as novas tecnologias novo paradigma na aprendizagem das crianças na educação infantil

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Maria Piedade Batista Oliveira Fernandes Artigo __________________________________________________________________ Disciplina Metodologia Científica 2014 UNOPAR As Novas Tecnologias novo paradigma na Aprendizagem das Crianças na Educação Infantil MARIA PIEDADE BATISTA OLIVEIRA FERNANDES 1 RESUMO O presente estudo teve como objetivo os desafios que as novas tecnologias implantadas acarretam no âmbito educacional e principalmente na Educação infantil, no uso dessas tecnologias na educação infantil. Partindo deste pressuposto é de suma importância demonstrar que as novas tecnologias já fazem parte do universo da criança desde ao nascerem, portanto, enquanto para os educadores essa ferramenta se tornaram como desafio a serem enfrentados, para essa nova era de criança, denominada Nativos Digitais ou Homo Zappiens, já possui total domínio em relação ao manuseio de alguns tipos de novidades tecnológicas. Assim, o avanço das novas tecnologias na educação vem incorporar as práticas pedagógicas e a formação docente novas formas de suscitar na criança na faixa etária de 0a 6 anos o gosto de estarem inseridos no ambiente escolar e o principal neste enfoque e que além de estarem sendo educados com prazer ainda existe o que é de mais fundamental, a alegria de desenvolverem os seus dons e habilidades através de objetos que fazem parte de seu mundo e que tanto os satisfaze. No entanto, a era digital complementa a educação infantil promovendo o seu desenvolvimento motor e psicológico de forma integral e ao mesmo tempo prazerosa. Palavras-chave: Tecnologias, Educação Infantil, Formação-Pedagógica, Ensino- Aprendizagem. ABSTRACT The present study aimed at the challenges that new technologies lead implanted in the educational field and especially in childhood education , the use of these technologies in early childhood education . Assuming this is of paramount importance to demonstrate that new technologies are already part of the universe from the child at birth , so while this tool for educators became a challenge to be faced , in this new age of child, called Digital Natives or Homo Zappiens already has total control in relation to the handling of certain types of new technologies . Thus, the advancement of new technologies in education has incorporated teaching practice and teacher training in new ways to raise a child aged six years 0a taste of being inserted in the school and the main focus in this environment and beyond are being educated with pleasure still exists which is more fundamental, the joy of developing their gifts and skills through objects that are part of their world and satisfy both. However, the digital 1 Tutora do Curso de Pedagogia pela UNOPAR. Tutora do Curso Técnico em Serviços Públicos pelo Instituto Federal. Docente do Curso de Extensão em Complementação em Licenciatura em Pedagogia e Pós-Graduação em Psicopedagogia, em Metodologia do Ensino Superior IESA: Instituto de Educação e Ensino Superior de Samambaia. Email: [email protected]

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Maria Piedade Batista Oliveira Fernandes Artigo

__________________________________________________________________ Disciplina Metodologia Científica – 2014 UNOPAR

As Novas Tecnologias novo paradigma na Aprendizagem das Crianças na Educação Infantil

MARIA PIEDADE BATISTA OLIVEIRA FERNANDES1 RESUMO O presente estudo teve como objetivo os desafios que as novas tecnologias implantadas acarretam no âmbito educacional e principalmente na Educação infantil, no uso dessas tecnologias na educação infantil. Partindo deste pressuposto é de suma importância demonstrar que as novas tecnologias já fazem parte do universo da criança desde ao nascerem, portanto, enquanto para os educadores essa ferramenta se tornaram como desafio a serem enfrentados, para essa nova era de criança, denominada Nativos Digitais ou Homo Zappiens, já possui total domínio em relação ao manuseio de alguns tipos de novidades tecnológicas. Assim, o avanço das novas tecnologias na educação vem incorporar as práticas pedagógicas e a formação docente novas formas de suscitar na criança na faixa etária de 0a 6 anos o gosto de estarem inseridos no ambiente escolar e o principal neste enfoque e que além de estarem sendo educados com prazer ainda existe o que é de mais fundamental, a alegria de desenvolverem os seus dons e habilidades através de objetos que fazem parte de seu mundo e que tanto os satisfaze. No entanto, a era digital complementa a educação infantil promovendo o seu desenvolvimento motor e psicológico de forma integral e ao mesmo tempo prazerosa. Palavras-chave: Tecnologias, Educação Infantil, Formação-Pedagógica, Ensino- Aprendizagem. ABSTRACT The present study aimed at the challenges that new technologies lead implanted in the educational field and especially in childhood education , the use of these technologies in early childhood education . Assuming this is of paramount importance to demonstrate that new technologies are already part of the universe from the child at birth , so while this tool for educators became a challenge to be faced , in this new age of child, called Digital Natives or Homo Zappiens already has total control in relation to the handling of certain types of new technologies . Thus, the advancement of new technologies in education has incorporated teaching practice and teacher training in new ways to raise a child aged six years 0a taste of being inserted in the school and the main focus in this environment and beyond are being educated with pleasure still exists which is more fundamental, the joy of developing their gifts and skills through objects that are part of their world and satisfy both. However, the digital

1 Tutora do Curso de Pedagogia pela UNOPAR. Tutora do Curso Técnico em Serviços Públicos pelo Instituto Federal. Docente do Curso de Extensão em Complementação em Licenciatura em Pedagogia e Pós-Graduação em Psicopedagogia, em Metodologia do Ensino Superior IESA: Instituto de Educação e Ensino Superior de Samambaia. Email: [email protected]

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age complements childhood education promoting their motor and mental development in full and at the same time enjoyable. Keywords: Technology, Early Childhood Education, Training , Teaching , Teaching and Learning .

Introdução

As novas tecnologias inseridas na Educação Infantil propulsionaram

novas aprendizagens, assim também, como outras concepções em relação às

práticas pedagógicas até então desenvolvidas em sala de aula, pois com a

implantação dos recursos tecnológicos no dia-a-dia das crianças tanto das creches

que vai do 0 aos 3 anos de idade, como também nas instituições escolares com as

crianças de 4 a 6 anos de idade, os desafios se fazem presentes desenvolvendo no

ambiente escolar, a fomentar uma nova reflexão sobe poder se adequar a uma

formação propicia a auxiliar essas crianças a desenvolverem as suas habilidades e o

seu raciocínio, de forma prazerosa e lúdica através de recursos que já fazem parte

do seu cotidiano, uma vez que são conhecidos como Nativos Digitais ou Homo

Zappiens e assim são estes que possuem maior facilidade em estar manuseando e

convivendo com todos esses artefatos e avanços tecnológicos tão crescentes nessa

nova era.

