3. anestesia em odontopediatria

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ANESTESIA EM ODONTOPEDIATRIA

Discentes Azevedo Benete Chale Etopito Domingos Pilale Docente: Dra Sabina Nemane

Objectivos Geral

Determinar as diferenas dos pontos anatomicos em relaao no adulto e numa criana.

EspecificosIdentificar os tipos de anestesicos usados e as quantidades que devem ser adminstradas em odontopediatria Descrever as tecnicas de anestesia usadas em odontopediatria bem como as diferencas anatomicas com um paciente adulto Identificar os efeitos adversos e fracassos da anestesia local em odontopediatria

A aplicao de anestesia em crianas presupoe a obteno de uma boa perda de sensibilidade por bloqueio da conduao do impulso nervoso o qual importante para a realizao de um bom tratamento odontolgico neste mbito necessrio ter conhecimentos precisos sobre anestsicos locais e o seu modo de aco bem como suas tcnicas de administrao e no menos importante a aplicao de psicologia infantil e tcnicas de conduta que devem seguir-se num paciente odontopediatrico.Conhecer as diferenas anatmicas metablicas e fisiolgicas em relao aos adultos e paralelamente a esses conhecimentos conhecer as causas do fracasso das anestesisas assim como o tratamento e preveno de possiveis complicaes ao longo do tratamento.

Nao usar nunca agulhas largas. Nunca passar a seringa por trs do paciente p assim nos nao a vemos e podemo-nos accidentar. devemos passa-la por baixo do mento do paciente, para que este no a veja. No devemos mentir ao paciente necesrio ter ajuda p por exemplo da nossa assistente, para que ela se necessrio segure os braos do paciente enquanto o anestesiamos.

Anestsicos locais so farmacos utilizados em odontologia para bloquear temporariamente a conduo dos impulsos nervosos, levando perda ou diminuio da sensibilidade dolorosa Para a sua aco os anestsicos locais devem apresentar alguns requisitos: Especificidade de aco Reversibilidade, sua aco deve permitir a volta s condies normais Solubilidade em gua e lpidos para poder se difundir e penetrar no axonio Potncia e baixa toxicidade Rpido efeito e durao suficiente No deve produzir reaces alrgicas Estabilidade Estril ou fcil esterilizao Custo baixo

Reversibilidade Toxicidade sistmica baixa Toxicidade local baixa Inicio rapido de acco : disperso rapida Durao suficiente Potncia suficiente Versatilidade Sem reacces adversas Estril Estvel Metabolismo e eliminao rapidos

Os anestsicos locais podem ser classificados de acordo com a sua estrutura qumica, em dois grupos:

De tipo Ester: benzocana, anestsico tpico; procaina, tetracaina, cocana, piperocaina e ciclometicaina.

De tipo Amida: lidocana, prilocana, mepivacaina, bupivacana e articana so os mais usados. So metabolizados no figado e eliminam-se por via renal.

Calcula-se o volume de anestsico no tempo em funo da idade e peso.Lidocana al 2% con vasoconstrictor: -Dose mxima p 4 mg/Kg. -Mg por cartucho p 36 mg. -Dose mxima absoluta p 300mg. *Formula: -Dose mxima 4 x peso = cantidad de tubos. 36 ml. Durao A anestesia pulpar durar de 60-90 minutos e a de tecidos moles de 3 5 horas.

Mepivacaina a 3%A dose mxima ser de 4 miligramas por quilograma. o anestsico recomendado para pacientes que no admitam o uso de vasocontrictor por alguma situao. Em cada carpule h 55 miligramas de anestsico. Usaremos uma concentrao de: 1:50.000 de vasocontrictor em pacientes maiores de 6 anos 1:100.000 de vasocontrictor em pacientes menores de 6 anos

Em um paciente de 25 Kg sera: 4 * 25 = 100 miligramas mximo de mepivacana, 100 / 55 = 1'8 carpules.

Durao A anestesia pulpar dura 30-40 minutos e a de tecidos moles 2 horas.

