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TOXICODINÂMICA
Thais Bueno Enes dos Santos
TOXICODINÂMICA
Estuda os mecanismos da ação tóxica
exercida por substancias químicas sobre
sistema biológico.
MECANISMO GERAIS
1 – INTERAÇÃO DE AGENTES TÓXICOS COM
RECEPTORES
Receptores
Elementos sensoriais no sistema de comunicação químicas que
coordenam a função de todas as células no organismo.
Constituídos de macromoléculas ou parte delas
Situadas nas membranas celulares, no citoplasma ou no núcleo.
Interação receptor – ligante normalmente reversível
R + S = RS
S = substância endógena (fisiologia normal) ou exógena (agonista
ou antagonista)
Atropina e Escopolamina ligam-se a receptor
muscarínico bloqueando a ação da acetilcolina
2 - INTERFERÊNCIA COM O FUNCIONAMENTO
DE SISTEMAS BIOLÓGICOS
Inibição irreversível de enzimas
Inseticidas organofosforados
Inibem irreversivelmente a acetilcolinesterase (AChE)
Inibição reversível de enzimas
Em geral são anti-metabólitos semelhante ao
substrato normal
Inseticidas carbamatos inibem AChE reversivelmente
Antagonistas de ácido fólico (usado no tratamento de
tumores malígnos)
Inibem enzimas responsáveis pela síntese de bases
purínicas e pirimidínicas
Síntese de DNA e proliferação celular
Nao tem ação seletiva
Síntese letal
Também anti-metabólito
Incorpora-se a enzima sofre transformação produto anormal tóxico
Ácido fluoroacético rodenticida ou raticida
Atua no ciclo do ácido cítrico
Incorpora-se no lugar do ácido acético inibe a enzima responsável pela etapa seguinte
Suprimento de energia do organismo danificado
Estrutura do grupo
heme
Interferência com o transporte de oxigênio
3 - INTERFERÊNCIA COM O SISTEMA
GENÉTICO
Ação citostática
Alguns AT impedem a divisão celular e,
consequentemente, o crescimento do tecido.
Agente alquilantes
Se intercalam entre as base de cada hélice, inibem o
crescimento celular.
Usados no tratamento de tumores, sem ação seletiva
Ação mutagênica
Alteração no material genético
Efeitos possui período de latência
Ação carcinogênica
Alterações cromossômicas céluas reproduzem de
maneira acelerada
Alteração a nível de DNA
Formação de neoplasias
Teratogênese
Resulta da ação tóxica sobre sistema genético de
células somáticas embrião / feto
Desenvolvimento anatômico defeituoso
4 - INTERFERÊNCIA COM AS FUNÇÕES
GERAIS DAS CÉLULAS
Irritação direta dos tecidos
Reagem quimicamente no local de contato
Pele, mucosas do nariz, boca, olhos, garganta e pulmões
Irritação, efeitos cáusticos, efeitos necrosantes
Reações de hipersusceptibilidade (hipersensibilidade)
Aumento da sensibilidade do organismo após exposição
única ou meses/anos de exposição
Alergia química
Substância se liga a uma proteina formando um “hapteno”
Ocorre desenvolvimento de anticorpos
Numa segunda exposição reação alérgica
Fotoalergia
Reação fotoquímica xenobiótico necessita reagir com a
luz solar
Produto funciona como hapteno
Fotossensibilização
Em contato com a luz solar, formam radicais altamente
reativos
Lesões semelhantes a queimaduras
FASE CLÍNICA
FASE CLÍNICA
Caracterizada pela exteriorização dos efeitos do agente
tóxico, ou seja, o aparecimento de sinais e sintomas da
intoxicação ou alterações laboratoriais causadas pela
substância química.
FASE CLÍNICA
Efeitos imediatos ou agudos - aparecem imediatamente após uma exposição aguda, ou seja, exposição única ou que ocorre, no máximo, em 24 horas.
Efeitos intensamente graves morte ou recuperação total ou parcial com seqüelas ou lesões persistentes.
Efeitos crônicos - resultantes de uma exposição crônica, ou seja, exposição a pequenas doses, durante vários meses ou anos.
Os sinais clínicos podem advir de dois mecanismos:
somatória ou acúmulo do agente tóxico no organismo: a velocidade de eliminação é menor que a de absorção, assim,
AT vai sendo somado no organismo
saturnismo (intoxicação crônica pelo chumbo);
somatória de efeitos: quando o dano causado é irreversível e, portanto, vai sendo aumentado a cada
exposição, até atingir um nível detectável
quando o dano é reversível, mas o tempo entre cada exposição é insuficiente para que o organismo se recupere totalmente.
Efeitos retardados
só ocorrem após um período de latência, mesmo
quando já não mais existe a exposição.
Efeitos carcinogênicos que têm uma latência de 20-30 anos.
AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE
RELAÇÃO DOSE-RESPOSTA /
CONCENTRAÇÃO-RESPOSTA
Dose: quantidade de substância administrada a um
organismo vivo
Concentração: quantidade a que organismos vivos
estão expostos
A relação dose-resposta ou concentração-resposta
descreve as características de exposição e o
espectro de efeitos tóxicos
Existem dois tipos de curvas dose-resposta:
Para efeitos que apresentam limiar de segurança
(“threshold”):
a curva geralmente tem a forma de uma curva sigmóide e
baixas doses não são tóxicas,
o organismo tem capacidade para biotransformar o agente
tóxico, bem como reparar eventuais injúrias que tenham sido
causadas.
O ponto no qual a toxicidade começa a se manifestar é
conhecido como limite de segurança (“threshold”).
Para efeitos que não apresentam limiar de
segurança (“threshold”):
a curva é linear, pois se assume que qualquer dose
produzirá um efeito deletério.
Esse tipo de curva é usada para agentes mutagênicos.
Parâmetro utilizado para expressar o grau de toxicidade
DL50 e DL10
Doses efetivas ou eficazes: utilizados para expressar a eficácia dos medicamentos
DE50 e DE90
A correlação de DE com as doses letais permite determinar os índices chamados Índice Terapêutico (IT) e e Margem de Segurança (MS)
INDICE TERAPÊUTICO (IT)
Indice Terapêutico (IT)
Comparação entre a quantidade de um agente terapêutico
necessária para causar um efeito terapêutico e a quantidade
que causa efeitos tóxicos
Margem de Segurança (MS)
Quanto maior é o valor do Índice Terapêutico ou da Margem de
Segurança de uma substância, menor será o risco de promover
intoxicação.