as oportunidades e desafios do digital para o território: do e-government ao e-governance
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Palestra Sistemas de Informação na Administração Pública
Mestrado em Gestão, do ramo de Administração Pública,
Escola Superior de Gestão
Instituto Politécnico da Guarda
Guarda, 14 de Outubro de 2011
Luis Borges Gouveia
@lbgouveia | [email protected]
FAZER
FUTURO E AS PALAVRAS
ESPERANÇA
CONFIANÇA
SUMÁRIO
Nota prévia
O contexto actual
Dados, informação e conhecimento
Desafios e oportunidades
Uma reflexão sobre Governação
As questões
LOCAL E-GOVERNMENT: do e-government ao e-governance A Administração Pública é, sem dúvida, um dos pilares da organização do País e um
actor crucial para a organização dos seus recursos, nomeadamente de informação
(em especial de interesse público). O seu bom funcionamento contamina de forma
positiva a actividade económica e dissemina boas práticas.
É garante da soberania nacional e viabiliza a regulação, proximidade e equilíbrio da
nossa sociedade, sendo a governação uma das preocupações de momento.
O CONTEXTO ACTUAL
O MUNDO EM QUE VIVEMOS
Queda do
muro de Berlin
Ataque às
Torres Gémeas
Crise
financeira
Crise económica
e social
fronteiras
físicas
segurança
e defesaeconomia
qualidade
de vida
Nov, 1989 Set, 2001 Set, 2008 (?)Set, 2009/11
?
Imagem retirada do
Estudo sobre Governação, Abril de 2009 – APDSI (Gouveia et al., 2009)
O mundo está mudado
Mais digital
Mais competitivo
mas também:
Menos previsível
Com mais gente que conta
Com mais necessidade de errar e menos tempo para o fazer
AS QUESTÕES DO TERRITÓRIO
CARACTERIZAR O
MOMENTO ACTUAL
complexo
dinâmico
imprevisível
mas...
simples
constante
controlável
Globalização
Sociedade da
Informação
Desenvolvimento
sustentável
TERRITÓRIO
Globalização
Sociedade da
Informação
Desenvolvimento
sustentável
Expande o território
Aumenta a fronteira
TERRITÓRIO
Globalização
Sociedade da
Informação
Desenvolvimento
sustentável
Comprime o território
Elimina a fronteira
TERRITÓRIO
Globalização
Sociedade da
Informação
Desenvolvimento
sustentável
Valoriza o território
Reforça a fronteira
AS PROMESSAS DO DIGITAL
DO ANALÓGICO PARA O DIGITAL
aprender...
no analógico, memorizar para aprender
no digital, esquecer para aprender
trabalhar...
no analógico, tomar tempo para trabalhar
no digital, trabalhar sem tomar o tempo
A informação já não é o que era…
(e nem toda é igual)
estrutura
& contexto
abstracção &
complexidade
dados
informação
conhecimento
sabedoria
simplificação
do real
suporte à
decisão
suporte à
acção
estratégia e
previsão
NO DIGITAL
Crescente mediação de computadores e redes no relacionamento humano
Desmaterialização de actividades e processos associados
Transformação da actividade humana
O tempo com diferentes ciclos
Virtualização e transformação do conceito de tempo e espaço (exemplo: o sítio na Web…)
(implica) espaço (físico) com diferentes significados
O E-GOVERNMENT
(GOVERNO DE BASE ELECTRÓNICA)
O E-GOVERNANCE
GOVERNAÇÃO DE BASE ELECTRÓNICA
DO E-GOVERNMENT AO E-GOVERNANCE
GOVERNO E GOVERNAÇÃO • Governação (conceito descritivo – 1995) e posteriormente teórico…
• A direcção do governo já não é suficiente
Necessário um outro modo de governar…
Processo de direcção estruturado (institucional/técnico) orientado à acção
colectiva por via da cooperação
Produto da participação, da sociedade e governo (que é dinâmico e
negociado entre os seus actores)
Na governação já não existe um actor central (processo de direcção da
sociedade em que interdependência, integração, co produção e co-
responsabilidade são aspectos constantes na acção)
ALTERNATIVAS DE CONCEPTUALIZAÇÃO
FINGER E PÉCOUD (2003)
e-governação como satisfação do cliente processos e
interacções
