arquivos poéticos de objetos - roseli nery

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ARQUIVOS POÉTICOS DE OBJETOS, SISTEMAS FÉRTEIS PARA ECOSSISTEMAS INVENTADOS. Roseli Nery. FURG/UFRGS RESUMO Este artigo aborda o conjunto de objetos cotidianos organizados como os arquivos poéticos, que se estabelecem como sistema ideal para a potencialização do processo criativo o qual resulta na construção da obra tridimensional caracterizada como ecossistemas poéticos. Palavras-chave: objeto cotidiano, arquivos poéticos e ecossistemas. ABSTRACT This article discusses the set of everyday objects arranged as poetic files, which are established as optimal for the enhancement of the creative process that results in the construction of three-dimensional work characterized as ecosystems poetic system. Key words: everyday object, poetic files and ecosystems. Arquivos poéticos. Em alguns processos criativos em arte é comum o uso de arquivos com potencial para a criação. Dentre os diferentes elementos materiais que são referências e ficam latentes para posterior utilização, destacam-se anotações, textos, imagens e objetos. Aqui, enfatizamos os arquivos de objetos, mais especificamente os de objetos cotidianos, como recurso para a construção de poéticas tridimensionais que apresentem o estudo das relações entre objetos os quais levam à construção de ecossistemas poéticos a partir dos arquivos disponíveis. Consideramos como ecossistemas poéticos as construções tridimensionais obtidas pela junção de objetos cujos aspectos formais e/ou não formais estabeleçam relações entre si onde o produto final é diferente daquele que o gerou, na forma e no significado. Objetos estão por toda parte, disponíveis ao olhar e ao consumo. A cada dia, surgem novas invenções para necessidades novas ou para aquelas que permanecem desde sempre. Podem ser objetos tecnológicos de comunicação cada vez mais inteligentes, ou um simples copo com design arrojado, um cabide ou

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  • ARQUIVOS POTICOS DE OBJETOS, SISTEMAS FRTEIS PARA ECOSSISTEMAS INVENTADOS.

    Roseli Nery. FURG/UFRGS

    RESUMO

    Este artigo aborda o conjunto de objetos cotidianos organizados como os arquivos poticos, que se estabelecem como sistema ideal para a potencializao do processo criativo o qual resulta na construo da obra tridimensional caracterizada como ecossistemas poticos.

    Palavras-chave: objeto cotidiano, arquivos poticos e ecossistemas.

    ABSTRACT

    This article discusses the set of everyday objects arranged as poetic files, which are established as optimal for the enhancement of the creative process that results in the construction of three-dimensional work characterized as ecosystems poetic system.

    Key words: everyday object, poetic files and ecosystems.

    Arquivos poticos.

    Em alguns processos criativos em arte comum o uso de arquivos com potencial

    para a criao. Dentre os diferentes elementos materiais que so referncias e ficam

    latentes para posterior utilizao, destacam-se anotaes, textos, imagens e objetos.

    Aqui, enfatizamos os arquivos de objetos, mais especificamente os de objetos

    cotidianos, como recurso para a construo de poticas tridimensionais que

    apresentem o estudo das relaes entre objetos os quais levam construo de

    ecossistemas poticos a partir dos arquivos disponveis. Consideramos como

    ecossistemas poticos as construes tridimensionais obtidas pela juno de

    objetos cujos aspectos formais e/ou no formais estabeleam relaes entre si onde

    o produto final diferente daquele que o gerou, na forma e no significado.

    Objetos esto por toda parte, disponveis ao olhar e ao consumo. A cada dia,

    surgem novas invenes para necessidades novas ou para aquelas que

    permanecem desde sempre. Podem ser objetos tecnolgicos de comunicao cada

    vez mais inteligentes, ou um simples copo com design arrojado, um cabide ou

  • gancho. E ento, estas coisas esto disponveis para entrar nas nossas casas. As

    vitrines das lojas convidam para o consumo, as cores, formas e tecnologias nos

    assediam e muitas vezes nos conquistam e acabam em nossas casas para compor

    o ambiente domstico. Dentre tantas coisas que adquirimos, esto as grandes,

    como carros, mveis e eletrodomsticos, e as inmeras pequenas, como utenslios

    de cozinha, talheres, objetos de costura, papelaria, ferragens, etc. No h como

    evitar que estas coisas participem do nosso cotidiano. Sua presena to marcante

    que passou a ocupar lugar nas prticas artsticas tridimensionais como uma

    categoria prpria. Ao comporem a obra artstica os objetos levam consigo sua

    funo, sua histria, e caractersticas de que os usa. Segundo Agnaldo Farias, os

    objetos:

