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“EUA promovemdesestabilização dedemocracias na AméricaLatina”, denuncia MonizBandeira

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O que se viu na Avenida de Maio tem muita semelhança com as manifestações da AvenidaPaulista, composta por muitos viúvos e viúvas da ditadura militar

Por Dario Pignotti, na Carta Maior

Um verão portenho asfixiante. Dias antes de completar 39 anos do golpe de Estado na Argentina,milhares de pessoas participaram de uma marcha contra a presidenta Cristina Fernández deKirchner, exibindo uma atitude desestabilizadora nunca vista desde a recuperação da democracia,no começo da década de 80.

O ambiente político que impera nesses primeiros dias de março evoca a atmosfera do tango VeranoPorteño, em que Piazzolla mescla uma sonoridade encrespada com uma melodia densa.

Os últimos dias de estio têm sido tórridos, com temperaturas superiores aos 30 graus, podendoalcançar os 35 graus quando alguém caminha pelas estreitas ruas do centro, próximas à CasaRosada, o palácio de onde despacha a Chefe de Estado.

A morte do procurador Alberto Nisman, cujo corpo foi encontrado com um tiro na cabeça, é opretexto em que se apoiam os neogolpistas interessados em incendiar o cenário.

Quando faltam 7 meses para o fim de seu segundo mandato, Cristina é objeto de uma campanhadestituinte lançada pela oposição direitista e pela imprensa local, ambas respaldadas pelosprincipais grupos internacionais de notícias, com a CNN na vanguarda. E por trás de tudo isso,parece atuar o grande braço de Washington, interessado em fazer com que Cristina pague caro porsua aproximação com Irã, Venezuela e China.

Cristina não retrocede diante da estratégia incendiária de seus inimigos e promete enfrentálosconvocando os militantes, em boa parte os jovens, para “defender o projeto” iniciado em 2003 porseu marido, o falecido Néstor Kirchner, responsável pelo estreitamento das relações com o Brasil.

Fundamentalistas Fanáticos, alguns inimigos do governo kirchnerista reconhecem que estão dispostos a prosseguiraté um golpe branco, se com isso pudessem “defenestrar essa mulher de merda que está

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ocupando a Casa Rosada”, declara a senhora Beatriz Gimenez.

“Essa máfia bolivariana que está governando nosso país está acabando com tudo de bom quetivemos”, me diz uma indignadíssima Gimenez, que se apresenta como gerente de uma empresade turismo na Avenida Santa Fe, situada no endinheirado bairro Norte, conhecido como um dosprincipais redutos do “anticristinismo”.

“Cristina está metida em tudo o que há de podre neste país. Eu tenho certeza de que ela mandoumatar o procurador Alberto Nisman para calálo, foi um assassinato mafioso típico dos peronistas(seguidores do general Juan Perón). Essa gentalha tem que sair da (Casa) Rosada de qualquerjeito, porque na Argentina a maioria somos gente decente”, acrescenta.

De cabelo loiro e pele bronzeada – além de um botox que dá volume exagerado a seus lábios –, asenhora Gimenez dá por certo que o procurador Nisman “foi assassinado por gente a mando dogoverno”, apesar de os relatórios dos peritos da Corte Suprema não terem encontrado elementospara sustentar essa hipótese que, por ora, parece pouco crível.

As opiniões da senhora Gimenez, contaminadas pelo bombardeio de notícias falsas lançado pelaimprensa tradicional, se repetem nos shoppings de alto padrão de consumo ou nos bares doaristocrático bairro da Recoleta, onde o mundo fala de política. Espelho da Avenida Paulista Aqui, na orla do Rio da Prata, a oposição ao kirchnerismo não emprega o termo “impeachment”,como fazem no Brasil os detratores da presidenta Dilma, mas querem que Cristina saia de qualquermodo, acusandoa pela morte do procurador Nisman – que em meados de janeiro apareceu mortocom um tipo na cabeça em seu apartamento, em um episódio ainda não esclarecido, mas quepoderia ter sido suicídio.

