apresentação odontopediatria (2)
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TÉCNICAS DE MANEJO EM
ODONTOPEDIATRIA Fernanda da Silva Barros
Ivana Maira Esteves da Costa
José Henrique Alves Sarmento
José Manuel da Silva de Lima
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL FACULDADE DE ODONTOLOGIA – FOUFAL
ODONTOLOGIA INFANTIL IV
INTRODUÇÃO
• Relacionamento é a maiordiferença entre o tratamento deadulto e crianças• O controle do comportamentodiminui a utilização de restriçõese o uso de drogas pesadas
ALBUQUERQUE, Camila Moraes; DEPES, Cresus Vinícios; MARTINS, Rita de Cássia. Principais técnicas de controle de comportamento em odontopediatria. Principais técnicas de controle de comportamento em odontopediatria. Universidade Federal Fluminense, 10 jul. 2010.
• Ansiedade e insegurança diante do malcomportamento• Tempo e dedicação para aperfeiçoar o manejoinfantil•Principal fator: cooperação da criança• Solução imediata para resolver problemas como:MedoAnsiedadeNegatividade
ALBUQUERQUE, Camila Moraes; DEPES, Cresus Vinícios; MARTINS, Rita de Cássia. Principais técnicas de controle de comportamento em odontopediatria. Principais técnicas de controle de comportamento em
odontopediatria. Universidade Federal Fluminense, 10 jul. 2010.
• Adultos com fobiaodontologica, teve algumaexperiência traumática durantea infância• Estágios de desenvolvimentopsicológico
RAMOS-JORGE, ML; PAIVA; SM. Comportamento infantil no atendimento odontológico: aspectos psicológicos e sociais, Curitiba, v.6, jan/fev 2003
• Técnicas de manejoconsistem em: estabelecercomunicação com a criança,educar o pacienteorientando-o a cooperardurante o tratamento,constituir uma relação deconfiança• Algumas técnicas sãoagradáveis e polidas, jáoutras podem parecer muitoautoritárias e rígidas.
ALBUQUERQUE, Camila Moraes; DEPES, Cresus Vinícios; MARTINS, Rita de Cássia. Principais técnicas de controle de comportamento em odontopediatria. Principais técnicas de controle de comportamento em
odontopediatria. Universidade Federal Fluminense, 10 jul. 2010.
DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGIO INFANTIL
•O comportamento depende da maturidadepsicológica da criança•Primeiras semanas: “preocupado” emsatisfazer suas necessidades•Terceira e quarta semana: apresenta maiorsensibilidade à estímulos externos
RAMOS-JORGE, ML; PAIVA; SM. Comportamento infantil no atendimento odontológico: aspectos psicológicos e sociais, Curitiba, v.6, jan/fev 2003
•Quatro meses: medode pessoas estranhas•Dez meses:ansiedade deseparação•Vinte aos vintequatro meses:negativismo
RAMOS-JORGE, ML; PAIVA; SM. Comportamento infantil no atendimento odontológico: aspectos psicológicos e sociais, Curitiba, v.6, jan/fev 2003
•Três anos:
o“eu também”o Fantasia: confunde realidade com imaginaçãooConversar, ouvir e contar históriasoMedo de pessoas estranhas é extinto nessa fase
RAMOS-JORGE, ML; PAIVA; SM. Comportamento infantil no atendimento odontológico: aspectos psicológicos e sociais, Curitiba, v.6, jan/fev 2003
•Quatro anos:
oCapacidade deraciocínio cresceoAutocontrole dasemoções
RAMOS-JORGE, ML; PAIVA; SM. Comportamento infantil no atendimento odontológico: aspectos psicológicos e sociais, Curitiba, v.6, jan/fev 2003
