arquiteto sergio camargo revela os desafios dos seus mais de 30

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Arquiteto Sergio Camargo revela os desafios dos seus mais de 30 anos de carreira ANO 8 - 2016 - Nº 10 UMA PUBLICAÇÃO DA KNAUF DO BRASIL PARA O PÚBLICO PROFISSIONAL

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Arquiteto Sergio Camargo revela os desafios dos seus mais de 30 anos de carreira

ANO 8 - 2016 - Nº 10 UMA PUBLICAÇÃO

DA KNAUF DO BRASILPARA O PÚBLICO

PROFISSIONAL

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Índice

43 Por dentro do Drywall

03 Mais Estilo | Segmento Hospitalar

47 Entrevista| Vera Fernandes Hachich31 Obras em Destaque

59 Knauf Aquapanel®53Especial Acústica

09 Espaço em Ação | Kharina

71 Tecnotas

15 Ateliê | Pallets 19 Em Perspectiva | Área da saúde

67 Especial Residencial | BK 30

23 Sala de Estar | Sergio Camargo

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Cláudio SoaresDiretor geral da Knauf do Brasil

Preparamos muito conteúdo novo para o mercado da construção

Com o mercado da construção industrializada se profissionalizando cada vez mais, o conteúdo técnico de qualidade, aprofundado e abrangente torna-se imprescindível para a formação e a constante atualização dos profissionais que atuam no setor. Diante deste novo cenário, que traz demandas e desafios novos, a Knauf do Brasil se compromete a investir cada vez mais na disseminação de conhecimento sobre tudo que está relacionado à construção a seco.

Assim, esta edição da Espaço K apresenta nosso novo site (www.knauf.com.br), que se propõe a ser uma verdadeira biblioteca sobre drywall. Com isso, nosso principal objetivo é ampliar o conteúdo disponível sobre o tema.

Ainda seguindo esta linha de proporcionar aperfeiçoamento técnico, apresentamos o Knauf Akademia, que oferece cursos a distância e In Company. Esta também é uma forma de retribuir o comprometimento e a dedicação que os profissionais da construção civil têm destinado a seus projetos. Além das videoaulas, vamos falar também sobre os novos vídeos de nosso canal no YouTube, que mostram o passo a passo de diversos tipos de instalações, como paredes e tetos.

Esta décima edição da Revista Espaço K também abriu espaço para falar sobre a importância que a construção a seco vem ganhando nos projetos e reformas de hospitais e clínicas médicas. Esta é uma área muito promissora e para a qual existem produtos específicos, pensados para atender a todas as necessidades do setor com alta qualidade técnica e excelentes resultados.

Outro destaque desta edição é a acústica, um tema que tem ganhado relevância no cenário nacional, principalmente após a aprovação da Norma de Desempenho NBR 15.575. Além de uma extensa entrevista com a engenheira Vera Fernandes Hachich, integrante da equipe que elaborou a norma, trouxemos ainda uma série de opiniões de especialistas em acústica para falar sobre como está este mercado atualmente.

Selecionamos ainda diversas obras interessantes cujos desafios de execução foram solucionados com os nossos sistemas de drywall e de fachada. Esperamos que esta nova edição da Espaço K possa contribuir e enriquecer o conhecimento de engenheiros, arquitetos, designers de interiores e estudantes da área.

Boa leitura!

Editorial

Fotos:

Mais Estilo: Hospital de olhos • Diogo Santacruz

Clínica AMO • Fernanda Mattos

Centro de Excelência Oncológica • Diogo Santacuz

Hospital 9 de Julho • Fernanda Mattos

Espaço em Ação: Kharina • Diogo Santacruz

Ateliê: Decoração com pallets • Istockphoto

Em Perspectiva: Quanta Medicina Nuclear • Gerson Lima

Hospital São Lucas • Raniere Pedroza

Sala de Estar: Sergio Camargo • Fernanda Mattos

Projeto Grey Brasil • Sergio Camargo

Obras em destaque: EZ Towers • Fernanda Mattos

Grey Brasil • Fernanda Mattos

Projeto Grey Brasil • Sergio Camargo

Theatro NET São Paulo • Fernanda Mattos

Entrevista: Vera Fernandes • Divulgação

Especial Acústica: Foto de abertura • Julio Matias

Foto home • Gerson Lima

Foto home • Divulgação Pedro Camargo Projetos

Capela Arnaldo Jansen • Diogo Santacruz

Aquapanel: UMEI • Divulgação

Pátio Romaima Shopping • José Bugarin

DW Logistics • Divulgação

Shopping Via Parque • Diogo Santacruz

Ibis Porto Alegre • Michele Silva

Especial Residencial: BK 30 • Divulgação BKO

Knauf do BrasilEsta é uma publicação da Gerência de Marketing da Knauf do Brasil

Expediente

Coordenação e Diagramação:Equipe de Marketing da Knauf do Brasil

Projeto editorial: Tauê Lago

Priorité Comunicação Telefones: (21) 2284-2189 | (21) 3124-1030contato@prioritecomunicacao.com.brwww.prioritecomunicacao.com.br

Edição e Redação: Anna Luisa Carvalho Fernanda Rocha

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Mais Estilo

Hospital dos Olhos Sadalla Amin Ghanem - Joinville

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Rapidez e eficiência. Estas são as palavras chaves quando falamos em construção e reformas de hospitais e clínicas na área de saúde. Com sua flexibilidade e praticidade, o drywall vem se mostrando, nos últimos anos, como uma das melhores opções para os ambientes de saúde. As paredes e tetos feitos com chapas de drywall oferecem melhor isolamento acústico e térmico, proteção contra fungos e bactérias e até segurança contra radiação. Além disso, evitam desperdício de material e permitem uma velocidade maior de execução da obra.

Com o objetivo de melhorar a qualidade e sua capacidade de atendimento, o Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem, localizado na cidade de Joinville, em Santa Catarina, decidiu expandir suas instalações e o uso do drywall foi fundamental. Fundado em 1942 e considerado centro de referência na oftalmologia brasileira, o hospital construiu uma nova sede em uma área de aproximadamente 14 mil m2 distribuídos em quatro andares.

Flexibilidade e praticidade do drywall conquistam o segmento hospitalar

Mais Estilo | 04 - 05

Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem - Joinville

Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem - Joinville

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O projeto arquitetônico, executado pela M2 Arquitetura com consultoria da Madrigano Arquitetura Hospitalar, focou na humanização do atendimento. O arquiteto Luis Eduardo S. Thiago, da M2 Arquitetura, explica que o interior do hospital conta com uma decoração repleta de materiais amadeirados, espelhos, mármores e iluminação mais quente, com o uso de leds, para criar um aspecto mais intimista e aconchegante.

Para as paredes e tetos, o material escolhido foi o drywall, por conta da velocidade de execução e do desempenho acústico. De acordo com a engenheira Juliana Garbe, sócia gerente da Minas Construção - distribuidora autorizada Knauf e responsável pela instalação do drywall -, foram utilizados 4.350 m2 dos sistemas de parede Knauf W111 e mais de 5 mil m2 dos sistemas de teto Knauf D112.

Além disso, foram usados 941 m2 de chapas Knauf Vinilboard e 1.182 m2 do forro removível Knauf AMF Thermatex Star. “Por serem removíveis, os forros permitem o acesso a instalações de ar condicionado e outras que estejam no plenum. Já as chapas Vinilboard têm boa resistência e são limpáveis”, ressalta a engenheira.

Aliada ao conforto, a sustentabilidade também foi uma preocupação do projeto. De acordo com o arquiteto, desde a implantação do edifício, houve a preocupação com a utilização da iluminação natural, priorizando o bom aproveitamento da luz solar. “Por isso, a área de maior circulação ficou disposta para o lado sul, com a fachada toda revestida de vidros refletivos verdes, que remetem a uma lente”, completa.

Ampliação

A reforma e ampliação da unidade da Clínica AMO – Assistência Multidisciplinar em Oncologia, localizada no bairro Rio Vermelho, em Salvador, foi toda realizada com os sistemas drywall. Funcionando desde 2010, a unidade possui mais de 200 funcionários e realiza, em média, 500 atendimentos por dia.

De acordo com a arquiteta e urbanista Cristina Calumby, responsável pelo projeto arquitetônico, a necessidade da ampliação surgiu em função do crescimento da área administrativa da clínica.

“O projeto foi concebido visando integrar todos os setores administrativos

através de compartimentações com chapas de drywall Knauf até meia altura e vidro na parte superior. Para garantir a individualidade e privacidade de cada setor, foram utilizados forros acústico e isolantes acústicos”, conta a arquiteta.

Ela explica que a obra foi realizada em duas etapas. A primeira foi o projeto inicial da clinica, abrangendo as áreas administrativa, ambulatorial, clínica e farmácia. A segunda decorreu em função do crescimento da área administrativa, em que, num primeiro momento, foram executados apenas uma área de refeitórios, vestiários, sala de estar de funcionários e algumas salas para administração.

“Em um segundo momento, houve uma ampliação da área administrativa, além da criação de uma sala de treinamento, sala de Pesquisa e Ética, almoxarifado e um depósito e Rouparias (suja e limpa). Fora isso, houve uma ampliação no número de consultórios e uma reformulação total na área da farmácia”, explica.

Ao todo, foram utilizados aproximadamente 3.000 m2 de sistemas de parede Knauf W112, com lã de vidro, nos consultórios, salas de reunião, treinamento e no refeitório. Nas paredes dos vestiários, copa e banheiros foram usadas as chapas Knauf Resistentes à Umidade (RU), também conhecidas

como chapas verdes, indicadas para áreas sujeitas à umidade por tempo limitado e de forma intermitente como cozinhas e banheiros.

Além disso, foram usados cerca de 2.000 m2 de sistemas de teto Knauf D112 nas áreas de circulação, no depósito e no almoxarifado. Já nos consultórios e em algumas salas foram aplicados os forros removíveis Knauf AMF Thermatex e Ecomin.

De acordo com Edilson Ribeiro, diretor da Drycenter, distribuidora autorizada Knauf, entre as vantagens da escolha do drywall para esta obra, além de atender às necessidades do projeto, estão a rapidez de execução, o maior aproveitamento do espaço e a limpeza na obra.

“Em relação à ampliação da área administrativa, o maior desafio foi o pequeno prazo que tínhamos para executar a obra. Já na reformulação da farmácia e ampliação dos consultórios, o maior desafio foi executar a obra sem que afetasse o funcionamento da clinica. E o drywall nos permitiu isso”, diz o diretor.

Oncologia

O drywall também auxiliou a construção do Centro de Excelência Oncológica (CEON), localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Fruto de uma

Clínica AMO - Bahia

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parceria entre a Unimed-Rio e o Grupo Oncoclínicas.

Para abrigar o Centro, a Unimed-Rio alugou 15 salas em um edifício comercial do condomínio LINK, que fica próximo ao hospital. O bloco escolhido foi o contíguo à Unimed-Rio, composto por 12 lojas no subsolo e três salas no térreo do empreendimento.

A arquiteta Fernanda Raimundo, coordenadora do projeto da RAF Arquitetura, explica que a locação das salas disponibilizava mais área no subsolo do condomínio, o que, segundo ela, foi ótimo para o projeto.

“Diferente do que estamos acostumados, o subsolo do condomínio LINK é o espaço mais interessante do empreendimento. Grandes áreas ventiladas, com paisagismo, iluminação natural, espelhos d’água e áreas de estar, transformam o subsolo em uma agradável praça”, conta.

Além disso, em função dos elevadores do edifício, o espaço é naturalmente dividido em dois grandes setores. Dessa maneira, o atendimento aos pacientes foi setorizado, concentrando os serviços e permitindo que cada trecho tivesse sua espera independente.

Já a pequena área disponível no térreo foi aproveitada basicamente para o

Mais Estilo | 06 - 07

acesso dos clientes, com uma recepção, sala de espera, dois consultórios e uma pequena sala de reunião.

“Para a fachada das salas, o cliente solicitou uma proposta colorida e que se destacasse no condomínio. Por isso, fizemos um projeto em placas irregulares que se encaixam, permitindo luz e visibilidade nas esperas, e trazendo privacidade para os consultórios e áreas de tratamento”, explica.

De acordo com ela, as paredes em drywall foram utilizadas em toda compartimentação interna do CEON. Entre os sistemas utilizados estão os de parede Knauf W112.

“Onde há necessidade de isolamento acústico, como em consultórios, por exemplo, as paredes foram preenchidas com lã mineral. E, claro, as faces voltadas para áreas molhadas são sempre executadas com chapas resistentes à umidade, conhecidas como ‘chapas verdes’”, diz a arquiteta.

Ao todo, foram usados aproximadamente 8.200 m² de chapas Knauf Standard (ST), 820 m² de chapas Knauf Resistentes à Umidade (RU) e 370 m² de chapas Knauf Cleaneo Acústico, que oferecem melhor absorção sonora e neutralização de odores. A instalação foi feita pela empresa Rony Comercial em parceria com a Novoplac.

Para o engenheiro de obras Luiz Felipe Miranda, da Lock Engenharia, responsável pela construção da obra, entre as principais vantagens do drywall está a velocidade de execução.

“Seu uso foi fundamental. Nos trouxe grandes benefícios em relação ao cronograma e também foi essencial para o acabamento final”, diz, lembrando que a obra, entregue em julho de 2015, levou 4 meses para ficar pronta.

Mas, além da otimização da execução, a arquiteta Fernanda Raimundo ressalta: “o ambiente hospitalar vive em constante atualização. Novos equipamentos e tecnologias modificam com frequência o espaço físico de edificações assistenciais de saúde. O uso do drywall favorece essa flexibilidade, facilitando a Arquitetura a acompanhar a evolução dos procedimentos médicos”.

Para ela, a compatibilização de um projeto de arquitetura hospitalar com a estrutura existente, como no caso do CEON, foi um dos principais desafios do projeto, principalmente no que tange às instalações hidrosanitárias no subsolo.

Além disso, segundo o engenheiro, outro desafio da obra foi as instalações. “O drywall nos permitiu a passagem de todas elas (ar-condicionado, hidráulica, elétrica, gases medicinais, cabling e etc.) sem comprometer o acabamento final das paredes”, completa.

Centro de Excelência Oncológica - Rio de Janeiro

“Onde há necessidade

de isolamento acústico,

como em consultórios,

por exemplo, as paredes

foram preenchidas com

lã mineral. E, claro, as

faces voltadas para

áreas molhadas são

sempre executadas com

chapas resistentes à

umidade, conhecidas

como ‘chapas verdes’”

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Novo Prédio

Fundado em 1955, o Hospital Nove de Julho, em São Paulo, é referência na chamada Medicina de Alta Complexidade. Com mais de 300 leitos disponíveis, o hospital possui estrutura completa para atendimentos de emergência, realização de exames, diagnósticos e tratamentos, além de possuir um dos mais modernos centros cirúrgicos do Brasil.

Recentemente, o hospital ampliou suas instalações com um novo prédio próximo ao já existente. O objetivo com a Nova Torre de Internação, entregue em dezembro de 2014, era ampliar a quantidade de leitos disponíveis, de acordo com Leonardo de Lima, gerente de Contrato da construtora Afonso França, responsável pela execução da obra.