    indubitavelmente mais prximos, so acessveis, extenses evidentes de ns mesmos, o que se verifica pelo uso continuado, quando eles se impregnam do nosso suor, quando as xicrinhas de caf tm as bordas de porcelana gastas pelo contato com os lbios, as alas das bolsas desfazem-se pelo atrito dos dedos agarrados, a irregularidade do colcho macio significa a memria do peso e forma do nosso corpo, a toalha da mesa converte-se num mosaico de manchas desbotadas, um conjunto de ndoas resultantes dos pequenos desastres que permeiam as infinitas refeies havidas sobre elas (FARIAS, 2008).

    Os artistas Nino Cais (So Paulo, 1969), que instigou o texto citado de Agnaldo

    Farias pelas suas obras que aproximam objeto e corpo, Jeanete Musatti (So Paulo,

    1944) e Lynn Beldner (Filadlfia, 1954) so artistas que tem em comum o uso de

    objetos cotidianos em suas obras e de alguma maneira utilizam-se da prtica de

    coletar objetos e guard-los para posterior utilizao, criando os denominados

    arquivos poticos de objetos, sejam eles de objetos novos, adquiridos em lojas,

    doados ou encontrados, os quais podem trazer consigo as marcas de seu uso ou

    caractersticas de seu usurio. Jean Baudrillard (2000) e Abraham Moles (1981) a

    partir da percepo da frequncia significativa dos objetos se dedicaram ao estudo

    das suas relaes com as pessoas. Baudrillard enfatiza sua presena marcante pela

    quantidade e variedade de coisas que no param de se multiplicar e serem

    substitudas por outras de maneira muito rpida e incessante. J Moles percebe o

    objeto como um elemento de comunicao social importante e carregado de valores

    para ele o objeto mais ou menos personalizado, mais ou menos assinado menos

    pelo seu criador do que pelo seu expedidor (MOLES,1981, p. 22). Neste contexto

  • de quantidade, variedade, apreciao e significado dos objetos do entorno em que

    se vive, est a produo tridimensional representada pelo trabalho dos artistas

    citados. Esta produo diretamente dependente do olhar atento para os objetos

    muitas vezes insignificantes e invisveis no dia a dia e que so escolhidos por eles

    para suas criaes. Entendemos que esta produo especfica de cada artista

    associa-se tambm maneira de como seus objetos originais ficam guardados e

    latentes at serem ativados durante o processo criativo para compor a obra de arte.

    Organizao e visibilidade

    Os arquivos poticos podem ser criados de vrias maneiras, de acordo com o

    mtodo de trabalho de cada artista. Aqui abordamos as prticas dos artistas Nino

    Cais, Jeanete Musatti e Lynn Beldner no que diz respeito ao uso de objetos banais

    ou formas de organizao dos objetos como exemplos de metodologia eficaz para a

    prtica artstica proposta por eles. Estes artistas tem em comum a busca pelo objeto

    que pode acontecer por doao ou a partir de deslocamentos por lojas populares,

    ferragens, lojas de aviamentos, armarinhos, ou outros locais cujos objetos oferecidos

    estejam de acordo com suas poticas, sejam os baldes e bacias coloridas de Nino

    Cais (Figura 1), as miniaturas de Jeanete Musatti (Figura 2) ou os prendedores de

    roupas de Lynn Beldner (Figura 3).

  • Figura 1. Instalao de Nino Cais. 2007/2009. Disponvel em http://ninocais.tumblr.com/. Acesso em

    19 de junho de 2014.

    Figura 2. Obra de Jeanete Musatti, South Amrica. 1988. Fonte: MUSATTI, Jeanete. So Paulo: DBA

    Artes Grficas. 2009.

    Figura 3. Detalhe do trabalho de Lynn Beldner, Mesa. 2011. Disponvel em:

    http://www.lynnbeldner.com/stuff/ Acesso em 19 de junho de 2014.

    A respeito do tamanho dos objetos, Moles (1991, p. 27) considera micro-objetos

    aqueles que se seguram entre os dedos, j Michel Peterson quando descreve os

    pequenos objetos na poesia de Francis Ponge (2000, p. 16) identifica como

    pequeno, aqueles que se podem pegar no cncavo da mo. De uma maneira ou

  • outra, quando o objeto escolhido, estabelece-se uma relao de escala entre ele e

    a pessoa que o carrega. E, no momento em que adquirido, sofre apropriao e

    deslocamento de sua funo para ganhar vida no contexto da arte onde lhe dado

    um novo significado do qual podem surgir outras diferentes relaes de

    comunicao. Jeanete Musatti e Lynn Beldner utilizam estes objetos de pequena

    escala em suas criaes o que mais refora a necessidade de arquiva-los de

    maneira organizada e visvel para que estejam disponveis e acessveis a qualquer

    momento.

