aprendizagem de leitura” - operação de migração para ... · contato a vários tipos de...

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Título:” A Sala de Apoio à Aprendizagem (SAA) como Alternativa ao Ensino eAprendizagem de Leitura”Autor Helena Aparecida Gualtieri PratesEscola de Atuação Colégio Estadual Antônio Maximiliano Ceretta

Município da escola Marechal Cândido Rondon

Núcleo Regional de Educação ToledoOrientador Terezinha Corrêa Lindino

Instituição de Ensino Superior IES- Universidade Estadual do Oeste do Paraná-UNIOESTE- Campus de Marechal Cândido Rondon

Disciplina/Área (entrada no PDE) Língua PortuguesaProdução Didático-pedagógica Unidade DidáticaRelação Interdisciplinar(indicar, caso haja, as diferentesdisciplinas compreendidas notrabalho)Público Alvo(indicar o grupo com o qual oprofessor PDE desenvolveu otrabalho: professores, alunos,comunidade...)

Alunos de 5ª série/6ºano e 6ª série/7ºano (os quefrequentaram ou frequentam a Sala de Apoio àAprendizagem) do Colégio Estadual Antônio MaximilianoCeretta

Localização(identificar nome e endereço daescola de implementação)

Colégio Estadual Antônio Maximiliano Ceretta- RuaCosta e Silva,1350, Jardim Social

Apresentação:(descrever a justificativa, objetivose metodologia utilizada. Ainformação deverá conter nomáximo 1300 caracteres, ou 200palavras, fonte Arial ou TimesNew Roman, tamanho 12 eespaçamento simples)

A leitura representa uma atividade de grande importância paraa vida de cada indivíduo, por meio dela podemos interagir ecompreender o mundo a nossa volta. Ler é uma práticabásica, essencial; é uma das competências mais importantesa serem trabalhadas; é familiarizar-se com diferentes textosproduzidos em diferentes esferas; é superar a atividade dedecodificação das palavras e utilizar esses códigos comoponto de partida, fazendo com que o aluno relacione aspartes de um texto e torne-se um leitor apto a identificar osaspectos discursivos do mesmo.O projeto será com alunos que frequentaram ou frequentam aSala de Apoio. O assunto do estudo é o ensino e aaprendizagem de leitura segundo a metodologia Freinet; otrabalho será a continuidade das práticas desenvolvidas naSAA, com atividades lúdicas visando o desenvolvimento daleitura, da escrita e da oralidade, por meio de textos e fontesdiversificadas. Pretende-se possibilitar aos alunos a escolhade suas leituras, de dificuldades crescentes,permitindo ocontato a vários tipos de leitura.Para alcançar os objetivosserão executadas as seguintes atividades:- Leitura e escrita de diversos gêneros;- Interpretação simbólica;- Construção de novos símbolos;- Decifrar símbolos e formação de frases;- Produção de textos.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Leitura- Metodologias Alternativas- Uso da Língua Escrita

FICHA PARA CATÁLOGOPRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

2011

GOVERNO DO PARANÁ SECRETARIA DE

ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

HELENA APARECIDA GUALTIERI PRATES

Unidade didática

A SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM (SAA) COMOALTERNATIVA AO ENSINO E À APRENDIZAGEM DE LEITURA

MARECHAL CÂNDIDO RONDON-PARANÁ

2011

GOVERNO DO PARANÁ SECRETARIA DE

ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

HELENA APARECIDA GUALTIERI PRATES

UNIDADE DIDÁTICA

A SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM (SAA) COMOALTERNATIVA AO ENSINO E À APRENDIZAGEM DE LEITURA

Unidade Didática, apresentada como requisitoobrigatório de Participação no Programa deDesenvolvimento Educacional – PDE, na área deLíngua Portuguesa,da Secretaria Estadual daEducação- SEED- Universidade do Oeste do Paraná-Marechal Cândido Rondon –Pr.

