as instituiÇÕes penais e suas origens monica... · resumo o presente trabalho tem por objetivo...
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FACULDADES DE ENSINO SUPERIOR DA PARAÍBA – FESP
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO
MONICA HUBERTO
AS INSTITUIÇÕES PENAIS E SUAS ORIGENS
JOÃO PESSOA
2013
MONICA HUBERTO
AS INSTITUIÇÕES PENAIS E SUASORIGENS
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC-
apresentado à Fesp Faculdades de Ensino
Superior da Paraíba – do Curso de Graduação
em Direito para atender a exigência parcial
para o título de Bacharel em direito.
Área: Direito Penal
Orientador (a):Prof. MS. Arnaldo Sobrinho de Morais Neto
JOÃO PESSOA
2013
H878a Huberto, Mônica
As instituições penais e suas origens / Monica Huberto. – João Pessoa,
2013.
23f.
Orientador: Prof. Arnaldo Sobrinho de Morais Neto
Artigo (Graduação em Direito) Faculdade de Ensino Superior da
Paraíba – FESP.
1. Instituições penais 2. Origem 3. Leis – evolução 4. Criminalidade I.
Título.
BC/FESP CDU: 34(043)
MONICA HUBERTO
AS INSTITUIÇÕES PENAIS E SUAS ORIGENS
Trabalho de Conclusão de Curso - TCC-
apresentado à Banca Examinadora de Artigos
Científicos da Faculdade de Ensino Superior
da Paraíba – FESP, como exigência parcial
para obtenção do grau de Bacharel em Direito.
Aprovada em: ____/____/____
BANCA EXAMINADORA
Prof.MS Arnaldo Sobrinho de Morais Neto
Orientador
_________________________________
Membro da Banca Examinadora
_________________________________
Membro da Banca Examinadora
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AS INSTITUIÇÕES PENAIS E SUAS ORIGENS
MONICAHUBERTO*1
ARNALDO SOBRINHO DE MORAIS NETO**
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo elaborar propostas que possam contribuir ao
entendimento de onde tudo começou: as instituições penais e sua origem, o lugar de
cumprimento da pena restritiva de liberdade, havendo um isolamento do meio urbano, com
vigilância constante, rigidez de disciplina interna que chega ao sistema como forma de
controle e punição imposta ao contraventor ou delinquente, desde a antiguidade começaram a
serem aplicadas durante os tempos primitivos nas origens da humanidade. Inicia-se com o
período da vingança privada que prolongou até o século XVIII, havendo várias fazes da
vingança penal. A prisão no Brasil em 1551 já se existência na Bahia, o recurso direto ao
corpo na forma de suplícios públicos é uma forma de demonstração de poder buscando-se a
verdade do crime com a obtenção pública. O cárcere criado em 1940 cerca de 300 infrações
definidas no código penal são punidas em tese com penas privativas de liberdade. A lei de
contravenções penais de 1941 definiu 69 infrações, com a reforma parcial do código penal em
1977. As prisões reservadas para crimes mais graves e delinquentes perigosos, a reforma
parcial em 1884 que e as penas alternativas. O artigo tenta prestar esclarecimentos
investigativos, como o Brasil apresentou diversas realidades de penitenciárias ao longo dos
anos. Com a introdução da lei dos crimes hediondos, começou a superlotação dos presídios, já
que muitos presos passaram a ficar mais tempo em regime fechado. Sendo assim, o sistema
não conseguiu alcançar seu objetivo que é recuperar e reintegrar os infratores a sociedade já
iniciando em decadência, chegando aos tempos de hoje o sistema prisional brasileiro é o
quarto do mundo em população carcerária e o caos aumenta.
Palavras-chave: Instituições Penais. Criminalidade. Superlotação.
1 INTRODUÇÃO
As origens das instituições penais enquanto lugar de cumprimento de pena nós iremos
analisar as normas e leis restritivas de liberdade, coloca-se muito relevante, sobretudo pelas
repercussões que esta situação tem provocado na sociedade os meios foram diversos para
evitar sua fuga ou evasão. Canto (2000, p.12) tem o seguinte conceito jurídico de prisão no
sentido penal, a prisão:
*Concluinte do curso de Direito da Fesp Faculdades.E-mail: [email protected]
**Mestre em Direito Arnaldo Sobrinho de Morais Neto, atuou como Orientador.
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No constitui instrumento coercitivo estatal decorrente da aplicação de uma
sanção penal transitada em julgado e no sentido processual a prisão constitui
instrumento cautelar de que se vale o juiz no processo para impedir novos delitos pelo acusado, aplicar a sanção penal ou para evitar a fuga do
processado havendo outros motivos e circunstâncias ocorridas em cada caso.
De início faz-se então necessário uma pesquisa bibliográfica sobre a questão histórica
da prisão, bem como, do sistema penitenciário que interessa tanto aos penitenciaristas e
magistrados quanto aos pesquisadores de diversas outras áreas, incluindo aqui os estudiosos
das áreas da educação.
As instituições penais originaram-se por exigência do próprio homem, pela
necessidade de um ordenamento coercitivo que assegurasse a paz e a tranquilidade em sua
convivência com os demais seres humanos. Trata-se de uma imposição do próprio
relacionamento inerente ao contrato social (CANTO, 2000, p. 12).
Nas primeiras prisões e casas de força a pena era aplicada como detenção perpétua e
solitária em celas muradas. Contudo, no século XVII, a pena privativa de liberdade foi
reconhecida como substituta da pena de morte e, até o século XVIII, grande número de casas
de detenção surgiram. Odete Maria de Oliveira retratou com percuciência os principais
sistemas prisionais, de cuja obra extrai-se, em síntese.
Por influência católica dos cárceres monacais da Idade Média, desponta um novo
regime de reclusão em Filadélfia, no ano de 1790, com as seguintes particularidades:
frequente leitura da Bíblia; proibição do trabalho e de receber visitas; isolamento absoluto e
José de Ribamar da Silva, 20 anos constante do condenado; trabalho da consciência para que
a punição fosse temida (CANTO, 2000).
Avanços são percebidos aos longos dos séculos através dos sistemas apesar de que
pouco se foi feito em algumas situações, transparece na crescente articulação detectada, uma
intensificação das características repressivas das instituições prisionais que nunca foi
questionada as funções violentas e suas punições como podemos observar nas citações:
a) Sistema de Auburn:
Nova Iorque, 1821: os prisioneiros podiam manter comunicação pessoal apenas durante o dia, pois à noite, eram mantidos em completo isolamento.
As regras de silêncio eram aplicadas com severidade e o trabalho e a
disciplina eram condicionados aos apenados com a finalidade de ressocialização e, via de consequência, de preparação para o retorno ao meio
social (CANTO, 2000, p. 13).
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b) Sistema de Montesinos:
Idealizado por Manoel Montesinos y Molina, na Espanha, aplicava o
tratamento penal humanitário, objetivando a regeneração do recluso. Já por este sistema foram suprimidos, definitivamente, os castigos corporais e os
presos tinham seu trabalho remunerado. Montesinos foi o primeiro sistema
progressivo a aparecer (CANTO, 2000, p. 13).
c) Sistema progressivo inglês:
Inglaterra, 1846: restou estabelecido aos apenados o esquema de vales.