“A Nova Torre possui 120 leitos e todos os andares contam com as dependências

de apoio, situadas junto aos quartos, como salas de prescrição e medicação, copa de distribuição e expurgo. As demais áreas, como banheiros, roupa suja, copa para funcionários e sala da família, ficam fora da área principal dos quartos”, explica o engenheiro. “Além disso, foi construído, no primeiro pavimento, um auditório para 110 pessoas e o subsolo foi destinado a vagas de garagem e a áreas técnicas como subestação e casas de máquinas”, completa.

O sistema Knauf drywall foi o escolhido para execução das paredes e forros de todos os ambientes da nova edificação, cujo projeto arquitetônico foi desenvolvido pelo escritório Fiorentini - Arquitetura de Hospitais.

Ao todo, foram usados 13.300 m2 de sistemas de parede Knauf W112 com lã mineral, 890 m2 de sistemas de parede Knauf W111, 11.900 m2 de sistemas de teto Knauf D112, além de 1.080 m2 de chapas Knauf Vinilboard, que têm revestimento vinílico e são mais leves do que os forros normais, facilitando o transporte, a instalação, a manutenção e a limpeza.

De acordo com o engenheiro Marcos Roberto de Souza, da Officeflex, distribuidora autorizada Knauf e responsável pela instalação do material, entre os itens importantes a serem considerados na escolha do drywall estão sua alta performance e versatilidade, facilidade na execução de futuras ampliações ou reformas, fácil manutenção em caso de instalações internas ao drywall e reduzida geração de entulhos.

“O projeto inicial era em alvenaria de blocos e foi feita a viabilização posterior para o uso do sistema de paredes drywall, já que suas sobrecargas são bem reduzidas

em comparação às alvenarias tradicionais”, afirma Souza.

De acordo com ele, a complexidade na entrega de cargas, em uma área da cidade com restrição de horários e tráfego de caminhões, era um dos desafios desta obra e o uso do drywall foi um dos itens que ajudou a solucionar a questão.

“Por ser um sistema industrializado, o drywall pode ser transportado em grandes volumes ocupando menos espaço que uma mesma carga de blocos de alvenaria, por exemplo. Isso permitiu a redução dos custos com mão de obra e transporte”, completa.

Hospital 9 de Julho - São Paulo

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Espaço em Ação

Lanchonete Kharina - Água Verde

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Os tradicionais milk-shakes e hambúrgueres artesanais são algumas das delícias do cardápio da rede de lanchonetes curitibana Kharina. Com mais de 40 anos de mercado e quatro unidades na capital paranaense, a rede busca oferecer a melhor experiência para seus clientes e, para isso, procura sempre inovar.De olho nas tendências do mercado gastronômico da cidade, a rede iniciou, em 2011, um projeto de revitalização da sua marca e de suas lojas com o objetivo de modernizar tanto suas estruturas quanto seu cardápio, além de trazer conceitos de sustentabilidade para a marca.

“A rede de lojas resolveu dar um novo conceito à tradição do nome Kharina em Curitiba. Com isso, iniciou o processo com a reforma da loja do Batel e, com o resultado, definimos que poderíamos replicar as cores, os novos materiais e itens de conforto, como o forro acústico, nas outras unidades. A ideia é melhorar o que está bom, o que funciona, e dar uma nova experiência ao cliente”, explica a arquiteta e urbanista Claudia Pereira, responsável pelo projeto arquitetônico.

A nova unidade no bairro Cabral, por exemplo, foi toda concebida já dentro do novo conceito da marca. Inaugurada em 2013, esta é a quarta e a maior loja da rede. Seu projeto, executado pela Rokrisa Engenharia, tem linhas

Rede de lanchonete em Curitiba moderniza suas lojas com uso do drywall

Espaço em Ação | 10 - 11

Lanchonete Kharina - Cabral

Lanchonete Kharina - Cabral

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arquitetônicas arrojadas e ambientes muito bem planejados e integrados para atender ao público.

“Os métodos construtivos utilizados tiveram que ser minuciosamente detalhados e compatibilizados para garantir um acabamento de alto padrão. É um projeto bem elaborado, com tecnologias avançadas que se enquadram nas exigências de construção sustentável do Green Building Concil”, diz o engenheiro civil Ricardo Krisanoski, sócio da Rokrisa.

Nos últimos anos, a rede vem se adaptando ao conceito adequado de gestão ambiental, inclusive, com certificações estaduais (IAP - Gestão de Resíduos) e nacionais (Green Kitchen - alimento ambientalmente correto), mostrando a preocupação com o meio ambiente.

Estrutura

Na loja Kharina Cabral, são basicamente sete espaços destinados ao público. No

térreo, estão a recepção, bar, salão com mesas para atendimento e uma varanda descoberta. O segundo pavimento conta com um mezanino com mesas para atendimento, sanitários e um Children’s Place, destinado à recreação infantil. “Além disso, temos a cozinha e a higienização, no térreo, e no segundo andar, depósitos, vestiário e escritório administrativo”, completa o engenheiro.

Entre os materiais utilizados no projeto, o engenheiro destaca o uso do drywall. “Ele foi fundamental para realizar o acabamento da obra, com detalhes decorativos de forro e mezanino metálico, que exigiam um ótimo resultado final. O sistema drywall foi, certamente, a opção mais adequada para atender às expectativas do nosso cliente”, declara.

De acordo com ele, os maiores desafios deste projeto foram adequar a estrutura, pois foi feita a reforma de uma construção já existente, e o cronograma de execução

apertado – a obra foi realizada em praticamente um ano.“Como a solução construtiva foi a estrutura metálica, tivemos necessidade de fazer um acabamento que nos ajudasse a chegar na ideia do projeto arquitetônico. Por isso, materiais como o drywall e os painéis para a fachada foram essenciais para criar os volumes e acabamentos necessários, tanto para cobrir as estruturas, quanto para criar os detalhes visuais projetados”, lembra o engenheiro. Entre esses detalhes está a parte de iluminação do salão principal. “Criamos, na unidade Cabral, praticamente “luminárias lineares” com tiras das chapas de drywall”, conta a arquiteta Claudia Pereira. “O resultado foi fantástico”, completa.

Ao todo, foram usados mais de 800 m2 de sistemas drywall, de acordo com Francine Reis, gerente técnico da R. Bassani, distribuidora autorizada da

Lanchonete Kharina - Água Verde

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Espaço em Ação | 12 - 13

Lanchonete Kharina - Cabral

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Knauf e responsável pela instalação do produto. Entre eles, estão os sistemas de teto Knauf D112, de revestimento Knauf W625 e os de parede Knauf W111 e Knauf W116, que atinge grandes alturas e pode ter isolamento acústico com níveis superiores a 60 dB.

Outra preocupação do projeto foi com a acústica da lanchonete. “Esta questão está sendo levada a sério pelos restaurantes. Com a grande concorrência, os empreendedores do ramo levam em consideração que quanto maior o conforto de seus clientes, maior a assiduidade e a permanência deles, e com isso, claro, o consumo. Nesse sentido, o forro é um grande aliado do conforto acústico de qualquer ambiente”, diz a arquiteta.

Para solucionar esta questão foram usados os sistemas de teto Knauf Cleaneo Acústico D127 Retilíneo Quadrado em todas as áreas de atendimento ao cliente. As chapas Cleaneo, além de proporcionarem melhor absorção sonora, contam com o diferencial do tratamento Cleaneo que neutraliza odores, melhorando continuamente a qualidade do ar dos ambientes em que são aplicadas.

Reforma

Outra unidade que passou por um retrofit recente foi a do bairro Água Verde. “Foi uma reforma de layout, de conceito de iluminação. Colocamos novo forro com recortes de iluminação e valorizamos o bar existente. A fachadafoi mantida e foram alteradas somente

algumas cores”, explica a arquiteta.Segundo a gerente técnico da R. Bassani, Francine Reis, entre as vantagens do uso do drywall nesta obra em especial foram a rapidez e a geração de poucos resíduos. “Tínhamos pouco tempo disponível de trabalho e de limpeza. Fizemos toda a troca dos tetos com a loja em funcionamento, ou seja, a unidade continuou com o seu expediente normal. Sem o drywall isso não seria possível”, afirma a gerente.

A obra, entregue em 2015, levou aproximadamente 4 meses para ficar pronta. Entre os sistemas de drywall utilizados estão os de parede Knauf W116 e os de teto Knauf D112 e Knauf Cleaneo Acústico D127 Retilíneo Quadrado.

Lanchonete Kharina - Água Verde

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Ateliê

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Um material barato, ecologicamente correto e versátil, com o qual se pode construir móveis, revestimentos, luminárias, entre muitas outras coisas. Parece impossível, mas ele existe: são os pallets, estrados de madeira que podem ser pintados, envernizados e até revestidos, criando os mais variados efeitos para diversos usos.

Além de tudo, é perfeito para quem gosta de botar a mão na massa e criar móveis e objetos personalizados e exclusivos. Desde um armário aberto para banheiro até base para camas, passando por mesas de centro, jardineiras, nichos, entre outras mil possibilidades. Quem quer se aventurar e criar seus próprios móveis pode comprar o pallet ao natural, lixado ou pintado. Se o material estiver cru, é recomendável limpar, lixar, limpar de novo e passar tinta ou resina acrílica. Também é possível aplicar papel de parede, adesivo ou aplicar a técnica da pátina.

Caso a ideia seja usar em ambientes muito úmidos, como banheiros, cozinhas ou varandas, o ideal é aplicar selante

Pallets criam decoração versátil e sustentável

Decoração de home office com pallets

Ateliê | 16 - 17

A base desta cama é feita com pallets crus

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e produtos que protejam o material contra insetos. Mesmo assim, é importante não deixar os pallets serem molhados com frequência, pois a madeira não é resistente à água. Outra dica para quem for pegar o material em feiras, mercados e marcenarias é conferir se as peças estão em bom estado e sem fungos ou cupins.

Na cor natural, os pallets dão um ar rústico ao ambiente, que pode ser usado para contrastar com um estilo mais moderno. Pintado com cores fortes, o material dá um toque alegre e jovem à casa. Há ainda quem pinte o pallet inteiro de branco e o utilize como nicho ou revestimento em uma parede preta, criando um visual sofisticado. Caso o móvel seja uma mesa de centro ou mesmo a base de um sofá, por exemplo, instalar rodinhas pode facilitar o manejo.

O mais importante é planejar bem o posicionamento do objeto feito com o pallet, para que fique visível e se incorpore na decoração. A ideia é que não fique escondido, como se fosse um improviso, mas destacado. Afinal, trata-se de uma peça exclusiva e que contribuiu para reutilizar um material que estaria no lixo.

Jardim vertical com pallets

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Em Perspectiva

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A tecnologia é uma das principais aliadas da medicina e essa parceria vem gerando avanços, como exames de imagem cada vez mais detalhados, intervenções mais precisas, além de uma infinidade de novos procedimentos em diversas áreas.

Por outro lado, a expansão dos planos de saúde, que em 2014 alcançou a marca de 50 milhões de beneficiários no Brasil, possibilita que cada vez mais pessoas busquem atendimento médico e hospitalar para tratamentos e cirurgias. Por isso, o momento agora é de maiores investimentos na construção ou expansão de clínicas e hospitais.

No estado de São Paulo, por exemplo, uma Parceria Público Privada (PPP) está investindo R$ 978,2 milhões na construção de três hospitais de alta complexidade nos municípios de São José dos Campos, Sorocaba e São Paulo.

Já em Minas Gerais, a previsão é de investimentos de mais R$ 500 milhões até o final de 2016. Uma das redes que contribui com este

Saúde recebe novos investimentos para construção ou expansão de clínicas

Em Perspectiva | 20 - 21

Quanta Medicina Nuclear - Curitiba

Hospital São Lucas - Aracajú

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dado é a Unimed BH, que anuncia a ampliação de leitos em seu hospital e em sua maternidade de Belo Horizonte, e no Hospital Geral e Maternidade, em Betim.

Com investimentos de R$ 300 milhões, o Hospital Mater Dei acaba de inaugurar sua nova unidade, na Avenida do Contorno, em Belo Horizonte. Além de procedimentos de alta complexidade, o local oferece atendimento de emergência. Referência para 35

municípios da Região Leste de Minas, o Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, está concluindo seu plano de expansão.

Além de reformar uma área de 1.200 m2 do pronto-socorro, o projeto abrange 10 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a construção de um heliponto para urgências e a aquisição de dois aceleradores lineares (equipamentos usados em radioterapia).

A rede de hospitais Sírio-Libanês, atualmente presente em São Paulo e Brasília, também já se prepara para investir cerca de R$ 1 bilhão em expansões nos próximos anos. Dentre os novos projetos está a primeira unidade da marca no Rio de Janeiro. Ainda sem local definido, o hospital receberá aportes de R$ 500 milhões e terá, inicialmente, 80 leitos.

Em São Paulo, estão previstos um edifício de consultórios e medicina diagnóstica e um hospital dedicado a pacientes com doenças crônicas - que ficam mais tempo internados, mas não demandam equipamentos tão sofisticados como numa UTI. Ambos demandarão investimentos de aproximadamente R$ 365 milhões.

Já em Brasília, a ampliação do Centro de Oncologia da rede Sírio-Libanês exigiu investimentos de R$ 2,5 milhões e foi inaugurada no final do ano passado. O projeto arquitetônico priorizou a concepção de espaços amplos e acolhedores para melhor receber os pacientes. Atualmente, o centro ocupa um edifício exclusivo de 2,4 mil m2. Na esfera pública, o Ministério da Saúde anunciou no final de dezembro a realização de investimentos de R$ 100 milhões na restruturação de 36 hospitais universitários em todo o país. Dentre os estados beneficiados, estão Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Amazonas, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná e o Distrito Federal.

Todos estes novos investimentos demandam sistemas construtivos de alta tecnologia não apenas para que se obtenha um excelente padrão de construção, mas também para alcançar os diferentes níveis de desempenho acústico, mecânico e de proteção contra radiação exigidos.

Quanta Medicina Nuclear - Curitiba

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Sala de Estar

Arquiteto Sergio Camargo

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A busca pelo rigor técnico, a inovação criativa e o comprometimento com o uso a ser desenvolvido nos espaços arquitetônicos são alguns dos principais objetivos do trabalho do arquiteto Sergio Camargo. Formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, em 1984, Camargo traz na bagagem uma experiência de mais de 30 anos em projetos de diferentes áreas.

Entre os seus trabalhos estão o desenvolvimento da fábrica de biscoitos Marilan, em Marília, e a agência de publicidade Y&R, em São Paulo, além de inúmeros projetos residenciais e corporativos, muitos, inclusive, premiados. Na busca por caminhos criativos próprios, o arquiteto resolveu, em 2009, alçar voo solo. Foi quando criou o seu próprio escritório, a SCAA – Sergio Camargo Arquitetos Associados, com o objetivo de dar continuidade, de maneira mais pessoal, ao trabalho desenvolvido ao longo dos anos.

Criatividade, inovação e técnica definem o trabalho do arquiteto Sergio Camargo

Projeto Grey Brasil

Sala de Estar | 24 - 25

Arquiteto Sergio Camargo

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Projeto Grey Brasil - Hall de Elevadores

Ao logo da carreira, Camargo experimentou vários desafios. Em 1989, foi morar na França, onde trabalhou em alguns escritórios, sempre com arquitetura.

Quando retornou ao Brasil, em 1992, criou, com mais dois sócios, a empresa NPC Grupo Arquitetura,

desenvolvendo projetos, principalmente, nas áreas empresarial, industrial e comercial.

