apresentação – a pec 241/2016 e o novo regime fiscal

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16 de agosto de 2016 A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal Marcos Mendes Assessor Especial do Ministro da Fazenda

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Page 1: Apresentação – A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal

16 de agosto de 2016

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal

Marcos MendesAssessor Especial do Ministro da Fazenda

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Ministério da

Fazenda

O Novo Regime Fiscal

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

• Expansão dos gastos da União nos próximos 20 anos nãopode ser superior à inflação

• Limite individual para: Executivo, Legislativo, Judiciário,Ministério Público e Defensoria Pública

• Isenção para transferências intergovernamentais, Fundeb edespesas inesperadas ou de caráter eventual

• Limite mínimo de saúde e educação passa a ser corrigidopela inflação (proteção a estes setores)

• Não há punição ou paralisia dos programas:descumprimento dispara medidas automáticas de controlede despesas no ano seguinte

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Ministério da

Fazenda

A Crise Econômica

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

• O Brasil está em uma crise econômica sem precedentes.

• Solucionar a crise e voltar a crescer é a mais importante

POLÍTICA SOCIAL que precisamos colocar em prática para

recuperar emprego e renda.

• Sem crescimento econômico, a pobreza e a desigualdade vão

aumentar e as pessoas não vão melhorar de vida de forma

definitiva. Não vão passar para um patamar de bem estar

mais alto. O Brasil não será um país desenvolvido e justo.

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Ministério da

Fazenda

A maior recessão brasileira dos séculos XX e XXI

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

-10

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15PIB - variação real anual %

1929-33 -5,3

1980-83 -6,3

1989-92 -3,4

2013-16 -6,8

Fonte: IBGE

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Ministério da

Fazenda

Queda de 16% no PIB per capita, desemprego e inflaçãodobraram

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

30,5 30,3

28,9

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2013 2014 2015 2016

PIB per capita (R$ mil de 2014)

6,4%

11,2%

6%

7%

8%

9%

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11%

Taxa de desocupação (%)

4,3

5,9 6,5

5,8 5,9 6,4

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2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 12m atéjul/16

IPCA (% ao ano)

Fonte: IBGE

Fonte: LCA-Consultoria*Estimado

*

Fonte: PNAD/IBGE

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Ministério da

FazendaA PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

20,6%

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Primeiro

Segundo

Terceiro

Quarto

Quinto

Sexto

Sétimo

Oitávo

Nono

Décimo

2014

Os pobres são os maiores prejudicados: taxa de desemprego emcada décimo de renda domiciliar per capita, Brasil - 2014

Fonte: Pnad/IBGE. Elaboração IPEA

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Ministério da

Fazenda

A nossa crise decorre de erros de política econômica.Não se trata de consequência de uma crise externa.

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

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Crescimento médio do PIB em 2014-2015

Fonte: Banco Mundial* Apenas 2014

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Ministério da

Fazenda

Uma breve lista de erros

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

1) Abandono da prudência fiscal

2) Desonerações fiscais equivocadas e seletivas

3) Estímulo ao endividamento de estados e municípios

4) Mudança no marco regulatório de óleo e gás

5) Escolha de campeões nacionais via BNDES

6) Redução artificial dos juros

7) Fundos de pensão, estatais e bancos públicos financiando projetos de baixa qualidade

8) Interferência na política de investimento de grandes empresas (Petrobras e Vale)

9) Congelamento de preços administrados

10) Proteção setorial e fechamento da economia

11) Concessões mal desenhadas

12) Fragilização das agências reguladoras

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9

Ministério da

Fazenda

As consequências:

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

• Descapitalização de empresas estatais e de amplo setor de empresas privadas ligadas às suas cadeias produtivas

• Paralisia de setores essenciais: óleo e gás, sucroalcooleiro, energia elétrica

• Sobrecarga de custos a empresas prejudicadas pelas políticas protecionistas e de conteúdo local

• Redução da competitividade e produtividade da economia

• Aumento da inflação presente e futura

•Aumento do risco de crédito dos três níveis de governo e consequente aumento da taxa de juros de equilíbrio

• Incerteza quanto à trajetória futura da taxa de juros

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Ministério da

Fazenda

A taxa de investimento e confiança dos empresários desabaram e orisco Brasil disparou - A “medalha olímpica” pelo conjunto da obra veio com aperda do grau de investimento em setembro de 2015

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

21,56%

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FBCF - % PIB

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Índice de Confiança do Empresariado Industrial

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31/01/2011 31/01/2012 31/01/2013 31/01/2014 31/01/2015 31/01/2016

CDS - Brasil

Fonte: Sistema de Contas Nacionais - IBGE Fonte: Bloomberg

Fonte: CNI

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Ministério da

Fazenda

Uma condição necessária para sair da crise é a criação decondições para a retomada do investimento

