as empresas fazem plano de negÓcios na abertura de seus empreendimentos uma pesquisa em academias...

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  • 1

    FACULDADE E CENTRO TECNOLGICO MRIO DE ANDRADE

    RODRIGO LAGOAS FERREIRA

    RODRIGO TSURUDA JANELAS

    TALITA ESPICASKI BONFIM

    AS EMPRESAS FAZEM PLANO DE NEGCIOS NA ABERTURA DE

    SEUS EMPREENDIMENTOS? UMA PESQUISA EM ACADEMIAS

    DE GINSTICA DE PEQUENO E MDIO PORTE NA CIDADE DE

    SO PAULO.

    So Paulo

    2008

  • 1

    RODRIGO LAGOAS FERREIRA

    RODRIGO TSURUDA JANELAS

    TALITA ESPICASKI BONFIM

    AS EMPRESAS FAZEM PLANO DE NEGCIOS NA ABERTURA DE

    SEUS EMPREENDIMENTOS? UMA PESQUISA EM ACADEMIAS

    DE GINSTICA DE PEQUENO E MDIO PORTE NA CIDADE DE

    SO PAULO.

    Trabalho de Concluso do Curso de Administrao Faculdade e Centro Tecnolgico Mario de Andrade, apresentado como requisito parcial obteno do ttulo de bacharel em Administrao.

    Orientador: Fabiano Bueno

    So Paulo

    2008

  • 2

    Dedicamos esse trabalho a Deus, que

    conduz e guia as nossas vidas e aos

    nossos pais que sempre estiveram do

    nosso lado nas horas mais importantes.

  • 3

    AGRADECIMENTOS

    Agradecemos a todos os entrevistados em nossa pesquisa de campo, peas

    fundamentais para a concluso desse trabalho. Tambm agradecemos pela

    dedicao, orientao e coordenao dos professores Fabiano Bueno e Lus

    Fernando Pinho.

  • 4

    bem melhor arriscar coisas grandiosas,

    alcanar triunfo e glria, mesmo expondo-

    se derrota, do que formar fila de pobres

    espritos, que nem gozam muito e nem

    sofrem muito, porque vivem nessa

    penumbra cinzenta que no conhece

    vitria nem derrota.

    Theodore Roosevelt

  • 5

    RESUMO

    O aumento da preocupao com a sade e a qualidade de vida, proporcionou ao

    fitness uma maior procura, tornando este mercado bastante promissor.

    A ampliao do nmero de academias de ginstica para atender a demanda do

    mercado uma realidade. Como a maioria das empresas no Brasil, a tendncia

    que a taxa de mortalidade, j nos primeiros anos de vida, seja alta.

    Os motivos e causas apontados para a mortalidade destas organizaes so

    muitos, mas a raiz principal pode ser definida como sendo a falta do planejamento,

    na abertura de novos negcios.

    Neste estudo buscou-se evidenciar a necessidade do empreendedor fazer o

    planejamento atravs da ferramenta plano de negcios e com as entrevistas

    realizadas nas academias de ginstica, procurou-se avaliar se os empresrios

    fazem algum tipo de planejamento, baseado ou no no plano de negcios e o que

    consideram importante no processo de abertura deste tipo de empreendimento..

    Palavras Chaves: Planejamento, Plano de Negcios e Academias de Ginstica

  • 6

    ABSTRACT

    The increasing concern about the health and the quality of life has provided a

    greater demand of fitness, creating a very promising market.

    The expansion in numbers of academies to meet this demand is a reality. Like

    most companies in Brazil, the trend that these ventures will fail during the first

    years of business is high.

    The reasons and causes pointed out as responsible for the discontinuity of

    organizations are many. However, the lack of previous planning can be considered

    as the main reason of the problem.

    This study tries to show the need for the entrepreneur to plan through the business

    plan tool. Along with interviews performed in the academies of gymnastics, this

    study seeks to assess whether entrepreneurs have some sort of planning, based

    or not on the business plan, and what they considered important in the process of

    opening this type of business

    Keywords: Planning, Business Plan, Gym Academies

  • 7

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Percentual de recuperao dos recursos aplicados pelos proprietrios das

    empresas extintas ..................................................................................................... 18

    Tabela 2 - Causas das dificuldades e razes para o fechamento das empresas ..... 20

    Tabela 3 - Comparao de Plano de Negcios ......................................................... 29

  • 8

    LISTA DE GRFICOS

    GRFICO 1 SEXO DAS PESSOAS ENTREVISTADAS....................................... 44

    GRFICO 2 IDADE DOS PROPRIETRIOS.......................................... .............. 44

    GRFICO 3 ESCOLARIDADE DOS PROPRIETRIOS........................ ............... 44

    GRFICO 4 PORTE DAS ACADEMIAS.................................................... ............ 45

    GRFICOS 5.1 E 5.2 EXPERINCIA EM OUTRA ACADEMIA............................ 45

    GRFICOS 6.1 E 6.2 TEMPO DE FUNCIONAMENTO........................................ 46

    GRFICO 7.1 E 7.2 SERVIOS OFERECIDOS ................................................ . 46

    GRFICOS 8.1 E 8.2 PLANEJAMENTO ANTES DE ABRIR A ACADEMIA.......... 47

    GRFICO 9.1 MULHERES QUE FIZERAM PLANEJAMENTO........................... .. 48

    GRFICO 9.2 HOMENS QUE FIZERAM PLANEJAMENTO............................... .. 48

    GRFICO 10.1 ELABORAO DO PLANO DE NEGCIOS PRVIO .............. .. 48

    GRFICO 10.2. ELABORAO DO PLANO DE NEGCIOS............................ .. 49

    GRFICO 10.3 MULHERES QUE FAZEM PLANO DE NEGCIOS ... .................49

    GRFICO 10.4.HOMENS QUE FAZEM PLANO DE NEGCIOS .... .....................49

    GRFICO 10.5.GRAU DE ESCOLARIDADE....................................................... .. 50

    GRFICOS 11.1 E 11.2 PONTOS CONSIDERADOS NO PLANEJAMENTO....... 50

    GRFICOS 12.1 E 12.2 DIFICULDADES ANTES DE ABRIR A ACADEMIA....... 51

    GRFICOS 13.1 E13.2 PONTOS PARA QUE A ACADEMIA LUCRE .................52

    GRFICOS 14.1 E 14.2 DIFERENCIAL DOS PRODUTOS E SERVIOS............ 52

    GRFICOS 15.1 E 15.2 INTERESSE PELOS PRODUTOS E SERVIOS........... 53

    GRFICOS 16.1 E 16.2 TECNOLOGIA UTILIZADA.............................................. 54

    GRFICOS 17.1 E 17.2. PRODUTOS E SERVIOS DOS CONCORRENTES.... 55

    GRFICOS 18.1 E 18.2 PRODUTOS/SERVIOS DE MAIOR CREDIBILIDADE. 55

    GRFICOS 19.1 E 19.2 DIFERENCIAL MAIS ATRATIVO........................... .........56

  • 9

    GRFICOS 20.1 E 20.2 TIPOS DE CLIENTES......................................................57

    GRFICOS 21.1 E 21.2 MEIOS PARA ATRAIR CLIENTES.................................. 58

    GRFICOS 22.1 E 22.2 MEIOS PARA MANTER A QUANTIDADE MNIMA DE

    CLIENTES ................................................ ERRO! INDICADOR NO DEFINIDO.59

    GRFICOS 23.1 E 23.2 TIPOS DE PROFISSIONAIS........................................... 59

    GRFICOS 24.1 E 24.2 AQUISIO DE EXPERIENCIA NO RAMO................... 60

    GRFICOS 25.1 E 25.2 ASPECTOS DA LOCALIZAAO..................................... 61

    GRFICOS 26.1 E 26.2 RELAO DA LOCALIZAO COM A ATRAO DE

    CLIENTES.............................................................................................................. 62

    GRFICOS 27.1 E 27.2 INFLUNCIA DO ESTACIONAMENTO.......................... 62

    GRFICOS 28.1 E 28.2 PONTOS NO PLANEJAMENTO FINANCEIRO.............. 63

    GRFICOS 29.1 E 29.2 PERODO DO LUCRO.................................................... 64

    GRFICO 30.1 E 30.2 PREO COBRADO........................................................... 64

    GRFICO 31.1 E 31.2 MELHOR CONTROLE FINANCEIRO............................... 65

  • 10

    SUMRIO

    RESUMO ............................................................................................................... 05

    ABSTRACT ............................................................................................................ 06

    LISTA DE TABELAS .............................................................................................. 07

    LISTA DE FIGURAS .............................................................................................. 08

    1. INTRODUO ................................................................................................... 12

    1.1 Apresentao e justificativa ............................................................................. 12

    1.2 Problema de pesquisa ..................................................................................... 12

    1.3 Objetivo ............................................................................................................ 13

    1.4 Metodologia ..................................................................................................... 13

    1.5 Limites ............................................................................................................. 13

    1.6 Estrutura do trabalho ....................................................................................... 14

    2. REVISO DA LITERATURA .............................................................................. 15

    2.1 O planejamento ............................................................................................... 15

    2.1.1 Cenrio Econmico e Mortalidade das empresas ..................................... 16

    2.1.2 Falta de planejamento: conseqncias e causas ...................................... 19

    2.1.3 Definio de Planejamento ........................................................................ 22

    2.1.4 O planejamento formalizado e padronizado ............................................. 23

    2.2 O Plano de Negcios ....................................................................................... 24

    2.2.1 Consideraes Iniciais............................................................................... 24

    2.2.2 Apresentao e Conceito do Plano de Negcios ...................................... 24

    2.2.3 Utilidades, Benefcios e Falta do plano de negcios. ................................ 26

    2.2.4 A Elaborao de um plano de negcios ................................................... 27

    2.2.5 Estrutura bsica do plano de negcios ..................................................... 29

    2.3 Academias de Ginstica .................................................................................. 39

    2.3.1 Apresentao e Definio ......................................................................... 39

    2.3.2 Cenrio Econmico ................................................................................... 39

    2.3.3 As mudanas necessrias ......................................................................... 41

    3. MTODO DA PESQUISA DE CAMPO .............................................................. 43

    3.1 Campo de Pesquisa ........................................................................................ 43

    3.2. Critrio de Escolha das Academias ................................................................ 43

  • 11

    3.3. Tipo de Pesquisa ............................................................................................ 43

    3.4. Preparao, coleta e Anlise das informaes de pesquisa de campo. ......... 43

    4. ANLISE E INTERPRETAO DOS RESULTADOS ....................................... 44

    5. CONCLUSES .................................................................................................. 66

    6. CONSIDERAES FINAIS ............................................................................... 72

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ...................................................................... 73

    ANEXOS

  • 12

    1. INTRODUO

    1.1 Apresentao e justificativa

    Depois do boom que ocorreu nas empresas em relao ao

    desenvolvimento destas durante o sculo XX, houve muitas mudanas no mundo

    dos negcios, desde a forma de pensamento dos empresrios, das leis comerciais

    e do desenvolvimento do empreendedorismo. Alterou-se o processo de abertura

    de empresas, onde at um jovem de 18 anos no Brasil, pode abrir uma empresa.