Em entrevista à Espaço K, Camargo conta um pouco sobre sua trajetória, suas experiências e a importância da arquitetura nos dias de hoje.

Espaço K: Quando surgiu o interesse pela arquitetura?

Sergio Camargo: Meu interesse pela arquitetura vem de longa data, quase do tempo do ginásio, onde tive um primeiro contato com a marcenaria. Minha escola tinha uma oficina e foi lá que comecei a tomar o gosto pelo desafio da transformação dos materiais em objetos, volumetrias e espaços distintos. Sempre fui muito curioso em saber como as coisas são feitas e funcionam.

Espaço K: Como essa curiosidade influenciou na sua escolha?

S.C: Acho que este momento foi significativo para mim, pois foi o início do interesse pelo processo

de composição/transformação de materiais. Despertou um interesse pelo ofício da construção no seu sentido amplo. Acho que esta curiosidade de como interagir com a matéria, de como transformá-la, de como buscar a relação entre a estética e a função, foi a centelha para o desejo de sempre inovar, pesquisar materiais e transcender o óbvio, mas sempre mantendo a conexão com a realidade funcional. Isto acabou, mais tarde, me levando à arquitetura. Espaço K: Conte-nos um pouco sobre a sua trajetória profissional.

S.C: Quando me formei, em 1984, trabalhei com o arquiteto e urbanista uruguaio Hector Vigliecca, onde o gosto pela paixão do refino da

articulação dos materiais e espaços e a constante insatisfação, no sentido de que sempre podemos algo melhor, foram os aspectos mais marcantes. Posteriormente, trabalhei 2 anos no escritório Rino Levi, onde o rigor técnico, preocupações como forma e detalhamento no uso dos materiais e a coordenação das várias disciplinas técnicas embarcadas em um projeto de arquitetura foram muito importantes na minha formação, e marcam até hoje meu modo de operacionalizar o projeto. Entre 1989 e 1992, morei na França, onde trabalhei em alguns escritórios, sempre com arquitetura. Voltando da França, em 1992, fundei, com mais dois sócios, o escritório NPC Grupo Arquitetura. Na NPC, entre 1992 e 2009, desenvolvemos

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Sala de Estar | 26 - 27

vários projetos residenciais, industriais e de escritórios corporativos, muitos publicados e premiados. Espaço K: Quando nasceu o escritório SCAA – Sergio Camargo Arquitetos Associados?

S.C: Em 2009, em busca de um caminho mais pessoal, fundei a SCAA, continuando a desenvolver projetos especialmente na área coorporativa e alguns residências. Assim como já fazia no meu antigo escritório, minha proposta é de envolvimento direto no projeto e atendimento ao cliente e obra.

Espaço K: Como foi este início da SCAA? Qual a trajetória do escritório?

S.C: Obviamente, esta nova fase não chega a ser um início, pois já contava com a minha bagagem de 25 anos de formado, e uma maturidade profissional já bem desenvolvida. Mas nesta nova fase, pude incrementar a experimentação de novas soluções técnicas e estéticas, mas nunca perdendo aqueles valores de tempos atrás, de respeito aos materiais. Meus projetos ainda são concebidos com croquis iniciais, onde busco a interação espacial entre as várias funções a serem desenvolvidas e as potencialidades que o espaço onde o projeto vai ser implantado me passa. Tudo é levado em consideração na busca de um espaço instigante e qualificado, que transmita uma sensação ao usuário de que ele está em um ambiente com características próprias, onde ele pode se identificar e sentir motivado. Espaço K: Os primeiros projetos foram em quais áreas?

S.C: No início da carreira, eram, basicamente, projetos residenciais, passando depois aos industriais e aos corporativos. Nesta minha nova fase, na SCAA, os primeiros projetos já foram na área corporativa. Espaço K: Hoje, são muitos os clientes corporativos, certo? O que mais te atrai em projetos como estes? S.C: Acho que o que mais me atrai nesta área são os desafios, sejam técnicos, estéticos, de prazos ou de funcionalidade. Um projeto corporativo, ao contrário do que muitos pensam, é extremamente complexo. Demandam a coordenação de várias atividades e projetos complementares, de exigências técnicas diversas, além de respostas

muito precisas com relação a materiais e dimensionamento de espaços e fluxos. Ao mesmo tempo, nos dá a possibilidade de criar espaços instigantes e que agreguem valor ao tempo que as pessoas passam ali trabalhando.

Espaço K: Afinal, ultimamente, passamos muito mais tempo dentro dos locais de trabalho do que em nossas casas...

S.C: Justamente. Por isso, nossos projetos são tratados como um todo, não apenas como uma recepção agradável, uma área de convivência fotogênica. Todo o espaço deve ter o mesmo grau qualitativo, especialmente as áreas de trabalho. Acho que é por isso que temos uma longa sequência de projetos nesta área. Espaço K: Normalmente, são projetos bem arrojados.

S.C: São soluções arrojadas e inventivas, mas essencialmente viáveis e factíveis. Acho que o grande mérito é termos sempre acertado em captar a “alma do cliente corporativo”, criando algo que venha a complementar ou mesmo a criar uma imagem corporativa própria, sempre em consonância com os objetivos propostos.

Espaço K: Os residenciais também fazem parte do seu portfólio. Quais diferenças você destacaria entre projetar um escritório e uma residência?

S.C: Na essência, os objetivos são os mesmos: criar um espaço propositivo e funcional, mas instigante. No entanto, os prazos são bem diferentes. A maturação de um projeto residencial passa por uma fase de diálogo entre o proposto e as expectativas do cliente, isto tem um rito e ritmo diferente. Já em um projeto de escritórios, o tempo de desenvolvimento é um fator importante, já que o grau de complexidade de projetos complementares é infinitamente maior (acústica, luminotécnica, elétrica, ar-condicionado e exaustão, combate e detecção de incêndio, CFTV, áudio e vídeo, hidráulica, controle de acesso).

Espaço K: Você busca usar diferentes materiais em seus projetos?

S.C: Sim, estamos sempre procurando e pesquisando novos materiais, especialmente para os projetos corporativos. Hoje, existe uma grande quantidade de novas soluções.

Espaço K: Quais são as suas preferências?

S.C: Não temos materiais favoritos, mas quando usamos um produto, gostamos de procurar soluções de diferentes formas de aplicação, que se adeque a cada projeto. Por exemplo, usamos bastantes os forros de drywall liso e as chapas Knauf Cleaneo Acústico, com várias formas e efeitos diferentes, explorando sua plasticidade em vários formatos de ilhas acústicas.

Arquiteto Sergio Camargo

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Esboço e Arte-final - Projeto Grey Brasil

Espaço K: Qual ou quais dos projetos já realizados pelo SCAA você destacaria como o mais desafiador?

S.C: Difícil dizer, pois encaramos todos os projetos com o mesmo afinco na busca da solução mais apropriada, O projeto para a agência de publicidade Grey Brasil, de São Paulo, por exemplo, apesar de complexo, fluiu muito bem. Acertamos a proposição de primeira e a cumplicidade com o cliente para o projeto foi total. Houve um grande trabalho de compatibilização entre as várias disciplinas. E um dos desafios foi criar situações e interagir com os projetistas das demais especialidades para se conseguir o resultado que queríamos.

Espaço K: Vemos, cada vez mais, a utilização de modernos materiais e sistemas construtivos na arquitetura mundial e o drywall é um deles. O SCAA utiliza o drywall em seus projetos?

S.C: Sim, usamos bastante o drywall, Ele é um sistema muito eficiente, limpo prático e de grandes possibilidades. É preciso que o arquiteto entenda o sistema e compreenda seus detalhes para poder propor soluções criativas e adequadas tecnicamente. O gesso é um material milenar e os sistemas em drywall foram simplesmente uma revolução tecnológica incrível para este material fantástico.

Espaço K: Quais as vantagens que este sistema construtivo traz para a concepção e realização dos projetos arquitetônicos?

S.C: Qualquer sistema só traz vantagens se você estudá-lo e compreendê-lo. Só assim, você pode usá-lo da forma correta e propor soluções inovadoras que possam transcender o uso óbvio. No caso do drywall, sua facilidade de execução, leveza, plasticidade e resposta técnica são ótimas bases para dar a liberdade necessária para as proposições. Espaço K: Dentre os seus projetos, podemos identificar a maior utilização do drywall em qual segmento?

S.C: Com certeza no corporativo. No residencial, a coisa se inicia, mas ainda há resistência.

Espaço K: Mas você acha que esta resistência está perdendo força?

S.C: Com a vida cada vez mais dinâmica e os imóveis cada vez mais caros, as pessoas estão começando a perceber que o ganho de espaço e mobilidade de layout futura trazidos pelo uso do drywall são muito interessantes. É questão de tempo e do emprego correto do sistema por parte dos profissionais, especialmente no que se refere ao isolamento acústico e à solução de transição de materiais.

Espaço K: Na sua opinião, quais foram as maiores mudanças ocoridas na arquitetura brasileira e mundial nos últimos anos?

S.C: Existe uma grande liberdade de experimentação estética, dada à introdução de novos materiais e sistemas que possibilitaram a maior transgressão das leis da gravidade e do senso comum. Isto é bom, pois este grau de experimentação traz novas informações e conhecimento. Mas por outro lado, vemos projetos de estética absolutamente gratuita, que às vezes não tem razão de ser. Não acredito que isto se sustente por muito tempo. Os materiais e sistemas evoluem, mas os valores básicos do espaço arquitetônico são sempre os mesmos.

Espaço K: Quais dicas você daria para os jovens arquitetos que estão iniciando a carreira?

S.C: Resiliência, muito trabalho, interesse em aprender do mais simples detalhe ao mais complexo, uma boa dose de inconformidade e, sobretudo, paciência. A arquitetura é um oficio antes de tudo, é o ofício da maturidade. Hoje em dia, os jovens saem da universidade com muitas informações e bem instrumentados para grandes propostas urbanas. Mas grande quantidade de informação não é sinónimo de grande sabedoria. As informações do detalhe, da minúcia só se acumulam com o tempo e a experimentação.

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Obras em Destaque

Edifício EZ Towers - São Paulo

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De design arrojado, o empreendimento corporativo EZ Towers já se tornou um ícone da cidade de São Paulo. Localizado no prolongamento da Avenida Dr. Chucri Zaidan, na região da Berrini - considerada o novo polo de negócios da cidade, o edifício triple A impressiona não só por sua fachada curva, mas também pelo seu alto padrão técnico e de sustentabilidade.

Concebido pelo arquiteto uruguaio Carlos Ott, que possui 40 anos de experiência e mais de 75 obras em 15 países, o empreendimento é composto por duas torres de 150 m de altura. Cada uma possui 26 pavimentos corporativos, três subsolos, térreo, cinco pavimentos de garagem, além de quatro pavimentos técnicos. A tropicalização do projeto ficou a cargo da empresa brasileira DWA, que também assina o projeto legal e executivo.

Edifício EZ Towers destaca-se na cidade de SP por seu design único

Edifício EZ Towers - São Paulo

Edifício EZ Towers - São Paulo

Obras em Destaque | 30 - 31

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Para Roberval Vieira Júnior, gerente de Projetos Corporativos da construtora EZ Tec – responsável pelo empreendimento -, o EZ Towers é um projeto de design único. De acordo com ele, um dos maiores desafios foi a execução das fachadas, já que as torres possuem curvas tanto positivas quanto negativas.

“Este projeto foi desenvolvido para ter curvas arrojadas, mas sem perder a eficiência de seus pavimentos. É como o concept designer do empreendimento, Carlos Ott, disse: ‘O EZ Towers é um projeto grandioso e emblemático que vai se tornar um ícone na cidade e uma referência arquitetônica mundial’”, lembra o gerente.

Flexibilidade

Projetado para receber as mais modernas e exigentes empresas, o empreendimento conta com espaços versáteis e layouts flexíveis. Neste sentido, o uso do drywall foi fundamental para a obra.

“Edifícios corporativos precisam ter uma grande flexibilidade em seu layout para atender a seus mais diversos ocupantes e as grandes lajes aliadas à flexibilidade do drywall proporcionam isso”, diz Vieira. “Além disso, a utilização do drywall nos ajudou a ganhar mais velocidade na execução e, consequentemente, maior produtividade na obra”, completa.

Ao todo, foram utilizados aproximadamente 67 mil m2 de sistemas Knauf drywall, segundo Delfos Carneiro Júnior, da AGM, distribuidora autorizada Knauf e responsável pela instalação do drywall. Entre eles, estão os sistemas de teto Knauf D112 Unidirecional e os de revestimento Knauf W611, Knauf W623 e Knauf W625.

As chapas de drywall também auxiliaram o projeto acústico do empreendimento. “Para garantir o isolamento acústico entre unidades no mesmo pavimento e entre pavimentos, utilizamos paredes e peitoris de drywall com lã de rocha”, explica Vieira.

Sustentabilidade

A preocupação com os impactos ao meio ambiente também está presente no projeto. O empreendimento, que possui a certificação LEED de eficiência energética e ambiental, adota medidas que reduzem o consumo de energia elétrica em 14% e o consumo de água em 40%. Entre elas estão a utilização de vidros de alto desempenho - que permite entrar mais luz e menos calor -, o uso de equipamentos com alta eficiência, elevadores com frenagem regenerativa (que geram energia elétrica a cada frenagem), redutores de vazão de água nas torneiras, bacias sanitárias de duplo acionamento e um sistema de coleta e reserva de água da chuva para ser utilizada na irrigação do jardim.

“A implantação do empreendimento, seguindo as premissas da certificação, também reduz o impacto no seu entorno devido a um controle rígido da poluição e dos resíduos gerados pela obra, da utilização de materiais regionais e com altos índices de componentes reciclados e também através da utilização de madeira certificada”, explica Vieira.

Além da questão da sustentabilidade, o empreendimento possui uma automação completa, controlada através do BMS (Building Management System). “Através deste sistema, é possível fazer toda a supervisão e controle do condomínio, desde os elevadores a iluminação das áreas comuns, passando pelos reservatórios, sistema de ar condicionado, abertura e fechamento de portas, sistema de prevenção e combate a incêndio, medição do consumo de água e energia elétrica até o sistema de sonorização˜, completa o gerente de projetos.

As obras do empreendimento, que tem 164.500 m² de área construída, tiveram início em setembro de 2012. A Torra A foi entregue no final de 2014 e já está toda ocupada. A previsão é que a Torre B seja concluída em 2016. “O EZ Towers é o primeiro empreendimento corporativo da EZ Tec, por isso precisava ser emblemático. É o nosso mais importante projeto”, finaliza Vieira.

Edifício EZ Towers - São Paulo

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Edifício EZ Towers - São Paulo

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O projeto arquitetônico da agência de publicidade Grey Brasil, do Grupo Newcomm, em São Paulo, é bem arrojado. A planta da unidade, de aproximadamente 1.500 m2, foi cuidadosamente desenhada para destacar os principais valores da empresa: criatividade, tecnologia, transparência e fluidez, além da preocupação com o ambiente de trabalho.

Assinado pelo arquiteto Sérgio Camargo, do escritório SCAA Arquitetos, o projeto, entregue em 2014, parte de uma concepção de ambientes fluidos e contínuos, em que os espaços de trabalho e de apoio vão acontecendo no desenvolver de um percurso sem fim que contorna o centro do edifício. O arquiteto explica que, na face noroeste, concentram-se todas as áreas de atendimento a clientes e reuniões informais, inclusive de trabalho.

