arte pré histórica

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Arte Pré Histórica Arte do Neolítico A arte do neolítico inicia-se com a Revolução neolítica , período revolucionário na história que, no Médio Oriente , teve início há cerca de 10.000 anos, quando o homem começa com êxito a domesticar animais e a dar os primeiros passos na agricultura , cultivando gramíneas cerealíferas . A partir desse momento o homem aprende a assegurar a sua alimentação pelo próprio trabalho e torna- se sedentário formando aldeias . Surge a produção de cerâmica , a fiação e a tecelagem, assim como métodos básicos da construção arquitetural em madeira , tijolo e pedra . Iniciam-se também neste período as imponentes estruturas megalíticas , construções feitas com grandes pedras monolíticas, relacionadas com o culto dos mortos ou com objetivos religiosos. De um modo geral, e de acordo com os achados arqueológicos, a produção artística deste período é caracterizada pelo surgimento de parâmetros geométricos , relacionada a uma suposta evolução dos padrões naturalistas ,realistas para um abstracionismo na representação das formas. Mas os achados que têm sido feitos, pouco nos dizem da evolução da mentalidade do Homem neolítico e das suas motivações artísticas. Isto não significa que haja uma produção de peças em quantidade reduzida, mas que talvez estas sejam feitas em materiais frágeis, como a madeira, e que não tenham resistido ao tempo. Arte do Paleolítico A arte do Paleolítico refere-se ao início da história da arte e à mais antiga produção artística de que se tem conhecimento. A arte deste período situa-se na Pré-História , no Paleolítico (Idade da Pedra Lascada), e tem início há cerca de dois milhões de anos estendendo-se até c. 8000 a.C.

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Neolitico, Paleolitico e Idade da Pedra

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Page 1: Arte Pré Histórica

Arte Pré Histórica

Arte do Neolítico

A arte do neolítico inicia-se com a Revolução neolítica, período revolucionário na história que, no Médio Oriente, teve início há cerca de 10.000 anos, quando o homem começa com êxito a domesticar animais e a dar os primeiros passos na agricultura, cultivando gramíneas cerealíferas.A partir desse momento o homem aprende a assegurar a sua alimentação pelo próprio trabalho e torna-se sedentário formando aldeias. Surge a produção de cerâmica, a fiação e a tecelagem, assim como métodos básicos da construção arquitetural em madeira, tijolo e pedra. Iniciam-se também neste período as imponentes estruturas megalíticas, construções feitas com grandes pedras monolíticas, relacionadas com o culto dos mortos ou com objetivos religiosos.De um modo geral, e de acordo com os achados arqueológicos, a produção artística deste período é caracterizada pelo surgimento de parâmetros geométricos, relacionada a uma suposta evolução dos padrões naturalistas,realistas para um abstracionismo na representação das formas.Mas os achados que têm sido feitos, pouco nos dizem da evolução da mentalidade do Homem neolítico e das suas motivações artísticas. Isto não significa que haja uma produção de peças em quantidade reduzida, mas que talvez estas sejam feitas em materiais frágeis, como a madeira, e que não tenham resistido ao tempo.

Arte do Paleolítico

A arte do Paleolítico refere-se ao início da história da arte e à mais antiga produção artística de que se tem conhecimento. A arte deste período situa-se na Pré-História, no Paleolítico (Idade da Pedra Lascada), e tem início há cerca de dois milhões de anos estendendo-se até c. 8000 a.C.O Paleolítico é um dos três períodos da Idade da Pedra, ao qual se segue o Mesolítico e, posteriormente, o Neolítico (Idade da Pedra Polida), e que se situa, do ponto de vista geológico, na Idade do gelo, mais precisamente no Pleistoceno.Somente no início do século XX são feitas as primeiras descobertas de achados pré-históricos e a primeira reação da classe especialista é a de cepticismo relativamente à aparente maturidade artística num nível tão embrionário da história da humanidade. Considerava-se até então que a primeira semente artística teria sido lançada no Antigo Egito e na Mesopotâmia. Embora ainda hoje persistam dúvidas quanto ao efetivo objetivo das peças de arte paleolíticas, a verdade é que a qualidade e criatividade que revelam são inegáveis e de extrema importância para a compreensão da mentalidade do Homem.São deste período instrumentos de pedra talhada, decoração de objetos, jóias para diferentes partes do corpo, pequena estatuária representando a figura feminina ou animais, relevos e pinturas parietais com temática de caça e figuras isoladas de animais ou caçadores.