    Jeanete Musatti guarda parte de seus objetos em arquivos de ao com vrias

    gavetas e, segundo depoimento da artista, ela os considera como sua paleta de

    pintura (SOARES, 2002), Figura 4.

    Figura 4. Gaveta do arquivo de Jeanete Musatti. Frame do documentrio Jeanete Musatti. Fonte:

    Soares (2002).

    So miniaturas originalmente usadas para prtica de artesanato, botes, estojos,

    sapatos de crianas, ferragens e coisas muitas vezes insignificantes ao olhar

    cotidiano que naturalmente correriam o risco de serem descartados.

    Lynn Beldner similarmente, mas de forma mais metdica e especfica possui em seu

    ateli uma estrutura organizada para acolher seu material de trabalho, ela mantm

    suas pequenas coisas, como ganchos, parafusos e lmpadas classificadas e

    separadas em gavetas e potes, muitas vezes etiquetadas, tornando-as de fcil

    acesso e visveis ao uso (Figura 5).

  • Figura 5: Arquivos poticos de objetos diversos de Lynn Beldner. 2014. Fotografia de Lynn Beldner,

    acervo da Artista.

    Assim, os arquivos de objetos cotidianos destas artistas trazem consigo a

    organizao e classificao dos objetos adquiridos de acordo com a necessidade e

    personalidade de cada uma, mas a partir do momento em que se apropriam e

    tomam posse destas coisas, estas tem a sua funo de comunicao ressignificada

    quando se tornam obra de arte.

    Ao trazer os objetos para o ateli, comea uma srie de etapas de organizao cuja

    execuo adequada poder ocasionar em melhor ou pior facilidade de criao e

    eficcia esttica do objeto artstico criado. Jacques Rancire (2012, p.58) denomina

    que eficcia esttica a eficcia da suspenso de qualquer relao direta entre as

    produes das formas de arte e a produo de um efeito determinado sobre um

    pblico determinado isto , existe uma diferena entre o que o artista formalmente

    prope e a compreenso sensvel do espectador, entendendo-se que deva existir

    uma lacuna espao temporal para a percepo do espectador e o reconhecimento

    da obra como tal. Acredita-se que a organizao material atravs de arquivos possa

    potencializar o trabalho objetivando a eficcia esttica da obra de arte. Este

    pensamento est de acordo com o entendimento de que o processo de obteno da

    obra to importante quanto a obra final e possvel potencializar o processo

    criativo quando se conhece seu prprio mtodo de trabalho e coloca-se nas

    condies ideais para criao em um ambiente dinmico e flexvel mas em que se

    tenha vista as referncias e o suporte material necessrio, suas ferramentas e

    seus cdigos de linguagem. Os procedimentos de criao do artista podem incluir

  • anotaes, esboos, referncias visuais, e entre outros vestgios da obra, os

    arquivos poticos, estes, so objetos de estudo de tericos e crticos de processo

    (SALLES, 2008) que buscam o entendimento da gnese da obra e maior

    aproximao com a obra do artista. Do ponto de vista do criador entendemos que a

    partir do conhecimento de seus prprios documentos do processo e seu mtodo de

    trabalho aliado ao ambiente, possvel alcanar a melhor performance de criao.

    Segundo Salles (2012, p. 525) o debate sobre a produo artstica recai, em muitos

    casos, sobre questes que envolvem o processo de criao tornando-o importante

    na insero da obra no sistema das artes e no contexto da arte contempornea.

    Tendo em vista a conscincia da importncia do ambiente e seus elementos para

    criao o artista pode-se propor mtodos estratgicos para compor seus arquivos

    poticos. Quando o artista adquire um objeto, a escolha pode vir atravs de uma

    percepo instantnea de algo que se mostra adequado naquele momento, ento

    ele arquivado para posterior ativao no processo artstico, pois, muitas vezes no

    se sabe de antemo como ser utilizado. Neste sentido, buscam-se regras bsicas e

    intuitivas de organizao de arquivos, de acordo com a necessidade do artista.

