apostila sÍntese - ead.amcursos.com.br

241
CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS APOSTILA SÍNTESE

Upload: others

Post on 02-Nov-2021

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

1

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

APOSTILA SÍNTESE

Page 2: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

2

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

MÓDULO 01

Leitura e Interpretação de Projetos

Page 3: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

3

MÓDULO 01

Aula 01

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados 01. Introdução 02. O Desenho Técnico 03. As Normas Técnicas 04. Os Materiais de Desenho Técnico

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 4: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

4

Prezado Aluno,

Seja bem vindo ao material de ensino AM Cursos Online!

A partir de agora iniciam seus estudos de um tema que, com toda certeza, agregará

muito valor a sua vida profissional. Poderá observar que nossa preocupação foi apresentar

os conteúdos de maneira fácil e acessível, para que você tenha uma perfeita compreensão

de todos os passos necessários para o entendimento e leitura de um projeto arquitetônico.

Seguindo este princípio, o curso será apresentado com diversas metodologias e

didáticas para tornar-se ainda mais atrativo ao aprendizado. Para memorizar melhor o

conteúdo, as apostila foram escritas em formato de manual, com vocabulário simples e que

vai direto ao tema, além de ilustrações e imagens exemplificando toda a matéria ministrada.

Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá

concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques

Page 5: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

5

01. INTRODUÇÃO

Desde o princípio de suas origens, o homem comunica-se através de

grafismos e desenhos. As primeiras representações que conhecemos são as

pinturas rupestres, na qual o homem primitivo retratava não apenas o mundo que o

cercava, mas também as sensações, como alegrias e medos, e seus costumes, com

imagens que retratavam crenças ou danças, por exemplo.

Ao longo da história, a comunicação através do desenho foi evoluindo, dando

origem a duas técnicas de desenho: o artístico (que expressa ideias e sensações,

estimulando a imaginação do espectador) e o técnico (que tem por finalidade a

representação fiel dos objetos, isto é, o mais próximo da realidade, em formas e

dimensões).

Desenho Artístico Fonte: http://midiaeducacao.com.br/?cat=4&paged=3 Data: 21/07/14 14:40

Desenho técnico

Em arquitetura, o desenho é a principal forma de expressão. É através dele

que o arquiteto exterioriza as suas criações e soluções, representando o seu projeto,

seja ele de um móvel, um espaço, uma casa ou uma cidade.

Page 6: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

6

Desenho Artístico: Croqui

Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_sKdkwVVV6kg/R7ZgDgNBn-I/AAAAAAAADIA/A6E-DILbgMg/s1600-h/Partido_02.jpg

Data: 21/07/2014 14:49

Desenho técnico: Portas

02. O DESENHO TÉCNICO

Page 7: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

7

O Desenho Arquitetônico é uma especialização do desenho técnico normatizado

com foco para a execução e representação gráfica de projetos de arquitetura.

Portanto, o desenho técnico arquitetônico manifesta-se como um código, uma

linguagem, estabelecida entre o desenhista e o leitor do projeto. Com isso, seu

entendimento por completo se faz necessário antes de estudar qualquer assunto

referente às áreas de arquitetura, design de interiores e engenharia civil. Você pode

desenvolver habilidade em desenho técnico arquitetônico a mão, porém este não é o

foco deste curso que tem por finalidade, lhe ensinar a ler e interpretar Desenho

Técnico Arquitetônicos. Para desenvolver habilidade no desenho técnico a mão

sugerimos que busque uma escola de curso presencial, pois envolve um certo nível

de treinamento. Esse tipo de desenho costuma ser uma disciplina base de suma

importante já nos primeiros períodos das faculdades e cursos técnicos nas áreas de

arquitetura, design de interiores, engenharia e segurança do trabalho. Após este

curso você também poderá realizar um curso para desenhar tecnicamente os

projetos em ferramentas específicas para tal, como o AutoCAD ou outro programa

destinado para desenvolver os desenhos técnicos.

Quando se faz a elaboração do projeto, cria-se um documento que contém, na

linguagem de desenho, informações técnicas relativas a uma obra arquitetônica – é a

maneira com que o arquiteto se comunica tanto com o cliente como com as pessoas

que farão a obra. Esse desenho segue normas de linguagem que definem a

representatividade das retas, curvas, círculos e retângulos, assim como outros

elementos que nele aparecem. Dessa forma, poderão ser perfeitamente lidos e

interpretados pelos demais profissionais envolvidos na execução.

Page 8: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

8

No modo convencional, a mão, os desenhos são

executados sobre pranchetas, com uso de réguas,

esquadros, lapiseiras, escalas, compassos, canetas de

nanquim, etc. Esses desenhos são desenvolvidos sobre

uma superfície de papel, as quais chamaram de prancha.

Na maioria das vezes, quando desenvolvemos o

desenho com grafite ou lapiseira utilizamos o papel

sulfurizê ou o vegetal para desenhos a tinta como o

nanquim.

Já com os projetos digitalizados através da computação gráfica, em programas

de computador específicos, como o Auto CAD ou outros, ocorre à impressão do

desenho o qual chamamos de plotagens. Quando reproduzidos no computador

devem ter as mesmas informações contidas nos convencionais. Ou seja, os traços e

demais elementos apresentados deverão transmitir todas as informações

necessárias, para a construção do objeto.

Desenho técnico digitalizado

Fonte: http://4.bp.blogspot.com/_10nisl6ykrQ/TO6NfR5QlDI/AAAAAAAAAR8/UcJpT5-x0Ks/s1600/TELA_CAD2.jpg Data:

21/07/2014 16:37

03. AS NORMAS TÉCNICAS

Como foi citado, o desenho é a principal forma de comunicação e transmissão

das ideias do arquiteto, e é fundamental que os demais profissionais envolvidos

Desenho técnico à mão

Fonte:http://wp.clicrbs.com.br/mi

ssaocasa/files/2013/05/DSC03105.jpg

Data: 21/07/2014 16:33

Page 9: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

9

possam compreender perfeitamente o que está representado em seus projetos. Da

mesma maneira, se faz necessário que o arquiteto consiga ler e interpretar qualquer

outro projeto que seja complementar ao arquitetônico, sendo ele um projeto de

qualquer teor, mobiliário, paginações de gesso, piso, revestimento, elétrica,

luminotécnico, decoração, paisagismo entre outros, possibilitando a compatibilização

entre estes.

A normatização para os desenhos de arquitetônicos tem como principal

função, estabelecer regras e conceitos únicos de representação gráfica, assim como

uma simbologia específica e pré-determinada, fazendo com que o desenho técnico

atinja o objetivo de representar o que se quer tornar real.

04. OS MATERIAIS DE DESENHO TÉCNICO

Embora a mão e a mente controlem o desenho acabado, materiais e equipamentos de qualidade tornam o ato de desenhar agradável, facilitando a longo prazo a obtenção de um trabalho de qualidade.

CHING, Francis D. K.

Page 10: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

10

Terminamos aqui nossa primeira aula de Leitura e Interpretação de Projeto. E para

fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a

esta aula.

Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento

desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material.

Abraços e até a próxima aula.

Prof. Amanda Marques

Page 11: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

11

MÓDULO 01

Aula 02

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Assuntos a serem abordados 05. Técnicas de Desenho 06. Formato e Dimensões / Folhas Série “A”

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Page 12: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

12

Prezado Aluno,

Seja bem a nossa segunda aula! A partir de agora iniciam seus estudos sobre as

técnicas de desenho, letra técnica, desenhos geométricos e formato de folhas, com toda

certeza, agregará muito valor a sua vida profissional. Todos os desenhos técnicos seguem

regras e critérios que devem ser rigorosamente apresentados no desenho.

O intuito deste módulo é fazer você interpretar desenho técnico. Então

compreender todos os itens apresentados dentro de um projeto é fundamental. Poderá

observar que nossa preocupação foi apresentar os conteúdos de maneira fácil e acessível,

para que você tenha uma perfeita compreensão de todos os passos necessários para o

entendimento e leitura de um projeto arquitetônico.

Para memorizar melhor o conteúdo, perceba que as apostila foram escritas em

formato de manual, com vocabulário simples e que vai direto ao tema, além de ilustrações

e imagens exemplificando toda a matéria ministrada. Estude este material em conjunto com

os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência

possível. Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques

Page 13: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

13

05. TÉCNICAS DE DESENHO

05.01. LINHAS: as linhas são os principais elementos do desenho arquitetônico.

Além de definirem o formato, dimensão e posicionamento das paredes, portas,

janelas, pilares, vigas, objetos e etc., determinam as dimensões e informam as

características de cada elemento projetado. É por esse motivo que elas deverão

estar perfeitamente representadas dentro do desenho.

As linhas de um projeto devem ser regulares e legíveis, além de possuir

contraste umas com as outras. Num projeto, as linhas sofrem uma gradação no

traçado em função do plano onde se encontram, sugerindo profundidade. As linhas

em primeiro plano – mais próximo – são mais grossas e escuras, enquanto que as

dos planos mais afastados serão mais fracas.

05.1.1. Tipos de Linhas

Page 14: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

14

05.1.2. Qualidade da Linha

A qualidade da linha refere-se:

À nitidez e à claridade;

Ao grau de negrume e à densidade;

E ao peso apropriado.

As linhas a lápis ou lapiseira podem variar tanto em intensidade como em

espessura. O peso da linha é então dosado pela densidade do grafite usado – o qual

é afetado pelo seu grau de dureza, pela superfície de desenho, pela umidade e

também pela pressão exercida sobre o desenho.

Ao realizar um desenho, é essencial que se saiba o que cada linha representa,

quer seja uma aresta, uma intersecção de dois planos, uma linha em corte, ou

simplesmente uma mudança de material ou de textura.

Todas as linhas devem começar e terminar de forma definida.

05.2.3. Sequência do Desenho: aqui vai a dica de uma sequência de desenho de

onde se obtêm um bom resultado final.

1. Esboce levemente as principais linhas verticais e horizontais;

2. Preencha as linhas secundárias;

3. Reforce as linhas finais, tendo em mente a intensidade apropriada de cada

uma.

Page 15: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

15

06. FORMATO E DIMENSÕES / FOLHAS SÉRIE “A”

A folha em que se desenha um projeto arquitetônico é denominada prancha.

Os tamanhos do papel devem seguir os mesmos padrões do desenho técnico, no

Brasil, a ABNT adota o padrão ISO: usa-se um módulo de 1 m², cujas dimensões

resultam na folha A0 (a-zero). A partir dessas folhas, obtém-se múltiplos e

submúltiplos (a folha A1 corresponde à metade da A0, assim como a A2 corresponde

a metade daquela).

1

2

3

Page 16: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

16

Do formato A0 resultará os demais formatos de papéis, observe:

A maioria dos escritórios utiliza os formatos A1 e A0 quando o projeto é de

grande porte, devido à escala dos desenhos e à quantidade de informações. Para

projetos menores ou de interiores utilizaremos as folhas A2 e A3 pela facilidade de

manuseio e dimensões das pranchetas e réguas paralelas disponíveis.

06.01 Margens

Internamente ao traço que delimita o padrão será feito o traço da margem do

desenho. O quadro limita o espaço para o desenho. A margem esquerda serve para

ser perfurada e utilizada no arquivamento. A dimensão das margens deve obedecer

ao quadro abaixo:

- Modelo de disposição do projeto na prancha.

Page 17: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

17

06.02 Dobramento das Pranchas

As cópias dos projetos podem ser arquivadas dobradas, ocupando menos

espaço e tornando mais fácil seu manejo. Para arquivamento, o formato final deve

ser o A4. A NBR 6492 mostra uma sequência de dobramento para os tamanhos-

padrões de papel.

Page 18: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

18

Terminamos aqui nossa segunda aula de Leitura e Interpretação de Projeto. E para

fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a

esta aula.

Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento

desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material.

Abraços e até a próxima aula.

Prof. Amanda Marques

Page 19: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

19

MÓDULO 01

Aula 03

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados

07. Escala

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 20: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

20

Prezado Aluno,

Seja bem vindo ao material da aula 03 do módulo 01 referente a Leitura e

Interpretação de Projeto do curso Completo de Projeto de Móveis.

Até a aula anterior os conteúdos eram introdutórios, a partir de agora começamos

de fato a estudar a leitura de projeto. No conteúdo desta aula você vai aprender a ler e

interpretar um escalímetro, também chamado de escala.

Tenha em mente que deverá aprender com perfeição pois é através desta aula que

você poderá observar as medidas corretas do desenho para poder analisar e fazer seus

trabalhos. Dedique-se ao máximo e reveja quantas vezes forem necessárias para a total

compreensão do estudo.

Seguindo o mesmo principio desde o início de nosso estudo, o curso será

apresentado com diversas metodologias e didáticas para tornar-se ainda mais atrativo ao

aprendizado. Para memorizar melhor o conteúdo, as apostila foram escritas em formato de

manual, com vocabulário simples e que vai direto ao tema, além de ilustrações e imagens

exemplificando toda a matéria ministrada. Estude este material em conjunto com os vídeos

e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons

estudos!

Prof. Arq Amanda Marques

Page 21: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

21

07. ESCALAS

As escalas são classificadas em dois tipos:

07.01 ESCALA NUMÉRICA:

A escala numérica pode ser de redução ou de ampliação.

É chamada de ampliação quando a representação gráfica é maior do que o

tamanho real do objeto. Exemplo: 3:1, 5:1, 10:1

Observe que na escala de ampliação o número de referencia de ampliação fica

posicionado a direita na escala. Isto quês dizer que o desenho é tantas vezes maior

que o objeto real.

A escala de redução é mais utilizada em arquitetura. Quando o desenho é

sempre realizado em tamanho inferior ao que o objeto real. Exemplo: 1:25,

1:50, 1:100

Isto e, tantas vezes menor que o objeto real. Observe que o fator de referencia de

redução fica sempre do lado esquerdo.

Então, concluímos que sempre que o fator de referencia for do lado direito é

uma ampliação e quando estiver do lado esquerdo teremos uma redução.

Vamos entender melhor a escala de redução que é a que iremos utilizar em

projetos arquitetônicos.

Ex. Escala 1:5 – cada 1 cm do desenho representa 5cm da peça. Para desenhar

nesta escala divide-se por 5 a verdadeira grandeza das medidas.

ESCALA

NÚMERICA

DE REDUÇÃO

DE AMPLIAÇÃO

GRÁFICA

Page 22: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

22

Conforme vimos anteriormente, é através do Desenho Arquitetônico que o

arquiteto gera os documentos necessários para as construções. Eles são

reproduzidos nas pranchas, onde o espaço utilizável é delimitado por linhas

chamadas de margens.

Uma prancha "A4", por exemplo, tem 21cm de largura por 29,7cm de altura e

espaço utilizável de 17,5 cm de largura por 27,7 cm de altura. Se tivermos que

desenhar a planta, o corte e a fachada de uma edificação deverão estar em

ESCALA. Deixando claro que a escolha da prancha depende da escala adotada e

tamanho do projeto.

A escala é a relação que indica a proporção entre cada medida do desenho e

a sua dimensão real no objeto, para facilitar a visualização e entendimento usamos

uma régua própria, chamadas de escalímetro.

Planta baixa escala originalmente 1/50 Planta baixa escala originalmente 1/25

Page 23: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

23

Como ler e interpretar?

Trabalhamos com a escala de redução para desenhar em proporção o objeto

de estudo quando este é muito grande e não cabe em uma folha de papel se

desenhado em escala real. Em nosso caso, projeto arquitetônico, podendo ser este

desenho de mobiliário ou planta baixa do ambiente ou projeto completo como um

todo. As reduções mais comumente usadas em projeto arquitetônico são: 1/100,

1/50, 1/25, 1/20, 1/10, chegando ate 1/1, em casos onde necessitamos representar

um objeto em tamanho real.

Quando todos os objetos são reduzidos proporcionalmente, podemos

visualizar e obter a sensação exata das medidas como se elas estivessem no

tamanho real. Sendo assim, podemos sentir o espaço, áreas de deslocamento, áreas

de passagens, posicionamento adequadamente do mobiliário.

O escalímetro é bastante funcional para avaliar as medidas de um desenho.

Apresentado em uma régua graduada em metros segundo os fatores de redução

indicados ao lado de cada graduação.

Vamos entender melhor:

Perceba que na escala está escrito 1:100 em algumas estará apenas 100. O

que isso quer dizer? Quer dizer que cada centímetro na régua comum (escala 1:1)

equivale a 1metro na escala 1:100. Cada milímetro da régua comum (escala 1:1)

representam 10 centímetros, então, 10cm X 10 partes = 100cm = 1m

“Mas se eu não quiser utilizar a escala 1:100 e quiser utilizar a escala 1:10,

como devo ler?”

Page 24: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

24

É simples: a escala 1:1 representa a medida real do objeto, o tamanho exato dos

objetos. Por exemplo, se eu desenhar um lapiseira, ela terá 15cm de comprimento

por 1cm de largura. Eu tenho uma unidade de media para uma unidade de desenho

(1:1)

1cm

15cm

Esc: 1:1

“Mas se eu quisesse desenhar na escala 1:10?”

Então eu multiplico o 1cm por 10 e tenho 10cm, isto quer dizer que em uma

unidade de medida real eu terei representado 10cm.

No papel o tamanho do traço continua sendo de um

centímetro mas minha leitura de desenho interpreta como

10cm porque estou na escala 1:10. Minha lapiseira nesta

escala

1cm

15cm

Esc: 1:10

Então, na escala 1:1 eu tenho 1 unidade real por 1 unidade de desenho, se na

unidade 1: 10 eu tenho 1unidade real por 10 unidades de desenho então é só

multiplicar a medida da escala real por 10 e se for 1:100 eu multiplico por 100.

Medida na régua comum

Representa na escala de desenho Escala 1:1

Representa na escala de desenho Escala 1:10

Representa na escala de desenho Escala 1:100

1cm 1cm (1x10=) 10cm (1x100=) 100cm

10cm 10cm (10x10=) 100cm (10x100=) 1000cm

20cm 20cm (20x10=) 200cm (20x100=) 2000cm

Page 25: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

25

Terminamos aqui nossa terceira aula de Leitura e Interpretação de Projeto. E para

fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a

esta aula.

Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento

desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material.

Abraços e até a próxima aula.

Prof. Amanda Marques

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 26: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

26

MÓDULO 01

Aula 04

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados

08. Projeções Ortogonais

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 27: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

27

Prezado Aluno,

Seja bem vindo ao material de apoio da aula 04 do módulo 01 de Leitura e

Interpretação de Projetos do curso Completo de Projeto de Móveis.

Agora que você já tem entendimento de escala, vamos compreender melhor as

vistas de um desenho. O conteúdo que vamos estudar nesta aula serão as vistas

ortogonais. Compreendendo as vias ficará muito mais fácil compreender as demais etapas

de um projeto arquitetônico.

Caso tenha dificuldades de compreensão, utilize algum objeto de estudo. Qualquer

peça que tenha em sua casa. Ficará mais fácil se o objeto for semelhante ao formato de um

cubo.

Seguindo os critérios já apresentados anteriormente, o curso será apresentado com

diversas metodologias e didáticas para tornar-se ainda mais atrativo ao aprendizado. Para

memorizar melhor o conteúdo, as apostila foram escritas em formato de manual, com

vocabulário simples e que vai direto ao tema, além de ilustrações e imagens exemplificando

toda a matéria ministrada. Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de

exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques

Page 28: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

28

08. PROJEÇÕES ORTOGONAIS

Projeção ortogonal é a projeção em que todos os raios projetantes são

paralelos entre si e perpendiculares ao plano de projeção.

Observe a Figura acima, que apresenta o princípio da projeção ortogonal.

Um desenho ortográfico fornece vistas cujas faces demonstram todas as

características físicas, se as visualizamos separadamente. A representação das

vistas separadas são organizadas e colocadas uma em relação à outra, respeitando

a normalização.

08.01. Como acontece a representação das projeções ortogonais

Observe a abaixo, temos a representação dos quatro diedros e, no Brasil, a

norma técnica define o uso do 1º Diedro. No primeiro diedro temos o plano vertical e

o plano horizontal nos quais serão projetadas as vistas do objeto.

Page 29: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

29

Projeção ortogonal

08.02. Projeções em 3 vistas

Para a projeção das vistas, usamos a representação das arestas e contornos

visíveis com a linha contínua larga.

08.03. Projeções em 6 vistas

O desenho de uma peça deve apresentar uma quantidade suficiente de vistas

para que sua compreensão seja perfeita. Dependendo da complexidade das peças,

por vezes se desenha com a projeção de uma vista (peça plana, ver Figura 10), que

já é suficiente; outras vezes, projetamos em duas vistas (Figura 30), e ainda em três

vistas (Figura 31). Cada desenho vai ser diferenciado dependendo do nível de

detalhes necessários para sua compreensão completa.

Existem casos onde uma, duas ou três vistas não são suficientes, então se

pode projetar em até seis vistas.

Page 30: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

30

Representação em 6 vistas

Page 31: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

31

Terminamos aqui nossa quarta aula de Leitura e Interpretação de Projeto. E para

fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a

esta aula.

Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento

desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material.

Abraços e até a próxima aula.

Prof. Amanda Marques

Page 32: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

32

MÓDULO 01

Aula 05

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados 9. Planta Baixa 10. Denominação e quantidade de pranchas 11. Representação dos Elementos Construtivos

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 33: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

33

Prezado Aluno,

Seja bem vindo ao material de apoio da aula 05 do módulo 01 de Leitura e

Interpretação de Projetos do curso Completo de Projeto de Móveis.

A partir de agora entramos no desenho técnico arquitetônico. Será fundamental

total compreensão dos itens a serem estudados para que consiga desenvolver demais

atividades que acontecerão nos módulos que se seguem.

Para memorizar melhor o conteúdo, as apostila foram escritas em formato de

manual, com vocabulário simples e que vai direto ao tema, além de ilustrações e imagens

exemplificando toda a matéria ministrada. Estude este material em conjunto com os vídeos

e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons

estudos!

Prof. Arq Amanda Marques

Page 34: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

34

PROJETO E DESENHO DE ARQUITETURA

Um projeto arquitetônico deve conter todas as informações necessárias para

que possa ser completamente compreendido e executado. Um projeto é composto

por informações gráficas, representadas pelos desenhos técnicos através de

plantas, cortes, elevações e perspectivas, e escritas, como o memorial descritivo e

especificações técnicas de materiais e sistemas construtivos.

Os desenhos básicos que compõem um projeto de arquitetura são:

09.PLANTA BAIXA

09.01. CONCEITUAÇÃO

A planta baixa é a representação gráfica de uma vista ortográfica seccional do

tipo corte, obtida quando imaginamos passar por uma construção um plano

projetante secante horizontal, de altura a seccionar o máximo possível de aberturas

(média de 1,20 a 1,60m em relação ao piso do pavimento em questão) e

considerando o sentido de visualização do observador de cima para baixo, acrescido

de informações técnicas.

Page 35: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

35

A porção da edificação acima do plano de corte é eliminada e representa-se o

que um observador imaginário posicionado a uma distância infinita veria ao olhar do

alto a edificação cortada. Abaixo a representação da planta baixa de uma edificação.

Então, tudo que é cortado por este plano deve ser desenhado com linhas

fortes (grossas e escuras) e o que está abaixo deve ser desenhado em vista, com

linhas médias (finas e escuras). Sempre considerando a diferença de níveis

existentes, o que provoca uma diferenciação entre as linhas médias que representam

os desníveis.

