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  • 7/29/2019 Artigo Farmacia Usar

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    INVESTIGAO E PROPOSTADE MELHORIAS NA GESTO DEESTOQUES: UM ESTUDO DE CASO NAFARMAFRMULA LTDA NATAL/RN

    Leonardo Doro PiresEspecialista em Tecnologia Industrial. Mestre em Gesto, Pesquisa e

    Desenvolvimento. Professor. Universidade Potiguar. E-mail: [email protected]

    Marcel Ribeiro DantasGraduado em Administrao. Mestrando em Administrao pela Universidade PotiguarE-mail: [email protected]

    Luana Carlos de Almeida FernandesGraduada em Administrao pela Universidade Potiguar

    E-mail: [email protected]

    Nadja Nara Pereira e SilvaGraduada em Administrao pela Universidade Potiguar

    E-mail: [email protected]

    Envio em: maio de 2012.

    Aceite em: junho de 2012.

    Resumo: O presente trabalho tem como foco a gesto de estoque realizada na Farmafrmula Ltda,o setor estudado foi o almoxarifado. Levando-se em considerao que esta rea procura sempretornar menor os custos e desperdcios da empresa, promovendo a satisfao e benefcio paraseus clientes, este estudo tem como objetivo avaliar a gesto de estoque e aps o resultado fazerpropostas de melhorias para o controle de estoque. A metodologia utilizada foi adequada parao modelo de consultoria qualificada como um estudo de caso do tipo descritivo com abordagemqualitativa, onde a coleta de dados foi realizada atravs de uma entrevista semiestruturada como gerente de estoques. De acordo com o resultado do diagnstico funcional, foi constatado que agesto de estoques da empresa no eficiente, de maneira que foi desenvolvida uma propostatcnica sugerindo melhorias para um bom funcionamento do controle de estoque como: definir oestoque mnimo e mximo, ponto de pedido, implantar a ferramenta para classificao de todosos itens do estoque e a substituio do software. Os problemas expostos so de fcil correo eadaptao, e suas possveis solues so de baixos custos para os padres da empresa.

    Palavras-chave: Logstica. Gesto de estoque. Farmcia.

    RESEARCH AND PROPOSED IMPROVEMENTS INTHE MANAGEMENT OF INVENTORIES: A CASESTUDY IN FARMAFRMULA LTD NATAL / RN

    ABSTRACT: The present work has as focus the management of supply carried through in the Far-mafrmula Ltda, the studied sector was the warehouse. Taking itself in consideration that thisarea always looks for to become minor the costs and wastefulnesses of the company, promotingthe satisfaction and benefit for its customers, this study has as objective to evaluate the supply

    management and as result to make proposals of improvements for the supply control. The usedmethodology was adjusted for the model of qualified consulting as a study of case of the des-criptive type with qualitative boarding, in which the collection of data was done with an interview

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    half-structuralized with the manager of supplies. In accordance with the result of the functionaldiagnosis was evidenced that the management of supplies of the company is not efficient, it wasdeveloped a proposal technique suggesting improvements for a good functioning of the supplycontrol as: to define the minimum and maximum supply, point of order, to implant the tool forclassification of all the item of the supply and the substitution of software. The displayed problems

    are of easy correction and adaptation, and its possible solutions are of low costs for the company.Keywords: Logistics. Inventory Managemen. Pharmacy.

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    1. INTRODUODe acordo com Ballou (1993), a logstica vista como rea das cincias da administraoque estuda os mtodos de como planejar, organizar e controlar efetivamente as atividadesde movimentao e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. Segundo omesmo autor, os fatores logsticos se estabelecem desde os fornecedores de matrias-

    -primas e insumos, com os prestadores de servios, parceiros, clientes, distribuio deprodutos, enfim, com uma viso completa da cadeia de suprimentos, buscando alcanaros objetivos da empresa.

    Outro fator de destaque no estudo da logstica o entendimento das atividades ligadas gesto de estoque. Na concepo de Corra, Gianise e Caon (2000, p.45) estoques soacmulos de recursos materiais entre fases especficas de processos de transformao.Logicamente, que a definio acima est voltada muito mais para empresas industriais,onde se concebe a transformao de uma matria-prima qualquer em um produto, todavia,existem tambm os estoques de mercadoria para revenda, que tambm podem ter trata-mentos diferenciados. Algumas razes da existncia dos estoques ainda segundo Corra,

    Gianise e Caon (2000), a dificuldade de coordenar suprimento e demanda, quer porincapacidade pelo alto custo de obteno ou por restries tecnolgicas com fins espe-culativos, pela escassez ou pela oportunidade com a finalidade de gerenciar incertezas deprevises de suprimento e/ou demanda, na formao de estoques de segurana.

