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18/01/2014 1 1 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Instituto de Ciência e Tecnologia Diamantina - MG Prof a . Dr a . Flaviana Tavares Vieira 2 Conceitos COMPLEXOS: as espécies coordenadas apresentam carga ADUTOS: a espécie coordenada apresenta carga nula SAIS COMPLEXOS: Carga nula, são compostos de um cátion e um âniom. -A cor de um complexo depende: do metal e de seu estado de oxidação. -O [Cu(H 2 O) 6 ] 2+ azul claro pode ser convertido em azul escuro com a adição de NH 3 (aq): [Cu(NH 3 ) 6 ] 2+ -Geralmente necessita-se de um orbital d parcialmente preenchido para que um complexo seja colorido. -Ìons metálicos d 0 normalmente são incolores. Exceções: MnO 4 - e CrO 4 2- . -Compostos coloridos absorvem luz visível. COR A cor percebida é a soma das luzes não absorvidas pelo complexo. A quantidade de luz absorvida versus o comprimento de onda é um espectro de absorção para um complexo. COR Para determinar o espectro de absorção de um complexo: um estreito feixe de luz é passado por um prisma (que separa a luz em comprimentos de onda diferentes), o prisma é girado para que diferentes comprimentos de onda de luz sejam produzidos como uma função de tempo. COR -A luz monocromática (1 comprimento de onda) é passada através da amostra, A luz não absorvida é detectada. COR

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18/01/2014

1

1

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

Instituto de Ciência e Tecnologia

Diamantina - MG

Profa. Dra. Flaviana Tavares Vieira 2

Conceitos

COMPLEXOS: as espécies coordenadas apresentam

carga

ADUTOS: a espécie coordenada apresenta carga nula

SAIS COMPLEXOS: Carga nula, são compostos de

um cátion e um âniom.

-A cor de um complexo depende: do metal e de

seu estado de oxidação.

-O [Cu(H2O)6]2+ azul claro pode ser convertido

em azul escuro com a adição de NH3(aq):

[Cu(NH3)6]2+

-Geralmente necessita-se de um orbital d

parcialmente preenchido para que um

complexo seja colorido.

-Ìons metálicos d0 normalmente são incolores.

Exceções: MnO4- e CrO4

2-.

-Compostos coloridos absorvem luz visível.

COR • A cor percebida é a soma das luzes não absorvidas

pelo complexo.

• A quantidade de luz absorvida versus o

comprimento de onda é um espectro de absorção

para um complexo.

COR

• Para determinar o espectro de absorção de um

complexo:

– um estreito feixe de luz é passado por um

prisma (que separa a luz em comprimentos de

onda diferentes),

– o prisma é girado para que diferentes

comprimentos de onda de luz sejam produzidos

como uma função de tempo.

COR -A luz monocromática (1 comprimento de

onda) é passada através da amostra,

– A luz não absorvida é detectada.

COR

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2

• O gráfico de absorção versus comprimento de

onda é o espectro de absorção.

Ex.: o espectro de absorção para o [Ti(H2O)6]3+

tem uma absorção máxima em 510 nm (verde e

amarelo).

• Logo, o complexo transmite toda

a luz, exceto a verde e a amarela.

• Portanto o complexo é violeta.

COR *Disco de Newton mostrando as cores

complementares.

• Ex.: O trans-[Co(NH3)4Cl2]+ absorve luz na

região do vermelho do espectro visível (a

absorção é mais intensa em 680 nm. Qual a cor

do complexo?

COR

• Para que o complexo tenha cor, ele deve

absorver luz visível.

• A luz consiste em radiação eletromagnética

com comprimento de onda variando entre

aproximadamente 400 a 750 nm.

• A energia dessa radiação eletromagnética é

inversamente proporcional ao seu comprimento

de onda.

E = h. ν = h(c/λ)

COR • Um composto absorverá radiação visível

quando aquela radiação possuir a energia

necessária para mover um elétron de seu estado

de energia mais baixo (fundamental) para um

estado excitado.

• Assim, as energias específicas de radiação que

uma substância absorve determina as cores que

ela exibe.

COR

11

Espectro Visível de Luz

COR • Qualquer material submetido a um campo

magnético interage com este de alguma

maneira, com uma intensidade que depende

das suas propriedades magnéticas, podendo ser

atraído (PARAMAGNÉTICO) ou repelido

(DIAMAGNÉTICO).

• Como parâmetro para definição dessas

propriedades, normalmente se usa a

suscetibilidade magnética, que reflete a

mundança de peso de uma amostra quando

submetida a um campo magnético.