O objetivo deste estudo é refletir sobre o uso das novas tecnologias no

ambiente escolar, e a formação propícia para que as crianças desenvolvam

habilidades e raciocínio, através de recursos lúdicos. E também facilitar o manuseio

e o convívio com as novas tecnologias crescentes.

Este trabalho se realizará através do método de pesquisa bibliográfica, no

qual serão embasados autores que defendem e analisam esse tema. Dentre as

obras que serão utilizadas destacam-se os seguintes autores Toschi (2010),

Grinspun (2009), Gonnet (2004), Belloni (2005) e Coscarelli (2003), sendo esses

autores que enfatizam com clareza os objetivos que as novas tecnologias

implantadas na educação exercerão sobre a aprendizagem das crianças na

Educação Infantil.

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Para tanto, este estudo estará enfatizando no primeiro momento, a

importância das novas tecnologias no ensino de 0 a 6 anos idade, fazendo uma

comparação com a evolução e os avanços tecnológicos como um instrumento para

auxiliar o ambiente escolar, alçar os objetivos propostos pela Educação Infantil e

desenvolver o pensamento crítico e psicomotor. Neste também, há uma abordagem

sobre os desafios enfrentados pelos educadores diante do grande impacto

tecnológico na educação das crianças. Assim, há um momento em que toda visão é

voltada para integração dos recursos tecnológicos na Educação Infantil e no

aprimoramento de novas práticas pedagógicas tornando-as capazes de promover na

criança uma aprendizagem qualitativa.

Já no segundo momento, o enfoque se voltará para o encanto e as

impossibilidades da aprendizagem da criança perante as novas tecnologias,

demonstrando que a tecnologia necessita de uma mediação pedagógica eficaz e

preparada para atuar na Educação Infantil, propiciando uma avaliação diagnóstica

do desenvolvimento motor, psicológico e gradativo da criança. Sendo assim será de

suma importância entender a formação adequada dos professores para utilização

dos novos recursos tecnológicos, uma vez que somente através de um domínio do

uso desses aparelhos digitais e que o professor terá condição de conduzir o aluno a

entender e identificar as situações reais das virtuais, evidenciando claramente que a

ferramenta maior no âmbito do ensino-aprendizagem, são na realidade os diversos

instrumentos proporcionados pela educação e principalmente pelos recursos

tecnológicos na esfera da Educação Infantil.

1. Novas Tecnologias no ensino de 0 a 6 anos

Em todo percurso da história da educação diverge-se sempre entre o

tradicional e as novas tendências pedagógicas. No entanto, a discussão que hora se

faz, gira em torno das crescentes mudanças tecnológicas inseridas na Educação

Infantil que estão sempre apregoando e fomentando inovações ao ambiente escolar.

Assim vale ressaltar que essa transição entre as novas tendências

principalmente voltadas para ampliação da educação tecnológica, faz-se necessário

uma reflexão no sentido de adaptar os momentos de mudanças, onde a educação

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complementa a sua função de estar suscitando no sujeito o verdadeiro exercício de

ser realmente um ser capaz de atuar diante de uma sociedade tão globalizada.

Porém, esse é apenas um dos primeiros passos rumo a uma verdadeira

transformação, que só acontecerá quando houver um desvencilhamento de velhos

métodos e acontecer uma aceitação sobre o que é algo novo como possibilidade de

evolução. Para Veen (2009), as crianças que adentram no universo escolar hoje, faz

com que a escola busque novas formas e maneiras de estar aptas a colhere-nas e

ao mesmo tempo empregar estratégias e abordagem diferentes que possam estar

levando a criança a perceber na escola, que esta e uma extensão de sua nova

geração, a geração de um mundo crescente e digital.

De um modo geral, em educação utilizamos da tecnologia em termos de uma tecnologia educacional onde uma serie de recursos e procedimentos auxiliam o processo pedagógico. [...] Nosso objetivo entretanto é discutir a tecnologia na educação e relação tecnologia e educação, como uma relação significativa em um mundo atual. Temos diferentes formas de educar e diversos procedimentos para alcançar os nossos objetivos; não podemos desconhecer a tecnologia, nem sub ou super estimá-la em termos de educação. O convívio com as duas áreas mais do que um desafio impõe-se como necessidade de compreensão e ação do educador do mundo moderno. (GRINSPUN, 2009 p.29)

Com essa nova abordagem as crianças que adentram ao universo escolar

já chegam demonstrando na maioria das vezes estão mais ligados e conectados em

rede, onde mesmo pequenas já lidam com o mundo virtual fazendo parte de uma

geração nova. (Veen, 2009 Revista Pátio – Educação Infantil, p. 5). “A geração que

nasceu no final da década de 1980 em diante têm muitos apelidos, tais como

“geração da rede”, “geração digital”, “geração instantânea” e “geração ciber”.

Assim, inseridos num mundo onde a tecnologia se faz cada vez mais

presente, exigindo do educador um posicionamento diante dessa nova realidade. O

grande número de informações disponíveis, a rapidez de acesso a essas

informações e as possibilidades de interação entre indivíduos de diferentes

universos intelectuais e culturais têm trazido inúmeras mudanças ao processo de

ensino e aprendizagem. Portanto, diante de mais um momento de transição, a

introdução da informática na Educação Infantil torna - se um convite a uma reflexão

sobre o papel do educador frente às novas tecnologias.

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O ensino- aprendizagem è uma constante na vida humana e passa ao longo do tempo por várias transformações. [...] Nesta perspectiva, o desafio está colocado aos professores: é no sentido de identificar suas demandas de seus desejos e de suas necessidade, reveladas nas produções de diferentes linguagens pelos seus educandos...( ROSA, 2006, p.114)

Dessa forma, as crescentes mudanças que ocorrem no campo da educação exigem cada vez mais destas instituições de um modo geral, que reflitam e aprofundem-se sobre os seus conceitos, suas formas de trabalho e principalmente as suas concepções em relação à aprendizagem das crianças na Educação Infantil. Segundo Ferreiro (1993, p.60), o uso do computador pode ser usado por crianças pré-escolares: “Há domínios para os quais ninguém pergunta se a criança

está ou não “pronta” ou “madura” para iniciar a aprendizagem. O acesso ao computador é, hoje em dia, um deles: há programas de iniciação ao uso do computador (...) para adultos profissionais e para crianças de pré-escola. Dada a velocidade com que esta tecnologia ingressou na vida moderna, parece haver consciência de que quanto antes melhor. Na medida em que não há parâmetros claros com relação ao tempo adequado para utilizá-lo produtivamente, e na medida em que não faz parte do currículo escolar, a noção de “fracasso na aprendizagem ainda não está instaurada.”