Orientadora: Terezinha Corrêa Lindino

Marechal Cândido Rondon-Pr

SUMÁRIO

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO...........................................................................05

APRESENTAÇÃO.............................................................................................05

O QUE É LEITURA............................................................................................06

OBJETIVO GERAL............................................................................................07

OBJETIVOS ESPECÍFICOS..............................................................................07

INTRODUÇÃO...................................................................................................07

CONVITE A LEITURA E ESCRITA...................................................................12

CANTO 1: VAMOS LER E ESCREVER............................................................13

CANTO 2: VISUALIZAÇÃO X INTERPRETAÇÃO..........................................17

CANTO 3: CONSTRUÇÃO DE NOVOS SÍMBOLOS ......................................19

CANTO 4: DECIFRAR SÍMBOLOS E FORMAÇÃO DE FRASES ...................21

CANTO 5 : PRODUÇÃO DE TEXTO.................................................................23

INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................26

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Dados de Identificação:

Professor: Helena Aparecida Gualtieri Prates

Área: Língua Portuguesa

NRE: Toledo

Orientadora: Terezinha Corrêa Lindino

IES: Universidade Estadual do Oeste do Paraná- UNIOESTE- Campus

Marechal Cândido Rondon

Escola para Intervenção: Colégio estadual Antônio Maximiliano Ceretta

Público alvo da intervenção: Alunos de 5ªsérie/6ºano e 6ª série/7ºano (os que

frequentaram ou frequentam a Sala de Apoio à Aprendizagem).

Tema:

A METODOLOGIA FREINET E O ENSINO-APRENDIZAGEM DE LEITURA

Título:

A SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM (SAA) COMO ALTERNATIVA AOENSINO E À APRENDIZAGEM DE LEITURA

APRESENTAÇÃO

Esta Unidade Didática faz parte do Plano de Desenvolvimento

Educacional do Governo do Estado do Paraná- PDE/2010, referente ao ensino

da leitura segundo a metodologia Freinet, com alunos de 5ª série/6º ano e 6ª

6

série/7º ano frequentadores da Sala de Apoio à Aprendizagem (SAA) do

Colégio estadual Antônio Maximiliano Ceretta, localizado no município de

Marechal Cândido Rondon, do Núcleo Regional de Toledo.

Pretende-se com esta Unidade Didática possibilitar aos alunos a

escolha de suas leituras com níveis de dificuldades crescentes e fazer com que

os mesmos sejam capazes de relacionar-se com textos, com as informações

implícitas e perceber as relações com outros contextos.

O objetivo deste trabalho é desenvolver uma proposta de

encaminhamento, com sugestões de atividades, utilizando a metodologia

Freinet, de modo a analisar diversas leituras em suas diferentes dimensões.

Pretende ainda desenvolver ações alternativas para tornar os alunos leitores

aptos ao contexto da palavra mundo.

O QUE É LEITURA

A leitura é imprescindível na formação dos alunos. Para se formar um

leitor, ele necessitará realizar um trabalho de construção de significação do

texto a partir do conhecimento linguístico e da intencionalidade do autor. “Ler é

uma prática básica, essencial, indispensável para a aprendizagem”.

(RANGEL,1991, p.10).

Ao “Ler o mundo [deve-se] assumir-se com sujeito da própria história. É

ter consciência dos processos que interferem na sua existência como ser social

e político”, nos aponta Freire (1996, p.7). Por conseguinte, ainda segundo o

autor,

Ler é uma operação inteligente, difícil, exigente, masgratificante (...) é procurar ou buscar criar a compreensão dolido, (...) é engajar-se numa experiência criativa em torno dacompreensão. Da compreensão será tão mais profunda quantosejamos nela capazes de associar-se. (FREIRE, 1996, p. 29-30).

Aprender a ler, a escrever, alfabetizar-se é aprender a ler o mundo,

compreender o seu contexto como relação dinâmica que vincula linguagem e

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realidade. O indivíduo só é capaz de fazer leitura permanente do mundo,

quando consegue captar o que se apresenta por meio do dinamismo deste

mundo para nele interferir a atuar. Nesse sentido, o sujeito que produz uma

leitura a partir de sua posição, interpreta.

A leitura representa uma atividade de grande importância para a vida

de cada indivíduo, pois, por meio dela podemos interagir e compreender o

mundo a nossa volta e sua própria formação, contribuindo para o crescimento e

participação ativa e crítica na sociedade. Ler o mundo é assumir-se.

OBJETIVO GERAL

Definir e analisar os tipos de estímulos de leitura ao aluno do Ensino

Fundamental, buscando torná-lo um leitor apto a identificar os aspectos

discursivos do texto.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Conceituar o que é leitura da palavra e de mundo;

Identificar os tipos de estímulos existentes na literatura;

Selecionar técnicas de leitura apropriadas para o Ensino Fundamental

(5ª série/6º ano, 6ª série/ 7º ano);

Analisar diferentes leituras em suas diferentes dimensões: o dever, a

necessidade e o prazer de ler;

Discutir a utilização da diversidade textual e a intertextualidade, por meio

de textos de diferentes tipos (verbais e não-verbais, literários,

informativos, poéticos, publicitários, humorísticos, opinativos) e gêneros

(contos, fábulas, notícias, reportagens).

