apple, o legado de um visionário

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Apple, o legado de um visionário Apple, o legado de um visionário

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Projeto para disciplina do curso de Comunicação Visual - UFRJ

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Apple, o legado de um visionárioApple, o legado de um visionário

Apple, o legado de um visionário

Apple, o legado de um visionárioApple, o legado de um visionário

sum

ário

prefácio

do quarto para o mundo

expulso de casa

revoluções tecnológicas

um câncer raro

portfólio de respeito

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Steve Jobs me lembra aquela célebre foto de Einstein fazendo careta com a língua de fora. Einstein virou um 'cult' instantâneo. 'Cool', com suéter rasgado, cabelo de hippie velho, Einstein nos tranquilizou, como se dissesse: "Para além do incompreensível - não se preocupem - há o riso, o humano". Steve Jobs também diminuiu nosso medo diante da espantosa evolução cientí�ca que nos atordoa. A ciência parece marchar sozinha sem o rosto humano de autores, se reproduzindo em incessante ebulição a caminho de um futuro 'distópico', como dizem os �lósofos, apavorados pela falência de seus 'universais'.

Jobs nos restituiu a ideia de que nós, humanos, é que fazemos a ciência e que ela

não aponta necessariamente para um futuroterrível e negro, como nos livros de �cção cientí�ca. A tecnologia pode ser lúdica, compreensível, de fácil acesso, mesmo que não saibamos que porra é um gigabyte ou como se monta uma placa-mãe. Jobs humanizou a criação técnica, deu um rosto à máquina. Ansiávamos por um autor, por alguém que criasse tecnologia e não foi apenas 'criado' por ela.

Outro dia, no New York Times, o professor Neal Gabler escreveu sobre o assunto.Ele diz: "Não acreditamos mais em 'grandes ideias', como antes. Não temos mais celebridades culturais que sejam pensadores, gente como Reinhold Niebuhr, Daniel Bell, Betty Friedan, Carl Sagan e Stephen Jay Gould, só para mencionar alguns, mesmo menores. As ideias em si mesmas já �cavam famosas, como 'o �m da ideologia', 'o meio é a mensagem', 'a mística feminina', 'a teoria do big-bang' ou o '�m da história'. Vivemos em um mundo pós-ideias, um mundo onde grandes ideias iluministas que não sejam imediatamente 'monetizadas' são cada vezmais raras. Marx mostrou a relação entre os

pref

ácio

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não aponta necessariamente para um futuroterrível e negro, como nos livros de �cção cientí�ca. A tecnologia pode ser lúdica, compreensível, de fácil acesso, mesmo que não saibamos que porra é um gigabyte ou como se monta uma placa-mãe. Jobs humanizou a criação técnica, deu um rosto à máquina. Ansiávamos por um autor, por alguém que criasse tecnologia e não foi apenas 'criado' por ela.

Outro dia, no New York Times, o professor Neal Gabler escreveu sobre o assunto.Ele diz: "Não acreditamos mais em 'grandes ideias', como antes. Não temos mais celebridades culturais que sejam pensadores, gente como Reinhold Niebuhr, Daniel Bell, Betty Friedan, Carl Sagan e Stephen Jay Gould, só para mencionar alguns, mesmo menores. As ideias em si mesmas já �cavam famosas, como 'o �m da ideologia', 'o meio é a mensagem', 'a mística feminina', 'a teoria do big-bang' ou o '�m da história'. Vivemos em um mundo pós-ideias, um mundo onde grandes ideias iluministas que não sejam imediatamente 'monetizadas' são cada vezmais raras. Marx mostrou a relação entre os

meios de produção e nossos sistemas políticos, Freud revelou-nos o inconsciente, Einstein reescreveu a Física. Procurávamos não apenas apreender o mundo, mas compreendê-lo. É claro, especialmente na América, que vivemos numa época pós-iluminista, na qual racionalidade, evidência, argumentos lógicos e debate perderam a batalha para superstição, fé, opinião e ortodoxia. Hoje o que o futuro nos aponta é mais e mais informação. Saberemos tudo, mas não haverá ninguém pensando nisso".

Steve Jobs restaurou a ideia de 'sujeito' para nós, 'objetos' de uma marcha insensata de incompreensões. De certa forma, ele nos devolveu uma utopia, sim, através da visão de uma tecnociência dominável, fácil, brincalhona. Como queriam os arquitetos do século 20, forma e função foram palavras idênticas na cabeça de Jobs, que claramente não era um 'pós-moderno', mas um 'modernista' renascido. Ele provou que, na mutação digital, instrumentos podem ser ideias concretas, impregnadas nos aparelhos, conteúdos na forma. Chips são conceitos. E é

verdade, pois estão mudando o mundo até politicamente, como nas manifestações por democracia como vemos no mundo árabe e nas recentes marchas nos EUA, onde há um (ainda leve) 'revival' dos movimentos dos anos 60. Os instrumentos-ideias da Web já nos alertam para a decadente política tradicional, excludente, autocentrada, que está sendo desmoralizada no mundo todo. Há uma busca de transparência e de luta acima dos partidos.

