arqueologia sabor -nesletter #2

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#2 Fevereiro Baixo Sabor Arqueologia Nascimento de Jesus Fotografia: Adriano Borges No seguimento da Newsleer n.1 de Dezembro de 2011, apresentamos agora a segunda publicação. Este segundo número reúne um conjunto de textos que abordam sítios arqueológicos que vão desde a pré- -história até ao período contemporâneo. Dando lugar a diferentes interpretações, procura- mos uma maior heterogeneidade no conteúdo desta newsleer, cabendo a cada autor optar por um cunho mais pessoal ou científico na exposição dos trabalhos ligados ao património desenvolvidos no vale do Sabor. Se no primeiro número assumimos um carácter mais introdutório, neste procuramos ser mais incisivos na descrição e caracterização de sítios e trabalhos arqueológicos. Convidamos assim todos os interes- sados a partir connosco na descoberta deste rico e vasto património. AHBS Aproveitamento Hidroelétrico do Baixo Sabor 1 900 2 000 1 800 1 700 1 600 1 500 1 400 1 300 1 200 1 100 1 000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 1 000 2 000 3 000 4 000 5 000 6 000 7 000 8 000 9 000 10 000 15 000 20 000 25 000 30 000 35 000 40 000

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Arqueologia Sabor -Nesletter #2

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#2 Fevereiro

Baixo SaborArqueologia

Nascimento de Jesus

Fotografia: Adriano Borges

No seguimento da Newsletter n.1 de Dezembro de 2011, apresentamos agora a segunda publicação. Este segundo número reúne um conjunto de textos que abordam sítios arqueológicos que vão desde a pré--história até ao período contemporâneo. Dando lugar a diferentes interpretações, procura-mos uma maior heterogeneidade no conteúdo desta newsletter, cabendo a cada autor optar por um cunho mais pessoal ou científico na exposição dos trabalhos ligados ao património desenvolvidos no vale do Sabor. Se no primeiro número assumimos um carácter mais introdutório, neste procuramos ser mais incisivos na descrição e caracterização de sítios e trabalhos arqueológicos. Convidamos assim todos os interes-sados a partir connosco na descoberta deste rico e vasto património.

AHBSAproveitamento Hidroelétrico do

Baixo Sabor

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estudo da arte rupestre

Associadas à arte rupestre, foram construídas e projectadas diversas ideias nem sempre correctas. Uma delas prende-se com as técnicas usadas na sua realização. Vulgarmente designadas de pinturas rupestres, as grafias e imagens da arte rupestre po-dem ser pintadas e/ou gravadas. A primeira técnica implica a adição de pigmentos à rocha enquanto a segunda se realiza a partir da remoção/abrasão de partes da superfície rochosa.Os exemplos que aqui trazemos localizam-se nas imediações do Escalão de Montante e tornam-se inte-ressantes por conterem as duas técnicas citadas. Será aqui de referir que, pese o facto de algumas técnicas se associarem mais ou menos a determinados períodos de produção artística da humanidade, as duas foram utilizadas desde a pré-história antiga até ao período contemporâneo. Relativamente às pinturas presentes do vale do Sabor, foram até ao momento detectados quatro sítios, três dos quais enquadrados na pré-história recente. A arte pintada relativa a este período designa-se, nas áreas da especialidade, de ‘Arte Esquemática’. Caracteriza-se por se situar em abrigos a meia encosta, paredões rochosos junto a linhas de água e perto de povoados enquadrados na pré-história recente. São representadas, sobretudo a vermelho, figuras humanas e de animais, bem como motivos geométricos e abstractos. O nome ‘Esquemático’ advém do facto de aqui, ao contrário do que acontece no Paleolítico onde os motivos (sobretudo animais) são representados de forma extremamente naturalista, os motivos serem reduzidos a esquemas básicos. Assim, se olharmos para uma gruta pin-tada do paleolítico e a seguir para um abrigo com arte esquemática, temos a impressão de ter passado de um museu de arte renascentista para outro de arte contemporânea. Isto é, de Leonardo da Vinci para, por exemplo, Miró.