INTRODUÇÃO

O ensino de Língua Portuguesa tem sido objeto de intensas reflexões

críticas a partir da década de 1940. Tem havido, nesses anos, uma crescente

consciência da precariedade dos resultados do ensino da língua materna no

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Brasil. Dados estatísticos provam que o sistema de ensino apresenta graves

dificuldades de leitura e compreensão de textos.

É sabido que todo país precisa investir na educação e dar condições

de aprendizagem intelectual, pois o acesso à leitura desenvolve o

conhecimento e conscientiza o homem de seus direitos e deveres como

cidadão. Hoje o grande volume de informação exige que este cidadão tenha a

capacidade de ler e interpretar textos em múltiplas linguagens.

É sabido também que sem o processo de letramento, torna-se mais

difícil ter acesso às informações e, principalmente, estabelecer relações entre

aquelas que já estão ao nosso alcance.

Segundo Soares (2001, p. 36), hoje devemos ter clareza de que o

“[...] alfabetizado é quem aprende a ler e a escrever e passa a usar a leitura e a

escrita, a envolver-se em práticas de leitura e de escrita, tornando-se uma

pessoa diferente, adquire um outro estado, uma outra condição”. Afirma ainda

que “Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e escrever dentro de um

contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do

aluno”.

Freire afirma que

Ler é uma operação inteligente, difícil, exigente, masgratificante. Ninguém lê ou estuda autenticamente se nãoassume, diante do texto ou do objeto da curiosidade a formacrítica de ser ou de estar sendo sujeito da curiosidade, sujeitoda leitura, sujeito do processo de conhecer em que se acha.Ler é procurar buscar criar a compreensão do lido; daí, entreoutros pontos fundamentais, a importância do ensino correto daleitura e escrita. E que ensinar a ler é engajar-se numaexperiência criativa em torno da compreensão. Dacompreensão e da comunicação (1996, p.29-30).

Dentro do mesmo viés, Freire e Macedo enfatizam que

Ler é estar familiarizado com diferentes textos produzidos emdiversas esferas. É superar a atividade de decodificação daspalavras e utilizar esses códigos como ponto de partida para aprodução de sentido, que se dá na articulação entre o que se lêe o que se sabe sobre o que se lê (1990, p. 98).

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Nas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do

estado do Paraná, a leitura é entendida como um processo de produção de

sentido. “No ato da leitura, um texto leva a outro e orienta para uma política de

singularização do leitor que participa da elaboração dos significados,

confrontando-o com o próprio saber, com sua experiência de vida”. (SEED,

2008, p.57).

O processo de leitura deve garantir que o leitor compreenda os diversos

textos que se propõe a ler. Ele precisa perceber que com a leitura poderá ter

variados objetivos: para aprender, para obter informação, para seguir

instruções, por prazer, para comunicar um texto a outras pessoas, para ter

conhecimento do mundo e que não basta apenas ler, mas é importante

analisar, interpretar e conhecer para agregar valor à atividade ou necessidade

que se tem.

Assim, ao pensarmos nos benefícios da leitura devemos pensar em

formas de aplicação e desenvolvimento da leitura em sala de aula.

Desta forma, a Pedagogia Freinet é uma proposta que tem a intenção de

modernizar a escola, para que esta seja uma escola do povo, buscando formar

um homem mais livre, mais responsável.

O autor aponta que é necessário conhecer a natureza ao homem e dar

consciência do que ele é, do que quer e dar instrumentos necessários para que

ele possa superar as dificuldades. Ele ainda enfatiza que o aprender deveria

passar pela experiência vida e isso só é possível pela ação, por meio do

trabalho (pesquisa, documentação e experimentação).

É muito importante o trabalho, uma vez que, este deverá ser o centro de

toda a atividade. Outro aspecto importante é a liberdade, relativa e não

desvinculada a vida e do trabalho de cada um. Para Freinet, a liberdade é a

possibilidade do ser humano vencer obstáculo.