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

• Governança de estatais, fundos de pensão e bancos públicos

• Novo marco regulatório de óleo e gás

• Recuperação das agências reguladoras

• Realismo nos preços administrados

• Concessões realistas, com segurança jurídica e baixo custo ao erário

• Redução sustentada da taxa de juros de equilíbrio da economia

• Recuperação da confiança na estabilidade da dívida pública

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Ministério da

Fazenda

A PEC 241/2016 faz parte dessa estratégia

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

• Recobrar o equilíbrio fiscal com visão de longo prazo

• Criar regras que contenham a pressão por expansão do gasto

além da capacidade de pagamento do governo

Page 13: Apresentação – A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal

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Ministério da

Fazenda

Nos últimos anos foi inequívoco o abandono da prudência fiscal, quefez a dívida disparar e chegar a nível elevado quando comparada comoutros países emergentes

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

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Resultado primário do Governo Central (% do PIB)

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Dívida Bruta do Governo Geral(% do PIB)

Fonte: STN Fonte: Bacen

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Chile Peru Turquia Equador Bolívia China Economiasemergentes

Venezuela Colombia África doSul

México Argentina Economiasemergentes

- AméricaLatina

Índia Brasil

Dívida Bruta do Governo Geral - 2015 (% do PIB)

Fonte: FMI – Fiscal Monitor Database

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Ministério da

Fazenda

Não podemos resolver o problema do déficit e da dívida simplesmente por meio deaumento de impostos, porque a nossa carga tributária já cresceu muito nos últimosanos e está entre as mais altas do mundo.

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

Fonte: RFB Fonte: Heritage Foundation

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Carga tributária no Brasil: 1980-2015 (% do PIB)

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Carga Tributária (% do PIB)

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Ministério da

Fazenda

• Os equívocos de política econômica dos últimos anos se somaram a umproblema estrutural da economia brasileira.

• O Brasil não construiu regras orçamentárias e fiscais capazes de conter aexpansão do gasto público.

• Por isso a despesa primária do Governo Central cresceu fortemente nos últimos30 anos, e está muito acima da média internacional

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

Fonte: STN Fonte: Heritage Foundation

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Gasto Público (% do PIB) - 2015

Gasto Público (% do PIB) Média

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Despesa Primária do GovernoCentral: 1997-2015 (% PIB)

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Ministério da

Fazenda

• O desequilíbrio fiscal atual é forte.

• Precisamos de ajuste gradual, porém persistente e crível.

• Essa é a ideia básica da PEC: o gasto crescerá, por 20 anos, apenaspara repor a variação da inflação.

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

Fonte: STN e simulação SPE a partir de 2017

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2024

2025

Despesas primárias % do PIB

Sem teto Com teto

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Ministério da

Fazenda

Como o reequilíbrio das contas ajudará na retomada do crescimento econômico I:queda da taxa de juros de equilíbrio (a melhor política industrial para o Brasil éviabilizar taxa de juros baixa e sustentável para todos)

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

Fonte: Banco Mundial

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Poupança Pública e Privada no Brasil: 1995-2009 (% do PIB)

Pública Privada Total

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Taxa de poupança(média 2005 - 2015)

Fonte: Levy e Giambiagi (2013)

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Ministério da

Fazenda

Como o reequilíbrio das contas ajudará na retomada do crescimento econômico II:o esgotamento do estímulo fiscal ao crescimento

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

A literatura econômica* recente mostra que o impacto dos gastos públicos na atividadeeconômica, no longo prazo:

• É zero nos países em desenvolvimento (provavelmente devido à menorqualidade desse gasto);

• É negativo em países com taxa de câmbio flexível (parte do estímulo dogoverno acaba virando consumo de bens importados);

• É fortemente negativo em países com dívida pública superior a 60% do PIB(quando a dívida é alta, aumentos nos gastos públicos sinalizam uma crise depagamento da dívida e um provável ajuste abrupto, com forte elevação detributos, não pagamento de despesas essenciais, desorganização do setorpúblico – isso afeta as expectativas dos agentes econômicos, que se retraem enão investem e/ou retiram seu capital do país.)

(*) Ilzetzki, E., Mendoza, E., Végh, C. How big (small?) are fiscal multipliers? Journal of Monetary Economics, 60,(2013), p. 234-254.

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Ministério da

Fazenda

Como fazer um ajuste bem sucedido?

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

A literatura econômica* indica que um ajuste das contas públicas bem sucedido e comimpacto positivo sobre o crescimento de longo prazo é aquele que:

• Coloca ênfase na despesa e apenas secundariamente no aumento de tributos.

• Tem longa duração e enforque de longo prazo, em vez de constituído pormedidas pontuais de ajuste, passíveis de reversão

• Anuncia antecipadamente o programa de ajuste e o mantém compersistência ano após ano

Em ajustes dessa natureza, a confiança das empresas reage fortemente e de imediato(enquanto os consumidores demoram um pouco mais a reagir), permitindo a recuperaçãodo investimento e do crescimento: cria-se a expectativa de que os juros vão cair e de quehaverá espaço para reduzir carga tributária. Os investimentos crescem e impulsionam aeconomia.