MAGNETISMO

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3

13

Medida da Susceptibilidade Magnética

Balança de Gouy

Amostra Paramagnética

(atraída pelo campo)

Amostra Diamagnética

(repelida pelo campo)

-Os experimentos para essas definições podem

ser feitos usando-se uma balança de Gouy.

Medidas de Momento Magnético -A susceptibilidade magnética χ foi uma das primeiras propriedades

empregadas amplamente na caracterização de compostos de

coordenação.

MAGNETISMO

-Muitos complexos de metais de transição são

paramagnéticos (elétrons desemparelhados).

• Existem algumas observações interessantes.

Considere um íon metálico d6:

[Co(NH3)6]3+ não tem nenhum elétron

desemparelhado, mas o [CoF6]3- tem 4

elétrons desemparelhado por íon.

• Precisamos desenvolver uma teoria de ligação

para esclarecer tanto a cor como o magnetismo

em complexos de metais de transição.

MAGNETISMO

16

Ligações nos Compostos

de Coordenação

Ligações nos Compostos de Coordenação

Teoria do orbital molecular (TOM)

Teoria da ligação de valência (TLV)

Teoria do campo cristalino (TCC)

-Os fundamentos básicos das ligações químicas

responsáveis pela formação dos compostos de

coordenação são similares aos que asseguram as ligações

nos outros tipos de compostos.

-Existem alguns aspectos que tornam necessária uma

discussão particularizada sobre as interações entre as

espécies químicas constituintes dos compostos de

coordenação.

-Atualmente as ligações nos compostos de coordenação

são explicadas pelas:

18

Teoria do Orbital Molecular

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4

19

Teoria do Orbital Molecular -TOM

-Quando 2 átomos se aproximam até uma distância de

equilíbrio entre as forças atrativas e repulsivas

estabelecendo uma ligação, os elétrons desses átomos

passam a ocupar orbitais moleculares, que, em muitos

aspectos, assemelham-se aos orbitais atômicos.

-Da mesma forma que os orbitais atômicos (s, p, d, f) são

caracterizados por um conjunto de números quânticos, os

orbitais moleculares (σ, π, δ) também o são.

-De forma similar, a distribuição eletrônica nos orbitais

moleculares também se faz de acordo com a Regra de

Hund e o Princípio de Exclusão de Pauli. 20

-Regra de Hund: elétrons numa mesma subcamada tendem a permanecer desemparelhados (em orbitais separados), com spins paralelos. Portanto, haverá uma menor repulsão intereletrônica.

-Princípio da Exclusão de Pauli: afirma que 2 partículas idênticas não podem ocupar o mesmo estado quântico simultaneamente. Para eletrons de 1 mesmo átomo, ele implica que 2 elétrons não podem ter os mesmos 4 números quânticos.

Exemplo: se os números quânticos n, l, e ml são iguais nos 2 elétrons, estes deverão necessariamente ter os números ms diferentes e portanto os 2 elétrons têm spins opostos.

*Dessa forma, os orbitais são preenchidos elétron à elétron (nunca adicionando 2 elétrons por vez e com mesmo spin no orbital). Se mais de 1 orbital em uma subcamada estiver disponível, adiciona-se elétrons com spins paralelos aos diferentes orbitais daquela subcamada até completá-la, antes de emparelhar 2 elétrons em um dos orbitais.

Paramagnético: O2 tem elétrons

desemparelhados.

Diamagnético: N2 não tem elétrons

desemparelhados.

As propriedades paramagnéticas do oxigênio se evidenciam

quando oxigênio líquido é colocado entre os pólos de um

magneto. O líquido prende-se ao maneto em vez de fluir.

Teoria da Ligação de Valência não pode explicar isso porque:

-Estrutura de Lewis do O2:

Todos os elétrons estão emparelhados, dessa forma o O2 é

diamagnético.

Ordem de Ligação

O.L.= ½ (número de elétrons em OMs ligantes –

número de elétrons em OMs antiligantes)

O.L. = 0

Uma alta ordem de ligação indica alta energia

de ligação e baixo comprimento de ligação.

Diagrama de Orbitais Moleculares para o H2:

(σ1s)2

2 elétrons em um orbital ligante

resultando em uma molécula

estável Ordem de ligação: (no de e- ligantes – no de e- antiligantes) / 2

O.L.= (2-0) / 2 = 1

Diagrama de Configuração Eletrônica para o Be2

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5

O.L. = ½ (2 -2) = 0

Não há ligação

Nós precisamos usar orbitais 2p para formar os OMs pois os

átomos de boro tem elétrons 2p.