    Este aspecto pode ser bom de um lado por causa da facilidade e menor

    burocracia ao abrir uma empresa e ruim de outro lado pela dificuldade de se

    manter uma empresa estvel no decorrer dos anos.

    Muitas empresas esto sofrendo atualmente por causa da falta do

    planejamento, tendo insucessos, prejuzos, problemas financeiros e, algumas

    empresas, vindo at a falirem. Os empresrios no admitem que todo

    empreendimento deve ter um planejamento inicial antes de come-lo, muitos

    dizem que (...)no tem necessidade, no tem tempo, no sabem comear

    (BANGS, apud DORNELAS, 2005, p.99) e por isso acabam por terem diversos

    problemas futuros em seus empreendimento. Algumas empresas chegam at a

    sobreviver por algum tempo, porm quando chega a crise, cedem.

    Dentro desse contexto, surge o Plano de Negcios, (...) Uma ferramenta de

    Gesto para o planejamento e desenvolvimento que deve ser usada por todo e

    qualquer empreendedor que queira transformar seu sonho em realidade, seguindo

    o caminho lgico e racional que se espera de um bom administrador

    (DORNELAS, 2005, p. 93 e 96).

    A importncia de se fazer um plano de negcios muito grande, pois s

    atravs dele que as empresas podem aumentar as possibilidades de sucesso e

    diminuir as incertezas que o mercado proporciona.

    1.2 Problema de pesquisa

    Diante do cenrio econmico que evidencia a alta taxa de mortalidade das

    empresas e das objees aos empresrios de que estes no fazem o

    planejamento antes de iniciarem seus empreendimentos, vem o seguinte

    questionamento: verdico as afirmaes de que os empresrios no fazem

    planejamento antes de abrirem seus negcios?

  • 13

    1.3 Objetivo

    Como objetivo geral deste estudo encontra-se avaliar se os empreendedores

    de Academias de ginstica fizeram e/ou tm um plano de Negcios.

    Dentre os objetivos especficos importantes para dar elementos realizao

    do objetivo geral deste estudo, encontram-se:

    Fazer reviso bibliogrfica sobre o tema planejamento das pequenas e

    mdias empresas e do cenrio econmico das academias de ginstica;

    Identificar a presena de algum tipo de planejamento atravs da pesquisa

    feita com os empresrios das academias;

    1.4 Metodologia

    A pesquisa teve forma descritiva e foi direcionada a obter resultados

    especficos dos problemas apresentados, ou seja, descobrir se h no mercado

    fitness de academias de ginstica a prtica do planejamento formalizado ou no.

    O estudo composto de carter quantitativo teve como enfoque a estruturao

    de um questionrio com perguntas fechadas, sua aplicao, anlise e

    interpretao de dados.

    A amostragem foi constituda por 22 academias de ginstica da capital do

    estado de So Paulo.

    1.5 Limites

    O contedo deste trabalho no que se refere reviso de literatura est focada

    nas Pequenas e Mdias Empresas (PMEs). Na metodologia utilizada, foram

    pesquisadas sobre as pequenas e mdias academias conforme a definio de

    Pereira (1996, apud Zanette, 2003) sobre porte, que varia pela quantidade de

    alunos. Ainda sobre as academias, foram focadas apenas academias de ginstica

    em geral (step, localizada, body balance, danas diversas, musculao e artes

    marciais), no sendo pesquisados clubes e centros esportivos, escolas de futebol,

    escolas de danas (que no estavam dentro de uma academia), dentre outros do

    gnero.

  • 14

    1.6 Estrutura do trabalho

    O presente trabalho formado por 6 captulos a fim de demonstrar todas as

    etapas do estudo. O primeiro captulo a introduo ao tema justificando a

    necessidade de se fazer o planejamento antes de se iniciar as atividades de uma

    empresa. Este aspecto essencial para os empreendedores/empresrios

    entenderem o cenrio econmico em que as empresas se encontram e como se

    adaptar.

    O segundo captulo trata da importncia do planejamento para as empresas

    que iro iniciar as atividades para evitar a falncia destas.Este captulo

    composto pela reviso bibliogrfica apresentando:

    Importncia do planejamento;

    Cenrio econmico e mortalidade das empresas;

    Falta de planejamento: conseqncias e causas;

    Definio de planejamento;

    O plano de negcios e sua definio;

    Utilidade e benefcios do Plano de negcios;

    Estrutura do Plano de Negcios;

    Apresentao e definio de Academias de Ginstica;

    Cenrio Econmico;

    As mudanas necessrias.

    No terceiro captulo apresentada a metodologia e a pesquisa realizada junto

    aos proprietrios de academias de ginstica.

    O Quarto captulo trata da anlise e interpretao dos resultados coletados

    visando obter dados sobre o planejamento das academias de ginstica.

    No quinto captulo so apresentadas as concluses obtidas a partir do

    trabalho elaborado.

    O sexto e ltimo captulo so recomendados sugestes para trabalhos

    posteriores que almejam dar continuidade ao presente estudo.

  • 15

    2. REVISO DA LITERATURA

    Existe somente uma importante ao que o empreendedor pode e deve fazer

    pelo seu empreendimento: planejar, planejar e planejar

    (Jos Carlos Assis Dornelas)

    2.1 O planejamento

    Em vrios momentos da vida as pessoas fazem um planejamento, desde a

    hora que acordam at o final do dia:

    ...Desde o momento em que as pessoas acordam, comeam a planejar: traam em suas mentes um planejamento simples, que vai conduzir o seu dia, de alguma maneira. Ao acordarem, lembram-se de que precisam se levantar, ir ao banheiro, tomar um banho, escovar os dentes, tomar o caf e se prepararem para o dia: qual a melhor maneira de preparar o caf, a fim de ganharem uns preciosos minutinhos? O que tm que fazer durante o dia? Qual o melhor caminho para irem de casa para o trabalho? Ser que as rotas de que dispem esto livres? Haver algum problema no trnsito que as impea de chegar ao seu destino em tempo hbil? (DANTAS, 2008).

    Todas as pessoas necessitam fazer um planejamento, pois precisam saber

    qual direo ser tomada para alcanarem seus sonhos, desejos e vontades.

    Precisam segundo Salim (2005, p.4), evitar ser a Alice no pas das maravilhas, na

    qual durante um dilogo com um gato, perguntou qual caminho deveria seguir e o

    gato respondeu: Isso depende de onde voc vai(). Todos os caminhos so

    validos para quem no tem idia de para onde quer ir!.

    Assim como se faz um planejamento rotineiro na vida de cada pessoa,

    tambm deve ser feito um planejamento antes de iniciar as atividades de uma

    empresa, pois a existncia desta empresa reflete tanto na vida econmica do

    empreendedor como na vida dos empregados que trabalham nela:

    Na empresa, o planejamento ainda mais importante. s vezes, a pessoa coloca todas as suas economias no negocio que est abrindo. Empresas j estabelecidas tm investimentos altos em muitas pessoas, mantm contratos com funcionrios com famlias, que dependem de seus empregos. Possuem tambm uma posio no mercado para se defender contra os concorrentes. A empresa precisa saber para onde vai e como chegar onde se props.(SALIM, 2005, p.4).

    Dentre as vrias facetas do planejamento, este presente estudo focar o

    planejamento empresarial nas pequenas empresas, ou seja, o planejamento

    destinado aos empreendedores que iniciaro as atividades de uma nova empresa

    (start-up).

  • 16

    2.1.1 Cenrio Econmico e Mortalidade das empresas

    nos ltimos anos, aps vrias tentativas de estabilizao da economia e da imposio advinda do fenmeno da globalizao, muitas grandes empresas brasileiras tiveram de procurar alternativas para aumentar a competitividade, reduzir os custos e manter-se no mercado. Uma das conseqncias imediatas foi o aumento do ndice de desemprego, principalmente nas grandes cidades, onde a concentrao de empresas maior. Sem alternativas, os ex-funcionrios dessas empresas comearam a criar novos negcios, s vezes mesmo sem experincia no ramo, utilizando o pouco que ainda lhes restou de economias pessoais, fundo de garantia etc. Quando percebem, esses profissionais j esto do outro lado. Agora so patres e no mais empregados. Muitos ficam na economia informal, motivados pela falta de crdito, pelo excesso de impostos e pelas altas taxas de juros. Houve ainda recentemente aqueles motivados pela nova economia, a Internet, que teve seu pice de criao de negcios pontocom entre os anos de 1999 e 2000. (DORNELAS, 2005, p.17-18).

    Como se observa acima, muitas pessoas por causa do desemprego e da

    situao econmica tem como refgio montar seus prprios negcios, mesmo sem

    conhecimentos de gesto e experincia no ramo. Esta urgncia ou pressa de se

    montar um novo negcio, faz com que as empresas vivam sobre uma instabilidade

    constante, podendo crescer ou terem prejuzos por no terem uma viso futura

    aprofundada.

    As evidncias que comprovam a falta da estabilidade das empresas podem

    ser vistas nas pesquisas feitas pelo SEBRAE (Servio Brasileiro de Apoio a Micro

    e Pequenas Empresas) perante as juntas comerciais do Brasil entre 2000 e 2003

    que diz respeito taxa de mortalidade das empresas brasileiras:

    A taxa de mortalidade empresarial no Brasil, apurada para as empresas constitudas e registradas na juntas comerciais dos Estados nos anos de 2000, 2001 e 2002, revela que 49,4 % das empresas encerraram as atividades com at 02 (dois) anos de existncia, 56,4% com at 03 (trs) anos e 59,9% no sobrevivem alm dos 04(quatro) anos. (SEBRAE, Relatrio de Pesquisa, 2004, p.19)

    E para as empresas localizadas no estado de So Paulo h ndices

    semelhantes aos do Sebrae no Brasil, nos quais so:

    Conforme o relatrio sobre a sobrevivncia e mortalidade das empresas paulistas de 1 a 5 anos, realizado em dezembro de 2003 pelo SEBRAE/SP, o nmero de empresas que fecham suas portas chega a 31% no primeiro ano de operao, passando para 37% no segundo, 49% no terceiro, 53% no quarto e 60% no quinto ano de operao. (SEBRAE, 2004 apud ZURITA, 2004).

  • 17

    Apesar do ndice de mortalidade apresentada acima ser de empresas

    brasileiras, percebe-se que em outros pases acontecem situaes semelhantes,

    ou seja, de mortalidade de novas empresas constitudas, como se observa abaixo

    nas palavras de Dornelas (2005, p.94):

    nos Estados Unidos, pas referncia em empreendedorismo e criao de pequenas empresas de sucesso, a mortalidade das chamadas start-ups [novas empresas] alta, chegando a ndices prximos aos do caso brasileiro, acima de 50% em algumas reas de negcio.

