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GERÊNCIA GERAL DE MEDICAMENTOS –
GGMED GERÊNCIA DE SEGURANÇA E EFICÁCIA –
GESEF
COORDENAÇÃO DE BIOEQUIVALÊNCIA –
COBIO
Ariadna Barra
Coordenadora de Bioequivalencia
COBIO/GGMED/ANVISACOBIO/GGMED/ANVISA
II CONGRESSO EM FARMÁCIA HOSPITALAR EM ONCOLOGIA
INCA
-
OUTUBRO/2010
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PRINCÍPIOS LEGAIS E DIRETRIZES CIENTÍFICAS NA GARANTIA DA QUALIDADE
DE MEDICAMENTOS NO BRASIL
1. REGISTRO DE MEDICAMENTOS
2. BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO DE MEDICAMENTOS (CBPF)
3. BOAS PRÁTICAS DE DISTRIBUIÇÃO E ARMAZENAMENTOS DE MEDICAMENTOS
4. BOAS PRÁTICAS DE PRESCRICAÇÃO DE MEDICAMENTOS
5. BOAS PRÁTICAS DE DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS
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REGISTRO DE MEDICAMENTOS
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1.
REGISTRO DE MEDICAMENTOS
2.
RENOVAÇÃO DE REGISTRO DE MEDICAMENTOS
3.
MUDANÇAS/ALTERAÇÕES
PÓS-REGISTRO DE MEDICAMENTOS
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QUALIDADE DO MEDICAMENTO REGISTRADO
INFORMAÇÃO MÍNIMA EXIGIDA NO DOSSIÊ
DE REGISTRO DE MEDICAMENTOS
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1. COMPROVAÇÃO DE SEGURANÇA E EFICÁCIA•
Pesquisa Clínica •
Bioequivalência/Biodiponibilidade •
Estudos in vitro (Equivalência Farmacêutica/ Perfil de Dissolução)
2. DOSSIÊ FARMACOTECNICO DE 03 LOTES (PRODUÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE)
•
Informações técnicas do(s) princípio(s) ativo(s)→
Rota de síntese do fármaco→
Controle de qualidade do fármaco•
Relatório de produção •
Dossiês de produção•
Relatório de controle de qualidade de todas as matérias-primas utilizadas •
Relatório de controle de qualidade do produto terminado•
Em caso de produto importado: apresentar metodologia de CQ físico-químico e microbiológico a ser realizada pelo importador
•
Validação da metodologia analítica empregada para a análise dos produtos no controle de qualidade
•
Resultados do estudo de estabilidade acelerada/longa duração de 3 lotes piloto do produto acabado
3. CERTIFICADO DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO DE MEDICAMENTOS VÁLIDO (CBPF)
•
Inspeção para verificação do cumprimento das BPF
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QUALIDADE DO MEDICAMENTO REGISTRADO
INFORMAÇÃO MÍNIMA EXIGIDA NO DOSSIÊ
DE RENOVAÇÃO
DE REGISTRO DE MEDICAMENTOS
VALIDADE DO REGISTRO: 5 ANOS
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1.
COMPROVAÇÃO DE SEGURANÇA E EFICÁCIA -
Atualização
do medicamento a normas atuais
2.
DOSSIÊ FARMACOTECNICO DE 03 LOTES (PRODUÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE) -
Atualizado
3.
CERTIFICADO DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO DE MEDICAMENTOS VALIDO (CBPF)
4.
COMPROVAÇÃO DE COMERCIALIZAÇÃO
5.
RELATORIO DE FARMACOVIGILANCIA
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QUALIDADE DO MEDICAMENTO REGISTRADO
MUDANÇAS/ALTERAÇÕES PÓS-REGISTRO DE MEDICAMENTOS
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EXEMPLOS:
Inclusão de novo acondicionamento
Mudanças relacionadas à atualização de especificações e métodos analíticos do produto acabado
Mudanças relacionadas à rotulagem
Mudanças relacionadas ao prazo de validade
Mudanças relacionadas ao equipamento
Mudanças relacionadas ao fármaco (Fabricante/ Rota de síntese)
Mudanças relacionadas ao local de fabricação do medicamento
Mudanças relacionadas ao tamanho de lote
Mudanças relacionadas aos excipientes
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MUDANÇAS/ALTERAÇÕES PÓS-REGISTRO MENORES – Podem causar impacto menor no desempenho do medicamento.
