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Arqueologia Bíblica Prof. Leandro Prata

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Estudo sobre arqueologia

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Arqueologia Bíblica Prof. Leandro Prata

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“Porque a pedra clamará da parede, e a trave lhe responderá do madeiramento” (Hc 2.11)

“Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão” (Lc 19.40).

Como disse o salmista, “a verdade brotará da terra” (SI 85.11)

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Então, no século XIX, quando começaram a ser desenterrados artefatos dos tempos bíblicos, a palavra foi a estes aplicada (excetuando-se os documentos escritos). Portanto, a arqueologia está ligada à Bíblia desde o começo. E ela é entendida como um departamento da pesquisa histórica que busca revelar o passado por uma recuperação sistemática de seus resquícios.

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Definindo o Termo.A palavra “arqueologia” deriva do termo grego archaiología, que significa “estudo das coisas antigas [ou arcaicas]”. Os gregos usavam a palavra “arqueologia” para descrever antigas lendas e tradições. A primeira menção conhecida — em inglês — data de 1607, usada numa referência ao “conhecimento” sobre o Israel antigo com relação a fontes de literatura como a Bíblia.

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Como surgiu Arqueologia?

Quando em tempos relativamente modernos o passado começou a ser explorado por aventureiros europeus, relíquias eram levadas para casa com o propósito de encantar amigos e conquistar fama.. As “escavações” desses mercenários destruíam material em proporção idêntica à dos achados. Outros, porém, com um espírito diferente, começaram a registrar as suas observações em pinturas e desenhos, que, apesar do romantismo, traziam notícias de terras e culturas havia muito esquecidas

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A primeira expedição!A primeira tentativa “ c i e n t í f i c a ” e m a r q u e o l o g i a f o i conduzida por Napoleão Bonaparte em 1798. Seu i n t e r e s s e p e l a a r q u e o l o g i a e r a evidente, considerando- se a maneira como se d i r i g i u à s t r o p a s f ra n c e s a s a p ó s t e r invadido o Egito.

Pintura por León Cogniet. Museu do Louvre, Páris.

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Como um Auxílio a Fé!Coisas palpáveis podem a s s i s t i r a f é e m s e u crescimento. A arqueologia traz à luz os remanescentes t a n g í v e i s d a h i s t ó r i a , permitindo a criação de um contexto razoável para o desenvolvimento da fé.

"A fé e razão caminham juntas, mas fé vai mais longe."

Santo Agostinho

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Os EpigrafistasOs profissionais treinados para ler tais escritos são chamados epigrafistas (de uma palavra grega que significa “escrito em cima”; as relíquias escritas são chamadas inscrições, de uma palavra latina que significa “escrever em cima”)

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O "Caderno" dos Antigos.As inscrições em argila estão geralmente associadas a comunicações diplomáticas e arquivos arqueológicos. (Todavia, sendo a argila um material barato e durável, era também usada para outros propósitos, como inventários ou controles econômicos.) Aparecem na maioria das vezes gravadas em pequenos tabletes retangulares, sendo a forma de escrita mais antiga a que se parece com uma série de cunhas interligadas — daí o nome cuneiforme. Outro tipo de artefato em argila usado para a escrita comum eram os pedaços de cerâmica ou fragmentos.

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Tabletes usados para escrever.

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Ostraca o Caderno do Pobre.

O t e r m o t é c n i c o p a r a o s fragmentos que contêm escritos é ostraca.* Eram o material de e s c r i t a m a i s a b u n d a n t e , o caderno do pobre. As inscrições encontra das nesses fragmentos são geralmente cunhadas ou escritas com tinta (obtida por uma combinação de carvão, goma-arábica e água).

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A literatura Sagrada e outras.

A literatura sagrada ou de outra ordem, bem como cartas particulares e comerciais, eram escritas com tinta em folhas de material quase

equivalente ao nosso papel, como por exemplo o pergaminho — feito de peles de animais, quase sempre de bode ou de ovelha, devidamente

preparadas. Havia também o velino, feito de pele de bezerro. O material mais utilizado era feito do junco que crescia nos pântanos ao longo dos rios: o papiro, que também era o nome da planta. De constituição mais

delicada, documentos em papiro só se conservam sob condições excepcionais. Eles têm sido encontrados apenas em áreas secas ou

guardados em vasos dentro de cavernas como as da região do mar Morto.

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Dar nova CertezaA arqueologia, com relação à Bíblia, presta-se a confirmar, corrigir, e s c l a re c e r e c o m p l e m e n t a r a mensagem teológica contida no texto sagrado De acordo com o Webster’s English Dictionary, confirmar é “dar nova certeza da validade” de alguma coisa. A arqueologia faz emergir das pedras uma nova certeza a respeito da Bíblia, que vem agregar-se à convicção de que já possuímos pelo Espírito.

Rolo de Isaías de sete metros achado nas cavernas de Quran.

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Arqueologia confirma a ortodoxia.