(*) Alesina, A., Favero, C., Giavazzi, F. The output effect of fiscal consolidation. Harvard University. Out 2014.Disponível em: http://scholar.harvard.edu/files/alesina/files/output_effect_fiscal_consolidations_oct_2014.pdf

Page 20: Apresentação – A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal

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Ministério da

Fazenda

A PEC é uma jabuticaba? No resto do mundo existe? Efunciona?

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

Estudo recente do Banco Mundial* conclui que:• Regras de controle de despesa estimulam um melhor padrão de

gastos, especialmente se acompanhadas de melhoria na gestãodas finanças públicas.

• Limites para a despesa funcionam melhor que metas de superávitfiscal, particularmente se estiverem claramente definidas nalegislação.

• Países que adotam ou adotaram, em período recente, tetos para a despesapública: Argentina, Austrália, Botsuana, Bélgica, Bulgária, Canadá, Croácia,Dinamarca, Finlândia, França, Hungria, Islândia, Japão, Kosovo, Luxemburgo,Mongólia, Namíbia, Países Baixos, Peru, Polônia, Rússia, Espanha, Suécia eEstados Unidos.

(*) Cordes, T. et al (2015). Expenditure rules: effective tools for sound fiscal policy? World Bank Working Paper29/15.

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Ministério da

Fazenda

A PEC e os gastos em saúde e educação

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

É errado comparar cenário com PEC e sem PEC assumindo que em ambos cenários o PIB e a receita cresceriam igualmente.

Simulação ilustrativa

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Receita ignorando crise econômica Receita c/ estagnação econômica IPCA

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Ministério da

Fazenda

A PEC e os gastos em saúde e educação

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

• A vinculação da despesa à receita é eficiente? Não.• A vinculação da despesa à receita sempre gera um limite mais alto? Não• A regra atual não protege os setores em momentos de crise

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2013 2014 2015 2016

Limite mínimo do gasto em saúde pelos critérios de PIB, RCL e IPCA (R$ bilhões de 2016)

PIB ano anterior 13,2% RCL IPCA ano base

Fontes: Relatório Resumido de Execução Orçamentária (STN), vários números, IPEADATA.Nota: 2016 com base na estimativa da RCL do ano feita no RREO de maio, e nas expectativas de inflação e crescimento registrados no Boletim Focus.

Page 23: Apresentação – A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal

23

23

Ministério da

Fazenda

A PEC e os gastos em saúde e educação

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

• A PEC só altera a fórmula de cálculo do limite mínimo de gastos. Não obriga qualquer redução de gastos.

• Em ambos os setores o gasto está bastante acima do mínimo, e não será cortado abruptamente (vide orçamento 2017)

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60,0

70,0

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016*

Limite mínimo do gasto federal em educação e valor empenhado

(R$ bilhões de 2016)

Empenhado Limite Mínimo

Fontes: Relatório Resumido de Execução Orçamentária (STN), vários números, IPEADATA.Nota: 2016 com base na estimativa da RCL do ano feita no RREO de maio de 2016.

108,6

91,7

-

20,0

40,0

60,0

80,0

100,0

120,0

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016*

Limite mínimo do gasto federal em saúde e valor empenhado

(R$ bilhões de 2016)

Empenhado Limite Mínimo

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Ministério da

Fazenda

Está na hora de avaliar programas e fazer escolhas

A PEC 241/2016 e o Novo Regime Fiscal do Brasil

Grupos de Ações nas Demais GND: 2004 a 2014 (R$ Bilhões de 2014)

2004 2014

Participação

no total em

2014

Var. Real

2004-2014

Pessoal e encargos sociais 11.890 29.723 32% 150%

Concessão de financiamento estudantil – FIES e antecessores 1.138 13.769 15% 1.110%

Complementação da União ao FUNDEF/FUNDEB 832 10.862 12% 1.205%

Funcionamento e Investim. em inst. federais de ensino superior 2.546 8.790 9% 245%

Educação profissional e tecnológica 436 7.127 8% 1.533%

Funcionamento e investimentos na educação básica 2.402 6.999 7% 191%

Bolsas de estudo no país e no exterior – ensino superior 775 5.132 5% 562%

Apoio à alimentação escolar na educação básica 1.740 3.702 4% 113%

Dinheiro direto na escola para a educação básica 594 2.119 2% 257%

Apoio ao transporte escolar na educação básica 444 977 1% 120%

Exames, avaliações, estatísticas e censos 192 815 1% 325%

Outros 1.464 4.185 4% 186%

Total 24.453 94.201 100% 285%

Total sem FIES 23.315 80.431 245%

Fontes: Sistema Siga Brasil e IBGE.

Nota: Deflator IPCA junho a julho

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