Desta forma, torna–se muito importante entender e respeitar as habilidades e as aprendizagens individuais de cada criança, onde há cada nova era e com os objetos inseridos em seu meio faz com que a Educação Infantil seja um espaço dinâmico e inovador. Para Hilst (1994), em suas teorias ele basea-se em que a educação deve ser voltada para os desafios das gerações futuras em termos de modernização e capacitação antecipatória, demonstrando claramente que ela deve favorecer um espaço para tecnologia, sendo essa educação tecnológica entendida como algo que visa não só os conhecimentos científicos, mas principalmente os valores impostos pela sociedade. Vale ressaltar que todas essas preocupações voltadas para uso da tecnologia na educação infantil e também para o manuseio e facilidade que as crianças têm de lidarem com os objetos digitais, faz com que o ambiente escolar aprimore suas tecnologias e desenvolvam atividades que venham a estar de encontro com essa nova era dos chamados nativos digitais, uma vez que, a escola necessita ser tão atrativa quanto esse mundo de objetos tecnológicos.

Quando a criança chega à escola, os processos fundamentais de aprendizagem já estão desenvolvidos de forma significativa. Urge também a educação para as mídias, para compreendê-las, criticá-las e utilizá-las da forma mais abrangente possível. Integrar a televisão e o vídeo na educação escolar, o vídeo está umbilicalmente ligado a televisão e a um contexto de lazer, de entretenimento, que passa imperceptivelmente para a sala de aula. (MORAN, 2000 p.36).

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Nesse contexto, as maravilhas anunciadas pelo mundo da TV, do Vídeo e

do Computador escondem muitas inverdades e involuções quando aplicadas ao

campo da construção do conhecimento a quem as acessa. É preciso que essas

informações sejam pensadas e organizadas de acordo com as características que

podem favorecer a aprendizagem e que as tecnologias utilizadas para esse fim

estejam em consonância com o modelo pedagógico adotado pela escola. De acordo

com Veen, (2009), essa geração de hom’o zappiens, denominação dada a essa

nova espécie de crianças que cresceram em um mundo onde a informação e a

comunicação cibernética global, faz parte do seu dia-a-dia, já que as crianças dessa

era, passam parte do seu dia assistindo a televisão, jogando no computador,

utilizando os celulares, uma vez que nessa geração três aparelhos tiveram grande

importância, o controle remoto da televisão, o mouse do computador e o telefone

celular. Assim, ao assistir a televisão aprenderam a interpretar as imagens antes

mesmo de aprender a ler e a interagir, ainda que de maneira bastante restrita com

meio de comunicação de massa.

Portanto, é importante frisar que a introdução da informática na área da

educação infantil é recente, mas que já pode ser colocada no centro das discussões

como ferramenta necessária para o desenvolvimento da criança. Esse meio

tecnológico tem despertado no imaginário coletivo das crianças uma verdadeira

fascinação pelas possibilidades que oferece a criança de expandir seus

pensamentos e suas ações, que muitas vezes saindo do seu mundo real e

adentrando ao mundo imaginário, cheio de sonhos, desejos, emoções e fortes

reações.

Pacheco (1998) complementa que o mundo da informática e da TV pode

ser comparada a uma porta de encantamento no qual a criança pode-se iludir

viajando no fantástico mundo da imaginação onde a porta do encantamento de abre

por alguns momentos e os transporta para experiências impossíveis na vida real.

Assim, a porta do encantamento da TV e da internet é mais que uma fresta, é uma

tela.

A era dos avanços tecnológicos torna o processo educacional e de

aprendizagem em constante movimento, pois a cada dia são inúmeras as

informações que o mundo digital insere na personalidade de cada criança e dessa

forma a escola necessita entender, e até mesmo fazer desse mundo digital o seu

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ambiente chamativo e atrativo para poder compreender a criança e ao mesmo

tempo aprimorar seus conhecimentos que até então, estão impregnados por essa

nova era dos nativos digitais.

1.1. Os Desafios que as Novas Tecnologias trazem para a

Educação Infantil

De acordo com as inovações no âmbito escolar o desafio que hora se faz

em relação ao manuseio e aceitação das novidades e das inovações que são

alicerçadas e fomentadas pelo grande impacto do avanço tecnológico propulsor de

mudanças constantes na maneira de atuar e de conceber a educação, torna se

assim, essencial que a instituição escolar em função da importância que a sociedade

da à mídia decorrente nesses últimos anos, principalmente pela velocidade de

informações que são trazidas pelo meio tecnológico, envolver –se em uma parceria

de conexão necessária, onde tanto escola, pais, educando e educador estejam

ligados em uma rede de conhecimentos que favorecem a todos, decorrendo para

uma aprendizagem significativa.

Segundo Belloni (2005), o impacto dos avanços tecnológicos entendido

como um processo social, principalmente quando inseridos em instituições sociais,

mais especificadamente na educação infantil, tem sido muito forte, embora

percebidos de modos diversos e estudado a partir de diferentes abordagens. No

entanto, a penetração destas “maquinas inteligentes” em todas as esferas da vida

social é incontestável, do cinema mudo, as redes telemáticas, nas quais, as

principais instituições sociais foram sendo transformadas por estas tecnologias que,

nos dias de hoje estão compreendidas na expressão: tecnologias de informação e

comunicação (TIC).

Dessa forma, para enfrentar e superar os tais desafios

colocados dentro da educação, a escola em prol de uma aprendizagem

significativa e de qualidade inseriu em seus contextos e conteúdos a

integração da tecnologia de um modo criativo e inteligente, onde as crianças

na faixa etária da educação infantil têm suas potencialidades e habilidades

respeitadas e até mesmo aprimoradas através do contato com essa nova

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implementação da tecnologia na educação infantil. Assim, a educação

tecnológica no campo da educação infantil não é uma utopia, mas sim uma

busca de sua identidade rumo ao desenvolvimento da aprendizagem da

criança de 0 a 6 anos de idade.

Para Grinspun (2009), de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional – a Lei n. 9.394/96 – em vários momentos faz alusão a

educação tecnológica, atribuindo-lhe três valores que são subjacentes a

educação tecnológica: responsabilidade, liberdade e autonomia. Sendo

assim, deixa claro que saber desenvolve-los e cultivá-los é tarefa da

educação na qual deve objetivar o alicerce e a fomentação da formação da

criança, ajudando-a para formar a sua personalidade condizente com as

exigências de cada sociedade em que esta está inserida.

A criança na fase de introdução de vida escolar, já trás consigo

uma grande bagagem de conhecimentos, principalmente a que diz respeito

aos contatos e manuseios de objetos digitais, assim a escola tem como

grande desafio empregar atividades que sejam capazes de propiciar

momentos em que esses alunos possam explorar esses objetos levando o

seu aprendizado para aprimorar os seus conhecimentos interagindo com que

lhe é ensinado naquele momento.