Page 36: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

36

Planta baixa | Escala XX:XX

10. Denominação e quantidade de pranchas

Page 37: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

37

Se uma construção for projetada para um único piso, a planta a ser

desenhada é a baixa. Já em construções com vários pavimentos, será necessária

uma planta baixa para cada pavimento distinto arquitetonicamente. Quando se tem

vários pavimentos iguais, a representação será com uma única planta baixa, que

será chamada de “Planta Baixa do Pavimento Tipo”.

Quanto aos demais pavimentos, o título da planta recebe a denominação do

respectivo piso. Exemplo: Planta Baixa do 1º Pavimento; Planta Baixa do Subsolo;

Planta Baixa do Pavimento de Cobertura...

Lembre-se: utilizam-se as denominações “piso” ou “pavimento” e não andar.

a) Representação das informações: nome das dependências; áreas úteis das

peças; tipos de pisos dos ambientes; níveis; posições dos planos de corte

verticais; cotas das aberturas ou simbologia de representação com quadro de

esquadrias; cotas gerais; informações sobre elementos não visíveis; outras

informações.

Page 38: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

38

11. REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS

PAREDES: São representadas de acordo com sua espessura. Utiliza-se também

uma simbologia relacionada ao material que as constitui. Normalmente desenha-se a

parede de 15cm, mas ela pode variar conforme a intenção e necessidade

arquitetônica.

a) parede de tijolos:

b) parede de concreto:

Page 39: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

39

DICA: ao utilizar uma escala 1/200 ou outras que originem desenhos muito

pequenos, não se pode desenhar as paredes utilizando dois traços. Desenhe as

paredes cheias para facilitar o entendimento da planta.

PORTAS E PORTÕES: São desenhadas representando sempre a(s) folha(s) da

esquadria com linhas auxiliares.Se necessário, procure especificar o movimento

da(s) folha(s) e o espaço ocupado.

Page 40: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

40

JANELAS: são representadas através de uma convenção genérica, sem dar

margem a interpretações quanto ao número de caixilhos ou funcionamento da

esquadria.

Page 41: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

41

Terminamos aqui nossa quinta aula de Leitura e Interpretação de Projeto. E para

fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a

esta aula.

Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento

desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material.

Abraços e até a próxima aula.

Prof. Amanda Marques

Page 42: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

42

MÓDULO 01

Aula 06

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados

12. Cortes 13. Elevações 14.Vistas

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 43: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

43

Prezado Aluno,

Iniciamos agora a última aula do curso de Leitura e Interpretação de Projetos. É

importante você ter total compreensão destes conteúdos para a perfeita sintonia com os

demais temas que serão aplicados nas próximas aulas.

Com base em leitura de escala, planta baixa cortes e vistas seu conteúdo ficará

completo para desenvolver projetos no futuro. Estude com cautela e não deixe de fazer os

exercícios.

Observe que o material foi elaborado de maneira fácil e acessível, para que você

tenha uma perfeita compreensão de todos os passos necessários para o entendimento e

leitura de um projeto arquitetônico.

Seguindo este princípio, o curso será apresentado com diversas metodologias e

didáticas para tornar-se ainda mais atrativo ao aprendizado. Para memorizar melhor o

conteúdo, as apostila foram escritas em formato de manual, com vocabulário simples e que

vai direto ao tema, além de ilustrações e imagens exemplificando toda a matéria ministrada.

Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá

concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques

Page 44: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

44

12. CORTES

12.01. CONCEITUAÇÃO

Os cortes são os desenhos

em que são indicadas as dimensões

verticais. São representações de

vistas ortográficas seccionais

obtidas quando passamos por uma

construção um plano de corte e projeção vertical, normalmente paralelo às paredes,

e retiramos a parte frontal junto com um conjunto de informações escritas que o

complementam, encontrando o resultado da interseção do plano vertical com o

volume.

São tão importantes por complementarem à planta baixa, com informações

relativas às alturas dos elementos construtivos. São obtidos de forma semelhante à

da planta baixa, mas o plano de corte passa a ser vertical e pode ser localizado em

qualquer posição, de modo a representar os elementos internos que mereçam maior

destaque.

12.02. POSICIONAMENTO DOS CORTES

A indicação dos cortes em planta baixa tem uma simbologia específica:

Page 45: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

45

A orientação dos cortes é feita na direção dos extremos mais significantes do

espaço cortado. O sentido de visualização dos cortes deve ser indicado em planta,

bem como a sua localização.

CORTE AB E CORTE CD INDICADOS EM PLANTA

Page 46: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

46

12.03. REPRESENTAÇÃO DOS ELEMENTOS CONSTRUTIVOS

FORROS/LAJES:

ABERTURAS:

12.04. REPRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES

No desenho dos cortes verticais, as representações são as cotas verticais,

indicação de níveis e denominação dos ambientes cortados. Outras informações

importantes podem ser discriminadas, como impermeabilizações, capacidade de

reservatórios, inclinação telhados, informações relativas a escadas, rampas e poços

de elevador.

Cotas: são representadas exclusivamente as cotas verticais de todos os elementos

de interesse em projeto:

pés direitos (altura do piso ao forro/teto);

Page 47: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

47

altura de balcões e armários fixos;

altura de impermeabilizações parciais;

cotas de peitoris, janelas e vergas;

cotas de portas, portões e respectivas vergas;

cotas das lajes e vigas existentes;

alturas de patamares de escadas e pisos intermediários;

altura de empenas e platibandas;

altura de cumeeiras;

altura de reservatórios (posição e dimensões);

Níveis: são identificados todos os níveis sempre que se visualiza a diferença de

nível, evitando a repetição desnecessária e não especificando no caso de uma

sucessão de desníveis iguais (escada).

12.05. EXEMPLO DE CORTES

Page 48: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

48

CORTE AB –Desenho sem escala – Os cortes devem ser desenhados sempre na mesma escala da planta baixa.

12.06. ETAPAS PARA O DESENHO DO CORTE

1. Colocar o papel sulfurizê sobre a planta, observando o sentido do corte já marcado

na planta baixa;

2. Desenhar a linha do terreno;

3. Marcar a cota do piso dos ambientes “cortados” e traçar;

4. Marcar o pé direito e traçar;

5. Desenhar as paredes externas (usar o traçado da planta baixa);

6. Desenhar o forro, quando houver, ou a laje; desenhar também o contrapiso;

7. Desenhar a cobertura ou telhado;

8. Desenhar as paredes internas, cortadas pelo plano;

9. Marcar as portas e janelas seccionadas pelo plano de corte;

10. Desenhar os elementos que estão em vista após o plano de corte. Ex.: janela e

porta não cortadas, parede em vista não cortada....

11. Denominar os ambientes em corte;

12. Colocar a indicação de nível;

13. Colocar linhas de cota e cotar o desenho;

Page 49: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

49

14. Repassar os traços a grafite nos elementos em corte.

Ex.: parede – traço grosso; laje – traço médio; portas, janelas e demais elementos

em vista – traço finos.

OBS.: No corte, as cotas são somente na vertical. As portas e janelas aparecem

sempre fechadas.

13. ELEVAÇÕES

As elevações ou fachadas são elementos desenhos gráficos correspondentes

a projeção ortogonal das arestas visíveis visualizada do volume arquitetônico em um

plano vertical, localizado fora do elemento arquitetônico. São as vistas principais da

edificação nomeadas como frontal, posterior, lateral direita ou esquerda.

13.01. DENOMINAÇÂO DAS ELEVAÇÕES

Havendo uma única fachada, o desenho recebe apenas a denominação

específica de ELEVAÇÃO ou FACHADA. Existindo mais do que uma elevação, se

faz necessário distinguir os vários desenhos conforme a sua localização no projeto.

Você poderá adotar um dos mais diversos critérios aceitos, porém, cabe ressaltar

que utilize sempre o mesmo critério adotado:

Pelo nome da vista: frontal, posterior, lateral direita, lateral esquerda.

Page 50: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

50

Pela orientação geográfica: norte, leste, sudeste.

Pelo nome da rua: para construções de esquina.

Pela importância: principal, secundária (apenas para duas fachadas).

Letras e números.

Page 51: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

51

14. VISTAS

Existem medidas que não foram exploradas por ocasião da planta baixa e

agora se fazem necessárias: alturas, em geral. A vista é a projeção do objeto ou

ambiente num plano vertical, de modo que fiquem determinadas as dimensões reais

em escala. Ela é feita a partir da planta baixa, de onde são transferidas as medidas

da largura ou profundidade para o plano vertical.

Planta baixa Sala de estar e jantar.

Vista- Sala estar e Home Office: detalhe parede sala.

Page 52: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

52

Formas de Representação de vistas:

Para projetos de interiores não há uma convenção específica para representação.

Desta forma, informamos aqui exemplos de representação conforme se constata em

desenhos de projetos realizados por profissionais do segmento.

Projeto de cozinha

Projeto de dormitório

Page 53: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

53

Espero que você tenha compreendido todo o conteúdo dos principais elementos

de um projeto tanto para projetos arquitetônicos como para interiores. Caso seu enfoque

seja mais voltado para projetos arquitetônicos estude também os materiais complementares

deste curso de Leitura e Interpretação de Projetos. Busque este material sempre que estiver

com dúvidas e aproveite seu tempo de seu curso online para saná-las.

Um grande Abraço

Prof. Arq Amanda Marques

Page 54: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

54

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

MÓDULO 02

Decoração de Interiores

Page 55: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

55

Módulo 02

Aula 01

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados 01. O que é Design de Interiores 02. A Profissão

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 56: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

56

Prezado Aluno,

A partir de agora iniciam seus estudos sobre a Composição e decoração de

interiores. É a partir deste tema que você começará a compreender o sentido estético dos

ambientes e observar com o olhar clínico de quem consegue se expressar e visualizar o

sentido do belo do equilíbrio e da harmonia nos desenhos e formas da decoração.

Quando nos referimos ao Design de interiores nos deparamos com todos os

ambientes que nos rodeiam como espaços residências e comerciais. Saímos do mundo

arquitetônico que analisa a função espaço e formas volumétricas, isto é, saímos do macro e

partimos para o micro. Então podemos concluir que o Design de interiores passa a ser

complementar ao processo de estudo de arquitetura.

Apesar de partirmos para o micro sua composição e estudo pode ser tão complexa

quanto na arquitetura. Isto depende do processo construtivo dos projetos e o grau de

tecnologia aplicada aos ambientes.

Poderá observar que nossa preocupação foi apresentar os conteúdos de maneira

fácil e acessível, para que você tenha uma perfeita compreensão de todos os passos que

serão abordados.

Seguindo este princípio, o curso será apresentado com diversas metodologias e

didáticas para tornar-se ainda mais atrativo ao aprendizado. Para memorizar melhor o

conteúdo, as apostila foram escritas em formato de manual, com vocabulário simples e que

vai direto ao tema, além de ilustrações e imagens exemplificando toda a matéria ministrada.

Algumas atividades serão realizadas dentro das unidades de estudo e outras em

nosso material de exercício para que você compreenda o todo e consiga interpretar todas

as etapas a serem estudadas e compreendidas. Estude este material em conjunto com os

vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível.

Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques

Page 57: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

57

01. Introdução

Design de Interiores: este termo está bastante difundido e comentado em todas

as mídias, todavia a real necessidade e o significado da profissão nem sempre é

tratada com a devida importância. Por isso, antes de falarmos dos fundamentos da

composição devemos esclarecer um pouco mais sobre o assunto.

Quanto às terminologias: Design de Interiores é a profissão e designer é o

profissional. É muito comum ver esses termos sendo trocados, inclusive em

reportagens sobre o assunto, mais comum ainda é ouvir leigos falando: você faz

designer de interiores? ISSO NÃO EXISTE. Você está estudando Design de

Interiores para se tornar um designer.

Se você procurar nos livros e na internet achará diversos conceitos bem

formulados. Abaixo vou explicar de forma simples, resumida e direta o que você

pode responder quando você for questionado sobre a mencionada profissão.

O que é Design de Interiores/decoração?

Exercício 01: Pegue seu caderno de anotações do curso e responda a

seguinte pergunta: O que é Design de Interiores e o que faz o designer?

Faça esse exercício, pode parecer bobo, mas garanto que você não terá

tanta convicção em responder quanto se eu perguntasse: o que faz um

médico? Vamos lá, 10 minutos.

Page 58: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

58

É a arte de compor ambientes unindo a funcionalidade e a estética,

visando qualidade de vida e bem estar dos usuários deste local.

A frase acima já basta, mas é de grande valia deixar claro todos os conceitos

atrelados a esta importante definição. Todos nós vivemos em ambientes construídos,

mesmo quando estamos no trabalho nos encontramos em uma estrutura que nos

envolve. Ao usufruirmos destes ambientes, precisamos que eles supram as nossas

necessidades em quesitos como: ergonomia, conforto (térmico, acústico,

luminotécnico), desenvolvimento pleno das tarefas e beleza. Ou seja, unir: o belo e o

útil, não apenas a forma seguir a função como pregavam os modernistas no Séc. XX.

02. A profissão

02.01. Design de Interiores ou Arquiteto de Interiores

O que faz um designer de Interiores?

“O designer de interiores será o profissional habilitado a compreender as

necessidades de seu cliente frente ao ambiente a ser projetado e traduzi-los em

um projeto funcional e esteticamente adequado. Ao mesmo tempo, o

profissional interpreta os sonhos, administra a obra e cuida dos custos.”

A questão dos custos deve ser analisada sob três aspectos:

Fonte: http://www.pinterest.com/ data: 08/12/2014 08:55

Page 59: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

59

A. O custo da obra

“Um bom profissional é capaz de diminuir os custos totais de

uma obra.”

Devemos lembrar que a qualidade de um serviço está diretamente ligada com a

durabilidade dele. Então, não adianta contratar um pintor mais barato para pintar o

seu gesso se ele não sabe que deve esperar o tempo necessário para o gesso

secar, e aplica a tinta diretamente à massa. Se isso não for feito da maneira correta,

em pouco tempo seu teto estará amarelado e você vai pagar pelo serviço duas

vezes. Outro exemplo está na decisão correta na hora de escolher os materiais e

acabamentos, que representam um grande custo em uma obra. Muitas vezes, o

cliente quer um material muito caro como um granito preto, mas o profissional sabe

que existe um granito muito similar em uma determinada marmoraria e o cliente

pagará a metade do preço por esta alternativa. As situações mencionadas acima são

apenas algumas das situações que podem ocorrer em uma obra e que representam

custos significativos.

B. O custo do profissional

A importância do custo do profissional deve estar bem clara. Assim como o

arquiteto, o designer vive de boas ideias. Então, quando um cliente pergunta se você

pode dar uma ideia, é como se fossemos pedir uma “dica” de um medicamento a um

médico. Ele cobra por isso, e você também. Todavia, muitos profissionais não têm

isso claro e acabam desvalorizando seu próprio trabalho. E a justificativa para tal

pode ser várias: familiares, é algo simples, pra você isso é rápido, não te custa nada

e ai vai. E eu te pergunto: Não te custa nada????? Quantas horas de estudo,

quantos estágios, quantos cursos de extensão, pós graduação, livros e tantas outras

formas de trabalho que teve que buscar para chegar onde está hoje? Este é o seu

“ganha pão”, então se valorize, porque se fosse fácil e simples a própria pessoa faria.

Quer dicas? Então, venda uma consultoria.

Page 60: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

60

A profissão do designer de Interiores consiste em dar boas ideias, que se

encaixam na realidade de cada cliente e a reposta para um questionamento pode ser

rápida, mas ela apenas é rápida devido a toda uma bagagem que o profissional que

traz consigo. Então, você tem que cobrar sim, afinal médicos cobram, psicólogos

cobram, engenheiros cobram.

“O bom profissional tem o valor de seu trabalho diluído, no valor total da

obra, que incluem as dicas que fizeram o cliente gastar menos.”

Mas você deve estar se perguntando, quanto eu vou cobrar pelo meu trabalho? A

resposta para essa pergunta não é um valor fechado. A resposta correta é: Depende!

E depende de muitas coisas: Do quanto de conhecimento você já adquiriu,

quanto de experiência tem, qual o perfil do cliente que quer atender, o quanto você

infeste em se qualificar ainda mais, a quantidade e qualidade de seus parceiros

profissionais e ai vai.

E pra isso você deve fazer algumas avaliações: quem eu sou agora, quem eu

quero ser e onde quero chegar. Você tem disponível uma planilha para download

que chamo de autoconhecimento, neste momento peço apenas preencha as

planilhas conhecimento pessoal e desejos. Demora certo tempo para preencher, mas

através dela poderá se condicionar e fazer planejamentos de metas para sua vida

profissional. Seja criterioso e inclua exatamente tudo que sabe de si, todos os

conhecimentos e o que quer ser, aprender e ter.

Depois que você já tem o conhecimento do que sabe neste momento, faça um

estudo de quanto é o seu gasto mensal. Uma planilha simples do Excel com

acompanhamento de custo fixo e variável resolve o problema. Tendo isto em mãos

saberá qual o valor mínimo de salário ou prolabore precisará no mês para viver e se

sentir realizado. Observe o exemplo abaixo.

Page 61: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

61

MEU SALARIO

Retirada mensal R$ 2.000,00

diarista R$ 150,00

aluguel R$ 800,00

condomínio R$ 300,00

luz R$ 200,00

telefone R$ 150,00

internet R$ 100,00

Total Custos fixos R$ 1.700,00

roupa R$ 100,00

lanche R$ 30,00

padaria R$ 75,00

farmácia R$ 95,00

outros

Total Custos Variáveis R$ 300,00

TOTAL R$ 2.000,00

Custos fixos

Custos variáveis

Esta planilha estará disponível para alunos do Curso completo de Projeto de

Móveis para download no arquivo chamado composição de custos.

Se você trabalha sozinho como autônomo ou freelance deverá entender ainda

mais claramente quanto custa a sua hora de trabalho. Para isso precisará ter claro

duas coisas em mente quanto é seu salário e quantas horas por mês serão

destinadas ao seu trabalho.

Para definir quantas horas você irá trabalhar em um projeto deverá ser critico e

identificar quanto tempo será necessário para cada atividade. Assim conseguirá

fechar um valor de horas para aquele projeto e descobrir quantos clientes pode

atender no mês para não se sobrecarregar. Observe abaixo:

1 2 3 4 5 6 7 8 TOTAL

EU 8 5 2 8 8 8 5 2 46

4,6

50,6

1

2

3 apresentação

4

5

6 proj. final

7 detalhamento

8 apresentação

estudo preliminar

ante proj.

des.tecnico

HORAS PREVISTAS PARA UM TRABALHO

Reserva de tempo (10%)

Horas totais operacionais

pesquisa

Para um único projeto terei 50,6 horas de trabalho. Então:

Page 62: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

62

50,6h = 7,22 dias de trabalho

7h/dia

Pensando assim, vamos imaginar que eu tenha outros projetos com carga

horária semelhante, então poderei absorver por mês:

147h = 2,90 projetos = No máximo 3 projetos

50,6h

Esta planilha, assim como a explicação completa sobre como calcular sua hora

de trabalho estará disponível para alunos do Curso completo de Projeto de Móveis

para download no arquivo chamado composição de custos.

C. Administração da obra

Em um primeiro momento, pode parecer que a administração não tem ligação

direta com o custo, entretanto vários elementos que envolvem essa etapa do projeto

resultam em custos. Por exemplo, a ordem que cada fornecedor trabalhará na obra.

“Então, a primeira lição do curso é essa: defenda sua profissão, você

não está estudando para isso? Então, deve ser reconhecido e respeitado por

suas dicas, que são o resultado de seu esforço, estudos e dedicação. E elas

são, sim, seu trabalho e provedor de sua renda, portanto, valorize o que você

faz.”

A sequencia a ser estudada para projetista, também cabe perfeitamente para

o arquiteto ou designer de interiores com relação a sequencia lógica do trabalho.

02.02. Projetista

Page 63: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

63

O que faz um projetista?

“O projetista é responsável pela criação e elaboração de projetos tanto na área

arquitetônica e interiores como também na área de design de produtos. Além

de criar e passar para o papel o projeto, o projetista pode atuar em equipe com

outros profissionais. Tais como arquitetos na área de arquitetura, engenheiros

no caso de projetos para a construção civil, ou áreas diferenciadas, como por

exemplo com fisioterapeutas na área de produtos e móveis adaptados ou ainda

trabalhar em lojas de móveis planejados ou marcenarias transformando a ideia

do cliente em um desenho detalhado. Pode participar no desenvolvimento da

ideia desde seu início junto com outros profissionais da área. Oferecendo

sugestões para melhorar o uso do espaço ou para dar melhor funcionalidade

para um objeto. Quanto maior sua experiência, mais sua opinião será ouvida.”

Em cada setor diferente em que o projetista pode trabalhar existe uma

sequência lógica de execução. Vamos nos ater aqui ao projetista de lojas e

marcenarias, um profissional que trabalha registrado. Caso você deseje trabalhar

como autônomo siga o mesmo processo para profissionais da área listado no tópico

anterior.

A. A sequência de um trabalho

A sequência lógica de um trabalho geralmente seque as seguintes etapas:

1º Recepção e atendimento ao cliente que procura a loja ou a marcenaria;

2º Tirar medidas da área ou do ambiente a ser projetado;

3 º Desenvolve o projeto do ambiente, de acordo com as necessidades

estudadas, focando na funcionalidade, circulação, ergonomia e estética;

4º Apresentação do projeto ao cliente;

5º Desenvolvimento das possíveis modificações e adequações a necessidade

do cliente;

6º Apresentação do orçamento e negociação;

7º Faz o fechamento de venda e gera-se o contrato, recibo, certificado de

garantia com o projeto aprovado;

Page 64: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

64

8º Faz as confirmações in loco das medidas do ambiente, isto é ir até o

ambiente a ser projetado e reavaliar as medidas;

9º Revisar todo o projeto para encaminhar o pedido;

10º Envio o pedido para a fábrica ou para a marcenaria;

11º Desenvolve o projeto técnico para a montagem

12º Explica ao montador todo o processo de montagem;

13º Faz o acompanhamento da montagem;

14º Realiza assessorias para caso de peças machucadas ou danificadas e

possíveis imprevistos com relação ao projeto;

15º Para finalizar, após a montagem realiza o pós-venda com cliente.

Agora que você já entendeu a sequência lógica de todo o trabalho, precisa

entender quanto vale o seu trabalho.

B. O custo do profissional

A escolha de sua profissão está diretamente ligada a sua felicidade. Imagine

acordar a cada dia e sentir-se desmotivado para o trabalho? Muitas pessoas

crescem com a noção de que trabalho não passa de um holerite ao final do mês. Se

pensarmos desta maneira teremos um emprego e não um trabalho. Então para

atingirmos a realização plena devemos seguir nosso coração e trabalhar em uma

área que nos dá prazer.

Quando alcançamos este ideal, a dedicação para a sua profissão passa ser

algo natural que traz satisfação pessoal. Você sente vontade de se especializar a

cada dia mais e isso passa a ser sua fonte de renda. Quanto mais conhecimento

adquire, mais seguro se sente e maior será seu rendimento financeiro, fazendo com

que você se sinta reconhecido tendo muito prazer em seu dia a dia.

Quando perceber que a sua profissão te faz sorrir e ser feliz, perceberá que

seu trabalho passou a ser seu hobby.

“Trabalhar por prazer e ser feliz, e ainda ser remunerado por isso???

Quer coisa melhor!? Sua profissão pode ser seu hobby.”