Detalhe importante refere-se à duração da pena, que não era fixada pelo juiz
na sentença condenatória, mas obedecia a três etapas distintas: de prova; de trabalho durante todo o dia e de isolamento celular noturno (CANTO, 2000,
p. 14).
d) Sistema progressivo irlandês:
Sistema de vales e preparação para a vida em liberdade. Os presos eram
deslocados as prisões intermediárias, semelhantes a um método progressivo
de regime, sendo abolido o uso de uniformes. Por outro lado, foi admitido o trabalho no campo, com autorização, para conversação, objetivando o
fomento para o retorno à sociedade. O Brasil adotou este sistema, excluído o
uso de marcas ou vales, mas acrescentando a observação, o trabalho com
isolamento noturno, o regime semi-aberto ou colônia agrícola e a liberdade condicional (CANTO, 2000, p. 14).
Cada Sistema aplicava o tratamento especifico da época, alguns eram mais rígidos
havendo um isolamento, com regras de silêncio aplicavam trabalhos com o objetivo de
ressocializar, outros se destacavam na importância da pena, o regime já se via a progressão da
prisão e trabalho do campo, no Brasil foi utilizado métodos bem iguais ao longo das
execuções.
As penas já começaram a ser aplicadas durante os tempos primitivos, nas origens da
humanidade, com o período da vingança privada prolongando até o século XVIII, não se
admitia um sistema orgânico de princípios gerais os grupos eram voltados ao sistema
religioso, fenômenos naturais, houve várias fases de vingança penal, a privativa a divina e a
pública, convivendo muitas vezes com a outra e a divisão do tempo era visto suas separações
eram feitas por idéias.
Com o período Humanitário em 1750 e 1850, através dos pensadores absolutistas
mostrava-se de uma administração penal em seguida o período criminológico que era o
científico. Ao cometer o crime se reagia incluindo os parentes ou grupo de convívio,
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atingindo a todos que faziam parte sem limites com a sede de sangue adotada pela primitiva
reação natural do instinto humano, a religião influenciava a repressão aos delinquentes
ofendidos pelo crime a divindade castigava ao infrator, ficava a cargo dos sacerdotes
encarregavam da justiça, confundia-se muito com o direito. Tornando-se Lei em vigor o
Código adotado era o de Manu princípios adotados na Babilônia, no Egito, na China, na
Pérsia e pelo povo de Israel.
A Assembléia surge no seio da comunidade como maior organização social,
transformando a pena em índole sacra uma sanção imposta por uma autoridade publica. A
pena de morte era largamente aplicada por motivos que hoje são mínimos. Confiscava seus
bens e podia atingir até os familiares com a pena vivendo aterrorizada na época com uma
grande insegurança jurídica, era aplicada pelo Estado não mais por terceiros.
Dentro desse contexto, procura-se, neste trabalho, discorrer sobre as origens das
instituições penais a evolução das penas como era aplicada o seu objetivo, discutindo seus
avanços na história e suas dificuldades encontradas em todo processo. A partir disso, foram
propostas ações para serem realizadas tanto pelo Estado quanto pela sociedade com vistas ao
desenvolvimento social no sistema penal.
A vingança privada, com o evoluir dos tempos, produziu duas grandes
regulamentações: o talião e a composição. Apesar de se dizer comumente pena de talião, não
se tratava propriamente de uma pena, mas de um instrumento moderador da pena. Consistia
em aplicar no delinquente ou ofensor o mal que ele causou ao ofendido, na mesma proporção
(CANTO, 2000, p. 8).
2 PERÍODO HUMANITÁRIO: "O HOMEM DEVE CONHECER A JUSTIÇA"
Assim, podemos fazer alguns apontamentos em consideração dos pensadores sobre as
criticas adotadas ao O Direito Penal e a "Filosofia das Luzes". Os pensadores iluministas, em
geral, defendiam uma ampla reforma do ensino, criticavam duramente a intervenção do
Estado na economia e achincalhavam a Igreja e os poderosos. Nem mesmo Deus escapou às
discussões da época. O Deus iluminista, racional, era o "grande relojoeiro" nas palavras de
Voltaire. Deus foi encarado como expressão máxima da razão, legislador do Universo,
respeitador dos direitos universais do homem, da liberdade de pensar e se exprimir. Era
também o criador da "lei", e lei no sentido expresso pelo filósofo iluminista Montesquieu:
"relação necessária que decorre da natureza das coisas".
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Foi o escrito de Montesquieu, Voltaire, Russeau e D’Alembert que prepararam o
advento do humanismo e o início da radical transformação liberal e humanista do Direito
Penal.
Os pensadores iluministas, em seus escritos, fundamentaram uma nova ideologia, o
pensamento moderno, que repercutiria até mesmo na aplicação da justiça: à arbitrariedade se
contrapôs a razão, à determinação caprichosa dos delitos e das penas se pôs a fixação legal
das condutas delitivas e das penas. Os povos clamavam pelo fim de tanto barbarismo
disfarçado (LINS; SILVA, 2001, p.14).
A construção de um roteiro teórico para que se estabeleça uma clara compreensão
como ocorre á revolução dos princípios iluministas destacará as palavras de Beccaria: "filho
espiritual dos enciclopedistas franceses".
Em 1764, imbuído dos princípios iluministas, Cesar Bonesana Marquês de Beccaria,
faz publicar a obra "Dei Delitti e Delle Pene", que, posteriormente, foi chamado de "pequeno
grande livro", por ter se tornado o símbolo da reação liberal ao desumano panorama penal
então vigente.
Os princípios básicos pregados pelo jovem aristocrata de Milão firmaram o alicerce do
Direito Penal moderno, e muitos desses princípios foram, até mesmo, adotados pela
declaração dos Direitos do homem, da revolução Francesa. Segundo ele, deveria ser vedado
ao magistrado aplicar penas não previstas em lei.
A lei seria obra exclusiva do legislador ordinário, que "representa toda a sociedade
ligada por um contrato social". Quanto à crueldade das penas afirmava que era de todo inútil
odiosa e contrária à justiça. Sobre as prisões de seu tempo dizia que "eram a horrível mansão
do desespero e da fome", faltando dentro delas a piedade e a humanidade. Não foi à toa que
alguns autores o chamaram apóstolo do Direito: O jovem marquês de Beccaria revolucionou o
Direito Penal e sua obra significou um largo passo na evolução do regime punitivo
(OLIVEIRA, 1996, p. 41).
2.1O DIREITO NATURAL E SUA INFLUÊNCIA
Para explicar à escola racionalista a filosofia supostamente era humanitário e racional
entre os séculos XVI e XVIII, na chamada fase racionalista surgia á chamada Escola do
Direito Natural, de Hugo Grócio, Hobbes, Spinoza, Puffendorf, Wolf, Rousseau e Kant. Sua
doutrina apresentava os seguintes pontos básicos: a natureza humana como fundamento do
Direito; o estado de natureza como suposto racional para explicar a sociedade; o contrato
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social; e os direitos naturais inatos. De conteúdo humanitário influenciada pela filosofia
racionalista, a Escola concebeu o Direito Natural como eterno imutável e universal.
Se por um lado a Escola do Direito o jus naturalismo se prolongou até a
atualidade.
