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Obesidade e Dislipidemias Curso “Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à Saúde” Ministério da Saúde

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Page 1: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Obesidade e Dislipidemias

Curso “Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à

Saúde”

Ministério da Saúde

Page 2: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Obesidade

Doença Crônica Multifatorial Balanço Energético positivo Acúmulo Excessivo de Gordura Definida em termos de excesso de

peso

ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC)

BRASIL (2006); BRESSAN & HERMSODRFF (2008); CARVALHO et al (2009) ;

Page 3: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Fatores de risco para a Obesidade

Page 4: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Etiologia da Obesidade

Genéticos

Sociais Comportamentais

Metabólicos Culturais

BRASIL (2003;2006;2011)

Page 5: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Classificação Etiológica da Obesidade

Obesidade genética

Autossômica recessiva

Autossômica dominante Ligada ao cromossoma X

Obesidade neumendócrina

Hipotireoidismo

Síndrome de ovários policísticos Deficiência do hormônio do crescimento

Obesidade iatrogênica

Drogas (psicotrópicos e corticóides) Cirurgia hipotalâmica

Obesidade causada por desequilíbrio nutricional

Dieta hiperlipídica -gordura saturada

Dieta de confeitaria - carboidratos /fast food

Tamanho e número de porções

Obesidade causada por inatividade física

Inatividade forçada Inatividade do envelhecimento

BRESSAN & HERMSDORFF (2008)

Page 6: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Obesidade e os ciclos da vida

* A partir do primeiro ano de vida: forte correlação entre obesidade infantil e na vida adulta.

* Baixo peso ao nascer: associação com o desenvolvimento de hiperfagia, obesidade, resistência insulínica , HAS e DCV Expressão gênica alterada na deficiência nutricional durante a vida uterina;

*Primeiro ano de vida : crescimento do tamanho dos adipócitos (Hipertofria), com pouco aumento do número de células (Hiperplasia) Parece não predispor decisivamente à obesidade na vida adulta

* Idoso: alterações fisiológicas próprias do processo de envelhecimento: da massa magra e da massa gorda;

Hábitos alimentares e o estilo de vida mantidos ao longo da vida è Principais preditores de obesidade e comorbidades na fase adulta e na idosa. BRESSAN & HERMSDORFF (2008)

Page 7: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Idade Adulta

Fatores Associados * Ganho de peso gestacional

* Número de filhos

* Duração da amamentação

* Menopausa

* Casamento, Viuvez, Separação

* Determinadas situações de violência

* Fatores psicológicos (estresse, ansiedade, depressão e compulsão alimentar

* Alguns tratamentos medicamentosos (psicofármacos e corticóides)

* Suspensão do hábito de fumar

* Redução drástica de atividade física

BRASIL (2006)

Page 8: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Diagnóstico Nutricional

Page 9: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Avaliação do indivíduo com obesidade

�  Anamnese: Atenção no registro dos detalhes deve conter as seguintes informações: Ø Identificação do paciente: nome, sexo, idade, estado

civil, etnia, profissão, residência, e telefone; Ø Queixa principal: motivo pelo qual procurou assistência; Ø História da doença atual: idade de início do excesso de

peso tentativas prévias de redução ponderal Ø Doenças preexistentes e medicamentos em uso Ø Identificação de hábitos de vida: atividade física ,

tabagismo, etc; Ø Avaliação do consumo alimentar habitual

BRASIL (2006); CARVALHO et al (2009)

Page 10: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Avaliação Clínica e Bioquímica �  Verificação de sinais de deficiência de micronutrientes;

�  Avaliação dos resultados de exames bioquímicos: Ø  Hemograma completo Ø  Glicemia de jejum Ø  Colesterol total e frações Ø  Triglicérides Ø  TSH e T4 Ø  Creatinina Ø  Ureia Ø  Ácido úrico

Atenção: Nem todos os exames acima citados devem ser solicitados a todas as pessoas com obesidade. A solicitação de exames específicos vai depender da presença de outras comorbidades e do histórico clínico da pessoa com obesidade.

Você sabe o que é prevenção quaternária?

Para saber mais sobre esse assunto, consulte o caso Joana!

