assédio moral

6
Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro Fundado em 16 de julho de 1977 R. Evaristo da Veiga, 55, 7 o /8 o andares Centro - Rio de Janeiro - CEP 20031-040 Novo tel.: 2195-0450 Home page: www.sepe-rj.org.br MAIS UM PESADELO MAIS UM PESADELO DO PROFISSIONAL DO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO DA EDUCAÇÃO NAS ESCOLAS ASSÉDIO MORAL

Upload: rogerio

Post on 25-Nov-2015

8 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Matéria sobre assédio moral. Apostila da Sepe. Muito importante.

TRANSCRIPT

  • Sindicato Estadual dos Profissionaisda Educao do Rio de Janeiro

    Fundado em 16 de julho de 1977R. Evaristo da Veiga, 55, 7o/8o andares

    Centro - Rio de Janeiro - CEP 20031-040Novo tel.: 2195-0450

    Home page: www.sepe-rj.org.br

    MAIS UM PESADELOMAIS UM PESADELODO PROFISSIONALDO PROFISSIONAL

    DA EDUCAODA EDUCAO

    NAS ESCOLAS

    ASSDIO MORAL

  • 2Esta cartilha foi elaborada pela SAESAE -Secretaria de Assuntos Educacionais doSepe/RJ, em maro de 2005

    Baseada na cartilha do SintuperjSintuperj- Sin-dicato Estadual dos Trabalhadores dasUniversidades Pblicas Estaduais e naCartilha de Sade elaborada pela SAEem 2004.

    11

    Em 23 de agosto de 2002, foi aprovada a Lei Estadual no 3921,que veda o assdio moral no trabalho, no mbito dos rgos, repar-ties ou entidades da administrao centralizada, autarquias, fun-daes, empresas pblicas e sociedades de economia mista, do po-der legislativo, executivo ou judicirio do Estado do Rio de Janeiro,inclusive concessionrias e permissionrias de servios estaduais deutilidade ou interesse pblico, e d outras providncias.

    Mas afinal, o que assdio moral? assdio moral?. A discusso sobre o assdio moral ganhou visibilidade no Brasil

    aps a divulgao da pesquisa da Dra Margarida Barreto que apre-sentou dissertao de mestrado na PUC/SP com o ttulo Uma jor-Uma jor-nada de humilhaes.nada de humilhaes.

    . O assdio moral traduz-se por aes e situaes no ambi- O assdio moral traduz-se por aes e situaes no ambi-ente de trabalho que humilham, desrespeitam e constrangemente de trabalho que humilham, desrespeitam e constrangem

    o trabalhador.o trabalhador.. O assdio moral, assim como os baixos. O assdio moral, assim como os baixos

    salrios, as precrias condies de trabalho ,salrios, as precrias condies de trabalho ,o autoritarismo e outras mazelas que vive-o autoritarismo e outras mazelas que vive-mos nas escolas pblicas, sejam elas de qual-mos nas escolas pblicas, sejam elas de qual-quer rede, somam-se para tornar nosso tra-quer rede, somam-se para tornar nosso tra-balho um fardo difcil de ser levado. Isso ter-balho um fardo difcil de ser levado. Isso ter-mina por nos causar srios problemas de sa-mina por nos causar srios problemas de sa-de . Inclusive temos a de . Inclusive temos a SNDROME DE BUR-SNDROME DE BUR-

    NOUT (*)NOUT (*) , como doena prpria da categoria., como doena prpria da categoria.

    COMO SE D A HUMILHAO NO TRABALHO?COMO SE D A HUMILHAO NO TRABALHO?Ela se d de forma:VERTICAL -VERTICAL - relaes autoritrias, desumanas e aticas onde pre-

    dominam os desmandos , a manipulao do medo, a competitivida-de, programas e projetos que estimulam a competitividade e a pro-dutividade.

    (*) Especialistas da medicina moderna denominaram de Sndromede Burnout a que produzida pelas condies de vida e trabalho. um estado de exausto resultante de trabalho extenuante, sem sa-tisfao . Perda de motivao por conta de falta de polticas pbli-cas; carncia de sonhos; violncia generalizada; administrao in-sensvel aos problemas; pais omissos; turmas superlotadas; faltade autonomia; salrios inadequados; falta de perspectivas. So es-pecificidades da categoria que levam ao AUTO-ABANDONO, ALHE-AMENTO, ROBOTIZAO E, EM CASOS EXTREMOS, AO SUICDIO.

