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Leia mais: Palestras Pesqueira recebe Encontro Regional de Magistrados Após solicitação da AMEPE, Tribunal aprova adicionais para magistrados Com base na determinação do CNJ e após analisar a política salarial da magistratura pernambucana, constatando que os juízes do Estado tinham direito aos Adicionais por Tempo de Serviço referentes ao período de janeiro de 2005 a maio de 2006, a AMEPE enviou requerimento ao TJPE solicitando que a decisão do CNJ fosse cumprida. O TJPE reconheceu o direito dos magistrados aos ATS durante sessão do Tribunal do Pleno. Pág. 10 Denúncias anônimas AMEPE luta contra procedimentos no CNJ Por entender que a abertura de processos administrativos motivados por denúncias anônimas afronta os princípios da legalidade e da segurança jurídica, a Associação solicitou providências contra os processos administrativos instaurados pelo TJPE. Pág. 11 AMEPE conquista 5º lugar nos Jogos Nacionais da Magistratura Associação promove encontros em Caruaru e Petrolina Laiete Jatobá visita presidente do TRE Os juízes pernambucanos que atuam no município de Pesqueira, no Agreste Central do estado, e em comarcas vizinhas, participaram do Encontro Regional de Magistrados promovido pela AMEPE. O evento teve como objetivo motivar a integração entre os juízes do interior e promover a discussão de assuntos de interesse da magistratura. Pág. 09 Confraternização Festa de fim de ano reúne juízes e seus familiares Música, homenagens e muita animação marcaram a festa de fim de ano dos juízes pernambucanos, realizada no último dia 20 de dezembro, no Clube dos Magistrados de Candeias, em Joboatão dos Guararapes. No evento, o presidente da AMEPE, Laiete Jatobá, acompanhado pelos membros da Diretoria da entidade de classe, homenageou, com a medalha Paula Batista, os juízes Andreya Christhiany e Aluiz Tenório de Brito pelos serviços prestados ao Judiciário do Estado. Medalhas Interior Reunião

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Leia mais:

Palestras

Pesqueira recebe Encontro Regional de Magistrados

Após solicitação da AMEPE, Tribunal aprova adicionais para magistrados

Com base na determinação do CNJ e após analisar a política salarial da magistratura pernambucana, constatando que os juízes do Estado tinham direito aos Adicionais por Tempo de Serviço referentes ao período de janeiro de 2005 a maio de 2006, a AMEPE enviou requerimento ao TJPE solicitando que a decisão do CNJ fosse cumprida. O TJPE reconheceu o direito dos magistrados aos ATS durante sessão do Tribunal do Pleno. Pág. 10

Denúncias anônimas

AMEPE luta contra procedimentos no CNJ

Por entender que a abertura de processos administrativos motivados por denúncias anônimas afronta os princípios da legalidade e da segurança jurídica, a Associação solicitou providências contra os processos administrativos instaurados pelo TJPE. Pág. 11

AMEPE conquista 5º lugar nos Jogos Nacionais da Magistratura

Associação promove encontros em Caruaru e Petrolina

Laiete Jatobá visita presidente do TRE

Os juízes pernambucanos que atuam no município de Pesqueira, no Agreste Central do estado, e em comarcas vizinhas, participaram do Encontro Regional de Magistrados promovido pela AMEPE. O evento teve como objetivo motivar a integração entre os juízes do interior e promover a discussão de assuntos de interesse da magistratura. Pág. 09

Confraternização

Festa de fim de ano reúne juízes e seus familiares

Música, homenagens e muita animação marcaram a festa de fim de ano dos juízes pernambucanos, realizada no último dia 20 de dezembro, no Clube dos Magistrados de Candeias, em Joboatão dos Guararapes. No evento, o presidente da AMEPE, Laiete Jatobá, acompanhado pelos membros da Diretoria da entidade de classe, homenageou, com a medalha Paula Batista, os juízes Andreya Christhiany e Aluiz Tenório de Brito pelos serviços prestados ao Judiciário do Estado.

Medalhas Interior Reunião

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PresidenteLaiete Jatobá Neto

1º Vice-PresidenteEmanuel Bonfim Carneiro Amaral Filho

2º Vice-PresidenteAntenor Cardoso Soares Júnior

Secretário GeralJosé Marcelon Luiz e Silva

Secretária Geral-AdjuntaMaria das Graças Serafim Costa

Diretor de Finanças e PatrimônioDanilo Galvão Martiniano Lins

Diretor de Finanças e Patrimônio-AdjuntoFernando Menezes Silva

CONSELHO FISCALFernanda Moura de Carvalho

Inês Maria de Albuquerque AlvesJuçara Leila do Rêgo Figueiredo

Marília Falcone GomesPetrúcio Roberto Tobias Granja

Diretoria CulturalVirgínio Marques Carneiro Leão - Diretor

Cristina Reina Montenegro de Albuquerque - Diretor-AdjuntoDiretoria de Esportes

Cícero Bittencourt de Magalhães – DiretorMarcone José Fraga do Nascimento – Diretor-Adjunto

Diretoria JurídicaEdvaldo José Palmeira – Diretor

José Romero Maciel Aquino – Diretor-AdjuntoPierre Souto Maior Coutinho de Amorim – Diretor-Adjunto

Diretoria de InformáticaRafael José de Menezes - Diretor

João Alberto Magalhães de Siqueira – Diretor-AdjuntoDiretoria Social

Andréa Epaminondas Tenório de Brito – DiretoraEvanildo Coelho de Araújo Filho – Diretor-AdjuntoDiretoria de Aposentados e PensionistasFrederico Guilherme Rodrigues de Lima - Diretor Antônio Medeiros de Souza – Diretor-AdjuntoMaria Aparecida Dias Costa – Diretora-Adjunta

Coordenação das Sedes de LazerSérgio Azevedo de Oliveira

Diretoria CAMPELuiz Gustavo Mendonça Araújo - Diretor AdministrativoGildenor Eudócio Araújo Pires Júnior – Diretor-Adjunto

Arnóbio Amorim Araújo Júnior – Diretor-Adjunto

Judicatura é uma publicação da Associação dos Magistrados de Pernambuco - AMEPE

Rua do Imperador D. Pedro II, 207 - Santo AntônioE-mail: [email protected] - Fone: (81) 3224-3251

Produção: G&M ComunicaçãoJornalistas Responsáveis: Giovana Mesquita DRT/PE – 2138 / Guida Vanderlei DRT/PE – 2914 / Mariana Dantas DRT/PE - 3614

Projeto Gráfico e Diagramação: Sebastião CorrêaImpressão: CCS Gráfica - Tiragem: 800 exemplares

Os artigos assinados refletem, exclusivamente, a opinião dos seus autores.

A Diretoria da Associação dos Ma-gistrados do Estado de Pernambuco chega ao fim do primeiro ano da gestão, podendo celebrar avanços conquistados pela magistratura pernambucana, ciente de que muito há de ser feito nos meses vindouros, especialmente no plano insti-tucional.

De fato, lutamos e tivemos êxito ao provocar o Conselho Nacional de Justi-ça sobre a interpretação do Texto Cons-titucional acerca das regras de remoção e promoção, restando estatuída a neces-sidade de respeito às sucessivas quintas partes da lista de antiguidade, sendo, em verdade, bem vinda baliza para a movi-mentação da magistratura, que prestigia-rá a antiguidade e impedirá, de agora por diante, promoções meteóricas.

Provocamos o Tribunal de Justiça e alcançamos sucesso que se concretizou no pagamento dos adicionais por tempo de serviço, devidos, segundo reconheci-do pelo próprio CNJ, até maio do ano de 2006, o que mitigou os efeitos da falta da aprovação da revisão dos subsídios pelo Congresso Nacional, matéria que, esperamos, seja resolvida em curto es-paço de tempo, diante do empenho dos representantes das Associações de caráter Nacional e do próprio Supremo Tribunal Federal.

Os associados têm sido prestigiados pelo programa de incentivo ao aperfei-çoamento de magistrados, além da assis-tência jurídica, diante de um sem-número de processos e sindicâncias instaurados pelos Órgãos disciplinares do TJPE.

A AMEPE tem interagido com os as-sociados, através da lista de discussão e de reuniões no Interior, pois o aprimora-mento da política associativa decorre do processamento de crítica e sugestões.