Escritório da agência Grey Brasil ganha projeto arquitetônico arrojado

Escritório Grey Brasil - São Paulo

Escritório Grey Brasil - São Paulo

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“Esta área liga-se a um grande terraço externo, uma particularidade deste pavimento, e foi tratada como uma praça interna, ligada diretamente a este terraço. O acesso a esta “praça” é livre de controles. O mesmo ocorre com as salas de reunião principais, que também são livres de acesso, mas foram estrategicamente colocadas em uma porção mais reservada e, ao mesmo tempo, grandiosa desta ‘galeria’”, explica Camargo.

No lado oposto do pavimento, voltado para sul, concentra-se a área operacional, com divisórias de vidro temperado, absolutamente transparentes. A disposição das mesas de trabalho acompanham a curvatura da planta do edifício, conferindo um dinamismo e, ao mesmo tempo, atenuando a massividade da ocupação.

“As sancas em drywall periféricas também acompanham esta curvatura da fachada e possuem lã de rocha aplicadas sobre elas que, junto com alguns painéis de laje com jateamento em lã mineral pigmentada, controlam a acústica do local”, diz o arquiteto. “As instalações aparentes, que foram absolutamente pensadas para tal, bem como um projeto de luminotécnica bem particular, completam a dramaticidade dos vários volumes e a ambientação”, complementa.

Diversidade

Para compor os espaços, o arquiteto escolheu diferentes materiais para revestir paredes e pisos. Nas partes operacionais, foram usadas placas em vinil reposicionável sobre piso elevado, enquanto que nas salas de reuniões foram instalados carpete Milliken com padronagens coloridas e no acesso, na sala de reunião principal e em todo o percurso foi usado o piso em bambu Neobambu.

“Já na praça principal e no refeitório, usamos o piso Terrazo com um desenho feito por nós”, lembra Camargo. Ele explica ainda que nas paredes de drywall foi usado o próprio piso em bambu que, em alguns casos se transmuta em forro, e lousas piso teto em vidro branco. Já nos banheiros e em detalhes das copas, o revestimento escolhido, segundo o arquiteto, foi o cimento queimado polimerizado aplicado diretamente sobre as paredes de drywall. “Todos estes poucos materiais foram usados na sua plenitude técnica e compostos de forma a garantir este equilíbrio que queríamos entre materiais quentes e frios. A iluminação dramatizou estes elementos, criando um ambiente íntegro, apesar de composto por vários elementos”, completa.

Acústica

Da forma como o escritório foi desenhado, a questão da acústica passou a ser uma das preocupações do projeto. “Temos uma área grande de open office e salas de reuniões, além de equipamentos de ar-condicionado. Por isso, ter um projeto acústico adequado era essencial”, diz o arquiteto Fernando Alcoragi, sócio-diretor da Akkerman, escritório responsável pelo projeto acústico.De acordo com ele, a importância do tratamento acústico em espaços corporativos como este é fundamental para o bom rendimento de todos, pois “proporcionamos espaços onde as pessoas podem se concentrar melhor nas suas respectivas atividades, além de oferecer privacidade em ambientes fechados”.

O ponto de partida, segundo ele, foi o projeto de arquitetura. “Procuramos especificar as soluções acústicas com o objetivo técnico e, ao mesmo tempo, sem descaracterizar as soluções originais e arrojadas do arquiteto”, conta Alcoragi. Entre as soluções utilizadas, estão as chapas de drywall associadas à lã de rocha, que proporcionaram uma performance acústica superior nos ambientes em que foram instaladas. Nas salas de reuniões, de diretores e demais áreas que necessitaram de melhor isolamento acústico foram usados os sistemas de parede Knauf W112 com recheio de lã de rocha.

Já as chapas Knauf Cleneao Acústico com perfuração aleatória foram aplicadas nos tetos das salas de reunião, de diretores e na recepção principal, com sobreposição de lã de rocha. Nos sanitários, foram usadas, nos tetos e paredes, as chapas Resistentes à Umidade (RU), também conhecidas como “chapas verdes”, que possuem elementos hidrofugantes e são indicadas para uso em áreas úmidas.

Além do bom desempenho acústico, o arquiteto Sergio Camargo cita a facilidade de execução e a liberdade para a criação de formas mais ousadas e leves como outras vantagens do uso do drywall.

“Escolhemos as chapas em drywall pelas suas possibilidades plásticas, uma vez que queríamos criar toda uma movimentação e jogo de luz e sombra. No hall dos elevadores, por exemplo, as paredes e o teto são propositalmente afunilados, dirigindo naturalmente a pessoa que chega para a recepção. O uso do drywall de forma técnica foi muito bom para alcançarmos o efeito desejado”, explica Camargo.

Escritório Grey Brasil - São Paulo

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Escritório Grey Brasil - São Paulo

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O circuito cultural paulistano conta com um novo e importante espaço: o Theatro NET São Paulo. Inaugurada em julho de 2014, a casa é resultado de uma parceria de naming right entre as empresas Brain + Entretenimento, dos irmãos e produtores culturais Frederico Reder e Juliana Reder, e a NET – de serviços de telecomunicações e entretenimento via cabo.

A busca por desafios motivou Frederico Reder a levar para São Paulo seu case de sucesso no Rio de Janeiro: o Theatro NET Rio. “Há 3 anos, vimos no local onde antigamente funcionava o Teatro Tereza Rachel, em Copacabana, – historicamente, um dos mais importantes espaços cênicos do Rio e símbolo da cultura carioca – uma oportunidade de crescimento”, lembra o produtor.

Por meio de uma parceria com a NET e um arrendamento com a atriz que deu nome ao teatro, Tereza Rachel, Reder reinaugurou a casa com o nome de Theatro NET Rio. “Hoje, o espaço se consolidou como um dos mais importantes palcos do Rio de Janeiro, principalmente, pela valorização e o investimento em projetos que vivificam a cultura nacional.Queremos repetir esse sucesso em São Paulo”, conta.

Produtor aposta em novo espaço cultural em São Paulo

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Theatro NET São Paulo

Theatro NET São Paulo

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“A criação do Theatro NET Rio para mim foi um grande mestrado na gestão de entretenimento. Morei 6 anos na capital paulista e tenho pleno conhecimento da praça, permitindo a mesma excelência em qualidade, diversidade de programação e conteúdo”, analisa Reder.

Chique e nostálgico

Com capacidade para 799 pessoas, o teatro está localizado no 5º andar do Shopping Vila Olímpia, na zona Sul de São Paulo, região conhecida como o Vale do Silício brasileiro por sediar empresas como Google, Facebook e Twitter. Com arquitetura moderna e tecnologia de ponta, a decoração segue o mesmo conceito do Theatro NET Rio.

“A proposta é dar a sensação de aconchego, um espaço gostoso e bonito”, diz Reder, que idealizou todo o projeto arquitetônico. “O tijolinho aparente e o vidro bisotado dão o toque aconchegante à decoração vintage, que conta também com poltronas vermelhas”, completa.

A obra envolveu 150 pessoas, entre operários, empreiteiros, engenheiros e equipe de produção. Preocupado com o reaproveitamento de material e opção por soluções mais sustentáveis, o produtor escolheu trabalhar com chapas de drywall e outros materiais reciclados.

“Todos os pisos de madeira são feitos com antigas cruzetas de postes compradas da Eletropaulo. Em substituição ao uso de adesivos, papel ou plástico, os cartazes dos espetáculos no teatro são exibidos em TVs de LED, diminuindo os resíduos recicláveis”, conta.

Nas paredes, foram utilizados os sistemas Knauf W112, cujo isolamento acústico varia de 42 a 47 dB. Já nas paredes principais, que chegam a 20 m de altura, a opção foram os sistemas Knauf W116, que atingem grandes alturas, atendendo a necessidades diferenciadas como as de teatros, cinemas, shoppings, edifícios industriais, entre outros. Além disso, seu isolamento acústico pode atingir níveis superiores a 60 dB.

“Usamos o drywall para todos os revestimentos de paredes e isolamento acústico e térmico do teatro. Além de ser mais leve, a opção pelo uso deste tipo de material nos garantiu um excelente acabamento, agilidade e qualidade na construção”, afirma o produtor, ressaltando que a obra durou cerca de 3 meses.

Sobre o desafio de construir um teatro, Reder compara: “É um filho que você escolhe a cara, o tamanho, o caráter. Quando você define o tamanho do palco (1/3 é palco, 2/3 são plateia) você determina o perfil do teatro e, o nosso, entre palco e coxia, tem uma área cenográfica de 300 m.

Theatro NET São Paulo

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Theatro NET São Paulo

Theatro NET São Paulo

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Depois, construir é uma loucura. Quando se tem grande fluxo de pessoas, a obra é robusta. Está longe de ser como em um estádio, mas é uma insanidade”. Ele credita parte do sucesso da construção do teatro à sua formação de produtor. “No começo é pânico, que a gente transforma em força, planejamento, coragem e realização”.

Estrutura

Com uma área de 2.300 m2, o teatro possui completa infraestrutura para receber shows, espetáculos de dança, musicais, peças e eventos corporativos. Ao todo, a casa

dispõe de 40 banheiros, sete camarins, sala de ensaio, sala de canto, dois foyers, cafeteria, 26 fileiras de poltronas (18 na plateia e 9 no balcão), um telão para o palco e 20 telas de LEDs espalhadas pelo teatro. “Entre os diferenciais estão as entradas independentes do foyer principal que criam um espaço exclusivo também para eventos corporativos”, ressalta o produtor.

Entre os nomes que já passaram pela casa estão Maria Bethânia, Elba Ramalho, Bibi Ferreira, Fafá de Belém, Martinho da Vila, Arnaldo Antunes, Toquinho, Lenine, Zizi Possi, João Bosco, entre outros.

Theatro NET São Paulo

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Por dentro do Drywall

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Além da definição se haverá esforço de cisalhamento ou de momento, precisamos também do peso (Kg) do objeto.

Definido o que queremos fixar, é importante escolher o elemento de fixação (fixadores) adequado para cada esforço bem quando necessário o suporte de carga.

Ao lado (Tabela 1), segue relação dos tipos de fixadores mais usuais existentes no mercado. A colocação dos fixadores ocorre diretamente na chapa, nos perfis de aço ou em suportes de carga aplicados internamente a parede.

Ao lado, na Tabela 2, segue relação dos suportes de carga (reforços) mais usuais existentes no mercado.

Estes suportes são muito utilizados quando temos objetos cujo formato, peso/carga necessitam de condições especiais para fixação nas paredes de drywall.

É importante prever na fase do projeto a necessidade de colocação de tais objetos, pois a instalação destes é muito mais simples quando concebida durante a montagem da parede

Com o intuito de facilitar, foram desenvolvidas tabelas com as informações abaixo que indicam o tipo de fixador e o tipo de suporte de carga que devem ser utilizados quando necessitamos fixar um determinado objeto rente ou afastado da parede.

Artigo Técnico Fixação de CargasAs paredes de drywall permitem fixação de objetos de pesos e dimensões variadas, tanto a sustentação de cargas rente à parede (esforço de cisalhamento - Fig.A) quanto afastada (esforço de momento - Fig.B).

Figura A

Figura B

Tipos de fixadores

Tipo Descrição Parafusos Brocas

Prego de aço zincado com cabeça 17 x 21 mm

- -

Parafuso zincado ø 4,5 x 32 mm / ø 5,0 x 60 mm

- -

Gancho zincado com pregos - -

Bucha tipo parafuso plástica 4,0 x 45 mm 6 mm

Bucha tipo parafuso metálica 4,2 x 45 mm 6 mm

Bucha de expansão tipo HDF 3,8 x 45 mm 8 mm

Bucha de expansão para uma chapa de 12,5 mm (curta )

3,5 x 45 mm 10 mm

Bucha de expansão para uma chapa de 15 mm (média)

3,5 x 45 mm 10 mm

Bucha de expansão para duas chapas de 12,5 mm (longa)

3,5 x 45 mm 10 mm

Bucha de expansão metálica (“guarda-chuva”) 9 x 52 para uma chapa de 12,5 ou 15 mm

O parafuso é integrado à

bucha

1/2”

Bucha de expansão metálica (“guarda-chuva”) 10 x 52 para uma chapa de 12,5 ou 15 mm 10 mm

Bucha de expansão metálica (“guarda-chuva”) 10 x 65 para duas chapas de 12,5 ou 15 mm -

Bucha basculante com braço plástico

316”x 21/2” 1/2”

Bucha basculante com braço metálico

4,5 x 50 mm 1/2”

Gancho de aço - -

Tipos de reforços para drywall

Formato Especificação Uso

RMA - reforço de madeiraTábua de madeira maciça

tratada em autoclave. Peças moduladas ou tábua corrida.

H = 200 mmE (espessura) = mínimo 22 mm

Como reforço para fixação de objetos

pesados.

Usado em paredes novas ou reformas

RME - reforço metálicoChapa de aço galvanizado comespessura nominal de 0,95 mm.

H = 250 mm p/ módulo 600H = 200 mm p módulo 400

Comprimento = módulo

SMM - Sarrafo de madeira maciçatratada em autoclave para ser

encaixada nos montantes 48/70/90.E/ L e C = variáveis

RCP - reforço de compensadoplastificado para ser fixado

entre os montantes - peça única para módulos de 400 e 600.

H = 600 ou 400 mmL = 400 ou 600 mm

E (espessura) = 18 mm

Tabela 1

Tabela 2

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Por dentro do Drywall | 44 - 45

Artigo Técnico Tetos EstruturadosAlém do design, com os sistemas de teto em drywall é possível alcançar uma estética diferenciada em virtude das chapas de gesso possuírem diferentes perfurações, que também garantem diferentes níveis de absorção acústica.

Aliando a estética ao design, surge uma infinidade de possibilidades que proporciona aos projetistas a criação de diferentes formas curvas, sancas, iluminação, tetos flutuantes - todos com desempenho acústico, se necessário.

Outra característica das chapas perfuradas de alguns fabricantes é a propriedade de neutralização de odores devido à composição das mesmas

1.Execução de teto: Quando usar os perfis tabica, guia e cantoneira nos tetos?

Os perfis tabica, guia e cantoneira têm a função não só de ligação entre o sistema de teto em drywall e a parede da edificação, como também auxiliam no nivelamento da estruturação do teto.

O perfil tabica é muito utilizado arquitetonicamente quando se quer deixar o ambiente mais leve. Ele possibilita uma aparência de teto flutuante em virtude de não haver o encontro da chapa com a parede.

Já a tabica perfurada, além da característica acima, pode auxiliar no retorno do ar condicionado quando o mesmo é feito através do plenum.

Tabica lisa

Perfil U 20 x 30 Perfil Cantoneira 25 x 30

Tabica Perfurada

Outra função das tabicas é que, por manterem afastadas as chapas de gesso da parede, ajudam a evitar o aparecimento de trincas em relação à dilatação, movimentação da estrutura e demais vibrações que venham a ocorrer em virtude de outros fatores.

Já os perfis guia e cantoneira são utilizados nos sistemas de teto quando se deseja o encontro entre a parede e as chapas de gesso do teto.

Utilizando a criatividade, é possível fazer diferentes trabalhos nos tetos.