    Com todas estas notcias apresentadas de falncia das empresas, pode-se

    afirmar que o refgio para muitos, que seria montar um negcio, acaba sendo uma

    opo ruim, pois o dinheiro que a pessoa tinha antes de iniciar o negcio perdeu

    com a empresa que faliu. Veja a seguir na tabela abaixo em pesquisa do Sebrae,

    que revela o tanto do capital investido que os empreendedores que faliram

    conseguiram recuperar:

    Conforme relatrio, a pesquisa do Sebrae indica que 62% dos respondentes

    recuperaram somente 30% do capital aplicado, onde no houve registro de perda

    ou recuperao total do valor investido.

    Atravs das anlises feitas em relao ao cenrio econmico que as

    empresas brasileiras esto passando, vem a seguinte pergunta: Qual a principal

    razo para este quadro de falncias e mortalidade das empresas?

  • 18

    TABELA 1 Percentual de recuperao dos recursos aplicados pelos

    proprietrios das empresas extintas

    Percentual de recuperao dos recursos aplicados pelos

    proprietrios das empresas extintas:

    Brasil Regio

    Recuperao dos

    Recursos Brasil Sudeste Sul Nordeste Norte

    Centro-

    Oeste

    at 10% 23% 0% 21% 19% 29% 31%

    Acima de 10% at

    20% 24% 14% 10% 32% 14% 34%

    Acima de 20% at

    30% 15% 14% 10% 17% 29% 9%

    Acima de 30% at

    40% 11% 0% 14% 10% 10% 12%

    Acima de 40% at

    50% 9% 29% 7% 15% 0% 3%

    Acima de 50% at

    60% 9% 43% 21% 2% 4% 4%

    Acima de 60% at

    70% 3% 0% 7% 0% 4% 4%

    Acima de 70% at

    80% 3% 0% 7% 0% 10% 0%

    Acima de 80% at

    90% 3% 0% 3% 5% 0% 3%

    Total 100% 100% 100% 100% 100% 100%

    FONTE: RELATRIO DE PESQUISA DO SEBRAE

  • 19

    2.1.2 Falta de planejamento: conseqncias e causas

    A necessidade de sobrevivncia e o anseio por melhores condies de vida tm produzido aventuras empresariais que culminam em vida longa ou, por vezes, em morte sbita. Enquanto alguns negcios so bem sucedidos, outros fracassam fragorosamente. Com estes, sucumbem expectativas e sonhos mal articulados, seja por inexperincia dos empreendedores, seja por falta de planejamento adequado. As autoridades governamentais so, freqentemente, apontadas como principais responsveis pelo fracasso empresarial por administradores que no percebem a responsabilidade do seu papel, culpando os impostos elevados ou as aes ditas predatrias ou desleais da concorrncia. SAUAIA E SYLOS (2000).

    Muitas empresas, principalmente as nascentes (com poucos anos de

    existncia), esto falindo. As causas para isso podem ser diversas, entretanto,

    Dornelas (2005), aponta que o principal motivo para o fechamento destas

    empresas a falta de planejamento.

    No relatrio de pesquisas feito pelo Sebrae em 2004 sobre as razes para o

    fechamento das empresas (conferir tabela 2), so evidenciados os seguintes

    fatores:

    Falhas Gerenciais (78%)- Falta de capital de giro; problemas

    financeiros; Ponto/local inadequado; Falta de conhecimentos

    gerenciais;

    Causas econmicas conjunturais (55%) Falta de clientes; Maus

    pagadores e Recesso econmica no pas;

    Logstica operacional (8%) Instalaes inadequadas e Falta de mo-

    de-obra qualificada;

    Polticas pblicas e arcabouos legais (36%) Falta de crdito

    bancrio; Problemas com a fiscalizao; Carga tributria elevada e

    Outras Razes.

    Com os resultados acima mencionados percebe-se que dentre as razes

    para o fechamento das empresas, as falhas gerenciais esto em 1 lugar,

    representando 78% das opinies dos respondentes. Estas falhas na abertura do

    negcio so relacionadas, de acordo com o Sebrae, ao mesmo motivo indicado

    por Dornelas (2005) para o fechamento das empresas, que : a falta de

    planejamento.

  • 20

    TABELA 2 CAUSA DAS DIFICULDADES PARA O FECHAMENTO DAS

    EMPRESAS

    Causas das dificuldades e razes para o fechamento das empresas

    Categoria Ranking

    Dificuldades/

    Razes

    Percentual de

    empresrios que

    responderam

    Falhas Gerencias

    1 Falta de Capital de

    Giro

    42%

    3

    Problemas

    Financeiros 21%

    8

    Ponto/Local

    inadequado 8%

    9

    Falta de

    Conhecimentos

    Gerenciais 7%

    Causas

    econmicas

    Conjunturais

    2 Falta de Clientes 25%

    4 Maus pagadores 16%

    6

    Recesso

    econmica no pas 14%

    Logstica

    Operacional

    12 Instalaes

    Inadequadas

    3%

    11

    Falta de mo-de-

    obra qualificada 5%

    Polticas Pblicas

    e Arcabouos

    Legal

    5 Falta de Crdito

    Bancrio

    14%

    10

    Problemas com a

    fiscalizao 3%

    13

    Carga Tributria

    elevada 5%

    7 Outras Razes 14%

    FONTE: RELATRIO DE PESQUISA DO SEBRAE

  • 21

    No obstante as estatsticas apontarem que a falta de planejamento leva a

    empresa ao fracasso, os empresrios de pequenas empresas continuam sem

    fazer o planejamento conforme afirma Almeida (1994, p.20 apud SAUAIA E

    SYLOS 2000):

    Apesar dos benefcios que um processo de planejamento formal, organizado e estruturado acarreta para as empresas, sua prtica ainda no pode ser considerada disseminada e corriqueira, especialmente quando se refere a empreendimentos de pequeno porte.

    As desculpas e motivos que os empreendedores tm para tal atitude so

    diversos que Golde (1986) e Dantas (2008) descrevem como sendo:

    1. Tem medo da concorrncia descobrir seu planejamento ou deste dar

    errado e por conseqncia, os funcionrios se desanimarem;

    2. Dizem que para pequenas empresas funcionarem s so necessrias

    capacidades para vendas ou promoo, habilidades de engenharia e

    atividades tcnicas, conforme a atividade da empresa, no necessitando

    de capacidade de planejamento;

    3. Alegam que nas pequenas empresas s h pequenas crises cotidianas

    que no duram por muito tempo e podem ser solucionadas sem grande

    dificuldade;

    4. Gastam muito tempo se preocupando com problemas sbitos

    intensificados pela escassez de dinheiro;

    5. Sentem dependncia do mercado e incerteza do futuro;

    6. Tem temor ntimo de o planejamento gerar concluses ruins das quais a

    empresa seja incapaz de controlar;

    7. Falam que o planejamento caro;

    8. Acreditam que o planejamento um gerador de custos;

    9. Apontam o planejamento como gerador de muita burocracia;

    10. Crem que o planejamento algo complicado;

    11. Indicam que no necessitam, pois so experientes;

    12. Acreditam que planejamento somente pensar no que vai fazer e realizar

    o que se tem em mente

  • 22

    2.1.3 Definio de Planejamento

    Quando se fala em planejamento podem vir vrias definies. Mas o

    entendimento geral dos autores sobre o assunto o de que o planejamento visa

    alcanar um futuro desejvel.

    A viso que Drucker (apud BERG, 2007) tem sobre o planejamento a de

    que o futuro vem como merecimento das aes realizadas no presente:

    O planejamento no uma tentativa de predizer o que vai acontecer. O planejamento um instrumento para raciocinar agora, sobre que trabalhos e aes sero necessrios hoje, para merecermos um futuro. O produto final do planejamento no a informao: sempre o trabalho.

    J Dantas (2008) enxerga que com o planejamento pode se projetar o futuro,

    atravs da unio das experincias do passado com a atual realidade.

    Na enciclopdia Wikipedia (2008) apontado o planejamento como sendo

    uma ferramenta administrativa que possibilita perceber a realidade, avaliar os

    caminhos, e construir um referencial futuro, atravs da organizao das aes,

    antecipando os resultados esperados e atingir os objetivos pr-definidos.

    Sauaia e Sylos (2000) dizem a respeito do planejamento como sendo o

    influenciador do futuro:

    A grande importncia do processo de planejamento est no estabelecimento de um conjunto de providncias a serem tomadas pelo administrador, dado que o futuro tende a ser diferente do passado, tendo a empresa condies e meios de agir por antecipao sobre as variveis e fatores de modo a exercer alguma influncia.

    Os autores anteriores apresentaram um pensamento comum sobre o

    planejamento. Todavia, Salim (2005, p.16) explicita, a seguir, o conceito do

    planejamento empreendedor (planejamento para empresas que iro abrir):

    Planejamento consiste na concepo e anlise de cenrios futuros para um empreendimento (pode ser uma empresa, ou uma nova unidade da empresa), seguido do estabelecimento de caminhos e objetivos (para um mercado, um territrio), culminando com a definio das aes que possibilitem tais objetivos e metas para o empreendimento.

    O consultor empresarial de gesto dos negcios, Paulo Queija, em matria

    publicada na revista Virtual Partes por Silva e Rodrigues (2008) comenta a

    respeito do processo de planejamento que deve abranger os diversos setores da

    nova empresa:

  • 23

    ...Quando se pensa em montar um negcio, antes de tudo, preciso que o futuro empresrio busque conhecer bem e levante informaes sobre o ramo de atividade onde atuar, como est este mercado, conhecer os concorrentes, os melhores pontos e fazer um planejamento do que vai ser colocado em prtica na nova empresa.

    2.1.4 O planejamento formalizado e padronizado

    Depois de observar a importncia e a definio sobre o planejamento

    vm a curiosidade e necessidade de conhecer como se faz um planejamento,

    quais so os passos para a elaborao deste.

    Em primeiro lugar, h a obrigao de se planejar de forma ordenada e

    completa de maneira que forme um documento alm da razo e intuio

    como Dornelas (2005, pp.96-97) apresenta:

    evidente que apenas razo e raciocnio lgico no so suficientes para determinar o sucesso do negcio () A arte estar no fato de como o empreendedor traduzir esses passos realizados racionalmente em um documento que sintetize e explore as potencialidades de seu negcio, bem como os risco inerentes a ele. DORNELAS (2005, pp.96-97)

    Este documento resultante do processo de planejamento ou planificao

    descrito por Las Casas (2001 apud Silva, 2007) como sendo a ausncia do

    planejamento informal, ou seja, o planejamento formal:

    existem dois modelos de planejamento, o informal e o formal. O informal obtido quando no se usa nenhuma metodologia destinada especificamente. Enquanto o formal uma metodologia que precisa do domnio de tcnicas e conceitos especficos.