Preocupam-nos, de há algum tempo, as decisões do Conselho da Magistratura sobre pedidos de autorização para ausên-cia da Comarca, que têm se consubstan-ciado em exposições absolutamente des-necessárias dos juízes de primeiro grau (e somente estes), além de dispensa de tratamento incompatível com a respon-sabilidade de que a grande maioria dos magistrados é cônscia.

É oportuno enfatizar, como fizemos através do ofício nº. 108/2008, endereça-do aquele Colegiado, de que temos plena consciência do compromisso da imensa

maioria da magistratura pernambucana com a dignidade da Justiça, a presteza e celeridade da prestação jurisdiconal.

Se, de forma excepcional, há quem não observe os deveres estatuídos pela LOMAN, que a falta seja apurada e, ob-servado devido processo legal, aplique-se a sanção cabível.

É inegável, todavia, que a repetição sistemática de citados indeferimentos revela-se preocupante por ter o condão de levar o leitor desavisado à conclusão de que se está diante de uma magistratura que tem por costume negar-se a compa-recer ao expediente, muito distante da realidade, estimulando o denuncismo infundado dos que vêem seus interesses contrariados na Comarca.

O Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional de Justiça têm reite-radamente decidido que afronta o Texto Constitucional a exigência de prévio re-querimento de autorização para ausên-cias.

Resta à Entidade de Classe, depois de tentar sensibilizar os Órgãos responsáveis pelos equívocos cometidos, buscar tutela junto ao Conselho Nacional de Justiça, a exemplo de como agiu em relação ao processamento de denúncias anônimas/apócrifas, combatendo a limitação ao deslocamento físico dos magistrados e a descabida exposição de situações pesso-ais, que deviam estar protegidas por reco-mendável discrição.

Discrição e moderação, aliás, devem nortear não só a atividade judicante (arti-go 41 da LOMAN), mas as manifestações de todo e qualquer Órgão Administrativo/Disciplinar do Poder Judiciário.

Temos por desiderato o cumprimento da Carta da República.

O respeito ao contraditório. À liber-dade da petição, manifestação e crítica. Sejam elas, pois, a nossa tramontana para a real concretização de um Estado Demo-crático de Direito.

Tenham, magistrados pernambuca-nos, um 2009 de paz, realizações, pros-peridade e que a saúde os acompanhe no ano que se inicia.

Laiete Jatobá NetoPresidente da AMEPE

2 - Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XIX - Outubro / Novembro / Dezembro - 2008

Editorial

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O presidente da AMEPE, juiz Laiete Jatobá, o vice-presidente Emanuel Bon-fim e o diretor de Patrimônio e Finanças, Danilo Martiniano, reuniram-se com o assessor da presidência do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Jorge Américo, no último dia 27 de novembro. A audiência foi solicitada pela AMEPE, que tinha algumas reivindicações para serem levadas ao Tribunal.

Uma delas é a aquisição de laptops para todos os magistrados da

TJPE atende várias reivindicaçõesda AMEPE

ativa no Estado. Uma reivindicação anti-ga da AMEPE, que foi atendida durante a audiência. A partir de janeiro, os juízes estaduais serão procurados pela Diretoria de Informática do TJPE e receberão seus computadores portáteis. O vice-presiden-te da AMEPE, juiz Emanuel Bonfim, pa-rabenizou a presidência do TJPE pela me-dida e afirmou que a decisão do Tribunal demonstra o uso adequado dos recursos públicos, uma vez que grande parcela dos magistrados pernambucanos não dispõe

dessa ferramenta importante de trabalho.

Adicional por tempo de serviço - Por solicitação da AMEPE, o TJPE editou instrução de serviço de número 10/2008, publicada no Diário Oficial de 11 de novembro. No documento estão detalhadas, passo a passo, as medidas necessárias para os magistrados que in-gressaram nos anos de 1998 e 2002 re-quererem, junto a Secretaria Judiciária, averbação de tempo de serviço público para pagamento de Adicional de Tempo de Serviço (ATS).

O vice-presidente da AMEPE, Ema-nuel Bonfim, informou que existe dis-ponibilidade financeira e orçamentária para a quitação da ATS. “O TJPE, acer-tadamente, provisionou o recurso neces-sário para cobrir essa rubrica, portanto, em que pese o pequeno atraso, os magis-trados que se encontram nessa situação devem apresentar requerimento junto a Secretaria Judiciária para averbação de tempo de serviço para efeito de pa-gamento do ATS”, destacou Bonfim. O vice-presidente ainda enfatizou que ape-nas o tempo de serviço público é compu-tado para o ATS.

Auxílio-moradia - A emenda 1/2008 ao projeto de lei comple-mentar 820/2008, que altera a lei

complementar 100/2007 visando regulamentar para a magistratura pernambucana o pagamento de

auxílio-moradia, também es-teve em pauta na audiência da AMEPE com a assesso-ria especial da presidência do TJPE. A emenda teve parecer contrário na Co-missão de Constituição

e Justiça da Assembléia, mas a AMEPE asse-gurou que vai acom-panhar a apreciação em plenário.

Na audiência, a AMEPE também buscou informações sobre a estabilidade financeira dos ser-vidores e foi escla-recida sobre a atual conjuntura.

Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XIX - Outubro / Novembro / Dezembro - 2008 - 3

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CNJ concede liminar a vice-presidente da AMEPE para livre exercício da

atividade associativa

O vice-presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Pernambuco (AMEPE), e diretor-tesoureiro da As-sociação dos Magistrados Brasileiros (AMB), juiz Emanuel Bonfim, conse-guiu uma liminar, junto ao Conselho Na-cional de Justiça(CNJ), para suspender os efeitos de uma decisão do Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJPE),que indeferiu seu pedido para se ausentar da comarca em que atua, nos dias 4 e 5 de novembro. A viagem do magistrado foi para representar a AMEPE em Brasília (DF), em uma audiência com o Presiden-te do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que teve como pauta a revisão constitucional dos subsídios da magis-tratura.

“A violação ao direito de liberdade de associação resta claramente configu-rada, ameaçando a representação da as-sociação em evento de importância con-siderável, sem justificativas plausíveis”, destacou a liminar concedida pelo CNJ, que notificou o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco para que, em quinze dias, preste as informações cabí-veis.

Na liminar, o CNJ ainda ressalta que “o cargo de vice-presidente em qualquer entidade visa, justamente, suprir a repre-sentação quando o principal dirigente, por qualquer razão, não possa agir. A questão das razões de não compareci-mento é interna corporis, não cabendo ao Tribunal interferir, salvo se motivo de interesse do serviço justificasse, o que, segundo se depreende. Ademais, o Esta-tuto da AMEPE indica competir ao vice “substituir, pela ordem, o Presidente nas suas faltas e impedimentos” e “executar as delegações recebidas do Presidente”. Assim, estatutariamente o vice-presiden-te pode desempenhar quaisquer atribui-ções próprias do Presidente”, considerou a liminar. O CNJ ainda destacou que a

jurisprudência do Supremo Tribunal Fe-deral afasta tamanho poder de interferên-cia na liberdade dos magistrados.

Quando pediu autorização para se ausentar, o juiz Emanuel Bonfim infor-mou ao Conselho da Magistratura do TJPE que não havia audiências designa-das para os dias em que estaria ausente e que, pelos seus índices de produtividade, não haveria qualquer prejuízo para o an-damento dos processos que tem sob seus cuidados.

Entretanto, o Conselho da Magistra-tura indeferiu por unanimidade seu pedi-do, sob a alegação de “não haver prova de que de que o vice-presidente assumiu a presidência da associação; não ter sido apresentada a razão do impedimento do presidente titular da associação”.

Para Emanuel Bonfim, o ato do Con-selho da Magistratura “é ilegal, imotiva-do, ofende aos princípios constitucionais da liberdade associativa (artigos 5º, XVII e 8º), da razoabilidade, da isonomia, da proporcionalidade e da independência do magistrado”.

Ele sustenta também que a Cons-tituição e a LOMAN trazem a regra de que o juiz deve residir na comarca onde atue (CF art. 93, VII e LOMAN art. 35, V), não havendo qualquer disposição que condicione a locomoção do magis-trado. O magistrado fez referência, ain-da, a decisões do STF que declararam a inconstitucionalidade de normas locais

que imponham restrição à liberdade de locomoção dos magistrados (ADIs 2753, 2880, 3053 e 3224).

Sobre a violação ao princípio da iso-nomia, ressalta que o Tribunal exige que juízes de primeiro grau peçam autoriza-ção aos tribunais para participarem de “associações e de eventos a ela relacio-nados”, enquanto que sobre os desem-bargadores não recai tal exigência. “Está se dando aos juízes um tratamento dis-criminatório, não previsto em lei”, con-clui Bonfim.