A ideologia que se desenha no ar é a de uma informação democratizada. Muitas revoluções derivam para o totalitarismo, mas o que Jobs fez é uma mutação sem rumo, misteriosa como a vida, sempre se reinventando. O século 21 começou com decepções e tragédias. O futuro era negro. Pode até continuar assim, mas Jobs foi um dos que nos �zeram acreditar que não seremos mais robôs sem alma ou desejo, mas que podemos agir no mundo, que o humano se revigora, se 'vira', renasce para além das 'distopias' que os metafísicos predizem para nos amedrontar. Marx tem uma frase genial: "O capital não cria apenas objetos para os 8

'sujeitos' consumirem, mas cria também 'sujeitos' para os objetos de consumo". A frase tem um som de agouro trágico, pois seríamos sujeitos 'programados' pelo consumo. Até acho que já somos e seremos, mas, e daí?Jobs nos dá o 'toque' de que esses tais 'sujeitos' não serão necessariamente tortos 'objetos' de um capital tenebroso. Podemos ser sujeitos-objetos mais livres.

Meu �lho tem um iPod do tamanho de um relógio de pulso, que custou 100 dólares e que armazena 10 mil músicas e não está nem um pouco preocupado com o futuro terrível, nem tem medo de ser 'fetichizado' como mercadoria. Quem tem medo do futuro são os coroas como eu ou tristes 'hegelianos' sem assunto. Steve Jobs, �lho da contra cultura, da arte crítica, de Dylan e Picasso, do LSD que o 'descaretizou', criou uma espécie de �loso�a prática, 'de mercado', indutiva, para além de explicações genéricas, de grandes narrativas universais. Desquali�cou a busca de explicações �nais, criou instrumentos para acessarmos o mistério que sempre haverá e sugere até que, por caminhos indutivos, podemos chegar a generalizações discretas.

Claro que ele não está sozinho entre outros craques, como o careta Gates e o espertíssimo Zuckerberg – mas ele sintetizou e humanizou esta nova era. Ele tirou o computador dos laboratórios e fez a ciência cair na mão das pessoas. O indivíduo se sentiu importante de novo e não apenas um asno batendo cabeça para invenções incompreensíveis. Ele nos ensinou a transgressão contra uma sociedade conformista e obediente, quando disse (seja por marketing ou não): "Pense diferente! Meus computadores são para os rebeldes, loucos e desajustados". Hoje já podemos ter esperança por alguma coisa, seja a morte urgente (e humilhante, se possível) dos assassinos Kada� e Assad ou, no mínimo, o lançamento do iPhone 5...

Não me esqueço de 1998, quando ele lançou o genial slogan cartesiano: "I think, therefore, Imac!". Não é lindo?Só entendia importância profunda da 'ciência alegre' de Steve Jobs agora que ele se foi.

Arnaldo Jabor

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Jobs e seu colega e sócio, Steve Wozniak.

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doEm um ano, três garotos construíram e venderam um computador pessoal revolucionário, o Apple I.O sucesso transformou a empresa caseira em uma megapotência.

Aos 23 anos de idade, Seve Jobs valia US$1 milhão. Aos 25, mais de US$100 milhões. Nunca uma companhia, de qualquer ramo, cresceu tanto em tão pouco tempo quanto a Apple. Esse desempenho impressionante começou no campus da Universidade Stanford, em 1975.

Em um auditório do Centro de Aceleração Linear da faculdade, Jobs e Steve Wozniak se reuniam no Homebrew Computer Club. Em certa oportunidade, o clube �cou em polvorosa: todos puderam conhecer o Altair 8800, o primeiro computador pessoal do mundo. Muito usado como calculadora, era menor e mais rápido do que tudo que existia na época. Os dois Steves �caram malucos com a novidade. Woz já tinha outro protótipo em casa e sabia que podia fazer um trabalho melhor do que a Altair, mas não pensava naquilo como um jeito ganhar a vida. Foi Jobs quem percebeu que o momento era ideal para transformar em uma empresa o quarto vago da casa de seus pais adotivos, na avenida Crist Drive, 11161, em Los Altos.

terceiro sócio

Para começar a empreitada, os amigos venderam tudo o que tinham: Woz, uma calculadora cientí�ca, por US$ 520, e Jobs, sua Kombi - o carro tinha um problema sério no motor e ele só recebeu metade do combinado. De toda forma, já eram US$ 1,3 mil, pouco mais do que o necessário para comprar a primeira leva de matéria prima. Quando soube da iniciativa, Ronald Rayne, colega de Jobs na Atari e com o dobro da idade dos dois, foi convidado a participar. Tornou-se o terceiro sócio da Apple, seu rosto mais sério e con�ável. Mas a experiência duraria pouco tempo.

