assédio moral

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* Ricardo Eletro – março/2013 – indenizações de R$ 20mil e R$ 30mil Uma auxiliar administrativa foi, durante dois anos, diariamente humilhada por uma de suas superiores, que a chamava de “jumenta”, “retardada”, “incompetente” e “burra”, e também a ofendia com expressões chulas. Outra superiora sua se referia a todas as funcionárias como “porcas”, além de também ofendê-las com palavrões. A empresa foi condenada em R$ 20mil por danos morais. Ainda em 2012, a unidade da Ricardo Eletro de Vitória, ES, foi condenada a indenizar, em R$ 30 mil, um vendedor vítima de ofensas homofóbicas de um gerente, que o tratava de forma grosseira, dizia aos seus colegas que ele “tinha voz de gay” e dizia que, à noite, ele se chamava “Alice no País das Maravilhas”. Também o chamava de “lerdo, incompetente, moleque e sem dignidade”, o que ocasionou um quadro de depressão no ex-funcionário e levaram à condenação da empresa, também, ao pagamento de R$ 250 mensais para tratamento médico, durante um ano. * Carrefour – dezembro/2012 – indenização de R$ 100mil Durante quatorze anos uma funcionária do Carrefour de Brasília sofreu discriminação racial, tratamento grosseiro e excesso de trabalho, o que a levou a ficar incapacitada para o trabalho por três anos por conta de síndrome de esgotamento profissional (ou síndrome de burnout). Ela foi indenizada porque demonstrou que recebia pressões intimidadoras, constrangedoras e humilhantes, e que inclusive um dos diretores a chamava de “macaca” na presença de outros empregados. *Oi ( Telemar) – dezembro/2012 – indenização de R$ 20mil A Telemar Norte Leste S/A teve de indenizar uma operadora de telemarketing, contratada por uma terceirizada sua, que era discriminada por seus supervisores pelo fato de ser lésbica. Ela era impedida de sentar-se ao lado de outra funcionária, “para não atrapalhar sua namoradinha”. Os superiores também a proibiam de fazer horas extras, pois diziam que “lésbica não tem direito a fazer hora extraordinária”. Tudo isso era motivo de deboche de outros funcionários.

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Assédio Moral

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* Ricardo Eletro maro/2013 indenizaes de R$ 20mil e R$ 30milUma auxiliar administrativa foi, durante dois anos, diariamente humilhada por uma de suas superiores, que a chamava de jumenta, retardada, incompetente e burra, e tambm a ofendia com expresses chulas. Outra superiora sua se referia a todas as funcionrias como porcas, alm de tambm ofend-las com palavres. A empresa foi condenada em R$ 20mil por danos morais. Ainda em 2012, a unidade da Ricardo Eletro de Vitria, ES, foi condenada a indenizar, em R$ 30 mil, um vendedor vtima de ofensas homofbicas de um gerente, que o tratava de forma grosseira, dizia aos seus colegas que ele tinha voz de gay e dizia que, noite, ele se chamava Alice no Pas das Maravilhas. Tambm o chamava de lerdo, incompetente, moleque e sem dignidade, o que ocasionou um quadro de depresso no ex-funcionrio e levaram condenao da empresa, tambm, ao pagamento de R$ 250 mensais para tratamento mdico, durante um ano.

* Carrefour dezembro/2012 indenizao de R$ 100milDurante quatorze anos uma funcionria do Carrefour de Braslia sofreu discriminao racial, tratamento grosseiro e excesso de trabalho, o que a levou a ficar incapacitada para o trabalho por trs anos por conta de sndrome de esgotamento profissional (ousndrome de burnout). Ela foi indenizada porque demonstrou que recebia presses intimidadoras, constrangedoras e humilhantes, e que inclusive um dos diretores a chamava de macaca na presena de outros empregados.

*Oi ( Telemar) dezembro/2012 indenizao de R$ 20milA Telemar Norte Leste S/A teve de indenizar uma operadora de telemarketing, contratada por uma terceirizada sua, que era discriminada por seus supervisores pelo fato de ser lsbica. Ela era impedida de sentar-se ao lado de outra funcionria, para no atrapalhar sua namoradinha. Os superiores tambm a proibiam de fazer horas extras, pois diziam que lsbica no tem direito a fazer hora extraordinria. Tudo isso era motivo de deboche de outros funcionrios.