O juiz ainda relembrou a liminar re-querida pelo Presidente da Associação dos Juizes Federais (AJUFE) para par-ticipar de evento associativo em Bra-sília, em hipótese muito semelhante à esta. “Na ocasião, o relator, conselheiro Joaquim Falcão, reconheceu a violação dos princípios constitucionais, dando especial ênfase à violação ao direito de liberdade de associação de um juiz que participa de órgãos diretivos da associa-ção”, destacou Emanuel Bonfim.

A liminar do CNJ permitiu que o juiz Emanuel Bonfim participasse, em Brasília, de audiência com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que teve

como pauta a revisão constitucional dos subsídios da magistratura.

O juiz informou ao Conselho da Magistratura do TJPE

que não havia audiências designadas para os dias em

que estaria ausente

4 - Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XIX - Outubro / Novembro / Dezembro - 2008

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A Associação dos Magistrados de Pernambuco comemorou, no último dia 03 de novembro, a resolução do TJPE reconhecendo como devido o pagamen-to dos Adicionais por Tempo de Serviço (ATS) aos magistrados, conforme de-terminação do Conselho Nacional de Justiça proferida no dia 12 de agosto, em decorrência do Pedido de Provi-dência nº 1069. Com base no PP e após analisar a política salarial da magistra-tura pernambucana, constatando que os juízes do Estado também tinham direito aos ATSs referentes ao período de ja-neiro de 2005 a maio de 2006, a AME-PE enviou requerimento ao Tribunal solicitando que a decisão do CNJ fosse

Após solicitação da AMEPE, Tribunal aprova adicionais para magistrados

Com base na determinação do CNJ e após analisar a política salarial da magistratura pernambucana, constatando que os juízes do Estado tinham direito aos ATSs referentes ao período de janeiro de 2005 a maio de 2006, a AMEPE enviou requerimento ao TJPE

solicitando que a decisão do CNJ fosse cumprida

cumprida. O TJPE reconheceu o direito dos magistrados aos ATS durante sessão do Tribunal do Pleno.

De acordo com a decisão da CNJ, o valor mensal devido a titulo de ATS deve ser calculado segundo o percentu-al adquirido pelo magistrado no regime de vencimentos, no período de janeiro de 2005 a maio de 2006 com repercus-são nas férias e na gratificação natalina. O valor da ATS ainda será limitado ao teto do referido período, aplicando-se a correção monetária pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e tam-bém juros moratórios de meio por cento ao mês.

O pagamento da ATS aos magis-trados pernambucanos ficará condicio-nado à disponibilidade financeira do Judiciário. “O pagamento do adicional ocorrerá se e quando houver disponi-bilidade financeira no Tribunal”, expli-cou o assessor especial da Presidência, juiz Jorge Américo. O magistrado ain-da informou que a Secretaria de Gestão de Pessoas do TJPE está estudando o impacto financeiro do pagamento da ATS no orçamento e esse valor será divulgado assim que a análise for con-cluída.

Com informações da Assessoria de Comunicação do TJPE

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Associação dos Magistrados do Estado de Pernambuco (AMEPE) deram entrada, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no último dia 18 de dezembro, em um pedido de pro-vidências com pedido de liminar para suspender o provimento nº 04/2008, editado pelo Tribunal de Justiça do Es-tado de Pernambuco (TJPE). Segundo a norma, aprovada pelo Conselho da Magistratura da Corte, o juiz de 1º grau só pode ausentar-se do expediente caso seja feito pedido com pelo menos 15 dias de antecedência, desconsideran-do a produtividade do magistrado e a inexistência de atos judiciais pendentes para o dia da ausência, (audiências e decisões urgentes).

O ato não tem amparo na Lei Or-

AMB e AMEPE questionam norma que restringe direito de juiz à livre associação

gânica da Magistratura Nacional (Lo-man) e, por esta razão, as associações decidiram questionar a norma no CNJ. Ao afirmarem não serem contrária ao monitoramento das ausências, as duas entidades questionam, no entanto, a exigência prévia de autorização. Por terem em seus quadros magistrados do TJPE, as duas associações consideram estar sendo prejudicadas diretamente pela medida, uma vez que a mesma limita o direito à locomoção, livre as-sociação e autonomia de diretores das entidades.

Segundo o documento protocola-do no Conselho, o exercício de cargo na diretoria das associações demanda a ausência ao expediente forense em alguns casos; competindo ao tribunal monitorar essas ausências para o fim

específico de verificar se o serviço jurisdicional está sendo prejudicado, tendo sempre como parâmetro a mé-dia do desempenho dos demais juízes da comarca ou das varas assemelhadas às do diretor. Diretores da AMB e da AMEPE vêm tendo seus pedidos de afastamento sistematicamente vetados, até mesmo quando a solicitação se dá para que possam participar de reuniões das próprias entidades.

A petição destaca ainda o fato de as normas aprovadas pelo TJ-PE não es-tarem sendo aplicadas aos desembarga-dores, mas apenas aos magistrados de 1º grau. Segundo o documento, “juízes e desembargadores são agentes políti-cos e estão sujeitos à mesma Loman”.

Fonte: AMB

Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XIX - Outubro / Novembro / Dezembro - 2008 - 5

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Por entender que a abertura de pro-cessos administrativos motivados por denúncias anônimas afronta os princí-pios da legalidade e da segurança ju-rídica, a Associação dos Magistrados de Pernambuco (AMEPE) solicitou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a suspensão provisória, por meio de li-minar, dos processos administrativos instaurados pelo TJPE decorrentes de denúncias anônimas. No pedido, a enti-dade de classe pernambucana requereu ainda que o Conselho determinasse ao TJPE o estabelecimento de regras para a abertura de processos contra magis-trados.

AMEPE luta contra procedimentos de denúncias anônimas no CNJ

A associação solicitou ao CNJ providências contra os processos administrativos instaurados pelo TJPE decorrentes de denúncias anônimas

Na reunião, o presidente da AMEPE externou a preocupação da magistratura pernambucana em relação aos fatos ocorridos em algumas comarcas do Estado

A solicitação enviada pela AMEPE foi analisada pelo CNJ no último dia 16

de setembro e teve como relator o con-selheiro Altino Pedrozo dos Santos. Em

sua decisão, o conselheiro indeferiu o pedido de liminar, argumentando que a concessão da mesma “ainda que consi-dere grave a alegação de que se esteja a instaurar procedimento disciplinar com base em denúncia anônima, tal alega-ção não me parece suficiente, pelo me-nos neste momento, para embasar o de-ferimento da medida de urgência sem a oitiva do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco”. Entretanto, o relator determinou a abertura de Procedimento de Controle Administrativo (PCA) para que o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Jones Figueirêdo, preste esclarecimentos sobre os fatos alegados.

O presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Pernambuco (AMEPE), juiz Laiete Jatobá, visitou, no último dia 23 de outubro, o presiden-te do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Jovaldo Nunes Gomes, para parabenizá-lo pela condução do processo eleitoral em Pernambuco e externar a preocupação da magistratu-ra pernambucana em relação aos fatos ocorridos nas Comarcas de Vitória de Santo Antão, Angelim e Cabrobó, ratifi-cando o pedido de providências no sen-tido de garantia dos associados.

Nas três comarcas ocorreram cenas de violência física, ameaça, admoesta-ção por via radiofônica, difusão de notí-cias inverídicas (boatos), sempre impu-tando a responsabilidade pelo resultado negativo de alguns candidatos à admi-nistração da Justiça eleitoral. O desem-bargador Jovaldo Nunes afirmou que a Assessoria Policial daquele Tribunal es-tava tomando as providências cabíveis para assegurar a segurança e a indepen-dência funcional dos magistrados.

Laiete Jatobá visita presidente do TRE

O presidente da AMEPE fez ques-tão de externar a confiança da Associa-ção no trabalho realizado pelos magis-trados Alexandre Pinto de Albuquer-que (Passira), Ailton Soares Pereira Lima (Catende), Edmilson Cruz Júnior (Afrânio), Zélia Maria Pereira de Melo

(Angelim), Uraquitan José dos Santos e Breno Duarte Ribeiro de Oliveira (Vitória de Santo Antão) e Marcus Cé-sar Sarmento Gadelha (Cabrobó), afir-mando que os associados têm o integral apoio da Associação para adoção das medidas que entenderam cabíveis.