Foi Wayne quem escreveu o primeiro contrato social da empresa. Para isso, eles precisavam de um nome. Jobs sugeriu Apple e disse aos dois que, se nçao apresentassem sugestões melhores até o �m do dia, o assunto estaria encerrado. Foi o que aconteceu, e Wayne se encarregou de desenhar o primeiro logo-tipo da companhia: a imagem de Isaac Newton sentado sob uma macieira. Em primeiro de abril de 1976, nascia o�cialmente a Apple.

Roy Wayne desenhou o

primeiro logo da empresa em 1976. 12

Woz já tinha terminado de �nalizar o primeiro computador, uma caixa que funcionava como calculadora. Só faltavam clientes dispostos a pagar o reço de US$ 666,66. O primeiro seria um conhecido do Homebrew Computer Club chamado Paul Terrel. Ele estava inaugurando uma loja de computadores, a Byte Shop, e encomendou 50 máquinas. Negociou um desconto pelo lote. Ainda assim, era um bom dinheiro: US$ 500 por computador, US$ 25 mil no total. Para dar conta da demanda, a Apple foi promovida do quarto para a garagem de Paul Jobs, o pai adotivo de Steve.

Em setembro, enquanto as primeiras entregas eram feitas, Ronald Wayne abandonou a empresa - vendeu sua parte, 10%, por US$ 2,3 mil. Dois meses depois, um empresário apareceria na garagem dos pais de Jobs para oferecer um investimento de US$ 250 mil.

Jobs, Woz e o primeiro computador lançado pela Apple, o Apple I.

Em 1977, a empresa vendeu 2,5 mil máquinas. Em 1978, quando Jobs completou 23 anos, 8 mil. Em 1979, 35 mil. Com todas as atualizações, a máquina continuaria a ser produzida até 1993 e acumularia 6 milhões de unidades vendidas. A Apple ditou um padrão ao lançar uma máquina útil para qualquer pessoa.

A Apple era uma potência e queria mais. Só que o crescimento acelerado deixou marcas profundas na empresa. O período entre 1978 e 1984 seria caracterizado por brigas internas, produtos mal sucedidos e a longa gestação do Macintosh.

Em 1977, Steve Jobs convocou o publicitário Regis McKenna, da agência da propaganda da Intel, para criar o novo logotipo da Apple. Regis comprou um pacote de maçãs, cortou algumas e �cou observando as frutas durante horas. Até que bolou um desenho, mas Jobs não gostou: ele queria cores e, principalmente uma mordida - uma brincadeira com a palavra “byte”.

Junto com a identidade visual, surgiu um novo produto, o Apple II. Foi uma revolução: ele tinha tela, teclado, processador MOS Technology 6502, 4 kB de memória RAM. drive para disquete e gabinete de plástico. Mas, principalmente, era fácil de usar.

Segundo logo da Apple, criado por Regis McKenna.

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Em 1977, Steve Jobs apresenta o

revolucionário Apple II.15

Lançado em 1984, o Macfoi o último produto de Jobs antes da demissão.

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de c

asa

Logo após apresentar o Macintosh ao mundo, Steve Jobs foi demitido pelo CEO que ele mesmo contratou.Sua nova empresa, a NeXT, foi um fracasso retumbante. “Você quer vender água açucarada pelo resto

da vida ou quer mudar o mundo?” Foi com essa frase que Steve Jobs convenceu John Sculley a se tornar o CEO da Apple em 1983. Era uma parceria das mais improváveis e acabou se transformando num casamento de negócios muito tumultuado.

A Apple que Sculley assumiria em 1983, era uma emoresa de bastidores tumulduados já fazia algum tempo. Para entender como a companhia tinha desandado tão rápido, é preciso lembrar que, até então, Jobs nunca tinha sido diretor da empresa que criou. Desde o começo, tinha concordado em atuar na criação e no desenvolvimento de produtos. A condução do dia a dia, com seus problemas burocráticos, �acava a cargo de Michael Scott.

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Em 25 de fevereiro de 1981, Scott demitiu 40 funcionários, incluindo metade da equipe que trabalhava nas atualizações do Apple III. Fez isso sem consultar o conselho, que o substituiu por Mark Markkula, o primeiro investidor da Apple que fazia parte do conselho.

A cadeia de comando estava fragilizada e os novos produtos não ajudavam. Em 1980, chegava ao mercado o Apple III, um projeto tão mal resolvido que o jovem patriarca Steve Wozniak se recusou a participar. A máquina em si era avançada: tinha um processador Synertek 6502A de MHz e uma tela com resolução melhor do que do Apple II (mas o fundo preto com letras verdes continuava �me). Só que Jobs exigiu que o Apple III não tivesse saídas de ar, para �car mais bonito, e ele superaquecia o tempo todo. Foi um �asco gigantesco, que abriu espaço para o crescimento dos PCs da IBM, lançados em 1981.

Enquanto isso, o cientista da computação e funcionário novo da empresa Jef Raskin reunia uma pequena equipe de engenheiros para começar a trabalhar em paralelo num outro modelo, o Macintosh.