BRASIL (2006); CARVALHO et al(2009)

Page 11: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Avaliação Antropométrica Quadro 1. Classificação do estado nutricional de

adultos segundo o índice de massa Corporal (IMC) IMC (KG/m²) Classificação < 16 Magreza grau III 16 a 16,9 Magreza grau II 17 a 18,4 Magreza grau I 18,5 a 24,9 Eutrofia 25 a 29,9 Pré-obeso 30 a 39,9 Obesidade grau I 35 a 39,9 Obesidade grau II ≥ 40 Obesidade grau

III

Fontes: SISVAN (2004)

Fórmula IMC: Peso

(altura)²

Page 12: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Avaliação Antropométrica �  Quadro 2. Classificação do estado nutricional de

idosos segundo o índice de massa Corporal (IMC). Índice de Massa Corporal (Kg/m²) Classificação <22 Magreza 22 a 27 Eutrofia >27 Sobrepeso Fontes : SISVAN(2004)

Fórmula IMC: Peso

(altura)²

Page 13: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Vantagens/Desvantagens IMC Desvantagens Vantagens

Simplicidade de aplicação e interpretação

Praticidade

Boa correlação com medidas de morbidade e mortalidade

Baixa correlação com a massa corporal magra

Não fornece informações sobre composição corporal e

distribuição de gordura corporal

Modificações que ocorrem na estatura e composição

corporal no envelhecimento comprometer sua

aplicabilidade

GIGANTE et al (2008) DUCHINI et al (2010)

Page 14: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Distribuição da gordura corporal

Quadro 4. Classificação do risco de complicações metabólicas associadas à

obesidade em adultos de acordo com a circunferência da cintura (CC). Risco de complicações metabólicas associadas à obesidades Elevado Muito elevado Homem ≥ 94 cm ≥ 102 cm Mulher ≥ 80 cm ≥ 88 cm

Medida antropométrica melhor relacionada à quantidade de

tecido adiposo visceral (OLINTO et al. 2006)

Aferição na menor curvatura localizada entre as costelas e a crista ilíaca (SISVAN, 2004)

Circunferência da Cintura (CC)

Page 15: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Como medir?

1.  Tire a camisa e afrouxe o cinto

2.  Posicione a fita métrica entre a

borda inferior das costelas e a

borda superior do osso do

quadril

3.  Relaxe o abdômen e expire no

momento de medir

4.  Registre a medida

Page 16: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Avaliação Antropométrica

Inexiste um único método de avaliação nutricional capaz de diagnosticar com precisão, isoladamente, alterações do estado nutricional

Necessária a realização conjunta de diferentes procedimentos para sua análise

Grau de excesso de peso IMC Distribuição da gordura corporal Percentual de gordura corporal

Dobras cutâneas

DUCHINI et al (2010)

Apesar de o IMC não ser bem correlacionado ao percentual de gordura corporal, é o indicador com melhor custo efetividade

para avaliar obesidade.

Page 17: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Obesidade e outras da DANT

Page 18: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Excesso de peso e Doenças Crônicas

1. Doença isquêmica do coração

Excesso de Peso

5° maior fator de risco de

mortalidade

Entre 7 e 41 % da carga de

Câncer

23% da carga de

DIC ¹

44% da carga

global de Diabetes

Page 19: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Obesidade e Doenças Crônicas Apnéia do sono

Cálculos biliares

Esteatose hepática

Diabetes Mellitus

Osteoartrose

Gota

Acidente Vascular Cerebral

aterotrombose

Refluxo gastroesofágico

Hipertensão arterial sistêmica

Infarto agudo do miocárdio

Problemas circulatórios

Page 20: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Obesidade e Saúde Mental �  Distúrbios psicológicos

�  Depressão �  Distúrbios alimentares �  Imagem corporal distorcida �  Baixa autoestima

Associados ao excesso de peso

Prevalência de ansiedade e de depressão é três a quatro vezes maior entre indivíduos obesos

ATLANTIS & BAKER (2008); CAVALCANTI et al (2011)

Page 21: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Dislipidemias

Curso “Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à

Saúde”

Ministério da Saúde

Page 22: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Dislipidemias

Dislipidemias

Modificações no metabolismo lipídico desencadeiam alterações nas concentrações das lipoproteínas plasmáticas

Elevação dos níveis de lipoproteína aterogênicas (LDL, IDL, VLDL, remanescentes de quilomícrons)

e/ou

Níveis sanguíneos aumentados de triglicérides

e/ou

Níveis sanguíneos reduzidos de HDL

Page 23: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Obesidades e Dislipidemias

Crianças: Associação positiva entre incidência de obesidade e de dislipidemias

Prevalência de dislipidemias em turno de 50% em crianças com IMC/ idade maior que percentil 99

Adultos: indivíduos obesos apresentam 1.5 vezes mais propensão ao desenvolvimento de hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia em

comparação com indivíduos eutróficos.