Detalhe executivo teto com Guia 20 x 30

Juntas de Dilatação

Conforme a Norma ABNT NBR 15.758 – 2, para tetos de gesso monolítico há necessidade em realizar junta de dilatação em casos como a área ser maior que 225m2 ou

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Artigo Técnico Tetos Estruturados15 m corridos ou também no local onde tenha a junta de dilatação da estrutura da edificação.

Sendo assim, a mesma deve ser feita conforme o detalhe abaixo.

Fixação de cargas em tetos

Quando necessitamos fixar cargas em sistemas de tetos em drywall, devemos verificar o peso do objeto a ser fixado e o tipo de fixador a ser utilizado.

Em tetos, devido ao esforço de arranchamento, os fixadores devem ser do tipo basculante e o peso do objeto deve ser de no máximo 3 kg.

Neste caso, a fixação pode ser feita tanto na chapa de gesso quanto nos perfis da estrutura do teto.

Quando há necessidade de instalação de luminária e no local de posicionamento da mesma passa um perfil estrutural do sistema de teto, o instalador deve ter o cuidado de realizar o reforço da estrutura. Este reforço deve ser feito acrescentando nas extremidades do perfil seccionando o suporte nivelador.

Muitas vezes há necessidade de realizar visitas ao entreforro para acesso a uma instalação dumper, registro, etc. Neste caso, como o teto é monolítico, é preciso recorrer à instalação de uma tampa de inspeção para que se possa acessar o entreforro.

Tampa Inspeção

Quando há necessidade de instalação de tampas de inspeção, em um teto unidirecional, o procedimento é semelhante ao visto quando instalamos as luminárias. Porém, como fazer quando temos o sistema bidirecional?

Como a modulação entre os perfis da estrutura do teto pode ser menor que a dimensão da tampa de inspeção, haverá a necessidade de seccionar um ou mais perfis estruturais do teto. Porém, havendo essa necessidade, deveremos realizar com critério.

No caso abaixo, trata-se de um teto bidirecional ao qual foi necessário o corte de um perfil estrutural secundário. Devido a isso, foi necessário o reforço com outro perfil ao qual foi fixado o perfil primário através do suporte de conexão rápida.Para cargas maiores que 3 kg, deverá haver uma estrutura auxiliar cuja fixação não deve ser feita no sistema estrutural do teto. Na maior parte das vezes, a fixação da estrutura auxiliar ocorre na laje, mas também pode ser prevista uma estrutura auxiliar independente da estrutura do teto que possa sustentar o objeto a ser instalado.

Sistema de Teto Unidirecional

Tampa instalada em Sistema Bidirecional

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Entrevista com

Vera Fernandes Hachich

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Especialista fala sobre exigências e implicações da NBR 15.575 na construção

Dentre os principais objetivos da Knauf do Brasil, está o de contribuir para a constante atualização e capacitação de profissionais de toda a cadeia da construção civil. Diante disso, a revista Espaço K convidou a engenheira Vera Fernandes Hachich, relatora da parte 6 da Norma de Desempenho NBR 15.575, para aprofundar o tema, explicando em detalhes as exigências e implicações da normativa.

Mestre e Doutora em Engenharia de Construção Civil e Urbana pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Vera é sócia e gerente técnica da Tesis e membro do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo.

Espaço K: Quais são os avanços que a Norma de Desempenho NBR 15.575 vai proporcionar para a população em geral, que vai desfrutar de construções com melhor acústica?

Vera Fernandes Hachich: A Norma de Desempenho NBR 15.575 traz vários avanços. Porém o que mais deve alterar a forma de pensar o projeto, a obra, a avaliação de desempenho e a operação e manutenção das edificações é o fato de as soluções construtivas terem que considerar os diferentes comportamentos em conjunto. Ou seja, o edifício é o produto acabado e uma solução construtiva que seja melhor do ponto de vista estrutural, por exemplo, não pode oferecer resistência ao fogo, durabilidade, estanqueidade e comportamentos térmico e acústico em níveis inferiores aos mínimos estabelecidos na especificação da NBR 15.575.

Do ponto de vista do desempenho acústico especificamente, as exigências da norma referem-se não só às máximas transmissões sonoras e valores de isolamento acústico,

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Especial Entrevista | 48 - 49

mas também indicam como realizar as medições em obras concluídas e classificar os resultados. Há, portanto, considerações sobre o desempenho mínimo, intermediário e superior do ponto de vista dos resultados de medições no edifício, após a sua

conclusão, considerando o local da implantação e o nível de ruído do entorno da edificação.

Há diversas formas dessas especificações auxiliarem os empreendedores da construção civil. A mais óbvia é a de tornar público qual nível de desempenho cada solução atende. Além disso, permitirá aos construtores e incorporadores demonstrarem aos usuários e compradores a diferença de desempenho entre os níveis mínimo, intermediário e superior. Estas variações podem gerar diferenças no preço do imóvel, justificadas por critérios mensuráveis e objetivos.

Para os gerenciadores, um nível de detalhe que facilita a análise da conformidade do projeto com a obra pronta. Para os agentes de financiamento, é um critério objetivo e transparente de análise e escolha. Para o usuário final, uma documentação acessível para o conhecimento das operações de manutenção e operação do edifício.

Para os avaliadores – Entidades de Gestão Técnica (EGTs) e Instituições Técnicas de Avaliação (ITAs), uma sistematização de dados e conhecimento do comportamento, com possibilidade de calibração através das avaliações pós entrega e pós ocupação. Assim, é possível definir claramente a origem de possíveis problemas. Isso sem considerar os desdobramentos para a formação de profissionais de arquitetura e engenharia, para a academia e para o conhecimento de forma geral.

“Para usos muito

específicos como

hospitais, teatros,

hotéis e projetos cuja

acústica seja mais

rigorosa, os critérios da

norma de desempenho

deverão ser um ponto

de partida”

Espaço K: Como o mercado de construção civil está vendo as exigências de níveis mínimos para o desempenho acústico que a Norma impõe?

V.F.H.: Há diferentes pontos de vista sobre as exigências mínimas da norma no que se refere ao desempenho acústico. Para os especialistas de acústica, os valores apresentados na norma não podem ser considerados como suficientes para obtenção do conforto acústico. Para as construtoras, os valores apresentados já representam um desafio, pois a solução só é considerada aprovada depois da execução e conclusão do edifício. Ou seja, os ensaios de acústica – que devem alcançar o desempenho exigido pela norma – são realizados no edifício pronto. Se não for aprovado, será necessário analisar o problema e corrigi-lo já no edifício concluído, o que pode ser bem difícil.

Espaço K: Como avalia a acústica dos projetos anteriores à Norma? Já havia alguma preocupação com o isolamento ou a absorção sonora?

V.F.H.: A preocupação com o isolamento sonoro existia em alguns casos clássicos: construção de teatros ou casa de espetáculos, hotéis, hospitais e edifícios comerciais e residenciais de padrão elevado localizados em locais ruidosos. Em edifícios habitacionais de interesse social (HIS), não havia grande preocupação com o aspecto de isolamento acústico, dadas as limitações do custo da construção.

Espaço K: Na sua opinião, quais serão as principais mudanças práticas nos projetos a partir de agora, com a Norma em vigor?

V.F.H.: Os projetos deverão pensar em soluções de sub-sistemas para que atendam aos critérios acústicos. Acredito que os maiores impactos ocorrerão nos detalhamentos dos projetos, principalmente: divisões de dormitórios, divisões entre áreas comuns e da unidade em análise; paredes internas entre apartamentos vizinhos; paredes de geminação de casas; fachadas, principalmente as soluções de caixilharia de forma geral (janelas, portas, fachadas cortina); soluções para sistemas de piso, principalmente no que concerne a ruídos de impacto, e as soluções de tetos e forros.

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Especial Entrevista | 50 - 51

“Os projetos deverão

pensar em soluções de

sub-sistemas para que

atendam aos critérios

acústicos. Acredito

que os maiores

impactos ocorrerão

nos detalhamentos dos

projetos”

Espaço K: Que pontos da Norma de Desempenho NBR 15.575 têm suscitado mais dúvidas entre os profissionais do setor da construção civil?

V.F.H.: Conhecer e analisar as possíveis soluções construtivas que podem oferecer o desempenho exigido em cada caso é uma atividade complexa e que está sendo incorporada gradativamente à cultura dos atores da construção civil brasileira. São diversos detalhes que influenciam na escolha de materiais para vedações verticais, coberturas e sistemas de piso, além das instalações hidrossanitárias e elétricas.Há poucas informações disponíveis sobre resultados de ensaios, a partir das variáveis da obra. É muito difícil para o projetista e especificador definir em projeto os sub-sistemas, sem as informações relativas ao seu desempenho acústico. Por outro lado, aguardar a conclusão da obra para depois analisar o comportamento acústico pode ser muito arriscado, com alta probabilidade de não se atingir o resultado necessário para atender aos critérios acústicos mínimos. A solução, no caso de não atendimento, será sempre onerosa e demorada, pois terá que corrigir sistemas de piso, parede, fachada, etc., já concluídos.

Espaço K: Quais fatores ainda podem ser um empecilho para a melhoria da qualidade acústica nos novos projetos brasileiros?

V.F.H.: Os maiores entraves para a realização dos projetos visando ao atendimento do desempenho acústico são:

•o desconhecimento do comportamento acústico das soluções dos sub-sistemas das edificações - definido através de ensaios de laboratório e de campo;

•a ausência de mapas de ruído urbano que mostrem as regiões da cidade caracterizadas com seu nível de emissão sonora;

•a ausência de formação dos principais conceitos de acústica pelos profissionais de projeto;

•o fato do resultado final do desempenho acústico só ser definido após a conclusão da obra, através de medição de campo;

•o número ainda pequeno de laboratórios e profissionais capacitados e acreditados para a realização dos ensaios de acústica.

Espaço K: Uma questão que vem sendo debatida recentemente é a poluição sonora das cidades brasileiras. Quais benefícios a senhora acredita que a Norma vai trazer ao incentivar a melhoria da qualidade acústica dos novos residenciais?

V.F.H.: Com a discussão da norma de desempenho, estabeleceu-se valores para o isolamento ao ruído aéreo da envoltória da edificação (fachada e cobertura) em função da localização da edificação do ponto de vista do ruído urbano (ruído intenso de qualquer natureza; ruído intenso de meios de transporte, etc.). Daí, surgiu a questão do ruído urbano não estar ainda mapeado nos municípios brasileiros, o que estimulou uma mobilização para a construção desse mapeamento. No município de São Paulo, por exemplo, já há projetos de elaboração de mapas de ruído urbano, com base na experiência internacional sobre o tema. A construção de tais mapas permitirá que se faça análises objetivas sobre a poluição sonora para construir envoltórias mais adequadas para atender aos critérios de desempenho acústico.

Espaço K: Quais são as principais características acústicas abordadas pela Norma que devem ser observadas em qualquer tipo de projeto?

V.F.H.: A “ABNT NBR 15.575 - Edificações Habitacionais - Desempenho”, apesar de estabelecer critérios de avaliação para edifícios habitacionais, vem sendo utilizada para outros tipos de edificação, na ausência de normas específicas para estes. Assim sendo, os

critérios de isolamento de ruído para fachadas, paredes internas, sistemas de cobertura e de piso, já estão sendo considerados para edifícios comerciais, de forma geral. Para usos muito específicos como hospitais, teatros, hotéis e projetos cuja acústica seja mais rigorosa, os critérios da norma de desempenho deverão ser um ponto de partida, porém haverá a necessidade de estudar caso a caso para estabelecer quais seriam os parâmetros de atendimento às necessidades de cada situação.

Espaço K: De que forma os materiais industrializados, como o drywall, podem contribuir para que os projetos atinjam os níveis mínimos de desempenho exigidos pela norma?

V.F.H.: O Programa Setorial da Qualidade dos Componentes para Sistemas Construtivos em Chapas de Gesso para drywall realizou ensaios acústicos para definição dos parâmetros do sistema de vedação vertical interna com diferentes configurações e tipos de chapas de gesso, com e sem a presença de lã de vidro e diferentes perfis de aço. Os resultados dos ensaios são essenciais para que projetistas, construtores e especificadores possam projetar e construir com conhecimento prévio do potencial desempenho acústico do sistema escolhido.

“A segurança ao fogo

também é um critério

que os sistemas

Drywall atendem

em diferentes

níveis, considerando

edificações altas e

de uso não apenas

residencial. Para

tanto, realizou ensaios

de resistência e reação

ao fogo com diferentes

configurações”

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Na medida em que o setor de drywall realizou os ensaios de desempenho de seus sistemas em conformidade com a norma 15.575, os resultados foram encaminhados para a análise de um grupo de especialistas composto para este fim pelo Ministério das Cidades, denominado Comitê Técnico. No caso do sistema drywall, já há quatro fichas publicadas com todos os resultados de desempenho, em conformidade à NBR 15.575 - parte 4.

Tornar pública a informação do desempenho acústico deste método construtivo através de publicações da Associação Brasileira do Drywall e das fichas do Ministério das Cidades permite ao projetista e especificador estudar as opções de projeto com potencial de atender à norma. Dessa forma, eles podem escolher essa solução não apenas por parâmetros de custo, mas também de desempenho, diminuindo sobremaneira o risco de reprovações em acústica após a parede concluída.

Espaço K: Como se pode garantir o desempenho mínimo de isolamento acústico em cada divisão dentro das unidades e entre unidades diferentes?

V.F.H.: O Ministério das Cidades, por meio da Secretaria Nacional de Habitação (SNH), colocou em seu site material que trata dos requisitos obrigatórios e recomendados, além dos estabelecidos pelo Ministério para a construção de Habitações de Interesse Social (HIS) para que essas edificações atendam à norma de desempenho. Os documentos orientativos podem ser acessados no link: http://app.cidades.gov.br/catalogo. Também é possível acessar arquivos sobre soluções com desempenho avaliado para Sistemas Convencionais e Inovadores.

Os documentos estão distribuídos em cinco tópicos:

•Especificações de Desempenho nos Empreendimentos de HIS Baseadas na ABNT NBR 15.575 - Edificações Habitacionais - Desempenho;

•Orientações ao Proponente para Aplicação das Especificações de Desempenho em Empreendimentos de HIS;

•Orientações ao Agente Financeiro para Recebimento e Análise dos Projetos;

•Catálogo de Desempenho de Subsistemas e Diretrizes

•Diretrizes SINAT e Documentos de Avaliação Técnica - DATec’s:

O Programa Setorial da Qualidade dos Componentes para Sistemas Construtivos em Chapas de Gesso para Drywall foi pioneiro na realização de ensaios acústicos para definição dos parâmetros do sistema de vedação vertical interna com diferentes configurações. Os resultados dos ensaios estão disponíveis em quatro diferentes fichas dentro do aplicativo do Ministério das Cidades. O projetista poderá escolher qual a configuração de parede será mais adequada para cada posição da mesma no edifício, utilizando os resultados das fichas.

“Para os especialistas

de acústica, os valores

apresentados na

norma não podem ser

considerados como

suficientes para obtenção

do conforto acústico.

Para as construtoras, os

valores apresentados

já representam um

desafio, pois a solução só

é considerada aprovada

depois da execução e

conclusão do edifício”

Espaço K: Que outras funções, além da acústica, o drywall pode exercer nos condomínios residenciais?

