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1. O Egito é visitado anualmente por milhões de turistas de todos os quadrantes do planeta, desejosos de ver com os próprios olhos a grandiosidade do poder esculpida em pedra há milênios: as pirâmides de Gizeh, as tumbas do Vale dos Reis e os numerosos templos construídos ao longo do Nilo. O que hoje se transformou em atração turística era, no passado, interpretado de forma muito diferente, pois a) significava, entre outros aspectos, o poder que os faraós tinham para escravizar grandes contingentes populacionais que trabalhavam nesses monumentos. b) representava para as populações do alto Egito a possibilidade de migrar para o sul e encontrar trabalho nos canteiros faraônicos. c) significava a solução para os problemas econômicos, uma vez que os faraós sacrificavam aos deuses suas riquezas, construindo templos. d) representava a possibilidade de o faraó ordenar a sociedade, obrigando os desocupados a trabalharem em obras públicas, que engrandeceram o próprio Egito. e) significava um peso para a população egípcia, que condenava o luxo faraônico e a religião baseada em crenças e superstições.

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Page 1: Arquivo - Antiguidades

1. O Egito é visitado anualmente por milhões

de turistas de todos os quadrantes do planeta,

desejosos de ver com os próprios olhos a

grandiosidade do poder esculpida em pedra há

milênios: as pirâmides de Gizeh, as tumbas do

Vale dos Reis e os numerosos templos

construídos ao longo do Nilo.

O que hoje se transformou em atração turística

era, no passado, interpretado de forma muito

diferente, pois

a) significava, entre outros aspectos, o poder que os faraós tinham para escravizar grandes contingentes populacionais que trabalhavam nesses monumentos.

b) representava para as populações do alto Egito a possibilidade de migrar para o sul e encontrar trabalho nos canteiros faraônicos.

c) significava a solução para os problemas econômicos, uma vez que os faraós sacrificavam aos deuses suas riquezas, construindo templos.

d) representava a possibilidade de o faraó ordenar a sociedade, obrigando os desocupados a trabalharem em obras públicas, que engrandeceram o próprio Egito.

e) significava um peso para a população egípcia, que condenava o luxo faraônico e a religião baseada em crenças e superstições.

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2. Ao visitar o Egito do seu tempo, o historiador grego Heródoto (484 - 420/30 a.C.) interessou-se por fenômenos que lhe pareceram incomuns, como as cheias regulares do rio Nilo. A propósito do assunto, escreveu o seguinte: "Eu queria saber por que o Nilo sobe no começo do verão e subindo continua durante cem dias; por que ele se retrai e a sua corrente baixa, assim que termina esse número de dias, sendo que permanece baixo o inverno inteiro, até um novo verão. Alguns gregos apresentam explicações para os fenômenos do rio Nilo. Eles afirmam que os ventos do noroeste provocam a subida do rio, ao impedir que suas águas corram para o mar. Não obstante, com certa frequência, esses ventos deixam de soprar, sem que o rio pare de subir da forma habitual. Além disso, se os ventos do noroeste produzissem esse efeito, os outros rios que correm na direção contrária aos ventos deveriam apresentar os mesmos efeitos que o Nilo, mesmo porque eles todos são pequenos, de menor corrente." Heródoto. História (trad.). livro II, 19-23. Chicago: Encyclopaedia Britannica Inc. 2

a ed.

1990, p. 52-3 (com adaptações).

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Nessa passagem, Heródoto critica a explicação de alguns gregos para os fenômenos do rio Nilo. De acordo com o texto, julgue as afirmativas a seguir. I. Para alguns gregos, as cheias do Nilo devem-se ao fato de que suas águas são impedidas de correr para o mar pela força dos ventos do noroeste.

II. O argumento embasado na influência dos ventos do noroeste nas cheias do Nilo sustenta-se no fato de que, quando os ventos param, o rio Nilo não sobe.

III. A explicação de alguns gregos para as cheias do Nilo baseava-se no fato de que fenômeno igual ocorria com rios de menor porte que seguiam na mesma direção dos ventos.

É correto apenas o que se afirma em a) I. b) II. c) I e II. d) I e III. e) II e III.