Embora ainda sob uma pseudocompreensão de alguns juristas o Direito Natural tem
sobrevivido e mostrado que não se trata de idéia metafísica ou princípio de fundo
simplesmente religioso, prolongou-se até atualidade.
O atual constitui um amplo evidenciado nos princípios compondo a ordem jurídica os
mais evidenciados e o direito à vida, à liberdade, à participação na vida social, à segurança,
etc. Em relação que existe sendo bem evidente entre o Direito Penal e o Natural
principalmente os direitos naturais e os inativos estão nos bens jurídicos assegurados no
Direito Penal não deixaram de influenciar no bem humanitário buscado os individuais e a
valoração dos intocáveis dos delinquentes e a consequente dulcificação das sanções criminais
(OLIVEIRA, 2001, p. 25).
2.2ESCOLA CLÁSSICA
Com um modelo de liderança formal dentro das organizações, um período passou a ser
criticando pelos filósofos e juristas que enalteciam a liberdade do indivíduo a realização do
princípio da dignidade humana, o homem não tem apenas necessidades fisiológicas e sim
necessidades de segurança, necessidades sociais, de estima e auto-realização, buscando
marcantes três grandes jurisconsultos podem ser considerados como iniciadores da Escola
Clássica: Gian Domenico Romagnosi, na Itália uma tendência investigatória Jeremias
Bentham, na Inglaterra e Anselmo Von Feuerbach na Alemanha (LINS; SILVA, 2001, p. 14).
Três grandes jurisconsultos podem ser considerados como iniciadores da Escola
Clássica: Gian Domenico Romagnosi, na Itália. Jeremias Bentham, na Inglaterra e Anselmo
Von Feuerbach na Alemanha.Depois de Feuerbach, houve na Alemanha uma tripla divisão.
Esta divisão foi composta por Kant, que afirmava que a pena era uma retribuição ética; por
Hegel, que trazia a pena como retribuição jurídica, isto é, seria a reafirmação do direito; e a
corrente histórica do direito que contribui com a investigação e a fundamentação dogmática
(LINS; SILVA, 2001, p. 14).
Portanto, foi através dos clássicos que se iniciou a construção dogmática da Teoria
Geral do Delito, marcada pelo exame analítico do crime. A pena, para os clássicos, era uma
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medida repressiva aplicada ao autor de um delito que tivesse o efetuado com entendimento e
intenção.
Com o Direito Natural imutável concede o Direito Penal antecedendo as leis humanas
exercendo as punições e os delitos passados para não ocorrer futuros pensamentos de
Romagnosi. Em outra visão a pena justificava por sua utilidade na forma das afirmativas de
Jeremias Bentham impedindo que o réu cometa novos crimes emendá-lo, intimidá-lo,
protegendo, assim a coletividade, havia no âmago da Escola Clássica, três teorias:
Absoluta – que entendia a pena como exigência de justiça.Relativa – que
assinalava a ela um fim prático, de prevenção geral e especial;Mista – que,
resultando da fusão de ambas, mostrava a pena como utilidade e ao mesmo tempo como exigência de justiça. (SÁ, 1996, p. 84)
Na Escola Clássica, dois grandes períodos se distinguiram: o filósofo ou teórico e o
jurídico ou prático. No primeiro, destaca-se a incontestável figura de Beccaria. Já no segundo,
aparece o mestre de Pisa, Francisco Carrara, que se tornou o maior vulto da Escola Clássica.
Carrara defende a concepção do delito como ente jurídico, constituído por duas forças: a física
(movimento corpóreo e dano causado pelo crime) e a moral (vontade livre e consciente do
delinquente), conceituando a infração da Lei do Estado que define a proteção dos cidadãos um
ato cometido externamente pelo homem positivo ou negativo, moralmente imputável e
politicamente danoso (LINS; SILVA, 2001, p. 15).
3 PRISÃO NO BRASIL
Ao contrário de muitas outras questões que só podem ser compreendidas
levando-se em conta as especificidades do microcosmo prisional em 1551 se mencionava a existência na Bahia, de uma “cadeia classificava como muito
boa e bem acabada com casa de audiência e câmara em cima [...] tudo de
pedra e barro rebocadas de cal, e telhado com telha” (RUSSELL-WOOD, 1981, p. 39).
Para tentar entender o sistema hoje a história dessa evolução se torna muito pertinente
ao tema abordado. Nas cidades e vilas as prisões se localizaram no andar térreo das câmaras
municipais e faziam partes constitutivas do poder local e serviam para recolher desordeiros,
escravos fugitivos e criminosos à espera de julgamento e punição. Não eram cercados, e os
presos mantinham contato com transeuntes, através das grades; recebiam esmolas, alimentos,
informações, Também se alocavam em prédios militares e fortificações.
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O Aljube, antigo cárcere eclesiástico do Rio de Janeiro, usado para a punição de
religiosos, foi cedido pela Igreja para servir de prisão comum após a chegada da Família Real.
Em 1829, uma comissão de inspeção nomeada pela Câmara Municipal afirmaria: “O aspecto
dos presos nos faz tremer de horror”; eram 390 detentos, e cada um dispunha de uma área
aproximada de 0,6 por 1,2 m². Em 1831, o número de presos passaria de 500. Em 1856, o
Aljube foi desativado.
Um decreto de 1821, firmado pelo príncipe regente D. Pedro, marca o início da
preocupação das autoridades com o estado das prisões: ninguém será “lançado” em
“masmorra estreita, escura ou infecta” porque “a prisão deve só servir para guardar as pessoas
e nunca para as adoecerem e flagelar” (SALLA, 1999, p. 43).
A Constituição Imperial de 1824, reafirmando a mesma preocupação, determinava: “as
cadeias serão seguras, limpas e bem arejadas, havendo diversas casas para a separação dos
réus, conforme suas circunstâncias e natureza dos seus crimes”. (NERY JÚNIOR, 2006, p.
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“A pena de morte, na forca, ficou reservada para casos de homicídios, latrocínios e
insurreição de escravos. No regime anterior, esta pena estava prevista para mais de 70
infrações”.
Em 1835, como reação ao levante de negros muçulmanos ocorridos na Bahia, uma lei
ampliaria a hipótese de pena Capital para escravos que ferissem gravemente, matassem ou
tentasse matar o senhor ou feitor. Foi mantida a pena de galés que significava fazer trabalhos
forçados em obras públicas.
A principal novidade do Código Criminal de 1830 foi o surgimento das penas de
prisão com trabalho (o condenado tinha a obrigação de trabalhar diariamente dentro do recinto
dos presídios). Pena que em alguns casos podia ser perpétua ou de prisão simples, que
consistia na reclusão pelo tempo marcado na sentença, a ser cumprida “nas prisões públicas
que oferecerem maior comodidade e segurança e na maior proximidade que for possível dos
lugares dos delitos”. (CARVALHO FILHO, 2002, p.38)
As cadeias, porém não eram adequadas. O código determinava que, até a construção de novos
estabelecimentos, a prisão com trabalho, se converteria em prisão simples, com o acréscimo de mais
um sexto na duração da pena. Hoje para que se possa haver um trabalho dentro das prisões se torna
difícil e sem utilidade na vida social, não saindo especializado em nada para que se possa entrar no
mercado de trabalho com uma profissão. Os maus tratos eram constantes como casas de correção.