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Idade dos Metais

O período da Idade dos Metais é a última fase da Pré-história. De curta duração, este período vai de 6, 5 mil anos atrás até o surgimento da escrita (por volta de 5,5 mil anos atrás).Foi um período muito importante, pois o homem pré-histórico fez vários avanços nas técnicas de produção de artefatos. Estes avanços lhes permitiram melhores condições de vida. O conhecimento de técnicas de fundir e moldar os metais trouxe muitos avanços na vida cotidiana do homem pré-histórico.

Principais avanços do período da Idade dos Metais:

- Idade do Cobre - por volta de 6 mil anos atrás, o homem pré-histórico (homo sapiens) adquiriu conhecimentos para o desenvolvimento de técnicas para derreter e moldar o cobre. Usava moldes de pedra ou barro para colocar o cobre derretido e produzir espadas, lanças e ferramentas. Usava o martelo para moldar estes objetos depois que esfriavam.  - Idade do Bronze - por volta de 4 mil anos atrás, o homem começou a produzir o bronze (metal mais resistente que o cobre), a partir da mistura da liga do cobre com o estanho. Espadas, capacetes, martelos, lanças, facas, machados e outros objetos de bronze começaram a ser fabricados neste período. Esta época, de grande avanço tecnológico, passou a ser chamada de Idade do Bronze. - Idade do Ferro - por volta de 3,5 mil anos atrás o homem já dominava muito bem a metalurgia, passando a fabricar o ferro, usando fornos em altas temperaturas. Com o ferro, o homem passou a desenvolver, principalmente, armas mais resistente. - A fabricação destes objetos de metais teve uma grande influência na agricultura, aumentando a produção. O arado de metal, enxada e outras ferramentas agrícolas rústicas foram criadas, facilitando assim o trabalho no campo. - O domínio dos metais também possibilitou ao homem deste período a fabricação de utensílios domésticos (panelas, potes, facas, etc) e objetos de adorno e de arte. Nesta época, várias esculturas de bronze foram produzidas.

Arte Ruprestre

Arte Rupestre  é o mais antigo tipo de arte da história. Também é conhecida como gravura ou pintura rupestre. Esse tipo de arte teve início no período Paleolítico Superior. A arte rupestre é encontrada em todos os continentes.

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Arte Rupestre em rocha nos EUA. Foto: Mark Herreid / Shutterstock.com

O estudo da arte rupestre favoreceu o conhecimento de pesquisadores em relação aos hábitos dos povos da antiguidade e a sua cultura. As matérias primas utilizadas para a expressão artística dos povos da antiguidade eram: pedras, ossos e sangue de animais. O sangue, assim como o extrato de folhas de árvores era utilizado para tingir. Silhuetas de mão e pés, portanto, devem ser as mais primitivas expressões artísticas.As principais obras eram desenhos e pinturas, tendo como tela as paredes e tetos de cavernas. Eram representados, principalmente, animais selvagens, linhas, círculos e espirais. Seres humanos eram mais representados em situações de caça. Ossos, pedras e madeiras eram utilizados em esculturas.A idéia de que a arte rupestre é obra dos homens pré-históricos foi aceita por especialistas apenas em 1902.

Arte rupestre. Foto: Janelle Lugge / Shutterstock.com

Na América, além da arte rupestre pré-histórica, é encontrada a arte chamada de pré-colombiana, fruto do trabalho de astecas, maias e incas. São esculturas, pinturas, e grandes templos construídos com pedras.No território brasileiro existem vários sítios de arte rupestre pré-histórica. Existem pesquisadores que defendem a tese de que a arte rupestre, no Brasil, não seria obra dos índios, e sim de gregos, vikings ou fenícios que teriam passado por aqui. O maior sítio brasileiro de arte rupestre fica no estado do Piauí, precisamente na Serra da Capivara.No Brasil, os desenhos de diferentes épocas sugerem rituais, cenas de sexo, animais, cenas de luta ou mesmo representações geométricas. Estudos têm apontado a possibilidade de alguns desenhos representarem algumas noções de astronomia.A arte rupestre brasileira, diferente do que ocorre em outros países, não é preservada devidamente. Apesar de tratar-se de um patrimônio histórico (ou pré-histórico) o descuido, queimadas, a ação de empresas de mineração, e as depredações típicas de turistas (como carregar lembranças) e dos pichadores (vândalos), é uma ameaça a esse patrimônio de valor inestimável.