•Para que o autocontrole seja ensinado oprofissional deve:oPromover um ambiente confiáveloComportar-se de forma consistente eprevisíveloEscolher palavras cuidadosamenteoTom de voz firme e não acusadoroPadrões de linguagem que encorajem aauto-avaliaçãooFicar atento a estabilidade familiar
RAMOS-JORGE, ML; PAIVA; SM. Comportamento infantil no atendimento odontológico: aspectos psicológicos e sociais, Curitiba, v.6, jan/fev 2003
•Crianças de um a quatro anosmanifestam a ansiedade antes deentrar no consultório: choro, birra•A partir dos quatro anos, adquirimaturidade cognitiva, demonstraa ansiedade dizendo que estácom dor de barriga, perguntafrequentemente de a consultaesta terminando
RAMOS-JORGE, ML; PAIVA; SM. Comportamento infantil no atendimento odontológico: aspectos psicológicos e sociais, Curitiba, v.6, jan/fev 2003CORRÊA, M. S. N. P. , 2013
“A ansiedade de ser encarada como umaresposta normal e saudável em muitassituações, pois ajuda a criança a conquistar aintegridade e o equilíbrio físico e mental.Esse quadro vai se alterando à medida emque a criança amadurece, fazendo que elaaceite melhor o tratamento”
RAMOS-JORGE, ML; PAIVA; SM. Comportamento infantil no atendimento odontológico: aspectos psicológicos e sociais, Curitiba, v.6, jan/fev 2003
REAÇÕES OBSERVADAS NA CRIANÇA
• Medo: Normal
• Ansiedade : Apreensão
• Fobia : Ansiedade acentuada
• Birra: Parte do comportamento
CORRÊA, M. S. N. P. , 2013
MEDO
• Problema de comportamento (48% - 3 a 6 anos) X medo (22%)
• Medo => Choram, Tentam impedir (colaboram)
• 3 – 6 anos e dos 7 – 11 anos
CORRÊA, M. S. N. P. , 2013
Como surge o medo Odontológico?
Teoria de Rachman
1. Condicionamento Direto
2. Condicionamento Vicariante
3. Aquisição por informações
CORRÊA, M. S. N. P. , 2013
COMO IDENTIFICAR O MEDO?
• Anamnese
• Escala de Padrão comportamental de Venham
CORRÊA, M. S. N. P. , 2013
Escore Comportamento Definição
0 Cooperação total A criança não apresenta protesto físico, como choro ou
movimentos corporais, que atrapalhe o dentista.
1Protesto moderado A criança protesta em voz baixa
(resmungos) ou choro contido.
2Protesto intenso choro forte e/ou movimentos
corporais (de mãos, braços, cabeça, etc.), que dificultam a
realização do tratamento.
3
Protesto mais intenso
É necessária contenção física de algum órgão do corpo (das mãos e/ou da cabeça). Ainda assim, a criança coopera parcialmente e
relutantemente com asorientações.
4
Protesto generalizado
A situação resulta em desgaste físico e mental tanto para a
criança quanto para o dentista.
Como abordar o medo?
• Acompanhamento periódico
• Conduzir os pensamentos : “Algo ruim acontecerá”
• Vínculo com a família
• Psicologia comportamental: técnicas de Manejo
CORRÊA, M. S. N. P. , 2013
Ansiedade
• Medo transferido para uma situação imaginária;
• Choro, taquicardia, palpitações, falta de ar, tremores, sudorese, palidez;
• “Fobia Dental” ou “Odontofobia”Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Categoria tipo sangue-injeção-ferimento).
CORRÊA, M. S. N. P. , 2013
Lidando com a Ansiedade
• Prejudica mais que a manha ou birra;
• “Acalme-se, vou te ajudar”, “relaxe e respire que lhe fará bem”;
• “Está vendo como você está mais calmo?”, “você está de parabéns”
CORRÊA, M. S. N. P. , 2013
BIRRA
• Parte do comportamento normal da criança
• Extrema frustração ou raiva: chutar, vômito, cair no chão.
• 2 – 4 anos e < 4 – 5 anos
• O que almejam?
• Equilíbrio na escola e família equilíbrio no consultório.