  • senvolvimento funcional e profissional, no servio ou atravs decursos profissionalizantes.

    Art. 8 -Art. 8 - A receita proveniente das multas impostas e arrecada-das nos termos do artigo 4. desta Lei ser revertida e aplicada ex-clusivamente em programa de aprimoramento e aperfeioamentofuncional do servidores.

    Art. 9 - Art. 9 - Esta Lei ser regulamentada pelo Executivo no prazo de60 (sessenta) dias.

    Art. 10 - Art. 10 - As despesas decorrentes da execuo oramentria dapresente Lei correro por conta das dotaes prprias do oramen-to, suplementadas se necessrio.

    Art. 11 -Art. 11 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao

    Art. 12 -Art. 12 - Ficam revogadas as disposies em contrrio.Assemblia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em 23 de

    agosto de 2002.

    Republicada no D.O. - P.II, de 27.08.2002Republicada no D.O. - P.II, de 27.08.2002

    10

    HORIZONTALHORIZONTAL - As reformas do estado ditadas pela globaliza-o da economia provocam maior arrocho salarial no funcionalis-mo, o que leva ao aumento da jornada de trabalho atravs de horas-extras. Essa necessidade do profissional da educao muitas vezesgera comportamentos agressivos e de indiferena s necessidades esofrimento dos outros. Destri laos de solidariedade e companhei-rismo e a perspectiva de trabalho coletivo, fundamental no proces-so pedaggico. a terra da farinha pouca, meu piro primeiro!

    COMO AGEM OS AGRESSORES(AS)?COMO AGEM OS AGRESSORES(AS)?. Escolhem a vtima e a isolam do grupo, impedem-na de se ex-

    pressar e no explicam porqu, fragilizam-na, ridicularizam-na,menosprezam-na diante dos outros, responsabilizam-na publica-mente, podendo os comentrios de sua incapacidade invadir, in-clusive, o espao familiar.

    . Desestabiliza-a emocional e profissionalmente. A vtima gradati-vamente vai perdendo simultaneamente sua autoconfiana e o inte-resse pelo trabalho.

    . Destruir a vtima (desencadeando ou agravando doenas pr-existentes). A destruio da vtima engloba vigilncia acentuada econstante. A vtima se isola da famlia e amigos, passando muitasvezes a usar drogas, principalmente o lcool.

    . Livrar-se da vtima, que forado(a) a pedir remoo ou removido(a), freqentemente por insubordinao.

    . Impor ao coletivo sua autoridade para fazer valer a sua autori-dade.

    3

    Devemos associar o crescimento deste tipo de assdioDevemos associar o crescimento deste tipo de assdiomoral aos pacotes educacionais tais como o Nova Escola,moral aos pacotes educacionais tais como o Nova Escola,que associa salrios produtividade, falta de democra-que associa salrios produtividade, falta de democra-cia nas escolas, onde as horas extras, contratos e mesmo ocia nas escolas, onde as horas extras, contratos e mesmo oemprego dos terceirizados muitas vezes so ameaadosemprego dos terceirizados muitas vezes so ameaadospor direes autoritrias.por direes autoritrias.

  • 4testemunhado atitude definidas nesta Lei ou por t-las relatado.

    Art. 6 -Art. 6 - Fica assegurado ao servidor ou funcionrio acusado daprtica de assdio moral no trabalho o direito de ampla defesa dasacusaes que lhe forem imputadas, nos termos das normas espec-ficas de cada rgo ou entidade, sob pena de nulidade.

    Art. 7 -Art. 7 - Os rgos ou entidades da administrao pblica esta-dual, bem como, concessionrias ou permissionrias, na pessoa deseus representantes legais, ficam obrigados a tomar as medidas ne-cessrias para prevenir o assdio moral no trabalho, conforme defi-nido na presente Lei.