Dois estabelecimentos foram projetados para suprir a lacuna, um no Rio de Janeiro e outro em
São Paulo. Eram as casas de correção inauguradas respectivamente em 1850 e 1852. Pode-se dizer que
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elas simbolizam a entrada do país na era da modernidade punitiva. Contavam com oficinas de
trabalho, pátios e celas individuais. Buscavam a regeneração do condenado por intermédio de
regulamentos inspirados no sistema de Auburn. Possuía também um recinto especial, o calabouço,
destinado a abrigar escravos fugitivos e entregues pelos proprietários à autoridade pública, em
depósito, ou para que recebessem a pena de açoite. O Código Criminal determinava que o escravo que
cometesse um crime pelo qual não fosse condenado à morte ou às galés, fosse condenado ao açoite. O
número de chibatadas, a ser determinado pela sentença judicial, estava limitado a 50 por dia.
Depois de cumprida a decisão, o escravo era devolvido ao seu senhor, que obrigava a “trazê-lo
com um ferro pelo tempo que o juiz designar”. “Só em 1886, o açoite seria abolido para os escravos”.
(CARVALHO FILHO, 2002, p. 39)
Com a República desapareceram do cenário punitivo a forca e os galés. Ficou
estabelecido, ainda, o caráter temporário das penas restritivas da liberdade individual. Não
poderiam exceder a 30 anos – princípio que prevalece até a atualidade. A base do sistema de
penas adotado pelo novo Código era prisão celular, prevista para grande maioria de condutas
criminosas. Deveria ser cumprida em estabelecimento especial. O preso teria um período de
isolamento na cela (Filadélfia) e depois passaria ao regime de trabalho obrigatório em
comum, segregação noturna e silencio diurno (Aurburn) o condenado a pena superior a seis
anos, com bom comportamento e depois de cumprida a metade da sentença, poderia ser
transferido “para alguma penitenciária agrícola”.
Mantido o bom comportamento, faltando dois anos para o fim da pena, teria a
perspectiva do comportamento condicional (CARVALHO FILHO, 2002, p. 43).
Em 1920, é inaugurada a penitenciária de São Paulo, no bairro do Carandiru. Projeto
Ramos de Azevedo for saudado como um marco na evolução das prisões e era visitada por
juristas e estudiosos do Brasil e do mundo, como “instituto de regeneração modelar”.
Construída para 1.200 presos, oferecia o que havia de mais moderno em matéria de prisão:
oficinas, enfermarias, escola, corpo técnico, acomodações adequadas, segurança. Tudo
parecia perfeito,em destaque a realidade oferecida aos tempos de hoje a Casa de Detenção.
A Casa de Detenção, cidade murada e dantesca, ficou mundialmente conhecida pela
miséria de seu interior e pela extensa coleção de motins, fugas e episódios de desmandos e
violência, sobretudo o massacre dos 111 presos em 1992, pela Policia Militar (CARVALHO
FILHO, 2002, p.43-44).
O cárcere é a espinha dorsal do sistema criado em 1940. Cerca de 300 infrações
definidas no Código Penal são punidas em tese com pena privativa de liberdade (reclusão e
detenção). A crise inicia com o aumento da lei de Contravenções Penais, de 1941,
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classificou69 infrações de gravidade menor e previu 50 vezes a pena de prisão simples, a ser
cumprida sem rigor penitenciário (DOTTI, 1998, p. 68-90).
Com a reforma parcial do Código Penal em 1977, começou a prevalecer, pelo menos
entre especialistas, o entendimento de que a prisão deveria ser reservada para crimes mais
graves e delinqüentes perigosos. A superlotação carcerária já preocupava as autoridades,
havia a mudança das leis nada se fazia para receber essas pessoas. A lei ampliou os casos de
sursis, instituiu a prisão albergue e estabeleceu os atuais regimes de cumprimento da pena de
prisão (fechado, semi-aberto e aberto). O movimento se acentuou com mais uma reforma
parcial em 1984, que, entre outras medidas, criou as penas alternativas.
Em contrapartida, nas duas últimas décadas, os índices crescentes de criminalidade, os
episódios marcantes de violência e o sentimento de impunidade têm incentivado retrocessos
legislativos capazes de levar para prisões pessoas que, objetivamente, nelas não precisam
estar (CARVALHO FILHO, 2002, p. 44).
3.1 A EVOLUÇÃO DA PENA DE PRISÃO NO BRASIL
Um grande processo histórico impermeado pelo escravismo. Nos primórdios da
colonização o sistema penal brasileiro estava contido nas ordenações Afonsinas, Manuelinas e
Filipinas. Elas consagravam a desigualdade de classes perante o crime, devendo o juiz aplicar
a pena de acordo com a gravidade do caso e a qualidade da pessoa. Os nobres, em regra, eram
punidos com multa; aos peões ficavam reservados os castigos mais pesados e humilhantes.
(TELES, 1999, p. 59)
O comportamento e a qualquer que fosse a ótica visto como crime uma vez se deu a
conduta, o resultado era um só extermínio tornando–se um regime de trabalho forçado. Como
se vê, a chamada "intenção reeducativa", na verdade uma tentativa de "encaminhar para o
trabalho", para "o bom caminho", para a "vida reta", vem já do final do século XVI. Alguns
fundamentos através de suas ordenações o seu modelo, sua aplicação ligadas diretamente á
evolução do homem foi á evolução das penas e cada uma tinha sua característica especifica
como podemos ver.
a) ORDENAÇÕES AFONSINAS
“Lei promulgada por Dom Afonso V, em 1446. Vigorou até 1521. Serviu de modelo
para as ordenações posteriores, mas nenhuma aplicação teve no Brasil”. (TELES, 1999, p.
59).
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b) ORDENAÇÕES MANUELINAS
As Ordenações Manuelinas continham as disposições do Direito Medieval, elaborado
pelos práticos, e confundia religião, moral e direito. Vigoraram no Brasil entre 1521 e 1603,
ou seja, somente após o início da exploração Portuguesa, não chegando a ser verdadeiramente
aplicadas porque a justiça era realizada pelos donatários (TELES, 1999, p. 60).
c) ORDENAÇÕES FILIPINAS
As Ordenações Filipinas vieram a ser aplicadas efetivamente no Brasil, sob a
administração direta do Reino. Tiveram a vigência a partir de 1603 findando em 1830 com o
advento do Código do Império. A matéria penal esta Foi em 1769 que a Carta Régia do Brasil
determinou a construção da primeira prisão brasileira, a Casa de Correção do Rio de Janeiro.
Só alguns anos depois, a Constituição de 1824determinou que as cadeias tivessem os réus
separados por tipo de crime e penas e que se adaptou se as cadeias para que os detentos
pudessem trabalhar.
No início do século 19 começou a surgir um problema que hoje conhecemos muito
bem nas cadeias: a superlotação, quando a Cadeia da Relação, no Rio de Janeiro, já tinha um
número muito maior de presos do que o de vagas, contida no Livro 5, denominado o
Famigerado. As penas fundavam-se na crueldade e no terror.
Distinguia-se pela dureza das punições. A pena de morte era aplicada com
freqüência e sua execução realizava-se com peculiares características, como a morte pelo fogo até ser reduzido a pó e a morte cruel marcada por
tormentos, mutilações, marca de fogo, açoites, penas infamantes, degredos e
confiscações (TELES, 1999, p. 59).