Milhares de portenhos – entre eles, a gerente Beatriz Gimenez – que participaram da passeatadesestabilizadora do dia 18 de fevereiro, insultaram o governo e o grupo La Cámpora, formado porjovens quadros kirchneristas leais à mandatária e a uma gestão que culmina com os acordosestratégicos firmados com a China há um mês e com a reestatização das ferrovias, promulgada naprimeira semana de março.

O que se viu na Avenida de Maio, em Buenos Aires, em fevereiro, tem muita semelhança com asmanifestações da Avenida Paulista, onde senhoras bem vestidas e perfumadas escondem suasaudade pela ditadura que derrubou João Goulart em 1964. A mobilização destituinte do mês passado que desembocou na histórica Praça de Maio foiencabeçada por um grupo de procuradores – entre os quais há vários com um passado ligado àditadura militar que governou a Argentina entre 1976 e 1983, com um saldo de 30 mil mortos edesaparecidos. Em que pese sua grande exposição, a mobilização de 18 de fevereiro não conseguiu convocar umnúmero importante de trabalhadores organizados, nem moradores das favelas, nem jovens commenos de 25 anos, uma faixa etária na qual o kirchnerismo é forte. Em contrapartida, o ato de respaldo ao governo, ocorrido em 1° de março, contou com a presençade uma maioria de jovens junto a quem marcharam cidadãos oriundos dos subúrbios pobres daGrande Buenos Aires. Intromissão dos EUA e de Israel O procurador Alberto Nisman, que era um assíduo visitante da embaixada dos EUA, segundodocumentou o Wikileaks, morreu pouco depois de acusar Cristina Fernández de Kirchner, em umaentrevista exclusiva ao Grupo Clarín, de ter obstruído a investigação do atentado terrorista quematou 85 pessoas em 1994, em uma associação da comunidade judia.

Atuando como um bispo dentro do xadrez diplomático que há anos os Estados Unidos e a Argentinadisputam, Nisman recebia ordens de seus chefes políticos nos Estados Unidos e, também não sedescarta, em Israel.

Essa relação do fiscal morto Nisman com Washington e Tel Aviv é algo que praticamente ninguémdesconhece, e é até admitida implicitamente por alguns portavozes da direita, como a deputadaElisa Carrió.

Com seu tom provocador, similar ao da golpista venezuelana Maria Corina Machado (amiga deAécio Neves), a opositora Carrió recomendou ao governo que solicite apoio à CIA e denunciou umasuposta conspiração de Venezuela e Irã para semear o terror na Argentina. É claro que o governo argentino não seguiu os conselhos da legisladora, cujas declaraçõesextravagantes não fazem inveja às do exmilitar e deputado carioca Jair Bolsonaro. Em 8 de março, dia Internacional da Mulher, o ministro de Relações Exteriores Héctor Timmermandeclarou que seu governo segue uma política exterior “independente” e considera que não énecessário “estar muito perto” da Casa Branca. Em entrevista ao programa “60 minutos”, do canal norteamericano CBS, o ministro disse que“Washington estava sempre pressionando” o procurador Nisman para manipular a investigação doatentado contra a associação judia em 1994, a fim de culpar o governo do Irã. Antes de falar no “60 minutos”, o chefe da política externa portenha havia solicitado aos governos

ὕ 15:03, 18.mar 2015

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de Barack Obama e Benjamin Netaniahu que não usassem o caso Nisman para intervir na políticaargentina, agravando o quadro desestabilizador construído pelas forças conservadoras.

“A Argentina não tem qualquer interesse estratégico, militar ou de inteligência no Oriente Médio. Eobserva com preocupação como alguns Estados intervêm em outros países para resolver suasdisputas geopolíticas. Meu país rechaça essas ações e solicita que elas não ocorram em territórioargentino”.