→
Testes in vitro
MUDANÇAS/ALTERAÇÕES ALTERAÇÕES PÓS-REGISTRO MODERADAS – Podem causar impacto moderado no desempenho do medicamento.
→
Testes in vitro/Novo dossiê de produção
MUDANÇAS/ALTERAÇÕES ALTERAÇÕES PÓS-REGISTRO MAIORES –Maior probabilidade de impactar no desempenho in vivo do medicamento.
→
Testes in vivo (BD/BE)/ Novo dossiê de produção
COMPARAÇÃO in vitro OU in vivoPRODUTO REGISTRADO X PRODUTO COM A MUDANÇA/ALTERAÇÃO
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TESTES in vitro –
EQFAR/PERFIL DE DISSOLUÇÃO
EXEMPLOS DE APLICAÇÕES
Registro de Medicamentos (Sistema de Classificação Biofarmacêutica – aspectos relacionados a solubilidade e permeabilidade intestinal).
Desenvolvimento farmacotécnico (novas concentrações, novas formas farmacêuticas, outros)
Controle de Qualidade
Mudanças/Alterações Pós-registro
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Biodisponibilidade ⇓
Liberação da formaFarmacêutica; Dissolução nos líquidos biológicos;
Permeabilidade através do TI⇓
Dissolução in vitro pode indicar o desempenho do fármaco in vivo
⇓Estudos evidenciam que a velocidade com a qual um fármacose dissolve a partir de sua forma farmacêutica no TI controla
a velocidade pela qual ele aparece na circulação sangüínea⇓
Todos os fatores que podem influenciar a dissolução de umaforma farmacêutica também pode afetar a
biodisponibilidade do fármaco
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FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR A DISSOLUÇÃO in vivo
Estado cristalino do fármaco (Polimorfismo)Propriedades físico-químicas do fármaco: solubilidade, tamanho de partícula, higroscopicidadeExcipientes da formulação Tecnologia de fabricação do fármaco e do medicamento (Fabricante, Local de Fabricação/ Rota de síntese)Fatores relacionados com o equipamentoMeio de dissolução (pH alterado pela administração concomitante de outro medicamento, por ex.)Esvaziamento gástrico
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TESTE DE DISSOLUÇÃO ≠
PERFIL DE DISSOLUÇÃO
TESTE DE DISSOLUÇÃO TESTE DE PERFIL DE DISSOLUÇÃO
Teste pontual Avalia o cumprimento das
especificações
Uso: Controle de qualidade para liberação de lote
Comparação de vários pontos Avalia o desempenho da formulação, ou seja, a dissolução em diferentes
tempos e meios de dissolução simulando o comportamento in vivo
(ph básico, acido e neutro)
Ex: Dissolve mais de 70% em 30 minutos em ph 7.
Ex: Perfis comparativos entre produtos.
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PRINCIPAIS PROBLEMAS NOS ENSAIOS DE DISSOLUÇÃO
Valor pontual no tempo de dissolução acima de 100% -(problemas no método – não discriminativo)Utilização de métodos não farmacopéicos apesar de existir monografia farmacopéica oficialAdaptação de monografia farmacopéica sem a devida justificativa técnicaUtilização de várias farmacopéias para o mesmo produtoMétodo farmacopéico ≠ método validadoValidação de métodos não segue o GUIA para Validação de Métodos Analíticos e Bioanalíticos – RE 899/2003Medicamentos de liberação modificada
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PERGUNTAS MAIS FREQUENTES RELACIONADAS AOS ESTUOS in vitro
(EX: PERFIL DE DISSOLUÇÃO)
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QUAL A IMPORTÂNCIA DO ENSAIO DE PERFIL DE DISSOLUÇÃO NA ANÁLISE DE MEDICAMENTOS?