Moléculas Diatômicas Homonucleares do

Segundo Período da Tabela Periódica Li2

Diagrama de Configuração Eletrônica para o Li2

O.L. = ½ ( 4 – 2 ) = 1

Ligação simples

O orbital (σ1s*) cancela o orbital

(σ1s)

28

TOM: Diagrama de Orbitais Moleculares

29

TOM: Diagrama de Orbitais Moleculares Exercício: Preencha os orbitais moleculares para moléculas diatômicas dos elementos do segundo período

Exercício: Preveja a existência de He2 e He2+.

Moléculas e Íons Diatômicos

da Primeira Linha da Tabela periódica

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6

31

Preenchimento dos orbitais moleculares e dados físicos

para moléculas diatômicas homonucleares dos elementos

do segundo período.

32

O O2 O

33 34

Preenchimento dos orbitais moleculares para molécula

heteronuclear (HCl).

35

Níveis de energia relativas para os orbitais moleculares

para moléculas homonucleares Orbitais Moleculares em Alguns

Compostos Octaédricos

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7

Diagrama de Orbital Molecular Para o [Co(NH3)6]

3+ Diagrama de Orbital Molecular para o

[CoF6]3-

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Teoria da Ligação pela Valência

Teoria da Ligação de Valência - TLV

O Modelo de Ligação da Sobreposição de Orbitais

Variação da energia potencial durante a formação da ligação H-H a partir de átomos de hidrogênios isolados

Teoria da Ligação de Valência (TLV)

-Interação entre orbitais de valência das espécies consideradas

-Inicialmente era usada para explicar a existência de moléculas simples

-Linus Pauling usou para complexos

-Interação metal – ligante através de interação ácido - base de Lewis.

-Sobreposição de orbitais: aumenta a probabilidade de

encontrar os elétrons de ligação no espaço entre os dois

núcleos.

-A idéia de que as ligações são formadas pela

sobreposição de orbitais atômicos é a base para a

teoria de ligação de valência.

-A ligação covalente que se origina da sobreposição de

2 orbitais, um de cada um dos 2 átomos como no H2, é

chamada de ligação sigma (σ).

-A densidade eletrônica de uma ligação σ é maior em

torno do eixo da ligação.

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8

43

-De acordo com este modelo, o átomo central

em um complexo forma uma ligação

covalente coordenada com cada ligante,

sendo os 2 elétrons do par envolvido na

ligação doados pelo ligante.

-Para tal, o átomo central utiliza um conjunto

apropriado de orbitais híbridos formados

pela combinação de alguns de seus orbitais

(n-1)d, ns, e alguns de seus np.

Teoria da Ligação pela Valência

44

-A 1ª descrição com razoável sucesso sobre a ligação nos íons complexos foi estabelecida pela ligação de valência ou formação de orbitais híbridos.

Ligação Química nos Complexos

Interferências Construtivas e Destrutivas

de Funções de Ondas

1s + 2py

Sem ligação Sem ligação Ligação π

Ligação σ Ligação σ

Formação de Ligação Covalente

Sobreposição dos orbitais 1s do hidrogênio para formar a ligação sigma em H-H

Sobreposição dos orbitais 1s do hidrogênio e 2p do fluor para formar a ligação sigma em H-F

Sobreposição dos orbitais 2p de 2 átomos de fluor para formar a ligação sigma F-F

48

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9

49 50

Pontos principais da abordagem da TLV:

-Os orbitais sobrepõem-se para formar uma ligação

entre 2 átomos;

-2 elétrons, de spins opostos, podem ser acomodados

nos orbitais sobrepostos, em geral, 1 elétron é

fornecido por cada 1 dos átomos ligados;

-Devido a sobreposição dos orbitais, os elétrons de

ligação têm maior probabilidade de ser encontrados

em uma região do espaço influenciada por ambos os

núcleos.

Hibridização dos Orbitais Atômicos

Teoria VESPR:

Estrutura de

Lewis

Modelo

molecular

Geometria dos pares

de elétrons

Configuração da camada de valência do carbono no estado fundamental

Os orbitais 2px, 2py e 2pz encontram-se ao longo dos eixos x, y e z, a 90o

entre si.

Os orbitais 2p em um átomo. Hibridização

Os orbitais atômicos podem se mesclar ou

hibridizar para formar os orbitais híbridos.

Quando 2 orbitais atômicos combinam-se, 2

novos orbitais são produzidos nesse átomo.