Page 65: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

65

É comum uma pessoa ter talento, possuir qualidades, saber executar de

maneira perfeita, sendo que as vezes só ela ou poucas pessoas sabem fazer e

mesmo assim sentem-se incapazes de se auto valorizar. Muitos não cobrando pelo

seu talento, seu conhecimento, pelo tempo gasto, por não acreditarem que fazem

algo que pode valer para alguém já que “para mim é tão fácil, tão simples e tão

prazeroso”.

Se você passa constantemente por esse processo, deve mudar sua maneira

de pensar. Coloque em sua mente a ideia que trabalho pode ser bom, gostoso e que

o conhecimento, o talento e principalmente o tempo que cada um tem vale dinheiro.

Uma vez entendendo que seu conhecimento e seu tempo valem dinheiro e

pode se tornar fonte de prazer também, coisas que se faziam de graça passam a ser

cobradas e valorizadas de forma diferente. E é assim que se passa a ter uma postura

profissional e dar o valor correto e real do que se faz com profissionalismo de

verdade.

É importante saber quanto vale sua hora de trabalho. E você pode calcular de

uma maneira muito simples. Faça uma pesquisa entre profissionais da mesma área e

do mesmo nível de expertise que a sua, com base nisso faça uma estimativa de um

salário mensal desejado e divida a quantidade de horas mensais pelos dias úteis

trabalhados. Porém a maneira de calcular quanto vale seu trabalho depende apenas

de você.

Uma vez tendo uma postura profissional, apresentamos nosso orçamento de

trabalho. Este é o momento em que afirmamos: “meu trabalho vale tanto. Você aceita

pagar? Você me aceita como profissional?” Quando você estipula um valor pelo seu

trabalho, ele pode ou não ser aceito pelo cliente ou contratante. E podemos entender

isso de várias maneiras: a primeira delas é que a pessoa não tem o dinheiro para

pagar o seu valor, ou o preço aplicado não condiz com o mercado, ou ainda sendo

interpretado que seu trabalho não vale o que você está cobrando. Então, esteja

seguro de seu valor, cobre um preço justo e realista e esteja preparado para

rejeições.

Page 66: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

66

C. A decisão certa

Existem diversas áreas a serem avaliadas dentro do design de interiores para

você escolher sua carreira. Tudo que for fazer que necessite de empenho e decisões

devem ser avaliados com cautela. Afinal para que você busque os conhecimentos

para poder aplicar na vida prática toma-se tempo e dinheiro.

Então, avalie prós e contra para ter certeza de sua escolha. Faça isso em tudo

que precisar de decisões entre este ou aquele trabalho. Abaixo segue um modelo

prático em como você pode avaliar melhor suas decisões.

TRABALHAR EM: MARCENARIA

LOJA DE

MÓVEIS

PLANEJADOS

AUTÔNOMO

Estabilidade Financeira 2 2 3 1 Ótimo

Contato com pessoas 2 1 3 2 Bom

Motivação 2 2 1 3 Regular

Satisfação com o Trabalho 2 2 1 4 Péssimo

Flexibilidade de Horário 4 4 1

Automonia 4 4 1

Novidades/Aprender coisas novas 3 1 3

Reconhecimento Profissional 2 2 3

Reconhecimento Pessoal 2 2 3

Ótimo 0,0% 0,0% 22,2%

Bom 66,7% 66,7% 55,6%

Regular 11,1% 11,1% 0,0%

Péssimo 22,2% 22,2% 22,2%

QUAL A MELHOR SITUAÇÃO

MARCENARIA

LOJA DE

MÓVEIS

PLANEJADOS

AUTONOMO

1 0 0 0 1

2 0 0 2 2

3 0 6 5 3

4 0 1 0 4

0 MARCENARIA

LOJA DE

MÓVEIS

PLANEJADOS

AUTONOMO

Ótimo 0,00% 22,22% 44,44% Ótimo

Bom 66,67% 55,56% 0,00% Bom

Regular 11,11% 0,00% 55,56% Regular

Péssimo 22,22% 22,22% 0,00% Péssimo

"Melhor" situação

Esta planilha está disponível para alunos do Curso completo de Projeto de

Móveis para download no arquivo chamado autoconhecimento, a análise é feita nos

tópicos valores e melhor situação.

Page 67: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

67

Depois que fizer suas avaliações poderá decidir qual carreira seguir e

conquistar sua tão sonhada felicidade.

Page 68: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

68

Terminamos aqui nossa primeira aula de Composição/ Decoração de Interiores. E para

fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a

esta aula.

Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento

desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material.

Abraços e até a próxima aula.

Prof. Amanda Marques

Page 69: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

69

MÓDULO 02

Aula 02

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados

03. Composição e o Conceito de

Belo

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 70: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

70

Prezado Aluno,

Nesta segunda aula você irá aprender a desenvolver seu senso de criatividade e

percepções do meio. Tenho total certeza que sua visão diante das decorações mudará o

enfoque e se tornará muito mais crítico..

Algumas atividades serão realizadas dentro das unidades de estudo e outras em

nosso material de exercício para que você compreenda o todo e consiga interpretar todas

as etapas a serem estudadas e compreendidas. Estude este material em conjunto com os

vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível.

Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques

Page 71: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

71

03. Composição e o conceito do Belo:

A composição de um ambiente envolve conceitos demasiadamente subjetivos

aos olhos do leigo. Geralmente, o leigo apenas se limita a analisar um ambiente com

duas opções: eu gosto ou eu não gosto. Em outras palavras: é bonito ou é feio.

Contudo um ambiente não se compõe apenas de estética, por diversas vezes,

o cliente falará que não gosta, não por não ser bonito o ambiente, mas por não

compreender todos os elementos que o compõe e conseguir perceber que o

problema pode se encontrar no fato de o ambiente não ser proporcional, por

exemplo. Proporção não é um conceito subjetivo, e, é neste caso, que entra o

profissional novamente.

O designer de interiores é capaz de transformar conceitos subjetivos em

necessidades e repostas concretas. Para o leigo, tais conceitos vão passar

despercebidos.

Conceito do Belo

Neste tópico discutiremos sobre a frase: “gosto ou não gosto”, que pode ser

traduzida por “bonito ou feio”. Sem sombra de dúvidas, o belo é elemento essencial

no processo de visualização e concepção de ambientes. Há questões técnicas, que o

leigo não percebe, mas em nenhum momento a existência da estética foi negada.

O ser humano gosta de ornamentos, se atrai pela beleza. Os conceitos do que

é bonito ou feio até mudam com o passar dos anos, vide as musas: já passaram das

gordinhas nos tempos Renascentistas, as esquálidas do séc. XX, e, atualmente, a

nova tendência são as mulheres “bombadas”. Contudo, desde os tempos remotos,

vide os indígenas com seus ornamentos, os moradores das cavernas que pintavam

cenas dos cotidianos nas paredes, o homem tem anseio de embelezar-se, assim

como o ambiente que o rodeia. Pesquisem na internet referências de índios e dos

homens das cavernas para ilustrar ainda mais esse tema.

Page 72: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

72

Apesar de o conceito do belo estar diretamente ligado nesta profissão, é um

conceito extremamente relativo. O que é belo para uma pessoa pode não ser para

outra. A beleza está também diretamente ligada ao nosso sistema de visão, afinal se

não enxergamos tal elemento como vamos considerá-lo belo?

E na verdade, todos os dias somos induzidos a perceber imagens e analisá-

las principalmente para enxergar aquilo que “queremos ver”. O que significa isso? O

nosso cérebro, com todas as informações que acumulam a cada dia, procura sempre

associar novas imagens a imagens antigas registradas em nosso subconsciente.

Portanto, quando nos deparamos com uma imagem totalmente desconhecida é mais

difícil de entendê-la, e, por fim, podemos não gostar, ou não achar belo, pelo simples

fato de não a associarmos a nada.

O belo é relativo e está diretamente ligado a questões, culturais, sociais

e econômicas.

Na próxima aula começaremos a entender melhor o cliente e aprender como

fazer uma entrevista adequada com fundamentos para a perfeita compreensão para

evitar falhas no decorrer do estudo.

Page 73: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

73

Terminamos aqui nossa segunda aula de Composição/ Decoração de Interiores. E

para fazer com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios

referentes a esta aula.

Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento

desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material.

Abraços e até a próxima aula.

Prof. Amanda Marques

Page 74: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

74

MÓDULO 02

Aula 03

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados 04. Primeira Etapa: Orçamento e Contrato

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 75: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

75

Prezado Aluno,

Não existe um senso comum e uma única doutrina a ser seguida para o design de

interiores. No mercado, existem alguns livros e cursos bons e cada um dita quais são as

regras, princípios e bases do design de interiores, por isso estar em constante estudo e

nunca achar uma verdade absoluta, também são bases para um bom designer. Neste

curso, você verá uma abordagem diferenciada com alguns itens a mais e de maneira clara

e objetiva do que outras fontes de estudo, se a ideia fosse ser igual aos demais, não haveria

sentido nenhum você se dedicar a estudar este curso.

Iniciamos agora a aula 03 do curso de Composição / Decoração de Interiores.

Nesta, será compreendido como elaborar um orçamento e um contrato. Estude este

material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo

com a melhor eficiência possível. Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques

Page 76: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

76

04. Primeira etapa: Orçamento e Contrato

O cliente é foco de maior importância de todo o trabalho, tendo o mesmo

motivo-chave a existência do espaço em questão. Saber compreender suas

aspirações e transforma-la em um projeto que pode se tornar realidade é a razão de

nossa profissão. Devemos iniciar por um levantamento prático e objetivo para

definirmos os pontos de criação.

04.01. Elaboração de Orçamento

O cliente pode surgir por diversas maneiras, aplicação de marketing, mídias

sociais, indicação, amigos, participação em feiras entre outros. E tudo começa com o

primeiro contato em que você apresenta seu portfólio de trabalho e conhece o perfil

de seu cliente. É neste momento que a empatia será avaliada, caso ambos se

identifiquem (cliente e profissional), será coletado informações mínimas para o

desenvolvimento do orçamento.

“Uma proposta deve ser apresentada antes de qualquer traço criativo ser elaborado.”

Clarice Mancuso

Devem ser considerados itens como:

Área a ser projetada: Neste item você deve avaliar qual a metragem e ambientes

serão projetados. Caso o projeto se refira a mais de um cômodo deve ser

considerado os ambientes separadamente.

Necessidades do projeto: Avalie a complexidade do trabalho, um projeto

completo exigirá diversas etapas como o projeto de reforma (permitido apenas

para arquitetos), o Luminotécnico, a paginação de gesso, a paginação de

revestimentos, o mobiliário, o paisagístico, entre outros. Ou ainda pode ser

contratado apenas para um projeto específico, como por exemplo, o projeto do

mobiliário. Quanto mais complexo o projeto mais horas você precisará para

desenvolvê-lo.

Necessidade de tecnologias avançadas: Avalie também a necessidade de novas

tecnologias, algum sistema diferenciado que seu cliente deseja. Se você já

Page 77: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

77

souber executar você cobrará por já ter a expertise no assunto. Caso não saiba,

tomará tempo para aprender a executar tal tecnologia.

O projeto será desenvolvido em um local de risco?

O local da obra é distante do escritório do profissional e exigirá gastos extras e

horas de deslocamento?

O projeto exigirá a cooperação de outros profissionais de outras áreas, ou

também de arquitetos e engenheiros os quais você terá que remunerar?

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/imagem/carreira-emprego/interna-slideshow/como-passar-entrevista-emprego-soumaiseu.jpg Data: 07/10/2014 21:18

Chega o momento de apresentar a proposta de trabalho, que consiste num

documento formal com informações sobre o projeto e/ou o trabalho a ser

desenvolvido, para que o cliente observe o que está incluído e possa avaliar o

interesse em contratar seus serviços. Apresente o orçamento, de preferência em

mãos, assim poderá explicar todas as questões que serão executadas e receber o

parecer do cliente sobre itens a serem revisados, como negociar preço, prazo entre

outras questões, estando presente fica mais fácil à negociação para discutir o

assunto. É importante neste momento você demonstrar segurança e conhecimento

sobre o assunto.

Importante: O modelo deve ser ajustado conforme a necessidade do trabalho.

Projetos mais complexos precisam do auxílio de um advogado para avaliar todas as

questões e assegurar tanto contratante como contratado.

Page 78: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

78

04.02. Elaboração de Contrato

Após a aprovação da proposta de trabalho, deve-se elaborar o contrato. Não

deixe de fazê-lo, pois muitos profissionais negligenciam esta etapa, dando-se por

satisfeitos com aprovação da proposta. Saiba que o contrato é importante tanto para

o profissional quanto para o cliente, desta maneira ambos estarão assegurados

formalmente sobre seus direitos e deveres neste processo. Este documento tem

valor legal caso seja necessário intervir com alguma ação judicial.

Acontece muitas vezes de o cliente solicitar algo que não está em contrato se

não estiver escrito poderá ser cobrado de você. Então, esta é uma maneira de você

provar que seus serviços estão dentro do combinado.

Fonte: http://images.e-konomista.pt/articles/850_400_tipos-de-contrato-de-trabalho.jpg Data: 08/10/2014

Atenção Importante: Os modelos contidos no material do completo do Curso

Completo de Projeto de Móveis são apenas uma SUGESTÕES de tópicos que

devem constar num contrato desta natureza. Para sua maior segurança, consulte

também um advogado.

Com o contrato em mãos devidamente assinado podemos partir para a

próxima etapa. Parte essencial, fundamental e irrevogável de todo o projeto de

interiores que é a entrevista com o cliente.

Page 79: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

79

Terminamos aqui nossa terceira aula de Composição/ Decoração de Interiores. E para fazer

com que seu entendimento seja ainda mais completo, realize os exercícios referentes a esta

aula.

Não deixe de sanar suas dúvidas e caso não tenha alcançado todo entendimento

desta aula, assista novamente o vídeo e releia o material.

Abraços e até a próxima aula.

Prof. Amanda Marques

Page 80: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

80

MÓDULO 02

Aula 04

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados 05. A entrevista com o Cliente: Briefing

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 81: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

81

Prezado Aluno,

Diversos são os temas ligados ao design de interiores. Um vasto caminho que faz

com que você busque conhecimento contínuo. Itens como luminotécnica, paisagismo,

conforto (térmico e acústico), ornamentos, Gestalt (teoria da forma), história do design são

importantíssimos e merecem cursos distintos. No presente, vamos apenas citá-los e

estudaremos com mais profundidade os conceitos e os elementos de uma composição de

ambiente, por isso este curso é a base de toda a profissão.

Muitos destes assuntos poderão ser encontrados nos cursos da AM Cursos Online.

Tais como: Curso de Iluminação residencial, Projeto de Gesso, Materiais de revestimentos,

História do Design e do Mobiliário entre outros.

Iniciamos agora a aula 04 do curso de Composição / Decoração de Interiores.

Nesta, será compreendido o cliente, como fazer os estudos e analisar criteriosamente de

seu perfil. Algumas atividades serão realizadas dentro das unidades de estudo e outras em

nosso material de exercício para que você compreenda o todo e consiga interpretar todas

as etapas a serem estudadas e compreendidas. Estude este material em conjunto com os

vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível.

Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques

Page 82: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

82

05. A entrevista com o cliente: Briefing

Como foi citado anteriormente, o primeiro contato poderá ser mais superficial,

fornecendo apenas os subsídios básicos para a formatação da proposta e contrato.

Num segundo momento, é necessário uma boa entrevista que proporcionará como

resultado um perfil de cliente o que chamamos de briefing. Este instrumento é um

resumo de todos os itens que compõe o “problema”. Problema aqui com a conotação

de resolução, não de algo negativo. Então, este documento deve ser detalhado com

mais exatidão possível, elaborado com questões práticas para a formatação do

programa de necessidades do cliente. Só após esta análise criteriosa com questões

claras e objetivas é que se lança a ideia para o papel e/ou para o software que você

costuma trabalhar.

Inicialmente precisamos conhecer melhor para quem estamos projetando,

afinal, o projeto de um ambiente é feito para o cliente usufruir deste local e não o

profissional. Isso não significa que o profissional deve anular seu gosto e sua técnica,

muito pelo contrário, ele tem a obrigação de adequar o seu conhecimento à realidade

e ao gosto de seu cliente.

Neste momento devemos assumimos

um pouco o papel de psicólogo de todo o

processo, e entender o personagem em que o

cliente quer vivenciar. Afinal, todos nós temos

anseios, vontades, desejos e uma idealização

do que sonhamos para nossa vida. Neste

caso, você é o interprete destes sonhos e irá

transpor para um projeto real. Por isso,

entender por completo a necessidade e o que

é desejado é fundamental para o sucesso de

seu projeto e felicidade de seu cliente.

Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-DJEhfZrlqcQ/U0hnF9grluI/AAAAAAAAR7c/88ku8xOFMxw/s1600/PG_001_021.jpg Data: 07/10/2014 21:23

Page 83: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

83

“Em um projeto de interiores você está projetando o sonho de alguém. Este sonho

encantado pode tornar-se realidade caso você entenda por completo o perfil de seu

cliente.” Amanda Marques

“Nem sempre o que o cliente pede é o que ele realmente deseja ou tem como

necessidade. “ Amanda Marques

Uma conversa informal, no decorrer da entrevista, fugindo do foco do projeto

em si, pode ajudar a descobrir esses pormenores. Porém, fique atento as referências

que o cliente citará, talvez a dica da escada você possa aproveitar de outras formas,

como se é redonda ou quadrada, o material que ela é feita, o estilo mais clássico ou

mais contemporâneo. Ou seja, traduzir a referência.

05.01. Tipos de clientes e estratégias

Com base nas análises tradicionais do ser humano podemos observar

características que facilitarão à interpretação do modelo de cliente estudado.

1º O cliente: parte comportamental do cliente que está sendo observado;

2º O Design: a reação emocional do observado;

3º A opinião do cliente: o pensar do observado.

05.02. Como fazer a entrevista: Briefing

Agora vamos entender como desenvolver um briefing, perfil do cliente, de

maneira coerente e assertiva. Ao contrário do primeiro contato com o cliente que

ocorre de maneira superficial, neste momento a entrevista deve ser o mais detalhada

possível. Com esta entrevista minuciosamente elaborada conseguimos formatar o

que chamamos de programa de necessidades, que nada mais é a definição das

principais necessidades e desejos do cliente para o projeto.

Sendo assim, é fundamental o levantamento das características de cada um

dos indivíduos para o qual se destina o projeto, analisando as particularidades,

temperamento, anseios, hobbies, expectativas e prioridades. Por exemplo, se você

for projetar um closet é de extrema importância saber a rotina do usuário, como é a

sequência de sua organização ou de vestir-se, saber como guarda as roupas,

Page 84: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

84

quantidade de pares de sapatos, bolsas, acessórios que possui. Outro exemplo,

Home Office, observar qual é a profissão, se possui livros e equipamentos que irá

manter ou adquirir. Observar suas dimensões será imprescindível na hora de

projetar.

“Priorize as necessidades de cada pessoa, de modo a garantir que futuros ajustes no

projeto, se necessários, sigam corretamente a expectativa do cliente.” Miriam Gürgel

Fonte: Projetando Espaços – Míriam Gurgel

05.03. Conhecendo o ambiente de seu cliente

Após uma entrevista bem elaborada é hora de analisar o ambiente in loco de

maneira técnica. Além de analisar, você pode fotografar para uma referência futura

ou para comparar o resultado final. Tirar medidas, fazer um croqui em uma folha de

papel com as medidas do espaço e localização de cada um destes pontos também é

essencial para poder iniciar sua criação.

Fonte: Projetando Espaços – Míriam Gurgel

Page 85: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

85

Documentando os dados

Neste tópico, é essencial o desenvolvimento do senso de observação. Uma

maneira de começar a treinar a análise de ambientes foi sugerido na aula 02, no

início do curso, que é a de observar as imagens das revistas de decoração e analisá-

las.

Outra forma de desenvolver o senso de observação é a elaboração de seu

banco de dados com imagens de decoração na sua memória (e claro, você também

deve os ter de forma física em revistas, livros, fotos). Conseguir reproduzir os

ambientes gravados é uma forma de verificar se você está desenvolvendo este

sentido, e isso é essencial, pois temos que reproduzir em nossos escritórios os

ambientes de nossos clientes. Visto que, por mais que façamos anotações, fotos e

descrições deles, nada como vivenciá-los e conectarmos todas essas informações

separadas em um único “arquivo” visual dentro de nossa cabeça.

Uma ferramenta, conhecida como mapa mental, pode ser adaptada para a

realidade do design de interiores e aplicada nesse sentido de senso de observação.

Abaixo segue algumas referências:

Page 86: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

86

Fonte: Arquivo pessoal

Essa junção de informações descreve, antes do surgimento de um ambiente,

informações essenciais e mapeamento do cliente e do ambiente em questão, e pode

conter: medidas, fotos, anotações, pode inclusive ser transformado em um mapa

mental dentro de sua cabeça, ou físico conforme mostrado nos exemplos anteriores.

Não existe modelo pronto, cada um deve desenvolvê-lo dentro de seu entendimento

(isso já serve de treino para a criatividade), caso você procure na internet sobre o

assunto, encontrará uma infinidade de modelos, mas o importante é que todas as

informações-chave estejam arranjadas.

Page 87: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

87

Terminamos aqui o estudo do cliente. Um conteúdo muito rico e que deve ser

compreendido por completo, qualquer diagnóstico errado poderá gerar transtornos

desagradáveis. Na próxima aula iniciaremos a desvendar os estilos e técnicas da

composição.

Qualquer dúvida não deixe de questionar e não esqueça de realizar todos os

exercícios. Até a próxima aula!

Prof. Amanda Marques

Page 88: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

88

MÓDULO 02

Aula 05

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados

06. Conhecendo o ambiente de seu cliente: Percepção

07. Elementos da Composição do Ambiente: Clima

08. Elementos da Composição do Ambiente: Linhas

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 89: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

89

Prezado Aluno,

Quando falamos em design de interiores, muitas vezes não temos noção do

quantos temas temos que compreender. São diversos temas e um vasto caminho que faz

com que você busque conhecimento contínuo. A partir de agora saímos das questões mais

burocráticas e partimos para o design. Pareia que nunca chegaria não é! Mas chegaram as

aulas tão esperadas nas quais entraremos a fundo no tema principal do Curso de

Composição / Decoração de Interiores.

Iniciamos agora a aula 05 do curso de Composição / Decoração de Interiores.

Nesta, será compreendido como desenvolver sua percepção junto ao cliente, e iniciamos a

compreensão dos itens que compõe a decoração. Perceberá que sempre irei retornar a

aula de desenvolvimento de criatividade para que você consiga perceber todos os

elementos contidos no espaço. Algumas atividades serão realizadas dentro das unidades de

estudo e outras em nosso material de exercício para que você compreenda o todo e

consiga interpretar todas as etapas a serem estudadas e compreendidas. Estude este

material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo

com a melhor eficiência possível. Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques

Page 90: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

90

06. Conhecendo o ambiente de seu cliente: Percepção

Pra finalizar fundamentos estudados na

aula anterior, temos questões mais conceituais

da percepção, mas que não podem ser

esquecidas.

O indivíduo é estimulado pelos cinco

sentidos, não somente pela visão. Então, o fato

de usar uma madeira com cheiro forte, pode

alterar a percepção, assim como uma planta

com flores cheirosas também. O indivíduo por

meio da luz e da sombra consegue perceber,

por exemplo, as texturas diretamente ligadas ao

tato. Então, se um sofá não parecer macio e

muito rugoso, pode também alterar a percepção

deste ambiente.