Quem comandava o novo carro-chefe da empresa, o produto que retomaria a dianteira no mercado, era Jobs. Só que o fundador da Apple vivia um momento pessoal tumultuado.

Em meio ao nascimento de sua �lha, Jobs desenvolvia o Apple Lisa. Mas o computador nunca �vaca pronto. Considerado turrão e inexperiente pelos executivos da empresa, Jobs foi afastado desse trabalho e relegado ao Mac. Em retaliação, demitiu Jef Raskin em 1981 e rachou a Apple em duas.

Em 1983, em uma viagem para promover o Lisa, Jobs abordou John Sculley na tentaiva de convencê-lo a assumir o cargo. Conseguiu, e logo os dois se entenderam. Steve voltava a ter um bom mmomento na empresa: as vendas do Lisa, um produto que Jobs queria ver fracassar, foram mal. De repente, ele era amigo do CEO e responsável pelo projeto agora considerado prioritário, o Mac.

Quem comandava o novo carro-chefe da empresa, o produto que retomaria a dianteira no mercado, era Jobs. Só que o fundador da Apple vivia um momento pessoal tumultuado.

Em meio ao nascimento de sua �lha, Jobs desenvolvia o Apple Lisa. Mas o computador nunca �vaca pronto. Considerado turrão e inexperiente pelos executivos da empresa, Jobs foi afastado desse trabalho e relegado ao Mac. Em retaliação, demitiu Jef Raskin em 1981 e rachou a Apple em duas.

Em 1983, em uma viagem para promover o Lisa, Jobs abordou John Sculley na tentaiva de convencê-lo a assumir o cargo. Conseguiu, e logo os dois se entenderam. Steve voltava a ter um bom mmomento na empresa: as vendas do Lisa, um produto que Jobs queria ver fracassar, foram mal. De repente, ele era amigo do CEO e responsável pelo projeto agora considerado prioritário, o Mac.

Jobs sentado com “Lisa”, em 15 de

dezembro de 1982, em Cupertino.

“Aprincípio, Jobs gostou da idéia de ter junto a si um homem de negócios agressivo, mas sem experiência com tecnologia. Achou que ia dominá-lo”, a�rma o jornalista americano Mike Swaine, que acompanhou de perto aquela fase da empresa. “Quando percebeu que Sculley não iria se submeter a ele, Jobs �cou inconformado e começou a boicotá-lo”. Em janeiro de 1984, o fundador voltou a brilhar. Durante a reunião anual dos acionistas, ele se apresentou como um pastor diante de �éis exaltados pela apresentação do Macintosh.

“De fato, era uma máquina inovadora. Com mouse e interface grá�ca, levava a experiência do usuário comum a um outro nível”. a�rma Tim Bajarin, analista da indústria de tecnologia há 30 anos. A tela era colorida e o conjunto com o software PageMaker e a impressora LaserWriter faziam do aparelho uma estação de trabalho completa. Mas o primeiro Mac tinha vários problemas, em especial a memória pequena, que o deixava muito lento. As vendas foram catastró�cas e só melhorariam anos depois.

Inconformado com o fracasso inicial, Jobs começou a articular a derrubada de Sculley assim que ele embarcasse em uma viagem prevista para a China. O CEO �cou sabendo e, em maio de 1985, convocou o conselho para uma reunião emergencial. “Eu mando nesta companhia, Steve, e quero você fora para sempre!”. Dito isso, perguntou a cada um dos executivos quem eles apoiavam. Markkula foi um dos que que se posicionaram contra Jobs, que acabou afastado do seu cargo de chefe da divisão Macintosh.

“Minha saída foi a melhor coisa que aconteceu comigo”, ele diria depois.

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Jobs demorou um pouco para absorver o golpe, porém, em 1985, criou a NeXT.

Em 1985, a NeXT já valia US$ 125 milhões, sem ter um único produto. Depois de uma série de adiantamentos, Steve apresentou o NeXTCube. De novo, os detalhes técnicos inviabilizaram o sucesso do modelo.

A empresa estava virtualmente falida em 1993. “Steve demorou para perceber que não poderia revolucionar o hardware de novo. Ele já tinha feito isso antes”, a�rma Mike Swaine. Jobs optou então por só produzir softwares. A decisão o salvou do ostracismo. Em 1996, a Apple quis comprar o sistema operacional desenvolvido po sua equipe na época, o NeXTStep OS. Como parte do acordo de venda, Jobs voltou a empresa como consultor e rapidamente destronou o diretor executivo Gil Amelio. Em 1997, ele estava de volta com um poder incontestável.

No fundo, o logotipo da NeXT, divulgado em 1986.