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10

Conjunto de orbitais híbridos que surgem da

mistura de orbitais atômicos s, p e d:

-O número de orbitais híbridos requeridos por um átomo em uma

molécula ou íon é determinado pela geometria dos pares de

elétrons em torno desse átomo. Um orbital híbrido é necessário

para cada par de elétrons no átomo central;

-Se o orbital s da camada de valência no átomo central em uma

molécula ou íon for mesclado com um orbital p da camada de

valência nesse mesmo átomo, 2 orbitais híbridos são criados. Eles

são separados por 180o e o conjunto de 2 orbitais é chamado sp;

- s + 2 p = 3 orbitais híbridos são criados: sp2 (ө = 120o);

- s + 3 p = sp3 (ө=109,5o, o ângulo tetraédrico);

-2 d + sp3 = sp3d (trigonal) ou sp3d2 (octaédrica)

Combinando Orbitais Atômicos para formar Orbitais

Híbridos do Átomo Central

-Na formação da ligação química, a combinação

linear de 2 ou mais orbitais atômicos em um átomo

produz orbitais atômicos híbridos.

REGRA: O número de orbitais atômicos que são

combinados é igual ao número de orbitais híbridos

resultantes.

-Todos os orbitais híbridos são degenerados (iguais

em energia)

Orbitais

híbridos

Orbitais atômicos

utilizados

Número de

orbitais híbridos

Geometria dos

pares de elétrons

sp

sp2

sp3

sp3d

Sp3d2

s + p

s + p + p

s + p + p + p

s + p + p + p + d

s + p + p + p + d + d

2

3

4

5

6

Linear

Trigonal planar

Tetraédrica

Bipiramidal

trigonal

Octaédrica

Figura

Geométrica Arranjo dos Orbitais Híbridos

2 pares

de

elétrons

sp

3 pares de

elétrons

sp2

4 pares de

elétrons

sp3

BeCl2

BF3

CH4

5 pares de

elétrons sp3d

6 pares de

elétrons

sp3d2

Arranjo dos Orbitais Híbridos Figura Geométrica

PF5

SF6

Teoria da Ligação de Valência para o Metano, CH4

4 orbitais sobrepostos sp3

Hib

rid

ização

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11

As ligações na molécula de metano

Orbital no átomo de C

livre

Orbitais hibridizados no átomo de C

no metano

4 orbitais híbridos sp3

Cada ligação no metano resulta da sobreposição do

orbital 1s do H e do orbital sp3 do C.

Orbitais sp3

do C

Orbital 1s

do H

4 ligações σ

64

65

Formação de 4 orbitais

semi-preenchidos. 66

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Orbitais Híbridos de Moléculas e Íons

com Geometria Trigonal Planar dos Pares de Elétrons

Orbitais Híbridos de Moléculas e Íons

com Geometria Linear dos Pares de Elétrons

Ligações duplas: modelo de ligação para o etileno,

C2H4

Estrutura de

Lewis e as

ligações no

etileno

Ligações σ C-H: formadas

pela sobreposição dos

orbitais híbridos sp2 do C

com orbitais 1 s do H. A

ligação σ entre os átomos de

C e H surge da sobreposição

de orbitais sp2.

A ligação π C-C é

formada pela

sobreposição dos

orbitais 2p não

hibridizados de cada

átomo. Observe a

ausencia de densidade

eletrônica ao longo do

eixo da ligação C-C.

Ligações triplas: modelo de ligação para o acetileno, CH2O. Hibridação sp

Orbitais híbridos do Be

*Cada ligação no BeH2 resulta da

sobreposição de 1 orbital 1s do H e

do orbital híbrido sp do Be.

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Estrutura de Lewis

Geometria: trigonal

bipiramidal

Exemplos com Elétrons Livres

Pares de elétrons livres: 1 2 3

Geometria: Gangorra Forma de “T” Linear

Pares de elétrons livres ocupam primeiro o plano trigonal

– posição equatorial – para minimizar a repulsão de 90o.

Estrutura de Lewis

Todos os ângulos = 90o.

Geometria: octaédrica

-6 pares de

elétrons em torno

do átomo de S:

exceção à regra

do octeto.

76

Formação de Alguns Íons Complexos

-Todos os ligantes têm pares livres que são

doados ao íon metálico.

-A ligação entre o metal e o ligante é uma

ligação de 2 elétrons, mas ambos vêm do

ligante e nenhum vem do metal.

-A ligação metal-ligante altera as propriedades

físicas do metal:

Ag+(aq) + e- Ag(s), E = +0,799 V

[Ag(CN)2]-(aq)+ e- Ag(s)+2CN-

(aq),E=-0,031 V

Ligação Metal -Ligante -A maior parte dos íons metálicos existe em água como [M(H2O)6]

n+.

-Carga no íon complexo = carga no metal + cargas nos ligantes.