Os sons também são importantíssimos na percepção, por isso o estudo do

conforto acústico é tão importante em uma ambientação.

07. Elementos da composição do ambiente: Clima

O clima dentro do design de interiores não deixa de ter certa ligação com a

percepção citada anteriormente, entretanto, no presente, são consideradas também

as questões técnicas, e, por isso aparece em outro tópico.

Voltando a falar dos tempos mais remotos, os primeiros abrigos que o homem

utilizou eram as cavernas e pequenas estruturas cobertas por palha ou peles. Sua

função era de proteção contra as intempéries, visto que, somos animais

homeotérmicos e não resistimos a variações extremas de temperatura, umidade e

ventos. Temos a necessidade de abrigo.

Page 91: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

91

Conforme a posição geográfica de cada um

destes abrigos, eles possuirão características muitos

diferentes. Uma oca na Amazônia não é revestida de

peles em seu interior, bem diferente de um Iglu no

Ártico. As características físicas e orgânicas destes

dois povos são iguais, todavia o ambiente com

temperaturas e condições diferenciadas é o que

determina os materiais, formatos e usos das

habitações.

Nos dias atuais, existe uma série de recursos,

muitas vezes necessários, para atingir esse grau de conforto e suprir a necessidade

do homem. As casas possuem lareiras, sistema de calefação, foram desenvolvidos

materiais que conseguem isolar o frio ou o calor, dimensionamento correto de

ambientes, atualmente, há os condicionadores de ar e uma série de artifícios que

deixam o ambiente com características físicas capazes de suprir as necessidades do

homem.

08. Elementos da Composição do Ambiente: Linhas

A- Forma / Linhas

Quando desenhamos um objeto, primeiramente traçamos o seu contorno.

Pense no desenho de uma árvore, fazemos o tronco e depois uma grande forma

orgânica para representar as folhas, contudo essas linhas não existem na forma real.

Page 92: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

92

Essa é uma maneira que o cérebro tem de simplificar o entendimento dos elementos.

Toda vez que nos deparamos com uma forma isolada ou mesmo um ambiente

inteiro, percebemos as linhas que o compõe.

Para saber que tipo de linhas os ambientes podem apresentar, basta lembrar-

se das aulas iniciais de geometria.

Temos três grandes grupos:

1- Linhas curvas;

2- Linhas retas, que se subdividem em retas horizontais, verticais, inclinadas,

convergentes e divergentes e

3- Linhas mistas, onde a composição apresenta um conjunto de linhas retas e

curvas.

Para a análise do ambiente em questão, no caso de direcionar a percepção

para o Design de Interiores, devemos sempre observar o predomínio das linhas,

porque com certeza, até por uma questão física, sempre vão existir vários tipos de

linhas em uma mesma composição, por isso, lembre-se: PREDOMÍNIO.

B- Aplicação das linhas horizontais e verticais:

Abaixo serão mostrados por meio de esquemas como essas linhas podem ser

utilizadas para a modificação das proporções dos ambientes.

Imagine o desenho ao lado como a

perspectiva de um ambiente genérico. A parte de

baixo é o piso, as laterais as paredes, no meio o

fundo do ambiente e acima o teto.

Linhas verticais nas paredes laterais passam

a sensação de pé-direito mais alto e não afastam o

fundo de nossos olhos.

Piso

Teto

Page 93: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

93

Linhas horizontais achatarão o teto e passam

a sensação de profundidade ao cômodo.

Também o direcionamento de um piso de

madeira ou de um forro altera a sensação de

proporção no ambiente.

Direcionado ao fundo, as paredes laterais

parecem maiores e o fundo se afasta.

Já se colocadas em direção as paredes

laterais, o fundo se aproxima e parece mais largo.

Portanto, se o piso ou o teto tiverem linhas inclinadas, a sensação será de

movimento, então aqueles que dizem que não importa o direcionamento do piso,

estão enganados.

Page 94: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

94

Terminamos aqui o estudo do cliente. Um conteúdo com muitos mistérios e

desenvolvimento da criatividade a todo o momento. Na próxima aula estudaremos sobre a

composição das cores.

Qualquer dúvida não deixe de questionar e não se esqueça de realizar todos os

exercícios. Até a próxima aula!

Prof. Amanda Marques

Page 95: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

95

MÓDULO 02

Aula 06

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados

09. Elementos da Composição do

Ambiente: Cores

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 96: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

96

Prezado Aluno,

Iniciamos agora a aula 06 do curso de Composição / Decoração de Interiores. Não

existe uma composição bem elaborada com escolhas de cores erradas que não compõe

entre si.. Você deve estar imaginando que muito já foi aprendido, pois saiba que muitas

coisas além estão por vir.

Algumas atividades serão realizadas dentro das unidades de estudo e outras em

nosso material de exercício para que você compreenda o todo e consiga interpretar todas

as etapas a serem estudadas e compreendidas. Estude este material em conjunto com os

vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível.

Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques

Page 97: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

97

09. Elementos da Composição do Ambiente: Cores

Quando se fala de cores, novamente temos que voltar ao homem das

cavernas.

Ao visualizar estas imagens,

percebemos que o homem

simplesmente não pintava as cenas de

seu cotidiano com um pedaço de

carvão, existia também a necessidade

de retratar essa cena com reprodução

de cores. Isso prova como estes

elementos são inerentes do ser humano e não são superficiais, quando se faz uma

ambientação.

Com a cor podemos mudar toda a atmosfera da ambientação, mudando

proporções, criando identidades. Dentro de todo o processo visual, a parte

mais emotiva está relacionada à cor.

As cores se formam com os raios de uma fonte luminosa, seja o sol ou uma

fonte artificial, batendo na superfície da camiseta

e o que vemos é o reflexo destes raios. O branco é o reflexo de todas as cores e o

preto a absorção de todas. Por isso, se vamos ao sol com roupa preta, a sensação

de calor será muito maior do que com uma roupa branca, e prova também a ação

dos raios sobre a superfície.

Propriedade das cores:

Independente de seus conhecimentos prévios sobre decoração, garanto que

as principais sensações quanto a cada tipo de cor você consegue responder.

Algumas considerações importantes:

Page 98: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

98

Cores frias: Lembra do inverno, do gelo e da neve, são

as cores que tem como base o azul e o verde. Possuem

alto valor cromático, pois são claras (lembrem: refletem

mais raios, por isso apresentam alto valor cromático).

Cores quentes: lembra o calor, fogo, verão, são cores

que tem como base o vermelho, laranja, possuem baixo

valor cromático. São consideradas mais

aconchegantes.

Cores frias: pesam menos

Cores quentes: pesam mais

Peso

Cores Frias

Cores Quentes

Page 99: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

99

Peso: Parede listrada (da efeito e requinte ao ambiente)

Textura

Lembre-se que a cor sempre muda dependendo da superfície que é

aplicada, portanto sempre a teste antes.

Luminosidade

Matiz

Saturação

Todos estes assuntos você poderá encontrar detalhadamente no curso

Completo de Projeto de Móveis.

Aprenda mais sobre iluminação com os Cursos de Iluminação Residencial e

Iluminação de Paisagismo da AM Cursos Online

Page 100: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

100

Elementos neutros

Monocromia

Combinações/ harmonias

O olho não percebe as cores de forma isolada, ele sempre as associará

às cores do entorno, portanto as combinações devem sempre buscar uma

harmonia.

A escolha de combinações é um ponto que deixam muitos inseguros. Existem

diversas maneiras e técnicas para trabalhar as combinações que vão além do bom

gosto somente.

As cores dispostas no círculo não foram colocadas de forma aleatória, elas

vêm da estrutura de formação das cores: primárias, secundárias e terciárias.

Cores primárias Cores secundárias Cores terciárias

Com o círculo pronto podemos analisar as harmonias existentes nele. As

indicações das cores pertencentes a cada harmonia são dadas pelas setas, elas

funcionam como os ponteiros de um relógio, você pode ir virando para conseguir

posicionar sobre cada uma das cores.

Page 101: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

101

Ambiente genérico

Fundo mais escuro aproxima a parede.

Paredes opostas mais claras, proporcionando

a sensação de mais largura.

Fundo mais claro afasta a parede do fundo. Paredes

opostas mais escuras aproximam as laterais.

Teto e meia parede pintada de tons mais escuros dão a Sensação de diminuir o pé-direito

Teto mais claro ou meia parede pintada de tons mais claros dão a sensação de pé-direito mais alto.

Page 102: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

102

Terminamos aqui o estudo das cores. Com este conhecimento não terá erro, você

sempre acertará as cores de seus ambientes. Na próxima aula iniciaremos trabalhar com

composições em equilíbrio e proporção.

Qualquer dúvida não deixe de questionar e não se esqueça de realizar todos os

exercícios. Até a próxima aula!

Prof. Amanda Marques

Page 103: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

103

MÓDULO 02

Aula 07

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados Elementos da Composição do Ambiente: 10. Proporção, Dimensão e Espaço

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 104: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

104

Prezado Aluno,

Iniciamos agora a aula 07 do curso de Composição / Decoração de Interiores. Nossa última

aula, porém não menos importante. Trabalharemos todos os demais elementos de

composição, tais como: Proporção, Dimensão e Espaço, Repetição, Luz e Sombra,

Contrastes e pra finalizar sobre Fundo Permanente.

Algumas atividades serão realizadas dentro das unidades de estudo e outras em

nosso material de exercício para que você compreenda o todo e consiga interpretar todas

as etapas a serem estudadas e compreendidas. Estude este material em conjunto com os

vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível.

Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques

Page 105: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

105

10. Elementos da Composição do Ambiente:

Proporção, Dimensão e Espaço

Trabalhamos os espaços de interiores para o homem usufruir, portanto

devemos sempre considerar a escala humana ao trabalhar. O homem possui

medidas e os ambientes também possuem.

Um projeto utilizando a escala humana é um projeto feito para homem, pois

intuitivamente o homem usa o tamanho de seu corpo como parâmetro comparativo.

As Igrejas Góticas, por exemplo, propositalmente, não utilizavam a escala humana

para dar uma sensação de grandiosidade, por isso sempre têm pé-direito muito alto.

Ambientes públicos também costumam fazer uso deste recurso, um fórum, por

exemplo, tem estruturas pesadas e pé-direito extremamente alto para dar a

sensação de a “lei” acima do homem.

A proporção é dada a partir das condições que os ambientes fornecem ao projeto.

Um objeto quando analisado individualmente, sem o seu contexto, assim

como o ambiente, pode parecer desproporcional. Um relógio, por exemplo: que

tamanho ele tem? Se for um relógio de pulso é uma medida, um relógio de mesa

outra e um relógio de parede? Quanto você diria que ele pode ter? 30 cm de

diâmetro, 45 cm? E 90 cm? Você diria que ele pode ter quase 1 m? Eu diria que

depende.

Fonte:http://assimeugosto.com/2011/07/26/relogios-na-decoracao/ Data: 22/09/2011 13:39

Page 106: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

106

Na situação acima, o relógio assume uma nova função, além de marcar horas

ele é como um grande quadro em uma parede e pode ter esse tamanho. Talvez se

você o visse sozinho em uma relojoaria acharia que é desproporcional.

As oposições de estímulo buscam compensações.

Cheios e vazios, cores claras e escuras, linhas curvas e linhas retas,

elementos com ritmo ou sem, luz e sombras, geram contrastes.

O ambiente acima possui uma série de contrastes:

Cores: massas brancas x tons escuros do piso, tapete e móvel na cor preta.

Cheios e vazios: áreas concentradas com móveis e outras sem móveis.

Linhas: o tapete é redondo e a composição acima dele é quadrada.

Luz e sombras: várias nuances aproveitadas da luz natural que irradia o

ambiente.

Page 107: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

107

A harmonia é um ponto muito abordado pelas publicações da área e não costumo

colocar como item de análise ou recurso, pois para mim, a harmonia é um conjunto

adequado de elementos que resultam em um ambiente com proporção, ordem e beleza.

Todavia, conforme mencionado no tema do belo, beleza é relativa. Oposições e

ambientes ecléticos também podem chegar a um resultado final harmônico, envolvendo

muito uma questão de “feeling”.

O “feeling” não é algo que somente nasce conosco, ele é desenvolvido e aguçado à

medida que a pessoa começa a trabalhar e desenvolver sua própria percepção.

Portanto, os exercícios propostos são tão importantes. Não esqueça também de criar

um banco de imagens, visitar mostras, dissecar imagens, analisar ambientações nas casas

que você visita. Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios

assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível.

Qualquer dúvida não deixe de questionar e não se esqueça de realizar todos os

exercícios. Até a próxima aula!

Prof. Amanda Marques

Page 108: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

108

MÓDULO 02

Aula 08

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados História da Arte e do Mobiliário 11. Resgatando a história da arte como fonte de criação

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 109: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

109

Prezado Aluno,

Iniciamos agora a aula 08 do curso de Composição / Decoração de Interiores, com o

estudo sobre a história do mobiliário. Não tem como desenvolvermos uma boa

composição sem entender os estilos e as referências as quais sempre existirão em cada uma

das decorações que desenvolvermos.

Não esqueça que existem atividades extras que devem ser desenvolvidas em

conjunto com nossas aulas. Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações

de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível. Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques

Page 110: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

110

11. Resgatando a história da arte como fonte de criação

É possível dividir a linha do tempo em quatro momentos históricos: Idade

antiga, idade média, idade moderna e idade contemporânea.

Cada um dos momentos históricos passou por inúmeras transformações que

resultaram em períodos distintos. Segue abaixo alguns dos principais, cada um em

seu momento histórico:

◦ Idade Antiga: Egito, Grécia e Roma;

◦ Idade Média: Períodos Bizantino, Românico e Gótico;

◦ Idade Moderna: Renascimento, Barroco, Regência, Rococó e Neoclássico;

◦ Idade Contemporânea: Modernismo e Pós-modernismo.

11.01. Idade Antiga (4000a.C ao século V)

1. Arte Egípcia

Sem dúvidas uma das civilizações que conseguiu obter destaque histórico na

Era Antiga foi a egípcia, repleta de arte, poder na agricultura, e claro, grandes

construções onipresentes até os dias de hoje. Assim como outras potências da

época, no Egito a religião comandava o universo, as leis, a organização política e

social. Neste sentido também ditava as regras das manifestações artísticas.

Aos egípcios a vida pós-morte era melhor do que a vivida na Terra. Os deuses

têm poder de interferir na vida humana e por este motivo as leis eram respeitadas

por grande parte da população. Quanto à arte egípcia o fundamento ideológico é

glorificar os deuses e eternizar o defunto, ao erguer túmulos e templos funerários.

MOBILIÁRIO

Sala de visita era a parte mais importante da residência (os pobres se

amontoavam num cômodo de no máximo 20m², quase sem móveis):

Page 111: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

111

Cadeira de Sitamon

Sala de refeição simples (tanto aos pobres como ricos);

Os casais ocupavam quartos separados, que na maioria das vezes apenas

tinham uma cama e um tamborete;

Grande variedade de cadeiras, poltronas e almofadas;

Zoomorfismo;

2. Arte Grega

Se de um lado do mediterrâneo estavam os egípcios com artes ligadas ao

espírito, do outro existiam os gregos que homenageavam o prazer em viver no

presente. As manifestações artísticas tinham contemplação com as diferentes formas

da natureza, não apenas aos animais, como no Egito.

O artista grego vive um pouco como a nobreza e tem constante busca por

perfeição física ou intelectual. Entre as principais características se destacam:

Amor por democracia política;

Interesse pelo homem;

Ampla presença do tema “amor”;

Luxúria, fixação por beleza material ou humana;

Racionalismo.

Page 112: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

112

MOBILIÁRIO

Os mobiliários eram produzidos de bronze, ferro, madeira, ouro, marfim e (ou)

prata;

Fonte: http://casaadorada.blogspot.com.br/2013/03/estilos-de-moveis-ao-longo-do-tempo.html data 25/06/2014 12:40

3. Arte Romana

Existem dois tipos de influências particulares da arte romana:

● Arte Etrusca Popular: Que se relaciona com a realidade presente nas ruas, na

nobreza e entre os pobres;

● Arte Grega-Helenística: Relacionado ao sentido de invocar a máxima beleza.

MOBILIÁRIO

Assim como na produção artística o mobiliário romano é inspirado no grego,

cuja principal característica está na forma curva.

Page 113: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

113

Fonte: http://casaadorada.blogspot.com.br/2013/03/estilos-de-moveis-ao-longo-do-tempo.html data 25/06/2014 12:40

● As cadeiras apresentam o espaldar curvo, entretanto possuem estrutura

com maior peso e são mais ricas em ornamento;

● Assim como os egípcios, utilizavam de banquinhos em X e tamboretes;

● Uma das peças de mobiliário mais importante foi a cama, na qual passavam,

reclinados, grande parte do tempo, seja dormindo, comendo ou conversando;

● Cattedra: Cadeiras de grande dimensão;

11.03. Idade Média (séculos V ao XV)

1. Arte Bizantina

2. Arte Românica (Alta Idade Média)

3. Arte Gótica (Baixa Idade Média)

14.04. Idade Moderna (Século XV ao XVIII)

1. Renascimento

Era dos Luíses (Renascimento ao Neoclássico)

Luis XIII (Governou de 1610-1643)

2. Barroco

Era dos Luíses (Renascimento ao Neoclássico)

Estilo Luis XIV

3. Rococó

4. Estilo Regência

Era dos Luíses (Renascimento ao Neoclássico)

Page 114: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

114

Luiz XV (Governou de 1715-1774)

14.05. Idade Contemporânea (século XIX)

1. Neoclassicismo

Estilo Império

Era dos Luíses (Renascimento ao Neoclássico)

Luiz XVI (Governou de 1774-1785)

Estilo Diretório:

Estilo Biedemeier

2. Ecletismo e Estilo Vitoriano

Page 115: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

115

Será muito importante ter total compreensão do conteúdo, sendo assim será

fundamental adquirir os conhecimentos da próxima aula. Você terá um completo

entendimento dos assuntos abordados e conseguirá ter uma visão clara e ampla de tudo

que estudamos. Após seu estudo, volte as imagens dos exercícios das primeiras aulas e

tente identificar os elementos contidos com base em todo seu conhecimento adquirido.

Qualquer dúvida não deixe de questionar e não se esqueça de realizar todos os

exercícios. Até a próxima aula!

Prof. Amanda Marques

Page 116: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

116

MÓDULO 02

Aula 09

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados História da Arte e do Mobiliário 12. Resgatando a história da arte como fonte de criação (continuação)

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 117: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

117

Prezado Aluno,

Iniciamos agora a aula 09 do Módulo de Composição/Decoração de Interiores que

complementa os estudos da aula 08 de história do mobiliário. As atividades serão realizadas

em nosso material de exercício para que você compreenda o todo e consiga interpretar

todas as etapas a serem estudadas e compreendidas. Estude este material em conjunto

com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência

possível. Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques

Page 118: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

118

12. Resgatando a história da arte como fonte de criação

.

12. 06. Principais Movimentos do Modernismo no Design

1. Arts and Crafts

2. Art Noveau

3. Bauhaus

4. Art Deco

5. Pós-modernismo nas Artes Visuais - Linguagens contemporâneas

Instalação

High-tech

Pós- Modernismo no Design

Antidesign

Minimalismo

Pop Art

Arte Conceitual

Page 119: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

119

Finalizamos aqui nossa aula 09 dos estudos de Composição /Decoração de

Interiores. Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim,

poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível.

Qualquer dúvida não deixe de questionar e não se esqueça de realizar todos os

exercícios. Até a próxima aula!

Prof. Amanda Marques

Page 120: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

120

MÓDULO 02

Aula 10

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados História da Arte e do Mobiliário 13. Processo criativo de decoração e estilo

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 121: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

121

Prezado Aluno,

Iniciamos agora a aula 10 do Módulo de Composição/Decoração de Interiores. Nossa

última aula, porém não menos importante.

Algumas atividades serão realizadas dentro das unidades de estudo e outras em

nosso material de exercício para que você compreenda o todo e consiga interpretar todas

as etapas a serem estudadas e compreendidas. Estude este material em conjunto com os

vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível.

Bons estudos!

Prof. Arq Amanda Marques

Page 122: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

122

13. Processo criativo de decoração e estilo

Com base em todos os itens estudados podemos identificar que a decoração

pode possuir uma mistura de estilos e tendências. Então, posso utilizar em um

mesmo ambiente alguns itens em conjunto. Por exemplo, um ambiente moderno com

linhas retas misturando móveis antigos da era dos Luizes como a imagem abaixo.

Fonte: http://www.decoracao.com/wp-content/uploads/2013/01/715.jpg Data: 13/12/2014 14:37

Os estilos de decoração podem variar conforme o período, a moda o contexto

vivenciado no mundo como questões políticas, sociedade, regiões, tecnologias, entre

outros. Vamos agora estudar alguns desses modelos de estilos para identificar qual

linha utilizaremos em cada situação com nossos clientes.

13.01. Estilos

1. Estilo Clássico

Como já elencamos acima, o estilo clássico contém cores neutras e sóbrias

tendo como complementos os acessórios. É um estilo marcado por linhas elegantes

e ricas. Sua origem está na Arquitetura Grega e Romana, onde os traços mais

apreciados são a opulência e o requinte. Os móveis são feitos de madeira mogno,

nogueira ou cerejeira, sempre de tonalidade média a escura, inspirados em vários

estilos como o do inglês georgiano dos séculos XVIII e XIX e do estilo francês dos

reis Luís XIII, XIV, XV e XVI dos séculos XVII e XVIII.

Page 123: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

123

Fonte: http://3.bp.blogspot.com/-Ts5h9RMjQY0/UVx1eaykaaI/AAAAAAAABX4/wLSG7SuemM0/s1600/sala+3.jpg Data:13/12/2014 14:49

2. Estilo Provençal

O estilo Provençal tende a ser uma decoração mais romântica fazendo o uso

de tons suaves e também de técnicas de envelhecimento. Encontramos neste estilo

decorações tomadas por almofadas em estampas florais delicadas e enfeites

delicados. Seus móveis levam a cor branca e tem acabamento de pátina. Em sua

composição os moveis tinham diferentes tipos de madeira e apresentavam pouca

qualidade. A fim de esconder os defeitos causados pela mescla de madeiras em uma

mesma peça os artesãos usavam uma mistura de gesso e cola, o gesso crê,

disfarçando os defeitos. Com o desgaste do tempo, tal prática acabava dando ao

móvel uma aparência envelhecida. Tal efeito é conseguido atualmente com a pátina

que muitas vezes é chamada de "provençal".

Fonte: http://hausdecoracao.com.br/wp-content/uploads/2014/07/sala-de-estar-florida-provencal.jpg Data:13/12/2014 15:23 Fonte: http://www.portobello.com.br/blog/wp-content/uploads/2013/01/cozinha-classica-teste1.jpg Data:13/12/2014 15:24

Page 124: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

124

3. Estilo Retrô

O estilo Retrô virou moda e tem a característica de nos levar ao passado. Ele

resulta do lifestyle vivido nas décadas de 50, 60 e 70. É um estilo dinâmico, de

elevado impacto visual e muito cool. Nos dias de hoje é possível encontrar nos

mercados aparelhos e móveis em estilo retrô, que apesar de seu aspecto antigo,

contam com tecnologia avançada.