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Esculturas de Vênus A primeira representação de uma mulher do Paleolítico Superior foi descoberta em 1864 pelo Marquês de Vibraye, em Laugerie-Basse, naDordonha, apelidada de Vênus impudica.

Vénus de Willendorf, uma das estatuetas mais notórias.

Arte Egípcia

A história da Civilização Egípcia

No processo de formação das primeiras civilizações, a região do Crescente Fértil foi um importante espaço, na qual a relação de dependência do homem em relação à natureza diminuía e vários grupos se sedentarizavam. A domesticação de animais, a invenção dos primeiros arados, a construção de canais de irrigação eram exemplos de que a agricultura viria a ocupar um novo lugar no cotidiano do homem. Mais do que isso, todo esse conhecimento foi responsável pela formação de amplas comunidades.Entre todas essas civilizações, o Egito destacou-se pela organização de um forte Estado que comandou milhares de pessoas. Situada no nordeste da África, a civilização egípcia teve seu crescimento fortemente vinculado aos recursos hídricos fornecidos pelo Rio Nilo. Tomando conhecimento do sistema de cheias desse grande rio, os egípcios organizaram uma avançada atividade agrícola que garantiu o sustento de um grande número de pessoas.Além dos fatores de ordem natural, devemos salientar que a presença de um Estado centralizado, comandado pela figura do Faraó, teve relevante importância na organização de um grande número de trabalhadores subordinados ao mando do governo. Funcionários eram utilizados na demarcação de terras e cada camponês era obrigado a reservar parte da produção para o Estado. Legumes, cevada, trigo, uva e papiro estavam entre as culturas mais comuns neste território.Observando as grandes construções e o legado do povo egípcio, abrimos caminho para um interessante debate de cunho histórico. Tomando como referência as várias descobertas empreendidas no campo da Astronomia, Matemática, Arquitetura e Medicina, vemos que os egípcios não constituíram simplesmente um tipo de civilização “menos avançado” que o atual. Afinal de contas, contando com recursos tecnológicos bem menos avançados, eles promoveram feitos, no mínimo, surpreendentes.

Esculturas

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Lei da Frontalidade

A Lei da Frontalidade, ou frontalismo, é uma das convenções mais intrigantes da arte do antigo Egito. Essa convenção reflete a maneira peculiar pela qual os egípcios antigos faziam suas representações, vai mais especificamente da figura humana. O rosto, aspernas e os pés são representados de perfil enquanto que, simultaneamente, o tronco é visto de frente.Numa primeira análise, julgou-se que esta forma de retratação estaria ligada à incapacidade ou ingenuidade do desenhista. De acordo com análises posteriores, no entanto, chegou-se à conclusão de que existiriam outras razões para este fenômeno.

Características

A Lei da Frontalidade funda-se no princípio de valorizar o aspecto que mais caracteriza cada elemento do corpo humano. Desenhado de perfil, o rosto é mostrado ao máximo. De frente, se resume a uma oval. No rosto de perfil, o olho é representado de frente, por ser este seu aspecto mais característico e revelador. O tórax também apresenta-se de frente, e as pernas e os pés, onde apenas se vê o dedo grande, são vistos de perfil.

Outras áreas de aplicação

Dentro do teatro, a Lei da Frontalidade, regeu princípios. Os atores não davam as costas ao público, os fotógrafos de jardins também estiveram presos por um bom tempo à Lei da Frontalidade. O cinema foi a primeira arte a abandonar o frontalismo, por conta da mobilidade da câmera, que permite o uso dos mais diversos ângulos de visão.