    Pargrafo nico -Pargrafo nico - Para os fins de que trata este artigo, sero ado-tadas, dentre outras, as seguintes medidas:

    I -I - o planejamento e a organizao do trabalho conduzir, embeneficio do servidor, contemplando, entre outros, os seguintes pres-supostos:

    a)a) considerar sua autodeterminao e possibilitar o exerccio desuas responsabilidades funcional e profissional;

    b)b) dar-lhe possibilidade de variao de atribuies, atividadesou tarefas funcionais;

    c) c) assegurar-lhe a oportunidade de contatos com os superioreshierrquicos, colegas e servidores, ligando tarefas individuais detrabalho e oferecendo informaes sobre exigncias do servio e re-sultados;

    d)d) garantir-lhe a dignidade pessoal e funcional; e

    II -II - na medida do no possvel, o trabalho pouco diversificado erepetitivo ser evitado, protegendo o servidor no caso de variaode ritmo de execuo; e

    III -III - as condies de trabalho garantia de oportunidades de de-

    9

    11 Esse um caso constante na educao pblica. Como adoecemos pelas precrias condies deEsse um caso constante na educao pblica. Como adoecemos pelas precrias condies detrabalho e jornadas excessivas, muitas autoridades, constantemente, vm a pblico falar quetrabalho e jornadas excessivas, muitas autoridades, constantemente, vm a pblico falar quetiramos muitas licenas e insinuam que so falsas. Geralmente, isso feito em jornais de grandetiramos muitas licenas e insinuam que so falsas. Geralmente, isso feito em jornais de grandecirculao. Aconteceu em 2004 e 2005 com o secretrio estadual de Educao Cludio Mendona,circulao. Aconteceu em 2004 e 2005 com o secretrio estadual de Educao Cludio Mendona,que insiste em nos depreciar diante da populao do Estado do Rio de Janeiro (v. Cartilha deque insiste em nos depreciar diante da populao do Estado do Rio de Janeiro (v. Cartilha deSade do Sepe)Sade do Sepe)22 Novamente o Secretrio Estadual de Educao incorreu neste item de assdio moral catego- Novamente o Secretrio Estadual de Educao incorreu neste item de assdio moral catego-ria dos profissionais da educao da rede estadual em 2004 e 2005.ria dos profissionais da educao da rede estadual em 2004 e 2005.

    . Gestos, condutas abusivas e constrangedoras, amedrontar, me-nosprezar, ironizar, difamar, ridicularizar, risinhos, suspiros, pia-das relacionadas ao sexo, estigmatizar os adoecidos(as) e coloca-los(las) em situaes vexatrias11 , dar tarefas sem sentido, tornarpblico algo ntimo, controlar tempo, freqncia e permanncianos banheiros, relacionar atestados mdicos2 e falta , exigir tarefasque caracterizam desvio de funo- tais como limpar ou faxinar casade chefe , dar advertncia por reclamar pelos direitos.

    Voc tem exemplo de alguma situao em sua escola ou na redeem que trabalha?

    VAMOS EXPLICITAR O ASSDIO MORAL NA EDUCA-VAMOS EXPLICITAR O ASSDIO MORAL NA EDUCA-O (VEJA SE VOC ALGUMA VEZ J SOFREU ISSO):O (VEJA SE VOC ALGUMA VEZ J SOFREU ISSO):

    CAPATAZ MODERNO:CAPATAZ MODERNO: aquela chefia que bajula as auto- aquela chefia que bajula as auto-ridades e no larga os subordinados. Persegue e controla cadaridades e no larga os subordinados. Persegue e controla cadaum com mo de ferro.um com mo de ferro.

    TROGLODITA:TROGLODITA: a chefia brusca, grotesca. Implanta as nor- a chefia brusca, grotesca. Implanta as nor-mas sem pensar e todos devem obedecer sem reclamar. Sempremas sem pensar e todos devem obedecer sem reclamar. Sempreest com razo. Seu tipo : eu mando e voc obedece.est com razo. Seu tipo : eu mando e voc obedece.

    AUTORIDADES AUTORITRIAS:AUTORIDADES AUTORITRIAS: Escondem seu desconhe- Escondem seu desconhe-cimento com ordens contraditrias, comeam projetos novos para,cimento com ordens contraditrias, comeam projetos novos para,no dia seguinte, modific-los. Exige relatrios dirios que no se-no dia seguinte, modific-los. Exige relatrios dirios que no se-ro utilizados. Se algum projeto elogiado pelos superiores, co-ro utilizados. Se algum projeto elogiado pelos superiores, co-lhe os louros. Em caso contrrio, responsabiliza a incompetn-lhe os louros. Em caso contrrio, responsabiliza a incompetn-cia dos seus subordinados. Voc conhece algum outro tipo?cia dos seus subordinados. Voc conhece algum outro tipo?