Fotografia: Adriano Borges

Fotografia: Adriano Borges

Dois Abrigos, Dois Mundos

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estudo da arte rupestre

No abrigo que constitui o Elemento Patrimo-nial 109 – ‘Abrigo com Gravuras e Pinturas (A45)’, encontram-se três painéis com arte rupestre. Em dois podem observar-se gravuras e, no terceiro, pinturas. São extremamente raros os sítios deste período que combinam as duas técnicas sendo que, geralmente, ou se tratam só de pinturas ou só de gravuras. Ainda se encontram por estudar e explicar as causas que levam a este fenómeno. Mas estas deverão estar ligadas aos motivos que se pre-tendem representar, aos sítios na paisagem que escolheram marcar e aos seus significados no passado. Ainda hoje, aquando dos inquéritos orais realizados pela equipa de antropologia do Baixo Sabor, foi recolhida uma lenda relativa a este abrigo onde se fala do aparecimento de uma menina com olhos muito grandes a cantar. Em nenhum dos três painéis os motivos são figurativos, apresentando-se antes grafias geométricas, abstractas e de difícil classificação. Ainda assim, o painel com pinturas encontra-se extremamente erosionado pelo passar do tempo pelo que poderia, no passado, represen-tar o que nos parecem ser formas humanas. No que concerne as gravuras, optamos por falar um pouco do abrigo que constitui o Elemento Patrimonial 525 - ’Abrigo 2 do Ribeiro das Relvas’. Esta escolha prendeu-se com dois motivos: por um lado a sua proximidade física com o EP109, por outro, a sua distância face ao EP 109 relativamente às representações gráficas aí presentes.

EP 109_3Abrigo com gravuras e pinturas (A45)

(Margem Direita) Mar. 2011 04 de 05

DO-ARQ-02-MM-20931/2

0 2,5 5

Dário NevesPedro Xavier

Renata Morais

So�a Figueiredo

Legenda:

Fissuras

Pintura

Abrigo com Pinturas e Gravuras(Pormenor de pintura).

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arte rupestre

O EP 525, à semelhança do EP109, corresponde a um abrigo junto a uma linha de água. Este abrigo é mais pequeno e profundo que o anterior e, no seu interior foram detectadas gravuras de diferentes períodos cronológicos. Um primeiro conjunto, mais antigo1, conhece uma grande distribuição no painel e, entre os seus motivos geométricos e abstractos, encontram-se umas gravuras peculiares que fazem lembrar uma escrita. Trata-se de quatro alinhamentos que se dispõe segundo um eixo horizontal onde figuram pequenas grafias constituídas por motivos angulares. O vértice surge maioritariamente direccionado para cima. Não está claro se os motivos aqui presentes se tratam ou não de caracteres ou alguma forma de escrita. Nalguma bibliografia por nós consultada, as grafias aqui presentes assemelham-se, por exemplo, ao sistema de escrita venético, bem como ao designado céltico continental. A semelhança tipológica não indica, no entanto, tratar-se de alguma destas formas de escrita. Sabemos que no Vale da Casa (Rio Douro - Vila Nova de Foz Côa), foram identificadas rochas com arte rupestre e inscrições ibéricas da Idade do Ferro pelo que não podemos descartar totalmente esta hipótese. A escrita ibérica deriva das línguas faladas na Penín-

sula Ibérica antes da chegada dos romanos. A continuação do estudo e o registo de afloramentos com arte rupestre no vale do Sabor poderá levar a uma melhor compreensão deste e outros aspectos.

1 A antiguidade dos traços gravados é perceptível através do que designamos de patine. De uma forma simplificada traduz a semelhança/diferença entre o negativo da gravura e a superfície da rocha. Ou seja, quanto mais gasto (logo parecido com a superfície da rocha) for o traço, mais antigo é e mais difícil se torna a sua visualização. Neste caso diríamos que a patine é antiga.

EP 525

Maio 2011 03 de 03

DO-ARQ-02-MM-20751/5

5 100

Dário NevesPedro Xavier

Renata Morais

So�a Figueiredo

Abrigo 2 Ribeira de Relvas (Margem Direita)

Levantamento Grá�co

Estalamento

Legenda:

Fissuras

Gravura (traço inciso mais antigo)

Gravura (traço inciso mais recente)

Painel C

Painel A

Painel B

Abrigo 2 do Ribeiro de Relvas (Pormenor de gravura filiforme).

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estudo da pré-história

abrigo natural do lombo de relvas

O Elemento Patrimonial 99, designado de Abrigo Natural do Lombo de Relvas, localiza-se na freguesia de Cardanha, concelho de Torre de Moncorvo e distrito de Bragança. Este abrigo natural vai ser afectado por submersão devido ao Empreendimento do Aproveitamento Hidroe-léctrico do Baixo Sabor. Deste modo, foi necessá-ria uma intervenção arqueológica que decorreu durantes os meses de Outubro e Novembro de 2011.