Fonte: http://www.decosee.com/picture/retro-kitchen-accessories-decoration.jpg Data: 13/12/2014 15:38

Fonte: http://chocoladesign.com/wp-content/uploads/2012/02/designfurnitureinterioresretro-a40f611fcb24ee2eee90531473cdbe60_h.jpg Data: 13/12/2014 15:47

4. Estilo Country

Os móveis deste estilo tentem a ser voltados para a natureza. Alguns dos

adereços utilizados na decoração são: muitos cestos de vime, pedras, teto sem forro

e madeira envelhecida. As cores do estilo country variam entre mais escuras, como o

marrom, e cores mais neutras.

Page 125: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

125

Objetos que vão de acordo com o contexto como chapéus, cintos, cavalos e botas

também são artefatos decorativos para o ambiente.

Fonte:http://4.bp.blogspot.com/0W_To96Omo0/UWNoHSL8ZMI/AAAAAAAAjfg/bIDaavs8Tuk/s1600/3804f7f092f80fc3ad37784e740cfcc1.jpg Data:13/12/2014 21:48

Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-2zy5TezBf9M/UM-Oueo8iTI/AAAAAAAAMro/4191YEjXLek/s1600/bathroom105.jpg Data: 13/12/2014 22:04

5. Estilo Moderno Este estilo foi criado como contraponto para a ornamentação pesada do

século XIX. O lema do estilo moderno, ditado pelo famoso arquiteto norte-americano,

Louis Sullivan, é "a forma segue a função". Nos espaços interiores, onde a

funcionalidade é prioridade, há pouco espaço para acessórios de decoração em

excesso. Assim, os interiores modernos seguem uma simplicidade sóbria e

justamente por isso é um tema encantador. Seu mobiliário se caracteriza por

silhuetas marcadas e esguias, peças angulares e traços simples. Privilegia-se

mobília larga e espaçosa, baixa (muitas vezes rente ao chão) e superfícies

completamente lisas, até porque são estas as principais protagonistas deste estilo de

decoração.

Fonte: http://media-cache-ec0.pinimg.com/736x/09/65/76/096576c5abd5e19fc81acf92eb7b84dd.jpg Data:13/12/2014 22:32

Page 126: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

126

6. Estilo Asiático

O estilo asiático volta-se para uma decoração zen. Utiliza cores vibrantes do

tradicional décor chinês, o mobiliário e a decoração mística da Indonésia. O espaço

em estilo asiático tem um ar interessante e traz sensação de tranquilidade e

relaxamento. Contrastando com o vermelho, são utilizados tons de cores neutras e

naturais e fazendo pouco uso de objetos de decoração.

Fonte: http://www.sofadeideias.com/wp-content/uploads/2014/02/7c0823a2474d2154c5f37a571d19b259.jpg Data:13/12/2014 23:00

7. Estilo High Tech

Características fortes do estilo High Tech estilo são: o uso de formas

arredondadas, luzes de LED para iluminar e detalhar, materiais metálicos ou

lisos, o uso do branco e da alta tecnologia. .

Fonte: http://media-cache-ec0.pinimg.com/736x/b8/50/b1/b850b192096da30c8cab1a9f2fe1dba1.jpg Data:13/12/2014 23:20

Fonte: http://media-cache-ec0.pinimg.com/736x/f4/07/c3/f407c324a039fb1e44d5363dad0e4249.jpg Data:13/12/2014 23:21

Page 127: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

127

13.02. Identifique seu cliente

Cada pessoa possui características que definir seu estilo analizando de

maneira coerente fica fácil identificar a linha de projeto a seguir. Junte diversos

elementos que caracterizarão o perfil de seu cliente. Observe abaixo:

1. Contemporâneo

Pessoas que normalmente gostam de curtir a casa e receber os amigos e

para isso querem ambientes integrados e versáteis.

2. Natural

Pessoas que normalmente são espiritualizadas, que vem a casa como um

templo, um local para relaxar e esquecer os problemas do dia a dia. Gostam do

contato com a natureza e buscam trazer um pedacinho dela para dentro de casa

Page 128: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

128

3. Moderno

Pessoas que valorizam a praticidade e a funcionalidade dos espaços,

possuem poucas e boas peças e é extremamente organizado.

4. Clássico

Pessoas sofisticadas e que gostam de detalhes, valorizam o luxo, obras de

arte e antiguidade, acreditam que o clássico nunca sai de moda.

5. Retro

Pessoas dinâmicas que gostam de viver intensamente. São ousadas, gostam

de cores e extraem o máximo de prazer em cada detalhe da vida, buscam peças

icônicas que sobreviveram com o passar do tempo.

Page 129: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

129

6. Romântico

Pessoas que buscam serenidade e gostam de delicadeza e sutileza, não

necessariamente sendo do sexo feminino. São organizadas, em geral tranquilas e

gostam de elegância sublime, não deixando o conforto de lado, porém estão

envolvidas emocionalmente com tempos marcados, como filmes, cenas passadas

em épocas e tendências.

7. Despojado

Pessoas que buscam o conforto a praticidade do dia a dia. Não se importam

com marcas ou tendências e sim no que será útil e marcado com sua personalidade

e facilidades do dia a dia e sua rotina.

Page 130: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

130

8. Mix de decoração

Entenda que seu cliente é único, então ele poderá estar dentro de um estilo

específico ou gostar de um pouco de cada coisa. O seu trabalho é extrair estas

partes e fazer com que seu gosto pessoal esteja alinhado ao belo, e funcional.

Page 131: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

131

Finalizamos aqui os estudos de Composição /Decoração de Interiores. Ao ver todos

estes recursos, deve ficar claro para o aluno que não são obrigatórios para todos os

ambientes, mas são maneiras de compor a ambientação de formas diferenciadas.

A harmonia é um ponto muito comentado na área e em meios de comunicação

como revistas e internet. Porém, não costumo colocar este item como forma de análise ou

recurso, pois acredito que a harmonia é um conjunto de elementos que se adéquam e

resultam em um ambiente com proporção, ordem e beleza.

Todavia, conforme mencionado no tema sobre o conceito do belo, beleza é relativa.

Oposições e ambientes ecléticos também podem chegar a um resultado final harmônico,

que envolve muito a questão do “feeling”, que é o sentimento de que aquilo está correto

ou não. O “feeling” não é algo que somente nasce conosco, ele é desenvolvido e aguçado

à medida que a pessoa começa a trabalhar com ele.

Por isso que os exercícios propostos são tão importantes. Não esqueça também de

criar um banco de imagens, visitar mostras, ser crítico e analista ao observar o ambiente,

dissecar imagens inteiras, analisar ambientações nas casas que você visita. Não se preocupe

você vai conseguir, pois agora o mundo que o rodeia passa a ser visto sob a ótica do

Design de Interiores.

Estude este material em conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim,

poderá concluí-lo com a melhor eficiência possível.

Nosso curso de composição/ decoração de interiores termina por aqui, mas não

deixe de continuar desenvolvendo sua criatividade, estar outros conceitos e materiais e

além de colocar em prática tudo que já sabe.

Não espere aprender tudo pra depois praticar, pois o aprendizado é diário. Não

tente começar do alto, pois degraus para alcançar a plenitude são necessários para o seu

crescimento. É importante passar por todas as etapas, só assim será um profissional

completo.

Qualquer dúvida não deixe de questionar e não se esqueça de realizar todos os

exercícios. Até mais!

Prof. Amanda Marques

Page 132: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

132

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

MÓDULO 03

Setorização e Fluxograma

Page 133: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

133

MÓDULO 03

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados: 01.Introdução 02. Planejando a moradia em setores 03. Ambientes

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Aula 01

Page 134: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

134

01. INTRODUÇÃO

A moradia própria, seja casa, loft ou apartamento, foi e ainda é sonho de

homens e mulheres. Um lugar para chamar de seu, onde você encontra abrigo,

conforto e refúgio. De fato cada vez mais passamos menos tempo em casa, mas é

para lá que desejamos retornar quando estamos inquietos ou cansados. Até mesmo

numa viagem longa, chega uma hora que você quer sofá, cama e travesseiro.

Por esses e outros tantos motivos a residência deve ser bem planejada. Pois,

além de todo conforto, também precisa funcionar como refúgio. Neste ponto entra o

trabalho do decorador, capacitado para unir funcionalidade, conforto e estética,

pontos que se adequam conforme anseios e necessidades de cada cliente.

Lembre-se de seguir todos os passos de Decoração de Interiores, que

considera as características:

● do cliente;

● do ambiente;

● dos elementos que compõe o ambiente.

É importante notar que todos os tipos de residência cada vez mais têm

projetos adaptados aos ambientes multifuncionais, independente do espaço

disponível (pequeno, médio ou grande).

02. PLANEJANDO A MORADIA EM SETORES

Como já mencionado no curso, uma casa precisa FUNCIONAR. A parte

funcional está intrinsecamente ligada à setorização dos ambientes. A moradia se

divide em três grandes setores:

● Social, ● Serviço, ● Íntimo

Em cada um dos setores agrupamos os ambientes da moradia por

similaridade de usos. Setor social é aquele que abriga os visitantes da casa. São as

áreas de convivência da família e dos convidados. Nesta zona podemos encaixar ao

grosso modo: Sala de jantar, sala de estar, área de churrasqueira e hall.

Page 135: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

135

Por que dar importância aos setores?

Para a casa funcionar. Veja um exemplo bem simples: A ida ao

supermercado.

1. Você faz compras e coloca tudo dentro do carrinho.

2. Retira as compras para passar no caixa.

3. Recoloca suas compras dentro do carrinho.

4. Recolhe as compras e coloca no seu automóvel, dentro do táxi, ou leva nos

braços até a casa.

5. Chega em casa e retira tudo de dentro do carro. Quem mora em apartamento

coloca as compras no carrinho do condomínio (se tiver) e segue de elevador

até à morada.

6. É neste ponto que chega a setorização. Imagine se depois de tudo isso,

precisar passar pelo hall, corredor, pela sala, por mais um corredor, às áreas

de serviço e apenas depois chegar à cozinha com as compras. Lembrando

que esse trajeto será repetido várias vezes conforme o tamanho ou a

quantidade de itens ao transporte.

Em qualquer projeto residencial o melhor é agrupar os usos de cada setor.

Page 136: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

136

02.01.Considerações à mudança nas famílias e estilos de vida:

Algumas novas formas de viver podem alterar funcionalidade ou setorização.

Hoje é crescente o número de casais que possuem dois quartos, ou até mesmo

moram em casas diferentes. As razões são variadas:

● Trabalho: Já trabalhei com casais em que o marido durante a semana mora num

grande centro e a família reside no interior. De quinta a domingo os familiares se

encontram na casa do interior. A moradia no grande centro funciona apenas como

um hotel mais confortável, sem área social ou cozinha. Por outro lado, a residência

interiorana é mais do que uma casa e agrega funções variadas para compensar a

separação semanal, com sala de cinema, academia, entre outros exemplos;

● Saúde: Certos casais com distúrbios do sono (insônia, ronco ou apneia) preferem

dormir em quartos separados, resultando numa decoração de quartos de hóspedes,

ou seja, não precisam de armários;

● Segundo casamento: Casais se separam e montam suas próprias moradias.

Quando se relacionam novamente com um novo companheiro preferem continuar

nestas casas novas. A decoração nas duas residências deve se preocupar com as

visitas frequentes da outra pessoa, ou seja, armários extras, alguns utensílios ou até

pequenos cantos de uso do companheiro;

03. AMBIENTES

Antes de qualquer coisa, procure medir tudo! Confira diversas vezes se os

móveis encaixam e qual o espaço para circulação. Geralmente a escolha das

mobílias é feita em lojas com grandes ambientes de exposição (como os galpões,

por exemplo) e você pode se enganar na proporção dos móveis X ambiente. Na

dúvida simule os tamanhos dos móveis ou de grandes objetos marcando com a fita

crepe os ambientes da moradia.

Page 137: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

137

03.01. Setor Social

Hall

O hall à moradia é de suma importância e tem sua função específica. Este

ambiente forma a ligação entre o exterior da casa (público) com o interior da morada

(privado). Esta é a principal característica do hall e nela que mora sua importância,

pois nem todos que batem na porta serão bem-vindos às áreas internas. Por outro

lado, tais pessoas precisam de algum lugar para serem recebidas. Imagine um

carteiro, um entregador de pizza, alguém que pede informações, ou até mesmo um

indivíduo que bateu na porta errada. Não se quer que estas pessoas tomem

conhecimento da intimidade de sua vida privada, até por questão de segurança.

Sendo assim, se existe tal pré-ambiente somente este pequeno compartimento, que

não revela suas posses, será visto.

Vista superior do Hall

Um bom hall divide pelo menos setor íntimo + social do setor de serviço. Aqui

é local ideal para ter a entrada do escritório, caso entrem pessoas estranhas, ou ao

lavabo. No lavabo não se faz conveniente que a porta abra diretamente para dentro

da0 sala, pois todos observam quando um convidado entra ou sai, ou quanto tempo

ele levou lá dentro.

Page 138: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

138

Hall decorado com espelhos, apoio, plantas e piso diferenciado.

Apartamento é sem hall propriamente dito. Mas com a decoração ele acaba

sendo demarcado. No caso de prédios com dois elevadores em geral esta divisão já

ajuda na ligação direta aos setores. Elevador social liga à porta da área social /

íntima e o elevador de serviço liga para a porta / entrada de serviço. Mas ainda assim

na entrada social é bom que a pessoa não entre direto no apartamento.

Sala de Estar

A cada dia o “ambiente de estar” agrega mais funções. Então, o primeiro

passo para este espaço é definir quais atividades serão realizadas no local. Mais

Comuns: Estar x receber x living. Secundárias: Música, leitura, biblioteca, escritório,

recepções sociais, home cinema, televisão, convivência familiar, relaxamento, hobby,

jantar, refúgio e minibar.

Para dividir tantas atividades é possível utilizar linhas de circulação, em

principal quando o tamanho da sala comporta várias situações. Caso contrário,

lembre-se sempre de formar caminhos, como numa rua. Geralmente a sala fica entre

dois ambientes e não existe propriamente um corredor. Forme o mesmo com a

disposição dos móveis, facilitando a quem chega ou sai da casa, por exemplo,

diretamente ao quarto. Esta pessoa não iria gostar de dar voltinhas pela sala, mas

sim de um caminho simples e reto.

Page 139: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

139

Acima um exemplo de sala grande com diversas atividades. Vejam as linhas

de circulação. Os móveis estão desencostados das paredes porque existe uma

espécie de galeria. As pessoas podem circular ao redor da mobília.

C. Móveis e acessórios

• Disponha e utilize móveis flexíveis às novas configurações da sala. Cadeiras

que giram e pufes sem encosto são utilizados em qualquer um dos lados.

Mesas de centro também podem virar assentos. Almofadas devem ser

colocadas no chão para sentar, junto aos tapetes confortáveis. Todos estes

elementos permitem que sua sala ganhe novos usos e se adapte à quantidade

de visitantes ou às atividades. Espelhos caem bem, principalmente na

combinação com aparadores. Os mais modernos trazem grandes dimensões

e possuem a capacidade de serem apoiados no chão. Quadros e esculturas

são excelentes para expor, assim como as coleções.

Fonte: http://blog.mariapiacasa.com.br/wp-content/uploads/2014/08/puff3.jpg Data: 22/10/2014 15h22.

Page 140: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

140

D. Formatos de sala

• Sala em linha: existe apenas um sofá e fica de frente à estante onde se tem a

televisão. Usar somente caso existam outros locais para receber amigos. No

ambiente abaixo não existe outra possibilidade além da disposição em linha.

• Sala em “L”: Boa alternativa para quem tem ambientes pequenos. Evite a

sala em linha com a desculpa de que é um espaço diminuto. Ajuda à

conversação. Use poltronas giratórias para facilitar os usos. Note no desenho

abaixo que no espaço maior as poltronas laterais são giratórias. O tapete foi

deslocado para ficar sob o sofá e as poltronas, deixando espaço de acesso à

varanda.

• Sala em “U”: é um modelo clássico e geralmente apresenta simetria dos

elementos. Consiste numa disposição ótima para receber amigos e conversar.

Page 141: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

141

Você consegue olhar de frente às pessoas e ainda sim ter local reservado ao

sofá maior. Caso exista TV no recinto deve ficar voltada ao formato.

• Sala em “O”: É uma composição bastante contemporânea. Todos ficam à

mesma distância uns dos outros. Necessita de um ambiente grande, pois não

é possível encostar nenhum dos elementos na parede, do contrário fica

estranho. Deixe o círculo solto no meio do ambiente com espaço à circulação

ao redor.

Sala de Jantar

Gradativamente a sala de jantar vem sendo abolida como ambiente isolado.

Ela está integrada ao living/sala de estar e por isso as dicas dadas anteriormente

também servem aqui. A sala de jantar vira mais uma das tantas atividades

desenvolvidas na área de estar.

Page 142: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

142

Contudo se enganam as pessoas que acham a sala de jantar isolada como

ambiente não solicitado por clientes. Em famílias grandes com enormes diferenças

de idade, ou casais que recebem bastantes amigos, mas têm filhos pequenos, uma

sala de jantar em ambiente exclusivo pode funcionar. Até mesmo a antiga copa serve

para este objetivo.

No caso da família com filhos pequenos que recebem muitos amigos as

crianças geralmente têm horários diferentes para comer num dia de festa, e assim a

bagunça fica reservada à copa e não atrapalha as refeições dos pequenos. A dica

serve inclusive aos familiares incomodados com os odores e a sujeira que fica depois

da refeição terminada. Após servir os alimentos, as pessoas podem se dirigir à sala e

apenas arrumar depois dos convidados irem embora. Estes são exemplos reais, mas

tenha em mente que cada indivíduo possui uma maneira diferente a se relacionar e

conviver. Por isto fique sempre com a mente aberta.

Page 143: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

143

MÓDULO 03

Aula 02

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados: 03. Ambientes (continuação)

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 144: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

144

03. AMBIENTES

03.02. Setor serviço

Importante salientar que neste setor o decorador deve procurar manter os

pontos hidráulicos originais na medida do possível. Muitas mudanças podem

acarretar em problemas de retorno de efluentes, vazamentos e perda de pressão.

Deve-se ter cuidado também ao avançar em outros cômodos quando se ampliam ou

modificam os ambientes do setor, pois cômodos que não pertencem às “áreas

molhadas” jamais terão impermeabilização. Sempre ressaltando: Para fazer

mudanças estruturais consulte um Arquiteto e um Engenheiro

Cozinha

Este ambiente sofreu muitas mudanças. Antigamente as cozinhas das casas

eram todas parecidas em dimensões e móveis, o chamado estilo americano. Um

balcão na parte de baixo e um armário superior, um praticamente a cópia do outro,

ou seja, somente um tipo de acabamento para todo o espaço.

Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-rgvFPh_ID14/UtbzcRIK4rI/AAAAAAAANaY/lPOulDwnzmg/s1600/cozinha.jpg

Fonte: http://www.portaldecoracao.com.br/decoracao/upload/noticia/moderno-jovial-01_19-10-12.jpg

Dicas de decoração:

A. Revestimentos

Os revestimentos precisam ser fáceis de limpar. Além da cerâmica podemos

utilizar nas paredes, pintura epóxi ou acrílica lavável. Utilize granito e evite

Page 145: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

145

mármores, pois são mais porosos e trazem risco de manchar. Ou, então,

aplique resina impermeabilizante, numa média de 1 a 2 vezes por ano;

Revestimentos pequenos como azulejos menores e pastilhas de vidro ficam

bons visualmente, mas lembre-se: Quanto menor, maior a fuga! A fuga é o

ponto vulnerável aos acúmulos de sujeiras e gorduras. Pense bem onde usar

ou utilize algum impermeabilizante;

O mesmo vale às bancadas: Utilize granitos ou pedras sintéticas próprias ao

uso em bancadas. Feitas de uma massa de pedra triturada junto com um

polímero, vendidas em chapas ou moldadas para fazer a pia junto da

bancada, sem emendas. Apenas não resistem às temperaturas altas ao

extremo. Outros materiais: Concreto, pedra ardósia e inox;

Fonte: http://atdigital.com.br/designdecor/?p=1160 Data: 27/10/2012; 00:21

B. Organograma

Diante disso tudo é essencial lembrar que os alimentos são retirados

(geralmente) da geladeira (armazenagem), levados até a pia para lavar e depois ao

fogão para o preparo. Esse consiste no ciclo mais frequente e a partir dele que surgiu

o “triângulo das funções”, que sugere o melhor funcionamento da cozinha. De ponta-

a-ponta há atividades como: Armazenagem, limpeza e cocção. O ideal seria uma

cozinha assim:

Page 146: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

146

Tipos de Cozinha:

o Cozinha em “U” ou nas quatro paredes: Perfeita para aplicar os triângulos

das funções, conforme visto anteriormente.

Triângulo das Funções numa cozinha em formato “U”

Fonte:http://images.search.conduit.com/ImagePreview/?q=COZINHA+EM+ILHA&ctid=CT3208938&SearchSource=15&FollowOn=true&PageSource=ImagePreview&SSPV=&start=0&pos=1 Data: 27/11/2012; 09:22.

Page 147: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

147

o Cozinha em “L

o Cozinha linha/corredor

Page 148: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

148

Esta é uma planta real de um apartamento destinado aos jovens solteiros. Não existe outra forma de resolver a cozinha

senão em linha. Mas, mesmo assim, note que a pia ficou no meio e nas extremidades, entre o fogão e a pequena geladeira.

o Cozinha com ilha

o

o Cozinha peninsular

Page 149: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

149

Lavanderia

Apesar de ser ambiente pequeno serve para diversas atividades: Armazenar

roupa suja, lavar, secar, passar roupa limpa e separar as peças já passadas.

Lembre-se de servir todas estas funções. Armários bem divididos e o uso de

aramados podem facilitar.

Banheiros

Antigamente o banheiro era utilizado apenas para atender as necessidades

fisiológicas, e não eram incomuns apartamentos com somente um ou no máximo

dois. Hoje o ambiente é muito diverso, além disso, está diretamente ligado com o

relaxamento.

Por também pertencer ao setor de serviço, muitas das dicas dadas

anteriormente cabem aqui.

Page 150: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

150

O correto ao bom fluxo de pessoas é um banheiro para cada dois dormitórios.

Revestimentos:

o Necessária impermeabilização das áreas molhadas, inclusive no local da

banheira.

o O grande diferencial está nos revestimentos. Casar cerâmicas, porcelanatos,

pedras, faixas e pastilhas geram efeitos únicos. Cuidado com os modismos,

pois um revestimento é mais difícil de mudar.

o Em especial os pisos de banheiros mais clássicos ficam ótimos com mosaicos

de pedras.

Page 151: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

151

MÓDULO 03

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados:

03. Ambientes (continuação)

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Aula 03

Page 152: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

152

03. AMBIENTES 03.03. Setor íntimo

Como se sabe, vivemos em um momento de transição. Hoje o enfoque

principal do setor íntimo está no quarto. Entretanto, não se esqueça de que alguns

espaços ainda podem ser bem-vindos neste local, tais como: Sala íntima, quarto de

visitas e outras atividades específicas.