Desta forma, o autor nos apresenta técnicas pedagógicas que pudessem

envolver as crianças no processo de aprendizagem, independente da diferença

de caráter, inteligência ou meio social. “[...] o processo de aprendizagem visa

aprimorar os diversos conhecimentos. Este conhecimento deve propiciar a

prática, a discussão e a leitura de diferentes esferas sociais”. (ELIAS, 2010,

p13).

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Segundo Oliveira (apud ELIAS, 2010, p. 139),A classe Freinet é um lugar de produção onde o professor ealunos discutem os conhecimentos básicos da aprendizagem:tudo nela evoca o trabalho produtivo, até o vocabulário usadopelo educador: a classe é um canteiro de obras, ela se divideem oficinas onde é fundamental a presença de ferramentas e ouso de técnicas de trabalho.

Ao docente caberia despertar, manter alerta e tornar eficiente o espírito

de busca constante sempre respeitando os direitos do ser humano: “[...] o de

ser respeitado e valorizado, desenvolvendo a capacidade criativa e imaginativa

que cada pessoa tem dentro de si”. (ELIAS, 2010, p. 13). Assim, a escola

deveria estar inserida no seio da natureza onde a criança possa desenvolver a

inteligência, familiarizar-se com as primeiras práticas escolares.

[...] Somente a revolução social daria valor à educação nova.Portanto, a sala de aula passa a ser o lugar aonde professor ealunos discutem os conhecimentos básicos da aprendizagem.Cabe ao docente despertar, manter alerta e tornar eficiente oespírito de busca constante sempre respeitando os direitos doser humano: o de ser respeitado e valorizado, desenvolvendo acapacidade criativa e imaginativa que cada pessoa tem dentrode si. (ELIAS, 2000, p. 36).

A autora nos esclarece que os conceitos-chave da proposta de Freinet

são dois: o trabalho e a livre expressão. Para fundamentar a sua pedagogia,

Freinet apóia-se em quatro princípios (eixos):

- Cooperação (construção do conhecimento comunitariamente): o social

permite desenvolver entre as crianças e professores relações que conduzem a

organização de vários modos de trabalho.

- Comunicação (como forma de integrar, formalizar, transmitir e divulgar o

conhecimento): por meio de conversa livre, textos livres, expressão corporal,

debates, proporcionar uma aprendizagem real.

- Documentação: com o chamado livro da vida, registro da história que se

constrói diariamente.

- Afetividade: elo de ligação entre as pessoas e o objeto do conhecimento.

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“A sua metodologia parte do impulso criador da criança, riqueza do meio

educativo e técnicas adequadas construindo três princípios fundamentais”.

(ELIAS, 2010, p. 64). São eles:

a. Tateamento Experimental: Eixo em torno do qual giram todas as

aquisições infantis, ou seja, ações que o indivíduo pratica para chegar

às próprias descobertas. (p.57)

b. Livre Expressão: O meio de expressão privilegiado da criança é o

imaginário- o texto livre, nova forma de trabalhar. A leitura e a escrita

que não dissocia a escola da vida. (p. 61)

c. Vida Cooperativa: Freinet concebe um movimento cooperativo, de

ajuda mútua, que não abolia as individualidades. (p. 64)

Freinet criou algumas técnicas pedagógicas. Uma delas seria a aula

passeio, pois acreditava que o interesse da criança não estava na escola e sim

fora dela. Além dessa técnica outras como auto-avaliação; auto-correção;

correspondência interescolar; fichário de consulta; imprensa escolar; livro da

vida; plano de trabalho e texto livre foram indicadas como alternativa.

Para Freinet (apud ELIAS, 2010, p. 90),

[...] o principal fim da educação é o crescimento pessoal esocial do indivíduo, elevar a criança a um máximo dehumanidade, preparando-a não apenas para a sociedade atual,mas para uma sociedade melhor, fazendo-a avançar o maispossível em conhecimento.

No caminho da educação tudo é vida e alegria. Basta o desejo de

conhecer e a disposição para realizar, de forma concreta uma estrutura aberta,

num clima de liberdade, de afetividade e co-responsabilidade, afirma Freinet

(apud ELIAS, 2010).

Cada criança tem seu próprio tempo, umas conseguem mais

rapidamente apoderar-se de uma experiência e automatizá-la e outras

demoram mais, precisam de vários estímulos. O importante é saber que todos

chegam lá. (ELIAS, 2010, p. 86).