-Átomo doador: o átomo ligado diretamente ao metal.

Número de coordenação (NC): o número de ligantes ligados ao metal.

–Os NC mais comuns são 4 e 6.

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Cargas, números de coordenação e geometrias

-Alguns íons metálicos têm NC constante

(Ex.: Cr3+ e Co3+ têm NC=6).

-O tamanho do ligante afeta o número de coordenação

(Ex: o [FeF6]3- se forma mas somente o [FeCl4]

- é estável).

-A quantidade de carga transferida do ligante para o metal

afeta o NC (Ex: [Ni(NH3)6]2+ se forma, mas somente o

[Ni(CN)4]2- é estável).

• Complexos tetracoordenados são tetraédricos ou quadráticos planos (normalmente encontrados para íons metálicos d8).

• Complexos hexacoordenados são octaédricos.

Quanto mais diretamente o ligante ataca o

orbital do metal, maior é a energia do

orbital d.

Número Atômico Efetivo (NAE)

Complexos Espécies Número

de

elétrons

NAE Gás

nobre

[Co(CN)6]3- Co3+

6 CN-

24

12

36 Kr

[Ag(NH3)4]+ Ag+

4 NH3

46

8

54 Xe

[PtCl6]2- Pt+4

6 Cl-

74

12

86 Rn

Complexos Espécies Número

de

elétrons

NAE

[Cr(NH3)6]3+ Cr3+

6 NH3

21

12

33

[Ni(NH3)6]2+ Ni2+

6 NH3

26

12

38

[CoCl4]2- Co2+

4 Cl-

25

8

33

-Os complexos adquirem estabilidade quando o NAE

iguala-se ao número atômico de um gás nobre

Complexos que não obedecem ao NAE

Complexos que obedecem a regra do NAE

Molécula do [CoF6]3-

Co3+

Molécula do [NiCl4]2-

Ni2+

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Falha da TLV:

-As estruturas de Lewis falham na descrição

correta da ligação em um caso extremamente

visível, a moléculas de O2.

-A molécula de O2 é paramagnética, o que

requer a presença de elétrons desemparelhados.

-A estrutura de Lewis teria todos os elétrons

emparelhados. A abordagem da TOM mostra

que essa molécula possui 2 elétrons

desemparelhados.

Oxigênio líquido: o gás oxigênio condensa-se em

um líquido a -183oC.

-Nesse estado ele é paramagnético e fica preso

aos pólos de um imã.

Verificando o Aprendizado 1. Dê a geometria molecular, a geometria eletrônica e a

hibiridização do átomo central.

a. SiF62-

b. SeF4

c. ICl2-

d. XeF4 Respostas:

a. Geometria Molecular e Eletrônica: octaédrica, hibridização sp3d2

b. Gometria eletrônica: bipiramidal trigonal; Geometria molecular: gangorra;

Hibridização: sp3d2

c. Gometria eletrônica: bipiramidal trigonal; Geometria molecular: linear;

Hibridização: sp3d

d. Gometria eletrônica: octaédrica; Geometria molecular: quadrada plana;

Hibridização: sp3d2

Verificando o Aprendizado 1. Dê a geometria molecular, a geometria eletrônica e a

hibiridização do átomo central.

a. SiF62-

b. SeF4

c. ICl2-

d. XeF4

89

Teoria do Campo Cristalino

90

-Várias propriedades magnéticas e das cores

dos complexos de metais de transição estão

relacionadas à presença de elétrons d nos

orbitais do metal.

-Uma teoria satisfatória para a ligação

química nos compostos de coordenação

deve permitir explicar: a cor, as

propriedades magnéticas, a estereoquímica

e a força de ligação.

Teoria do Campo Cristalino - TCC

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16

91

-Objetivos iniciais: o estudo de algumas

propriedades de íons metálicos de cristais

iônico que contêm elétrons d do nível de

valência.

Teoria do Campo Cristalino - TCC

• A TCC descreve a ligação em complexos de

metais de transição.

• A formação de 1 complexo é uma reação ácido-

base de Lewis.

• Ambos os elétrons na ligação vêm do ligante e

são doados para 1 orbital vazio hibridizado no

metal.

• A carga é doada do ligante para o metal.

• Hipótese da TCC: a interação entre o ligante e

o metal é eletrostática.

Teoria do Campo Cristalino - TCC

93

-A TCC procura explicar a ligação química nos complexos apenas em termos de forças eletrostáticas, as quais são duas:

-Atração entre o íon metálico com carga positiva e o ligante de carga negativa ou polar;

-Repulsão entre os pares isolados dos ligantes e os elétrons que ocupam as orbitais d do metal.