Por exemplo, Gabriel Barkay descobriu em 1979, numa tumba no vale de Hinom, em Jerusalém, pequenos rolos de prata contendo um texto do Pentateuco — a bênção de Arão (Nm 6.24-26), datados de antes do exílio de Judá. O achado criou um problema para os eruditos que defendiam a autoria do Pentateuco como sendo de sacerdotes de época posterior ao exílio. Como resultado, suas teorias deverão ser abandona das ou reformuladas.

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Auxilia em Traduções mais Esclarecedora.

Temos feito muitas descobertas de textos antigos, bibliotecas e coleções de documentos que nos ajudam a entender as línguas hebraica e grega, o que nos permite obter uma tradução melhor dessas línguas para o inglês. Além disso, elas auxiliam os eruditos a entenderem as peculiaridades das seções poéticas e a interpretar melhor as palavras que aparecem apenas uma vez (hapax legomenon), sem qualquer sentido seguro para a tradução.

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Discrepância por falta de fonte do antigo mundo.

Rembrandt não poderia mesmo saber como pintar Abraão e Sara, naturais da Mesopotâmia, ou a egípcia Hagar num ambiente cananita. Não havia referências daquela época para suprir a sua arte. A arqueologia mudou essa situação para sempre, fornecendo tanto ao artista quanto ao espectador uma visão acurada

do ambiente original dos patriarcas.

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Precisa-se de Arqueólogos

Os relatórios finais de Kathleen Kenyon sobre Jericó foram publicados trinta anos após a descoberta das ruínas da antiga cidade. Falta de interesse, de perícia, de tempo e de dinheiro também são empecilhos à publicação. Por essa razão, cerca de noventa por cento dos quinhentos mil textos cuneiformes armazenados em depósitos de museus permanecem inacessíveis ao público.

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Escavações que Fotografam o Passado.

Antes que as escavações arqueológicas revelassem o mundo da Bíblia, ninguém tinha idéia de como se pareciam as pessoas descritas em suas páginas. Todavia, quando as descobertas começaram a ser reveladas, entre elas estavam estátuas, desenhos e pinturas que davam um “quadro” do tipo de pessoas que viveram durante os tempos bíblicos. Ainda mais incrível foi que os arqueólogos encontraram “figuras” das mesmas pessoas mencionadas na Bíblia. Entre elas, estavam as estátuas de faraós que conheceram Moisés, inimigos que ameaçaram Israel ou conquistaram muito de Israel e governantes romanos mencionados no Novo Testamento, alguns dos quais conversaram com Jesus e com o apóstolo Paulo.

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Arqueologia é Limitada

A arqueologia é limitada. Ela nos fornece [somente] cerâmica, construções, fortificações, plantas de cidades, modelos de comunidades, [ou informa] quantos sítios houve em cada período, qual era a população. A limitação básica da arqueologia é a natureza fragmentária das evidências que se retiram do solo.

Apesar de sua mensagem ser compreensível a qualquer era, ela ainda é seletiva em suas declarações e estabelecida em contextos antigos. Assim, a arqueologia, apesar de suas limitações, poderá, como serva da Bíblia, alargar o escopo das declarações contidas no texto sagrado bem como tornar mais inteligível os ambientes nele descritos.

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A Pedra de RosetaA pedra Roseta — chave para os hieróglifos egípcios Os hieróglifos (a antiga escrita egípcia, sendo o termo derivado de duas palavras gregas: hieros, “sagrado”, e glifo, “gravar”)3 receberam uma aura especial de mistério por causa dos artistas europeus, que romantizaram em suas obras as ruínas de Gizé e Tebas. Para os encantados europeus, os símbolos que as cobriam tornaram-se tanto motivos ornamentais quanto eram considerados repositórios de segredos conhecidos somente dos faraós.

A pedra foi encontrada por um oficial do exército francês, o tenente P. F. X. Bouchard, que fazia reconhecimento na área próxima ao povoado de Roseta, à margem esquerda do Nilo. Com cerca de 7 metros de altura, quase 1 metro e meio de largura e 33 centímetros de espessura, a pedra pesava aproximadamente 760 quilos! Denominada apropriadamente Pedra Roseta, logo despertou interesse, quando se observou que a escrita apresentava diferentes tipos de caracteres. Estudos posteriores revelaram serem textos paralelos, cada um registrando o mesmo relato. O texto no topo da pedra estava escrito em hieróglifos, o do meio parecia uma forma cursiva dos mesmos hieróglifos (hoje chamada escrita demótica) e o da parte inferior era grego coiné.

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À medida que o texto grego da Pedra Roseta era traduzido, soube-se que a pedra era uma estela c o m e m o r a t i v a q u e j á estivera em um templo egípcio. Ela registrava algum decreto publicado d e M ê n f i s ( a c a p i t a l egípcia antiga) em 196 a.C. exibindo os triunfos do Rei Ptolomeu V Epifânio.

Ela está hoje. O museu britânico.