V.F.H.: O Programa Setorial da Qualidade dos Componentes para Sistemas Construtivos em Chapas de Gesso para Drywall realizou ensaios de todos os demais critérios da norma de desempenho para definição dos parâmetros deste método construtivo com diferentes configurações e tipos de chapas de gesso, com e sem a presença de lã de vidro e diferentes perfis de aço. Os resultados dos ensaios foram objeto de publicações da Associação Brasileira do Drywall e também das fichas do Ministério das Cidades.

A segurança ao fogo também é um critério que os sistemas Drywall atendem em diferentes níveis, considerando edificações altas e de uso não apenas residencial. Para tanto, realizou ensaios de resistência e reação ao fogo com diferentes configurações e tipos de chapas de gesso, com e sem a presença de lã de vidro e diferentes perfis de aço. Os resultados desses ensaios permitem a escolha de diferentes soluções para cada situação, posição da parede e tipo de edificação.

Espaço K: Há alguma regra (o preço por unidade, por exemplo) para classificar os condomínios pelos diferentes níveis mínimos de desempenho acústico?

V.F.H.: A “ABNT NBR 15.575 - Edificações Habitacionais - Desempenho” estabelece critérios de avaliação para edifícios habitacionais, do ponto de vista de desempenho acústico, em três níveis: mínimo, intermediário e superior. Tais níveis foram definidos em função dos resultados dos ensaios obtidos na edificação concluída - quanto melhor o desempenho, melhor a classificação.

Hoje, algumas construtoras já esclarecem ao potencial comprador sobre o nível de isolamento acústico de sua solução construtiva comparativamente aos outros edifícios disponíveis na mesma faixa de preço e localização. Esses esclarecimentos podem ser usados para justificar possíveis diferenças do preço do imóvel, utilizando para tanto critérios mensuráveis e objetivos. Antes isso só era possível a partir da qualidade de acabamentos ou outros produtos visíveis após a instalação. Espaço K: Na sua opinião, estes níveis mínimos de exigência já são suficientes ou a senhora acredita que, no futuro, será preciso ampliar o conforto acústico nos residenciais?

V.F.H.: Com o avanço do conhecimento e criação de outros métodos de ensaio será possível ampliar o conforto acústico quer no aumento da exigência de isolamento quer na inclusão de outros critérios tais como: para ruído de equipamentos elétricos, hidrossanitários, sistemas de cobertura com a possibilidade de avaliação de ruído de impacto de chuva, entre outros. O conhecimento sempre poderá ser ampliado e assim aprimorarmos a norma de desempenho.

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Especial Acústica

Home theaters necessitam de

uma boa acústica no ambiente

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A preocupação com o conforto acústico nos ambientes tem ganhado cada vez mais destaque nos projetos, inclusive nos residenciais e comerciais. Não é para menos: de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a poluição sonora é a segunda maior do mundo.

Por isso, cada vez mais cresce a demanda por soluções arquitetônicas que promovam isolamento acústico e absorção de ruídos, proporcionando melhor audibilidade. A Espaço K convidou alguns dos maiores especialistas em projetos de acústica do Brasil para falar sobre a evolução dessa área.

José Carlos Giner, principal consultor da consultoria Giner, de São Paulo, conta que a principal queixa dos clientes atualmente é o incômodo gerado pelos ruídos urbanos. Com larga experiência em projetos de estúdios, o engenheiro explica que é fundamental conhecer bem a região onde o projeto será implementado e as reais necessidades do cliente.

Acústica ganha cada vez mais importância em projetos arquitetônicos

Especial Acústica | 54 - 55

Capela Arnaldo Jansen

Home theaters ncessitam

de boa acústica no ambiente

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“Nos projetos acústicos de estúdios, há duas principais especificidades: o isolamento acústico, que deve considerar toda a área, o uso que o espaço terá e seu entorno, e o condicionamento acústico, para tornar a sala adequada a sua aplicação principal, como diferentes ritmos musicais, entre outros”, afirma Giner.

Já para Marcos Holtz, sócio diretor da Harmonia Davi Akkerman + Holtz, também de São Paulo, a norma NBR 15.575, que tornou obrigatório o atendimento a determinados critérios acústicos em edifícios residenciais, fez crescer a procura por projetos acústicos eficientes e financeiramente viáveis. “Outro grande mercado é o corporativo: escritórios, escolas e hospitais são locais onde condições ruins de acústica trazem queda comprovada de rendimento. Então o projeto acústico se torna um investimento. Com a crise econômica, a otimização das soluções é algo primordial para evitar desperdício de tempo e dinheiro”, explica Holtz.

O arquiteto explica ainda que já está comprovada a relação direta entre a exposição prolongada ao ruído e doenças como infartos, derrames e hipertensão: “Por isso, soluções que melhoram a acústica têm grande impacto na qualidade de vida nas cidades”. De acordo com Holtz, houve um grande salto no mercado brasileiro de acústica nos últimos anos, impulsionado pela norma e por um maior intercâmbio

do Brasil com outros países. “Hoje, o mercado nacional de acústica está se alinhando com o que há de mais moderno no mundo. Há uma exigência cada vez maior em saber o desempenho acústico dos materiais e nisso, os sistemas drywall saíram na frente, devido à grande quantidade de soluções já testadas”, diz Holtz.

No segmento religioso, uma das principais demandas é impedir que o som interno incomode os vizinhos. A arquiteta acústica Sara Guimarães, do Rio de Janeiro, que atua com igrejas há 15 anos, destaca ainda a necessidade de corrigir o tempo de reverberação dentro dos templos. “A inteligibilidade da fala nas igrejas é essencial e ainda há música, pessoas orando e, em algumas denominações, até gravação de CD dentro do próprio templo. É preciso ter sensibilidade para atender aos diferentes momentos da reunião”, afirma Sara Guimarães. De forma geral, Sara acredita que as pessoas estão mais exigentes em relação ao conforto acústico devido ao aumento da densidade populacional, que intensificou as aglomerações de pessoas em bares, casas noturnas e até nas ruas.

No Paraná, cresce o debate sobre acústica, que vem ganhando importância nos projetos. De acordo com Marco Losso, sócio da Acústica Arquitetura, de Curitiba, até pessoas leigas estão mais atentas à questão. “Dormir em um quarto com ruído de trânsito ou usar um auditório em

Home theaters ncessitam de boa acústica no ambiente

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Especial Acústica | 56 - 57

que não se consegue entender o que o orador está falando pode inviabilizar totalmente a utilização do espaço. Por isso, nosso papel é, não somente atender ao cliente, mas também conscientizar o mercado de que a acústica não é complementar, mas parte fundamental da arquitetura, que deve ser pensada em conjunto desde a concepção do projeto”, ressalta Losso. Para o arquiteto, grande parte desta discussão foi impulsionada pela NBR 15.575 e pela revisão das duas principais normas nacionais da área, a NBR 10.151 e a NBR 10.152.

A norma também aumentou ainda mais a já aquecida demanda por projetos de acústica em Minas Gerais. “A discussão sobre poluição sonora e o seu impacto de vizinhança já vinha crescendo com a formação e consolidação de uma legislação local de meio ambiente, mas a Norma de Desempenho acentuou ainda mais a importância da acústica principalmente nos segmentos residenciais e de hotelaria”, conta Umberto Tavares, da Métron Acústica Arquitetura e Urbanismo, de Belo Horizonte.

De acordo com o arquiteto, há basicamente três setores com demandas bem específicas: “O segmento industrial tem necessidade de proteger os postos de trabalho e a vizinhança dos ruídos gerados nas fábricas. Já as áreas corporativa e residencial buscam mais privacidade, inteligibilidade e tranquilidade para os ambientes”.Na opinião do engenheiro Schaia Akkerman, diretor principal da Akkerman Projetos Acústicos, a acústica é uma questão ambiental.

“As principais solicitações que nossos clientes fazem são projetos que ofereçam bem estar, sigilo, conforto e privacidade das instalações de uso permanente – todas estas questões estão relacionadas com o meio ambiente, inclusive com o entendimento da palavra”, explica Akkerman. A partir destas premissas, o engenheiro destaca os tipos de projeto que requerem soluções para alcançar um bom desempenho nestes quesitos: habitações, teatros, auditórios, museus, hospitais, aeroportos, indústrias e escritórios. “Percebemos que os projetos de acústica evoluíram de forma positiva no Brasil ao longo das últimas décadas”, conclui Akkerman.

Outra evolução na área diz respeito às certificações: “Atualmente, o mercado está mais exigente em relação ao desempenho dos produtos acústicos e demandam os resultados dos ensaios, até para que possam atender à NBR 15.575”, afirma Marco Antônio Vecci, professor da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais. Outra demanda que tem sido frequente são soluções para a atenuação de ruído de equipamentos de ar condicionado e sistemas similares.

Embora o ensino de acústica nas universidades tenha acompanhado debates sobre o tema, estas discussões estão setorizadas em poucas universidades onde há cursos de acústica na graduação e na pós-graduação. Por outro lado, na maioria dos cursos de engenharia do Brasil, este tema precisa ser mais difundido, principalmente nos de engenharia civil. “A ausência de informação sobre acústica nas salas de aula de boa parte dos cursos de engenharia no país contribui significativamente para a desinformação da importância desta área nas edificações. Como consequência, o mercado de trabalho ainda é bem restrito para projetistas, instaladores e fabricantes de sistemas acústicos”, relata Vecci. A expectativa é que esse quadro melhore a partir de agora: “Em geral, as necessidades acústicas de uma edificação vão além dos itens exigidos na NBR 15.575, mas um dos papeis desta norma tem sido canalizar atenções para o assunto”.

Com projetos de grande porte na bagagem, o arquiteto André Grieser, da Grieser Arquitetura e Consultoria Acústica, de Fortaleza, acredita que um dos principais desafios do setor é unir eficácia, facilidade de instalação e custos adequados ao volume de material especificado. “Nos tornamos uma sociedade geradora de muito ruído. Controlá-lo se tornou importante, com isolamento dos espaços e condicionamento interno. Para conciliar estas necessidades, o drywall é um aliado, pois é um material versátil, leve e de execução rápida”, destaca André Grieser.

De acordo com o arquiteto, a percepção de uma abordagem acústica na composição dos espaços é cada vez maior. “Com isso, os profissionais de acústica têm participado do projeto desde seu início, o que se reflete

Drywall auxilia no conforto acústico de salas de reunião

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em resultados melhores e com menos custo. Enquanto os custos de fazer um espaço acusticamente eficiente não são necessariamente mais altos, quando bem feitos, o preço de um reparo é sempre bem maior e nem sempre alcança os mesmos resultados”, afirma Grieser.

Na capital baiana, o som que tira o sono dos soteropolitanos é o dos eventos em locais abertos. O engenheiro Olavo Fonseca Filho, do Grupo Sonar, explica que a maioria dos shows acontece em locais abertos, próximos a áreas residenciais, o que requer alguma intervenção acústica. “Para este tipo de situação, é necessária a adoção de ações físicas, como instalação de barreiras e enclausuramentos acústicos, ou ações administrativas, como regulagem da potência sonora, reposicionamento de palco e Monitoramento Sonoro”, explica o engenheiro.

Em alguns casos, porém, isso não é possível, como acontece no Museu du Ritmo, em Salvador, que é tombado e não pode receber tratamento acústico. “Neste caso específico, os principais desafios foram determinar a melhor posição do palco para ‘direcionar’ o som para onde não há tantas residências, ajustar previamente a potência sonora máxima dos equipamentos e realizar o Monitoramento Sonoro, que mede a potência sonora emitida durante todo o evento, podendo assim determinar se houve ou não infração”, relata Olavo Fonseca Filho.

A arquiteta Maria Lúcia Oiticica, professora da Universidade Federal de Alagoas, percebe uma pequena melhora na conscientização de que a qualidade acústica de um ambiente pode fazer a diferença no seu projeto. “Se o custo for competitivo, o cliente aceita fazer o investimento. Mas ainda há uma lacuna de parâmetros acústicos relacionados a sistemas construtivos tradicionais. E os fornecedores de produtos acústicos podem colaborar mostrando à população a importância de um tratamento acústico, indo além de catálogos e estimulando os sentidos da audição”, aponta Maria Lúcia Oiticica.

De acordo com a arquiteta, o drywall apresenta um bom desempenho e pode ser melhorado agregando mais estruturas. “Enquanto nas regiões Sul e Sudeste, o uso do drywall já está bem disseminado, no Nordeste – e no Brasil – ainda há a necessidade de quebrar o paradigma dos sistemas construtivos tradicionais. Dessa forma, o mercado poderá disponibilizar mais recursos para suas edificações, atingindo melhores índices de qualidade acústica e fazendo o diferencial das suas obras”, afirma.

O engenheiro Moyses Zindeluk, consultor da Traço Verde Arquitetura Ambiental, do Rio de Janeiro, também acredita que a maior pressão por parte do público por ambientes com melhor qualidade acústica é que fará diferença na evolução dos projetos a longo prazo. “Além disso, a discussão gerada pela norma NBR 15.575 vem se refletindo em uma maior participação da Acústica entre as disciplinas usuais de um projeto. Na construção civil, as principais demandas se referem à questão do ruído e vibração produzidos por instalações, ao atendimento da norma ou ao isolamento e qualidade interna de ambientes especiais de lazer”, relata Moyses Zindeluk.

Nos projetos residenciais, a preocupação com o conforto acústico do apartamento precisa considerar: os ruídos externos ao prédio, os ruídos entre apartamentos do

mesmo andar e entre pavimentos (ruídos de impacto). É o que explica o arquiteto Fábio Brussolo, sócio do escritório Roberto Thompson Motta: “Atualmente em função da Norma, a principal demanda vem de prédios residenciais, mas cada vez mais os clientes, sejam construtoras, edificações comerciais, corporativas e até profissionais liberais, estão dando importância a um melhor desempenho acústico nas obras”.

Neste contexto, segundo Brussolo, o drywall vem contribuindo a cada dia mais com projetos residenciais e comerciais. “É importante ressaltar a necessidade de esclarecimento das várias possibilidades de sistemas em drywall. Para alcançar diferentes níveis de isolamento acústico, é essencial combinar diversas chapas e outros materiais, como a lã mineral. O drywall não é um produto único, mas sim totalmente flexível de acordo com o desempenho requerido”, afirma o arquiteto.

Em Sergipe, o músico Pauly de Castro, formado em Eletrotécnica e Engenharia de Áudio, vivenciou o início do debate sobre acústica em Aracaju, onde se instalou há nove anos. “Por se tratar de fenômenos invisíveis, é necessário um mínimo de sensibilidade para diferenciar reverberação, eco, ressonância, entre outros. Por isso, é difícil disseminar e valorizar os conceitos de acústica. Mas isso tem mudado e hoje há uma busca por materiais que agreguem conforto acústico e beleza arquitetônica, sem esquecer o isolamento, para não incomodar nem ser incomodado pelo vizinho”, explica Pauly de Castro, da SomDireto Soluções em Áudio e Acústica.

O especialista em acústica conheceu o drywall ainda jovem, nos Estados Unidos, e pode aprender as técnicas mais apuradas de instalação. “O mercado americano se preocupava também com o isolamento térmico e por isso adotaram o uso de lã mineral, o que acabou garantindo proteção termoacústica às paredes. Daí, os estúdios descobriram que a combinação de drywall com lã mineral aumentava bastante o fator isolante dos espaços e contribuíam para a absorção das baixas frequências, eliminando ressonâncias abaixo de 100 Hz. Esta foi uma grande solução e economia na construção de absorvedores de baixa frequência. Hoje, utilizo muito os sistemas em drywall com capacidade de absorção focada no controle da voz humana para ambientes comerciais e auditórios”, detalha.