Com o advento da independência, a Assembléia Constituinte de 1823 decretou a
aplicação provisória da Legislação do Reino; continuaram, assim, a vigorar as Ordenações
Filipinas, até que com a Constituição de 1824 foram revogadas parcialmente. Naquele mesmo
ano de 1823 foram encarregados de elaborar um Código Penal os parlamentares José
Clemente Pereira e Bernardo Pereira de Vasconcelos. Tendo cada um apresentado seu projeto,
preferiu-se o de Bernardo, que sofreu alterações e veio a constituir o Código de 1830. Nele
manteve-se, ainda, a pena de morte, que acabou sendo tacitamente revogada por D. Pedro II
quando do episódio da execução de Mota Coqueiro, no Estado do Rio, que, acusado
injustamente, depois de morto teve provada sua inocência.
Essa situação perdurou até a introdução do Código Criminal do Império, em 1830.
Este estatuto já trazia consigo idéias de justiça e de equidade, influenciado pelas idéias
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liberais que inspiraram as leis penais européias e dos Estados Unidos, objeto das novas
correntes de pensamento e das novas escolas penais. O Código de 1830 sofreu influências do
Código Francês de 1810 e da Baviera de 1813, tendo, por sua vez, influenciado o Espanhol de
1848, a primeira casa prisional no Brasil foi a Casa de Correição da Corte que foi inaugurada
em 1850, primeiro estabelecimento prisional paulista começou a funcionar em 1852
condenados divididos em três alas uma delas destinadas a presos políticos, a que foi a base do
de 1870 e que, por sua vez, veio a se constituir em modelo para os demais códigos de língua
espanhola.
Vê se, assim, a importância de nosso Código do Império. Apesar disso recebeu severas
críticas, porque foi considerado liberal, estabeleceu a imprescritibilidade das penas,
considerou a religião com primazia incriminação dos delitos religiosos como mais
importantes e manteve a pena de morte.
Ao Código Penal seguiu-se o Código de Processo Penal, editado em 1832. Desde
então, até o advento da República, várias leis foram publicadas. Com a República foi
promulgado novo Código Penal, pelo Decreto 847, de 11 de outubro de 1890, baseado no
projeto de Batista Pereira, em que foram adotados os princípios da escola clássica (1. Da
reserva legal; 2. Divisão dicotômica da infração penal; Penas: prisão celular, banimento e
reclusão). Mas continuava a edição de inúmeras leis. As leis penais sofreram sensíveis
mudanças ao final do século XIX em razão da Abolição da Escravatura e da Proclamação da
República. O Código Penal da República, de 1890, já previa diversas modalidades de prisão,
como a prisão celular, a reclusão, a prisão com trabalho forçado e a prisão disciplinar, sendo
que cada modalidade era cumprida em estabelecimento penal específico. Em 1890, o Código
Penal já previa que presos com bom comportamento, após cumprirem parte da pena poderiam
ser transferidos para presídios agrícolas, o que é lei até hoje, mas também abrange uma parte
ínfima dos presos porque são poucos os presídios deste tipo no país.
Em 1932, Vicente Piragibe faz uma compilação das leis vigentes que, sob a
denominação de Consolidação das Leis Penais, passa a vigorar por força do Decreto 22.213,
de 14 de dezembro de 1932. Em 1935, o Código Penitenciário da República propunha que,
além de cumprir a pena, o sistema também trabalhasse pela regeneração do detento. Sobreveio
a Revolução de 1937.
O Presidente Getúlio Vargas, pretendendo fazer reformas legislativas, mandou que o
Ministro da Justiça, Francisco Campos, designasse Alcântara Machado para elaborar o novo
Código. Em 1940, é publicado através de Decreto-lei o atual Código Penal, o qual trazia
várias inovações e tinha por princípio a moderação por parte do poder punitivo do Estado. No
13
entanto, a situação prisional já era tratada com descaso pelo Poder Público e já era observado
àquela época o problema das superlotações das prisões, da promiscuidade entre os detentos,
do desrespeito aos princípios de relacionamento humano e da falta de aconselhamento e
orientação do preso visando sua regeneração. Foi editado, então, o Decreto n. 2.848, de sete
de dezembro de 1940, que começou a vigorar somente em 1º de janeiro de 1942, a fim de que
pudesse tornar-se conhecido.
Ressalta-se que no Código de 1940, proveniente de um projeto preparado durante um
período revolucionário, quando o Estado era a força maior, deu-se maior importância à figura
humana predomínio dos direitos individuais relegando os crimes contra o Estado ao último
lugar da lista. Tratava-se de um código eclético, pois não se filiou a nenhuma escola.
Principais características: pena e medida de segurança; individualização da pena;
tecnicamente moderno. A seguir foram editados o Código de Processo Penal (Decreto n.
3.689, de 3/10/1941), a Lei das Contravenções Penais (Decreto n. 3.688, também de
3/10/1941), a Lei de Introdução ao Código Penal (9/12/1941) e o Código Penal Militar
(Decreto n. 6.227, de 24/1/1944).
Em 1962, Nelson Hungria ficou encarregado de elaborar um novo projeto de Código.
Em 1964 foi designada uma comissão para a revisão do projeto final, composta pelo próprio
Nelson Hungria, Aníbal Bruno e Heleno C. Fragoso. Em 1969 o projeto foi promulgado pelo
Decreto-Lei n. 1.004, de 21 de outubro, mas restou revogado sem ter vigência. O Código
Penal, como já dissemos, foi instituído pelo Decreto-Lei n. 2.848/40.
Nos termos do art. 180 da Constituição de 1937. Daí em diante sofreu várias
alterações, como as de 1977 e 1984, pelas Leis n. 6.416 e 7.209, respectivamente. Esta última,
de 13/07/84, com eficácia a partir de 12/01/85, trata-se do nosso efetivo Código Penal. O
Código Penal de 1984 alterou substancialmente certos aspectos contidos no ordenamento
anterior. Dentre as modificações, podemos citar, como relevantes, a figura do arrependimento
posterior, a criação de um artigo próprio para a reabilitação e o desaparecimento das penas
acessórias.
Em 1983 é aprovado o projeto de lei do Ministro da Justiça Ibrahim Abi Hackel, o
qual se converteu na Lei nº 7.210 de 11 de Julho de 1984, a atual e vigente Lei de Execução
Penal. Os principais colaboradores do projeto do Código Penal de 1984 foram Ariel Ditti,
Francisco de Assis Toledo, Hélio Fonseca, Miguel Reale Júnior, Ricardo Antunes, Andreucci
e Rogério e Lauria e Tucci. (CANTO, 2000, p. 16)
A lei de execuções penais nº 7.210/84 estabeleceu cinco pontos fundamentais de
classificação dos estabelecimentos prisionais; lei de execuções penais:
14
a) Penitenciária – destinada aos condenados à pena de reclusão, em regime fechado
(Art. 87);
b) Colônia Agrícola, Industrial ou Similar - são estabelecimentos construídos para
abrigar os presos de justiça cujo cumprimento da pena seja em regime semi-aberto (Art.91);
c) Casa do Albergado - destina-se aos presos de justiça cujo cumprimento de pena
privativa de liberdade seja em regime aberto e a pena de limitação de final de semana. Nesses
estabelecimentos os presos trabalham normalmente durante o dia e recolhem-se à noite (Art.