Em 2010, Steve Jobs apresenta o futuro do computador pessoal, o iPad

revo

luçõ

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tecn

ológ

icas

“É mais divertido ser um pirata do que se alistar na Marinha”. Com essa frase, em 1983, Steve Jobs traduziu sua revolta contra o processo de fabricação dos computadores da Apple. Frustrado, inaugurou uma dissidencia interna e decidiu criar o projeto Macintosh. O objetivo era incentivar a equipe que ele “roubara” de sua p´ropria empresa a criar produtos mais inovadores, que rompessem com o modelo adotado pela Apple. Em 1984, Jobs apareceu numa célebre foto com sua equipa na revista Fortune. Atrás deles, uma enorme bandeira pirata - símbolo de sua revolução tecnológica.

Por trás das invenções tecnológicas mais geniais das últimas três décadas estava um homem com intuição aguçada e sem medo de arriscar.

na música

Em 2000, Jon Rubinstein, engenheiro de hardware da Apple, visitou uma fábrica da Toshiba no Japão. Ele voltou à Califórnia com a idéia de adaptar um hard drive que ele conheceu lá dentro e transformá-lo em um MP3 player. Até então, o CD, que cabia até 74 minutos de gravação, era o formato mais usado para ouvir músicas.

Se a proposta tivesse surgido tempos antes, Jobs descartaria a sugestão. Achava que o futuro estava nos vídeos, e não nas canções, e investia no desenvolvimento de softwares de edição de imagens. Mas a falta de gravador de CD no iMac provocou o baixo interesse dos compradores, e Steve percebeu que as pessoas estavam mais interessadas em sons do que em imagens. Decidiu então embracar num projeto bem diferente de tudo o que a empresa já tinha feito. Menos de um ano depois, o primeiro iPod chegava às lojas. A Apple nunca mais seria a mesma. A indústria da música também não.

Jobs apresenta a primeira geração do iPod mini em 2004

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Nem tudo funcionou tão rápido. Jobs nunca estava satisfeito com o volume de som máximo alcançado pelos fones de ouvido e os protótipos de fones se acumulavam sobre sua mesa. Outro detalhe desenhado centenas de vezes foi a click wheel do aparelho, uma ideia trazida pelo diretor de marketing Phil Schiller. O aparelho estava quase pronto, só não tinha nome comercial.

“Assim que vi o iPod branco, pensei no �lme 2001, Uma Odisséia no Espaço” diria Vinnie Chieco. Em uma cena famosa da produção, um dos astronautas diz ao computador que controla a nave: “Open the pod bay door, Hall!”. O “pod” saiu daí. O “i” já tinha sido usado no iMac, que a princípio signi�cava “internet”, e Chieco gostou da combinação, que Jobs aprovou.

O grande anúncio do produto levaria a Apple para um novo mercado. A reação da platéia, como sempre, foi eufórica, mas hoje o primeiro modelo parece bem tosco perto das versões mais recentes: ele ainda era muito grande e tinha uma tela quadrada, preta e branca. De toda forma, o primeiro passo já

Algumas boas iniciativas já prontas poderiam ser aproveitadas no desenvolvilmento do novo aparelho. A versão mais atualizada, na época, do player da empres, o QuickTime, tinha algumas sacadas de lay out - era bonito e fácil de usar. Sua interface serviria de inspiração para o iPod.

Na época, Jonathan Ive, um dos designers responsáveis pelo resultado �nal do produto, fazia pesquisas com plástico policarbonato branco e resolveu usar esse material. Enquanto isso, Rubinstein fuçava no Nomad Jukebox, analisava o hard drive da Toshiba, que tinha apenas 4,5 cm de diâmetro, e destrinchava os chips de controle da Texas Instruments e uma bateria para celulares da Sony - os melhores MP3 da época desligavam depois de duas horas de uso. Outros dispositivos já estavam disponíveis em produtos da própria Apple, como displays e adaptadores para eletricidade.

Quando todas as peças foram colocadas juntas, os engenheiros e designers perceberam que elas se encaixavam dentro de uma caixa �na, do tamanho de um baralho de cartas. E assim o iPod ganhava um formato.25

queria e achava caro demais pagar o preço de um disco inteiro por uma ou duas faixas que interessavam. Era necessário um novo modelo de distribuição.

As gravadoras não entendiam o novo mercado. Segundo Jobs, os executivos que controlavam a venda de músicas eram “ignorantes” alheios à tecnologia.

estava dado e dali para a frente, a cada seis meses em média, a empresa lançaria uma nova versão, mais bem acabada que a anterior.

O iPod era um acontecimento marcado para sepultar de vez a era dos CDs, mas a revolução de�nitiva no mundo da música só �caria completa dois anos depois, quando o aparelho ganhou a companhia da loja virtual iTunes.

O software que deu origem ao iTunes, o Sound Jam, foi comprado de uma pequena empresa, a Cassady & Greene, no início de 2011. O objetivo era facilitar a vida do consumidor: batava colocar um CD no computador, ele convertia para MP3 e sincronizava sua coleção com o iPod. Mas isso foi só um pedaço da história. Por que esse processo complicado de comprar um CD para converter? Melhor ter um MP3 direto. Mas, em 2011, os lugares onde era possível comprar música eram rudimentares, com acervos lilmitados e os arquivos tinham diversas proteções contra a cópia.