94

-Embora na ausência de uma perturbação externa, os orbitais d possuam a mesma energia, num complexo octaédrico, o átomo central está rodeado por 6 pares isolados de elétrons pertencentes aos ligantes.

-Logo, os 5 orbitais d são todos repelidos pelos elétrons dos ligantes.

-A intensidade desta repulsão depende, no entanto, da orientação do orbital d que está a se considerar.

95 96

-Ambos os elétrons na ligação vêm do ligante e são

doados para um orbital vazio hibridizado no metal.

-Hipótese da TCC: a interação entre o ligante e o metal é

eletrostática.

-Quanto mais diretamente o ligante ataca o orbital do

metal, maior é a energia do orbital d.

-A ligação que resulta é fortemente polar, de certo caráter

covalente.

-Mas, como é feito no modelo TCC, em geral é suficiente

supor que a interação é inteiramente eletrostática

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17

97

Conjunto de Orbitais d

98

Orientações dos Orbitais d em um

Campo Cristalino Octaédrico

99

-Observa-se na figura anterior que os lobos estão

orientados em direção aos vértices do octaedro na

direção definida pelos eixos x e y e z, por isso

possuem maior energia em relação a dxy, dxz e dyz.

-Estas interações fazem com que os 5 orbitais d num

complexo octaédrico sofram um desdobramento

em 2 níveis de energia.

100

-Chama-se energia de desdobramento do campo cristalino () a diferença de energias entre esses 2 conjuntos de orbitais d.

-O valor de () depende do metal e da natureza dos ligantes e tem um efeito direto sobre a cor e sobre as propriedades magnéticas dos complexos.

-Conjuntos t2g: dxy, dxz, dyz

eg: dz2, dx2-y2

-O íon metálico complexo tem uma energia

menor do que o metal e os ligantes separados.

-Entretanto, existem algumas repulsões ligante-

elétron d que ocorrem, uma vez que o metal

tem orbitais d parcialmente preenchidos.

• Em 1 campo octaédrico, a degenerecência dos

5 orbitais d é suspensa.

• Em 1 campo octaédrico, os 5 orbitais d não

têm a mesma energia: 3 orbitais degenerados

têm mais energia do que 2 orbitais

degenerados.

• Supomos um arranjo octaédrico de cargas

negativas colocadas em torno do íon metálico

(que é positivo).

• Os orbitais dx2-y2 e dz2 localizam-se nos

mesmos eixos das cargas negativas.

– Conseqüentemente, há uma grande e

desfavorável interação entre ligante (-) e

esses orbitais.

– Esses orbitais formam o par degenerado de

níveis de energia de alta energia.

• Os orbitais dxy, dyz, e dxz dividem as cargas

negativas em duas partes iguais.

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18

−Conseqüentemente, há uma repulsão menor entre ligante e metal para esses orbitais.

– Esses orbitais formam o conjunto de níveis degenerados de energia mais baixa.

• A diferença de energia é a energia de desdobramento do campo cristalino .

• O Ti3+ é um íon metálico d1.

• Conseqüentemente, o elétron está em um orbital de baixa energia.

• Para o Ti3+, a diferença entre os níveis de energia, é da ordem do comprimento de onda da luz visível.

• À medida que o complexo [Ti(H2O)6]3+

absorve luz visível, o elétron é promovido

a um nível de energia mais alto.

• Uma vez que há apenas um elétron, existe

apenas uma linha de absorção possível

para essa molécula.

• A cor de um complexo depende da ordem

de grandeza de que, por sua vez,

depende do metal e dos tipos de ligantes.

105

-O íon metálico do complexo tem uma energia menor do que

o metal e os ligantes separados.

-Entretanto, existem algumas repulsões ligante-elétron d que

ocorrem, uma vez que o metal tem orbitais d parcialmente

preenchidos.

-Elétrons nos dois orbitais d(dz2 e dx2-y2) apontam

diretamente ao longo do eixo cartesiano e diretamente para

os ligantes, estes são normalmente de simetria eg

(duplamente degenerado).

-Em compostos octaédricos, esses elétrons (eg) são

repelidos mais fortemente pela carga negativa nos ligantes

que os elétrons nos outros 3 orbitais d (dxy,dyz,dxz–simetria

t2g (triplamentedegenerado)).

106

T2g LUMO

eg HOMO

107 108

Complexos Octaédricos

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19

109

Desdobramento dos Orbitais d pelo Campo Cristalino

num Complexo Octaédrico

A distância em energia entre eles é chamada , o campo cristalino desdobra-se

em energia.