Pré-História Recente

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estudo da pré-história

Abrigo Natural do Lombo de RelvasEste sítio arqueológico situa-se numa vertente acentuada na margem esquerda da ribeira de Relvas, afluente da margem direita do rio Sabor. A ribeira de Relvas nasce próxima da localidade de Cabreira, apresentando um leito de pequenas dimensões e algo sinuoso encontrando-se seca durante os meses de Verão. Este local caracteriza-se pela presença de alguns afloramentos em xisto, que por vezes configuram pequenos abrigos naturais, como é o caso que nos ocupa.A área intervencionada no interior do abrigo apresentava uma dimensão de aproximadamente 4 m², ou seja, um espaço bastante reduzido de modo a ser ocupado permanente-mente pelo homem. Não obstante, a escavação do sítio permitiu recuperar um conjunto de vestígios materi-ais constituídos por líticos (produtos e subprodutos de debitagem, seixos rolados com e sem vestígios de uso, utensílios e núcleos) sem presença alguma de cerâmica. De entre estes materiais líticos destaca-se uma ponta de seta talhada em calcedónia e um machado de pedra polida.No que se refere à cronologia, estamos perante um local ocupado num período da pré-história recente. Entende-se por Pré-História recente um período longo na História da Humanidade que se estende desde

7000 até 1500 a.C. e inclui o Neolítico, o Calcolítico e a Idade do Bronze. Dada a proximidade deste local com outros sítios intervencionados na margem direita do rio Sabor (a cerca de 2km), nomeadamente na zona da “Pedreira

de Relvas”, o mais provável é estarmos perante um abrigo enquadrado no Calcolítico.

Na região de Trás-os-Montes e Alto Douro foram já escavados e estudados sítios integrados nesta cronologia. A título de exemplo podemos men-

cionar o recinto de Castelo Velho de Freixo de Numão, local muse-alizado em Vila Nova de Foz Côa. É um período em que o homem

se apropria do território e passa a ter um controle mais efectivo sobre o mesmo. O facto de se tratar de sociedades que

adoptaram um modo de vida agrário e pastoril, implica uma nova gestão de recursos o que leva naturalmente ao surgimento de elites. Em Portugal, para além do Recinto

do Castelo Velho já mencionado e geograficamente próximo do vale do Sabor, surgem no sul grandes povoados como é o

caso do Castro de Leceia (Oeiras) ou o Castro do Zambujal (Torres Vedras) que, dadas as intensivas campanhas de escavação aí realizadas

e as suas grandes dimensões, se tornaram referências internacionais para este período no contexto europeu.

Sondagem efectuada no Abrigo natural do lombo de Relvas.

SOUSA, A. C.; SOUSA, F. (2006) - Ilustrar para compreender ou compreender para ilustrar? As ilus-trações da exposição “Penedo do Lexim: povoado pré-histórico”. Boletim Cultural. Mafra, p. 439-465.

Pré-História Recente

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estudo da romanização

O sítio do Cabeço da Grincha (EP 529)

A intervenção arqueológica, desenvolvida ao longo de Janeiro, no sítio do Cabeço da Grincha (Remondes –Mogadouro) permitiu por a descoberto um conjunto de estruturas de cronologia romana, cujos contornos ainda não foi possível definir na totalidade.

Tendo em conta as evidências arqueológicas regis-tadas, até ao momento, podemos distinguir dois edifícios. O primeiro, a nascente, parece tratar-se de um pequeno anexo rectangular, com uma pequena divisória interna, que o segmenta em duas partes. O segundo edifício, de maiores dimensões, 400 m2 aproximadamente, apresenta uma maior complexi-dade de muros ou estruturas, um pequeno tanque, cujos contornos ainda não estão totalmente estabele-cidos. Parece estarmos na presença de uma unidade exploração rural, tipo granja, não se excluindo, para já, outros cenários.

Dado que a escavação ainda não se encontra termi-nada, bem como a análise do espólio, apenas nos parece seguro referir que a implantação do sítio terá ocorrido entre a segunda metade do século I d. C. e os inícios do século II. Sobre o abandono do sítio não foi possível recolher elementos cronológicos seguros, no entanto, o motivo poderá relacionar-se com um episódio de incêndio, observável em alguns compar-timentos.

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Romanização da Península Ibérica

estudo etno-arqueológico de cilhades

O sítio do Laranjal Cilhades

Daremos destaque, dentro dos trabalhos de arqueolo-gia que se encontram em desenvolvimento pelo Estudo Etno-Arqueológico de Cilhades, à intervenção do sítio do Laranjal.A identificação de algumas sepulturas, ainda aquando das primeiras sondagens de diagnóstico realizadas nesta pequena propriedade agrícola de Cilhades, propriedade essa que acabaria por designar o próprio sítio arqueológico – Laranjal -, onde já era previsível o seu reconhecimento dadas as informações orais prestadas por populares sobre a mesma, acabou por despoletar um alargamento da área em torno da escavação inicial ali realizada.A subsequente intervenção arqueológica acabou por revelar, inequivocamente, a existência naquele espaço de uma necrópole de dimensões assinaláveis. À data, encontram-se contabilizadas um total de 90 sepulturas, bem como um elevado número de ossários (12). Não existe uma grande variedade formal em re-lação aos sepulcros identificados, podendo os mesmos ser subdivididos, ainda que com ligeiras variantes, em três grandes grupos. A par com enterramentos em caixa, no que constitui o universo mais representativo deste cemitério, encontramos enterramentos confina-dos a fossas simples, achando-se também, por último, enterramentos em simples covachos mas delimitados por pedras avulsas. Estes últimos, estratigraficamente, encontram-se sobrepostos a sepulturas em caixa, podendo, ao que tudo parece indicar, corresponder à última fase de sepultamentos desta necrópole.

