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METAIS PESADOS TOXICOLOGIA E CONTROLE OCUPACIONAL 22 - OUTUBRO - 2004 José Roberto Teixeira PÓLO SAÚDE, Assessoria e Consultoria em Saúde Ocupacional

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METAIS PESADOS

TOXICOLOGIAE

CONTROLE OCUPACIONAL

22 - OUTUBRO - 2004

José Roberto Teixeira

PÓLO SAÚDE, Assessoria e Consultoria em Saúde Ocupacional

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TOXICOLOGIA

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

TOXICOLOGIA DOS METAIS PESADOS

CONTROLE OCUPACIONAL

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A toxicologia é a ciência que estuda os efeitos nocivos produzidos pelas substâncias químicas sobre os

organismos vivos.

“Todas as substâncias são venenos. A dose correta diferencia o veneno de um remédio.”

Paracelsus 1493-1541

Toxicologia

"Não há substâncias químicas seguras, mas sim maneiras seguras de utilizá-las.”

Timbrell, 1989

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RiscoÉ a probabilidade do xenobiótico produzir danos a um organismo, sob condições específicas de

exposição.

PerigoÉ o potencial intrínseco que um xenobiótico tem de

causar dano.

Toxicologia

XenobióticoSubstância estranha ao organismo

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ToxicicidadeÉ a capacidade de um xenobiótico causar danos a um

órgão determinado, alterar os processos bioquímicos ou alterar um sistema enzimático.

IntoxicaçãoConjunto de sinais e sintomas que revelam o

desequilíbrio produzido pela interação do agente tóxico com o organismo. Depende da dose.

Exposição (ocupacional)Presença de substância química no ambiente (de

trabalho), possível de ser absorvida pelo organismo.

Toxicologia

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Relação dose - efeitoÉ o resultado da ação tóxica de uma substância sobre

um organismo em particular.

Efeito determinísticoÉ aquele que cuja gravidade é dose dependente.

Efeito estocásticoÉ o que contém a probabilidade de ocorrer.

Relação dose - respostaÉ a incidência de um dado efeito em uma população ou

comunidade

Toxicologia

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DL50 (dose letal 50)Corresponde à quantidade (mg/kg de peso) necessária para provocar a morte em 50% de um lote de animais,

submetidos ao experimento.

DoseÉ a quantidade da substância que atinge um ponto

sensível do organismo, em período de tempo.

CL50 (concentração letal 50) Corresponde à concentração (ppm, mg/m3) de uma

substância química na atmosfera, capaz de provocar a morte em 50% dos animais submetidos ao experimento,

por tempo determinado.

Toxicologia

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Classificação das substâncias quanto ao grau de toxicidade(Hodge & Stener, 1994)

Grau de toxicidade DL50-ratos

Extremamente tóxicos < 1 mg/kg

Altamente tóxicos 1 – 50 mg/kg

Moderadamente tóxicos 50 – 500 mg/kg

Ligeiramente tóxicos 0,5 g – 5 g/kg

Praticamente não tóxico 5 – 15 g/kg

Relativamente atóxico > 15 g/kg

Toxicologia

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Intoxicação - classificação

Quanto à intensidadeLetais --- graves --- moderadas --- leves

Quanto aos efeitosAgudas --- subagudas --- crônicas

Quanto à duraçãoCurto prazo --- médio prazo --- longo prazo

Toxicologia

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Intoxicação – Fases

• Exposição – Presença da substância química no ambiente, possível de ser absorvida pelo organismo.

Toxicologia

• Toxocinética – Absorção, distribuição, biotransformação, acumulação e eliminação do agente químico.

• Toxodinâmica – Interação da substância química com o organismo, provocando desde leves desequilibrios até a morte.

• Clínica – aparecimento de sinais e sintomas

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1. AbsorçãoCorresponde ao processo em que, após a introdução do agente

químico no organismo, através das vias respiratória, cutânea e/ou digestiva, ocorre a transposição de barreiras biológicas atingindo

a corrente sangüínea.