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em 1822, com a idade de 32 anos, ele anunciou triunfantemente que havia resolvido o quebra-cabeça dos hieróglifos. Para a surpresa de muitos eruditos, ele demonstrou que os hieróglifos não eram apenas símbolos, mas sinais com valor fonético — eles formavam uma linguagem legível! Po r i s s o , e m f u n ç ã o d a descoberta da Pedra Roseta, os segredos ocultos da linguagem egípcia e através dela, a história do Egito antigo, religião e cultura foram abertas ao mundo.

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A inscrição de BehsitunA inscrição Behistun — Chave para o acadiano cuneiforme O que a Pedra Roseta fez pelos hieróglifos egípcios, uma inscrição monumental no Irã (antiga Pérsia), fez pelo acadiano cuneiforme. Acadiano era uma língua semítica da Mesopotâmia, e seus dois principais dialetos (assírio e babilônio) foram usados para registrar os triunfos militares e contos religiosos dos grandes impérios mundiais da Assíria e Babilônia. Ambos estes impérios figuram proeminentemente na Bíblia como nações usadas por Deus para punir os israelitas por sua infidelidade à Aliança Mosaica. Por séculos, aqueles que passavam por velhas trilhas de caravanas aos pés da montanha iraniana conhecida como Rochedo de Behistun, com 1.200 metros de altura, perguntavam-se maravilhados e curiosos sobre as estranhas figuras encrustradas no lado do penhasco cerca de 91 metros acima de suas cabeças. Estes antigos viajantes consideravam esta gigantesca configuração como uma obra de Deus. Registros antigos de cerca de 500 a.C. revelam que a rocha era chamada Baga-Stana (“a Casa de Deus”), daí o nome moderno, Behistun (tam bém Bisitun). Neste relevo maciço, há um homem com a mão levantada Dez homens olham para o homem e dois outros ficam atrás dele. Acima de suas cabeças há uma imagem suspensa como a de um pássaro. Quem eram estes estranhos homens e o que era o objeto flutuando sobre suas cabeças? Antes dos tempos modernos, a resposta do guia turístico era: “Cristo, seus discípulos e o Espírito Santo” (como uma pomba)!

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“Eu sou Dario, o Grande Rei, Rei de Reis, Rei da Pérsia”. Uma vez que isso foi lido, estava claro que a figura central não era outro senão Dario, o Grande, que governou o império persa de 522 a.C. até 486 a.C. Outras decifrações também encontraram o nome de seus filhos, Xerxes, que sucedeu Dario no trono persa. Aqui então, pela primeira vez, houve evidência do monarca Dario I Hystaspes, que serviu como instrumento de Deus para o retorno dos hebreus de Judá e para ajudá-los a reconstruir o Templo em Jerusalém. Aqui, também, estava um testemunho em pedra de Xerxes (Assuero), que havia casado com a judia Ester, e que foi reverenciado desde então no festival judaico de Purim. Eles não apenas haviam deixado seus “cartões de visita” em Behistun, mas também suas “carteiras de identidade com foto” para que todos vissem! Os segredos da misteriosa montanha foram revela dos finalmente.

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A tradução.Graças ao doloroso trabalho de Henry Rawlinson e outros eruditos, soubemos que aquelas inscrições em Behistun preservaram não apenas a linguagem cuneiforme, mas três — os antigos persa, babilônio e elamita. Com a ajuda de seu trabalho na pedra de Behistun, o enigma d o s e s c r i t o s c u n e i fo r m e s fo r a m decifrados. Esta chave, em contrapartida, abriu o mundo para antigos anais da Assíria e Babilônia, lançando nova luz não apenas sobre sua história, mas tam bém sobre a historicidade da Bíblia.

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Biblioteca de Assurbanipal

1850. No palácio do rei assírio Assurbanipal, Austen Henry Layard, ele encontrou milhares de tabletes de argila que haviam sido parte dos arquivos reais. Eles haviam aparentemente espera do por Layard desde que foram abandonados quando o palácio foi destruído em 612 a.C. Estes eruditos podem nunca ter escavado em terra estrangeira, todavia os escritos que eles desenterraram do porão em sua própria terra provaram ser uma das maiores descobertas arqueológicas de todas! Três dos mais antigos textos: o Épico de Atrahasis, Enuma Elish e o Épico de Gilgamés, são especialmente significativos quando comparados à Bíblia.

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O Épico de GilgameshO Épico de Gilgamés — O dilúvio mesopotâmico Outro achado importante que vem da escavação de Henry Layard foi um velho conto babilónico do dilúvio chamado Épico de Gilgamés. Ele foi no meado depois que o principal personagem, o rei Gilgamés, que deve ter governado a cidade mesopotâmica de Uruk por volta de 2600 a.C. O épico como o temos hoje está registrado em 12 tabletes.

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De onde vieram essas histórias?

1) Elas foram relatos israelitas originalmente, que foram tomados como empréstimo e adaptados à religião e cultura mesopotâmicas; 2) Elas foram originalmente his tórias mesopotâmicas, que foram tomadas como empréstimo pelos israelitas para atender aos seus propósitos religiosos; 3) tanto os relatos mesopotâmicos como os israelitas (bíblicos) vieram de uma fonte antiga em comum.