Os hieróglifos

Esfinge

O que é  Esfinge é uma imagem mitológica, criada no Egito Antigo, com corpo de leão e cabeça de ser humano (geralmente de um faraó). Historiadores afirmam que esta figura pode ter sido importada da cultura grega. A palavra esfinge deriva do grego sphingo que significa estrangular.  Significado  Para os egípcios antigos a imagem de uma esfinge significava poder e sabedoria. Serviam, no imaginário egípcio, como protetoras das pirâmides e templos. Esfinge de Gizé  A mais conhecida de toda história é a Esfinge de Gizé, situada no planalto de Gizé (norte do Egito). Esta esfinge, construída no terceiro milênio a.C, foi construída em pedra calcária e tem as seguintes medidas: 20 metros de altura, 6 metros de largura e 57 metros de comprimento. A cabeça da esfinge representa o faraó Quéfren ou de seu irmão Djedefré. Outras esfinges do Egito Antigo: - Esfinge de alabastro da cidade de Mênfis. - Esfinges de cabeça de ovelha, que representam o deus Amon (na cidade de Tebas)

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As pirâmides

Conhecendo as pirâmides  A religião do Egito Antigo era politeísta, pois os egípcios acreditavam em vários deuses. Acreditavam também na vida após a morte e, portanto, conservar o corpo e os pertences para a outra vida era uma preocupação. Mas somente os faraós e alguns sacerdotes tinham condições econômicas de criarem sistemas de preservação do corpo, através do processo de mumificação.  A pirâmide tinha a função abrigar e proteger o corpo do faraó mumificado e seus pertences (jóias, objetos pessoais e outros bens materiais) dos saqueadores de túmulos. Logo, estas construções tinham de ser bem resistentes, protegidas e de difícil acesso. Os engenheiros, que deviam guardar os segredos de construção das pirâmides, planejavam armadilhas e acessos falsos dentro das construções. Tudo era pensado para que o corpo mumificado do faraó e seus pertences não fossem acessados. As pirâmides foram construídas numa época em que os faraós exerciam máximo poder político, social e econômico no Egito Antigo. Quanto maior a pirâmide, maior seu poder e glória. Por isso, os faraós se preocupavam com a grandeza destas construções. Com mão-de-obra escrava, milhares muitas vezes, elas eram construídas com blocos de pedras que chegavam a pesar até duas toneladas. Para serem finalizadas, demoravam, muitas vezes, mais de 20 anos. Desta forma, ainda em vida, o faraó começava a planejar e executar a construção da pirâmide. A matemática foi muito empregada na construção das pirâmides. Conhecedores desta ciência, os arquitetos planejavam as construções de forma a obter o máximo de perfeição possível. As pedras eram cortadas e encaixadas de forma perfeita. Seus quatro lados eram desenhados e construídos de forma simétrica, fatores que explicam a preservação delas até os dias atuais. Ao encontrarem as pirâmides, muitas delas intactas, os arqueólogos se depararam com muitas informações do Egito Antigo. Elas possuem inscrições hieroglíficas, contando a vida do faraó ou trazendo orações para que os deuses soubessem dos feitos realizados pelo governante. 

Religiões Egípcias

Introdução 

A religião no Egito Antigo era marcada por várias crenças, mitos e simbolismos. A prática religiosa era muito valorizada na sociedade egípcia, sendo que os rituais e cerimônias ocorriam em diversas cidades. A religião egípcia teve grande influência em várias áreas da sociedade.

Características da religião egípcia

Os egípcios eram politeístas (acreditavam em vários deuses). De acordo com este povo, os deuses possuíam poderes específicos e atuavam na vida das pessoas. Havia também deuses que possuíam o corpo formado por parte humana e parte de animal sagrado. Anúbis, por exemplo, deus da morte, era representado com cabeça de chacal num corpo de ser humano.Os egípcios antigos faziam rituais e oferendas aos deuses. Era uma forma de conseguirem agradar aos deuses, conseguindo ajuda em suas vidas. No Egito Antigo existiam diversos templos, que eram construídos em homenagem aos deuses. Cada cidade possuía um deus protetor.Outra característica importante da religião egípcia era a crença na vida após a morte. De acordo com esta crença, o morto era julgado no Tribunal de Osíris. O coração era pesado e, de acordo com o que havia feito em vida, receberia um julgamento. Para os bons havia uma espécie de paraíso, para os negativos, Ammut devoraria o coração.