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3. O ser humano, no decorrer de seu processo histórico, desenvolveu noções de justiça em detrimento da prática da vingança. O primeiro código de leis, denominado de Código de Hamurabi, pouco rompia com a valorização da vingança, mantendo o princípio da Lei de Talião expresso na máxima ―Olho por olho, dente por dente‖. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o povo que elaborou na antiguidade o referido código e em que tipo de escrita ele foi impresso. a) Assírios – escrita árabe. b) Babilônios – escrita cuneiforme. c) Mesopotâmios – escrita alfabética. d) Persas – escrita farsi. e) Sumérios – escrita hieroglífica.

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4. Examine estas imagens produzidas no antigo Egito:

As imagens revelam a) o caráter familiar do cultivo agrícola no

Oriente Próximo, dada a escassez de mão de obra e a proibição, no antigo Egito, do trabalho compulsório.

b) a inexistência de qualquer conhecimento tecnológico que permitisse o aprimoramento da produção de alimentos, o que provocava longas temporadas de fome.

c) o prevalecimento da agricultura como única atividade econômica, dada a impossibilidade de caça ou pesca nas regiões ocupadas pelo antigo Egito.

d) a dificuldade de acesso à água em todo o Egito, o que limitava as atividades de plantio e inviabilizava a criação de gado de maior porte.

e) a importância das atividades agrícolas no antigo Egito, que ocupavam os trabalhadores durante aproximadamente metade do ano.

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5. O islamismo é a religião que mais cresce no mundo contemporâneo. Suas origens remontam ao século VII d.C. e sua expansão foi baseada na Jihad, guerra santa contra outros povos, especialmente os cristãos. Entre os séculos VII e VIII, foi constituído o Império Árabe-Muçulmano – que dominou a Península Arábica –, os territórios dos atuais Irã e Iraque, todo o norte da África e a Península Ibérica (atuais Portugal e Espanha). Nesse processo de expansão, os árabes assimilaram muitos legados culturais de outros povos com os quais conviveram, como as tradições da cultura clássica e oriental. Além disso, fizeram com que valores culturais da Antiguidade Clássica chegassem ao mundo moderno. Isso foi possível porque os árabes: a) conseguiram profetizar os destinos da

humanidade por meio dos signos do zodíaco. b) difundiram, por intermédio da literatura, a

obra mais conhecida dos chineses, que é Mil e uma Noites, reunião de histórias registradas entre os Séculos VIII e IX, e lidas ainda hoje no mundo ocidental.

c) levaram para a Europa, por meio da ocupação da Península Ibérica, antigas técnicas romanas de cultivo, habilidades de arte na representação humana e a perspectiva linear na pintura.

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d) traduziram e difundiram muitos textos, concretizando importantes realizações, a partir do pensamento grego.

e) inventaram o papel, a pólvora, a bússola, o astrolábio, os algarismos árabes e a álgebra.

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6. Os escribas do Egito antigo ocupavam uma posição subalterna na hierarquia administrativa governamental frente à aristocracia burocrática. Sua posição social era inferior em relação aos conselheiros do Faraó, aos chefes da administração, à nobreza territorial, à elite militar e aos sacerdotes. Mas as características de seu ofício os afastavam de trabalhos forçados e das arbitrariedades das elites, que subjugavam e exploravam camponeses livres e escravos de origem estrangeira. Tal condição privilegiada se explicava: a) pelas possibilidades de ascensão social dos

escribas que, em função do sucesso de suas carreiras, poderiam ocupar posições no alto escalão da administração pública.

b) por serem provenientes do meio social dos felás, camponeses livres, que investiam na formação educacional de seus filhos mais inclinados ao serviço público.

c) pelo domínio dos escribas dos segredos da escrita demótica e dos hieróglifos, do cálculo e, por conseguinte, da organização das atividades da administração pública.

d) pelo domínio exclusivo dos escribas do idioma escrito, da matemática, da agrimensura e dos processos administrativos em geral.

e) pela dependência direta de faraós e altos funcionários reais relativa aos conhecimentos

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dos escribas, que formavam uma corporação intelectual dotada de poder político.