Em odontopediatria usa os seguintes tipos de tcnicas anestsicas:

Infiltrativas: ao redor do dente Tronculares: usa se na mandbula anestesia se toda hemiarcada.

A tcnica comum com a dos adultos mas com as seguintes variaes:-

O ramo ascendente da mandbula da criana mais curto em relao ao ramo horizontal do que no adulto; O dimetro antero posterior do ramo menor nas crianas Quanto mais jovem for a criana mais aberto o angulo gonaco; A linha oblqua interna raramente est presente;

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A espinha de spix na criana jovem pode estar situada inferiormente ao plano oclusal dos molares deciduos e a uma distancia da mucosa, igual a mais ou menos a metade do adulto, no sentido antero posterior. Com a idade ela recua ou sobe. Em media, segundo MUGNIER, as alteraes clinicas so: de 6 a 10 anos de idade, a espinha de spix situa se aproximadamente ao nvel do plano oclusal do primeiro molar permanente e a 10mm atras do plano anterior do trgono retromolar. de 10 a 16 anos de idade a 5mm acima do plano oclusal e 12mm atras do plano anterior do trigono. acima de16 anos de idade as relaes so progressivamente iguais as do adulto, ou seja, 10mm acima do plano oclusal e 14mm posterior ao trigono retromolar

a)

b)

c)

Anestesia tpica ou de contacto Quando bem utilizados contribuem para minimizar, ou at suprimir a dor, decorrente da picada da agulha. Mais prticos sob forma de pomada ou gel, evitando o uso de spay porque o paciente pode deglutir misturado a saliva, causando anestesia temporaria de regies como a faringe, glote e laringe. Indicaes pr anestsicos, evitando a dor durante introducao da agulha; remoes de dentes deciduos com raizes totalmente reabsorvidas, retidos apenas pela fibromucosa.

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Contra indicaes - O anestsico tpico contra indicado sobre leses ulceradas ou eroses porque o poder de reabsoro nessas reas est bastante aumentado e esses anestsicos so mais txicos que os injectveis.

Anestesia tpica Tcnica secar a mucosa (a presena de saliva dilui o anestsico e age como solante);-

depositar o anestsico sobre a mucosa (com ajuda de um penso de algodo);

- tempo de aplicao de 3 minutos no mnimo.

Anestesia infiltrativa Consiste no deposito da soluo anestsica em local definido, objectivando alcanar um ramo nervoso, provendo o bloqueio da conduo nervosa no local desejado.

Indicaes: Est indicada tanto para dentes deciduos como permanentes, para anestesiar todos os dentes superiores e os dentes anteriores inferiores. Tcnica Estirar o lbio do paciente de forma que a mucosa fique bem distendida, coloca-se a agulha o mais proximo possivel da regio apical do dene que se quer anestesiar, na altura do fundo do vestibulo e tracciona-se o lbio contra o bisel da agulha,.em seguida aprofunda-se delicadamente at a regio apical, depositando nesta rea a soluo anestsica

Anastesia interseptal ou interpapilar

uma variao da tcnica infiltrativa, que tem por objectivo anestesiar as mucosas lingual ou palatina, esta indicada em geral em crianas, sempre que houver necessidade de anestesiar essas regies, como por exemplo para colocar o grampo de isolamento absoluto, matriz de ao ou mesmo em exodontias.

Tcnica Inicialmente realiza se a tcnica infiltrativa vestibular e, atravs da papila vestibular j anestesiada, introduz se a agulha nessa regio paralela ao plano oclusal, penetrando lentamente de vestibular para lingual ou palatino, indo sempre da regio anestesiada para no anestesiada, devendo se desviar a agulha da crista ssea alveolar at ao tecido mole.