São imensos os desafios que estas constatação colocam para o campo de educação, tanto do ponto de vista de intervenção.[...] A primeira questão crucial pode ser assim formulada: como poderá a escola contribuir para que todas as nossas crianças se tomem utilizadoras (usuárias) criativas e crítica destas novas ferramentas e não meras consumidoras compulsivas de representação novas de velhos clichês? A esta questão acrescenta-se outra mais crucial e urgente: como pode a escola publica assegurar a inclusão de todos e não contribuir para exclusão de futuros “ciberanalfabetos”? (BELLONI, 2001 p.8)

Nesse enfoque, o problema que urge diante desse fato, é o da inclusão

ou exclusão dos ciberanalfabetos que está na maneira de como o professor tem em

sua formação e prática uma forma de estimular as crianças a buscarem outros

meios, que agucem sua imaginação, levando-o a ter mais autonomia e segurança

em selecionar informações, e consequentemente conseguindo construir seu jeito

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próprio de trabalhar com o conhecimento. Segundo Kawamura (1990), tanto a

educação quanto a tecnologia compreendem processos culturais estreitamente

conectados ao processo produtivo e ao saber que se origina da prática em relação

do desenvolvimento da autonomia.

O contexto cultural do mundo audiovisual atual transita-se em leva a

criança a integrar razão, emoção e imaginário. O processo educativo deve combinar

estes três elementos, no sentido de mobilizar seus objetivos e intenções voltadas

para a formação integrada do indivíduo, através do prazer de ver, ouvir e expressar

seu ponto de vista, oferecido por esses recursos, podendo até mesmo salientar-se

na tentativa de buscar resgatar o contato afetivo entre professor e alunos.

1.2. Integrando os Recursos Tecnológicos na Educação Infantil

O uso do computador como ferramenta facilitadora do processo de

desenvolvimento cognitivo, promove varias maneiras de utilização efetivação

do seu manejo de maneira construtiva transcorrendo um longo caminho de

debates, discussões e reflexões sobre toda a sua eficácia e integração como

um elemento a mais para auxiliar o educador na sua atuação em sala de aula.

Permanentemente somos chamados a fazer opções, a expressar as nossas intenções. Por isso, não é possível utilizar os recursos tecnológicos na sala de aula sem fazer determinada opções, determinados questionamentos sem expressar nossas intenções. De acordo com Aparici (1996), temos que questionar: Qual suporte deve ser o organizador do processo de ensino/ aprendizagem?; Qual a combinação de meios mais apropriada em uma data situação?; Qual a proporção de cada um a ser utilizada?; Que mensagem didática se coloca em cada suporte?; Que tarefa comunicativas se desenvolvem em cada meio? (COSCARELLI, 2003 p. 43)

Desta forma, os recursos tecnológicos para serem usados de forma

correta, tendo como objetivo auxiliar a aprendizagem é necessário que o

educador tenha consciência e domínio de sua utilização. Assim, o

computador realmente se transforma em um instrumento pedagógico. Para

Belloni (2001), as TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), ao

mesmo tempo em que trazem grandes potencialidades de criação, de novas

formas mais performáticas de mediatização acrescentam muita complexidade

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a esse processo de utilização de ensino/aprendizagem, pois há grande

dificuldade de apropriação de seu uso em sala de aula. Talvez por se tratar

de algo novo, o seu uso ainda esteja acontecendo de forma tradicional, sem

exploração da sua real potencialidade. É necessário compreender melhor o

papel exercido pelos educadores dentro desses espaços informatizados.

A tecnologia instrucionista que invadiu os ambientes de

aprendizagem precisa ser repensada e transformada em uma tecnologia

construtiva, onde o aprendiz possa planejar ações, refletir sobre elas e

formular conceitos e estratégias para novas ações. De acordo com (Talita

Vanso, revista Atividades e Experiências. Especial 2009 p.30), relata que a

era tecnológica chegou também aos brinquedos, demandando em um período

de evolução da infância, da era dos brinquedos tecnológicos a chamada

screen age (era da tela). A famosa TV foi a avó desse novo tempo que

começou na década de 1970, e o videogame foi o pioneiro na cultura hitech

infantil, nos quais ganharam popularidade e tornaram cada dia mais acessível

as crianças, que suscitou num fazer pedagógico onde ate mesmo nas escolas

os jogos dos games foram inseridos e percebidos como uma atividade que

estimulava a agilidade mental, a coordenação motora grossa (as danças, e a

expressões corporais), e a sociabilidade.

A informatização da educação é no momento algo inovador que, no

entanto, vem alimentando a esperança de aguçar no aluno a vontade de

aprender à aprender, através desses recursos tecnológicos, como vídeos,

TVs, músicas e a tão falada e esperada aula de informática disponibilizada na

maioria das escolas. Sendo assim, os recursos tecnológicos são instrumentos

que quando bem mediatizados levam a criança e o educador, a encontrar

uma forma de buscar novos horizontes na educação. É no fazer educativo

diário, no uso do computador em sala de aula que irá definir uma informática

educativa viável à nossa realidade sócio-cultural. Para Coscarelli (2003), um

dos principais grupos de aplicativos que auxiliam a construção do

conhecimento possuem características lúdicas, encontradas em jogos

educacionais, conhecidos como softwares, que são utilizados para

desenvolver habilidades, limites e até mesmo aceitação dos resultados da

competição que está inserida em todos os jogos.

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Portanto, essas experiências com os recursos tecnológicos, podem-se

criar ambientes de aprendizagem informatizados, onde os alunos têm

oportunidades de experimentar hipóteses e reconstruí-las dentro de si,

desafiando a criatividade no desenvolvimento do seu raciocínio, o que poderá

despertar o seu interesse pelo convívio diário da educação infantil.

Televisão e vídeo encontraram a fórmula de comunicar-se com a maioria das pessoas tanto criança quanto adultos. [...] As linguagens da TV e do vídeo respondem a sensibilidade das crianças. São dinâmicas, dirigem-se antes à afetividade do que à razão. A linguagem audiovisual desenvolvem múltiplas atitudes perceptivas: solicita constantemente a imaginação e a reinveste a afetividade com o papel de mediação primordial no mundo. (MORAN, 2000 p. 38)

Dessa maneira, a televisão e o vídeo são meios de comunicação

audiovisuais que desempenham, indiretamente, um papel educacional relevante.

Passam-nos continuamente informações, interpretadas; demonstrando modelos

de comportamento, ensinando linguagens coloquiais e multimídia e privilegiam

alguns valores em detrimento de outros. (Revista Escola, agosto. 2002 p. 23). “O

aprender continuo é essencial e se concentra em dois pilares: a própria pessoa,

como agente, e a escola, como lugar de crescimento profissional permanente”.