* Santander novembro/2012 indenizao de R$ 100milO banco foi condenado a indenizar uma gerente adjunta gacha, com 20 anos de casa, que nos ltimos cinco foi maltratada por seus superiores. Eles diziam com frequncia que ela tinha que atingir as metas, sob pena de demisso, nem que fosse necessrio rodar bolsinha na esquina.

* AmBev setembro/2012 indenizao de R$ 50milA fim de alavancar as vendas, um dos gerentes da empresa se dirigia aos seus subordinados de forma desrespeitosa, usando palavres. A fim de incentivar seus subordinados a aumentarem as vendas, ele fazia reunies matinais com os funcionrios na presena de garotas de programa, e os obrigava a participarem de festas em chcaras, com a presena das garotas. Os que batiam as metas eram premiados com vales garota de programa. O ex-funcionrio autor da ao, casado e evanglico, tambm teria sido amarrado pelo gerente e obrigado a assistir filmes porns e presenciar strip-teases em sua sala.

* Samsung outubro/2012 indenizao de R$ 10milA multinacional foi condenada subsidiariamente com a empresa Costech Engenharia Ltda. a indenizar uma inspetora de produo. Em maio de 2009, ela identificou defeitos em um dos celulares que estava na linha de montagem, retirou-o e o mostrou ao gerente de qualidade, um homem de origem sul-coreana. Ele tomou-lhe o celular e comeou a gritar em coreano, de maneira ofensiva; ento, atirou o aparelho em direo linha de montagem, que acabou batendo em outro celular e voltando para o rosto da empregada, que ficou diversos dias com as marcas da pancada. Ao invs de socorr-la, o gerente comeou a gritar mais alto, com dedo apontado em sua direo. A linha de produo parou para ver a cena. A partir de ento, ela passou a ser vtima de piada dos colegas, que diziam esqueceu o capacete?, agora vai ter que usar capacete, cuidado, l vem o celular!.

* Ponto Frio setembro/2012 indenizao de R$ 5milOs fatos aconteceram na loja de Santa Felicidade, PR. Uma ex-empregada era assediada moralmente por seu supervisor que, em reunies para cobrana de metas (segundo ela, quase impossveis de alcanar), ameaava-a de demisso com palavres, gestos obscenos e aluses de cunho sexual.

* Lojas Marisa outubro/2011 Indenizao de R$ 20milUma analista de crdito da Marisa de Patos de Minas, MG, era tratada de forma desrespeitosa e diferenciada por seu supervisor, na frente de clientes e funcionrios. Ela procurou a gerncia para se queixar da forma com que era tratada e a gerente lhe teria dito que ela era muito velha pra reclamar. A gerente inclusive chegou a criticar sua aparncia, dizendo olhe suas roupas, seu cabelo... voc muito feia, ningum na loja gosta de voc!.

* Banco do Brasil outubro/2010 indenizao de R$ 100milUma ex-funcionria do BB foi vtima de presses de seu gerente, de uma agncia de Cuiab, MT, que, a pretexto de cobrar seu atingimento de metas, a tratava de forma autoritria e desrespeitosa, com palavras de baixo calo. Ao perguntar para o gerente sobre qual lugar ela ocuparia aps a reforma que estava sendo feita na agncia, ele disse que, se dependesse dele, ela ficaria no banheiro. A forma com que a empregada era tratada levou-a a um clima de tenso extrema e insegurana permanente.

* RBS (afiliada Rede Globo no Rio Grande do Sul) abril/2010 indenizao de R$ 300milA RBS Zero Hora Editora Jornalstica S/A foi condenada em ao civil pblica proposta pelo Ministrio Pblico do Trabalho por danos morais coletivos. Um funcionrio do alto escalo da empresa ofendia e proferia palavras de baixo calo aos funcionrios da equipe de vendas e do setor administrativo que participavam das reunies. Ele tambm foi acusado de ter submetido seus subordinados a condies humilhantes de trabalho. A diretoria da empresa foi informada sobre a ocorrncia e manifestou descaso, alm de ter concordado e aprovado a conduta do autor das ofensas, o que lesou toda a coletividade de trabalhadores da RBS.