CORRÊA, M. S. N. P. , 2013
“ Saber do que se trata é importante para que o CD possa tomar decisões rápidas e fazer opções
de abordagem comportamental que podem gerar fracasso se o CD não conseguir captar o
que o paciente quer lhe dizer por meio de suas atitudes verbais e não verbais”
CORRÊA, M. S. N. P. , 2013
TÉCNICAS E MÉTODOS PARA O MANEJO DO COMPORTAMENTO INFANTIL
Dissipar medos e ansiedades presentes nos pacientes
Criar uma relação de confiança
DESAFIO
Objetivo :
- Reformular experiências passadas desagradáveis e associações negativas;
- “Desmistificar” o tratamento odontológico e apresentando-o de maneira positiva.
É necessário para realizar a Técnica de Manejo:
- Honestidade- Flexibilidade- Vocabulário- Confiança
L.S, Zacharias 2003
CORRÊA, M. S. N. P. , 2013
Técnica de Manejo Através da Comunicação
-Usada universalmente tanto nos casos de cooperação e não-cooperação dos pacientes;
- Permitir um tratamento odontológico de sucesso e uma atitude positiva do paciente frente a ele;
- O principal objetivo da comunicação é a COMPREENSÃO
CORRÊA, M. S. N. P. , 2013
FALAR – MOSTRAR - FAZER
-Consiste em apresentar de forma gradativa à criança alguns elementos do consultório, oferecendo-lhes explicações verbais dos procedimentos numa linguagem simples;
- Lidar com o medo da criança frente as situações desconhecidas, ensinando-lhes aspectos importantes do tratamento e modelando suas respostas por meio da dessensibilização;
Familiarização com o instrumento e objetos antes do procedimento propriamente dito.
CORRÊA, M. S. N. P. , 2013
-Deve ser iniciado na sala de espera;
-Estabelecer uma hierarquia dos eventos e instrumentais a serem mostrados, iniciando pelos que geram baixos níves de ansiedade
Crianças menores de 3 anos, ou com experiência negativa podem ficar no colo da mãe ao entrarem no consultório
-Crianças entre 15 e 24 meses estão em desenvolvimento sensório-motor, Segundo Piaget.
Arquivos e Odontologia Volume 45 Nº 02Abril/Junhom de 2010
REFORÇO POSITVO
- Consiste em gratificar a criança quando ela apresenta uma atitude ou comportamento desejado, motivando, assim sua repetição;
- Deve ser realizado imediatamente após a atitude desejada;
- Em casos de comportamento negativo, o profissional deve ter autocontrole. Deve-se evitar frases: “Não faça” “Pare” e sim, frases na 1ª pessoa: “Deixe seus braços quientinhos para que eu possa deixar seu dente limpo” ” Eu quero que você faça isso...”
Arquivos e Odontologia Volume 45 Nº 02Abril/Junhom de 2010
CORRÊA, M. S. N. P. , 2013
CONTROLE DA VOZ
- É uma alteração controlada do volume, tom e ritmo utilizados para influenciar no comportamento da criança;
As instruções deve ser passadas de forma clara e concisa, deve-se fornecer comandos de maneira dócil para estabelecer um guia de comportamento;
- Crianças menores de 3 anos não são competentes na linguagem verbal e não tem desenvolvimento cognitivo e só entendem afirmações diretas ou pedidos sobre objetos presentes
L.S, Zacharias 2003
TÉCNICA DA DISTRAÇÃO
• Consiste em mudar a atenção do paciente do que pode ser considerado como desagradável,
• Sem contraindicações;
• Pergunta-se sobre alguém ou alguma coisa importante para a criança;
• Muito utilizada durante a anestesia;
• Pode-se cantar, contar estórias ou fazer uso de fones de ouvido - OBS.: O uso de fones de ouvido é direcionado as crianças já condicionadas;
• Uso de televisão é restrito à sala de espera;
• A criança pode permanecer com brinquedo desde que não atrapalhe o procedimento
Técnica da comunicação Não-Verbal• Engloba o reforço e a condução
do comportamento por meio do contato, postura e expressão facial;
• Utilizada para aumentar o efeito das outras técnicas;
• Não há contraindicações;
• Pode-se transmitir muitas informações, desde agradado até desaprovação.