Tendo em conta a tipologia das sepulturas, assim como as próprias características que as inumações apresentam, seja ao nível da sua própria orientação, seja ao nível da sua disposição anatómica, encontramo-nos, claramente, perante uma necrópole de cronologia medieval (muito provavelmente da Baixa Idade Média). Não podemos, no entanto, descurar a existência de materiais arquitectónicos reaproveitados nas construções dos muros de divisão da propriedade do Laranjal, a este propósito será não só de salientar a existência de silhares almofadados, como o que parece corresponder a uma pilastra com decoração enchacotada, elemento este elaborado a partir, também, de um silhar almofadado. A área de necrópole escavada, assim como a grande maioria das sepulturas com ela relacionadas, localiza-se em zona de vertente, de substrato xistoso e com uma orientação norte/sul, a escassos 300 m para noroeste da actual capela de São Lourenço.

Laranjal (Cilhades), planta de pormenor do(s) edifício(s) identificado(s) e sepul-turas mais próximas.

Laranjal, vista geral sobre os trabalhos arqueológicos em curso

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lação do espaço primitivo, foi também identificada uma outra sepultura (nº78), correspondendo esta, dadas as suas dimensões, a um enterramento infantil. Salvo raras excepções, a estratigrafia observada no Laranjal reporta-se a contextos claros de destruição, acreditando-se que a própria reformulação daquele espaço pela criação da pequena propriedade agrícola que lhe deu o nome, já em meados do século XX, tenha contribuído, nomeadamente pela criação de alguns socalcos agrícolas e outras estruturas, para uma destruição

de larga escala desta importante estação arqueológica.Tal como já o referimos em trabalho anterior, não descuramos a possibilidade de parte do(s) edifício(s) posto(s) a descoberto neste local, nomeadamente o corpo sul, corresponder, eventu-almente, à antiga Capela de São Lourenço. A este propósito deve atender-se, por exemplo, à própria orientação destas construções, sendo que, ainda que existam algumas varia-ções, se encontram orientadas de acordo com a generalidade

das próprias sepulturas. Para terminarmos a pequena abordagem ao sítio arqueológico do Laranjal, é de referir

que apenas com o alargamento da intervenção arqueo-lógica deste sítio, já contemplada, se poderão conhecer,

da melhor forma, alguns dos contextos e estruturas arqueológicas entretanto identificadas.

Actualmente, e embora a intervenção arqueológica ainda não tenha terminado, a mesma decorre, sobretudo, pela intervenção

antropológica que ali se encontra em desenvolvimento. É credível que uma boa parte das 37 sepulturas seladas, possam conter enterramentos bem preservados, havendo a registar, fora deste conjunto, evidências de enterramentos simples em fossa por intervencionar, assim como é previsível a identificação de um grande número de ossários, alguns dos quais se estabeleceram sobre o espaço interno de antigas sepulturas.

A par com as sepulturas já referidas, foram também identificadas as ruínas do que nos parecem ser duas construções distintas, embora as mesmas possam ter constituído, a dada altura, um único edifício. Localizadas na extremidade sul da área intervencionada, apresentam os tramos de muros originais que as compõem claras diferenças ao nível do aparelho construtivo – há tramos de muro mais largos no corpo sul, sendo também evidente a sobreposição destes ao que parece tratar-se de um muro pré-existente.No corpo perfeitamente delimitado a norte, de configu-ração rectangular, medindo 4, 66 m de comprimento por 1, 88 m de largura, foi identificado, no que deverá corresponder ao nível de abandono deste espaço – em associação a um nível de derrube da cobertura deste edifício, constituído por telhas de meia-cana, e sobre o que julgamos poder tratar-se do piso de circulação deste espaço, em terra batida -, um conjunto de cerâ-micas que, ainda que sem cronologias seguras para as mesmas, apontam para uma cronologia da Baixa Idade Média. As mesmas reportam-se a loiça de ir ao lume – loiça de cozinha -, sobressaindo algu-mas formas perfeitamente associáveis a panelas, de perfil em S e bojos globulares, apresentando-se decoradas ora por linhas incisas onduladas ou por cordões plásticos, digitados, aplicados.Todas estas questões serão desenvolvidas em altura própria, remetendo-nos, por ora, a um conjunto de considerações gerais sobre a intervenção arqueológica do Laranjal. Estratigraficamente, o(s) edifício(s), sobrepõem-se a pelo menos uma sepultura (nº66), esta subjacente ao tramo de muro este daquele que julgamos tratar-se de uma construção primitiva ali existente e onde, posteriormente, se “acoplou” uma construção mais recente, aproveitando esta, como já o dissemos, tramos da construção primitiva a que aludimos. No interior, e sob o piso de circu-

estudo etno-arqueológico de cilhades

Laranjal. Pormenor do ossário 7 localizado no interior da sepultura.20

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estudo dos elementos edificados de carácter etnográfico