    O presente trabalho tem como foco estudar a gesto de estoques realizada na Farmafr-mula de Natal e propor melhorias que podem ser adotadas pelos gestores desta mesmaempresa. Logo, levando em considerao que esta rea procura sempre tornar menores oscustos e desperdcios da empresa, e promover a satisfao e benefcio para seus clientes,este estudo tem como objetivo avaliar a gesto de estoques do almoxarifado e aps o re-sultado fazer propostas de melhorias para o controle de estoque.

    Os resultados da pesquisa possibilitaro aos gestores identificarem as falhas ocasionadasno controle de estoque, podendo otimizar a gesto evitando compras desnecessrias parasuprir o estoque, tendo o controle do seu estoque mnimo e mximo.

    2. A FARMCIA DEMANIPULAO NO BRASIL

    O mercado farmacutico dividido em quatro segmentos: medicamentos de referncia, si-milares, genricos e medicamentos de venda livre (no preciso receita mdica). Contudo

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    deixa de inserir neste mercado os medicamentos manipulados em farmcias magistrais,que hoje esto presentes na maioria dos municpios do pas (SILVA et al., 2007).

    De acordo com Crosta (2000), existe diferena entre o medicamento manipulado e o me-dicamento industrializado, principalmente no prazo de validade, os produtos manipuladostm um menor prazo de validade. Estes medicamentos so manufaturados artesanalmentee formados por vrios insumos farmacuticos, pelos quais possuem diferentes prazos devalidade, por isso necessrio um gerenciamento eficiente de estoques, para que possamser evitadas as perdas.

    Segundo os dados da Associao Nacional de Farmacuticos Magistrais (ANFARMAG), oBrasil j o maior mercado mundial de farmcias de manipulao, crescimento de 40% en-tre os anos de 2002 e 2007. Como j existem grandes marcas de farmcias de manipulaono pas, natural que este setor esteja experimentando um grande crescimento na rea deredes franqueadas (ANFARMAG, 2007).

    3. LOGSTICAAs atividades Logsticas so classificadas de vrias formas, uma delas dividida em doisgrupos, as atividades primrias e secundrias ou de apoio. As atividades primrias so ostransportes, o processamento de pedidos e a manuteno de estoques, conceituando-ascomo de fundamental importncia para a obteno dos objetivos logsticos de custo e nvelde servio que o mercado consumidor deseja alcanar. O processamento de pedido umaatividade primria de custo reduzido, que d inicio movimentao dos elementos logsti-

    cos, com tendncia para ser um elemento crtico no que diz respeito ao tempo indispens-vel que levar bens e servios aos clientes (BALLOU, 1993; POZO, 2010). A manutenode estoques o uso de estoques, como regulador de demanda, resulta no fato de que,em mdia, ele passa a ser responsvel por aproximadamente um a dois teros dos custoslogsticos (POZO, 2010, p. 10).

    As atividades primrias so indispensveis para que se cumpra e seja coordenada a lo-gstica, atingindo assim a qualidade dos servios. As mesmas devem ser integradas comas atividades secundrias para que haja sucesso na empresa. Pozo (2010) classifica asatividades secundrias ou de apoio em armazenagem, manuseio de materiais, embalagem,suprimentos, planejamento e sistema de informao. Essas atividades do suporte s ati-vidades primrias, ajudando a obteno dos bens e servios solicitados pelos clientes. Se-gundo Ballou (1993), armazenagem a administrao do local necessrio para conservaro estoque, envolvendo problemas do tipo: localizao, dimensionamento da rea, arranjofsico e recuperao do estoque. O manuseio de materiais apoia na manuteno de esto-ques, envolvendo a movimentao do produto no local da estocagem. O Sistema de Infor-mao mantm uma base de dados que gera informaes importantes como a localizaodos clientes, volume de vendas, padres de entregas e nveis de estoques.

    As principais funes da embalagem, segundo Bowersox e Closs (2007), so: utilidade, efi-cincia de manuseio, proteo contra avarias e comunicao. De acordo com os mesmos

    autores, atividade de suprimento proporciona ao produto ficar disponvel, no momentoexato, para ser utilizado pelo sistema logstico. As atividades secundrias de planejamento,

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    refere-se primariamente s quantidades agregadas que devem ser produzidas bem comoquando, onde e por quem devem ser fabricadas (POZO, 2010, p. 12).

    O sucesso da empresa no est ligado apenas no desempenho das atividades separada-mente, e sim da adaptao e coordenao de todas elas. Atravs destas atividades, a logs-tica tem como objetivo proporcionar servios que se ajustem s variadas necessidades doconsumidor e tambm dos fornecedores a um custo razovel e competitivo. Logo, diantedas informaes citadas atravs dos diferentes autores, verifica-se que todas as atividadeslogsticas sejam elas primrias ou secundrias so de suma importncia para a empresa,pois atravs delas os processos so facilitados desde a aquisio das matrias-primas ata entrega para o consumidor final.