Anestesia regional pterigo mandibular Sendo o nervo dentrio inferior o responsvel pela sensibilidade dos molares inferiores e, dadas as espessuras e condensao da compacta ossea alveolar nessa regio, o controlo da sensibilidade desses dentes obtido atravez do emprego do bloqueio anestesio regional. Indicaes Esta tcnica indicada para intervenes em todos os dentes inferiores deciduos e permanentes, bem como para intervenes no tecido sseo e mucoso da mandbula e do lbio inferior. um procedimento eficaz e duradouro desde que operador saiba exactamente a posio e a relao das varia formaes anatomicas atraves das quais a agulha deve passar para depositar o anestsico no local apropriado. Relaes anatmicas Os pontos de reparo a ser observados para execuo desta tcnica so os seguintes: 1 - Prega molar ou ligamento pterigomandibular 2- linha obliqua externa ou borda anterior do ramo ascendente 3 superfcie oclusal dos molares inferior

So raras, quando a anestesia local bem administrada. Espelham a importancia de anlise cuidadosa do paciente (perfil comportamento e estado geral de sade), por meio da anamnese e historia clnica bem feita. Elas podem ser sistemicas e locais. Sistmicas So de varias causas, mas poucas vezes so atribuidas relativamente a soluo naestsica local em si. Sincope Ocorre por um diminuio subita da presso arterial de origem psicgena. A criana tem o costume de suspender a respirao em condies de tenso emocional ou estresse psquico, o que reduz a obteno de oxignio. Para evitar este situao deve se advertir aos pacientes que respirem muito e profundamente durante as injeces. Reflexo nauseoso Pode ocorrer devido a perda da sensao no palato mole e na faringe Complicaes alrgicas Raras vezes um problema, aproximadamente 1% de todas reaces de anestesia local so alrgicas. Muitas vezes a causa da alergia no so os anestsicos propriamente ditos, mas sim alguns componentes do cartuxo que actuam como agente conservadores, estabilizadores e antibacterianos. As manifestaes podem ser em forma de: erupes cutneas ou nas mucosas, reaces anafilticas como dispneia, cianose e hipotenso.

Reaces locais lcera traumtica a mais comum entre as complicaes psanestesicas em odontopediatria, decorrente da mordida voluntria ou no do lbio inferior ou bochecha anestesiada. Podem tambm aparecer leses herpticas no lbio, lngua ou gengiva devido a alterao da enervao trfica. Sua preveno consiste em advertir aos pais para tomarem bastante ateno criana aps a anestesia pterigomandibular, evitar que a criana mastigue alimentos consistentes e muito quentes, para no criar ferimentos inocentes e queimaduras graves. O tratamento consiste na anti-sepsia com gua morna e sal.

Dor Segundo Nevin, a dor ps-anestesica pode ser devido a vrias causas. 1 Infeco ocorre quando antes da puno, a agulha entra em contacto coma lngua e lbios do paciente. Sua preveno consiste a assepsia do material e da mucosa no local da penetrao da agulha; uso de agulhas descartveis e pensos de algodo embebidas em soluo antispticas. 2 injeco no msculo - ocorre devido a lenta absoro da soluo pelo tecido muscular, acarretando a presena de substncias estranhas que provocam a dor. Preveni-se adoptando tcnicas que evitam os msculos envolvidos em cada tipo de injeco. 3 Traumatismos - pode ser provocada tanto pela injeco como pela cirurgia em si. Geralmente aparece aps repetidas punes com agulha, quando o msculo atingido sem necessidade, quando se atinge o peristeo e injeces muito rpidas. A causa cirrgica acontece quando no so respeitados os princpios bsicos das tcnicas cirrgicas.

Infeces Pode resultar da introduo da agulha em locais inflamados ou supurados; preparo inadequado do local da puno; soluo contaminada e excesso de anestsico numa anestesia infiltrativa, provocando isqumia exagerada. O tratamento consiste em antibioticoterapia e fisioterapia local ( por calor). Trismos Ocorre geralmente em decorrncia de trauma em um msculo durante a introduo da agulha. Os msculos mais afectados so o pterigoideo interno e ou masseter, na anestesia pterigomandibular, pode ser causado por hemorragias e injeces leves. prevenido pelo uso de agulhas descartveis finas e estreis; assepsia rotineira da mucosa no local da puno e insero atraumtica da agulha por uma tcnica correcta. O tratamento depende da causa. Se for decorrente de trauma, indicam-se exerccios leves e analgsicos; no caso da hemorragia ou infeces leves, prescrevem-se bochechos e em dependncia da intensidade da infeco e do estado geral do paciente indicam-se antibiticos. Geralmente volta a normalidade sem necessidade de tratamento.