    Este plano conforme as palavras de Ferreira (apud FELIS, 2008) a

    apresentao sistematizada e justificada das decises tomadas ao a realizar.

    Plano tem a conotao de produto do planejamento.

    O site Ambiente Brasil (2008) defende a idia de que depois de se fazer o

    planejamento, que formular sistematicamente o conjunto de decises

    devidamente integradas, que expressam os propsitos do planejador, deve-se

    fazer o plano, programa e projeto que so documentos transformados em

    relatrios que apresentam todas as informaes necessrias implantao,

    execuo e controle das proposies feitas.

  • 24

    2.2 O Plano de Negcios

    Obviamente, qualquer pessoa que esteja pensando em um negcio novo tem um

    plano de algum tipo em mente. Entretanto, este um substituto fraco para um

    plano de negcios escrito.

    (Justin G. Longenecker, Carlos W. Moore e J. William Petty)

    2.2.1 Consideraes Iniciais

    Foi visto anteriormente a respeito do planejamento formal, que conforme os

    autores um planejamento em forma de documento, ou um planejamento formal.

    que segue alguma metodologia especificada. A seguir ser discutido sobre o

    Plano de Negcios que em senso comum dos autores o processo de

    planejamento/documento mais convencionado para ser seguido pelos

    empreendedores que querem planejar de forma correta.

    2.2.2 Apresentao e Conceito do Plano de Negcios

    A realidade do mundo empresarial mostra a popularidade que o plano de

    negcios tem ganhado, devido aos grandes benefcios proporcionados para quem

    o faz e exigncias de outras entidades para que este seja elaborado.

    Diversos autores dizem que o plano de negcios traz diversos benefcios,

    depois de pronto, ao empreendedor e que ele no difcil de ser elaborado,

    devido a existirem modelos impressos e programas de computadores que auxiliam

    na construo deste documento.

    Em relao ao momento correto que se deve elaborar o plano formal de

    negcios no processo de planejamento, Dolabela (2008) entende como sendo o

    stimo ou oitavo passo:

    Se fizer uma escala de passos, este o stimo ou oitavo passo. Voc descobriu o que voc quer, conheceu o mundo do seu negcio, fez a pesquisa de mercado: qual a rentabilidade do setor, quem so os concorrentes, qual a perspectiva mundial tem concorrente externo? , qual a legislao que rege o setor? Depois de conhecer tudo, o terceiro passo identificar oportunidades de negcio. Oportunidade significa necessidade no satisfeita. Quarto passo: eu vou bolar um produto ou servio para satisfazer essas necessidades. At agora eu no fiz nada: s pensei. Depois de criar o produto ou servio vou pensar na forma de ele chegar ao cliente o marketing e que o cliente seja motivado a compr-lo. A partir da, somente a partir da, eu comeo a escrever o plano de negcios.

  • 25

    Sobre as definies dadas sobre o plano de negcio Dornelas (2005, p. 98)

    comenta a respeito de um documento usado para descrever um empreendimento

    e o modelo de negcios que sustenta a empresa.

    Prado (2008) j considera o plano como sendo mais que um documento, ou

    seja, um processo de juno sobre todas as caractersticas dos negcios, um

    estipulador de objetivos, viabilidade e um apontador de direes:

    O Plano de Negcio mais que um documento. um processo onde o empreendedor rene informaes sobre as caractersticas, condies e necessidades do futuro empreendimento, descrevendo metas e objetivos do seu negcio. Possibilita ao empreendedor analisar a viabilidade de sua idia de negcio. Por isso, muito importante elabor-lo. Ele no garante o xito do negcio, mas d credibilidade e autoridade idia e aponta direes a seguir.

    Salim (2005 p. 3) concorda com o autor acima, no que o plano de negcios

    diz respeito a apresentar as caractersticas do negcio, entre o autor fala dos

    outros ponto que contem um plano: Plano de negcios um documento que

    contem a caracterstica do negocio, sua forma de operar, suas estratgias, seu

    plano para conquistar uma fatia do mercado e as projees de despesas, receitas

    e resultados financeiros.

    Dal`b (2008) entende que tudo o que se refere aos estudos e anlises

    sobre o empreendimento como um todo, avalia a evoluo do empreendimento a

    mdio e longo prazo e sirva para comparar o previsto como o realizado o plano

    de negcios:

    Conjunto de estudos e anlises referente os negcios do empreendimento como ambientes externos e internos, as oportunidades e ameaas, os produtos e servios, tendncias, a estratgia do negcio. Reunindo dados sob os aspectos financeiros, mercadolgicos, operacionais, estratgicos, estruturais e jurdicos de forma a integrar os elementos que envolvem o seu negcio.

    E por fim, Dolabela (2008) acredita que tudo que se referir a planejamento

    os aos aspectos da organizao deve estar no plano de negcios, este plano o

    planejamento de da empresa de A a Z:

  • 26

    O plano de negcios o planejamento da empresa de A a Z. Tudo o que falar sobre a empresa tem que estar no plano: como a organizao, qual o fluxo de produo, as competncias necessrias, qual a viso da empresa, qual o investimento inicial necessrio, custos envolvidos, que forma de pagamento eu vou ter, qual a forma de recebimento. A partir da voc comea a escrever. Porque voc ter que ter viso muito ntida do que o negcio representa. Voc tem que ter na ponta do lpis nveis de investimento necessrio talvez no seja para voc o negcio que voc planejava. E a ter que fazer reajustes. Talvez o lucro projetado no o satisfaa. Voc espera receber R$ 10 mil vendendo mveis, mas o seu negcio s lhe dar R$ 5 mil. E o investimento alto, ento ter que vender seu apartamento. um estudo que lhe diz em quanto tempo o dinheiro que voc vai botar nessa empresa pode voltar para o seu bolso. O plano de negcios um instrumento de minimizao de riscos. No se podem eliminar riscos, mas possvel diminu-los.

    2.2.3 Utilidades, Benefcios e Falta do plano de negcios.

    Para Dornelas (2005) e Longenecker, Moore e Petty (1997) o plano de

    negcios pode apresentar as seguintes utilidades e benefcios:

    Plano de negcios aumenta em 60% a probabilidade de sucesso dos

    negcios;

    Serve como base para a venda de idias ou projetos;

    Rene em um nico documento, todas as informaes necessrias para

    iniciar o empreendimento, procurando minimizar os erros;

    Obrigam o empreendedor a fazer uma avaliao do potencial do lucro e

    crescimento do novo negcio, suas necessidades financeiras e

    operacionais;

    Contribui para a elaborao de uma estratgia competitiva, a partir do

    estudo do mercado, identificando oportunidades e transformando-as em

    diferencial;

    Ajuda na captao de recursos, sejam atravs de bancos, scios,

    investidores para o negcio, governo, Sebrae, capitalistas de risco, etc;

    Atualmente, a maioria das agncias de financiamento condiciona a

    concesso de crdito apresentao de um Plano de Negcios para o

    empreendimento.

    Ajuda na organizao administrativa da empresa, sobretudo no

    recrutamento e seleo dos empregados, bem como auxilia na distribuio

    de atribuies entre as vrias reas funcionais da organizao, servindo

    como um elemento norteador do negcio.

  • 27

    Estabelece comunicao interna eficaz de modo a convencer

    fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, associaes, etc;

    Apesar dos muitos benefcios e utilidades que o plano de negcios traz, algumas

    empresas que conseguem sobreviver sem um plano, mas Salim et al (2005, p.3)

    adverte que isto arriscado: Muitas empresas funcionaram sem um plano

    durante muito tempo, at com sucesso () essa , sem dvida, uma opo

    limitante e bastante arriscada.

    As empresas que vivem sem o plano de negcios, assim como s

    companhias que alegam no fazer o planejamento antes de iniciar as atividades,

    no o fazem por diversos motivos apontados Dornelas (2005) como sendo:

    Poucos empresrios sabem como escrever adequadamente um plano de

    negcios, pois como so micro e pequenos empresrios no tm

    conceitos bsicos de planejamento, vendas, marketing, fluxo de caixa,

    ponto de equilbrio, projees e faturamento, etc;

    Quando entendem os conceitos bsicos geralmente no conseguem

    coloc-lo objetivamente em um plano de negcios;

    Dizem que no necessitam de planejamento;

    Alegam que guardam o planejamento na cabea;

    Mostram que no sabe por onde comearem;

    Dizem que no tem tempo;

    Culpam a dificuldade que tem em lidar com nmeros;

    Advertem que j tem muito dinheiro e sucesso e no precisam disso.

    Embora haja casos de empresas que tem a sorte de sobreviverem sem o

    plano de negcios, vivendo e alegando os diferentes motivos para no fazer o

    plano, pode-se dizer que so raras as vezes que ocorrem estas situaes

    comenta Bangs (1998 apud DORNELAS, 2005, p.99): obvio que sempre

    haver pessoas de sorte, com sucesso nos negcios, sem o plano, e tambm

    aquelas que ganham na loteria. Mas sero casos mais isolados.

    2.2.4 A Elaborao de um plano de negcios

    Na hora da elaborao de um plano de negcios deve-se seguir alguns

    requisitos bsicos que sero apresentados adiante.

  • 28

    Primeiramente deve-se observar se o plano de negcios para uma

    empresa que iniciar as atividades (start-up) ou para uma empresa j em

    funcionamento, diz Dornelas (2005 p.98):

    o plano de negcios pode ser usado, alm das empresas que vo abrir, para empresas que j esto em funcionamento onde ele deve mostrar no apenas onde a empresa quer chegar (situao futura), mas tambm para empresa onde esta no momento, apresentando os valores dos seus atuais indicadores de desempenho

    O plano est condicionado a idade ou o ciclo de vida que cada empresa se

    encontra relata Salim (2005, p.13) onde complementa que na startup tudo tem de

    ser construdo, enquanto, nas demais empresas, j existem algo a partir do qual

    ser feito um novo plano.

    Aps definir para qual situao de empresa que se far o plano, deve-se

    responder as seguintes perguntas que para Longenecker, Moore e Petty (1997)

    ajudaro o empreendedor a entender melhor o seu negcio internamente nos

    diversos setores da empresa e externamente:

    Ser que estou disposto e preparado para levar esta idia diante?

    Onde posso encontrar auxlio para suprir minhas deficincias?

    Qual o meu negcio?

    Quais so os meus produtos e servios?

    Qual ser a aceitao dos meus produtos ou servios no mercado?

    Quem so os meus clientes?

    Onde me estabelecer?

    Quem so meus concorrentes?

    Quem so e onde esto meus fornecedores?

    Qual ser o meu investimento inicial?

    Como vender meu produto ou servio?

    Em quanto tempo terei retorno do meu investimento?

    Continuando a preparao do plano, depois de responder as perguntas,

    deve-se elaborar o plano de acordo com as suas sees.