O traçado do perfil de dissolução (porcentagem dissolvida versus tempo) permite orientar o desenvolvimento e a otimização de formulações, monitorar os processos de fabricação, minimizar o risco da falta de bioequivalência entre lotes, obter a aprovação de registro junto à
ANVISA, pesquisar e detectar a influência de
variáveis críticas do processo de produção, estabelecer o mecanismo e a cinética de liberação, e realizar correlações in vitro/in vivo e estudos comparativos entre formulações diferentes.
É CONSIDERADO UM ENSAIO PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO PRODUTO?
O perfil de dissolução é
um dos ensaios relacionados
à
qualidade do
medicamente, uma vez que é
bastante útil para a comparação de
formulações (teste X referência), indicando que o fármaco será
liberado no momento certo e no local certo do organismo. Além, de estar relacionado com a liberação do fármaco em quantidade e velocidade capazes de garantir seu efeito.
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O QUE SIGNIFICA O RESULTADO INSATISFATÓRIO DESTA AVALIAÇÃO E SUA(S) CONSEQUÊNCIA(S) PARA OS USUÁRIOS?
O resultado insatisfatório para os estudos de perfil de dissolução comparativo indicam que houve um desvio de qualidade em relação à
formulação original registrada na ANVISA. Quando não se tratar de perfil de
dissolução comparativo, mas apenas o traçado da dissolução para uma única formulação, e o resultado for insatisfatório, também é
indicativo de desvio da qualidade em relação às próprias especificações da empresa fabricante. Dessa maneira, pode indicar uma falta de reprodutibilidade entre os lotes de uma mesma empresa.
Como conseqüências para o usuário, é
necessário avaliar o que não foi satisfatório no ensaio. Exemplo: caso o tempo de dissolução tenha sido superior ao esperado, significa que o fármaco está
sendo liberado mais rapidamente que o esperado, podendo ocasionar degradação do fármaco antes de atingir o local de ação, ou seja, o usuário pode ser submetido a uma dose abaixo da necessária para o efeito farmacológico. Há
casos em que o fármaco não é
liberado da forma farmacêutica na porcentagem esperada, assim, não estará
disponível para ser absorvido, também ocasionando uma sub-dosagem.
OBS: São casos que devem ser avaliados de modo individual, considerando o tipo do fármaco, da forma farmacêutica e do meio de dissolução utilizado nos testes.
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TESTES in vivoPESQUISA CLÍNICA
Medicamentos Novos/SUM
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Boas Práticas Clínicas
Aprovação previa dos Protocolos de pesquisas conduzidas no Brasil
Inspeção Anvisa na condução de alguns protocolos de pesquisa realizadas no Brasil
Avaliação dos relatórios com os resultados das pesquisas submetidos para o registro por especialistas da Anvisa e em alguns casos por consultores especialistas na área
Normatização para a condução das pesquisas
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TESTES in vivoBIOEQUIVALÊNCIA/BIODIPONIBILIDADE
Medicamentos Novos/Genéricos/ Similares
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Boas Práticas ClínicasBoas Práticas LaboratoriaisCertificação em Boas Práticas de Bioequivalência/Biodiponibilidade para centros de pesquisa em BD/BE nacionais internacionais
→
24 Centros de pesquisa em BD/BE nacionais certificados→
26 Centros de pesquisa em BD/BE internacionais
certificadosAvaliação dos relatórios com os resultados de BD/BE submetidos para o registro por especialistas da AnvisaAuditoria de estudos de BD/BE in locu Normatização para a condução das pesquisas Cadastro de voluntários em pesquisa com BD/BE e cadastro em tempo real de 100% dos resultados dos estudos que estão sendo conduzidos em território nacional pelos centros certificados (SINEB – Sistema Nacional de Bioequivalência).
