Ministério da Fazenda, solicitando seja este Poder Legislativo oficialmente informado sobre as modalidades e custos de resseguros de seguros-saúde com a finalidade de assegurar eventuais procedimentos médicos não constantes dos planos básicos de saúde, como atendimento médico-hospitalar a aidéticos e outras doenças da Organização Mundial de Saúde.

Tal providência reveste-se de importância face ao Projeto de Lei que “Dispõe sobre a obrigatoriedade do atendimento às enfermidades mencionadas no Código Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde e dá outras providências”, ora em tramitação neste Parlamento e que, na hora oportuna, será debatido com a comunidade em audiência pública.

Sala das Sessões, em 19 de março de 1997. Deputado GILMAR FABRIS - PL. Então, o que significa resseguros? O pessoal dessa Instituição de Seguros

disse-me o seguinte: “Qualquer seguradora de qualquer plano de saúde que desejar assegurar para o seu paciente, para o seu cliente, qualquer tipo de doença, isso lhe custará de quatorze a vinte e quatro dólares/ano.” Se fizer um seguro na empresa resseguro do seu plano de saúde, qualquer tipo de doença que você tiver será coberta. Mas, os planos de saúde não querem gastar sequer um centavo. Se eles recebem de nós uma quantia mensal de cem reais, não podem gastar quatorze dólares/ano para assegurar definitivamente todo o tipo de doença? Ora, eu estou com a matéria pronta...

Estive esses dias num desses plano de saúde para fazer uma consulta. Eu estava até chapéu, meio diferente, e colocaram-me para consultar no mês de setembro. Aí eu disse: Mas, dona, não sei se a minha doença agüenta esperar até setembro. Eu precisava fazer essa consulta já! Ela me respondeu: “Infelizmente, não pode!” Então, eu disse: Mas o meu plano é B, dizem que é o melhor, o mais caro. Ela me respondeu: “Só setembro, doutor! E com licença, porque tem gente na frente para consultar. É particular e vai pagar.”

Essa matéria vai estourar nesses dias na imprensa, inclusive na televisão e etc. Nós não podemos conviver com esses planos de saúde com tamanha irresponsabilidade.

Então, os Senhores aqui, que têm um plano de saúde - Saúde BAMERINDUS - têm que saber que o Plano tem que cobrir tudo quanto é tipo de doença. Pois quando se faz um plano de saúde já é pensando na desgraça maior. Ninguém está pensando em tratar uma gripe, porque uma gripe qualquer um dá conta. O que não se dá conta é de tratar uma pessoa que vai ficar internada um ano no hospital. Uma pessoa que tem uma doença que não pode executar, que ninguém vai executar, porque está com AIDS ou com câncer, e às vezes vai conviver até dez anos com a doença. E é para isso que se faz o seguro. É para isso que um pai de família, neste momento, imagina - Deus o livre acontecer com um filho, com uma mãe ou com alguém da sua família... No momento em que acontece, eis que aparece o plano de saúde dizendo: “Infelizmente, o Senhor tem direito a somente cinco dias de diária lá na UTI.” Será que essa doença, com cinco dias de UTI, sara? Ou será que precisa de vinte, trinta dias?

Por isso, esse pessoal do Resseguro, eu peço ao Presidente desta Casa que encaminhe ao Rio de Janeiro o mais rápido possível, para que nós tenhamos esta informação, até para que possamos embasar os Srs. Deputados nesse projeto, para que possam me dar o

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apoio de aprovarmos esse Projeto. O Projeto não é inviável. O Projeto já existe no Estado de São Paulo e está funcionando muito bem. E aqui em Mato Grosso, com o apoio dos Srs. Parlamentares, com o apoio do Governador do Estado, eu tenho a certeza de que nós vamos melhorar e muito a saúde do povo que vive neste Estado

Agradeço, Sr. Presidente. Agradeço, Srs. Deputados. Era só. O SR. PRESIDENTE - Com a presença dos Deputados: Nico Baracat, Serys

Slhessarenko, Manoel do Presidente, Zilda, Chico Daltro, Quinca dos Santos, Amador Tut, Gilmar Fabris, Benedito Pinto e Moisés Feltrin, passemos à Ordem do Dia.