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7. Relacione as civilizações da Antiguidade apresentadas na COLUNA A a cada localização que as identificam, elencadas na COLUNA B.

COLUNA A COLUNA B

1. Fenícia ( ) Nordeste da África

2. Egípcia ( ) Atual Líbano

3. Mesopotâmica

( ) Atual Irã

4. Persa ( ) Atual Iraque

Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente os parênteses, de cima para baixo. a) 1 – 3 – 2 – 4 b) 1 – 2 – 4 – 3 c) 2 – 1 – 4 – 3 d) 2 – 4 – 1 – 3 e) 3 – 4 – 2 – 1

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8.

Os egípcios da Antiguidade acreditavam que a vida continuava no além-túmulo e que, para isso, era preciso que o ambiente social, em que os donos dos túmulos viveram, fosse representado nas suas paredes. Essas pinturas da tumba de Nakht, escriba do Império, representam a) as intervenções e modificações realizadas

pelos antigos egípcios no mundo natural, por meio de técnicas e conhecimentos adquiridos.

b) as secas periódicas, que afligiam os antigos egípcios e resultavam do baixo índice pluviométrico nas cabeceiras do rio Nilo.

c) os conflitos sociais presentes na antiga sociedade egípcia que opunham a nobreza aos altos funcionários públicos.

d) o poder teocrático dos faraós que eram considerados filhos do deus Sol e, devido a isso, justos e infalíveis.

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e) a falta de habilidade dos antigos pintores egípcios, incapazes de retratar a vida cotidiana da população.

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9. Leia o texto, a seguir, que explica os mecanismos de escravização na Assíria da Antiguidade. Os pequenos cultivadores, que tomavam valores ou mercadorias emprestados, deviam encontrar-se constantemente na impossibilidade de reembolsar seus credores, os quais se ressarciam escravizando-os. O resultado dessa situação é que pessoas arruinadas vendiam seus filhos para subsistir. Entretanto, a grande massa de escravos provinha dos prisioneiros de guerra, resultados de operações militares. (GARELLI, Paul. Oriente próximo asiático: impérios mesopotâmicos, Israel. São Paulo: EDUSP, 1982, p.120. Adaptado) Considerando as informações apresentadas, é correto afirmar que a escravidão da Assíria antiga a) empregava predominantemente a mão de

obra de negros africanos escravizados em batalhas.

b) estava relacionada às práticas econômicas de empréstimos e às guerras de expansão territorial.

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c) resultava do excesso populacional na Assíria durante o período de expansão do Império Islâmico.

d) baseava-se na discriminação racial aos povos de origem judaica que circulavam como nômades.

e) organizava-se de acordo com o modelo econômico mercantilista, visando à acumulação de capitais.

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10. As cidades antigas, construídas por diversas sociedades, expressaram através do tempo sua cultura, arquitetura, ciência e modo de vida. Muitas se tornaram monumentos ao ar livre, nos quais se desenvolveram pesquisas arqueológicas que abasteceram de objetos históricos as maiores coleções museográficas europeias. Relacione as cidades, na coluna da esquerda, com as suas respectivas sociedades, na coluna da direita. (I) Biblos (A)Suméria (II) Chichén-Itza

(B) Persa

(III) Lagash (C) Maia (IV) Machu-Pichu

(D) Inca

(V) Pasárgada

(E) Fenícia

Assinale a alternativa que contém a associação correta. a) I-B, II-D, III-E, IV-A, V-C. b) I-C, II-A, III-D, IV-E, V-B. c) I-C, II-D, III-E, IV-B, V-A. d) I-E, II-A, III-D, IV-B, V-C. e) I-E, II-C, III-A, IV-D, V-B.