Técnica da Modelagem• Consiste na técnica de aprendizado pela observação, onde
uma criança apreensiva assiste outra criança já condicionada sendo tratada pelo profissional;
• Modelo in vivo ou indireto;
• A criança pode adquirir novos padrões de comportamento e/ou reduzir os indesejáveis, como o medo e a negação;
• Faixa etária: 3 – 13 anos;
• O profissional deve ter um conhecimento prévio da criança;
• O comportamento do profissional é muito importante
• Alguns fatores relevante para o sucesso da técnica são:
- O observados deve estar disposto e excitado com o fato de assistir outra criança,
- A criança modelo deve ter um status ou prestígio maior que a que estiver assistindo,
- Um envolvimento da criança como participante ativo durante a sessão.
Técnica de Manejo Através da
Restrição Física
MÃO SOBRE A BOCA (HOME)
-Objetiva a atenção de uma criança altamenteantagonista, de maneira a permitir o estabelecimentoDa comunicação
- Este método é usado para controlar birras eoutros ataques de ira, deve ser usado com o controlede voz.
- A criança deve ser avaliada em seu grau einteligência e capacidade de entendimento;
É indispensável interação com os pais, falando de cada técnica e justificando-as.
Levitas T. HOME:
PACOTE PEDIÁTRICO e CONTENÇÃO FÍSICA
- Utilizadas em pacientes não-cooperadores;
- Geralmente utilizadas em urgências;
- Consentimento do pais
BARBOSA e TOLEDO, 2003
“...Entender, respeitar e
diagnosticar as manifestações
comportamentais do ser
humano é algo soberano e
fundamental para o sucesso
odontológico...”
CORRÊA, M. S. N. P. , 2013
ADA – 1989
“ É uma depressão mínima da consciência na qual o paciente
mantém suas habilidades, respira e responde aos estímulos físicos e
comandos verbais”
CORRÊA, M. S. N. P. , 2013
Objetivos
• Conforto do paciente;
• Controlar o medo, ansiedade, vômito, comprometimento físico, mental ou psicológico;
• N2O – O2;
• Percepção do que está em volta, capacidade intelectual, percepção de tempo e memória;
• Rápido efeito e recuperação.
CORRÊA, M. S. N. P. , 2013
Legislação Brasileira para Anestesia Geral em Procedimento Odontológico
Hospitalar• CFO: resolução 185 / 93, art.: 44 O CD
pode operar paciente sob anestesia geral desde que sejam atendidas sua exigências.
• Anestesiologista + Ambiente hospitalar
CORRÊA, M. S. N. P. , 2013
INDICAÇÕES
• Impossibilidade de cooperação
• Incompatibilidade dos A.L.
• Procedimentos longos (Bebês)
• Impedimento físico e/ou emocional
REFERÊNCIAS • CORREA, M. S. N. P., Wanderley MT. Considerações psicológicas associadas às lesões
traumáticas. In: Corrêa MSNP. Sucesso no tratamento odontopediátrico: aspectospsicológicos. São Paulo: Santos, 2002. p.461-474;
• Wanderley MT, Guedes CC, Bussadori SK. Traumatismo em dentes decíduos In: FernandesKPS et al. Traumatismo Dentoalveolar - Passo a passo permanentes e decíduos. São Paulo:Livraria Santos editora, 2009, p. 159-214;
• CORREA, M.S.N.P. Conduta clínica e psicológica na Odontopediatria. São Paulo, Santos, 2013;
• MACHADO, M. A. A. M., SILVA, S. M. B., ABDO. R. C. C. Odontologia em bebês – protocolos clínicos, preventivos e restauradores. São Paulo, Santos, 2005, 158p.
• RAMOS-JORGE, M.L.;PAIVA, S.M. Comportamento infantil no ambiente odontológico: aspectos psicológicos e sociais, Curitiba, v.6, jan/fev 2003
• ALBUQUERQUE, Camila Moraes; DEPES, Cresus Vinícios; MARTINS, Rita de Cássia. Principais técnicas de controle de comportamento em odontopediatria. Principais técnicas de controle de comportamento em odontopediatria. Universidade Federal Fluminense, 10 jul. 2010.
OBRIGADO