93);
d) Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico – são estabelecimentos destinados
aos inimputáveis e semi-inimputáveis (Art., 99), ou seja, as pessoas portadoras de doença
mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, desde que comprovado que o
agente era portador dessa doença quando da prática da transgressão criminal e que era
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. (Art.26);
e) Cadeia Pública - são estabelecimentos prisionais construídos próximos de centro
urbano destinado a presos provisórios, ou seja, antes da sentença condenatória definitiva
(Art.102);
A execução penal é definitivamente erigida à categoria de ciência jurídica e o
princípio da legalidade domina o espírito do projeto como forma de impedir que o excesso ou
o desvio da execução penal venha a comprometer a dignidade ou a humanidade na aplicação
da pena. O estatuto da execução penal foi um avanço enorme no sistema penitenciário
brasileiro, isso devido ao fato de que anteriormente à lei nº 7.210/84 a execução de pena era
apenas um expediente administrativo mero consectário legal e lógico da condenação, tais
objetivos ainda não foram alcançados, não haver uma política criminal adequada, sem
vontade política se efetivar como auto-aplacável. Na LEP estão estabelecidas as normas
fundamentais que regerão os direitos e obrigações do sentenciado no curso da execução da
pena, como finalidade precípua a de atuar como um instrumento de preparação para o retorno
ao convívio social do recluso.
O artigo 1º, a lei deixa claro que sua orientação baseia-se em dois fundamentos: o
estrito cumprimento dos mandamentos existentes na sentença.A Lei que é a de conferir uma
série de direitos sociais ao condenado, possibilitar não apenas o seu isolamento e a retribuição
ao mal por ele causado, A LEP, orientando-se no sentido de que a aplicação da pena deve ser
individualizada em relação à pessoa do criminoso, previu a figura do exame criminológico,
que tem o objetivo de conhecer a personalidade e de aferir a periculosidade do preso, a fim de
determinar em qual grupo social ele deverá ser inserido no curso da execução da pena. O
15
laudo do exame criminológico também se constitui num dos requisitos necessários para a
concessão dos benefícios da progressão de regime no cumprimento da pena e também da
própria revogação desses benefícios.
Apresenta o Código Penal, com a parte Geral introduzida pela Lei nº 7.209/84, a Parte
Especial prevista pelo Decreto-lei nº 2.848 (código de 1940); a Lei de execuções Penais (Lei
nº 7.210 e um grande número de leis esparsas, como a relativa ao abuso de autoridade (Lei nº
4.898/65), a falimentar (Decreto-lei nº 7.661), a de Economia popular (Lei nº 1.521), a lei
sobre preconceito (Lei nº 7.716), a de imprensa (Lei nº 5.250-revogada), o Código Eleitoral
(Lei nº 4737), o Código Florestal (Lei nº 4.771), a Lei de contravenções penais (Decreto-lei nº
3.688), a dos crimes hediondos (Lei nº 8.072), a dos direitos do consumidor (Lei nº 8.078).
Mais recentemente, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069) que
manteve a inimputabilidade penal para menores de 18 anos, tipificou figuras típicas criminais
enquanto menor sujeito passivo e, estabeleceu especificidades para alguns casos para o
agravamento da pena. A Lei nº 8.666/93 revoga o artigo nº 355 do Código Penal, lei que versa
sobre licitações. Também a lei nº 8.930/94, que versa sobre crimes hediondos e ainda as
novas legislações penais especiais como a Lei nº 9.034/95 relativa às organizações
criminosas; a Lei nº 9.279/96 que instituiu o Código de Propriedade Industrial; a Lei nº
9.294/96, referente à restrição e uso de produtos como o cigarro e bebidas alcoólicas; a Lei nº
9.296/96 sobre a interceptação telefônica; a Lei nº 9.434/97, sobre o transplante de órgãos; a
Lei nº 9.437/97 relativa ao porte de armas; a Lei nº 9.455/97 referente a crimes de tortura; a
Lei nº 9.503/97 que versa sobre crimes de trânsito; a Lei nº 9.613/98 que legisla a lavagem de
valores; e a Lei nº 9.609/98, que regulamenta a proteção intelectual dos programas de
computadores32.
d) PERÍODO ATUAL: NOVA DEFESA SOCIAL
Com a Fundação em Gênova, o Centro de Estudos de Defesa Social, retomando essa
caminhada, em parte abandonada com os abalos causados pelas duas grandes guerras
mundiais, e proporcionando um grande impulso aos estudos científicos dos diversos tipos de
delinqüentes, suas causas e a individualização de sua responsabilidade penal, foi o professor
italiano Filippo Gramatica, quem principiou em 1945 um novo Paradigma. Revoltado com um
direito penal fascista à sua volta, dogmático e retrógrado, propôs a criação de um direito de
defesa social e a eliminação do direito penal e do sistema penitenciário vigente, uma proposta
radical. Marc Ancel aceitava as idéias de Filippo Gramatica, tornou-se um forte precursor do
novo paradigma, embora não quisesse a abolição a abolição do direito penal.
16
Com o agravamento de vários adeptos, o movimento cresceu, até que em 1949 nasce a
Sociedade Internacional de Defesa Social. Em 1954, no congresso de Anvers, é aprovado o
programa mínimo, realizando-se, em 1971, o congresso de Paris, em 1976, o congresso de
Caracas, em 1981, o congresso de Tessalônica e em 1985, em Milão, a Assembléia geral da
sociedade, onde o programa mínimo foi mantido, embora com um adendo para a sua
utilização
Agregado ao movimento Neodefensismo Social, surgiu também o Movimento de
política Criminal Alternativo ou Nova Criminologia, subdividindo-se em criminologia crítica,
criminologia radical, criminologia da reação social e economia política do direito um
melhoramento sendo para uma reeducação do delinquente tendo como a pessoa humana e
suas exigências. A defesa do sistema carcerário como um todo á prisão por si só não regenera,
nem ressocializa, antes perverte, corrompe, destrói, a saúde e a personalidade, com ela
estimula a reincidência e onera substancialmente o Estado, verdadeira escola do crime.
Conforme apresentado nos capítulos anteriores o desenvolvimento das instituições
penais a sua origem enquanto lugar de cumprimento de pena restritiva de liberdade originasse
por exigências do próprio homem pela necessidade de um ordenamento coercitivo que
assegure a paz e a tranquilidade social, a aplicação o tratamento penal seu objetivo é a
regeneração do recluso.