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Fonte: www.dominiopublico.gov.br(2011)

ATIVIDADES

CONVITE A LEITURA E ESCRITA

Por meio de várias opções de trabalho com recursos, objetivando a

aprendizagem de leitura por alunos, com esta dificuldade específica,

trataremos a seguir algumas sugestões de atividades que podem contribuir

com o trabalho do professor de Língua Portuguesa na Sala de Apoio à

Aprendizagem. Por ser atividades diversificadas, cada professor pode e deve

adaptá-las às necessidades específicas de seus alunos.

PROFESSORES

Fonte:www.dominiopublico.gov.brl (2011)

A aprendizagem e aapropriação da língua éum momento de apreensão,portanto, apresente aspropostas de trabalho destaunidade com entusiasmo,enfatizando a realnecessidade das mesmas.

Ler é uma operação inteligente, difícil, exigente,mas gratificante. Ninguém lê ou estudaautenticamente se não assume, diante do texto oudo objeto da curiosidade a forma crítica de ser ou deestar sendo sujeito da curiosidade, sujeito da leitura,sujeito do processo de conhecer em que se acha.Ler é procurar buscar criar a compreensão do lido;daí, entre outros pontos fundamentais, aimportância do ensino correto da leitura e escrita. Eque ensinar a ler é engajar-se numa experiênciacriativa em torno da compreensão. Da compreensãoe da comunicação. (FREIRE, p. 29-30).

Canto 1: VAMOS LER E ESCREVERDuração: 10 min.

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A atividade abaixo tem como objetivo proporcionar o contato com ampladiversidade de texto possibilitando a leitura e interpretação de textos (verbal enão-verbal) desenvolvendo a compreensão de sequência da escrita e ideiascontidas no texto por meio de cópia.

Dicas:

Para a realização deste trabalho observe:

Antes de começar dê a eles um momento para exploração do material;

Leve para a sala diversos textos de diversos gêneros e distribua aos

alunos;

Peça que eles façam uma leitura silenciosa;

Escolha (direcionando) o texto que será trabalhado em forma de cópia;

A seguir facilitar para que comecem a copiar a respectiva história.

Você sabe o que são Gêneros textuais?

PROFESSORES

Fonte:www.dominiopublico.gov;brl (2011)

Neste momento éimportante que se façauma leitura do textoantes que os discentesfaçam a cópia.

Segundo Bronckart (2003), gêneros são ostextos que circulam em nossa sociedade,presentes no nosso dia-a-dia, seja em nossacasa, no trabalho, na rua, na igreja, no mercado,enfim espalhados por todos os lugares. Por ondeformos, encontraremos um texto de umdeterminado gênero nos informando, instruindo,persuadindo, ensinando, entre tantas funçõessociais que exercem.

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VAMOS AO TEXTO..A bruxa e o caldeirão

José Leon Machado

Quando preparava uma sopa com uns olhinhos de couve parao jantar, a bruxa constatou que o caldeirão estava furado. Não era muito, nãosenhor.Um furo pequeníssimo,quase invisível a olho nu, mas demasiadoevidente para o olho de uma bruxa experimentada como ela.Era toda via osuficiente para, pinga que pinga, ir vertendo os líquidos e ir apagando o fogo.Nunca tal lhe tinha sucedido.

Foi consultar o livro de feitiços, adquirido no tempo em que andava atirar o curso superior de bruxaria por correspondência, folheou-o de ponta aponta, confirmou no índice e nada encontrou sobre a forma de resolver o caso.Que haveria de fazer? Uma bruxa sem caldeirão era como padeiro sem forno.De que forma poderia ela agora preparar as horríveis poções?

Para as coisas mais corriqueiras tinha a reserva de frascos. Mas se lheaparecia um daqueles caso sem que era necessário preparar uma mistela?Como o caso da filha de um aldeão que engolira uma nuvem e foi preciso fazerum vomitório especial com trovisco, rosmaninho,três dentes de alho, umasemente de abóbora seca, uma asa de morcego e cinco aparas de unhas degato.Se a moça vomitou a nuvem? Pois não haveria de vomitar?Com apotência do remédio, além da nuvem, vomitou uma grande chuvada de granizoque furou os telhados das casas em redor.