    Expressadas as atividades logsticas e suas funes, torna-se oportuno abranger sobre oestoque, sendo ele parte principal deste trabalho.

    3.1. Gesto de EstoqueToda empresa est procura desesperada de um mtodo que oferea a possibilidade deter estoques de produtos mnimos e, alm disso, atender aos pedidos dos clientes sem queexistam artigos em falta (KOBAYASHI, 2000, p. 105).

    Os estoques podem ser definidos como a acumulao armazenada de recursos materiaisem um sistema de transformao (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002, p. 381). Dian-te dos conceitos citados, percebe-se que ideal que a organizao consiga uma sintoniaentre a demanda e a oferta dos produtos, mantendo um estoque que possa garantir a dis-posio dos produtos para seus clientes.

    Segundo Krever et al. (2003), um eficiente controle de estoques amplia a qualidade do ser-vio, a disponibilidade dos produtos e reduz os custos de manuteno. No interessantepara a empresa ter capital empregado em um estoque, pelo qual no necessrio. Por isso,o gerenciamento dos estoques precisa ser bem planejado. A adoo de uma poltica de es-toques por uma empresa resulta dos materiais que sero adotados e dos objetivos da mes-ma. O uso de estoques em mnimas quantidades para reduo dos custos pode ocasionar afalta de alguns produtos em casos de inconstantes demandas (LEMOS; FOGLIATTO, 2004).

    Segundo Martins e Campos Alt (2009, p. 198), a gesto de estoques composta porvrias aes permitindo que o administrador possa averiguar os estoques, analisando

    se os mesmos esto sendo bem localizados diante dos setores que os utilizam, bemmanuseados, controlados e utilizados. Para Bowersox e Closs (2007), os sistemas deinformaes da gesto de estoque tm que reunir caractersticas que so capazes deexecutar as necessidades em relao aos dados dos gestores e admitir as operaes eplanejamentos da empresa.

    Os estoques das farmcias de manipulaes possuem uma enorme variedade de produtos,tornando difcil o planejamento de seu ressuprimento. Os medicamentos so divididos emgrupos e cada um deles tem determinadas particularidades gerenciais como: giro, preo,consumo e prazo de entrega. Suas demandas incorporam alta eventualidade, com isso ogestor de estoques deve separar os produtos em grupos que tenham caractersticas pa-recidas (CORRA; GIANESI; CAON, 2001). Os diversos itens fabricados em uma farmciade manipulao so de formas diferentes e o seu nmero de matrias-primas utilizadas

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    bem elevado, isso porque em uma mesma formulao pode existir a necessidade do usode variadas substncias sem atividades para difundir um nico medicamento ativo, o queacrescenta mais a quantidade de produtos a serem adquiridos. O tipo de estoque em umafarmcia de manipulao o estoque de antecipao, pois compensa diferenas de ritmo

    entre o fornecimento e a demanda (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002).Os medicamentos do setor farmacutico apresentam demandas variadas, que podem ser:os permanentes (uso contnuo), os irregulares (procura espontnea), as sazonais (medi-camentos que variam de acordo com a temperatura, por exemplo, um medicamento pararesfriado), em declnio (perda de patente e vrios concorrentes com baixos preos) e asderivadas (por exemplo, medicamento para dengue, uma epidemia) (BALLOU, 1993).

    A Figura 1 mostra a amplitude da gesto de estoques. Percebem-se que diversos fatoresse entrelaam gesto de estoques. Essas atividades por sua vez retratam a importnciade uma boa gesto e um bom planejamento. Esses fatores que vo desde a sua anlise e

    classificao dentro do mtodo ABC, at seus mtodos de controles passam pelo geren-ciamento de estoque. Pode ser citado o comportamento da demanda, o inventrio fsico,saneamento, a contabilizao, os indicadores gerencias que funcionaro como a bssolado gestor de estoques, onde por sua vez podero ser analisadas as medidas tomadas eplanejamentos adotados se esto condizentes com o objetivo e o propsito de ao da Or-ganizao, os mtodos de controle, suas reposies, parmetros de ressuprimento e porltimo os custos, que comandam toda a cadeia da gesto de estoques, sendo um de seusprincipais pontos a focar (VIANA, 2010).

    3.2. PONTO DE PEDIDO (PP)Ponto de Pedido a quantidade de produtos que se tem em estoque e que garante o pro-cesso produtivo para que no sofra problemas de continuidade, enquanto espera a chega-da do lote de compras, durante o tempo de reposio. Tambm conhecido como Nvel deReposio (POZO, 2010).