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11. TEXTO l Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação. TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado). TEXTO II Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar justiça e exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados. ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985. Comparando os textos l e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para

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Aristóteles (no século IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a) a) prestígio social. b) acúmulo de riqueza. c) participação política. d) local de nascimento. e) grupo de parentesco. 12. Durante a realeza, e nos primeiros anos republicanos, as leis eram transmitidas oralmente de uma geração para outra. A ausência de uma legislação escrita permitia aos patrícios manipular a justiça conforme seus interesses. Em 451 a.C., porém, os plebeus conseguiram eleger uma comissão de dez pessoas – os decênviros – para escrever as leis. Dois deles viajaram a Atenas, na Grécia, para estudar a legislação de Sólon. COULANGES, F. A cidade antiga. São Paulo: Martins Fontes, 2000. A superação da tradição jurídica oral no mundo antigo, descrita no texto, esteve relacionada à a) adoção do sufrágio universal masculino. b) extensão da cidadania aos homens livres. c) afirmação de instituições democráticas. d) implantação de direitos sociais. e) tripartição dos poderes políticos.

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13.

A figura apresentada é de um mosaico, produzido por volta do ano 300 d.C., encontrado na cidade de Lod, atual Estado de Israel. Nela, encontram-se elementos que representam uma característica política dos romanos no período, indicada em: a) Cruzadismo — conquista da terra santa. b) Patriotismo — exaltação da cultura local. c) Helenismo — apropriação da estética grega. d) Imperialismo — selvageria dos povos

dominados. e) Expansionismo — diversidade dos territórios

conquistados. 14. Segundo Aristóteles, ―na cidade com o

melhor conjunto de normas e naquela dotada

de homens absolutamente justos, os cidadãos

não devem viver uma vida de trabalho trivial ou

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de negócios — esses tipos de vida são

desprezíveis e incompatíveis com as

qualidades morais —, tampouco devem ser

agricultores os aspirantes à cidadania, pois o

lazer é indispensável ao desenvolvimento das

qualidades morais e à prática das atividades

políticas‖.

VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na

cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994.

O trecho, retirado da obra Política, de

Aristóteles, permite compreender que a

cidadania

a) possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar.

b) era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade.

c) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica.

d) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos

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deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.

e) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade.

15. "Somos servos da lei para podermos ser livres." Cícero "O que apraz ao príncipe tem força de lei." Ulpiano As frases acima são de dois cidadãos da Roma Clássica que viveram praticamente no mesmo século, quando ocorreu a transição da República (Cícero) para o Império (Ulpiano). Tendo como base as sentenças acima, considere as afirmações: I. A diferença nos significados da lei é apenas aparente, uma vez que os romanos não levavam em consideração as normas jurídicas.

II. Tanto na República como no Império, a lei era o resultado de discussões entre os representantes escolhidos pelo povo romano.

III. A lei republicana definia que os direitos de

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um cidadão acabavam quando começavam os direitos de outro cidadão. IV. Existia, na época imperial, um poder acima da legislação romana. Estão corretas, apenas: a) I e III. b) I e III. c) Il e III. d) II e IV. e) III e IV. 16. Em certos aspectos, os gregos da Antiguidade foram sempre um povo disperso. Penetraram em pequenos grupos no mundo mediterrânico e, mesmo quando se instalaram e acabaram por dominá-lo, permaneceram desunidos na sua organização política. No tempo de Heródoto, e muito antes dele, encontravam-se colônias gregas não somente em toda a extensão da Grécia atual, como também no litoral do Mar Negro, nas costas da atual Turquia, na Itália do sul e na Sicília oriental, na costa setentrional da África e no litoral mediterrânico da França. No interior desta elipse de uns 2500km de comprimento, encontravam-se centenas e centenas de comunidades que amiúde diferiam na sua estrutura política e que afirmaram sempre a sua soberania. Nem então nem em nenhuma

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outra altura, no mundo antigo, houve uma nação, um território nacional único regido por uma lei soberana, que se tenha chamado Grécia (ou um sinônimo de Grécia). FINLEY M. I. O mundo de Ulisses. Lisboa: Editorial Presença, 1972. Adaptado. Com base no texto, pode-se apontar corretamente a) a desorganização política da Grécia antiga,

que sucumbiu rapidamente ante as investidas militares de povos mais unidos e mais bem preparados para a guerra, como os egípcios e macedônios.

b) a necessidade de profunda centralização política, como a ocorrida entre os romanos e cartagineses, para que um povo pudesse expandir seu território e difundir sua produção cultural.