Era muito aborrecido aquele furo no caldeirão. Nem a sopa do dia-a-diapodia cozinhar, Mantinha-se a pão e água, que remédio, enquanto nãoencontrasse uma forma de resolver o caso. Matutou dias seguidos no assuntoe começou a desconfiar se o mercador que lhe vendera o caldeirão na feira hámuitos anos atrás a não teria enganado com material de segunda categoria. Aela, bruxa inexperiente e a dar os primeiros passos nas artes mágicas, podiafacilmente ter-lhe dado um caldeirão com defeito.

Decidiu então ir à próxima feira e levar o caldeirão ao mercador.Procurando na secção das vendas de apetrechos de cozinha, a bruxa verificouque o mercador já não era o mesmo. Era neto do outro e, claro, não selembrava- nem podia- das tropelias comerciais do seu falecido avô. Ficoudesapontada. Perguntou-lhe, todavia, o que podia fazer com o caldeirão furado.O mercador mirou-o, remirou-o, sopesou-o com ambas as mãos e disse:

-Este está bom é para você pôr ao pé da porta a fazer de vaso.Com unspés de sardinheiras ficava bem bonito. A bruxa irritou-se com a sugestão e, não

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fosse a gente toda ali na feira a comprar e vender, transformava-o emsapo.Acabou por dizer:

- A solução parece boa, sim senhor.Mas diga-me cá: Se ponho o caldeirãoa fazer de vaso, onde cozinho eu depois?

- Neste novo que aqui tenho e com um preço muito em conta...A bruxaolhou para o caldeirão que o mercador lhe apontava, sobressaindo num montede muitos outros, de um brilhante avermelhado, mesmo a pedir que olevassem.A bruxa, que tinha os seus brios de mulher, ficou encantada.

O mercador aproveitou a ocasião para tecer os maiores elogios ao artigo,gabando a dureza e a grossura do cobre, os rendilhados da barriga, o feitio daasa em meia lua, a capacidade e o peso, tão leve como um bom caldeirãopodia ser, fácil de carregar para qualquer lado.

-Pois bem, levo-o. O mercador esfregou as mãos de contente.-Mas aviso-o acrescentou a bruxa: -Se lhe acontecer o mesmo que ao

outro, pode ter a certeza de que o transformarei em sapo. O mercador riu-sedo disparate enquanto embrulhava o artigo. A bruxa pagou três moedas deprata e foi para casa muito satisfeita com a compra. O caldeirão era realmenteuma maravilha. Bonitona sua cor nova e brilhante, cozia uma sopa enquanto odiabo esfrega um olho. E, então para preparar infusões, decocções, unguentose outras mistelas mágicas, pode dizer-se sem exagero que era bem melhor doque uma panela de pressão.Em relação ao caldeirão velho, a bruxa segui oconselho do mercador:pô-lo à entrada de casa, mas, em vez de uns pés desardinheiras, plantou-lhe duas hastes de arruda, por ser esta erva muito boacontra o mau olhado. O caldeirão velho, além de servir de vaso, tinha tambémuma outra função: quando o rato de estimação da bruxa acordava pelamanhã,fazia dele a sua casa-de-banho.

Os anos foram passando e a bruxa continuou no seu labor. Até que umdia deu por um furo no novo e agora velho caldeirão. Rogou uma pragatamanha que o neto do segundo mercador que lho vendera, a essa hora, emvez de estar a comer o caldo na mesa com a família, estava num charco aapanhar moscas.

Disponível em:www.dominiopublico.gov.br(2011)

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VAMOS TRABALHAR?Atividade 1: Façam a cópia da história acima.

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Outros títulos e autores:

- Fábulas de Esopo- Contos de Andersen- Dédalo e Icaro- Lendas urbanas- Irmãos Grim- Monteiro Lobato

Sites:- www.armazemdesonhos.com.br- www.lendoerelendogabi.com- www.sitededicas.uol.com.br- www.fabulasecontos.com.br- www.geocities.com.br

- Lendas do Paraná e Brasil

Canto 2: VISUALIZAÇÃO X INTERPRETAÇÃODuração: 5 min.

Nesta próxima atividade pretende-se desenvolver acompetência de percepção da leitura, despertando ointeresse e a concentração em relação aos maisdiferentes tipos de textos.

Dicas: Fonte: Disponível em www.dominiopublico.gov.br (2011)

PROFESSORESSelecione vários exemplos deste tipode exercício, tais como:

Fonte:www.dominiopublico.gov.brl (2011)

É importante que você envolvaos discentes na atividade aseguir, portanto estimule,propicie um momento deconhecer, utilizar e valorizara produção do exercício.