    Quantidade mxima de estoque permitida para o material. O nvel mximo pode ser atin-gido pelo estoque virtual, quando da emisso de um pedido de compra (VIANA, 2010, p.149). Por sua vez, Pozo (2010, p. 53) diz que Estoque Mximo o resultado da soma doestoque de segurana mais o lote de compra. Portanto, o estoque mximo o resultadoda soma do estoque de segurana mais o lote de compra.

    denominada a quantidade mnima possvel com a possibilidade de suportar um tempo deressuprimento superior ao planejado ou um consumo desproporcional. Estoque Mnimotambm conhecido como estoque de segurana ou estoque reserva, uma quantidademnima de produtos que tem que existir no estoque de uma empresa que tem como fun-o cobrir as possveis variaes do sistema, que podem ser: eventuais atrasos no tempode fornecimento, rejeio do lote de compra ou aumento da demanda do produto (POZO,2010; VIANA, 2010).

    Para evitar a ruptura do estoque, determina-se o estoque mnimo. Gonalves, Novaes e Si-monetti (2006) diz que o nvel desse estoque pode ser localizado atravs de porcentagem,

    considera-se que o Estoque Mnimo resultar da aplicao percentual que varia entre 25%e 45% em relao demanda mdia esperada.

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    3.3. CURVA ABCSegundo Viana (2010, p. 145), uma das primeiras medidas prticas, vlidas at hoje, parasolucionar a problemtica do quanto e quando ressuprir foi a adoo de procedimentos

    como grau de controle, tamanho de estoque e quantidade de reposio, guiados peloscritrios da classificao ABC.

    O quadro 1 mostra que os itens de classe A so considerados os mais importantes, em-bora representados por poucos itens de 10% a 20% da quantidade e 70% a 80% do valormovimentado dos estoques, com o grau de controle rgido sendo necessria uma revisoconstante e rigorosa. Os de classe B que so os intermedirios, 30% a 40% de itens e mo-vimentando de 15% a 20% do valor, seu pedido feito normalmente com algum acompa-nhamento. J os itens de classe C a grande quantidade, representando de 40% a 50% soconsiderados os menos importantes, movimentam valores que variam entre 5% a 10%,seus pedidos so feitos espaadamente com suprimento para um a dois anos.

    Quadro 1: Ressuprimento em funo da classificao ABC.

    Classe Mdia registrada nas empresasGrau decontrole

    Tamanhodo Estoque

    Procedimentos e constncia dereposioQuantidade

    (% de itens)Valor

    (% de R$)

    A 1020% 7080% Rgido BaixoFrequentes, revises constantes erigorosas.

    B 3040% 1520 % Normal ModeradoPedidos normais, algumacompanhamento

    C 4050% 510% Simples GrandePedidos espaados, suprimento para1 a 2 anos.

    Fonte: Viana, 2010.

    A separao dos produtos em grupos torna possvel ao administrador dos estoques distin-guir sua ateno para cada um deles, portanto um tipo de controle eficaz para um determi-nado grupo pode no ser para outro (BARBIERI; MACHLINE, 2006). A curva ABC, tambmconhecida como Curva de Pareto um procedimento que separa os produtos em gruposcom caractersticas parecidas, em funo de seus consumos e valores, a fim de originarum processo de gesto atribudo a cada grupo (DIAS, 1993).

    Na avaliao dos resultados da curva ABC, percebe-se o giro dos itens no estoque, o nvelda lucratividade e o grau de representao no faturamento da organizao. Os recursosfinanceiros investidos na aquisio do estoque podero ser definidos pela anlise e aplica-o correta dos dados fornecidos com a curva ABC (PINTO, 2002).

    Segundo Viana (2010, p. 64), depois de ordenados pela importncia relativa, as classes dacurva ABC podem ser definidas assim:

    Classe A: grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com atenobem especial;

    Classe B: grupo de itens em situao intermediria entre as classes A e C;

    Classe C: grupo de itens menos importantes que justificam pouca ateno.

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    Por sua vez, Dias (1993) define que a diviso dividida em trs classes A, B e C umaquesto de convenincia, pois possvel estabelecer quantas classes forem precisaspara que se possa alcanar o que deseja, principalmente quando os itens se apresentamem grande quantidade.

    4. METODOLOGIAPara atingir os objetivos deste trabalho, foi realizada uma pesquisa quanto aos fins do tipodescritiva com abordagem qualitativa, que ofereceu aos pesquisadores maior conhecimen-to sobre o tema e tornou possvel a compreenso do problema. E quanto aos meios foirealizado um estudo de caso.