A ProAcústica, associação que reúne empresas e profissionais do segmento, confirma a importância da NBR 15.575. De acordo com o presidente da entidade, Edison Claro de Moraes, a norma foi decisiva para impulsionar novos projetos de acústica. “O mercado era formado por projetos pontuais e ações de empresas preocupadas com o conforto acústico. Com a norma, o tema ganhou visibilidade e entrou na agenda de construtoras que ainda não investiam em acústica”, explica o presidente da ProAcústica.

Edison Moraes explica que o drywall é um dos aliados dos profissionais do setor porque apresenta seus números: “As fabricantes de sistemas em drywall sempre se preocuparam em medir e divulgar o desempenho de seus produtos, o que é um grande diferencial para quem precisa atingir metas de isolamento e conforto acústico em projetos. Além disso, há todas as facilidades que o material proporciona, como limpeza na obra, mobilidade, rapidez e ganho de espaço”. A ProAcústica tem como objetivo ampliar o mercado de acústica do Brasil.

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Knauf Aquapanel®

UMEI - Belo Horizonte

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A nova sede da empresa DW Logistics, em Curitiba, tem aproximadamente 1.270 m², divididos em 4 pavimentos, além da casa de máquinas, e apresentava um desafio extra para sua construção: o local escolhido tem grande incidência de radiação solar e é próximo de uma rua movimentada e de uma universidade. Por isso, o conforto térmico e acústico eram prioridades no projeto. Diante deste cenário, a Logi Arquitetura, responsável pelo projeto arquitetônico da obra, escolheu trabalhar com os sistemas de fachadas Knauf Aquapanel.

A arquiteta e engenheira Clarisse Petroski, sócia-administradora da Logi Arquitetura, explica que a principal meta era maximizar o ganho de iluminação natural, além de criar ambientes mais abertos. “Queríamos uma solução que possibilitasse vãos maiores, para um maior aproveitamento do espaço interno, criando uma ocupação ‘open plan’.

Fachadas ganham mais eficiência e beleza com Knauf Aquapanel

Knauf AQUAPANEL® | 62 - 63

Pátio Roraima Shopping - Roraima

DW Logistics - Curitiba

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Por isso, optamos pelo sistema de lajes protendidas, que reduz o número de pilares e vigas e contribui para a passagem das instalações sobre o forro. Para aumentar a incidência de luz do dia, ampliamos a dimensão das aberturas laterais que são mais horizontais”, explica.

Além disso, a intenção era conceber uma edificação sustentável, com um bom desempenho energético e gerando menos impacto que uma obra convencional. “Considerando tudo isso, os sistemas de fachadas Knauf Aquapanel se mostraram a melhor solução inclusive em relação à eficiência, agilidade na execução, racionalidade, flexibilidade, menor geração de resíduos e facilidade para mudanças e manutenções”, conclui Clarisse Petroski. O prédio conta ainda com proteções solares em fachadas de maior incidência solar, grandes aberturas para ganho de luz natural na face sul, um bicicletário e sistema de captação de água da chuva.

De acordo com o engenheiro Bruno Bassani, gerente de obras da Bassani, instaladora autorizada Knauf e responsável pela montagem do material, outro fator determinante na escolha das chapas Knauf Aquapanel foram os vãos das janelas. “Como as janelas do edifício têm vãos muito grandes, variam entre 3,5 m até 7,2 m, e vão de pilar a pilar, seria muito oneroso e demorado executar a fachada com alvenaria, pois seria necessário criar vigas e pilares adicionais para suportar o peso. Vencer estes vãos era o maior desafio da obra e conseguimos fazê-lo com a Aquapanel”, explica Bassani.

Outro benefício dos sistemas de fachadas Knauf Aquapanel, que consumiram cerca de 1.000 m² de chapas, para esta obra foi a estética, pois a pintura seria de textura de baixa espessura (2 mm). “Em uma área com alta incidência de luz solar, a alvenaria não apresentaria bons resultados, porque o reboco não é perfeitamente plano e seria possível ver as imperfeições. Nos sistemas Knauf Aquapanel, a planicidade da fachada é perfeita, o que nos permite a aplicação de qualquer tipo de acabamento com excelente resultado estético”, relata o engenheiro.

O prazo foi outro desafio nesta obra: a instalação dos sistemas de fachadas Knauf Aquapanel começou em setembro de 2013 e a inauguração estava prevista para janeiro de 2014. A fachada ficou pronta em outubro, o que possibilitou a execução de todos os outros serviços - como as instalações de drywall, janelas e portas, iluminação, piso elevado, pintura interna e externa, entre outros - no prazo.

“Quando iniciamos a obra, percebemos que havia uma pequena diferença de prumo entre o primeiro andar e o último. Graças à flexibilidade do sistema aliada à utilização de perfis estruturais de 140 mm, conseguimos executar uma fachada 100% aprumada”, afirma Bruno Bassani. O prédio da DW Logistics utilizou ainda 100 m² de sistemas de parede Knauf W111, 200 m² de sistemas de teto Knauf D112 Unidirecional e 650 m² de forros removíveis Knauf AMF.

Fachadas em curva

Entre janeiro de 2013 e outubro de 2015, a Prefeitura de Belo Horizonte, através de Parcerias Público-Privadas, construiu 46 Unidades Municipais de Ensino Infantil (UMEI) espalhadas por vários bairros da cidade. Para alcançar o objetivo e cumprir o prazo, a

opção foi conceber um projeto único e utilizar sistemas industrializados na construção. Dentre os desafios do projeto estava o desenho da fachada, que previa um trecho de 70 m² em curva - somente os sistemas de fachadas Knauf Aquapanel ofereceram a flexibilidade necessária para a execução da obra.

“Nas paredes curvas, a chapa Knauf Aquapanel foi a única com capacidade de se conformar ao formato da edificação sem apresentar ‘dentes’, com resistência física adequada e aderência às pastilhas cerâmicas que foram assentadas posteriormente. Ensaiamos em laboratório várias chapas e a Aquapanel foi uma das poucas que apresentou estabilidade dimensional adequada e boa superfície para assentamento de pastilhas cerâmicas, o que era essencial ao projeto”, explica o arquiteto Alexandre Kokke Santiago, Gerente Técnico da Construseco, instaladora autorizada Knauf responsável pela montagem do material.

Já nos trechos retos, a escolha das chapas Knauf Aquapanel se deu em função da relação entre custo e benefício no momento da aquisição de insumos para cada obra. No total, foram utilizados cerca de 1.400 m² de sistemas de fachadas Knauf Aquapanel em cada unidade. Ainda de acordo com o arquiteto, cada unidade recebeu outros 3.200 m² de sistemas de paredes Knauf Drywall. Com 1.100 m², cada escola levou, em média, 8 meses para ser construída, considerando desde a fundação até o paisagismo.

Para o engenheiro Danilo Benicio Andrade, da construtora Odebrecht, responsável pela execução das obras, o principal desafio desta empreitada era padronizar os procedimentos executivos. “Queríamos garantir que todas as unidades fossem erguidas com o mesmo padrão de qualidade, superando as expectativas do cliente. Os sistemas de fachadas Knauf Aquapanel contribuíram para este objetivo, sendo que foi o material que apresentou os melhores resultados quando exposto à simulação de intempéries. As chapas apresentaram variação dimensional e absorção de umidade adequadas para o tipo de utilização que requeríamos”, explica Danilo Benicio Andrade.

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Shopping Via Parque - RJ

Aquapanel em centros comerciais

Maior centro de compras da cidade de Boa Vista, capital de Roraima, o Shopping Pátio Roraima, tem aproximadamente 43 mil m², divididos em dois pavimentos, e foi entregue em 2014 após 14 meses de obra. De acordo com o arquiteto Alan Gonçalves, gerente de projetos da AD Arquitetura, escritório responsável pelo

projeto arquitetônico do mall, esta obra exigia um sistema de fechamento mais leve que os convencionais, porque a estrutura do prédio é toda metálica.

“Além da necessidade de integrar as estruturas metálicas, também queríamos um material que permitisse a instalação de revestimento cerâmico, que fazia parte do conceito arquitetônico do shopping. Por isso, optamos pelos sistemas de fachadas Knauf Aquapanel, utilizando aproximadamente 12 mil m² de chapas. A Aquapanel também contribuiu muito com o cronograma da obra, já que sua instalação foi muito simples, facilitando até mesmo vencer os trechos com grande altura”, relata Alan Gonçalves. O projeto de engenharia e a construção da obra foram realizados pela construtora Interbuild e a montagem do material foi feita pela Wallplac.

Já nas obras de expansão da área de cinemas do Shopping Via Parque, no Rio de Janeiro, o prazo era o fator crucial e que determinou a escolha dos sistemas de fachadas Knauf Aquapanel.

“Precisávamos vencer um vão livre de mais de 15 m de altura em pouco tempo. A velocidade de instalação das chapas Knauf Aquapanel foi o que mais influenciou na escolha do material. Instalamos 5 mil m² de sistemas de fachadas Knauf Aquapanel em 30 dias corridos, no final de 2014”, afirma o engenheiro José Neto, Diretor Técnico do Grupo Saraiva e Gesso Bom. A expansão, que abrange a ampliação e a construção de novas salas de cinema, tem aproximadamente 10 mil m² e foi executada pela construtora R R Compacta.

UMEI - Belo Horizonte

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Em Cuiabá, no Mato Grosso, o primeiro shopping do Estado, o Goiabeiras, passou por uma expansão que demandou 9 mil m² de sistemas de fachadas Knauf Aquapanel. A Coreng Engenharia, instaladora autorizada Knauf, foi a responsável pela montagem do material ao lado das empresas New Frame Construções e da Prafom Drywall.

Com projeto arquitetônico da Insite Arquitetos, a obra foi realizada pela construtora Inova TS. Com a escolha do material, a obra do Shopping Goiabeiras ganhou velocidade na execução, mais limpeza, pois o sistema gera muito menos resíduos que a alvenaria, e um resultado estético superior, já que, por ser um produto industrializado, as chapas Knauf Aquapanel são perfeitamente lisas e aceitam qualquer tipo de revestimento.

Hotelaria e residencial ganham agilidade

Na construção do Hotel Ibis Styles Porto Alegre, o principal desafio era o cronograma enxuto e a logística no canteiro de obras, cujo formato em “L” oferecia pouco espaço físico interno e impossibilitava a utilização de gruas. Localizado em área central, o empreendimento foi executado com os sistemas de fachadas Knauf Aquapanel, consumindo 3 mil

m² de chapas. Com área total de 7.500 m², distribuídos em sete pavimentos e o térreo, o projeto foi erguido em aproximadamente um ano e entregue no final de 2014. As instalações foram realizadas pela Indecor do Brasil.“Os sistemas de fachadas Knauf Aquapanel contribuíram muito com o cumprimento dos prazos, que eram reduzidos. Conseguimos até antecipar o cronograma, iniciando outros serviços antes do previsto. Além disso, a baixa geração de resíduos foi uma grande vantagem do sistema para esta obra, já que havia uma limitação de espaço no canteiro. O fato de já termos trabalhado com as chapas Knauf Aquapanel em um projeto anterior também foi decisivo na escolha do material para este empreendimento”, explica o engenheiro civil Bernardo Hernandes Nascimento, gerente de obras da Prisma Engenharia, responsável pela construção do Hotel Ibis Styles Porto Alegre.

Já no município de Bertioga, também em São Paulo, o Condomínio Riviera, foi erguido utilizando cerca de 1.000 m² de sistemas de fachadas Knauf Aquapanel, com chapas de 12,5 mm de espessura. O material está presente desde áreas de lazer, como sauna, spa, salão de festas e sala de ginástica até a área técnica. O drywall foi instalado pelo Mercadão do Gesso.

Hotel Ibis - Poto Alegre

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Residencial BK 30

Especial Residencial

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O residencial BK30, da construtora BKO, localizado no bairro Alto da Boa Vista, na capital de São Paulo, tem como principal diferencial a inteligência construtiva, com sistemas industrializados de alta tecnologia.

Dentre os materiais adotados estão estrutura com lajes planas, concreto auto-adensável, portas com fechadura biométrica, além de sistemas de paredes e de tetos Knauf drywall e sistemas de fachadas Knauf Aquapanel.

“O terreno tem 960 m², com 16 m de frente, sendo que os vizinhos ficam bastante próximos, a menos de 3 m de distância, o que nos exigiu um grande trabalho de logística na realização desta obra. Nossos diretores já conheciam o sistema, que é largamente utilizado na Alemanha, e por isso, desenvolvemos esse projeto junto com a Knauf. A adoção dos sistemas de fachadas Knauf Aquapanel colaborou para causar o mínimo de impacto possível na vizinhança”, afirma o engenheiro civil Rodrigo de Souza, gerente de obra da BKO.

Sistemas com alta tecnologia diferenciam o residencial paulista BK30

Residencial BK 30

Residencial BK 30

Especial Residencial | 68 - 69

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A sustentabilidade era outra preocupação do empreendimento, que utilizou cerca de 2 mil m² de chapas Knauf Aquapanel. “Este sistema proporcionou uma obra com menos entulho, caçambas e profissionais para sua execução, além da facilidade de recebimento e armazenamento do material. Também utilizamos os sistemas de paredes e de tetos Knauf drywall, que propiciaram os mesmos benefícios em relação ao prazo, geração de resíduos, organização do canteiro de obras e menos transtornos aos vizinhos”, diz Rodrigo de Souza.

O engenheiro Jonas Medeiros, diretor técnico da Inovatec, responsável pelo projeto de fachada do BK30, relata que a parte mais crítica do projeto foi a compatibilização com a estrutura, esquadria e instalações.

“Tivemos de criar detalhes específicos para os encontros do sistema com a estrutura aparente prevista pela arquitetura do empreendimento. Utilizamos duplo selamento para evitar risco de infiltração de água. Por outro lado, o fato de a vedação da fachada ser em grande parte confinada entre pilares aparentes e vãos de portas de varandas colaborou com a otimização do posicionamento das chapas. Nestas regiões, as chapas Knauf Aquapanel foram instaladas na vertical, reduzindo cortes e perdas”, revela Jonas Medeiros.

Por utilizar caixilhos de piso a teto, este projeto exigiu soluções diferenciadas. De acordo com o diretor da Inovatec, as janelas precisavam ser fixadas diretamente ao fundo da laje, sem a necessidade de requadração. Como o fundo da laje em concreto tem uma variação de nível natural, foi preciso criar um caixilho telescópico de modo a compatibilizar os desníveis da laje para que não fossem necessárias requadrações até a face interna dos sistemas de fachadas Knauf Aquapanel.

“Por ser um material industrializado, o comportamento dos sistemas Aquapanel é mais previsível e pode ser projetado em detalhes para atender às necessidades de cada obra, inclusive do ponto de vista estrutural, uma vez que as fachadas são sempre submetidas ao carregamento horizontal do vento. Já projetamos hotéis e outros edifícios residenciais utilizando as chapas Knauf Aquapanel e dentre os benefícios estão a redução no prazo da obra e no desperdício de materiais, algo comum na alvenaria. Se usarmos o potencial de racionalização deste sistema, é possível reduzir custos”, opina Jonas Medeiros.