c) a carência, entre quase todos os povos da Antiguidade, de pensadores políticos, capazes de formular estratégias adequadas de estruturação e unificação do poder político.

d) a inadequação do uso de conceitos modernos, como nação ou Estado nacional, no estudo sobre a Grécia antiga, que vivia sob outras formas de organização social e política.

e) a valorização, na Grécia antiga, dos princípios do patriotismo e do nacionalismo,

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como forma de consolidar política e economicamente o Estado nacional.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES: A partir do século VII a.C., muitas comunidades nas ilhas, na Grécia continental, nas costas da Turquia e na Itália construíram grandes templos destinados a deuses específicos: os deuses de cada cidade. As construções de templos foram verdadeiramente monumentais. [...] Tornaram-se as novas moradias dos deuses. Não eram mais deuses de uma família aristocrática ou de uma etnia, mas de uma pólis. Eram os deuses da comunidade como um todo. A religião surgiu, assim, como um fator aglutinador das forças cooperativas da pólis. [...] A construção monumental foi influenciada por modelos egípcios e orientais. Sem as proezas de cálculo matemático, desenvolvidas na Mesopotâmia e no Egito, os grandes monumentos gregos teriam sido impossíveis. GUARINELLO, Norberto Luiz. História antiga, 2013.

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17. A relação estabelecida no texto entre a arquitetura grega e a arquitetura egípcia e oriental pode ser justificada pela a) circulação e comunicação entre povos da

região mediterrânica e do Oriente Próximo, que facilitaram a expansão das construções em pedra.

b) dominação política e militar que as cidades-estados gregas, lideradas por Esparta, impuseram ao Oriente Próximo.

c) presença hegemônica de povos de origem árabe na região mediterrânica, que contribuiu para a expansão do Islamismo.

d) difusão do helenismo na região mediterrânica, que assegurou a incorporação de elementos culturais dos povos dominados.

e) força unificadora do cristianismo, que assegurou a integração e as recíprocas influências culturais entre a Europa e o norte da África.

18. Segundo o texto, um papel fundamental da religião, na Grécia antiga, foi o de a) eliminar as diferenças étnicas e sociais e

permitir a igualdade social. b) estabelecer identidade e vínculos

comunitários e unificar as crenças. c) impedir a persistência do paganismo e

afirmar os valores cristãos.

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d) eliminar a integração política, militar e cultural entre as cidades-estados.

e) valorizar as crenças aristocráticas e eliminar as formas de culto populares.

19. Em 509 a.C., Clístenes assumiu o poder em Atenas e implantou uma série de reformas que viriam a consolidar a democracia escravista naquela cidade-estado da Grécia Antiga. Dentre tais reformas, NÃO se pode apontar a a) divisão dos cidadãos em dez tribos de

acordo com o domicílio, e não mais conforme o genos.

b) criação do instituto do ostracismo para impedir a implantação de uma tirania na polis.

c) instituição de unidades militares formadas por cada tribo sob o comando dos chamados estrategos.

d) extensão dos direitos de cidadania e de participação nas decisões políticas ao grupo social dos metecos.

e) participação de todas as tribos na escolha dos magistrados e membros da Assembleia Judicial.

20. Leia o texto a seguir. Alexandre não tentou reorganizar a cidade, como pretendiam Platão e Aristóteles, mas

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inaugurou um novo modo de governar. Nesse sentido, a sua ação contrariou profundamente as orientações que recebera de Aristóteles. MARTINS, O. S.; MELO, J. J. P. A paideia helenística. Apud ROSSI, A. L. D. O. C. (Org.). Migrações e imigrações entre saberes, culturas e religiões no mundo antigo e medieval. Assis: Unesp, 2009. p. 35. O fragmento se refere ao governo do imperador Alexandre Magno no século IV a.C. A partir da análise do texto e considerando o contexto a que se refere, destaca-se, como uma das características do governo de Alexandre Magno, a a) ênfase na política de paz com os impérios

orientais, por meio de alianças com os persas e os egípcios, colocando fim à expansão grega.

b) afirmação da cultura grega como a forma de expressão aceita, estabelecendo o sofismo como base para o governo da pólis.

c) adoção da religião politeísta e antropomórfica, composta de vários deuses que se assemelhava aos homens, substituindo a adoração ao imperador.

d) valorização da filosofia como fundamento da vida cívica, utilizando o estoicismo e o epicurismo para justificar a existência da pólis.