A. Setor íntimo: Sala íntima X quarto de visitas x atividades

complementares

Fonte: http://www.webluxo.com.br/menu/imoveis/10/apartamento-grand-palais-3.jpg Data: 22/08/2014 12:20

Por causa das plantas cada vez mais reduzidas à área íntima, da necessidade

de ampliar quartos aos filhos ou até mesmo de um closet, tais espaços são

suprimidos. Quando sobra lugar ou é desejo explícito do cliente vale a pena estudar

quais as principais funções, porque assim você pode agrupá-las. Se há apenas um

cômodo sobrando à área íntima então pode ser:

Sala íntima, mas que possui ao mesmo tempo um sofá-cama que vira quarto

de hóspedes;

Sala íntima que abriga o local do computador. Existem famílias,

principalmente com filhos pequenos, que preferem ter um único computador

para que os pais possam controlar melhor o uso dele;

Page 153: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

153

Fonte: http://www.meumundo.org/img/fotos/sofa%20cama%203.jpg Data:22/08/2014 13:47

Sala íntima que também é canto de leitura ou brinquedoteca;

Escritório que possui sofá-cama e pode ser quarto de hóspedes; entre outros

exemplos, agrupe conforme a necessidade majoritária.

Fonte: http://polodesigncenter.com.br/blog/?p=1279 Data: 30/11/2012; 12:45

B. Setor íntimo: Quartos

Algumas dicas de decoração para estes ambientes são comuns, mas

devemos respeitar características únicas e diferenciadas entre quartos dos filhos e

quarto do casal.

Dicas de decoração em comum aos quartos:

Este é um local de refúgio, comece com o pensamento: quais elementos

favorecem para atingir tal objetivo?

Page 154: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

154

Fonte: https://www.pinterest.com/ Data: 14/02/2014; 08:23

Além de refugiar serve para relaxamento, introspecção e relacionamentos

pessoais.

As dimensões estão cada vez mais reduzidas, então faça um estudo

minucioso do posicionamento dos móveis. Provavelmente será necessário

utilizar marcenaria embutida.

Dicas de decoração aos Closets / Armários:

o Closet simboliza um ambiente de desejo, quase 100% dos clientes solicitam

aos seus projetos.

o Closet apenas é verdadeiro se há ambiente exclusivo aos armários, inclusive

com porta de entrada. Por isso nunca se esqueça da boa ventilação.

o Caso o ambiente tenha porta de entrada fica opcional o uso das portas do

armário: O que resulta numa grande economia de dinheiro. Mas, deixe sempre

alguns locais com portas estratégicas, pois assim você pode proteger as

peças caso o sol bata em algum lugar, ou se defender contra excesso de

poeira (mesmo que a porta principal tenha tal função) nas roupas de uso não

frequente.

Page 155: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

155

Decoração para Quarto de Casal:

o No quarto do casal a decoração deve agradar ambos. Converse com os

dois, num primeiro momento o marido pode até dizer que não se importa,

mas em muitos casos, depois do ambiente pronto, ele vai dar sua opinião.

Antecipe imprevistos!

o O grande atrativo é a cabeceira da cama, trabalhe ela com extrema

criatividade. Este centro de interesse norteia toda a ambientação. Você

pode utilizar cores, texturas, revestimentos, plotagens, fotos, quadros,

tecidos e madeiras.

De Pré-adolescentes aos Adolescentes:

o O ambiente fica mais com cara de refúgio onde o adolescente pode criar seu

mundo, trazer amigos, enfim, ter sua mini casa.

Page 156: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

156

o A entrevista com os adolescentes é de suma importância, hoje em dia até

mesmo as crianças pequenas têm preferências de cores. Todavia, no caso

dos adolescentes já existem atividades extras, hobbies, etc.

o Aos meninos os vestígios de crianças desaparecem, algumas meninas

costumam manter cantos do quarto com suas coleções de bichinhos ou

bonecas.

Page 157: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

157

MÓDULO 03

Aula 04

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados 04. Projeto Comercial

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 158: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

158

Prezado Aluno,

A partir de agora entenderemos como devemos setorizar e atender os ambientes

comerciais. A principal diferença em comparativo com os ambientes residenciais estudados

anteriormente é a questão da função. Nas moradias devemos compreender as atividades e

rotinas de um único usuário ou família e o objeto de estudo é sempre o mesmo. Já nos

ambientes comerciais esta função muda pois o usuária a ser analisado varia

constantemente tendo que entender por completo a função do espaço a que se destina.

Sendo assim, a compreensão do fluxograma e setorização dos ambientes é de suma

importância para o sucesso ou falência de um empreendimento. Isto faz parte do

estratégias mercadológicas para aumentar o faturamento e fluxo de pessoas no espaço.

Bons estudos!

Arq Amanda Marques

Page 159: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

159

04. PROJETO COMERCIAL

04.01. INTRODUÇÃO

Comparado aos projetos residenciais, podemos dizer que os projetos

comerciais são mais complexos, já que os personagens destes empreendimentos

serão trabalhadores, cada um com sua função e necessidade e visitantes

esporádicos (clientes). O Projeto Comercial abrange desde lojas até shoppings,

supermercados, consultórios, clínicas, hospitais, escritórios, teatros, museus, hotéis,

auditórios, clubes, bares, etc.

Fonte: http://www.arthurcasas.com/#/projects/comerciais/kaa/galeria/8:/ Data: 22/07/2014 15h35.

Portanto, a utilização racional do Espaço em estabelecimentos comerciais é

fundamental para obter sucesso nas vendas e ter uma boa produtividade de seus

funcionários. Deve-se projetar um fluxo sempre adequado ao uso específico de cada

perfil do empreendimento e o mobiliário ergonomicamente correto para funcionários

e público. Nesta etapa do curso vamos abordar os principais elementos e assuntos

para se conseguir projetar um espaço comercial.

Como começar?

Primeiro devemos verificar com os órgãos públicos (prefeituras) se o uso da

propriedade está apto a receber o estabelecimento comercial. Após isso deverá ser

realizado o projeto seguindo as normas e leis para cada órgão público. Por exemplo,

a Vigilância Sanitária cuida de estabelecimentos relacionados à Saúde e

Page 160: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

160

Alimentação com suas normas específicas. Quando o estabelecimento está em um

Centro Comercial ou Shopping Center, vão seguir orientações e restrições impostas

pela construtora ou Administração do empreendimento. Seguir também as normas

pré-estabelecidas como:

NR 17 Ergonomia - Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer

parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às

características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar

um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

NBR 9050 - estabelece critérios e parâmetros técnicos de Acessibilidade a

edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos para Portadores de

necessidades Especiais (PNE).

04.02. PROGRAMA DE NECESSIDADES: BRIEFING

Em uma primeira reunião com o cliente, devemos nos envolver sobre qual o

empreendimento se trata. Buscar o máximo de informações possíveis. Quando se

trata de franquias, esse perfil já está estabelecido e será feito uma adaptação ao

local escolhido. É importante atentar aos seguintes pontos:

Organograma da Empresa: mostrará como funciona a empresa/setores com

suas hierarquias e a comunicação existente entre eles;

Fonte: http://www.flusocio.com.br/wp-content/uploads/2014/01/como_criar_organograma_excel_f_001.jpg Data:

21/07/2014 15h33.

Número de funcionários por setores;

Número estimado de visitantes/clientes;

Page 161: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

161

Faixa etária do público a ser atendido;

Sexo do público a ser atendido (feminino, masculino, unissex, gestantes,

idosos, etc.);

Quais as atividades envolvidas;

Fluxograma

Temos dois tipos de fluxo:

Pessoas: Clientes e Funcionários

Mercadoria ou material.

Deve se pensar como vão se comportar cada fluxo. O Fluxo da mercadoria

não deve atrapalhar o desempenho do funcionário e nem a acessibilidade do

consumidor. Cada fluxo tem a sua finalidade.

A mercadoria deve chegar sem demora e com qualidade desejada no posto

de trabalho. Assim, você deve pensar em horários, forma de estocagem e

fluxos que não atrapalhem os clientes e o funcionário.

As pessoas: para que estas cheguem ao local desejado sem nenhum

atrapalho, e com agilidade, determinando para os funcionários, um posto de

trabalho confortável e consequentemente mais produtivo. E para os clientes

agilidade e prazer, induzindo-os para fecharem negócio e em consequência,

favorecendo o Lucro da empresa.

Page 162: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

162

O Fluxo pode ser pensado em várias escalas: Geral do edifício, pensando em

acessos, estacionamento e localização. Pode ser fluxo geral de departamentos

dentro de um estabelecimento, situando área de vendas, caixa, depósitos, etc.

Exemplo: Fluxograma de uma Padaria

O que podemos fazer com que as pessoas permaneçam ainda mais tempo na

padaria e aumentem o consumo?

A área de pães deve ficar ao fundo do estabelecimento. Assim o cliente vai

passar por diversas áreas, se interessando pelos outros diversos produtos que a loja

tem a oferecer. Vitrines com doces, mesas expositoras com diversos produtos e

degustação são grandes atrativos. É importante manter as alturas dos expositores

que se encontram nas áreas de circulação baixa, sem obstruir o campo visual. Assim

até o cliente que foi apenas tomar um cafezinho, tem chances de se interessar nos

demais produtos.

Page 163: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

163

Fonte: http://media-cache-ak0.pinimg.com/736x/70/ac/8f/70ac8f241715fc3bc6b663003069c5fc.jpg Data: 20/06/2014 13h29.

Fonte: http://institutoitpc.blogspot.com.br/2011_02_01_archive.html/ Data: 20/06/2014 13h29

04.03. LOJAS: COMÉRCIO E SERVIÇOS

Em uma loja o consumidor tem uma propensão a olhar e movimentar-se

dentro de certos padrões. Homens e Mulheres, jovens ou idosos poderão percorrer

caminhos diferentes entre si. Ignorando totalmente algumas gondolas, percorrendo

caminhos distintos.

O Layout ideal é aquele que induz o consumidor a circular dentro da loja de

forma agradável. Orientações:

Facilitar o tráfego dos consumidores pelos corredores;

Produtos em áreas estratégicas da loja;

O Projeto deve ter o máximo de aproveitamento de espaço, porém, deve ser

funcional e de rápido acesso, quando possível, aos produtos e serviços.

Page 164: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

164

Layout:

Vamos repassar quais as trajetórias básicas dos Clientes por uma loja:

A) Entrada/Acesso

B) Espaço

C) Circulação

Figura 1 – Circulação Natural

Fonte: GURGEL, Miriam. Projetando espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas comerciais

Figura 2 - Circulação Artifical

Fonte: GURGEL, Miriam. Projetando espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas comerciais

D) Sinalização

E) Exposição e Distribuição de Produtos

Page 165: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

165

Figura 4 – Fonte: Visual merchandising. MORGAN, Tony

F) Tipos de Exposição de Produtos

Exposição vertical: Atende ao tamanho de produtos. Menores acima e

maiores abaixo. Lembrando que cada público alvo possui uma média de

altura.

Figura 7 – Fonte: Visual merchandising. MORGAN, Tony

Exposição Horizontal: prestigia a visualização por tratar-se de passagem

obrigatória dos consumidores, está diretamente relacionada à área nobre.

Altura dos olhos e das mãos do consumidor.

Page 166: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

166

Figura 8 – Fonte: Visual merchandising. MORGAN, Tony

Ilha ou cestão: São presentes nas passagens de alto fluxo de clientes e de

fácil acesso. Deve-se cuidar para não atrapalhar a circulação.

Display: São produzidos para produtos específicos. Seu objetivo é chamar a

atenção devido a cores, marcas e localização. Cria impulso adicional à

compra.

Ambientes: Reproduções de espaços, residências, empresas, veículos, etc

para que o cliente contemple melhor o produto. Isso o motiva a ter um similar

em casa.

Cross- merchandising: é a colocação de alguns produtos fora das suas

seções, mas junto a outros produtos. De preferência que se completem. Ex:

Petiscos e bebidas.

Acessibilidade e alcances: os produtos devem estar em uma disposição que

seja confortável o alcance, evitando que os clientes se estiquem ou abaixem

em demasia. Pensar sobre a acessibilidade e alcance de cadeirantes, idosos,

crianças, carrinho de bebês.

F) Estoque

H) Mobiliário

I) Iluminação:

J) Tipos de Layout

04.04. ESCRITÓRIOS E CONSULTÓRIOS MÉDICOS

Page 167: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

167

Ao citar ambientes empresariais, não se faz referência apenas a grandes

empresas, como também a pequenas, incluindo ainda consultórios médicos,

dentários, etc. Atualmente as salas comerciais tiveram as áreas reduzidas (média de

40 m²). Em parte devido à concentração de usos nas áreas centrais da cidade.

E é neste espaço que as pessoas chegam a passar mais de oito horas por dia.

Logo, elas devem ser bem tratadas e ter um ambiente que lhes ofereçam boa

qualidade, tanto em mobiliários, como na climatização, ambientação, itens

tecnológicos, dentre outros, para que assim possam desempenhar bem e melhor as

suas atividades e funções. Fatores de desconforto que podem interferir no

desempenho das pessoas:

Temperatura: interferem no humor, bem-estar e desempenho;

Qualidade do ar: interfere no bem-estar e saúde;

Iluminação: pode causar depressão, cansaço e stress;

Ruído: pode causar irritabilidade e falta de concentração;

Layout: pode causar depressão, irritabilidade, etc.

Circulação

Mobiliário

A) Recepção

B) Sala de espera

Figura 13 – Fonte: Projetando espaços: design de interiores. GURGEL, Miriam.

Page 168: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

168

Exemplo de um espaço equilibrado e se um desequilibrado onde a força visual ficou nas duas poltronas ao lado

esquerdo. Para reestabelecer o equilíbrio deve ser distribuído objetos (quadros e acessórios).

Figura 14 – Fonte: Projetando espaços: design de interiores. GURGEL, Miriam.

Exemplo de equilíbrio assimétrico com dois eixos de simetria num mesmo ambiente, criando dois centros de interesse.

C) Sala de atendimento/consultório

Fonte: http://media-cache-ec0.pinimg.com/736x/52/54/ef/5254efdf5461320afdaef10434a5a445.jpg

/ Data: 15/10/2014 16:18

Área de trabalho para escritório

A. Sala de reuniões

B. Armários

Page 169: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

169

O módulo de setorização e fluxograma de ambientes termina aqui, mas continue

aperfeiçoando seu treino e identificando o perfil do cliente com suas reais necessidades e

assim desenvolver uma setorização adequada a cada situação. Não espere saber tudo para

começar a trabalhar, evolua com o aprendizado diário. Não tente começar do alto pois

degraus para alcançar a plenitude são necessários para o seu crescimento.

Qualquer dúvida não deixe de questionar e não se esqueça de realizar todos os

exercícios. Até o próximo módulo!

Prof. Amanda Marques

Page 170: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

170

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

MÓDULO 04

Ergonomia

Page 171: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

171

Aula 01

MÓDULO 04

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados: 01. Introdução 02. Ergonomia Humana 03. Dimensionamento para móveis

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 172: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

172

Prezado Aluno,

A partir de agora entenderemos com exatidão a ergonomia tanto dos móveis, como

circulação e entendimento do corpo humano. Não temos como desenvolver qualquer

projeto ligado a decoração de interiores, Projeto de Móveis ou Arquitetura sem ter total

conhecimento deste tema. Sempre que possível utilize a trena como ferramenta de trabalho

e meça os ambientes e moveis, só a prática leva a perfeição. Faça um estudo detalhado

para que seus projetos tenham a garantia de um bom dimensionamento.

Bons estudos!

Arq Amanda Marques

Page 173: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

173

01. INTRODUÇÃO

Ao longo do dia o corpo humano interage com vários tipos de objetos em

situações diversas, tornando estas ações mais ou menos confortáveis. A ergonomia

estuda e adapta estas ações e situações dimensionando objetos e espaços de forma

a torná-los mais seguros e eficazes ao uso da forma humana.

Quando o cliente contrata um profissional para desenvolver um projeto de

interior ou mesmo executar um móvel, ele quer um trabalho de qualidade e que ao

final, além de esteticamente agradável, ele seja funcional, ou seja, que funcione. Por

isso, não podemos projetar espaços ou móveis sem pensar na questão da

funcionalidade.

Não há nada pior do que ambientes mal projetados com móveis

superdimensionados que trancam a circulação, ou ainda móveis pequenos demais

que não atendam a necessidade para qual foram projetados. Situações desse tipo

são mais comuns do que deveriam e acontecem geralmente por falta de

planejamento ou por falta de conhecimento das dimensões humanas e das suas

necessidades.

Por isso vamos estudar neste módulo as dimensões básicas de equipamentos

em situações específicas do cotidiano, que sejam adequadas ao uso do ser humano.

Para a criação de qualquer tipo de móvel existem medidas pré-estabelecidas

para trazer conforto e funcionalidade. Mas essas medidas não são fixas, pois elas

podem e devem variar conforme as necessidades específicas de cada pessoa.

Page 174: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

174

02. ERGONOMIA HUMANA

Antes de iniciar qualquer projeto de interior, deve-se pensar primeiramente no

seu usuário. Tudo gira em torno da forma humana. Os espaços são projetados para

serem usados por pessoas, devendo ser funcionais e atender as necessidades

específicas de cada um. Conhecer a ergonomia da forma humana é indispensável

para a realização de um bom projeto de interiores.

As medidas humanas são o elemento base da antropometria ergonômica e

cada população tem as suas. Os americanos, por exemplo, são mais altos e largos,

enquanto os japoneses encontram-se entre os mais baixos e magros. Para poder

projetar espaços funcionais, devemos conhecer primeiro as dimensões humanas,

pois é a partir delas que tudo será projetado.

03. DIMENSÕES PARA MÓVEIS

03.01. Cozinha

A cozinha vem ganhando cada vez mais importância dentro de uma

residência, deixou de ser um simples espaço para cozinhar e se transformou em um

UMA PESSOA DE

LADO

UMA PESSOA DE

FRENTE

UMA PESSOA ANDANDO UMA PESSOA COM AS PERNAS

ABERTAS

Page 175: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

175

lugar para receber, para relaxar e se divertir. Cada vez mais integrada à área social,

pede funcionalidade aliada à estética.

A estética fica por conta das novas tecnologias que trazem materiais cada vez

mais belos e inovadores, já a funcionalidade é o resultado da escolha de materiais de

qualidade, um layout bem planejado e móveis dimensionados corretamente.

A seguir veremos os equipamentos mais utilizados em cozinhas, e

dimensionamentos mínimos para seus móveis:

Os eletrodomésticos mais utilizados em uma cozinha são: pia (cuba), fogão,

coifa ou depurador, forno elétrico ou a gás, forno de micro-ondas, geladeira e

freezer;

As cubas são, normalmente, fabricadas em aço inoxidável devido a sua

durabilidade, porém possuímos cubas em outros materiais como cerâmica e até

em Corian. Estas ficam embutidas no tampo de granito, sendo que embaixo da

pia não poderá ter nenhuma divisória interna no móvel, devendo este espaço

estar livre para a cuba. Ao redor da cuba devemos deixar um rebaixo no tampo

do granito para a área molhada;

Os fogões evoluem a cada ano que passa, tendo vários modelos e tipos de

instalações, por isso o modelo deve ser definido antes do início do projeto para

que o móvel seja projetado especificamente para aquele modelo. Todos os

fogões precisam de um espaço de ventilação de 3 cm em cada lateral e pelo

menos 7 cm nos fundos;

03.02. Estar e TV

Muitas vezes, a sala de estar é o mesmo ambiente da sala de TV ou de Home

Theater, comumente chamado. Neste ambiente devemos pensar tanto no conforto

do usuário quanto na questão da qualidade do áudio e vídeo. A seguir veremos

sobre os equipamentos mais utilizados em salas de estar e de TV, e

dimensionamentos mínimos para seus móveis:

Page 176: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

176

Primeiramente, para um home theater ser confortável, seus equipamentos

eletrônicos devem ser definidos previamente e dimensionados de acordo com o

tamanho do ambiente, como as TVs e a localização das caixas de som;

Para poder abrigar um sistema de home theater, o ambiente deve ter pelo menos

12 m² e não ter um pé-direito mais alto que 3 m de altura, para que a qualidade

do som não seja afetada;

03.03. Salas de Jantar

As salas de jantar não são ambientes tão complexos quanto as cozinhas e

home theaters, porém, também precisam de uma atenção especial, principalmente

no dimensionamento de suas mesas e cadeiras. A seguir veremos os equipamentos

mais utilizados em salas de jantar, e dimensionamentos mínimos para seus móveis:

A mesa de jantar é sem dúvida o elemento de destaque neste ambiente, porém,

além de bonita, precisa ser confortável para que se possa desfrutar de uma boa

refeição. Deve-se considerar um espaço a mesa de 60 cm por pessoa e + 20 cm

para cada lado, se a cabeceira da mesa for utilizada. E ter largura de 80 a 100

cm;

A altura da mesa de jantar é normalmente de 70 cm, podendo chegar a 75 cm,

se o tampo for muito espesso;

Para as cadeiras, as dimensões mínimas são de 45 x 45 cm e 45 cm de altura,

sendo que sua largura e comprimento podem variar de acordo com o modelo

Page 177: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

177

03.04. Áreas de Serviços

As áreas de serviços possuem equipamentos como tanque, máquina de lavar

roupas, secadora de roupas, varal interno retrátil ou fixo, móveis para guardar

produtos de limpeza, vassouras, aspirador de pó, e ainda uma área para passar

roupas. Seus móveis têm que seguir as mesmas medidas que os móveis das

cozinhas, diferindo, em alguns casos, seus equipamentos.

A seguir veremos os equipamentos mais utilizados nas áreas de serviço, e

dimensionamentos mínimos para seus móveis:

Na cozinha os móveis baixos têm em média 85 a 95 cm de altura com 60 a 65

cm de profundidade e os móveis altos têm entre 30 a 40 cm de profundidade

com distância do móvel inferior entre 60 a 70 cm de altura;

Os tanques possuem dimensões variadas que devem ser definidas logo no início

do projeto;

É sempre bom ter um móvel alto para guardar vassouras, que precisam de um

vão de 1,10 a 1,30 m de altura, e, também, para guardar produtos de limpeza

contendo prateleiras de 35 cm de altura. E até mesmo, guardar a tábua de

passar, quando esta não for embutida;

Page 178: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

178

03.05. Dormitórios

Os dormitórios podem agregar diversos equipamentos que complementam um

ambiente, que antes servia única e exclusivamente para dormir, e que agora servem

para trazer comodidade e conforto ao seu usuário. Hoje, os dormitórios têm desde

espaços para leitura, home theater até pequenos home offices integrados ao espaço

de descanso. Por isso, algumas medidas mínimas garantem um espaço de

circulação e equipamentos adequados.

A seguir veremos os equipamentos mais utilizados em dormitórios, e

dimensionamentos mínimos para seus móveis:

Nos dormitórios, um equipamento indispensável é a cama, que possui medidas

variáveis, onde todo o espaço se organiza a partir dela;

Page 179: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

179

Para uma boa circulação ao redor da cama, o ideal é deixar um espaço de 60 cm

tanto nas laterais quanto na frente da cama;

Na maioria dos dormitórios, temos além das camas o armário para roupas, sendo

que este deve ter 60 cm de profundidade e deve possuir um espaço a frente de

pelo menos 60 cm para poder abrir as portas e melhor circulação;

03.06. Closets

O closet é um espaço destinado para guardar roupas e para se vestir. Quando

for um ambiente grande, poderá comportar móveis centrais, poltronas ou pufes para

ajudar no ato de vestir, fazendo do closet também um local de estar íntimo. Sua

passagem se dá, normalmente, por meio do quarto, sendo desta forma uma

extensão do quarto de dormir.