Com 13 pavimentos, 117 unidades e mais de 6.500 m² de área total, o BK30 será entregue em junho de 2016, após 26 meses de obras. A instalação dos sistemas de paredes e tetos Knauf drywall e dos sistemas de fachadas Knauf Aquapanel foi realizada pela Gesso New.

Residencial BK 30

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Tecnotas

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Phonik

Chapa Knauf Phonik possui alta densidade e isolamento acústico

O mais recente lançamento da Knauf do Brasil é a chapa Knauf Phonik, produzida com aditivos especiais que lhe conferem elevado isolamento acústico. Além do desempenho acústico superior – de 3 a 5 d(B) maior do que as chapas Standard (ST) –, a Phonik possui elevada densidade, alta resistência ao fogo, excelente isolamento térmico e instalação simplificada. Além disso, atende a todas as exigências da nova norma de Desempenho ABNT NBR 15.575 para paredes.

A nova chapa é indicada para paredes e revestimentos internos, em obras – novas ou em reformas – de unidades residenciais, escolas, hospitais, edifícios comerciais, industriais ou públicos e outras edificações nas quais se exija desempenho acústico diferenciado.

Chapa cimentícia de 8 mm

Knauf do Brasil apresenta chapa cimentícia Aquapanel® de 8 mm

A Knauf do Brasil apresenta um novo produto: a chapa cimentícia Aquapanel® Universal, com 8 mm de espessura. Indicado para aplicação em vedações internas e externas, o material é composto por cimento Portland e agregados leves, além de ser reforçado por uma malha de fibra de vidro. Esta é a chapa cimentícia mais leve do mercado, pesando apenas 8 kg por metro quadrado, o que facilita o manuseio e reduz custos de transporte.

A chapa é resistente a impactos, incombustível e 100% resistente à água. O novo produto é delgado, fácil de manusear e instalar. A chapa pode ser cortada no tamanho desejado com um estilete e pode ser curvada em estado seco com raio de até 1 m. Suas bordas são reforçadas com o sistema Easy Edge®.

KNAUF PHONIK

Dados do produto e embalagem

Dimensões da chapa 1.200 x 2.400 mm

Espessura 8,00 mm

Chapas por pallet 60 peças

m² total por chapas 172,8 m2

Peso do pallet 1.382,4 kg

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Novos vídeos

Novos vídeos mostram as melhores práticas de instalação

O canal da Knauf do Brasil no YouTube (www.youtube.com/user/KnaufBrasil) acaba de ganhar nove vídeos mostrando as melhores práticas na instalação de sistemas de paredes, tetos – inclusive os tetos com as chapas Knauf Cleaneo FF –, revestimentos, fixação de cargas e instalações elétricas e hidráulicas nos sistemas Knauf drywall. O material traz informações técnicas e mostra o passo a passo, na prática, do processo de montagem do material e o correto uso de acessórios em cada tipo de produto e sistema.

Voltado para instaladores de drywall, arquitetos e engenheiros que lidam com o material, os vídeos também estão disponíveis no novo site da Knauf do Brasil (www.knauf.com.br). A produção deste conteúdo está em linha com a estratégia da Knauf de disponibilizar o máximo de informação de qualidade visando a contribuir com a constante atualização dos profissionais da construção civil.

Folder NBR 15.575

Novo folder sobre NBR 15.575 indica sistemas para cada tipo de divisão

Para oferecer sua colaboração ao debate em torno da Norma de Desempenho NBR 15.575, que estabelece níveis de isolamento acústico em prédios residenciais, a Knauf do Brasil está lançando um folder sobre os principais itens abordados.

O material, disponível no site www.knauf.com.br, traz ainda o exemplo de uma planta baixa, com o desempenho mínimo exigido pela norma em cada tipo de divisão: entre os ambientes de um apartamento e entre as unidades.

O desenho indica sugestões de produtos e sistemas Knauf drywall que podem atender às exigências da norma em cada tipo de divisão e também nas fachadas. Por se tratar de um material ensaiado, foi possível incluir o nível de isolamento acústico alcançado por cada sistema exemplificado. Para construções em alvenaria que precisam se adequar à norma, o folder recomenda os sistemas de revestimento Knauf drywall, que também oferecem níveis certificados de isolamento acústico.

O material apresenta ainda uma tabela com o desempenho, os requisitos e as avaliações dos sistemas Knauf drywall em relação a isolamento acústico, segurança contra incêndio, desempenho estrutural e permeabilidade a água.

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Pallets

Pallets de chapas agora têm proteção adicional

Os pallets com chapas para drywall da Knauf do Brasil agora são envelopados com um filme plástico lateral, que lhes confere maior resistência no transporte e no manuseio, reduzindo o percentual de danos antes observado nas operações de carga e descarga de caminhões.

A embalagem também oferece maior proteção contra intempéries, principalmente em locais em que a descarga é feita a céu aberto. Além disso, facilita a identificação do material nas obras e ainda permite a exposição com destaque da marca Knauf e até a divulgação e promoção de novidades da empresa.

Para a aplicação do filme plástico, a Knauf implantou um equipamento embalador automático em cada um de seus parques industriais no Brasil, em Queimados e Camaçari, com capacidade de produção de 31 pallets por hora. Antes da aquisição das máquinas, a cinta plástica que envolvia as chapas era colocada manualmente e reforçada com cantoneiras. Muitas vezes, a pressão exercida nessa operação amassava as chapas.

E a única proteção destas, no transporte, era a lona de cobertura da carroceria do caminhão.

Folders Novos

Knauf renova todos os folders para incluir mais conteúdo técnico e layout atraente

Todos os 15 folders de produtos e sistemas Knauf drywall foram completamente reformulados e já estão disponíveis no site www.knauf.com.br. As atualizações acrescentaram mais conteúdo técnico em um layout mais atraente e intuitivo, com ícones que facilitam a busca de informações. Dentre os assuntos abordados, estão paredes, tetos, forros removíveis, revestimentos, as chapas Flexboard, Safeboard, Phonik, e Hardboard, além das chapas Knauf Aquapanel e cimentícia de 8 mm, tampas de inspeção Premium e ABS.

Os sistemas de tetos Knauf Cleaneo Acústico também ganharam um novo folder, abordando as principais características e indicações de uso do produto, que tem funções de absorção acústica e purificação do ar, além de uma estética diferenciada. A Knauf lançou ainda um portfólio de seus produtos e sistemas, que inclui dados técnicos e exemplos de aplicações dos sistemas Knauf em ambientes residenciais, comerciais, em áreas de saúde, áreas de ensino e hoteis. Todos os materiais são ricamente ilustrados com fotos, gráficos, tabelas e ilustrações que ajudam a explicar os conceitos e exemplificar os níveis de desempenho de cada produto.

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Knauf Akademia oferece cursos Online e In Company

Com o objetivo de capacitar cada vez mais os profissionais da construção civil sobre o correto uso e aplicação dos sistemas drywall, a Knauf do Brasil está com inscrições abertas para cursos online e In Company, voltados para escritórios de arquitetura e engenharia, designers de interiores, instaladores de drywall e estudantes.

São quatro cursos – todos gratuitos – disponíveis através do site www.akademia-knauf.com.br: Básico e Avançado de Especificação em Drywall, Produtos Premium Knauf e Soluções Acústicas e Proteção ao Fogo. O primeiro passo para usufruir deste conteúdo é acessar o Knauf Akademia e escolher entre o Ensino a Distância ou o In Company.

Nas duas opções, o interessado deverá fazer um cadastro, preenchendo alguns dados pessoais, inclusive um email. O sistema gera uma mensagem para o email informado com o link para validação do cadastro. Ao clicar no link, o usuário terá acesso a todo o conteúdo e à agenda para marcar um curso In Company.

No Ensino a Distância, para assistir às video-aulas, basta escolher o curso, clicando no botão “Saiba Mais” de cada opção. O site lista os assuntos abordados e o objetivo final de cada um. Por exemplo, o Curso Básico de Especificação em Drywall apresenta os sistemas e suas aplicações, os materiais utilizados, um comparativo com outras soluções construtivas, os benefícios do drywall e as normas técnicas brasileiras do setor. Ao final do curso, o objetivo é que o aluno conheça o sistema de construção a seco e suas aplicações e esteja apto a escolher a tecnologia mais adequada a seu projeto.

Nesta mesma tela, há um botão para inscrição que redireciona para a área “Meu Curso”, onde fica todo o histórico do usuário. Os cursos são divididos em módulos e ao final de cada um, há um teste com perguntas sobre o conteúdo apresentado. As video-aulas são ricamente ilustradas

para facilitar a visualização dos produtos e sistemas e ajudar na compreensão do conteúdo. Não há um prazo máximo para concluir cada curso, mas quando o usuário chega ao final do último vídeo, o sistema gera um certificado.

No curso Avançado de Especificação em Drywall, os itens abordados são: os desempenhos de acústica, fogo e mecânica, nomenclatura, como usar a tabela de desempenho e exemplos práticos de especificação, a norma NBR 15.575 e o Programa Setorial de Qualidade. Este curso visa a capacitar os profissionais a especificar projetos em drywall, apresentando ferramentas e técnicas de dimensionamento dos sistemas.

Já o curso de Soluções Acústicas ensina as diferenças entre som e ruído e entre isolamento e absorção acústica e as unidades de medida correspondentes, os tipos de produtos e quais os mais adequados a cada situação, além de conceitos básicos de acústica. Depois de assistir às aulas, o aluno será capaz de especificar sistemas e produtos Knauf desenvolvidos para soluções acústicas.

Como se proteger do fogo, resistência e reação ao fogo e suas diferenças e como obter a resistência ao fogo exigida através de produtos em drywall são os itens abordados no curso Proteção

Knauf Akademia

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ao Fogo. O objetivo é que o profissional possa especificar corretamente produtos e sistemas resistentes ao fogo.

Já a opção In Company traz uma ferramenta inovadora de marcação de cursos no setor de construção civil. Nela, o profissional poderá escolher, de maneira prática e rápida, o dia, o horário, o instrutor e o tipo de curso que deseja ser ministrado em seu escritório. Tudo online. A carga horária varia de uma a três horas, dependendo do curso escolhido. Ao final, todos ganham um certificado de participação, que pode ser baixado direto do site Knauf Akademia.

Além dos quatro cursos, está disponível no site Knauf Akademia palestras para estudantes das faculdades de Arquitetura, Design de Interiores e Engenharia, e de Escolas Técnicas. A marcação também é feita toda online. As palestras, que terão duração de uma hora,

Novo Site Knauf

Novo site da Knauf reúne extensa biblioteca sobre drywall

Uma verdadeira biblioteca sobre drywall. Assim é o novo site da Knauf do Brasil, que acaba de estrear no link www.knauf.com.br trazendo muitas dicas de uso e dados técnicos, além de certificações, tabelas, gráficos e um glossário completo com os termos mais utilizados no universo do drywall.

Dividido em quatro menus, Produtos, Informações Técnicas, Knauf & Você e Sobre a Knauf, o novo site oferece ainda mais conteúdo nos perfis exclusivos para engenheiros e arquitetos, parceiros comerciais, instaladores e consumidor final.

No menu Produtos, é possível encontrar a ficha técnica completa, com indicações de uso, fotos e perspectivas em SketchUp dos produtos e sistemas Knauf drywall, além de suas respectivas certificações prontas para download.

Já na página Informações Técnicas, estão disponíveis tabelas de desempenho mecânico, acústico e de resistência ao fogo, tabelas de consumo dinâmico, calculadoras exclusivas de conforto acústico e de altura de paredes e páginas informativas sobre conforto acústico, proteção ao fogo e fixação de cargas nos sistemas drywall.

Este menu também oferece uma página de FAQs (perguntas mais frequentes), com perguntas e respostas completas sobre os sistemas e produtos. O Glossário da Knauf, com mais de 130 palavras organizadas em ordem alfabética, permite pesquisar os diversos termos relacionados ao drywall para descobrir seus significados e usos.

Dentro da seção Knauf & Você, é possível encontrar a melhor forma de entrar em contato com a Knauf, inclusive através do Sistema de Atendimento ao Cliente Knauf (SAK). Todos os folders, catálogos, certificações e detalhes técnicos de produtos e sistemas estão disponíveis para

poderão ser ministradas nos turnos da manhã, tarde ou noite e deverão ter o mínimo de 30 participantes.Para solicitar um curso In Company, o usuário deve fazer uma busca, filtrando por Estado, Cidade, Curso e Instrutor.

O resultado da pesquisa vai mostrar um calendário com os dias disponíveis para o agendamento. Ao escolher uma data, o usuário clica em “Agendar” e em seguida seleciona sua atividade. O botão “Prosseguir com Solicitação” levará à página da confirmação, onde os dados devem ser revisados antes da conclusão do agendamento.

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serem baixados em DWG ou PDF. As principais obras de referência com produtos e sistemas Knauf drywall ganharam destaque neste menu, que traz informações completas e imagens sobre cada projeto selecionado. Todos os vídeos do canal da Knauf no YouTube também podem ser assistidos no novo site, organizados por tema. Os revendedores onde se pode comprar os produtos e os instaladores autorizados a realizar a montagem do material Knauf também estão listados neste menu.

A área Sobre a Knauf reúne toda a história do grupo - a multinacional alemã nasceu em 1932 -, a timeline da Knauf do Brasil, uma parte voltada para recursos humanos e tudo o que a empresa tem a oferecer em termos de sustentabilidade.

Já no perfil exclusivo para engenheiros e arquitetos, há artigos técnicos, descrição de projetos internacionais realizados com produtos e sistemas Knauf drywall, link direto para o Knauf Akademia e dicas para o uso do drywall no design de interiores. Além disso, esta área exclusiva traz as seguintes orientações: Drywall Segundo a NBR 15.575, Como Especificar Projetos em Drywall e Aquapanel.

Todas as edições da revista Espaço K estão disponíveis nesta seção para leitura online ou download. Os engenheiros e arquitetos também têm à disposição uma ferramenta para enviar fotos e dados de seus projetos para a Knauf, que pode divulgá-los em seus canais. O acesso à área voltada para os parceiros comerciais é restrito e permite realizar diversas solicitações, agendar treinamentos e baixar conteúdo exclusivo da marca.

Na página de instaladores, há orientações técnicas sobre diversos assuntos, como: tratamento de juntas em drywall, aplicação de revestimentos cerâmicos, impermeabilização em drywall e a correta aplicação de cada produto, além de dicas de utilização de ferramentas e de instalação de acessórios e armazenagem de materiais. A área oferece ainda a possibilidade de o instalador tirar dúvidas com os monitores técnicos da Knauf responsáveis por cada região.

Para os consumidores finais, a Knauf preparou um material especial, com um comparativo entre vários sistemas construtivos, como alvenaria e drywall, dicas de decoração e orientação sobre a fixação de cargas e o uso do drywall nos ambientes.

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Solução avançada para paredes e revestimentos em drywall com elevado isolamento sonoro

Por sua densidade mais alta, a Knauf Phonik proporciona isolamento sonoro de 3 a 5

dB superior a chapa standard. Possui maior isolamento témico e elevada resistência

ao fogo, além de oferecertodasas demais vantagens da tecnologia drywall. E

principalmente, atende a todas as exigências da norma NBR 15.575 para paredes.

Knauf. Construindo o futuro.

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