  • 29

    2.2.5 Estrutura bsica do plano de negcios

    TABELA 3 Comparao da Estrutura do Plano de Negcios

    Comparao da Estrutura do Planos de Negcios

    Dornelas

    (2005)

    Resumo

    (2006)

    Lo-Carbo Foods

    (apud Luecke, 2007)

    Salim

    (2005)

    Capa Introduo Sumrio Sumrio Executivo

    Sumrio

    Tipo de

    Negcio Sumrio Executivo

    Resumo da

    Empresa

    Sumrio

    Executivo Servios A oportunidade

    Produtos e

    Servios

    Descrio da

    Empresa

    Estrutura

    Legal

    A empresa e os

    produtos/Servios

    Anlise de

    Mercado

    Produtos e

    Servios Localizao Estratgia

    Estratgia do

    Negcio

    Mercado e

    Competidores Processos

    A equipe de

    executivos

    Org. de

    Gerenciamento do

    Negcio

    Marketing e

    Vendas

    Processo de

    Produo Plano de Marketing

    Planejamento

    Financeiro

    Anlise

    Estratgica Mercado

    Plano de

    Operacional

    Plano

    Financeiro

    Plano de

    Marketing Plano Financeiro

    Plano

    Financeiro

  • 30

    Na tabela acima, foi descrita a estrutura bsica do plano de negcios na viso

    quatro autores, que composta por sees geralmente padronizadas para facilitar

    o entendimento. Cada uma das sees do plano, no entendimento de vrios

    autores, tem um propsito determinado, variando o tamanho, conforme a atividade

    e o porte da empresa.

    A seguir sero apresentadas explicaes sobre as sees do plano de

    negcios. O modelo usado como base foi o de Dornelas (2005) conforme tabela

    acima.

    A capa

    Segundo Dornelas (2005, p.124-125) a capa do plano deve conter:

    Nome da empresa

    Endereo da empresa

    Telefone da empresa (incluindo DDD);

    Endereo eletrnico do site e e-mail da empresa;

    Logotipo (se a empresa tiver um)

    Nomes, cargos, endereos e telefones dos proprietrios da empresa

    (dados do diretor presidente e principais pessoas-chave da empresa);

    Ms e ano em que o plano foi feito;

    Nmero da cpia;

    Nome de quem fez o plano de negcios

    O Sumrio

    Segundo Dornelas (2005, p.126) o sumrio do plano de negcios

    imprescindvel e deve conter o ttulo de todas as sees do plano, subsees e

    suas respectivas pginas.

    O Sumrio Executivo

    Segundo Dornelas (2005) o sumrio executivo a ltima coisa que se deve

    fazer no plano de negcios, pois um resumo do plano inteiro e nele devem

    conter informaes que despertem o interesse do leitor para que este leia o

    restante do plano.

    Os aspectos que devem conter no Sumrio Executivo do Plano de Negcios

    so os seguintes:

  • 31

    1. Objetivo do Plano de Negcios: objetivo do Plano de Negcios retratar a

    empresa e o negcio que se pretende empreender.

    2. A empresa ou o produto: a oportunidade que foi identificada, sua

    transformao em um negcio (empresa ou unidade de negcio).

    3. O que ser vendido, qual o mercado para os produtos da empresa e como

    ser feita a abordagem a esse mercado? Qual viso do empreendedor e

    a misso da empresa, a imagem que se pretende projetar dela, os fatores

    crticos de sucesso?

    4. Um resumo de como o produto ou servio ser vendido, de como vai se

    manter atualizado e de que forma sero cumpridos os objetivos da

    empresa, isto como ser a sua operao.

    5. Quem so os seus scios e qual a estrutura de propriedade da

    empresa?

    6. Quais os investimentos necessrios para a empresa ou unidade de

    negcios se posicionarem no mercado?

    7. Quanto ser necessrio mensalmente para manter a empresa em

    funcionamento sem faturar?

    8. Qual a receita prevista e a forma como ser sua evoluo? Em que ponto

    a empresa passa a ter receitas capazes de cobrir suas despesas?

    9. Quando os investidores iro recuperar os investimentos feitos e quais as

    perspectivas futuras do negcio? O tempo que leva para que os

    investidores recuperem o investimento inicial realizado chamado de

    perodo de payback (SALIM ET AL, 2005).

    Descrio ou Resumo da Empresa

    Neste tpico segundo Wikipedia (2008) deve:

    descrever o empreendimento, seu histrico, estrutura organizacional, localizao, parcerias, servios terceirizados, etc. Em caso de empresa j constituda, descrever tambm seu crescimento/faturamento dos ltimos anos, sua razo social, e impostos.

    Para Salim et al (2005) no resumo deve-se fazer:

    Sumrio explicativo sobre o que a empresa ou unidade de negcio far.

    Qual o produto ou servio que ser comercializado?

  • 32

    Quem so os proprietrios da empresa, seus currculos (mostrando quais

    so suas qualificaes, mostrando sua habilidade para explorar o

    negcio), a forma como vo dividir suas responsabilidades na empresa e

    realizar seu gerenciamento.

    A especificao da forma jurdica. A empresa ser uma sociedade de

    responsabilidade limitada ou uma sociedade annima? preciso definir

    qual ser seu capital, onde ser sua sede, qual a sua diviso de cotas ou

    aes.

    Outro ponto estabelecer um plano para comear a empresa, incluindo

    seus gastos iniciais necessrios para legalizar o seu funcionamento e

    existncia, montar o escritrio, viabilizar a sua operacionalizao nos

    primeiros meses, com as despesas associadas. Definir o local onde

    funcionar a empresa.

    Descrio dos Produtos e Servios

    Nesta seo sero analisados e ofertados produtos e servios aos clientes,

    tendo por caractersticas: a visibilidade, inovao, confiabilidade, proteo e

    atrao:

    esta seo discute os produtos e/ou servios a serem oferecidos aos clientes. Se um produto novo ou exclusivo est envolvido e existe um modelo funcional ou prottipo deve ser includa uma fotografia. Os investidores mostraro, naturalmente maior interesse em produtos que tenham sido desenvolvidos, testados e considerados funcionais. Quaisquer aspectos inovadores devem ser identificados, e a proteo ou a patente, se houver, deve ser explicada. Em muitos casos, evidentemente o produto ou servio pode ser parecido com aquele oferecido pelos concorrentes por exemplo, comear uma empresa de servios eltricos. Entretanto quaisquer aspectos especiais devem ser claramente identificados (LONGENECKER, MOORE, PETTY, 1995, p.173)

    Salim et al (2005) mostra que neste tpico dever ser seguido os seguintes

    pontos:

    Descrever, com clareza, cada um dos servios e produtos que a empresa

    vende.

    Descrever seu mercado e as principais necessidades detectadas com os

    clientes que podero ser resolvidas com as solues oferecidas pela

    empresa.

  • 33

    Quem so os competidores? Comparar sua soluo, seus produtos e

    servios com os oferecidos pelos competidores. Quais so os benefcios

    que fazem seus produtos e servios serem mais vantajosos que os dos

    competidores?

    Definir como ser o material usado para apoiar a venda de seus produtos

    e servios.

    Analisar os custos para o fornecimento de seus produtos e servios e os

    preos que podem ser praticados no mercado.

    Avaliar as margens que podem ser praticadas nas vendas de seus

    produtos e servios. A margem-bruta a relao entre o lucro bruto (total

    das vendas menos o custo das mercadorias vendidas) e o total das

    vendas. Atravs da margem possvel analisar em quanto tempo podero

    ser recuperados os investimentos feitos para a empresa operar.

    Analisar a questo tecnolgica envolvida com seus produtos e servios:

    qual a tecnologia usada e o seu grau de atualidade e volatilidade; qual a

    proteo legal de seus produtos (direitos de propriedade)?

    Mercado e Competidores

    Para Dornelas (2005) a anlise de Mercado apresenta o entendimento do

    mercado da empresa, seus clientes, seus concorrentes e quanto a empresa

    conhece, em dados e informaes, o mercado onde atua. E ainda o mesmo autor

    define que o mercado composto pelos seguintes tpicos:

    Anlise de Indstria/Setor A anlise da indstria deve apresentar as

    informaes a respeito do tamanho, crescimento e estrutura da

    indstria/setor em que a sua organizao est inserida.Onde devem ser

    respondidas as seguintes questes:

    Quais fatores esto influenciando as projees de mercado?

    Por que o mercado se mostra promissor?

    Qual o tamanho do mercado em reais, nmero de clientes e

    competidores?

    Como o mercado est estruturado e segmentado?

    Quais so as oportunidades e ameaas (riscos) desse mercado?

  • 34

    Descrio do Segmento de Mercado - identificar e clarificar quais

    pores particulares, ou segmentos deste mercado so seu alvo. Devem

    ser respondidas as seguintes questes:

    Qual o perfil do comprador?

    O que ele est comprando atualmente?

    Por que ele est comprando?

    Quais fatores influenciam na compra?

    Quando, como e com que periodicidade feita a compra?

    Anlise SWOT do produto/servio a avaliao dos pontos fortes,

    pontos fracos, oportunidades e ameaas dos principais concorrentes em

    relao ao meu produto?

    Anlise da Concorrncia A concorrncia deve ser avaliada em relao

    a produtos/servios e organizao. Segue abaixo uma lista de

    perguntas a fazer em relao aos concorrentes:

    De que maneira definido um produto ou um servio competitivo?

    Como ele se parece com o seu e com o dos outros?

    De que maneira ele diferente dos seus e dos outro?

    A concorrncia especialista ou oferece variedade?

    Quais caractersticas do produto ou servio satisfazem seu mercado alvo?

    Quais pontos fracos e fortes da concorrncia voc pode explorar?

    Em que estgio tecnolgico voc se encontra em relao concorrncia?

    Quanto inovador voc ? Comparado concorrncia voc se ajusta

    rapidamente s mudanas tecnolgicas?

    Que imagem o consumidor associa concorrncia?

    Preo

    Qual a estratgia de preo do concorrente?

    Como seu preo em relao ao do concorrente?

    Que margens de lucro o concorrente pratica?

    Praa

    Onde est localizado o concorrente?

    Como sua localizao em relao dele?

    Ele tem espao para crescer?

  • 35

    Promoo

    De que maneira a concorrncia faz propaganda?

    Quanto eles gastam em propaganda?

    Qual a mensagem?

    A propaganda da concorrncia efetiva?

    Gerenciamento

    Como a equipe gerencial do concorrente?

    Qual seu conhecimento e sua competncia?

    Que polticas de recrutamento eles utilizam?

    Qual a poltica de salrios?

    Finanas

    O negcio do concorrente lucrativo?

    Qual o faturamento; com que volumes de venda; com que participao de

    mercado?

    Eles investem em P&D?

    Qual a estrutura de capital deles? E o fluxo de caixa?

    Marketing e Vendas

    Segundo Resumo (2006, Plano de Marketing) este tpico est relacionado

    s estratgias de marketing usadas para influenciar o consumidor a comprar o

    produto ou servio.