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AVALIAÇÃO DA CONDUÇÃO E DOS RESULTADOS DAS PESQUISAS
Princípios éticos
Rastreabilidade dos dados gerados proporcionando maior confiabilidade dos resultados apresentados para fins de registro de Medicamentos Novos/Genéricos/ Similares
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METANÁLISEMONITORAMENTO DOS RESULTADOS DE BD/BE DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS E
SIMILARES REGISTRADOS NA ANVISA
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ObjetivoAvaliar os resultados dos parâmetros farmacocinéticos (Cmax/AUC) dos estudos de bioequivalência dos medicamentos genéricos e similares aprovados nos E.U.A durante um período de 12 anos quando comparados aos seus correspondentes referências (inovador). De 996-2007.
•ResultadosA diferença média em Cmax e AUC entre genéricos e produtos inovadores foi de 4,35% e 3,56%, respectivamente. Além disso, em quase 98% dos estudos de bioequivalência realizados durante este período, a AUC do produto genérico, difere do que o produto inovador por menos de 10%.
•Conclusões Os critérios utilizados para avaliar os estudos de bioequivalência de medicamentos
genéricos utilizados pelo FDA são capazes de aprovar formulações de medicamentos genéricos terapeuticamente equivalentes aos inovadores.
OBJETIVO X RESULTADOS DO ESTUDO REALIZADO NO FDA . BRASIL
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ESTUDO COMPARATIVO ENTRE MEDICAMENTOS GENÉRICOS E MEDICAMENTOS INOVADORES
REALIZADO PELO FDA –
2070 PRODUTOS
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TAB.01 –
MÉDIA TESTE/REFERÊNCIA MÉDIA DOS PARÂMETROS DE BD/BE ENTRE OS
ESTUDOS APROVADOS NA ANVISA (MED. UTILIZADOS NOS TRATAMENTOS ONCOLÓGICOS)
CV T/R LI LS CV T/R LI LSMicofenolato de Mofetila A 24 25,41 92,71 81,90 104,95 12,10 99,70 93,88 105,87Micofenolato de Mofetila B 24 25,41 92,71 81,90 104,90 12,16 99,70 93,88 105,87Micofenolato de Mofetila C 39 49,22 101,90 85,29 121,76 12,70 100,03 95,31 104,99Micofenolato de Mofetila D 50 42,38 93,26 81,36 106,89 14,05 102,94 98,23 107,89Micofenolato de Mofetila E 49 49,88 99,16 84,52 116,35 12,42 103,90 99,64 108,36Micofenolato de Mofetila F 45 27,85 96,26 83,51 110,96 15,03 102,89 95,19 111,21Média Aritmética 39 36,69 96,00 83,08 110,97 13,08 101,53 96,02 107,36Tamoxifeno G 55 30,79 90,46 84,44 96,91 27,27 94,39 88,80 100,33Tamoxifeno H 26 13,57 101,76 95,42 108,52 8,67 96,61 92,71 100,67Tamoxifeno I 63 17,20 89,91 83,52 96,79 10,12 95,14 91,09 99,38Tamoxifeno J 65 17,24 91,09 84,71 97,96 11,10 95,42 91,04 100,00Tamoxifeno L 26 11,29 95,08 90,12 100,32 8,52 98,96 95,04 103,05Tamoxifeno M 71 13,31 105,54 100,03 111,35 9,03 99,65 96,08 103,35Média Aritmética 51 17,23 95,64 89,71 101,97 12,45 96,70 92,46 101,13Temozolomida N 21 11,58 98,14 92,27 104,39 5,14 106,28 103,40 109,24Média Total 43 25,94 95,97 86,79 106,33 12,26 99,59 94,85 104,58
AUC - Área Sob a Curva Cmax - Concentração máxima LI - Limite Inferior LS - Limite Superior
Fonte: Banco de Dados da COBIO/GESEF/GGMED/ANVISA
N - Tamanho da amostra do estudo CV- Coeficiênte de variação CV - Coeficiente de variaçãoT/R - Razão do produto teste versus produto de referência
FARMACO EMPRESACMAX AUCN
Diferença média Cmax SD Diferença média ASC SDMicofenolato de Mofetila 4 3,85 1,53 1,92Tamoxifeno 4,36 6,57 3,3 2,16Total 4,03 4,60 0,41 3,50Total FDA 4,57 3,59 3,23 2,74
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