ferramentas
Níveis de políticas Nacional e por vezes
local
Nacional e local Nacional e por vezes
local
Actores Consumidores,
administração
Público e privado Estado
Funções de políticas Operações, prestação
de serviços
Operações e produção
de políticas
Em geral, prestação
de serviços
Uso de TICs Substituição e
comunicação
Interacção Baseado na tecnologia
NOVA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NAVARRA E CORNFORD (2004)
DESCENTRALIZAÇÃO
Passagem de responsabilidade para
autoridades locais
Proximidade
Devolução
COMUNICAÇÃO
Marketing e boas práticas
Monitorização de contratos
Partilha de riscos
Dimensão partilhada
E-GOVERNO
Medir o desempenho
Gestão por objectivos
Reinventar o governo
Orientação ao cliente e
participação
EFICIÊNCIA
Práticas de gestão
Gestão de processos de negócio
TRANSPARÊNCIA
Gestão de desempenho
Orçamentação programada
Foco no cidadão
Gestão
managerial
Consultivo
consultive
Participado
participatory
Disciplinar
disciplinary
Actores e
interesses
Governo, clientes,
negócios, media
Governo, clientes,
negócio, grupos de
interesse
Associações voluntárias,
grupos de interesses,
grupos autónomos
Governo, negócio, NGOs
Foco nas políticas Marketing, eficiência,
accountability
Descentralização,
transparência, teste
de politicas e
inovação
Legitimidade do Estado,
democracia,
participação,
envolvimento do
cidadão nas politicas
e na definição de
prioridades
Bem público, vigilância,
accountability,
cumprimento da lei
Foco nos serviços Impostos em linha,
solicitação de
benefícios, balcão
único, pesquisa de
dados de marketing,
informação do
governo ao público
e-votação, recolha de
opiniões instantânea,
petições, reuniões
virtuais locais,
recolha de opinião e
sugestões de
eleitores e grupos de
interesse
Mecanismos autónomos
na fronteira dos
Estados, listas de
discussão,
tecnologias ponto a
ponto, e-
participação
representação,
adesão do cidadão e
reactividade a
políticas
Infra-estruturas de
informação
aplicáveis a serviços
específicos
(aplicações
verticais)
MODELO DE E-GOVERNAÇÃO FINGER E PÉCOUD (2003)
Política
Regula
ção
Opera
ções
e-governação
Global
Nacional
Local
Sector privado
Governo
Terceiro sector
Exploração contínua das TICs
COMPLEXIDADE
OPORTUNIDADES
LIMITES
Aprendemos todos os dias, de todas as formas
Sempre mais para fazer, do que o que se pode
Mais solicitações do que tempo disponível
Maior carga cognitiva do que a nossa resistência permite
Excesso de informação
Sobrecarga cognitiva
Refrear a curiosidade natural
Conter a dispersão
Lidar com a nossa
criatividade
Agir, inovar, experimentar,
difundir, agir…
O que há de novo?
Gerir as tarefas
Gerir o tempo
Criatividade
Da competência clássica
ao novo
Do racional aos afectos e à
emoção (retorno?)
Da preocupação com a
literacia básica, funcional,
informacional,
comunicacional e
tecnológica a…
… emoção!
RISCOS
PARADIGMAS E A PROGRESSÃO DO
TEMPO
AMEAÇAS
SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
Uma sociedade que
predominantemente utiliza
o recurso às tecnologias da
informação e comunicação
para a troca de informação
em formato digital e que
suporta a interacção entre
indivíduos com recurso a
práticas e métodos em
construção permanente
(Gouveia e Gaio, 2004)
SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
Uso intensivo de tecnologias de informação e comunicação
Uso crescente do digital
Organização em rede
SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
Uso intensivo de tecnologias de informação e comunicação
Uso crescente do digital
Organização em rede
infra-estruturas
& acesso
processos
& formação
de
comando & controlo
para
partilha & regulação
DIGITAL: “ O ROLO COMPRESSOR ”
O DIGITAL NÃO É TUDO…
LOGÍSTICA
UTILIZAÇÃO E BOAS PRÁTICAS
DIMENSÃO HUMANA
AS PESSOAS!