    Para Dornellas (2005, p.150) essas estratgias geralmente se referem ao

    composto de marketing, ou os 4 Ps (quatro ps): produto, preo, praa(canais de

    distribuio) e propaganda(comunicao).

    Para Longenecker, Moore e Petty (1997, p.174) as questes que devem ser

    consideradas neste tpico so:

    Como voc atrair os clientes?

    Como voc identificar os clientes em perspectiva?

    Que tipo de esforo de vendas voc usar?

    Quais os canais de distribuio que voc usar?

    Em que reas geogrficas voc vender?

    Voc exportar para outros pases?

    Que tipo de fora de vendas voc empregar?

  • 36

    Que habilidades especiais de vendas sero exigidas?

    Que procedimentos de vendas sero usados?

    Como voc remunerar sua fora de vendas?

    Que tipo de promoo de vendas e propaganda voc usar?

    Quais as garantias e seguranas que voc oferecer?

    Como suas polticas de marketing se comparam com as dos

    concorrentes?

    Como voc lidar com os picos sazonais no ambiente de negcios?

    A Anlise Estratgica

    Dornelas (2005, p. 101) entende que na seo de anlise estratgica so

    definidos os seguintes fatores:

    ...os rumos da empresa, sua viso e misso, sua situao atual, as potencialidade e ameaas externas, suas foras e fraquezas, seus objetivos e metas de negcio. a base para o desenvolvimento e a implantao das demais aes descritas no plano.

    Dentre os pontos a se considerar na anlise estratgica, esto:

    1. Quais os seguimentos do mercado em que vamos nos concentrar e por

    qu?

    2. H algum caso de sucesso?

    3. importante definir qual a oferta de produtos e servios que sua empresa

    far: o que vender, a que preo, como ser o mtodo de abordar os

    clientes, onde vender (territrio geogrfico ou nicho ou segmento de

    mercado). Tudo isso sempre com a preocupao de quais necessidades

    dos clientes sero atendidas.

    4. necessrio estabelecer quais os segmentos de mercado a serem

    trabalhados e a ordem de prioridade para atac-los.

    5. necessrio que haja um conhecimento profundo dos concorrentes, seus

    argumentos de venda, seus pontos fortes e fracos e a posio

    comparativa entre nossas solues e as dos concorrentes, inclusive para

    responder as objees dos possveis clientes.

    6. Previses de vendas necessitam ser feitas e sempre estaro sendo

    perseguidas.

  • 37

    7. Devem ser analisadas e construdas alianas estratgicas - Um processo

    estabelecido para o atendimento a clientes, incluindo suporte tcnico,

    pode se tomar um diferencial no mercado.

    Plano Financeiro

    Para Dolabela (2006) o plano financeiro composto por 6 perguntas:

    1. Quanto ser necessrio gastar para montar a empresa iniciar as

    atividades?

    2. Qual o valor terei disponvel depois de pagos todos os compromissos

    projetados para os trs primeiros anos?

    3. Qual ser o saldo de caixa projetado, ou seja, os recursos financeiros

    disponveis ms a ms, depois que todas as receitas e despesas forem

    calculadas? Ser necessrio contrair emprstimos ou as receitas()sero

    suficientes para cobrir todas as despesas?

    4. Quanto () dever vender para cobrir os custos de produo? Qual a

    quantidade mnima de vendas que permitir cobrir os custos?

    5. Em quanto tempo () ir recuperar o investimento inicial feito?

    6. A taxa de retorno prevista para () maior do que a oferecida pelo

    mercado? Ela mais atrativa do que a taxa de poupana, por exemplo?

    Salim et al (2005) define plano financeiro como a soma de todas as despesas

    necessrias para iniciar o negcio e mant-lo at que o negcio se torne auto-

    sustentvel. Ele indica que no plano financeiro devem ser feitos os seguintes

    clculos e projees:

    1. Clculo do ponto de equilbrio econmico-financeiro da empresa

    (Break-Even point) - Seria o ponto que a empresa passa a ter lucros de

    modo continuado, isso , que suas receitas so capazes de cobrir os

    custos fixos e variveis.

    2. Clculo do Burning-Rate (custos afundados) Clculo do custo de

    operar a empresa sem vender e sem produzir - So os custos fixos que

    a empresa incorrer mesmo que nada venda ou produza, mas que precisa

    arcar para manter-se em funcionamento como aluguel das instalaes,

    salrios, encargos do pessoal administrativo, despesas com energia

    eltrica, gua e esgoto, telefone e outros.

  • 38

    3. Demonstrao do Resultado do Exerccio (DRE)- Lucros e perdas

    projetadas, com base nos custos apurados e nas expectativas de

    receitas esperadas - A demonstrao dos resultados do exerccio (perda

    e lucros) , a semelhana do balano patrimonial, de carter obrigatrio e

    periodicidade mnima anual. Faz parte dos relatrios contbeis

    obrigatrios de uma empresa e preparado pelo contador, a partir de

    dados fornecidos pela empresa durante sua operao. Deve ser apurada

    com base nos custos apurados e nas expectativas de receitas esperadas.

    4. Fluxo de Caixa deve ser expresso por uma planilha que mostra

    como sero cobertas as despesas efetuadas e qual o valor das

    receitas esperadas ao longo de determinado perodo de tempo - O

    fluxo de caixa representa a evoluo das entradas e sadas de recursos

    financeiros da empresa ao longo do tempo, de forma a visualizar, a cada

    momento, a disponibilidade liquida do caixa e verificar se os desembolsos

    futuros podero ser efetuados nas datas previstas.

    5. Projeo do Balano da empresa - Forma de avaliar os resultados

    (perda e lucros) e satisfazer inclusive os acionistas que almejam receber

    dividendos, distribudos como a parcela dos lucros que no forem

    reinvestidos. a representao contbil da situao econmico-financeira

    de uma empresa. O Balano reflete tanto a situao patrimonial (capital e

    reservas) quanto s disponibilidades de curto prazo, os investidores

    realizados e a situao futura (exigido e realizvel), possibilitando a

    avaliao da solidez da empresa.

    6. Calculo de indicadores, tais como: Margem Bruta, Lucro Bruto,

    Retorno de Investimentos, lucro por aes, tempo de recebimento

    aps a venda, percentagem de inadimplncia, ndice de liquidez, etc.-

    so relaes obtidas a partir de demonstraes financeiras com o objetivo

    de definir parmetros que ilustrem o desempenho de uma empresa, as

    tendncias desse desempenho e que tambm funcionem como

    parmetros para comparao com o desempenho de empresas

    concorrentes.

  • 39

    2.3 Academias de Ginstica

    2.3.1 Apresentao e Definio

    Academia de ginstica o lugar, ou a escola, onde se ministra a instruo

    fsica. E a ginstica o conjunto de exerccios fsicos ritmados e sistematizados

    por meio de movimentos retidos, para que sejam atingidos os ideais propostos.

    (SABA, 2001 apud ZANETTE, 2003).

    Em pesquisa feita por Pereira (1996, apud Zanette, 2003) no estado de So

    Paulo, a autora diz que as academias podem ser divididas em relao ao seu

    porte conforme a quantidade de alunos, apresentando as caractersticas a seguir:

    Pequenas At 300 alunos. So de propriedade de professores de

    educao fsica; Costumam contratar em mdia 5 professores

    Mdias De 301 A 2000 alunos. So de propriedade de 1 a 3

    professores de Educao Fsica. Sendo tambm em sua maioria do

    domnio de empresrios. Contratam em mdia 20 professores.

    Grandes 2001 ou mais alunos. So de propriedade de empresrios.

    Contratam acima de 60 professores.

    E ainda a mesma pesquisa acima aponta que independente do porte das

    academias, o horrio de funcionamento destas varia das 6 s 24 horas para

    possibilitar que s pessoas que tem geralmente 8 horas de jornada de trabalho

    possam treinar em diferentes horrios, no qual geralmente noite.

    2.3.2 Cenrio Econmico

    Em 1983, desembarcou no Brasil a primeira grande academia com idias novas, formas revolucionrias, para a poca, de divulgao e marketing e novos tipos de aulas. Os colaborados envolviam o cliente com ateno e profissionalismo, e todos tinham vontade de estar l todos os dias, pois o clima era preparado para encantar o cliente. Nas frias e finais de semana, todos os cliente e professores se encontravam na praia e tinham orgulho de usar a marca da academia - um adesivo no carro e um bon, uma camiseta. Ela era, para muitos, um smbolo de status, uma grife. Os professores pareciam deuses, e os clientes, verdadeiros seguidores. A aula era preparada para levar os participantes a um paraso imaginrio, e os resultados eram os corpos esculpidos, menos estresse e muita diverso, novos amigos e uma rede enorme de relacionamento. (PEREIRA, 2005, p.16)

    Apesar de antes haver academias que antes eram a adorao para os seus

    praticantes, onde para Pereira (2005) eram concentradas na mo de um nico

    professor que conseguia conduzir a academia atendendo ao telefone, fazendo

  • 40

    matrculas e dando aula ao mesmo tempo, tinham estabilidade, atualmente o

    cenrio econmico e a realidade so diferentes.

    Cabral e Souza (2008) em artigo evidenciam a respeito do cenrio econmico

    do ramo do fitness comentando a respeito do crescimento desigual das pequenas

    e grandes academias, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos:

    Mas no interior do prprio mercado estadunidense, bem como do brasileiro, hoje um dos maiores do mundo, tambm se notam enormes desigualdades, com um ritmo de crescimento semelhante, porm mais concentrado em favor de um maior faturamento das poucas grandes academias em relao ao da enorme quantidade das pequenas academias.

    Os mesmos autores citados anteriormente e Pereira (2005) apontam sobre as

    dificuldades de se atuar neste ramo, mesmo estando em crescimento:

    Ciclo de vida das academias 10 anos,

    Ciclo de vida dos servios tem em mdia 5 anos;

    Problemas com concorrncia;

    Problemas de acesso ao crdito;

    Competio com superacademias e academias shopping;

    Competio com academias que seguem a lgica cultural do capitalismo

    avanado: o simulacro, a flexibilidade, a descontinuidade e a

    superfluidade;

    Necessidade de grandes investimentos;

    Superao da evaso de clientes;

    Crises;

    Grande nmero de academias abrindo enquanto outras fecham;

    Nmero de academias cresce mais do que as pessoas que a freqentam;

    A maioria das academias disputa a mesma fatia do mercado sendo que

    este imenso, com vrias fatias no exploradas;

    Academias atuais tem: novos mtodos de gerenciamento e novas

    tecnologias;

    a sociedade que dita o ritmo das atividades dos negcios

    Capinuss (apud ZANETTE, 2003, p.62) confirma algumas das dificuldades

    supracitadas, que as novas academias que iro abrir tm que enfrentar para

    sobreviver, como a competitividade, e aponta que este cenrio ruim, que tem por

  • 41

    conseqncia a falncia das academias, causado tambm por fatores

    legislativos:

    Com a falta de fiscalizao e a permissividade atravs da concesso a qualquer um que queira abrir uma Academia de Ginstica, tem se observado uma queda vertiginosa na qualidade dos servios oferecidos em algumas academias. Todo esse descaso vem provocando o fechamento de muitas academias, e repercutindo negativamente sobre as que, mesmo no to grandiosas, preocupam-se com a qualificao dos docentes e qualidade de seus servios. Outro fator que vem a colaborar para o fechamento de tais empresas est presente na alta competitividade entre as mesmas, o que faz com que as empresas que no possuam um alto poder de competio acabem por abandonar o mercado.

