asfixia perinatal asfixia perinatal 5 milhões de óbitos neonatais/ano (oms,1995) 5 milhões de...

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ASFIXIA PERINATAL 5 milhões de óbitos neonatais/ano (OMS,1995) (1 milhão/ano) 19%

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ASFIXIAPERINATAL

5 milhões deóbitos neonatais/ano

(OMS,1995) (1 milhão/ano)19%

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ASFIXIAPERINATAL

78.000óbitos neonatais/ano

(1997)(7.800/ano)10%

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Asfixia Perinatal100

42,9

12,5

0 0

33,3

60

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

750-999g 1000-1499g

1500-1999g

2000-2499g

2500-2999g

3000-3499g

3500+

obito

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FISIOPATOLOGIA DA ASFIXIA PERINATAL

Fluxo sangüíneo diminuído nos pulmões fetais

Arteríolas

Ducto Arterioso

TroncoPulmonar

Aorta

Constrição Arteriolar(vasos sangüíneos)

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FISIOPATOLOGIA DA ASFIXIA PERINATAL

Ao nascerPrimeiros movimentos respiratórios

O LÍQUIDO PULMONAR fetal é reabsorvido

Os ALVÉOLOS expandem-se

Aumenta o FLUXO SANGÜÍNEO para os pulmões

As ARTERÍOLAS PULMONARES dilatam-se

O CANAL ARTERIAL fecha-se

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FISIOPATOLOGIA DA ASFIXIA PERINATAL

Os pulmões e a circulaçãoNascimento Líquido

Pulmonar Fetal

1o 2o 3o

As arteríolas dilatam e ofluxo sangüíneo aumenta

Movimentos Respiratórios

Fluxo sangüíneo pulmonar aumenta

Ducto Arterioso fechado

Aorta

Tronco Pulmonar

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FISIOPATOLOGIA DA ASFIXIA PERINATALFISIOPATOLOGIA DA ASFIXIA PERINATAL

ASFIXIAASFIXIAHipoxemiaHipoxemia AcidoseAcidose

Arteríolas pulmonares permanecem constritasCanal Arterial permanece aberto

Persiste o padrão Persiste o padrão da Circulação Fetalda Circulação Fetal

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FISIOPATOLOGIA DA ASFIXIA FISIOPATOLOGIA DA ASFIXIA PERINATALPERINATAL

Apnéia PrimáriaApnéia Primária X SecundáriaSecundáriaMovimentos

Respiratórios Rápidos

Apnéia Primária Apnéia Secundária

Gaspings

PARTO PARTO

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SINAIS 0 1 2

FREQUÊNCIACARDÍACA ausente < 100 > 100

CORcianose

central oupalidez

cianose deextremidades róseo

IRRITABILIDADEREFLEXA

ausente “caretas” choro

ESFORÇORESPIRATÓRIO

ausente choro fraco choro forte

TONUSMUSCULAR

flácido semi-flexão ativo

Boletim de ApgarBoletim de Apgar

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Impossibilidade de distinção Impossibilidade de distinção entre APNÉIA PRIMÁRIA e entre APNÉIA PRIMÁRIA e

SECUNDÁRIASECUNDÁRIA

Atraso na intervenção Atraso na intervenção proporciona demora na proporciona demora na

resposta e lesão resposta e lesão neurológicaneurológica

APNÉIA ao nascerAPNÉIA ao nascer

Considerar como APNÉIA SECUNDÁRIAIniciar reanimação imediatamente

FISIOPATOLOGIA DA ASFIXIA PERINATAL

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Quanto maior a Quanto maior a demora para iniciar a demora para iniciar a

reanimação, maior reanimação, maior sua dificuldade, e sua dificuldade, e

mais elevado o risco mais elevado o risco de lesão cerebral.de lesão cerebral.

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Asfixia Perinatal

Respiratória Renal Esplâncnica Encefalopatia hipóxico-isquêmica Cardíaca e vascular Endócrina

Conseqüências

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Asfixia Perinatal

Síndrome da Hipertensão Pulmonar Persistente

Fisiopatologia:

Conseqüências Aparelho Respiratório

Pulmão fetal Asfixia

Ereção capilar sem vasodilatação

Circulação fetal mantida

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Asfixia Perinatal

Síndrome da Hipertensão Pulmonar Persistente

Tratamento:

Conseqüências Aparelho Respiratório

NO

VentilaçãoMecânica

+NO

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Asfixia Perinatal

Conseqüências Renais

Necrose tubular aguda retenção de líquidos aumento do edema cerebral retenção nitrogenada (uréia e creatinina elevadas)

tratamento restrição de líquidos (2/3 da NHD) diuréticos de alça (furosemida) diálise peritonial