BRASIL(2006)

Page 24: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Lipídeos sanguíneos Formam a estrutura básica das membranas celulares

Juntamente com o colesterol livre e as apolipoproteínas conferem a solubilidade às particulas transporte

Fosfolípides

Precursor dos hormônios esteróides dos ácidos brilhantes e da vitamina D

Constituintes das membranas – fluidez e ativação de enzimas

Saturados , Monoinsaturados ou Poliinsaturados Participam na ativação ou na inibição gênica

Ligação a fatores de transcrição

Três ácidos graxos ligados a uma molécula de glicerol Importantes forma de armazenamento energético tecido

adiposo e muscular

Colesterol

Triglicérides

Ácidos graxos

DUPLUS et al (2000); sbc (2007) ;

Page 25: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Etiologia das Dislipidemias Primárias

Classificação genotípica

Monogênicas poligênicas

Causas: Defeitos na síntese de LDL, no transporte do retículo plasmático e

complexo de Golgi, na ligação ao receptor, internalização e dissociação

da LDL.

Classificação Fenotípica

Secundárias Causas: Hipotireoidismo, Obesidade, DM, Síndrome

nefrótica, insuficiência renal crônica, sedentarismo, uso indiscriminado de determinados medicamentos

SBC,2001; SBC, 2007;

Page 26: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Outros Fatores de risco para as Dislipidemias

Hábitos alimentares inadequados

Idade Sexo

Dislipidemias

Ingestão excessiva de gorduras e carboidratos simples

Aumento da prevalência progressiva com a idade

Maior prevalência entre as mulheres

AHA (2001); RIQUE et al (2002) OLIVEIRA & MANCINI FILHO (2005)

Page 27: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Terapia Nutricional da Obesidade

Page 28: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Aconselhamento em saúde Relação de confiança entre os interlocutores è possibilitar que o paciente se

reconheça como sujeito de sua própria saúde.

Aconselhamento em Saúde

Fomentar reflexões

Identificar barreiras

Estimular a autonomia

Mudanças de comportamento

BASSICHETTO & REA (20078) GUIDON et al (2009) ; SIQUEIRA et al (2009)

Page 29: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Aconselhamento nutricional

�  Análise do problema alimentar em seu contexto biopscossociocultural

�  Enfrentamento das dificuldades

Aconselhamento nutricional

Mudanças permanentes e efetivas nos hábitos de vida

RODRIGUES et al (2005)

Page 30: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Aconselhamento nutricional

Aspectos potencialmente limitantes

Efetividade do aconselhamento nutricional

Duração

Infraestrutura

Condições Financeiras

Suporte Social Intensidade

Tempo de espera

Presteza da equipe

SANTOS et al ; RODRIGUES & BOOG (2006)

Page 31: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Diagnóstico Nutricional �  Deve ser realizado com base na análise conjunta de todas as

informações escritas anteriormente

�  Identificar, junto com o usuário, os aspectos passíveis de modificações e as estratégias necessárias para promoção de sua saúde;

�  Abordagem inicial: princípios e orientações básicas

�  As metas de emagrecimento devem ser pactuadas junto com o usuário, e o profissional deve reforçar o apoio ao autocuidado. (BRASIL, 2006ª)

Page 32: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Objetivos do tratamento Nutricional �  Promover balanço energético negativo; �  Para indivíduos com o IMC > 30 kg/m²: redução

ponderal de 10% do peso atual; Redução de no máximo 0,5 kg por semana (WHO

1996,2004) �  Diminuir os depósitos de gordura abdominal; �  Reduzir o risco de comorbidades associadas ou se já

presentes, obter sua estabilização;

BRASIL (2006) ; CARVALHO et al (2009)

Page 33: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Objetivos do tratamento Nutricional �  A redução de 1 kg de massa corporal leva à redução de 1,2

a 1,6 mmHg na pressão arterial sistólica e de 1,0 a 1,3 mmHg na pressão arterial diastólica;

�  Promoção de hábitos alimentares saudáveis (redução do consumo total de gorduras, de açucares simples e sódio; e aumentar a ingestão de vitaminas, minerais e fibras);

�  Incentivo à prática de atividade física;

Brasil (2006ª); ABESO (2009); Carvalho et al (2009).