    2.3.3 As mudanas necessrias

    Cabral e Souza (2008) entendem que para ter alto poder de competitividade

    e baixa taxa de crescimento vegetativo, as academias devem optar pela inovao

    organizacional, estrutural e esttica:

    Conforme demonstram os dados, o processo de modernizao de um mercado at ento tradicional qual seja, o mercado do fitness , altamente dependente de fatores como a inovao. Parece no haver alternativa diante da competitividade estimulada pelo desenvolvimento do setor, bem como soluo possvel ante o crescimento vegetativo que apanha vrias academias, limitando a expanso ou determinando a mortalidade do negcio. Os mtodos de inovao mais freqentes envolvem a inovao organizacional, que diz respeito gesto e organizao do trabalho em academias, com a diversificao do quadro profissional empregado e insero subordinada do professor de educao fsica; a inovao estrutural, que se refere ao projeto arquitetnico da academia e ao incremento tecnolgico dos seus equipamentos; e a inovao esttica, que objetiva a renovao da aparncia sensvel da mercadoria neste caso, tanto da academia como das prticas corporais orientadas , geralmente coladas imagem da jovialidade e sensualidade.

    J para Pereira (2005, p. 19) o fator crucial para se ter clientes fiis fazer

    campanhas de marketing que mostrem e ofeream o que o cliente quer no o que

    as academias desejam:

    Apesar de muitos condomnios proporcionarem para os seus prprios moradores uma rea reservada para exerccios fsicos, onde ele tem a opo de freqentar uma academia do edifcio, termos aulas nos parque com professores de academias, muitas opes de aulas nas academias, a vida agitada das grandes cidades acaba tornando as pessoas mais preguiosas, cansadas de tantas horas de trabalho e trnsito. Os novos empreendedores investir em mais campanhas de Marketing que conscientize as pessoas sobre a importncia da atividade fsica e no, apenas, fazer apelo esttico. Ser que no precisamos nos comunicar com o cliente potencial e faz-lo sentir a importncia de envelhecer com sade, oxigenar o crebro para fazer melhores negcios, aumentar sua criatividade? Ser que as campanhas de marketing esto tocando as pessoas? Est ai, a importncia fundamental de um plano de marketing bem elaborado. Ser que esto vendendo nos clubes e academia o que o nosso cliente est querendo.

  • 42

    E segundo a mesma autora acima, as caractersticas principais para o

    sucesso so:

    Fazer parcerias do tipo ganha-ganha;

    Ser cooperativo e ter empatia com as outras academia e clientes;

    Ter uma boa liderana, perante os funcionrios na organizao, de modo

    a influenciar os colaboradores para que a empresa alcance seus objetivos

    como um todo;

    Ter ligao direta com o cliente de modo a satisfaz-lo;

    Ter uma filosofia empresarial para todos saberem o porqu do que esto

    fazendo;

    Ter uma administrao simples, direta, objetiva, sem complicaes e

    enxutas, isto , com pouca gente, somente o necessrio para dar a linha

    fundamental da academia.

    Todas estas solues e mudanas necessrias evidenciadas anteriormente

    para o sucesso podem tambm de maneira geral se resumirem ao planejamento

    completo em uma academia de ginstica.

  • 43

    3. MTODO DA PESQUISA DE CAMPO

    3.1 Campo de Pesquisa

    A pesquisa foi realizada no Municpio de So Paulo com 22 pequenas e

    mdias academias de ginstica (Conferir Anexos)

    3.2. Critrio de Escolha das Academias

    O critrio de escolhas foi baseado nas academias que ofereciam modalidades

    como ginstica (aerbica, localizada, step, dana, natao, artes marciais dentre

    outras similares) e musculao.

    Foram escolhidas aleatoriamente conforme a facilidade para obter a

    entrevista com o empreendedor ou deixar o questionrio para que este fosse

    respondido e depois se retornasse ao local para recolh-lo. Procurou-se

    entrevistar o maior nmero de academias na regio da cidade de So Paulo,

    levando em considerao as academias de pequeno e mdio porte, visto que as

    academias de maior porte no foram abertas para serem entrevistadas.

    3.3. Tipo de Pesquisa

    A pesquisa teve carter quantitativo e teve como enfoque a estruturao de

    um questionrio com perguntas fechadas.

    3.4. Preparao, coleta e Anlise das informaes de pesquisa de campo.

    Para realizar a pesquisa foi necessria a elaborao de um questionrio que

    tem como objetivo principal descobrir se as academias de ginstica fizeram ou no

    um planejamento inicial e/ou plano negcios antes de serem formadas.

    Durante o preparo da presente pesquisa foram consultados livros e artigos de

    internet referentes a academias e ao plano de negcios, para a elaborao do

    questionrio que contm 30 perguntas.

    O questionrio foi entregue nas academias para os proprietrios e donos

    responderem na hora da entrega ou para preencherem e nos dias posteriores

    devolverem preenchidos. Assim foi possvel ter o contato pessoal com os

    empresrios atravs de conversas e as respostas formalizadas atravs do

    questionrio.

    A coleta de dados ocorreu no perodo de 31 de Agosto de 2008 at 18 de

    Outubro de 2008.

  • 44

    4. ANLISE E INTERPRETAO DOS RESULTADOS

    A seguir sero apresentadas as respostas obtidas atravs do questionrio

    aplicado nas academias de ginstica. Para uma melhor comparao a anlise foi

    separada atravs do porte das academias.

    Nos grficos 1, 2 e 3 so apresentados os proprietrios entrevistados em

    relao ao sexo, faixa etria e grau de instruo, em termos percentuais.

    G NE R O DO S P R O P R IE T R IO S

    70%

    30%Mulheres

    Homens

    Grfico 1. Sexo das pessoas entrevistadas

    Grfico 2. Idade dos proprietrios

    G R AU DE E S C O L AR IDADE DO S P R O P R IE T R IO S

    0%22%

    33%

    45%

    E ns ino F undamental E ns ino Mdio

    E ns ino S uperior P s G raduado

    Grfico 3. Escolaridade dos proprietrios

    A pesquisa indicou que havia mais proprietrios homens do que mulheres.

    Identificou-se tambm que a maioria dos empresrios tem entre 25 e 39 anos e

    tem ensino superior e ps-graduao.

    IDADE DOS PROPRIETRIOS

    13%

    26% 52%

    9% 18 a 24 anos

    25 a 39 anos

    40 a 49 anos

    50 anos ou +

  • 45

    Pode-se constatar no grfico abaixo que 59% das academias de ginstica

    entrevistadas so de pequeno porte e o restante de mdio porte.

    Grfico 4. Porte das academias entrevistadas

    Os grficos 5.1 e 5.2 referem-se s experincias anteriores dos proprietrios

    das academias.

    Grfico 5.1. Experincia em outra academia (Academias de Pequeno Porte)

    E XP E R I NC IA P R VIA C O MO P R O P R IE T R IO DE

    AC ADE MIA DE G INS T IC A

    44%

    56%S im

    No

    Grfico 5.2. Experincia em outra academia (Academias de Mdio Porte)

    No grfico 5.1 observar-se que 86% dos proprietrios de academia de

    ginstica de pequeno porte no possuem ou possuiram experincia como

    proprietrio em outra academia, o que no ocorre na mesma proporo com as

  • 46

    mdias academias (grfico 5.2), visto que estas apresentam 44% de experincia

    no ramo de academias como proprietrias de outras academias.

    Nos prximos grficos 6.1 e 6.2 segue outro aspecto importante questionado,

    isto , o tempo de funcionamento das academias.

    T E MP O DE F UNC IO NAME NT O

    8%

    31%23%

    38%

    Menos de 1 ano 1 3 anos

    3 5 anos Mais de 5 anos

    Grfico 6.1. Tempo de funcionamento (Academias de Pequeno Porte)

    T E MP O DE F UNC IO NAME NT O

    11%

    0%

    22%

    67%Menos de 1 ano 1 3 anos

    3 5 anos Mais de 5 anos

    Grfico 6.2. Tempo de funcionamento (Academias de Mdio Porte)

    Pode-se observar que as academias de mdio porte j so consolidadas no

    mercado, pois o grfico apresenta que a maioria tem mais de 5 anos, o que no

    ocorre com as de pequeno porte.

    S E R VI O S O F E R E C IDO S

    26%

    34%23%

    3%

    14%

    G ins tica Mus culao

    Artes Marc iais E s portes em geral

    Outros

    Grfico 7.1. Servios oferecidos (Academias de Pequeno Porte)

  • 47

    S E R VI O S O F E R E C IDO S

    31%

    24%21%

    10%

    14%

    G ins tica Mus culao

    Artes Marc iais E s portes em geral

    Outros

    Grfico 7.2. Servios oferecidos (Academias de Mdio Porte)

    Verifica-se nos grficos 7.1 e 7.2, que no h muita diferena quanto aos

    servios oferecidos pela academias de ginstica de pequeno e mdio portes. Alm

    disso, destaca-se que estas academias se preocupam mais em oferecer os

    servios, bem como ginstica, musculao e artes marciais. Portanto, nota-se um

    maior investimento em esporte em geral nas academias de mdio porte.

    Nos grficos abaixo (8.1 e 8.2) pode-se avaliar as empresas que declararam

    fazer planejamento prvio antes de iniciarem os negcios.

    P L ANE J AME NT O P R VIO

    69%

    31%

    S im

    No

    Grfico 8.1 Planejamento antes de abrir a academia (Pequeno Porte)

    P L ANE J AME NT O P R VIO

    78%22%

    S im

    No

    Grfico 8.2. Planejamento antes de abrir a academia (Mdio Porte)

    Acima demonstrado que tanto pequenas quanto mdias academias

    declaram fazer o planejamento, em sua maioria.

  • 48

    MUL HE R E S QUE E XE R C E M UM P L ANE J AME NT O

    71%

    29%S im

    No

    Grfico 9.1. Mulheres que fizeram planejamento antes de abrir a academia

    HO ME NS QUE E XE R C E M UM P L ANE J AME NT O

    75%

    25%

    S im

    No

    Grfico 9.2. Homens que fizeram planejamento antes de abrir a academia

    Os grficos acima (9.1 e 9.2) esclarecem que tanto os homens quantos as

    mulheres fazem planejamento antes de abrir a academia, ambos figurando acima

    de 70%.