Assdio Moral Deficiente Ponto de nibusAlm da dor de ter perdido boa parte da viso com 15 anos de idade, a jovem Andressa Regina dos Santos, de 26 anos, relata que ainda tem que passar por constrangimentos. Da ltima vez que isso aconteceu, a jovem, que tem apenas 10% da viso no olho esquerdo, diz que se sentiu humilhada ao tentar tomar um nibus no transporte coletivo. O fato aconteceu na tarde de tera-feira, dia 20, quando a jovem iria visitar sua me, que mora no Parque So Loureno. Moradora no Jardim Morada do Sol, a jovem conta que levou a chave de sua casa para o marido e foi para o ponto de nibus, localizado prximo ao ponto do Servio Social da Indstria (Sesi), que fica na Avenida Francisco de Paula Leite, em Franca SP. Por volta das 14h10, a jovem conta que passou o primeiro coletivo. Como de costume, ela relata que perguntou ao motorista se o nibus iria para a Vila Castelo Branco, linha que utilizava para chegar ao bairro de sua me. Andressa conta que o motorista foi educado e informou que o coletivo no iria para o destino que ela queria.Aps alguns minutos, veio o segundo nibus, conduzido pelo motorista responsvel, segundo a jovem, por uma das maiores humilhaes que j sofreu. Andressa conta que, ao parar o veculo, perguntou ao motorista se o nibus iria para a Vila Castelo Branco. Com a resposta negativa, Andressa decidiu fazer a segunda indagao, perguntando se o nibus pelo menos passava pelo Ginsio Municipal de Esportes. Foi quando o motorista agiu de forma grosseira.Ele perguntou se eu no sabia ler, se eu era cega, foi muito humilhante para mim, declara. Mas os constrangimentos no acabaram por a. Andressa relata que depois que o condutor do coletivo agiu desta forma, os passageiros que estavam mais prximos do motorista comearam a rir, caoando da jovem.Andressa relata que frequentemente utiliza os nibus do transporte coletivo. Esse o nico meio de transporte que a jovem tem, gratuitamente, para se deslocar para a casa da me e para ir ao centro da cidade.

Responda: Voc(s) como diretor(es) de que forma agiria ?

Humilhao em FarmciaO suposto atendimento prestado a um portador de deficincia fsica, em uma farmcia da Rede So Bento, em Campo Grande, no incio da tarde de segunda-feira (3), gerou indignao. O cliente que, segundo relatos, no possui o brao direito, teria sido humilhado no caixa.Ontem, feito a compra, ele estava com dificuldade para pagar o valor e no caixa, teria pedido ao colaborador da empresa para o ajudasse a inserir o carto na mquina de dbito. voc que tem de inserir o carto. No eu, teria respondido, em tom grosseiro, o funcionrio. Enquanto isso, a caixa do lado ria da situao e da dificuldade do senhor.O caso veio tona aps a situao ser compartilhada no Facebook pelo diretor de arte de uma agncia de propaganda da Capital, Thiago Chaia.Na internet, ele explica o seguinte:Sou cliente da Rede So Bento j h algumtempo. Sempre elogio o atendimento do pessoal, principalmente da loja da Cear com a Amazonas, que a que mais frequento, mas hoje, minha esposa viu uma cena lastimvel.Um senhor, bem moreno e humilde, portador de deficincia fsica (ele no tinha o brao direito), estava visivelmente constrangido e embaraado tentando pagar sua compra.Motivo: o cara tem s um brao, estava com dificuldade de pegar o carto. Ao pedir para o caixa inserir o carto na mquina de dbito, o mesmo respondeu de forma grosseira: - voc que tem que inserir o carto, no eu! Enquanto isso, a caixa ao lado ria da situao e da dificuldade do senhor para tentar inserir o carto.Isso aconteceu hoje, 03/09, s 13h30. Bastar ver a escala para saber quem eram os funcionrios no caixa.

Responda: Voc(s) como diretor(es) de que forma agiria ?