110

Diagrama de níveis de energia: campo octaédrico

- A estabilidade do complexo deve-se a interação metal-ligante, que é de natureza eletrostática

- Os ligantes são cargas pontuais negativas

Teoria do Campo Cristalino - TCC

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113 114

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Série Espectroquímica

• Série Espectroquímica: é uma lista de ligantes

em ordem crescente de : Cl- < F- < H2O <

NH3 < en < NO2- (ligado a N) < CN-

• Ligantes de Campo Fraco localizam-se no

extremo inferior da série espectroquímica.

• Ligantes de Campo Forte localizam-se no

extremo superior da série espectroquímica.

119

-A diferença de energia entre as orbitais d, , é da mesma ordem de grandeza de um fóton de luz visível (E=hυ).

-É, portanto, possível para um complexo de metal de transição absorver luz visível, que excita um elétron dos orbitais d de mais baixa energia para os orbitais d de mais alta energia.

Exemplo: [Ti(H2O)6]3+.

120

Espectro de Absorção do [Ti(H2O)6]3+

-Processo de absorção de fóton pelo íon [Ti(H2O)6]3+

-Representação gráfica do espectro de absorção do íon [Ti(H2O)6]3+.

-A energia do fóton coincide com a energia do desdobramento do campo cristalino.

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Medidas dos valores de 10 Dq (UV-vis)

Espectro UV-vis do [Ti(H2O)6]3+

122

COR nos Complexos

123

Disco de Newton

124

Relação entre cores absorvidas e

transmitidas

125

Complexos octaédricos de campo forte

e de campo fraco Teoria do Campo Cristalino - TCC

Série Espectroquímica

: Cl- < F- < H2O < NH3 < en < NO2- (ligado aN) <

CN-

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Complexos Octaédricos de Campo Forte

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Configurações eletrônicas em complexos

octaédricos

• Ainda aplicamos a regra de Hund para os orbitais

d.

• Os primeiros 3 elétrons entram em orbitais d

diferentes com seus spins paralelos.

• Lembre-se: os elétrons s são perdidos antes.

• Logo, o Ti3+ é um íon d1, o V3+ é um íon d2 e o Cr3+

é um íon d3.

• Temos uma escolha para a colocação do 4o elétron:

se ele vai para um orbital de energia mais alta,

então há um custo de energia ();

Configurações eletrônicas em complexos

octaédricos

• Se ele vai para 1 orbital de menor energia, há um

custo de energia diferente (chamado de energia de

emparelhamento do spin devido ao emparelhamento

de um elétron).

• Os ligantes de campo fraco tendem a favorecer a

adição de elétrons a orbitais de energia mais alta

(complexos de spin alto) porque < energia de

emparelhamento.

• Os ligantes de campo forte tendem a favorecer a

adição de elétrons a orbitais de energia mais baixa

(complexos de spin baixo) porque > energia de

emparelhamento.

Energia de Estabilização do Campo Cristalino - EECC

EECC = Dq + P P energia de emparelhamento (repulsão entre elétrons e

trabalho para inverter spin) Dq > P spin baixo

Dq < P spin alto

Ligantes de campo forte spin baixo

Ligantes de campo fraco spin alto

Energia de Estabilização de Campo cristalino em compostos Octaédricos

Espécies Campo Fraco Campo forte

Configuração EECC Configuração EECC

d0 Sc3+ T2g0 eg

0 0 Dq T2g0 eg

0 0 Dq

d1 Ti3+ T2g1 eg

0 -4 Dq T2g1 eg

0 -4 Dq

d2 V3+ T2g2 eg

0 -8 Dq T2g2 eg

0 -8 Dq

d3 Cr3+ T2g3 eg

0 -12 Dq T2g3 eg

0 -12 Dq

d4 Mn3+ T2g3 eg

1 -6 Dq T2g4 eg

0 -16 Dq

d5 Fe3+ T2g3 eg

2 0 Dq T2g5 eg

0 -20Dq

d6 Co3+ T2g4 eg

2 -4 Dq T2g6 eg

0 -24Dq

d7 Rh2+ T2g5 eg

2 -8 Dq T2g6 eg

1 -18Dq

d8 Ni2+ T2g6 eg

2 -12 Dq T2g6 eg

2 -12Dq

d9 Cu2+ T2g6 eg

3 -6 Dq T2g6 eg

3 -6Dq

d10 Zn2+ T2g6 eg

4 0 Dq T2g6 eg

4 0Dq

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Evidências da Validade da TCC Composto ΔHred em KJ/mol Configuração (spin alto) EECC