2. DistribuiçãoCorresponde à distribuição do agente tóxico no organismo.

Depende da solubilidade do agente, afinidade química, grau de vascularização, composição aquosa ou lipídica do tecido e

condições orgânicas ( existência ou não de lesões)

Toxicocinética

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2.1 Principais sítios de acumulação

• Proteínas plasmáticas (ex. ferro ligado à β1 globulina = transferrina)• Lipídios (ex. mielotóxicos e neurotóxicos –solventes, metais)• Ossos (ex. chumbo, fluoreto)• Fígado (ex. tolueno)• Rins (ex. mercúrio)

Toxicocinética

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3. BiotransformaçãoÉ a transformação do agente tóxico no organismo,

através da oxidação, redução, hidrólise e de conjugação resultando em inativação, alteração ou ativação de sua

toxicidade.

4. EliminaçãoPode consistir na excreção do xenobiótico ao exterior, ou

em sua transformação em outras substâncias

Toxicocinética

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4.2 Meia vida biológicaÉ o tempo que se necessita, a partir do momento em

que cessa a exposição, para reduzir à metade a quantidade presente do xenobiótico no organismo.

4.1 Principais vias de eliminaçãoRenal (fenol, ac. tricloroacético, mercúrio metálico) Pulmonar (benzeno, tolueno, tricloroetileno) Biliar (mercúrio, chumbo, manganês) Suor e saliva (mercúrio, manganês, crômio)

Toxicocinética

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É caracterizada pela presença, em sítios específicos, do agente tóxico ou de seu produto de

biotransformação, os quais, ao interagirem com as moléculas orgânicas, produzem alterações bioquímicas, morfológicas e funcionais, que

caracterizam o processo de intoxicação.

Toxicodinâmica

A intensidade da ação tóxica depende da concentração do agente no local de ação, da

reatividade do agente para com o organismo e da susceptibilidade orgânica aos feitos adversos.

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Classificação dos agentes químicos pelas características físicas:

Gases – fluídos sem forma, que permanecem no estado gasoso nas condições normais de pressão e temperatura;Vapores – são as formas gasosas, nas condições ambientais, de substâncias normalmente sólidas ou líquidas;Partículas ou aerodispersóides – partículas de tamanho microscópico, no estado líquido ou sólido, dispersas na atmosfera

Toxicologia

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Classificação dos agentes químicos pelas característicasfísicas:

Toxicologia

Neblinas – resultam da condensação de substâncias líquidas que se volatizaram;

Névoas – se formam pela subdivisão da matéria líquida;

Poeiras – formadas pela desagregação mecânica de sólidos maiores;Fumos – gerados na superfície de fusão de metais, pela condensação do estado gasoso.

Fumaça – são constituídas por gases, vapores, partículas sólidas e líquidas, resultantes da combustão incompleta de hidrocarbonetos.

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Carcinogenicidade

Classificação dos agentes químicos pelo seu potencial cancerígeno (IARC – International Agency for Research on

Cancer)Grupo 1 – Definidas como cancerígenas para o homema partir de evidências epidemiológicasGrupo 2 – Provavelmente cancerígenas, háevidências em animais, porém sem dadosadequados para o homem (sub: 2A e 2B)Grupo 3 – Não pode ser classificado comocarcinogênico em humanosGrupo 4 – Provavelmente não é carcinogênico parahumanos

Toxicologia

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TOXICOLOGIA

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

TOXICOLOGIA DOS METAIS PESADOS

CONTROLE OCUPACIONAL

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É a área da toxicologia que tem como principal objetivo, prevenir a ocorrência de danos à saúde do trabalhador durante o

exercício de suas atividades, pela exposição aos agentes químicos.

Toxicologia Ocupacional

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MonitorizaçãoAtividade sistemática, contínua ou repetitiva, relacionada

à saúde e desenvolvida para implantar medidas corretivas sempre que se façam necessárias.