O último Moleiro do Sabor

No âmbito dos trabalhos de registo etnográfico do Baixo Sabor, o estudo dos Sistemas de Moagem deste vale veio a revelar parte da grande riqueza patrimonial deste rio.No decorrer destes trabalhos, quando a nossa equipa se encontrava a localizar todos os moinhos do Baixo Sabor, conhecemos o Sr. Freitas, o último moleiro do Baixo Sabor que, com o advento das moagens eléctricas e a grande onda de emigração das décadas de 60 e 70, viu o abandono progressivo desta actividade e das estruturas a ela associadas.Demos com ele e o seu rebanho na margem esquerda do rio, num sítio prís-tino, a 31 de Janeiro do ano passado e precipitadamente concluímos que seria mais um pastor do povo, do cimo do vale. Após cordiais saudações, embora sempre com um olho nos cães do Sr. Antó-nio (não pareciam aceitar a nossa cordialidade...), lá lhe explicamos ao que andávamos e ele confessou-nos ser filho de moleiros. Mais ainda, ele próprio ainda moía cereal no seu moinho, espanto o nosso pois ainda não tínhamos testemunhado tal fenómeno no âmbito do nosso trabalho no Rio Sabor. Assim lá nos explicou que “lá mais para o verão” fazia uma “palhota” por cima da mó “como os antigos”, e lá punha o moinho a trabalhar, com o objec-tivo de mostrar aos mais novos esta arte em extinção.Trocamos contactos e ficou a promessa de o visitar aquando do funciona-mento do engenho. Tal aconteceu a 30 de Setembro último, e tivemos desta vez a companhia de Lois Ladra, antropólogo, e de André Tereso, técnico de conservação e restauro, ambos membros da equipa de Arqueologia do ACE e ávidos aprendizes das artes rurais.Assim foi que o Sr. António que acreditamos, embora sem certezas, ser o último moleiro do Baixo Sabor, nos mostrou o que também pensamos ser o último moinho em funcionamento, pelo menos na área afectada por este empreendimento.Já havíamos feito o registo de alguns moinhos mas nunca tínhamos visto um trabalhar e, pormenor mágico, ouvir o cantar de uma andadeira: uma mó, um bloco maciço pétreo, a girar a alta velocidade sobre a mó dormente enquanto agita o chamadouro que precipita o cereal para o olho da mesma. Já nos deslumbravam os moinhos mas não lhes conhecíamos, até então, a sua alma...

Fotografia: André Rolo

Fotografia: André Rolo

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Paisagem Tradicional

estudo da proto-história

A Idade do Ferro na zona de Trás-os-Montes desenvolveu-se durante o I milé-nio a.C. Iniciou-se a partir de aproximadamente 800 a.C. e desenvolveu-se até à conquista da Península Ibérica pelos romanos. Apesar de os romanos terem entrado na Península Ibérica no ano de 218 a.C., levariam quase dois séculos a conquistar o que hoje é o território Português. Persiste a ideia histórica de que as sociedades da Idade do Ferro eram constituídas por povos bélicos e guerreiros. Na Península Ibérica e na história portuguesa, a figura de Viriato tornou-se um símbolo de oposição face às invasões romanas. A região de Trás-os-Montes, e as zonas fronteiriças de Zamora e Salamanca, mantêm grandes similitudes relativamente aos modelos de povoamento durante a Idade do Ferro, bem como no que se refere à cultura material, povoados, fortificações, modos de vida, armamentos, etc.Nas imediações do Baixo Sabor contamos com um importante número de povoados fortificados. Estes locais situam-se regra geral no alto de cerros ou lugares com um importante controlo territorial. Contam geralmente com muralhas de xisto ou granito e, em alguns casos, com torreões e pedras fincadas (Nota de rodapé: pedras verticais dispostas no exterior dos povoados fortificados para dificultar o acesso e impedir eventuais ataques).Na zona do Baixo Sabor encontram-se castros e povoados da Idade do Ferro de grande importância como são o Castelo Marruça (Parada), Cigadonha (Carviçais), Castelo da Junqueira (Adeganha), Castelo dos Mouros (Adega-nha), Castelo de Reginal (Meirinhos), Castelo dos Mouros (Vilarinho dos Galegos), etc. No entanto, em toda a área do distrito de Bragança, até à actual intervenção do castro do Castelinho, apenas um castro tinha sofrido sonda-gens arqueológicas.