A Civilização Mesopotâmica

nome indica, desenvolveram-se na região conhecida como Mesopotâmia, que compreende o atual Iraque no Oriente Médio. O nome mesopotâmia significa “região entre rios”, ou “terra entre rios”, isso porque se trata de uma região situada entre os rios Tigre e Eufrates. Essa região está inserida no que se convencionou denominar “crescente fértil”, isto é, uma área de terras férteis que vai da Mesopotâmia ao vale do rio Nilo no Egito.A região da Mesopotâmia é esquematicamente dividida em Alta Mesopotâmia (uma parte montanhosa e não muito fértil) e Baixa Mesopotâmia (região do centro e do sul do vale que fica entre os rios Tigre e

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Eufrates). As primeiras formas de organização humana nessa região datam de cerca de 7000 a.C. e ocorriam no padrão de aldeias sedentárias. Só por volta de 4.000 anos depois que apareceram os primeiros centros urbanos complexos.As primeiras civilizações mesopotâmicas foram àquelas criadas pelos povos sumérios e acádios por volta do final do quarto milênio antes de Cristo. Esses povos eram oriundos das regiões do planalto iraniano. Os sumérios foram responsáveis pelo desenvolvimento do sistema de drenagem dos pântanos e pela fundação de cidades como Eridu, Ur e Uruk, os primeiros núcleos urbanos da Mesopotâmia.A forma de organização social na Mesopotâmia começou com núcleos familiares formados por camponeses, artesãos e pastores. O sistema de drenagem de pântanos, associado à irrigação dos rios e à prevenção contra as enchentes, possibilitou aos povos mesopotâmicos a criação de animais como ovelhas, porcos, cabras e gado. Esse último também era útil ao transporte de mercadorias e à agricultura nos vales férteis.As construções urbanas e a produção artesanal demandavam grande quantidade de matérias-primas, que eram escassas na Mesopotâmia. A escassez de matérias-primas impeliu, por exemplo, os povos sumerianos a estabelecerem troca de produtos manufaturados com povos de outras regiões, que forneciam, entre outras coisas, madeira, estanho, pedras para construção e artigos de luxo, como lápis-lazúli (um tipo de pedra preciosa), ouro e prata.

As outras civilizações que se desenvolveram na Mesopotâmia foram os amoritas ou babilônios, os assírios e os caldeus. Cada uma dessas civilizações destacou-se por constituir impérios de grandes proporções na Mesopotâmia, tendo cada império organizado sua administração de uma forma peculiar. Os babilônios notabilizaram-se, por exemplo, pelo desenvolvimento de um sistema de código jurídico elaborado pelo rei Hamurabi, conhecido como Código de Hamurabi.De forma geral, as cidades-estado da Mesopotâmia possuíam um rei que era também chefe militar e sacerdote religioso. O nome dado a quem possuía essas funções era Patesi. Na base social das cidades da Mesopotâmia estavam os agricultores, os pastores e os escravos; seguiam-se a esses os artesãos e comerciantes, e, por fim, estavam aqueles que armazenavam, registravam e distribuíam as mercadorias. Associados ao rei estavam, no alto da hierarquia social, os escribas, que dominavam a técnica da escrita cuneiforme (escrita em forma de cunha) – outra característica fundamental das civilizações mesopotâmicas –, que era gravada em tabuletas de argila e utilizada para melhor organizar a administração dos impérios.Ademais, as civilizações da Mesopotâmia também desenvolveram grandes obras de arquitetura e arte, como os templos conhecidos como Zigurates, esculturas de arte em relevo. Os jardins suspensos da Babilônia são considerados uma das sete maravilhas do mundo antigo e uma das obras arquitetônicas mais complexas da história. 