Não há quorum para deliberação. Passemos às Explicações Pessoais (PAUSA). Não há orador inscrito.

O Sr. Moisés Feltrin - Pela Liderança, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE - Com a palavra, pela Liderança, o Deputado Moisés

Feltrin. O SR. MOISÉS FELTRIN - Sr. Presidente, Srs. Deputados, embora nós teremos a

oportunidade, quando da Ordem do Dia da próxima Sessão, de estar discutindo o Requerimento de autoria do Deputado Quinca dos Santos, mas como já houve manifestação, aqui, sobre o assunto, nós também, como Líder da Bancada de Oposição, queremos colocar a nossa posição com relação ao Requerimento de V. Exª, Sr. Deputado. E, também, o nosso repúdio ao que o Governo está praticando com o dinheiro do povo. Dinheiro esse, inclusive, que não é do nosso Estado e, sim, recurso do Governo Federal, que veio para atender os municípios na área agrícola, principalmente os pequenos produtores do nosso Estado. Mas, no entando, está sendo apenas usado para fazer média política, sem chegar no objetivo principal do Governo Federal, que é entregar a ferramenta para o pequeno produtor rural trabalhar. Foi levantada a questão e feito o Requerimento pelo Deputado Quinca dos Santos, cobrando do Governo do Estado, através da Secretaria de Agricultura...

Infelizmente, o nobre Deputado Wilson Santos, que dirigiu aquela Secretaria por um bom período, não está presente no plenário para, talvez, até se justificar sobre o que está sendo reclamado e cobrado pelo Deputado Quinca dos Santos.

Nós temos conhecimento de que foi feito um carnaval, há dias atrás, na Avenida do CPA, com um grande volume de máquinas que, por sinal, nós achamos importantes para o desenvolvimento agrícola dos pequenos produtores nos municípios do Estado de Mato Grosso. E essas máquinas seriam entregues às Prefeituras, para que as mesmas repassassem às associações de microprodutores rurais do nosso Estado. Os municípios que nós representamos, onde já tivemos várias reclamações dos prefeitos, quando nós mesmos questionávamos a eles com relação se haviam recebido os tratores agrícolas, eles nos disseram que, até o momento, não receberam equipamento algum. Como nós vimos aquela festa, aquele carnaval, nós achamos que os prefeitos tivessem vindo a Cuiabá e já tivessem voltado com esse equipamento para os seus municípios. Mas, por outro lado, estamos vendo um festival de notícias, um festival na mídia, um festival nos noticiários para que o Governo tenha benefício nisso aí.

Nós até não questionamos o benefício que um Governo vem a ter. Essa é uma forma de ele aproveitar e fazer a propaganda desse Governo que nada faz, desse Governo incompetente, desse Governo que não produz, que não tem projeto, não tem planos, não tem projetos em Brasília, não tem no exterior, não tem em lugar nenhum. Nós sabemos que um Governo é feito através de projetos, através de planejamento e isso não existe. Então, ele tem que usar do pouco que tem para fazer publicidade. Mas o que nós não queremos é que o

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nosso produtor rural, que teve a sorte de o Governo federal mandar a ele uma ferramenta tão importante, que é um trator agrícola, para que ele possa favorecer a sua produção rural, e que esse fique aqui no pátio guardado, sem ser entregue.

A cobrança de V. Exª, Deputado Quinca dos Santos, é pertinente e justa. V.Exª teve um idéia genial de exigir que o Governo do Estado faça a entrega imediata desses equipamentos às prefeituras do nosso Estado.

E nós exigimos, como Bancada de Oposição neste Parlamento, Sr. Presidente, Srs. Deputados, que o Governo entregue ainda nesta semana essas máquinas para o povo.

Não são máquinas para ficarem enfeitando os pátios do Governo aqui, não, Sr. Presidente. As máquinas são para trabalhar, para ajudar o nosso cavouqueiro lá na roça, o nosso lavrador, o homem que puxa a enxada, para ele pelo menos dar a primeira quebrada, mesmo porque nós sabemos que essas máquinas ainda são insuficientes para a necessidade que existe no nosso Estado. Então, que mandem essas máquinas, para que dê pelo menos uma gradagem, uma arada na área dos pequenos agricultores, que já é uma ajuda que dão para eles.