    Acomoda-se em caixas e/ou gavetas de preferncia transparentes. O momento de

    arquivar muito importante, ao organizar, se conhece o objeto, se pega na mo,

    aproxima-se o olhar e criam-se relaes com o corpo de quem o toca. Este simples

    gesto de manipulao poder ativar o processo criativo. Cecilia Salles defende

    manter-se um dossi de criao para potencializar a eficincia do processo, assim,

    durante a criao do arquivo de objetos torna-se importante, fazer anotaes sobre

    o objeto ou de possveis situaes de uso. Visualmente, est-se buscando um

    espao frtil para a criao, composto pelos objetos aparentes organizados de

    maneira que facilitem a visibilidade e manuseio.

    A partir destes arquivos poticos organizados de maneira diversa, os elementos

    esto disposio do artista. Estabelecem-se a convivncia e as relaes de afeto

    com os objetos. neste momento que acontecem os estudos prticos, tentativas,

    esboos, anotaes e registros para a finalizao do trabalho escultrico que pode

    ser satisfatrio, ocupando lugar de destaque na produo ou no satisfatrio quando

    pode ser descartado, destrudo ou utilizado como estudo para nova criao, tornar-

    se latente e, quem sabe, voltando a compor os arquivos poticos. Cecilia Salles

    (2008, p.15) nos diz que o processo de criao, pode ser descrito como um

  • movimento falvel com tendncias, sustentado pela lgica da incerteza, englobando

    a interveno do acaso e abrindo espao para a introduo de ideias novas, logo,

    neste vai-e-vem flexvel da criao onde erros e acertos coabitam, as falhas so

    igualmente importantes e pela persistncia levam a continuidade do processo no

    qual se pode recorrer constantemente aos arquivos poticos.

    Utilizao dos arquivos poticos para ecossistemas inventados

    A produo tridimensional dos artistas escolhidos para esta abordagem caracteriza-

    se pela juno entre os objetos extrados dos arquivos poticos onde se encontram

    organizados e habitando espaos ntimos como gavetas e caixas. Propem-se o

    estudo do objeto em grupo abordada por Moles (1981, p. 20) onde os elementos do

    grupo, objetos, conhecendo-se uns aos outros , coabitam , coexistem num espao

    restrito como uma ecologia dos objetos. O autor estabelece similaridades entre as

    populaes biolgicas e as artificiais composta por criaes humanas. O homo faber

    aquele que cria, e produz os artefatos essenciais para sua vida, vive entre suas

    coisas e tambm faz parte deste sistema ecolgico misto que inclui seres vivos e

    outros que no so vivos considerando o significado mais comum da palavra, mas

    so vivos na presena e na afetividade podendo alcanar grande valor nas relaes

    humanas. Neste sentido, tomamos emprestado da biologia o conceito de

    ecossistema para contextualizar os trabalhos dos artistas abordados. Segundo

    zologo e eclogo Eugene Odum (1913 -2002) um ecossistema

    tem como ideia principal a unidade entre os organismos, na qual, outras caractersticas fundamentais incluem: limites (espao-temporais); fatores e componentes que se influenciam mutuamente; sistemas abertos, com entradas (exemplo: luz solar) e sadas (exemplo: respirao e emigrao); e capacidade de resistir e/ou adaptar-se a distrbios (ANGELINI, 1999, p. 2).

    Ao observar os trabalhos aqui apresentados entende-se que os artistas

    estabeleceram relaes entre os elementos que escolherem para suas poticas

    pessoais que se aproximam de ecossistemas. Tais ecossistemas no so naturais,

    precisam de um gesto efetivo e um olhar diferenciado para existir, so ecossistemas

    inventados compostos por coisas que se aproximam e dividem espaos, sejam em

    compartimentos fechados como estojos e caixas, ou livres no espao definido pelo

    artista. A princpio esta prtica de aproximao de coisas poderia ser identificada

    como simples colagens, sobreposies ou assemblages onde se acumulam e

  • sobrepem coisas, mas, entendemos que a unio entre os objetos nas obras to

    importante que cria uma relao de dependncia entre elas na qual qualquer

    alterao nesta relao modifica todo o sistema e seu significado. Neste caso,

    quando o objeto escultrico ou a instalao instaurada e apresentada ao pblico

    est-se propondo que o sistema se complete com o espectador, a parte viva destes

    ecossistemas inventados.

    REFERNCIAS

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    Roseli Nery Artista visual, pesquisadora e Professora Assistente no Instituto de Letras e Artes da Universidade Federal do Rio Grande FURG. Doutoranda e Mestre em Poticas Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS. Bolsista CAPES/PDSE processo n 99999.003927/2014-08. Graduada em Artes Plsticas pela Fundao Armando lvares Penteado FAAP/So Paulo.