O download mostrou uma tendência: uma enorme parte dos consumidores estava interessada em escolher as músicas que

Ao oferecer músicas a US$ 0,99, Jobs fez o mundo largar os CDs.

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As primeiras conversas entre eles foram infrutíferas. Mas a Apple persistiu e após 18 meses de negociação a loja do iTunes foi criada, em 2003, e também a sua compatibilidade com o Windows, para aumentar o público em potencial.

Como não gostava de entregar um produto incompleto, ele só abriu a loja quando todas as grandes gravadoras aceitaram a proposta. Assim, 200 mil músicas passaram a estar disponíveis para download ao preço de US$ 0,99 cada.

As vendas do iPod, que já eram boas, decolaram a partir daí. Jobs fez um acordo bastante interessante para as garavadoras e para a sua própria empresa: as músicas não podiam ser copiadas para outros computadores ou distribuídas na rede e o formato seria exclusivo do iPod.Menos de um ano depois, a loja do iTunes comemorava os 100 milhões de downloads e o aparelho da Apple dominava 84% do mercado de tocadores de música. Agora sim a revolução na música estava completa.

na telefonia

Em 2005, uma equipa de desenvolvimento da Apple apresentou a Jobs um protótipo rudimentar que o chefe tinha encomendado. Era um display de vidro touch screen em que era possível realizar todos os comandos de um computador - principalmente digitar textos. Era uma primeira versão e um novo tipo de tablet, do jeito que ele tinha sonhado. Só que, no momento em que olhou para o resultado do trabalho de seus engenheiros e designers, o patrão teve uma sacada. “Pensei: ‘Meu Deus, nós podemos construir um telefone baseado nisso’. Engavetei temporariamente o projeto do tablet porque o telefone era mais importante”. E foi assim que o iPad, que só seria lançado em 2010, inspirou o iPhone, de 2007.

Durante a muito esperada apresentação do novo aparelho, Steve anunciou que a empresa iria lançar não um, mas três produtos revolucionários. O primeiro era um iPod maior com tela maior e controles touch. O segundo, um telefone celular inovador. O terceiro, um gadget para se comunicar via 27

internet. “Então, três coisas”, ele disse à platéia. “Um iPod, um telefone e um comunicador. Vocês estão entendendo? Esses não são três aparelhos separados. É um só, que estamos chamando de iPhone”.

Para o fundador da Apple, aquele produto dava continuidade à sua própria história: o computador pessoal que ele tinha ajudado a criar agora cabia no bolso. Em dezembro de 2007, o iPhone era eleito, pela revista Time, a invenção do ano. No ano seguinte, já dominava 13% do mercado de smartphones. Até o �m de 2010, havia vendido 73,5 milhões de unidades no mundo.

O aparelho era incrível, mas quase não saiu do papel. Os bastidores de sua criação foram tumultuados até para os padrões da Apple.

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Três em um: iPod, celular e internet.

Jobs apresenta o iPhone, o celular inovador lançado pela Apple em 2007.

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Naquele momento, Jobs já tinha decidido: o iPhone seria lançado na convenção Macworld de 2007 mesmo que ninguém mais dormisse até lá.

Havia muita coisa em jogo com essa apresentação. Depois de um ano e meio de conversas, ele tinha conseguido negociar um acordo com a AT&T. A operadora de telefonia seria a única a funcionar noa iPhones por cinco anos em território americano. Em troca, a Apple criaria o novo aparelho da forma como bem entendesse. Era inacreditável: a maior provedora de serviços wireless dos Estados Unidos tinha concedido liberdade a um fabricante. Só faltava o aparelho �car pronto.

No �m, deu certo. Em dezembro de 2006, Jobs se encontrou em Las Vegas com o presidente da divisão de conexão sem �o da AT&T. Ele diria que aquele era o melhor aparelho que ele já tinha visto. Com tal aprovação, Jobs dava um xeque-mate no conceito de que não eram os aparelhos que atraíam os clientes, mas os serviçoes das operadoras.

E isso apenas seis anos depois de mudar a indústria da música.

Para começar, a empresa se debateu em torno de um problema sério: não havia sistema operacional que desse conta dos aplicativos do novo aparelho e que só tivesse poucas centenas de megabytes, uma fração do tamanho do OS X. Quer dizer, havia uma alternativa muito viável, o Linux, mas Jobs fazia questão de desenvolver um produto inédito. Enquanto um grupo trabalhava na questão, outro tentava entender especi�cidades técnicas da telefonia, uma total novidade para a Apple. Nesse quesito, era preciso começar do zero. Estima-se que o projeto todo não tenha saído por menos de U$S 150 milhões.