    Atravs dos dados coletados junto Gerente de Estoque, foram analisados e interpretados

    qualitativamente, apontando solues para o problema proposto pelo estudo de caso. Estainterpretao e anlise foram realizadas em cumprimento aos objetivos apresentados nestetrabalho sendo comparados com o referencial terico.

    5. RESULTADOSA Farmafrmula, farmcia de manipulao de medicamentos e cosmtico da cidade deNatal/RN, fundou-se em 28 de outubro de 1993. A Misso da Farmafrmula produzir,desenvolver e comercializar produtos e servios personalizados que promovam a sade e

    a beleza, superando as necessidades e desejos de seus clientes por meio de processos dequalidade superior. A empresa conta com 117 colaboradores, nas 08 (oito) lojas localiza-das em Natal/RN, trabalhando nos seus variados departamentos. Em paralelo, suas unida-des franqueadas movimentam mais de R$ 20 milhes por ano, com crescimento mdio de60% nos ltimos 03 (trs) anos.

    Atualmente a Farmafrmula Ltda trabalha com um mixde produtos que perfaz cerca de2.060 itens de estoque. A totalidade destes produtos adquirida de fornecedores localiza-dos em So Paulo e Rio de Janeiro, o que acarreta em um tempo de reposio de aproxi-madamente 45 dias (entre o pedido e a chegada dos produtos).

    A empresa utiliza o software Pharmaciepara controle de estoque. Este programa um doslderes no mercado magistral brasileiro, no entanto apresenta limitaes quando tratamosde controle de estoque, uma vez que no realiza de forma automtica a baixa da matria--prima no momento da produo da frmula, fazendo, com isso, que o controle de estoquefique inconsistente. Desta forma, quando um produto vendido na empresa, ele no bai-xado no estoque, fazendo com que o controle do mesmo tenha que ser feito manualmente.Fato que traz constantes faltas, gerando prejuzos para a empresa. Alm disso, o softwareno est on linecom as 08 (oito) lojas que a empresa possui em Natal/RN. Por isso, ocontrole tem que ser realizado de forma manual entre as lojas, dificultando a comunicaoentre as mesmas e assim tornando frequentes informaes desatualizadas.

    A Gerente de Estoque uma profissional farmacutica, que est na empresa h quatroanos e sete meses. Existe internamente um rodzio entre os vrios setores de atuao do

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    farmacutico e atualmente a mesma encontra-se como responsvel do setor de almoxari-fado, controlando o estoque. Agrega seus conhecimentos dos setores de manipulao paraassociar ou separar cadastros, inserir informaes no sistema e definir matrias-primasque devem sair da lista de pedidos, por desuso.

    5.1. Gesto de EstoqueSegundo a Gerente de Estoque, em relao aos desperdcios ocorridos na Empresa, estesse tornam dependentes de uma oferta de mercado, portanto necessrio se aliar as suasnecessidades ao que oferecido pelos fornecedores, que vendem uma quantidade mnimaque, muitas vezes, superior necessidade da empresa, mas, para atender ao cliente fi-nal, a empresa acaba comprando uma quantidade maior do que a desejada, ficando parteacumulada no estoque e, quando expirado o prazo de validade, realiza-se a incinerao.Existe tambm a compra excessiva no perodo em que a classe mdica prescreve determi-

    nadas substncias que so muito solicitadas sendo necessrio se fazer compra em grandequantidade. O problema que de uma hora para outra a substncia deixa de ser prescrita,ficando paralisada no estoque at seu vencimento, para incinerao.

    5.1.1. A utilizao da curva ABC para a gesto de estoque

    A empresa no utiliza a Curva ABC para a sua gesto de estoque, tornando assim delicadoo seu manejo e classificao de produtos em seu estoque. Segundo Martins e CamposAlt (2009, p. 198), a gesto de estoques composta por vrias aes permitindo que oadministrador possa averiguar os estoques, analisando se os mesmos esto sendo bemlocalizados diante dos setores que os utilizam, bem manuseados, controlados e utilizados.Percebe-se a importncia da gesto de estoque em uma empresa, visto que o estoquerepresenta uma parte dos ativos da empresa e imprescindvel que o administrador com-preenda se este setor est sendo bem utilizado e administrado.