Actualmente, encontram-se em desenvolvimento trabalhos de escavação arqueológica no castro do Castelinho (Felgar), que irá ser afectado pela albufeira de Montante. A intervenção tem como objectivo determinar as ca-racterísticas do mesmo, como sejam os seus sistemas defensivos, estruturação interna, características do povoamento, fossos, etc. Ao nível da arte rupestre encontram-se também rochas deste período em toda a área da albufeira, bem como diversas lajes, com figurações de guerreiros e cavalos entre outras, descobertas nas escavações do castro do Castelinho. Compreender as causas por detrás desta grande concentração de sítios da Idade do Ferro é indispensável para a realização de um estudo sobre o povoamento durante esta cronologia no Baixo Sabor. Desta forma, será talvez possível situar o povoado do Castelinho dentro da situação geral da Idade do Ferro no NW da Península Ibérica.A romanização da Península Ibérica afectou determinantemente as popu-lações indígenas que aqui se encontravam, modificando os seus modos de vida de uma maneira radical, em ocasiões, mediante o próprio abandono dos seus lugares de habitat. As populações da Idade do Ferro eram muitas vezes deslocadas para outras zonas, por exemplo mais proveitosas do ponto de vista agrícola. Por isso vemos, em muitos casos, o abandono por parte destas populações de lugares estratégicos elevados para se fixarem em vales, a partir dos quais eram mais facilmente administrados pelo poder romano.Uma vez que Cilhades, onde o castro do Castelinho se insere, também tem vestígios do período romano, torna-se extremamente importante conhecer o processo de transição que aí ocorreu.

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Proto-história

gabinete de espólio

No Gabinete de Espólio são realizados tratamentos de conservação de objectos arqueológicos e etnográficos recolhidos pelas equipas dos diversos estudos específicos. Nesta exposição vamos introduzir algumas noções sobre a Conser-vação de Metais.

AntecedentesPara definir a estratégia de intervenção mais adequada para cada objecto há determinados aspectos que têm de ser tidos em conta. Este encontram-se relacionados com:- a composição química;- o estado de conservação e;- condições a que esteve sujeito.Na realidade, todos estes aspectos encontram-se inter-relacionados e o Conservador-Restaurador deverá ter essa consciência ao intervir num deter-minado objecto, em detrimento de se potenciarem alterações irreversíveis e inesperadas que poderão por em risco a integridade do mesmo.Para realizar um bom diagnóstico do estado de conservação de um objecto (o

porquê de o objecto apresentar determinados danos ou alterações) é neces-sário compreender os fenómenos de alteração e degradação dos materiais e a sua relação com os aspectos anteriormente referidos. De seguida pode ser delineada a base de intervenção.

ConservaçãoAs intervenções desenvolvidas no Gabinete de Espólio visam a estabilização ou mitigação dos mecanismos de deterioração, favorecendo desta forma o prolongamento da existência material do objecto. Estes objectivos são conseguidos através de acções complementares enquadradas no âmbito da Conservação Directa e da Conservação Indirecta ou Ambiental, tal como representado no seguinte esquema:

Paralelamente a este aspecto material há também que preservar todos os valores de que um objecto é portador e que o tornam único, tais como: valor arqueológico, artístico, histórico, religioso, sentimental, económico, etc..Os principais tratamentos desenvolvidos no Gabinete de Espólio são:- Remoção mecânica e química de produtos de alteração;- Conversão/ estabilização; - Aplicação de camada protectora;- Marcação, inventariação e acondicionamento em reserva.No Gabinete de Espólio são seguidas os princípios e normas que regem a ac-tividades de conservação do património presentes em cartas e recomendações internacionais, tais como: intervenção mínima, reversibilidade, compatibili-dade e respeito pela autenticidade.Antes, durante e após as intervenções é realizado um registo fotográfico e documental, através de uma base de dados, de todas as acções desenvolvidas.Após o tratamento conservativo directo é importante definir as condições de acondicionamento adequadas a cada objecto/ colecção. As condições de temperatura e humidade relativa (HR), assim como qualidade do ar (nível de poluentes), são aspectos importantes a ter em conta. Por este motivo na reserva de metais do Gabinete de Espólio está implementado um programa de monitorização dos parâmetros de temperatura e HR. Desta forma poderão ser tomada medidas correctivas de forma atempada, se necessário.

Asse (bronze) – 7 a. C.Anv: CAESAR AVGVST PONT MAX TRIBVNIC POTRev: M SALVIVS OTHO IIIVIR AAAFF /SCReferência: RIC I, 431.