(OSHA)

Toxicologia Ocupacional

Monitorização AmbientalMedida e avaliação de agentes no ambiente para estimar a exposição ambiental e o risco à saúde por comparação

dos resultados com referências apropriadas.

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Limite de Tolerância (LT)É a concentração ou intensidade máxima ou mínima,

relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador,

durante a sua vida laboral.NR 15

Monitorização Ambiental

Threshold Limit Value (TLV)É a concentração de agentes químicos dispersos na

atmosfera e representam condições sob as quais supõe-se que quase todos os trabalhadores possam estar

expostos dia após dia, sem efeitos adversos à saúde.ACGIH

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TLV – TWA (Time Weighted Average)É a média ponderada em função do tempo. Corresponde a um valor médio de concentração aplicado ao ambiente

de trabalho (8horas/dia e 40 horas semanais) ao qual quase todos os trabalhadores possam estar

repetidamente expostos sem efeitos adversos.

ACGIH

Monitorização Ambiental

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TLV – STEL (Short Term Exposure Limit)É a concentração a que os trabalhadores podem estar

exposto continuamente por um curto período sem sofrer irritação, lesão tecidual ou narcose.

Podem ser atingidos por 15 minutos, 4 vezes por dia, com intervalo de 60 minutos.

Monitorização Ambiental

TLV – C (Threshold Limit Value – Ceiling)É a concentração que não deverá ser excedida, ainda

que instantaneamente.

ACGIH

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Monitorização BiológicaÉ a medida e avaliação de agentes químicos ou de seus produtos de biotransformação em tecidos, secreções, excreções, ar exalado ou alguma combinação desses,

para estimar a exposição ou risco à saúde quando comparado a uma referência apropriada.

Toxicologia Ocupacional

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Indicador Biológico de ExposiçãoCompreende todo e qualquer xenobiótico ou seu

produto de biotransformação, assim como qualquer alteração bioquímica precoce cuja determinação nos

fluídos biológicos, tecidos ou ar exalado, avalie a intensidade da exposição ao agente químico

contaminante ambiental ou ocupacional.

NR 7

Monitorização Biológica

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Limites Biológicos de ExposiçãoSão considerados como níveis de advertência da resposta biológica ao agente químico ou níveis de

advertência da substância química ou de seus produtos de biotransformção e tecidos, fluidos ou ar exalado de

trabalhadores expostos, independente da via de introdução.

ACGIH(1982)

Monitorização Biológica

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Índice Biológico Máximo Permitido (IBMP)É o valor máximo do indicador biológico para o qual se

supõe que a maioria das pessoas ocupacionalmenteexpostas não corre risco de dano à saúde. A ultrapassagem deste valor significa exposição

excessiva.NR 7

Valor de Referência da Normalidade (VR)É o valor possível de ser encontrado em populações

não-expostas ocupacionalmente.NR 7

Monitorização Biológica

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IBE tipo EEO indicador biológico é capaz de indicar uma exposição ambiental acima do

limite de tolerância, mas não possui, isoladamente, significado clínico ou toxicológico próprio, ou seja, não indica doença, nem está associado a um

efeito ou disfunção de qualquer sistema biológico;

Monitorização Biológica

IBE tipo SCAlém de mostrar uma exposição excessiva, o indicador biológico tem também

significado clínico ou toxicológico próprio, ou seja, pode indicar doença, estar associado a um efeito ou uma disfunção do sistema

biológico avaliado;

IBE tipo SC+O indicador biológico possui significado clínico ou toxicológico próprio, mas,

na prática, devido à sua curta meia-vida biológica, deve ser considerado como EE.

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TOXICOLOGIA

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

TOXICOLOGIA DOS METAIS PESADOS

CONTROLE OCUPACIONAL

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Metais Pesados - elementos metálicos com elevado peso molecular.