    De acordo com a Gerente de Estoque, anteriormente a empresa utilizava a Curva ABC para aclassificao de estoque, mas em razo da ocorrncia de algumas falhas devido s bruscasmudanas nas prescries mdicas, o mtodo foi substitudo por outro procedimento. Aempresa trabalha com aproximadamente dois mil (2.000) itens no estoque. Como a empre-sa no possui estrutura para monitorar de perto todos os itens, a nfase ocorre apenas nosprodutos de maiores sadas, ficando os de menores sadas esquecidos. Isto frequentemen-

    te ocasiona faltas. Com isso foi definido observar igualmente todos os produtos sejam elesA, B ou C. Para isto, o estoque fsico foi dividido em sees de acordo com a quantidade decolaboradores do almoxarifado e cada um deles se tornou responsvel por sua rea desdea limpeza at o controle do estoque. Barbieri e Machline (2006) dizem que a separao dosprodutos em grupos torna-se possvel ao administrador do estoque distinguir sua atenopara cada um deles, assim um tipo de controle eficaz para um determinado grupo podeno ser para outro.

    5.1.2. O controle de estoque

    Segundo a Gerente de Estoque da Empresa, o controle de estoque era feito atravs de umaconferncia geral, devido falta de um sistema informatizado confivel devido a mudanasde informaes espontneas ocorridas no software. Para isso foi necessrio dividir entre

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    os almoxarifes o espao de armazenamento entre prateleiras e estantes, para que os mes-mos possam verificar o estoque de todas as matrias-primas no incio de cada ms. Comisso feita a relao dos materiais necessrios para a compra, referente necessidade paraabastecimento de um ano, tendo o cuidado de no adquirir matrias-primas com validade

    abaixo desse intervalo. H excees, onde avaliado o custo benefcio, adquirindo assimmatrias-primas com validades curtas. A empresa no mensura o estoque de segurana,por isso o pedido para repor o estoque feito mensalmente. Se necessrio, feito outropedido, comumente explicado pela carncia de informaes sobre o quantitativo do esto-que no primeiro pedido. Para Viana (2010) compras e estoques so os pontos essenciaisda gesto operacional de uma empresa. necessrio saber o quanto comprar e qual oestoque mnimo, para que se possa evitar a falta de capital de giro.

    Percebe-se que ocorreu uma desordem na empresa no que diz respeito a estoque mximoe mnimo. A empresa necessita ter um controle de estoque seguro para que no haja faltasde matria-prima e custos desnecessrios, pois essencial garantir aos seus clientes a

    disponibilidade dos produtos evitando que os mesmos se decepcionem por falta de merca-doria, com isso primordial saber controlar e planejar o estoque.

    5.1.3. Armazenagem dos produtos

    Quanto armazenagem dos produtos, varia de acordo com o tipo de matria-prima, poisexistem diferenas entre temperaturas de armazenagem e estado fsico, lquidos e slidos,sendo estes armazenados em prateleiras separadas. Os produtos que necessitam de re-frigerao so armazenados em geladeiras, sendo uma para lquidos e outra para slidos.Mediante orientaes da ANVISA (Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria) por meio da

    portaria n 344/98 sobre medicamentos e produtos controlados, os mesmos ficam emarmrios fechados com chave. Existe tambm uma separao de corrosivos, inflamveis esensibilizantes que esto armazenados em locais segregados. Por falta de espao fsico, asmatrias-primas que so adquiridas em grandes quantidades ficam armazenadas em umasala distinta. Segundo Ballou (1993), a armazenagem a administrao do local necessriopara conservar o estoque, envolvendo problemas do tipo: localizao, dimensionamento darea, arranjo fsico e recuperao do estoque.

    A maneira de armazenagem muito importante, a localizao dos produtos deve estar defcil acesso para qualquer tipo de averiguao, principalmente seu manuseio. O layout doalmoxarifado to importante quanto o projeto da empresa, sobretudo quando se tem um

    agravante que a falta de espao fsico suficiente para armazenar produtos em grandesquantidades, que o caso da empresa em estudo. Em seguida a descrio de como feitoo controle de fluxo no estoque.

    5.1.4. Controle de fuxo no estoque

    Segundo a Gerente de Estoque, a empresa realiza o controle de fluxo no estoque atravsde uma tabela que est em fase final de desenvolvimento, pela qual so definidas as quan-tidades de consumo das substncias no perodo de quatro meses e de um ano. Para Viana(2010), necessrio saber o quanto comprar e qual o estoque mnimo, para que se possa

    evitar a falta de capital de giro, pois compras e estoques so os pontos essenciais da ges-to operacional de uma empresa.

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    A empresa em questo necessita de um estoque de segurana maior devido se encontrarfora do plo fornecedor, que se localiza no eixo Rio de Janeiro So Paulo, o que acarretaem um tempo de reposio de aproximadamente quarenta e cinco dias. importante queexista na empresa a Classificao ABC, devido grande quantidade de itens que a empresa

    possui no estoque. Com isso imprescindvel saber qual o sistema que a empresa utilizapara controlar o estoque.