Page 34: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Intervenção Nutricional �  As intervenções podem ser:

�  Específicas e individualizadas; � Em grupos: utilizando a metodologia transteórica e

apoio ao autocuidado Esses assuntos serão abordados no caso Samuel!

�  É importante oferecer opções de escolhas ao paciente para que ele possa decidir a mais adequada;

�  Deve-se considerar a escolaridade, os recursos sociais e econômicos disponíveis ao paciente e sua família, tanto no planejamento quanto na execução das intervenções;

Page 35: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Intervenção Nutricional

�  Objetivos quantificáveis facilitam o entendimento do paciente e posterior avaliação da adesão ao tratamento;

�  Executar as mudanças aos poucos, na medida em que

o sucesso nas primeiras orientações seja atingido;

�  Uma vez atingida a meta prioritária, buscar mudanças adicionais.

RODRIGUES et al, 2005; MAHAN & ESCOTT-STUMP (2010)

Page 36: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Planejamento da intervenção nutricional

�  MACRONUTRIENTES Ø Carboidratos : 55 a 60% do Valor Energético Total

(VET); •  FIBRAS: 20 a 30 g/dia •  Açucares simples: até 10% do VET; •  Atenção especial para a frutose

Maior estímulo a síntese de triglicérides em comparação com a

glicose

CONSENSO LATINO AMERICANO DE OBESIDADE (1998); BRASIL (2006); FERREIRA et al (2009);

Page 37: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Planejamento da intervenção nutricional

�  MACRONUTRIENTES Ø Proteínas: 15 a 20% do VET;

•  Atenção com dietas hipoprotéicas: aumentam os níveis plasmáticos de citocinas pró-inflamatórias (TNFα, IL-1, IL-6) e de proteínas de fase aguda;

•  Dietas hiperprotéicas não são recomendadas;

Dieta indutora de estresse inflamatório

CONSENSO LATINO AMERICANO DE OBESIDADE (1998); FERREIRA et al (2009);

Page 38: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Planejamento da intervenção nutricional

�  MACRONUTRIENTES Ø Lipídios: 20 a 25% do VET

•  Ácidos Graxos saturados (AGS): < 7%; •  Ácidos Graxos monoinsaturados (AGM): > 10% •  Ácidos Graxos poliinsaturados (AGP): 10% •  Ácidos Graxos Trans : <1%; •  Colesterol : até 300 mg/dia.

CONSENSO LATINO AMERICANO DE OBESIDADE (1998); BRASIL (2006); IOM(2002);

Page 39: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

ÁCIDOS GRAXOS DA DIETA �  Ácidos Graxos Saturados (AGS)

� Aumentam o risco de doença cardiovasculares, incluindo doenças coronarianas e AVC;

� Aumenta a lipogênese hepática; � Aumenta o risco de desenvolvimento de

dislipidemias;

�  Ácidos Graxos (AG) Trans � Em comparação com os AGS acarretam maior risco

para DCV; � Também provocam queda de HDL;

Page 40: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

� Ácidos Graxos monoinsaturados (AGM) � Melhoria dos níveis de TG; � Queda do colesterol total;

� Ácidos Graxos Poliinsaturados (AGP) � Queda da massa de gordura e da hipertrofia dos

adipócitos; � Efeitos positivos sobre CT, LDL e TG;

Fontes: Óleos vegetais (Oliva e canola); azeitona, abacate, oleaginosas (amendoim, castanhas, nozes,

amêndoas)

Fontes: Óleos vegetais (soja, canola e linhaça), peixes de águas frias (cavala, sardinha, salmão,

arenque). SBC, 2001;; SBC, 2007,; FAGHERAZZI et al, 2008;

Page 41: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Planejamento da intervenção nutricional

� MICRONUTRIENTES � Conforme recomendação da Diet Reference

Intake (DRI) para idade e sexo;

IOM, 2012;

Page 42: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Outras recomendações �  Realizar pelo menos 3 refeições e 2 lanches saudáveis

diariamente; �  Consumir diariamente 3 porções de vegetais; �  Acrescentar leguminosas às refeições; �  Consumir todos os dias 3 porções do grupo do leite è

preferir desnatado; �  Consumir diariamente 1 porção de carnes, aves, peixes ou

ovos; �  Evitar alimentos ricos em açúcar, sal, gorduras saturas e

trans; �  Ingerir 2 litros ou mais de água por dia �  Consumir peixes de 1 a 2 vezes por semana è Reduz o

risco de morte coronária em 36%;