Principais, sob o ponto de vista ocupacional: cádmio, chumbo,

mercúrio, manganês, cromo, níquel e zinco (essenciais)

METAIS PESADOS

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Fontes/Exposição ocupacional - fabricação de ligas

ferromanganês e ferrosilíciomanganês utilizadas em siderurgia(85%), indústria química (5%), fabricação de pilhas (10%).

Manganês

Características físico/químicas - metal cinza semelhante ao

ferro e quebradiço; ponto de fusão de 1.244ºC e de ebulição de 1.962ºC.

Limite tolerância - não estabelecido (NR15)

OSHA = 5 mg/m3NIOSH = 1mg/m3 com STEL = 3mg/m3ACGIH = 0,2 mg/m3 (1996)

IBE - não estabelecido (NR7)

IBE : Manganês urinário (Mn-U)* Tipo : EE*

IBMP : 20 µg/L* VR : 8 µg/L* (*Toxikon)

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Manganês

Absorção : via respiratória

Distribuição : Atravessa a membrana hematoalveolar ehematoencefálica, ligado à proteínas plasmáticas.

Acumulação : Sistema gastrointestinal (fígado e pâncreas)

Eliminação : fecal e urinária

Meia vida : plasmática de 30 segundos a 5 minutos; de 37 dias no organismo

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AgudaSistema respiratório: pneumonia química (Mn>210mg/m3)

Manganês

CrônicaSistema nervoso: astenia, cefaléia, letargia, irritabilidade,, tremores, rigidez muscular (“Parkinson”) (Mn > 20-30 mg/m3)Sistema psiquico: perda da memória, alucinações (Mn >1-5 mg/m3)Sistema respiratório: bronquite irritativa (não há fibrose pulmonar)

Toxicidade

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TratamentoL-Dopa

Manganês

Controle de saúde Exame clínico com ênfase no sistema neurológico Testes neuropsicológicos (parametrizado)Controle de IBEAnálise de avaliações ambientais

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Fontes /Exposição ocupacional - fabricação de lâmpadas

fluorescentes, indústria de cloro-soda, indústria de termômetros,instrumentos, mineração.

Mercúrio Metálico

Características físico/químicas - liquido à temperatura

ambiente e com elevada volatilidade.

Limite tolerância - 0,04 mg/m3

IBE - mercúrio urinário – HgU Tipo - EE

IBMP - 35 µg /g de creatinina VR - 5 µg /g de creatinina

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Mercúrio Metálico

Absorção : predominantemente respiratória, além de cutânea

Distribuição : Atravessa a membrana hematoalveolar e

hematoencefálica, sob a forma Hgº transformando-se poroxidação em Hg+ no SNC. Nesta forma encontra dificuldades emultrapassar a barreira hematoencefálica.

Acumulação : Sistema nervoso central

Eliminação : Principalmente renal

Meia vida : de poucas semanas, à exceção do contido no SNC

que pode chegar a dois anos

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Toxicidade

AgudaSistema respiratório: bronquite e edema pulmonar

Sistema digestivo: gosto metálico na boca, sede, dorabdominal, vômito e diarréia

Sistema urinário: lesão renal, aumento da permeabilidadetubular, síndrome nefrótica, insuficiência renal

Sistema nervoso: alucinações, irritabilidade, perda dememória, irritabilidade emocional, confusão mental, coma

Sistema tegumentar: irritação cutânea

Mercúrio Metálico

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Crônica

Sistema digestivo: gengivite, perda de dentes

Sistema neuropsiquico: tremores de extremidades, pálpebras e lábios, vertigem, irritabilidade, perda de memória, alucinações, perda do autocontrole, insônia, depressão, pesadelos (eretismo)

Mercúrio Metálico

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Controle médicoExame clínico com ênfase no sistema neuro-psicológico (avaliação pré exposição ou grupo controle)Urina IUréia e creatininaDosagem de Hg-UAnálise de avaliações ambientais

Mercúrio Metálico

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Fontes /Exposição ocupacional - siderurgia, metalurgia,

galvanoplastia, vulcanização de borracha (óxido de zinco).