Hematoma Resulta do extravasamento do sangue para os tecidos atravs da ruptura acidental dos vasos sanguneos. Ocorre por tcnicas inadequadas e leva ao aparecimento da mancha escura na pele o ou mucosas, que desaparecem com o tempo. Sempre que acontecer avisar aos pais do acontecido e explicar-lhe a ausncia de gravidade. Necrose palatina A infiltrao pouco cuidadosa da fibra mucosa palatino, especialmente na regio dos premolares e molares pode ocorrer a formao da necrose da mucosa. Nestes casos a zona isqumica branca da mucosa infiltrada torna se rocha ao desprender se deixa uma ulcera de bordes cortantes. Escarros Ocorre como resultado da injeces sucessivas no mesmo local, na maioria dos casos deve-se aco exacerbada do vasoconstritor. mais comum em anestesias da fibromucosa palatina. Seu tratamento consiste na anti-sepsia.

Paralisia temporria Resulta da anestesia do paciente de terminaes nervosas motoras, desaparece quando cessa o efeito anestsico. Pode levar a ptose do lbio superior (anestesia do alveolar superior mdio e anterior), paralisia da hemiface (anestesia o facial) ou paralisia da regio labial inferior (anestesia do mentoniano).

Isquemia da pele e da face. Normalmente ocorre por meio da penetrao e transporte da soluo anestsica, com vasoconstritor na luz de uma veia (provocando vasoconstrio). O efeito cessa assim que acabar o efeito anestsico, sem necessidade de um tratamento especifico.

1. Reaces individuais Cada organismo reage de forma diferente a medicao, uma dose adequada para um paciente pode no ser para outro, devido ao nvel individual de absoro anestsica e sua distribuio, metabolismo e eliminao deste. A ansiedade e medo so causas de dor, mesmo que a anestesia seja adequada, portanto, necessrio um tratamento psicolgico apropriado para cada paciente. 2. Agotamento de anestesia pulpar A anestesia pulpar por si s dura 30 minutos aproximadamente, dependendo da irrigao vascular da zona, da concentrao e proximidade da soluo no nervo. 3. Ausncia total ou parcial de analgsia Geralmente se deve a defeitos da tcnica e especialmente de ineficcia da soluo anestsica. rara em anestesia infiltrativa

4. Desconhecimento dos detalhes anatmicos. Tcnica defeituosa O sucesso da anestesia depende muito do conhecimento da anatomia da zona, no entanto e necessrio que a soluo anestsica se aplique perto bem perto do nervo 5. Anastomoses Uma anestesia inadequada na zona antero inferior aps um bloquei mandibular ou mentoniano pode ser por anastomoses de fibras nervosas do outro lado da linha mdia. Para superar realiza-se infiltrao supraperiostica do dente desejado. . Injeco perto do osso compacto A mandbula no conduz por si mesmo a infiltrao anestsica devendo se, portanto, obter-se o anestesia por bloqueio do forame mandbula. 7. Injeco intramuscular Traz fracasso a anestesia, dor e trismo ps operatrio 8. Injeco intravenosa Dispersa rapidamente a soluo anestsica e a anestesia no far efeito

9. Desvio do nervo Os nervos no seguem sempre trajecto habitual, para o sucesso da anestesia nestes casos necessrio reinjectar. No e doloroso ao paciente pois o tecido mole j est anestesiado. 10. Injeco nos tecidos inflamados Produz anestesia incompleta, a infeco e inflamao induzem a liberao de substancias neuractivas (histaminas, cininas, prostaglandinas) e reduz o PH, reduzindo a solubilidade lipdica da anestesia, interferncia na penetrao do tecido nervoso, diminuio da firmeza do tecido. Alm do risco de deceminao de bactrias. Aconselha-se a depositar a soluo anestsica ao redor da zona 11. Confuses Na criana pode se confundir sensao de presso com dor.