    5.1.5. Sotware para controle de estoque

    Em relao ao uso de um software para o controle de estoque, atualmente a empresatrabalha com o Pharmacie; sistema que utilizado para toda a gesto da empresa e incluimdulos administrativos e financeiros. Possui tambm estrutura para controle de estoque,no entanto, no utilizado plenamente devido as suas limitaes como no comunicarem lojas em tempo real (no est online) com as oito lojas que a empresa possui. Outralimitao ocorre quando um produto vendido na empresa, uma vez que no baixadoautomaticamente no estoque, fazendo com que o controle do mesmo tenha que ser feitomanualmente, fato que traz constantes faltas, gerando prejuzos para a empresa. Assim, ocontrole de estoque realizado de forma manual entre as lojas, dificultando a comunicaoentre as mesmas. Diante disso foi adquirido um novo sistema e est sendo avaliado emuma das unidades para que possa utiliz-lo o mais breve possvel em todas as lojas. Osuporte tcnico do sistema da empresa conta com um representante local, e tambm como apoio de suporte online. De acordo com Drucker (2000), com as evolues tecnolgicasconstantes, os processos logsticos, servios oferecidos e recursos tecnolgicos, as em-presas tm a opo de escolha vasta na qual procuram uma em que se enquadram essastecnologias de informao melhor ao seu perfil.

    Os sistemas de informaes servem de ligao entre as atividades logsticas e um pro-cesso integrado, os hardwares e os softwares so utilizados para auxiliar o gerenciamentodas operaes da empresa, que necessita de um controle online de estoque. Diante disso indispensvel saber sobre a atualizao do estoque pelo sistema.

    A Gerente de Estoque diz que a atualizao de estoque no sistema se torna difcil, pois omesmo no oferece a baixa automtica dos produtos, e no apresenta ferramenta paradar sada aos produtos, que atualmente realizada manualmente tornando invivel devidoao grande fluxo. J a entrada feita por um profissional capacitado que alimenta o siste-ma atravs das notas fiscais, sempre que chegam novos produtos, a atualizao feita

    manualmente inserindo dado a dado no sistema. Desta forma, o atual sistema apresentaalgumas deficincias, a principal delas ocorre no controle do estoque, onde a entrada alimentada pelo sistema, mas a sada no realizada, ocasionando o acmulo de quantida-des inexistentes de produtos. Do ponto de vista de Bowersox e Closs (2007), os sistemasde informaes da gesto de estoque tm que reunir caractersticas que so capazes deexecutar as necessidades em relao aos dados dos gestores e admitir as operaes eplanejamentos da empresa.

    Diante do exposto, a empresa passa por vulnerabilidades causadas j que h discrepnciaentre o estoque fsico e o virtual devido a no ter um controle de estoque eficaz, implicandoem informaes inconsistentes.

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    5.1.6. Pontos ortes e pontos racos da gesto deestoque da Farmarmula de Natal/RN

    Diante dos resultados obtidos, o quadro 2 apresenta o resumo da entrevista em pontos

    fortes e pontos fracos apontados pela Gerente de Estoque da Farmafrmula Ltda.Quadro 2: Resultados da entrevista

    PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

    Suporte tcnico local e apoio de acessria online Compra excessiva de matria-prima em perodo de moda

    Reposio contnua de estoque No utilizao da Curva ABC

    Armazenagem feita de acordo com a necessidadeda matria-prima e sob orientao da ANVISA

    Falta de espao fsico para armazenamento de matria-primaadquirida em grande quantidade

    Organograma bem definido Inconsistncia no sistema informatizado

    No utilizao do estoque mnimo, mximo e ponto de pedidoNo utilizao plena de software para controle de estoque

    Sada de material realizada manualmente

    Rodzio de funcionrios entre os setores

    Fonte: Dados da pesquisa (2011).

    Os resultados so coerentes realidade da empresa, o sistema utilizado pela mesma apre-senta uma carncia em relao ao controle de estoque, visto que atualmente de sumaimportncia que esse controle seja eficiente. Percebe-se a preocupao da empresa emsanar esse ponto fraco e almeja diante da gesto de estoque definir a quantidade certa de

    produtos evitando assim faltas e excessos.

    6. PROPOSTA TCNICAEsta etapa do trabalho teve o intuito de mostrar as sugestes elaboradas para a empresa,sugerindo algumas alteraes com o objetivo de resolver dificuldades expostas e verifica-das a partir do diagnstico funcional.

    Depois de analisar os dados obtidos, as principais dificuldades que requerem solues so:

    no utilizao de estoque mximo e mnimo e ponto de pedido; no realizao de classi-ficao ABC e quantificao de produtos do estoque fsico divergente do estoque virtual(software). Abaixo, tornam-se claras as possveis solues visando realidade da empresa.