Zinco

Características físico/químicas - é um metal branco-

azulado, pouco dúctil e maleável à temperatura ambiente. Os minérios de Zn contém, invariavelmente, o cádmio, o chumbo e outros metais.

Limite tolerância - não determinado (NR15)

ACGIH: TLV/TWA 5 mg/m3 (óxidos, fumos)10 mg/m3 (poeiras) 1 mg/m3 (fumos de cloreto de Zn)

IBE - não determinado (NR7)

IBE proposto: Zn-U = 1.400 g/L (Itália, 1978)

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Absorção Ocupacional: via respiratória, transplantando

facilmente a barreira hemato-alveolar

Zinco

Distribuição : transportado no plasma ligado à albumina

Acumulação : músculos (60%) e ossos (30%)

Eliminação : predominantemente fecal, além de urinária

Meia Vida : 162 a 500 dias (Zn ingerido na dieta, não há dados

para exposição ocupacional)

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ToxicidadeAguda - “febre dos fundidores” (inespecífica)

Crônica - adinamia, anorexia, irritação de vias aéreassuperiores recidivante, alterações pulmonaresfibróticas (em atividades na fundição de Zn).

Zinco

Controle de saúdeExame clínicoRadiografia de toraxAnálise de avaliações ambientais

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Fontes /Exposição ocupacional : preparação de ligas com o aço

(aço inoxidável) e o revestimento de outros metais (niquelação galvânica)onde são utilizados os mais importantes sais tais como o sulfato e onitrato de Ni.

Características físico/químicas : é um metal que se apresenta,

quando puro, com tonalidade cinza-prateado. Funde a 1450ºC, é estávelem presença do ar e muito resistente à oxidação e corrosão.

Níquel

Limite tolerância : não determinado (NR15)

ACGIH: TLV/TWA 0,2 mg/m3 (compostos insolúveis)0,1 mg/m3 (compostos solúveis) 0,05 mg/m3 (carbonila)1,5 mg/m3 (níquel elementar)

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Absorção Ocupacional: via respiratória. Sob forma de poeira, 50% do inalado é removido por movimento ciliar, 25% é exalado e 25% absorvido.

Níquel

Distribuição : é transportado no plasma ligado à albumina do soroe à múltiplos pequenos ligantes orgânicos, tais como aminoácidosou polipeptídeos, distribuindo-se rapidamente para os rins,pituitária, pulmões, pele, adrenais, ovário e testículos

Acumulação : apresenta baixa acumulação nos tecidos

Eliminação : predominantemente urinária

Meia Vida : 17 a 39 horas

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Toxicidade Ni e seus compostosAguda é rara.Crônica: eczematosa.

Toxicidade Níquelcarbonila (NiCO4)Aguda: cefaléia, vertigens, dor retroesternal, leve dispnéiaque tendem a desaparecer cessada e exposição, comefeitos tardios (de 12 a 36 h., até 8 dias) de dispnéiaintensa e edema pulmonar.Crônica: não relatada.

Níquel

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Controle de saúdeExame clínicoExame otorrinolaringológico (rinoscopia)Radiografia torácicaAnálise de avaliações ambientais

Níquel

CarcinogenicidadeCâncer nasal e pulmonar. Os compostos menos solúveis são considerados os mais carcinogênicos. (IARC Grupo1)

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Fontes /Exposição ocupacional - industria extrativa, de

baterias, tintas e corantes, cabos, tubulações, munições,vidros.

Características físico/químicas - metal dúctil, maleável,

de cor prateada ou cinza-azulada, resistente à corrosão,encontrado na natureza sob a forma de minério chamadogalena (sulfeto de cumbo bivalente – PbS).