Hoje recolher os desordeiros fugitivos e criminosos à espera de julgamento e punição
dispor do alimento da segurança e a sua integridade, dado pelo Estado pago pelo povo através
de impostos pela população e cada vez mais chega às selas os classificados criminosos à
espera de julgamentos ou condenados pela justiça, vivendo à custa da sociedade por outro
lado recebe o desprezo social após o cumprimento da pena. O sistema em que vivemos se
encontra em uma crise de falta de investimento ou o que se recebe não supre suas
necessidades e a crise sem precedentes se alastra a cada vez mais para falência total, ainda
consiste em ter a solução mais eficaz para a criminalidade. Contudo os mecanismos que
surgiram e surgem em mudanças das leis, normas, direitos e deveres do preso muita coisa
continua sem grandes resultados com conflitos sociais, medo, sem segurança, crimes e seus
aumentos em índices elevados, o domínio das drogas, a falta de expectativas posteriores ou
mesmo anteriores ao cometer algum delito. O ordenamento constitui em um complexo de
normas reguladoras,
“O homem não é absolutamente livre para fazer o que quiser.” Como esclarece Telles
em 2006no seu livro de Direito Penal. A crise pelo qual passa o sistema penitenciário em
busca por alternativas as soluções com imagens degradantes, injustiças, superlotação,
17
promiscuidade e ociosidade, entre outros aspectos. A proposta seria a reeducação do preso
para reintegrá-lo na sociedade esse é o propósito das leis do sistema e a sociedade.
Com muitas faltas á saúde, assistência jurídica, ajuda psicológica, educacional, acaba
que se destaca o quadro atual que é o caos. Para que possamos entender onde tudo se deu
inicio através da evolução das penas este ligado diretamente imposto ou transgressor das
normas sociais, nos tempos anteriores o julgamento era chamado de Maat no Egito usavam-se
as penas ou abusos do comerciante o julgamento era feito antes do enterro.
Através de explicações científicas destaca a origem das penas no comportamento de
pequenos grupos após ataques de outros grupos rivais surgiu à primeira punição que era
descer das árvores devido à escassez de alimentos, como ato de defesa e vingança. A
ausência de punição só acontecera ao alcance em um estágio de evolução humana mais
elevada pelo qual a grupos que se tornava desnecessária.
A lei de execuções penais por mais que seja avançada, se não for incrementada para
sua plena aplicação, acaba por se transformar em letra morta, devido primeiro a omissão dos
poderes constituídos e, segundo pela apatia populacional, a precariedade de assistência ao
preso e também às vitimas e aos egressos.
Aplicação da lei de execuções penais fazendo com que o sistema tenha que resolver e
amenizar essas dificuldades a solução para todos os problemas.
Mirabete (2002, p. 23) explana ainda: “O direito, o processo e a execução penal
constituem apenas um meio para a reintegração social, indispensável, mas nem por isso o de
maior alcance, porque a melhor defesa da sociedade se obtém pela política social do estado e
pela ajuda pessoal”.
Continua o exímio jurista afirmando que “Os vínculos familiares, afetivos sociais são
sólidas bases para afastar os condenados da delinqüência”.
Tem-se consciência que o indivíduo preso acaba perdendo alguns direitos que fazem
parte da vida de qualquer ser humano; como a liberdade, a pessoa fica isolada do convívio
familiar, da sociedade e perde o direito de ir e vir.
É de grande valia a participação da sociedade no cumprimento da pena para que a
situação prisional seja revista e transformada através da aplicação de medidas de reinserção
para que aí se cumpra a finalidade da prisão, qual seja punir e promover reintegração das
pessoas que lá se encontra. A Lei de Execução Penal traz em seu corpo os recursos teóricos
necessários para se mudar a situação em que hoje se encontra o sistema penitenciário,
trazendo benefícios a sociedade e ao individuo. Conclui-se esse trabalho no momento em que
está sendo revista a situação prisional do nosso país,
18
Zgubic (2013) chama a atenção para o descaso da população em relação à situação dos
presidiários e afirma que “o caos das penitenciárias brasileiras demonstra que a maioria da
sociedade não está em condições de trabalhar e compreender a questão do outro, e o trata com
brutalidade”. Comparando presídios a uma bomba-relógio que poderá explodir a qualquer
momento, ele faz uma alerta: “Se não humanizarmos essas pessoas, estaremos construindo
uma bomba-relógio contra nós mesmos, destruindo primeiro os presos e seus funcionários nos
presídios – psicologicamente e até fisicamente com a questão dos suicídios –, e libertando três
vezes mais presos violentos que saíram das penitenciárias”. O Brasil apresentou diversas
realidades de penitenciárias ao longo dos anos.
Posso dizer que o “melhor” modelo de penitenciária não existe mais. Presídio é
sempre, em todo o mundo, uma catástrofe. Ao relatar o cotidiano na prisão, os detentos
falaram o seguinte para o relator especial de tortura das Nações Unidas (ONU): “Querem que
a gente se humanize, mas nos tratam como monstros, e aqui nos tornamos monstros”. Isso
demonstra que o presídio é um absurdo, porque representa uma exclusão social bruta.
Zgubic (2013) – Todo ser humano precisa estar inserido em uma comunidade, e isso
acontece também com os presos. Com a introdução da lei do crime hediondo, começou a
superlotação dos presídios, já que muitos presos passaram a ficar mais tempo em regime
fechado. Em 1992, ocorreu o massacre do Carandiru. Tudo isso fez com que a situação de
caos dos presídios aumentasse. A partir desse momento, sem apoio e percebendo a falta do
cumprimento dos direitos básicos, os presos passaram a se organizar entre si, reivindicando os
direitos humanos. Agora, considerando que essas pessoas vivem com brutalidade, é óbvio que
elas vão se organizar como criminosos.
A primeira Campanha da Fraternidade sobre Segurança Pública (2009) e
paralelamente a primeira Conferência Nacional de Segurança Pública solicitadas pela Pastoral
Carcerária – nos motivam a participar de conferências municipais e refletir sobre as políticas
públicas necessárias para combater a violência através de ações comunitárias
Folcault (2000) ainda afirma que as rebeliões, ou revoltas, apresentavam
reivindicações dos presos não atendidas, principalmente com relação ao tratamento
dispensado pelos funcionários do sistema penitenciário, como se vê a seguir:
Quem quiser tem toda a liberdade de ver nisso apenas reivindicações cegas
ou suspeitar que haja aí estratégias estranhas. Tratava-se bem de uma
revolta, ao nível dos corpos, contra o próprio corpo da prisão. O que estava em jogo não era o quadro rude demais ou ascético demais, rudimentar
demais ou aperfeiçoado demais da prisão, era sua materialidade medida em
que ele é instrumento de vetor de poder; era toda essa tecnologia do poder
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sobre o corpo, que a tecnologia da “alma” – a dos educadores, dos
psicólogos e dos psiquiatras – não consegue mascarar nem compensar, pela
boa razão de que não passa de um de seus instrumentos. É desta prisão, com todos os investimentos políticos do corpo que ela reúne em sua arquitetura
fechada que eu gostaria de fazer a história. Por puro anacronismo? Não, se
entendemos com isso fazer a história do passado nos termos do presente.
Sim, se entendermos com isso fazer a história do presente.
A partir da inauguração de mais de dez dessas instituições durante os anos 1990 na
região estudada, com a transição política que caracterizou o fim do regime militar no Brasil, a
perspectiva adotada foi interdisciplinar, sob uma temática específica entendida como
estratégica neste contexto político consequência, torna-se uma das principais influências nas
representações sociais produzidas sobre presos, criminosos, jovens infratores, agentes
penitenciários.
Para Ferreira e Abreu (1987) observam que o período da ditadura militar nelas
repercutiu diretamente. A guerra contra o inimigo interno, deflagrada pelo governo militar
significou uma intensificação das atividades policiais, que correspondeu a uma canalização de
recursos para o reaparelhamento e modernização da Polícia Militar, visando não apenas à
repressão às organizações políticas de oposição, mas também ao combate da criminalidade.