Conservação de Metais Arqueológicos e Etnográficos

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estudo antropológico

Toponímia

O Plano de Salvaguarda do Património do Aproveitamento Hidroeléctrico do Baixo Sabor refere a necessidade de se realizar um levantamento toponímico para que os nomes de lugar correspondentes aos locais que vão ficar debaixo das águas da albufeira sejam convenientemente registados. O acto de nomear um território constitui uma maneira simbólica das comu-nidades humanas que interagem com o território se apropriarem simbolica-mente do mesmo. Os nomes de lugar podem ser classificados genericamente em macrotopónimos e microtopónimos. Os primeiros correspondem às designações habituais das povoações e dos principais acidentes geográficos. Por sua vez, os microtopónimos abrangem todos e cada um dos nomes dados a pequenos elementos locais: ribeiros, montes, prédios… Os topónimos podem ser ordenados em diversas categorias, como por exemplo geotopónimos, fitotopónimos, hidrotopónimos, hagiotopónimos, arqueotopónimos…Os elementos da equipa de antropologia do ACE, em estreita colaboração

com vários investigadores da zona, estão a desenvolver toda uma série de inquéritos às populações locais com o propósito de fazer o levantamento da microtoponímia do Baixo Sabor. A nossa área de actuação prioritária corres-ponde a Silhades, isto é, aos terrenos da margem direita do rio pertencentes à freguesia de Felgar. No entanto, também estão a ser recolhidos os microtopó-nimos fluviais e o resto da toponímia felgarense, tanto urbana como rural. O nosso objectivo no que se refere ao estudo dos nomes de lugar passa pela realização final de um inventário e de uma carta de microtopónimos apoiada na fotografia aérea local. Até à data foram recolhidos numerosos geotopó-nimos correspondentes a nomes de cabeços e elevações do terreno, fitotopó-nimos relativos a designações baseadas em elementos de origens vegetais, hagiotopónimos ou nomes de capelas, santuários, alminhas e cruzeiros…Um dos trabalhos que tencionamos vir a realizar uma vez rematado o inven-tário de nomes de lugar e a cartografia microtoponímica é o de um pequeno ensaio que ajude a explicar e compreender o significado de todas e cada uma das designações recolhidas, sem esquecer os etnotopónimos e as etimologias populares.

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acompanhamento

Acompanhamento arqueológico

A lei portuguesa relativa ao património baseia-se na Convenção Europeia para a Protecção do Património Arqueológico, conhecida como Convenção de Malta. Nesta lei, encontram-se estabelecidas as bases da política e do regime de protecção e valorização do património, como realidade de maior relevância para a compreensão e construção da identidade nacional e para a democratização da cultura.No âmbito do Aproveitamento Hidroeléctrico do Baixo Sabor, e conforme a legislação acima indicada, o Acompanhamento Arqueológico é uma prática cor-rente. Assim, o mesmo consiste na observação permanente pelo arqueólogo, em cada frente de trabalho, das acções de abertura de valas, trabalhos de remoção de terras, desmatação e escavações no subsolo. Deste modo e a título de exemplo, qualquer trabalho de movimentação de terras implica a presença de uma equipa de arqueologia, sem a qual estes trabalhos não poderão decorrer. Apenas deste modo se podem detectar realidades arqueológicas atempadamente e agir de forma a salvaguardar o património. Damos aqui o exemplo do EP 627, designado de Quinta do Rio 16, detectado em Julho de 2010 no decurso de trabalhos de acompanhamento realizados no limite da pedreira do Escalão de Montante. Dependendo da tipologia e cronologia, os materiais arqueológicos podem ser de difícil distinção no terreno. Isto torna-se ainda mais verdadeiro quando se tratam de vestígios pré-históricos onde não são visíveis quaisquer estruturas. No caso do EP 627 e como se pode ver nas imagens, foram apenas detectados fragmentos cerâmicos e uma mó (movente). No decorrer do mês de Agosto e Setembro foram aí realizadas sondagens pela equipa responsável pelo Estudo da Pré-História. Os trabalhos revelaram um sítio com duas ocupações, a mais antiga atribuída ao Neolítico (7000 – 2900 a.C.) e a mais recente ao Calcolítico (2900 – 2500 a.C.). Entre os materiais descobertos destaca-se a cerâmica penteada, pequenas lareiras e industria lítica talhada entre a qual martelos em quartzo. A detecção deste sítio só foi possível dado o acompanhamento arqueológico realizado, aquando da remoção de terras no local.

1. Área a intervencionar. 2. Inicío dos trabalhos de acompanhamento. 3. Remoção de terras. 4. Fragmento cerâmico detectado em corte. 5. Pormenor do fragmento após limpeza. 6. Escavação do sítio detectado durante o acompanhamento. 7. Vista geral da área intervencionada.