Escrita

A escrita cuneiforme, grande realização sumeriana, usada pelos sírios, hebreus e persas, surgiu ligada às necessidades de contabilização dos templos. Era uma escrita ideográfica, na qual o objeto representado expressava uma ideia. Os sumérios - e, mais tarde os babilônicos e os assírios, que falavam acadiano - fizeram uso extensivo da escrita cuneiforme. Mais tarde, os sacerdotes e escribas começaram a utilizar uma escrita convencional, que não tinha nenhuma relação com o objeto representado. As convenções eram conhecidas por eles, os encarregados da linguagem culta, e procuravam representar os sons da fala humana, isto é, cada sinal representava um som. Surgia assim a escrita fonética, que pelo menos no segundo milênio a.C., já era utilizado nos registros de contabilidade, rituais mágicos e textos religiosos. Quem decifrou a escrita cuneiforme foi Henry C. Rawlinson. A chave dessa façanha ele obteve nas inscrições da Rocha de Behistun, na qual estava gravada uma gigantesca mensagem de 20 metros de comprimento por 7 de altura. A mensagem fora talhada na pedra pelo rei Dario, e Rawlinson identificou três tipos diferentes de escrita (antigo persa, elamita e arcádio - também chamado de assírio ou babilônico). O alemão Georg Friederich Grotefend e o francês Jules Oppent também se destacaram nos estudos da escrita sumeriana.

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Arte Grega

Civilização

A civilização grega surgiu a partir da reunião de diversos povos que se fixaram na região da Península Balcânica, entre o Mar Tirreno e a Ásia Menor há cerca de 4000 anos atrás. Em seu território acidentado, a agricultura foi uma atividade que contou com poucas áreas disponíveis para o plantio. Em contrapartida, o acesso a diferentes mares e regiões fez do comercio uma das mais importantes atividades do mundo grego.

A política grega é, ainda hoje, um grande referencial para as instituições do tempo presente. Na cidade Atenas cunhou-se as bases do conceito de democracia. Além disso, várias instituições representativas gregas são vistas como grande fonte de inspiração para alguns governos da contemporaneidade. As idéias de muitos legisladores gregos levantam questões ainda discutidas no Direito.

Em âmbito cultural a influência do pensamento grego atravessou os vários séculos da existência humana. A partir dos conflitos existenciais encontrados nos relatos míticos sobre os heróis e deuses gregos, vários conceitos da psicanálise moderna foram elaborados. A filosofia grega levantou problemas da relação do homem com o mundo que ainda são extensamente discutidos.

Nas artes, a escultura e arquitetura revelaram um senso estético complexo, que ainda fundamenta as noções de beleza de boa parte da civilização ocidental. A matemática e a geometria desses povos trouxeram muitas teorias, fórmulas e equações estudadas em nossas instituições de ensino. Todo o esplendor e riqueza da Grécia Antiga observam-se na formação mista de povos que ocuparam a região. Os cretenses, aqueus, eólios, jônios e dórios são os principais grupos a formarem a civilização grega.

Genericamente, a história da Grécia Antiga é dividida em quatro diferentes períodos. O primeiro deles é o Período Pré-Homérico, entre os séculos XX e XII a.C., que conta o processo de ocupação do território grego. Logo em seguida temos o Período Homérico (XII-VIII a.C.) quando ocorre o aparecimento comunidades gentílicas até a formação das primeiras cidades-Estado.

No Período Arcaico (VIII – VI a.C.), ocorre o processo de expansão marítimo-comercial grega juntamente com a fixação de colônias na porção norte do litoral do Mar Mediterrâneo. Considerado o auge da história da Grécia Antiga, o Período Clássico (V – IV) fica marcado pela intensa atividade artística e intelectual e a deflagração dos principais conflitos envolvendo os gregos.

Na parte final da história grega, durante o Período Helenístico (IV – I a.C.), temos a ocorrência da dominação promovida pelos povos macedônios. Sob o comando de Alexandre, O Grande, a cultura grega sofreu contato com valores das culturas orientais. No século II a.C. será a vez dos romanos incorporarem o conjunto de tradições e costumes helênicos e, por fim, desarticularem o Antigo Mundo Grego. 