Crucigramas,Diagramas,Palavras cruzadas,Textos para completar.

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VAMOS TRABALHAR?1. Algumas letras sumiram! Será que foi um fantasma ou o vento que as

carregou? Substitua as figuras com a letra correspondente para fazersentido.

Vocês acreditam?

Helena Pinto Vieira

Há anta oisa para ssustar

A riancinha que é edrosa... O

ato preto, manso a isar,

A orujinha, tão autelosa,

O spantalho, oneco eio,

O alhacinho, azendo raça,

E o enino, que ambém veio,

E, qual antasma, orrendo assa...

orém ocê, que é alente,

ão eve nisto creditar, Pois

ada existe que, ealmente,

lgum de nós deva ssustar:

Nem ruxa elha, ssombração,

Nem o antasma na asa azia...

Isto são oisas que da maginação

Para ssustar, somente, cria...

Você sabia?

Adaptado para fins didáticos. Extraído do livro Omundo da criança. Rio de Janeiro: Delta, 1949.

Carta enigmática: Como o próprio nomediz é um tipo de texto com desenhos nomeio das palavras para serem decifrados.Pois, é justamente com cartas enigmáticasque faremos na atividade a seguir.

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E aí, você descobriu todas as letras que faltavam no poema?

O próximo passo é copiar o texto.

Lembre-se que o tempo estimado para esta atividade é de 5 min.

O aluno que terminá-la passa para a próxima atividade.

Os que não conseguirem terminar continuam na mesma atividade.

Canto 3: Construção de novos símbolosDuração: 20 min

Agora vamos partir para a terceira etapa.Para tanto, é necessário fazer com que o aluno percebao que está expresso nas atividades; que compreendamos símbolos fazendo uso de informações contidas nostextos, utilizando os conhecimentos prévios para arealização dos exercícios.

Dicas:

Fonte: Disponível em www.dominiopublico.gov.br(2011)

VOCÊ SABIA?

Crucigrama é o mesmo quepalavras cruzadas e Diagrama éa representação visualestruturado e simplificada de umdeterminado conceito.

Exemplo de crucigrama:

Deixe um espaço apropriado paraa efetivação da atividade;

A sala de aula deve ser umaoficina em que os alunos possamtrabalhar fazendo, refazendo atéconseguir terminar a atividade;

Deve-se frisar que o importantenão é o jogo ou ganhar; mas sim,o terminar a atividade bem feita.

Lembre-se que diferentessituações de aprendizagemmotivam os alunos, portanto levepara a sala diversos modelos decartas enigmáticas, que é a nossaterceira atividade.

Fonte: Disponível em www.portadasescolas.pt (2011)

20

VAMOS TRABALHAR?1 Decifre o texto enigmático abaixo. Escreva-o em seu caderno.

Fonte: Disponível em www. Cindalo.blogspot.com (2011).

21

PROFESSORES

Lembre-se...

Fonte:www.dominiopublico.gov.br(2011)

É importante utilizar o recursolúdico como atividademotivadora, pois isto é meiocaminho para a aprendizagemde questões específicas dalíngua portuguesa. O lúdicorevela-se uma ferramentaimportante, pois estimula um

Que o tempo estimado para estaatividade é de 20 min.

O aluno que terminá-la passa paraa próxima atividade.

Os que não conseguirem terminarcontinuam na mesma atividade.

Outras fontes para pesquisa:

- www.blogauladeportugues.blogspot.com;- www.eradoradio.com.br;- www.misturadealegria.blogspot.com;- www.denisevirginia.blogspot.com;- Palavras cruzadas diversas.

● ● ●

Dicas...● ● ●

Canto 4: Decifrar símbolos e formação de frasesDuração: 20 min.

Neste canto, iremos decifrar símbolos e formação de frases.Nele queremos, através de uma atividade que auxilia naformação de diversas palavras, que os alunos compreendamo que está expresso nas atividades; observe as informaçõescontidas nos textos, utilizando os conhecimentos préviospara a realização dos exercícios. Fonte: Disponível em www.dominiopublico.gov.br(2011)

Dicas: Antes de começar, dê a eles um momento de observação da atividade.

Leve para a sala vários tipos da atividade.

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VAMOS TRABALHAR?1. Observe o exercício.