    PERFIL DOS AGRESSORES:PERFIL DOS AGRESSORES:

  • O QUE DEVEMOS FAZER?O QUE DEVEMOS FAZER?

    Se voc testemunha de cena(s) de humi-lhao no trabalho supere seu medo, seja so-lidrio com seu colega. Voc poder ser a pr-xima vtima e nesta hora o apoio dos seus co-legas tambm ser precioso. No esquea queo medo refora o poder do agressor!

    Voc pode procurar seu sindicato e rela-tar o acontecido para diretores e outras ins-tncias como: mdicos ou advogados do sin-dicato bem como: Ministrio Pblico, Justiado Trabalho, Comisso dos direitos humanose Conselho Regional de Medicina(resoluon 1.488/98 sobre sade do trabalhador.

    MAS PRESTE BEM ATENO:MAS PRESTE BEM ATENO:

    As mais evidentes aes de assdio moral aos trabalhadores(as)de educao so cometidas pelas autoridades governamentais e porseus mandatrios. Portanto, a sada reagir coletivamente, partici-

    8 5

    Art. 4 -Art. 4 - O assdio moral no trabalho praticado por agente, queexera funo de autoridade, nos termos desta Lei, infrao gravee sujeitar o infrator s seguintes penalidades:

    I - I - advertncia;II - II - suspenso; e/ouIII - III - demisso.

    1 - 1 - Na aplicao das penalidades, sero considerados os danospara a Administrao, ficando o servidor obrigado a permanecerem servio

    2 - 2 - A advertncia ser aplicada por escrito, nos casos em queno se justifique imposio de penalidade mais grave, podendo serconvertida em freqncia obrigatria a programa de aprimoramen-to, e melhoria do comportamento funcional, com infrator o compe-lido a dele participar regularmente, permanecendo em servio.

    3 - 3 - A suspenso ser aplicada em caso de reincidncia de faltaspunidas com advertncia.

    4 - 4 - Quando houver convenincia para o servio, a penalidadede suspenso poder ser convertida em multa, em montante ou per-centual calculado por dia, base dos vencimentos ou remunerao,nos termos das normas especficas de cada rgo ou entidade, sujei-tando o infrator a receber informaes, atribuies, tarefas e outrasatividades.

    5 - 5 - A demisso ser aplicada em caso de reincidncia das faltaspunidas com suspenso, nos termos regulamentares e medianteprocesso administrativo prprio.

    Art. 5 - Art. 5 - Por provocao da parte ofendida, ou de ofcio pela au-toridade que tiver conhecimento da prtica de assdio moral no tra-balho, ser promovida sua imediata apurao, mediante sindicn-cia ou processo administrativo.

    Pargrafo nico -Pargrafo nico - Nenhum servidor ou funcionrio poder so-frer qualquer espcie de constrangimento ou ser sancionado por ter

    ASSDIO MORAL E SADEASSDIO MORAL E SADEDOS TRABALHADORES EM EDUCAODOS TRABALHADORES EM EDUCAO

    O assdio moral constitui risco invisvel, porm concretoO assdio moral constitui risco invisvel, porm concreto, , nas rela-nas rela-es de trabalho e es de trabalho e sade dos trabalhadores. Estes manifestam os sen- sade dos trabalhadores. Estes manifestam os sen-timentos e emoes nas situaes de assdio de vrias formas.timentos e emoes nas situaes de assdio de vrias formas.

    . . AS MULHERESAS MULHERES, mais humilhadas, expressam sua indignao com, mais humilhadas, expressam sua indignao comchoro, tristeza, ressentimento, mgoa e estranhamento de um ambientechoro, tristeza, ressentimento, mgoa e estranhamento de um ambienteque antes identificavam como seu.que antes identificavam como seu.

    . . OS HOMENSOS HOMENS sentem-se revoltados, manifestando, muitas vezes sentem-se revoltados, manifestando, muitas vezesdesejo de vingana.desejo de vingana.