O MERCADO ENQUANTO PERCURSO
AINDA É …”BUSINESS AS USUAL”?
CRIAR VALOR – UMA REFLEXÃO
REFLETIR SOBRE A ORGANIZAÇÃO DO
TERRITÓRIO
FRONTEIRAS GLOBAIS, CONCEITOS GLOCAIS
FAZER MAIS COM MENOS…
FAZER MAIS +
COM MENOS –
(information, use it or loose it...)
REFLETIR SOBRE O PAPEL DA SOCIEDADE CIVIL
REFLETIR SOBRE O PAPEL DO GOVERNO LOCAL
REFLETIR SOBRE O PAPEL DO GOVERNO
CENTRAL
O “LOCAL DO MEIO”
REFLETIR SOBRE A RELAÇÃO DO LOCAL COM O
EXTERIOR
INTERESSE, GEOMETRIA VARIÁVEL - VOLÁTIL
ORGANIZAÇÃO EM REDE
A REDE (I)
Promessas da sociedade da informação
Partilha de informação (e do conhecimento)
Novas relações tempo-espaço concorrentes num mesmo local
Móvel, imediato, ubiquo, universal
A relação e o relacionamento são elementos essenciais, realizados com recurso a computadores e redes (de telecomunicações)
Apesar de tudo, um fenómeno social: Barry Wellman, Manuel Castells, …
A REDE (II)
Fenómenos de transferência
Altera as relações de poder
Redistribui e redefine custos de
deslocação entre nós da rede
Fomenta uma evolução contínua, mantendo a
mudança como constante
Diversidade
Mudança permanente
Acolhe inovação e criatividade
A REDE (III)
Efeito de propagação
Altera a proximidade/distância e influência mútua
Atracção e reconfiguração de espaços e fronteiras
Esferas de influência mais dinâmicas, com modelos mais
complexos
Favorece sistemas abertos e
autónomos
Sistema distribuído, com
capacidade de auto-regulação
Escala resultado da interacção;
quanto mais interacção, maior densidade
FORÇAS DE COESÃO
Proximidade
Escala humana
Confiança
A IMPORTÂNCIA DO INDIVÍDUO
A(s) rede(s) aumentam o valor do indivíduo
Indivíduo aumenta valor da(s) rede(s)
www.serendipidade.com/2008/12/
A CONDIÇÃO HUMANA
Celso Alvarez Cíccamo, 2004
DESAFIOS E PROPOSTAS
CRIATIVIDADES, MAS…
“Não podemos resolver
problemas, utilizando o
mesmo tipo de pensamento
e práticas com que foram
criados”
Albert Einstein (1879 – 1955)
LEITURAS
Compilação dos recursos enunciados no decurso da apresentação e
disponibilizados para uso livre:
Artigo sobre os Media Sociais, Luis BG, 2009 – UFP
Enquadra a sociedade da informação e discute o potencial de rede e o seu
impacte para as relações entre indivíduos
Conclusões Fórum da Arrábida 2009 – APDSI
Propõe uma reflexão de quais os elementos a considerar para computadores e
redes auxiliarem na superação da crise
Estudo sobre Governação, Abril de 2009 – APDSI
Conjunto de textos sobre o tema, que incluem uma introdução estruturada dos
conceitos e um conjunto de reflexões temáticas sobre o conceito da governação e
da sua aplicação
Disponibilização integral do texto de 3 livros publicados sobre temas conexos com
a apresentação
E-book sobre Negócio Electrónico, 2006 – SPI
E-book sobre e-local government, 2004 – SPI
E-book sobre Sistemas de Informação, 2004 – SPI