Laiete Jatobá solicitou providências para garantir a integridade dos juízes

A Associação requereu ainda que o Conselho

determinasse ao TJPE o estabelecimento de regras

para a abertura de processos contra magistrados

6 - Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XIX - Outubro / Novembro / Dezembro - 2008

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Música, homenagens e muita animação marcaram a festa de fim de ano dos juízes pernambucanos, realizada no último dia 20 de dezembro, no Clube dos Magistrados de Candeias, em Joboatão dos Guararapes. O show dos Garçons Cantores foi a primeira atração da noite. O grupo interpretou gran-des clássicos da música americana, encantado a todos com a perfeita afinação dos vocalistas. Logo após a apresentação, o presidente da AMEPE, Laiete Jatobá, acompanhado pelos membros da Diretoria da entidade de classe, homenageou, com a medalha Paula Batista, os juízes Andreya Christhiany e Aluiz Tenório de Brito pelos serviços prestados ao Judici-ário do Estado.

“Estou muito feliz em entregar a maior honraria da As-sociação para duas pessoas que deixaram uma marca impor-tante no Judiciário”, afirmou Laiete Jatobá. Para falar um pouco sobre a trajetória da magistrada Andreya Christhiany, o presidente da AMEPE convidou a sua amiga e também juíza, Paula Texeira do Rego. “Falar de Andreya é muito fá-cil, pois a nossa amizade surgiu há muitos anos. Quando passei no concurso para juíza, ela foi uma das pessoas que mais me incentivou. Ela sempre exerceu a sua função com ética e independência. Acho que a Associação não poderia ter escolhido uma pessoa melhor para representar a presença feminina na magistratura de Pernambuco”, afirmou. A ma-gistrada Andreya Christhiany, que é titular da 8ª Vara Crimi-nal da Capital, agradeceu a homenagem e o reconhecimento pelo seu trabalho, afirmando que “não esperava, pois o que faço é minha obrigação e também a de qualquer outro ma-gistrado”, disse.

A filha do magistrado Aluiz Tenório de Brito e também diretora Social da AMEPE, Andréia Epaminondas, falou um pouco sobre a trajetória do seu pai. “Ele é um pai disponível, além de ter orgulho dos seus filhos. Como professor, sem-pre trabalhou com entusiasmo e esteve próximo dos alunos. Como juiz, sua toga foi tecida pela ética, justiça e lealdade. É um homem de gestos largos e de coração nobre”, afirmou. O presidente Laiete Jatobá também destacou as virtudes do homenageado. “Ele edificou o nome da magistratura, do as-sociativismo e do ensino do Direito. Por coincidência, hoje (20 de dezembro), comemoramos 21 anos da inauguração desta sede, obra do magistrado Aluiz Tenório. Ele também teve um papel decisivo na fundação da Escola da Magistra-tura de Pernambuco (Esmape)”.

O juiz Aluiz Tenório fez questão de agradecer a home-nagem. “É com imensa alegria que recebo esta homenagem. Hoje moro no distrito de Mimoso (município de Pesqueira), onde nasci. E fico muito feliz em voltar a esta casa para rece-ber das mãos da minha filha e de Laiete, que também foram meus alunos na Faculdade de Direito, esta medalha”.

Após as homenagens, foi a vez da Orquestra Veneza animar a festa, deixando o salão de dança completamente lotado.

Homenagens e muita música marcam a festa de fim de ano da AMEPE

A confraternização ocorreu no Clube dos Magistrados de Candeias

O magistrado Aluiz Tenório agradeceu a homenagem da Associação

A juíza Andreya Christhiany recebeu a medalha da Diretoria

O show dos Garçons Cantores abriu a noite

A Orquestra Veneza animou a festa até a madrugada

Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XIX - Outubro / Novembro / Dezembro - 2008 - 7

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Pesqueira recebe Encontro Regional de Magistrados

Diretoria da AMEPE leva ao Agreste do Estado debate de assuntos de interesse do Judiciário nacional

Os juízes pernambucanos que atuam no município de Pes-queira, no Agreste Central do estado, e em comarcas vizinhas,

participaram, nos últimos dias 24 e 25 de outubro, do Encontro Regional de Magistrados promovido pela AMEPE. O evento, realizado com o apoio da Campe, Caixa Econômica Federal e Juriscoope, ocorreu no Hotel Estação Cruzeiro e teve como objetivo motivar a integração entre os juízes do interior e pro-mover a discussão de assuntos de interesse da magistratura.

Para o presidente da AMEPE, juiz Laiete Jatobá Neto, o encontro também é importante para que a Diretoria preste con-tas da sua atuação e debata com os magistrados do interior os novos rumos dados à Associação. “Estamos atuando na defesa dos magistrados e para que tenhamos mais conquistas na car-reira”, enfatizou.

Durante os dois dias, foram debatidos temas como “A Constituição Federal de 1988”, “A Guarda Compartilha-da”, “Inovações Processuais Civis” e “O Novo Procedi-mento do Júri”. Nesta edição, o JUDICATURA traz toda a cobertura do encontro. Confira!

Conselheiro do CNJ fala sobre Constituição de 1988

Felipe Locke, do Conselho Nacional de Justiça, abriu as palestras do Encontro Regional dos Magistrados em Pesquei-ra. Locke integra o Ministério Público de São Paulo, atua na Promotoria de Fa-lência da Capital Paulista e conquistou o Prêmio Nacional de Direitos Humanos em 2001. Com o tema “A Constituição Federal de 1988”, o conselheiro falou sobre os avanços alcançados pela Cons-tituição, mas que ainda são insuficientes para modernizar o Judiciário.

O palestrante lembrou que a Lo-man, de 1978, também é um atraso para o Judiciário. “A nossa Loman é fruto de um regime autoritário que vigorava no Brasil. Mas muitas vezes ela é presti-giada pelos nossos tribunais, apesar de ser atrasada”. Segundo Felipe Locke, o CNJ tem feito esforços para que essa lei passe por mudanças o mais breve possível.

O conselheiro aproveitou a palestra para falar sobre as contribuições que o

CNJ tem dado ao Judiciário. “O Con-selho está enfrentando uma série de problemas que precisavam ser tocados. É um choque que vem com quase 20 anos de atrasado, que deveria ter sido abordado junto com a Constituição de 1988”.

Locke fez uma pequena prestação de contas das últimas ações do CNJ, como a criação do Cadastro Nacional de Adoção e do cadastro nacional que mostra os pu-nidos por improbidade administrativa. E reforçou a importância do órgão para o Judiciário. “O CNJ quer estar ao lado do juiz, de uma magistratura moderna, quer convencer os tribunais que é necessário mudar, modernizar, ter um Judiciário in-dependente e autônomo”.

Ao final da palestra, o conselheiro colocou o CNJ à disposição da magistra-tura. “Ou o Judiciário muda, ou mudam o Judiciário. Contem com o CNJ para operar as mudanças que o Judiciário precisa”, concluiu.

Elogios – Antes de iniciar a pales-tra, Felipe Locke elogiou a atuação de vanguarda que o presidente da AMEPE, Laiete Jatobá, tem tido à frente da ins-tituição; a atuação combativa do vice-presidente da Associação, juiz Emanuel Bonfim; e a importância da participação do desembargador Antenor Cardoso na Diretoria da AMEPE, mostrando que a magistratura é uma só.

O presidente da Associação, Laiete Jatobá, abriu o evento

Para Locke, as mudanças na Constituição foram insuficientes para modernizar o Judiciário

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Guarda Compartilhada em debateA professora Maria Rita Holanda foi

convidada pela AMEPE para falar sobre a nova lei e a aplicabilidade da Guarda Compartilhada. A palestrante é mestre em Direito Civil pela PUC-SP, professo-ra da Universidade Católica de Pernam-buco e professora convidada do curso de pós-graduação da Esmape.

Durante a palestra, a professora falou sobre as classificações da guarda (exclu-siva, alternada e compartilhada), sobre o artigo 227 da Constituição, que fala da convivência familiar (que o Estado quer garantir com a Guarda Compartilhada), e detalhou a Lei 11.698/2008, que insti-tui e disciplina a guarda compartilhada.

De acordo com a nova legislação, o juiz tem que procurar promover a guar-da compartilhada, informar o significa-do, tentar convencer o casal a atender ao Estado. O juiz terá que aplicar a lei sempre que possível e uma equipe inter-disciplinar poderá ajudá-lo no processo. Para a palestrante, o ideal é que a equipe esteja sempre presente.