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e) retomada do despotismo em que a autoridade do governo era inquestionável, sepultando as conquistas de direitos que fundamentaram a democracia.

GABARITO Resposta da questão 10: [E] Resposta da questão 9: [B] Resposta da questão 8: [A] Resposta da questão 7:

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[C] Resposta da questão 6: [C] Resposta da questão 5: [D] Resposta da questão 4: [E] Resposta da questão 3: [B] Resposta da questão 2: [A] Resposta da questão 1:

[A]

Resposta da questão 20: [E] Resposta da questão 19: [D] Resposta da questão 18: [B] Resposta da questão 17: [A] Resposta da questão 16:

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[D] Resposta da questão 15: [E] Resposta da questão 14:

[B]

Resposta da questão 13: [E] Resposta da questão 12: [B] Resposta da questão 11: [C]

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Gabarito: Resposta da questão 1:

[A]

O enunciado e a alternativa correta da questão remetem a aspectos da vida no Antigo Egito, quais sejam, o poder teocrático do faraó, a arquitetura representada pelas pirâmides e os templos e o trabalho. No entanto, a ênfase no poder do faraó de ―escravizar grandes contingentes‖, requer observar que a forma de trabalho predominante no Antigo Egito era servidão coletiva (modo de produção asiático). Assim sendo, o faraó requisitava compulsoriamente mão de obra abundante junto às comunidades sob seu poder. Resposta da questão 2: [A] A resposta da questão não depende de conhecimento ou de interpretação histórica. É apenas uma interpretação do texto que deve ser confrontada com as três afirmações realizadas. Resposta da questão 3: [B] Somente a proposição [B] está correta. A questão remete a civilização da Mesopotâmia no contexto da Antiguidade Oriental. Na antiga Mesopotâmia, civilização que se desenvolveu entre os rios Tigre e Eufrates, atual Iraque, havia três regiões diferentes: os Sumérios ao sul, Assíria ao norte e a Acádia ao centro. Na região da Acádia, o povo Amorita fez da cidade da Babilônia a capital do seu império, o Primeiro Império Babilônico, 2000 a.C. até 1600 a.C. O auge deste império ocorreu no reinado de Hamurabi entre 1728-1686 a.C. Este imperador elaborou o famoso código de Hamurabi utilizando a escrita cuneiforme, ou seja, em forma de cunha, pautado no princípio de ―Talião‖, ―olho por olho, dente por dente, vida por vida‖, ou seja, as punições devem ser na mesma proporção do delito cometido. Resposta da questão 4: [E] A agricultura – marca básica da passagem do Paleolítico para o Neolítico – foi a base das primeiras civilizações antigas, como o Egito Antigo. Parte central da economia egípcia, a agricultura movimentava todos os segmentos sociais egípcios, como mostram as imagens. Resposta da questão 5: [D] No processo de expansão dos árabes em direção ao Ocidente houve a integração de uma série de conhecimentos ocidentais, orientais e clássicos ao cotidiano árabe, uma vez que esse povo tinha por hábito a tradução dos textos – em especial da Grécia Antiga – para o árabe, como forma de difusão do conhecimento. Resposta da questão 6: [C] Os escribas eram os únicos no Egito Antigo a dominar a leitura e a escrita dos hieróglifos. Essa condição dava a essa classe social certo privilégio dentro da organização do Estado, colocando os escribas acima dos camponeses e dos escravos. Resposta da questão 7: [C]