Chumbo

Limite tolerância - 0,1 mg/m3

IBE (1) - Chumbo sangüíneo – Pb-S Tipo - SC

IBMP - 60 µg / 100 ml VR - 40 µg / 100 ml

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IBE (2) - Ácido delta aminolevulínico urinário – ALA-U

IBMP - 10 µg / g de creatinina

VR - 4,5 µg / g de creatinina

IBE (3) - Zincoprotoporfirina (sangue)

IBMP - 100 µg / 100 ml

VR - até 40 µg / 100 ml

Chumbo

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Absorção - principal via, sob o ponto vista ocupacional, é a

respiratória, podendo ocorrer inalação de Pb na forma de vapores(compostos orgânicos), fumos (PbO) ou poeiras. As partículaspequenas atingem os alvéolos e podem ser absorvidas oufagocitadas e então removidas até o epitélio ciliado, de ondealcançam a faringe sendo expectoradas ou deglutidas. A absorçãodo Pb no epitélio alveolar é rápida e, geralmente, cerca de 50%das partículas retidas em uma região são absorvidas.

Chumbo

Distribuição : Qualquer que seja a via de absorção, o chumbo

vai ao fígado onde parte é excretada através da bile, parte éarmazenada e uma terceira fração entra em circulação na formade fosfato de chumbo indo depositar-se nos ossos (95%), fígado,rim, baço, gengiva, cérebro, músculos etc.

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Acumulação - até 94% do chumbo absorvido pode se

acumular nos ossos, depositando-se como fosfato dechumbo

Biotransformação - não sofre biotransformação.

Chumbo

Eliminação - renal (70% da dose absorvida) e biliar (fezes)

Meia Vida - sangue = 36 dias; tecidos moles = 40 dias; ossos

até 27 anos.

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Toxicodinâmica (Órgãos críticos)

Sistema nervoso – distúrbios no metabolismo deneurotransmissores como acetilcolinia e catecolaminas

Rins – alterações nas funções de reabsorção tubularproximal

Medula óssea – interferência na biossíntese do hemecom inibição de enzimas dessa síntese

Chumbo

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Toxicidade crônica

Anemia por alterações na biossíntese do heme (Pb-S >50µg/dL)

Nefropatia crônica com redução na taxa de filtraçãoglomerular e uremia (Pb-S > 60 µg/dL)

Neurotoxicidade com alterações neurocomportamentais(Pb-S de 50 – 80 µg/dL) e neuropatia periférica.

Gastroenteropatia com cólicas abdominais, náusea evômitos (Pb-S entre 100 e 200 µg/dL)

Chumbo

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TratamentoImediato afastamento da exposiçãoAgentes quelantes (EDTA)

Chumbo

Controle de saúdeExame clínico com ênfase nos sistemas hematológico,neuropsicológico, renal e gastrointestinal• Hemograma• Urina I• Uréia e creatinina• IBE Pb-S

ALA-UZincoprotoporfirina sérica

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Fontes /Exposição ocupacional –Fonte natural - Raro em forma pura, habitualmente associado a sulfitos em minérios de zinco, cobre e chumboExposição ocupacional – sub produto da produção de zinco é utilizado em revestimento electrolítico dos metais; preparação de ligas para a soldadura; fabricação de lâmpadas de vapor de cádmio, de pigmentos para tintas e esmaltes e de baterias níquel-cádmio.

Cádmio

Características físico/químicas – semelhantes ao zinco.

Metal branco-azulado, mole e dúctil, insolúvel na água e solventes orgânicos usuais, relativamente volátil. Emite vapores a temperaturas inferiores ao seu ponto de ebulição (PE= 767,2ºC a 760 mmHg) e mesmo no estado sólido.

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Limite tolerância – não estabelecido (NR15)

ACGIH 0,01 mg/m3 (cádmio elementar)0,002 mg/m3 (compostos)

IBE - Cádmio urinário Tipo – SC

IBMP – 5 µg/g creatinina

VR – 2 µg/g creatinina

Cádmio

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Absorção ocupacional - via respiratória (fumos e poeiras)

Distribuição – liga-se a metalotioneína (80 a 90% doabsorvido), o que diminui sua bio disponibilidade e suatoxicidade hepática e renal

Acumulação – hepática e renal

Excreção – urinária e fecal

Meia vida – de 17 a 38 anos

Cádmio

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Toxicidade Aguda (rara) - cefaléia, febre, irritação de vias

aéreas, edema pulmonar.Crônica - doença pulmonar obstrutiva, enfisema

e nefropatia (tubulopatia).