Rita Holanda acredita que o modelo de guarda compartilhada deve se adequar a casuística do Direito de Família. “O juiz terá que promover às partes o enten-dimento à guarda compartilhada, além de ter uma percepção da forma como a guar-da será aplicada para cada caso”.

Para a professora, não existe uma re-gra, um modelo a ser seguido. Cada caso terá que ser avaliado pelo juiz individu-almente.

Palestra espetáculo debate Reforma PenalUma verdadeira palestra espetáculo

pôde ser conferida no Encontro Regional de Magistrados. E o juiz Flávio Fontes foi o responsável por esse debate enriquecedor

sobre a Reforma do Código do Processo Penal. Titular da Vara de Execução de Pe-nas Alternativas do Recife, Flávio é mestre em Direito Público pela UFPE, doutorando em Direito Penal, Medicina Legal e Meto-dologia pela USP e professor das faculda-des Damas e Facipe e da Esmape.

Durante a palestra, o magistrado deta-lhou os artigos da nova lei (11.719/2008), as diferenças em relação à legislação an-terior, os avanços e contra-sensos. Para Flávio, a lei parece disposta a ditar um rito mais célere. “Mas, conhecendo a re-alidade da justiça brasileira, temos receio do não atendimento ou da paralisação das pautas judiciais”, afirma.

Juiz debate Inovações Processuais CivisProfessor do mestrado em Direito da

Universidade Católica de Pernambuco, mestre em Direito pela UFPE e Doutor em Direito pela Universidade de Lisboa. O dono desse currículo, o juiz Lúcio Grassi de Gouveia foi o convidado pela Diretoria da AMEPE para falar sobre as Inovações Processuais Civis.

Segundo o palestrante, as reformas do processo civil de 2005/2006 gera-ram muitas dúvidas e transformaram o processo civil em tema de conversas de bar. “Esse é um ramo do direito extre-mamente difícil de estudar. A gente tenta entender aos poucos, mas há a necessi-dade de ler a doutrina”, afirma.

Para Lúcio Grassi, a magistratura está cada vez mais vinculada às deci-sões dos tribunais superiores. “Diaria-mente, os conceitos são modificados e estamos com um emaranhado de regras jurídicas para que nós julgadores deci-damos”. Segundo Grassi, o juiz pratica mil atos, de todo tipo de natureza, e o Código do Processo Civil não especifica todos eles.

Grassi acredita que não dá para apli-car o Código à risca, de forma cega. Muitas vezes isso causa injustiças tre-mendas. Durante a palestra, ele também afirmou que a preocupação não deve ser em zerar os processos, deve ser com o

bem da vida. “Uma tabela de produti-vidade não pode ser o fim da atividade jurisdicional”, concluiu.

Flávio acredita que a nova legisla-ção ainda não teve os efeitos desejados. “Está esbarrando na falta de estrutura do Judiciário”. Para o palestrante, as leis não alteram a realidade social. “Se não for atacada a essência do problema, a lei não vai resolver”. Segundo Flávio, a reforma foi feita para dar uma celeridade nunca antes vista no processo penal, mas isso não aconteceu.

Avaliação – O palestrante acredita que a nova lei é pior do que o código anterior, que a lei parou, engessou, piorou. “Se qui-sessem mesmo mudar, aumentariam as me-didas despenalizadoras e dariam estrutura para o Judiciário fiscalizar”, concluiu.

Maria Rita Holanda detalhou a lei que disciplina a guarda compartilhada

Na opinião de Grassi, a magistratura está cada vez mais vinculada às decisões dos tribunais superiores

Flávio Fontes afirmou que a reforma penal não é satisfatória

Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XIX - Outubro / Novembro / Dezembro - 2008 - 9

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Palestra sobre procedimento do Júri encerra Encontro de Magistrados

Juiz de Direito da Capital, titular da 3ª Vara do Tribunal do Júri, Pedro Odi-lon de Alencar foi o último palestrante do Encontro Regional de Magistrados promovido pela AMEPE. Durante a pa-lestra, o magistrado falou sobre O Novo Procedimento do Júri da Capital, fazen-do um apanhado do novo roteiro do Tri-bunal do Júri, desde o recebimento da denúncia.

Pedro Odilon detalhou a Lei

11.689/2008 que alterou todo o procedi-mento do Tribunal do Júri, que pretendia dar celeridade e efetividade ao processo, e acabou engessando os magistrados.

Ao final da palestra, o presidente da AMEPE, juiz Laiete Jatobá Neto, agra-deceu a acolhida da comunidade de Pes-queira, aos estudantes que prestigiaram o encontro e aos magistrados. “Quere-mos tornar a magistratura mais próxima da sociedade”, concluiu.

AMEPE, CAMPE e Juriscoope realizam reunião com magistrados

Ao final das palestras, integrantes das diretorias da AMEPE, CAMPE e Juriscoope reuniram-se com os magistrados que prestigiaram o encontro para prestar contas das ações de suas administrações. O presidente da AMEPE, Laiete Jatobá Neto, falou sobre as últimas ações promovidas pela associação, como a aprovação pelo TJPE do pagamento dos Adicionais por Tempo de Serviço, a realização dos encontros regionais e a construção da nova sede da AMEPE.

Gildenor Eudócio, diretor da CAMPE, tirou as dúvidas dos associados sobre a rede conveniada e os procedimentos do plano. O presidente da Juriscoope, Gabriel Cavalcanti, aproveitou a oportunidade para falar sobre a saúde financeira da cooperativa e anun-ciou a instalação de unidades da Juriscoope em muni-cípios do interior.

AMEPE firma convênios com Recife Blindados e Editora Plenum

A diretoria da Associação dos Ma-gistrados do Estado de Pernambuco (AMEPE) firmou mais um convênio em benefício dos seus associados. A partir de agora, os magistrados terão acesso a descontos na Target Blindados Ltda. A empresa está oferecendo 10% de des-conto no valor das blindagens nos veícu-los dos juízes associados à AMEPE, bem como de seus familiares e funcionários da Associação. A empresa também faci-

lita a forma de pagamento, dividindo o valor em até cinco vezes. A Target Blin-dagens Ltda funciona na Rua Francisco Silveira, 140, Afogados. O telefone da empresa é 3447-0142.

Plenum - Os juízes pernambucanos associados à AMEPE passaram a ter 15% de desconto na aquisição de assi-naturas dos produtos da Editora Plenum. Os descontos têm como base a tabela de

preços da empresa.

Fundada em 1994, com sede em Caxias do Sul/RS, a Editora PLENUM direcionou seus serviços à editoração de softwares jurídicos. Atualmente, a Plenum disponibiliza informações em diversos formatos: CD-ROM, formato virtual on-line e mídia impressa. Confira os produtos da empresa no site www.plenum.com.br

Pedro Odilon fez um apanhado do novo roteiro do Tribunal do Júri

Na reunião, o presidente Laiete Jatobá prestou contas das ações da entidade

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AMEPE conquista quinto lugar nos IV Jogos Nacionais da Magistratura

A Associação dos Magistrados do Estado de Pernambuco (AMEPE) con-quistou o quinto lugar geral nos IV Jo-gos Nacionais da Magistratura, reali-zados entre os últimos dias 19 e 22 de novembro, no Rio de Janeiro. Os juízes pernambucanos trouxeram para casa seis medalhas de ouro e dez medalhas de prata.

Na pontuação geral, a AMEPE tota-lizou 61 pontos. Atletismo foi a modali-dade com o maior número de pontos, 50, mas a Associação Pernambucana ainda pontuou no tênis masculino, futsal, sinu-ca e tiro.

No atletismo, o juiz Adria-no Mariano ganhou duas me-dalhas de ouro, chegando em primeiro lugar nos 800 e 1500 metros rasos masculino sênior, e uma de prata nos 400 metros rasos masculino sênior. A juíza pernambucana Patrícia Galvão conquistou duas medalhas de ouro e três de prata nas moda-lidades 100, 200, 400, 800 me-tros rasos feminino máster e no revezamento. Já a juíza Luciana

Araújo trouxe duas medalhas de ouro e três de prata, nas modalidades 400, 800, 100, 1500 metros rasos feminino máster e revezamento.