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Somente a alternativa [C] está correta. A questão remete as civilizações da Antiguidade Oriental e sua localização na atualidade. A Fenícia é o atual Líbano, a Mesopotâmia é o atual Iraque, o Persa é o atual Irã e o Egito Antigo tem o mesmo nome e se localiza no Norte da África. Resposta da questão 8: [A] Somente a alternativa [A] está correta. No Egito Antigo acreditava-se na vida após a morte, daí a necessidade de representar nos túmulos o estilo de vida que a pessoa teve ao longo de sua existência. As pinturas faziam parte das tumbas. Grande parte das pinturas eram feitas nas paredes das pirâmides retratando a vida dos faraós, as ações dos deuses, a vida após a morte e outros temas da vida religiosa. Estes desenhos eram realizados com as figuras mostradas de perfil. Os egípcios antigos não conheciam a técnica da perspectiva com imagens tridimensionais. Os desenhos eram acompanhados de textos. As demais alternativas estão incorretas. Resposta da questão 9: [B] O texto deixa bem claro os tipos de escravidão empregados na Assíria: (1) por razões financeiras (empréstimos ou dívidas) e (2) por motivos de guerra (conquistas territoriais). Resposta da questão 10: [E] Somente a alternativa [E] está correta. Biblos foi uma importante cidade da civilização Fenícia na Antiguidade, como foi Lagash para a Suméria, Pasárgada para os Persas, Machu-Pichu para os Incas e Chichén-Itza para os Maias. Resposta da questão 11: [C] Os trechos ―olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil‖ (primeiro texto) e ―um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar justiça e exercer funções públicas‖ (segundo texto) são demonstrativos das opiniões dos autores, que julgam a cidadania pela participação política das pessoas. Resposta da questão 12: [B] Como a própria questão deixa claro, quando a legislação era transmitida oralmente, as classes superiores "manipulavam a justiça de acordo com seus interesses". Isso posto, quando a legislação passou a ser escrita, houve o aumento do direito à cidadania pelas classes inferiores. Resposta da questão 13: [E] O período destacado foi marcado pelo apogeu do expansionismo romano, época do Império, quando Roma dominava todos os territórios ao redor do Mediterrâneo, incluindo a Palestina. O mosaico de animais demonstra a quantidade e diversidade desses territórios. Resposta da questão 14:

[B]

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Apesar de a alternativa correta enfatizar privilégios na participação da vida pública dos ―grupos sociais superiores‖ devido a hierarquização da sociedade ateniense, quando da vigência da democracia na Atenas antiga, em termos práticos todo homem livre, nascidos na cidade e filho de pai ateniense tinha não só o direito como a obrigação de participar da política ateniense. Assim sendo, a alternativa E também poderia ser validada como correta. Resposta da questão 15: [E] A primeira afirmação está ERRADA, pois as leis sempre foram importantes na História romana, mesmo no período de maior centralização política. Também ERRADA a segunda afirmação, pois no período imperial, apesar de haver eleição para o Senado, esta instituição estava subordinada ao poder imperial. No período republicano, a ideia de cidadania atingiu sua expressão máxima, decaindo posteriormente com o estabelecimento do Império. Resposta da questão 16: [D] A Grécia Antiga nunca chegou a ser uma Nação ou um Império (termo muito usado na Antiguidade). A Grécia era o que chamamos de organização em cidades-Estados. Sendo assim, cada povo grego, em cada cidade-Estado, vivia a sua maneira, de modo descentralizado ou disperso, como classifica o autor do texto que acompanha a questão. Resposta da questão 17: [A] Somente a alternativa [A] está correta. No contexto da Antiguidade Oriental surgiram grandes civilizações no ―Oriente Próximo‖ que deram contribuições relevantes para as ciências em geral. O Egito antigo desenvolveu a matemática, medicina, astronomia e usou muitas pedras em suas construções funerárias como as pirâmides. A Mesopotâmia também desenvolveu as ciências para construir suas torres denominadas zigurates. Estas civilizações antigas estabeleceram inúmeros contatos através do mar Mediterrâneo. Os gregos em suas viagens conheceram muitos povos e usufruíram muitos dos legados destas civilizações. As demais alternativas estão incorretas. Resposta da questão 18: [B] Somente a alternativa [B] está correta. A questão remete a Grécia Antiga no contexto da Antiguidade Clássica. O texto do historiador Norberto Luiz Guarinello aponta para a construção de templos destinados aos deuses vinculados as pólis. Cada cidade-estado, pólis, possuía suas divindades na qual se construíam templos para homenageá-las. Os templos eram verdadeiros monumentos destinados aos deuses que representavam não apenas a elite agrária ou um determinado grupo social, mas todos os moradores da cidade-estado, toda a comunidade. Desta forma, a religião contribuiu como um elemento de coesão social, unificando as crenças, estabelecendo identidade e vínculos comunitários entre os residentes das pólis. As demais alternativas estão incorretas. A religião não significou igualdade social dentro das pólis e não eliminou diferenças étnicas. Resposta da questão 19: [D] Somente a proposição [D] está correta. As bases da democracia Ateniense foram lançadas pelas reformas de Sólon em 594 a.C. quando aboliu a escravidão por dividas, aboliu o monopólio político dos eupátridas, criou a Bule ou Conselho dos 400 e a Eclésia que consistia em uma assembleia popular. Em 509 a.C., Clístenes criou a democracia aprimorando as