Fonte: Disponível em www.sueli.informaticaeducativa.blogspot.com (2011)

2. Com todas as letras abaixo, você deverá formar uma única palavra, e, emseguida, com estas mesmas letras, formar o máximo possível de palavras dequatro letras ou mais, nas quais deverá estar presente a letra S.

OP T

I S M

L CA

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Palavra-chave:

01. Após 17. 33.02 18. 34.03. 19. 35.04. 20. 36.05. 21. 37.06. 22. 38.07. 23. 39.08. 24. 40.09. 25. 41.10. 26. 42.11. 27. 43.12. 28. 44.13. 29. 45.14. 30. 46.15. 31. 47.16. 32. 48.

Outras fontes de pesquisa

- Palavras cruzadas diversas

Sites:- www.a77.com.br;- www.fichasedesenhos.com;- www,alemdocaderno.blogspot.com;- www.emmarialucia.blogspot.com

Lembre-se que o tempoestimado para esta atividade éde 20 min.

O aluno que terminá-la passapara a próxima atividade.

Os que não conseguiremterminar continuam na mesmaatividade.

Canto 5 : PRODUÇÃO DE TEXTODuração: 35 min.

Produzir textos claros e coerentes de diferentes gêneros é o principal objetivoda próxima atividade. Levar em conta as condições de produção, ou seja, a

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função da escrita, o gênero do texto, objetivo eos interlocutores a quem a escrita está sedirigindo faz parte desta atividade.

PROFESSORES

VOCÊ SABIA?Fonte:www.dominiopublico.gov.br(2011)

Fonte: Disponível em www.dominiopublico.gov.br(2011)

Que as primeiras tentativas de se criar osistema de escrita aconteceu por volta de

40000 a.C; as primeiras inscrições eramfeitas por meio de desenho; os primeirosalfabetos apareceram na antiguidade;diferentes civilizações começaram atrabalhar com sistemas- Fenícios- Gregos-Romanos. No ano de 1522 o italianoLodovico Arrighi publicou o primeirocaderno de caligrafia dando origem aoestilo itálico. Dica:

É importante, num primeiromomento estabelecer aimportância da escrita. Frisarque escreveré interagir,comunicarem-se, quem tem oque dizer a quem dizer, ou seja,eu escrevo algo para alguémler e que, portanto, tenho quesaber usar todos os aspectos daescrita que possam comprometera compreensão do texto.

Selecione e leve para a salavários exemplos com atividadesdiversas para a produção.

Fonte: Disponível em www. Ligadosnahistoria.blogspot.com (2011)

VAMOS TRABALHAR?Você e seus amigos descobriram um velho casarão abandonado no final desua rua. Resolveram entrar para ver o que havia lá dentro.

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Fonte: Disponível em www.dominiopublico.gov.br(2011)

Escrevam o que viram no casarão. Não se esqueça de dar um título.

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Lembre-se...

Que o tempo estimado para esta atividade é de 35 min.

Que os alunos que não conseguirem terminar no tempo prevista podecontinuar produzindo.

Pesquise em várias fontes, pois todo gênero é passível de fazer umaprodução.

Essas são algumas atividades simples, mas eficientes para a realizaçãode um trabalho com os alunos da Sala de Apoio.

O lúdico, na prática atrai, envolve, diverte, ensina e contribui para aalegria, à diversão a vontade de aprender e se desenvolver.

INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

FREIRE, Paulo. A Importância doato de ler: em três artigos que se

completam, 7ª edição, São Paulo:

Cortez, 1999.

FREIRE, Paulo; MACEDO, Donaldo.

Alfabetização - leitura de mundo-

leitura da palavra. 2ª reimpressão.

Tradução Lólio Lourenço de Oliveira.

RJ: Paz e Terra. 1990.

SOARES, Magda. Letramento: umtema em três gêneros, 2ª edição. BeloHorizonte: Autêntica, 2001.

ELIAS, Marisa Del Cioppo. CélestinFreinet - Uma pedagogia de atividadee cooperação, 9ª edição. Petrópolis:Vozes, 2010.

PROFESSORES

Fonte:www.dominiopublico.gov.br(2011)

É importante, num primeiromomento estabelecer a importânciada escrita. Frisar que escrever éinteragir, comunicar-se, quem temo que dizer, à quem dizer, ou seja,eu escrevo algo para alguém ler eque portanto tenho que saber usartodos os aspectos da escrita quepossam comprometer a compreensãodo texto.