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Agradecemos sua ajuda para conservar este texto que também está disponível em www.ufmg.br/cienciaparatodos Ilustração por Lucas Marns CONVERSA DE FORMIGA Quem é que nunca perdeu um tempinho observando formigas em ação? O excelente tra- balho em equipe que acontece no formigueiro só é bem sucedido graças ao avançado sistema de comunicação entre suas moradoras. Uma das maneiras das formigas “conversarem” é por meio de substâncias químicas chamadas feromônios. Nas formigas, existem glândulas especializadas para a produção do feromônio. Um indivíduo de um formigueiro pode perceber cheiros ou sabores dos feromônios de outros indivíduos, e é isso que estabelece a comunicação necessária para o trabalho. As formigas produzem vários pos de feromônios. O feromônio de alarme é bastante vo- lál, logo se espalha pelo ar e pode alertar toda a colônia sobre algum perigo iminente. O feromônio de recrutamento é colocado no solo, no formato de uma trilha, o que conduz as formigas até o local onde foi encontrado algum alimento. Também existe o feromônio territo- rial, que é de uso exclusivo de um determinado formigueiro, sendo ulizado para delimitar os territórios da colônia. Além dos feromônios, uma formiga pode produzir som, ao friccionar uma região específica de seu abdome. Esse som é captado por receptores especiais que estão localizados nas patas de suas companheiras. Você também já deve ter visto duas formigas fazendo contato boca a boca e, logo depois, tocando suas antenas uma na outra. Quando isso acontece, elas estão se comunicando e uma das formigas pode até fornecer alimento à sua companheira, caso ela esteja faminta. As formigas podem parecer silenciosas para nós, mas entre si são bastante tagarelas! Texto originalmente escrito por Bárbara Ávila para o programa Na Onda da Vida, da Rádio UFMG Educava FM 104,5, e adaptado por Catarina Barata e Adlane Vilas-Boas. Projeto realizado com o apoio do PROEXT 2014 - MEC/SESu. 31 | 3409 6447 www.teiadetextos.com.br www.ufmg.br/ciencianoar [email protected] I N S T I T U T O D E C I Ê N C I A S B I O L Ó G I C A S U F M G - - 10 | 8ª etapa

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Agradecemos sua ajuda para conservar este texto que também está disponível em www.ufmg.br/cienciaparatodos

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CONVERSA DE FORMIGA

Quem é que nunca perdeu um tempinho observando formigas em ação? O excelente tra-balho em equipe que acontece no formigueiro só é bem sucedido graças ao avançado sistema de comunicação entre suas moradoras.

Uma das maneiras das formigas “conversarem” é por meio de substâncias químicas chamadas feromônios. Nas formigas, existem glândulas especializadas para a produção do feromônio. Um indivíduo de um formigueiro pode perceber cheiros ou sabores dos feromônios de outros indivíduos, e é isso que estabelece a comunicação necessária para o trabalho.

As formigas produzem vários tipos de feromônios. O feromônio de alarme é bastante vo-látil, logo se espalha pelo ar e pode alertar toda a colônia sobre algum perigo iminente. O feromônio de recrutamento é colocado no solo, no formato de uma trilha, o que conduz as formigas até o local onde foi encontrado algum alimento. Também existe o feromônio territo-rial, que é de uso exclusivo de um determinado formigueiro, sendo utilizado para delimitar os territórios da colônia.

Além dos feromônios, uma formiga pode produzir som, ao friccionar uma região específica de seu abdome. Esse som é captado por receptores especiais que estão localizados nas patas de suas companheiras. Você também já deve ter visto duas formigas fazendo contato boca a boca e, logo depois, tocando suas antenas uma na outra. Quando isso acontece, elas estão se comunicando e uma das formigas pode até fornecer alimento à sua companheira, caso ela esteja faminta.

As formigas podem parecer silenciosas para nós, mas entre si são bastante tagarelas!

Texto originalmente escrito por Bárbara Ávila para o programa Na Onda da Vida, da Rádio UFMG Educativa FM 104,5, e adaptado por Catarina Barata e Adlane Vilas-Boas.

Projeto realizado com o apoio do PROEXT 2014 - MEC/SESu.

31 | 3409 6447

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