Educar com as novas tecnologias é um desafio que a cada dia vem

sendo utilizado de maneira a levar a criança a desenvolver o seu pensamento

cognitivo e também suas potencialidades como: lateralidades, habilidades,

agilidades e coordenação motoras. Chegando até mesmo a despertar na criança

um senso critico em relação ao que os recursos tecnológicos ali apresentados

perpassam por suas mentes naquele momento. Vale ressaltar que os recursos

tecnológicos na educação infantil possuem um poder de propiciar tanto ao

educando quanto ao educador ações que alicerçam e aprimoram os seus

conhecimentos e suas competências.

3.O Encanto e as Impossibilidades da aprendizagem da criança perante as

Novas Tecnologias.

Os alunos que vivem nesse mundo informatizado, participando deste

processo, mesmo que ainda pequenos, experimentam uma nova forma de se

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relacionar, de maneira mais criativa e espontânea. Eles têm a possibilidade de

desde muito cedo entrar em contato com as mais diversas áreas do conhecimento,

tornando-se usuários ativos das novas tecnologias.

Dessa forma, para Veen e Vrakking (2009), a escola, é apenas um dos ambientes de estabelecimento de relações sociais. Perceber estes aspectos destaca os desafios da educação e do professor diante do perfil da Geração Digital, da velocidade em que estes recursos se atualizam, além de constatar a necessidade de refletir sobre as práticas pedagógicas que atendam as características destes aprendizes. (TOSCHI, 2010 p 29).

Sendo assim, o computador pode trazer benefícios como o aceleramento

do desenvolvimento cognitivo, da curiosidade, aumento da criatividade, auxílio no

aprendizado, uma produtividade maior e um contínuo treinamento para o

acompanhamento tecnológico, tornando-se uma ferramenta recheado de um imenso

volume de informações que venha estar de acordo com a faixa estaria de seus

alunados. Por outro lado, o uso dos computadores na escola também é primordial no

auxilio do fazer pedagógico onde o professor busca por meio de sites, blogs entre

outras fontes, várias maneiras diferenciadas para estarem trabalhando os seus

conteúdos com os seus alunados de forma dinâmica e criativa que estão disponíveis

na internet.

Sem falar que dessa forma, o computador vem mostrar tanto para os

educadores quanto para toda a família escolar a importância da troca de saberes,

pois em cada blog ali acessado estão materiais que alguns professores divulgam na

internet na tentativa de ajudar os colegas que estão necessitando de inovar suas

práticas pedagógicas em sala de aula.

[...] Uma vez que já se sabe o que uma determinada ferramenta com um olhar pedagógico, buscando formas de utilizá-la como parte integrante no processo de construção do conhecimento. Nesse momento, a tecnologia pode ser uma aliada na solução de alguns problemas, por proporcionar experiências como: acesso a uma variedade de fontes de informação, [...] o que coloca os estudantes em constante necessidade de fazer uso dessas ferramentas, além da possibilidade de encurtar algumas distancias por meio do uso dos blogs e fóruns de discussão. ( TOSCHI, 2010 p 76)

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Porém, a cada momento há de confirmar a convicção de que a era

tecnológica é necessária e muito importante para fazer parte do universo escolar,

principalmente quando envolve o campo da educação infantil,uma vez que é nessa

área em que as crianças necessitam de exercícios que venham fomentar e aguçar

as suas potencialidades. No entanto é fundamental que os professores saibam fazer

uso desses recursos de forma que estimulem o pensamento crítico das crianças,

para que não venham a se tornar meros espectadores passivos, receptáculos,

manipuláveis, mas que saibam fazer uso dos meios para produzir e construir

conhecimento com o espírito crítico e criativo.

Nesse sentido, é fundamental não perder de vista que o papel primordial da tecnologia é servir ao homem. A educação tecnológica deve promover a integração entre tecnologia e humanismo, não no sentido de valorizar a relação educação/produção econômica, mas principalmente visando à formação integral do indivíduo. (GRINSPUN, 2009 p 232)

Embasados nessa visão a tecnológica trás encantamento na esfera da

educação infantil, por tratar-se de ferramentas lúdicas e cheias de atividades que

desenvolvem na criança o prazer, alegria, competitividade e até mesmo a

autonomia. Para Moran (2000), A educação para as mídias ou tecnologias refletem

nas crianças momentos de entusiasmo que contagiam, estimulam e os tornam

próximos uns dos outros nessa magia é capaz de impregnar em todo o ambiente

escolar onde as reações entre professor e educando despertando confiança,

credibilidade, admiração e acima de tudo a expansão do imaginário tornando uma

ferramenta grandiosa para facilitar o processo de ensino aprendizagem.

A escola cumpre assim duplamente sua missão: ela transmite conhecimentos e cria uma confiança. Ela permite questionamentos, individuais e em grupo, que contribuem para construir positivamente as identidades, ela favorece as descobertas incentivando o respeito. Sobretudo, ela adquire uma dimensão insubstituível: ela responde a expectativas. (GONNET, 2004, p. 90)

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Dessa maneira, a escola assumindo um papel de uma educação

tecnológica enfrenta o seu maior desafio que é estar preparada tecnológica,mente

para poder estimular os alunos na fase da educação infantil à aprender e ao mesmo

tempo a desenvolver o seu raciocínio lógico, suas habilidades assim como também

possuem uma função de buscar estímulos para que o aluno possa estar encantado

com o ambiente que naquele momento fará parte de sua vida. Diante os estudos de

Moraes (1997), ele diz que para Piaget, um estimulo só atua se o organismo estiver

preparado para ele responder. Um estimulo só provoca estimulação se o organismo

possuem algum dispositivo para captar as informações que são interpretadas

segundo a linha de interesse do sujeito, pois e através dos sentidos que o sujeito irá

captar os estímulos e assim determinar o que deve ou não entrar em ação e se deve

ou não se modificar para incorporar o objeto que ali está sendo inserido em um ato

de autonomia e ao mesmo tempo demonstrando uma grande blindagem do

organismo em relação ao meio.

O desenvolvimento da criança é um processo equilibrado no qual o crescimento intelectual está intimamente vinculado ao crescimento dos aspectos afetivos e sociais, que em hipótese alguma podem ser colocados em segundo plano, pela ênfase dada a aspectos estritamente cognitivos ou até mecanicistas (ZACHARIAS, 2005).

Nessa visão o cenário educacional passa a ter como função primordial

inserir em seu ambiente atividades que sejam propicias para garantir a vontade do

aluno, ou seja, despertar seus estímulos tanto sensoriais, como também

audiovisuais, para poder assimilar e acomodar o que lhe é transmitido de forma

significativa e ao mesmo tempo prazerosa, fazendo da escola um lugar que

corresponde a um organismo vivo e cheio de possibilidades e encantamentos.