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reformas de Sólon. Foram excluídos da cidadania mulheres, escravos e os estrangeiros chamados de “Metecos” conforme aponta a alternativa [D]. Resposta da questão 20: [E] Somente a proposição [E] está correta. O grande filósofo grego Aristóteles foi professor particular de Alexandre Magno por alguns anos. Com o assassinato de Filipe II em 336 a. C, seu filho Alexandre assumiu o poder e deu continuidade ao projeto do pai, ou seja, montar um grande império através da fusão de gregos e orientais. Alexandre montou um grande império em 13 anos, entre 336-323 a. C, quando morreu aos trinta e três anos de idade. Seu governo despótico e autoritário destoava dos ensinamentos do seu velho mestre Aristóteles que tanto escreveu sobre a política e as formas de governo. Vale ressaltar que o filósofo de Estagira não concordava com a fusão de gregos e orientais, pois considerava que cada povo tem seu temperamento e natureza.

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Resumo das questões selecionadas nesta atividade Data de elaboração: 24/02/2015 às 14:44 Nome do arquivo: Histo-excl

Legenda: Q/Prova = número da questão na prova Q/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro® Q/prova Q/DB Grau/Dif. Matéria Fonte Tipo 1 ............. 90390 ....... Média ............ História .......... Enem/2009 ........................... Múltipla escolha 2 ............. 85471 ....... Média ............ História .......... Enem/2008 ........................... Múltipla escolha 3 ............. 136762 ..... Média ............ História .......... Uel/2015 ............................... Múltipla escolha 4 ............. 135938 ..... Baixa ............. História .......... Fuvest/2015 ......................... Múltipla escolha 5 ............. 134694 ..... Média ............ História .......... Upf/2014 .............................. Múltipla escolha 6 ............. 133146 ..... Média ............ História .......... Uepa/2014 ........................... Múltipla escolha 7 ............. 134279 ..... Baixa ............. História .......... Ucs/2014 .............................. Múltipla escolha 8 ............. 133251 ..... Média ............ História .......... Uea/2014 ............................. Múltipla escolha 9 ............. 130410 ..... Baixa ............. História .......... G1 - ifsp/2014 ...................... Múltipla escolha 10 ........... 128481 ..... Baixa ............. História .......... Uel/2014 ............................... Múltipla escolha 11 ........... 135473 ..... Média ............ História .......... Enem/2014 ........................... Múltipla escolha 12 ........... 127935 ..... Baixa ............. História .......... Enem/2013 ........................... Múltipla escolha 13 ........... 121938 ..... Média ............ História .......... Enem/2012 ........................... Múltipla escolha 14 ........... 90414 ....... Média ............ História .......... Enem/2009 ........................... Múltipla escolha 15 ........... 35198 ....... Média ............ História .......... Enem/2000 ........................... Múltipla escolha 16 ........... 135939 ..... Média ............ História .......... Fuvest/2015 ......................... Múltipla escolha 17 ........... 135694 ..... Média ............ História .......... Unesp/2015 .......................... Múltipla escolha 18 ........... 135693 ..... Média ............ História .......... Unesp/2015 .......................... Múltipla escolha 19 ........... 134543 ..... Média ............ História .......... Pucrs/2014 ........................... Múltipla escolha 20 ........... 134777 ..... Média ............ História .......... Ufg/2014 .............................. Múltipla escolha