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Asfixia Perinatal

Conseqüências Esplâncnica Enterocolite Necrosante

prematuros com dieta sepse associada alta letalidade (grau III de Bell)

tratamento dieta zero Nutrição Parenteral Total cirurgia (perfuração) antibióticos

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Asfixia Perinatal

Conseqüências

Encefalopatia Hipóxico-Isquêmica

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FisiopatologiaFisiopatologia

EHIEHIIsquemia

Radicais livres

Autorregulaçãocérebro-vascular

prejudicada

Aminoácidos excitatórios(glutamato)

+ +

Hipoxemia

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FisiopatologiaFisiopatologia

Lesão de reperfusão

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DiagnósticoDiagnóstico

Sinais Inespecíficos. Suspeita se confirma com dados da Sinais Inespecíficos. Suspeita se confirma com dados da história obstétrica e do parto. Distúrbios metabólicos, história obstétrica e do parto. Distúrbios metabólicos, disgenesias cerebrais e infecção podem gerar disgenesias cerebrais e infecção podem gerar quadros similares.quadros similares.

ClínicoClínico

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DiagnósticoDiagnóstico

Classificação (Volpe, 1999) – Classificação (Volpe, 1999) – valor prognósticovalor prognóstico

EHI leveEHI leve – alerta intenso, tremores, hiperreflexia– alerta intenso, tremores, hiperreflexiaRisco de seqüela de longo prazo baixoRisco de seqüela de longo prazo baixo< 24h de duração< 24h de duração

EHI moderadaEHI moderada – letargia, estupor, hipotonia e – letargia, estupor, hipotonia e hiporreflexia . Pode haver convulsãohiporreflexia . Pode haver convulsãoRisco de seqüela de longo prazoRisco de seqüela de longo prazo de 20-40%de 20-40%

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EHI graveEHI grave – coma, convulsão, disfunções autonômicas – coma, convulsão, disfunções autonômicas e de e de tronco cerebral. Pressão intracraniana elevada – tronco cerebral. Pressão intracraniana elevada – mau prognóstico. mau prognóstico. Sempre associada a seqüelas Sempre associada a seqüelas de longo prazode longo prazo

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Ideal entre 2º e 4º dias

Fonte: Hill &Volpe, in Neonatologia, fisiopatologia e tratamento do recém-nascido, Avery, Fletcher e Mcdonald Medsi, 1999

Diagnóstico por Imagem

4 dias Atenuação diminuída

(necrose + edema)

4 meses Encefalomalácia

multicística + atrofia

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Diagnóstico

ExamesEletroencefalogramaPadrão descontínuo com supressão da voltagem e manifestações repentinas, rápidas, de atividade aguda e ondas lentas.

Mau prognóstico

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PatologiaTipos de lesões• Necrose neuronal seletiva (córtex; tálamo; cerebelo; corno anterior da medula)• Lesão cerebral parassagital(junção das artérias cerebrais hipotensão)

• Estado marmóreo dos gânglios basais e do tálamo(necrose neuronal e da glia aspecto de mármore)

• Necrose cerebral focal e multifocal(infarto multifocal anterior)• Leucomalácia periventricular(zonas arteriais terminais na subs. Branca)

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Tratamento

o ventilação e perfusão adequadas;

o manutenção da pressão arterial;o manutenção da normoglicemia;o controle de convulsõeso correção de hipoxemia e hipercapniao prevenção da lesão secundária

Objetivos:o ventilação mecânica

o uso de aminas vasoativas;

o infusão adequada de glicoseo uso de anticonvulsivanteso uso do óxido nítrico/ECMOo uso de hipotermia (corporal ou cefálica)

Estratégias:

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Tratamento

Tipos corporal ou cefálicaTemperatura alvo 32 –34°CInício até 6h após o agravoPeríodo 72hCritérios de inclusão acidose severa

Apgar do 10ºmin < 5necessidade de ventilação mecânicaEHI moderada/grave (SARNAT)

Hipotermia

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Asfixia Perinatal

Conseqüências Cardíaca e Vascular Lesões isquêmicas do miocárdio

alterações enzimáticas (CPK e CPK-mb) alterações eletrocardiográficas (alterações de repolarização) insuficiência cardíaca (miocardiopatia dilatada)

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Asfixia Perinatal

Conseqüências Cardíaca e Vascular

Hipotensão arterial e perfusão diminuída

choque cardiogênico hipoxemia tecidual acidose metabólica

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Asfixia Perinatal

Conseqüências Cardíaca e Vascular

Tratamento digitalização (se necessário) aminas vasoativas (dopamina; dobutamina) oxigênioterapia/bicarbonato (alcalinização:pH>7.5)

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Asfixia Perinatal

Conseqüências

Endócrina Secreção Inapropriada do HAD

oligúria excreção fracionada de sódio alterada queda do Htc / Ptn sérica (dilucional)