    Adiante informado sobre a elaborao do Plano de Negcios das

    academias antes de abrir o empreendimento.

    P L ANO DE NE G C IO S P R VIO

    15%

    85%

    S im

    No

    Grfico10.1 Elaborao do Plano de Negcios prvio (Pequeno Porte)

  • 49

    P L ANO DE NE G C IO S P R VIO

    33%

    67%

    S im

    No

    Grfico 10.2. Elaborao do Plano de Negcios prvio (Mdio Porte)

    Pode-se notar (grficos 10.1 e 10.2) como a maioria das academias, no se

    preocupam em fazer o plano de negcios antes de abrir o empreendimento.

    Apenas 24% das empresas entrevistadas se interessam pela elaborao do

    mesmo.

    MUL HE R E S QUE F AZE M P L ANO DE NE G C IO S

    29%

    71%

    S im

    No

    Grfico 10.3. Mulheres que fazem plano de negcios

    HO ME NS QUE F AZE M P L ANO DE NE G C IO S

    31%

    69%

    S im

    No

    Grfico 10.4. Homens que fazem plano de negcios

    Os grficos acima evidenciam que, independente do sexo, a maioria dos

    proprietrios no fazem um plano de negcios.

    O grfico 10.5, que segue abaixo, faz uma relao, por gnero segundo a

    posse de ensino superior, os proprietrios, que fizeram um plano de negcios.

  • 50

    Grfico 10.5.Grau de escolaridade dos proprietrios do gnero masculino e feminino que

    fizeram um plano de negcios.

    Observa-se que no grfico acima, 100% dos proprietrios de gnero

    masculino que fizeram o plano de negcios possuem um grau de escolaridade de

    ensino superior. Em contraste, apenas 20% das mulheres que decidiram fazer um

    plano de negcios tm ensino superior.

    O grfico seguinte mostra o que as academias pequenas e mdias

    consideraram importante no planejamento.

    P O NT O S C O NS IDE R ADO S NO P L ANE J AME NT O

    19%

    31%6%

    16%

    25% 3%C apital

    L ocaliz ao

    P lano de Marketing

    P rodutos e S ervios

    E quipamentos

    Outros

    Grfico 11.1. Pontos considerados no planejamento (Academias de Pequeno Porte)

    P O NT O S C O NS IDE R ADO S NO P L ANE J AME NT O

    15%

    28%27%

    15%

    15% 0%C apital

    L ocaliz ao

    P lano de Marketing

    P rodutos e S ervios

    E quipamentos

    Outros

    Grfico 11.2. Pontos considerados no planejamento (Academias de Mdio Porte)

  • 51

    Nota-se nos graficos 11.1 e 11.2, que a maior preocupao dos proprietrios

    de academia est na localizao, independente do porte. Tambm observa-se que

    as empresas de mdio porte se preocupam com a questo do marketing no que

    se refere divulgao da empresa, enquanto as pequenas academias se

    preocupam mais com os equipamentos.

    Os grficos abaixo referem-se as dificuldades existentes antes de abrir a

    academia.

    MAIO R DIF IC UL DADE NO P R NC IP IO

    27%

    28%17%

    17%

    11%F alta de C apital

    F alta de E xperinc ia no ramo

    C oncorrnc ia

    L eis B urocrticas

    Outros

    Grfico12.1. Dificuldades antes de abrir a academia (Academias de Pequeno Porte)

    MAIO R DIF IC UL DADE NO P R NC IP IO

    31%

    23%8%

    38%

    0%F alta de C apital

    F alta de E xperinc ia no ramo

    C oncorrnc ia

    L eis B urocrticas

    Outros

    Grfico 12.2. Dificuldades antes de abrir a academia (Academias de Mdio Porte)

    Apesar das academias de mdio porte considerarem as leis burocrticas

    (38%) e as de pequeno porte (28%) a falta de experincia no ramo como maiores

    dificuldades na abertura do empreendimento, ambas consideram a falta de capital

    em segundo lugar como obstculo maior.

    Logo aps ser mostrado os pontos importantes considerados pelos

    empresrios para que a academia lucre:

  • 52

    P O NT O S INVE S T IDO S NO P R INC P IO

    27%

    20%23%

    10%

    13%7%Marketing

    Tecnologia

    P rofis s ionais es pec ializ ados

    Novos produtos / s ervios / modalidades

    E s trutura fs ica da academia

    Outros

    Grfico 13.1. Pontos importantes para que a academia lucre (Pequeno Porte)

    P O NT O S INVE S T IDO S NO P R INC P IO

    17%

    13%

    28%13%

    21%

    8%Marketing

    Tecnologia

    P rofis s ionais es pec ializ ados

    Novos produtos / s ervios / modalidades

    E s trutura fs ica da academia

    Outros

    Grfico 13.2. Pontos importantes para que a academia lucre (Mdio Porte)

    As academias de pequeno porte investiram mais em marketing considerando

    a satisfao do cliente e em segundo lugar em profissionais especializados.

    Enquanto as academias de mdio porte investiram mais em profissionais

    especializados e na estrutura fsica, acreditando que se atrair o cliente pela

    decorao e design eles conseguiro ter mais sucesso.Esse fator refere-se

    tambm as condies financeiras de cada empreendedor.

    Os grficos abaixo referem-se aos diferenciais:

    DIF E R E NC IAL DOS P R ODUT OS E S E R VI OS E M R E L A O AO

    DOS C ONC OR R E NT E S

    13%17%

    34%

    10%3%

    0%

    23%

    Qualidade total nos s ervios P reo baixo

    Atendimento pers onaliz ado Outros

    A lta tecnologia No h diferenc ial

    S ervios nicos

    Grfico 14.1. Diferencial dos Produtos e Servios (Pequeno Porte)

  • 53

    DIF E R E NC IAL DOS P R ODUT OS E S E R VI OS E M R E L A O AO

    DOS C ONC OR R E NT E S

    25%8%

    42% 13%

    4%

    0%

    8%

    Qualidade total nos s ervios P reo baixo

    Atendimento pers onaliz ado Outros

    A lta tecnologia No h diferenc ial

    S ervios nicos

    Grfico 14.2. Diferencial dos Produtos e Servios (Mdio Porte)

    A maioria das academias consideram o atendimento personalizado como o

    principal diferencial, apresentando uma diferena no servios unicos (23% para as

    pequenas academias) e qualidade total nos servios (25% para as mdias

    academias).

    Os grficos 15.1 e 15.2 referem-se como os empreendedores descobriram

    que havia interesse pelo seu produto ou servio.

    F ONT E DE C ONHE C IME NT O DO INT E R E S S E P E L O P R ODUT O E

    S E R VI O

    18%

    23%

    18%

    18%

    23%Atravs da experinc ia

    Atravs dos amigos

    P es quis a de mercado

    No s abia s e havia interes s e

    Outros

    Grfico 15.1. Interesse pelos Produtos e Servios (Pequeno Porte)

    F ONT E DE C ONHE C IME NT O DO INT E R E S S E P E L O P R ODUT O E

    S E R VI O

    30%

    20%30%

    20% 0%Atravs da experinc ia

    Atravs dos amigos

    P es quis a de mercado

    No s abia s e havia interes s e

    Outros

    Grfico 15.2. Interesse pelos Produtos e Servios (Mdio Porte)

    Como pode-se observar nos grficos 15.1 e 15.2, os proprietrios das

    academias de pequeno porte entrevistados informaram que conseguiram saber

  • 54

    sobre o interesse de seu produto ou servio atravs de amigos e de outros fatores

    (indicados nas respostas da pesquisa como sendo: localizao; muitas academias

    na regio; academia foi comprada, por isso j sabia do pblico e tendncia da

    populao buscar atividade fsica). Um fato interessante que os proprietrios das

    academias de mdio porte informam que conseguiram descobrir o interesse

    primeiro atravs da pesquisa de mercado e pela experincia. Nesse quesito

    consegue-se perceber que as academias de mdio porte no esto usando

    apenas de dados empricos (conhecimento pela experincia), mas esto

    considerando critrios importantes (como as tcnicas de marketing) no

    planejamento inicial para a abertura do empreendimento, o que as de pequeno

    no consideraram.

    Os grficos abaixo referem-se a tecnologia utilizada atualmente.

    T E C NO L O G IA UT IL IZADA AT UAL ME NT E

    19%

    50%

    25%

    6%E quipamentos eletrnicos

    Tecnologia aux iliar

    Nenhuma tecnologia

    Outros

    Grfico 16.1. Tecnologia Utilizada (Pequeno Porte)

    T E C NO L O G IA UT IL IZADA AT UAL ME NT E

    25%

    59%

    8%

    8%E quipamentos eletrnicos

    Tecnologia aux iliar

    Nenhuma tecnologia

    Outros

    Grfico 16.2. Tecnologia Utilizada (Mdio Porte)

    Como pode-se observar as academias de pequeno e mdio porte no se

    diferenciam muito nesse critrio, porm se os comparar com uma academia de

    grande porte, percebe-se que o nmero de tecnologias auxiliares seria bem maoir,

    entretanto percebe-se tambm que nas academias de pequeno porte apenas 50%

    utilizam tecnologias auxiliares, enquanto as de mdio soma-se um total de 59%.

  • 55

    Questinou-se tambm se os proprietrios conhecem sobre os produtos e

    servios oferecidos pelos conconrrentes. Veja a seguir:

    P R O DUT O S E S E R VI O S O F E R E C IDO S S O ME NT E

    P E L O S C O NC O R R E NT E S

    5%

    24%32%

    29% 10%

    Diferenc ial tecnolgico Diferenc ial de s ervios

    Diferenc ial na es trutura Diferenc ial de porte

    Outros

    Grfico 17.1. Produtos e Servios dos Concorrentes (Pequeno Porte)

    P R O DUT O S E S E R VI O S O F E R E C IDO S S O ME NT E

    P E L O S C O NC O R R E NT E S

    10%

    30%

    20%

    0%

    40%

    Diferenc ial tecnolgico Diferenc ial de s ervios

    Diferenc ial na es trutura Diferenc ial de porte

    Outros

    Grfico 17.2. Produtos e Servios dos Concorrentes (Mdio Porte)

    Observando-se os grficos acima, para as academias de pequeno porte,

    nota-se que o principal fator de diferenciao est na estrutura fsica do local

    (32%). As mdias academias consideram outros aspctos como ter piscina,

    profissionais especializados e a localizao (40%).

    S E R VI O S DA C O NC O R R NC IA QUE G E R A

    C R E DIB IL IDADE24%

    14%

    5%

    0%0%

    14%

    33%

    10%

    P reo B aixo Qualidade

    Atendimento R apidez

    F lex ibilidade S ervios E xc lus ivos

    Tecnologia Outros

    Grfico 1