Portanto, nós estamos cobrando, Deputado Quinca dos Santos, e estamos com V. Exª para isso.

A outra denúncia que nós temos, Sr. Presidente, Srs. Deputados, é do próprio Deputado Quinca dos Santos. A informação que nós temos é de que existem mais de 50 ambulâncias no pátio da Secretaria, ou seja, num pátio do Governo do Estado. Essas ambulâncias estão fazendo falta no interior e o Governo está segurando as mesmas, talvez, para serem entregues no ano que vem, que será um ano político.

Nós vamos fazer um levantamento, Sr. Presidente, Srs. Deputados, e se for verdade isso aí, Deputado Quinca dos Santos, que nós acreditamos na sua notícia, mas nós devemos checá-la para que nós exijamos, Sr. Presidente, nós, da Bancada de Oposição deste Parlamento, que este equipamento que foi comprado com o dinheiro do povo, essas ambulâncias vão para o interior deste Estado para salvar vidas que estão aí perecendo por falta de um recurso de retirada para um tratamento fora, em vários municípios do nosso Estado.

Sr. Presidente, nós que estamos andando pelo interior deste Estado sabemos que o melhor médico, o melhor hospital, em vários dos municípios do nosso Estado, é você colocar dentro de uma ambulância dessas e correr para o centro maior, para um pólo maior, como Alta Floresta, como Juína, como Sinop, Rondonópolis, Cáceres, Cuiabá, Barra do Garças.

Portanto, Sr. Presidente, Srs. Deputados, essas ambulâncias paradas no pátio representam um crime do Governo do Estado, e nós, nesse Parlamento, não poderemos, de forma nenhuma, aceitar que esteja sendo feito desta forma. E nós pedimos aqui a Bancada de Oposição e também a Bancada de Situação neste Parlamento que, juntos, vamos até o Governo do Estado exigir dele que sejam entregues essas viaturas imediatamente aos municípios, que serão aquinhoados com ambulância e os municípios que já foram aquinhoados com a entrega de um trator agrícola para os nosso pequenos e micro produtores rurais.

São essas as nossas palavras, Sr. Presidente, e nós pedimos que V. Exª determine à Taquigrafia que se registre esse pedido, esse Requerimento, essa nossa discussão a favor deste assunto, que eu acho de vital importância e de interesse de todos nós mato-grossenses. Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE - Antes de encerrar a presente Sessão, eu gostaria de pedir

à Assessoria que faça chegar ao Plenário desta Casa o Projeto de Resolução n 22/96, de

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autoria do Deputado Emanuel Pinheiro, que altera os Artigos 32, 33, 34, 35 e 36 do Regimento Interno, para ser votado na Sessão noturna de hoje. Se não for encontrado, que se faça a reconstituição do mesmo.

Compareceram à presente Sessão os seguintes Srs. Deputados: da Bancada do Partido da Frente Liberal - Moisés Feltrin e Romoaldo Júnior; da Bancada do Partido Liberal - Amador Tut e Gilmar Fabris; da Bancada do Partido do Movimento Democrático Brasileiro - Batico de Barros; da Bancada do Partido Progressista Brasileiro - Quinca dos Santos e Paulo Moura; da Bancada do Partido dos Trabalhadores - Serys Slhessarenko; da Bancada do Bloco Parlamentar Democracia - Benedito Pinto (PSC), Eliene (PSB), Nico Baracat (PMDB), Chico Daltro (PDT), José Riva (PMN), Manoel do Presidente (PDT), Pedro Satélite (PMDB) e Zilda (PDT).

Deixaram de comparecer os Deputados: Emanuel Pinheiro e Humberto Bosaipo (EM MISSÃO OFICIAL), do PFL; José Lacerda, do PMDB; Luiz Soares e Ricarte de Freitas, do PSDB; Wilson Santos, do PDT; Jorge Abreu (EM MISSÃO OFICIAL), do PMN; Roberto Nunes (EM MISSÃO OFICIAL), Sem Filiação Partidária.

Está encerrada a presente Sessão (LEVANTA-SE A SESSÃO).

Revisado por Regina Céli