No ambiente escolar, o professor pode propor o uso dos jogos eletrônicos, visando a explorar as experiências vividas pelo aluno, aquelas que ele já possui e, de forma intencional, partir de algo prazeroso para os alunos para o alcance de importantes objetivos em relação ao seu desenvolvimento psicomotor. (TOSCHI, 2010, p. 97)

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Portanto, os jogos eletrônicos na educação infantil devem servir como um

instrumento promissor e ao mesmo tempo impulsionador do desenvolvimento da

aprendizagem onde a traves dos seus jogos tão atrativos estimulam as criança a

desenvolver a sua motricidade e o seu raciocínio psicológico como também tem a

função de propiciar momentos de interação entre cada criança com os seus novos

coleguinhas, demonstrando claramente através desses jogos que o ato de ganhar

ou de perder são partes inerentes aos jogos e que o mais importante ali e a

participação e a alegria contida em cada partida em que cada etapa dos games e

jogos oferecem as crianças. Assim, o desenvolvimento da aprendizagem vai sendo

construído através de uma magia e de um encantamento que só é capaz de

compreendê-lo os personagens que fazem parte desses jogos, o professor e o

aluno.

3.1 Tecnologia, Avaliação e Mediação Pedagógica.

A educação infantil vem sendo alvo de muitas discussões e debates,

principalmente quando se trata de introduzir no meio educacional os recursos

tecnológicos. No entanto é imprescindível ter uma visão que os avanços e as

mudanças tecnológicas fazem parte do cotidiano de todos os seres humanos,

portanto as crianças que vão para as escolas ou creches já possuem de alguma

forma um contado com um desses objetos dessa nova era digital, já que esses são

conhecidos como nativos digitais. Entretanto, é na esfera da utilização da tecnologia

para a educação infantil que toda visão educacional volta-se para um momento de

grande valor e cuidado. Já que as crianças desse novo milênio não deixam duvida

que essa geração tem algo diferente a facilidade do manuseio com os objetos

digitais.

Essas crianças manuseiam telefones celulares antes de saber falar, operam computadores, mouses e telas de toque sem que ninguém lhe ensine a fazer isso. Sempre que veem alguém tirar uma foto, dizem “Deixa ver!”, pois fotos são para serem vistas instantaneamente. Os jogos eletrônicos são a companhia perfeita para mantê-las calmas em restaurantes, almoços de família ou outras ocasiões “tediosas”. (STAA, Revista Pátio. Educação Infantil. Jul/Set 2011, p. 44)

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Nesse embasamento, fica claro que essa nova geração já é informada

principalmente ao que diz respeito ao mundo digital, e de ante dessa realidade a

escola precisa incorporar tecnologias pelo simples fato de que ela já faz parte do

mundo das crianças de hoje. Assim, o desenvolvimento infantil sumariamente a cada

nova era está levando um grande desafio no âmbito escolar, pelo simples fato de

que as inovações tecnológicas avançam a cada dia e trazem consigo uma

avalanche de informações e atrativos que fazem com que as crianças já tenham em

sua personalidade a vontade e o domínio dessas novas maquinas, no entanto o que

se faz presente na tecnologia e na educação infantil e demonstrar até que ponto as

novas tecnologias são importante para o desenvolvimento das crianças na fase da

educação infantil.

As crianças não possuem maturidade suficiente para julgar e discernir sobre o teor das mensagens publicitárias. Assim, são facilmente empurradas a um consumismo reativo e sem crítica cujos efeitos já podem ser notados no aumento dos índices de obesidade, [...] A associação de produtos com personagens famosos e as embalagens atrativas consistem nos fatores que mais impactam o consumidor infantil. Uma criança brasileira passa em média quase cinco horas diária em frente à televisão, exposta a uma programação de qualidade duvidosa e a toda sorte de estímulos comerciais, muitas vezes nocivos à sua saúde física e emocional. (SPERETTA, www. Cursistaproinfo.blogspot.com)

Vale ressaltar, que adotar os recursos tecnológicos simplesmente por que

são modernos não é motivo para favorece o desenvolvimento infantil, por outro lado,

o que vale e entender que a mediação do professor na utilização desses recursos

deve abordar uma questão em que esteja voltado para a aprendizagem e para o

desenvolvimento da criança assim o professor em sala de aula necessita utilizar as

inovações tecnológicas para alem de expandir os seus conhecimentos, levar as suas

praticas pedagógicas a momentos de satisfação onde ele possa perceber nas

crianças através de seus sorrisos e deus participações ativas a alegria do a

aprender à aprender em um mundo totalmente digital.

Para Belloni (2001), as diferentes formas de mediatização do ensino e as

estratégias fundamentadas em uma concepção de educação como um processo

auto-aprendizagem voltadas para a aprendizagem da criança contribui para o

crescimento individual e autônomo que tornará capaz digerir o seu próprio

processamento de aprendizagem.

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Torna-se um fator de suma importância que o professor tenha em mente

que diante da educação infantil o seu papel e de mediatizar a aprendizagem

buscando uma maneira lúdica, onde a criança tenha satisfação e a vontade de

aprender, utilizando os recursos tecnológicos os quais possibilitam ao professor um

olhar mais critico sobre a forma como o aluno aprende e dessa maneira poderá

facilitar a sua função de professor avaliador.

No entanto, o importante é que se veja a avaliação como um processo de

feedback que traga ao aprendiz informações necessárias, oportunas e no momento

em que ele precisa para que desenvolva sua aprendizagem. São as informações

necessárias oferecidas ao longo de todo o processo de aprendizagem, de forma

contínua para que o aprendiz vá adquirindo consciência de seu avançar em direção

aos objetivos propostos, e de seus erros ou falhas que precisarão ser corrigidos

imediatamente. Para Masetto (2000), é importante, ainda, entender esse processo

de avaliação (feedback), juntamente como os alunos, a respeito da educação

infantil, e de quais são as formas que estão sendo empregadas as atividades a

serem realizadas, do quanto estão adaptadas ou não aos objetivos pretendidos, e de

como estão colaborando para que haja nesse ambiente escolar a construção do

saber.

E a avaliação entrando no processo de aprendizagem infantil é propulsora

de um elemento incentivador e motivador da aprendizagem, como forma de orientar

o aluno caso ele manifeste dificuldade de atingir os objetivos propostos, sendo ela

não em si uma avaliação, mas sim uma diagnose dos avanços alcançados pela

criança no decorrer do seu dia-a-dia em sala de aula.

Para se avaliar concretamente a aprendizagem, um dos instrumentos que acreditamos ser de grande importância é a observação. Ela dará a educadora informações que facilitarão a compreensão do desenvolvimento da criança e como ampliar seus conhecimentos. É também necessário a educadora observar durante todo o processo o grupo de crianças com o qual trabalha: o que mais interessaram fazer como se comportam diante de certa situação, o que elas perguntam e respondem, etc. (RADESPIEL, 2008, p. 32)

Vale salientar, que esfera da educação infantil a avaliação deve ser

criteriosa por parte do educador uma vez que a criança desenvolve suas habilidades

gradativamente, e um outro instrumento de grande importância para auxiliar o

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educador na hora de avaliar é fazer o uso do registro/relatório que é feito

diariamente no qual a professora descreve todos os acontecimentos da própria

criança após a cada semana ela poderá ter uma ferramenta de grande poder para

comparar os progressos que cada criança obteve, diante de suas metodologias

aplicadas.