CaCl2 2258 d0 – t2g0, eg

0 0 Dq

ScCl2 2380 d1 – t2g1, eg

0 -4 Dq

TiCl2 2501 d2 – t2g2, eg

0 -8 Dq

VCl2 2579 d3 – t2g3, eg

0 -12 Dq

CrCl2 2586 d4 – t2g3, eg

1 -6 Dq

MnCl2 2537 d5 – t2g3, eg

2 0 Dq

FeCl2 2531 d6 – t2g4, eg

2 -4 Dq

CoCl2 2691 d7 – t2g5, eg

2 -8 Dq

NiCl2 2772 d8 – t2g6, eg

2 -12 Dq

CuCl2 2811 d9 – t2g6, eg

3 -6 Dq

ZnCl2 2734 d10 – t2g6, eg

4 0 Dq

134

Configuração eletrônica

para situação de campo forte

135

Complexos Octaédricos de Campo Fraco

136

Configuração eletrônica

para situação de campo fraco

137

Complexos Tetraédricos

138

Campo Tetraédrico

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24

139

Configuração eletrônica dos complexos d

140

Fatores que afetam

a magnitude de 10 Dq

141

Efeito da Carga do Metal

142

Efeito do Número de Ligantes e Geometria

143

Efeito da Natureza do Metal

144

Propriedades Magnéticas

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Ocorrência de Complexos Tetraédricos

Ligantes volumosos (efeito estérico)

Ligantes de campo fraco com EECC pouco importante

Metal com baixo estado de oxidação

Quando não há EECC (d0, d5 ou d10)

Efeito do campo cristalino em compostos tetraédricos

- Os ligantes se localizam entre os orbitais t2g do metal (vértices do cubo)

- Os valores de 10 Dq são sempre menores do que as energias de emparelhamentos (P)

- Compostos tetraédricos são sempre de spin alto 10 Dq(td) = 4/9 (10Dq(oh))

Fatores que afetam o Valor de 10 Dq

Efeito da carga do íon central

Efeito da simetria do campo cristalino

Efeito da natureza do ligante

I-<Br-<SCN-<Cl-<NO3-<F-<OH-<Ox2-

<H2O<NCS<CH3CN<NH3<en<dipy<phen<NO2-<CN-<CO

Número quântico principal do orbital d de valência

Complexos Tetraédricos e

Quadráticos Planos • Complexos quadráticos planos podem ser

pensados como a seguir: comece com um

complexo octaédrico e remova 2 ligantes ao longo

do eixo z.

• Como conseqüência, os 4 ligantes no plano são

puxados para dentro do metal.

• Em relação ao campo octaédrico, o orbital é

enormemente reduzido em energia, os orbitais dyz, e dxz reduzem-se em energia, os orbitais dxy, elevam-se em energia.

Complexos Tetraédricos e

Quadráticos Planos

• A maior parte dos íons metálicos d8

formam complexos quadráticos planos.

–a maioria dos complexos é de spin baixo

(i.e. diamagnético).

–Ex.: Pd2+, Pt2+, Ir+ e Au3+.

Complexos Tetraédricos e

Quadráticos Planos

-A maioria dos íons metálicos d8 é

complexo quadrático plano.

-A maioria dos complexos é de

spin baixo (ex:

diamagnético).

– Ex.: Pd2+, Pt2+, Ir+, e Au3+.

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Efeito do Campo Cristalino em Compostos Quadrado Planares

Casos extremos de distorções tetragonais

Formados por íons d8 e ligantes fortes ou íons d4 com ligantes fracos

Orbitais dx2-y2 são repelidos por 4 ligantes, dz2 apenas por 2 ligantes

Compostos de Simetria Tetragonal e

Efeito Jahn-Teller

Configurações Eletrônicas do

Efeito Jahn-Teller Configuração d Efeito Jahn-Teller Condição de existência

d0 Não existe Nenhuma

d1 Existe Com qualquer ligante

d2 Existe Com qualquer ligante

d3 Não existe Nenhuma

d4 Existe Com qualquer ligante

d5 Existe Spin baixo

d6 Existe Spin alto

d7 Existe Com qualquer ligante

d8 Não existe Nenhuma

d9 Existe Com qualquer ligante

d10 Não existe Nenhuma

154

155

Referências Bibliográficas

-Farias, R.F. Química de coordenação:

fundamentos e atualidades. Campinas, SP:

Editora Átomo, 2005.

-Barros, H.L.C. Química inorgânica: uma

introdução. Belo Horizonte: 1992.

-Shriver, D.F.; Atkins, P.W. Química inorgânica. 3

ed. Porto Alegre: 2003.