Essa posição do titular do Palácio San Martin, sede do ministério de Relações Exteriores, recebeuenérgicas respostas das autoridades americanas e israelenses, que insistem em culpar o Irã pelamatança de 85 pessoas em 1994, em Buenos Aires.

O próprio Netaniahu reiterou sua acusação ao Irã pelo massacre ao falar no Parlamento norteamericano no começo de março, o que foi entendido como uma advertência ao governo de Cristina,que acabará em 10 de dezembro.

O mensalão de Cristina Em várias pesquisas, Cristina, eleita duas vezes e impedida constitucionalmente de tentar umterceiro mandato, conserva uma popularidade próxima aos 40%, bastante superior à de seusadversários políticos – como Mauricio Macri, prefeito de Buenos Aires e homem forte do clube BocaJuniors; e Sergio Massa, um exfuncionário do governo de Néstor Kirchner que migrou para aoposição.

Mauricio Macri e Massa possivelmente serão candidatos nas eleições presidenciais do próximo dia15 de outubro, quando o kirchnerismo se apresentará com um postulante ainda não definido. Esteterá como principal capital o respaldo da mandatária.

É nesse contexto que a estratégia conservadora se apoia no desgaste da imagem presidencial,associandoa à morte do procurador Nisman e judicializando a campanha por meio de manobras deum importante grupo de juízes e procuradores que integram o “partido judicial”, segundo definiçãodada por Crisina.

Embora não escondam o fato de fazerem parte da ofensiva desestabilizadora, os procuradores sãotratados como próceres pela imprensa, num roteiro em que são elevados à condição de heróisnacionais por sua obsessiva perseguição ao governo – imitando o ocorrido no Brasil, com oendeusamento do ministro Joaquim Barbosa durante o processo do mensalão.

Isso explica por que a multitudinária marcha opositora de fevereiro foi encabeçada porprocuradores, por trás de quem caminham, semiocultos, os dirigentes da oposição, que ainda nãotem uma estratégia comum para enfrentar o kirchnerismo nas eleições de outubro.

Podemos e Chomsky Na segundafeira, 9 de março, quando os EUA anunciavam represálias contra a Venezuela, umgrupo de jovens defendiam o governo do presidente Nicolás Maduro em um café da rua Córdoba,próximo ao belíssimo Teatro Cervantes.

“Obama está tentando derrotar Maduro e Cristina ao mesmo tempo, para erradicar a chama latinoamericana acendida por Kirchner, Chávez e Lula há 10 anos, quando eles sepultaram a Alca nareunião (Cúpula das Américas) de Mar del Plata”, afirma Guillermo Guisoni, um garoto de 18 anosque pretende cursar sociologia na Universidade de Buenos Aires.

Guillermo e dois amigos da mesma idade dizem que querem assistir ao Seminário Internacionalpela Emancipação e a Igualdade, organizado pelo Ministério da Cultura e pela Secretaria doPensamento Nacional, em que se reuniem algumas das cabeças mais prolíficas do pensamentopolítico e da ação política. Representantes do partido espanhol Podemos, Noam Chomsky, o vicepresidente boliviano, Alvaro García Linera, Emir Sader, Ignacio Ramonet, o mexicano CuauhtemocCàrdenas e o italiano Gianni Vattimo estão entre os que dissertarão no Cervantes, uma joiaarquitetônica construída à imagem e semelhança do Colégio San Idelfonso, na Espanha.

“Vamos chegar cedo ao Cervantes para ficar em primeiro na fila dos ingressos porque virá muitagente. E se não conseguirmos entrar, vamos ficar do lado de fora, vendo pelo telão”, conformaseGuillermo, que em 15 de outubro votará pela primeira vez. “Em quem vai votar?”. “No candidatoindicado por Cristina, é claro”, responde com segurança o garoto, enquanto seus companheirossorriem com um gesto de aprovação.

Foto: Antonio Cruz/ABr

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