Para que a aprendizagem da criança ocorra, é de vital importância que

o professor esteja totalmente inserido nesse processo de ensino-aprendizagem, uma

vez que o desenvolvimento da aprendizagem da criança necessita estar imbuído de

uma nova perspectiva, tendo como estimulo atividades que possam ajudá-lo a

desenvolver a sua autonomia e a sua identidade.

Portanto o professor e o aluno constituem-se como célula básica do

desenvolvimento da aprendizagem. Onde ambos precisam criar um clima de

respeito mútuo e confiança.

De acordo com a Lei de Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação Infantil (Lei 9394/96. CEB022/98, MEC), diz o seguinte ao reconhecer as

crianças como serem íntegros que aprendem a ser e conviver consigo próprias e

com demais e o meio ambiente de maneira articulada e gradual, as Propostas

Pedagógicas das Instituições Infantil devem buscar a interação entre as diversas

áreas de conhecimento e o aspectos da vida cidadã, como conteúdos básicos para a

constituição de conhecimento e valores. Dessa maneira, os conhecimentos sobre

esse espaço, tempo, comunicação, expressão, a natureza e as pessoas deve estar

articulados com os cuidados e a educação para a saúde, sexualidade, vida familiar e

social e o meio ambiente, a cultura, a linguagem, o trabalho, o lazer, a ciência e a

tecnologia.

No entanto, vale ressaltar que o uso da tecnologia na educação

principalmente em sala abrange muito mais do que simples implantação de

maquinas e adequação de programas a conteúdo de metodologia, mas sim uma

atraente e eficiente recurso didático na qual possuem ferramentas que leva a criança

a compreender o novo, e a desenvolver as suas habilidades motoras e psicológicas

através da mediação adequada do professor. Com isso, a questão aqui refletida e de

fundamental importância onde os professores que atuam na educação infantil e tem

como objetivo primordial a construção do saber de seus pequenos alunos, tem como

base dar importância ao saber manusear e utilizar de forma correta os recursos

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tecnológicos para que possam atender as necessidades efetivas das crianças na

faixa etária de 0 a 6 anos.

O professor que trabalha na educação com a informática há que desenvolver na relação aluno-computador uma mediação pedagógica que explicite em atitudes que intervenham para promover o pensamento do aluno, implementar seus projetos, compartilhar problemas sem apontar soluções, ajudando assim o aprendiz a entender, analisar, testar e corrigir os erros. (VALENTE, 1996, p. 164).

Refletir sobre tecnologia, avaliação e a mediação pedagógica, quer

dizer chamar a atenção para a presença e a influência que a tecnologia tem hoje na

sociedade contemporânea e na educação atual. Dessa forma, a mediação

pedagógica só será eficaz quando imbuir em seus métodos os novos recursos

tecnológicos, assim como também o educador deve estar apto para apriender e

entender que cada aluno na educação infantil possuem uma personalidade única e

uma forma diferenciada de aprender, mas que no geral, veem nos recursos

tecnológicos uma forma de expandir suas sensações e emoções sustando para

tanto em um progresso de seu desenvolvimento psicomotor.

3.2 A Formação de Professores para a Utilização dos Novos Recursos

Tecnológicos.

Com a implantação das novas tecnologias na educação infantil surge no

campo educacional principalmente na esfera da parte pedagógica medos e até

mesmo uma certa apreensão por parte dos professores em enfrentar esse novo

desafio onde na maioria das vezes muitos deles ainda não possuem em sua

formação o domínio da informática, principalmente do manuseio ou uso do

computador.

Alguns professores resistem ainda às inovações tecnológicas por razões culturais, sociais, enfim, pelo receio de serem trocados pelo computador, medo de perderem o emprego, ou até mesmo por que a tecnologia não estava inclusa em sua formação. Por outro lado existem professores que estão bem receptivos com a chegada das mídias e multimídias nas salas de aula, visando que o processo de ensino e aprendizagem ganhe mais dinamismo, inovação e desenvolvimento de competências. (www.faced.ufba.br)

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Nessa afirmativa, vale salientar que com a chegada das inovações

tecnológicas no cenário educacional, faz-se necessário que cada um dos integrantes

desse ambiente busque em sua formação cursos que venham fomentar e auxiliá-lo

no seu atuar em sala de aula de forma, que ele possa estar seguro e dessa maneira

transmitir ao seu alunado, principalmente as crianças na fase da educação infantil o

seu saber na hora de manusear os equipamentos eletrônicos, pois já é certo que

seus alunados de alguma forma já sabem ou já mantém contato com alguns

aparelhos eletrônicos.

Para Zacharias (2005), para tanto é imprescindível que quando a

Informática Educativa é bem planejada e implantada, a criança só tem a ganhar ao

trabalhar com jogos, ou qualquer outro tipo de software que lhe dê possibilidades de

aprofundar, reelaborar, ou até iniciar a construção de um conhecimento inserido em

um contexto que respeite o seu processo de desenvolvimento e, por conseguinte

esteja em consonância com os objetivos próprios da escola de educação infantil e

que também seja de livre e espontânea escolha do professor, já que a tecnologia na

educação proporciona um leque de atividades e possibilidades para que o professor

possa implementar e até mesmo inovar tanto o seu fazer pedagógico como também

a sua formação profissional.

Para poder entender e utilizar as novas tecnologias dando importância a

aprendizagem da criança como também facilitando a assimilação dos conteúdos

como percepção visual, linguagem oral, e o desenvolvimento do dialogo e da

autonomia.

O ensino através do uso de computador pode se realizar sob diferentes abordagens que situam-se e oscilam entre dois grandes pólos...Num dos pólos, tem se o controle do ensino pelo computador, o qual é previamente programado através de um software. [...] Abordagem adotada nesse caso basea-se em teorias educacionais comportamentalistas, onde o computador funciona como uma maquina de ensinar otimizada...O professor torna-se um mero expectador do processo de exploração do software pelo aluno. No outro pólo, o controle do processo é do aluno que utiliza determinado software para ensinar o computador a resolver um problema ou executar uma seqüência de ações[...] Aqui abordagem e a resolução de problemas e a construção de conhecimentos...o professor tem um importante papel como agente promotor do processo de aprendizagem do aluno, que constrói o conhecimento num ambiente que o desafia e o motiva para a exploração, reflexão,

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a depuração de idéias e a descoberta de novos conceitos. (MORAN apud ALMEIDA (in Valente 1996, p.162)2001, pp. 154, 155)

Entretanto, o que se pode perceber com a inserção das novas tecnologias

na educação e que alem da preocupação esta voltada para formação do professor

ainda existe também a questão da aquisição de equipamentos e uma proliferação de

programas de computadores para a Educação (software educativo), para que

através desses equipamentos e dessa formação o professor sinta-se preparado para

utilizar de forma tranqüila e eficaz todo o equipamento digital necessário a sua

pratica pedagógica.