Teatro Grego

Introdução  Um dos aspectos mais significativos da cultura grega antiga foi o teatro. Os gregos o desenvolveram de tal forma que até os dias atuais, artistas, dramaturgos e demais envolvidos nas artes cênicas sofrem a influência suas influências. Diversas peças teatrais criadas na Grécia Antiga são até hoje encenadas. Contexto histórico da origem do teatro grego  O teatro grego surgiu a partir da evolução das artes e cerimônias gregas como, por exemplo, a festa em homenagem ao deus Dionísio (deus do vinho e das festas). Nesta festa, os jovens dançavam e cantavam dentro do templo deste deus, oferecendo-lhe vinho. Com o tempo, esta festa começou a ganhar uma certa organização, sendo representada para diversas pessoas. 

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Aspectos do teatro grego antigo  Durante o período clássico da história da Grécia (século V a.C.) foram estabelecidos os estilos mais conhecidos de teatro: a tragédia e a comédia. Ésquilo e Sófocles são os dramaturgos de maior importância desta época. A ação, diversos personagens e temas cotidianos foram representados nos teatros gregos desta época. Não podemos deixar de destacar também o dramaturgo ateniense Aristófanes. Suas comédias eram fortes sátiras que criticavam diversos aspectos sociais e políticos da sociedade ateniense. Nesta época clássica foram construídos diversos teatros ao ar livre. Eram aproveitadas montanhas e colinas de pedra para servirem de suporte para as arquibancadas. A acústica (propagação do som) era perfeita, de tal forma que a pessoa sentada na última fileira (parte superior) podia ouvir tão bem a voz dos atores, quanto quem estivesse sentado na primeira fileira. Os atores representavam usando máscaras e túnicas de acordo com o personagem. Muitas vezes, eram montados cenários bem decorados para dar maior realismo à encenação. Os temas mais representados nas peças teatrais gregas eram: tragédias relacionadas a fatos cotidianos, problemas emocionais e psicológicos, lendas e mitos, homenagem aosdeuses gregos, fatos heróicos e críticas humorísticas aos políticos. Os atores, além das máscaras, utilizam muito os recursos da mímica. Muitas vezes a peça era acompanhada por músicas reproduzidas por um coral.

Arquitetura Grega  Um dos templos gregos mais conhecidos é a Acrópole de Atenas, que foi construído no ponto mais alto da cidade, entre os anos de 447 a 438 a.C. Além das funções religiosas, o templo era utilizado também como ponto de observação militar. As colunas deste templo seguiram o estilo arquitetônico dórico (veja abaixo). A arquitetura grega antiga pode ser dividida em três estilos: 1 – Coríntio -  pouco utilizado pelos arquitetos gregos, caracterizava-se pelo excesso de detalhes. Os capitéis das colunas eram, geralmente, decorados com folhas. 2 – Dórico - estilo com poucos detalhes, transmitindo uma sensação de firmeza. 3 – Jônico - este estilo transmitia leveza, em função dos desenhos apresentados, principalmente nas colunas das construções. Outra característica deste estilo era o uso de base circular. Exemplos de construções da Grécia Antiga: - Estátua de Zeus em Olímpia- Parneton de Atenas- Colosso de Rodes- Tempo de Ártemis em Éfeso- Farol de Alexandria 

Escultura Grega As esculturas gregas transmitem uma forte noção de realismo, pois os escultores gregos buscavam aproximar suas obras ao máximo do real, utilizando recursos e detalhes. Nervos, músculos, veias, expressões e sentimentos são observados nas esculturas. A temática mais usada foi a religiosa, principalmente, representações de deuses e deusas. Cenas do cotidiano, mitos e atividades esportivas (principalmente relacionadas às Olimpíadas) também foram abordadas pelos escultores gregos.

Arte Romana

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A arquitetura Romana

Os romanos usaram como inspiração a arquitetura etrusca e grega para desenvolver seus projetos. Porém, não podemos falar em cópia, pois a arquitetura romana possuía muitos elementos inovadores e avanços nas técnicas de arquitetura. Características principais da arquitetura romana:

- Solidez nas construções (característica que herdaram dos etruscos); - Uso do arco nas construções; - Uso da abóbada (construção em forma de arco que preenche espaços entre arcos, muros e outros tipos de espaços); - Construções sóbrias, funcionais e luxuosas.  Principais tipos de arquitetura romana