BRASIL, 2006B;

Page 43: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

�  Orientar os usuários com relação ao planejamento da alimentação cotidiana; Ø Exemplos de cardápios; Ø Receitas saudáveis; Ø Orientação de compra, armazenamento e preparo dos

alimentos; �  Podem também ser utilizados nas consultas individuais e

nos grupos alguns materiais educativos; �  Finalização da consulta: pequeno resumo do que foi

conversado e pactuado � Momento apropriado para convidar o usuário a participar de

atividades em grupo; � Caso seja necessário apoio especializado, referenciar para

outros profissionais.

Outras recomendações

BRASIL, 2006

Page 44: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Cirurgia bariátrica

Page 45: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Indicações �  Indivíduos que apresentem IMC ≥50 Kg/m²;

�  Indivíduos que apresentem IMC ≥40 Kg/m², com ou sem comorbidades, sem sucesso em tratamento clínico realizado na Atenção Básica e/ou na Atenção Ambulatorial Especializada durante dois anos;

�  Indivíduos com IMC > 35 kg/m2 e afetado por comorbidades (doenças agravadas pela obesidade e que melhoram quando a mesma é tratada de forma eficaz) que ameacem a vida, tais como Diabetes Mellitus tipo 2, apneia do sono, Hipertensão Arterial Sistêmica de difícil controle, dislipidemia grave, doença coronariana, doenças articulares degenerativas, sem sucesso no tratamento clínico durante pelo menos dois anos.

(BRASIL, 2012)

Cirurgia bariátrica

Page 46: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Cirurgia Bariátrica

Pós-operatório manutenção de dietas com restrição calórica Podendo levar a distúrbios metabólicos como:

•  Desidratação; •  Desequilíbrio hidroeletrolítico; •  Hipotensão ortostática; •  Aumento da concentração de ácido úrico; • Carências vitamínicas-minerais; • Até desnutrição energética-protéica.

(FARIAS et al., 2006)

Page 47: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Contra indicações para cirurgia bariátrica �  Presença de quadros psicóticos ou demências graves ou moderadas; �  Uso de drogas ilícitas ou alcoolismo; �  Pacientes com depressão grave e com história recente de tentativa de suicídio, �  Quadros bulímicos que não estejam em acompanhamento; �  Pacientes com doença cardiopulmonar grave e descompensada que

influenciem a relação risco-benefício; �  Pacientes com hipertensão portal, com varizes esofagogástricas; doenças

imunológicas ou inflamatórias do trato digestivo superior que venham a predispor o indivíduo a sangramento digestivo ou outras condições de risco;

�  Portadores de doença endócrina (Síndrome de Cushing decorrente de hiperplasia na suprarrenal não tratada e tumores secretores);

(BRASIL, 2012)

Cirurgia bariátrica

Page 48: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

DIFICULDADES NO TRATAMENTO DA OBESIDADE

Page 49: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Indivíduo obeso

Sofrimento Psicológico

Preconceito social

Discriminação contra

obesidade

Características do seu

comportamento alimentar

(BERNARDI et al., 2005)

Dificuldades no Tratamento

Page 50: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

�  Indivíduos obesos à subestimam a quantidade de energia ingerida è 70% dos obesos informam valores fisiologicamente improváveis de energia ingerida;

� Mulheres à sub-relato com ocorre com maior freqüência à maiores pressões culturais e sociais;

�  Soluções disponíveis para combater a obesidade são limitadas.