No entanto, a preparação e formação do professor é uma preocupação

constante, mas portanto cheios de possibilidades uma vez que lhe são oferecidos

pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura), cursos de formação em todas as

áreas principalmente na área da informática que envolve a educação infantil, vale

ressaltar que os primeiros cursos voltados para a implantação de programas de

informática na educação no Brasil, inicia-se com o projeto Educom, cujo o objetivo

era criar um ambiente educacionais onde o computador fosse usado como uma

forma de facilitar a aprendizagem e ampliar a formação dos profissionais da

educação.

Nesse enfoque, é de grande valia de acordo com os estudos de Grinspun

(2010), perceber que no Brasil os autores que voltaram a sua preocupação e

estudos sobre como o uso da informática deveria ser utilizado nas escolas

professores ou seja para a utilização dos recursos tecnológicos seria vital que a

formação dos professores fossem uma garantia de sucesso na área tecnológica,

assim os autores foram Moraes (1997); Valente e Almeida (1997). Portanto, o

primeiro projeto foi o Educom, cuja a proposta enfatizada o papel do computador era

uma ferramenta capaz de provocar mudanças pedagógicas profundas ao invés de

automatizar o ensino ou até mesmo só a função de preparar o aluno para ser capaz

de manusear o computador. Também nesse mesmo estudo há uma nova

implantação de recursos para a formação do professor que ganham o nome de

Proninfe/Proinfo, neste o objetivo fundamental era dar acessibilidade ao professor

para pesquisar sobre a utilização da informática na educação assim também como

manusear e adaptar avaliações do software educativo. Sendo, o Proninfe, um

suporte mais seguro dos recursos que faltaram ao Educom.

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De acordo com Grinspun (2010), um dos maiores elementos que

fortificam e embasam a formação do professor está no programa Proninfe, assim ela

relata um índice gradativo na melhoria da formação do numero de professores

existentes no Brasil, desde o período de 1990-1995. Dessa forma, foram instalados

laboratórios de informática educativa nas escolas, os quais sofreram algumas

criticas em relação ao mau uso desses laboratórios, por causa da falta de inclusão

digital por parte dos professores fazendo com que, fossem implantando um novo

programa lançado em Abril de 1997 o Proinfo, cuja função era propiciar à formação

de 25 mil professores e atender cerca de 6,5 milhões de estudantes por meio de

compras e da distribuição de 100 mil computadores interligados a internet das

escolas publicas de ensino fundamental.

Nessa perspectiva, a formação dos professores para lidarem com as

novas tecnologias implantadas na escola, esta cada vez mais acessível, uma vez

que esses cursos estão disponíveis a eles, sendo uma das maneiras que cada

educador busca para estar enriquecendo e aprimorando seus conhecimentos,

alimentando o seu fazer pedagógico de uma forma em que o alunado infantil esteja

cada vez mais encantados pela sala de aula, pois a era digital possuem ferramentas

que exercem um grande fascínio e uma massificação da mídia tão propulsora de

momentos lúdicos onde a aprendizagem acontece por prazer em aprender.

CONCLUSÃO

Através deste estudo, percebe-se que a implantação das novas

tecnologias inseridas na Educação Infantil, o que era no início considerado um novo

desafio ou paradigma, tornou-se decorrer de seus percurso educacional, já atinge

diferentes níveis de aprendizagem, transformando –se em uma ferramenta capaz

de auxiliar professores e alunos ao percorrem os desenvolvimentos de suas

capacidades e habilidades.

A grande progressão dos recursos tecnológicos e sua facilidade de

acesso permitiram que os computadores chegassem às salas de aula e inclusive na

Educação Infantil, no atendimento ao ensino das crianças com idade entre 0 a 6

anos, levando o professor a refletir sobre suas práticas educacionais, uma vez que

estes pequenos seres, que estão adentrando a escola, a partir das décadas de

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1990, já ficaram concebidos como “Nativos Digitais” ou mesmo “ Homo Zappiens”.

Denominação que são fortalecidas pela grande quantidade dos avanços

tecnológicos em que essas crianças desde ao nasceram encontram impregnadas

em seu meio, sendo parte natural de suas culturas e suas vivências.

No entanto, essas inovações tecnológicas, não esta centrada somente no

figura do computador, mas sim em todos os objetos eletrônicos utilizados pelas

crianças, como: a internet, os jogos eletrônicos, aparelhos celulares, TV e vídeos,

tablets, os quais, só se tornam instrumentos preciosos para o professor, se houver

uma mudança de valores, atitudes, concepções e ideias, por parte do mesmo,

buscando uma contínua atualização e formação nesta área tecnológica, para que

possa explorar, refletir e descobrir tudo aquilo que as tecnologias oferecem, tendo a

capacidade de saber selecionar softwares adequados à aula bem como o

desenvolvimento de atividades utilizando as ferramentas que estão disponíveis no

computador, tornado assim, às aulas mais inovadoras, ou seja, bem diferentes das

aulas tradicionais. Num processo dinâmico de estruturação, potencialização e

fortalecimento de ideias, onde a escola seria um espaço vivo de produção, recepção

e socialização de conhecimentos.

Diante das novas exigências e inovações tecnológicas, a escola necessita

oferecer aos alunos serviços de qualidade, logo os professores precisam ajustar a

sua didática as novas realidades da sociedade, do conhecimento, das crianças, dos

novos meios de comunicação, aprimorando e se reciclando perante as novas

tecnologias, embasados em uma visão concreta da linguagem informacional e dos

meios de informação bem como adquirir experiências no manuseio para com as

mídias e multimídias, para poder desenvolver as habilidades cognitiva e Psicomotora

das crianças.

Portanto, é neste enfoque que a Educação Infantil ao propiciar situações

de aprendizagem utilizando o computador, os softwares a serem trabalhados na

modalidade de ensino infantil, coma a função de educar e cuidar para que o

aprendizado das crianças seja alicerçado em características que propiciem

atividades pelas quais os alunos apliquem processos que sejam fundamentais para

o seu desenvolvimento do conhecimento, ou seja, dando ênfase à verdade maior

que toda a formação da intelectualidade exige: “saber aprender a aprender”, com

prazer e alegria de fazer parte deste universo escolar.

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