Em 2006, depois de um ano de trabalho de 200 engenheiros, Jobs reuniu os gerentes responsáveis pelo projeto do iPhone. Surpreendentemente, não gritou, não chamou ninguém de burro. Apenas disse: “Nós não temos um produto ainda”. De fato, o produto tinha uma linha gigantesca de falhas: as ligações caíam, a bateria parava de carregar antes de �car cheia e aplicativos travavam o tempo todo sem razão aparente. Quem estava na reunião �cou apavorado com a frieza tão pouco comum do chefe.

Em 2003, Jobs recebeu o diagnóstico de câncer no pâncreas. Em 2011, ele faleceu.

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Um ano depois de se submeter à cirurgia para retirar um câncer no pâncreas, Jobs deu um depoimento comovente à turma de formandos da Universidade Stanford em 2005. Sobre a morte, ele a�rmou: “A morte é provavelmente a melhor invenção da vida”.

Em outubro de 2003, Steve Jobs recebeu de seus médicos uma tomogra�a do abdômem. A imagem mostrava um tumor no pâncreas. “Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável”, comentou Steve. Logo, uma biópsia identi�cou que o caso de Jobs era especial e ele podia ser tratado com cirurgia. O tumor do fundador da Apple ataca um em cada 100 mil paciêntes de câncer. É um pouco menos agressivo do que o câncer de pâncreas comum e costuma ter causas genéticas.

Em 2004, Jobs retirou o tumor. Parecia curado, mas em 2008 voltou a aparecer em público muito magro. Depois de meses de boatos e negativas, em janeiro de 2009 ele pediu licença da Apple e fez um transplante de fígado - a doença tinha voltado e estava se espalhando pelo organismo. Reassumiu suas funções em junho, mas ainda parecia abatido.

Em janeiro de 2011, voltou a sair temporariamente para em agosto o�cializar seu pedido de demissão através de uma carta dirigida ao Conselho de Administração da Apple.

Em outubro de 2003, Steve Jobs recebeu de seus médicos uma tomogra�a do abdômem. A imagem mostrava um tumor no pâncreas. “Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável”, comentou Steve. Logo, uma biópsia identi�cou que o caso de Jobs era especial e ele podia ser tratado com cirurgia. O tumor do fundador da Apple ataca um em cada 100 mil paciêntes de câncer. É um pouco menos agressivo do que o câncer de pâncreas comum e costuma ter causas genéticas.

Em 2004, Jobs retirou o tumor. Parecia curado, mas em 2008 voltou a aparecer em público muito magro. Depois de meses de boatos e negativas, em janeiro de 2009 ele pediu licença da Apple e fez um transplante de fígado - a doença tinha voltado e estava se espalhando pelo organismo. Reassumiu suas funções em junho, mas ainda parecia abatido.

Em janeiro de 2011, voltou a sair temporariamente para em agosto o�cializar seu pedido de demissão através de uma carta dirigida ao Conselho de Administração da Apple.

“Eu sempre disse que se chegasse um dia em que não pudesse mais cumprir as minhas obrigações e expectativas como CEO da Apple, eu seria o primeiro a deixar vocês sabendo disso. Infelizmente, este dia chegou.

Com isto, eu renuncio como CEO da Apple. Eu gostaria de servir, se o Conselho entender que assim caiba, como Chairman do Conselho, diretor e empregado da Apple.

No que diz respeito ao meu sucessor, eu recomendo vigorosamente que nós executemos nosso plano de sucessão com a nomeação de Tim Cook como CEO da Apple.

Eu acredito que os dias mais brilhantes e inovativos da Apple estão no porvir. Eu espero observar e contribuir para este sucesso em um novo papel.

Eu �z alguns dos melhores amigos da minha vida na Apple, e eu gostaria de agradecê-los por todos estes anos de trabalho ao lado de vocês.

Steve”

Em 2011, por motivos de saúde, Jobs se despede de vez da empresa que criou.

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O conforto é fruto de uma tática quase imperceptível adotada pelo cérebro da empresa: o treino das lideranças da companhia. Nos lançamentos da marca nos últimos anos, por exemplo, Jobs dividia as apresentações: ele mostrava as novidades e deixava as explicações técnicas para os especialistas. Além disso, em 2008, foi criada a Apple University, com o objetivo de ensinar os empregados da empresa a "pensar como Steve Jobs" e a tomar decisões como ele. A idéia era impregnar nos executivos o "jeito Steve Jobs de ser".

"Não há dúvidas de que, sem ele, não haveria Apple. Mas a questão é que ele criou um time e uma série de processos pensando no sucesso", diz Carolina Milanesi, analista do Gartner, grupo especializado em análise de mercado. Freitas completa: "Podemos falar que a Apple absorveu o DNA de Steve Jobs. Por isso, ela pode continuar bem, mesmo sem ele no comando."

Tim Cook assumiu de�nitivamente o cargo de presidência da Apple. Desde 1998 na empresa, Cook já vinha substituindo Jobs em duas vezes que o fundador da Apple saiu de licença médica, e desde 2007 era o chefe operacional da empresa, comandando o lançamento da linha iPhone e iPad.