Cádmio

CarcinogenicidadeA1, IARC - pulmão

Controle de saúdeRadiografia torácicaProvas de função pulmonarUrina I Uréia e creatinina

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Fontes/Exposição Ocupacional – Os produtos (sais, óxidos, metal e ligas) são obtidos a partir do minério cromita. São fontes de exposição ocupacional as fundições, a manufatura de aço e ligas, galvanoplastia, minas, curtumes.

Cromo

Características físico/químicas – É um metal cinza-aço, resistente à corrosão, não sendo encontrado livre na natureza, apresentando-se sob forma elementar e de oxidação, destas as mais comuns a bi, tri e hexavalente.

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Cromo

LT - 0,04 mg/m3 (ácido crômico- cromo hexavalente)

ACGIH 0,5 mg/m3 (Cr III)0,05 mg/m3 (CrVI solúvel)0,01 mg/m3 (CrVI insolúvel)

IBE - Cromo urinário (Cr-U) Tipo - EE

IBMP - 30 µg/g de creatinina VR – 5 µg/g de creatinina

Absorção Ocupacional – via respiratória (principal) e

cutânea

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Cromo

Acumulação - pulmões

Excreção - renal

Meia vida – 35 a 40 horas

Distribuição – o cromo hexavalente atravessa mais

facilmente as membranas celulares que o trivalente e liga-se à proteínas plasmáticas (transferrina)

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Cromo

ToxicidadeRinite atróficaUlcerações e perfurações de septo nasalAfecções respiratóriasUlcerações cutâneasNefropatias

CarcinogenicidadeCâncer pulmonar – IARC Grupo 1

Controle de saúdeExame otorrinolaringológico (rinoscopia)Radiografia torácicaUrina IUréia e creatinina

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Cobalto

Fontes/Exposição ocupacional - O cobalto é produzido

principalmente como sub-produto da mineração dos minérios decobre e níquel que, usualmente, contém < 1% de cobalto.

Características físico/químicas - É um metal branco-

acinzentado com propriedades magnéticas que não oxida àtemperatura ambiente. Os principais estados do cobalto são +2 e+3 mas, na maioria dos compostos de cobalto comercialmentedisponíveis, seu estado de valência é +2.O cobalto é um elemento essencial que faz parte da composiçãoda vitamina B12.

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Cobalto

LT – não determinado (NR15)

ACGIH 0,02 mg/m3

IBE - não determinado (NR7)

ACGIH - Cobalto urinário (Co-U) e Cobalto sangüíneo (Co-S)

IBPM - Cobalto urinário: 15 µg/L Tipo - EE

Cobalto sangüíneo: 1 µg/L Tipo - EE

VR – 2,4 µg/L (Co-U)

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Cobalto

Vias de absorção ocupacional – respiratória e

digestiva

Acumulação - hepática

Excreção – predominantemente renal

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Cobalto

Toxicidade por exposição crônica - Rinite alérgica, asma

bronquica (alérgica?), alveolite, pneumonia intersticialdescamativa e fibrose pulmonar não específica (associaçãocom carbeto de tungstênio). Dermatite alérgica (pó).

CarcinogenicidadeGrupo 2B – IARC – câncer pulmonar

Controle de saúdeRadiografia torácica*Prova de função pulmonarIBEAnálise de avaliações ambientais

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Fontes/Exposição ocupacional – metal extraído da

bauxita, não encontrado sob forma metálica na natureza. Presentes na indústria de laminação, trefilação, forjas e fundições.

Características físico/químicas - Metal branco brilhante,

leve, dúctil e maleável, PF 660ºC, PE 2.467ºC.