Ainda no atletismo, a AMEPE ficou em segundo lugar nos 800 e 1500 me-tros rasos masculino máster, com duas medalhas de pra-ta para o juiz Sebastião Si-queira. A Associação ainda foi classificada para a final nos 200 metros rasos mas-culino sênior, com a chega-da em quinto lugar do juiz Adriano Mariano, e nos 400

CNJ decide arquivar PAD contra presidente da AMBOs membros do Conselho consideraram que a decisão do TJPE feria o direito de livre

manifestação garantido a todos os cidadãos brasileiros

Em sessão realizada no último dia 18 de novembro, o Ple-no do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) julgou procedente o Pedido de Controle Administrativo nº 2008.10.00.001327-3, instaurado para suspender os efeitos da Portaria nº 23/08, da Corregedoria Geral de Justiça do Estado de Pernambuco, que abriu sindicância contra o presidente da AMB, Mozart Vala-dares Pires, em virtude de declarações dadas em entrevista à imprensa.

No dia 23 de setembro, a conselheira Andrea Pachá levou o assunto ao conhecimento dos demais membros do Conselho que, na oportunidade, consideraram que a decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) feria o direito de livre mani-festação garantido a todos os cidadãos brasileiros. Na votação, o PCA foi julgado procedente por unanimidade, o que des-

constituiu os efeitos da portaria editada pela Corte pernambu-cana e o Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

Para o relator do caso, conselheiro Rui Stoco, “dar entre-vistas e emitir opiniões faz parte das atribuições do presidente de uma associação nacional”.

Liberdade de expressão – Em seu voto, Stoco defendeu a liberdade de expressão do magistrado e a liberdade de impren-sa. Posição compartilhada pelo plenário, e reforçada pela de-claração da conselheira Andréa Pachá: “Isso foi uma violência contra a liberdade de expressão”.

Fonte: Da AMB, com informações da Assessoria de Co-municação do CNJ

metros rasos masculino máster, com o quinto lugar conquistado pelo juiz Se-bastião Souza.

No tênis de mesa masculino, o juiz Luiz Arthur ficou com o quinto lugar. O juiz Virgínio Leão trouxe a medalha de prata no tiro esportivo e ainda ficou em quarto lugar na sinuca. O juiz Cícero Magalhães conquistou o quinto lugar na sinuca. A equipe da AMEPE também al-cançou o quinto lugar no Futsal e o juiz Arthur Marques, de Pernambuco, fez dupla com Márcio Maia, do Rio Grande do Norte, conquistando o quarto lugar no futvôlei.

Equipe pernambucana de sinuca

As juízas Patrícia (esq) e Luciana foram destaques no atletismo

Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XIX - Outubro / Novembro / Dezembro - 2008 - 11

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Social / Institucional

Reunião

O presidente da AMEPE, Laiete Jatobá Neto, acompanhado pelo diretor de Finanças da associação, Danilo Martiniano, reuniu-se, no último dia 16 de ourubro, com representan-tes do Banco do Brasil para conversar sobre futuras parcerias entre a entidade de classe e o banco. O encontro, realizado na superin-tendência do BB, no Bairro do Recife, contou com a presença do superintendente do ban-co, Eduardo Sant’anna e dos gerentes Ana Cristina, Geraldo Magela e Fábio Eduardo Sobral.

Constituição em debate

O presidente da AMEPE, Laiete Jatobá Neto, conduziu, no último dia 15 de outubro, o debate promovido pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), comemorativo aos 20 anos da Constituição Federal. Com o tema “A Constituição Cidadã e o Estado Transgres-sor”, as discussões também contaram com a participação do jornalista do blog PE Body Count, Eduardo Machado, e da pesquisadora Ronidalva Melo.

Posto da Juriscoope

A Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos membros e servidores do Poder Judiciário estadual, do Ministério Público, Procuradoria do Estado e Defensoria Pública – Juriscoope – inaugurou, no mês de outubro, seu posto de atendimento no Fórum Rodolfo Aureliano (FRA). Durante o evento, o presidente da Ju-riscoope, Gabriel Cavalcanti, anunciou que a nova sede da Juriscoope será localizada em terreno na Rua Montevidéu, no bairro da Boa Vista, e que devido a parceria com a Associa-ção dos Magistrados do Estado de Pernam-buco (AMEPE), tornará o projeto possível.

Quinquênio

A Associação dos Magistrados de Pernambu-co – AMEPE está disponibilizando aos seus associados, que irão receber o quinquênio, uma página de acesso aos seus valores. Para ter acesso a esta informação, cada magistra-do terá que acessar o link http://www.ame-pe.com.br/login_quinquenio.php e digitar o número de seu CPF (só números).

A última enquete publicada no site da AMEPE procurou saber se os juízes pernambucanos concordavam com a venda da sede náutica da Associação em Pontas de Pedra para a aquisição de um terreno na praia de Porto de Galinhas ou em Tamandaré. 77 % dos magistrados apóiam a venda da sede e 18% não con-cordam com a proposta. 4% dos associa-dos afirmaram não ter opinião formada

Maioria dos juízes concorda com venda de sede náutica para compra

de terreno em outra praia

A Diretoria da AMEPE pro-moveu, nos últimos dias 28 de novembro e 10 de dezembro, encontros com os juízes que atuam nos municípios de Pe-trolina e Caruaru e em regiões vizinhas, respectivamente. “Os dois encontros tiveram o obje-tivo de aproximar a Associação dos juízes, interagindo com eles nas suas regiões. “Tam-bém prestamos contas de todo o trabalho realizado pela nossa gestão em 2008, além de ouvir as reivindicações e sugestões dos juízes para próximo ano, que irão auxiliar no aperfeiçoamento do nosso trabalho”, explicou o presidente da entidade de classe, Laiete Jatobá. O encontro em

AMEPE realiza encontros com juízes do Interior

A festa de confraternização dos fun-cionários da AMEPE e seus familiares ocorreu no último dia 12 dezembro, e contou com música, entrega de kits, sor-teio de brindes, feijoada e muita anima-ção. O almoço ocorreu na Casa de Even-tos Cristal, em Aldeia, e também teve a presença do presidente da Associação, Laiete Jatobá, e dos diretores Danilo Martiniano e Frederico Guilherme. Du-rante a festa, os cerca de 35 funcionários da entidade ganharam kits da Perdigão, além de participarem de um sorteio de sete aparelhos de celular. Após o al-moço, foi a vez do DJ Sérgio Dourado

Funcionários da AMEPEcomemoram o Natal

sobre o assunto. No total, 98 juízes par-ticiparam da pesquisa.

Agora, a nova equente da Associa-ção quer saber a opinião dos juízes so-bre as atuais restrições do Conselho da Magistratura em relação aos pedidos de eventuais ausências de magistrados da Comarca. Acesse o site da AMEPE e participe!

Petrolina ocorreu no Fórum do municí-pio. Já os juízes de Caruaru e comarcas da região participaram de um jantar de confraternização em um restaurante da cidade.

animar o grupo, com clássicos da MPB, além de outros ritmos como axé, forró e pop rock.

Jantar de confraternização realizado em Caruaru

Os filhos dos funcionários também participaram da festa e caíram na piscina

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III Torneio de Tiro de Defesareúne juízes

O III Torneio AMEPE de Tiro de Defesa - Torneio Daniel Rocha reuniu diversos juízes adeptos ao esporte. “O nível da competição revelou-se altíssimo. Grande parte dos competido-res atingiu marcas superiores a 200 pontos, entre a pontuação máxima de 240”, afirmou o diretor de Esportes da Associação, Cícero Bittencourt. O evento, que ocorreu no último dia 1º de novembro, no Caxangá Golf & Country Club, foi dividido em duas categorias - Sênior/Damas – e contou com quatro provas. Cada competidor teve direito a 30 tiros.

O campeão da categoria .380 foi o juiz Leonardo Asfora, que também foi o que mais pontuou entre todas as categorias, atingindo a marca de 224 pontos. Já o vencedor da modalidade

.40 e vice-campeão na pontuação geral, com 223 pontos, foi o magistrado Sílvio Romero Beltrão. E o primeiro lugar na cate-goria 38 foi o juiz Roberto Costa Bivar, com 208 pontos.

A campeã entre as mulheres foi a magistrada Maria Cris-tina Souza Leão de Castro, na modalidade .380 – única cate-goria feminina da competição. A juíza atingiu a marca de 189 pontos, garantindo o troféu.

Ao final do torneio, a Associação dos Magistrados de Per-nambuco sorteou, entre os participantes, uma carabina de ar comprimido marca CBC, cal. 4,5 mm, modelo Montenegro (top de linha). O sorteado foi o juiz Sílvio Romero.