Data dessa época uma articulação, cada vez mais transparente e sempre crescente, entre o
funcionamento do aparelho policial e do aparelho penitenciário.
A penitenciaria vem do Latim penintiariusrelativo à pena ao castigo, penitência,
condenação, entende-se ser tarefa essencial a estabelecimentos de melhores condições de
retorno a sociedade, o sistema prisional tem características próprias e exige uma adequada
solução um sistema eficiente, dentro de um Estado democrático, onde o direito de punir e
consequência da política social aos princípios de humanização da pena. Sua origem desse
Sistema foi na antiguidade quando se ainda não se tem o conhecimento a privação da
liberdade ser estritamente sem sanção penal, passando por várias fases sofrendo algumas
transformações. A sua execução ao sistema penitenciário da forma que temos hoje foi na
Holanda no século XVI, surgindo como instituições. (FERREIRA, 1989)
A importância da Lei de Execuções Penais, no nosso país para a tentativa de
ressocialização do condenado é indiscutível para a sociedade e do apenado com o qual o
preconceito social persiste. A assistência ao preso e ao apenado é dever do Estado,
objetivando prevenir o crime e orientar o retorno á convivência em sociedade. Com o que foi
visto na historia mostra em todo esse relato que o castigo era uma prevenção contra o crime
hoje é reabilitar o criminoso reeducando para a vida social, resguardando a assistência
material, à saúde, assistência jurídica, educacional, social e também a assistência religiosa. O
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condenado por sua vez além de obrigações legais inerentes submete-se a normas de execução
da pena pelo Estado. Com essa decadência as prisões brasileiras encontram-se superlotadas
contribuindo ainda mais para desenvolver o caráter violento do individuo sem algum tipo de
expectativa de retorno social.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo desse tema se faz de grande importância para podermos entender hoje nossa
realidade atribui as condições que são encontradasno Sistema penitenciário, partindo de uma
exigência do próprio homem para assegurar a paz e a tranquilidade. Com esse isolamento foi
constituído as Leis e suas evoluções no código penal, para quem era direcionado o cárcere e a
aplicação com um instrumento coercitivo estatal, não conseguindo alcançar seu objetivo que é
recuperar e reintegrar os infratores sua decadência nos mostra clara com a realidade. O
tratamento de nosso estudo histórico era específico de cada época seus objetivos de
ressocialização de formas diversificadas, as ordenações foram fundadas no Brasil no inicio da
colonização, determinando o problema que conhecemos hoje iniciando se no século XIX, a
superlotação.
As evoluções das penas de prisão no Brasil estavam contidas nas ordenações
Afonsinas, Manuelinas e Filipinas desigualdade de classes perante o crime caso e a qualidade
pessoa por ser um nobre em regra eram punidos com multas aos peões os que não tinhambens
ficavam reservados aos castigos. Contudo havendo um paralelo aos dias atuais podem-se
entender quais os procedimentos adotados em questão de punição, durante o julgamento do
mensalão, que foi a maioria dos ministros considerou que o tribunal poderia determinar a
perda do mandato dos deputados envolvidos no mensalão, e a Câmara teria apenas que fazer
cumprir a decisão e isso não foi feito assuntos relacionados a punições são determinantes a
grupos diferenciados que as pessoas pertencem. Com o Código Criminal do Império em 1830,
já trazia idéias de justiça e de equidade influenciado pelas idéias liberais inspirando as leis
penais européias. Com Getulio Vargas se tem umas transformações na legislação trazendo
várias inovações para o código penal de 1890.
Prevendo em 1940 o atual Código Penal, o qual trazia várias inovações e tinha por
princípio a moderação por parte do poder punitivo do Estado, no entanto a situação prisional já
era tratada com descaso pelo Poder Público e já existia a superlotação das prisões, da
promiscuidade entre os detentos, do desrespeito aos princípios de relacionamento humano e da
falta de aconselhamento e orientação do preso visando sua regeneração. Ressalta-se que o
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Código de 1940, proveniente de um projeto perante um período revolucionário, quando o
Estado era força maior, deu-se mais importância à figura humana predomínio dos direitos
individuais relegando os crimes, obtendo-se os presos com bom comportamento.
Em todo o texto apresentado buscam-se obter algumas conclusões as investigações
para o sistema de encarceramento encontrado nos dias de hoje pode-se ao longo dos resultados
obtidos não bastam aumentarem o número de vagas nas cadeias para conter a criminalidade, as
principais contribuições nós mostra que a prevenção do delito, o controle de drogas e do uso
de arma se torna fundamental para qualquer sucesso nessa área. Minimizar através das escolas
públicas com uma melhor distribuição de renda através de uma justiça social.
Trabalhos junto a comunidades carentes em caráter de prevenção, com ajuda social e
investimentos públicos, um centro de prevenção ao crime com assistentes preparados para o
trabalho, envolvendo diversasinstituições, levantamento de todo diagnóstico, objetivos a serem
alcançados com responsabilidade dos envolvidos, reduzirem as oportunidades das infiltrações
do crimeatravés da família, educação religião, emprego, treinamento, vigilância dos pais ou o
responsável junto á escola no comportamento do filho ao uso de drogas e álcool,moradia,
assistência básica pelo Estado, saúde, a diversificação de métodos conforme sua
necessidade.Ao programar o plano de ação caminhando junto com as autoridades estimulando
o treinamento adequado, envolvendo a comunidade seria uma tentativa.
PENALINSTITUTIONSAND THEIRORIGIN
ABSTRACT
This work aims to develop proposals that may contribute to understanding where it all began
penal institutions and their origin, the place of imprisonment restrictive of freedom, with an
isolation of the urban environment, with constant vigilance, rigidity comes to internal
discipline system as a means of control and punishment imposed on the offender or
delinquent, since antiquity began to be applied during earlier times in the origins of humanity.
Begins with the period of private revenge that lasted until the eighteenth century having
several do criminal revenge.The arrest in Brazil in 1551 already mentioned the existence in
Bahia, the direct recourse to the body in the form of public torture is a form of power
demonstration seeking the truth of the crime with getting published. The prison created in
1940 about 300 offenses under the Criminal Code are punishable in theory with custodial
sentences, the law of criminal misdemeanors, infractions 1941 set 69, with the partial reform
of the penal code in 1977 among prison experts should be reserved for the most serious
crimes and dangerous criminals, the partial reform in 1884 than in other measures created
alternative penalties. Constituting as a coercive instrument state resulting from the application
of criminal penalties res judicata, which the judge relies run so that they can prevent further
22
crimes. Have emerged over the centuries Systems having adopted some changes, taking as its
focus the punitive cool, in recent decades the rising rates of crime and sense of impunity has
encouraged legislative setbacks. The article attempts to provide clarification, as Brazil had
several realities of prison over the years. All human beings need to be inserted in a
community, and this also happens with prisoners. With the introduction of the law of heinous
crimes, began to overcrowding in prisons, since many prisoners began to spend more time in
closed regime. Thus the system failed to achieve its goal is to recover and reintegrate
offenders into society already starting decay, reaching today's times the prison system is the
fourth in the world in prison population and the chaos increases.
Keywords: penal institutions. Criminality.Overcrowding.
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