Alumínio

Absorção ocupacional – via respiratória (fumos de solda)

e digestiva (pouco)

Excreção - renal

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LT – não determinado (NR 15)

ACGIH 5 mg/m3 (fumos de solda)

IBE – não determinado (NR7)

ToxicidadePneumopatia obstrutiva leve e assintomáticaNeurotoxicidade (Alzheimer ?)

CarcinogenicidadeGrupo 1 - IARC para a produção de alumínio (possível influência de hidrocarbonetos e da sílica) – Câncer cerebral, vesical

Alumínio

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Fontes/Exposição Ocupacional – industria

siderúrgica, metalúrgica, fabricação de tintas e pigmentos.

Características físico/químicas – metal branco-

prateado, maleável, reativo,oxidável, aparece na natureza habitualmente combinado com oxigênio, enxofre e silício, formando os minérios de ferro

Ferro

LT – não determinado (NR15)

ACGIH: 5 mg/m3 (óxidos de ferro)1 mg/m3 (sais de ferro)

IBE – não determinado (NR7)

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Absorção ocupacional – respiratória (fumos)

Acumulação – 2/3 ligados à hemoglobina, 10% à

mioglobina e o restante ligados à ferritina e hemossiderina

Excreção – fecal (0,1 % do absorvido)

Ferro

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ToxicidadeÓxido de ferro: Siderose – pneumoconiose que não evolui para fibrose (exposição > 6 anos com concentração> 15 mg/m3)Fumos de solda: “febre do fumo”Sais solúveis de ferro: irritantes cutâneos

CarcinogenicidadeGrupo 1 – IARC para processo de fundição – Câncer pulmonar

Controle de saúdeExame clínicoRadiografia de tóraxAnálise de avaliações ambientais

Ferro

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Fontes/Exposição Ocupacional – siderurgia, indústria

elétrica e eletrônica, metalurgia.

Características físico/químicas metal marrom-

avermelhado, de elevada condutibilidade térmica e elétrica, maleável, PE 2.567ºC e PF 1.083ºC.

Cobre

LT – não determinado (NR15)

ACGIH: 0,2 ppm (fumos de cobre)1 ppm (poeiras e névoas)

IBE – não determinado (NR7)

IBE - Cobre sérico (Cu-S)*

IBMP – não determinado VR- 60 a 140 µg/dL*(*) Toxikon

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Acumulação – músculos (40%), fígado (20%)

Cobre

Excreção – biliar

Absorção ocupacional – via respiratória

ToxicidadeAguda – “febre dos fumos”

Crônica – irritação de vias aéras, rinite, ulcerações de septo nasal, hepatotoxicidade

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Cobre

CarcinogenicidadeMaior incidência de Câncer pulmonar em trabalhadores de fundições de cobre (arsênio?)

Controle de saúdeRinoscopiaRadiografia de tóraxEnzimas hepáticasAnálise de avaliações ambientais

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TOXICOLOGIA

TOXICOLOGIA OCUPACIONAL

TOXICOLOGIA DOS METAIS PESADOS

CONTROLE OCUPACIONAL

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Tão ou mais importante como saber qual a composição química dos metais envolvidos é

saber qual a forma de utilização.

Devem ser observados:

Controle Ocupacional

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Controle Ocupacional

a) identificação do metal, seu estado físico e sua forma de utilizaçãob) determinação e localização das possíveis fontes geradorasc) identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalhod) identificação das funções e a caracterização das atividades e do tipo da exposiçãoe) identificação das medidas de controle de exposiçãof) identificação dos possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica g) adoção das medidas de controle de saúdeh) correlação de dados ambientais com dados de saúdei) análise individual, em grupos homogêneos de exposição e epidemiológica dos dados de saúde

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PÓLO SAÚDE, Assessoria e Consultoria em Saúde Ocupacional

Metais Pesados

Toxicologia e Controle Ocupacional

fim

José Roberto Teixeira

[email protected]