Categoria .380 - FEMININO1º lugar - Maria Cristina Souza Leão de Castro (189 pontos)2º lugar - Maria da Conceição Godoi (185 pontos)3º lugar - Patrícia Rodrigues Ramos Galvão (183 pontos)

Categoria .380 - MASCULINO1º lugar - Leonardo Romero Asfora (224 pontos)2º lugar - Sílvio Romero Beltrão (223 pontos)3º lugar - Vírginio Carneiro Leão (220 pontos)

Categoria .401º lugar - Silvio Romero Beltrão (223 pontos)2º lugar - José Raimundo dos Santos Costa (212 pontos)3º lugar - João Ismael de N. Filho (211 pontos)

Categoria 381º lugar - Roberto Costa Bivar (208 pontos)2º lugar - Cristiano Henrique de F. Araújo (191 pontos)3º lugar - Marcone José Fraga do Nascimento (152 pontos)

Campeão: Marco Aurélio (PE)Vice: Sergio Lucas (SE)

Categoria até 59 anos:Campeão: Paulo Sérgio (SP)Vice: Luiz Gustavo (PE)

Categoria 60 anos:Campeão: Cleônio (SP)Vice: Gerson (MT)

Duplas até 50 anos:Campeões: Alexandre Renner (RS) e Rogério Renner (RS)Vice: André Guimarães (PE) e Luiz Gustavo (PE)

Duplas acima de 50 anos:Campeões: Cleônio (SP) e Valdir (SP)Vice: Bob (RS) e Gerson (MT)

Confira os vencedores do Torneio de Tiro:

Recife recebe XIII Campeonato Nacional de Tênis dos Magistrados

Organizado pela AMEPE com o apoio da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o XIII Campeona-to Nacional de Tênis dos Magistrados ocorreu entre os últimos dias 3 e 7 de dezembro, no Squash Tennis Center, no bairro de Boa Viagem. No total, 45 magistrados de todo o Brasil partici-param do evento, divididos nas diver-sas categorias.

Os participantes também puderam desfrutar de uma intensa programação turística, com visitas aos lugares mais celebrados de Pernambuco, como a praia de Porto de Galinhas, Olinda, Centro Histórico do Recife, Casa da Cultura, Mercado São José e Instituto Ricardo Brennand. Segundo o diretor de Tênis da AMB, Arnóbio Araújo, apesar do número de atletas não ter

sido elevado, em razão dos diversos eventos esportivos realizados no fim do ano de 2008 (Jogos Nacionais da Ma-gistratura e Campeonatos de Futebol), o campeonato foi um sucesso total.

Conheça os campeões:

Categoria Feminina:Campeã: Maria Silvia (SP)Vice: Cláudia Helena (MG)

Categoria até 39 anos:Campeão: Alexandre Renner (RS)Vice: Leandro Bittencourt (SP)

Categoria A até 49 anos:Campeão: Venício (SP)Vice: André Guimarães (PE)

Categoria B até 49 anos:

Esportes

Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XIX - Outubro / Novembro / Dezembro - 2008 - 13

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A manhã do último dia 12 de outubro foi de muita diversão para os juízes per-nambucanos que participaram, junto com os seus familiares, da Corrida dos Magis-trados e da festa em comemoração ao Dia das Crianças. As atividades, promovidas pela AMEPE ocorreram no clube da As-sociação, localizado em Candeias, Jaboa-tão dos Guararapes.

Dividida nas categorias feminino, in-fantil (até 14 anos), masculino até 50 anos e masculino acima de 50 anos, além de convidado feminino e masculino, a 4ª edi-ção da corrida contou com cerca de 150 inscritos. O percurso, com ponto de parti-da e chegada no Clube dos Magistrados, teve 3,5 Km de extensão para as mulheres e crianças e 7 km para os homens. A lar-gada ocorreu às 8h30, em baterias dividas entre crianças e adultos. Todos seguiram pela rua Ozias Ribeiro em direção à ave-nida Presidente Castelo Branco, onde foram marcados os pontos de retorno de acordo com a extensão de cada percurso.

Corrida e Festa da Crianças divertem magistrados e seus familiares

A primeira ma-gistrada a cruzar a linha de chegada foi a juíza Luciana Fer-reira, com o tempo de 15 minutos e 40 segundos. “Come-cei a praticar o es-porte há seis meses, sempre três vezes por semana. Esta é a primeira vez que participo da corrida

da AMEPE e estou muito feliz com o re-sultado”, disse a magistrada da 2ª Vara da Família.

Já o campeão da categoria masculino até 50 anos foi o magistrado Sebastião Si-queira, com o tempo de 29 minutos e 20 segundos. O magistrado titular da Comar-ca de Bom Jardim foi vice-campeão da corrida no ano passado e desta vez levou o troféu para casa. “Pratico corrida há três anos e durante esse tempo pude perceber a melhora na minha qualidade de vida. Além de correr, também faço ciclismo. O esporte é muito importante para mim”, afirmou o magistrado.

Logo após o término da corrida, os vencedores subiram no pódio para rece-ber seus troféus das mãos do presidente da AMEPE, Laiete Jatobá Neto, do vice-presidente Emanuel Bonfim, do diretor de Esportes, Cícero Bittencourt, e do diretor de Finanças e Patrimônio, Danilo Mar-tiniano. “A nossa proposta foi reunir os

juízes e seus familiares em um domingo diferente, onde todos puderam praticar atividades esportivas e se divertir”, afir-mou o diretor de Esportes, Cícero Bitten-court.

Festa das Crianças – Além da piscina com tobogã do clube, uma cama elástica e uma piscina inflável com bolas foram montadas especialmente para a garotada. No salão principal, onde foram colocadas mesas repletas de doces e um carrinho de sorvete, as crianças participaram de brin-cadeiras, promovidas pelos recreadores contratados pela AMEPE; conferiram uma apresentação do teatro de fantoches; e ga-nharam vários brindes, como brinquedos, bombons e animais de bexiga inflável.

A equipe da academia Portal do Fit-ness, que possui convênio com a AMEPE e oferece descontos aos magistrados, pro-moveu uma aula demonstrativa de Jump (exercício em cama elástica) e de Mix Dance. A atividade contou com a partici-pação de crianças e adultos.

Infantil1º - Gabriel Marques – 13min59s 2º - Marcelo Amorim – 17min20sFeminino1ª – Lucina Ferreira – 15min40s 2ª – Valdereys Ferraz - 16min18sMasculino até 50 anos1º - Sebastião Siqueira – 29min20s 2º - Eugênio Cícero – 30min36s

Masculino acima de 50 anos1º - Adriano Mariano - 31min21s 2º - Odilon de Oliveira – 36min56sFeminino - convidado1ª – Ricarda Militão - 18min13s 2ª – Dijaci José Santana – 18min28sMasculino - convidado1º - Luciano Ferreira – 24min45s 2º - José Luiz Lindoso – 36min32s

Resultados A corrida foi cronometrada e coordenada pela equipe do CORE – Corredores do Recife. Confira o nome de todos os vencedores na lista abaixo.

Recreadores promoveram atividadescom as crianças

A corrida contou com 150 inscritos

14 - Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XIX - Outubro / Novembro / Dezembro - 2008

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A segunda etapa da campanha Mude um Destino – em favor da adoção cons-ciente foi lançada no Recife, no último dia 08 de outubro, pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e pela Associação dos Magistrados do Estado de Pernambuco (AMEPE). O objetivo da campanha é chamar a atenção para a necessidade dos processos de adoção serem realizados por meio do Poder Ju-diciário.

O lançamento ocorreu no Auditório do Fórum Desembargador Rodolfo Au-reliano, na presença de várias autorida-des, entre elas o presidente da AMEPE, juiz Laiete Jatobá Neto; o presidente da AMB, juiz Mozart Valadares Pires; o coordenador nacional da campanha, juiz Francisco Oliveira Neto; o presi-dente do TJPE, desembargador Jones Figueiredo; o secretário estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Roldão Joaquim; o coorde-nador da Coordenadoria da Infância e Juventude de Pernambuco, Élio Braz Mendes; e a corregedora geral do Mi-nistério Público de Pernambuco, Janei-de Lima.

“A campanha Mude um Destino soma-se às campanhas realizadas pela AMB, que vêm promovendo a discus-são de temas relevantes para o País. Esses exemplos de desprendimento, de amor ao próximo, passados pelas pessoas que optam pela adoção, devem ter exemplo multiplicador e dessa for-ma colaborar para tirar tantas crianças dos abrigos”, enfatizou o presidente da AMEPE, juiz Laiete Jatobá Neto.