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ficha técnica

Publicações e Comunicações no âmbito do AHBS

SANTOS, Filipe João C. e LADRA, Lois; “A cabeça antropomorfa do Castelinho” Filipe João C. Santos e Lois Ladra; Os celtas da Europa Atlântica - III Congresso internacional sobre cultura celta.

SANTOS, Filipe João C.; PINHEIRO Eulália e ROCHA, Fábio; “O sítio e a laje com gravuras do Castelinho (Felgar, Torre de Moncorvo). Contributos para o conhecimento da II Idade do Ferro em Trás-os-Monte Oriental” - Artes Rupestres da Pré-história e da Proto-história 2011

SANTOS, Filipe João C.; PINHEIRO Eulália e ROCHA, Fábio; “O povoado fortificado do Caste-linho (Felgar, Torre de Moncorvo, Portugal). Dados preliminares de uma intervenção arqueo-lógica por um sítio da II Idade do Ferro em Trás-os-Montes Oriental” - I Jornadas de Jóvenes Investigadores del Valle del Duero. Del Neolítico a la Antigüedad Tardía (Zamora).

FEIO, Jorge; SANTOS, Filipe João C.; PINHEIRO Eulália e ROCHA, Fábio; “A intervenção arque-ológica do sítio do Laranjal (Cilhades, Felgar, Torre de Moncorvo): contributo para o estudo da topografia cristã tardo-romana e alto-medieval no conventus Bracaraugustanus” I Jornadas de Jóvenes Investigadores del Valle del Duero. Del Neolítico a la Antigüedad Tardía (Zamora).

FIGUEIREDO, Sofia Soares; XAVIER, Pedro; NEVES, Dário, DIAS, Rodrigo, COELHO, Sílvia; “As teorias da arte no estudo da arte rupestre: limites e possibilidades.” Mesa Redonda Artes Rupestres Pré eProto- História, 26 a 28 de Novembro de 2010, no Museu do Côa, em Foz Côa.

COELHO, Sílvia; XAVIER, Pedro; NEVES, Dário; DIAS, Rodrigo; CARVALHO, Luís; MORAIS, Renata; FIGUEIREDO, Sofia Soares; “A rocha do Pitogaio (Ferradosa, Alfândega daFé): ima-gens rupestres Modernas e Contemporâneas e as suas possibilidades de estudo”, IV Jornadas de Jovens em Investigação Arqueológica – JIA 2011, Faro, 2011, no prelo.

NEVES,Dário; XAVIER, Pedro; NEVES, Dário; DIAS, Rodrigo; CARVALHO, Luís; MORAIS, Re-nata; FIGUEIREDO, Sofia Soares; “A rocha 1 da Quinta do Feiticeiro (Cardanha,Torre de Mon-corvo): contribuições para o estudo do imaginário guerreiro e cinegético da Idade do Ferro”, IV Jornadas de Jovens em Investigação Arqueológica – JIA 2011, Faro, 2011, no prelo.

FIGUEIREDO, Sofia Soares; NEVES, Dário; DIAS, Rodrigo; COELHO, Sílvia; XAVIER, Pedro; CARVALHO, Luís; “Aproximação a um modelo estatístico aplicado à arte esquemática do Nor-deste transmontano”, IV Jornadas de Jovens em Investigação Arqueológica – JIA 2011, Faro, 2011, no prelo.

FIGUEIREDO, Sofia Soares; NUNES, Cristiana; ROSA, Lourenço e GARCIA, Joaquim; “Preser-vação in situ de maciços rochosos com arte rupestre. Estudos preliminares para a elaboração de um projecto” - Mesa Redonda Artes Rupestres Pré eProto- História, 10, 11 e 12 de Novembro de 2011, Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

LADRA, Lois e PINHO, Valdemar; “Embarcacións fluviais tradicionais en Trás-os-Montes: as bateiras do río Sabor”. Revista de Investigación “ETNOGRAFIA”, nº3, 2011. I.S.S.N. 1989 - 8541. PEREIRA, Sérgio; GOMES, Hugo; COSTA, Pedro e BARBOSA, Teresa; “Estudo da Ro-manização no Vale do Rio Sabor: Primeira Abordagem” - I Jornadas de Jóvenes Investiga-dores del Valle del Duero. Del Neolítico a la Antigüedad Tardía (Zamora).

para mais informações:

coordenação:design gráfico:

redacção:

fotografia:

desenhos:periocidade:

Sofia Soares de FigueiredoRenata MoraisSofia Soares de FigueiredoGlória DanosoSérgio PereiraFilipe SantosJosé SastreAndré Rolo e Sara OliveiraLourenço Rosa e André TeresoValdemar Pinho e Lois LadraAndré RoloAdriano BorgesEquipa Arqueologia AHBSRenata MoraisBimestral