    TODOSTODOS acabam vivenciando a depresso, palpitaes, distrbios acabam vivenciando a depresso, palpitaes, distrbiosde sono e digestivos, alterao da libido, e at tentativas de suicdio.de sono e digestivos, alterao da libido, e at tentativas de suicdio.Tudo isso reflexo de um cotidiano de humilhaes e sentimento deTudo isso reflexo de um cotidiano de humilhaes e sentimento deimpotncia frente aos desmandos que caracterizam as relaes de tra-impotncia frente aos desmandos que caracterizam as relaes de tra-balho. Assim, revela-se o adoecer de pessoas ao viver uma vida que nobalho. Assim, revela-se o adoecer de pessoas ao viver uma vida que nodesejam, no escolheram e no suportam.desejam, no escolheram e no suportam.

  • par das lutas da categoria e filiar-se ao seu sindicato o Sepe.

    Conhea a Lei Estadual no 3921 de 23 de Agosto de 2002

    LEI N 3921, DE 23 DE AGOSTO DE 2002. *

    VEDA O ASSDIO MORAL NO TRABALHO, NO MBITO DOSRGOS, REPARTIES OU ENTIDADES DA ADMINISTRA-O CENTRALIZADA, AUTARQUIAS, FUNDAES, EMPRE-SAS PBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA, DO PO-DER LEGISLATIVO, EXECUTIVO OU JUDICIRIO DO ESTADODO RIO DE JANEIRO, INCLUSIVE CONCESSIONRIAS E PER-MISSIONRIAS DE SERVIOS ESTADUAIS DE UTILIDADE OUINTERESSE PBLICO, E D OUTRAS PROVIDNCIAS.

    A ASSEMBLIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JA-NEIRO

    D E C R E T A:

    Art. 1 -Art. 1 - Fica vedada, no mbito dos rgos, reparties ou enti-dades da administrao centralizada, autarquias, fundaes, empre-sas pblicas ou sociedades de economia mista, do Poder Legislati-vo, Executivo ou Judicirio, inclusive concessionrias ou permissio-nrias de servios estaduais de utilidade ou interesse pblico, o exer-ccio de qualquer ato, atitude ou postura que se possa caracterizarcomo assdio moral no trabalho, por parte de superior hierrquico,contra funcionrio, servidor ou empregado e que implique em vio-lao da dignidade desse ou sujeitando-o a condies de trabalhohumilhantes e degradantes.

    Art. 2 -Art. 2 - Considera-se assdio moral no trabalho, para os fins doque trata a presente Lei, a exposio do funcionrio, servidor ouempregado a situao humilhante ou constrangedora, ou qualquerao, ou palavra gesto, praticada de modo repetitivo e prolongado,durante o expediente do rgo ou entidade, e, por agente, delega-do, chefe ou supervisor hierrquico ou qualquer representante que,

    6

    no exerccio de suas funes, abusando da autoridade que lhe foiconferida, tenha por objetivo ou efeito atingir a auto-estima e a au-todeterminao do subordinado, com danos ao ambiente de traba-lho, aos servios prestados ao pblico e ao prprio usurio, bemcomo, obstaculizar a evoluo da carreira ou a estabilidade funcio-nal do servidor constrangido.

    Pargrafo nico -Pargrafo nico - O assdio moral no trabalho, no mbito da ad-ministrao pblica estadual e das entidades colaboradoras, carac-teriza-se, tambm, nas relaes funcionais escales hierrquicos, pelasseguintes circunstncias:

    I -I - determinar o cumprimento de atribuies estranhas ou ativi-dades incompatveis com o cargo do servidor ou em condies eprazos inexeqveis;

    II -II - designar para funes triviais, o exercente de funes tcni-cas, especializadas ou aquelas para as quais, de qualquer forma, se-jam exigidos treinamento e conhecimento especficos;

    III -III - apropriar-se do crdito de idias, propostas, projetos ou dequalquer trabalho de outrem;

    IV -IV - torturar psicologicamente, desprezar, ignorar ou humilhar oservidor, isolando-o de contatos com seus colegas e superiores hie-rrquicos ou com outras pessoas com as quais se relacione funcio-nalmente ;

    V -V - sonegar de informaes que sejam necessrios ao desempe-nho das funes ou teis vida funcional do servidor;

    VI - VI - divulgar rumores e comentrios maliciosos, bem como crti-cas reiteradas, ou subestimar esforos, que atinjam a sade mentaldo servidor; e

    VII -VII - na exposio do servidor ou do funcionrio a efeitos fsicosou mentais adversos, em prejuzo de seu desenvolvimento pessoal eprofissional.

    Art. 3 -Art. 3 - Todo ato resultante de assdio moral no trabalho nulode pleno direito.

    7