O closet tem como finalidade melhorar o aproveitamento da área íntima, trazer

organização, melhor visualização das roupas e praticidade na hora de se vestir. É

interessante realizar o Curso de Organização de armários e Closets da AM Cursos

Online para auxiliar no desenvolvimento do projeto de closets e mobiliários para o

quarto, pois conseguirá entender e visualizar melhor as medidas necessárias para

cada tipo de roupa.

Para todos estes itens, há dimensões mínimas que devem ser respeitadas

como:

Prateleiras superiores – vão de 45 cm de altura (área de difícil alcance para a

maioria das pessoas, ideal para guardas malas e objetos de uso esporádico);

Prateleiras para roupas dobradas – vão de 35 cm de altura;

Page 180: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

180

Cabideiros para ternos, blazers e camisas – vão de 110 cm de altura;

03.07. Banheiro

Os banheiros vêm ganhando destaque dentro de uma residência, cada vez

mais integrados ao dormitório, com mobílias e equipamentos de última geração.

Tudo para proporcionar maior bem estar ao usuário. No banheiro temos alguns itens

que não podem faltar como, por exemplo, a área do vaso sanitário, do chuveiro e da

pia, e outras que são complementares, como a hidromassagem ou a ducha vertical

por exemplo. Para estes itens, há algumas dimensões mínimas que devem ser

respeitadas, por exemplo:

O espaço mínimo para a área do box (chuveiro) é de 90 x 90 cm. Quando a porta do

box não for de correr, o ideal é que ela abra para fora, para facilitar o acesso em

caso de acidentes;

A altura ideal para um chuveiro é de 2,10 m;

Para o vaso sanitário, é necessário deixar um espaço livre a frente de 60 cm e 20 cm

em cada lateral;

Page 181: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

181

Concluímos que, para termos um bom projeto, é necessário estar atento à

questão da funcionalidade dos móveis, e não apenas à beleza, ou seja, eles têm que

funcionar de acordo com o objetivo para o qual foram projetados, e seguir algumas

dimensões mínimas para proporcionar conforto ao seu usuário.

Abaixo segue uma lista com várias medidas padrões:

Representação em Planta Largura (cm)

Comprimento (cm)

Altura (cm) Observações

Sofá 3 lugares-Grande

220

85

Assento: 45

Braço: 62

Total: 86

Sofá 2 lugares- Grande

180

85

Assento: 45

Braço: 62

Total: 86

Poltrona- Grande

100

85

Assento: 45 Braço: 62 Total: 86

Page 182: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

182

Sofá 3 lugares- Pequeno

180

67

Assento: 43 Braço: 59 Total 74

Sofá 2 lugares- Pequeno

125

67

Assento: 43 Braço: 59 Total: 74

Poltrona-Pequena

67

67

Assento: 43 Braço: 59 Total: 74

Pufe

58

49

39

ACESSIBILIDADE

Acessibilidade significa não apenas permitir que pessoas portadoras de

necessidades especiais participem de atividades que incluem o uso de produtos,

serviços e informação, mas a inclusão e extensão do uso destes por todas as

parcelas presentes em uma determinada população. Na arquitetura e no urbanismo,

a acessibilidade tem sido uma preocupação constante nas últimas décadas.

Atualmente estão em andamento obras e serviços de adequação do espaço urbano

e dos edifícios às necessidades de inclusão de toda população.

Normas Brasileiras de Acessibilidade

• Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência a edificações, espaço,

mobiliário e equipamento urbanos: NBR-9050;

• Elevadores para transporte de pessoa portadora de deficiência;

• Acessibilidade à pessoa portadora de deficiência - Trem de longo percurso;

Page 183: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

183

• Acessibilidade à pessoa portadora de deficiência – Trem metropolitano;

• Acessibilidade à pessoa portadora de deficiência em ônibus e bondes, para

atendimento urbano e intermunicipal;

• Acessibilidade da pessoa portadora de deficiência no transporte aéreo comercial;

• Acessibilidade em caixa de auto-atendimento bancário;

APLICAÇÕES DA NORMA

• Área de circulação

• Largura para circulação em linha reta

• Área para manobra

• Área de aproximação

• Alcance manual e visual

• Formas de comunicação e sinalização (visual, tátil, sonora)

• Simbologia Internacional

• Acessos e circulação

• Rampas

• Desníveis

Page 184: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

184

Finalizamos aqui os estudos de Ergonomia para ambientes. Estude este material em

conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor

eficiência possível, continue aperfeiçoando seu treino, sempre que a dúvida surgir, trena na

mão será indispensável. Não espere saber tudo para começar a trabalhar, evolua com o

aprendizado diário. O seu crescimento profissional vai sendo edificado de vagar mas de

maneira sólida, então nunca deixe de se aprimorar.

Qualquer dúvida não deixe de questionar e não se esqueça de realizar todos os

exercícios. Até o próximo módulo!

Prof. Amanda Marques

Page 185: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

185

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

MÓDULO 05

Projeto de Móveis

Page 186: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

186

Aula 01

MÓDULO 05

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados: 01. Conhecendo os Materiais 02. Tipos de acabamentos e Revestimentos

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 187: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

187

Prezado Aluno,

Iniciamos agora o último módulo referente à Projeto de Móveis. Todas as

explicações são de grande importância para que seu projeto saia corretamente. É

fundamental acompanhar os vídeos para que você consiga compreender com mais

exatidão os itens que devem estar contidos no projeto. Todos os itens estudados

anteriormente são fundamentais para que nesta etapa seu projeto esteja adequado. Então,

faça um estudo detalhado de todas as partes caso tenha dúvidas.

Bons estudos!

Arq Amanda Marques

Page 188: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

188

01. CONHECENDO OS MATERIAIS

Para que o profissional possa oferecer um trabalho de qualidade, é preciso

conhecer melhor os materiais que podem ser utilizados na fabricação de um móvel,

as características e tipos de uso de cada material, e principalmente as limitações de

cada um. Podendo, desta forma, especificar corretamente os materiais para cada

tipo de situação. A seguir veremos os materiais mais comuns utilizados para a

fabricação de móveis:

01.01. Madeira Maciça

Quase todos os tipos de madeira podem ser utilizados na fabricação de móveis,

porém utilizam-se algumas com mais frequência por

terem maior durabilidade e também pela beleza de

seus veios. Alguns anos atrás, a madeira maciça foi

muito utilizada na fabricação de móveis. Ela possui

alta resistência física e mecânica, aliada à durabilidade

e usinabilidade, podendo executar com este tipo de

material, peças torneadas ou entalhadas, e ao mesmo

tempo manter a resistência e qualidade necessárias na

produção de móveis. Porém, atualmente, por sua

escassez e por seu alto custo, não tem sido muito

utilizada na produção de móveis.

Móveis com linhas sinuosas e entalhes são feitos em madeira natural devido a sua grande maleabilidade

01.02. Madeira Teca

Page 189: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

189

A madeira teca é considerada uma madeira nobre, utilizada em projetos onde

se quer agregar qualidade, durabilidade e beleza. Suas principais características são

o fato de não apodrecer em contato com a água, possuir grande resistência às

intempéries, à ação do sol e da chuva. Devido às características mencionadas, a

madeira teca já foi muito utilizada na produção naval. Atualmente, a sua utilização

vem aumentando, principalmente para móveis externos.

.

O desenho natural de sua superfície agrega personalidade única ao móvel

aliada à qualidade e durabilidade que este tipo de madeira oferece. Normalmente, o

seu uso em projetos de interior se dá mais em forma de lâminas, por tornar o seu

custo mais acessível.

01.03. Madeiras Industriais

Aglomerado

Page 190: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

190

São chapas ou painéis constituídos de partículas de madeira aglutinadas entre

si por adesivo à base de resina sintética, pressão e calor. Estes aglomerados,

normalmente, são constituídos por três camadas as quais lhe conferem estabilidade

dimensional, resistência física e mecânica e resistência a empenamentos e

deformações. Aceita todos os tipos de revestimento como lâminas de madeira,

fórmica, pintura, filme de PVC, BP (Baixa pressão – melamina) e etc.

Balcão em aglomerado da Unto This Last

Compensado

São chapas ou painéis compostos por lâminas de madeira prensadas e

coladas umas sobre as outras. Geralmente, são dispostas de forma cruzada,

intercalando o sentido das fibras. Desta forma, a forças são equilibradas, garantindo

uma maior estabilidade e diminuindo o risco de empenamentos.

Compensado Laminado Compensado Sarrafeado

Uma das vantagens do compensado é que ele pode ser curvado, formando

ângulos e curvas. Possui também maior aderência a pregos e parafusos. Porém,

possui baixa resistência à umidade e à ação de insetos. É, normalmente, utilizado

Page 191: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

191

em divisões internas, fundos e laterais de móveis. Também aceita todo tipo de

revestimento, o que potencializa o seu uso.

Poltrona de Braços de Gerald

Chapa Dura ou Chapa de Fibra:

São produzidas com fibras de madeira aglutinadas sob alta temperatura e

pressão, porém sem a adição de resina sintética, são prensadas a quente por um

processo úmido que reativa os aglutinantes naturais da própria madeira, resultando

em uma chapa plana de alta densidade, que pode ter várias opções de

revestimentos e acabamentos.

As pranchetas são normalmente fabricadas com chapas de eucatex

OSB: "Oriented Strand Board" ou aglomerado de partículas de madeira longas

e orientadas.

Page 192: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

192

É um painel todo estruturado com tiras de madeira orientadas em três

camadas perpendiculares, unidas com resinas e prensadas sob alta temperatura,

tornando-o um painel com alta resistência mecânica e grande rigidez. A principal

matéria-prima utilizada é a madeira de reflorestamento.

Aparador em OSB projeto do Designer Inglês Adam Rowe

MDF: "Medium Density Fiberboard" ou chapa de fibras de média densidade, é

um painel constituído de fibras de madeira aglutinadas com resinas sintéticas

prensadas a altas temperaturas, resultando em uma chapa com superfície lisa

e homogênea.

MDF revestido com laminado melamínico Aparador em MDF revestido com pintura laqueada preta

MDP: "Medium Density Particleboard" ou chapa de partículas de média

densidade, é um painel fabricado a partir de partículas de madeira de

reflorestamento, com tecnologia de prensas associada à utilização de resinas

de última geração.

Page 193: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

193

Cozinha 100% MDP

Madeira Plástica: A madeira plástica ou madeira ecológica é um material que

se assemelha muito a madeira natural. Fabricada a partir da reciclagem de resíduos

plásticos industriais, na sua composição podemos encontrar até 40% de fibras

vegetais como bambu, sisal, juta, serragem, bagaço da cana, entre outros. Essa

composição dependerá da região onde a madeira foi produzida. Tal mistura é

processada e pigmentada para chegar a um material sólido com uso idêntico aos da

madeira, podendo ser pregada, parafusada, rebitada ou colada.

Page 194: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

194

01.04. Fibras Naturais

Além da madeira natural e das madeiras industriais, que são as mais

utilizadas na produção de móveis, podemos encontrar ainda móveis feitos em fibras

naturais, as quais conferem um ar mais artesanal ou natural à peça.

Algumas fibras são utilizadas mais na estrutura dos móveis, outras servem

mais como revestimentos. Aquela ideia de que um móvel em rattan, vime ou junco,

deixam o ambiente com um ar mais rústico, atualmente, já não se aplica. Hoje, um

móvel pode ter fibras naturais em sua composição, e ainda, assim ter uma linguagem

moderna e atual.

01.05. Pedras

Geralmente, as pedras servem para dar o acabamento final ao móvel a um

tampo, bancada ou em apenas um detalhe. As pedras mais utilizadas em móveis são

o granito e o mármore, porém é muito comum confundir um com o outro, e é ainda

mais difícil saber quando utilizar o granito e quando utilizar o mármore. Por isso,

segue abaixo algumas dicas:

Granito

Mármore

Mármore Travertino

Dentre as pedras sintéticas mais utilizadas estão:

Silestone:

Corian

02. Tipos de Acabamentos e Revestimentos

A etapa de acabamento é uma das mais importantes na fabricação de um

móvel. É nesta etapa que dará a peça a proteção necessária e a estética final

desejada. Por isso, é importante conhecer os materiais indicados para cada tipo de

Page 195: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

195

situação e suas formas de aplicação, só assim será possível fazer um detalhamento

completo com especificações corretas e adequadas.

Cada vez mais surgem materiais inovadores que vêm facilitar a execução do móvel e

agregar valor ao mesmo. Veremos a seguir alguns destes materiais mais utilizados

no acabamento de móveis e como escolher o melhor acabamento para cada tipo de

situação.

Lâminas de Madeira

Laminado Plástico

Page 196: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

196

Fitas de Borda

Pinturas

Pátina

Decapê.

Peças em decapê

Laqueado:

Peças em pintura laqueada

Page 197: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

197

Concluímos que, o conhecimento sobre os materiais utilizados na produção de

móveis é indispensável para quem for elaborar projetos e detalhamento de móveis.

Não é possível projetar móveis sem conhecer qual é o material mais indicado para

determinado tipo de uso.

O detalhamento final de um móvel envolve bem mais do que desenhos,

envolve ainda especificações técnicas, memoriais descritivas e definições de

acabamentos, por isso o conhecimento das informações mencionadas no texto

continuam sendo primordiais para obter um resultado de qualidade.

Page 198: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

198

Agora você já conhece os materiais que compõe o mobiliário. Mas entenda, novas

tecnologias e materiais surgem a todo momento, por isso se atualizar, ir em feiras, visitar

lojas e fazer pesquisas é fundamental para seu sucesso profissional. Estude este material em

conjunto com os vídeos e aplicações de exercícios assim, poderá concluí-lo com a melhor

eficiência possível. Qualquer dúvida não deixe de questionar.

Até a próxima aula!

Prof. Amanda Marques

Page 199: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

199

Aula 02

MÓDULO 05

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados: 03. Conhecendo o Móvel

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 200: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

200

Prezado Aluno,

Chegou a hora de conhecer o mobiliário e as partes que o compõe. Neste curso

estudaremos alguns tipos de móveis, porém todas as técnicas aplicadas servem para todos

os demais mobiliários que você vier a projetar. Todas as explicações são de grande

importância para que seu projeto saia corretamente. É fundamental acompanhar os vídeos

para que você consiga compreender com mais exatidão os itens que devem estar contidos

no projeto. Todos os itens estudados anteriormente são fundamentais para que nesta

etapa seu projeto esteja adequado. Então, faça um estudo detalhado de todas as partes

caso tenha dúvidas.

Bons estudos!

Arq Amanda Marques

Page 201: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

201

03. CONHECENDO O MÓVEL

Ao conhecermos todos os elementos que compõem um móvel, estamos aptos

a detalhá-los de maneira correta, sabendo, assim, denominá-los para uma perfeita

compreensão de quem for executá-lo. A seguir veremos a denominação correta de

alguns destes elementos:

Exemplo 01: Cadeira

Exemplo 02: Mesa

Page 202: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

202

Exemplo 03: Bancada Cozinha

Móvel com bancada em Granito

Page 203: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

203

Móvel sem o tampo e sem as frentes das gavetas e portas

Exemplo 04: Gaveta

As gavetas possuem uma estrutura interna que precisam ser muito bem

detalhadas para o bom entendimento do projeto. Por isso, vamos conhecer um

pouco mais desta estrutura.

Page 204: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

204

Exemplo 05: Roupeiro

Assim como a cozinha, os roupeiros ou os projetos de closets também

necessitam de projetos bem detalhados, pois hoje possuímos uma a variedade de

acessórios para estes tipos de móveis, que precisam ser projetados sob medida

conforme o gosto de cada cliente.

Os armários, mais do que qualquer outro móvel, possuem uma estrutura

interna complexa, com prateleiras, divisórias, gavetas, cabideiros, calceiros, e muitos

outros elementos que devem ser bem detalhados e especificados no projeto de

detalhamento. Veremos abaixo alguns destes elementos.

Todo armário deve possuir um sóculo ou rodapé para que não fique

diretamente em contato com o chão, e um rodateto ou moldura para dar o

acabamento superior. Se o móvel não for até o teto, não há necessidade desse

acabamento. Caso ele for, não podemos fazer o tampo ou a base superior do

armário encostado diretamente no teto, pois precisamos deixar um espaço entre o

armário e a laje para realizarmos alguns ajustes, quando necessário, por isso alguns

preferem fazer a moldura para dar acabamento.

Page 205: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

205

Finalizamos aqui a aula sobre os elementos que compõe o mobiliário. Concluímos

que todos os exemplos citados acima podem servir como base para outros tipos de móveis,

como, por exemplo, o móvel de banheiro.

Normalmente, estes utilizam o mesmo tipo de estrutura dos móveis de cozinha,

devido ao tampo de granito. Notamos que o armário tem quase sempre a mesma estrutura

de uma estante ou algum outro móvel baixo, com sóculo, laterais, base inferior e superior. E

ainda divisões internas.

Portanto, com base nos exemplos acima, podemos identificar os elementos que

compõe quase todos os outros tipos de móveis. Conhecer todos os mencionados

elementos é necessário para que possamos especificar cada um deles no momento de

realizar o detalhamento.

Pata melhor compreensão é de grande importância acompanhar os vídeos para

que você consiga compreender com mais exatidão os itens estudados. Faça um estudo

detalhado de todas as partes estudadas caso tenha dúvidas.

Até a próxima aula!

Arq Amanda Marques

Page 206: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

206

Aula 03

MÓDULO 05

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados: 04. Desenhos que Compõem um

Projeto de Detalhamento de Móveis

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 207: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

207

Prezado Aluno,

Iniciamos agora o assunto mais esperado: Como compor o projeto de Móveis. Você

deve ter assistido os vídeos extras com as explicações sobre o que entregar em cada etapa

de projeto: Estudo preliminar, Anteprojeto e Projeto executivo. Agora você vai aprender

como chegar naquele nível de detalhamento. Não esqueça que todas as explicações são

de grande importância para que seu projeto saia corretamente. É fundamental

acompanhar os vídeos e fazer os exercícios para que você consiga compreender com mais

exatidão os itens que devem estar contidos no projeto. Todos os itens estudados

anteriormente são fundamentais para que nesta etapa seu projeto esteja adequado. Então,

faça um estudo detalhado de todas as partes caso tenha dúvidas.

Bons estudos!

Arq Amanda Marques

Page 208: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

208

04. DESENHOS QUE COMPÕEM UM PROJETO DE DETALHAMENTO DE

MÓVEIS

Todo o projeto de detalhamento de móveis precisa determinar previamente os

desenhos, objetivando obter o seu perfeito entendimento. Nem sempre é necessário

realizar todos os desenhos, tal ação dependerá da complexidade do projeto ou do

móvel. No entanto, um projeto completo, contendo todos os desenhos, sempre será

compreendido, por esta razão, quanto mais detalhado for o projeto, maiores as

chances de ele ser executado com perfeição.

Um projeto de detalhamento de móveis é composto pelos seguintes

desenhos:

Planta Baixa de Layout

Elevações

Vista Frontal

Vista Lateral

Vista Interna

Corte Horizontal

Corte Vertical

Detalhes

Perspectiva

Cada desenho citado acima deve ser representado com muitos detalhes,

desta maneira, facilitando o entendimento do profissional que executará o projeto,

seu sistema construtivo e seus acabamentos. A riqueza de detalhes esboçada nos

desenhos facilitará ao cliente a visualização real do seu móvel, assim evitando

surpresas indesejáveis. A seguir vamos analisar cada um dos desenhos

mencionados acima, além de especificar o que deve conter em cada um deles.

No presente módulo vamos apenas conhecer e nos familiarizar com cada tipo

desenho. Veremos também exemplos de desenhos prontos e finalizados, contendo

todas as informações que um projeto de detalhamento de móveis deve possuir.

Page 209: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

209

No entanto, o passo a passo de como alcançar o resultado final será estudado

no próximo módulo.

04.01. Planta Baixa

Planta Baixa de Layout Geral

A Planta Baixa de Layout Geral deve conter:

A Planta Baixa da edificação com o desenho das paredes, localização das

aberturas (portas e janelas) e projeção das vigas, contendo as modificações

de alvenaria, quando houver. Para melhor visualização das paredes,

recomendamos pintá-las para destacá-las, os tons de cinza são sempre uma

boa opção;

Page 210: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

210

A disposição dos móveis de todos os ambientes;

Nome dos ambientes com a área de cada um;

Cotas gerais com as dimensões gerais de cada móvel, sua localização e a

circulação entre eles. Não é necessário cotar paredes e aberturas, no

detalhamento de móveis, neste momento, o que devemos destacar são os

móveis;

Breve descrição do que é cada móvel. Por exemplo: mesa de jantar, sofá de

quatro lugares, etc.;

Nome do desenho e escala utilizada, que devem estar posicionados,

normalmente, embaixo do desenho no canto esquerdo.

Por exemplo: Planta Baixa Layout Geral – Apartamento

Esc: 1:50

Planta Baixa de Layout por ambiente

Esc: 1:25

Page 211: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

211

Vista Superior

04.02. Elevações ou Vistas

Elevação:

Page 212: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

212

Vistas

Exemplo: Vista Frontal – Armário

Page 213: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

213

04.03. Vista Interna

Exemplo: Vista Interna 01 – Armário

04.04. Corte Horizontal

Exemplo: Corte Horizontal de um Armário:

Page 214: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

214

04.06. Detalhes

Os Detalhes são na verdade

uma parte do móvel ampliada em

uma escala maior para que se

possa visualizar melhor um

determinado elemento do móvel

que precisa ser detalhado com mais

precisão. Não são todos os móveis

que precisam ser feitos detalhes

ampliados, somente aqueles que

têm algum elemento que na escala

comum utilizada não ficam muito

visíveis ou que não conseguimos

cotar com precisão.

04.07. Perspectiva

As Perspectivas são elementos gráficos

utilizados para representar um móvel ou um

ambiente em 3D (3 dimensões). São cada vez

mais indispensáveis na apresentação de um

projeto. Muitos dos clientes são leigos, e

normalmente não conseguem compreender

como ficará o móvel apenas observando a

planta baixa e as elevações, portanto

necessitam deste recurso para obter a melhor

visualização de como ficará o móvel depois de

executado.

Atualmente, temos uma variedade de software que fazem imagens em 3D que

se aproximam muito da imagem real o que garante que o móvel seja executado de

forma fiel ao projeto.

Page 215: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

215

Concluímos que, todos esses desenhos são importantes para a correta

representação de um móvel. Conforme dito anteriormente, não são todos os móveis que

precisam ser detalhados, somente aqueles mais complexos ou com muitos detalhes.

Normalmente, a compreensão dos móveis mais simples ocorre apenas por meio da vista

superior, vista frontal e das vistas laterais. Não esquecendo que uma perspectiva ou imagem

do móvel é sempre bem vinda e agrega valor e qualidade ao projeto.

Agora que já sabemos quais desenhos são necessários em um projeto de

detalhamento de móveis e o que deve constar em cada um deles, no próximo módulo,

veremos devemos fazer cada um destes desenhos.

Não deixe de acompanhar os vídeos para que você consiga compreender com mais

exatidão os itens que devem estar contidos no projeto. Todos os itens estudados

anteriormente são fundamentais para que nesta etapa seu projeto esteja adequado. Então,

faça um estudo detalhado de todas as partes caso tenha dúvidas.

Até a próxima aula!