    Estoque Mximo e Estoque Mnimo: Foi diagnosticado que a empresa no men-sura estoque mximo e estoque de segurana adequadamente. Diante disso,prope-se a definio dos mesmos. Baseado em Pozo (2010) calcula-se o es-toque mximo somando o estoque de segurana com o lote de compra, comisso obtm-se a quantidade mxima de estoque permitida para o produto. Paratanto necessrio que a empresa determine o estoque de segurana ou estoquemnimo que por sua vez calculado de acordo com Viana (2010) por meio da

    multiplicao entre o fator de segurana, o tempo de ressuprimento e o consu-mo mdio mensal, pois tem como funo cobrir as possveis variaes do sis-

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    tema, que podem ser eventuais atrasos no tempo de fornecimento, rejeio dolote de compra ou aumento da demanda do produto. necessrio levantar juntoaos fornecedores a quantidade mnima para faturamento e tempo de entrega,evitando assim a ruptura do estoque.

    Ponto de Pedido: Recomenda-se estipular o ponto de pedido de todos os itensda empresa, baseado em Pozo (2010), possvel atravs da multiplicao doconsumo normal do produto e o tempo de reposio, somado ao valor do esto-que de segurana, anteriormente proposto. Mediante o ponto de pedido, sabe-sea quantidade de produtos em estoque, que quando atingida aciona um sistemade compra gerando uma solicitao de pedido. Com isso deve ser verificado oestoque periodicamente de acordo com a convenincia da empresa para queo gestor venha saber a realidade do seu estoque. O ponto de pedido garante oprocesso produtivo, enquanto aguarda a chegada do lote de compras.

    Classifcao e quantifcao dos produtos do estoque: proposta a adooda Curva ABC para a gesto de estoque, onde os gestores classificam os pro-dutos da empresa, identificando qual deles merece uma ateno maior e umtratamento diferenciado quanto ao seu valor e influncia. de suma importnciapara a administrao de estoques e programao de produo dar parmetrossobre a necessidade de adquirir matrias-primas essenciais para o controle deestoque, que variam de acordo com a demanda do consumidor. De acordo comPinto (2002), a Curva ABC bastante utilizada para a administrao de estoquesem uma empresa, define tambm polticas de vendas, estabelecendo prioridadespara a programao de produo. A mesma serve de parmetro para informar aogestor sobre a necessidade de aquisio do produto que essencial para o con-

    trole do estoque, variando de acordo com a demanda do consumidor, garantindoa deciso de compra em relao quantidade e valor.

    Substituio do Sotware: Evidenciou-se diante dos dados analisados, insegu-rana em relao ao uso do software utilizado pela empresa. Recomenda-se odesenvolvimento de um software prprio que possa suprir as necessidades daempresa, agregando informaes necessrias para a gesto de estoque, ondepossa ser utilizado em toda a rede de farmcia Farmafrmula existente em Natal /RN, de maneira que o estoque possa ser acompanhado e atualizado diariamente,com isso se tem o controle de entrada e sada dos produtos. Do ponto de vistade Bowersox e Closs (2007), os sistemas de informaes da gesto de estoquetm que reunir caractersticas que so capazes de executar as necessidades emrelao aos dados dos gestores e admitir as operaes e planejamentos da em-presa. Este software dever permitir todo o planejamento do fluxo de materiais,tornando eficiente a operao dos processos e facilitando para os gestores astomadas de decises. A finalidade que atravs do mesmo a empresa possa terum eficiente controle de estoque e obter informaes dignas de confiana.

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    7. CONCLUSOO estudo alcanou seus objetivos. O propsito deste trabalho foi investigar a gesto de

    estoque da Farmafrmula localizada em Natal, no Rio Grande do Norte, e propor melhoriaspara a gesto de estoque desta farmcia. Assim, foram observadas limitaes importantesdecorrentes da no utilizao de estoque mximo/mnimo e ponto de pedido; no realiza-o de classificao ABC e divergncias de produtos do estoque fsico e do estoque virtual(software).

    Sugere-se que a organizao defina e utilize estoques mnimo/mximo e ponto de pedi-do. Ademais, recomenda-se a adoo da Curva ABC para orientar os gestores sobre queprodutos so essenciais, ou seja, produtos onde sua falta acarreta maiores prejuzos. Porfim, aconselha-se, sobretudo, utilizar software que realize a baixa automtica das matrias--primas e no modifique espontaneamente as informaes registras, possibilitando que

    estoque virtual seja compatvel com o estoque real. Estas medidas podem contribuir paradiminuir rupturas e, consequentemente, dispor de matrias-primas em quantidade sufi-ciente para atender demanda dos consumidores finais

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