A substituição de Jobs por Cook gerou quedas superiores a 5% nas ações da companhia, exprimindo a preocupação dos investidores com o futuro da empresa. "Em curto prazo, contudo, não vemos nenhum impacto que possa prejudicar a Apple. São oscilações normais de mercado", avalia BrunoFreitas, analista de mercado do grupo IDC.

Durante 7 anos, Jobs lutou contra o câncer. Nas fotos ao lado, percebemos a mudança brusca de peso sofrida pelo antigo CEO da Apple.

Após seu desligamento da companhia, fotos que o mostravam muito debilitado passaram a circular pela internet. Porém, tanto a Apple como a sua família não divulgaram informações sobre seu estado de saúde.

No dia 5 de outubro de 2011, a morte de Steve Jobs foi anunciada. A causa da morte, divulgada pelo departamento de saúde pública do condado de Santa Clara, foi uma parada respiratória em decorrência de um tumor pancreático. O empresário morreu na própria casa, no Estado da Califórnia.

A família de Jobs se manifestou publicamente, mas pediu privacidade. "Ele morreu hoje, paci�camente, cercado por sua família... Nós sabemos que muitos de vocês sentirão a perda conosco, porém, pedimos respeito e privacidade durante esta hora de dor."

Tim Cook, teve a missão de comunicar os funcionários da Apple em todo o mundo sobre a morte de Steve Jobs. Cook enviou um e-mail para os funcionários, onde lamenta a morte de Jobs e relembra suas qualidades de visionário de tecnologia:

“Time,

Eu tenho algumas notícias tristes para compartilhar com todos vocês. Steve faleceu hoje pela manhã.

A Apple perdeu um gênio visionário e criativo e o mundo perdeu um maravilhoso ser humano. Aqueles de vocês que tiveram a sorte de conhecer e trabalhar com Steve perderam um querido amigo e um mentor inspirador. Steve deixou para trás uma empresa que somente ele poderia construir e seu espírito será, para sempre, a base da Apple.

(...)

Nenhuma palavra pode expressar adequadamente nossa tristeza pela morte de Steve ou nossa gratidão pela oportunidade de trabalhar com ele. Vamos honrar sua memória dedicando-nos a continuar o trabalho que ele amava tanto.

Tim”

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No site da Apple, uma homenagem ao seu fundador.

1984: Jobs e Wozniak (à direita) lançam uma versão

portátil do Apple II.

port

fólio

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resp

eito

“É a tecnologia casada com as artes e com as humanidades que gera resultados que mexem com nossos corações.” A frase de Steve Jobs resumia o que ele esperava de um produto: que tocasse intimamente o consumidor. O caminho que ele adotou para atingir a alma das pessoas foi perseguir uma combinação de beleza e simplicidade. Design era o centro do que Steve Jobs fazia. O senso estético apurado e uma sensibilidade quase sobrenatural para perceber o que faria diferença para o usuário deram o tom das revoluções promovidas pela Apple.

Veja a seguir os pincipais produtos lançados pela Apple durante os 35 anos desde a criação da empresa.

Beleza e simplicidade são marcas das criações da Apple, que impuseram uma nova estética ao mundo da tecnologia de uso pessoal.

76Apple I é lançado por US$ 666. Hoje é item de colecionador, vendido ao preço de US$ 50 mil. Das 150 unidades fabricadas, sobraram cerca de 30.

8377Apple II é um dos primeiros computadores de sucesso e fabricados em larga escala.

Apple III é concebido como sucessor do Apple II, mas foi considerado um fracasso no mercado.

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Lisa é o primeiro PC a ter um mouse e uma interface grá�ca, porém, foi um enorme fracasso comercial.

iMac G3 é um computador que une monitor e torre num só objeto, com design inovador e cores vivas.

98iPod é lançado para mudar a forma do mundo de consumir os diferentes tipos de mídias.

0199iBook é um notebook que acompanha as características do irmão não-portátil. 03iTunes é lançado

como um serviço de música e vídeos online, pelo qual os usuários podem comprar seu conteúdo.

07iPhone é um celular com tela sensível a múltiplos toques, câmera digital, acesso à internet e funções de mídia players.

08MacBook Air é o primeiro da linha de ultraportáteis da Apple e vendido como o notebook mais �no do mundo.

10iPad é um tablet que usa o mesmo sistema operacional do iPhone e tem funções bem parecidas, porém com uma tela um pouco maior.

07iPod Touch tem o mesmo princípios dos primeiros iPods, porém, possui tela sensível ao toque, Wi-� e acesso à iTunes Store.

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87Macintosh II é o primeiro computador com suporte para monitor colorido.

Powerbook 100 é o primeiro computador portátil bem-sucedido da Apple.

Newton foi uma espécie de tablet primitivo, sensível ao toque, lançado como um “assistente pessoal digital”.

9384Macintosh é o primeiro computador pessoal a popularizar a interface grá�ca.

Steve Jobs 1955 - 2011