Arq Amanda Marques

Page 216: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

216

Aula 04

MÓDULO 05

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados: 05. Acabamentos para Portas e Gavetas

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 217: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

217

Prezado Aluno,

Nesta aula você compreenderá como detalhamos as portas e gavetas. Cada modelo

é representado de uma maneira e é sempre muito importante saber a diferença de cada

um, caso contrario você poderá ter surpresas indesejáveis na execução. Todas as

explicações são de grande importância para que seu projeto saia corretamente. É

fundamental acompanhar os vídeos para que você consiga compreender com mais

exatidão os itens que devem estar contidos no projeto. Todos os itens estudados

anteriormente são fundamentais para que nesta etapa seu projeto esteja adequado. Então,

faça um estudo detalhado de todas as partes caso tenha dúvidas.

Bons estudos!

Arq Amanda Marques

Page 218: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

218

05. ACABAMENTOS PARA PORTAS E GAVETAS

Há no mercado, uma grande variedade de modelos de portas, tipos de

acabamentos e de fechamentos para portas e gavetas. No presente módulo,

estudaremos com mais profundidade sobre os modelos mais utilizados e quais são

os acabamentos mais comuns, objetivando representá-los corretamente no

detalhamento. Uma representação errada ou incompleta pode resultar em execução

desastrosa.

05.01. Diferentes tipos de Portas e como representá-las

A seguir veremos os tipos de portas mais utilizados e como representá-las

corretamente.

Porta de Abrir

A porta de abrir é sem dúvida a mais comum e mais utilizada. Também

conhecida como porta tipo batente. Consiste num sistema de dobradiças fixadas em

uma das laterais da porta fazendo com que a gire em torno desse eixo lateral. A sua

abertura é sempre no mesmo sentido, e quando as portas estão abertas podemos

ver todo o conteúdo interno do móvel. Devido o seu sistema simples, o custo é o

mais baixo encontrado no mercado.

Page 219: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

219

A porta de abrir pode ter seu acabamento embutido, com sobreposição parcial e

com sobreposição total. Nos móveis, para que uma porta de abrir seja adequada,

não podem ter mais de 60 a 65 cm de largura, e precisam ter o mesmo espaço na

parte frontal do armário + 30 cm, para poder abrir a porta sem nenhuma barreira.

Como representar uma porta de abrir:

Em planta baixa, desenha-se a porta aberta em linha tracejada, mas isso

somente quando for necessário para o entendimento do projeto, pois se

desenharmos todas as portas abertas e tracejadas pode poluir o desenho e torná-lo

confuso. Na vista frontal, traça-se uma linha desde o canto da extremidade superior

até o centro e outra até a extremidade inferior, formando, desta maneira uma seta

que indica o sentido de abertura da porta.

Porta de Correr

Porta Articulada

Porta Basculante

Page 220: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

220

Concluímos que, esses pequenos detalhes podem parecer insignificantes quando

comparados com a complexidade de um projeto de detalhamento de móveis, porém são

eles que fazem a diferença na execução final do móvel. Ao detalhar um móvel é necessário

possuir uma definição prévia do tipo de portas que deseja utilizar e do tipo de acabamento

das portas e gavetas, pois só desta maneira poremos representá-los corretamente. Muitas

vezes imaginamos o móvel com um determinado tipo de acabamento, que dará a ele um

estilo próprio, mas se não desenharmos da forma correta, ele poderá ser executado de uma

forma totalmente diferente da que esperávamos, mudando completamente o estilo

desejado.

É fundamental acompanhar os vídeos para que você consiga compreender com

mais exatidão os itens que devem estar contidos no projeto. Todos os itens estudados

anteriormente são fundamentais para que nesta etapa seu projeto esteja adequado. Então,

faça um estudo detalhado de todas as partes caso tenha dúvidas.

Até a próxima aula!

Arq Amanda Marques

Page 221: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

221

Aula 05

MÓDULO 05

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados: 06. Detalhando um Móvel

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 222: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

222

Prezado Aluno,

Iniciamos agora o detalhamento de móveis. Até aqui você aprendeu como o que

compõe e o que deve ter em um projeto. Agora você aprenderá como fazer cada desenho

da maneira correta. Todas as explicações anteriores são de grande importância para que

seu projeto saia corretamente. Então, acompanhe os vídeos juntamente com este material,

pois ficará mais fácil o entendimento. Faça um estudo detalhado de todas as partes caso

tenha dúvidas.

Bons estudos!

Arq Amanda Marques

Page 223: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

223

06. DETALHANDO UM MÓVEL

06.01. Como começar um Detalhamento

Todo detalhamento de um móvel inicia-se por sua vista superior. A partir da vista

superior, a largura e a profundidade do móvel serão definidas. Posteriormente, a vista

frontal é desenhada, definido a altura do móvel e seus principais elementos. Ao ter a

vista superior e frontal definida, a vista lateral poderá ser desenhada.

Tendo as três vistas definidas, teremos a estrutura externa do móvel, porém para

sabermos como o móvel é por dentro, vamos precisar desenhar a vista interna, definindo

todos os elementos internos do móvel, o corte horizontal. Ao fazer o corte interno do

móvel, as divisórias internas de acordo com a vista frontal serão definidas, e por fim, o

corte vertical, onde as alturas das prateleiras internas serão definidas.

Todos esses desenhos são importantes. Cada um deles ilustra alguma

informação diferente, que juntas formam um conjunto de desenhos responsáveis pela

perfeita execução de um móvel.

Page 224: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

224

Concluímos que, ao detalharmos um móvel, cada detalhe deve ser desenhado, de

forma clara e precisa, para que não haja dúvidas na hora da execução. O ideal é começar

sempre pela vista superior do móvel, depois as vistas frontais e laterais, e só depois de

definido a parte externa do móvel podemos começar a detalhar o seu interior com a vista

interna, cortes verticais e horizontais.

Em todos os desenhos, o ideal é traçar primeiro a linha externa do móvel, depois

desenhar os montantes laterais e as bases inferiores e superiores, e por último desenhar a

frente das portas e gavetas. Quando for um corte, veremos ainda os montantes e

prateleiras internas. Seguindo os passos mencionados é possível fazer um desenho sem se

esquecer de nenhum detalhe importante.

É fundamental acompanhar os vídeos para que você consiga compreender com

mais exatidão os itens que devem estar contidos no projeto. Todos os itens estudados

anteriormente são fundamentais para que nesta etapa seu projeto esteja adequado. Então,

faça um estudo detalhado de todas as partes caso tenha dúvidas.

Até a próxima aula!

Arq Amanda Marques

Page 225: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

225

Aula 06

MÓDULO 05

EAD

Ensino à Distância amcursosonline.com.br

Atenção: O material está disponível apenas para este curso. É proibida cópia total ou parcial, apresentação ou qualquer forma de comercialização de seu conteúdo. São respeitados os Direitos Autorais de toda a bibliografia consultada, com a respectiva indicação dos créditos.

Assuntos a serem abordados: 07. Expressão Gráfica (hierarquia de

linhas)

CURSO COMPLETO DE PROJETO DE MÓVEIS

Page 226: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

226

Prezado Aluno,

Chegamos a nossa última aula. Apesar de já termos estudados todos os conceitos

de projeto de móveis também precisamos entender as hierarquias das linhas que se faz de

grande importância para o perfeito entendimento do projeto. Espero que todas as

explicações anteriores estejam bem fundamentadas assim seu curso se encerra com grande

perfeição. Após concluir esta aula retorne aos vídeos extras de apresentação de projetos

para dar o toque final em sua formação e entregar belos projetos.

Bons estudos!

Arq Amanda Marques

Page 227: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

227

07. EXPRESSÃO GRÁFICA (HIERARQUIA DE LINHAS)

A expressão gráfica é muito importante em qualquer tipo de projeto, porém no

projeto de detalhamento de móveis, onde há sempre muitos detalhes, ela é

indispensável. Saber desenhar o móvel ou o ambiente corretamente, não garantirá a

qualidade do projeto (ou do desenho), a hierarquia de linhas interfere, e muito, neste

resultado final.

A expressão gráfica tem como objetivo aprimorar a visão espacial na

representação de desenhos em 2D, proporcionando, desta maneira, a padronização

dos desenhos. Com uma boa expressão gráfica, pode-se dar ao desenho

bidimensional a percepção do que está mais atrás e do que está mais a frente, ou do

que está em vista e o que está em corte, que, normalmente, só conseguem ser

percebidos nos desenhos em 3D.

Qualquer desenho precisa ter uma hierarquia de linhas para o seu bom

entendimento. Com o projeto de detalhamento de móveis não é diferente. Cada

pessoa faz a sua hierarquia de linhas de acordo com a sua expressão gráfica, porém

podemos seguir um padrão que funciona muito bem para projeto de detalhamento de

móveis.

Podemos considerar:

Grafite 0.3 (desenhos à mão) ou Pena 0.1 (desenhos no computador)

Nas linhas mais finas do desenho como em linhas de cota, linhas de chamada

usam-se a grafite 0.3, e é também utilizada nas linhas que estão mais em último

plano no desenho e nas linhas onde a escala é muito pequena, e precisa de um traço

mais fino para poder ser compreendida.

Grafite 0.5 (desenhos à mão) ou Pena 0.2 ou 0.25 (desenhos no

computador)

Page 228: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

228

Usa-se a grafite 0.5 nas linhas intermediárias do desenho, naqueles

elementos que não estão nem em primeiro plano e nem em último plano. Pode ser

utilizada para a representação de um móvel em vista ou no desenho dos móveis

vistos em planta baixa. É utilizada também na representação das paredes em vista

que estão neste plano intermediário. As linhas em projeção também podem ser

desenhadas com esta espessura.

Grafite 0.7 (desenhos à mão) ou Pena 0.3 ou 0.35 (desenhos no

computador)

Usa-se essa espessura nas linhas que estão em corte, ou nas linhas que se

encontram em primeiro plano. As linhas, que estão em corte, devem ter uma

espessura maior do que as linhas em vista, pois elas são as que estão mais perto ou

praticamente na mesma linha do corte, e precisam se destacar das linhas em vistas

para que elas não se confundam. Essa espessura pode ser usada também na

representação de paredes em vista que estão no primeiro plano.

Grafite 0.9 (desenhos à mão) ou Pena 0.4 ou 0.5 (desenhos no

computador)

Geralmente, essa espessura é utilizada para representar as linhas das

paredes, do piso e da laje tanto em planta baixa, quanto em vistas e cortes. Pois as

linhas das paredes, do piso e do teto são sempre as mais grossas do desenho.

Tais espessuras poderão sofrer variações de acordo com a escala do

desenho, pois se um desenho for muito complexo, feito em um escala pequena,

utilizaremos grafites mais grossas como a 0.9 ou 0.7. Algumas linhas podem se

fundir umas com as outras, tornando alguns traços ilegíveis e confusos. Da mesma

forma, por exemplo, se utilizarmos grafites fina, como 0.1 e 0.3 em um desenho com

uma escala maior, a expressão gráfica do desenho acabará se perdendo.

Page 229: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

229

0,3

0,5

0,7

0,9

07.01. Linhas de Chamada

As linhas de chamada servem para indicar algo ou acrescentar alguma

observação ao projeto. Estas podem ser utilizadas também para especificar os

materiais utilizados. Assim como as cotas, as linhas de chamada também são

desenhadas com uma linha bem fina, normalmente com o grafite 0.3, para não ser

confundida com as linhas do desenho. Também podemos desenhá-la com uma cor

diferente.

07.02. Cotas

As cotas são linhas que têm a função de informar a dimensão de uma

determinada linha, móvel ou ambiente. Elas têm que estar dispostas de maneira

organizada e não atrapalhar ou confundir o desenho do móvel.

07.03. Memorial Descritivo (Indicação de Materiais)

Page 230: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

230

Todo projeto de detalhamento deve conter um memorial descritivo com a

especificação de todos os materiais que serão utilizados nos móveis e complementos

ao projeto.

Essa especificação é necessária para facilitar o trabalho de quem for orçar os

projetos e de quem for executar o móvel. Sem um memorial descritivo completo e

bem detalhado, a execução do móvel pode sair comprometida e o móvel pode não

ser executado da forma como foi pensada pelo seu criador.

O memorial descritivo pode ser elaborado em um documento separadamente

do projeto, este documento deve conter a definição do material interno e de

revestimento de todos os móveis e definição dos complementos como vidros,

espelhos, pedras, metais e acessórios como puxadores e aramados. Com a

indicação da espessura das chapas utilizadas e dimensão os perfis metálicos.

Exemplo: Móvel – Bancada para cozinha (Escala meramente ilustrativa)

07.04. Especificações Gerais

Para concluirmos um projeto de detalhamento de móveis, devemos

acrescentar ainda mais algumas informações como:

Page 231: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

231

Indicação das elevações: devemos indicar as elevações na planta baixa por

meio de setas e nomear cada uma como: Elevação 01, Elevação A, ou ainda

Elevação Frontal ou Lateral. Também utilizamos setas da mesma forma para

indicar as vistas de um móvel.

Exemplo:

Indicação dos Cortes: devemos indicar o local por onde os cortes verticais e

horizontais passam. Os cortes verticais são indicados na planta baixa e nas

vistas frontais, já os cortes horizontais são indicados somente nas vistas

frontais e laterais.

A indicação dos cortes deve ser feita com uma linha tracejada passando por

todo o desenho no local, ou altura em que estiver passando os cortes, com uma seta

na ponta indicando o sentido do corte, se será para a direita ou para a esquerda,

para cima ou para baixo. Porém, para não carregar o desenho, podemos fazê-las

apenas nas extremidades do desenho, interrompendo-a quando passar pelo

desenho.

Exemplo:

OU

Page 232: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

232

Indicação do Nome do Desenho e da Escala Utilizada: Para finalizar,

devemos sempre nomear o desenho e a escala utilizada na parte de baixo do

desenho no lado direito. Quando não couber, poderemos colocar o nome do

lado esquerdo ou até na parte de cima do desenho, porém somente em

últimos casos.

O nome é escrito sempre em negrito e com uma fonte maior que a fonte da

escala.

Exemplo:

PLANTA BAIXA DE LAYOUT – COZINHA

ESC 1/20

07.05. Diagramação de Pranchas

Com todos os desenhos finalizados, podemos montar as pranchas, seguindo

uma sequência lógica e organizada tornando fácil o seu entendimento.

Conforme dito acima, as pranchas devem seguir uma sequência, portanto não

podemos simplesmente dispor os desenhos de forma aleatória. É preciso que eles

venham em uma ordem lógica, onde o primeiro desenho seria a planta baixa de

layout geral, quando estivermos detalhando os móveis de um apartamento ou

residência.

Exemplo de diagramação:

PLANTA BAIXA

VISTA FRONTAL

VISTA LATERAL

CORTE HORIZONTAL

VISTA INTERNA CORTE VERTICAL

Page 233: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

233

07.06. Colocando os Complementos no Exemplo do Módulo 05

A seguir vamos aplicar todos estes elementos vistos acima no exemplo

utilizado no módulo 05 (armário) e visualizar a forma correta de colocar as cotas,

linhas de chamada e as especificações dos materiais.

Planta Baixa:

Primeiro vamos cotar todos os elementos do desenho com as cotas totais e

parciais:

Page 234: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

234

Indicar, na planta baixa, as setas com a indicação das vistas e dos cortes:

Especificar os materiais por meio de linhas de chamada:

Page 235: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

235

Vista Interna:

Primeiro, vamos cotar todos os elementos do desenho com as cotas totais e

parciais:

Especificar os materiais por meio de linhas de chamada+nome do desenho e escala

COTA PARCIAL COTA TOTAL

Page 236: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

236

Page 237: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

237

Concluímos que, o detalhamento de um móvel não se resume em apenas em

desenhos, mas ainda há outras informações que devem ser acrescentadas ao

detalhamento para complementá-lo, como por exemplo: a descrição dos materiais

utilizados, indicação das elevações e cortes, assim como as cotas e os textos

complementares.

Todas estas informações são indispensáveis em um projeto de detalhamento de

móveis, pois muitas vezes, somente o desenho não é suficiente para a compreensão do

projeto.

Espero que todo o conhecimento adquirido possa lhe ajudar e fazer com que

obtenha seu crescimento profissional. Creia em seus sonhos e lute para alcança-los. Para

isso, foco, determinação, ousadia e busca de conhecimento continuamente são

ferramentas essenciais para seu sucesso profissional.

Um grande abraço

Arq Amanda Marques

Page 238: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

238

Referências Bibliográficas

DE BOTTON, Alain. A arquitetura da felicidade. Rio de Janeiro: Rocco, 2007. 271 p, il.

DEL RIO, Vicente. Arquitetura: pesquisa & projeto. Rio de Janeiro: UFRJ; São Paulo: Pro-

Editores: Fau, 1998. 225 p, Il.

GURGEL, Miriam. Projetando espaços: design de interiores. 2. ed. São Paulo: Ed. SENAC

São Paulo, 2009. 224 p, il.

GOMES FILHO, João. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da forma. 2. ed. São

Paulo: Escrituras Ed, 2000. 127p, il.

LÖBACH, Bernd. Design industrial: bases para a configuração dos produtos industriais;

tradução Freddy Van Camp. São Paulo: Edgard Blücher, 2001. 206 p.: il.

O GRANDE livro da decoração. Lisboa: Seleções do Reader's Digest, 1975. 399p, il.

PEDROSA, Israel. Da cor a cor inexistente. 9. ed. Rio de Janeiro: Léo Christiano Editorial,

2002. 219p, il.

ALBANÓ, Ricardo. Gerenciamento de Projeto: Procedimentos Básicos e Essenciais.

São Paulo: Artliber, 2001.

Associação Brasileira de Normas Técnicas, Adequação das edificações e do mobiliário

urbano à pessoa deficiente. Rio de Janeiro: ABNT, 1990,

80p.

BARBARÁ, Saulo; FREITAS, Sidney, Design gestão, métodos, projetos, processos

Editora:Ciência Moderna Edição: Ano: 2007 Páginas: 178

BARROS, Lilian Ried Miller, A cor no processo criativo um estudo sobre a Bauhaus e a

teoria de Goethe, Editora SENAC

BASTOS, Dorinho; FARINA, Modesto; PEREZ, Clotilde Psicodinâmica das cores em

comunicação

BORGES, Albertto de Campos. Prática das pequenas construções. 8º ed. Ver. Ampl. –

São Paulo: Edgad Blücher.1996.

BULFINCH, T. O Livro de Ouro da Mitologia – História de Deuses e Heróis, Rio de Janeiro:

Ediouro, 2001, 417p.

CONRAN, Terence, La casa diseño e interiorismo, Editora Blume

DOYLE, Michael E., Desenho a cores técnicas de desenho de projeto para arquitetos,

paisagistas e designers de Interiores, Editora Bookman;

EDWARDS, Betty. Desenhando com lado direito do cérebro. 10ª edição. Rio de Janeiro:

Ediouro, 2005, 299.

FEREIRA, P, Desenho de Arquitetura. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 2001. 134 p

FERRARA, Lucrecia D'Alessio, Design em espaços , Editora. Rosari

FERREIRA, Patrícia, 1965-; MICELI, Maria Teresa, Desenho técnico básico, Editora Ao Livro

Técnico

Page 239: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

239

FIELL, C. & P. 1000 Chairs. Colônia- Alemanha:Taschen. 2005, 624p.

FRISONI, Bianka Cappucci; MORAES, Anamaria de, Ergodesign produtos e processos,

Editora 2AB

GILLIATT, M. Cuso de Interiorismo. Barcelona: Blume. 2005, 224p.

GOMES FILHO, João. Gesalt do objeto: sistema de leitura visual da forma. 7ª edição: São

Paulo. Ed.Escrituras, 2004,127

GONÇALVES, Joana Carla Soares; VIANNA, Nelson Solano, Iluminação e arquitetura ,

Editora Geros

GOUVEIA, Cecília; GOUVEIA JUNIOR, Antonio Carlos, Decor Yearbook anuário brasileiro

dos designers de interiores, Editora.GA

GUIMARÃES, Luciano, A cor como informação a construção biofísica, lingüística e cultural

da simbologia das cores, Editora Annablume

GURGEL, Miriam, Projetando espaços guia de arquitetura de interiores para áreas

comerciais, Editora SENAC

GURGEL, Mirian. Projetando Espaços. Design de Interiores. São Paulo: SENAC, 2005.

HJORTH, H. Manual do Marceneiro. São Paulo: Lep, 1953, 372p.

JURAM, J. M. A qualidade desde o Projeto: Novos passos para planejamento da qualidade

em produtos e serviços. Tradução de Nivaldo

Montingelli Jr. São Paulo. 5º reimpressão da 1ª edição de 1992 - Ed. Pioneitra Thomson

Learning, 2004.

KANDINSKY, Wassily. Ponto e linha sobre plano. Lisboa. 12ª edição. Edições 70. 1992.

KAZAZIAN, Thierry, Haverá a idade das coisas leves design e desenvolvimento sustentável

Editora SENAC

KRAUSSE, A.C.; Tradução: CORREA, R.; MEDEIROS, M.T. História da Pintura – Do

Renascimento aos Nossos Dias. Colônia-Alemanha: Könemann,

2000, 128p.

LESLIE, Vera Fraga, Lugar-comum auto-ajuda de decoração e estilo, Editora SENAC

MANCUSO, Clarice, Arquitetura de interiores e decoração a arte de viver bem, Editora

Sulina

MANCUSO, Clarice. Guia prático de Design de Interiores. São Paulo: Sulina, 1999.

MASSIRONI, Manfredo, 1937- Ver pelo desenho aspectos técnicos, cognitivos,

comunicativos, Editora Edições 70

MICELI, Maria Tereza. Desenho Técnico Básico. 1ª edição. Rio de Janeiro: Ao Livro

Técnico, 2004,143.

MOLES, Abraham Antoine, O kitsch a arte da felicidade, Editora Perspectiva

MONTENEGRO, Gildo A. Desenho de projetos, Editora Edgard Blücher

MORAES, Dijon de, Limites do design , Editora Studio Nobel

Page 240: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

240

MUNARI, Bruno, Das coisas nascem coisas , Editora, Martins Fontes

NEUFERT, P.; NETT, L. Casa. Apartamento. Jardim Projetar com conhecimento.

Barcelona – Espanha: Gustavo Gili, 1999, 235 p.

PEVSNER, Nikolaus. Origens da arquitetura moderna e do design. 3ª edição. São Paulo:

Martins Fontes, 2001,224.

PIGNATARI, Décio. Semiótica da arte e da arquitetura. 2ª edição. São Paulo.:

Ateliê,2004,186.

PISCHEL, G. História Universal da Arte. V.1 São Paulo: Melhoramentos, 1966, 239p.

PISCHEL, G. História Universal da Arte. V.2 São Paulo: Melhoramentos, 1966, 239p.

PROENÇA, G. História da Arte. São Paulo: Ática, 1989, 279p.

PUTNOKJ “JOTA, J. C.”. Elementos de geometria & desenho geométrico. São Paulo:

Scipione, 1996. 192 p.

STRICKLAND, C.; Tradução: Andrade, A.L. Arte Comentada da Pré-História Ao Pós-

Moderno.

STRUNCK, Gilberto, Viver de design, Editora 2AB

WONG, Wucius. Princípios de forma e desenho. 1ª edição. São Paulo: Martins Fontes,

1998, 352.

WRIGHT, Frank LLoyd, The future of architeture , Editora Horizon Press

Periódicos:

Revistas Casa Claudia / Casa Vogel / Viver Bem / Casa e Jardim / Arquitetura e Construção.

Page 241: APOSTILA SÍNTESE - ead.amcursos.com.br

241

amcursosonline.com.br

facebook.com/amcursosonline