O presidente da AMB, juiz Mozart Valadares, destacou que nesta segunda fase da campanha, a idéia é mostrar para a população que o processo de adoção não é burocrático e que é fundamental o caminho judicial para a segurança dos pais e das crianças adotadas. O presidente do TJPE, Jones Figueiredo, afirmou que se associava a AMEPE e a

Segunda etapa da Campanha Mude um Destino é lançada no Recife

AMB na perspectiva de que a campa-nha consiga mudar o destino não só das crianças, mas da sociedade, tornando-a mais justa, harmônica e segura.

Documentário – No lançamento da segunda etapa da campanha Mude um Destino, foi exibido o documentário “Se essa casa fosse minha...”. O filme, com 20 minutos de duração, fala do en-contro entre crianças em busca de um lar e casais em busca de filhos, além de depoimentos de especialistas que li-dam com a questão no dia-a-dia. Uma das peças de divulgação da campanha Mude um Destino, o vídeo está dispo-nível na página da AMB (www.amb.com.br/mudeumdestino), mas também pode ser solicitado, sem nenhum ônus, segundo o coordenador nacional da campanha, juiz Francisco de Oliveira Neto, por qualquer entidade interessa-da em fazer a divulgação.

Além do vídeo, foram lançadas duas cartilhas para esclarecer sobre o pro-cesso de adoção. A primeira, intitulada “Adoção Passo a Passo”, traz informa-ções necessárias para auxiliar às pesso-as que pretendem adotar. Já a segunda cartilha é direcionada aos profissionais de saúde e tem por objetivo responder a indagações como “O que fazer quan-do uma gestante quer entregar o filho para adoção?”. Da mesma forma que o vídeo, as cartilhas estão disponíveis no site da AMB e podem ser solicitadas para envio pelos Correios.

Durante o lançamento da campanha Mude um Destino, o juiz Francisco de Oliveira Neto apresentou alguns dados da pesquisa encomendada pela AMB à Opinião Consultoria intitulada “Per-cepção da população brasileira sobre a adoção”.

Realizada em todos os estados da Federação, com um universo de 1.562 entrevistados, a pesquisa mostra que, no Brasil, 57,9% da população acredi-tam que a melhor maneira de ajudar a mudar a realidade das crianças e ado-lescentes que vivem nos abrigos é por meio da adoção. Dessas, 15,5% adota-riam uma criança.

Mas um dado que surpreendeu o coordenador da campanha foi que ape-nas 35% dos entrevistados procurariam o Judiciário para realizar a adoção. O caminho trilhado pela população bra-sileira, segundo a pesquisa, é procurar crianças para a adoção em hospitais (37,4%) e em abrigos (28,7%). “Por isso a importância desse diálogo com a sociedade”, ressaltou Francisco de Oliveira Neto.

A campanha Mude um Destino foi lançada nacionalmente pela AMB em março de 2007. A primeira etapa teve por objetivo alertar sobre a situação das 80 mil crianças e adolescentes que vi-vem em abrigos.

O objetivo da campanha é chamar a atenção para a necessidade dos processos

de adoção serem realizados por meio do Poder Judiciário

Laiete Jatobá destacou a importância da campanha

Para o presidente da AMB, Mozart Valadares, a idéia é mostrar para a população que o processo de adoção não é burocrático e que é fundamental o caminho judicial para a

segurança dos pais e das crianças adotadas

Informativo da Associação de Magistrados de Pernambuco - Ano XIX - Outubro / Novembro / Dezembro - 2008 - 15

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Representando a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o dire-tor de Informática da entidade nacional e também diretor da mesma área na AME-PE, juiz Rafael de Menezes, participou, entre os últimos dias 01 e 04 de setem-bro, do 510 Congresso da UIM (União Internacional de Magistrados). O evento ocorreu em Yerevan, capital da Armê-nia. A cidade foi escolhida para sediar o congresso como meio de fortalecer o Poder Judiciário das democracias emer-gentes do Leste Europeu.

O juiz Rafael de Menezes fez questão de repassar para a magistratura pernam-bucana os assuntos mais importantes abordados no congresso. Confira abaixo a matéria produzida com as informações transmitidas pelo juiz.

O primeiro dia do encontro foi mar-cado pela reunião do grupo Ibero-ameri-cano, formado pelos países da América Latina, além de Portugal e Espanha. Se-gundo o juiz Rafael de Menezes, o gru-po decidiu solicitar ao conselho central a adoção do espanhol como língua ofi-cial da UIM, pois, atualmente, apenas os idiomas inglês e francês são utilizados. “O grupo também pediu à AMB que tra-duza para o inglês e francês a Carta de Campeche, de abril de 2008, a fim de ser apresentada ao conselho central. A carta está em espanhol e dispõe sobre as condições mínimas que o Estado deve dar para o trabalho e para a independên-cia do juiz”, explica Menezes. A carta deverá ser encaminhada à Organização das Nações Unidas (ONU), a União Européia e a Organização dos Estados Americanos (OEA) como sugestão de tratado a ser assinado por todos os pa-íses.

Durante a reunião do grupo Ibero-americano, a atual presidente da UIM, Maja Tratnik, da Eslovênia, além de sau-dar os membros do grupo, pediu apoio à situação dos juízes eslovenos, que en-traram em greve devido aos baixos sa-lários. Além da situação lamentável dos magistrados eslovenos, os “juízes vene-zuelanos não compareceram às últimas reuniões da UIM porque a Constituição da era Hugo Chavez proíbe os magistra-

Juízes Rafael de Menezes e Gerson Cherem durante reunião do Conselho Central da UIM

Juiz destaca principais temas discutidos no 51o Congresso da UIM

dos de se associarem”, contou Rafael de Menezes.

Dia 02 – No segundo dia de evento, os diretores da União Internacional de Magistrados apresentaram seus relató-rios de atividades recentes pela melhoria do Judiciário. Os representantes da UIM na ONU apresentaram suas atividades pelo desenvolvimento do Judiciário no Afeganistão; pelos direitos das mulheres no Canadá; e para amenizar os proble-mas do Judiciário no Congo.

Dia 03 – Um dos assuntos discutidos durante a reunião do conselho central no terceiro dia de encontro, foi a possibili-dade da Argélia passar a integrar a lista de países membros da UIM, além dos países de Benin, Togo e Sérvia. O rela-tório apresentado na reunião foi favorá-vel para a Argélia, porém representantes da Inglaterra fizeram questão de deixar claro que novos membros só devem en-trar na União se o Judiciário do país for realmente independente ou se sua asso-ciação de magistrados estiver se empe-nhando para isso. Ao final, a Argélia foi admitida, mas como membro extraor-dinário, ou seja, sem direito a voto. Já Benin, Togo e Sérvia foram aprovados como membros da UIM, sem restrições.

No terceiro dia do congresso também foi realizada a eleição para os novos pre-sidente e vice da UIM, sendo eleitos para as funções o espanhol, José Maria Bento Company, e a juíza da Costa do Marfim,

Fatoumata Diakite, respectivamente. Também ficou definido que o próximo congresso, em 2009, será no Marrocos.

Dia 04 – De acordo com o juiz Rafa-el de Menezes, no último dia do evento foram apresentadas as conclusões das quatro comissões de estudo formadas no congresso. A primeira comissão analisou a relação de poder entre o Executivo e o Judiciário. A conclusão foi que, embo-ra um dos poderes tenha membros elei-tos e o outro possua membros técnicos, eles se relacionam com independência e harmonia. A segunda comissão discutiu sobre o tema “Dano Moral”, concluindo que a definição de dano moral deve ser vaga para não engessar o Direito. Cabe ao juiz, e não à lei, atribuir o que for jus-to na indenização moral, com base em circunstâncias concretas.

A terceira comissão tratou sobre cri-mes sexuais, abordando temas como o direito à privacidade da vítima, que deve prestar queixa se quiser, além de ter o direito de não se confrontar com o agres-sor. Finalmente, a quarta comissão de-bateu sobre o direito dos pais na relação empregado/patrão, discutindo o direito a licença para acompanhar familiares.

Para o juiz Rafael de Menezes, “a parte jurídica do Congresso foi muito boa, mas na área institucional, a UIM precisa se desenvolver para colaborar mais com os problemas apresentados pelos países”, concluiu.

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