AquedutosArcos com canaletas que conduziam a água dos reservatórios para as cidades. Eram feitos de pedra e significou um avanço na canalização e distribuição de água na Antiguidade. TemplosEram construídos em homenagem aos deuses. Eram luxuosos e bem iluminados. Possuíam apenas um portal de entrada com escada de acesso. Arcos de TriunfoEram construídos em homenagem aos imperadores, principalmente, para marcar grandes feitos e conquistas. Eram feitos de pedra ou mármore. EstradasFeitas de pedra, eram importantes rotas para o comércio e também deslocamento do exército, pois ligavam várias cidades, regiões e províncias. Eram tão resistentes que muitas delas existem até hoje. A mais conhecida foi a Via Ápia. Banhos públicosPrédios destinados aos banhos públicos, que eram espaços com piscinas aquecidas onde romanos das altas classes relaxavam e mantinham contatos sociais. Circus e AnfiteatosConstruções destinadas ao entretenimento. Nos circus ocorriam, principalmente, corridas de bigas. Nos anfiteatros ocorriam espetáculos como, por exemplo, os embates entre gladiadores. O anfiteatro mais conhecido foi o Coliseu de Roma. Exemplos da arquitetura romana:

- Fórum Romano- Templo do Capitólio- Arco do Trinunfo de Tito e Vespasiano- Coliseu de Roma- Templo de Vesta- Arco do imperador Trajano- Teatro de Marcellus- Templo de Marte

Page 11: Arte Pré Histórica

Religião Romana

O cidadão romano tinha uma atitude prática com relação à religião, e acreditava que os deuses controlavam sua vida. Como resultado, este passava uma grande parte do seu tempo adorando-os. Haviam mais de vinte tipos de deuses e deusas e espíritos que eram cultuados a partir da noção de serem zeladores e preservadores de suas vidas, caso fossem tratados de modo correto.O deus mais importante para os romanos era Júpiter, o rei dos deuses, que governava com sua esposa, Juno, a deusa do céu. Outros deuses importantes eram Marte, Mercúrio, Netuno, Jano, Diana, Vesta, Minerva e Vênus. Na verdade, eles haviam sido assimilados a partir da forte ligação que havia entre o mundo romano e a cultura helenística  (de influência grega). Mas, com o passar do tempo, e a expansão do território romano, abrigando uma enorme diversidade de povos e culturas, vários outros elementos, costumes e divindades foram se somando à prática religiosa romana, como por exemplo, as divindades egípcias (com destaque para Ísis) ou persas (o culto de Mitra), ou mesmo as ideias filosófico-místicas dos neo-platonistas.A religião romana tinha ainda duas faces distintas, porém complementares: havia um culto público, estatal, que exercia influência significativa sobre os acontecimentos políticos e militares, e outro de caráter privado, na qual o chefe de família supervisionava os rituais domésticos e orações. Haviam festivais, de certo modo parecidos com os desfiles, onde ocorriam oferendas, atos e sacrifícios. Ao mesmo tempo haviam as práticas religiosas realizadas pelas famílias, dentro de suas casas. Muitos lares tradicionais romanos contavam com santuários no qual um deus em particular era cultuado como protetor.O reinado do primeiro imperador romano, Augusto, causou tanto impacto na sociedade romana, que, a partir dele, os imperadores começaram a ser venerados como divindades também. Foi aliás, essa ideia, amplamente apoiada pelo estado, que levou à feroz perseguição dos primeiros cristãos, pois estes se negavam a aceitar outro Deus além do seu (o imperador de Roma).Com o passar do tempo, o impiedoso sistema de conquista e exploração romano contribuiu para que sua fé não respondesse às questões mais íntimas da maioria da população. O cristianismo, por exemplo, era mais eficiente como resposta a tais questões. Assim, aos poucos, o estado antes baseado em crenças helenísticas, foi aos poucos se tornando cristão, e a antiga religião acabou por ser extinta. O último imperador romano dedicado à preservação da religião romana foi Juliano, o Apóstata (contestador, transgressor, em grego - reinou entre 360 e 363). Seu cognome já dá uma ideia da influência da Igreja Católica, que assim o apelidou devido ao sustento de uma crença que já estava em ampla decadência.