(BERNARDI et al., 2005; NONINO-BORGES et al., 2006)

Dificuldades no Tratamento

Page 51: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Terapia nutricional da dislipidemia

Page 52: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Hipercolesterolemia �  Reduzir o consumo de alimentos fontes de gorduras

saturadas: � Carnes gordurosas � Pele de aves � Leite e derivados integrais; � Alguns óleos vegetais como de coco e dendê;

�  Reduzir o consumo de alimentos ricos em colesterol: � Frios e embutidos; � Frutos do mar � Pele de aves; � Leite e derivados integrais;

SBC (2007)

Page 53: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Hipertrigliceridemia �  TERAPÊUTICA NUTRICIONAL �  Dieta hipocalóricaè Redução ponderal

�  Adequação no consumo de carboidratos e gorduras

Terapia mais eficaz na redução dos lipídios e das lipoproteínas plasmáticas;

Indivíduos com níveis muito elevados de triglicérides devem ingerir no máximo 15% do VET na forma de gordura

Restringir o consumo de açúcares simples a 5% do VET

SBC (2007)

Page 54: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Hipertrigliceridemia

�  Controle da hiperglicemia; �  Restrição total do consumo de álcool; �  Incentivo à prática de exercícios físicos;

SBC (2007)

Page 55: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Proteínas da soja �  Ingestão de 25 gramas/dia pode reduzir o colesterol

plasmático (-6% do LDL-C). �  Dados disponíveis são contraditórios quanto aos

efeitos do TG e HDL; �  Principais fontes de soja na alimentação são:

• Óleo de soja; • Molho de soja;

• Queijo de soja (Tofu); • Leite de soja;

• Feijão de soja (Grãos); • Concentrado protéico de soja

• Proteína texturizada de soja (PTS)

SBC (2007)

Page 56: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Antioxidantes �  Podem potencialmente estar envolvidos na prevenção

da aterosclerose por inibirem a oxidação da LDL, reduzindo sua aterogenecidade;

�  Não há evidências de que a suplementação de antioxidantes previnam manifestações clínicas da aterosclerose, portanto não são recomendadas;

A alimentação rica em frutas e vegetais diversificados fornece doses apropriadas de

substâncias antioxidantes.

SBC (2007)

Page 57: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Considerações finais �  Embora o tema abordado seja discutido amplamente, ainda

persistem muitos desafios à prevenção e ao controle da obesidade e dislipidemias, assim como de suas complicações em todo o mundo;

�  É preciso que o conhecimento se reflita em educação e ação de modo que a questão seja trabalhada de forma ampla e resolutiva;

�  Para isso a atualização dos profissionais é essencial, bem como a abordagem multidisciplinar do paciente, o qual d e v e s e r c o n s i d e r a d o e m s e u c o n t e x t o biopsicossocialcultural.

Page 58: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Referências Bibliográficas �  BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de vigilância em Saúde. Secretaria de

gestão Estratégica e Participativa. Vigitel Brasil 2011: Vigilância de fatores de risco para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília. 2011.

�  BRASIL. Portaria cirurgia bariátrica. Em consulta pública.2012 �  BRESSAN, J; HERMISDOFF, H.H.M. A epidemia da obesidade: a causa, o

tratamento e o ambiente.In:MOREIRA, E.A.M.;CHIARELLO, P.G. Atenção Nutricional: dietoterápica em adultos. Rio de Janeiro, RJ. Guanabara Koggan. P. 75-97, 2008.

�  CARVALHO, K.M.B.; DUTRA, E.S.;ARAUJO, M.S.N. obesidade e Síndrome metabólica. In: CUPPARI, Lilian. Nutrição na doença crônica não transmissível. Barueri,SP: Manole, p.71-142, 2009.

�  CAVALCANTI, C.L. et al. Programa de intervenção nutricional associado a atividade física: discurso de idosas obesas. Ciência & Saúde Coletiva, v.16, n5, p 2383-90, 2011.

�  CONSENSO LATINO AMERICANO EM OBESIDADE. Federação latino americana de Sociedade de obesidade. Rio de janeiro, 1998.

Page 59: Apresentação 2   obesidade e dislipidemias

Referências Bibliográficas �  DUCHINI, L.; JORDÃO, A.A.; BRITO, T.T.;DIEZ GARCIA, R.W. Avaliação e

monitoramento do estado nutricional de pacientes hospitalizados: uma proposta apoiada na opinião da comunidade cientifica. Rev. Nutr.[serial on the internet], v. 23, n. 4, p.513-522,2010.

�  DUPLUS,E.; GLORIAN, E.; FOREST,C. fatty Acid regulation of gene transcription. J. Biol. Chemistry. V.275, n.40,p 30749-52,2000.

�  FAGHERAZZI, S.; DIAS, R.J.; BORTOLON, E. Impacto do exercício físico isolado e combinado com dieta sobre os níveis séricos de HDL, LDL, colesterol total e triglicerídeos. Rev Bras Med esporte, v.14, n.4,p.381-6,2008.

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